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<p>Nome: Ellem Ferreira do Nascimento</p><p>Disciplina: Políticas públicas e sociedade</p><p>Nome da Atividade: AD2</p><p>Polo: Belford Roxo</p><p>Matrícula: 20113110298</p><p>Curso: Administração Pública</p><p>1) De acordo com Wanderley Guilherme dos Santos, a literatura sobre o clientelismo e o</p><p>patrimonialismo no Brasil é eivada de preconceitos, geralmente responsabilizando o</p><p>intervencionismo estatal e a burocracia como os principais propagadores da corrupção no</p><p>país. Na obra O Ex-Leviatã Brasileiro: do voto disperso ao clientelismo concentrado (2006),</p><p>Wanderley Guilherme propõe uma reflexão original sobre as verdadeiras origens e fundações</p><p>das relações clientelistas no país, responsáveis por deturpar o poder público e capturar as</p><p>políticas públicas. Discuta como o autor aborda essa questão.</p><p>O tema do clientelismo é recorrente na literatura brasileira. Uma determinada percepção de que</p><p>seríamos um país atrasado com relação às conquistas de liberdade e igualdade, alicerces de uma</p><p>ordem exitosa nos modernos países industriais, sugere esta chave de interpretação das mazelas</p><p>nacionais. Ocorre, a partir desta perspectiva, uma estreita associação entre formas clientelistas de</p><p>dominação e o fenômeno do atraso. Esta identificação acaba por desagregar a capacidade</p><p>explicativa do conceito ao subsumi-lo a um conjunto de denominações concernentes ao domínio</p><p>tradicional que lhe são correlatas, porém, não idênticas.</p><p>O jogo de dependências mútuas, incrementado pelo sistema representativo partidário, cria</p><p>inúmeras novas possibilidades de arranjos clientelistas. Dentro dos marcos da democracia partidária</p><p>é comum observarmos a condenação intransigente de toda a forma de clientelismos. Uma crítica</p><p>que mal disfarça o fato de que o fenômeno está relacionado a qualquer forma de organização ou</p><p>ordem pública. Dessa forma, sustenta-se que o clientelismo permanece onde houver relações</p><p>assimétricas de poder e atores sociais dispostos a trocar benefícios.</p><p>Conforme o autor expressou em seu livro, o jogo de interesses públicos e privados acabam se</p><p>entrelaçando onde temos agentes públicos apenas realizando interesses de uma pequena parte de</p><p>pessoas do setor privado e não praticando os interesses de toda população.</p><p>2) Relacione o advento dos programas do Estado de Bem-estar Social aos direitos sociais de</p><p>cidadania.</p><p>O Estado do Bem-estar também é conhecido por sua denominação em inglês, Welfare State. Os</p><p>termos servem basicamente para designar o Estado assistencial que garante padrões mínimos de</p><p>educação, saúde, habitação, renda e seguridade social a todos os cidadãos. É preciso esclarecer, no</p><p>entanto, que todos estes tipos de serviços assistenciais são de caráter público e reconhecidos como</p><p>direitos sociais. A partir dessa premissa, pode-se afirmar que o que distingue o Estado do Bem-estar</p><p>de outros tipos de Estado assistencial não é tanto a intervenção estatal na economia e nas condições</p><p>sociais com o objetivo de melhorar os padrões de qualidade de vida da população, mas o fato dos</p><p>serviços serem considerados direitos dos cidadãos.</p><p>O Estado de bem-estar, conforme definido, surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Seu</p><p>desenvolvimento está intimamente ligado aos processos industriais e aos problemas sociais que</p><p>surgem. A Grã-Bretanha foi o país que se destacou na construção do estado de bem-estar social ao</p><p>aprovar uma série de medidas nos setores de saúde e educação em 1942. Nos próximos décadas,</p><p>outros países seguirão essa direção. Os serviços de assistência pública, abrangendo renda, moradia e</p><p>previdência social, também se expandiram significativamente. Paralelamente à prestação de</p><p>serviços sociais,o Estado do Bem-estar passou a intervir fortemente na área econômica, de modo a</p><p>regulamentar praticamente todas as atividades produtivas a fim de assegurar a geração de riquezas</p><p>materiais junto com a diminuição das desigualdades sociais.</p>