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<p>Guilherme Fernandes | Módulo I | Tutoria III|3ª Etapa</p><p>2</p><p>Nutrição e desenvolvimento do TGI</p><p>PROBLEMA 1: DESCREVER O SNE (MORFOLOGIA):</p><p>O Sistema Nervoso Entérico (SNE), componente do sistema nervoso autônomo (SNA), é fundamental para o controle das funções gastrointestinais. Devido à sua complexidade e capacidade de operação independente, o SNE é frequentemente denominado como "segundo cérebro". Ele é composto por uma rede extensa de neurônios e células gliais localizadas nas paredes do trato gastrointestinal, desde o esôfago até o ânus.</p><p>Morfologia do Sistema Nervoso Entérico</p><p>O SNE é formado por dois principais plexos neurais, que se distribuem ao longo de toda a parede do trato gastrointestinal:</p><p>· Plexo Externo Mioentérico (Plexo de Auerbach):</p><p>· Localização: Entre as camadas musculares circular e longitudinal da camada muscular externa.</p><p>· Função: Primariamente envolvido no controle da motilidade gastrointestinal. Ele regula a frequência e a força das contrações musculares, sendo crucial para a peristalse e para a coordenação do tônus muscular ao longo do trato digestivo.</p><p>· Plexo Interno Submucoso (Plexo de Meissner):</p><p>· Localização: Na submucosa do trato gastrointestinal.</p><p>· Função: Responsável por regular as funções de secreção GI pelas glândulas exócrinas e o fluxo sanguíneo na mucosa intestinal que influencia no controle musculo submucoso. Ele modula a secreção de enzimas, ácido gástrico, bicarbonato e muco.</p><p>Interconexão e Comunicação</p><p>Esses dois plexos não atuam isoladamente; eles são interconectados e se comunicam de maneira bidirecional. O plexo submucoso envia sinais ao plexo Mioentérico, e vice-versa, para garantir que as secreções digestivas e a motilidade estejam sincronizadas. Por exemplo, quando o estômago começa a aumentar a secreção de sucos gástricos para iniciar a digestão, essa informação é transmitida ao plexo Mioentérico, que ajusta o peristaltismo para facilitar a mistura e propulsão do conteúdo alimentar.</p><p>Sistema Nervoso Autônomo</p><p>O sistema nervoso autônomo, composto pelo sistema simpático e pelo sistema parassimpático, também interage com esses plexos para modular suas atividades:</p><p>Sistema Parassimpático:</p><p>- Estimula tanto o plexo de Auerbach quanto o de Meissner.</p><p>- Aumenta significativamente o peristaltismo e a secreção, intensificando a atividade digestiva.</p><p>- Quando ativado, ele promove uma maior frequência e intensidade das contrações peristálticas, bem como uma maior produção de enzimas e ácidos digestivos.</p><p>· A inervação parassimpática do sistema digestório (SD) é realizada principalmente pelo nervo vago, que vai do esôfago ao cólon transverso, e pelo nervo pélvico, que inerva do cólon sigmoide até o esfíncter anal interno.</p><p>· Esses nervos são compostos por 75% de fibras aferentes (sensoriais) e 25% de fibras eferentes (motoras).</p><p>· As fibras aferentes transportam informações dos receptores do SD para a medula cefálica e sacral, enquanto as fibras eferentes levam comandos da medula para o SD.</p><p>· As fibras eferentes pré-sinápticas parassimpáticas são longas e fazem sinapse nos plexos intramurais, de onde partem as fibras pós-sinápticas, mais curtas, para a musculatura, glândulas e vasos sanguíneos do SD.</p><p>· As fibras pós-sinápticas são predominantemente colinérgicas, utilizando a acetilcolina como neurotransmissor, promovendo excitação que aumenta a motilidade, secreções e fluxo sanguíneo no SD.</p><p>· Algumas fibras parassimpáticas pós-sinápticas são inibitórias, mediadas por neuropeptídeos como VIP, substância P e óxido nítrico.</p><p>Sistema Simpático:</p><p>- Tem um efeito inibitório sobre as funções digestivas.</p><p>- Reduz o peristaltismo e, quando age em conjunto com o sistema parasimpático, pode diminuir substancialmente a secreção digestiva.</p><p>- Quando o simpático está ativo, ele pode aumentar levemente a secreção, mas se estiver agindo simultaneamente com o parasimpático, ele inibe essa atividade, resultando em uma redução significativa da secreção.</p><p>· As fibras eferentes simpáticas pré-sinápticas são curtas, saindo da medula toracolombar, passando pela cadeia ganglionar paravertebral e sinapsando nos gânglios simpáticos celíaco, mesentéricos e hipogástricos.</p><p>· As fibras pós-sinápticas, mais longas, dirigem-se ao SD, principalmente para as fibras musculares lisas dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e redução do fluxo sanguíneo, resultando em menor motilidade e secreção glandular.</p><p>· O neurotransmissor das fibras pós-sinápticas simpáticas é a norepinefrina.</p><p>· Cerca de 50% das fibras simpáticas são aferentes.</p><p>· A faringe e o esfíncter anal externo, compostos por musculatura estriada, são inervados por nervos somáticos, como o nervo pudendo.</p><p>Função dos Neurônios Sensoriais</p><p>Além disso, há neurônios sensoriais localizados no epitélio da mucosa gastrointestinal ou na parede intestinal que desempenham um papel crítico na detecção de estímulos internos. Esses neurônios enviam sinais tanto para os plexos quanto para o sistema nervoso simpático e parassimpático, modulando respostas autonômicas que afetam funções como a motilidade intestinal, secreções glandulares e o fluxo sanguíneo para o trato digestivo.</p><p>Reflexos Longos e Curtos no Sistema Digestório (SD):</p><p>Os sensores no TGI detectam alimentos e enviam sinais ao SNC, que responde com comandos para regular a digestão.</p><p>- Nos reflexos longos, os sinais vão até o cérebro para ser processado antes de voltar ao TGI para ajustar funções como o movimento dos alimentos e a secreção de sucos digestivos.</p><p>- Nos reflexos vagovagais, tanto a ida quanto a volta dos sinais acontece pelo nervo vago, que conecta o cérebro ao TGI.</p><p>- Nos reflexos curtos (ou intramurais), tudo acontece localmente dentro do TGI: os sensores enviam sinais diretamente para pequenos grupos de neurônios dentro das paredes do TGI, que então comandam as células musculares e glândulas ali mesmo, sem precisar envolver o cérebro.</p><p>Tipos de Neurônios no SNE:</p><p>Os neurônios que podem ser classificados em três grandes categorias:</p><p>· Neurônios Aferentes (Sensoriais):</p><p>· Função: Detectam estímulos mecânicos (como distensão da parede intestinal) e químicos (como mudanças no pH, osmolaridade e a presença de nutrientes) no lúmen intestinal. Essas informações são cruciais para a modulação das respostas motoras e secretórias.</p><p>· Neurônios Eferentes (Motores):</p><p>· Função: Regulam a atividade das células musculares lisas, células secretoras e células endócrinas da mucosa intestinal. Eles são subdivididos em neurônios excitatórios (predominantemente colinérgicos) e inibitórios (geralmente utilizando óxido nítrico ou peptídeos inibitórios).</p><p>· Interneurônios:</p><p>· Função: Conectam os neurônios aferentes e eferentes, facilitando a coordenação das atividades neurais e a formação de circuitos reflexos intrínsecos que permitem ao SNE operar de forma autônoma.</p><p>Neurotransmissores e Neuromoduladores:</p><p>O SNE utiliza uma ampla gama de neurotransmissores, muitos dos quais são comuns ao sistema nervoso central (SNC). Os principais neurotransmissores incluem:</p><p>· Acetilcolina (ACh): Principal neurotransmissor excitatório do parasimpático, especialmente nos neurônios motores que ativam a contração das camadas musculares lisas.</p><p>· Noradrenalina (Norepinefrina): É o principal neurotransmissor liberado pelas fibras pós-ganglionares simpáticas. Ele geralmente tem um efeito inibitório no trato gastrointestinal, a motilidade e a secreção digestiva.</p><p>· reduzindo Óxido Nítrico (NO): Um importante neurotransmissor inibitório, que causa o relaxamento das camadas musculares lisas.</p><p>· Serotonina (5-HT): Amplamente distribuída no SNE, regula a motilidade intestinal e a secreção, além de influenciar reflexos intestinais.</p><p>· Dopamina: Modula a motilidade intestinal e as funções secretoras, embora suas funções no SNE sejam menos compreendidas em comparação com outros neurotransmissores.</p><p>· Peptídeos Neurais: Como o peptídeo intestinal vasoativo (VIP), substância P e somatostatina, que desempenham papéis variados na regulação da motilidade, secreção e sensibilidade intestinal.</p><p>Reflexos</p><p>Intestinais e Controle Autônomo:</p><p>O SNE é capaz de gerar reflexos locais complexos que ocorrem independentemente da mediação do SNC. Esses reflexos incluem:</p><p>· Reflexos de distensão: Quando uma parte do intestino é distendida, ocorre um reflexo que induz a contração do músculo liso atrás do bolo alimentar e o relaxamento à frente dele, promovendo o movimento anterógrado do conteúdo.</p><p>· Reflexos secretomotores: Estímulos sensoriais no lúmen intestinal podem desencadear a liberação de substâncias como muco e fluidos, adaptando as condições locais para a digestão e absorção.</p><p>Interação com o Sistema Imune:</p><p>O SNE interage diretamente com as células imunológicas presentes na mucosa intestinal, desempenhando um papel fundamental na vigilância imune e na manutenção da homeostase intestinal. Ele modula a resposta imune local, influenciando a liberação de citocinas e a ativação de células imunocompetentes, além de participar da defesa contra patógenos.</p><p>· Barreira Mucosa: A interação entre neurônios entéricos e células imunológicas é essencial para a manutenção da integridade da barreira mucosa, prevenindo a translocação de microrganismos patogênicos e toxinas.</p><p>PROBLEMA 2: DESCREVER O FUNCIONAMENTO DO SGI (MOTILIDADE, SECREÇÃO, ABSORÇÃO E DEFECAÇÃO:</p><p>Os processos digestórios começam antes do alimento entrar na boca, estimulados por cheiros, visão ou pensamentos sobre comida, o que provoca salivação e roncos estomacais. Esta resposta antecipatória é conhecida como fase cefálica da digestão. O estímulo ativa neurônios no bulbo, que enviam sinais para as glândulas salivares e, através do nervo vago, para o sistema nervoso entérico. Em resposta, o estômago, intestino e órgãos glandulares iniciam secreções e aumentam a motilidade em antecipação ao alimento.</p><p>|DIGESTÃO MECÂNICA E QUÍMICA DA BOCA</p><p>Mastigação:</p><p>- Dentes e Função: Os dentes anteriores (incisivos) cortam os alimentos, enquanto os dentes posteriores (molares) trituram e moem. Essa ação mecânica reduz o tamanho das partículas alimentares e aumenta a área de superfície para a digestão enzimática.</p><p>- Controle Neural: Os músculos da mastigação são inervados pelo ramo motor do quinto nervo craniano (nervo trigêmeo). O processo de mastigação é regulado pelos centros do tronco encefálico e é estimulado por áreas específicas no cérebro associadas ao paladar e olfato. O reflexo de mastigação começa com a presença do bolo alimentar na boca, que aciona uma sequência de contrações musculares que trituram e misturam o alimento.</p><p>A digestão mecânica começa na cavidade oral com a mastigação, onde os lábios, língua e dentes transformam o alimento em um bolo alimentar amolecido e umedecido.</p><p>Quando o alimento entra na boca, ele é envolvido por saliva, que tem quatro funções principais:</p><p>1. Amolecer e lubrificar o alimento, facilitando a deglutição.</p><p>2. Iniciar a digestão do amido por meio da amilase salivar, que quebra o amido em maltose.</p><p>3. Dissolver o alimento para permitir a gustação.</p><p>4. Defesa, com a lisozima, uma enzima antibacteriana, e imunoglobulinas que combatem bactérias e vírus.</p><p>|DEGLUTIÇÃO</p><p>A deglutição é um reflexo que empurra o bolo alimentar para o esôfago, iniciado quando a língua pressiona o bolo contra o palato mole. Sinais são enviados ao bulbo, que controla os músculos da faringe e do esôfago. Durante o processo, a nasofaringe e a traqueia são fechadas, e a respiração é inibida. O bolo é empurrado para o estômago por ondas peristálticas, com a ajuda da gravidade, embora esta não seja essencial.</p><p>|ABSORÇÃO</p><p>O estômago absorve poucas substâncias devido à ausência de vilosidades e à baixa permeabilidade das células epiteliais, sendo apenas algumas substâncias lipossolúveis, como álcool e aspirina, absorvidas em pequenas quantidades. No intestino delgado, a área absortiva é aumentada pelas pregas de Kerckring, vilosidades e microvilosidades, que juntas ampliam a superfície da mucosa em cerca de 1.000 vezes, alcançando uma área total de 250 m².</p><p>Absorção de Água:</p><p>Absorvida pela mucosa intestinal por difusão, seguindo as leis da osmose. Quando o quimo é diluído, a água se move para o sangue das vilosidades. Em casos de soluções hiperosmóticas, a água pode se mover do plasma para o quimo.</p><p>Absorção de Íons:</p><p>O sódio é ativamente transportado através da membrana intestinal, essencial para a absorção de açúcares e aminoácidos. Esse transporte exige energia do ATP e é acompanhado pela absorção de íons cloreto, que seguem o gradiente eletroquímico gerado pelo sódio. O sódio é cotransportado por proteínas como o cotransportador de sódio-glicose, cotransportador de sódio-aminoácido e trocador de sódio-hidrogênio, promovendo a absorção de glicose, aminoácidos e mantendo o equilíbrio acidobásico.</p><p>A aldosterona secretada pelos córtices das glândulas adrenais, aumenta a absorção de sódio no intestino, especialmente durante a desidratação. Ela ativa mecanismos que intensificam a absorção de sódio, o que também aumenta a absorção de cloreto e água.</p><p>No intestino delgado superior, a absorção de cloreto ocorre rapidamente por difusão, seguindo o gradiente elétrico gerado pelo sódio. No íleo e intestino grosso, o cloreto é absorvido através do trocador cloreto-bicarbonato e sai da célula pela membrana basolateral através de canais de cloreto.</p><p>O íon bicarbonato é absorvido indiretamente: a absorção de sódio no intestino leva à secreção de íons hidrogênio, que se combinam com bicarbonato para formar ácido carbônico. Esse ácido se dissocia em água e dióxido de carbono. A água permanece no quimo, enquanto o dióxido de carbono é absorvido pelo sangue e expirado pelos pulmões. Esse processo é semelhante ao que ocorre nos túbulos renais.</p><p>Os íons cálcio são absorvidos ativamente no duodeno, controlados pelo hormônio paratireoide e pela vitamina D, que intensifica a absorção.</p><p>Íons ferro também são absorvidos ativamente no intestino delgado. Íons como potássio, magnésio e fosfato são absorvidos ativamente, com íons monovalentes sendo absorvidos mais facilmente e em maior quantidade do que os bivalentes.</p><p>Absorção de Nutrientes:</p><p>Carboidratos: São absorvidos principalmente como monossacarídeos, com a glicose sendo a mais abundante devido à digestão do amido. A glicose é absorvida por cotransporte com sódio, onde a baixa concentração intracelular de sódio, criada pela bomba Na+-K+, facilita a entrada de glicose. A galactose é transportada de forma semelhante, enquanto a frutose usa difusão facilitada e é convertida em glicose dentro da célula.</p><p>Proteínas: São absorvidas na forma de dipeptídeos, tripeptídeos e alguns aminoácidos livres. O transporte é realizado por cotransporte com sódio, onde a energia do gradiente de sódio ajuda a mover aminoácidos e peptídeos para dentro da célula epitelial.</p><p>Gorduras: Monoglicerídeos e ácidos graxos livres são transportados para as células intestinais através das micelas, que facilitam a difusão dos lipídios para as membranas celulares. Dentro da célula, os lipídios são convertidos em triglicerídeos e formam quilomícrons, que são transportados para o sangue via ducto linfático torácico.</p><p>Absorção no Intestino Grosso e Formação de Fezes:</p><p>- Intestino Grosso Proximal (Cólon Absortivo): Principal responsável pela absorção de eletrólitos e água. Absorve ativamente sódio, o que promove a absorção de cloreto. Também secreta bicarbonato em troca de cloreto, ajudando a neutralizar produtos ácidos da ação bacteriana.</p><p>- Intestino Grosso Distal (Cólon de Armazenamento): Armazena as fezes até a excreção. A absorção de sódio e cloreto cria um gradiente osmótico que leva à absorção de água, consolidando o conteúdo intestinal em fezes.</p><p>Para uma sessão de tutoria de medicina, é essencial descrever o Sistema Gastrointestinal (SGI) de forma abrangente, abordando tanto a motilidade quanto a secreção em cada segmento do trato gastrointestinal. Vou detalhar o funcionamento de cada parte do SGI, com base em princípios de fisiologia.</p><p>MOTILIDADE E SECREÇÃO: Funcionamento dos Segmentos</p><p>|CAVIDADE ORAL</p><p>Deglutição:</p><p>1. Fase</p><p>Voluntária: O alimento é empurrado para a faringe pela pressão da língua.</p><p>2. Fase Faríngea Involuntária: Inclui o fechamento das narinas posteriores, aproximação das pregas palatofaríngeas, elevação e fechamento da laringe pela epiglote, e relaxamento do esfíncter esofágico superior para permitir a passagem do alimento para o esôfago.</p><p>3. Fase Esofágica:</p><p>- Peristaltismo Primário: Ocorre uma onda peristáltica que segue da faringe para o estômago.</p><p>- Peristaltismo Secundário: Se o alimento não for completamente movido pelo peristaltismo primário, o esôfago inicia ondas peristálticas secundárias. Essas ondas são parcialmente controladas por reflexos vagais e pelo sistema nervoso entérico.</p><p>- Relaxamento Receptivo: O esfíncter inferior relaxo para permitir a passagem do alimento e evitar o refluxo.</p><p>|ESTÔMAGO</p><p>Funções Motoras:</p><p>- Armazenamento: O estômago armazena alimentos e regula a liberação para o intestino delgado. A capacidade do estômago para se expandir e acomodar grandes volumes de alimento é facilitada por um reflexo vagovagal.</p><p>- Mistura e Propulsão: O estômago mistura o alimento com secreções gástricas para formar o quimo. As ondas peristálticas do corpo gástrico e do antro promovem a mistura e o movimento do quimo em direção ao piloro. O movimento peristáltico intenso e a contração do esfíncter pilórico controlam a liberação do quimo para o intestino delgado.</p><p>Esvaziamento Gástrico:</p><p>- Controle do Piloro: O esfíncter pilórico regula o esvaziamento do estômago para o duodeno, evitando a passagem de partículas não digeridas.</p><p>- Regulação: O esvaziamento gástrico é promovido pelo volume alimentar e pela gastrina, enquanto é inibido por reflexos nervosos e hormonais duodenais, como os reflexos enterogástricos e a ação de hormônios como a colecistoquinina (CCK), secretina e o GIP (peptídeo inibidor gástrico).</p><p>|INTESTINO DELGADO</p><p>Movimentos:</p><p>- Contrações de Mistura (Segmentação): As contrações de segmentação promovem a mistura do quimo e aumentam a superfície de contato para a absorção.</p><p>- Movimentos Propulsivos: As ondas peristálticas movem o quimo para frente ao longo do intestino delgado. O peristaltismo é mais rápido no intestino proximal e mais lento no terminal. Reflexos gastroentéricos e a entrada de hormônios como a gastrina, CCK, motilina e serotonina aumentam a motilidade intestinal.</p><p>- Peristaltismo Rápido e Potente: Pode ocorrer em resposta a distensão ou irritação, levando o conteúdo do intestino delgado ao cólon.</p><p>|VÁLVULA ILEOCOCAL</p><p>- Função: Impede o refluxo do conteúdo cecal para o íleo. A válvula se projeta para o lúmen do ceco e o esfíncter ileocecal regula a passagem do conteúdo ileal para o ceco.</p><p>|CÓLON</p><p>Funções:</p><p>- Absorção e Armazenamento: O cólon absorve água e eletrólitos, formando fezes sólidas. A metade proximal é responsável pela absorção, enquanto a metade distal armazena as fezes.</p><p>Movimentos:</p><p>- Movimentos de Mistura (Haustrações): Constrições circulares no cólon formam haustrações, permitindo a absorção e movimentação do conteúdo.</p><p>- Movimentos de Massa: Movimentos propulsivos que ocorrem do ceco ao sigmoide, movendo grandes volumes de material fecal em massa. São facilitados pelos reflexos gastrocólicos e duodenocólicos.</p><p>Resumo dos Controles Neurais e Hormonais:</p><p>- Mastigação e Deglutição: Controladas pelo sistema nervoso central e reflexos, envolvendo nervos cranianos e centros do tronco encefálico.</p><p>- Motilidade Estomacal e Intestinal: Regida por uma combinação de sinais nervosos e hormonais que ajustam a velocidade e a intensidade das contrações para otimizar a digestão e absorção.</p><p>- Controle do Esvaziamento Gástrico e Movimentos Intestinais: Influenciado por reflexos locais e sistêmicos, além de hormônios que ajustam a motilidade e a absorção.</p><p>PROCESSO DE DEFECAÇÃO:</p><p>Início da Defecação:</p><p>Quando as fezes se movem em direção ao reto, ocorre um movimento de massa que estimula o desejo de defecar. Esse desejo é causado pela distensão (alongamento) da parede do reto, que ativa uma série de respostas reflexas. O reto começa a se contrair reflexivamente e, simultaneamente, os esfíncteres anais se relaxam para permitir a passagem das fezes.</p><p>Controle dos Esfíncteres Anais:</p><p>- Esfíncter Anal Interno: Este é um espessamento do músculo liso circular que está localizado imediatamente dentro do ânus. Ele mantém uma constrição tônica, o que ajuda a evitar que as fezes gotejem continuamente pelo ânus.</p><p>- Esfíncter Anal Externo: Composto por músculo estriado voluntário, este esfíncter circunda o esfíncter anal interno e se estende distalmente a ele. O esfíncter anal externo é controlado pelo nervo pudendo, que faz parte do Sistema Nervoso Somático (SNS), permitindo o controle voluntário, consciente ou ao menos subconsciente da defecação.</p><p>Reflexos de Defecação:</p><p>- Reflexo Intrínseco (Mioentérico): Este reflexo é mediado pelo Sistema Nervoso Entérico (SNE), que está localizado na parede do reto. Quando as fezes entram no reto, a distensão da parede retal envia sinais aferentes que são transmitidos pelo plexo mioentérico. Esses sinais iniciam ondas peristálticas (movimentos de contração e relaxamento) no cólon descendente, sigmoide e reto, empurrando as fezes em direção ao ânus. Conforme as ondas peristálticas se aproximam do ânus, o esfíncter anal interno relaxa devido a sinais inibitórios provenientes do plexo mioentérico. Se o esfíncter anal externo também estiver relaxado, a defecação ocorre.</p><p>- Reflexo Parassimpático: Este reflexo é essencial para intensificar o reflexo mioentérico. Quando o reto é distendido, sinais são transmitidos para a medula espinhal e, de lá, retornam ao cólon descendente, sigmoide, reto e ânus por meio das fibras nervosas parassimpáticas localizadas nos nervos esplâncnicos pélvicos. Esses sinais parassimpáticos aumentam significativamente as ondas peristálticas e relaxam o esfíncter anal interno. Assim, o reflexo mioentérico, que por si só é um esforço relativamente fraco, se torna um potente processo de defecação, capaz de esvaziar o intestino grosso desde a flexura esplênica do cólon até o ânus.</p><p>Controle da Defecação em Neonatos e Pessoas com Lesão Espinhal:</p><p>Em neonatos e em pessoas com lesões na medula espinhal, o controle consciente da defecação pode estar comprometido. Nessas condições, os reflexos de defecação podem levar ao esvaziamento automático do intestino grosso em momentos inoportunos, devido à falta de controle consciente sobre o relaxamento ou contração dos esfíncteres anais.</p><p>PROBLEMA 3: DESCREVER A MATURAÇÃO DO TGI E MICROBIOTA INTESTINAL</p><p>MATURAÇÃO: NASCIMENTO E PRIMEIROS MESES</p><p>Esôfago:</p><p>Nas primeiras 12 horas após o nascimento, a motilidade esofágica do recém-nascido está diminuída. Isso ocorre devido ao tamanho reduzido da parte inferior do esfíncter esofágico inferior (EEI) e ao seu posicionamento relativamente alto em relação ao diafragma, facilitando o refluxo gastroesofágico. Esse refluxo é ainda mais comum em lactentes, pois o ângulo entre o esôfago e o estômago é menos agudo. A maturação do EEI começa a ocorrer a partir do primeiro mês de vida, e o tônus geralmente melhora até os 12 meses, reduzindo a incidência de regurgitação. Durante esse tempo, os movimentos peristálticos, que são inicialmente menos coordenados, tornam-se mais eficazes com o desenvolvimento neuromuscular, o que geralmente ocorre por volta dos 3 a 6 meses de idade.</p><p>Estômago:</p><p>A produção de ácido gástrico e pepsina é inicialmente limitada nos recém-nascidos, começando a melhorar gradualmente a partir dos 2 a 3 meses de vida, o que facilita a digestão de proteínas. A capacidade de armazenamento do estômago é reduzida nos primeiros meses, com uma motilidade aumentada para acomodar as necessidades alimentares crescentes. A secreção gástrica, incluindo ácido e enzimas, se desenvolve ao longo dos primeiros 6 meses, atingindo níveis mais adequados para a digestão eficiente por volta do final desse período.</p><p>Intestino Delgado:</p><p>Inicialmente, o intestino delgado possui vilosidades e microvilosidades menos desenvolvidas. A maturação dessas estruturas começa de forma</p><p>significativa a partir do segundo mês de vida, com um aumento na superfície de absorção ao longo dos primeiros 6 meses. A atividade das enzimas digestivas, como lactase, amilase e lipase, também melhora com a idade. A lactase, crucial para a digestão da lactose, atinge sua atividade máxima por volta dos 3 a 4 meses de vida, mas pode variar conforme a introdução de alimentos sólidos, o que geralmente começa entre os 4 e 6 meses.</p><p>Intestino Grosso:</p><p>O cólon do recém-nascido desenvolve gradualmente sua capacidade de absorver água e eletrólitos, ajudando a formar fezes sólidas e a manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico. Esse processo de maturação começa nos primeiros meses de vida, com uma evolução significativa entre os 4 e 6 meses. A colonização por microrganismos benéficos no intestino grosso também começa logo após o nascimento e evolui conforme a dieta e o ambiente, ajudando na fermentação de fibras e na produção de ácidos graxos de cadeia curta. Esse processo é crucial para o desenvolvimento de uma microbiota intestinal saudável e atinge maior estabilidade por volta dos 2 a 3 anos de idade.</p><p>INTRODUÇÃO ALIMENTAR (6 Meses a 2 Anos)</p><p>Adaptação à Dieta Sólida:</p><p>A introdução alimentar marca o início de uma transição crítica no desenvolvimento gastrointestinal e imunológico da criança. Durante esse período, o trato gastrointestinal (TGI) precisa se adaptar a novos tipos de alimentos, o que envolve a maturação de várias enzimas digestivas e alterações na motilidade intestinal.</p><p>Enzimas Digestivas:</p><p>- Amilase Pancreática: Aumenta sua atividade para facilitar a digestão de carboidratos complexos presentes nos alimentos sólidos, como amidos. Inicialmente, a produção dessa enzima é limitada, mas sua atividade aumenta gradualmente à medida que a dieta da criança se torna mais rica em carboidratos.</p><p>- Proteases (Tripsina, Quimotripsina): Enzimas responsáveis pela digestão de proteínas que, assim como a amilase, têm sua atividade aumentada após a introdução de alimentos sólidos. A digestão de proteínas exige uma maturação do ambiente ácido no estômago e da atividade proteolítica no intestino delgado.</p><p>- Lipase Pancreática: Essencial para a digestão de gorduras, a atividade da lipase pancreática também se intensifica com a introdução de alimentos que contêm lipídios. Essa enzima trabalha em conjunto com as bile-sais, que emulsificam as gorduras, facilitando sua absorção no intestino delgado.</p><p>- Lactase: A enzima responsável pela digestão da lactose, presente em menor quantidade após o desmame, mas crucial durante a introdução de produtos lácteos. A atividade da lactase pode diminuir à medida que os produtos lácteos são reduzidos na dieta.</p><p>Motilidade Gastrointestinal:</p><p>Com a introdução de alimentos sólidos, a motilidade gastrointestinal se ajusta para processar e transportar esses novos alimentos ao longo do trato digestivo. O estômago adapta sua capacidade de armazenamento e esvaziamento, enquanto o intestino delgado otimiza a absorção dos nutrientes. A motilidade colônica também é ajustada para garantir uma evacuação regular e eficiente.</p><p>Função Imunológica Intestinal:</p><p>- A introdução alimentar estimula o desenvolvimento da função imunológica no intestino. Há um aumento na produção de imunoglobulina A (IgA), que protege a mucosa intestinal contra patógenos e antígenos alimentares. As células de Paneth, localizadas nas criptas intestinais, aumentam a produção de defensinas, que desempenham um papel crucial na defesa antimicrobiana.</p><p>Idade Pré-Escolar e Escolar:</p><p>Maturidade do TGI:</p><p>Durante a idade pré-escolar, o trato gastrointestinal continua a amadurecer, alcançando uma capacidade de digestão e absorção de nutrientes mais eficiente, semelhante à dos adultos. As secreções enzimáticas e a motilidade do TGI se tornam mais refinadas, permitindo uma digestão eficiente de uma dieta variada e rica em nutrientes.</p><p>Microbiota Intestinal:</p><p>A microbiota intestinal se torna mais estável e diversificada, refletindo uma flora intestinal madura, capaz de produzir vitaminas essenciais, metabolizar nutrientes complexos e proteger contra patógenos. A composição da microbiota nessa fase é influenciada pela dieta, pelo estilo de vida e por fatores ambientais, e desempenha um papel central na prevenção de doenças metabólicas e inflamatórias ao longo da vida.</p><p>MATURAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL</p><p>Nascimento e Primeiros Meses</p><p>Durante o parto vaginal, o bebê adquire bactérias da microbiota vaginal da mãe, como Lactobacillus e Bacteroides. Essa colonização inicial ajuda no desenvolvimento do sistema digestivo e imunológico do recém-nascido. Bebês nascidos por cesárea têm uma microbiota inicial diferente, com menor presença de Lactobacillus.</p><p>Diversificação da Microbiota Intestinal:</p><p>A introdução de novos alimentos promove uma diversificação significativa na microbiota intestinal da criança, o que é fundamental para a saúde gastrointestinal e imunológica.</p><p>Alterações na Composição da Microbiota:</p><p>Durante a introdução alimentar, a predominância inicial de Bifidobacterium nos bebês amamentados tende a diminuir, dando lugar a Firmicutes (como Lactobacillus e Clostridium) e bacteroides, que são especialistas na fermentação de fibras e na produção de ácidos graxos de cadeia curta, benéficos para a saúde. A introdução de produtos lácteos e fermentados também favorece o crescimento de Actinobactéria, diversificando o microbioma. Por outro lado, Proteobacteria podem proliferar temporariamente, especialmente com mudanças na dieta ou uso de antibióticos, destacando a importância de manter o equilíbrio microbiano para evitar disbiose.</p><p>Função da Microbiota na Digestão e Imunidade:</p><p>- A microbiota intestinal diversificada desempenha um papel crucial na fermentação de fibras alimentares, levando à produção de AGCC, que são importantes fontes de energia para as células do cólon e ajudam a manter a integridade da barreira intestinal.</p><p>- A interação entre a microbiota e o sistema imunológico também se intensifica, com as bactérias intestinais promovendo a maturação das células imunológicas e a produção de citocinas reguladoras, que ajudam a prevenir inflamações descontroladas e a proteger contra infecções.</p><p>Idade Pré-Escolar e Escola</p><p>Composição Fina: A microbiota torna-se mais semelhante à de um adulto, refletindo um equilíbrio entre diferentes espécies bacterianas. A microbiota madura contribui para a saúde intestinal, a digestão eficiente e a proteção contra patógenos. Ela também desempenha um papel na regulação do sistema imunológico e na prevenção de doenças metabólicas.</p><p>PROBLEMA 4: IDENTIFICAR OS COMPONENTES DO LEITE MATERNO.</p><p>Nos primeiros dias de vida do recémnascido, as mamas produzem colostro, líquido rico em proteínas, minerais, fatores de crescimento e imunológicos (células e imunoglobulina A secretora), em volume médio de 30 mL/dia. Durante as 2 primeiras semanas de vida, o colostro dá lugar ao leite de transição, e posterior mente ao leite maduro, que supre todas as necessidades nutricionais do lactente até o 6º mês de vida.</p><p>PROBLEMA 5: EXPLICAR AS NECESSIDADES NUTRICIONAIS DA CRIANÇA E RELACIONAR COM A INTRODUÇÃO ALIMENTAR (METABOLISMO VITAMINA D E CÁLCIO).</p><p>Necessidades Nutricionais da Criança e Introdução Alimentar</p><p>A introdução alimentar a partir dos 6 meses é crucial para atender às necessidades nutricionais que o leite materno, sozinho, não consegue mais suprir. Nesse período, a alimentação complementar deve fornecer água, energia, macronutrientes (proteínas, lipídios, carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e minerais) em quantidades adequadas para sustentar o rápido crescimento e desenvolvimento da criança. Esse período é crítico devido ao risco de alimentos inadequados e contaminação, levando a doenças diarreicas, desnutrição, deficiência de micronutrientes (como anemia ferropriva) e obesidade.</p><p>Macronutrientes:</p><p>- Energia: As necessidades calóricas variam de acordo com a idade: 200 kcal/dia entre 6 e 8 meses, 300 kcal/dia entre 9 e 11 meses, e 550 kcal/dia dos 12 aos 23 meses.</p><p>Proteínas: A densidade proteica</p><p>recomendada é de 0,7 g/100 kcal. Para garantir o crescimento e desenvolvimento adequado, a ingestão de proteínas de alta qualidade é essencial. Além disso, a recomendação é de aproximadamente 1,2 a 1,5 g de proteína por quilograma de peso corporal por dia para lactentes e crianças pequenas, ajustando-se conforme a faixa etária e as necessidades específicas.</p><p>- Lipídios: Devem compor 30 a 45% da energia total, com óleos vegetais ricos em ômega-3 e ômega-6, como óleo de soja, canola ou azeite de oliva.</p><p>Micronutrientes:</p><p>- Ferro: Fundamental para prevenir anemia ferropriva, especialmente em crianças menores de 2 anos. O ferro heme (presente em carnes) tem alta biodisponibilidade (20-30% de absorção), enquanto o ferro não-heme (de origem vegetal) é menos absorvido (2-10%), mas pode ter sua absorção aumentada pela vitamina C. Alimentos ricos em ferro incluem carnes vermelhas e vegetais folhosos.</p><p>- Vitamina C: Facilita a absorção do ferro não-heme e desempenha um papel crucial na imunidade. Está presente em frutas cítricas, morangos, kiwi e vegetais como brócolis e pimentão.</p><p>- Vitamina A: Importante para a visão, crescimento e função imunológica, encontrada em alimentos como cenoura, batata-doce, espinafre e fígado.</p><p>- Vitaminas do complexo B: Essenciais para o metabolismo energético (tiamina, niacina, riboflavina) e função neurológica (B12). Alimentos ricos incluem cereais integrais, carnes, ovos e legumes.</p><p>- Vitamina D e Cálcio: A vitamina D regula a absorção de cálcio, essencial para o desenvolvimento ósseo e prevenção de osteoporose futura. A vitamina D pode ser sintetizada pela pele com exposição ao sol ou obtida através de alimentos como peixes gordurosos, gemas de ovos e produtos lácteos fortificados.</p><p>Após ser absorvida ou sintetizada, a vitamina D é convertida no fígado em 25-hidroxivitamina D, a forma circulante principal, que é posteriormente ativada nos rins para 1,25-diidroxivitamina D, a forma biologicamente ativa.</p><p>Após ser absorvida ou sintetizada, a vitamina D é inicialmente convertida no fígado em 25-hidroxivitamina D (calcidiol), que é a principal forma circulante. Posteriormente, nos rins, ela é convertida em 1,25-diidroxivitamina D (calcitriol), a forma biologicamente ativa. O calcitriol é essencial para a absorção eficiente de cálcio no intestino, a mobilização de cálcio dos ossos e a reabsorção de cálcio nos rins.</p><p>Durante a infância e adolescência, as necessidades de cálcio são elevadas devido ao rápido crescimento e à formação de massa óssea. A ingestão adequada de cálcio (1.300 mg/dia na adolescência) deve ser garantida, com pelo menos 60% vindo de produtos lácteos devido à sua alta biodisponibilidade.</p><p>O cálcio, absorvido principalmente no intestino delgado, e sua absorção varia de acordo com a necessidade do organismo, a quantidade de cálcio na dieta e a presença de vitamina D que aumenta a expressão de proteínas transportadoras de cálcio no intestino. é vital para a formação e manutenção da estrutura óssea, além de desempenhar funções importantes na contração muscular, transmissão nervosa e coagulação sanguínea. A vitamina D aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo, promovendo a calcificação óssea e o desenvolvimento adequado do esqueleto.</p><p>A insuficiência de vitamina D e cálcio pode levar a um comprometimento na aquisição de massa óssea, aumentando o risco de osteoporose na vida adulta.</p><p>Minerais:</p><p>- Zinco: Necessário para crescimento e maturação sexual, especialmente durante a adolescência. A deficiência pode causar atraso no crescimento e problemas na puberdade. Boas fontes incluem carnes, grãos integrais e leguminosas.</p><p>- Fósforo: Trabalha em conjunto com o cálcio para a formação de ossos e dentes. Está presente em alimentos como leite, carnes e nozes.</p><p>- Ácido Fólico: Importante para a síntese de DNA e crescimento celular, particularmente crítico em adolescentes e mulheres em idade reprodutiva. Alimentos ricos em folato incluem vegetais verdes, feijões e cítricos.</p><p>Cuidados Específicos:</p><p>- Leite de Vaca: Não recomendado antes de 1 ano, pois pode causar sobrecarga renal devido aos altos níveis de proteínas e minerais, além de ter baixa biodisponibilidade de ferro.</p><p>- Suplementação: A vitamina D deve ser suplementada desde a primeira semana de vida até os 24 meses (400 UI/dia até 12 meses, 600 UI/dia após), enquanto a suplementação de ferro é indicada até os 24 meses para prevenir anemia.</p><p>Fase Pré-Escolar (2 a 6 anos):</p><p>Nesta fase, a alimentação deve consolidar hábitos alimentares saudáveis. As necessidades energéticas aumentam de acordo com o crescimento, e a dieta deve ser variada e equilibrada, com atenção para garantir a ingestão adequada de vitaminas e minerais, como cálcio e ferro, cruciais para o desenvolvimento ósseo e prevenção de anemia.</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>

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