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Questões resolvidas

"A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unani-midade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas [...] este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefáli-ca: tinha cabeça grande, mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte, mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. [...] Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Impé-rio." Carvalho, J. Murilo de. Teatro de Sombras. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988. O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como

A) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
B) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.
C) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
D) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
E) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.

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Questões resolvidas

"A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unani-midade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas [...] este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefáli-ca: tinha cabeça grande, mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte, mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. [...] Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Impé-rio." Carvalho, J. Murilo de. Teatro de Sombras. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988. O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como

A) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
B) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de centralização da citação - e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.
C) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição acima referidos - refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.
D) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem - devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
E) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a proclamação da República.

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<p>06/08/2024 10:50:55 1/3</p><p>REVISÃO DE SIMULADO</p><p>Nome:</p><p>JOELMA MOREIRA SILVA</p><p>Disciplina:</p><p>História do Brasil Império</p><p>Respostas corretas são marcadas em amarelo X Respostas marcardas por você.</p><p>Questão</p><p>001</p><p>Sobre os Partidos Políticos que se consolidaram no Segundo Reinado, o historiador Boris Fausto escreve que:</p><p>“Os dois grandes partidos imperiais (...) completaram sua formação em fins da década de 1830, como agremiações opostas. Mas havia mesmo</p><p>diferenças ideológicas ou sociais entre eles? Não passariam no fundo de grupos quase idênticos, separados por rivalidades pessoais? Muitos</p><p>contemporâneos afirmavam isso. Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti: ‘Nada se assemelha mais a um</p><p>‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder”.</p><p>(FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 edição. São Paulo: Edusp, 2015, p. 155-6)</p><p>Quais eram os partidos cujos membros eram conhecidos como ‘luzias’ e ‘saquaremas’?</p><p>A) Saquaremas eram os membros do Partido Absolutista e luzias eram os membros do Partido Liberal.</p><p>X B) Saquaremas eram os membros do Partido Monárquico e luzias os membros do Partido Republicano.</p><p>C) Saquaremas eram os membros do Partido Liberal e luzias eram os membros do Partido Absolutista.</p><p>D) Saquaremas eram os membros do Partido Conservador, enquanto luzias eram os Liberais.</p><p>E) Saquaremas eram os membros do Partido Republicano e luzias eram os membros do Partido Republicano.</p><p>Questão</p><p>002 Durante o Segundo Reinado, a imprensa foi bastante utilizada para criticar situações</p><p>cotidianas. Veja a charge abaixo para responder à questão:</p><p>Figura 1 Bazar Eleitoral, charge de Angelo Agostini (1866). Disponível em:</p><p>https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7056</p><p>A que situação que ocorria no Segundo Reinado a charge de Ângelo Agostini faz referência?</p><p>X A) À venda de papel para participar das eleições.</p><p>B) Aos vendedores ambulantes que trabalhavam durante as eleições e não podiam votar.</p><p>C) À alta dos preços dos alimentos durante a crise econômica da década de 60.</p><p>D) À venda de votos nas eleições.</p><p>E) Ao aumento da venda de armas na década de 60.</p><p>https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7056</p><p>06/08/2024 10:50:55 2/3</p><p>Questão</p><p>003 Durante o Segundo Reinado, houve a primeira tentativa de desenvolvimento de indústrias no</p><p>Brasil, chamado pelos historiadores como “surto industrial”. Dentro deste contexto, explique</p><p>quem foi o Barão de Mauá.</p><p>A) Foi o presidente de São Paulo, que buscava levar às principais cidades de sua província os</p><p>investimentos do governo para a indústria.</p><p>X B) Foi um investidor inglês que buscava ampliar o desenvolvimento do setor industrial no país.</p><p>C) Foi um assessor de Dom Pedro II responsável por direcionar os recursos do governo à</p><p>construção das indústrias..</p><p>D) Foi um português que se posicionou contra a instalação de indústrias no país, reafirmando a</p><p>vocação agrária do Brasil.</p><p>E) Foi um homem bem sucedido no Rio de Janeiro que investiu em diversos setores como</p><p>ferrovias, navios e no serviço de gás.</p><p>Questão</p><p>004 (UNESP) O resultado da discussão política e a aprovação da antecipação da maioridade de D.</p><p>Pedro II representou</p><p>A) a anulação da ordem escravista que prevalecia sobre os interesses particulares.</p><p>B) a debandada do grupo político liderado por um proprietário rural republicano.</p><p>X C) a vitória parlamentar do bloco partidário liberal.</p><p>D) o pleno congraçamento de todas as forças políticas da época.</p><p>E) a trama bem-sucedida do grupo conservador que fundara a Sociedade Promotora da</p><p>Maioridade.</p><p>Questão</p><p>005 (Unesp) No decurso do Primeiro Reinado, vieram à tona conflitos, contradições e crises. No</p><p>período Regencial, marcado por agitações sociais e políticas, a grave e prolongada crise</p><p>econômica e financeira começou a ser superada com</p><p>X A) o auge da mineração.</p><p>B) o surto da cafeicultura.</p><p>C) a lei e a ordem impostas pela Guarda Federal.</p><p>D) o aumento na exportação de algodão para os Estados Unidos.</p><p>E) a utilização do açúcar de beterraba.</p><p>Questão</p><p>006 (FUVEST-GV) Partindo do Rio de Janeiro, a cultura do café expandiu-se</p><p>A) pelo litoral fluminense e espírito-santense rumo à Bahia.</p><p>B) nas áreas de colonização europeia do Vale do Itajaí e da serra gaúcha.</p><p>X C) pelas serras do Rio de Janeiro, Sul de Minas, Vale do Paraíba e Oeste Paulista.</p><p>D) pelo litoral rumo à região açucareira de Campos e, transpondo a serra do mar, pelo Vale do</p><p>São Francisco.</p><p>E) pelo litoral sul de São Paulo, Vale do Ribeira e Vale do Paranapanema.</p><p>Questão</p><p>007 (FUVEST) Fazendo um balanço econômico do Segundo Reinado, podemos afirmar que ele foi</p><p>um período no qual</p><p>X A) ocorreram grandes transformações econômicas com as quais o centro-sul ganhou projeção</p><p>em detrimento do nordeste.</p><p>B) a Amazônia passou a ter um grande destaque com o "boom", desde 1830, da produção da</p><p>borracha.</p><p>C) o Brasil deixou de ser um país essencialmente agrário, ingressando na era da</p><p>industrialização.</p><p>D) algumas atividades ganharam importância, como a criação do gado no Rio Grande do Sul e</p><p>as lavouras de açúcar no Nordeste.</p><p>06/08/2024 10:50:55 3/3</p><p>E) as diversas regiões brasileiras tiveram um crescimento econômico constante, uniforme e</p><p>progressivamente integrado.</p><p>Questão</p><p>008 (PUCSP) "A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria</p><p>monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também</p><p>fruto da centralização política do Estado. Havia quase unani-midade de opinião sobre o poder</p><p>do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da</p><p>liberdade individual. Mas [...] este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado</p><p>era macrocefáli-ca: tinha cabeça grande, mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte,</p><p>mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias. [...] Daí a observação de</p><p>que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas,</p><p>o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem</p><p>e todo o mal do Impé-rio."</p><p>Carvalho, J. Murilo de. Teatro de Sombras. Rio de Janeiro, IUPERJ/ Vértice, 1988.</p><p>O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido</p><p>entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o II Império pode ser representado como</p><p>A) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de prin-cípios políticos e</p><p>ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada</p><p>na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.</p><p>B) teatro para a plena manifestação do poder moderador que, desde a Consti-tuição de 1824,</p><p>permitia amplas possibilidades de intervenção políticas para o Imperador - daí a ideia de</p><p>centralização da citação - e que foi usado, no Se-gundo Reinado, para encerrar os conflitos</p><p>entre liberais e socialistas.</p><p>C) jogo de aparências, em que a atuação política do Imperador conheceu as mudanças e os</p><p>momentos de indefinição acima referidos - refletindo as pró-prias oscilações e incertezas dos</p><p>setores sociais hegemônicos -, como bem exemplificado na questão da Abolição.</p><p>X D) cenário de várias revoltas de caráter regionalista - entre elas a Farroupilha e a Cabanagem -</p><p>devido à incapacidade do governo imperial controlar, conforme mencionado na citação, as</p><p>províncias e regiões mais distantes da capital.</p><p>E) universo de plena difusão das ideias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do</p><p>Imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e</p><p>oferecendo condições para a proclamação da República.</p>

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