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<p>21 99678-1100 @inovasabercon</p><p>Inovações na Educação:</p><p>Anais do 3º Congresso</p><p>Nacional de Educação</p><p>2024</p><p>SHEILA DA SILVA FERREIRA ARANTES</p><p>(Organizadora)</p><p>ANAIS DO 3º CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO</p><p>Julho 2024</p><p>2</p><p>3</p><p>FICHA CATALOGRÁFICA</p><p>Anais do 3º Congresso Nacional de Educação - Julho 2024</p><p>4</p><p>19</p><p>254</p><p>Palestrantes 11</p><p>10</p><p>07</p><p>Programa do Congresso</p><p>242</p><p>Comitê Organizador e</p><p>Científico</p><p>ApêndicesApresentação dos Anais</p><p>do III Congresso Nacional</p><p>de Educação Perguntas e respostas da</p><p>Roda de Conversa sobre IA</p><p>73</p><p>Sumário</p><p>23Resumos das Palestras</p><p>Informações de Contato 413</p><p>412</p><p>Comunicações Orais</p><p>Convite da IV edição do</p><p>InovaSaberCon</p><p>05Mensagem de Abertura</p><p>Apresentações das</p><p>Palestras</p><p>É com grande entusiasmo que iniciamos este documento com uma</p><p>mensagem de boas-vindas da comissão organizadora do III</p><p>Congresso Nacional de Educação. Este evento reuniu 700</p><p>participantes dedicados, entre educadores, pesquisadores,</p><p>estudantes e profissionais da área, evidenciando a relevância e o</p><p>impacto do congresso no cenário educacional.</p><p>A importância deste congresso se reflete na rica troca de</p><p>conhecimentos e experiências que promovemos, abordando temas</p><p>essenciais para o avanço da educação em nosso país. Nosso</p><p>objetivo principal foi proporcionar um espaço de diálogo e reflexão</p><p>sobre as práticas educativas contemporâneas, as inovações</p><p>tecnológicas na educação e as estratégias para enfrentar os</p><p>desafios atuais do ensino.</p><p>Entre os objetivos alcançados, destacamos:</p><p>Ampliação do Conhecimento: Foram apresentadas palestras e</p><p>comunicações orais que abordaram desde metodologias inovadoras</p><p>até o uso da inteligência artificial na educação, proporcionando aos</p><p>participantes novas perspectivas e insights valiosos.</p><p>Integração de Saberes: O congresso permitiu a interação entre</p><p>profissionais de diversas áreas e níveis de ensino, fomentando</p><p>colaborações que transcendem o evento e que contribuirão para o</p><p>desenvolvimento contínuo do setor educacional.</p><p>5</p><p>Mensagem de Abertura</p><p>6</p><p>Publicação e Lançamento de Livro: Como marco deste congresso,</p><p>celebramos a publicação e o lançamento do livro contendo os anais</p><p>do evento. Este livro compila os resumos das palestras,</p><p>comunicações orais e as discussões mais significativas, tornando-se</p><p>uma referência valiosa para todos os envolvidos na educação. Com</p><p>um ISBN dedicado, esta publicação enriquece o currículo dos</p><p>participantes e contribui para a disseminação do conhecimento</p><p>gerado durante o congresso.</p><p>Fortalecimento da Comunidade Educacional: A participação ativa de</p><p>700 pessoas reafirma o compromisso da nossa comunidade com a</p><p>excelência na educação. O engajamento dos congressistas,</p><p>palestrantes e alunos foi fundamental para o sucesso do evento,</p><p>criando uma atmosfera de colaboração e aprendizado mútuo.</p><p>Agradecemos profundamente a todos os palestrantes por</p><p>compartilharem seu conhecimento e experiência, aos alunos que</p><p>apresentaram suas comunicações orais pela dedicação em suas</p><p>pesquisas, aos congressistas pelo engajamento e participação ativa</p><p>nas discussões, e à equipe organizadora pelo trabalho árduo e</p><p>comprometimento em cada detalhe do evento.</p><p>Estamos honrados por ter contado com a presença de todos vocês e</p><p>esperamos que as discussões iniciadas aqui continuem a inspirar e</p><p>promover avanços significativos na prática educativa, e que os</p><p>conhecimentos compartilhados se transformem em ações concretas</p><p>em nossas instituições.</p><p>Com gratidão,</p><p>Sheila Arantes</p><p>7</p><p>Apresentação dos Anais do III</p><p>Congresso Nacional de Educação</p><p>Prezados(as) Leitores(as),</p><p>É com grande satisfação que apresentamos os Anais do III</p><p>Congresso Nacional de Educação. Este documento reúne as</p><p>contribuições valiosas de palestrantes, alunos e congressistas que</p><p>participaram deste evento marcante, refletindo o compromisso com</p><p>a educação de qualidade e a inovação.</p><p>Iniciamos com uma mensagem de boas-vindas da comissão</p><p>organizadora, destacando a importância do congresso e os objetivos</p><p>alcançados durante o evento. Conheça os profissionais dedicados</p><p>que compuseram o comitê organizador e científico, responsáveis por</p><p>garantir a excelência na organização e na seleção dos trabalhos</p><p>apresentados.</p><p>Encontre o cronograma detalhado das atividades, incluindo</p><p>palestras, , mesas-redondas e os textos das comunicações orais, que</p><p>proporcionaram uma rica troca de conhecimentos e experiências.</p><p>Apresentamos uma lista completa dos palestrantes, incluindo suas</p><p>afiliações e biografias, que enriqueceram o congresso com suas</p><p>perspectivas e expertise.</p><p>Aqui você encontrará os resumos das palestras apresentadas,</p><p>oferecendo uma visão geral dos tópicos discutidos e das principais</p><p>conclusões de cada sessão. Esta seção reúne os resumos das</p><p>comunicações orais dos alunos, destacando suas pesquisas e</p><p>descobertas, que contribuíram significativamente para o debate</p><p>acadêmico.</p><p>8</p><p>Explore as perguntas e respostas da roda de conversa sobre</p><p>Inteligência Artificial, onde especialistas discutiram as implicações,</p><p>oportunidades e desafios da IA na educação. Expressamos nossa</p><p>gratidão a todos os palestrantes, alunos, congressistas e equipe</p><p>organizadora, cujo empenho e dedicação tornaram este congresso</p><p>um sucesso.</p><p>Incluímos anexos relevantes, como listas de participantes, materiais</p><p>adicionais e outras informações que complementam os conteúdos</p><p>discutidos durante o congresso. Esta seção contém os textos</p><p>completos das apresentações dos palestrantes, proporcionando um</p><p>recurso valioso para aprofundamento e referência futura.</p><p>Um índice detalhado facilita a localização de temas e autores</p><p>específicos dentro dos anais, tornando a consulta mais eficiente.</p><p>Disponibilizamos os dados de contato da instituição organizadora</p><p>para eventuais dúvidas ou necessidades adicionais.</p><p>Convidamos todos a participarem da IV edição do Congresso</p><p>Nacional de Educação, em 17, 18 e 19 de julho de 2025 com a</p><p>garantia de novas discussões enriquecedoras e avanços</p><p>significativos no campo educacional.</p><p>Agradecemos pela leitura e esperamos que os Anais do III Congresso</p><p>Nacional de Educação sejam uma fonte rica de conhecimento e</p><p>inspiração para todos os envolvidos na educação.</p><p>Atenciosamente,</p><p>Sheila Arantes</p><p>9</p><p>Explore as perguntas e respostas da roda de conversa sobre</p><p>Inteligência Artificial, onde especialistas discutiram as implicações,</p><p>oportunidades e desafios da IA na educação. Expressamos nossa</p><p>gratidão a todos os palestrantes, alunos, congressistas e equipe</p><p>organizadora, cujo empenho e dedicação tornaram este congresso</p><p>um sucesso.</p><p>Incluímos anexos relevantes, como listas de participantes, materiais</p><p>adicionais e outras informações que complementam os conteúdos</p><p>discutidos durante o congresso. Esta seção contém os textos</p><p>completos das apresentações dos palestrantes, proporcionando um</p><p>recurso valioso para aprofundamento e referência futura.</p><p>Um índice detalhado facilita a localização de temas e autores</p><p>específicos dentro dos anais, tornando a consulta mais eficiente.</p><p>Disponibilizamos os dados de contato da instituição organizadora</p><p>para eventuais dúvidas ou necessidades adicionais.</p><p>Convidamos todos a participarem da IV edição do Congresso</p><p>Nacional de Educação, em 17, 18 e 19 de julho de 2025 com a</p><p>garantia de novas discussões enriquecedoras e avanços</p><p>significativos no campo educacional.</p><p>Agradecemos pela leitura e esperamos que os Anais do III Congresso</p><p>Nacional de Educação sejam uma fonte rica de conhecimento e</p><p>inspiração para todos os envolvidos na educação.</p><p>Atenciosamente,</p><p>Sheila Arantes</p><p>10</p><p>ANAIS DO 3º CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO</p><p>Anais do 3º Congresso Nacional de Educação - Julho 2024</p><p>Coordenação Geral</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes</p><p>Comitê Científico</p><p>Presidente: Sheila da Silva Ferreira Arantes</p><p>Liliane Pinto da Silva</p><p>Glenda Campos</p><p>Saulo Ribeiro</p><p>Nadia Pinto da Silva</p><p>Flávia Christine Sant’Anna Matos Almeida</p><p>Carla Cristina Pereira de Oliveira</p><p>Monitoras</p><p>Inglid Cristine de Oliveira</p><p>Zenaide Conceição de Souza Santos</p><p>11</p><p>Lista de Palestrantes</p><p>Doutoranda em Informática na UFRJ, é mestre em</p><p>Novas Tecnologias Digitais na Educação, com pós-</p><p>graduações em Gestão Educacional e</p><p>Frateschi. Interações dialógicas no ensino</p><p>de Biologia: modos semióticos e o processo de construção de significados nas</p><p>atividades de campo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, Vigo, v.</p><p>16, n. 2, p. 173195, 2017.</p><p>ZABALA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Tradução: Ernani F. da F.</p><p>Rosa. Porto Alegre: Artmed. 2010.</p><p>59</p><p>A transformação digital tem impactado significativamente a educação, trazendo</p><p>mudanças profundas na forma de ensinar e aprender. Educadores precisam</p><p>dominar ferramentas tecnológicas para oferecer uma educação de qualidade. A</p><p>proficiência digital dos professores é essencial para a inovação pedagógica e a</p><p>eficácia do ensino.</p><p>A resolução nº 02/2019 destaca a importância das competências digitais na</p><p>formação de professores, estabelecendo padrões para integrar tecnologias</p><p>digitais nas práticas pedagógicas. O Centro de Inovação para a Educação</p><p>Brasileira (CIEB) contribuiu com uma matriz de competências digitais, alinhada às</p><p>diretrizes curriculares nacionais, que serve como guia para o desenvolvimento</p><p>contínuo dos educadores. A formação continuada em proficiência digital é</p><p>indispensável para que os professores acompanhem as inovações tecnológicas e</p><p>as apliquem eficazmente no ensino-aprendizagem.</p><p>Araripe (2020) destaca que a proficiência digital envolve habilidades,</p><p>conhecimentos e atitudes essenciais para o uso eficaz das tecnologias digitais. A</p><p>formação contínua e contextualizada é crucial para capacitar os professores a</p><p>enfrentar desafios tecnológicos em suas práticas educacionais.</p><p>Apesar do reconhecimento da importância da proficiência digital, a</p><p>implementação prática enfrenta desafios como limitações de recursos, falta de</p><p>tempo e necessidade de facilitadores qualificados. A adoção de metodologias</p><p>pedagógicas inovadoras pode ajudar a superar esses obstáculos, oferecendo aos</p><p>professores oportunidades de aprendizado significativo. O capítulo analisa a</p><p>importância da proficiência digital na educação, explorando marcos normativos,</p><p>diretrizes curriculares e práticas formativas que visam capacitar os educadores.</p><p>PROFICIÊNCIA DIGITAL NA FORMAÇÃO DE</p><p>PROFESSORES: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O</p><p>FUTURO DA EDUCAÇÃO</p><p>Sheila Arantes</p><p>60</p><p>Ao integrar essas tecnologias, os professores melhoram suas práticas</p><p>pedagógicas e contribuem para a formação de cidadãos críticos em uma</p><p>sociedade digitalizada.</p><p>Proficiência Digital</p><p>A proficiência digital é definida como o conjunto de habilidades, conhecimentos e</p><p>atitudes necessárias para o uso eficaz das tecnologias digitais no contexto</p><p>educacional. Essa competência é crucial para que educadores integrem</p><p>tecnologias digitais em suas práticas pedagógicas, promovendo uma educação</p><p>mais interativa e adaptada às necessidades dos alunos na era digital. Araripe</p><p>(2020) destaca que a proficiência digital vai além do uso de ferramentas</p><p>tecnológicas, incluindo a capacidade de criar e interpretar conteúdos digitais de</p><p>maneira crítica e reflexiva.</p><p>Com o advento das tecnologias digitais, a educação passou por transformações</p><p>significativas. Ferramentas digitais como plataformas de aprendizado online,</p><p>aplicativos educacionais e recursos multimídia expandiram as possibilidades de</p><p>ensino e aprendizagem, permitindo abordagens pedagógicas mais dinâmicas e</p><p>personalizadas. Segundo Chaves e Souza (2021), essas transformações exigem</p><p>que os educadores desenvolvam competências digitais para acompanhar as</p><p>mudanças tecnológicas e maximizar as oportunidades de aprendizado dos</p><p>alunos.</p><p>Formação Continuada e Proficiência Digital</p><p>A formação continuada dos professores é essencial em um mundo digitalizado</p><p>para que possam acompanhar as mudanças tecnológicas e integrá-las</p><p>eficazmente em suas práticas pedagógicas. Isso garante uma educação de</p><p>qualidade que prepara os alunos para os desafios do século XXI. A UNESCO e a</p><p>Resolução Nº 02/2019 do Ministério da Educação do Brasil destacam a</p><p>importância dessa formação para desenvolver competências digitais nos</p><p>professores. Professores com alta proficiência digital criam ambientes de</p><p>aprendizagem interativos e colaborativos, promovendo o engajamento dos alunos</p><p>e adaptando suas práticas conforme necessário.</p><p>61</p><p>O Papel dos Educadores na Era Digital</p><p>Na era digital, a proficiência digital dos educadores é crucial para integrar</p><p>tecnologias de forma eficaz nas práticas pedagógicas. Isso permite a criação de</p><p>ambientes de aprendizagem inovadores, interativos e colaborativos, que atendem</p><p>às demandas dos alunos do século XXI. Educadores com alta proficiência digital</p><p>promovem o desenvolvimento de habilidades essenciais como resolução de</p><p>problemas, pensamento crítico e criatividade, oferecendo experiências de</p><p>aprendizagem diversificadas e adaptadas às necessidades individuais dos</p><p>alunos.</p><p>As perspectivas para a integração de novas tecnologias no ensino são</p><p>promissoras, com tecnologias digitais cada vez mais integradas ao currículo</p><p>escolar, proporcionando experiências de aprendizado ricas e diversificadas. A</p><p>formação continuada dos professores em proficiência digital será essencial para</p><p>aproveitar essas tecnologias de forma eficaz. O papel dos educadores é crucial</p><p>para transformar a educação, desenvolvendo ambientes de aprendizagem</p><p>inovadores que preparam os alunos para o futuro, com foco na personalização,</p><p>interatividade e inclusão.</p><p>Conclusão</p><p>A educação digital transforma o ensino e a aprendizagem, respondendo às</p><p>demandas de um mundo interconectado. A proficiência digital dos educadores é</p><p>essencial para integrar tecnologias de forma eficaz nas práticas pedagógicas,</p><p>criando ambientes inovadores e centrados no aluno. A formação continuada em</p><p>proficiência digital é vital para acompanhar as inovações tecnológicas,</p><p>oferecendo diversas modalidades de desenvolvimento. Educadores proficientes</p><p>impactam diretamente as competências digitais dos alunos, preparando-os para</p><p>serem cidadãos críticos e responsáveis no mundo digital.</p><p>O futuro da educação digital é promissor, com tecnologias emergentes como</p><p>inteligência artificial, realidade aumentada e aprendizagem adaptativa</p><p>transformando o cenário educacional. Essas tecnologias permitem personalizar o</p><p>aprendizado, aumentar o engajamento dos alunos e tornar o ensino mais</p><p>eficiente.</p><p>62</p><p>No entanto, é essencial que os educadores recebam formação contínua e suporte</p><p>adequado para integrar essas inovações em suas práticas pedagógicas.</p><p>A transformação digital na educação é um processo contínuo que exige o</p><p>compromisso e o desenvolvimento constante dos educadores. A formação</p><p>continuada em proficiência digital é crucial para garantir que os professores</p><p>estejam preparados para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do</p><p>mundo digital. Isso contribui para a formação de alunos preparados para o futuro,</p><p>capazes de navegar com competência e ética no cenário tecnológico atual.</p><p>63</p><p>Referências</p><p>ARARIPE, M. Competências digitais na formação inicial de professores. Centro de</p><p>Inovação para a Educação Brasileira (CIEB), 2020.</p><p>BRASIL. Resolução Nº 02/2019. Ministério da Educação, 2019.</p><p>CHAVES, A.; SOUZA, P. Formação continuada em proficiência digital. 2021.</p><p>LOUREIRO, A.; MEIRINHOS, M.; OSÓRIO, A. Desafios na formação continuada de</p><p>professores. 2020.</p><p>MODELSKI, G.; GIRAFFA, L.; CASARTELLI, M. Competências digitais na educação.</p><p>2019.</p><p>PEREIRA, R.; SOUSA, J. Proficiência digital dos educadores. 2022.</p><p>SILVA, M.; ALMEIDA, J. Tecnologias digitais na educação. 2019.</p><p>UNESCO. Competências digitais para professores. 2009.</p><p>64</p><p>A palestra "Adaptação Escolar: Recebendo Estudantes de Escolas Extintas e</p><p>Transferidos – A Escola Fechou, e Agora?" abordou os desafios e estratégias para</p><p>acolher e integrar estudantes oriundos de escolas extintas, destacando a</p><p>importância da colaboração entre famílias, gestores, professores e secretários</p><p>escolares. Esse fenômeno, intensificado pela pandemia, trouxe dificuldades</p><p>significativas para o sistema educacional brasileiro.</p><p>Enquadramento Legal do Encerramento de Atividades Escolares: Discutiu-se o</p><p>encerramento por iniciativa da mantenedora ou por determinação do poder</p><p>público, destacando o papel crucial da inspeção escolar em garantir a</p><p>regularidade do sistema educacional e na expedição de documentos dos alunos.</p><p>Impacto nos Concluintes do Ensino Médio: Foi destacado o impacto negativo</p><p>para estudantes que não conseguem obter a documentação necessária para</p><p>ingressar no ensino superior, exemplificando com um caso judicial.</p><p>Autonomia Administrativa e Pedagógica: A importância da autonomia das</p><p>instituições de ensino foi enfatizada, permitindo a adaptação das políticas</p><p>educacionais às necessidades dos alunos transferidos. O Regimento Escolar e as</p><p>normas para transferências e adaptações são fundamentais nesse processo.</p><p>Desafios e Estratégias:</p><p>- Famílias: A transição pode ser difícil devido às questões logísticas e emocionais</p><p>ao procurar novas escolas. A participação ativa na escolha da nova escola e o</p><p>apoio emocional são cruciais.</p><p>- Gestores: Enfrentam o desafio de integrar novos alunos sem comprometer a</p><p>qualidade do ensino. O planejamento antecipado e a comunicação clara são</p><p>essenciais.</p><p>ADAPTAÇÃO ESCOLAR: RECEBENDO ESTUDANTES DE</p><p>ESCOLAS EXTINTAS E TRANSFERIDOS – A ESCOLA FECHOU,</p><p>E AGORA? DESAFIOS E ESTRATÉGIAS PARA FAMÍLIAS,</p><p>GESTORES, PROFESSORES E SECRETÁRIOS ESCOLARES</p><p>Glenda Campos</p><p>65</p><p>- Professores: Devem lidar com a diversidade de níveis de aprendizagem e</p><p>adaptar metodologias de ensino rapidamente. A formação continuada é</p><p>fundamental.</p><p>- Secretários Escolares: São responsáveis pela documentação e regularização,</p><p>devendo se manter atualizados sobre normas e procedimentos para</p><p>transferências, classificação e reclassificação.</p><p>Processos Eletrônicos para Escolas Extintas: Enfatizou-se a importância do uso</p><p>de processos eletrônicos para a obtenção de documentos escolares e a</p><p>regularização dos alunos.</p><p>Conclusão: A adaptação escolar de estudantes de escolas extintas e transferidos</p><p>é um processo complexo, mas com estratégias bem definidas e colaboração</p><p>entre todos os envolvidos, é possível transformar esses desafios em</p><p>oportunidades de crescimento e desenvolvimento para toda a comunidade</p><p>escolar.</p><p>Apresentação Pessoal</p><p>Sou Glenda Campos, mineira de origem e carioca há 23 anos. Sou mãe do Pedro e</p><p>da Alice. Tenho uma sólida formação acadêmica com um mestrado em Novas</p><p>Tecnologias para Educação, sou Pedagoga de formação e possuo diversas</p><p>especializações em áreas como Educação 4.0, Projetos Educacionais, Gestão</p><p>Escolar, Supervisão e Coordenação Pedagógica.</p><p>Fundadora do projeto Secretaria 365 dias, atuo como consultora educacional.</p><p>Atualmente, sou Secretária Geral das Instituições: Colégio Realengo, Colégio e</p><p>Curso Aplicação (Vila Militar e Jacarepaguá) e do Centro Universitário São José.</p><p>Além disso, coordeno um Curso Técnico em Secretaria Escolar e sou docente do</p><p>Curso Normal do Colégio Realengo. Também atuo como tutora nos cursos de</p><p>graduação e docente de pós-graduação na UniSãoJosé.</p><p>Meu trabalho é guiado pelo compromisso de contribuir para uma educação de</p><p>qualidade, adaptando e inovando constantemente para atender às necessidades</p><p>de nossos alunos e instituições.</p><p>66</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da</p><p>União, Brasília, 1988.</p><p>BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei nº 9.394, de</p><p>20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Brasília, 1996.</p><p>CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.</p><p>DELIBERAÇÃO CEE Nº 239, de 06 de abril de 1999. Disponível em:</p><p><https://www.cee.rj.gov.br/deliberacoes/D_1999-236-245.pdf>. Acesso em: 25</p><p>mai. 2024.</p><p>CONSELHO ESTADUAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. DELIBERAÇÃO CEE Nº</p><p>340, de 05 de novembro de 2013. Disponível em:</p><p><https://www.cee.rj.gov.br/deliberacoes/D_2013-340.pdf>. Acesso em: 25 mai.</p><p>2024.</p><p>CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.</p><p>Deliberação CEE nº 388, 08 de dezembro de 2020. Disponível em:</p><p><http://www.cee.rj.gov.br/deliberacoes/D_2020-388.pdf>. Acesso em: 20 mar.</p><p>2022.</p><p>FOLHAPRESS. Crise faz milhares de alunos migrarem da rede privada para a</p><p>pública. Folha de S.Paulo, 2020. Disponível em:</p><p><https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/07/crise-faz-milhares-de-alunos-</p><p>migrarem-da-rede-privada-para-a-publica.shtml>.</p><p>LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2006.</p><p>RIBEIRO, A.; OLIVEIRA, B.; SOUZA, C. O impacto da pandemia na educação:</p><p>Sequelas duradouras e desafios para o Brasil. Revista Brasileira de Educação, v.</p><p>20, n. 3, p. 45-62, 2021.</p><p>SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23ª ed. São</p><p>Paulo: Cortez, 2007.</p><p>67</p><p>A qualidade da educação é um tema central nas discussões atuais, e a</p><p>personalização do ensino é crucial para alcançar a excelência educacional.</p><p>Reconhecer a diversidade nas salas de aula e atender às necessidades individuais</p><p>dos alunos promove um aprendizado mais significativo e inclusivo.</p><p>Uma estratégia promissora é a aplicação do Perfil Comportamental DISC, que</p><p>categoriza os comportamentos em Dominante, Influente, Estável e Conforme.</p><p>Compreender e aplicar o DISC permite aos educadores adaptar suas</p><p>metodologias às características de cada aluno, enriquecendo a experiência</p><p>educacional e promovendo um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e</p><p>responsivo.</p><p>A personalização do ensino adapta o processo educativo às necessidades</p><p>específicas de cada estudante, fundamentando-se nas teorias de aprendizagem</p><p>significativa de David Ausubel. Isso promove uma aprendizagem mais profunda e</p><p>duradoura ao conectar novos conhecimentos com a estrutura cognitiva</p><p>preexistente do aluno.</p><p>Moran destaca a importância da inovação e flexibilidade no currículo escolar,</p><p>utilizando tecnologias digitais para adaptar o ensino às necessidades individuais</p><p>dos alunos. Ferramentas digitais permitem um aprendizado personalizado, onde</p><p>os alunos podem progredir no seu próprio ritmo e receber feedback imediato,</p><p>aumentando a eficácia do ensino e promovendo maior engajamento e autonomia.</p><p>A integração de tecnologias digitais no currículo favorece a aquisição de</p><p>competências essenciais para o século XXI, como pensamento crítico,</p><p>colaboração e habilidades digitais.</p><p>PERSONALIZAÇÃO DO ENSINO: A APLICAÇÃO DO PERFIL</p><p>COMPORTAMENTAL DISC PARA UMA EDUCAÇÃO</p><p>INCLUSIVA E EFICAZ</p><p>Carlos Buzulin e Sheila Arantes</p><p>68</p><p>Moran sugere que a personalização do ensino, apoiada pela tecnologia, prepara</p><p>os alunos para um mundo em constante mudança e promove a inclusão,</p><p>proporcionando acesso a recursos e oportunidades de aprendizagem a alunos de</p><p>diferentes contextos socioeconômicos e culturais.</p><p>No contexto brasileiro, a personalização do ensino é vista como uma estratégia</p><p>fundamental para promover a equidade e reduzir desigualdades educacionais.</p><p>Adaptar as metodologias às necessidades individuais dos alunos permite</p><p>oferecer suporte específico e desafios adicionais, criando um ambiente</p><p>educacional mais inclusivo e equilibrado.</p><p>A personalização do ensino respeita a dignidade e individualidade de cada aluno,</p><p>promovendo uma abordagem educativa humanizadora. Arantes (2024) enfatiza</p><p>que essa prática valoriza cada estudante como um ser integral, considerando</p><p>suas vivências, interesses e necessidades, e promovendo um desenvolvimento</p><p>holístico.</p><p>A personalização do ensino, fundamentada nas teorias de Ausubel, nas inovações</p><p>de Moran e na prática ética de Arantes, representa um avanço significativo na</p><p>educação contemporânea. Esse modelo valoriza as diferenças individuais e utiliza</p><p>a tecnologia para potencializar o aprendizado, garantindo uma educação de</p><p>qualidade e equitativa. Isso prepara os alunos para enfrentar desafios futuros</p><p>com confiança e competência, contribuindo para uma sociedade mais justa e</p><p>inclusiva.</p><p>A importância de entender e respeitar os perfis comportamentais individuais,</p><p>especialmente no contexto educacional. Muitas vezes, pais e educadores tentam</p><p>moldar crianças de acordo com seus próprios perfis, sem considerar as</p><p>características naturais de cada uma. Isso pode levar a uma comunicação</p><p>ineficaz e ao desenvolvimento de crenças errôneas nas crianças sobre seus</p><p>próprios perfis.</p><p>A falta de compreensão sobre perfis</p><p>comportamentais resulta em práticas</p><p>educacionais que não consideram as diferenças individuais dos alunos, rotulando</p><p>aqueles que não se encaixam na metodologia padrão como disfuncionais.</p><p>69</p><p>O texto destaca que os melhores educadores são aqueles que conseguem se</p><p>comunicar na linguagem dos seus alunos, adaptando-se às suas necessidades</p><p>individuais.</p><p>O Perfil Comportamental é descrito como uma linguagem única para cada</p><p>pessoa, formada por uma combinação de fatores que influenciam como ela</p><p>entende e responde a estímulos. Educadores que aplicam essa abordagem criam</p><p>ambientes de ensino mais eficazes e inclusivos.</p><p>Considere os diferentes perfis comportamentais dos alunos para personalizar o</p><p>ensino de forma eficaz, utilizando o modelo DISC. Este modelo categoriza os</p><p>comportamentos em quatro tipos principais:</p><p>Dominante (D): Alunos diretos, assertivos e orientados para resultados.</p><p>Beneficiam-se de atividades desafiadoras e oportunidades de liderança.</p><p>Influente (I): Alunos sociáveis e comunicativos. Preferem ambientes</p><p>colaborativos e atividades interativas.</p><p>Estável (S): Alunos pacientes e cooperativos. Valorizam ambientes de</p><p>aprendizagem previsíveis e apoio consistente.</p><p>Conforme (C): Alunos meticulosos e analíticos. Apreciam tarefas detalhadas e</p><p>feedback minucioso.</p><p>Cada perfil tem características únicas que influenciam a forma como os alunos</p><p>aprendem e interagem, e a personalização do ensino deve levar essas diferenças</p><p>em consideração para ser mais eficaz.</p><p>A integração do modelo DISC na educação, destacando como essa abordagem</p><p>pode enriquecer a experiência educacional ao reconhecer e valorizar as diferentes</p><p>formas de aprendizagem. Arantes (2022) enfatiza a importância de considerar os</p><p>perfis comportamentais para personalizar o ensino de forma eficaz, criando</p><p>estratégias alinhadas às características individuais dos alunos.</p><p>O modelo DISC, criado por William Moulton Marston, categoriza os</p><p>comportamentos em quatro fatores: Dominância, Influência, Estabilidade e</p><p>Conformidade. Cada pessoa possui esses fatores em diferentes intensidades, e</p><p>não há perfil certo ou errado.</p><p>70</p><p>A flexibilidade dos perfis é comparada ao aprendizado de novas línguas, onde se</p><p>adapta sem perder a essência.</p><p>Educadores que utilizam o modelo DISC conseguem adaptar suas estratégias de</p><p>ensino para atender às necessidades individuais dos alunos, promovendo um</p><p>ambiente de aprendizado mais inclusivo e eficaz.</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>VIEIRA, Paulo, e Deibson Silva. Decifre e Influencie Pessoas: Como Conhecer a Si</p><p>e aos Outros, Gerar Conexões Poderosas e Obter Resultados Extraordinários.</p><p>Editora Gente, 2018. ISBN 9788545202516.</p><p>MORÁN, José. Mudando a Educação com Metodologias Ativas. Coleção Mídias</p><p>Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania:</p><p>aproximações jovens. Vol. II. PG: Foca Foto – PROEX/UEPG, 2015.</p><p>PIMENTEL, João. Reflexões sobre as Qualidades da Personalização do Ensino.</p><p>Millenium, 1998.</p><p>MELO, Inayara; DANTAS, Nathallye; LIRA, Fabiola; MACHADO, Adilma; LIMA,</p><p>Henrique. Personalização do Ensino e Tecnologia Desenvolvendo a Leitura nos</p><p>Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Conedu – Congresso Nacional de</p><p>Educação, 2023. ISSN: 2358-8829</p><p>71</p><p>A importância de enxergar o indivíduo com autismo de maneira holística é</p><p>fundamental. O foco não deve estar apenas nos desafios do autismo infantil, mas</p><p>sim nas várias etapas de vida que as pessoas com TEA por exemplo atravessam.</p><p>Principais temas abordados por Geraldo Peçanha de Almeida:</p><p>1, Inclusão e Diversidade: A importância da inclusão em ambientes escolares e</p><p>sociais, incentivando práticas pedagógicas que respeitem as diferenças</p><p>individuais e promovam a integração de pessoas com autismo.</p><p>2. Autismo ao Longo da Vida: O TEA se manifesta e evolui ao longo da vida.</p><p>Aponta que, embora o diagnóstico geralmente ocorra na infância, as pessoas</p><p>com TEA continuam a enfrentar desafios e a necessitar de apoio durante a</p><p>adolescência, a vida adulta e a velhice.</p><p>3. Educação e Estratégias Pedagógicas: Estratégias práticas para educadores e</p><p>pais, focando em técnicas de ensino adaptativas que podem ajudar crianças e</p><p>adultosa aprender e se desenvolver.</p><p>4. Sensibilização e Conscientização: Trabalha para desmistificar o TEA,</p><p>promovendo uma maior compreensão pública sobre o que é o autismo e como a</p><p>sociedade pode apoiar essas pessoas de maneira mais eficaz.</p><p>5. Envelhecimento no TEA: O envelhecimento das pessoas com TEA, um aspecto</p><p>muitas vezes negligenciado. Ele aborda as necessidades específicas que surgem</p><p>com o envelhecimento, tanto em termos de saúde quanto de suporte social e</p><p>emocional.</p><p>INCLUSÃO É CUIDADO – UM OLHAR BASEADO NO AFETO</p><p>Geraldo Peçanha de Almeida</p><p>72</p><p>A busca por ampliar o entendimento do TEA, vai além da visão limitada que</p><p>muitas vezes se tem do autismo apenas na infância, e promove uma abordagem</p><p>que considera a totalidade da experiência de vida das pessoas com TEA.</p><p>As desigualdades socioeconômicas que afetam as famílias de pessoas com</p><p>autismo. O acesso a terapias, medicamentos e recursos de apoio é</p><p>significativamente diferente entre famílias ricas e pobres. Enquanto as famílias</p><p>abastadas têm mais facilidade para obter diagnósticos, tratamentos adequados e</p><p>apoio profissional, as famílias de baixa renda enfrentam enormes desafios.</p><p>A falta de recursos financeiros nas famílias mais pobres resulta em atrasos no</p><p>diagnóstico e no início das intervenções terapêuticas, o que pode prejudicar o</p><p>desenvolvimento da criança autista. Além disso, essas famílias geralmente não</p><p>têm acesso a uma educação de qualidade ou a materiais que estimulam a</p><p>criatividade e o desenvolvimento saudável.</p><p>Essa disparidade cria uma experiência de vida muito diferente para crianças</p><p>autistas de famílias ricas e pobres. O amor dos pais, embora essencial, não</p><p>consegue compensar a falta de recursos e apoio necessário para o</p><p>desenvolvimento ideal dessas crianças. Por isso, é importante defender a</p><p>importância de discutir e enfrentar essas desigualdades, para que todas as</p><p>famílias possam ter acesso ao suporte necessário, independentemente de sua</p><p>condição econômica.</p><p>73</p><p>Comunicações Orais</p><p>RESSIGNIFICANDO O ENSINO DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DE UMA</p><p>APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ALIADA AO USO DE TECNOLOGIAS</p><p>DIGITAIS NO CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES</p><p>Adelaide Aparecida Gomes Nascimento¹</p><p>Antônio Carlos de Abreu Mol²</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes³</p><p>RESUMO</p><p>No contexto do Curso de Formação de Professores, é relevante desenvolver</p><p>uma metodologia pedagógica que integre as quatro operações básicas da</p><p>matemática com tecnologias digitais. Essas ferramentas, mesmo em pequena</p><p>escala, fazem parte do cotidiano das crianças e suas famílias. No entanto, é</p><p>essencial utilizá-las com objetivos específicos no ensino de matemática. A</p><p>proposta de uma Sequência Didática com recursos de gamificação visa</p><p>promover uma aprendizagem significativa na alfabetização matemática para os</p><p>alunos desse curso. Considerando o avanço e a disseminação das tecnologias</p><p>digitais, é fundamental planejar sua adoção de forma pedagógica, visando à</p><p>formação cidadã dos alunos e à reinvenção da educação para preparar</p><p>cidadãos conscientes e participativos no mundo contemporâneo.</p><p>Palavras-chave: Matemática, Aprendizagem significativa, Ferramentas digitais.</p><p>¹ Graduada do Curso de Pedagogia das Faculdades Integradas Simonsen - RJ, Especialização em</p><p>Psicopedagogia nas Faculdades Integradas Simonsen, Mestranda Novas Tecnologias Digitais na</p><p>Educação na Unicarioca, RJ adelaidepedagoga@gmail.com;</p><p>² Doutor em Engenharia Nuclear pelo COPE- Universidade Federal do Rio de Janeiro,</p><p>amol@unicarioca.edu.br</p><p>³ Mestre em Novas Tecnologias Digitais na Educação na Unicarioca, RJ, Doutoranda em Ciências da</p><p>Computação, PPGI, UFRJ, coautor2@email.com;</p><p>74</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Matemática é uma disciplina essencial que permeia diversas áreas do</p><p>conhecimento e está presente em nosso cotidiano, desde edifícios até</p><p>rodovias. Nas escolas, ela é ensinada desde a educação infantil até o ensino</p><p>médio, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento intelectual e</p><p>prático</p><p>dos alunos. Ao enfrentar desafios práticos e aplicar estratégias de</p><p>resolução, os estudantes desenvolvem uma compreensão mais profunda dos</p><p>princípios matemáticos e fortalecem sua criatividade e raciocínio. A relevância</p><p>dessa disciplina é reconhecida, e estratégias eficazes são necessárias para</p><p>promover um ambiente de aprendizado significativo e interativo.</p><p>No contexto brasileiro, a educação matemática enfrenta desafios para se tornar</p><p>relevante e interessante. Estratégias didáticas que relacionem a matemática</p><p>com situações reais são essenciais, incentivando os alunos a perceberem sua</p><p>utilidade prática. A formação continuada de professores é fundamental para</p><p>inovar nas metodologias de ensino, permitindo que os alunos apliquem seus</p><p>conhecimentos matemáticos no dia a dia.</p><p>Nesta perspectiva, este trabalho apresenta uma sequência didática voltada</p><p>para alunos do Ensino Médio no curso de formação de professores. O objetivo é</p><p>propor a utilização de ferramentas tecnológicas no ensino da matemática. A</p><p>abordagem busca tornar o aluno protagonista em seu próprio processo de</p><p>aprendizagem, promovendo satisfação ao aprender e capacitando-o para</p><p>transmitir os conhecimentos básicos da matemática aos seus futuros alunos.</p><p>Para aplicar essa sequência didática, o educador deve compreender o que está</p><p>sendo proposto, embasando-se em uma breve contextualização teórica. Assim,</p><p>poderá explorar de forma significativa as possibilidades oferecidas pelas</p><p>tecnologias digitais em sala de aula. Além disso, é fundamental que o professor</p><p>esteja atualizado sobre as ferramentas disponíveis e saiba como integrá-las de</p><p>maneira eficiente ao currículo, garantindo uma experiência de aprendizagem</p><p>enriquecedora para os estudantes.</p><p>75</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A Matemática é uma disciplina fundamental que transcende diversas áreas do</p><p>conhecimento e está presente em todos os lugares: nos edifícios, nas rodovias,</p><p>nos meios de transporte e até mesmo na natureza. A relação com o dinheiro e</p><p>as noções de lateralidade utilizadas em diversos contextos são apenas</p><p>algumas das situações em que esta disciplina desempenha um papel</p><p>fundamental no nosso dia a dia. Nas escolas, o contato com a Matemática é</p><p>garantido durante toda a educação básica, desde a educação infantil até o</p><p>ensino médio. Ela desempenha um papel crucial no desenvolvimento intelectual</p><p>e prático dos alunos.</p><p>Ao enfrentar desafios práticos e aplicar estratégias para solucioná-los, os</p><p>educandos desenvolvem uma compreensão mais abrangente e significativa</p><p>das relações e princípios matemáticos. Pontes (2022) afirma que a resolução</p><p>de problemas, como método no processo de ensino e aprendizagem de</p><p>Matemática, desempenha um papel fundamental na compreensão dos</p><p>conceitos matemáticos. Além disso, essa prática fortalece a criatividade e o</p><p>raciocínio dos alunos, permitindo que eles apliquem os conhecimentos</p><p>adquiridos de maneira mais eficaz. A relevância dessa disciplina é reconhecida,</p><p>e é imperativo criar estratégias eficazes para promover um ambiente de</p><p>aprendizado significativo, interativo e motivador, permitindo que os alunos</p><p>explorem todo o potencial dessa disciplina enriquecedora.</p><p>No contexto brasileiro, a educação matemática tem enfrentado desafios para</p><p>se tornar relevante e interessante para os alunos, e torna-se necessário criar</p><p>estratégias didáticas que relacionem a matemática com situações reais,</p><p>incentivando os jovens a perceberem sua utilidade prática. Contudo, é essencial</p><p>que os educadores estejam preparados para integrar a matemática no</p><p>cotidiano dos estudantes de maneira criativa e eficaz. Vasquez e Bacury (2022)</p><p>indicam que a formação continuada de professores é chave para inovar nas</p><p>metodologias de ensino de matemática, garantindo que os alunos possam</p><p>aplicar seus conhecimentos matemáticos em diversas situações da vida</p><p>cotidiana.</p><p>76</p><p>No ensino da matemática nas séries iniciais, o uso de tecnologias digitais é</p><p>cada vez mais relevante. Essas ferramentas permitem que os alunos visualizem</p><p>conceitos matemáticos por meio de aplicações concretas. A Base Nacional</p><p>Comum Curricular (BNCC) destaca a importância ética e reflexiva do uso</p><p>dessas tecnologias para desenvolver conhecimentos e resolver problemas</p><p>cotidianos.</p><p>O novo processo formativo nas redes digitais exige adaptação constante e a</p><p>busca por soluções inovadoras para promover a aprendizagem eficaz. O</p><p>avanço das tecnologias digitais tem transformado profundamente o cenário</p><p>educacional. Nesse contexto, Ferrari et al. (2023) afirmam que o papel dos</p><p>educadores também passa por uma redefinição significativa: os educadores</p><p>não são mais apenas transmissores de informações; agora, eles atuam como</p><p>facilitadores do conhecimento, guiando os alunos em suas jornadas de</p><p>aprendizagem. As tecnologias digitais permitem que os alunos acessem</p><p>conteúdos de forma autônoma, mas os docentes incentivam a colaboração,</p><p>promovendo discussões e projetos conjuntos.</p><p>Os educadores precisam se atualizar constantemente para acompanhar as</p><p>novas ferramentas e métodos de ensino, pois o impacto das tecnologias</p><p>digitais no ensino-aprendizagem tem implicações profundas no papel dos</p><p>educadores e na dinâmica da sala de aula. Essa transformação evidencia que</p><p>os docentes estão se tornando cada vez mais facilitadores do conhecimento,</p><p>orientando e apoiando os alunos em um ambiente de aprendizagem</p><p>autodirigido e colaborativo. Essa evolução requer uma contínua reformulação</p><p>das estratégias pedagógicas e uma adaptação constante às novas ferramentas</p><p>e métodos de ensino.</p><p>A incorporação da tecnologia digital no ambiente educacional representa um</p><p>marco significativo na evolução do ensino. Além de facilitar o acesso a uma</p><p>ampla variedade de informações, essa integração promove uma interação</p><p>dinâmica entre alunos e professores. Por meio de ferramentas digitais,</p><p>educadores e futuros professores podem personalizar o aprendizado,</p><p>atendendo às necessidades individuais dos alunos e estimulando maior</p><p>participação. Adicionalmente, a tecnologia viabiliza métodos de ensino</p><p>inovadores, preparando os alunos para um futuro cada vez mais digitalizado</p><p>(Dutra et al., 2024)</p><p>77</p><p>Segundo Arantes (2019), a sequência didática é um processo que considera os</p><p>conhecimentos prévios dos alunos e envolve etapas avaliativas para</p><p>ressignificar e reconfigurar o aprendizado. Essas sequências conectam</p><p>atividades, facilitando a compreensão e aquisição de conhecimentos. Elas</p><p>desempenham um papel importante na educação, promovendo a retenção de</p><p>conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades. As sequências didáticas</p><p>organizam os conteúdos de forma sequencial, permitindo que os alunos</p><p>avancem gradualmente e contextualizem o aprendizado, tornando-o mais</p><p>significativo e relevante.</p><p>A presente pesquisa descreve uma sequência didática que utiliza ferramentas</p><p>digitais no ensino da matemática para alunos do curso de formação de</p><p>professores. Essa abordagem visa promover uma educação mais eficaz e</p><p>envolvente, organizando os conteúdos de forma sequencial e contextualizada.</p><p>A estrutura da sequência segue um framework padronizado para atingir os</p><p>objetivos estabelecidos.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A pesquisa atual está em andamento, portanto, as propostas apresentadas</p><p>ainda não foram implementadas, o que impede a discussão dos resultados.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Com base no que foi apresentado, percebe-se que o avanço e a disseminação</p><p>das tecnologias digitais ampliam as possibilidades pedagógicas. No contexto</p><p>do ensino de matemática, o uso dessas tecnologias representa uma fronteira</p><p>promissora e desafiadora, onde a educação de qualidade e inclusiva deve</p><p>prevalecer. A adoção dessas tecnologias deve ser planejada de forma</p><p>pedagógica, visando à formação cidadã dos alunos e reinventando a educação</p><p>para formar cidadãos conscientes e participativos no mundo contemporâneo.</p><p>78</p><p>As tecnologias digitais desempenham um papel relevante nas propostas</p><p>pedagógicas, especialmente por estarem presentes na realidade das crianças e</p><p>suas famílias. No entanto, é fundamental que sejam utilizadas com objetivos</p><p>específicos dentro do processo de</p><p>ensino nos conteúdos matemáticos. A</p><p>aprendizagem significativa ocorre quando uma nova ideia se relaciona aos</p><p>conhecimentos prévios, em uma situação relevante para o estudante, proposta</p><p>pelo professor. Além disso, o uso das ferramentas tecnológicas gera motivação</p><p>e curiosidade nas crianças e jovens de diferentes faixas etárias. Na Sequência</p><p>Didática proposta neste trabalho, utilizaram-se recursos de gamificação por</p><p>meio das tecnologias digitais com o objetivo de promover aos alunos do Curso</p><p>de formação de professores uma aprendizagem significativa na alfabetização</p><p>matemática.</p><p>79</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARANTES, S. D. S. F. Sequência Didática: fundamentada na Aprendizagem</p><p>Significativa como facilitadora no processo de Alfabetização e Letramento</p><p>mediada pelas Novas Tecnologias Digitais. Rio de Janeiro: Appris, 2022.</p><p>DUTRA, Iolanda Teixwira Leal; OLIVEIRA, Flávia Cristina de; FACHIN, Elizete Ana</p><p>Guareski; SILVA, Regiane Letícia da, FILHO, Pedro Noberto de Paula;</p><p>DOMINGUES ,Kleydyson Mota 6; GUIMARÃES, Ueudison Alves. O impacto das</p><p>tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem. REVISTA FT. 2024,</p><p>DOI: 10.5281/zenodo.10982842. Acesso em 08 de junho de 2024.</p><p>FERRARI, R. F., dos Santos, D. S., Correa, F., de Figueirôa, L. M., & Magalhães, M.</p><p>S. (2023). O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO PROCESSO DE ENSINO</p><p>APRENDIZAGEM. Revista Ilustração, 4(6), 21-27.</p><p>PONTES, Edel Alexandre Silva. A PRÁTICA DOCENTE DO PROFESSOR DE</p><p>MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA POR</p><p>INTERMÉDIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.</p><p>RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, [S. l.], v. 3, n.</p><p>10, p. e3102039, 2022. DOI: 10.47820/recima21.v3i10.2039. Disponível em:</p><p>https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/2039. Acesso em: 20</p><p>jun. 2024.</p><p>VASQUEZ, lícia Gonçalves Vasquez; BACURY, Gerson Ribeiro. Formação</p><p>continuada e suas contribuições para as práticas matemáticas no âmbito da</p><p>Educação no Campo. Revista Ciência & Educação, Bauru, v. 28, e22052, 2022.</p><p>Disponível em https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?</p><p>lang=pt, acesso em 19 de junho de 2024.</p><p>https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?lang=pt</p><p>80</p><p>ARANTES, S. D. S. F. Sequência Didática: fundamentada na Aprendizagem</p><p>Significativa como facilitadora no processo de Alfabetização e Letramento</p><p>mediada pelas Novas Tecnologias Digitais. Rio de Janeiro: Appris, 2022.</p><p>DUTRA, Iolanda Teixwira Leal; OLIVEIRA, Flávia Cristina de; FACHIN, Elizete Ana</p><p>Guareski; SILVA, Regiane Letícia da, FILHO, Pedro Noberto de Paula;</p><p>DOMINGUES ,Kleydyson Mota 6; GUIMARÃES, Ueudison Alves. O impacto das</p><p>tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem. REVISTA FT. 2024,</p><p>DOI: 10.5281/zenodo.10982842. Acesso em 08 de junho de 2024.</p><p>FERRARI, R. F., dos Santos, D. S., Correa, F., de Figueirôa, L. M., & Magalhães, M.</p><p>S. (2023). O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NO PROCESSO DE ENSINO</p><p>APRENDIZAGEM. Revista Ilustração, 4(6), 21-27.</p><p>PONTES, Edel Alexandre Silva. A PRÁTICA DOCENTE DO PROFESSOR DE</p><p>MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO, PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA POR</p><p>INTERMÉDIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA.</p><p>RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, [S. l.], v. 3, n.</p><p>10, p. e3102039, 2022. DOI: 10.47820/recima21.v3i10.2039. Disponível em:</p><p>https://recima21.com.br/index.php/recima21/article/view/2039. Acesso em: 20</p><p>jun. 2024.</p><p>VASQUEZ, lícia Gonçalves Vasquez; BACURY, Gerson Ribeiro. Formação</p><p>continuada e suas contribuições para as práticas matemáticas no âmbito da</p><p>Educação no Campo. Revista Ciência & Educação, Bauru, v. 28, e22052, 2022.</p><p>Disponível em https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?</p><p>lang=pt, acesso em 19 de junho de 2024.</p><p>https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?lang=pt</p><p>https://www.scielo.br/j/ciedu/a/BGhv8kGyBz5tbFyjzCr7FLz/?lang=pt</p><p>81</p><p>GESTORES ESCOLARES E TECNOLOGIAS DIGITAIS: UM CAMINHO</p><p>PARA A INOVAÇÃO EDUCACIONAL</p><p>Ana Beatriz Da Silva Francisco</p><p>Camila De Paoli Leporace</p><p>Sheila Da Silva Ferreira Arantes</p><p>RESUMO</p><p>Esta pesquisa investiga os desafios e benefícios da formação continuada dos</p><p>gestores escolares, com foco no uso de tecnologias digitais. O objetivo é</p><p>promover uma metodologia que apoie a gestão escolar na capacitação de</p><p>professores para a integração dessas tecnologias em sala de aula. Adotando</p><p>uma abordagem qualitativa, a pesquisa utiliza entrevistas semi-estruturadas</p><p>com gestores escolares para identificar os principais desafios e necessidades.</p><p>A partir das informações coletadas, está sendo desenvolvidos uma sequência</p><p>didática e um e-book como materiais de apoio para a formação continuada dos</p><p>gestores. A aplicação da sequência didática tem como intuito mostrar as</p><p>diferentes maneiras de integrar tecnologias digitais no ambiente escolar,</p><p>avaliando sua efetividade e impacto na aprendizagem. Espera-se que os</p><p>resultados forneçam obstáculos significativos e produtivos para os gestores</p><p>escolares. A sequência didática transcende em ofertar uma capacitação dos</p><p>gestores, promovendo práticas pedagógicas inovadoras e uma maior</p><p>integração das tecnologias no ensino. Conclui-se que a formação continuada</p><p>dos gestores é essencial para a melhoria da qualidade da educação, permitindo</p><p>a criação de um ambiente escolar mais dinâmico e interativo. A implementação</p><p>de práticas pedagógicas inovadoras, aliada à integração eficaz das tecnologias</p><p>digitais, pode transformar positivamente o processo de ensino-aprendizagem.</p><p>Palavras-chave: Gestão Escolar, Formação Continuada, Tecnologias Digitais,</p><p>Educação Inovadora..</p><p>82</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A gestão escolar é um elemento crucial para a promoção de uma educação de</p><p>qualidade, desempenhando um papel vital na formação contínua dos</p><p>professores e na implementação de práticas educativas inovadoras. Segundo</p><p>Delgado et al. (2021), a formação adequada dos gestores é essencial para que</p><p>possam exercer suas funções de maneira eficaz, envolvendo toda a equipe e a</p><p>comunidade escolar. A literatura aponta que a formação continuada dos</p><p>gestores contribui significativamente para a qualificação do ensino e a</p><p>promoção de um ambiente educacional colaborativo e democrático (Carmo,</p><p>2023).</p><p>A presente pesquisa busca investigar os desafios e benefícios da formação</p><p>continuada dos gestores escolares, com foco no uso de tecnologias digitais. O</p><p>estudo explora como a formação específica em tecnologias pode capacitar os</p><p>gestores a promover práticas pedagógicas inovadoras e a integrar efetivamente</p><p>essas ferramentas no ambiente escolar. A importância da formação continuada</p><p>para gestores escolares é destacada por diversos estudos. Carmo (2023)</p><p>ressalta que a formação dos gestores é fundamental para garantir uma</p><p>aprendizagem significativa e melhorar a qualidade da educação. Contudo, há</p><p>uma lacuna na literatura sobre a formação de gestores especificamente voltada</p><p>para o uso de tecnologias digitais (Melo et al., 2020). A pandemia de COVID-19</p><p>evidenciou a necessidade urgente de competências digitais, colocando os</p><p>gestores escolares no centro das adaptações necessárias para o ensino remoto</p><p>(Silva et al., 2023).</p><p>A escolha deste tema foi motivada pela observação direta dos desafios</p><p>enfrentados por gestores escolares durante a pandemia, período em que a falta</p><p>de preparo para o uso de tecnologias digitais se tornou evidente. A experiência</p><p>pessoal no ambiente educacional e o interesse em contribuir para a melhoria</p><p>das práticas de gestão e ensino foram fatores determinantes para a realização</p><p>desta pesquisa. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo é promover uma</p><p>metodologia que apoie a gestão escolar na capacitação de professores para o</p><p>uso de tecnologias digitais em sala de aula.</p><p>83</p><p>Os objetivos específicos incluem: identificar os principais desafios enfrentados</p><p>pelos gestores na utilização das tecnologias digitais através de uma pesquisa</p><p>preliminar; desenvolver uma sequência didática como suporte de material de</p><p>apoio para a formação continuada dos gestores; elaborar um e-book como</p><p>material didático</p><p>da sequência didática; aplicar a sequência didática com os</p><p>gestores, demonstrando as diferentes maneiras pelas quais a tecnologia pode</p><p>ser integrada no ambiente escolar; e avaliar o processo desenvolvido através da</p><p>sequência didática, analisando a sua efetividade e a utilização das tecnologias</p><p>digitais pelos gestores em uma aprendizagem significativa.</p><p>A pesquisa adotará uma abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semi-</p><p>estruturadas com gestores escolares para identificar os desafios e</p><p>necessidades relacionados ao uso de tecnologias digitais. A sequência didática</p><p>que será desenvolvida tem como intuito ser aplicada com um grupo de</p><p>gestores, e os resultados serão avaliados através de análises de conteúdo e</p><p>feedbacks obtidos durante o processo. As discussões preliminares indicam que</p><p>a falta de formação específica em tecnologias digitais é um obstáculo</p><p>significativo para os gestores escolares. Os resultados esperados incluem a</p><p>identificação de práticas eficazes para a integração de tecnologias digitais no</p><p>ambiente escolar e a elaboração de materiais de apoio que possam ser</p><p>utilizados em formações futuras. A aplicação da sequência didática deverá</p><p>demonstrar melhorias na capacitação dos gestores e na utilização de</p><p>tecnologias nas práticas pedagógicas.</p><p>A pesquisa destaca a importância da formação continuada dos gestores</p><p>escolares, especialmente no contexto da crescente digitalização do ensino. Ao</p><p>promover uma metodologia de capacitação focada no uso de tecnologias</p><p>digitais, espera-se contribuir para a melhoria da qualidade da educação e para a</p><p>criação de um ambiente escolar mais dinâmico e interativo. A implementação</p><p>de práticas pedagógicas inovadoras e a integração eficaz das tecnologias</p><p>digitais podem transformar positivamente o processo de ensino-aprendizagem,</p><p>beneficiando tanto os professores quanto os alunos.</p><p>84</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A gestão escolar é um campo de estudo essencial para a promoção de uma</p><p>educação de qualidade. Os gestores escolares desempenham um papel crucial</p><p>na formação contínua dos professores e na implementação de práticas</p><p>educativas inovadoras. A literatura sobre o tema destaca a importância da</p><p>formação adequada dos gestores para que possam exercer suas funções de</p><p>maneira eficaz, envolvendo toda a equipe e a comunidade escolar (Delgado et</p><p>al., 2021).</p><p>Segundo Carmo (2023), a formação continuada dos gestores escolares é</p><p>fundamental para garantir uma aprendizagem significativa e uma maior</p><p>qualificação na educação brasileira. A gestão escolar deve promover uma</p><p>coordenação inspiradora e de referência, sendo essencial que os gestores</p><p>estejam bem preparados para enfrentar os desafios do ambiente educacional.</p><p>No entanto, há uma lacuna significativa na literatura em relação à formação de</p><p>gestores especificamente voltada para o uso de tecnologias digitais (Melo et</p><p>al., 2020).</p><p>A pandemia de COVID-19 trouxe à tona a necessidade urgente de competências</p><p>digitais entre os gestores escolares. Durante este período, os gestores tiveram</p><p>que se adaptar rapidamente ao ensino remoto, utilizando tecnologias digitais</p><p>para apoiar professores e alunos (Silva et al., 2023). Esse contexto evidenciou a</p><p>importância de uma formação contínua e específica em tecnologias digitais</p><p>para os gestores, permitindo que eles promovam práticas pedagógicas</p><p>inovadoras e integrem efetivamente essas ferramentas no ambiente escolar</p><p>(Alves, 2020).</p><p>A teoria do desenvolvimento sustentável, aplicada ao contexto educacional,</p><p>sugere que a integração de tecnologias digitais pode contribuir para a</p><p>sustentabilidade do ensino, promovendo métodos de ensino mais eficientes e</p><p>acessíveis (Ribeiro, 2018). Segundo Reach e Pescador (2022), a chegada do</p><p>ensino remoto e a utilização de novas tecnologias digitais ampliaram o leque de</p><p>conhecimento dos gestores e professores, permitindo a prática de novos</p><p>métodos de ensino que tornaram as aulas mais interativas e descontraídas.</p><p>85</p><p>No entanto, os desafios relacionados ao uso de tecnologias digitais são</p><p>significativos. Muitos gestores e professores não tinham conhecimento</p><p>suficiente para utilizar essas ferramentas de maneira eficaz, resultando em</p><p>uma exposição a resultados inconsistentes (Araújo, 2023). É essencial que a</p><p>formação dos gestores seja prática e voltada para a aplicação real no ambiente</p><p>escolar, garantindo que eles estejam preparados para promover o uso eficaz</p><p>das tecnologias digitais (Júnior, 2018).</p><p>A legislação educacional brasileira, como o artigo 64 da LDB 9.394/1996,</p><p>assegura o direito à formação continuada dos profissionais de ensino. No</p><p>entanto, observa-se que muitos estados brasileiros não conseguem cumprir</p><p>esse dever de maneira satisfatória, o que reforça a necessidade de uma</p><p>formação mais prática e alinhada às necessidades dos gestores escolares</p><p>(Melo et al., 2020).</p><p>A literatura também destaca a importância de um ambiente escolar</p><p>democrático, onde todos os membros da comunidade escolar possam</p><p>participar ativamente do processo educacional. A gestão escolar deve</p><p>promover um ambiente interativo e acolhedor, onde a troca de ideias e a</p><p>construção coletiva de conhecimentos sejam incentivadas (Santos, 2023).</p><p>Durante a pandemia, a ênfase nas relações afetivas e na transparência na</p><p>comunicação foi crucial para manter a coesão da equipe escolar e apoiar o</p><p>processo de ensino-aprendizagem (Silva et al., 2023).</p><p>A constante formação da equipe de gestores e docentes é vista como uma</p><p>forma de construir novos caminhos e descobertas dentro do ambiente escolar.</p><p>A gestão escolar deve estar comprometida com a busca ativa por novas</p><p>tecnologias e metodologias inovadoras, capazes de transformar positivamente</p><p>a prática educativa (Procasko e Giraffa, 2021). Moran (2021) argumenta que a</p><p>integração de tecnologia na educação é essencial para promover metodologias</p><p>ativas e aprendizagem colaborativa, criando um ambiente mais dinâmico e</p><p>interativo.</p><p>86</p><p>Portanto, o referencial teórico desta pesquisa se fundamenta na importância da</p><p>formação continuada dos gestores escolares, com foco na capacitação para o</p><p>uso de tecnologias digitais. Essa abordagem é essencial para promover</p><p>práticas pedagógicas inovadoras e integrar efetivamente as tecnologias no</p><p>ambiente escolar, beneficiando tanto os professores quanto os alunos e</p><p>contribuindo para a melhoria da qualidade da educação.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Com base nas propostas fornecidas para esta pesquisa, ainda não foi aplicado,</p><p>pois segue em andamento.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A seção final deste estudo desempenha um papel crucial ao consolidar as</p><p>principais descobertas e explorar suas implicações para a comunidade</p><p>científica e para a prática educacional. Em base do que já está sendo fornecido</p><p>desta pesquisa, tem por destacar a importância crítica da formação continuada</p><p>dos gestores escolares em tecnologias digitais. A análise das entrevistas semi-</p><p>estruturadas tem revelado desafios substanciais, incluindo a falta de preparo</p><p>técnico e pedagógico dos gestores para integrar eficazmente essas</p><p>ferramentas no ambiente escolar.</p><p>As conclusões indicam que há uma clara necessidade de programas de</p><p>formação mais específicos e práticos, adaptados às exigências da era digital na</p><p>educação. É essencial capacitar os gestores não apenas na utilização das</p><p>tecnologias, mas também para liderar a implementação de práticas inovadoras</p><p>que promovam uma aprendizagem significativa.</p><p>Para avançar nessa área, recomenda-se que futuras pesquisas investiguem</p><p>mais profundamente os métodos de avaliação da eficácia da formação em</p><p>tecnologias digitais para gestores, bem como o impacto dessas práticas na</p><p>qualidade da educação e no desenvolvimento profissional dos docentes. Além</p><p>disso, é fundamental estabelecer um diálogo contínuo entre teoria e prática,</p><p>integrando análises teóricas com evidências empíricas para informar políticas</p><p>educacionais e práticas de formação mais eficazes.</p><p>87</p><p>Este estudo tem contribuído para preencher lacunas na literatura existente, mas</p><p>também pode oferecer uma base sólida para futuras pesquisas que possam</p><p>enriquecer e ampliar nosso entendimento</p><p>sobre a formação de gestores</p><p>escolares em um contexto digitalmente transformado. Ao promover uma</p><p>educação de qualidade através da capacitação dos gestores, podemos aspirar</p><p>a um ambiente escolar mais dinâmico, inclusivo e adaptado às necessidades</p><p>contemporâneas de aprendizagem.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Mesmo estando em fase de desenvolvimento, a jornada desta pesquisa tem</p><p>sido uma fonte de imensa gratidão pela orientação e apoio inestimáveis dos</p><p>meus orientadores. A Gestão Escolar, tema central deste estudo, é para mim</p><p>uma paixão profunda, pois reconheço seu papel fundamental na formação do</p><p>ambiente educacional. Pesquisar este tema ao lado de grandes educadoras é</p><p>uma honra que valorizo imensamente.</p><p>Agradeço profundamente não apenas pela orientação acadêmica, mas também</p><p>pelo exemplo inspirador que meus orientadores proporcionam, entre os</p><p>diversos direcionamentos que obtenho, todos têm enriquecido não apenas</p><p>minha pesquisa, mas também minha compreensão da importância da gestão</p><p>escolar para o sucesso educacional.</p><p>88</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALVES, Gabriel Cunha. Desafios da gestão escolar frente à pandemia de Covid-</p><p>19. Revista Educação Pública, v. 20, nº 33, 1 de setembro de 2020.</p><p>ARAÚJO, Daniele Antunes. OS DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR EM TEMPOS</p><p>DE PANDEMIA. Revista do Instituto de Ciências Humanas, PUC Minas, v. 21, n.</p><p>31, p. 1-17, out./2023.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Institui</p><p>as Diretrizes Básicas da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23</p><p>de dezembro de 1996.</p><p>CARMO, P.S.D.A.D. Formação de Gestores e os Impactos na Aprendizagem dos</p><p>Estudantes: Uma Revisão de Literatura. Revista ft. Edição 118 Jan/23. 5 de</p><p>janeiro de 2023.</p><p>DELGADO, J. P.; CARVALHO, J. M.; ROMÃO, P.; MARTINS, P. Que fatores</p><p>contribuem para o sucesso da gestão escolar? A perspectiva dos diretores.</p><p>Revista Portuguesa de Educação, [S. l.], v. 34, n. 1, 2021. DOI:</p><p>10.21814/rpe.18920.</p><p>JÚNIOR, I. L. V.; MELO, J. C. de. Utilizando as tecnologias na educação:</p><p>possibilidades e necessidades nos dias atuais/ Using technologies in</p><p>education: possibilities and needs nowadays. Brazilian Journal of Development,</p><p>[S. l.], v. 7, n. 4, p. 34301–34313, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n4-066.</p><p>Moran, J. (2021). Metodologias ativas e aprendizagem colaborativa. Campinas,</p><p>SP: Papirus Editora.</p><p>MELO, Fabíola Silva de. O Uso das Tecnologias Digitais na Prática Pedagógica:</p><p>Inovando Pedagogicamente na Sala de Aula. Dissertação (Mestrado)-</p><p>Universidade Federal de Pernambuco, CE. Programa de Pós-graduação em</p><p>Educação Matemática e Tecnológica, 2015.123f.</p><p>89</p><p>PÚBLIO JÚNIOR, C. O docente e o uso das tecnologias no processo de ensinar e</p><p>aprender. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13,</p><p>n. 4, p. 1092–1105, 2018. DOI: 10.21723/riaee.v13.n3.2018.11190.</p><p>RECH, G. Z.; PESCADOR, C. M. Ensino remoto em tempos de pandemia: COVID-</p><p>19 suas implicações na interação professor-estudante - uma perspectiva</p><p>freireana. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17,</p><p>n. esp.2, p. 1264–1278, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17iesp.2.16075.</p><p>SILVA, G. da; GOMES, E. P. da S.; SILVA, A. V. da. A atuação dos coordenadores</p><p>pedagógicos em tempos de pandemia. Educação, [S. l.], v. 48, n. 1, p. e2/ 1–30,</p><p>2023. DOI: 10.5902/1984644464463.</p><p>SOARES RAMOS PROCASKO, J. C.; MARTINS GIRAFFA, L. M. A gestão escolar</p><p>na promoção da inovação pedagógica: Percepções de pesquisadores em</p><p>educação. Revista Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 19, n. 1, p.</p><p>513–522, 2021. DOI: 10.22456/1679-1916.118542.</p><p>90</p><p>PRÁTICAS INOVADORAS NA ALFABETIZAÇÃO: RECURSOS DIGITAIS</p><p>COMO ESTRATÉGIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM</p><p>Ana Patricia Azevedo Pinto¹</p><p>Mariza Sueli de Oliveira Sodré²</p><p>RESUMO</p><p>A expressiva quantidade de estudantes analfabetos nos diferentes anos de</p><p>escolaridade do ensino fundamental nas escolas municipais do Rio de Janeiro</p><p>é uma triste realidade ainda na atualidade, gerando outros problemas, como a</p><p>indisciplina, a defasagem na aprendizagem dos conteúdos curriculares e a</p><p>evasão escolar.</p><p>Esta pesquisa abordará um breve histórico da alfabetização no Brasil e suas</p><p>metodologias e como as novas tecnologias digitais podem ser utilizadas como</p><p>instrumento facilitador da aprendizagem, visando amenizar a problemática do</p><p>analfabetismo latente no contexto educacional brasileiro.</p><p>O objetivo é elaborar uma metodologia pedagógica baseada em um modelo de</p><p>sequência didática que usa atividades gamificadas para atrair a atenção dos</p><p>estudantes, garantindo um processo de ensino-aprendizagem mais prazeroso e</p><p>significativo.</p><p>A aplicação da sequência didática será realizada em uma sala que possui</p><p>computadores com acesso à internet com um grupo de vinte alunos dos</p><p>quartos e quintos anos do ensino fundamental, previamente selecionados.</p><p>Outros professores terão acesso ao método, através de um livro digital que</p><p>contém a sequência didática desenvolvida para este estudo.</p><p>Os dados coletados serão analisados para avaliação da metodologia</p><p>desenvolvida, a fim de verificar a relevância da pesquisa, seus pontos positivos</p><p>e negativos na alfabetização dos estudantes.</p><p>Palavras-chave: alfabetização, recursos digitais, gamificação.</p><p>¹Mestranda do Curso Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca, anapatyap@hotmail.com;</p><p>²Docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca,</p><p>msodre@unicarioca.edu.br.</p><p>91</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Segundo dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, feita pelo Ministério da Educação</p><p>(Brasil, 2021), apenas 4 em cada 10 crianças brasileiras estavam alfabetizadas</p><p>na idade esperada. Este quadro foi agravado pela pandemia da Covid-19,</p><p>porém, já era uma realidade na educação básica do país.</p><p>De Queiroz, de Souza e de Paula (2021), afirmam que se faz necessária a</p><p>elaboração de estratégias que visem recuperar da defasagem na aprendizagem</p><p>desses estudantes. Algumas das estratégias devem assegurar melhorias na</p><p>formação de professores que atuam na alfabetização e a preparação de</p><p>materiais didáticos voltados para recuperação dos conteúdos escolares.</p><p>De acordo com Gonçalves e Silva (2023), os estudantes têm direito ao acesso</p><p>de materiais diversificados e que os ajudem a desenvolver a leitura e a escrita,</p><p>tanto quanto os docentes devem planejar suas aulas a partir da realidade em</p><p>que vivem, refletindo sobre sua prática pedagógica de forma crítica, a fim de</p><p>transformar o cenário educativo no qual está inserido.</p><p>Contudo, a realidade de grande parte das escolas públicas do Rio de Janeiro</p><p>mostra que existe um grande número de crianças e adolescentes que avançam</p><p>de ano de escolaridade sem serem alfabetizadas e, por consequência, na maior</p><p>parte dos casos, não conseguem aprender os demais componentes</p><p>curriculares propostos.</p><p>Sendo assim, o problema dessa pesquisa é a grande quantidade de crianças</p><p>que não estão com a leitura e a escrita consolidadas até o quinto ano do ensino</p><p>fundamental nas escolas municipais do Rio de Janeiro.</p><p>Por este motivo, a pesquisa tem como objetivo elaborar uma metodologia</p><p>pedagógica que auxilie na alfabetização dos alunos do quarto e do quinto ano</p><p>do ensino fundamental, por meio de atividades que sejam significativas para</p><p>eles, através das tecnologias digitais.</p><p>92</p><p>METODOLOGIA</p><p>O presente estudo é de caráter qualitativo, ou seja, tem como ponto principal o</p><p>sujeito da pesquisa e suas relações com seus pares e com o ambiente em que</p><p>está inserido.</p><p>Este trabalho também foi organizado em etapas, seguindo um cronograma</p><p>previamente estabelecido para o cumprimento de cada uma delas.</p><p>A primeira etapa da pesquisa refere-se ao levantamento bibliográfico que</p><p>fundamenta a história da alfabetização no Brasil, os principais métodos</p><p>utilizados e um panorama da alfabetização do país na atualidade.</p><p>A segunda etapa consiste na elaboração de uma sequência didática (SD),</p><p>utilizando o livro de literatura infanto-juvenil “Branca de Neve e as Sete Versões”</p><p>como tema gerador dos três dias de aplicação das atividades pedagógicas</p><p>voltadas para a alfabetização, utilizando tecnologias digitais e gamificação.</p><p>Na terceira etapa, a pesquisa foi submetida ao Conselho de Ética e Pesquisa, e</p><p>está em fase de análise de sua aplicabilidade com um grupo de alunos do</p><p>quarto e do quinto ano do ensino fundamental de uma escola municipal do Rio</p><p>de Janeiro.</p><p>A quarta etapa é referente à aplicação da SD com esse grupo de</p><p>aproximadamente vinte alunos que ainda não estão alfabetizados, apesar de já</p><p>estarem findando os anos iniciais do ensino fundamental. Essas crianças serão</p><p>selecionadas a partir de entrevista de grupo com as professoras regentes das</p><p>turmas e a coordenadora pedagógica da escola, valorizando a troca de</p><p>experiências entre os envolvidos na vida escolar destes estudantes. Eles serão</p><p>reunidos em três encontros com duração de 1 hora e 40 minutos, nos quais</p><p>serão aplicadas as propostas pedagógicas da SD, com o objetivo de otimizar a</p><p>aquisição da leitura e da escrita através de uma aprendizagem mais</p><p>significativa, utilizando os recursos digitais disponíveis na escola.</p><p>93</p><p>Na quinta etapa, será realizada uma análise dos resultados obtidos após a</p><p>aplicação da SD, através da observação do aplicador e de um questionário</p><p>avaliativo destinado aos professores dos alunos envolvidos na pesquisa, além</p><p>da autoavaliação das próprias crianças envolvidas no estudo. Por fim, mediante</p><p>a reunião dos dados do questionário respondido pelos docentes envolvidos,</p><p>será feita a conclusão da pesquisa.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>No contexto da alfabetização, deve ser levada em consideração diferentes</p><p>metodologias para que as crianças dominem a codificação (escrita) e</p><p>decodificação (leitura) da nossa língua, ou seja decodificar fonemas em</p><p>grafemas e vice-versa. Segundo pesquisa de Hermann e Sisla (2019) quando há</p><p>o desenvolvimento da consciência fonológica, os alunos apresentam maiores</p><p>chances de estarem alfabetizados dentro do período esperado. Contudo, a</p><p>consciência fonológica é apenas uma das facetas que levam as crianças à</p><p>sistematização da escrita, não podendo ser deixado de lado outros vieses que</p><p>contribuem não só para a alfabetização, mas para o letramento dos estudantes.</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (2017) orienta que, no processo de</p><p>alfabetização sejam privilegiados conteúdos que façam parte das vivências dos</p><p>estudantes, gerando aprendizagens significativas, aguçando neles a vontade de</p><p>aprender a ler e a escrever. Além disso, um dos objetivos da BNCC também é</p><p>promover aos alunos a oportunidade de desenvolver competências e</p><p>habilidades consideradas essenciais para a vida no século XXI, além de instigar</p><p>o professor a buscar meio modernizar suas aulas, como por exemplo, incluindo</p><p>a tecnologia digital em seu planejamento, colocando o estudante como</p><p>protagonista no processo de aprendizagem e prevendo que as tecnologias</p><p>digitais sejam utilizadas de maneira intencional, com claros objetivos, como</p><p>canal de conhecimentos que contribuam para a formação de sujeitos críticos e</p><p>pensantes.</p><p>94</p><p>A utilização de ferramentas digitais para crianças que estão aprendendo a ler e</p><p>a escrever podem trazer muitos benefícios ao processo de alfabetização, pois</p><p>está adequando a educação à realidade das novas gerações, viabilizando o</p><p>letramento digital nas escolas, uma vez que as crianças já estão incluídas neste</p><p>universo desde o seu nascimento.</p><p>Da Costa, Cassimiro, Da Silva (2021) destacam a necessidade de recorrer às</p><p>tecnologias digitais desde os primeiros anos escolares, favorecendo uma</p><p>prática pedagógica dinâmica, lúdica e criativa, engajando as crianças no</p><p>processo de alfabetização e colaborando para uma educação significativa.</p><p>Atualmente é possível encontrar aplicativos e softwares de jogos digitais</p><p>desenvolvidos para todas as faixas etárias que garantem a inclusão de variados</p><p>públicos, tornando a educação um processo mais inclusivo. Mas para que os</p><p>resultados alcançados sejam positivos, o professor precisa criar um bom</p><p>planejamento em que a tecnologia digital esteja incluída como um instrumento</p><p>facilitador da aprendizagem e de aquisição do sistema alfabético e, assim, não</p><p>se torne apenas um momento de distração e de lazer.</p><p>Por isso é importante ter a consciência de que aplicar tecnologia no processo</p><p>de alfabetização ou em qualquer outra etapa de ensino, exige alguns</p><p>investimentos em formação continuada de toda a equipe pedagógica, a fim de</p><p>obter qualidade do ensino, de uma forma mais prazerosa e significativa.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>O uso das tecnologias digitais está sendo incorporado ao cotidiano escolar</p><p>com a expectativa de motivar e dar maior significado à aprendizagem dos</p><p>alunos. Com isso, como primeiro resultado desta pesquisa, foi elaborado um</p><p>livro digital que sugere, como material didático, a aplicação de uma sequência</p><p>didática permeada por leitura, interpretação e sugestões de atividades</p><p>gamificadas, através de recursos digitais.</p><p>95</p><p>Espera-se que esta pesquisa auxilie no processo de alfabetização dos</p><p>estudantes que já estão terminando os anos iniciais do ensino fundamental e</p><p>ainda não consolidaram a aprendizagem da leitura e da escrita, a fim de</p><p>minimizar os desafios frente à nova etapa de ensino que iniciarão.</p><p>A metodologia sugerida pode promover maior engajamento dos estudantes</p><p>com o aprendizado, gerando melhores resultados, principalmente na aquisição</p><p>da leitura e da escrita, que é o objetivo maior desta pesquisa, trazendo</p><p>benefícios de relevância social, uma vez que o sucesso na aprendizagem pode</p><p>minimizar casos de evasão escolar, incentivando mudanças de costumes ou</p><p>comportamento por parte dos envolvidos.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Diante do desafio que é a alfabetização na realidade das escolas públicas no</p><p>município do Rio de Janeiro, faz-se necessário o uso de novas estratégias que</p><p>atendam a esta demanda de maneira mais motivadora e eficaz.</p><p>As tecnologias digitais estão no cotidiano dos alunos, seja através de uma</p><p>televisão ou nos aparelhos celulares e, justamente por isso, podem ser</p><p>instrumentos que trazem benefícios para uma aprendizagem significativa,</p><p>envolvente e que desperte o interesse dos estudantes.</p><p>A gamificação no processo de ensino-aprendizagem demonstra ser uma</p><p>estratégia favorável para engajar e motivar crianças que já estão fora da faixa</p><p>etária comum para a alfabetização. Os desafios e recompensas dos jogos,</p><p>incentiva o interesse e a participação ativa dos alunos nas aulas. Além disso, os</p><p>recursos digitais permitem adaptações didáticas de acordo com as</p><p>necessidades individuais de aprendizagem dos estudantes, permitindo uma</p><p>abordagem mais assertiva para o desenvolvimento das habilidades necessárias</p><p>para a leitura e a escrita.</p><p>Em suma, a combinação de recursos digitais e gamificação oferece uma</p><p>abordagem inovadora e promissora para apoiar a alfabetização de crianças</p><p>fora da idade certa, proporcionando um ambiente de aprendizagem mais</p><p>dinâmico, envolvente e adaptável às necessidades individuais dos alunos.</p><p>96</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília,</p><p>2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Alfabetiza Brasil. Brasília: MEC, 2021.</p><p>DA COSTA, Renato Pinheiro; CASSIMIRO, Élida Estevão; DA SILVA, Rozinaldo</p><p>Ribeiro. TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS</p><p>INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v.</p><p>5, n. 1, p. 97–116, 2021. DOI: 10.12957/redoc.2021.53068. Disponível em:</p><p>https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/53068. Acesso em: 1</p><p>dez. 2023.</p><p>DA SILVA COSTA, Márcia Aparecida; DE PAULA VIEIRA, Mauriceia Silva.</p><p>Gamificação e jogos educacionais no processo de alfabetização e letramento.</p><p>Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 3, p. 27743-27762, 2021.</p><p>DOS REIS HERMANN, Amanda; SISLA, Heloisa Chalmers. A consciência</p><p>fonológica no processo de alfabetização em pesquisas recentes. Leitura: Teoria</p><p>& Prática, v. 37, n. 76, p. 27-40, 2019. DE QUEIROZ, Michele; DE SOUSA,</p><p>Francisca Genifer Andrade; DE PAULA, Genegleisson Queiroz. Educação e</p><p>Pandemia: impactos na aprendizagem de alunos em alfabetização. Ensino em</p><p>Perspectivas, v. 2, n. 4, p. 1-9, 2021.</p><p>GONÇALVES, G. S. de Q.; SILVA, F. D. A. A formação docente e a Política</p><p>Nacional de Alfabetização (PNA): entre perdas e retrocessos. Revista Eletrônica</p><p>de Educação, [S. l.], v. 17, p. e5173008, 2023. DOI: 10.14244/198271995173.</p><p>97</p><p>O FAZER DO TRABALHO DOCENTE COM USO DAS TECNOLOGIAS</p><p>NUMA PERSPECTIVA DA NEUROCIÊNCIA COGNITIVA</p><p>Ana Paula Moreira Machado¹</p><p>Marcos Antonio Silva²</p><p>Luciane M. de Souza Conrado³</p><p>RESUMO</p><p>Este trabalho deseja investigar as perspectivas da neurociência cognitiva</p><p>aplicada à metodologia das tecnologias digitais, destacando os desafios</p><p>enfrentados nesse processo. Para essa revisão sistemática da literatura, foram</p><p>considerados elegíveis estudos primários baseados em autores como</p><p>Rotta(2018), Gonçalves (2021), Dehaene (2012) que dialogam sobre</p><p>neurociência cognitiva, aprendizagem e tecnologias digitais. A elaboração de</p><p>uma metodologia a ser aplicada pelos docentes dos anos iniciais, com a</p><p>inserção das tecnologias digitais, tendo como subsídio as bases da</p><p>neurociência cognitiva, focando na aprendizagem desse aluno numa produção</p><p>de conhecimento envolvendo a leitura e a escrita é o objetivo desse estudo.</p><p>Tanto docente quanto discente participaram dessa pesquisa e como</p><p>resultados, ficou evidente, a grande dificuldade da participação dos professores</p><p>para utilizar as tecnologias na sala de aula. Em contraponto, o fácil</p><p>envolvimento dos alunos ao serem desafiados nas aulas com uso de</p><p>tecnologias. A pesquisa trouxe como resultados a construção do material</p><p>didático, o e-book, numa perspectiva da neurociência cognitiva com sugestões</p><p>de atividades e o uso de links com fácil acesso na sala de aula e nos</p><p>laboratórios de informática.</p><p>Palavras-chave: Neurociência Cognitiva, Tecnologias Digitais, Formação</p><p>docente e Aprendizagem Significativa.</p><p>¹Mestranda em Novas Tecnologias Digitais na Educação, Centro Universitário Unicarioca - RJ,</p><p>a.paula_machado12@yahoo.com.br;</p><p>²Docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação, Centro Universitário</p><p>Unicarioca - RJ, msilva@unicariocaedu.br;</p><p>³Docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação, Centro Universitário</p><p>Unicarioca – RJ, lconrado@unicariocaedu.br;</p><p>98</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Trazer para dentro da escola uma aprendizagem significativa baseada no</p><p>modelo de David Ausebel é colocar professor e aluno como as grandes</p><p>engrenagens desse processo educacional. Uma vez que a aprendizagem</p><p>perpassa por esses atores, logo, melhorar as condições de trabalho e carreira</p><p>docente, assim como favorecer um ambiente propício e dinâmico para o aluno</p><p>tornará essa aprendizagem significativa. Dessa maneira, alinharemos as</p><p>tecnologias digitais e a neurociência cognitiva, dando destaque a</p><p>neuroplascidade cerebral, proporcionando uma produção de conhecimento que</p><p>faça sentido. De acordo com a teoria Ausebel, o foco é na aprendizagem</p><p>cognitiva resultante do armazenamento organizado de informações na mente</p><p>do ser que aprende, ou seja, é aquela que a partir do que o aluno enxerga com</p><p>um sentido concreto e palpável nos assuntos vistos em sala de aula e com sua</p><p>aplicabilidade consiga resolver seus problemas.</p><p>Diante disso tudo reafirmamos que as tecnologias digitais na educação podem</p><p>favorecer muito esses alunos que apresentam certa dificuldade e, a</p><p>neurociência cognitiva apresenta embasamento científico para direcionar</p><p>caminhos possíveis para avanços educacionais, já que é complexo e amplo o</p><p>funcionamento da mente infantil. Assim, o professor precisa, em seu</p><p>planejamento, dispor de metodologias tecnológicas que sensibilizem o</p><p>educando e, que estes, são seres constituídos de uma biologia cerebral em</p><p>constante movimento e transformação.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>As tecnologias digitais auxiliam na produção de conhecimento, segundo</p><p>Evangelista, Pereira e Silva (2023) esclarecem a importância das novas</p><p>tecnologias digitais na sala de aula, destacando esse recurso no auxílio das</p><p>atividades educacionais, enriquecendo, criando e ampliando inúmeras</p><p>possibilidades de ensino. Mas, vale mencionar que não é tão simples essa</p><p>inserção por diversos motivos.</p><p>99</p><p>Faz-se necessário um estudo sobre as dificuldades dessa tecnologia no meio</p><p>educacional e sua importância no mesmo. De acordo com Públio Jr (2018) as</p><p>dificuldades que os educadores têm de entender, de aceitar ou não o trabalho</p><p>com as tecnologias no processo de ensinar e aprender. Mesmo tendo a certeza</p><p>que muita coisa mudou na sociedade, mas as práticas pedagógicas continuam</p><p>as mesmas, ainda estamos com estruturas de ensino consolidadas e que</p><p>precisam ser reinventadas pela inserção das tecnologias no meio educacional.</p><p>O fato é que necessitamos inserir as tecnologias digitais no universo</p><p>educacional de forma coerente, ou como diz CRUZ (2023) precisamos ter</p><p>domínio do digital, aumentando nossa experiência ativa para contextualizar as</p><p>tecnologias digitais em sala de aula. Assim construiremos a “competência</p><p>digital”, como ancoradouro do que se necessita minimamente para operar</p><p>recursos tecnológicos, dados, informações em contexto educacional através da</p><p>comunicação ampla, horizontalizada e democrática; construção a partir de uma</p><p>nova escrita e uma investigação de uma produção.</p><p>Isso porque, a aprendizagem precisa fazer sentido para o aluno, de acordo com</p><p>Agra (2019) quando a aprendizagem significativa acontece, o aluno amplia seu</p><p>conhecimento por meio da assimilação de novos conhecimentos com os quais</p><p>já. Isso se dá no sistema de ancoragem de um conhecimento novo sob um já</p><p>existente, criando assim novas informações e fazendo que sua estrutura</p><p>cognitiva se expanda.</p><p>A Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) de David Ausubel é uma teoria de</p><p>aprendizagem que favorece propostas de ensino focadas na aprendizagem do</p><p>estudante, que consiste numa relação não arbitraria e não literal de novos</p><p>conhecimentos com conhecimentos prévios, estes chamados de subsunçores,</p><p>que adquirirá, progressivamente, novos conhecimentos. Partindo do</p><p>pressuposto que o aluno sabe algum conhecimento.</p><p>100</p><p>Como resultado, a neurociência cognitiva atenderá as demandas desse estudo,</p><p>uma vez que, é a ciência que busca entender como a função cerebral dá lugar</p><p>às atividades mentais, tais como a percepção, a memória, a linguagem,</p><p>incluindo a consciência (ALBRIGHT; KANDEL; POSNER, 2000;</p><p>SIERRAFITZGERALD; MUNÉVAR, 2007). Diant 2007). Diante disso, para a</p><p>neurociência, a criança aprende a partir das experiências, da e disso, para a</p><p>neurociência, a criança aprende a partir das experiências, da estrutura</p><p>emocional e do amadurecimento neurofisiológico das células (Machado; Elias,</p><p>estrutura emocional e do amadurecimento neurofisiológico das células</p><p>(Machado; Elias, 2021).</p><p>Os estudos recentes da neurociência, na alfabetização, explica que no cérebro</p><p>Os estudos recentes da neurociência, na alfabetização, explica que no cérebro</p><p>acontecacontece uma reciclagem dos neurônios numa região chamada</p><p>occipitale uma reciclagem dos neurônios numa região chamada occipital-</p><p>temporal temporal ventral esquerdo, responsável pelo reconhecimento dos</p><p>“traços invariantes que ventral esquerdo, responsável pelo reconhecimento dos</p><p>“traços invariantes que diferenciam as letras entre si e para os das letras e dos</p><p>grafemas associados aos diferenciam as letras entre si e para os das letras e</p><p>dos grafemas associados aos fonemas, com a função de dfonemas, com a</p><p>função de distinguir significados” (Scliaristinguir significados” (Scliar-Cabral,</p><p>2013, p. 41).Cabral, 2013, p. 41).</p><p>O neurocientista Dehaene em sua obra Os Neurônios da Leitura Leitura, sendo</p><p>traduzida no Brasil pela psicolingüística Scliar Cabral4. Cabral que descreve</p><p>detalhadamente o processo aparentemente “mágico” que ocorre desd e as</p><p>primeiras imagens para a criança ao se deparar com uma folha com um texto,</p><p>como se fossem manchas no papel sem sentido até a busca de significados</p><p>das palavras, ao sentido do texto como um todo.</p><p>4 da Universidade Federal de Santa Catarina, que nessa obra esmiúça o processamento cerebral da leitura.</p><p>Outras obras: Aprendizagem neuronal na alfabetização para as práticas sociais da leitura e escrita. Revista</p><p>Intercâmbio, São Paulo, v. XX, p.113- 124, 2009-</p><p>Avanço das neurociências para o ensino da leitura. Revista de</p><p>cultura. Fortaleza, São Paulo, n.67, jan/fev. 2009</p><p>101</p><p>A Neurociência Cognitiva surge como um processo inovador para o campo</p><p>educacional, pois busca conhecer as diferentes estruturas cerebrais para</p><p>compreender o processo cognitivo de cada um, inclusive daqueles com</p><p>distúrbios ou dificuldades de aprendizagem. (Machado; Elias, 2021).</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A pesquisa teve dois públicos alvos, o professor do ensino fundamental e os</p><p>alunos desse mesmo ciclo. Uma primeira constatação é a prontidão e o desejo</p><p>que os alunos demonstraram frente à empatia da maioria dos docentes, um</p><p>demonstrativo que para aprender precisamos estar motivados. O primeiro</p><p>ponto em destaque é levar esse aluno para outro ambiente escolar,</p><p>proporcionar uma experiência nova ou criar na sala de aula, já conhecida por</p><p>ele, possibilidades para novas experiências. Dessa maneira, usamos o</p><p>laboratório de informática da escola, que possuí quatorze computadores,</p><p>possibilitando a presença de vinte e oito alunos.</p><p>O primeiro recurso tecnológico apresentado foi o Padlet onde nenhum aluno já</p><p>havia utilizado antes, por isso esse aplicativo foi muito explorado por eles,</p><p>chegando até a brincar com figuras, inserindo frases que faziam menção a</p><p>outro aluno (o link se encontra nas referências bibliográficas, dentro do material</p><p>didático).</p><p>O segundo aplicativo foi o LearningApps.org que possibilitou a interação com o</p><p>gênero textual música, além da visualização da imagem com a inserção de um</p><p>vídeo do Youtube. Após isso, no mesmo recurso, os alunos realizaram uma</p><p>atividade com substantivo comum e próprio, fazendo uma correspondência das</p><p>imagens com as palavras. E, por último, demonstraram sua habilidade no</p><p>raciocínio lógico matemático diante de cálculos de adição. Essas atividades</p><p>podem ser visualizadas através do link que se encontra na referência, dentro do</p><p>material didático, e-book.</p><p>102</p><p>E, por último foi usado o Google Forms, numa perspectiva avaliativa das</p><p>atividades que eles realizaram no laboratório de informática. As perguntas</p><p>elaboradoras foram para diagnosticar se já havia usado o laboratório, o que</p><p>acharam da experiência naqueles dias, se avaliar a importância dessas</p><p>atividades, o que mais gostou e o que menos gostou e das tecnologias</p><p>utilizadas quais fez compreender e aprender melhor o assunto dado.</p><p>Por outro lado, os professores ainda não participaram de nenhuma formação,</p><p>rodas de conversas ou questionários para socializar saberes ou adquirir mais</p><p>conhecimento.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Finalmente, constatou-se com esse estudo que existe uma necessidade de um</p><p>olhar mais atento ao professor, pois o mesmo precisa conhecer as tecnologias</p><p>digitais disponíveis, saber como utilizá-las, fazendo o seu uso prático para a</p><p>sala de aula e para o currículo, realizando sua interdisciplinariedade.</p><p>Isso fica evidente, à medida que os alunos da pesquisa, mesmo sendo do</p><p>quinto ano do ensino fundamental, ainda não conheciam nenhum dos</p><p>aplicativos usados nas aulas da pesquisa. Isto é, não havia passado pela</p><p>experiência do uso das tecnologias digitais aplicados a neurociência cognitiva,</p><p>reforçando a memória e a atenção.</p><p>As tecnologias digitais surgem no contexto educacional como uma infra-</p><p>estrutura do ciberespaço, ou seja, um novo espaço de comunicação, de</p><p>sociabilidade, de organização, de troca de experiências e de transição já que</p><p>disponibilizamos aos alunos mais informação e mais conhecimento.</p><p>Além disso, durante esse processo, também foi possível diagnosticar a</p><p>necessidade urgente de uma formação continuada para os professores da rede</p><p>pública municipal de educação, do município de Niterói.</p><p>103</p><p>Nessa proposta com a prática de ensinar fazendo, uma tecnologia make, que os</p><p>mesmos possam conhecer a teoria e prática desses recursos, já que no atual</p><p>contexto educacional e social, entende-se que já não é mais possível pensar a</p><p>formação docente sem a utilização de tecnologias digitais, que sejam a favor</p><p>do ensino e da aprendizagem significativa.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGRA, Glenda et al. Análise do conceito de Aprendizagem Significativa à luz da</p><p>Teoria de Ausubel. Ver. Bras. Enferm [Internet], 2019 DOI:</p><p>http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0691</p><p>CRUZ, Elizabete et al. Formação de Professores e Promoção de Competências</p><p>Digitais dos seus Aprendentes: Uma Experiência em Tempo de Transição</p><p>Digital. Cad. CEDES 43 (120) • May-Aug, 2023.</p><p>EVANGELISTA de L., PEREIRA de Moraes & SILVA, M. A. Escola em Comunidade</p><p>com Sociabilidade Violenta: A Inserção das Novas Tecnologias Digitais da</p><p>Educação pela Garantia do Dia Letivo. Revista Carioca de Ciência, Tecnologia e</p><p>Educação. V. 8(1), P. 86–107, 2023.</p><p>MACHADO, A. P. M., Neurociência Cognitiva: Sua relação no Processo de</p><p>Ensino Aprendizagem Aliadas as Tecnologias Digitais. Material Didático, E-</p><p>book, 2023. Disponível em:</p><p><https://www.canva.com/design/DAF2EenCW74/ynZleZj3yiFQcxi3zMEi7w/edit</p><p>?</p><p>utm_content=DAF2EenCW74&utm_campaign=designshare&utm_medium=link2</p><p>&utm_source=sharebutton></p><p>MACHADO, A.; ELIAS, M.F. Cérebro e Afetividade: Potencializando uma</p><p>Aprendizagem Significativa. Rio de Janeiro: Walk Editora, 2021.</p><p>104</p><p>PÚBLIO JR, Claudemir. Formação Docente frente às Novas Tecnologias:</p><p>Desafios e Possibilidades. InterMeio: Revista do Programa de Pós-graduação</p><p>em Educação. V. 24, N. 47, P. 189-2010, 2018.</p><p>SCLIAR-CABRAL, Leonor. Sistema Scliar de Alfabetização: Fundamentos.</p><p>Florianópolis: Lili, 2013.</p><p>105</p><p>EXPLORANDO O POTENCIAL DAS VIDEOAULAS COMO</p><p>COMPLEMENTO AO ENSINO PRESENCIAL EM CAMPOS DOS</p><p>GOYTACAZES</p><p>Andrea da Silva Gomes¹</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes²</p><p>Mariza Sueli de Oliveira Sodré³</p><p>RESUMO</p><p>O Brasil tem uma longa história em projetos de educação audiovisual, como o</p><p>Projeto SACI (1974), Telecurso (1995) e, mais recentemente, o Estação</p><p>Educação, criado durante a pandemia para apoiar professores e alunos. Esta</p><p>pesquisa avaliou a eficácia das videoaulas como complemento ao ensino</p><p>presencial em Campos dos Goytacazes, visando uma educação mais interativa</p><p>e significativa. Em três encontros, 24 professores aprenderam a usar e produzir</p><p>videoaulas através de sequências didáticas. Os dados coletados, via escala</p><p>Likert, mostraram que 83% repensaram suas estratégias de ensino e 87,5%</p><p>notaram mudanças positivas. As discussões apontaram a importância das</p><p>tecnologias digitais e a superação de desafios como a limitação de acesso à</p><p>internet. Concluiu-se que as videoaulas, quando bem implementadas, podem</p><p>personalizar e tornar a aprendizagem mais eficaz, e o modelo de curso pode ser</p><p>adaptado para outros objetivos educacionais. Além disso, a pesquisa revelou a</p><p>flexibilidade das videoaulas na aplicação em diversos componentes</p><p>curriculares, ressaltando a importância da integração tecnológica na educação</p><p>básica. Este estudo também destaca que o uso eficaz de videoaulas pode levar</p><p>a uma maior personalização do ensino, proporcionando uma abordagem mais</p><p>centrada no aluno e facilitando o acesso a recursos educacionais de qualidade.</p><p>Palavras-chave: Tecnologias educacionais, videoaulas, Formação docente</p><p>¹Mestranda do Curso de Novas Tecnologias Digitais na Educação da Unicarioca – RJ,</p><p>andrea.15584@edu.campos.rj.gov.br;</p><p>²Professora Orientadora: doutoranda pelo Curso de Informática da UFRJ – RJ, sheila@csaber.com.br</p><p>³Doutora pelo Curso de Ciências da Fiocruz– RJ</p><p>106</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A integração de videoaulas no contexto educacional tem se mostrado uma</p><p>ferramenta poderosa para enriquecer a aprendizagem dos alunos do ensino</p><p>fundamental. Segundo Morán (1995), a utilização estratégica de vídeos nas</p><p>práticas pedagógicas vai além de simplesmente transmitir conteúdo, devendo</p><p>ser parte de uma abordagem didática mais ampla que inclui discussão crítica e</p><p>análise conjunta com os alunos. Nesse sentido, a presente pesquisa se propõe</p><p>a investigar a eficácia das videoaulas como ferramenta complementar ao</p><p>ensino presencial, com o intuito de promover uma aprendizagem mais</p><p>significativa e interativa.</p><p>A pesquisa realizada teve como base a Teoria de Aprendizagem Significativa e</p><p>buscou avaliar</p><p>Psicopedagogia, além de especialização em</p><p>Implementação e Gestão de Cursos EAD. Possui</p><p>graduações em Teologia e Pedagogia. Como</p><p>conferencista internacional e Master Coach</p><p>certificada, atua como mentora de mulheres em</p><p>busca de crescimento e realização através da</p><p>educação, além de ser mentora do projeto</p><p>‘Experiência do Lar’. Com mais de 23 anos de</p><p>experiência como professora universitária e</p><p>empresária na área de educação, já certificou mais</p><p>de 10 mil alunos.</p><p>Sheila Arantes</p><p>Mestranda em Novas Tecnologias Digitais na</p><p>Educação pela UNICARIOCA e psicopedagoga</p><p>clínica, institucional e hospitalar. Graduou-se em</p><p>Geografia e é mediadora do Programa de</p><p>Enriquecimento Instrumental pelo ISELP, além de</p><p>Screener para Síndrome de Irlen. Possui</p><p>certificação como Coach Integral Sistêmico e</p><p>Analista de Perfil Comportamental. Já impactou</p><p>mais de 70 mil alunos com seus cursos online,</p><p>focados na formação contínua de professores da</p><p>educação infantil à alfabetização. É também autora</p><p>do livro “Neurociência para Alfabetização”Carla Silva</p><p>@sheila.arantesoficial</p><p>@carlasilva_psicopedagoga</p><p>12</p><p>psicanalista pela Sociedade Internacional de</p><p>Psicanálise de São Paulo. Especialista em</p><p>Educação Infantil e Pós-graduado em TEA –</p><p>Transtorno do Espectro Autista pela PUC – Paraná.</p><p>É pedagogo pela UNESP – Universidade Estadual</p><p>Paulista, de São Paulo. Mestre em Teoria Literária</p><p>pela UFPR – Universidade Federal do Paraná e</p><p>Doutor em Crítica literária pela UFSC –</p><p>Universidade Federal de Santa Catarina. Atuou</p><p>como palestrante no Congresso Nacional Brasileiro</p><p>em 2023 a convite da Comissão de Saúde e</p><p>Políticas Públicas para o Autismo.Geraldo Peçanha</p><p>Bolsista de Produtividade em Pesquisa CNPq Nível</p><p>2 e Jovem Cientista do Nosso Estado do Rio de</p><p>Janeiro (FAPERJ), é pós-doutora no IEN/CNEN e</p><p>doutora em Ciências pelo IOC/Fiocruz. Coordena o</p><p>Programa Stricto sensu Profissional em Novas</p><p>Tecnologias Digitais na Educação da</p><p>UniCarioca/RJ.</p><p>Ana Paula</p><p>Legey</p><p>@geraldopecanhadealmeida</p><p>@analegey</p><p>13</p><p>Professora e mestre em Novas Tecnologias</p><p>Educacionais, com especialização em Educação</p><p>4.0. Especialista em gestão escolar e projetos</p><p>educacionais, também atua como consultora</p><p>educacional, focando em documentação para</p><p>instituições de ensino. Criou o projeto Secretaria</p><p>365 dias para formação continuada de Secretários</p><p>Escolares. Com mais de 25 anos de experiência</p><p>como secretária escolar, é Secretária Geral do</p><p>Colégio Realengo, Colégio e Curso Aplicação e do</p><p>Centro Universitário São José, além de coordenar o</p><p>Curso Técnico em Secretaria Escolar do Colégio</p><p>Realengo e ser tutora na UniSãoJosé.</p><p>Glenda Campos</p><p>Mentor de empresários, criador da metodologia</p><p>Titanium que já ajudou centenas de pessoas.</p><p>Fundou diversas empresas em Ti: Treinamentos</p><p>On-line (mais de 100.000 alunos), Inteligência</p><p>Artificial e Consultoria para grandes cases como o</p><p>Rock in Rio a nível mundial. Rafael é altamente</p><p>premiado pela Microsoft, sendo 10 anos</p><p>reconhecido entre os melhores do mundo com o</p><p>título de Most Valuable Professional (MVP). Marido</p><p>da Taís e pai da Duda, que são seu fundamento, e</p><p>filho do Deus altíssimo!Rafael</p><p>Bernardes</p><p>@secretaria365dias</p><p>@bernardesrafael</p><p>14</p><p>Publicitária, MBA em Marketing pela Escola</p><p>Superior de Propaganda e Marketing e pós-</p><p>graduada em gestão empresarial pela Fundação</p><p>Getúlio Vargas. Especialista em Gestão de Marcas,</p><p>Marketing Estratégico para o Varejo e Customer</p><p>Experience. Experiente na gestão de crise de</p><p>imagem e comunicação corporativa, já atuou</p><p>inclusive como porta-voz em grandes empresas</p><p>como Shopping Centers e no Metrô do Rio de</p><p>Janeiro.</p><p>Eliza Santos</p><p>Doutora em Ciências pela Fiocruz (RJ), professora</p><p>de Biologia da Secretaria do Estado de Educação</p><p>do Rio de Janeiro (SEEDUC-RJ) e docente do</p><p>Mestrado Profissional em Novas Tecnologias</p><p>Digitais na Educação da Unicarioca (RJ). Possui</p><p>ampla experiência na área de Ensino de Ciências,</p><p>Saúde e Educação Inclusiva, com foco na</p><p>formação continuada de professores.</p><p>Mariza Sodré</p><p>@eliza_santos</p><p>@mariza_o_sodre</p><p>15</p><p>Doutora pela PUC – RJ em Ciências Humanas-</p><p>Educação, mestre em Educação pela Universidade</p><p>Estácio de Sá. Especialista em Formação de</p><p>Professores e Psicopedagogia, com graduação em</p><p>Pedagogia. Servidora estadual com experiência em</p><p>educação e professora do Mestrado Profissional</p><p>da UNICARIOCA.</p><p>Adriana Tomaz</p><p>Doutorando pelo PPGI da UFRJ e mestre pela</p><p>Universidade Gama Filho (2010), com vasta</p><p>experiência em sistemas de computação e</p><p>realidade virtual. No IEN, colabora na criação de</p><p>ambientes virtuais para o planejamento em áreas</p><p>de radiação. Na UNICARIOCA, é professor de</p><p>mestrado e graduação em Novas Tecnologias</p><p>Digitais de Educação, além de ministrar aulas em</p><p>pós-graduação e cursos técnicos de Jogos e</p><p>Informática. Pesquisador no NuCAp, desenvolve</p><p>estudos aplicando tecnologias de realidade virtual</p><p>no ensino.André Cotelli</p><p>@adriana.tomaz.3344</p><p>@andre_cotelli</p><p>16</p><p>Servidor público federal do Observatório Nacional</p><p>(ON), atualmente gestor da Divisão de Tecnologia</p><p>da Informação (DITIN). Pesquisador em</p><p>desenvolvimento de recursos digitais para</p><p>divulgação científica, também professor na pós-</p><p>graduação da Universidade Unicarioca. Possui</p><p>graduação em Computação, pós-graduação em</p><p>Engenharia de Redes, mestrado em Novas</p><p>Tecnologias Digitais e doutorado em Computação</p><p>pela UFRJ.</p><p>Jorge Mansur</p><p>Mestra em Novas Tecnologias Digitais para</p><p>Educação, pesquisando letramento digital de</p><p>professores e ministrando palestras em escolas no</p><p>RJ e Brasil. Com 18+ anos de ensino de Português</p><p>e Inglês, graduou-se em Letras (Português/Inglês)</p><p>pela UFF, com especializações em ensino de</p><p>línguas pela PUC-Rio e University of Maryland,</p><p>Baltimore, EUA. Google Educator certificada,</p><p>trabalha na Secretaria de Educação Municipal do</p><p>RJ há 12 anos, produzindo material didático e</p><p>treinando professores.Luciana Matos</p><p>@jorgemansur82</p><p>@lu_matos_education</p><p>17</p><p>Fundador e CEO do ARCA Instituto, é especialista</p><p>em Inteligência Emocional no Brasil e nos Estados</p><p>Unidos. Atua como mentor, palestrante e possui</p><p>formação em Master Coaching e Executive</p><p>Coaching pela Febracis e Florida Christian</p><p>University. É co-autor do curso Inteligência</p><p>Emocional para Educadores.</p><p>Carlos Buzulin</p><p>CEO do Instituto Pensar e Criar, uma Edtech com</p><p>selo SEBRAE, INOVATIVA e certificação do</p><p>Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio</p><p>e Serviços.O IPC têm os programas bilíngues:</p><p>Prime English e Bilingual Institute e um Sistema</p><p>Integrado de Inovação e Tecnologia, a</p><p>BOTSMAKER.</p><p>Claudia Veneno Ezidio</p><p>@carlosbuzulin</p><p>@botsmakerbrasil</p><p>@bis.bilingualinstitute</p><p>18</p><p>PhD em Marketing pela Universidade Federal do</p><p>Paraná, professora bilingue de administração</p><p>internacional e marketing na PUC Paraná,</p><p>professora convidada na FAE Business School em</p><p>Curitiba e Blumenau, autora do livro: O Poder de</p><p>uma Marca Autêntica, consultora de marketing de</p><p>marca.</p><p>Maiara Kososki</p><p>@maiarakososki_</p><p>19</p><p>Abertura Oficial - Vídeo de Boas-Vindas com Sheila Arantes</p><p>Carla Silva – PALESTRA AO VIVO - youtube - Tema: A alfabetização e</p><p>a Neurociência.</p><p>Programa do Congresso</p><p>SEXTA 19/07 - ONLINE</p><p>PALESTRAS GRAVADAS</p><p>Luciana Matos - Tema: Maximizando a Aprendizagem Interativa:</p><p>Utilizando Kahoots, Wordwall e Google Forms na Sala de Aula para</p><p>Promoção da Participação e Feedback em Tempo Real dos Alunos.</p><p>Eliza Santos - Tema: Construindo sua Marca Pessoal: Seja</p><p>Intencional na Gestão da sua Marca e Impulsione sua Carreira.</p><p>Mariza Sodré - Tema: Investigação como Pilar do Conhecimento:</p><p>Estratégias e Práticas no Ensino por Investigação.</p><p>Adriana Tomaz - Tema: Integrando Ferramentas Digitais:</p><p>Aprimorando a Gestão Escolar na Era Tecnológica.</p><p>Jorge Mansur - Tema: Inteligência Artificial na Sala de Aula:</p><p>Transformando a Experiência Educativa.</p><p>20</p><p>Rafael Bernardes - Tema: Empreendendo no Futuro da Educação e</p><p>dos negócios: Desbravando as Fronteiras da Inteligência Artificial.</p><p>Carlos Buzulin - Tema: Otimizando a Aprendizagem através do Perfil</p><p>DISC: Adaptando Métodos Pedagógicos para Diversos Estilos</p><p>Comportamentais.</p><p>Claudia Ezidio - A Importância do Bilinguismo na Vida Escolar.</p><p>Maiara Kososki - Transforme</p><p>o impacto das videoaulas na formação continuada dos</p><p>professores e na aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental. A</p><p>justificativa implícita desse estudo reside na necessidade de explorar novas</p><p>abordagens e tecnologias na educação, visando aprimorar a qualidade do</p><p>ensino e proporcionar experiencias de aprendizagem mais significativas aos</p><p>estudantes.</p><p>Os objetivos desta pesquisa incluem investigar a eficácia das videoaulas como</p><p>recurso complementar ao ensino presencial, avaliar seu impacto na</p><p>aprendizagem dos alunos e na formação dos professores, bem como identificar</p><p>lacunas na formação docente que impedem a utilização efetiva dessas</p><p>tecnologias.</p><p>A metodologia adotada envolveu a elaboração de sequências didáticas</p><p>embasadas na Teoria da Aprendizagem Significativa, com a aplicação</p><p>ocorrendo ao longo de três dias e direcionada aos professores do Ensino</p><p>Fundamental. Durante a formação, os participantes foram submetidos a um</p><p>formulário de avaliação para obtenção de resultados relevantes, e relatórios</p><p>diários foram elaborados para análise.</p><p>107</p><p>IA metodologia adotada envolveu a elaboração de sequências didáticas</p><p>embasadas na Teoria da Aprendizagem Significativa, com a aplicação</p><p>ocorrendo ao longo de três dias e direcionada aos professores do Ensino</p><p>Fundamental. Durante a formação, os participantes foram submetidos a um</p><p>formulário de avaliação para obtenção de resultados relevantes, e relatórios</p><p>diários foram elaborados para análise.</p><p>Os resultados da pesquisa demonstraram que a integração de videoaulas no</p><p>ensino fundamental é uma ferramenta poderosa para promover uma</p><p>aprendizagem significativa, tornando o processo de ensino mais dinâmico e</p><p>interativo. Ao potencializar o uso de vídeos para enriquecer a experiencia</p><p>educativa dos alunos, a pesquisa proposta não apenas busca melhorar a</p><p>qualidade da educação e aumentar o engajamento dos estudantes, mas</p><p>também visa a qualidade da educação e aumentar o engajamento dos</p><p>estudantes, promovendo uma mudança de paradigma na educação.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>O referencial teórico desta pesquisa abrange as principais discussões</p><p>relacionadas à educação audiovisual e ao uso de videoaulas no contexto</p><p>educacional, traçando a trajetória histórica e os desenvolvimentos atuais dessa</p><p>abordagem pedagógica. Ele situa o leitor quanto à linha de raciocínio adotada</p><p>na construção da pesquisa e elucida as bases teóricas que fundamentam a</p><p>investigação.</p><p>Historicamente, o Brasil tem investido em projetos de educação audiovisual,</p><p>destacando-se iniciativas como o Projeto SACI (1974), Telecurso (1995) e, mais</p><p>recentemente, o Estação Educação. Cada um desses projetos teve um papel</p><p>significativo na evolução das práticas pedagógicas, utilizando recursos</p><p>audiovisuais para aprimorar a aprendizagem. O Projeto SACI, por exemplo, foi</p><p>uma iniciativa pioneira na utilização de tecnologias de comunicação via satélite</p><p>para fins educacionais. Já o Telecurso ofereceu uma estrutura de ensino a</p><p>distância que beneficiou milhares de alunos, utilizando vídeos educativos como</p><p>principal ferramenta de ensino.</p><p>108</p><p>A pesquisa está fundamentada na Teoria da Aprendizagem Significativa de</p><p>David Ausubel (1982), que postula que a aprendizagem ocorre de forma mais</p><p>eficaz quando novos conhecimentos são conectados a conceitos previamente</p><p>adquiridos. Este modelo teórico destaca a importância da mediação do</p><p>professor na facilitação dessas conexões, utilizando recursos didáticos que</p><p>engajem os alunos de maneira significativa.</p><p>A teoria de Benjamin Bloom sobre a tutoria individualizada também fundamenta</p><p>a pesquisa, propondo que a personalização do ensino pode levar a melhorias</p><p>significativas no desempenho dos alunos. As videoaulas, quando bem</p><p>implementadas, têm o potencial de proporcionar uma forma de tutoria</p><p>individualizada, permitindo que os alunos aprendam no seu próprio ritmo e</p><p>revisem os conteúdos conforme necessário. Bloom (1984) sugere que uma das</p><p>tarefas importantes da pesquisa e instrução é buscar maneiras de realizar uma</p><p>tutoria personalizada em condições práticas e realistas, apesar dos altos</p><p>custos associados.</p><p>A elaboração de sequências didáticas baseadas na Teoria da Aprendizagem</p><p>Significativa foi aplicada durante três dias de formação com professores do</p><p>Ensino Fundamental de Campos dos Goytacazes. Essas sequências incluíram a</p><p>produção e utilização de videoaulas, além do uso de diversos recursos</p><p>tecnológicos para enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Durante a</p><p>formação, questionários com a escala Likert foram aplicados para avaliar a</p><p>eficácia das estratégias e a receptividade dos professores em relação às</p><p>tecnologias educacionais. Santos e Silva (2020) observam que as tecnologias</p><p>transformaram substancialmente a organização da sociedade, tornando</p><p>atividades que antes eram realizadas sem suporte tecnológico agora</p><p>dependentes desses recursos. Eles destacam que as escolas exemplificam</p><p>essa transformação, tornando-se locais essenciais para a introdução de</p><p>tecnologias digitais.</p><p>109</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A pesquisa revelou categorias analíticas sobre a eficácia das videoaulas,</p><p>impacto na prática pedagógica e a receptividade às tecnologias educacionais.</p><p>Um total de 83% dos professores revisaram suas estratégias pedagógicas após</p><p>a formação, e 87,5% notaram mudanças positivas. As videoaulas foram</p><p>eficazes como complemento ao ensino presencial, com 91,7% destacando a</p><p>importância dos vídeos do YouTube.</p><p>Durante a formação, 65% dos professores consideraram as tecnologias</p><p>acessíveis, evidenciando uma recepção positiva às ferramentas digitais</p><p>apresentadas. As sequências didáticas foram apreciadas, especialmente pela</p><p>integração de diversos aplicativos e tecnologias, refletindo a importância da</p><p>diversidade de recursos no processo educativo. Segundo Arantes (2019), o uso</p><p>de frameworks padronizados facilita a aplicação e o alcance dos objetivos</p><p>educacionais propostos nas sequências didáticas.</p><p>As discussões geradas destacaram a relevância da integração de tecnologias</p><p>digitais na educação, enfatizando a transformação significativa na organização</p><p>social devido ao uso de tecnologias, com a escola sendo um espaço essencial</p><p>para essa inserção. As dificuldades de acesso à internet e dispositivos</p><p>tecnológicos foram debatidas, sublinhando a necessidade de infraestrutura</p><p>adequada para maximizar os benefícios das tecnologias educacionais.</p><p>Os resultados indicam que a implementação de videoaulas criou um ambiente</p><p>de ensino mais dinâmico e interativo. Isso se alinha com as descobertas de</p><p>Bloom (1984) sobre tutoria individualizada, promovendo uma aprendizagem</p><p>mais personalizada, atendendo melhor às necessidades dos alunos e</p><p>proporcionando experiências educativas mais significativas.</p><p>110</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Sendo assim, conclui-se que a utilização das videoaulas como complemento ao</p><p>ensino presencial em Campos dos Goytacazes mostrou-se eficaz para</p><p>enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. A integração de recursos</p><p>audiovisuais potencializou a compreensão dos conteúdos, estimulou a</p><p>participação dos alunos e promoveu maior interação entre professores e</p><p>estudantes. Os objetivos propostos foram alcançados satisfatoriamente,</p><p>embora a necessidade de maior infraestrutura tecnológica tenha sido</p><p>identificada como uma limitação. O aumento no uso do projeto Estação</p><p>Educação indica a relevância das videoaulas. Recomenda-se a continuidade de</p><p>pesquisas sobre novas tecnologias educacionais para aprimorar a qualidade do</p><p>ensino.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARANTES, S. D. S. F. Sequência Didática: Fundamentada na Aprendizagem</p><p>Significativa como Facilitadora no Processo de Alfabetização e Letrament</p><p>Mediada pelas Novas Tecnologias Digitais. 1. Ed. Rio de Janeiro: Appris, 2022</p><p>.</p><p>AUSUBEL, David P. A aprendizagem significativa. São Paulo: Moraes, 1982.</p><p>BLOOM, B. The 2 sigma problem: the search for methods of group instruction as</p><p>effective as one-to-one tutoring. Educational Researcher, 13(6), 4-16. 1984.</p><p>O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, [S. l.], n. 2, p. 27–35, 1995.</p><p>DOI: 10.11606/issn.2316-9125.v0i2p27-35. Disponível em:</p><p>https://www.revistas.usp.br/comueduc/article/view/36131..</p><p>Acesso em: 17</p><p>abr. 2024.</p><p>111</p><p>REVIGORANDO A GESTÃO ESCOLAR: APLICAÇÕES DE</p><p>METODOLOGIAS ÁGEIS COM O TRELLO</p><p>Andrea Verbena¹</p><p>Gizelle Principe²</p><p>Profª. Dra. Sheila Arantes³</p><p>RESUMO</p><p>Esta comunicação explora a aplicabilidade das metodologias ágeis na gestão</p><p>escolar, utilizando a plataforma Trello como uma ferramenta estratégica para</p><p>inovar e otimizar os processos administrativos e pedagógicos em instituições</p><p>educacionais. O objetivo é demonstrar como princípios ágeis, comumente</p><p>usados em desenvolvimento de software, podem ser eficazmente adaptados</p><p>para melhorar a organização, a comunicação e a execução de tarefas nas</p><p>escolas. Abordaremos inicialmente os princípios fundamentais das</p><p>metodologias ágeis, como a flexibilidade, a iteratividade e a colaboração, e</p><p>discutiremos como esses princípios podem ser transpostos para o ambiente</p><p>escolar para fomentar uma gestão mais dinâmica e adaptativa. Em seguida,</p><p>apresentaremos o Trello como uma ferramenta versátil para implementar essas</p><p>metodologias, detalhando seu funcionamento através de quadros, listas e</p><p>cartões que facilitam o gerenciamento de projetos e atividades escolares.</p><p>Exemplificaremos com casos práticos de escolas que integraram o Trello em</p><p>sua gestão, destacando como essa ferramenta ajudou no planejamento e</p><p>monitoramento de projetos educacionais, na organização de eventos escolares</p><p>e na gestão de rotinas administrativas.</p><p>¹Mestre em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação da UNICARIOCA - RJ, verbenaclementino@gmail.com;</p><p>²Mestre em Novas Tecnologias Aplicadas à Educação da UNICARIOCA - RJ, gizelleams@yahoo.com.br;</p><p>³Professora orientadora: Doutora, Faculdade UFRJ – RJ.</p><p>mailto:autorprincipal@email.com</p><p>mailto:orientador@email.com</p><p>112</p><p>Além disso, discutiremos como o Trello promove a transparência e a</p><p>colaboração entre os membros da equipe escolar, permitindo que todos</p><p>visualizem o progresso das atividades e contribuam efetivamente para os</p><p>objetivos comuns. Finalizaremos com uma sessão de perguntas e respostas,</p><p>estimulando a interação com o público para compartilhar experiências e</p><p>resolver dúvidas sobre a implementação de metodologias ágeis na gestão</p><p>escolar. Esta apresentação visa oferecer insights práticos e inspirar gestores</p><p>educacionais a adotar ferramentas ágeis que podem transformar a</p><p>administração escolar em um processo mais eficiente e adaptativo.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A gestão escolar enfrenta desafios constantes em um cenário educacional em</p><p>rápida transformação. A necessidade de melhorar a eficiência administrativa,</p><p>promover uma comunicação eficaz e engajar a comunidade escolar são</p><p>demandas que exigem soluções inovadoras. Neste contexto, a pesquisa</p><p>intitulada "Revigorando a Gestão Escolar: Aplicações de Metodologias Ágeis</p><p>com o Trello" propõe a implementação de práticas ágeis, com o uso da</p><p>ferramenta Trello, para otimizar os processos administrativos e pedagógicos</p><p>nas instituições de ensino.</p><p>Por meio dos Projetos as instituições de ensino devem expressar sua</p><p>identidade, bem como adequar-se às mudanças ocorridas na sociedade em</p><p>função do avanço tecnológico e o potencial uso das mídias para a inovação nas</p><p>práticas pedagógicas. Nas palavras de Gadotti (1994):</p><p>Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas</p><p>para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado</p><p>confortável para arriscar-se, atravessar um período de</p><p>instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função</p><p>da promessa que cada Projeto contém de estado melhor</p><p>do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado</p><p>como promessa frente à determinadas rupturas. As</p><p>promessas tornam visíveis os campos de ação possível,</p><p>comprometendo seus atores e autores.</p><p>113</p><p>O estudo explora a integração de metodologias ágeis, originalmente</p><p>desenvolvidas para o setor de tecnologia, no ambiente escolar, buscando</p><p>demonstrar como essas práticas podem ser adaptadas para melhorar a</p><p>organização e a colaboração entre gestores, professores e alunos. A</p><p>justificativa implícita reside na crescente complexidade das demandas</p><p>educacionais, que exige estratégias de gestão flexíveis e dinâmicas para</p><p>garantir a qualidade do ensino.</p><p>Os objetivos principais da pesquisa incluem a análise do impacto das</p><p>metodologias ágeis na eficiência administrativa, a avaliação da satisfação dos</p><p>membros da comunidade escolar e a identificação de boas práticas para a</p><p>implementação do Trello na gestão educacional. O estudo utilizou uma</p><p>abordagem qualitativa para explorar profundamente a experiência e as</p><p>percepções dos participantes em relação à implementação do Trello na gestão</p><p>escolar. Isso incluiu participação nas aulas, questionários avaliativos ao</p><p>término dos encontros através formulários e análise documental para coletar e</p><p>analisar dados qualitativos. A formação continuada foi utilizada como uma</p><p>intervenção chave no estudo, visando capacitar gestores e equipe diretiva na</p><p>utilização eficaz do Trello. Este aspecto da metodologia ajudou a avaliar não</p><p>apenas os resultados do uso do Trello, mas também a eficácia do treinamento</p><p>fornecido para facilitar essa implementação.</p><p>A escolha por uma abordagem qualitativa e o método de estudo de caso foi</p><p>motivada pela necessidade de explorar detalhadamente as experiências e</p><p>percepções dos participantes em um contexto específico de gestão escolar.</p><p>Isso proporcionou insights ricos e contextuais sobre como as metodologias</p><p>ágeis com o Trello podem ser implementadas e adaptadas no ambiente</p><p>educacional, além de permitir uma compreensão mais profunda dos processos</p><p>e dinâmicas envolvidas.</p><p>Os resultados iniciais da pesquisa apontam que a adoção do Trello, como</p><p>metodologias ágeis, contribuiu significativamente para a melhoria da</p><p>organização das atividades escolares, facilita a comunicação entre os</p><p>membros da comunidade escolar e promoveu um ambiente mais colaborativo e</p><p>eficiente.</p><p>114</p><p>Em conclusão, o trabalho desenvolvido evidencia que a aplicação de</p><p>metodologias ágeis com o Trello na gestão escolar pode ser uma estratégia</p><p>eficaz para enfrentar os desafios contemporâneos da educação. A pesquisa</p><p>não apenas valida o potencial das práticas ágeis no contexto educacional, mas</p><p>também oferece formas replicável para outras instituições de ensino que</p><p>buscam inovação e eficiência em seus processos administrativos e</p><p>pedagógicos.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A gestão escolar tradicional frequentemente enfrenta desafios relacionados à</p><p>rigidez dos processos, à burocracia e à dificuldade de comunicação eficaz entre</p><p>os membros da comunidade escolar (LÜCK 2009 p.228). Nesse contexto, as</p><p>metodologias ágeis emergem como uma solução promissora, oferecendo</p><p>princípios que podem transformar a maneira como as escolas operam e se</p><p>adaptam às demandas contemporâneas. As metodologias ágeis, desenvolvidas</p><p>inicialmente para o setor de desenvolvimento de software, baseiam-se em</p><p>princípios fundamentais descritos no Manifesto Ágil (BECK et al., 2001). Nesse</p><p>contexto a transposição dos princípios ágeis para o ambiente escolar requer</p><p>uma adaptação cuidadosa das práticas, de forma a respeitar as</p><p>particularidades do contexto educacional. As metodologias ágeis podem</p><p>fomentar uma gestão mais dinâmica através da:</p><p>Flexibilidade:</p><p>A flexibilidade é um dos pilares das metodologias ágeis, permitindo que as</p><p>equipes ajustem suas práticas conforme as necessidades e as mudanças no</p><p>ambiente (HIGHSMITH, 2009 p. 9). No contexto escolar, isso significa que a</p><p>gestão pode rapidamente adaptar suas estratégias de ensino e administração</p><p>em resposta a feedbacks dos alunos, professores e pais. Por exemplo, a</p><p>utilização do Trello permite a reorganização rápida das tarefas e prioridades</p><p>conforme novas demandas surgem, garantindo uma gestão mais responsiva e</p><p>eficiente.</p><p>115</p><p>Interatividade:</p><p>Segundo (FLECHA, 2000 p.22) a interatividade promove uma comunicação</p><p>constante e eficaz entre todos os membros da equipe. Nas escolas, isso se</p><p>traduz em um fluxo de informações mais transparente entre gestores, docentes,</p><p>estudantes e pais. Ferramentas como o Trello facilitam a visualização do</p><p>progresso das atividades e projetos, promovendo um ambiente onde a</p><p>informação é facilmente</p><p>acessível e as atualizações são compartilhadas em</p><p>tempo real. Este princípio é essencial para a construção de uma cultura escolar</p><p>colaborativa e proativa.</p><p>Colaboração:</p><p>Sobre esse princípio os autores (CAINE & CAINE, 1997 p.30) enfatiza que a</p><p>colaboração é fundamental para o sucesso das metodologias ágeis, no</p><p>ambiente escolar, a colaboração entre os diferentes atores - gestores,</p><p>professores, alunos e pais - é crucial para a criação de um ambiente de</p><p>aprendizado mais integrado e eficaz. A implementação do Trello facilita a</p><p>criação de equipes de trabalho colaborativas, onde cada membro pode</p><p>contribuir de forma significativa para o alcance dos objetivos educacionais.</p><p>Essa prática não só fortalece o espírito de equipe, mas também promove a</p><p>corresponsabilidade e o comprometimento com os resultados.</p><p>Em síntese, o referencial teórico fundamenta a relevância das metodologias</p><p>ágeis na gestão escolar, destacando como seus princípios de flexibilidade,</p><p>interatividade e colaboração podem ser eficazmente transpostos para</p><p>promover uma gestão mais dinâmica e eficaz. A pesquisa reforça a importância</p><p>de adaptar essas práticas ao contexto educacional, evidenciando os benefícios</p><p>de uma gestão escolar ágil e colaborativa com a utilização do Trello como uma</p><p>ferramenta de gestão de projetos baseada em quadros (boards), listas e</p><p>cartões (cards), projetada para facilitar a organização e colaboração em</p><p>equipes. É especialmente útil para implementar metodologias ágeis no</p><p>ambiente escolar devido à sua flexibilidade e simplicidade.</p><p>Reforçamos a utilização do Trello, com sua estrutura intuitiva e funcionalidades</p><p>colaborativas, pode ser uma ferramenta poderosa para promover uma gestão</p><p>escolar mais ágil, transparente e eficiente, adaptando-se facilmente às</p><p>necessidades dinâmicas do ambiente educacional.</p><p>116</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A implementação de metodologias ágeis, como o uso do Trello, representa uma</p><p>abordagem inovadora para a gestão escolar contemporânea, enfrentando</p><p>desafios tradicionais como a rigidez dos processos e a comunicação</p><p>fragmentada entre os membros da comunidade escolar. Este estudo buscou</p><p>explorar o impacto dessa abordagem, particularmente através da formação</p><p>continuada destinada a gestores e equipe diretiva sobre as ferramentas digitais</p><p>disponíveis para otimizar suas atividades administrativas.</p><p>A inicialmente a aplicação do Trello mostra-se eficaz na organização das</p><p>atividades diárias da equipe diretiva. Os participantes receberam treinamento</p><p>sobre os conceitos básicos do Trello, permitindo-lhes uma familiarização rápida</p><p>com a plataforma e sua adaptação às necessidades específicas da gestão</p><p>escolar. Às ferramentas como Trello facilitam um fluxo de informação mais</p><p>transparente e acessível, aumentando a colaboração e a coesão dentro da</p><p>equipe.</p><p>O objetivo e a melhoria significativa na comunicação interna entre gestores,</p><p>coordenadores e demais membros da equipe diretiva. A utilização dessa</p><p>ferramenta associada as metodologias ágeis proporcionaram uma gestão mais</p><p>eficiente de projetos e atividades administrativas. A capacidade de visualizar e</p><p>atualizar continuamente o progresso das tarefas leva a uma redução</p><p>perceptível no tempo gasto em reuniões presenciais, concentrando esforços</p><p>em atividades mais estratégicas e decisivas.</p><p>A formação continuada emergiu como um facilitador crucial para o sucesso da</p><p>implementação do Trello na gestão escolar. Identificaram-se necessidades</p><p>específicas de treinamento para maximizar o potencial da ferramenta,</p><p>adaptando-a às demandas específicas da educação e promovendo uma adoção</p><p>mais ampla e eficaz entre os membros da equipe diretiva.</p><p>117</p><p>Neste primeiro gráfico percebemos a participação de gestores de todas as</p><p>regiões do Brasil:</p><p>A seguir notamos a formação acadêmica destes gestores, com base nos dados</p><p>fornecidos por eles:</p><p>118</p><p>Em tela, percebemos a experiência profissional em gestão dos participantes da</p><p>formação continuada:</p><p>Referente ao segmento de atuação dos cursistas, nas escolas, notamos uma</p><p>incidência maior de profissionais da Educação Infantil, conforme abaixo:</p><p>119</p><p>Recomendações para futuras implementações incluem o aprimoramento</p><p>contínuo na formação dos usuários do Trello, além da exploração de novas</p><p>áreas de aplicação dentro da gestão escolar. Essas iniciativas visam não</p><p>apenas consolidar as melhorias alcançadas, mas também preparar a escola</p><p>para enfrentar novos desafios educacionais com agilidade e eficácia.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Em síntese, os resultados desta pesquisa demonstram que a efetivação de</p><p>metodologias ágeis com o Trello pode revitalizar a gestão escolar, promovendo</p><p>uma administração mais dinâmica, colaborativa e eficiente. A formação</p><p>continuada mostrou-se essencial para capacitar gestores e equipe diretiva na</p><p>utilização eficaz dessa ferramenta digital, possibilitando melhorias</p><p>significativas na organização, comunicação e gestão de projetos dentro do</p><p>ambiente educacional.</p><p>Os achados desta pesquisa oferecem contribuições significativas para a</p><p>comunidade científica, especialmente no campo da gestão escolar e tecnologia</p><p>educacional. A análise dos dados empíricos proporciona insights valiosos</p><p>sobre os benefícios tangíveis do Trello na educação, estimulando discussões</p><p>sobre como outras escolas e instituições educacionais podem adotar e</p><p>adaptar essas práticas para melhorar suas próprias operações administrativas</p><p>e pedagógicas.</p><p>Contudo, é importante reconhecer que ainda há espaço para avanços e novas</p><p>investigações neste campo. Futuras pesquisas poderiam explorar mais</p><p>profundamente o impacto das metodologias ágeis não apenas na gestão</p><p>administrativa, mas também na prática pedagógica e no envolvimento dos</p><p>alunos. Além disso, seria interessante investigar como outras ferramentas</p><p>digitais e metodologias ágeis podem complementar ou ampliar os benefícios</p><p>observados com o uso do Trello, promovendo uma análise comparativa mais</p><p>abrangente ao longo do tempo.</p><p>120</p><p>Ao dialogar com análises e estudos referenciados ao longo das décadas,</p><p>percebe-se uma evolução contínua na abordagem da gestão escolar,</p><p>adaptando-se às demandas da sociedade digital e às necessidades em</p><p>constante mudança das escolas modernas. A incorporação de tecnologias</p><p>como o Trello não apenas facilita a administração escolar, mas também</p><p>promove uma cultura organizacional mais flexível, responsiva e centrada no</p><p>aluno, alinhada com as expectativas contemporâneas de eficiência e inovação</p><p>educacional.</p><p>Assim, esta pesquisa não apenas valida a viabilidade das metodologias ágeis</p><p>com o Trello na gestão escolar, mas também abre caminho para novas</p><p>investigações que possam expandir nosso entendimento sobre como essas</p><p>abordagens podem melhorar continuamente a qualidade da educação e o</p><p>desempenho das instituições educacionais em um mundo digitalizado e</p><p>interconectado.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>A Deus minha profunda gratidão, por conceder-nos vida, saúde e a</p><p>oportunidade de recomeçar.</p><p>À professora Sheila Arantes pela dedicação e estímulo diários, a nos levar a</p><p>reflexão sobre nossas capacidades em persistir e evoluir sempre.</p><p>Aos nossos estimados colegas, Elisa, Fabio, Laila, Márcia e Sabrina, que foram</p><p>fundamentais para a realização do trabalho.</p><p>121</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BECK, K., BEEDLE, M., BENNEKUM, A., COCKBURN, A., CUNNINGHAM, W.,</p><p>FOWLEr, M., ... & THOMAS, D. (2001). Manifesto for Agile Software</p><p>Development. Recuperado de http://agilemanifesto.org/</p><p>CAINE, Roberta Nessie., & CAINE, Geoffrey (1997). Education on the Edge of</p><p>Possibility. Association for Supervision and Curriculum Development (ASCD).</p><p>FLECHA, Ramón. (2000). Sharing Words: Theory and Practice of Dialogic</p><p>Learning. Rowman & Littlefield Publishers.</p><p>GADOTTI, Moacir. O projeto político-pedagógico na escola: na perspectiva de</p><p>uma educação para a cidadania. Brasília, 1994.</p><p>HIGHSMITH, Jim. (2009). Agile Project Management: Creating Innovative</p><p>Products (2nd ed.). Addison-Wesley Professional.</p><p>LÜCK, Heloisa. (2009). Gestão escolar e qualidade do trabalho pedagógico. 6.</p><p>ed. Petrópolis: Vozes.</p><p>SCHWABER, Ken., & BEEDLE, Mike. (2002). Agile Software</p><p>Development with</p><p>Scrum. Prentice Hall.</p><p>TRELLO. (2021). Trello Guide: How to Use Trello to Manage Your Projects.</p><p>Recuperado de https://trello.com/guide.</p><p>http://agilemanifesto.org/</p><p>https://trello.com/guide</p><p>122</p><p>POTENCIALIZANDO A FORMAÇÃO DE GESTORES</p><p>EDUCACIONAIS COM O TRELLO: ESTRATÉGIAS ÁGEIS</p><p>PARA UM FUTURO EFICIENTE</p><p>Elisa Nacif Diniz¹</p><p>Márcia Josiane Sousa²</p><p>Sheila Arantes³</p><p>RESUMO</p><p>A comunicação examina o uso do Trello para a formação contínua de gestores</p><p>educacionais, destacando a aplicação de metodologias ágeis como Kanban e</p><p>Scrum para otimizar a gestão de projetos e melhorar a eficiência das equipes. A</p><p>Lei nº 14.533/2023, que institui a Política Nacional de Educação Digital, é</p><p>salientada pela sua relevância na inclusão digital. Utilizando conversas</p><p>informais com gestores de Niterói, a pesquisa identificou desafios na</p><p>comunicação e colaboração, propondo o Trello como solução para uma gestão</p><p>mais organizada e produtiva. A interface intuitiva e as versões gratuitas do</p><p>Trello facilitam sua adoção. A integração com outras ferramentas digitais</p><p>potencializa a criação de uma experiência de aprendizagem colaborativa.</p><p>Conclui-se que a formação continuada é crucial para enfrentar os desafios</p><p>educacionais contemporâneos, promovendo a troca de experiências e</p><p>estratégias entre gestores.</p><p>Palavras-chave: Trello, metodologias ágeis, formação continuada, gestão</p><p>educacional, inclusão digital, Kanban, Scrum.</p><p>¹Doutoranda do curso Novas Tecnologias Digitais na Educação da Unicarioca, Diniz, E N - elisadiniz@gmail.com</p><p>²Doutoranda do curso de Novas Tecnologias Digitais na Educação da Unicarioca, Sousa,</p><p>J - marciajosianesousa@gmail.com</p><p>³Professor orientadora: Sheila da Silva Ferreira Arantes UFRJ, sheila@csaber.com.br</p><p>123</p><p>De acordo com os autores, Jesu e Effgen,o processo de formação não se</p><p>baseia no mero acúmulo de cursos, conhecimentos ou técnicas. Em vez disso,</p><p>é forjadoatravés do exame diligente das práticas e da reconstrução contínua da</p><p>identidade pessoal. É por isso que é tão importante investirnos indivíduos e</p><p>reconhecer o valor do conhecimento experiencial. Ao adotar métodos de</p><p>formação que priorizam as dimensões coletivas, promovemos a libertação</p><p>profissional e fortalecemos uma ocupação autônomaque gera conhecimentos</p><p>e princípios próprios.(Jesu; Effgen, 2012 apud Nóvoa, 1995, p. 25).</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A utilização de ferramentas ágeis é considerada essencial para a otimização da</p><p>gestão de projetose a melhoria da eficiência da equipe. As metodologias ágeis</p><p>constituem um conjunto de técnicas para gerenciar projetosde forma eficiente.</p><p>As duas metodologias mais conhecidas são:</p><p>Kanban: Método baseado em cartão usado para distribuição de tarefas,</p><p>acompanhamento do status da produção, identificação de responsáveis</p><p>e definição de prazos.</p><p>Scrum: Metodologia ágil que divide o projeto em ciclos e realiza</p><p>reuniõesbreves e estratégicas para monitorar o progresso. As etapas e</p><p>tarefas diárias são discutidas em reuniões que não devem ultrapassar</p><p>15 minutos.</p><p>Plataforma multifuncional para anotações, gerenciamento de tarefas e</p><p>documentação.</p><p>A integração de ferramentas ágeis na gestão escolar pode revolucionar</p><p>o trabalho diário das escolas,promovendo um ambientemais flexível,</p><p>colaborativo e orientado para resultados. A implementação dessas</p><p>abordagens tornaria a escola mais eficaz na resolução de desafios</p><p>futuros, sempre com o objetivode melhorar a experiência de</p><p>aprendizagem para todas as partesinteressadas. Por isso, justificamos</p><p>a adoção da formação continuada no Trello. A escolha por ferramentas</p><p>ágeis, especificamente o Trello, deve-seà sua facilidade de acesso,</p><p>compreensão e à disponibilidade de uma versão gratuita, visando</p><p>mitigar problemas que frequentemente afligem o gestor educacional e</p><p>sua equipe pedagógica. O aplicativo Trello, criado pela Atlassian, faz</p><p>parte de um conjunto de ferramentas destinadas a gerenciar projetos,</p><p>tarefas, trabalho e colaboração (ATLASSIAN,2022).</p><p>124</p><p>O referido blog enumera outras possibilidades no TRELLO:</p><p>Imagens, textose comentários se encaixam perfeitamente em</p><p>cada tarefapara facilitar a consulta.[...]</p><p>Os Power ups Trellosão poderosas integração de aplicativos que</p><p>conectam toda a bagunça de outros ativos de que você precisa para</p><p>obter produtividade no trabalho.[...]</p><p>O Trello foi criado para turbinartodas as equipes,incluindo as de</p><p>marketing, recursoshumanos (RH), desenvolvimento, vendas e design.</p><p>No escritório, remoto ou híbrido, os quadros do Trello funcionam onde</p><p>quer que você esteja trabalhando. (ATLASSIAN, 2022 )</p><p>O Trello pode ser utilizado de forma gratuita e em diversos suportes“[...]em Mac</p><p>ou PC, em nuvem ou local, desktopou celular ou tablet.” Além da versãogratuita,</p><p>possui as versões Standard, Premiume Enterprise.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÕES</p><p>Esta proposta emerge de nossas experiências como gestoras na Secretaria</p><p>Municipal de Educação de Niterói e na FundaçãoMunicipal de</p><p>Educação(SME/FME). A pesquisapreliminar foi conduzidapor meio de uma</p><p>conversainformal, realizada por chamada de vídeo, com duração de 30 minutos</p><p>e agendada previamente, envolvendo três participantes. A seleção dos</p><p>participantes considerou a rede de atuação profissional dos autores, com o</p><p>objetivo de compreender as demandas dos gestores educacionais.</p><p>Conforme Valim e Maciel,as reflexões decorrentes da preliminar de pesquisa</p><p>revelaram novos olhares e possibilidades para a investigação.</p><p>A Preliminar de pesquisa (segundo orientações previstas no inciso XII do artigo</p><p>2º do Capítulo I da Resolução 510 de 07 de abril de 2016 do Conselho Nacional</p><p>de Saúde (CNS, 2016) tencionam auxiliar o pesquisador na compreensão da</p><p>situação de maneira mais clara.</p><p>125</p><p>Todos os convites para realizar a conversa ocorreram pelo aplicativo do</p><p>WhatsApp, priorizando a disponibilidade de ambas as partes envolvidas. As</p><p>conversas informaisocorreram individualmente e no formatovirtual, fazendo</p><p>uso do aplicativo Zoom, com a duração média de 30 minutos. Sendo elencadas</p><p>três perguntas que nortearam a preliminar de pesquisa, objetivando uma melhor</p><p>organização e compreensão do campo. (1) Quais são os principais desafios</p><p>que você enfrenta ao estabelecer uma comunicação eficaz com sua equipe,</p><p>especialmente em relação ao compartilhamento de informações e</p><p>expectativas? (2) Como a falta de comunicação clara e eficienteafeta a</p><p>colaboração entre os membros da equipe e a implementação de políticas e</p><p>diretrizes escolares? (3) Quais ferramentas ou estratégias atualmente utilizadas</p><p>na sua gestão têm sido menos eficazes para a comunicação com a equipe,e</p><p>como você gostaria que fossem aprimoradas?</p><p>Nesta direção, enfatiza-se a importância da formação continuada</p><p>direcionadaao gestor educacional. Ressalta-se a crescente necessidade das</p><p>ferramentas ágeis que facilitem a organização e gestão do tempo, ao mesmo</p><p>tempo em que promovam uma aprendizagem colaborativa, flexível e adaptada</p><p>às necessidades da equipe.</p><p>Outro sim, recorda-se que as formações continuadas na rede de educação</p><p>municipal de Niterói (SME/FME)são asseguradas pela Portaria da Fundação</p><p>Municipalde Educação (FME) Portarianº087/2011 (NITERÓI,2011).</p><p>Dessa forma, prevendo adicionalna remuneração dos servidores na Lei</p><p>municipal nº 3.067/2013 (NITERÓI,2013), ratificado no Plano Unificado de</p><p>Cargos, Carreira e Vencimentos dos servidores da Fundação Municipal de</p><p>Educação de Niterói, destaca-se o Título IV - Da Remuneração, dos</p><p>Vencimentos e das Vantagens.</p><p>A escolha do Trello ocorreu devido à sua interface intuitiva que utiliza quadros,</p><p>listas e cartões,apresentando-se como uma solução ideal para esses requisitos.</p><p>Ele permite que os gestores acompanhem o progresso de suas aprendizagens e</p><p>responsabilidades de forma visual e acessível, promovendo maior engajamento</p><p>e produtividade.</p><p>126</p><p>Avançaremos na apresentação descrevendo detalhadamente como configurar</p><p>e personalizar o Trello para atender a diferentes necessidades de formação,</p><p>abrangendo desde cursos de curta duraçãoaté programas de desenvolvimento</p><p>profissional mais extensivos. Exemplospráticos serão fornecidos, incluindo a</p><p>criação de quadros específicos para módulos de aprendizagem, a organização</p><p>de cronogramas através de listas e a utilização de cartões para atribuir tarefas,</p><p>definir prazos e agregar recursos educativos variados, como vídeos, artigos e</p><p>quizzes.</p><p>Além disso, discutiremos as melhores práticas para maximizar o uso do Trello</p><p>na formação de gestores. Isso incluirá a integração do Trello com outras</p><p>ferramentas digitais, como Google Drive, Slack e plataformas de</p><p>videoconferência, para criar uma experiência de aprendizagem mais rica,</p><p>interativa e colaborativa. Analisaremos como a coleta e análise de feedback e</p><p>dados de desempenho através do Trello podem ser utilizados para ajustar e</p><p>melhorar continuamente os programas de formação, garantindo que atendam</p><p>às necessidades e expectativas dos gestores.</p><p>Concluiremos com uma sessão interativa, incentivando um diálogo aberto com</p><p>os participantes sobre os desafios e soluções na implementação de</p><p>ferramentas tecnológicas na formação continuada. Durante esta sessão,os</p><p>gestores terão a oportunidade de compartilhar suas experiências, discutir</p><p>dificuldades específicas e explorar possíveis estratégias para superar</p><p>obstáculos comuns. Nosso objetivo é criar um ambiente colaborativo onde as</p><p>ideias possam ser trocadas livremente, promovendo um aprendizado mútuo e</p><p>enriquecedor.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Esta comunicação busca inspirar e equipar gestores educacionais com as</p><p>competências necessárias para implementar o Trello de forma eficaz em suas</p><p>práticas de formação. Abordaremos técnicas práticas e estratégias para</p><p>otimizar o uso desta ferramenta, visando a uma gestão educacional mais</p><p>organizada, produtiva e adaptada às demandas contemporâneas.</p><p>127</p><p>Ao final da apresentação, os participantes sairão com um conjunto claro de</p><p>ações e habilidades que poderão aplicar imediatamente em suas instituições,</p><p>promovendo melhorias significativas em seus programas de desenvolvimento</p><p>profissional.</p><p>Este resumo tem como objetivo aprofundar o entendimento dos participantes</p><p>sobre as vastas possibilidades que as ferramentas de gestão ágil oferecem</p><p>para a formação continuada. Vamos evidenciar o Trello como uma opção viável</p><p>e altamente benéfica para gestores educacionais, demonstrando, através de</p><p>exemplos práticos e estudos de caso, como essa ferramenta pode ser</p><p>integrada de maneira eficaz em diversos contextoseducacionais. Queremos</p><p>garantir que os gestores estejam bem informados e preparados para aproveitar</p><p>ao máximo as vantagens do Trello, transformando a maneira como gerenciam e</p><p>desenvolvem suas equipes e programas.</p><p>AGRADECIMENTO</p><p>Agradecimentos a todos os participantes da formação, pelo compartilhamento</p><p>de vivências e experiências significativas e, especialmente a doutora Sheila</p><p>Arantes por valiosas contribuições e o despertarde novas possibilidades na</p><p>nossa trajetória acadêmica.</p><p>128</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. 2016. Resolução nº 510, de 07 de abril de 2016. Dispõe sobre as</p><p>normasaplicáveis a pesquisasem Ciências Humanase Sociais. Diário Oficial [da]</p><p>República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 maio de 2016.</p><p>BRASIL. Lei nº 14.533, de 11 de janeiro de 2023. Institui a Política Nacionalde</p><p>Educação Digitale altera as Leis nºs 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de</p><p>Diretrizes e Bases da Educação Nacional), 9.448, de 14 de março de 1997,</p><p>10.260, de 12 de julho de 2001, e 10.753, de 30 de outubro de</p><p>2003.Disponívelem:https://legis.sen ado.leg.br/norma/36763658/publica</p><p>cao/36765691. Acesso em: 5 mar. 2024.</p><p>NITERÓI. Fundação Municipal de Educação de Niterói . Portaria 087/2011.</p><p>Proposta Pedagógica da Rede Municipal de Ensino de Niterói.:FME,</p><p>2011.Publicada em A Tribuna, em 12/02/2011b.</p><p>NITERÓI. Lei nº 3.067, de 12 de dezembrode 2013. Instituio novo plano</p><p>unificado de cargos, carreira e vencimentos dos servidores da Fundação</p><p>Municipal de Educação de Niterói. Disponível</p><p>em:https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/lei-</p><p>ordinaria/2013/307/3067/lei-ordinaria-n-3067-2013-institui-o-novo-plano-</p><p>unificado-de-cargos-carreira-e-vencimentos-dos-servidores-da-fundacao-</p><p>municipal-de-educacao-de-niteroi-2013-12-12-versao-original. Acesso em: 21 de</p><p>julho de 2021.</p><p>O QUE SÃO AS FERRAMENTAS ÁGEIS? - Indústria S.A. articulação entre</p><p>programas, projetose ações de diferentes entes federados, áreas e</p><p>setoresgovernamentais (...) relacionadas ao acesso da população brasileira a</p><p>recursos, ferramentas e práticas digitais” (Brasil, 2023,p.). Acesso: 09 de jun.</p><p>2024.</p><p>https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/lei-ordinaria/2013/307/3067/lei-ordinaria-n-3067-2013-institui-o-novo-plano-unificado-de-cargos-carreira-e-vencimentos-dos-servidores-da-fundacao-municipal-de-educacao-de-niteroi-2013-12-12-versao-original</p><p>https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/lei-ordinaria/2013/307/3067/lei-ordinaria-n-3067-2013-institui-o-novo-plano-unificado-de-cargos-carreira-e-vencimentos-dos-servidores-da-fundacao-municipal-de-educacao-de-niteroi-2013-12-12-versao-original</p><p>https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/lei-ordinaria/2013/307/3067/lei-ordinaria-n-3067-2013-institui-o-novo-plano-unificado-de-cargos-carreira-e-vencimentos-dos-servidores-da-fundacao-municipal-de-educacao-de-niteroi-2013-12-12-versao-original</p><p>https://leismunicipais.com.br/a1/rj/n/niteroi/lei-ordinaria/2013/307/3067/lei-ordinaria-n-3067-2013-institui-o-novo-plano-unificado-de-cargos-carreira-e-vencimentos-dos-servidores-da-fundacao-municipal-de-educacao-de-niteroi-2013-12-12-versao-original</p><p>129</p><p>SANTOS, Bruna ; C6STA , Diego.Caminhos da Inovaçãono Setor Público,ENAP,</p><p>2022. Disponível em:</p><p>https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/7420/1/caminhos_da_inovacao_no</p><p>_setor_publico.pdf</p><p>ATLASSAN. Para que serve o Trello? Explicação do software de gerenciamento</p><p>de projetos favoritos. 2022. Disponível em:https://blog.trello.com/br/para-que-</p><p>serve-o-trello. Acesso em: 8 jun. 2024.</p><p>VALIM, R. L. M; MACIEL, T. M. F. B. A importância da etapa preliminar de campo</p><p>sistematizada pela Resolução nº510 do CNS. Saúde, Ética & Justiça. 2018;</p><p>23(1):11-20. Disponível em:</p><p>https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/157697. Acesso em: 7 de jun.</p><p>2024.</p><p>http://www.revistas.usp.br/sej/article/view/157697</p><p>130</p><p>A UTILIZAÇÃO DO TRELLO PARA OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO</p><p>ESCOLAR: UMA ABORDAGEM PRÁTICA MEDIADA PELAS NOVAS</p><p>TECNOLOGIAS DIGITAIS</p><p>Fábio Coelho da Conceição[1]</p><p>Laila da Rocha Neves [2]</p><p>Sabrina Cota da Silva Ticon[3]</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes[4] RESUMO</p><p>Este artigo explora a utilização do Trello como ferramenta digital para otimizar</p><p>a gestão escolar, integrando métodos ágeis, especificamente o Kanban. A partir</p><p>de três sequências didáticas (SDs) aplicadas em um curso de formação para</p><p>gestores escolares, professores e orientadores pedagógicos, destacou-se como</p><p>o Trello pode aprimorar a organização, a comunicação e a colaboração entre</p><p>membros da equipe educacional. Na primeira SD, os participantes foram</p><p>introduzidos aos conceitos de tecnologia, recursos tecnológicos digitaise</p><p>métodos ágeis,com ênfase no Kanban. A segunda SD aprofundou o uso do</p><p>Trello, explorando funcionalidades avançadas e promovendo atividades</p><p>colaborativas para dar ênfase à transparência e à interação na gestão escolar.</p><p>Na terceira e última SD, os gestores foram incentivdos a desenvolver</p><p>estratégias para engajar e informar suas equipes utilizando o Trello, culminando</p><p>em uma avaliação lúdica das aprendizagens adquiridas. Os resultados</p><p>demonstram que a implementação do Trello, aliado ao método ágil Kanban, foi</p><p>capaz de facilitar a gestão de projetos educacionais, promovendo um ambiente</p><p>mais organizado e eficiente. Este estudo oferece insights valiosos sobre a</p><p>aplicação práticade tecnologias digitaisna educação e propõe caminhos para a</p><p>continuidade e expansão dessas práticas.</p><p>Palavras-chave: Gestão Escolar,Tecnologias Digitais Na Educação, MétodoÁgil Kanban</p><p>Este estudo fornece uma visão abrangente sobre a aplicação prática de tecnologias digitais na educação,</p><p>destacando a importância de métodos ágeis para a gestão escolar e propondo direções futuras para a continuidade</p><p>e expansão dessas práticas.</p><p>[1] Doutorando do Curso de Novas Tecnologias Digitais Na Educação da UniCarioca - RJ,</p><p>fabiocoelho@academiadoautismo.com.br;</p><p>[2] Doutoranda do Curso de NovasTecnologias Digitais Na Educação da UniCarioca -</p><p>RJ,professoraneveslaila@gmail.com;</p><p>[3] Doutoranda do Curso de Novas Tecnologias Digitais Na Educaçãoda UniCarioca - RJ,</p><p>coordinfo.educar@gmail.com;</p><p>[4] Professor orientador: Doutoranda, UFRJ - RJ, sheila@csaber.com.br</p><p>mailto:professoraneveslaila@gmail.com</p><p>mailto:coordinfo.educar@gmail.com</p><p>mailto:sheila@csaber.com.br</p><p>131</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A gestão escolar contemporânea enfrenta desafios crescentes, exigindo</p><p>práticas inovadoras e eficientes para otimizar processos e melhorar a</p><p>qualidade educacional. Nas palavras de Costa et al (2023) as tecnologias</p><p>digitais podem aprimorar não só a gestão de empresas como também a</p><p>maneira de coordenar as escolas tanto públicas quanto privadas, o que gera a</p><p>necessidade de capacitar todos os profissionais das instituições escolares.</p><p>Neste contexto, as tecnologias digitaisemergem como ferramentas poderosas</p><p>para apoiar a administração escolar.Entre estas, destaca-se o Trello, um</p><p>aplicativo baseadono método ágil Kanban, amplamente utilizado para</p><p>gerenciamento de projetos e tarefas.</p><p>O Kanban, originário da indústria automotiva japonesa, oferece uma abordagem</p><p>visual e dinâmica para organizar processos, promovendo transparência,</p><p>comunicação eficaz e colaboração entre os membros da equipe.</p><p>Sendo assim, este artigo apresenta uma pesquisa aplicada sobre a utilização</p><p>do Trello para otimização da gestão escolar, estruturada em três sequências</p><p>didáticas (SDs) elaboradas para um curso de formação de gestores escolares.</p><p>A pesquisa visa demonstrar como o Trello pode ser integradoao ambiente</p><p>educacional para aprimorar a organização e a eficiência das atividades</p><p>administrativas e pedagógicas.</p><p>A justificativa para este estudo reside na necessidade de incorporar práticas de</p><p>gestão mais dinâmicas e adaptáveis às rotinas escolares, promovendo um</p><p>ambiente de trabalho mais colaborativo e transparente. Neste contexto, o uso</p><p>de tecnologias digitais, especialmente aquelasbaseadas em métodoságeis</p><p>como o Kanban, tem um forte potencial para transformar a gestão escolar,</p><p>tornando-a mais responsiva e eficiente.</p><p>Os objetivos desta pesquisa incluem: (1) compreender a aplicação do Trello na</p><p>gestão escolar, (2) explorar as funcionalidades avançadas do Trello para</p><p>promover a colaboração e a comunicação na equipe escolar, e (3) desenvolver</p><p>estratégias de engajamento e organização que possam ser implementadas e</p><p>replicadas em diversas instituições educacionais.</p><p>132</p><p>Metodologicamente, a pesquisa foi conduzida por meiode três SDs, cada uma</p><p>com objetivos específicos e atividades práticas. A primeira SD introduziu os</p><p>conceitos de tecnologia e métodos ágeis, com foco no Kanban. A segunda SD</p><p>aprofundou o uso do Trello, explorando suas funcionalidades avançadas e</p><p>promovendo atividades colaborativas. A terceira sequência focou em</p><p>estratégias de engajamento e avaliação das aprendizagens, culminando em</p><p>uma atividade lúdica.</p><p>Os resultados demonstraram que a implementação do Trello, aliado ao método</p><p>ágil Kanban, facilita a gestão de projetos educacionais, promovendo um</p><p>ambiente mais organizado e eficiente. As discussões ressaltam a importância</p><p>da transparência e da comunicação na gestão escolar, e como o Trello pode</p><p>apoiar essas práticas. Sessa forma, conclui-se que a utilização de ferramentas</p><p>digitais como o Trello pode aprimorar significativamente a gestão escolar,</p><p>oferecendo um caminho promissor para a inovação educacional.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>Cada vez mais busca-se formas de aprimorar a organização de trabalhos e</p><p>projetos, seja nas empresas, seja nas escolas. O avanço das tecnologias</p><p>digitais permitiu a criação de ferramentas para otimizar o tempo de trabalho,</p><p>melhorar a comunicação entre as pessoas e colaborar no acompanhamento</p><p>das ações realizadas pelas equipes de pessoas nas diversas empresas e</p><p>instituições. Sendo assim, o feedback das ações é muito importante para o</p><p>realinhamento dos projetos e isso pode acontecer durante o seu processo de</p><p>implantação, desdeque a equipe de trabalhoidentifique a necessidade. Neste</p><p>contexto, as tecnologias ágeis que tem auxiliado os recursos humanos nas</p><p>empresas, também pode fazer o mesmo pela gestão escolar, tanto na</p><p>administração das instituições quanto na organização de seus projetos.</p><p>No ano de 2001, durante o mês de fevereiro, reuniram-se no estado norte-</p><p>americano de Utah, um grupo formado por Kent Beck, Mike Beedle, Arie Van</p><p>Bennekum, Alistair Cockburn, Ward Cunningham, MartinFowler, James</p><p>Grenning,Jim Highsmith, Andrew Hunt, Ron Jeffries, Jon Kern, Brian Marick,</p><p>RobertC. Martin, Steve Mellor, Ken Schwaber, Jeff Sutherland e Dave Thomas</p><p>que eram todos desenvolvedores de softwares.</p><p>133</p><p>Desse encontro nasceu o manifesto ágil para o desenvolvimento de softwares.</p><p>A “aliança ágil,” criada e assinada pelos 17 desenvolvedores independentes e</p><p>concorrentes entre si, buscou estabelecer um método e valores compatíveis,</p><p>permeados pela confiança e respeito mútuo, onde o principal objetivo é</p><p>fomentar a valorização das pessoas, a colaboração entre elas, a construção e o</p><p>sustento de organizações onde qualquer pessoa se sinta bem e goste de</p><p>trabalhar (Agile Manifesto, 2001).</p><p>Entre as metodologias ágeis desenvolvidas está o Scrum, onde são usados</p><p>post-its onde os ítens a serem realizados pela equipe de trabalho são</p><p>registrados. O Kanban é um método ágil muito semelhante ao Scrum, porém</p><p>mais simplesno qual o aplicativo Trello foi inspirado. O Trello permite a</p><p>utilização do quadro Kanban de forma online. Neste aplicativo o gerenciamento</p><p>de projetos é realizado por meio de quadros, listas e cartões que facilitam a</p><p>visualização e a colaboração entre os membros de uma equipe, a fim de</p><p>realizarem com transparencia, inspeção e adapatabilidade as etapas conjuntas</p><p>de um projeto (Oliveira et al, 2022, apud Stoddard; Gillis; Cohn, 2019).</p><p>Nas palavras de Oliveira e Pedron (2021), os métodos ágeis contribuem com a</p><p>melhora na organização e no tempode execução de projetos, devidoà clareza</p><p>das metas, a facilitação na realização de possíveis mudanças, melhoria no</p><p>comprometimento da equipe e maior agilidade na realização de tarefas por</p><p>conta da utilização dos métodos ágeis.</p><p>Entre os benefícios dos métodos ágeis, estes autores destacam o aumento da</p><p>satisfação das equipes, o melhoramento das relações interpessoais e o</p><p>alinhamento das equipes com os objetivos estabelecidos. Devido a facilidade</p><p>de visualização das tarefas, as metodologias ágeis contribuem para o aumento</p><p>de foco entre a equipe.</p><p>134</p><p>Nesse sentido:</p><p>Toda organização precisa de pessoas com foco direcionado a</p><p>objetivos importantes, o talento de aprender continuamente a</p><p>fazer cada vez melhor e a capacidade de ignorar as distrações e</p><p>manter o foco obstinado. Inovação, produtividade e crescimento</p><p>dependem desse tipo de profissionais de alto desempenho.</p><p>(Goleman, 2014, p.219)</p><p>Com o sucesso das metodologias ágeis nas empresas, viu-se a sua</p><p>potencialidade na gestão escolar e nos projetos educacionais. Diante disso,</p><p>foram elaboradas para esta formação Sequências Didáticas (SDs) permeadas</p><p>pelas tecnologias digitais que buscam embasar a formação continuada de</p><p>gestores, professores e pedagogos a fim de capacitá- los na utilização do</p><p>aplicativo Trello como um recurso ágil no ambiente escolar.</p><p>Segundo Libaneo (2020), uma sequência didática (SD) é uma estruturação</p><p>lógica e progressiva de conteúdos que facilita a sua compreensão e</p><p>assimilação por parte dos estudantes. E Zabala (2019) aponta que a SD</p><p>contribui para o desenvolvimento das competências de formasignificativa ao</p><p>favorecera compreensão global dos conteúdos e a aplicação prática dos</p><p>conhecimentos adiquiridos pelos discentes.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A aplicação prática das SDs, conforme pode ser notado nos dados da pesquisa</p><p>realizada com os alunos da formação continuada aplicada, demonstrou que as</p><p>tecnologias ligadas a gestão e organização, como o aplicativo Trello,</p><p>largamente</p><p>utilizadoem empresas de produção podemcontribuir para uma</p><p>gestão escolareficiente. O métodocontribuiu otimizando a comunicação entre</p><p>os gestores e educadores e facilitando a organização e realização de projetos</p><p>pedagógicos e educacionais. O material de apoio oferecido (manual do Trello),</p><p>assim como vídeos de demonstração da ferramenta digital e todo o material da</p><p>formação continuada ofereceram insights valiosos sobre o potencial impacto</p><p>na gestão escolar.</p><p>135</p><p>Este resumo aborda as três sequências didáticas, o e-Book elaborado para a</p><p>formação e os vídeos tutoriais desenvolvidos como pílulas de aprendizagem.</p><p>SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS</p><p>As três sequências didáticas foram cuidadosamente planejadas para</p><p>proporcionar uma formação abrangente e prática sobre a utilização do Trello na</p><p>gestão dos processos educacionais.</p><p>1. Sequência Didática Dia 1:</p><p>●Objetivos: Introduzir os conceitos de tecnologia, métodos ágeis, e o Trello.</p><p>Ensinar a criar quadros, listas e cartões no Trello.</p><p>●Atividades: Apresentação inicial, discussão sobre métodos ágeis e Kanban,</p><p>inscrição no Trello e criaçãode quadros e cartões. Uso de ferramentas como</p><p>Padlet, Google Meet, Trello, whatzapp e email para interação e/ou</p><p>compartilhamento de conteúdo.</p><p>● Materiais: Vídeos tutoriais sobre o Kanban e o Trello, apresentação em</p><p>Canva.</p><p>2. Sequência Didática Dia 2:</p><p>● Objetivos: Explorar funcionalidades avançadas do Trello, promover a</p><p>colaboração e comunicação entre a equipe escolar.</p><p>● Atividades: Revisão da aula anterior, discussão sobre transparência,</p><p>inspeção, comunicação e adaptação, apresentação de quadros Trello com</p><p>exemplos práticos, e atividades colaborativas.</p><p>● Materiais: Vídeos tutoriais sobre funcionalidades avançadas do Trello,</p><p>atividade interativa com Mentimeter, através da nuvem de palavras.</p><p>136</p><p>3. Sequência Didática Dia 3:</p><p>● Objetivos: Desenvolver estratégias de engajamento e organização usando o</p><p>Trello, avaliar as aprendizagens adquiridas.</p><p>● Atividades: Revisão dos conceitos anteriores, discussão sobre métodos</p><p>ágeis, apresentação de funcionalidades avançadas do Trello, atividades</p><p>práticas, a importância da comunicação assertiva, análise dos tipos de</p><p>liderança com ênfase nos aspectos positivos e pontos a melhorar, buscando</p><p>autoconhecimento e uma avaliação lúdica com um escape room digital.</p><p>● Materiais: Prezi para perfis de gestão, Genially para escape room, links e</p><p>tutoriais do Trello.</p><p>GUIA DA FORMAÇÃO</p><p>Como parte do apoio contínuo à formação, foi criado um guia com a</p><p>fundamentação teórica da formação realizada para o uso das ferramentas do</p><p>Trello na gestão escolar e gestão de projetos educacionais que compila todos</p><p>os conteúdos abordados durante a aplicação das sequências didáticas, ou seja,</p><p>na formação continuada. Este guia servirá como um recurso de referência para</p><p>os gestores escolares e profissionais da educação, fornecendo:</p><p>Introdução aos conceitos de tecnologia e métodos ágeis.,</p><p>Detalhes sobre o Kanban e sua aplicação na gestão escolar.</p><p>Guias passo a passo para utilizar o Trello, desde a criação de contas até o</p><p>uso de funcionalidades avançadas.</p><p>Exemplos práticos e estudos de caso sobre a utilização do Trello na gestão</p><p>de projetos escolares.</p><p>Links para vídeos tutoriais e outros materiais de apoio.</p><p>VÍDEOS TUTORIAIS (PÍLULAS DE APRENDIZAGEM)</p><p>Para complementar as aulas e facilitar a aprendizagem contínua, foram</p><p>desenvolvidos e disponibilizados, através de links do youtube, vários vídeos</p><p>tutoriais curtos (pílulas de aprendizagem).</p><p>137</p><p>Estes vídeos abordam tópicos específicos de maneira direta e prática,</p><p>incluindo:</p><p>●Introdução ao Kanban: Explicação do método ágil Kanban e suas vantagens.</p><p>●Inscrição no Trello: Guia passoa passo para criar uma contae iniciar no Trello.</p><p>● Criação de Quadros e Cartões: Tutorial sobre como criar e gerenciar quadros,</p><p>listas e cartões no Trello.</p><p>●Funcionalidades Avançadas do Trello: Exploração de etiquetas, anexos, datas</p><p>de vencimento, e outras funcionalidades avançadas.</p><p>●Integração com Outras Ferramentas: Demonstração de como integrar o Trello</p><p>com aplicativos como Google Drive.</p><p>Estes vídeos foram projetados para serem acessíveis e fáceis de seguir,</p><p>permitindo que os participantes da formação revisitem os conteúdos conforme</p><p>necessário e implementem as práticas aprendidas de maneira eficaz. O</p><p>material das aulas, vídeos, links e PDFs foram disponibilizados através do grupo</p><p>de whatsapp criado para a formação, da plataforma Trello, onde foi criadoum</p><p>quadro para a formaçãoque continha todo o material das aulas e foi</p><p>compartilhado com os alunos para visualização e acompanhamento.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A pesquisa realizada evidencia o potencial transformador das tecnologias</p><p>digitais, em especial do Trello, na gestão escolar.Através da aplicação de três</p><p>sequências didáticas, explorou-se como o Trello, baseado no método ágil</p><p>Kanban, pode ser utilizado para aprimorar a organização, a comunicação e a</p><p>colaboração entre os membros da equipe escolar. Os resultados indicam que o</p><p>uso desta ferramenta contribui para um ambiente de trabalho mais eficiente e</p><p>transparente, facilitando a gestão de projetos educacionais.</p><p>138</p><p>A implementação do Trello mostrou-se eficaz na promoção de práticas de</p><p>gestão mais dinâmicas e adaptáveis. A capacidade de visualizar e monitorar</p><p>tarefas, atribuir responsabilidades e acompanhar o progresso de atividades em</p><p>tempo real proporciona uma estrutura organizada que beneficia tanto gestores</p><p>quanto docentes. Além disso, as funcionalidades avançadas do Trello, como</p><p>etiquetas, anexos e automações, oferecem recursos adicionais que</p><p>potencializam a colaboração e o engajamento da equipe escolar. As discussões</p><p>ao longo da pesquisa destacaram a importância da transparência e da</p><p>comunicação na gestão escolar. A aplicação do Kanban, através do Trello,</p><p>demonstrou ser uma abordagem prática para garantir que todos os envolvidos</p><p>no processo educacional estejam cientes de suas responsabilidades e do</p><p>andamento das atividades. Isso não só melhora a eficiência operacional, mas</p><p>também fortalece o senso de colaboração e propósito entre os membros da</p><p>equipe.</p><p>Contudo, a pesquisa também identificou desafios, como a necessidade de</p><p>treinamentoadequado para a utilização eficazdo Trello e a adaptaçãoàs novas</p><p>tecnologias. Para superar esses desafios, recomenda-se a realização de</p><p>formações contínuas e o suporte técnico aos usuários.</p><p>Em conclusão, este estudo reafirma a importância de integrar ferramentas</p><p>digitais na gestão escolar para enfrentar os desafios contemporâneos. A</p><p>utilização do Trello, em conjunto com métodos ágeis como o Kanban, oferece</p><p>uma solução robusta para otimizar processos, promover a transparência e</p><p>melhorar a comunicação. As implicações práticas desta pesquisa sugerem que</p><p>outrasinstituições educacionais podemse beneficiar da adoção de tecnologias</p><p>digitais, contribuindo para a inovação e a melhoria contínua na gestão escolar.</p><p>Futuras pesquisas podem explorar a aplicação de outras ferramentas digitais e</p><p>métodos ágeis em diferentes contextos educacionais, ampliando o</p><p>conhecimento sobre práticas eficazes de gestão escolar e suas contribuições</p><p>para a qualidade educacional.</p><p>139</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Agile Manifesto Web site. Disponível em https://agilemanifesto.org. Acesso em</p><p>23 de junho de 2024.</p><p>DA COSTA, Mário Graça et al. Os reflexos das novas tecnologias de informação</p><p>e comunicação na gestão escolar democrática, participativa e inclusiva e o seu</p><p>contributo na melhoria de um ensino de qualidade. RECIMA21-Revista Científica</p><p>Multidisciplinar-ISSN 2675-6218, v. 4, n. 6, p. e463371-e463371, 2023.</p><p>GOLEMAN, Daniel. Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso, 1ª</p><p>ed., Rio de Janeiro, Objetiva, 2014.</p><p>LIBANEO, José Carlos. Didática. 3ª ed. São Paulo: Cortez,2020.</p><p>OLIVEIRA, Ricardo Lair Franco; PEDRON, Cristiane Drebes. Métodos Ágeis: Uma</p><p>revisão sistemática sobre benefícios e limitações. Brazilian Journal of</p><p>Development, v. 7, n. 1, p. 4520-4534, 2021.</p><p>OLIVEIRA, Juliana Vaz; LUNARDI, Guilherme Lerch. Avaliação do uso de</p><p>metodologias ágeis para resolução de problemas:</p><p>o caso da opus consultoria</p><p>júnior. SINERGIA-Revista do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e</p><p>Contábeis, v. 26, n. 2, p. 121-134, 2022.</p><p>ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. PortoAlegre: Artmed, 2019.</p><p>https://agilemanifesto.org/</p><p>140</p><p>O USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS COMO PROPOSTA INOVADORA</p><p>PARA PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO</p><p>Fernanda Vieira da Silva Ribeiro [1]</p><p>Sheila Ferreira da Silva Arantes [2]</p><p>Antônio Carlos de Mól [3]</p><p>RESUMO</p><p>O avanço das tecnologias digitais na sociedade contemporânea vem refletindo</p><p>nos ambientes escolares. É premente instituir modelos pedagógicos baseados</p><p>em dinâmicas mais atraentes, buscar a atenção e a participação dos alunos</p><p>para que adquiram conhecimento por múltiplos caminhos de forma</p><p>colaborativa, impulsionando maior participação em sala de aula. Nesse sentido,</p><p>o presente trabalho tem por objetivo propor uma formação continuada para</p><p>professores do Ensino Médio, apresentando possibilidades de aprendizagem</p><p>inovadoras mediadas pelas novas tecnologias digitais que auxiliam na prática</p><p>docente. Como produto da pesquisa foi elaborado o material didático pela</p><p>pesquisadora e oferecido aos cursistas como apoio e incentivo ao uso dos</p><p>recursos tecnológicos em seu ambiente de trabalho. Como avaliação foi</p><p>utilizado um questionário no Google Forms que foi respondido pelos</p><p>participantes. Os resultados obtidos apontam que muitos professores ainda</p><p>não utilizam tais instrumentos digitais e reproduzem uma educação baseada na</p><p>qual recebeu em sua formação inicial e os que fazem uso encontram</p><p>dificuldades devido à precária infraestrutura oferecida pelas unidades de ensino</p><p>onde atuam.</p><p>[1] Mestranda em Novas Tecnologias Digitais na Educação da Unicarioca - RJ, nandavsribeiro@gmail.com;</p><p>[2] Doutoranda em Informática na UFRJ -RJ, sheila@csaber.com.br;</p><p>[3] Doutor em Engenharia Nuclear pela COPPE/UFRJ- RJ, amol@unicarioca.edu.br;</p><p>Palavras-chave: Prática Pedagógica; Tecnologia Digital; Ensino Médio</p><p>mailto:nandavsribeiro@gmail.com</p><p>141</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A utilização de recursos digitais em sala de aula contribui para a desconstrução</p><p>de velhas práticas pedagógicas renovando as metodologias buscando práticas</p><p>mais inovadoras. No âmbito educacional, essas transformações abordam</p><p>mecanismos de inclusão, de democratização no processo de ensino e</p><p>aprendizagem, redefinindo novos papéis a serem desempenhados pelos</p><p>educadores e estudantes, utilizando recursos mais alinhados com a realidade</p><p>vivenciada pelos alunos e abordagens mais modernas que impulsionam uma</p><p>educação focada no protagonismo do aluno com uma participação mais ativa,</p><p>atendendo às demandas educacionais que primam por uma formação de</p><p>alunos mais autônomos, críticos e conscientes.</p><p>Para os autores Vidal e Miguel (2020) o século XXI trouxe mudanças</p><p>significativas para a sociedade, várias transformações em todas as dimensões</p><p>da vida humana, podendo citar neste contexto a expansão das mídias digitais,</p><p>reconfigurando a forma de organização social e profissional, maneiras de</p><p>comunicação e a relação entre os indivíduos.</p><p>A relevância desta pesquisa encontra-se na busca de novas estratégias para as</p><p>práticas pedagógicas atuais buscando métodos inovadores de ensinar</p><p>utilizando sequências didáticas aliadas a recursos tecnológicos visando à</p><p>promoção de aprendizagens mais significativas para os alunos, numa busca</p><p>por práticas mais moderna para essa nova geração midiática. Os professores</p><p>abordam o ensino de forma tradicional e analógica, com práticas pedagógicas</p><p>baseadas em modelos convencionais, não despertando o interesse desses</p><p>alunos.</p><p>Desta maneira, espera-se que com o auxílio das tecnologias esta abordagem</p><p>pedagógica, possa promover mudanças nas práticas pedagógicas do professor</p><p>tornando suas aulas mais atraentes e motivadoras buscando maior</p><p>engajamento e participação os alunos nas aulas.</p><p>142</p><p>A fim de contribuir com a aprendizagem dos alunos dessa geração midiática,</p><p>utilizando meios mais prazerosos e incentivadores, desenvolvendo práticas</p><p>pedagógicas mais inovadoras através das tecnologias digitais a presente</p><p>pesquisa tem como objetivo propor uma metodologia por meio de uma</p><p>sequência didática para a formação continuada de professores do Ensino</p><p>Médio, apresentando possibilidades de aprendizagem inovadoras mediadas</p><p>pelas novas tecnologias digitais. Essa metodologia utilizará aplicativos como</p><p>ferramentas que auxiliam na prática pedagógica, proporcionando um ambiente</p><p>de ensino mais dinâmico e eficaz.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) vêm ao longo</p><p>dos anos assumindo papel importante na sociedade se apresentando cada vez</p><p>mais intenso no contexto escolar e com isso têm alterado as formas de</p><p>aprendizagem, de comunicação e a maneira das pessoas se relacionam,</p><p>portanto, têm sido incorporadas nas práticas pedagógicas com o objetivo de</p><p>auxiliar os professores tornando as aulas mais dinâmicas e interativas</p><p>estimulando nos estudantes maior interesse e comprometimento em seu</p><p>processo de aprendizagem durante sua vida escolar.</p><p>Dentre as competências propostas na BNCC, a Cultura Digital, Competência</p><p>Geral 5, que tem como finalidade compreender, usar e criar as TDIC na vida</p><p>pessoal e nas práticas sociais, diz que:</p><p>Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação</p><p>e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética</p><p>nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se</p><p>comunicar, acessar e disseminar informações, produzir</p><p>conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e</p><p>autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2018, p.09).</p><p>O Ensino Médio no Brasil sofreu transformações. De acordo com os</p><p>Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM; 2000), as</p><p>instituições educacionais precisavam adequar-se a nova ordem social de um</p><p>Estado democrático possibilitando os jovens em idade escolar integrarem-se a</p><p>sociedade contemporânea, levando em consideração as novas tecnologias,</p><p>143</p><p>as mudanças na produção de bens e serviços para as dimensões fundamentais</p><p>da cidadania e do trabalho.</p><p>O Ministério da Educação (MEC), partindo dos princípios definidos na Lei de</p><p>Diretrizes e Bases (LDB), traçou uma nova estrutura de currículo baseado em</p><p>competências básicas para incluir os adolescentes na próxima fase da vida. O</p><p>que era considerado anteriormente descontextualizado pela abstração de</p><p>informações, atualmente se busca dar ao conhecimento escolar uma</p><p>significação, incentivando o raciocínio e a capacidade de aprender, através das</p><p>relações entre as disciplinas do currículo básico.</p><p>A partir da década de 80, com o avanço considerável na área da informática,</p><p>mudanças radicais se faz necessária na área do conhecimento, pois o papel da</p><p>escola passa a se transformar rapidamente, mediante a incorporação das</p><p>Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).</p><p>É necessário se repensar em novas propostas para as diretrizes que orientam o</p><p>Ensino Médio, pautadas nas transformações feitas durante as últimas décadas</p><p>sobre as mudanças no conhecimento e suas fragmentações e as relações em</p><p>sociedade de um modo geral.</p><p>Na década de 90, com a quantidade de informações produzidas pelo uso das</p><p>tecnologias vão surgindo novos parâmetros para a formação desses cidadãos.</p><p>Não é mais possível acumular conhecimentos, o desafio enfrentado é a</p><p>formação dos alunos em adquirir conhecimentos básicos como “a preparação</p><p>científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas</p><p>de atuação”. (PCNEM, 2000).</p><p>A partir de então, surge o Novo Ensino Médio (NEM), aprovado pela Lei</p><p>13.415/2007, que Reforma o Ensino Médio e alterou a Lei 9394/96 – LDB.</p><p>Com a proposta de substituir um modelo que seria único em sua globalidade e</p><p>passa a atender um formato mais flexível, a Lei 13.415/2017 estabelece em</p><p>suas alterações no artigo 36 da LBD destacando que:</p><p>144</p><p>O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional</p><p>Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser</p><p>organizados por meio da oferta de diferentes arranjos</p><p>curriculares, conforme a relevância para</p><p>o contexto local e a</p><p>possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:</p><p>I – linguagens e suas tecnologias;</p><p>II – matemática e suas tecnologias;</p><p>III – ciências da natureza e suas tecnologias;</p><p>IV – ciências humanas e sociais aplicadas;</p><p>V – formação técnica e profissional. (Brasil, 2018, p.467)</p><p>No Ensino Médio, os jovens intensificam suas relações, aprofundam seus</p><p>conhecimentos no mundo em que vivem, estão abertos a novas experiências,</p><p>expõe mais suas ideias, argumentam mais suas opiniões, entre outras relações</p><p>culturais e sociais. Para tais demanda as escolas precisam reformular</p><p>conceitos e ampliar suas condições para que os jovens se desenvolvam e</p><p>façam escolhas conscientes e reflexivas. Dessa forma, é preciso considerar as</p><p>tecnologias nos espaços de aprendizagem como novas práticas sociais.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A presente pesquisa tem como princípio norteador apresentar possibilidades de</p><p>aprendizagem inovadora mediadas pelas novas tecnologias digitais através da</p><p>metodologia proposta por sequências didáticas, assim como mostrar a</p><p>importância de inserir tais recursos nos planejamentos das aulas dos</p><p>professores do Ensino Médio, tornando suas aulas mais atraentes e</p><p>prazerosas.</p><p>O desenvolvimento e a aplicação da Formação Continuada procuraram</p><p>contextualizar o uso da tecnologia digital de maneira que se torne um ponto de</p><p>mudança e reflexão em práticas pedagógicas tradicionais. Não se trata de o</p><p>professor abandonar todos os seus conhecimentos pedagógicos anteriores e</p><p>passar a usar a tecnologia como único método de ensino, mas sim de buscar</p><p>métodos diferenciados e mais modernos, alinhando as práticas já usadas,</p><p>observando as transformações nos processos de ensino e aprendizagem e as</p><p>perspectivas da nova geração digital, colaborando com a autonomia cidadã.</p><p>145</p><p>Conforme aponta Gadotti (2000), tanto a educação tradicional quanto a nova</p><p>possuem pontos de vista em comum: a “educação como processo de</p><p>desenvolvimento individual”.</p><p>Através dos dados coletados dos 27 participantes da capacitação após</p><p>avaliação do questionário, observamos alguns resultados sobre a formação</p><p>acadêmica do profissional da educação, o tempo de formação de cada</p><p>profissional e sobre o uso das tecnologias digitais em sua prática docente. Em</p><p>relação a formação temos 40,7% (N=11) com Graduação, 44,4% (N=12) com</p><p>Pós-Graduação e 7,4% (N=2) com Mestrado e 7,4% (N=2) estagiários com a</p><p>formação acadêmica em curso.</p><p>No que concerne ao tempo de atuação na docência, ficou constatado que mais</p><p>boa parte dos participantes possuem uma longa estrada no magistério</p><p>passando dos 20 anos de atuação, somando um total de 44,4% (N=12), o que</p><p>nos mostra que a capacitação se faz necessária levando em consideração as</p><p>transformações sociais do século XXI, principalmente quando se fala de</p><p>tecnologia. Como nos lembra Kenski (2015), atualmente as interações sociais</p><p>se constroem e se mantém através dos diversos artefatos tecnológicos.</p><p>No que tange ao uso das tecnologias digitais os profissionais ficam receosos</p><p>em usar tais modernidades em sala, os resultados mostraram que 29,6% (N=8)</p><p>já fizeram uso de alguma tecnologia em suas práticas diárias, os demais não</p><p>fazem ou nunca fizeram o uso desses recursos. Outros pontos também foram</p><p>observados, como a falta de recursos tecnológicos que a escola pública</p><p>oferece, destacando o acesso à internet de qualidade.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Esta pesquisa, mostrou-se motivadora em relação ao engajamento dos</p><p>professores no uso das tecnologias digitais, algo que, à priori, não era de seu</p><p>interesse. Entretanto, a proposta da formação trouxe dados inovadores que</p><p>despertaram nos profissionais metodologias mais modernas, capazes de</p><p>dinamizar suas aulas e promover maior envolvimento dos alunos.</p><p>146</p><p>As tecnologias utilizadas nas sequências didáticas aplicadas na Formação se</p><p>apresentaram satisfatórias para o trabalho pedagógico, atingindo os objetivos</p><p>propostos e mostrando ao professor que os alunos podem ser mais autônomos</p><p>e participativos nas suas tarefas.</p><p>Cabe ressaltar que a proposta da capacitação não segue um modelo padrão,</p><p>podendo ser facilmente adaptada a outros conteúdos da área de conhecimento</p><p>da BNCC.</p><p>Através das respostas obtidas pelos participantes, alguns fatores, como a falta</p><p>de formação continuada e a precariedade de recursos tecnológicos disponíveis</p><p>na rede pública estadual, foram detectados como pontos negativos que</p><p>impedem o uso e a inovação das práticas pedagógicas mediadas por</p><p>tecnologias.</p><p>Para finalizar, com base nos relatos obtidos, foi possível concluir que os</p><p>professores concordam com a proposta das sequências didáticas como</p><p>metodologia inovadora e que a proposta da pesquisa é buscar formas</p><p>diferenciadas de ensinar e aprender, contribuindo com práticas mais atraentes</p><p>e prazerosas que favoreçam alunos e professores.</p><p>147</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Base Nacional Comum Curricular: ensino médio. Brasília: MEC/Secretaria de</p><p>Educação Básica, 2019.</p><p>GADOTTI, Moacir. Perspectivas atuais da educação. São Paulo em perspectiva,</p><p>v. 14, p. 03-11, 2000.</p><p>KENSKI, Vani Moreira. A urgência de propostas inovadoras para a formação de</p><p>professores para todos os níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, v. 15,</p><p>n. 45, p. 423-441, 2015.</p><p>PCNEM – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Bases Legais.</p><p>MEC - Ministério da Educação -, 2000.</p><p>VIDAL, Altemar Santos; MIGUEL, Joelson Rodrigues. As Tecnologias Digitais na</p><p>Educação Contemporânea/Digital Technologies in Contemporary Education. ID</p><p>on line. Revista de psicologia, v. 14, n. 50, p. 366-379, 2020.</p><p>148</p><p>ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NO CONTEXTO MILITAR:</p><p>EXPLORANDO A PLATAFORMA PADLET</p><p>Gisele Câmara Oliveira Costa[1]</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes[2]</p><p>Ana Paula Legey da Siqueira[3]</p><p>RESUMO</p><p>A presente pesquisa qualitativa visa desenvolver e implementar uma</p><p>metodologia baseada em tecnologias digitais, utilizando o Padlet como</p><p>ferramenta central, para aprimorar o ensino da língua inglesa em uma</p><p>instituição do Exército Brasileiro. A pesquisa busca explorar as contribuições</p><p>dessa plataforma para o desenvolvimento das competências linguísticas em</p><p>Língua Inglesa. Inicialmente, será conduzida uma pesquisa preliminar para</p><p>identificar as necessidades específicas dos alunos. Com base nesses dados,</p><p>será criada uma sequência didática que utilizará predominantemente o Padlet,</p><p>destacando sua aplicabilidade e benefícios no desenvolvimento da habilidade</p><p>oral, como fluência e pronúncia. Deste modo, esta abordagem visa não só</p><p>aprimorar o ensino da Língua Inglesa, mas também preencher lacunas na</p><p>literatura acadêmica sobre a aplicação pedagógica do Padlet, oferecendo uma</p><p>análise detalhada de sua eficácia.</p><p>Palavras-chave: Língua Inglesa, Padlet, Exército Brasileiro, Tecnologias Digitais.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A Língua Inglesa (LI) tem assumido, prioritariamente, o papel de língua franca,</p><p>sendo normalmente usada para as relações internacionais, devido à posição de</p><p>prestígio econômico que os Estados Unidos têm na sociedade atual, sendo a</p><p>maior economia mundial (FUNAG, 2021).</p><p>[1] Mestranda do Curso Novas Tecnologias Digitais na Educação do Centro Universitário CARIOCA –</p><p>UNICARIOCA, gisa.coc@hotmail.com</p><p>[2] Doutoranda de Ciências da computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ,</p><p>sheila@csaber.com.br</p><p>[3] Doutora pelo Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ, RJ, asiqueira@unicarioca.edu.br</p><p>mailto:gisa.coc@hotmail.com</p><p>mailto:sheila@csaber.com.br</p><p>mailto:asiqueira@unicarioca.edu.br</p><p>149</p><p>Cerca de 80% de todas as revistas indexadas na base de dados Scopus[4] são</p><p>publicados em inglês, o que enfatiza a centralidade dessa língua na</p><p>disseminação de informações tecnológicas e científicas (Weijen, 2012). No</p><p>cenário educacional e profissional, a LI ganhou ainda mais destaque com a</p><p>Medida Provisória nº 746/16, que a estabeleceu como a única língua</p><p>estrangeira obrigatória no ensino regular das escolas públicas brasileiras</p><p>(Rodrigues, 2022). Essa presença dominante da Língua Inglesa nas esferas</p><p>econômicas, tecnológicas, científicas, educacionais e profissionais sublinha</p><p>sua importância contínua como ferramenta</p><p>de comunicação internacional e</p><p>acesso ao conhecimento global.</p><p>A relevância da Língua Inglesa também se estende na esfera</p><p>intergovernamental, sendo reconhecida como uma ferramenta importante para</p><p>a comunicação entre Estados. Desde a fundação da Organização do Tratado do</p><p>Atlântico Norte (OTAN[5]), o inglês se consolidou como um elemento essencial</p><p>para o êxito das operações militares em âmbito mundial (Fernandes, 2008). No</p><p>contexto do Exército Brasileiro (EB), o ensino da Língua Inglesa ganha</p><p>crescente relevância, dada a necessidade de preparar os militares para</p><p>enfrentar as demandas dos conflitos contemporâneos bem como, cumprir</p><p>missões no exterior.</p><p>Como professora de inglês com quinze anos de experiência, minha trajetória</p><p>profissional sempre esteve alinhada com o objetivo de proporcionar um ensino</p><p>eficaz. Graduada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de</p><p>Janeiro (PUC-RIO), com pós-graduação em Língua Inglesa, tenho atuado em</p><p>diversas instituições de ensino, incluindo o Centro de Pesquisa Aplicada à</p><p>Educação (CEPAE-UFG) e, atualmente, como Oficial do Exército Brasileiro,</p><p>exercendo a função de professora de inglês.</p><p>[4] Scopus é a maior base de dados de resumos e citações de literatura revisada por pares, com ferramentas</p><p>bibliométricas para acompanhar, analisar e visualizar a pesquisa.</p><p>[5] A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma das maiores instituições internacionais do</p><p>mundo. Trata-se de uma aliança política e militar que junta 29 países membros, da Europa e da América do</p><p>Norte.</p><p>150</p><p>Ao longo dos anos, a busca por metodologias que engajem os alunos e</p><p>promovam um aprendizado significativo tornou-se uma constante em minha</p><p>prática pedagógica.</p><p>Com base nessa minha experiência, percebo a importância do contato contínuo</p><p>com o idioma para promover o avanço na aprendizagem. É essencial que os</p><p>alunos se envolvam com a língua além do ambiente escolar, superando a fase</p><p>inicial de estranhamento e desenvolvendo uma familiaridade sólida. Sem esse</p><p>contato contínuo, surgem desafios, especialmente na expressão oral, como</p><p>dificuldades na pronúncia, insegurança ao falar e limitações na compreensão</p><p>auditiva. Consequentemente, esses desafios podem ser um gatilho para</p><p>desmotivar os alunos e levá-los a desistir do estudo. No meu trabalho, essa</p><p>realidade se reflete claramente, pois observo que muitos militares enfrentam</p><p>dificuldades com idiomas, particularmente nos exames de proficiência</p><p>linguística, que são cada vez mais importantes para o desempenho de missões</p><p>no exterior.</p><p>Diante desse cenário, motivada pelo desafio de integrar tecnologias digitais ao</p><p>ensino da LI, esta pesquisa foca na plataforma Padlet, uma ferramenta</p><p>colaborativa que tem apresentado um potencial significativo em ambientes</p><p>educacionais. Assim sendo, será conduzida com uma abordagem metodológica</p><p>qualitativa, começando com uma investigação preliminar via formulário online</p><p>para coletar dados iniciais. Posteriormente, será implementada uma sequência</p><p>didática, permitindo uma análise aprofundada dos resultados.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>Considerando a transição para um mundo caracterizado pela fluidez e rápida</p><p>obsolescência de conhecimentos e habilidades, torna-se imperativo reavaliar e</p><p>reformular os métodos pedagógicos, enfrentando o desafio da educação atual</p><p>de se adaptar a um ambiente em constante mudança (Oliveira et al., 2024). As</p><p>tecnologias digitais desempenham um papel fundamental contexto educacional</p><p>atual, impactando tanto o aprendizado quanto o ensino (Gomes, 2024).</p><p>151</p><p>Com isso, cabe destacar que a inserção da tecnologia na educação torna-se</p><p>muito relevante devido à imersão da geração atual no mundo digital. Os</p><p>chamados nativos digitais possuem desde muito jovens, contato constante</p><p>com a internet e dispositivos eletrônicos. É notória a grande familiaridade que</p><p>apresentam para lidar com as tecnologias, consequentemente se adaptam</p><p>facilmente aos avanços e inovações da área. Por outro lado, compreender e</p><p>auxiliar as gerações que não são nativas digitais no uso das tecnologias se</p><p>torna necessário, permitindo que elas aproveitem os benefícios das inovações</p><p>tecnológicas do mundo atual. Assim sendo, Souza e Gomes (2022) apontam</p><p>que o ser humano está em constante aprendizado e evolução, e ser nativo</p><p>digital ou imigrante digital não deve ser um impedimento para a interação.</p><p>Mesmo aqueles que não tiveram acesso prévio às tecnologias na infância e</p><p>adolescência, ainda podem aprender e se adaptar.</p><p>Diante desse cenário, as tecnologias digitais apresentam um potencial</p><p>significativo para o ensino da Língua Inglesa, permitindo a criação de</p><p>estratégias pedagógicas inovadoras e interativas (Santos, 2023). Essas</p><p>ferramentas tecnológicas não apenas expandem os limites tradicionais da sala</p><p>de aula, facilitando a superação de dificuldades no sistema educacional, como</p><p>também ajudam a manter os alunos motivados, especialmente diante da falta</p><p>de tempo para o estudo do idioma (Sousa et al., 2022). Embora os estudantes</p><p>reconheçam a necessidade de se dedicarem aos estudos, as exigências da vida</p><p>adulta frequentemente consomem seu tempo, levando à desmotivação no</p><p>aprendizado de uma nova língua.</p><p>Neste contexto, o Padlet emerge como uma possibilidade de transformar</p><p>experiências educacionais tradicionais em aulas mais dinâmicas e interativas</p><p>(Menezes e De Oliveira, 2023). Integrar praticas pedagógicas como o Padlet não</p><p>apenas pode modernizar o processo de ensino, mas também pode contribuir</p><p>para a formação linguística dos militares, preparando-os de forma mais eficaz</p><p>para enfrentar os percalços encontrados ao longo de suas carreiras.</p><p>Ademais, torna-se relevante desenvolver a presente pesquisa, considerando que</p><p>pesquisadores pouco se debruçaram em estudos sobre o Padlet (Rocha e</p><p>Costa, 2021).</p><p>152</p><p>Com isso, percebe-se que as referências sobre sua aplicação no universo</p><p>pedagógico são limitadas. Consequentemente, observa-se uma lacuna na</p><p>literatura acadêmica referente à aplicação desta ferramenta digital no contexto</p><p>pedagógico, o que implica a necessidade de mais investigações e estudos para</p><p>entender melhor seu potencial e suas limitações no ambiente educacional.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A presente pesquisa ainda será aplicada. Com base nos possíveis resultados,</p><p>será possível identificar as melhores práticas e metodologias eficazes no uso</p><p>do Padlet. Desta forma, será importante destacar a relevância de desenvolver</p><p>materiais e recursos educacionais que auxiliem outros professores</p><p>interessados em adotar o Padlet no ensino da Língua Inglesa. Essa iniciativa</p><p>não só poderá promover a disseminação de práticas inovadoras na área, como</p><p>também poderá contribuir para o aprimoramento contínuo do ensino.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Diante da abordagem atual, a Língua Inglesa emerge como um pilar</p><p>fundamental nas esferas internacionais, educacionais e profissionais,</p><p>impulsionada pelo prestígio econômico global dos Estados Unidos e pela sua</p><p>predominância na disseminação de informações científicas e tecnológicas. No</p><p>contexto específico do Exército Brasileiro, sua importância é ainda mais</p><p>evidente, preparando militares para desafios contemporâneos e missões</p><p>internacionais. Como professora de inglês comprometida com métodos</p><p>inovadores, reconheço a necessidade urgente de integrar ferramentas digitais</p><p>como o Padlet para enriquecer o aprendizado da língua.</p><p>Portanto, este estudo visa explorar como o uso do Padlet pode contribuir para o</p><p>desenvolvimento das competências linguísticas em Língua Inglesa,</p><p>promovendo um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e interativo. Além</p><p>de buscar o aperfeiçoamento da aprendizagem, o estudo sobre a integração do</p><p>Padlet tem como objetivo fomentar a adoção de novas tecnologias digitais no</p><p>ambiente educacional, alinhando-se às demandas dos estudantes</p><p>contemporâneos.</p><p>153</p><p>Esta estratégia não apenas busca fortalecer as habilidades digitais dos alunos,</p><p>mas também estimular os professores a explorarem novos métodos de ensino</p><p>adaptados às necessidades atuais, promovendo uma abordagem mais</p><p>moderna e dinâmica no ensino.</p><p>o Futuro do seu Lar.</p><p>Sheila Arantes - Sequência Didática</p><p>9h00 - 9h15 - Abertura Oficial / Hino Nacional</p><p>Boas-vindas – Sheila Arantes</p><p>9h15 - 10h05 - Carla Silva - Tema: Os Jogos Analógicos e Digitais e</p><p>a Alfabetização: Construindo Pontes para o Aprendizado</p><p>Significativo na Infância.</p><p>10h05 - 10h55 - Ana Paula Legey - Tema: Ciência em Ação:</p><p>Fomentando a Evolução das Práticas Educacionais através da</p><p>Divulgação Científica.</p><p>Intervalo de 30 minutos – Autógrafos da Editora no Stand da Saber</p><p>Online</p><p>Visite a EXPO EDUCAÇÃO</p><p>11h25 - 11h55 - André Cotelli - Tema: Tecnologias Digitais na</p><p>Educação</p><p>11h55 - 12h25 - Claudia Ezídio - Tema: Interdisciplinaridade entre</p><p>Matemática, Ciências e Robótica/Maker</p><p>21</p><p>8h: Início do Credenciamento e Abertura dos Stands da EXPO</p><p>EDUCAÇÃO</p><p>SÁBADO 20/07 - PRESENCIAL</p><p>12:25 - 14:00 - Almoço</p><p>Visite a EXPO EDUCAÇÃO</p><p>14h00 - 15h00 - Roda de Conversa – Rafael Bernardes e Jorge</p><p>Mansur Tema: IA e Educação no Século XXI: Inovação, Ética e o</p><p>Futuro do Aprendizado e dos Negócios.</p><p>15h - 15h50 - Glenda Campos - Tema: Adaptação Escolar:</p><p>Recebendo Estudantes de Escolas Extintas e Transferidos – A Escola</p><p>Fechou, e agora? Desafios e Estratégias para Famílias, Gestores,</p><p>Professores e Secretários Escolares.</p><p>15h50 - 16h20 - Intervalo de 30 minutos</p><p>Visite a EXPO EDUCAÇÃO</p><p>16h20 - 17h20 - Professor Geraldo de Almeida - Tema: Inclusão é</p><p>Cuidado – Um Olhar Baseado no Afeto.</p><p>17h20 - 18h - Cerimônia de Encerramento / Sorteios</p><p>18h - Até 2025</p><p>22</p><p>SÁBADO 20/07 - PRESENCIAL</p><p>A alfabetização é um processo complexo que envolve o desenvolvimento de</p><p>habilidades de leitura e escrita, essenciais para a comunicação eficaz. No</p><p>entanto, a compreensão dos processos cerebrais subjacentes é crucial para</p><p>práticas educacionais eficazes e para reduzir os índices de analfabetismo.</p><p>Importância dos Processos Cerebrais</p><p>Os processos cerebrais desempenham um papel fundamental na alfabetização. A</p><p>falta de compreensão desses processos pode levar a práticas educacionais</p><p>ineficazes e a um alto número de crianças que não desenvolvem as habilidades</p><p>necessárias. A formação adequada dos professores, com foco nos processos</p><p>cerebrais, é essencial para melhorar os resultados educacionais.</p><p>Fatores Influenciadores</p><p>Vários fatores influenciam a alfabetização, incluindo a formação dos professores</p><p>e os estímulos adequados para o cérebro. Entender como o cérebro adquire</p><p>habilidades de leitura e escrita e quais estímulos são necessários pode fazer uma</p><p>grande diferença na prática escolar.</p><p>Revisão do Conceito de Alfabetização</p><p>O conceito de alfabetização tem sido revisado por profissionais da educação para</p><p>garantir melhores práticas. A alfabetização é vista como um pilar fundamental</p><p>para o desenvolvimento humano e suas relações.</p><p>23</p><p>Resumo das Palestras</p><p>A ALFABETIZAÇÃO E A NEUROCIÊNCIA</p><p>Carla Silva</p><p>Aqueles que não sabem ler ou escrever são frequentemente excluídos de</p><p>oportunidades profissionais e pessoais, além de terem acesso limitado a direitos</p><p>e informações básicas.</p><p>Desafios na Alfabetização</p><p>Os profissionais da educação enfrentam três grandes desafios: dificuldades de</p><p>aprendizagem, tradição e falta de apoio familiar. O papel do professor vai além do</p><p>ensino básico; ele precisa entender os processos cerebrais e como se comportar</p><p>durante o processo de alfabetização, além de identificar as nuances no</p><p>desenvolvimento de cada aluno.</p><p>Conclusão</p><p>A alfabetização é um processo complexo que requer uma compreensão profunda</p><p>dos processos cerebrais. A formação adequada dos professores e a aplicação de</p><p>práticas educacionais baseadas em evidências são essenciais para melhorar os</p><p>índices de alfabetização e garantir que todas as crianças desenvolvam as</p><p>habilidades necessárias para o sucesso acadêmico e pessoal.</p><p>24</p><p>25</p><p>A influência da neurociência na alfabetização e seu diálogo com as tecnologias</p><p>digitais e a aprendizagem significativa é um campo em rápida evolução. A</p><p>neurociência, que estuda o cérebro e seus processos cognitivos, tem fornecido</p><p>informações valiosas sobre como adquirimos e desenvolvemos competências de</p><p>literacia. Além disso, mostra como as tecnologias digitais podem ser integradas</p><p>nas práticas educativas de forma eficaz.</p><p>Principais pontos:</p><p>1.Áreas do Cérebro Envolvidas na Leitura e Escrita:</p><p>A leitura e a escrita ativam áreas específicas do cérebro, como o córtex</p><p>visual e áreas relacionadas à linguagem.</p><p>Compreender esses mecanismos neurais pode ajudar a desenvolver</p><p>técnicas instrucionais e intervenções para promover a alfabetização.</p><p>2. Importância do Ensino Fonético:</p><p>Estudos destacam a importância do ensino fonético, que se concentra na</p><p>relação entre sons e letras, facilitando a aquisição da leitura.</p><p>Esse conhecimento pode ajudar educadores a criar intervenções</p><p>direcionadas e identificar alunos que precisam de apoio adicional.</p><p>OS JOGOS ANALÓGICOS E DIGITAIS E A ALFABETIZAÇÃO:</p><p>CONSTRUINDO PONTES PARA O APRENDIZADO</p><p>SIGNIFICATIVO NA INFÂNCIA.</p><p>Carla Silva</p><p>26</p><p>3. Aprendizagem Significativa:</p><p>Proposta por David Ausubel, a aprendizagem significativa foca na</p><p>compreensão profunda e na assimilação de novos conhecimentos, em</p><p>contraste com a simples memorização.</p><p>A aprendizagem significativa ocorre quando novos conceitos são</p><p>relacionados de maneira substantiva com o conhecimento prévio do</p><p>indivíduo.</p><p>4. Aspectos da Aprendizagem Significativa:</p><p>Estrutura cognitiva, diferença entre aprendizagem significativa e</p><p>mecânica, conhecimento prévio, organização do material, atividade</p><p>mental do aluno, ensino por meio de exemplos e a importância da</p><p>motivação.</p><p>Os jogos de alfabetização oferecem uma experiência interativa que permite aos</p><p>jogadores participar ativamente do processo de aprendizagem. Essas atividades</p><p>incluem arrastar e soltar letras para formar palavras, resolver quebra-cabeças de</p><p>palavras cruzadas, soletrar e ler palavras em voz alta. A personalização das</p><p>atividades com base no nível de habilidade do jogador é uma característica</p><p>importante, permitindo que os jogos se adaptem às necessidades individuais dos</p><p>alunos.</p><p>Tecnologias Digitais para Alfabetização:</p><p>Wordwall: Esta plataforma de jogos permite a personalização das atividades,</p><p>oferecendo uma variedade de jogos que podem ser adaptados a diferentes</p><p>etapas do desenvolvimento da alfabetização.</p><p>1.</p><p>Sites de Jogos: Existem muitos sites gratuitos que ajudam no</p><p>desenvolvimento de diversas habilidades de aprendizagem.</p><p>2.</p><p>Gamificação: A aplicação de elementos e mecânicas de jogos no processo de</p><p>alfabetização torna a aprendizagem mais envolvente e motivadora. Isso inclui</p><p>a criação de sistemas de pontos, recompensas e desafios de leitura.</p><p>3.</p><p>Aplicativos: Aplicativos educacionais expandem o espaço de aprendizagem</p><p>para o ambiente virtual, proporcionando novas possibilidades dentro e fora da</p><p>sala de aula. Alguns exemplos incluem Graphogame, EduEdu, Bini ABC e ABC</p><p>Dino.</p><p>4.</p><p>27</p><p>5. Audio-books: Audiolivros fornecem acesso à linguagem falada em um formato</p><p>acessível. Isso é particularmente benéfico para crianças que estão aprendendo a</p><p>ler, pois ajuda a desenvolver sua compreensão auditiva, tornando mais fácil para</p><p>elas associarem os sons das palavras às suas representações escritas, além de</p><p>estimular o processamento auditivo. Com os audio-books é possível alcançar</p><p>crianças com transtornos de leitura e escrita, estimulando as entradas</p><p>neuropsicológicas auditivas. O audio-book proporciona ao discente:</p><p>-Melhora a Pronúncia e a Fluência: Ouvir audiolivros lidos por narradores fluentes</p><p>ajuda os alunos a melhorar sua pronúncia e fluência na leitura em voz alta.</p><p>-Ampliação do Vocabulário: Os audiolivros frequentemente apresentam</p><p>vocabulário variado e rico, o que proporciona melhor a ampliação do vocabulário</p><p>favorecendo melhor a expressão da comunicação falada e escrita da criança.</p><p>-Motivação para a Leitura: Alguns alunos podem se sentir desafiados pela leitura</p><p>de livros impressos, mas os audiolivros podem tornar a experiência mais atraente</p><p>e menos intimidante.</p><p>-Facilita a Leitura para Pessoas com Deficiência Visual: Audiolivros são uma</p><p>forma essencial de leitura para pessoas</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço primeiramente a Deus por me guiar e abençoar em cada etapa desta</p><p>jornada. À minha família, especialmente ao meu filho e ao meu marido, pela</p><p>paciência, apoio incondicional e amor que me motivam a cada dia. À minha</p><p>orientadora, Sheila, pela orientação e incentivo, que foram essenciais para a</p><p>realização deste trabalho.</p><p>154</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>DE SOUZA, E. S.; GOMES, I. C. As características das gerações na sala de aula /</p><p>The characteristics of generations in the classroom. Brazilian Journal of</p><p>Development, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 7895–7909, 2022. Disponível em:</p><p>https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/43472.Ac</p><p>esso em: 11 jun. 2024.</p><p>FUNAG, As 15 maiores economias do mundo. Fundação Alexandre Gusmão</p><p>2021. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-</p><p>br/ipri/publicacoes/estatisticas/as-15-maiores-economias-do-mundo. Acesso</p><p>em:11 de jun. 2024.</p><p>GOMES, A. O Papel da Tecnologia na Educação do Século XXI: Uma</p><p>Perspectiva Abrangente. Conexões do conhecimento: explorando a</p><p>Interdisciplinaridade na educação. 2024. Disponível em:</p><p>https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/download/1033/887/25</p><p>57. Acesso em: 27 jun. 2024.</p><p>MENEZES, L. M. B.; OLIVEIRA, L. C. DE. A ferramenta Padlet: I SELICEN -</p><p>Seminário das Licenciaturas – PIBID.PRP.UFFS & II SILE - Seminário</p><p>Internacional de Letras da Fronteira Sul, 2023. Disponível em:</p><p>https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SELICEN/article/download/20003/</p><p>13740/ Acesso em: 11 jun. 2024.</p><p>OLIVEIRA, R. F. de. et al. Estratégias educacionais na era da modernidade</p><p>líquida e diversidade geracional. Caderno Pedagógico, [S. l.], v. 21, n. 3, p. e3167,</p><p>2024. Disponível em:</p><p>https://ojs.studiespublicacoes.com.br/ojs/index.php/cadped/article/view/3167</p><p>. Acesso em: 2 jul. 2024.</p><p>SANTOS, C. M. dos. Multiletramentos e tecnologias no ensino de língua inglesa</p><p>na escola pública. 2023. Dissertação (Mestrado) - Mestrado Acadêmico em</p><p>Ensino de Humanidades e Linguagens, Universidade Franciscana. 2023.</p><p>Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFN-</p><p>1_2068275e02c97ce1b336e09ce6d0274d Acesso em 02 jul. 2024.</p><p>https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/43472</p><p>https://www.gov.br/funag/pt-br/ipri/publicacoes/estatisticas/as-15-maiores-economias-do-mundo</p><p>https://www.gov.br/funag/pt-br/ipri/publicacoes/estatisticas/as-15-maiores-economias-do-mundo</p><p>https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/download/1033/887/2557</p><p>https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/download/1033/887/2557</p><p>https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SELICEN/article/download/20003/13740/</p><p>https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SELICEN/article/download/20003/13740/</p><p>https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFN-1_2068275e02c97ce1b336e09ce6d0274d</p><p>https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFN-1_2068275e02c97ce1b336e09ce6d0274d</p><p>155</p><p>SOUSA, M. G. G. S. DE; et al. Fatores que dificultam a aprendizagem da língua</p><p>inglesa na fase adulta no curso livre de inglês. Revista Expressão Católica, v. 11,</p><p>n. 1, p. 30–42, 2022. Disponível em:</p><p>http://publicacoes.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/9.</p><p>Acesso em: 11 jun. 2024.</p><p>ROCHA, L. M. B. M.; COSTA, C. J. DE S. A. O uso do Padlet como recurso digital</p><p>de avaliação de aprendizagem em tempos de pandemia: uma breve reflexão:</p><p>RE@D - Revista de Educação a Distância e Elearning, v. 4, n. 2, p. 77–96, 15 dez.</p><p>2021.</p><p>RODRIGUES, F. DE A. A importância do ensino de Língua Inglesa nas escolas</p><p>brasileiras: uma proposta de reformulação das diretrizes institucionais e dos</p><p>conteúdos. Revista Educação Pública, v. 22, n. 1, 2022.</p><p>VAN WEIJEN DR, D. The language of (future) scientific communication.</p><p>Research trends, v. 1, n. 31, p. 3, 2012. Disponivel em:</p><p>https://www.researchtrends.com/cgi/viewcontent.cgi?</p><p>article=1226&context=researchtrends. Acesso em: 02 jul. 2024.</p><p>http://publicacoes.unicatolicaquixada.edu.br/index.php/rec/article/view/9</p><p>https://www.researchtrends.com/cgi/viewcontent.cgi?article=1226&context=researchtrends</p><p>https://www.researchtrends.com/cgi/viewcontent.cgi?article=1226&context=researchtrends</p><p>156</p><p>INTEGRANDO TECNOLOGIAS DIGITAIS DA EDUCAÇÃO, NA</p><p>FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL:</p><p>DESAFIOS E CAMINHOS</p><p>Lucia Sandry de Oliveira Rodrigues Pedro[1]</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes [2]</p><p>Ana Paula Legey de Siqueira[3]</p><p>RESUMO</p><p>O uso das Novas Tecnologias Digitais na Educação Infantil é um tema</p><p>crescente nas discussões sobre a formação de professores. Este estudo</p><p>exploratório utilizou questionários semiestruturados para identificar</p><p>necessidades e deficiências na formação dos profissionais da educação</p><p>infantil. A metodologia incluiu o desenvolvimento de uma sequência didática, a</p><p>criação de um e-book e a implementação de um programa de formação,</p><p>avaliando seus impactos através de questionários subsequentes. Os resultados</p><p>destacam a insuficiência de formação adequada como o principal desafio e</p><p>confirmam a eficácia dos materiais desenvolvidos. O estudo evidencia a</p><p>importância das tecnologias digitais na educação infantil, conforme a Base</p><p>Nacional Comum Curricular (BNCC), e reconhece as sequências didáticas como</p><p>recursos valiosos para a reflexão sobre a aplicação das tecnologias. Conclui-se</p><p>que uma capacitação orientada às necessidades dos educadores favorece o</p><p>uso consciente e reflexivo das tecnologias digitais, promovendo mais</p><p>pesquisas para democratizar o acesso a essas ferramentas na educação</p><p>infantil. Além disso, é essencial ressaltar que a formação contínua e atualizada</p><p>dos educadores é fundamental para assegurar a eficácia e a integração dessas</p><p>tecnologias no ambiente escolar. A investigação contribui significativamente</p><p>para a literatura acadêmica ao fornecer evidências sobre a necessidade de</p><p>políticas públicas voltadas para a formação tecnológica dos professores,</p><p>garantindo uma educação de qualidade desde a primeira</p><p>[1] Mestre em Novas Tecnologias Digitais da Educação da Unicarioca -RJ; lucia.pedro@rioeduca.net</p><p>[1] Mestre em Novas Tecnologias Digitais da Educação da Unicarioca - RJ,sheila@csaber.com.br;</p><p>[1] Pós -Doutora em Divulgação científica INE/CNEN)- RJ, aferreira@unicarioca.edu.br</p><p>https://d.docs.live.net/bbf89259498e6ddd/%C3%81rea%20de%20Trabalho/lucia.pedro@rioeduca.net</p><p>mailto:aferreira@unicarioca.edu.br</p><p>157</p><p>infância. Portanto, a democratização do acesso às tecnologias digitais na</p><p>educação infantil se mostra vital para o desenvolvimento integral das crianças.</p><p>Palavras-chave: Educação Infantil, Formação de Professores, Tecnologias</p><p>Digitais, Sequência Didática.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A adoção das Novas Tecnologias Digitais na Educação Infantil tornou-se central</p><p>nas discussões sobre formação docente, destacando a importância crescente</p><p>desses recursos no âmbito educacional. Este cenário demanda uma análise</p><p>cuidadosa das práticas pedagógicas atuais, enfatizando as habilidades</p><p>técnicas dos professores e os fatores políticos, sociais e culturais que</p><p>influenciam a incorporação das tecnologias digitais nas escolas.</p><p>Silvério, Ferreira e Azevedo (2022) apontam que a inserção das Novas</p><p>Tecnologias Digitais na educação traz desafios e oportunidades significativas.</p><p>Os avanços tecnológicos têm permitido novas formas de interação e</p><p>aprendizado, promovendo uma abordagem mais personalizada e inclusiva. No</p><p>entanto, essas mudanças exigem que os educadores se mantenham</p><p>atualizados e reflitam sobre suas práticas para assegurar um uso ético e</p><p>eficiente das tecnologias no ambiente escolar.</p><p>Almeida, Douglas e Carla (2020) ressaltam a formação essencial dos</p><p>profissionais da Educação Infantil para um manejo adequado das tecnologias,</p><p>destacando a urgência de desenvolver programas de capacitação que</p><p>preparem os educadores para os desafios do século XXI. A integração das</p><p>tecnologias na Educação Infantil vai além do aspecto técnico, exigindo uma</p><p>compreensão das teorias pedagógicas que as sustentam e uma perspectiva</p><p>crítica sobre seu impacto no processo de ensino-aprendizagem.</p><p>No âmbito da Educação Infantil, a importância dessa integração é ainda mais</p><p>pronunciada. As creches desempenham</p><p>um papel crucial no desenvolvimento</p><p>inicial das crianças, oferecendo um ambiente acolhedor e propício ao</p><p>aprendizado.</p><p>158</p><p>Portanto, a capacitação dos profissionais deve considerar as particularidades</p><p>da primeira infância e o potencial das tecnologias digitais para enriquecer as</p><p>experiências educativas desses jovens alunos. É essencial desenvolver trilhas</p><p>formativas inovadoras, como sequências didáticas estruturadas, que facilitem a</p><p>formação continuada dos educadores e proporcionem experiências</p><p>educacionais mais significativas para as crianças.</p><p>METODOLOGIA</p><p>A trajetória metodológica deste estudo foi delineada para esclarecer as</p><p>problemáticas identificadas e examinar as questões com base nos dados</p><p>coletados durante a pesquisa. Para compreender a inter-relação entre os</p><p>objetivos propostos e a formação delineada, foi concebido um caminho</p><p>metodológico que teve início na elaboração da sequência didática até a fase de</p><p>avaliação. O estudo intitulado 'Desafios e Possibilidades na Formação do</p><p>Profissional de Creche em Novas Tecnologias Digitais da Educação' foi</p><p>concebido para aprofundar a investigação no cenário educacional, com ênfase</p><p>na formação contínua em novas tecnologias digitais para os profissionais</p><p>atuantes na educação infantil.</p><p>Para alcançar esse propósito, desenvolvemos uma proposta de ensino-</p><p>aprendizagem por meio da elaboração de uma sequência didática estruturada e</p><p>um material didático. O ambiente de pesquisa abrangeu uma Creche Municipal</p><p>no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro, com a participação de 30 profissionais de</p><p>educação infantil. Essa unidade opera em tempo integral, adotando uma</p><p>abordagem pedagógica que integra o cuidar e o educar.</p><p>Os encontros da formação foram realizados de forma presencial,</p><p>proporcionando um ambiente colaborativo e interativo para os participantes.</p><p>Durante esses encontros, discutimos estratégias de implementação da</p><p>sequência didática e do material didático, além de realizar atividades práticas</p><p>para explorar as possibilidades pedagógicas das tecnologias digitais na</p><p>educação infantil.</p><p>A metodologia adotada neste estudo segue uma abordagem qualitativa,</p><p>privilegiando o ambiente natural como fonte primária de dados.</p><p>159</p><p>Conforme Denzin e Lincoln (2006) sugerem, nesta abordagem, o pesquisador</p><p>desempenha o papel de instrumento principal, facilitando uma compreensão</p><p>mais profunda das experiências, percepções e práticas dos profissionais. Esta</p><p>escolha metodológica é particularmente pertinente para investigar as nuances e</p><p>complexidades associadas à integração de novas tecnologias digitais na</p><p>formação dos profissionais e sua subsequente aplicação no contexto</p><p>educacional com crianças. A abordagem qualitativa permite uma análise mais</p><p>rica e detalhada das dinâmicas envolvidas, essencial para compreender as</p><p>variadas maneiras pelas quais as tecnologias digitais são percebidas e</p><p>implementadas na prática pedagógica.</p><p>Optamos por uma abordagem qualitativa, considerando o ambiente natural</p><p>como fonte de dados, onde o pesquisador é o principal instrumento (Denzin e</p><p>Lincoln, 2006). Essa abordagem é apropriada para explorar percepções,</p><p>experiências e práticas dos profissionais em relação à integração das novas</p><p>tecnologias digitais em sua formação e aplicação com as crianças.</p><p>A pesquisa exploratória inicial permitiu à pesquisadora obter um entendimento</p><p>aprofundado dos professores participantes e do público-alvo. Utilizando a</p><p>análise de conteúdo proposta por Bardin (2016), realizamos uma leitura</p><p>flutuante do material, fornecendo a base para propostas centradas na formação</p><p>continuada do professor em novas tecnologias digitais, visando aprimorar a</p><p>prática docente e incentivar o engajamento dos alunos.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A formação dos profissionais de creche em novas tecnologias digitais é um</p><p>desafio crescente nas escolas brasileiras. A Base Nacional Comum Curricular</p><p>(BNCC) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) exigem a integração</p><p>dessas tecnologias desde a educação infantil para desenvolver a competência</p><p>digital dos alunos. Contudo, é essencial que os profissionais estejam</p><p>preparados para utilizar essas tecnologias como recursos pedagógicos.</p><p>Segundo Almeida (2019), a formação dos professores deve basear-se em</p><p>princípios como a reflexão crítica, a colaboração e a atualização constante. A</p><p>formação inicial e continuada deve considerar as especificidades da educação</p><p>infantil e as possibilidades de uso das tecnologias digitais nesse contexto.</p><p>160</p><p>Bhering e Silva (2019) ressaltam que as tecnologias devem ser utilizadas de</p><p>forma consciente e crítica, valorizando as interações sociais e o</p><p>desenvolvimento das habilidades socioemocionais das crianças.</p><p>Azevedo e Silva (2019) destacam a necessidade de considerar a influência da</p><p>cultura digital na formação das crianças e o papel da escola nesse processo.</p><p>Prado (2019) afirma que a utilização das tecnologias deve estar alinhada aos</p><p>objetivos educacionais e aos princípios éticos, levando em conta as</p><p>necessidades e características de cada criança e grupo.</p><p>O avanço das tecnologias da informação e comunicação (TIC) tem</p><p>transformado a educação, tornando as aulas mais atrativas e significativas.</p><p>Serafim e Sousa (2011) sugerem que a capacitação dos professores para</p><p>utilizar essas ferramentas é essencial para aplicar metodologias inovadoras e</p><p>personalizar a educação, adaptando-se às necessidades individuais dos alunos.</p><p>No entanto, é importante equilibrar atividades online e offline, através do ensino</p><p>híbrido, para garantir a qualidade da educação. A tecnologia não substitui o</p><p>professor, mas o empodera, permitindo que ele tenha mais tempo para planejar</p><p>aulas e mediar aprendizagens. É crucial garantir condições adequadas de</p><p>conectividade e acesso a recursos para evitar a disseminação da desigualdade</p><p>e assegurar uma educação de qualidade para todos.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A pesquisa investigou os efeitos de uma capacitação focada em cultura digital</p><p>para professores de Educação Infantil, utilizando uma Sequência Didática</p><p>apresentada no material "Cultura Digital para: inspirar, aprender, ensinar,</p><p>professores de Educação Infantil". A sequência didática foi estruturada em</p><p>diferentes partes, abrangendo desde a introdução ao acolhimento digital até a</p><p>aplicação prática de metodologias ativas e ferramentas digitais alinhadas à</p><p>BNCC.</p><p>Os resultados obtidos revelaram que a capacitação proporcionou aos</p><p>participantes uma preparação efetiva, capacitando-os para integrar com</p><p>segurança o conhecimento adquirido em suas práticas pedagógicas.</p><p>161</p><p>Houve consenso entre os participantes quanto à congruência das atividades</p><p>planejadas com os objetivos pedagógicos, demonstrando uma integração</p><p>consistente e coerente dentro do programa.</p><p>Além disso, os participantes destacaram que as sequências didáticas</p><p>facilitaram a compreensão das competências da BNCC, contribuindo</p><p>significativamente para sua aplicação prática no desenvolvimento de novos</p><p>conhecimentos. Os feedbacks dos questionários foram majoritariamente</p><p>positivos, descrevendo a formação como significativa, inovadora e colaborativa.</p><p>Portanto, os resultados indicam que a capacitação foi altamente eficaz em</p><p>equipar os professores para aplicar o conteúdo aprendido de maneira confiante</p><p>e integrada às práticas pedagógicas. A sequência didática emergiu como uma</p><p>ferramenta bem fundamentada, promovendo não apenas inovação, mas</p><p>também enriquecimento profissional para os participantes, estimulando novas</p><p>práticas educacionais e aprendizagens.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A pesquisa destacou a importância da capacitação dos profissionais de creche</p><p>em novas tecnologias digitais, fornecendo insights essenciais para o contexto</p><p>educacional contemporâneo. Foi evidente a necessidade de preparar esses</p><p>profissionais para integrar efetivamente as tecnologias digitais em suas</p><p>práticas pedagógicas, especialmente no contexto da Educação Infantil.</p><p>Os objetivos do estudo foram alcançados, demonstrando a eficácia das</p><p>sequências didáticas mediadas por tecnologia e o impacto do material didático</p><p>e da formação continuada</p><p>dos educadores. Investir na capacitação tecnológica</p><p>dos professores é fundamental para elevar a qualidade do ensino e alinhar as</p><p>práticas pedagógicas com as demandas da sociedade contemporânea,</p><p>preparando os estudantes para um mundo digitalizado.</p><p>A autonomia teórico-metodológica na formação docente foi destacada como</p><p>crucial para a adaptação e integração contextualizada das tecnologias.</p><p>162</p><p>No entanto, a simples presença de tecnologias nas escolas não garante</p><p>transformações significativas; condições materiais adequadas são necessárias</p><p>para uma verdadeira imersão tecnológica.</p><p>A conexão entre diretrizes educacionais, como a BNCC, e a prática pedagógica</p><p>é fundamental. Uma formação que empodere professores e alunos como</p><p>aprendizes ativos é indispensável para explorar plenamente o potencial das</p><p>tecnologias na educação.</p><p>Em resumo, este estudo contribui significativamente para o campo educacional,</p><p>destacando a importância da integração de tecnologias digitais na formação de</p><p>profissionais de creche e inspirando novas pesquisas para uma abordagem</p><p>mais inclusiva e dinâmica da educação na era digital.</p><p>163</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALMEIDA, Douglas; CARLA. A importância da formação dos profissionais da</p><p>educação infantil para o uso adequado das tecnologias, garantindo o</p><p>desenvolvimento pleno dos alunos. 2020.</p><p>Brasil. (2018) “Base Nacional Comum Curricular: educação é a base”. Ministério</p><p>da Educação. Secretaria de Educação Básica. *Secretaria de Educação Básica –</p><p>Brasília: MEC, SEB.*</p><p>DENZIN, Norman; LINCOLN, Yvonna (eds.). The Sage handbook of qualitative</p><p>research. [S. l.]: Sage Publications, 2004.</p><p>PRADO, C. *Tablets no Ensino Fundamental da rede municipal de Joinville:</p><p>inserção de novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem.*</p><p>Orientador: Kariston Pereira.</p><p>SERAFIM, M.L.; SOUSA, R.P de. Multimídia na educação: o vídeo digital</p><p>integrado ao contexto escolar. SOUSA, R.P de; MOITA, F.M.C da S.C.;</p><p>CARAVALHO, A.B.G.(Orgs.). Tecnologias digitais da Educação. Editora da</p><p>Universidade Estadual da Paraíba (eduepb), Campina Grande, Paraíba, 2011.</p><p>SILVÉRIO, Júlia; FERREIRA, Joana; AZEVEDO, Ana. Tecnologias na Educação:</p><p>Desafios e Possibilidades. São Paulo: Editora Atlas, 2022.</p><p>164</p><p>PROJETO INTERDISCIPLINAR DE FINAL DE CURSO</p><p>CRIANÇAS VERSUS INCLUSÃO</p><p>(PIFC - Trabalho em exigência para conclusão do Curso de Formação</p><p>de Professores Turma 151 - Tutora: Verônica Alves.)</p><p>Márcia Christina de Freitas Bentes</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Este trabalho visa incluir as crianças com deficiências nas brincadeiras dentro</p><p>do ambiente escolar e tudo isso será feito dentro das suas limitações para que</p><p>estas não se sintam abandonadas ou excluídas das brincadeiras. Ser diferente</p><p>não significa que você não possa participar das ações propostas dentro da sala</p><p>de aula.</p><p>Sendo assim, nesse caso, vamos conversar com a turma sobre o assunto</p><p>Inclusão para que as crianças possam compreender, mas tudo isso será feito</p><p>de uma forma lúdica, criativa e de uma forma leve, pois é um tema muito</p><p>complexo de ser abordado para as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental.</p><p>Logo, o objetivo é mostrar que as crianças precisam ser incluídas no momento</p><p>das brincadeiras dentro do ambiente escolar, pois o quê ocorre que neste</p><p>ambiente temos um grande número de crianças que possui algum tipo de</p><p>deficiência seja: motora, física, intelectual, sensorial, visual ou auditiva, e que</p><p>muitas vezes, são excluídas das brincadeiras ou porque estas não são</p><p>pensadas para elas ou porque as outras crianças as excluem. Mas, isso se deve</p><p>ao fato de algumas escolas não trabalharem os seguintes temas: inclusão,</p><p>preconceito, bullying, rejeição, isolamento ou até mesmo violência física.</p><p>Então, conforme o artigo 10 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)</p><p>conceitua criança como: “sujeito histórico e de direitos, que interage, brinca,</p><p>imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e</p><p>constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.” Então,</p><p>neste conceito engloba todas as crianças e nenhum momento faz alguma</p><p>distinção de criança para criança, ou seja, todas as crianças têm o direito de</p><p>brincar e interagir com o colega independente da sua condição.</p><p>165</p><p>E neste artigo supramencionado no seu item II cita que: “Brincar cotidianamente</p><p>de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros</p><p>(crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções</p><p>culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas</p><p>experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais</p><p>e relacionais”.</p><p>Com este embasamento feito pela BNCC, sabemos da importância do brincar,</p><p>logo temos que ensinar as crianças que todos podem brincar juntos, mesmo</p><p>aquele colega que tenha uma limitação. E também mostrar a importância da</p><p>amizade, do acolhimento e do respeito que deve haver perante todos os</p><p>colegas da classe independente de deficiência, credo ou raça.</p><p>Além de que, vamos mostrar que todos podem: brincar, se divertir e aprender a</p><p>conviver com as crianças que são portadoras de deficiências, pois estas</p><p>precisam aprender a conviver com o dito “diferente” e que este pode mostrar</p><p>um olhar diferenciado da vida. Até por que, as crianças internalizando estes</p><p>conceitos podem ser um elo para chegar com esse assunto nas suas famílias,</p><p>pois muitas vezes, o preconceito nasce dentro de casa e com isso podemos</p><p>ajudar a extirpar da sociedade o preconceito existente.</p><p>Enfim, percebemos o quão é importante o brincar para as crianças, pois a partir</p><p>das brincadeiras, elas aprendem, interagem, compartilham e desenvolvem</p><p>habilidades psicomotoras, sociais, físicas, afetivas, cognitivas e emocionais.</p><p>Logo, sabendo da importância do brincar devemos estimular a brincadeira para</p><p>todas as crianças independente da sua condição.</p><p>166</p><p>DESENVOLVIMENTO</p><p>ATIVIDADES:</p><p>Serão realizadas as seguintes atividades: elaboração do brinquedo Bilboquê,</p><p>cartazes sobre o tema para expor no mural da escola e da sala, vamos brincar</p><p>nos três dias subsequentes de brincadeiras, as quais todos os alunos vão</p><p>participar assistindo o curta metragem Cuerdas e desenhos da Turma da</p><p>Mônica.</p><p>1º DIA</p><p>No primeiro dia, no horário do recreio na turma do 1º ano do ensino</p><p>fundamental, para as crianças serão propostas brincadeiras diferentes para que</p><p>estas possam interagir com os colegas incluídos. Sendo que nesta turma</p><p>temos: alunos cadeirantes, Transtorno do Espectro Autista (TEA), crianças com</p><p>baixa visão e Síndrome de Down. E nessa semana também vamos aprender a</p><p>fabricar o brinquedo chamado Bilboquê.</p><p>E uma semana antes de iniciarmos o Projeto vamos comunicar aos pais sobre a</p><p>culminância do projeto e pedir que eles enviem pelas crianças garrafas pets e</p><p>tampinhas de garrafa pet para fabricarmos o brinquedo e, além disso, vamos</p><p>também informar o objetivo do Projeto. E ao longo da semana do Projeto</p><p>vamos assistir um desenho da Turma da Mônica que tem os personagens com</p><p>deficiência para que eles conseguissem compreender os valores da inclusão</p><p>através do desenho.</p><p>2ª DIA</p><p>No segundo dia vamos propor brincadeiras como: petecas, pois dividiríamos as</p><p>crianças em grupos e todos ficariam sentados em rodinhas no chão do pátio da</p><p>escola para brincar de peteca. E no caso das crianças inclusas, como a criança</p><p>com TEA para não se sentir um pouco incomodada com esta brincadeira, então</p><p>vamos propor brincadeiras de esconde-esconde de objetos (que não</p><p>machuque) como: carrinhos, bonecas ou bolinhas de plástico de tamanho</p><p>médio e que seja de material flexível e não rígido.</p><p>167</p><p>3º DIA</p><p>Enquanto que, no terceiro dia será proposta uma brincadeira de reconhecer</p><p>texturas, formatos, cores, sendo que, tudo isso será realizado em grupos. E</p><p>também pode ser proposto um jogo de orientação, onde se faz um sorteio entre</p><p>as crianças de cada grupo e a escolhido iria ditar comandos para as outras</p><p>crianças como: direita, esquerda, frente, atrás, e lado.</p><p>E no inicio a aula iriamos iniciar a produzir o bilboquê e na hora do recreio</p><p>iriamos brincar com o brinquedo que nós construímos e ao voltamos</p><p>para a</p><p>sala vamos fazer pinturas com as mãos e estas ainda farão desenhos das</p><p>brincadeiras que mais gostaram de brincar com as outras crianças.</p><p>RECURSOS</p><p>Iremos utilizar cartazes, onde serão coladas as brincadeiras e com as suas</p><p>respectivas regras e a televisão para assistir os desenhos da Turma da Mônica</p><p>referente ao tema proposto. E também vamos utilizar as seguintes matérias</p><p>que são: cola, tesoura, tinta, canetinha, lápis de cor, tesoura sem ponta e ainda</p><p>vamos utilizar o Padlet para colocar os cartazes que foram produzidos pelas</p><p>crianças á fim de que outras turmas possam prestigiar o nosso Projeto.</p><p>AVALIAÇÃO DO PROJETO</p><p>Ao termino do Projeto vamos fazer uma apresentação para os responsáveis da</p><p>turma a respeito do tema e iremos mostrar os desenhos das crianças e os</p><p>cartazes que foram produzidos por eles sobre o tema que estão no mural da</p><p>sala e a escola. E desejamos que os responsáveis consigam entender a</p><p>importância da inclusão nas brincadeiras e na escola.</p><p>A turma será avaliada ao longo desses dias através do comportamento,</p><p>empenho, foco, concentração e acima de tudo vamos analisar como eles</p><p>internalizaram o tema e as suas atitudes perante a aceitação do colega com</p><p>deficiência em sala de aula.</p><p>168</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Concluímos a importância desse Projeto não são para o ambiente escolar, mas</p><p>para a vida das crianças e de seus responsáveis, pois a partir do momento que</p><p>tiramos a venda do preconceito podemos aceitar e incluir o ser diferente com</p><p>mais naturalidade em nossas vidas.</p><p>Todos podem nos ensinar seja com a sua “bagagem” material, moral ou</p><p>espiritual, basta que estejamos abertos ao novo, pois sabemos o quão a</p><p>educação nos mostra e nos orienta a sermos indivíduos melhores e ainda</p><p>temos a capacidade de modificarmos o nosso meio e quem sabe o mundo a</p><p>qual vivemos.</p><p>169</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Disponível em: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-</p><p>nacional-comum-curricular-bncc. Acessado em: 29 de Março de 2023.</p><p>ANEXOS</p><p>1) Vídeos</p><p>http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc</p><p>http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum-curricular-bncc</p><p>170</p><p>2) Bilboquê</p><p>171</p><p>2) Bilboquê</p><p>172</p><p>3) Cartazes</p><p>173</p><p>4) Padlet</p><p>174</p><p>ALÉM DOS MUROS: O DESPERTAR DO ESTUDO COM PRIVADAS DE</p><p>LIBERDADE PARTICIPANTES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS</p><p>EM UMA PENITENCIÁRIA CARIOCA</p><p>Marcio Roberto Antunes Ferreira [1]</p><p>Sheila da Silva Ferreira Arantes [2]</p><p>Jorge Eduardo Mansur Serzedello [3]</p><p>RESUMO</p><p>Este estudo investiga a formação de professores para a educação prisional,</p><p>destacando uma visão mais humanizada e consciente na promoção da</p><p>dignidade humana. Utilizando uma abordagem qualitativa, serão conduzidas</p><p>entrevistas preliminares com alunas de uma escola prisional carioca para</p><p>identificar necessidades educacionais específicas. Os objetivos incluem o</p><p>desenvolvimento de uma metodologia focada nos direitos humanos e na</p><p>formação integral humana, a criação de sequências didáticas e um e-book para</p><p>apoio pedagógico dos professores, a implementação de um programa de</p><p>formação continuada e a avaliação dos resultados da sequência didática na</p><p>formação de professores. Os resultados buscarão destacar as possíveis</p><p>necessidades para uma formação específica para educadores prisionais,</p><p>tentarão revelar as melhores práticas pedagógicas e possíveis desafios que</p><p>poderão surgir. Conclui-se que a educação prisional, embasada nos direitos</p><p>humanos e na formação humana integral, é essencial para transformar vidas e</p><p>promover justiça social. Este estudo propõe a reflexão e reavaliação das</p><p>políticas públicas educacionais e sociais no contexto prisional, visando</p><p>contínua melhoria.</p><p>Palavras-chave: Educação prisional, formação de professores, reintegração</p><p>social, políticas públicas, direitos humanos, pedagogia crítica, tecnologias</p><p>digitais.</p><p>[1] Mestrando do Curso de Novas Tecnologias Digitais na Educação do Centro Universitário Carioca -</p><p>UNICARIOCA, marcioraferreira@email.com;</p><p>[1] Doutoranda de Ciência da computação da Universidade Federal do Rio de janeiro - UFRJ,</p><p>sheila@csaber.com.br;</p><p>[1] Doutor pelo Curso de Ciência da computação da Universidade Federal do Rio de janeiro - UFRJ,</p><p>mansur@on.br;</p><p>mailto:coautor1@email.com</p><p>mailto:coautor2@email.com</p><p>mailto:coautor3@email.com</p><p>175</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A motivação para esta pesquisa surge da interseção entre a educação pública,</p><p>professores, família e o sistema prisional, aspectos significativos na trajetória</p><p>pessoal de um dos autores. Considerando que sua experiência pessoal e</p><p>profissional, influenciada por seus pais e professores, além do trabalho no</p><p>sistema prisional desde 2011, consolidou-se o interesse na educação prisional.</p><p>A pesquisa visa desenvolver uma metodologia focada nos direitos humanos e</p><p>na formação integral humana. Isso inclui a criação de sequências didáticas e</p><p>um e-book para apoio pedagógico aos professores, além da implementação de</p><p>um programa de formação continuada e a avaliação dos resultados da</p><p>sequência didática na formação de professores. A metodologia adotará uma</p><p>abordagem qualitativa, com entrevistas preliminares com alunas de uma escola</p><p>prisional no Rio de Janeiro para identificar necessidades educacionais</p><p>específicas, investigar práticas pedagógicas, condições de trabalho dos</p><p>educadores e o impacto da educação na vida das privadas de liberdade.</p><p>A educação é essencial para transformar realidades sociais e políticas,</p><p>promovendo autonomia e reflexão crítica. No contexto prisional, vista como um</p><p>direito fundamental, busca reintegração social e dignidade humana. As</p><p>tecnologias digitais têm revolucionado o ensino e aprendizagem. A pesquisa</p><p>destaca a necessidade de formação específica para professores da educação</p><p>prisional e melhores práticas pedagógicas, examinando os desafios</p><p>enfrentados pelos educadores e os benefícios da educação na reintegração</p><p>social dos detentos. Este estudo propõe melhorias na formação de professores</p><p>e sublinha a educação como essencial para uma sociedade mais justa e</p><p>inclusiva, humanizando a educação prisional no Rio de Janeiro.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um aumento significativo na população</p><p>carcerária, sendo o quarto país com mais detentos no mundo segundo o World</p><p>Prison Brief (2023). As mulheres representam a terceira maior população</p><p>prisional feminina global, conforme a Secretaria Nacional de Políticas Penais</p><p>(Senappen). Este cenário é ainda mais preocupante, dado que o Brasil é o</p><p>sétimo país mais populoso do mundo.</p><p>176</p><p>Dados oficiais indicam que a maioria das mulheres encarceradas são pardas ou</p><p>negras, de baixa renda e com níveis educacionais reduzidos, muitas delas mães</p><p>de mais de um filho e frequentemente as únicas provedoras financeiras de suas</p><p>famílias (Brasil, 2023).</p><p>Diante desse panorama preocupante, é fundamental adotar medidas eficazes</p><p>para promover a justiça social no país. A educação desempenha um papel</p><p>central na redução desses índices e nos desafios do sistema prisional (Jager et</p><p>al., 2021). Ela é essencial para a formação cidadã e a transformação social,</p><p>contribuindo para o desenvolvimento integral do indivíduo, que deve ser criativo,</p><p>participativo e crítico.</p><p>A educação busca desenvolver indivíduos capazes de raciocinar logicamente e</p><p>de contribuir para transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas.</p><p>Portanto, foca na formação integral do indivíduo como um ser social. Para</p><p>tanto, é essencial que a prática educacional esteja alinhada à realidade do</p><p>educando, garantindo seu acesso e permanência na escola para um</p><p>desenvolvimento adequado, tanto dentro quanto fora da sala de aula (Moreira,</p><p>2023).</p><p>A formação humana é enfatizada por Karl Marx, como aquela que resulta da</p><p>atividade concreta dos indivíduos e deve ser analisada sem prescrições</p><p>normativas. Ele vê o trabalho como uma atividade social que exige cooperação</p><p>e afirma que a humanidade é alcançada através do patrimônio social e cultural.</p><p>A educação, por sua vez, foi moldada pela organização de classes para atender</p><p>aos interesses das classes dominantes,</p><p>perpetuando desigualdades. Para</p><p>construir uma sociedade emancipada, é necessário um conhecimento sólido e</p><p>racional, ancorado no processo histórico-social.</p><p>A educação deve harmonizar o ideal com a realidade objetiva, preparando o</p><p>indivíduo para viver com autonomia e responsabilidade. Para Freire (2023), por</p><p>sua vez, propõe uma educação que promova a libertação e a conscientização,</p><p>capacitando indivíduos a transformar suas realidades. Essas abordagens</p><p>destacam a importância de uma educação que reflita sobre suas práticas,</p><p>evitando dependência de regras externas e promovendo um senso moral</p><p>autônomo.</p><p>177</p><p>A educação em ambientes de privação de liberdade é um direito fundamental</p><p>conforme a Constituição Federal Brasileira (1988), que o prevê como um direito</p><p>de todos e um dever do Estado e da família. A legislação brasileira garante o</p><p>acesso à educação mesmo para cidadãos em privação de liberdade, como</p><p>estabelecido na Lei de Execução Penal (LEP) nº 7210/84, no Estatuto da</p><p>Criança e do Adolescente (ECA) nº 8069/90, na Lei de Diretrizes e Bases da</p><p>Educação (LDB) nº 9394/96 e no Sistema Nacional de Atendimento</p><p>Socioeducativo (Sinase) instituído pela Lei 12.594/12. Essencial para promover</p><p>a reintegração social dos indivíduos privados de liberdade.</p><p>A Educação de Jovens e Adultos (EJA) no ambiente prisional desempenha um</p><p>papel crucial na reinserção social e na desestigmatização dessas pessoas. As</p><p>Secretarias de Estado de Administração Penitenciária e de Educação são</p><p>fundamentais nesse processo, propondo estratégias e recursos para subsidiar</p><p>a educação prisional, colaborando para uma reinserção social mais efetiva.</p><p>Ao abordar ações pedagógicas direcionadas à ressocialização de pessoas</p><p>privadas de liberdade, é de extrema importância considerar a inclusão de</p><p>conteúdos e práticas voltados à educação prisional nos currículos das</p><p>licenciaturas. A análise do currículo dos cursos de formação de professores e</p><p>do currículo oferecido aos alunos reclusos é vital para proporcionar uma</p><p>educação que verdadeiramente promova a ressocialização.</p><p>Neste contexto, a pesquisa de Carvalho, Santos e Maldonado (2020) relata a</p><p>percepção das professoras na educação prisional, destacando significado e</p><p>responsabilidade à função que desempenham, que mesmo sem receberem</p><p>capacitação específica e com poucos recursos disponíveis, buscam por</p><p>consolidar uma proposta pedagógica eficaz, demonstrando o compromisso</p><p>político-social assumido com o ensino.</p><p>É sabido a importância de capacitar o sujeito para agir no mundo e transformar</p><p>sua realidade. Isso implica o desenvolvimento de habilidades como liderança,</p><p>pensamento crítico, empatia e resolução de problemas.</p><p>178</p><p>No cenário atual, destaca-se a importância do envolvimento da comunidade</p><p>escolar no desenvolvimento de práticas pedagógicas relacionadas às</p><p>tecnologias digitais, enfatizando uma abordagem participativa e inclusiva.</p><p>Destacando o papel do professor em ajudar os alunos a se apropriarem desse</p><p>conhecimento, promovendo uma reflexão crítica sobre os recursos disponíveis</p><p>(Gonçalves; Kanaane, 2021).</p><p>Hodiernamente, é essencial integrar tecnologias digitais, alunos e professores</p><p>para desenvolver metodologias ativas que aprimorem o ensino-aprendizagem.</p><p>A pesquisa visa a transição de uma abordagem conservadora para uma visão</p><p>holística que atenda às necessidades dos estudantes intramuros, considerando</p><p>os fatores sociais além das desigualdades estruturais e sociais, e rompendo</p><p>com perspectivas de controle e viés ideológico (França, 2023).</p><p>Dessa forma o trabalho dos professores não se limita à transmissão de</p><p>conhecimento, mas a formação desses profissionais da educação prisional,</p><p>deve ser balizada no ato de refletir sobre as práticas educacionais</p><p>desenvolvidas nas unidades prisionais, visando torná-las mais humanizadas e</p><p>conscientes. Reconhecendo-se, portanto, a especificidade da educação no</p><p>ambiente prisional, que busca a reintegração social dos privados de liberdade.</p><p>Nesse contexto, a pesquisa apoiará as considerações de França (2023) sobre a</p><p>implementação necessária de políticas públicas educacionais baseadas em</p><p>princípios democráticos e emancipatórios. Essas políticas devem combater</p><p>desigualdades e garantir direitos humanos, desmantelando estruturas</p><p>discriminatórias como racismo, classismo, patriarcado e sexismo. Isso visa</p><p>construir uma sociedade mais justa, igualitária e livre, humanizando a educação</p><p>nas prisões e capacitando profissionais para esse ambiente. Reconhece-se a</p><p>educação como um direito humano fundamental para a dignidade.</p><p>Assim, este estudo destacará a importância de humanizar a educação prisional</p><p>e preparar profissionais para atuar nesse ambiente de privação de liberdade.</p><p>Pois, ao ser condenado, o indivíduo perde apenas o direito de ir e vir, mantendo</p><p>seus demais direitos hígidos. O estudo se fundamentará no conhecimento</p><p>histórico das instituições penais, na visão da educação como um direito</p><p>humano fundamental para a dignidade, na aplicação de metodologias ativas e</p><p>no respeito e garantia de todos os outros direitos (Faceira et al., 2023).</p><p>179</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Espera-se que a pesquisa revele a importância da criação de uma metodologia</p><p>e formação específica para os professores que atuam ou desejam atuar na</p><p>educação prisional, além de destacar as melhores práticas pedagógicas para</p><p>esse contexto. A investigação também deverá mostrar e discutir os desafios</p><p>enfrentados pelos educadores e os impactos positivos da educação na</p><p>reintegração social dessas pessoas em situação de privação de liberdade.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Este estudo buscará contribuir para a humanização da educação prisional no</p><p>Rio de Janeiro, propondo uma metodologia que conscientize professores sobre</p><p>os princípios dos direitos humanos e promova uma formação humana integral.</p><p>Busca-se melhorar a formação desses professores e destacar a importância da</p><p>educação como ferramenta de reintegração social. A educação prisional,</p><p>fundamentada nos Direitos Humanos, pode transformar vidas e promover uma</p><p>sociedade mais justa e inclusiva. Espera-se também, por meio deste estudo,</p><p>fomentar a reflexão e reavaliação das políticas públicas atuais e futuras nos</p><p>âmbitos educacional, social e prisional.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Agradeço profundamente ao meu parceiro de vida pelo apoio e compreensão</p><p>durante o desenvolvimento deste estudo. Sou grato aos meus orientadores pela</p><p>orientação e confiança. Dedico este trabalho à educação que me transformou,</p><p>com o desejo de retribuir e espalhar a mesma esperança e brilho que recebi.</p><p>180</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da justiça e Segurança Pública. Secretaria Nacional de</p><p>Políticas Penais (Senappen). 14º ciclo de coleta, jan./jun., 2023.</p><p>CARVALHO, Kely Rejane Souza dos Anjos de; SANTOS, Jocyleia Santana dos;</p><p>MALDONADO, Daniela Patrícia Ado. Práticas docentes no ambiente prisional:</p><p>entre a cela e a sala de aula. Revista Teias. v. 21, n. 61, p. 218-232, abr./jun.,</p><p>2020.</p><p>FACEIRA, Lobelia da Silva; DANTAS, Alice Vitória de Miranda; SANTOS, Maria</p><p>Eduarda Pereira Silva; RABELLO, Clara Urathesânia Pimentel Frias. “Cê vai sair</p><p>dessa prisão, cê vai atrás desse diploma com a fúria da beleza do sol”: A</p><p>assistência educacional no âmbito da execução penal nas prisões do Rio de</p><p>Janeiro. Seven Editora, 2023.</p><p>FRANÇA, Rosilene Marques Sobrinho de. Encarceramento e Educação Prisional</p><p>em Tempos de Neoliberalismo E Conservadorismo No Brasil. Educação &</p><p>Sociedade. v. 44, p. e268702, p. 01-18, jul., 2023.</p><p>Freire, Paulo. Educação como prática da liberdade. 56° ed. Rio de janeiro: Paz e</p><p>Terra, 2023.</p><p>GONÇALVES; Adriana De Marchi; KANAANE; Roberto. A prática docente e as</p><p>tecnologias digitais. Revista Eletrônica Pesquiseduca. Santos, v.13, n. 29, p.256-</p><p>265, jan./abr., 2021.</p><p>Jager, Iamini Torres; Oliveira, Velfe Hollandino; Ferreira, Marcio Roberto</p><p>Antunes; Mello, André Luiz Silva. Quem são elas e o que querem? Perfil de</p><p>mulheres privadas de liberdade, alunas da Educação de Jovens e adultos de</p><p>uma penitenciária carioca. Revista Educação e Cultura Contemporânea. Rio de</p><p>Janeiro:</p><p>v.18, n.53, 2021.</p><p>181</p><p>World Prison Brief. Brazil: World Prison Brief Data. Londres: Institute for Crime &</p><p>Justice Policy Research, 2023. Disponível em: Brazil | World Prison Brief</p><p>(prisonstudies.org). Acesso em: 10 mar. 2024.</p><p>MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. Rio de janeiro: 3°edição,</p><p>LTC, 2023.</p><p>https://www.prisonstudies.org/country/brazil</p><p>https://www.prisonstudies.org/country/brazil</p><p>182</p><p>EXPERIÊNCIA SENSORIAL E INCLUSIVA: RELATO DE UMA VISITA AO</p><p>MUSEU CASA DE BENJAMIN CONSTANT</p><p>Maria Dalva de Souza Figueiredo[1]</p><p>Maria Abreu da Silva Oliveira Lima [2]</p><p>Veronica Eloi de Almeida [3]</p><p>Ana Paula Legey de Siqueira [4]</p><p>Alessandro Jatobá [5]</p><p>RESUMO</p><p>O objetivo geral do artigo é realizar uma visita virtual ao Museu Casa de</p><p>Benjamin Constant, utilizando tecnologia assistiva específica que atenda o/a</p><p>deficiente visual. O estudo procura através de um relato de experiência integrar</p><p>a Realidade Aumentada (RA) com a Realidade Virtual (RV) ampliando a</p><p>interação sensorial com a intenção de melhorar a programação do museu</p><p>diversificando as atividades educativas com o emprego de tecnologia</p><p>assistivas adequando-se para receber pessoas com deficiência visual. A visita</p><p>virtual como uma alternativa inclusiva aos/as deficientes visuais será</p><p>apresentada através do aplicativo Artsteps com narração da autodescrição dos</p><p>espaços visitados, visando uma possível continuidade e desdobramento a</p><p>aplicabilidade da proposta.</p><p>Palavras- Chave: Museu Casa de Benjamin Constant; Tecnologia Assistivas;</p><p>Deficiência Visual.</p><p>[1] Doutoranda em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca- RJ, dalvafigueredo@uol.com.br</p><p>² Doutoranda em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca- RJ,</p><p>mariaoliveiramestrado@gmail.com</p><p>[1] Doutora pelo Curso de Doutorado em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca- RJ,</p><p>veronicaeloi@hotmail.com;</p><p>[1] Doutora pelo Curso de Doutorado em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca- RJ,</p><p>asiqueira@unicarioca.edu.br;</p><p>[1] Doutor pelo Curso de Doutorado em Novas Tecnologias Digitais na Educação pela UniCarioca- RJ-</p><p>alessandro.jatoba@fiocruz.br</p><p>mailto:dalvafigueredo@uol.com.br</p><p>mailto:mariaoliveiramestrado@gmail.com</p><p>mailto:veronicaeloi@hotmail.com</p><p>mailto:asiqueira@unicarioca.edu.br</p><p>mailto:RJ-alessandro.jatoba@fiocruz.br</p><p>mailto:RJ-alessandro.jatoba@fiocruz.br</p><p>183</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O artigo relata uma visita ao Museu Casa de Benjamin Constant com a</p><p>finalidade de destacar a importância da utilização de elementos tecnológicos</p><p>com o objetivo de facilitar a comunicação para os deficientes visuais, além de</p><p>propor a utilização de recursos e materiais adaptados através de tecnologias</p><p>assistivas.</p><p>O museu pode ser entendido enquanto canal de comunicação, como um</p><p>espaço expositivo e de ação educativa, buscando proporcionar uma maior</p><p>interatividade dos participantes deficientes visuais na apreensão e</p><p>ressignificação dos conteúdos presentes nas exposições. Nesse contexto, o</p><p>presente artigo apresenta a audiodescrição como uma metodologia que usa</p><p>tecnologia para traduzir imagens em palavras, permitindo que os cegos ou</p><p>aqueles com baixa visão consigam compreender conteúdos audiovisuais ou</p><p>imagens estáticas, como filmes, fotografias, peças de teatro, mas pode</p><p>beneficiar outros públicos com outras deficiências e idosos.</p><p>Contribuir com o Museu Casa de Benjamin Constant enquanto espaço cultural,</p><p>contemporâneo com ambiente inclusivo, é a intenção desse estudo que</p><p>pretende oferecer uma proposição que inclua a interação da Realidade</p><p>Aumentada (RA) com a Realidade Virtual (RV) empregando as tecnologias</p><p>assistivas por meio do uso da ferramenta Artsteps.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>Segundo a Legislação sobre museus (2013, p.28) de nº 11.904, de 14 de janeiro</p><p>de 2009, e regulamentado pelo Decreto nº 8.124/2013, o Estatuto de Museus</p><p>(IBRAM) possibilitou a regulamentação e o reconhecimento público dos</p><p>museus em toda a sua diversidade e expressa formalmente, no art. 2º, os</p><p>princípios fundamentais dos museus, todos igualmente relevantes para servir</p><p>de base a qualquer instituição museológica: I) a valorização da dignidade</p><p>humana; II) o incentivo da cidadania; III) o cumprimento da função social; IV) a</p><p>valorização e preservação do acervo histórico- cultural e ambiental; V) o amplo</p><p>reconhecimento do acesso e a valorização à diversidade cultural e VI) o</p><p>intercâmbio institucional.</p><p>184</p><p>Lima (2009), enfatiza que “os museus de artes [...] concentram em seus</p><p>numerosos acervos coleções da produção artística que inclui diferentes</p><p>momentos estéticos, gêneros diversificados e autores variados.” (LIMA, 2009,</p><p>p. 20). Os museus, portanto, por intermédio de seus profissionais, precisam</p><p>comunicar o conteúdo informacional do acervo em exposição para o visitante</p><p>deficiente visual com base na documentação museológica, na catalogação</p><p>onde são levantados e interpretados os dados intrínsecos e extrínsecos da</p><p>obra.</p><p>As atividades que o Museu Casa de Benjamin Constant oferece às pessoas</p><p>com deficiência visual são exemplos de inspiração para outras instituições</p><p>culturais que desejam promover a inclusão em suas programações. Ainda</p><p>assim, foi possível observar que nos espaços do Museu são necessário ações</p><p>efetivas para garantir a acessibilidade e a inclusão daqueles que são</p><p>deficientes visuais, como adaptações nas rampas e nos acessos com pisos</p><p>táteis desde o portão até a entrada da Casa Museu e de comunicação áudio</p><p>descritiva das peças e a utilização do Braille para facilitar a interpretação dos</p><p>deficientes visuais.</p><p>Cabral (2018, p.5) define a expressão de tecnologia assistiva:</p><p>A expressão tecnologia assistiva é utilizada para indicar</p><p>recursos ou serviços que contribuem para proporcionar ou</p><p>ampliar as habilidades e competências das pessoas, dando</p><p>assistência a uma necessidade específica. Em geral, essas</p><p>pessoas possuem algum tipo de deficiência permanente ou</p><p>temporária, e a tecnologia vem para promover e tornar possível</p><p>sua autonomia em direção a uma vida mais independente e</p><p>inclusiva. (CABRAL,2018, p.5)</p><p>Segundo a autora, a expressão “Tecnologia Assistiva” foi empregada</p><p>inicialmente em 1988, para designar um recurso legal previsto no arcabouço</p><p>jurídico na legislação estadunidense que estabelece os direitos das pessoas</p><p>com deficiência. Ele assegura o acesso aos serviços especializados que</p><p>facilitam desenvolver atividades que os tornamindependentes, produtivos e</p><p>socialmente integrados na sociedade. No Brasil, o conceito de tecnologia</p><p>assistiva pode ser comparada com outras terminologias para definir recursos</p><p>tecnológicos, abrangendo dispositivos quanto aos serviços e metodologias.</p><p>185</p><p>De acordo com Varela (2020) o Artsteps é um aplicativo versátil e acessível via</p><p>navegador, que permite a criação de galerias de arte virtuais em 3D. Ele oferece</p><p>suporte a diversos tipos de obras de arte e vídeos, e pode ser utilizado para</p><p>criar visitas simples ou guiadas. As exposições podem ser visualizadas em</p><p>múltiplas plataformas, incluindo dispositivos de realidade virtual, oferecendo</p><p>uma experiência enriquecedora e imersiva.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Berquó e Lima (2011) sublinham a importância de tornar os museus acessíveis</p><p>e inclusivos para as pessoas com deficiência visual incentivando uma</p><p>experiência cultural com inclusão social e igualdade de oportunidades. A</p><p>realização de procedimentos inclusivas não só favorece visitantes cegos, mas</p><p>também colabora para a conscientização sobre a importância da</p><p>acessibilidade.</p><p>Com a visita virtual ao Museu Casa de Benjamin Constant através da</p><p>ferramenta Artsteps, espera-se que os deficientes visuais sejam beneficiados</p><p>com a audiodescrição detalhada de cada fotografia e obra de arte facilitando o</p><p>acesso inclusivo ao conteúdo compreendendo e apreciando as exposições do</p><p>museu, promovendo o suporte para dispositivos de realidade virtual mais</p><p>intuitiva e uma experiência inclusiva que permita os deficientes visuais</p><p>explorarem o museu de forma independente.</p><p>Espera-se que as visitas guiadas virtuais possam aumentar o engajamento dos</p><p>visitantes, adaptando às necessidades e preferências</p><p>individuais dos</p><p>deficientes visuais implementada através da ferramenta Artsteps, oferecendo</p><p>diversos benefícios para deficientes visuais. Essa integração de RA e RV pode</p><p>facilitar o entendimento dos conteúdos apresentados nas exposições culturais,</p><p>oferecendo uma forma interativa e envolvente de aprendizado que pode ser</p><p>mais eficaz do que métodos tradicionais.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O presente artigo, intitulado "Experiência Sensorial e Inclusiva: Relato de uma</p><p>Visita ao Museu Casa de Benjamin Constant", procurou apresentar a partir da</p><p>utilização da tecnologia assistiva Artsteps uma experiência cultural</p><p>186</p><p>enriquecedora e inclusiva destinada às pessoas com deficiência visual. O</p><p>Artsteps por ser um aplicativo gratuito, oferece várias opções de montagens de</p><p>exposições virtuais, além de proporcionar uma interação dos visitantes com as</p><p>obras apresentadas.</p><p>O artigo procura trazer uma proposta significativa e acessível para as pessoas</p><p>com deficiência visual ao aproximá-los de uma tecnologia capaz de unir o real</p><p>com o virtual, levando-os a entender que uma exposição pode ir além da</p><p>exibição da informação e do material exposto, isto porque a partir da interação</p><p>com as obras através da audiodescrição, a pessoa com deficiência visual</p><p>poderá adquirir novos conhecimentos e despertar a sua curiosidade.</p><p>A contribuição da utilização da audiodescrição pode proporcionar aos</p><p>visitantes com deficiência visual uma exploração ao museu virtual de forma</p><p>autônoma, onde possam explorar o museu virtualmente no seu ritmo e de</p><p>acordo com as suas preferências.</p><p>Esperamos que esta pesquisa se transforme em um importante suporte,</p><p>cooperando para que museus e instituições culturais busquem implementar</p><p>práticas inclusivas e acessíveis, favorecendo a participação ativa de cidadãos</p><p>com ou sem deficiência nas atividades culturais e educativas</p><p>187</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BERQUÓ, Ana Fátima e LIMA, Diana Farjalla Correia. Informação Especial no</p><p>Museu- acessibilidade; a inclusão social da pessoa com deficiência visual: In:</p><p>ENANCIB 12. Anais...Brasília, DF, 23 a 26 de outubro de 2011.</p><p>CABRAL, Christiane de Melo. Tecnologias Assistivas e Inclusão: Técnico em</p><p>Multimeios Didáticos: Educação a distância. Recife: Secretaria Executiva de</p><p>Educação. Profissional de Pernambuco ,2018.</p><p>LEGISLAÇÃO SOBRE MUSEUS [recurso eletrônico] -2 ed. Brasília: Câmara dos</p><p>Deputados, Edições Câmara, 2013.</p><p>LIMA, Diana Farjalla Correia. “O que se pode designar como museu virtual</p><p>segundo os museus que assim se apresentam”, ENANCIB (10),</p><p>Responsabilidade Social da Ciência da Informação; GT 9 – Museu, Patrimônio e</p><p>Informação, 2009. João Pessoa. Anais... 2009. João Pessoa: ANCIB; PPGCI-</p><p>UFPB. 1 CD ROM. Disponível em: https://cip.brapci.inf.br/download/182931.</p><p>Acesso em 26 de abr. 2024.</p><p>VARELLA, Luís. Uma forma diferente de apresentar trabalhos-exposição virtual-</p><p>Artsteps, 12 de novembro de 2020. Disponível em:</p><p>https://www.educatech.pt/exposicoes_artsteps/. Acesso em 10 de abr. 2020.</p><p>https://cip.brapci.inf.br/download/182931</p><p>https://www.educatech.pt/exposicoes_artsteps/</p><p>188</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BERQUÓ, Ana Fátima e LIMA, Diana Farjalla Correia. Informação Especial no</p><p>Museu- acessibilidade; a inclusão social da pessoa com deficiência visual: In:</p><p>ENANCIB 12. Anais...Brasília, DF, 23 a 26 de outubro de 2011.</p><p>CABRAL, Christiane de Melo. Tecnologias Assistivas e Inclusão: Técnico em</p><p>Multimeios Didáticos: Educação a distância. Recife: Secretaria Executiva de</p><p>Educação. Profissional de Pernambuco ,2018.</p><p>LEGISLAÇÃO SOBRE MUSEUS [recurso eletrônico] -2 ed. Brasília: Câmara dos</p><p>Deputados, Edições Câmara, 2013.</p><p>LIMA, Diana Farjalla Correia. “O que se pode designar como museu virtual</p><p>segundo os museus que assim se apresentam”, ENANCIB (10),</p><p>Responsabilidade Social da Ciência da Informação; GT 9 – Museu, Patrimônio e</p><p>Informação, 2009. João Pessoa. Anais... 2009. João Pessoa: ANCIB; PPGCI-</p><p>UFPB. 1 CD ROM. Disponível em: https://cip.brapci.inf.br/download/182931.</p><p>Acesso em 26 de abr. 2024.</p><p>VARELLA, Luís. Uma forma diferente de apresentar trabalhos-exposição virtual-</p><p>Artsteps, 12 de novembro de 2020. Disponível em:</p><p>https://www.educatech.pt/exposicoes_artsteps/. Acesso em 10 de abr. 2020.</p><p>https://cip.brapci.inf.br/download/182931</p><p>https://www.educatech.pt/exposicoes_artsteps/</p><p>189</p><p>EDUCAÇÃO CORPORATIVA: PROJETO GAC</p><p>(GESTÃO EM AMBIENTES CORPORATIVOS)</p><p>Neuza Siqueira de Souza [1]</p><p>Ana Beatriz Ferrari dos Santos [2]</p><p>George João de Almeida Chaves [3]</p><p>José Luiz Teixeira da Silva [4]</p><p>Márcia Elias Barbosa dos Santos [5]</p><p>Marco Antônio Alves Cruz [6]</p><p>Raissa Jorge Alvarenga Fragoso [7]</p><p>Rosa Lídice de Moraes Valim [8.</p><p>RESUMO</p><p>O projeto aqui apresentado foi desenvolvido por uma equipe de doutorandos</p><p>em Novas Tecnologias Digitais na Educação do Centro UniCarioca e objetivou a</p><p>elaboração de um curso de Educação Corporativa que procurasse instigar</p><p>gestores, supervisores, gerentes e coordenadores a refletirem sobre suas</p><p>habilidades e trajetórias profissionais. O cronograma para desenvolvimento do</p><p>projeto – que foi marcado pelo uso de Scrum e Kanban - estendeu-se por 10</p><p>semanas e incluiu etapas diversas que contemplaram produção de: (1) oito</p><p>vídeos com conteúdos ligados à produtividade, liderança, empreendedorismo,</p><p>gestão do tempo, gestão financeira e gestão estratégica para lidar com</p><p>desafios (2) uma apostila, (3) montagem de ferramenta de avaliação para os</p><p>que terminassem o curso e (4) dois artigos. Todo o material, ao final (exceto os</p><p>artigos) foi hospedado na plataforma Even 3, uma plataforma gratuita. O curso</p><p>foi então aplicado junto a colaboradores de três empresas.</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, neuza.midias@gmail.com;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, anasantos@ines.gov.br;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, georgerj23@hotmail.com;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, jose.luiz@eteshjs.faetec.rj.gov.br;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, marcia.elias@yahoo.com.br;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, marcoantonioac@hotmail.com;</p><p>[1] Doutorando do Centro Universitário Carioca - UniCarioca, raissafragoso1@gmail.com;</p><p>[1] Professor orientador do Centro Universitário UniCarioca: Doutora em Psicossociologia (UFRJ),</p><p>rvalim@unicarioca.edu.br.</p><p>mailto:neuza.midias</p><p>mailto:rvalim@unicarioca.edu.br</p><p>190</p><p>Dentre os achados, destacam-se aspectos ligados ao desenvolvimento do</p><p>curso, bem como à sua aplicação. Durante o desenvolvimento do projeto, a</p><p>equipe surpreendeu-se com a agilidade conferida ao processo pelo uso de</p><p>Scrum e Kanban. Já em relação ao momento da aplicação, reportes dos</p><p>colaboradores das três empresas revelam que as ferramentas de Design</p><p>Thinking associadas aos conteúdos da apostila e dos vídeos destacaram-se e</p><p>promoveram reflexões práticas.</p><p>Palavras-chave: Educação Corporativa; Design Thinking; Gestão em Ambientes</p><p>Corporativos.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A rápida evolução tecnológica afeta todos os aspectos da vida, trazendo</p><p>desafios tanto no âmbito familiar quanto organizacional. No mundo do trabalho,</p><p>as inovações tecnológicas se tornam cada vez mais presentes, exigindo que as</p><p>organizações se adaptem para evitar dificuldades. Investir em programas de</p><p>desenvolvimento contínuo e incentivar a aprendizagem ao longo da vida é</p><p>crucial para as empresas.</p><p>Nesse contexto, projetos educacionais inovadores são essenciais para atender</p><p>às demandas do mercado corporativo. Metodologias ágeis, como Scrum e</p><p>Kanban, utilizadas por equipes multidisciplinares, têm se mostrado eficazes na</p><p>criação de cursos de Educação Corporativa (EC).</p><p>Este trabalho relata o desenvolvimento e aplicação de um curso denominado</p><p>Gestão em Ambientes Corporativos (GAC), elaborado por doutorandos em</p><p>Educação da UniCarioca, em parceria com três empresas.</p><p>Durante o desenvolvimento do curso, a equipe enfrentou desafios como a</p><p>integração de perfis diversos, sobrecarga de informações, pressão por prazos</p><p>exíguos e a necessidade de reflexões fundamentadas em conjunto</p><p>para</p><p>escolha das ferramentas adequadas.</p><p>O projeto, que utilizou práticas ágeis (Scrum e Kanban) e ferramentas de Design</p><p>Thinking (Metas SMART, Mapa de Empatia, Mapa Mental, Matriz das 4 Ações,</p><p>191</p><p>Técnica Pomodoro e Análise SWOT), iniciou-se com a formação de uma equipe</p><p>composta por sete doutorandos e uma professora orientadora. A comunicação</p><p>eficaz, a integração de ferramentas como Trello e WhatsApp e a definição de</p><p>um cronograma detalhado foram essenciais para o sucesso do projeto.</p><p>A colaboração entre academia e mercado, juntamente com a necessidade de</p><p>inovação e agilidade, justificou a escolha da metodologia ágil e a formação de</p><p>uma equipe com perfis variados.</p><p>O time era composto pela Professora Orientadora, atuando como Product</p><p>Owner, uma Scrum Master, e o Development Team. Ao longo do projeto, os</p><p>membros da equipe expressaram suas opiniões, destacando o</p><p>comprometimento e a qualificação individual como fatores cruciais para o</p><p>sucesso. A diversidade da equipe e a liderança competente também foram</p><p>ressaltadas como elementos importantes.</p><p>Os temas associados aos capítulos da apostila do curso GAC foram definidos</p><p>em conjunto, a saber: Produtividade, Liderança, Empreendedorismo, Gestão do</p><p>Tempo, Gestão Financeira e Gestão Estratégica. Esses capítulos serviram de</p><p>suporte ao desenvolvimento de roteiros que orientaram a gravação de</p><p>videoaulas.</p><p>A gravação dos vídeos foi realizada no estúdio da UniCarioca, e a edição foi</p><p>feita por membros da equipe. Além disso, foram escritos dois artigos científicos</p><p>e elaborados formulários de avaliação e coleta de dados. Todo o conteúdo foi</p><p>disponibilizado na plataforma Even 3.</p><p>Para este estudo, foi adotado como metodologia o Relato de Experiência (RE).</p><p>Essa abordagem consiste na descrição detalhada de uma experiência</p><p>específica, com o propósito de contribuir para a construção do conhecimento</p><p>(Mussi et al., 2021). Relata-se aqui aspectos ligados tanto ao desenvolvimento</p><p>quanto à aplicação do curso.</p><p>192</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>A EC, segundo Toni e Alvares (2016, p. 242), “se configura em uma dinâmica de</p><p>aprendizagem contínua com foco no desenvolvimento das competências</p><p>necessárias à organização e ao repasse dos conhecimentos”. Entende-se essa</p><p>dinâmica como um processo em que as pessoas compartilham inovações e</p><p>aprimoram práticas para resolver problemas na organização (Dutra e Eboli,</p><p>2022).</p><p>Nesta perspectiva, a metodologia ágil foi aplicada na elaboração do curso GAC,</p><p>bem como no entrosamento entre os membros do Time, utilizando o Scrum,</p><p>Kanban e a plataforma Trello.</p><p>As tarefas foram distribuídas pela professora orientadora de acordo com o</p><p>perfil de cada um. Isso permitiu o “resgate do entusiasmo e potencialidades</p><p>que em abordagens tradicionais provavelmente não surtiriam efeito” (Ramada e</p><p>Scafuto, 2020, p. 237), resultando em maior qualidade no resultado.</p><p>Ao longo de todo o processo de desenvolvimento do curso, foi imprescindível</p><p>promover o alinhamento e realizar ajustes no projeto, visando atender de</p><p>maneira adequada à demanda estabelecida. Esse alinhamento foi feito de</p><p>forma presencial em reuniões de grupo e também de forma remota através do</p><p>grupo de WhatsApp.</p><p>Essa abordagem foi pautada nos princípios da metodologia ágil, que enfatizam</p><p>a flexibilidade e a capacidade de adaptação diante das necessidades do</p><p>ambiente ou de imprevistos que possam acontecer durante o processo</p><p>(Milagre, 2021), bem como ajuda no “cumprimento de prazos” (Ramada e</p><p>Scafuto, 2020, p. 236).</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Quando da formação do grupo para desenvolvimento do curso, os papéis foram</p><p>distribuídos levando em consideração o perfil de cada integrante, bem como</p><p>suas afinidades às tarefas propostas.</p><p>193</p><p>As responsabilidades e papéis atribuídos aos integrantes do grupo viabilizaram</p><p>a criação, construção e conclusão de produtos e subprodutos associados a</p><p>este projeto. Além disso, incluíram a criação e aplicação dos produtos, bem</p><p>como a análise e avaliação dos resultados obtidos.</p><p>Para além, é interessante mencionar que, apesar das responsabilidades serem</p><p>distribuídas e cada integrante da equipe ter atribuições específicas e claras,</p><p>todos eram envolvidos na dinâmica de estabelecimento de definições e</p><p>requisitos, através das trocas de informações diárias que ocorriam pelo</p><p>WhatsApp e pelo Trello. Além disso, havia reuniões quinzenais presenciais na</p><p>instituição de ensino. Ao todo, foram 10 semanas até a constituição do curso</p><p>com seus produtos e subprodutos.</p><p>Já no tocante à aplicação do curso, o formulário de coleta de dados, de</p><p>preenchimento voluntário, foi respondido por sete pessoas. Os participantes</p><p>têm entre 31 e 50 anos. Predominantemente, os participantes possuem níveis</p><p>de formação mais elevados, como graduação, especialização e mestrado,</p><p>indicando um grupo comprometido com a busca do conhecimento.</p><p>Há uma distribuição variada em relação ao tempo de atuação no mercado, com</p><p>participantes de diferentes níveis de experiência, mas a maioria possui mais de</p><p>cinco anos. Em relação aos cursos de formação continuada, dois participantes</p><p>afirmaram realizá-los às vezes, enquanto três disseram realizar sempre.</p><p>Quanto à realização do curso GAC, todos os participantes afirmaram estar</p><p>preparados para aplicar as estratégias de aumento de produtividade aprendidas</p><p>no curso. Para eles, o desenvolvimento de habilidades de liderança é</p><p>importante para o crescimento profissional. Nascimento et al. (2020, p. 242)</p><p>afirmam que, “o líder melhora o desempenho dos seus subordinados e</p><p>consequentemente o desempenho da organização”. Igualmente, todos</p><p>acreditam que o conhecimento sobre empreendedorismo é relevante para suas</p><p>carreiras.</p><p>Verificou-se também que os participantes valorizam a gestão eficaz do tempo</p><p>para a produtividade pessoal e profissional.</p><p>194</p><p>Além disso, todos se sentem preparados para implementar o planejamento</p><p>financeiro pessoal e profissional aprendido no curso, bem como se consideram</p><p>aptos para aplicar os conceitos de gestão estratégica.</p><p>Quanto às estratégias que os participantes pretendem colocar em prática para</p><p>melhorar sua produtividade e desenvolvimento profissional, foram destacados</p><p>o Mapa de Empatia, a Técnica Pomodoro e o Mapa Mental para melhor</p><p>organização das atividades e administração do tempo.</p><p>É importante destacar que “as pessoas são o ponto fundamental para que a</p><p>agilidade possa atingir seu êxito nas organizações” (Borba, 2021, p. 82).</p><p>Quando estão empenhadas e engajadas em se qualificar e colocar em prática o</p><p>que for aprendido, a empresa é beneficiada com melhoria na eficiência e</p><p>excelência da produtividade.</p><p>As opiniões dos participantes sobre o curso foram majoritariamente positivas,</p><p>parabenizando a equipe pela iniciativa e pelo trabalho, dizendo que o curso</p><p>atendeu às expectativas. Quanto às sugestões de melhoria, foi mencionado o</p><p>desejo de um maior aprofundamento nos temas tratados nos capítulos.</p><p>Também foi sugerida a mudança do nome do curso, indicando que é um curso</p><p>introdutório ao assunto.</p><p>Essa sugestão certamente pode ser atendida dividindo o curso em dois</p><p>módulos: o Módulo Introdutório, onde abordaremos os conceitos fundamentais</p><p>de cada capítulo de forma geral, e o Módulo Aprofundado, no qual</p><p>exploraremos detalhes específicos e forneceremos exemplos para uma</p><p>compreensão mais completa do assunto. Essa divisão permitirá aos</p><p>participantes uma experiência gradual e abrangente de aprendizado.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Dados relativos ao momento do desenvolvimento do curso sugerem, entre</p><p>outras coisas, que: (1) o comprometimento da equipe é fundamental para o</p><p>desenvolvimento de projetos pautados por metodologias ágeis (particularmente</p><p>Scrum e Kanban); além disso, a qualificação da equipe e a postura de</p><p>engajamento de cada um revelam-se como diferenciais;</p><p>195</p><p>(2) o respeito mútuo entre os membros da equipe tende a gerar uma sensação</p><p>de paz e acaba por compensar o desgaste promovido pelas muitas demandas</p><p>associadas ao ritmo acelerado do projeto; (3) os membros da equipe percebem</p><p>o valor da autonomia para a produtividade e a motivação; (4) a</p><p>combinação de</p><p>metodologias ágeis, um time comprometido e parcerias entre empresas e</p><p>universidades pode resultar na criação bem-sucedida de cursos de Educação</p><p>Corporativa alinhados com as demandas do mercado.</p><p>Já os dados relacionados ao momento da aplicação do curso sugerem que: (i)</p><p>há muito valor na colaboração entre academia e mercado e isso é notado pelos</p><p>colaboradores; (ii) a experiência vivenciada durante a aplicação do curso</p><p>evidenciou uma percepção de valor por parte dos colaboradores que estavam a</p><p>realizar o curso; (iii) os participantes demonstraram receptividade ao curso e</p><p>disposição para aplicar os conhecimentos adquiridos, destacando estratégias</p><p>como o Mapa de Empatia, a Técnica Pomodoro e o Mapa Mental para melhorar</p><p>a produtividade e o desenvolvimento profissional; (iv) as sugestões de melhoria</p><p>foram muito interessantes (como a divisão do curso em módulos introdutórios</p><p>e aprofundados, que visam proporcionar uma experiência gradual e abrangente</p><p>de aprendizado aos participantes).</p><p>Em suma, o projeto GAC reforça a importância da inovação, da colaboração e</p><p>do comprometimento na criação de cursos alinhados com as demandas do</p><p>mercado, evidenciando o potencial das metodologias ágeis e da integração</p><p>entre teoria e prática para o sucesso de iniciativas educacionais corporativas.</p><p>196</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BORBA, F. I. L. et al. Gestão de recursos humanos nas transformações ágeis</p><p>organizacionais: benefícios e barreiras. 2021. Disponível em:</p><p>http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede/bitstream/tede2/8696/2/Felipe%20Inacio</p><p>%20Lima%20Borba%20%281%29.pdf. Acesso em: 04 jul 2024.</p><p>DA RAMADA ISABELLA, A.; SCAFUTO, I. C. Implementação do método ágil com</p><p>a utilização da plataforma Trello no gerenciamento de projetos educacionais.</p><p>Revista CESUMAR, v. 25, n. 1, p. 228-239, 2020. Disponível em: 7955-Arquivo</p><p>texto original com revisões -47057-1-10-20200731.pdf. Acesso em: 05 jul. 2024.</p><p>DUTRA, A. Q. N.; EBOLI, M. P. Educação Corporativa: Uma Revisão Sistemática e</p><p>Bibliométrica. XLVI Encontro da ANPAD-EnANPAD, 2022. Disponível em:</p><p>b91a76b0b2fa7ce160212f53f3d2edba.pdf (anpad.com.br). Acesso em 05 jul.</p><p>2024.</p><p>MILAGRE, L. E. Metodologias ágeis para a gestão de projetos de P&D: estudo</p><p>piloto em uma indústria. Dissertação em Inovação Tecnológica e Propriedade</p><p>Intelectual da Universidade Federal de Minas Gerais. 2021. Disponível em:</p><p>Dissertação Mestrado - Luisa Milagre - Versão Final Corrigida.pdf (ufmg.br).</p><p>Acesso em: 19 maio 2024.</p><p>MUSSI, R. F. de F.; FLORES, F. F.; ALMEIDA, C. B. de. Pressupostos para a</p><p>elaboração de relato de experiência como conhecimento científico. Práxis</p><p>Educacional, Vitória da Conquista, v. 17, n. 48, p. 60-77, 2021. DOI:</p><p>10.22481/praxisedu.v17i48.9010. Disponível em:</p><p>https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/9010. Acesso em: 04</p><p>jul. 2024.</p><p>NASCIMENTO, A. R. do; NOZÉ, B. P.; TEIXEIRA, C. R. B.; CALSANI, J. R. da S. A</p><p>IMPORTÂNCIA DO LÍDER NAS ORGANIZAÇÕES. SITEFA, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 235–</p><p>245, 2020. DOI: 10.33635/sitefa.v3i1.110. Disponível em:</p><p>https://publicacoes.fatecsertaozinho.edu.br/sitefa/article/view/110. Acesso</p><p>em: 4 jul. 2024.</p><p>https://anpad.com.br/uploads/articles/120/approved/b91a76b0b2fa7ce160212f53f3d2edba.pdf</p><p>https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41816/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Mestrado%20-%20Luisa%20Milagre%20-%20Vers%c3%a3o%20Final%20Corrigida.pdf</p><p>197</p><p>STOPA, G. R.; RACHID, C. L. Scrum: Metodologia ágil como ferramenta de</p><p>gerenciamento de projetos. CES Revista, v. 33, n. 1, p. 302-323, 2019. Disponível</p><p>em: https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/view/2026.</p><p>Acesso em: 05 jul. 2024.</p><p>TONI, K.; ALVARES, L. Educação Corporativa na perspectiva da Inteligência</p><p>Organizacional. Informação & Informação, v. 21, n. 3, p. 228–257, 14 dez. 2016.</p><p>Disponível em: Vista do Educação Corporativa na perspectiva da Inteligência</p><p>Organizacional (uel.br). Acesso em: 04 jul. 2024.</p><p>https://seer.uniacademia.edu.br/index.php/cesRevista/article/view/2026</p><p>https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/21728/20737</p><p>https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/21728/20737</p><p>198</p><p>UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO</p><p>COMO ALIADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Paula Andrea Morrone Aragão de Moura 1</p><p>Claudio Henrique dos Santos Grecco 2</p><p>Adriana da Silva Lisboa Tomaz 3</p><p>RESUMO</p><p>Este estudo foca na integração das tecnologias digitais na educação infantil,</p><p>reconhecendo que as crianças da geração Alfa, nativas digitais, já possuem</p><p>familiaridade com dispositivos tecnológicos desde cedo. A pesquisa aborda</p><p>como os professores podem utilizar essas ferramentas para enriquecer o</p><p>processo de ensino-aprendizagem, considerando os desafios culturais e</p><p>geracionais entre educadores e alunos.</p><p>A introdução da tecnologia na educação infantil não visa substituir práticas</p><p>tradicionais como brincadeiras e atividades físicas, mas complementá-las,</p><p>promovendo uma aprendizagem mais interativa e significativa. A Base Nacional</p><p>Comum Curricular (BNCC) estabelece diretrizes para um currículo integrado e</p><p>contextualizado, adaptável às necessidades e características individuais das</p><p>crianças.</p><p>Os resultados iniciais incluem a criação de um material didático online que</p><p>explora temas como métodos de aprendizagem das diferentes gerações e o</p><p>uso de ferramentas como Kahoot, WhatsApp e Google Forms. A pesquisa ainda</p><p>está em andamento, com foco na prática dos docentes e na formação</p><p>continuada para capacitação eficaz no uso dessas tecnologias.</p><p>1 Mestranda do Curso de Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação da UniCarioca,</p><p>RJ, paulamorronemoura@email.com;</p><p>2 Docentes do Mestrado Profissional em Novas Digitais na Educação da UniCarioca - RJ,</p><p>cgrecco@unicarioca.edu.br</p><p>3 Docentes do Mestrado Profissional em Novas Digitais na Educação da UniCarioca - RJ,</p><p>atomaz@unicarioca.edu.br;</p><p>199</p><p>Espera-se que este trabalho contribua para que os educadores desenvolvam</p><p>competências em letramento digital e utilizem as tecnologias de forma</p><p>integrada e eficaz em suas práticas pedagógicas, promovendo uma educação</p><p>mais inclusiva e alinhada às expectativas dos alunos nativos digitais.</p><p>Palavras-chave: Educação infantil; tecnologias educacionais; formação de</p><p>professores.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A educação infantil é a primeira etapa da criança inserida no contexto escolar, é</p><p>o primeiro local onde a maioria das crianças iniciam a sua socialização fora do</p><p>ambiente familiar.</p><p>É uma etapa importante para desenvolver a oralidade, a construção da</p><p>coordenação espacial coordenação motora fina, a criança aprende como</p><p>construir as etapas de início, meio e fim na organização dos pensamentos, em</p><p>alguns casos é o local onde aprende a ter a higiene do corpo e do ambiente.</p><p>Conforme Moran (2000) afirma a escola é o local para educar de forma que a</p><p>criança se perceba como ser integrante de uma sociedade, e aprenda a refletir</p><p>suas ações e práticas, trabalhe em cooperação para contribuir com a mudança</p><p>social.</p><p>Garcia (2021) afirma que a tecnologia já está inserida na vida dessas crianças</p><p>da geração Alfa, nascidas a partir de 2010 e conhecidas como nativa digital que</p><p>já passa horas frente a tela com acesso as diversas linguagens multimídias</p><p>atraentes e de fácil acesso. Quando alinhamos o uso da tecnologia no ensino</p><p>dentro da educação infantil geramos uma aprendizagem significativa.</p><p>Com as aprendizagens pautadas no uso da tecnologia, podemos contribuir no</p><p>pensar sobre como o profissional da educação infantil pode ter acesso às</p><p>ferramentas necessárias para que a criança alcance os marcos de</p><p>desenvolvimento infantil de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.</p><p>A experiência profissional de Moran (2024) mostra que os docentes precisam</p><p>se atualizar constantemente tanto nas metodologias como nas tecnologias</p><p>digitais e saber como integrá-las no currículo de forma eficaz em</p><p>200</p><p>contextos diferentes.</p><p>A inclusão de tecnologias no processo educacional tem sido amplamente</p><p>discutida na literatura, destacando tanto os benefícios quanto os desafios</p><p>enfrentados pelos educadores.</p><p>A pesquisa de Lima</p><p>(2022) indica que a inserção de tecnologias na educação</p><p>infantil enfrenta obstáculos, como a falta de formação adequada dos</p><p>professores e a resistência em adotar novos métodos de ensino. Além disso, há</p><p>uma necessidade de políticas que assegurem investimentos contínuos em</p><p>programas de formação continuada para os professores, visando discutir as</p><p>especificidades de cada área e assegurar a ampliação e renovação dos</p><p>recursos tecnológicos nas instituições escolares.</p><p>O conceito de ‘nativos digitais’, introduzido por Prensky (2001), descreve uma</p><p>geração de alunos que cresceu cercada pela tecnologia digital. Esses alunos</p><p>têm expectativas diferentes em relação à aprendizagem, preferindo métodos</p><p>mais interativos e dinâmicos. Em contrapartida, muitos professores, formados</p><p>em uma era pré-digital, enfrentam desafios para adaptar suas práticas</p><p>pedagógicas a essas novas demandas.</p><p>A literatura indica que a adoção de tecnologias na educação infantil não deve</p><p>substituir as práticas tradicionais, como brincar, dançar e pintar, mas sim</p><p>complementá-las. O uso de ferramentas digitais pode enriquecer o ambiente de</p><p>aprendizagem, tornando-o mais atraente e significativo para os alunos.</p><p>Dessa forma, é possível evidenciar que a inclusão de tecnologias no processo</p><p>educacional pode trazer inúmeros benefícios para a aprendizagem dos alunos,</p><p>especialmente os nativos digitais. No entanto, há desafios significativos a</p><p>serem enfrentados, incluindo a necessidade de formação contínua dos</p><p>professores e a superação de resistências culturais e geracionais. Para que a</p><p>tecnologia seja eficazmente integrada ao ensino, é essencial que haja um</p><p>compromisso institucional com a capacitação dos educadores e a manutenção</p><p>de uma infraestrutura tecnológica adequada.</p><p>201</p><p>Neste contexto, o problema da pesquisa é ‘Como os professores da educação</p><p>infantil estão utilizando os recursos tecnológicos disponíveis para auxiliar no</p><p>processo de ensino-aprendizagem, considerando o contexto de alunos nativos</p><p>digitais e os desafios de um possível conflito de gerações entre educadores e</p><p>alunos?’</p><p>Compreender e aprimorar a utilização de Tecnologias da Informação e</p><p>Comunicação (TIC) na educação infantil, identificando os desafios enfrentados</p><p>pelos professores na integração dessas tecnologias nas escolas públicas, e</p><p>desenvolvendo estratégias que possam facilitar a formação contínua dos</p><p>educadores, promover práticas pedagógicas inovadoras e eficazes, e contribuir</p><p>para a superação do conflito de gerações entre educadores e alunos, visando</p><p>uma educação mais inclusiva, dinâmica e alinhada às necessidades dos alunos</p><p>nativos digitais.</p><p>O percurso metodológico deste trabalho tem cinco etapas. Inicialmente foi</p><p>realizado um levantamento bibliográfico com artigos científicos e leituras</p><p>sugeridas pelos orientadores, para entender quais são as contribuições dos</p><p>pesquisadores da atualidade sobre o tema escolhido. No segundo momento,</p><p>foram elaborada três Sequências Didáticas (SDs), apresentando como temas</p><p>centrais: as gerações como aprendem, a aprendizagem significativa, e a</p><p>utilização das ferramentas tecnológicas o Kahoot e a Miro. No terceiro</p><p>momento, foi elaborado o material didático todo online. Na quarta etapa será</p><p>com a aplicação da formação continuada diretamente na unidade escolar. E a</p><p>quinta e última etapa será a avaliação, com o retorno sobre as aplicações das</p><p>SD’s.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>Esta abordagem pedagógica enfatiza a importância das atividades que não são</p><p>meramente recreativas, mas são vistas como formas essenciais de produção</p><p>de cultura e desenvolvimento integral da criança. A centralidade da criança nas</p><p>propostas pedagógicas implica um reconhecimento de sua capacidade de</p><p>agência e a necessidade de criar ambientes educacionais que respeitem e</p><p>promovam sua autonomia e criatividade.</p><p>202</p><p>As práticas pedagógicas devem, portanto, ser planejadas de maneira a</p><p>fomentar essas experiências, permitindo que as crianças explorem e</p><p>compreendam o mundo ao seu redor de maneira significativa e</p><p>contextualizada.</p><p>Além disso, este enfoque demanda que os educadores estejam preparados</p><p>para atuar como mediadores, facilitadores e incentivadores desse processo de</p><p>construção de conhecimento. Os professores devem estar atentos às</p><p>necessidades individuais e coletivas das crianças, promovendo um ambiente</p><p>inclusivo e estimulante que favoreça o desenvolvimento pleno de suas</p><p>potencialidades.</p><p>De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os eixos</p><p>estruturantes das práticas pedagógicas e as competências gerais da Educação</p><p>Básica asseguram, na Educação Infantil, seis direitos de aprendizagem e</p><p>desenvolvimento. Esses direitos garantem que as crianças aprendam em</p><p>ambientes que incentivem a participação ativa, a resolução de desafios e a</p><p>construção de significados sobre si mesmas, os outros e o mundo ao seu redor</p><p>(BRASIL, 2017).</p><p>Assim, a BNCC e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) são</p><p>marcos legais que orientam a prática educativa no Brasil, especialmente na</p><p>educação infantil. A BNCC, implementada em 2017, estabelece os direitos de</p><p>aprendizagem e desenvolvimento das crianças, organizando o currículo em</p><p>cinco campos de experiência que contemplam todas as dimensões do</p><p>desenvolvimento infantil. Esses campos de experiência são: O Eu, o Outro e o</p><p>Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Traços, Sons, Cores e Formas; Escuta, Fala,</p><p>Pensamento e Imaginação; e Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e</p><p>Transformações.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>O primeiro resultado é um material didático, um ebook chamado com o nome</p><p>da pesquisa que pode auxiliar no modo de refletir sobre as próprias práticas</p><p>pedagógicas de cada profissional da educação, tendo em vista que o ebook</p><p>traz esclarecimentos sobre como as gerações aprendem e importantes</p><p>203</p><p>informações sobre a aprendizagem significativa, a utilização do Kahoot,</p><p>WhatsApp e Google Forms.</p><p>Como a pesquisa está em andamento, novas informações serão</p><p>acrescentadas. A participação na prática dos docentes, será um fio condutor</p><p>importante para alcançar o resultado esperado nesse trabalho. Uma prática</p><p>consolidada dos profissionais de educação para a utilização das ferramentas</p><p>tecnológicas, desenvolvendo planejamentos convidativos, esclarecedores e</p><p>com a participação das experiências que o aluno traz nas suas vivências.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Espera-se que ao final desta pesquisa os profissionais da educação possam</p><p>utilizar as tecnologias em sua prática docente como aliadas e desenvolvam o</p><p>letramento digital, agrupando a tecnologia e o ensinar como prática diária no</p><p>seu planejamento pensando numa visão centrada nas pessoas.</p><p>204</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, A. B. de; A., S. da S. F.; ESPÍRITO S., A. C. do; MÓL, A. C. de A.;</p><p>SIQUEIRA, A. P. L. A formação continuada mediada pelas novas tecnologias</p><p>digitais em parceria com as famílias no ambiente escolar. Revista Educação</p><p>Pública, Rio de Janeiro, v. 23, nº 2</p><p>BIAGGI, G. Q. F.; LOPES, V. F.; SILVA, M. A.; CONRADO, L. M. de; OLIVEIRA, E. da</p><p>S. G. de. O uso das tecnologias digitais na educação infantil: para favorecer as</p><p>habilidades de professores e alunos nesse novo tempo digital. REVISTA Carioca</p><p>de Ciência, Tecnologia e Educação, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 2–14, 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF:</p><p>MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em:</p><p>17 de maio de 202.</p><p>GARCIA, G. R., & LABRE, T. H. M. (2021). O DESAFIO PEDAGÓGICO DA</p><p>GERAÇÃO ALPHA. Culturas & Fronteiras, 5(1), 39-58.</p><p>MORAN, J. Novos desafios para os professores, hoje. Blog Educação</p><p>Transformadora - eca.usp.br/moran. Publicado em 20/01/2024</p><p>https://moran10.blogspot.com/2024/01/novos-desafios-para-os-professores-</p><p>hoje.html</p><p>LIMA, H. M. F. de. A relação do uso da Tecnologia na Educação Infantil – Uma</p><p>construção de conhecimento. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-</p><p>Graduação em Mídias na Educação) – Universidade Federal de Juiz de Fora,</p><p>Juiz de Fora, 2018. Disponível em:</p><p>https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/8864/1/hannahmoreiraferrazdeli</p><p>ma.pdf. Acesso em:</p><p>cegas ou com deficiência visual,</p><p>tornando a literatura acessível a um público.</p><p>-Aprendizado Multissensorial: Ouvir e ler ao mesmo tempo, conhecido como</p><p>leitura auditiva simultânea, é uma abordagem eficaz para a compreensão de</p><p>texto.</p><p>-Introdução à Narrativa: Os audiolivros muitas vezes incluem narrações</p><p>expressivas e efeitos sonoros que podem tornar a história mais envolvente e</p><p>ajudar os alunos a compreenderem os elementos da narrativa, como</p><p>personagens, enredo e ambiente.</p><p>-Apoio à Compreensão de Texto: Ouvir um texto pode ajudar os alunos a</p><p>compreender a estrutura textual e facilita a expressão na produção de texto.</p><p>28</p><p>Introdução</p><p>O ensino por investigação é uma metodologia que traz para a sala de aula as</p><p>etapas da investigação científica, permitindo que os alunos não apenas aprendam</p><p>o conteúdo científico, mas também compreendam a natureza desse</p><p>conhecimento (Campos; Scarpa, 2018). Essa abordagem orienta o professor em</p><p>suas ações, ajudando os alunos a entenderem o que é uma investigação didática</p><p>e a construírem conhecimento a partir de questões de pesquisa (Alves; Bego,</p><p>2020).</p><p>Carvalho (2013) enfatiza que o papel do professor, especialmente nas aulas de</p><p>ciências, é guiar os alunos na busca por evidências a partir de um problema,</p><p>promovendo reflexões que levam à construção de novo conhecimento. Criar um</p><p>ambiente investigativo nas aulas é crucial para que os alunos ampliem</p><p>gradativamente sua cultura científica.</p><p>A alfabetização científica deve começar na escola e se desenvolver em situações</p><p>formais e não formais de ensino, sendo um processo contínuo (Sasseron;</p><p>Carvalho, 2008). Segundo Tabosa, Albuquerque e Malheiro (2023), essa</p><p>abordagem didática favorece o desenvolvimento de competências associadas ao</p><p>aprendizado de conceitos e procedimentos científicos, colocando o estudante no</p><p>centro do processo de aprendizagem e promovendo a apropriação crítica do</p><p>conhecimento em contextos reais.</p><p>Lazarim et al. (2022) destacam a importância de implementar a alfabetização</p><p>científica desde a Educação Infantil, aproveitando a curiosidade natural das</p><p>crianças para iniciar esse processo desde cedo.</p><p>INVESTIGAÇÃO COMO PILAR DO CONHECIMENTO:</p><p>ESTRATÉGIAS E PRÁTICAS NO ENSINO POR</p><p>INVESTIGAÇÃO</p><p>Mariza Sodré</p><p>29</p><p>Ensino de Ciências por Investigação e BNCC</p><p>A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que orienta a</p><p>organização dos currículos escolares, definindo um conjunto de aprendizagens</p><p>essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica.</p><p>A BNCC estabelece conhecimentos, competências e habilidades esperadas para</p><p>os estudantes, guiada pelos princípios éticos, políticos e estéticos das Diretrizes</p><p>Curriculares Nacionais da Educação Básica.</p><p>O documento especifica metas para cada etapa da educação escolar:</p><p>Educação Infantil (EI): Foca nos direitos de aprendizagem, desenvolvimento e</p><p>campos de experiências.</p><p>Ensino Fundamental (EF): Organiza-se em áreas de conhecimento e</p><p>componentes curriculares.</p><p>Ensino Médio (EM): Segue uma estrutura semelhante ao EF, mas inclui</p><p>itinerários formativos.</p><p>Além disso, Araújo e Justina (2022) destacam a importância da investigação nas</p><p>aulas de Ciências, promovendo um aprendizado mais contextualizado e prático.</p><p>Esse método incentiva os alunos a perceberem a presença da Ciência no</p><p>cotidiano, criando e testando hipóteses para resolver questionamentos através da</p><p>curiosidade investigativa.</p><p>Sequências Didáticas de ensino investigativas permeadas por TDIC</p><p>Sequências Didáticas são conjuntos de atividades organizadas de forma</p><p>contínua, com o objetivo de ensinar um conteúdo específico passo a passo,</p><p>centrado em uma problematização (Arantes, 2022). No contexto do Ensino por</p><p>Investigação, as Sequências Didáticas de Ensino Investigativas (SEI) são</p><p>planejadas para proporcionar aos estudantes experiências práticas dessa</p><p>abordagem. Moura e Fireman (2023) destacam que as SEI variam conforme a</p><p>área de ensino e requerem pesquisa aprofundada para garantir que as habilidades</p><p>científicas necessárias sejam desenvolvidas.</p><p>30</p><p>Um ponto crucial é a escolha do problema a ser investigado. Carvalho (2013)</p><p>enfatiza que o problema deve ser bem planejado e estar dentro do referencial</p><p>teórico dos alunos, para que eles se envolvam na busca por soluções. Esse</p><p>envolvimento permite que os estudantes utilizem seus conhecimentos prévios,</p><p>levantem hipóteses e as testem para resolver o problema. Assim, as SEI não</p><p>apenas transmitem conteúdo, mas também incentivam o desenvolvimento de</p><p>habilidades investigativas e científicas nos alunos.</p><p>As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) podem favorecer a</p><p>elaboração, circulação e partilha de dados e informações, além da produção de</p><p>conhecimento. É necessário investir na alfabetização digital, ou competência</p><p>digital, que envolve o uso crítico das TDIC, contribuindo para um ensino</p><p>investigativo. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) orienta que os alunos</p><p>devem entender, usar e criar tecnologias digitais de forma crítica, significativa,</p><p>reflexiva e ética. O uso didático-pedagógico das TDIC é essencial para comunicar,</p><p>aprender e motivar professores e estudantes, promovendo a equidade e</p><p>qualidade educacional, além de melhorar a gestão escolar e o desenvolvimento</p><p>profissional dos docentes.</p><p>Conclusão</p><p>O texto destaca a importância de proporcionar, desde o início da educação</p><p>escolar, um ensino que permita aos alunos desenvolver autonomia para pensar e</p><p>agir em situações cotidianas. Para isso, os professores devem adotar</p><p>modalidades didáticas que possibilitem a construção do conhecimento científico</p><p>a partir das vivências dos alunos.</p><p>As Sequências Didáticas são ferramentas que ajudam os professores a organizar</p><p>o ensino de forma sequencial, promovendo a autonomia dos alunos quando</p><p>baseadas em um ensino crítico, criativo e tecnológico. O ensino por investigação</p><p>é enfatizado como uma metodologia ativa que incentiva os alunos a</p><p>desenvolverem o pensamento científico de maneira crítica e prática, com o</p><p>professor atuando como mediador.</p><p>31</p><p>Nesse contexto, as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC)</p><p>são vistas como um suporte valioso para o Ensino por Investigação, devido ao</p><p>seu potencial de gerar, difundir e compartilhar diversas formas de representação</p><p>do conhecimento. Assim, as sequências didáticas investigativas são</p><p>consideradas promissoras, especialmente no que tange ao protagonismo do</p><p>aluno e à integração com a tecnologia. O texto serve como um auxílio para</p><p>professores que desejam implementar o desenvolvimento do pensamento</p><p>científico em sala de aula, promovendo atividades que incentivem a reflexão</p><p>crítica, práticas e tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem.</p><p>Referências</p><p>ALVES, M.; BEGO, A. M. A. Celeuma em Torno da Temática do Planejamento</p><p>Didático-Pedagógico: Definição e Caracterização de seus Elementos</p><p>Constituintes. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, p. 71-96,</p><p>2020.</p><p>ARANTES, S. Sequência didática fundamentada na Aprendizagem Significativa</p><p>como facilitadora no processo de alfabetização e letramento mediada pelas</p><p>tecnologias digitais. 1 ed, Curitiba, Appris, 2022.</p><p>ARAÚJO, L.C.M.; JUSTINA, L.A.D. O ensino investigativo como abordagem</p><p>metodológica para alfabetização científica: enfoque na Base Nacional Comum</p><p>Curricular. ACTIO, Curitiba, v. 7 n. 2, p. 1-22, mai./ago. 2022.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2017.</p><p>CAMPOS, N.F.; SCARPA, D.L. Que desafios e Possibilidades Expressam os</p><p>Licenciandos que Começam a Aprender sobre Ensino de Ciências por</p><p>Investigação? Tensões entre Visões de Ensino Centradas no Professor e no</p><p>Estudante. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, p. 727-759,</p><p>agosto, 2018.</p><p>32</p><p>CARVALHO, A.M.P. O ensino de Ciências e a proposição de sequências de ensino</p><p>investigativas. In: CARVALHO, A.M.P. Ensino de Ciências por Investigação:</p><p>condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning,</p><p>2013. p.01-20.</p><p>____. Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Ensino por Investigação. Revista</p><p>Brasileira de Pesquisa</p><p>15 de maio de 2024.</p><p>PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, v. 9, n. 5, p. 1-6,</p><p>2001.</p><p>205</p><p>TECNOLOGIAS DIGITAIS ASSISTIVAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E</p><p>ADULTOS SURDOS DA EJA</p><p>Rosemary Lúcia dos Santos Moraes 1</p><p>Cláudio Henrique dos Santos Grecco 2</p><p>Mariza Sueli de Oliveira Sodré 3</p><p>RESUMO</p><p>O avanço das tecnologias digitais tem contribuído para a cidadania dos surdos,</p><p>com o uso de Libras em celulares e outras mídias. Essas tecnologias oferecem</p><p>ferramentas visuais importantes para a aprendizagem dos alunos surdos.</p><p>Portanto, é essencial que professores conheçam e utilizem essas tecnologias</p><p>para promover o ensino e aprendizagem desses alunos. O método empregado</p><p>na pesquisa foi a abordagem qualitativa descritiva sobre a sustentação teórica,</p><p>a fim de trazer melhorias para a prática profissional. A pesquisa visa reflexão a</p><p>respeito do surgimento, expansão e o acesso às novas tecnologias digitais, que</p><p>venham contribuir para a educação e cidadania das pessoas surdas. Dentre os</p><p>resultados esperados tem-se a ampliação do conhecimento dos participantes</p><p>referentes a potencialidade da tecnologia assistivas (TA) na educação. Assim</p><p>como, a expertise no uso ativo das ferramentas digitais assistivas que atendam</p><p>as demandas específicas dos alunos. Espera-se que as complexidades em</p><p>utilizar as TA na educação dos alunos surdos da EJA possam ser amenizadas</p><p>através da aplicação formativa junto aos docentes, possibilitando novas</p><p>reflexões em buscas melhorias e soluções futuras para que a utilização da</p><p>tecnologia assistiva possa ser uma ferramenta efetiva de apoio nos processos</p><p>educacionais.</p><p>Palavras-chave: Tecnologia, Tecnologia Assistiva, Aluno Surdo, Formação do</p><p>Professor</p><p>1 Gestora Ambiental. Mestranda do Mestrado profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação do</p><p>Centro Universitário UniCarioca - RJ, arghus2013@gmail.com</p><p>2 Professor orientador: Pós-Doutor. Docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na</p><p>Educação, do Centro Universitário - UniCarioca - RJ, cgrecco@unicarioca.edu.br</p><p>3 Professora coorientadora: Doutora. Docente do Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na</p><p>Educação, do Centro Universitário UniCarioca – RJ, msilva@unicarioca.edu.br</p><p>206</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O desenvolvimento tecnológico é crescente e requer respostas adaptáveis de</p><p>todas as áreas de atuação, não deixando de fora as interações pessoais entre</p><p>as pessoas, assim como as formas e meios de comunicação. Os processos de</p><p>renovação das tecnologias estão presentes nas práticas pedagógicas que</p><p>necessitam adaptar-se para atender e entender o papel do professor nesta fase</p><p>da educação midiática.</p><p>A expansão e o acesso às novas tecnologias digitais, vêm contribuindo para a</p><p>cidadania das pessoas surdas que já as utilizam, como o uso de celulares e</p><p>outras mídias.</p><p>Embora as tecnologias digitais oferecem um vasto leque de oportunidades para</p><p>melhorar o acesso ao conhecimento e promover a aprendizagem inclusiva, a</p><p>realidade enfrentada pelos surdos ao utilizar essas ferramentas é muitas vezes</p><p>marcada por dificuldades significativas, desde questões de acessibilidade até a</p><p>adaptação de conteúdos e a formação adequada dos educadores, há uma série</p><p>de obstáculos a serem enfrentados para garantir que as tecnologias digitais</p><p>atendam às necessidades específicas dessa comunidade.</p><p>Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) estimam</p><p>que cerca de 10 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência</p><p>auditiva. Pensar a educação dos surdos no país nos remete a uma longa</p><p>trajetória de desafios. As dificuldades enfrentadas no dia a dia escolar são</p><p>muitas quando se trata da educação e aprendizado de alunos surdos.</p><p>O tema se justifica, em entender e buscar respostas positivas, para o professor</p><p>que necessita ter conhecimento sobre as possibilidades que a tecnologia</p><p>oferece, para a garantia do ensino e aprendizagem dos alunos surdos. Assim, o</p><p>objetivo da pesquisa está em propor uma metodologia para auxiliar no</p><p>processo de ensino e aprendizagem do aluno surdo da educação de Jovens e</p><p>Adultos (EJA).</p><p>Nesse sentido, tem-se a importância das tecnologias assistivas (TA) como</p><p>recursos e serviços e visam promover a funcionalidade, independência</p><p>207</p><p>e inclusão social das pessoas com deficiência. O problema que se quer</p><p>investigar nesta pesquisa são as barreiras encontradas no uso das TA na</p><p>educação dos discentes surdos da Educação da (EJA).</p><p>METODOLOGIA</p><p>A pesquisa está baseada na abordagem qualitativa de caráter bibliográfico e</p><p>quanto aos objetivos descritivos (fará a leitura das respostas da ferramenta</p><p>google forms), conduzida pela ação participante e coleta de dados. A análise</p><p>qualitativa seguirá as etapas: Diário de Campo, Experiência de vida; Entrevistas</p><p>que serão transcritas para texto, a fim de serem analisadas e compreendidas e</p><p>finalmente categorizadas. A tabulação dos dados será realizada pelo Excel.</p><p>Inicia com uma abordagem qualitativa de caráter preliminar com a intenção de</p><p>conceituar e identificar as TA disponíveis para o aluno surdo da EJA, buscando</p><p>a possível solução do problema. Após a revisão bibliográfica, a pesquisa</p><p>preliminar se caracterizará pela observação participante da pesquisa. A</p><p>observação será através da interação, coleta de dados, com a intenção de</p><p>perceber, escutar e examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar.</p><p>A intervenção será por meio de práticas pedagógicas relacionadas a novas</p><p>tecnologias voltadas à educação de surdos. Após as duas etapas da pesquisa</p><p>preliminar (Revisão Bibliográfica e Observação Participante), a pesquisa será</p><p>aplicada no campo e seguirá as seguintes etapas: I) Criar um instrumento de</p><p>coleta de dados com respostas abertas, não limitadas, para identificar as</p><p>dificuldades com o uso das tecnologias no cotidiano da escola e fazer gravação</p><p>de vídeo pela especificidade do local da pesquisa; II) Analisar as dificuldades</p><p>com o uso das tecnologias no cotidiano da escola de forma interativa com os</p><p>participantes; III) Propor uma sequência didática para capacitar o professor</p><p>buscando reduzir as dificuldades em utilizar as tecnologias. IV) Avaliar a</p><p>sequência didática e observar de forma crítica e resgatar as experiências</p><p>obtidas durante todo o processo que será devidamente registrado. Esta</p><p>avaliação é dos professores que participaram da formação.</p><p>Após, o professor pesquisador fará o Relato de Experiência, registrando de</p><p>forma avaliativa e crítica toda a vivência conjunta e resgatando as experiências</p><p>obtidas durante todo o processo, que foi devidamente registrado.</p><p>208</p><p>Após os resultados da análise de dados da pesquisa será produzido do material</p><p>didático em forma de livro digital com a intenção de ser um guia para auxiliar</p><p>nas práticas educacionais, na aprendizagem e utilização das modernas</p><p>tecnologias digitais educacionais que levem em conta a realidade histórica e</p><p>cultural dos discentes surdos.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>O Comitê de Ajudas Técnicas (CAT), criado em 2006, pela Secretaria Especial</p><p>dos Direitos Humanos da Presidência da República, é o órgão responsável pela</p><p>elaboração do conceito nacional de Tecnologia Assistiva e pela apresentação</p><p>de propostas para políticas públicas, parcerias entre a sociedade civil e órgãos</p><p>públicos na área de Tecnologia Assistiva.</p><p>A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, explicita o conceito de</p><p>tecnologias assistivas como: produtos, equipamentos, dispositivos, recursos,</p><p>metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a</p><p>funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com</p><p>deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia,</p><p>independência, qualidade de vida e inclusão social. (Lei nº 13.146/2015).</p><p>Segundo Gonçalves (2023), a importância do tema está nas pesquisas</p><p>realizadas no ambiente dos Institutos Federais que visam o desenvolvimento</p><p>das tecnologias assistivas com o intuito de melhorias para as comunidades e</p><p>estão diretamente voltadas para as políticas públicas.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Os principais benefícios do uso da tecnologia digital assistiva</p><p>na educação dos</p><p>discentes surdos, dentre outros, têm-se os de softwares de tradução de Libras</p><p>que visa, facilitar o acesso à dos alunos surdos às informações apresentadas</p><p>em sala de aula, em atividades educacionais e em materiais didáticos. Assim</p><p>como auxiliar na comunicação entre surdos e ouvintes, possibilitando uma</p><p>interação mais eficaz em diferentes contextos educacionais, a autonomia</p><p>209</p><p>do aluno surdo, permitindo que ele compreenda melhor as informações e</p><p>participe ativamente das atividades acadêmicas, além de promover a inclusão</p><p>digital, ao utilizar essas tecnologias, os alunos surdos podem se beneficiar do</p><p>avanço da tecnologia, desenvolvendo habilidades digitais essenciais para sua</p><p>formação e inserção no mercado de trabalho.</p><p>Os resultados preliminares da pesquisa contam com a produção do material</p><p>didático em forma de livro digital. O livro digital tem a intenção de ser um guia</p><p>para auxiliar nas práticas educacionais, na aprendizagem e utilização das</p><p>modernas tecnologias digitais educacionais que leve em conta a realidade</p><p>histórica e cultural dos discentes e sua forma de se comunicar, aguçando o</p><p>interesse no aprender de forma significativa facilitando a criação de uma</p><p>sequência didática (SD) no processo do letramento digital do aluno surdo da</p><p>EJA.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Tendo em vista, os aspectos observados, considera-se que as dificuldades em</p><p>utilizar as novas tecnologias aplicadas à educação com os alunos surdos da</p><p>EJA poderão ser amenizadas com a aplicação formativa junto aos docentes,</p><p>destacando a importância das tecnologias como meio de inclusão potente na</p><p>educação, em especial do aluno surdo da EJA, e a partir da avaliação dos</p><p>instrumentos de coleta de dados, refletir e buscar melhorias e soluções futuras</p><p>para que a utilização da tecnologia digital possa ser uma ferramenta efetiva de</p><p>apoio nos processos educacionais.</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Aos meus estimados Professores e Orientadores,</p><p>Gostaria de expressar a minha mais profunda gratidão pelo apoio e orientação</p><p>ao longo deste percurso acadêmico. Os seus conhecimentos, paciência e</p><p>dedicação foram fundamentais para o meu crescimento pessoal e profissional.</p><p>Cada conselho, cada correção e cada palavra de incentivo foram essenciais</p><p>para que eu pudesse superar os desafios e alcançar os meus objetivos.</p><p>210</p><p>Agradeço por acreditarem no meu potencial, por me motivarem a ir além dos</p><p>meus limites e por estarem sempre disponíveis para me ajudar. Este sucesso</p><p>não seria possível sem o seu incansável apoio. Com toda a minha consideração</p><p>e respeito.</p><p>211</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da</p><p>Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). 2015</p><p>BRASIL. Ata VII – Comitê de Ajudas Técnicas – CAT. Secretaria Especial dos</p><p>Direitos Humanos da Presidência da República (CORDE/SEDH/PR). 2007.</p><p>Disponível para download em:<</p><p>http://www.comunicacaoalternativa.com.br/artigos-cientificos>. Acesso em: 15</p><p>julho. 2024.</p><p>GONÇALVES, Leonardo Borges. As iniciativas de inclusão e de desenvolvimento</p><p>de tecnologias assistivas em Instituições Federais de Ensino no Estado do Rio</p><p>de Janeiro.2023.</p><p>INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo</p><p>Brasileiro de 2010.Revista Educação Pública, v. 23, nº 17, 9 de maio de 2023.</p><p>Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/23/17/as-</p><p>iniciativas-de-inclusao- e-de-desenvolvimento-detecnologias-assistivas-em-</p><p>instituicao-federal-de-ensino- no-estado-do-rio-de-janeiro. Acesso em: 15 julho.</p><p>2024.</p><p>212</p><p>ATIVIDADES PLUGADAS E DESPLUGADAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>NO APRENDIZADO DO PENSAMENTO COMPUTACIONAL</p><p>Sabrina C. da S. Ticon [1]</p><p>Ana Paula Legey [2]</p><p>Antônio Carlos Mól [3]RESUMO</p><p>Este resumo expandido apresenta a aplicação de uma sequência didática (SD)</p><p>que integra interdisciplinarmente a Cultura Digital aos campos de experiência</p><p>da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil (EI), visando</p><p>desenvolver o Pensamento Computacional (PC) em crianças de 3 anos de idade</p><p>por meio de atividades plugadas (com o uso de hardware) e desplugadas (sem</p><p>o uso de hardware). A metodologia adotada é qualitativa e aplicada, focada em</p><p>descrever, compreender e explicar o comportamento dos alunos da EI em</p><p>interações com profissionais de educação, utilizando um experimento com</p><p>atividades plugadas e desplugadas. Os resultados obtidos demonstraram a</p><p>eficácia desta abordagem para EI de forma acessível e replicável mesmo para</p><p>professores com pouca ou nenhuma experiência em computação.</p><p>Palavras-chave: Pensamento Computacional, Educação Infantil, Cultura Digital.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O avanço exponencial das tecnologias digitais de informação e comunicação</p><p>(TDIC), impõe novos desafios aos processos educacionais, exigindo</p><p>adaptações e inovações constantes. A Base Nacional Comum Curricular</p><p>(BNCC) (BRASIL, 2017), reconhece a importância do desenvolvimento da</p><p>competência geral “Cultura Digital”, que deve permear todas as áreas do</p><p>conhecimento desde a Educação Infantil. Neste contexto, a Sociedade</p><p>Brasileira de Computação (SBC), alinhada à BNCC, enfatiza a relevância</p><p>[1] Doutoranda pelo Curso de Novas Tecnologias Digitais na Educação do Centro Universitário Carioca - RJ,</p><p>autorprincipal@email.com;</p><p>[1] Professora Orientadora: D XXXXX da Universidade Federal - UF, coautor1@email.com;</p><p>[1] Professor Orientador: XXXXX da Universidade Estadual - UE, coautor2@email.com;</p><p>mailto:autorprincipal@email.com</p><p>mailto:coautor1@email.com</p><p>mailto:coautor2@email.com</p><p>213</p><p>do ensino do Pensamento Computacional (PC) como um aspecto crucial a ser</p><p>incorporado nas escolas. (SBC, 2009).</p><p>Recentemente, nas Normas sobre Computação na Educação Básica -</p><p>Complemento à BNCC, em 2022 (BRASIL, 2022), o PC ganhou destaque como</p><p>um dos eixos centrais do trabalho pedagógico com as tecnologias digitais na</p><p>Educação Básica, apresentando duas abordagens principais para seu</p><p>desenvolvimento na Educação Infantil: a abordagem plugada, que utiliza meios</p><p>digitais, e a desplugada, que não faz uso de tais meios. A abordagem</p><p>desplugada, em particular, oferece a vantagem de empregar recursos simples e</p><p>acessíveis, tornando-se um recurso valioso na nesta etapa escolar, respeitando</p><p>as especificidades dessa faixa etária.</p><p>Diante desse panorama, o presente estudo propõe uma sequência didática (SD)</p><p>para o desenvolvimento do PC na Educação Infantil (BAZHUNI et al, 2021)</p><p>incorporando tanto atividades plugadas, com o uso de hardware e software,</p><p>quanto desplugadas, sem o uso desses recursos. Este enfoque leva em</p><p>consideração as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP,</p><p>2019-2021) sobre o limite diário de exposição às telas para crianças entre 2 a 5</p><p>anos, destacando a importância de atividades motoras para este grupo etário.</p><p>Além disso, visa os seguintes objetivos específicos: 1) proporcionar</p><p>experiências com noções básicas do PC por meio de um aplicativo para</p><p>crianças de três anos; 2) realizar atividades desplugadas que permitam a</p><p>vivência do PC usando o próprio corpo como referência; e 3) abordar os cinco</p><p>campos de experiência propostos pela BNCC na organização curricular da</p><p>Educação Infantil.</p><p>PENSAMENTO COMPUTACIONAL</p><p>A Relevância do Pensamento Computacional na Educação</p><p>O termo Pensamento Computacional foi cunhado pela cientista estadunidense</p><p>Jeannette Wing em 2006. Segundo Wing (2006), esta habilidade humana se</p><p>sustenta em quatro pilares: decomposição, reconhecimento de padrões,</p><p>abstração e algoritmo.</p><p>214</p><p>Embora esta técnica de resolução de problemas seja muito utilizada por</p><p>programadores e cientistas da Computação, seus quatro pilares não apenas</p><p>facilitam a resolução de problemas computacionais complexos de forma</p><p>eficiente, mas também são aplicáveis em situações cotidianas.</p><p>O professor e pesquisador, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -</p><p>UFRGS, Cristiam Brackman explica os quatro pilares do PC (2017):</p><p>O Pensamento Computacional envolve identificar um problema</p><p>complexo e quebrá-lo em pedaços menores e mais fáceis de</p><p>gerenciar (DECOMPOSIÇÃO). Cada um desses problemas</p><p>menores pode ser analisado</p><p>individualmente com maior</p><p>profundidade, identificando problemas parecidos que já foram</p><p>solucionados anteriormente (RECONHECIMENTO DE</p><p>PADRÕES), focando apenas nos detalhes que são importantes,</p><p>enquanto informações irrelevantes são ignoradas</p><p>(ABSTRAÇÃO). Por último, passos ou regras simples podem</p><p>ser criados para resolver cada um dos subproblemas</p><p>encontrados (ALGORITMOS). Seguindo os passos ou regras</p><p>utilizadas para criar um código, é possível também ser</p><p>compreendido por sistemas computacionais e,</p><p>consequentemente, utilizado na resolução de problemas</p><p>complexos eficientemente, independentemente da carreira</p><p>profissional que o estudante deseja seguir (BRACKMAN, 2017,</p><p>p. 33).</p><p>Aqui fica claro a interdependência dos quatro pilares do PC e que esta</p><p>abordagem sistemática de resolução de problemas pode ser utilizada não só na</p><p>área computacional, mas também em outras áreas de conhecimento. A</p><p>dualidade apresentada entre as ações cotidianas despretensiosas e as ações</p><p>sistematizadas desta habilidade humana aplicada em processos</p><p>computacionais mostra a aplicabilidade universal do PC, estendendo-se além</p><p>dos limites da computação para influenciar a maneira como enfrentamos</p><p>desafios rotineiros.</p><p>Segundo Zapata-Ross (2015), pesquisador espanhol nesta área, os quatro</p><p>pilares do PC podem ser expandidos em outras 15 habilidades, abrangendo</p><p>aspectos cognitivos como criatividade e metacognição, experiências pessoais</p><p>como heurística e cinestesia, e habilidades socioemocionais como colaboração</p><p>e trabalho em equipe.</p><p>215</p><p>Essa expansão destaca a complexidade e a abrangência do PC, sublinhando</p><p>sua relevância para o desenvolvimento integral dos estudantes.</p><p>No contexto da Educação Infantil, Resnick (2013) argumenta que as crianças</p><p>possuem características inerentes à sua idade que podem ser canalizadas para</p><p>uma nova abordagem em relação às tecnologias digitais, inclusive o</p><p>desenvolvimento do PC. Habilidades como recursividade e iteração,</p><p>fundamentais para a prática da programação, são naturalmente presentes nas</p><p>crianças e podem ser cultivadas para fomentar a criatividade, a resolução de</p><p>problemas e a colaboração desde tenra idade, cidadãos produtivos na era</p><p>digital.</p><p>Atividades Plugadas e Desplugadas</p><p>Embora não tenha utilizado o termo pensamento computacional, Seymour</p><p>Papert (1994), criador da linguagem de programação logo para crianças, já</p><p>defendia os inúmeros benefícios da programação que envolvem, além de</p><p>aspectos relacionados à Matemática, a persistência diante de desafios, a</p><p>reflexão e a metacognição. A linguagem logo deu origem ao Scracht, um</p><p>ambiente virtual interativo que trabalha com a programação visual por blocos.</p><p>Assim, ao invés de escrever os códigos, o usuário pode montar sua</p><p>programação por meio de blocos coloridos (SCRATCH BRASIL, 2014).</p><p>Influenciado por Jean Piaget (1973) sobre o papel ativo das crianças em seu</p><p>processo de aprendizado, Papert adotou o termo "construcionismo" para</p><p>descrever sua concepção de que as crianças, ao usar o computador como uma</p><p>ferramenta, estavam ativamente construindo seu conhecimento, ensinando ao</p><p>computador e não o contrário. A interação com o computador por meio da</p><p>programação fornece um feedback imediato capaz de proporcionar uma</p><p>autorregulação no processo de aprendizagem, além de promover "ideias</p><p>poderosas". (PAPERT, 1994)</p><p>No entanto, o desenvolvimento do PC não precisa estar limitado apenas aos</p><p>limites das linguagens de programação. Existe um movimento internacional</p><p>conhecido como Unplugged Computing, que busca desmistificar e difundir o</p><p>conhecimento da Ciência da Computação por meio de atividades concretas</p><p>216</p><p>que não requerem o uso de hardware ou software, denominadas atividades</p><p>desplugadas (BELL; WITTEN; FELLOWS, 2011).</p><p>Tais atividades constituem-se como uma excelente forma de desenvolver o PC</p><p>para iniciantes e para estudantes da Educação Infantil. (SBC, 2019). Para isso,</p><p>utilizam-se materiais simples como giz, cartões ou até mesmo o próprio corpo.</p><p>Neste último caso, as crianças recebem instruções específicas que simulam os</p><p>comandos que um programa dá a um computador para executar uma tarefa</p><p>específica. Essas atividades normalmente envolvem conceitos de localização</p><p>espacial (BELL; WITTEN; FELLOWS, 2011).</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>A abordagem interdisciplinar desta pesquisa mostrou-se eficaz na integração</p><p>da Cultura Digital aos campos de experiência da BNCC, com ênfase na</p><p>cooperação, interação social, habilidades motoras e cumprimento de regras.</p><p>Quanto ao desenvolvimento do PC, as crianças foram capazes de seguir etapas</p><p>(decomposição), identificar padrões (reconhecimento de padrões), focar em</p><p>detalhes importantes (abstração) e formar sequências lógicas (algoritmos),</p><p>especialmente no jogo desplugado.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Ao término desta pesquisa entende-se que o Pensamento Computacional não é</p><p>apenas uma ferramenta para programadores e cientistas da computação, mas</p><p>uma habilidade essencial para todos, com implicações significativas para a</p><p>educação.</p><p>Ao promover o desenvolvimento do PC desde a Educação Infantil, estamos</p><p>preparando nossos estudantes para serem pensadores críticos e</p><p>solucionadores eficientes de problemas. Além disso, pode contribuir</p><p>significativamente preparando os alunos para os desafios e oportunidades do</p><p>mundo contemporâneo.</p><p>217</p><p>Para conhecer mais sobre a SD elaborada nesta pesquisa acesse o QR Code a</p><p>seguir:</p><p>218</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BELL, T.; WITTEN, I. H.; FELLOWS, M. Ensinando Ciência da computação sem o</p><p>uso do computador. 2011. Traduzido de Computer Science Unplugged</p><p>(csunplugged.org) por Luciano Porto Barreto. Disponível em:</p><p>https://classic.csunplugged.org/wpcontent/uploads/2014/12/CSUnpluggedTea</p><p>chers-portuguese-brazil-feb-2011.pdf Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>BRACKMANN, C. P. Desenvolvimento do Pensamento Computacional Através</p><p>de Atividades Desplugadas na Educação Básica. Tese (Doutorado em</p><p>Informática na Educação) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto</p><p>Alegre, 2017. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Christian-</p><p>Brackmann-</p><p>2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTA</p><p>CIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/li</p><p>nks/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-</p><p>COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-</p><p>BASICA.pdf Acesso em: 26 mar 14 abr. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho</p><p>Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília,</p><p>MEC/SAEB, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ .</p><p>Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.</p><p>Resolução n°5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares para</p><p>a Educação Infantil. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de dezembro de 2009.</p><p>Seção I, p.18. Disponível em:</p><p>http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/RESCNE005_2009.pdf Acesso</p><p>em: 14 abr. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselho</p><p>Nacional de Educação. Normas sobre Computação na Educação Básica –</p><p>Complemento à Base Nacional Comum Curricular – BNCC (CNE/CEB nº</p><p>2/2022).. Brasília, MEC/SAEB, 2017. Disponível em:</p><p>http://portal.mec.gov.br/docman/fevereiro-2022-pdf/236791-anexo-ao-parecer-</p><p>cneceb-n-2-2022-bncc-computacao/file Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>https://classic.csunplugged.org/wpcontent/uploads/2014/12/CSUnpluggedTeachers-portuguese-brazil-feb-2011</p><p>https://classic.csunplugged.org/wpcontent/uploads/2014/12/CSUnpluggedTeachers-portuguese-brazil-feb-2011</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>https://www.researchgate.net/profile/Christian-Brackmann-2/publication/322684630_DESENVOLVIMENTO_DO_PENSAMENTO_COMPUTACIONAL_ATRAVES_DE_ATIVIDADES_DESPLUGADAS_NA_EDUCACAO_BASICA/links/5a68be2fa6fdcccd01a18d63/DESENVOLVIMENTO-DO-PENSAMENTO-COMPUTACIONAL-ATRAVES-DE-ATIVIDADES-DESPLUGADAS-NA-EDUCACAO-BASICA.pdf</p><p>http://basenacionalcomum.mec.gov.br/</p><p>http://www.seduc.ro.gov.br/portal/legislacao/RESCNE005_2009.pdf</p><p>http://portal.mec.gov.br/docman/fevereiro-2022-pdf/236791-anexo-ao-parecer-cneceb-n-2-2022-bncc-computacao/file</p><p>http://portal.mec.gov.br/docman/fevereiro-2022-pdf/236791-anexo-ao-parecer-cneceb-n-2-2022-bncc-computacao/file</p><p>219</p><p>PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: Repensando a escola na era da</p><p>informática. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1994.</p><p>RESNICK, M. Kindergarten Is the Model for Lifelong Learning. George Lucas.</p><p>Educational Foundation. EDUTOPIA. Mai, 2009. Disponível em:</p><p>https://www.edutopia.org/kindergartencreativity-collaboration-lifelong-learning</p><p>Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO - SBC. Diretrizes para ensino de</p><p>Computação na Educação Básica. Nov, 2019. Disponível em:</p><p>http://www.sbc.org.br/educacao/diretrizes-para-ensino-de-computacao-na-</p><p>educacao-basica Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA - SBP. Manual de Orientação. #MENOS</p><p>TELAS #MAIS SAÚDE. 2019-2021. Disponível em:</p><p>https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-atualiza-recomendacoes-</p><p>sobre-saude-decriancas-e-adolescentes-na-era-digital/ Acesso em: 14 abr.</p><p>2024.</p><p>WING, J. M. Computational Thinking. Communications of the ACM, New York,</p><p>v.49, n.3, p. 33-35. 2006. Disponível em:</p><p>https://dl.acm.org/doi/fullHtml/10.1145/1118178.1118215. Acesso em:</p><p>Acesso em: 14 abr. 2024.</p><p>https://www.edutopia.org/kindergartencreativity-collaboration-lifelong-learning</p><p>http://www.sbc.org.br/educacao/diretrizes-para-ensino-de-computacao-na-educacao-basica</p><p>http://www.sbc.org.br/educacao/diretrizes-para-ensino-de-computacao-na-educacao-basica</p><p>https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-atualiza-recomendacoes-sobre-saude-decriancas-e-adolescentes-na-era-digital/</p><p>https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-atualiza-recomendacoes-sobre-saude-decriancas-e-adolescentes-na-era-digital/</p><p>https://dl.acm.org/doi/fullHtml/10.1145/1118178.1118215</p><p>220</p><p>HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA DOS ESTUDANTES DO 4º ANO</p><p>DO ENSINO FUNDAMENTAL I COM APOIO DE</p><p>TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS</p><p>Vanessa Lanes dos Anjos [1]</p><p>Prof. Marcos Antonio Silva, titulação (MSc).[2]</p><p>Prof. Jorge Eduardo Mansur Serzedello (D. Sc).[3]</p><p>RESUMO</p><p>A pesquisa “Habilidades de leitura e escrita do quarto ano do ensino</p><p>fundamental anos iniciais com apoio de Tecnologias Educacionais”, apresenta</p><p>uma proposta de sequência didática (SD), voltada para a o favorecimento da</p><p>leitura e escrita por meio do gênero textual tirinhas com apoio de tecnologias</p><p>digitais no quarto ano do ensino fundamental anos iniciais. No decorrer da</p><p>pesquisa foi desenvolvido um material didático, intitulado “Minha Tirinha é uma</p><p>Festa!”. com objetivo de auxiliar aos professores com teorias e práticas de</p><p>metodologias ativas na leitura e escrita dos alunos do 4º ano do Ensino</p><p>Fundamental I, com apoio de recursos digitais. A aplicação desta pesquisa</p><p>conseguiu atingir o objetivo esperado, auxiliando no processo de leitura e</p><p>escrita dos estudantes, uma experiência pedagógica imersa em atividades</p><p>digitais, inclusivas e participativas. Os alunos desempenharam um papel ativo</p><p>no processo educacional, tornando-se verdadeiros protagonistas da</p><p>aprendizagem, resultando em significativos avanços no desenvolvimento das</p><p>habilidades de alfabetização, além de uma maior integração com os colegas de</p><p>turma.</p><p>Palavras-chave: Leitura e escrita; Tirinhas; Tecnologias digitais; Ensino</p><p>fundamental; Metodologias ativas</p><p>[1]Mestranda em Novas Tecnologias Digitais na Educação – UNICARIOCA. PEF anos iniciais da Secretaria</p><p>Municipal de Educação do Rio de Janeiro, vanessalanes03@gmail.com</p><p>[1]Doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. UERJ.</p><p>Docente no Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação – UNICARIOCA,</p><p>msilva@unicarioca.edu.br</p><p>[1]Doutor em Informática no Programa de Pós-graduação em Informática (PPGI) da Universidade Federal do</p><p>Rio de Janeiro (UFRJ). Docente no Mestrado Profissional em Novas Tecnologias Digitais na Educação –</p><p>UNICARIOCA, mansur@on.br</p><p>mailto:vanessalanes03@gmail.com</p><p>mailto:msilva@unicarioca.edu.br</p><p>mailto:mansur@on.br</p><p>221</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A alfabetização na idade certa é fundamental para as crianças, pois segundo</p><p>Pieri e Santos (2022), e conforme estipulado pelo documento normativo de</p><p>aprendizagens essenciais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a</p><p>alfabetização deverá ser alcançada até o segundo ano do ensino fundamental I,</p><p>com a finalidade de assegurar o direito elementar de adquirir a habilidade de</p><p>leitura e escrita.</p><p>A razão subjacente à garantia dessas habilidades nos anos iniciais do Ensino</p><p>Fundamental é bastante clara: sem elas, todo o processo de aprendizado</p><p>escolar nos anos subsequentes, em todas as áreas do conhecimento, torna-se</p><p>comprometido.</p><p>Os impactos adversos decorrentes dessas lacunas se evidenciam de maneira</p><p>abrangente ao longo da jornada educativa do discente, culminando no</p><p>agravamento das discrepâncias entre a idade cronológica e o nível escolar</p><p>alcançado, na redução do engajamento com o ambiente escolar, no incremento</p><p>das taxas de abandono dos estudos, na exacerbada ampliação das</p><p>disparidades socioeconômicas e educacionais (Agassiz; Silva, 2021).</p><p>No ano de 2020 a comunidade global confrontou-se diante de um desafio</p><p>considerável em virtude do surgimento da pandemia de COVID-19. Em resposta</p><p>a esse cenário, foram adotadas medidas preventivas, incluindo o isolamento</p><p>social. Na esfera educacional, o fechamento abrupto das instituições escolares</p><p>emergiu como uma das estratégias implementadas para mitigar a propagação</p><p>do vírus (Dantas; Almeida; Cabral, 2024).</p><p>Nesse cenário, é provável que as deficiências pré-existentes, mesmo em alunos</p><p>neurotípicos, tenham sido exacerbadas, dada a interrupção abrupta das</p><p>atividades presenciais e a transição para modelos de ensino remoto, os quais</p><p>nem sempre foram capazes de suprir adequadamente as demandas</p><p>educacionais (Oliveira, 2021).</p><p>Dessa forma, questionou-se o retorno das aulas presenciais na educação</p><p>brasileira após esse período de crise sanitária (COVID-19), pois conforme citam</p><p>Neri e Osorio (2021), antes mesmo de todo processo pandêmico,</p><p>222</p><p>a educação brasileira já enfrentava lacunas na aprendizagem dos alunos, uma</p><p>verdadeira crise na educação.</p><p>Um amplo espectro de desafios emergiu para as crianças em decorrência da</p><p>pandemia, uma vez que aspectos basilares para seu desenvolvimento físico,</p><p>social e cognitivo, tais como consciência fonológica,</p><p>habilidades motoras,</p><p>interação social, vivências práticas e socialização, foram impactados</p><p>adversamente (Sudario; Moreno, 2022).</p><p>Conforme reforçam Dos Santos e Da Silva (2023), após o período pandêmico</p><p>muitos alunos retornaram para o ensino presencial apresentando defasagem</p><p>na aprendizagem. Para Mainardes (2021), a pandemia atingiu de forma mais</p><p>intensa os alunos em processo de alfabetização, visto que não há autonomia</p><p>destes na leitura e na escrita. Consoante à presente análise, emergem</p><p>prementes as demandas que versam sobre a implementação de estratégias</p><p>eficazes visando à superação das lacunas concernentes a falta de</p><p>desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita dos alunos do quarto (4º)</p><p>ano do Ensino Fundamental I.</p><p>A integração eficaz das tecnologias digitais no ambiente educacional pode</p><p>exercer um impacto substancial e benéfico no aprimoramento das</p><p>competências de leitura e escrita dos estudantes. Ademais, a adoção de uma</p><p>abordagem pedagógica que se concentra na utilização do gênero textual das</p><p>tirinhas, combinada com a aplicação de recursos tecnológicos, tais como</p><p>Mentimeter, Word Wall, Kahoot, Storyboard That, WhatsApp e YouTube, emerge</p><p>como uma estratégia inovadora e estimulante para os alunos do 4º ano do</p><p>Ensino Fundamental I.</p><p>Acredita-se que essa abordagem, ao integrar elementos visuais e textuais de</p><p>maneira lúdica e interativa, possa fomentar a compreensão, a criatividade e a</p><p>autonomia dos discentes no processo de aprendizagem da leitura e escrita.</p><p>Além disso, diante do cenário desafiador imposto pela pandemia de COVID-19,</p><p>é plausível supor que as deficiências educacionais pré-existentes tenham sido</p><p>acentuadas, destacando a urgência na busca por metodologias eficazes</p><p>capazes de mitigar o impacto dessas lacunas no desenvolvimento acadêmico</p><p>dos estudantes.</p><p>223</p><p>Portanto, levanto a hipótese de que a integração do gênero textual das tirinhas</p><p>com o uso criterioso de recursos tecnológicos e estratégias pedagógicas</p><p>adequadas pode representar uma solução promissora para impulsionar as</p><p>habilidades de leitura e escrita dos alunos do 4º ano do Ensino Fundamental I,</p><p>preparando-os para os desafios educacionais contemporâneos e futuros.</p><p>OBJETIVOS</p><p>Objetivo Geral</p><p>Propor uma metodologia aliada as tecnologias digitais para favorecer o</p><p>desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita em alunos do 4º do ensino</p><p>fundamental anos iniciais.</p><p>Objetivos Específicos</p><p>Conceituar habilidades de leitura e escrita numa perspectiva moderna.</p><p>Identificar ferramentas digitais que favoreçam o desenvolvimento de</p><p>habilidades de leitura e escrita dos alunos de quarto e quinto do ensino</p><p>fundamental séries iniciais.</p><p>Criar uma sequência didática para trabalhar a alfabetização dos alunos.</p><p>Avaliar a sequência didática.</p><p>METODOLOGIA DE PESQUISA</p><p>A metodologia da pesquisa é essencial, pois segundo Demo (1985), trata das</p><p>formas de se fazer ciência, cuida dos procedimentos, das ferramentas e dos</p><p>caminhos, através da realização de levantamentos de dados e informações</p><p>consistentes que sirvam de embasamento para todo o assunto abordado,</p><p>alcançando assim, uma pesquisa consistente e realista.</p><p>Sendo assim, para o escopo do presente estudo, procedeu-se à realização de</p><p>um levantamento concernente à temática da leitura e escrita dos alunos com</p><p>apoio de tecnologias digitais no ciclo correspondente ao quarto ano do ensino</p><p>fundamental I, verificou-se ser objeto de análise em variadas publicações</p><p>científicas, abrangendo tanto ensaios quanto dissertações acadêmicas,</p><p>224</p><p>autores como, Conte; Kobolt; Habowski, (2022), Canto; Nunes; Rodrigues,</p><p>(2021), Sá, (2023) e Santos, (2022). Tal constatação corrobora esta pesquisa</p><p>dando a ela uma magnitude no âmbito educacional contemporâneo.</p><p>Com o intuito de alcançar os propósitos delineados pela pesquisa, serão</p><p>concebidas estratégias que visem responder ao problema formulado e</p><p>confirmar a hipótese em pauta acerca do processo de alfabetização e</p><p>letramento dos alunos, valendo-se do gênero textual das tirinhas, o que propicia</p><p>a concretização da produção textual mediante a utilização de tecnologias</p><p>digitais (França; Pereira; Silva, 2021).</p><p>Quanto a abordagem da pesquisa apresentada esta será de natureza</p><p>qualitativa. Merriam (1998), entende que a pesquisa de natureza qualitativa</p><p>envolve a obtenção de dados descritivos na perspectiva da investigação crítica.</p><p>O percurso metodológico será conduzido a partir das etapas aqui delineadas,</p><p>na escola municipal Barão do Amparo, situada no bairro de Campinho, na</p><p>cidade do Rio de Janeiro, local onde leciono atualmente como professora</p><p>regente do Fundamental anos iniciais.</p><p>ETAPA 01 - Pesquisa bibliográfica realizada em estudos de artigos;</p><p>ETAPA 02 - Elaboração de uma SD;</p><p>ETAPA 03 - Aplicação da SD.</p><p>ETAPA 04, em paralelo com as outras etapas, ocorrerá a criação</p><p>progressiva do material didático (e-book). Após, será realizada a Análise</p><p>dos dados coletados.</p><p>A Sequência Didática (SD) consiste em um conjunto de atividades planejadas e</p><p>integradas, visando melhorar a dinâmica do processo de ensino e</p><p>aprendizagem. Desta forma, a SD será destinada à participação de alunos do 4º</p><p>ano do Ensino Fundamental I, centrada em atividades voltadas ao estudo do</p><p>gênero textual tirinhas, no âmbito da língua portuguesa, enriquecida por</p><p>recursos digitais.</p><p>No que tange a aplicação da Sequência Didática, as atividades foram</p><p>segmentadas em um período de três dias, durante os quais, para cada atividade</p><p>conduzida, foram delineados objetivos alinhados aos preceitos estabelecidos</p><p>225</p><p>pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando à promoção de um</p><p>ambiente pedagógico enriquecedor para os alunos.</p><p>Uma destas atividades, dentro da Sequência didática, inclui a identificação de</p><p>personagens, cenários, balões de fala e onomatopeias. Além disso, serão</p><p>instigados a reconhecer o propósito humorístico inerente a essas produções.</p><p>Por fim, serão incentivados a elaborar uma tirinha digital por meio da aplicação</p><p>de ferramentas tecnológicas. Na fase final da Sequência didática, se procederá</p><p>à coleta dos questionários preenchidos pelos alunos acerca dos produtos</p><p>desenvolvidos no contexto deste estudo, com a obtenção dos resultados</p><p>através das respostas fornecidas nas autoavaliações. Esse momento avaliativo</p><p>desdobra-se na análise dos resultados obtidos e na elaboração das conclusões</p><p>pertinentes a esta pesquisa.</p><p>REFERENCIAL TEÓRICO</p><p>DOCUMENTOS NORTEADORES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES</p><p>INICIAIS</p><p>O Ensino Fundamental, com uma duração de nove anos, abrange a fase mais</p><p>extensa da Educação Básica, atendendo a estudantes com idades entre 6 e 14</p><p>anos (Brasil, 2018).</p><p>Nos primeiros anos do ensino fundamental, na esfera da educação formal,</p><p>Fernandes e De Azevedo (2024), destacam que é onde ocorre o processo de</p><p>desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.</p><p>Para orientar e garantir a qualidade desse processo de desenvolvimento,</p><p>conforme mencionado por De Aguiar Ricardo et al., (2024), documentos</p><p>norteadores foram elaborados, fornecendo diretrizes e objetivos a serem</p><p>seguidos pelas escolas e educadores, esses escritos desempenham um papel</p><p>fundamental na definição de práticas pedagógicas eficazes e na promoção do</p><p>aprendizado significativo.</p><p>Seguindo efetivamente uma linha do tempo sobre os documentos norteadores</p><p>do ensino fundamental dos anos iniciais, iniciaremos nosso estudo</p><p>226</p><p>detalhando sobre a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB).</p><p>Contextualizar a história da LDB é essencial para entender sua importância.</p><p>Antes de sua promulgação em 1996, o Brasil passou por diferentes legislações</p><p>educacionais, cada uma refletindo as demandas e os desafios de seu tempo. A</p><p>LDB de 1961, por exemplo, foi uma das primeiras leis a estabelecer diretrizes</p><p>para a educação nacional após a promulgação da Constituição de 1946 (Flores,</p><p>2023).</p><p>Porém, foi somente com a Constituição de 1988 que se estabeleceu uma nova</p><p>ordem educacional no país, destacando a educação como um direito de todos e</p><p>um dever do Estado. A LDB de 1996, portanto, surge como uma resposta a esse</p><p>contexto,</p><p>consolidando os princípios constitucionais e atualizando as políticas</p><p>educacionais para enfrentar os desafios contemporâneos (Silva, 2024).</p><p>A LDB estabelece que o requisito mínimo para o exercício da docência no</p><p>ensino básico é a formação, em Universidades e Institutos Superiores de</p><p>Educação, nos cursos de pedagogia e/ou licenciatura plena, Brasil (1996), e os</p><p>princípios, diretrizes e normas que regem a educação no país, abrangendo</p><p>desde a educação infantil até o ensino superior.</p><p>Entre esses princípios, destacam-se a igualdade de condições para o acesso e</p><p>permanência na escola, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o</p><p>pensamento, a valorização dos profissionais da educação, a gestão</p><p>democrática do ensino público e a garantia de padrão de qualidade. Além disso,</p><p>a lei define a educação como um processo que se estende ao longo da vida,</p><p>englobando diferentes modalidades e níveis de ensino (Stopa, 2023).</p><p>Uma das contribuições da LDB, de acordo com Marques de Andrade (2023), foi</p><p>a instituição de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece</p><p>os conteúdos mínimos que devem ser ensinados em cada etapa da educação</p><p>básica.</p><p>A BNCC, conforme apontam De Melo Justino e Dantas (2024) foi promulgada</p><p>em 20 de dezembro de 2017, pelo Ministério da Educação (MEC), contemplando</p><p>as etapas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.</p><p>227</p><p>No ano de 2018, foi lançada a versão do documento que contempla além das</p><p>etapas já inseridas, a inclusão do Ensino Médio.</p><p>Dividida por cinco áreas de conhecimento para o ensino fundamental, a BNCC,</p><p>segundo Ricardo et al., (2024), estabelece os objetos de conhecimento,</p><p>competências e habilidades essenciais as quais todos os estudantes devem</p><p>desenvolver ao longo da educação básica, de acordo com cada ano e faixa</p><p>escolar, ou seja, com a maturidade cognitiva e psicológica da qual o educando</p><p>necessita.</p><p>Durante o percurso da Educação Básica, as aprendizagens fundamentais</p><p>delineadas na BNCC têm o propósito de garantir aos estudantes o progresso</p><p>em dez (10) competências gerais, as quais representam os direitos de</p><p>aprendizado e crescimento no contexto pedagógico e em 5 áreas do</p><p>conhecimento BNCC (2018).</p><p>Segundo Freitas Filho (2020), na BNCC, são encontradas as habilidades que</p><p>necessitam ser adquiridas pelo aluno no 4º ano dos anos iniciais do</p><p>fundamental, sendo imprescritível compreender sua estrutura e organização.</p><p>A competência da BNCC de número 4 da Educação Básica, refere-se à</p><p>capacidade de expressar-se de forma clara, coerente e eficaz, utilizando</p><p>diferentes linguagens, como a verbal, a escrita, a visual e a digital, para se</p><p>comunicar e interagir em diferentes contextos sociais e culturais (Justino;</p><p>Ribeiro, 2024).</p><p>A competência número 5 aborda a Cultura Digital, que diz respeito ao uso</p><p>crítico, reflexivo e responsável das tecnologias digitais para se comunicar,</p><p>acessar e produzir informações e conhecimentos, desenvolvendo habilidades</p><p>para lidar com a diversidade de mídias e linguagens digitais presentes na</p><p>sociedade contemporânea (Dartora, 2020).</p><p>Essas competências, conforme afirmam De Jesus e De Bittencourt (2023),</p><p>visam preparar os estudantes para uma participação ativa e consciente na</p><p>sociedade, promovendo a sua capacidade de se comunicar efetivamente e de</p><p>utilizar as tecnologias digitais de forma ética e responsável.</p><p>228</p><p>Em suma, os documentos norteadores para o ensino fundamental anos iniciais</p><p>conforme observam Saraiva e Paula (2023), desempenham um papel</p><p>fundamental na definição de objetivos, conteúdos e práticas pedagógicas,</p><p>contribuindo para a promoção de uma educação de qualidade e para o</p><p>desenvolvimento integral dos estudantes.</p><p>TEORIAS DA APRENDIZAGEM</p><p>O DESENVOLVIMENTO HUMANO SEGUNDO PIAGET</p><p>De acordo com as teorias de renomados acadêmicos como Piaget e Vygotsky,</p><p>o progresso no desenvolvimento cognitivo segue um caminho através de várias</p><p>fases distintas. Além disso, numerosas pesquisas nesse domínio têm</p><p>desempenhado um papel crucial na compreensão dessas etapas e na evolução</p><p>dos processos de aprendizagem.</p><p>Na visão do estudioso Piaget (1985), as etapas de desenvolvimento da criança</p><p>estão divididas em: Período sensório- motor (0 a 2 anos); período pré-</p><p>operacional (2 a 7 anos); período operacional concreto (7 a 11 anos) e período</p><p>de operações formais (11 a 15 anos).</p><p>As fases correspondentes aos períodos operacionais concretos e às operações</p><p>formais constituem elementos integrantes da formação educacional dos alunos</p><p>pertencentes ao quarto ano do ensino fundamental I, os quais serão explorados</p><p>no âmbito desta pesquisa científica.</p><p>Nesse contexto, a trajetória cognitiva em termos de desenvolvimento reflete</p><p>uma reprodução dos estágios pelos quais o indivíduo atravessa e das</p><p>potencialidades que podem emergir em cada fase, conforme influenciadas por</p><p>interações situacionais.</p><p>Vygotsky, um dos pioneiros nos estudos sobre o desenvolvimento intelectual</p><p>infantil, sustenta que esse processo se dá em decorrência das interações</p><p>sociais e das condições de vida, ou seja, das interações do indivíduo com seu</p><p>ambiente. Para ele, o professor desempenha um papel fundamental no</p><p>processo de aprendizagem, pois atua como intermediário entre o aluno e o</p><p>conhecimento.</p><p>229</p><p>Em conformidade com os princípios de Vygotsky, o autor Lefrançois (2016)</p><p>aborda a teoria sócio-interacionista, a qual analisa a relação íntima entre</p><p>aprendizagem e desenvolvimento, salientando que este último ocorre de fora</p><p>para dentro.</p><p>Vygotsky também apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal.</p><p>Conforme exposto por Lefrançois (2016), ela representa o potencial máximo</p><p>que a criança é capaz de atingir em cada estágio, levando em consideração sua</p><p>idade e maturidade cognitiva.</p><p>A cultura figura como uma das influências primordiais no avanço do</p><p>desenvolvimento mental, e é na esfera escolar que essa dinâmica é vivenciada,</p><p>proporcionando ao indivíduo a oportunidade de se tornar o protagonista de seu</p><p>próprio processo de aprendizagem, onde ele é capaz de construir suas próprias</p><p>informações.</p><p>A análise do desenvolvimento humano abarca as transformações que ocorrem</p><p>ao longo da vida de um indivíduo e que são necessárias para seu progresso.</p><p>Conforme Papalia e Martorel (2022), tais mudanças podem ser agrupadas em</p><p>três domínios primordiais: físico, cognitivo e psicossocial.</p><p>O domínio físico refere-se ao processo de desenvolvimento do corpo e do</p><p>sistema biológico da criança, envolvendo seu crescimento e maturação. Esse</p><p>processo é exemplificado quando um aluno aprende a segurar um lápis, o que</p><p>requer o desenvolvimento tanto da coordenação motora ampla quanto da</p><p>coordenação fina.</p><p>A motricidade está intrinsecamente relacionada ao desenvolvimento do tônus</p><p>muscular e das habilidades motoras da criança. Um bebê, por exemplo, pode</p><p>agarrar objetos, mas ainda não possui a destreza necessária para, por exemplo,</p><p>segurar firmemente um lápis. Atividades como amassar papel, rasgar, brincar</p><p>com pincel, massinha ou argila são cruciais para o desenvolvimento da</p><p>coordenação motora fina. Fora do ambiente escolar, a criança pode não ter</p><p>acesso a essas oportunidades de prática que são fundamentais para o</p><p>desenvolvimento adequado dessa habilidade.</p><p>230</p><p>Por outro lado, o desenvolvimento de esquemas mentais, como escreve Papalia</p><p>e Martorel (2022), é essencial. Na escola, são apresentados problemas que</p><p>desafiam o nível cognitivo da criança, seguindo as orientações dos estudiosos</p><p>Piaget e Vygotsky. Essa abordagem visa aprimorar habilidades como</p><p>memorização, raciocínio lógico e outros processos de aprendizagem.</p><p>Conforme observado por Maia (2021), o desenvolvimento humano associado</p><p>ao controle de emoções abrange diversos aspectos, como a forma como a</p><p>criança lida com seus sentimentos, como os utiliza em seus relacionamentos,</p><p>as mudanças emocionais que experimenta, o desenvolvimento de sua</p><p>personalidade e as interações sociais que estabelece. Essa dimensão abordada</p><p>refere-se ao processo de desenvolvimento psicossocial.</p><p>Assim, para alcançar a alfabetização, é necessário promover o</p><p>desenvolvimento dos aspectos</p><p>físico, cognitivo e psicossocial do aluno, indo</p><p>além do simples aprendizado de letras e palavras. Conforme salientado por</p><p>Torre (2022), a pandemia trouxe atrasos nessas interações e apresentou</p><p>desafios significativos para o processo de alfabetização, exigindo esforços</p><p>adicionais para apoiar o desenvolvimento integral das crianças.</p><p>CONCEITUANDO HABILIDADES DE LEITURA E ESCRITA</p><p>Compreender o processo de alfabetização e letramento é imprescindível em</p><p>uma abordagem que visa fomentar o crescimento e desenvolvimento dos</p><p>alunos na aprendizagem da escrita.</p><p>Possuir, habilidades de leitura e escrita, é fundamental na sociedade da</p><p>informação. Segundo Lima (2022), uma concepção moderna destas</p><p>capacidades abrange a decodificação, ou seja, passar a informação recebida</p><p>para um código compreensível, e, interpretar.</p><p>Além disso, essas competências se aprimoram à medida que novas formas de</p><p>comunicação e tecnologias emergem, ressaltando a importância da adaptação</p><p>e do aprendizado contínuo ao longo da vida.</p><p>Conforme delineado pela BNCC, as habilidades representam os objetivos que</p><p>os estudantes devem alcançar, seja ao término de uma aula específica</p><p>231</p><p>ou ao concluir determinado ciclo educacional. Nesse sentido, é imprescindível</p><p>que os alunos se capacitem a assimilar tais habilidades, demonstrando</p><p>proficiência na aplicação prática dos princípios e conceitos assimilados, ou</p><p>seja, nos conteúdos propostos.</p><p>Destaca-se, sobretudo ao considerar as habilidades pertinentes ao quarto ano</p><p>do ensino fundamental I, que a promoção da capacidade de leitura emerge</p><p>como uma necessidade premente desde os estágios iniciais da infância.</p><p>Conforme destacado por Soares; Miranda; Barin (1999), isso implica que os</p><p>alunos devem ter acesso a materiais de leitura que estejam alinhados com as</p><p>habilidades e metas esperadas para o seu desenvolvimento.</p><p>Segundo Maciel (2015), a boa leitura realiza no estudante uma capacidade</p><p>aumentada em relação ao mundo que ele projeta e é um mecanismo eficaz</p><p>para o processo de aprendizagem, sendo, através dela que novos significados</p><p>são atribuídos ao objeto de estudo, e o reconhecimento do conteúdo lido</p><p>contribui para que os alunos se tornem sujeitos ativos na prática da leitura.</p><p>Conforme enfatizado por Ciríaco (2020), a principal função da leitura reside na</p><p>interpretação do texto para além do seu sentido literal. Essa interpretação vai</p><p>além do que o autor expressou diretamente, abrangendo também o que foi</p><p>sugerido de forma indireta ou subentendido. Esse processo requer uma</p><p>abordagem ativa, que inclui a análise e a síntese das informações presentes no</p><p>texto, com o objetivo de alcançar uma compreensão mais profunda e</p><p>abrangente de seu conteúdo.</p><p>De certo, a leitura transcende a mera decifração de palavras; seu propósito</p><p>reside na compreensão das intenções e mensagens subentendidas do autor,</p><p>demandando uma análise e síntese ativas por parte do educando.</p><p>Sem dúvida, a leitura vai além da simples decodificação de palavras; sua</p><p>finalidade está na compreensão das intenções e mensagens subjacentes do</p><p>autor, o que requer uma análise e síntese ativas por parte do leitor.</p><p>Assim como o ensino da leitura, o aprimoramento da prática pedagógica da</p><p>escrita representa uma modalidade de comunicação essencial.</p><p>232</p><p>A linguagem escrita não surge de maneira espontânea; pelo contrário, é formal</p><p>e codificada, demandando a aquisição de processos formais, sistemáticos e</p><p>codificados. Portanto, não se trata de um processo educativo que ocorre de</p><p>forma natural, mas sim de um processo que deve ser construído de maneira</p><p>específica no ambiente escolar (Martins; Marsiglia, 2022).</p><p>Assim, a escola desempenha um papel central na promoção das habilidades de</p><p>escrita, atuando como a principal facilitadora do processo de alfabetização, que</p><p>é o objetivo primordial da educação em todas as suas modalidades.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Pergunta do questionário realizado com as amostras, gráfico 4.</p><p>Gráfico 4 - Qual parte da aula interativa você achou mais interessante?</p><p>Fonte: Própria autora com dados da tabela pesquisa.</p><p>233</p><p>Analisando o gráfico percebe-se a opinião dos alunos sobre as partes mais</p><p>interessantes de uma aula interativa, comparando duas variáveis: "Uso de</p><p>tecnologia digital em sala de aula" e "Explicações feitas pela professora no</p><p>quadro". Os dados indicam uma preferência significativa pela tecnologia digital,</p><p>com 24 votos, em contraste com apenas 6 votos para as explicações</p><p>tradicionais no quadro.</p><p>A predominância do interesse dos alunos pelo uso de tecnologia digital sugere</p><p>uma tendência crescente de engajamento quando as ferramentas tecnológicas</p><p>são integradas ao ambiente de aprendizado. Esse resultado pode ser atribuído</p><p>ao dinamismo e interatividade que as tecnologias proporcionam, contrastando</p><p>com métodos mais tradicionais de ensino. É importante considerar que a</p><p>familiaridade dos alunos com dispositivos digitais em seu cotidiano pode</p><p>influenciar essa preferência, tornando o aprendizado mais atrativo e acessível.</p><p>Estudos corroboram a noção de que os estudantes valorizam a inclusão de</p><p>tecnologia na educação, alinhando-se com a literatura que enfatiza a</p><p>importância de metodologias de ensino inovadoras para manter os alunos</p><p>engajados.</p><p>Os resultados sugerem que educadores devem considerar integrar mais</p><p>ferramentas digitais nas estratégias de ensino, especialmente em contextos em</p><p>que o engajamento dos alunos é um desafio. No entanto, assim como destaca</p><p>Rebelo (2024), é essencial equilibrar o uso de tecnologia com métodos de</p><p>ensino tradicionais para garantir uma abordagem holística que atenda a</p><p>diferentes estilos de aprendizagem.</p><p>Pergunta do questionário realizado com as amostras, gráfico 5.</p><p>234</p><p>Gráfico 5 - O que você achou de usar durante a aula a plataforma digital</p><p>Wordwall para participar de jogos pedagógicos?</p><p>Fonte: Própria autora com dados da tabela pesquisa.</p><p>O gráfico apresentado detalha as respostas de 30 alunos do 4º ano do ensino</p><p>fundamental dos anos iniciais sobre a utilização da plataforma digital Wordwall</p><p>onde foi realizada jogos pedagógicos, caça palavras e jogo da forca. Todos</p><p>responderam indicaram que acharam a plataforma "Muito legal, deixou a aula</p><p>mais divertida", sem nenhuma resposta apontando que "Não gostou, deixou a</p><p>aula cansativa".</p><p>Essa totalidade sugere uma aceitação positiva de que a ferramenta contribuiu</p><p>para tornar as aulas mais envolventes, destacando o potencial das tecnologias</p><p>digitais na promoção de um ambiente de aprendizagem dinâmico e interativo,</p><p>capaz de aumentar o engajamento e a motivação dos alunos, estando em</p><p>conformidade com estudos recentes que apontam os benefícios das</p><p>tecnologias digitais na educação.</p><p>Valente (2020), discute como as tecnologias digitais podem transformar a sala</p><p>de aula, tornando-a mais interativa e dinâmica. Segundo o autor, plataformas</p><p>como o Wordwall facilitam a aprendizagem ativa e promovem maior</p><p>engajamento dos alunos, alinhando-se perfeitamente com os resultados</p><p>observados na pesquisa.</p><p>Freire e Costa (2021), exploram como a integração de tecnologias</p><p>educacionais, incluindo jogos pedagógicos digitais, influencia positivamente o</p><p>engajamento dos estudantes, melhorando sua participação e interesse nas</p><p>atividades escolares. Esses achados corroboram a percepção positiva dos</p><p>alunos em relação ao uso da plataforma Wordwall.</p><p>Considerando esses resultados, sugere-se a continuidade e ampliação do uso</p><p>de ferramentas digitais interativas como estratégia para melhorar a qualidade</p><p>do ensino e o engajamento dos alunos e a formação contínua dos professores</p><p>para o uso eficaz dessas ferramentas digitais.</p><p>Pergunta do questionário realizado com as amostras, gráfico 6.</p><p>Gráfico 6 - Você conhecia a plataforma MENTIMETER antes da aula onde</p><p>usamos para realizar uma nuvem de palavras?</p><p>235</p><p>Fonte: Própria autora com dados da tabela pesquisa.</p><p>A questão apresentada aos alunos foi: "Você conhecia a plataforma</p><p>MENTIMETER antes da aula onde usamos para realizar uma nuvem de</p><p>palavras?" Ao analisar as respostas observa-se que doze (12) amostras</p><p>responderam "SIM"</p><p>em contrapartida dezoito (18) responderam "NÃO".</p><p>Os dados mostram que a maioria dos alunos não conhecia a plataforma</p><p>Mentimeter antes da aula em que foi utilizada para criar uma nuvem de</p><p>palavras. Este resultado sugere que, embora a plataforma tenha sido uma</p><p>novidade para muitos, ela ainda despertou interesse e curiosidade.</p><p>A utilização do Mentimeter para criar uma nuvem de palavras pode ter</p><p>proporcionado uma experiência visualmente interessante e interativa,</p><p>contribuindo para o engajamento dos alunos. Ferramentas como o Mentimeter</p><p>permitem uma participação anônima e em tempo real, o que pode encorajar</p><p>uma maior contribuição dos alunos que podem ser mais tímidos ou relutantes</p><p>em se expressar verbalmente (de Brito et al., 2023).</p><p>Segundo da Silva (2024), a exposição a diferentes plataformas educacionais</p><p>pode expandir as habilidades tecnológicas dos alunos e aumentar sua</p><p>adaptabilidade a novos métodos de ensino. A familiarização com diversas</p><p>ferramentas também prepara os alunos para um ambiente de aprendizado mais</p><p>digitalizado e interconectado.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Analisando os resultados da pesquisa proposta através do questionário</p><p>sugerem que as tirinhas digitais, como ferramenta pedagógica, não só</p><p>capturaram o interesse dos estudantes, mas também facilitaram uma</p><p>compreensão mais profunda dos elementos textuais e visuais que compõem o</p><p>gênero. Este achado corrobora estudos anteriores, como os de Moreno; Araújo;</p><p>Gomes (2024), que observaram um aumento na motivação e no desempenho</p><p>em leitura quando os alunos interagem com conteúdos digitais. Este dado é</p><p>significativo, pois enfatiza a importância de integrar tecnologias digitais no</p><p>currículo escolar, conforme recomendado pela Base Nacional Comum</p><p>Curricular (BNCC).</p><p>236</p><p>A preferência pela interatividade digital sugere que métodos tradicionais podem</p><p>ser enriquecidos para alcançar resultados de aprendizagem mais efetivos.</p><p>Palavras-chave: Alfabetização; letramento; tecnologias digitais</p><p>AGRADECIMENTOS</p><p>Ao meu todo poderoso Deus</p><p>237</p><p>238</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>AGASSIZ, J. A. S. R. A.; SILVA, A. D. M. LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO</p><p>AQUISIÇÃO DE UM SISTEMA ESCRITO. BIUS -Boletim Informativo</p><p>Unimotrisaúde em Sociogerontologia, v. 26, n. 20, p. 1–10, 27 ago. 2021.</p><p>BRASIL. 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Dissertação (Mestrado em Língua</p><p>Portuguesa) - Programa de Estudos Pós-Graduados em Língua Portuguesa,</p><p>Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2022.</p><p>MAIA, L. L. S. do N. A importância da afetividade no processo de ensino-</p><p>aprendizagem: percepção de professores mossoroenses da educação infantil e</p><p>anos iniciais do ensino fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso</p><p>(Graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2021.</p><p>MACIEL, Clébia do Socorro Salvador. Perspectivas para o ensino de língua</p><p>materna por meio das práticas do letramento, 2015.</p><p>MARTINS, L. M.; MARSIGLIA, A. C. G. As perspectivas construtivistas e</p><p>histórico-crítica sobre o desenvolvimento da escrita. Autores Associados, 2022.</p><p>240</p><p>MAINARDES, J.Alfabetização em tempos de pandemia. In: CONSTANT, E. (Org.),</p><p>2021.</p><p>MERRIAM, S. B. Qualitative Research and Case Study Applications in Education.</p><p>Revised and Expanded from “Case Study Research in Education.” [s.l.] Jossey-</p><p>Bass Publishers, 350 Sansome St, San Francisco, CA 94104; phone: 415-433-</p><p>1740; fax: 800-605-2665; World Wide Web: www, 1998.</p><p>NERI, M.; OSORIO, M. C. Evasão escolar e jornada remota na pandemia. Revista</p><p>NECAT - Revista do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense, v. 10, n. 19, p.</p><p>28–55, 27 maio 2021.</p><p>OLIVEIRA, Edinaldo Aguiar de. Ensino remoto: o desafio na prática docente</p><p>frente ao contexto da pandemia.Revista Educação Pública, v. 21, nº 28, 27 de</p><p>julho de 2021. Disponível em: Revista Educação Pública. Acesso em: 23 fev.</p><p>2024.</p><p>OLIVEIRA, Maria Marly de. Sequência didática interativa no processo de</p><p>formação de professores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.</p><p>PAPALIA, D. E.; MARTOREL, G.Desenvolvimento Humano. 14. ed. Porto Alegre:</p><p>Artmed, 2022.</p><p>PIAGET, J. O possível e o Necessário: evolução dos possíveis na criança. Porto</p><p>Alegre: Artes Médicas, vol.1, 1985.</p><p>PIERI, R. G. de; SANTOS, A. A. dos. Avaliação econômica do Pacto Nacional pela</p><p>Alfabetização na Idade Certa. Texto para Discussão. Brasília, DF: Inep/MEC,</p><p>2022.</p><p>RIBEIRO, Fernanda Borges Vaz et al. Abordagem interpretativista e método</p><p>qualitativo na pesquisa documental: Descrição geral das etapas de coleta e</p><p>análise de dados. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, v. 17, n. 1, p. 100-</p><p>113, 2023.</p><p>241</p><p>SÁ, G. O. D. S. D. Ler, interpretar e criar o gênero textual tirinhas por meio de</p><p>tecnologias digitais. Dissertação em Novas Tecnologias Digitais na Educação—</p><p>Centro Universitário UniCarioca, 2023.</p><p>SANTOS, V. P. D. A PRÁTICA DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: Uma</p><p>análise dos espaços escolar e do fazer docente para alunos do 4a ano do</p><p>Ensino fundamental. Trabalho de Conclusão de Curso—Instituto de Natureza e</p><p>Cultura - INC/UFAM/BC: 2022</p><p>SOARES, A. B.; MIRANDA, P. V.; BARIN, C. S. Tecnologias digitais de informação</p><p>e comunicação ampliando a sala de aula. Educação Básica e Pesquisa, p. 138,</p><p>2019.</p><p>SUDARIO, M. V. B.; MORENO, G. L. Criança, escola e acolhimento institucional: a</p><p>escola como espaço de socialização.Revista Teias, v. 23, n. 68, p. 29-41, 2022.</p><p>TORRE, A. A. B. D. et al. Impactos na socialização e aprendizagem pós</p><p>pandemia. Projeto Integrado, 2022.</p><p>Pergunta 1: Qual é a melhor plataforma para adquirir uma Inteligência</p><p>Artificial, considerando versões gratuitas e pagas?</p><p>Existem boas opções de Inteligências Artificiais gratuitas, como o ChatGPT. A</p><p>versão gratuita do ChatGPT é bastante</p><p>funcional e permite personalizar a IA e</p><p>criar estratégias de prompts eficazes. Para quem busca uma experiência mais</p><p>robusta, a versão Plus do ChatGPT é uma excelente opção. É importante</p><p>destacar que, ao utilizar qualquer IA, seja ela gratuita ou paga, é fundamental</p><p>personalizá-la e limitar seu escopo de atuação. Isso pode ser feito na aba de</p><p>personalização, onde é possível incluir informações pessoais e preferências de</p><p>resposta, garantindo que a IA entenda melhor suas necessidades e responda de</p><p>maneira mais alinhada ao que você procura. Assim, mesmo utilizando uma</p><p>versão gratuita, é possível alcançar resultados muito satisfatórios, desde que a</p><p>ferramenta seja usada de forma correta e direcionada.</p><p>Pergunta 2: Como acelerar a aceitação da IA nas escolas, considerando a</p><p>resistência de gerações mais antigas?</p><p>Para acelerar a aceitação da IA nas escolas, especialmente entre professores e</p><p>administradores mais velhos, é essencial demonstrar o valor real que essa</p><p>tecnologia pode agregar. Muitas vezes, a resistência vem do medo de que a IA</p><p>seja usada apenas como um atalho para os alunos, facilitando o "caminho mais</p><p>fácil" em vez de promover o aprendizado. Para combater essa visão, é</p><p>necessário apresentar a IA como uma ferramenta que complementa e</p><p>enriquece o processo educacional.</p><p>242</p><p>Perguntas e Respostas da Roda</p><p>de Conversa sobre IA</p><p>APÊNDICES</p><p>Perguntas feitas para o Rafael Bernardes:</p><p>243</p><p>Por exemplo, a IA pode ser utilizada para criar materiais de apoio como provas</p><p>e questões personalizadas, simular personalidades históricas ou figuras</p><p>relevantes para tornar as aulas mais interativas e engajantes. Um exercício</p><p>interessante seria permitir que os alunos "conversassem" com essas</p><p>personalidades simuladas, introduzindo charadas ou desafios para estimular o</p><p>aprendizado. Essa abordagem pode ajudar a mostrar que a IA não é uma moda</p><p>passageira, mas sim uma ferramenta poderosa que pode ser integrada de</p><p>forma inteligente no currículo escolar.</p><p>Também é importante comunicar que a IA está aqui para ficar, ao contrário de</p><p>outras tendências tecnológicas que podem ter sido vistas com ceticismo no</p><p>passado, como o metaverso, que ainda não se consolidou completamente.</p><p>Demonstrar o uso prático e duradouro da IA pode ajudar a superar a resistência</p><p>inicial e convencer os educadores de sua utilidade a longo prazo.</p><p>Pergunta 3: Como garantir que a IA seja vista como uma ferramenta de ensino</p><p>e não apenas como um atalho?</p><p>Para garantir que a IA seja percebida como uma ferramenta educacional</p><p>valiosa, é essencial mostrar seu potencial além de simplesmente fornecer</p><p>respostas prontas. Um bom ponto de partida é demonstrar como a IA pode ser</p><p>utilizada para desenvolver habilidades críticas de pensamento e pesquisa nos</p><p>alunos. Professores podem usar a IA para criar atividades que vão além da</p><p>simples obtenção de respostas, como jogos educativos, simulações de</p><p>personalidades históricas e elaboração de teorias complexas.</p><p>Por exemplo, um professor pode configurar uma sessão com o ChatGPT para</p><p>que ele assuma a personalidade de um personagem histórico, como Albert</p><p>Einstein, e utilizar essa simulação para ensinar conceitos científicos de maneira</p><p>interativa. Isso não só torna o aprendizado mais envolvente, mas também</p><p>incentiva os alunos a explorar questões de forma mais aprofundada e crítica.</p><p>Além disso, é importante que os professores expliquem claramente aos alunos</p><p>que a IA é uma ferramenta de apoio e que o uso correto envolve mais do que</p><p>simplesmente buscar respostas.</p><p>244</p><p>O objetivo é que os alunos utilizem a IA para aprimorar suas habilidades de</p><p>pesquisa e entendimento, verificando e analisando as informações fornecidas.</p><p>Encorajar a exploração e a curiosidade, em vez de simplesmente buscar</p><p>respostas prontas, pode transformar a IA em uma aliada poderosa no processo</p><p>educativo.</p><p>Pergunta 4: As informações na IA podem ser apagadas? É possível controlar o</p><p>que a IA sabe?</p><p>Sim, é possível apagar informações armazenadas pela IA, especialmente em</p><p>plataformas que oferecem funcionalidades de memória, como o ChatGPT. Se</p><p>você está utilizando a IA para fins específicos e deseja mudar ou remover</p><p>certas informações, pode acessar as configurações de memória e fazer os</p><p>ajustes necessários. Isso inclui apagar tudo o que a IA sabe sobre você ou</p><p>apenas remover informações específicas.</p><p>Por exemplo, se você compartilha a mesma conta de IA com outra pessoa,</p><p>como um familiar que usa a IA para diferentes interesses, você pode encontrar</p><p>dados que não correspondem às suas preferências. No meu caso, minha filha</p><p>usa a mesma IA e, às vezes, a IA aprende que gosto de doramas. Embora eu até</p><p>aprecie doramas, essa preferência é muito mais dela. Nesses casos, é possível</p><p>entrar nas configurações e remover essas informações, mantendo a</p><p>personalização alinhada às suas próprias necessidades e interesses.</p><p>Essa capacidade de gerenciar e ajustar a memória da IA é essencial para</p><p>manter o controle sobre o que a IA sabe e como ela interage com você,</p><p>garantindo que as respostas sejam sempre relevantes e personalizadas de</p><p>acordo com suas preferências atuais.</p><p>Pergunta 5: Como ensinar os alunos a usar o ChatGPT de forma</p><p>contextualizada?</p><p>Para ensinar os alunos a usar o ChatGPT de forma contextualizada, é</p><p>importante demonstrar na prática como a personalização da IA pode influenciar</p><p>as respostas.</p><p>245</p><p>Uma abordagem eficaz é o professor utilizar o ChatGPT diretamente em sala de</p><p>aula ou em um workshop específico, mostrando as diferenças entre uma</p><p>interação padrão e uma interação personalizada.</p><p>O professor pode, por exemplo, configurar o ChatGPT para assumir a</p><p>personalidade de uma figura histórica, como Albert Einstein, e incluir</p><p>referências específicas e características dessa personalidade. Isso não apenas</p><p>torna a experiência de aprendizagem mais envolvente, mas também ajuda os</p><p>alunos a entenderem a importância de fornecer contexto e informações</p><p>detalhadas ao interagir com a IA.</p><p>Outra técnica é comparar as respostas obtidas em uma sessão anônima do</p><p>ChatGPT com aquelas de uma sessão personalizada, destacando como as</p><p>respostas podem ser mais precisas e relevantes quando a IA conhece mais</p><p>sobre o usuário. Ao fazer isso, os alunos percebem a importância de</p><p>personalizar suas interações com a IA, o que pode melhorar significativamente</p><p>a qualidade das respostas e o aprendizado resultante.</p><p>Além disso, incentivar os alunos a criarem suas próprias IAs personalizadas</p><p>pode ser uma ótima maneira de explorar a criatividade e a capacidade de</p><p>resolução de problemas, permitindo que eles ajustem a IA para refletir suas</p><p>próprias preferências e necessidades educacionais.</p><p>Pergunta 6: Como utilizar a IA em sala de aula de forma criativa?</p><p>Utilizar a IA em sala de aula de maneira criativa pode enriquecer</p><p>significativamente o processo de ensino. Professores podem integrar a IA em</p><p>diversas disciplinas, utilizando-a para tornar conceitos complexos mais</p><p>acessíveis e interessantes para os alunos. Por exemplo, em uma aula de física,</p><p>um professor pode pedir à IA que explique o funcionamento de um sistema de</p><p>roldanas de uma maneira que seja compreensível para adolescentes, usando</p><p>exemplos práticos e visuais que conectem o conteúdo com o cotidiano dos</p><p>alunos.</p><p>246</p><p>Outra abordagem é usar a IA para criar simulações ou cenários interativos. Isso</p><p>pode incluir pedir à IA para assumir o papel de uma figura histórica ou científica</p><p>e responder perguntas dos alunos, como se estivessem conversando com essa</p><p>personalidade. Isso não só torna a aprendizagem mais dinâmica, mas também</p><p>permite que os alunos explorem diferentes perspectivas e pensem criticamente</p><p>sobre o material.</p><p>Os professores também podem utilizar a IA para ajudar na criação de materiais</p><p>didáticos personalizados, que atendam às necessidades específicas de seus</p><p>alunos. Isso pode incluir criar questionários, exercícios ou até mesmo histórias</p><p>interativas que incorporem os interesses dos alunos, tornando o aprendizado</p><p>mais relevante e engajador.</p><p>Além disso, ao utilizar a IA, é importante que os professores demonstrem</p><p>abertamente o processo, mostrando</p><p>aos alunos como a IA foi configurada e</p><p>como suas respostas são geradas. Isso não só aumenta a transparência, mas</p><p>também educa os alunos sobre o funcionamento da tecnologia, incentivando</p><p>um uso mais consciente e responsável.</p><p>Pergunta 7: Como utilizar a IA para educação inclusiva?</p><p>A aplicação de IA na educação inclusiva é um campo vasto e cheio de</p><p>potencial, embora eu não seja um especialista específico nesse tipo de</p><p>educação. No entanto, posso sugerir algumas formas de integrar a IA para</p><p>atender às necessidades de diversos alunos.</p><p>Primeiramente, a IA pode ser configurada para oferecer diferentes modos de</p><p>interação, como texto, áudio ou visual, dependendo das necessidades</p><p>específicas dos alunos. Por exemplo, para alunos com deficiência visual, a IA</p><p>pode ser configurada para fornecer respostas em áudio ou com descrições</p><p>detalhadas de imagens e gráficos. Para alunos com dificuldades auditivas, a IA</p><p>pode fornecer legendas e transcrições automáticas.</p><p>Outra possibilidade é o uso de IAs para traduzir conteúdo para diferentes</p><p>línguas ou dialetos, facilitando o aprendizado de alunos que não falam a língua</p><p>principal de instrução. Além disso, a IA pode ser utilizada para adaptar</p><p>materiais didáticos ao nível de leitura ou entendimento dos alunos, garantindo</p><p>que todos possam acompanhar o conteúdo.</p><p>Para que a IA seja eficaz na educação inclusiva, é fundamental que os</p><p>professores e especialistas em educação estejam envolvidos no processo de</p><p>personalização e configuração da IA. Eles devem entender como ajustar a IA</p><p>para atender às necessidades específicas de seus alunos e como utilizar as</p><p>ferramentas disponíveis para criar um ambiente de aprendizagem mais</p><p>acessível e inclusivo.</p><p>Embora existam muitas possibilidades, é essencial que os educadores</p><p>continuem a explorar e experimentar diferentes formas de usar a IA, adaptando</p><p>as tecnologias às necessidades de seus alunos e contextos específicos.</p><p>Pergunta 8: Como garantir privacidade e segurança ao usar IA na educação?</p><p>Garantir a privacidade e segurança ao utilizar IA na educação é uma</p><p>preocupação crucial. As plataformas de IA, como o ChatGPT, geralmente</p><p>possuem políticas de privacidade que regem como os dados dos usuários são</p><p>coletados e utilizados. No entanto, é importante que educadores e instituições</p><p>estejam cientes dessas políticas e tomem medidas adicionais para proteger a</p><p>privacidade dos alunos.</p><p>Uso de Contas Pagas e Privadas: Para aumentar o controle sobre os dados, é</p><p>recomendável que escolas e instituições educacionais utilizem contas pagas de</p><p>IA, que geralmente oferecem mais opções de segurança e privacidade. Isso</p><p>pode incluir a capacidade de revisar e apagar informações armazenadas ou</p><p>limitar a retenção de dados.</p><p>247</p><p>Desenvolvimento de IAs Internas: Outra medida para garantir a segurança é o</p><p>desenvolvimento de IAs próprias, utilizadas exclusivamente dentro da</p><p>instituição. Isso permite um controle total sobre o que é coletado, armazenado</p><p>e compartilhado, minimizando os riscos de exposição de dados sensíveis.</p><p>Educação sobre Segurança Digital: Além das medidas técnicas, é essencial</p><p>educar tanto professores quanto alunos sobre práticas seguras de uso da IA e</p><p>da internet em geral. Isso inclui a conscientização sobre os tipos de</p><p>informações que não devem ser compartilhadas e como identificar e evitar</p><p>riscos de segurança.</p><p>Comparação com Outras Plataformas: Embora a IA colete dados para fornecer</p><p>respostas mais personalizadas, é importante notar que plataformas de redes</p><p>sociais e motores de busca, como Google e Bing, muitas vezes coletam e</p><p>armazenam muito mais informações pessoais. A IA, por comparação, pode ser</p><p>configurada para ser menos invasiva e mais segura.</p><p>Ao combinar esses métodos, as instituições podem criar um ambiente de</p><p>aprendizado seguro e eficaz, utilizando a IA como uma ferramenta poderosa</p><p>sem comprometer a privacidade dos alunos.</p><p>Pergunta 9: A versão gratuita do ChatGPT é muito limitada. Fale um pouco</p><p>mais sobre ela e dê sugestões práticas para adquirir a versão paga.</p><p>A versão gratuita do ChatGPT oferece uma ampla gama de funcionalidades e é</p><p>uma excelente opção para quem está começando a explorar o uso de IA. Ela</p><p>permite criar e personalizar prompts, acessar uma vasta base de conhecimento</p><p>e utilizar a IA para uma variedade de propósitos, desde a educação até o</p><p>suporte ao cliente. No entanto, existem algumas limitações em comparação</p><p>com as versões pagas.</p><p>248</p><p>249</p><p>Limitações da Versão Gratuita: A principal limitação da versão gratuita é que</p><p>ela não permite a criação de IAs totalmente especializadas. Por exemplo, se</p><p>você deseja configurar uma IA que apenas responde a perguntas sobre</p><p>matemática para crianças de 6 a 10 anos, com um foco específico em certos</p><p>livros ou currículos, isso pode ser mais desafiador com a versão gratuita. A</p><p>personalização é possível, mas pode ser menos robusta e exigir mais esforço</p><p>manual para direcionar as respostas.</p><p>Vantagens da Versão Paga: A versão paga, como o ChatGPT+, oferece</p><p>vantagens adicionais, como respostas mais rápidas, acesso a mais dados e</p><p>modelos mais avançados. Isso é particularmente útil para educadores e</p><p>profissionais que desejam utilizar a IA de forma mais intensiva e específica.</p><p>Com a versão paga, é possível criar "IAs dentro da IA", ou seja, configurações</p><p>específicas que limitam o escopo de atuação da IA a certos tópicos ou níveis de</p><p>complexidade, facilitando o uso em ambientes educacionais ou empresariais.</p><p>Sugestões Práticas para Adquirir a Versão Paga: Para aqueles interessados em</p><p>adquirir a versão paga, o ChatGPT+ é uma recomendação sólida. Ele oferece</p><p>uma boa relação custo-benefício para quem precisa de funcionalidades mais</p><p>avançadas e personalização. É importante verificar regularmente as opções</p><p>disponíveis, pois novas versões e funcionalidades podem ser lançadas,</p><p>oferecendo ainda mais possibilidades de uso.</p><p>Optar pela versão paga pode ser uma excelente escolha para quem busca</p><p>maximizar o uso da IA, oferecendo uma experiência mais personalizada e</p><p>eficiente.</p><p>Pergunta 10: Como garantir que meus alunos também irão usar as</p><p>ferramentas de IA de forma responsável, ao invés de delegarem a ela todas as</p><p>atividades e pesquisas?</p><p>Para garantir que os alunos usem ferramentas de IA de forma responsável, é</p><p>essencial educá-los sobre a importância de desenvolver habilidades de</p><p>pensamento crítico e análise, ao invés de simplesmente confiar nas respostas</p><p>fornecidas pela IA. Aqui estão algumas estratégias para incentivar o uso</p><p>responsável:</p><p>250</p><p>Incentivar a Curiosidade e a Investigação: Encoraje os alunos a usar a IA como</p><p>uma ferramenta para explorar e aprofundar o conhecimento, ao invés de buscar</p><p>respostas rápidas. Professores podem solicitar que os alunos tragam</p><p>perguntas bem formuladas para a IA e, em seguida, discutam as respostas em</p><p>sala de aula, analisando sua precisão e relevância.</p><p>Transparência no Uso da IA: Os professores podem pedir aos alunos que</p><p>compartilhem o histórico de suas interações com a IA, incluindo as perguntas</p><p>feitas e as respostas recebidas. Isso ajuda a monitorar como os alunos estão</p><p>utilizando a ferramenta e se estão realmente engajados no processo de</p><p>aprendizado.</p><p>Contextualização e Referências: Ensinar os alunos a sempre buscar referências</p><p>e verificar a informação fornecida pela IA é crucial. Isso não apenas melhora o</p><p>entendimento dos temas, mas também desenvolve habilidades de pesquisa e</p><p>validação de fontes.</p><p>Integração da IA no Processo de Aprendizado: Em vez de tratar a IA como uma</p><p>fonte de respostas finais, os professores podem usá-la como um ponto de</p><p>partida para discussões mais profundas. Por exemplo, após receber uma</p><p>resposta da IA, os alunos podem ser incentivados a pesquisar mais sobre o</p><p>assunto e trazer informações adicionais ou contrapor diferentes pontos de</p><p>vista.</p><p>Definição de Limites e Expectativas: Estabelecer claramente os limites do uso</p><p>da IA, especialmente em tarefas avaliativas, pode ajudar a evitar a dependência</p><p>excessiva. Os alunos devem entender que a IA é uma ferramenta para</p><p>complementar o aprendizado, e não um substituto para o esforço pessoal</p><p>em Educação em Ciências, v.18, n.3, p.765-794, dezembro,</p><p>2018.</p><p>GUEDES, E.B.; TESSAROLLI, B.O.; DIAS, E.S.; PONCIANO, J.P. O Ensino de Ciências</p><p>por Investigação e a BNCC: Novas possibilidades para os anos iniciais do Ensino</p><p>Fundamental. Conjecturas, v.22, n.3, 2022.</p><p>JANAINA, Q.B.M.; OLAVO, L.S.F.; FERREIRA, M.; COTTA, M.G. Investigação e TDIC</p><p>no ensino e na aprendizagem de ciências: relato de uma oficina acerca da relação</p><p>entre vida, pigmentos e DNA de plantas. Physicae Organum, v.7., n.2., 2021.</p><p>LAZARIM, C.A.P.; SILVA, E.T.A.; ARAÚJO, L.C.M.; STRIEDER, D.M. Percepção de</p><p>professores acerca das possibilidades da promoção da Alfabetização Científica</p><p>na Educação Infantil. Revista Tecnia, v.7, n.1, 2022.</p><p>LISKA, G.J.R. Cultura digital, linguagens e TDIC na BNCC e na BNC – formação no</p><p>contexto da pandemia. Revista Linguagem, v.40, Número temático. Covid-19: uma</p><p>pandemia sob o olhar das ciências da linguagem, 2021.</p><p>MOURA, A.R.M.; FIREMAN, E.C. Sequencias de ensino investigativo com temas</p><p>biológicos: principais características presentes nas pesquisas. REAMEC, v. 11, n.</p><p>1, jan./dez., 2023</p><p>OLIVEIRA, J.K.C.; PIMENTEL, F.S.C. Epistemologias Da Gamificação Na Educação:</p><p>Teorias De Aprendizagem Em Evidência. Rev. FAEEBA –Ed. e Contemp., v. 29, n.</p><p>57, p. 236-250, 2020.</p><p>33</p><p>PEDASTE, M.; MAEOTS, M.; SIIMAN, L.A.; JONG, T.; RIESEN, S.A.N.; KAMP, E.T.;</p><p>MANOLI, C.C.; ZACHARIA, A.C.; TSOURLIDAKI, E. Phases of inquiry-based learning:</p><p>Definitions and the inquiry cycle. Educational Research Review, v. 14, 2015.</p><p>SASSERON, L.H.; CARVALHO, A.M.P. Almejando a alfabetização científica no</p><p>ensino fundamental: a proposição e a procura de indicadores do processo.</p><p>Investigações em ensino de ciências, v.13, n.3, p.333-352, 2008.</p><p>SASSERON, L.H. Ensino de Ciências por Investigação e o Desenvolvimento de</p><p>Práticas: Uma Mirada para a Base Nacional Comum Curricular. Revista Brasileira</p><p>de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC), v.18, n.3, p.1061-1085, 2018.</p><p>TABOSA, C.E.S.; ALBUQUERQUE, M.C.P.; MALHEIRO, J.M.S. Ensino por</p><p>Investigação e o desenvolvimento de Competências Científicas: Análise de</p><p>produções gráficas de estudantes de um Clube de Ciências na Amazônia. Revista</p><p>Insignare Scientia, v.06, n.6, 2023.</p><p>34</p><p>A incorporação de ferramentas digitais no ambiente escolar tem se mostrado</p><p>uma estratégia eficaz para otimizar processos administrativos e pedagógicos,</p><p>oferecendo uma série de benefícios, tanto para gestores, quanto para alunos e</p><p>professores.</p><p>Dentro dos pilares da Gestão Escolar tais como: Liderança; Planejamento;</p><p>Organização; Comunicação; Formação Continuada e Avaliação, as ferramentas</p><p>digitais disponíveis sejam elas, gratuitas ou não, são necessárias para que os</p><p>gestores consigam dar conta de tantas demandas que surgem no seu cotidiano.</p><p>As plataformas de gestão escolar, por exemplo, permitem o acompanhamento</p><p>em tempo real do desempenho dos estudantes, facilitando a identificação de</p><p>dificuldades e a implementação de intervenções pedagógicas.</p><p>Os sistemas de comunicação interna garantem que informações importantes</p><p>cheguem rapidamente a todos os membros da comunidade escolar, promovendo</p><p>um ambiente mais coeso e colaborativo. Além disso, o uso de ambientes virtuais</p><p>de aprendizagem (AVA) tem possibilitado a criação de aulas mais dinâmicas e</p><p>interativas, onde o estudante pode acessar conteúdos complementares, participar</p><p>de fóruns de discussão e realizar atividades avaliativas de forma flexível e</p><p>autônoma. Recursos como a gamificação e a realidade aumentada tornam a</p><p>experiência educacional mais envolvente, estimulando o interesse e o</p><p>protagonismo dos estudantes.</p><p>Os artefatos tecnológicos são excelentes para avaliações e o acompanhamento</p><p>do progresso individual de cada sujeito da sua equipe. Também temos uma maior</p><p>facilidade para analisar os dados educacionais, por meio de relatórios detalhados,</p><p>proporciona ideias valiosas que auxiliam na tomada de decisões e no</p><p>planejamento de ações pedagógicas mais assertivas.</p><p>INTEGRANDO FERRAMENTAS DIGITAIS:APRIMORANDO A</p><p>GESTÃO ESCOLAR NA ERA TECNOLÓGICA.</p><p>Adriana Tomaz</p><p>Ainda ressalto para a necessidade de uma gestão escolar mais humanizada, que</p><p>é uma abordagem que coloca o ser humano no centro das práticas educacionais,</p><p>reconhecendo a importância das relações interpessoais e do bem-estar de todos</p><p>os envolvidos no ambiente escolar. Uma gestão que se preocupa com a saúde</p><p>mental da sua equipe, aplicando uma escuta ativa e retorno construtivo para os</p><p>seus colaboradores, desta forma construindo um ambiente de confiança e</p><p>cooperação.</p><p>Ao valorizar cada indivíduo e sua singularidade, a gestão escolar humanizada</p><p>contribui para a construção de uma comunidade educativa mais harmoniosa,</p><p>capaz de formar cidadãos críticos e empáticos. Outra proposta interessante</p><p>tecnológica digital é a Engenharia Social, que além de auxiliar na proteção dos</p><p>nossos dados nas redes, ela também pode ser muito interessante para</p><p>conhecermos as pessoas que já atuam ou que pretendem fazer parte da sua</p><p>equipe de trabalho.</p><p>Por fim, a integração de tecnologias na gestão escolar não se limita apenas ao</p><p>ambiente acadêmico. Ferramentas de gestão financeira e administrativa</p><p>contribuem para uma organização mais eficiente dos recursos, enquanto</p><p>aplicativos de comunicação com os pais fortalecem a parceria entre escola e</p><p>família, fundamental para o desenvolvimento integral dos alunos. Seja qual for o</p><p>seu estilo de liderança, em uma era de uma educação digital precisamos utilizar</p><p>os recursos disponíveis de forma crítica, e a favor da gestão.</p><p>35</p><p>36</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRITISH COUNCIL. Liderança e gestão escolar: agenda de internacionalização.</p><p>Tradução Stephen Rimmer. São Paulo: [s. n.], 2019.</p><p>LIBÂNEO, J. C; DE OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas,</p><p>estrutura e organização (Coleção Docência em Formação: saberes pedagógicos).</p><p>1 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2017.</p><p>LUIZ, M. C. (Org.). Mentoria de diretores de escola: orientações práticas. São</p><p>Carlos: Pedro & João Editores, 2022.</p><p>PARO, V. H. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Cortez, 2017.</p><p>37</p><p>Para se destacar em um cenário competitivo, é essencial construir e gerir sua</p><p>marca pessoal de forma intencional e planejada. Assim como marcas de</p><p>produtos ou serviços, a gestão da marca pessoal envolve conceitos básicos de</p><p>marketing e vai além da imagem pessoal. Tudo o que você faz, desde a forma</p><p>como se veste até o que lê e assiste, comunica algo sobre você. Ter controle</p><p>sobre isso é sua responsabilidade.</p><p>Pesquisas mostram que a primeira impressão é formada em apenas 27</p><p>segundos, baseada em três pilares: imagem, comportamento e comunicação.</p><p>Esses atributos criam uma promessa sobre quem você é e o que faz, resultando</p><p>na sua marca pessoal, que é a impressão que você deixa nas outras pessoas e,</p><p>em última análise, sua reputação.</p><p>Gestão de Marca Pessoal: Como Funciona na Prática</p><p>Gerir uma marca pessoal eficazmente exige autoconhecimento, reflexão e</p><p>planejamento. Quando alguém pergunta “Quem você é?”, a resposta deve ir além</p><p>de profissão e experiências, criando uma narrativa extraordinária e cativante. Isso</p><p>só é possível com uma gestão planejada da reputação.</p><p>Autoconhecimento é a fase inicial e crucial. Como estamos em constante</p><p>mudança, é necessário revisitar esse exercício anualmente. Identificar pontos</p><p>fortes e fracos é essencial, assim como realizar uma análise 360°, que avalia a</p><p>performance no ambiente de atuação, considerando ameaças e oportunidades.</p><p>Essa análise deve focar nos três pilares que formam a impressão que os outros</p><p>têm de nós: imagem, comportamento e comunicação.</p><p>GESTÃO DE MARCA PESSOAL</p><p>A MELHOR FORMA DE IMPULSIONAR CARREIRAS</p><p>Eliza Santos</p><p>38</p><p>Para obter uma visão coerente, é fundamental ouvir a opinião dos outros, pois a</p><p>percepção externa pode surpreender, positiva ou negativamente. A gestão de</p><p>marca pessoal envolve uma análise de cenário e a construção de uma matriz</p><p>SWOT ou FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), uma ferramenta</p><p>comum no planejamento estratégico de marcas e produtos.</p><p>Alinhamento de Expectativas e</p><p>e a</p><p>pesquisa independente.</p><p>Essas estratégias ajudam a garantir que os alunos usem a IA de forma</p><p>consciente e responsável, aproveitando suas vantagens sem negligenciar o</p><p>desenvolvimento de habilidades essenciais para o aprendizado contínuo.</p><p>251</p><p>Pergunta 11: Quais são as principais barreiras que empresas e instituições</p><p>educacionais enfrentam ao integrar IA em seus processos? E como superá-</p><p>las?</p><p>As principais barreiras que empresas e instituições educacionais enfrentam ao</p><p>integrar IA em seus processos são principalmente relacionadas às pessoas e à</p><p>adaptação cultural e organizacional. Aqui estão alguns dos desafios comuns e</p><p>estratégias para superá-los:</p><p>Resistência à Mudança: Muitas vezes, a resistência vem dos próprios</p><p>educadores e administradores que podem não estar familiarizados com as</p><p>tecnologias de IA ou temerem que a IA substitua seu papel. Para superar essa</p><p>barreira, é crucial investir em treinamento e capacitação. Demonstrar como a IA</p><p>pode ser uma ferramenta complementar e não substitutiva pode ajudar a aliviar</p><p>esses medos. Workshops e demonstrações práticas podem ser úteis para</p><p>mostrar os benefícios diretos e como a IA pode facilitar o trabalho, ao invés de</p><p>complicá-lo.</p><p>Falta de Conhecimento e Habilidades Técnicas: A falta de conhecimento</p><p>técnico é uma barreira significativa. Muitas pessoas podem não entender como</p><p>configurar e utilizar ferramentas de IA de forma eficaz. A solução é oferecer</p><p>treinamento adequado e contínuo, além de suporte técnico. Isso pode incluir</p><p>tutoriais, manuais de uso e até sessões de mentoria.</p><p>Preocupações com Privacidade e Segurança de Dados: A privacidade e a</p><p>segurança dos dados são preocupações legítimas, especialmente em</p><p>ambientes educacionais. Para superar essa barreira, as instituições devem</p><p>garantir que as soluções de IA estejam em conformidade com as</p><p>regulamentações de proteção de dados e que os dados dos alunos sejam</p><p>protegidos. Isso pode incluir o uso de IAs internas ou soluções de IA com</p><p>robustos protocolos de segurança e políticas de privacidade claras.</p><p>Investimento e Custo: O custo inicial para integrar soluções de IA pode ser uma</p><p>barreira, especialmente para instituições com orçamento limitado. No entanto,</p><p>é importante ver a IA como um investimento a longo prazo que pode gerar</p><p>economias e eficácias significativas. Buscar parcerias com fornecedores de</p><p>tecnologia ou utilizar versões gratuitas e de código aberto pode ser uma</p><p>maneira de iniciar sem comprometer recursos substanciais.</p><p>Cultura Organizacional e Prioridades: A integração bem-sucedida da IA requer</p><p>uma mudança de mentalidade e a priorização da inovação tecnológica dentro</p><p>da organização. Lideranças devem ser envolvidas e comprometidas com a</p><p>transformação digital, promovendo uma cultura que valorize o aprendizado</p><p>contínuo e a adaptação.</p><p>Para superar essas barreiras, é essencial abordar os aspectos técnicos e</p><p>humanos da integração da IA, garantindo que todos os envolvidos</p><p>compreendam os benefícios potenciais e como a tecnologia pode ser usada de</p><p>forma eficaz e ética.</p><p>Pergunta 12: Quais são as tecnologias e sistemas por trás da IA?</p><p>As Inteligências Artificiais, como o ChatGPT, são baseadas em Modelos de</p><p>Linguagem de Grande Escala (LLMs). Esses modelos são algoritmos treinados</p><p>em enormes quantidades de texto, incluindo livros, artigos, websites e outros</p><p>documentos, permitindo que eles compreendam e gerem texto de forma</p><p>semelhante a um humano. O principal componente tecnológico por trás dessas</p><p>IAs é o uso de redes neurais profundas, especificamente arquiteturas de</p><p>transformadores, que são capazes de processar e interpretar grandes volumes</p><p>de dados textuais.</p><p>Aqui estão alguns aspectos técnicos e sistemas chave:</p><p>Redes Neurais e Transformadores: Essas redes são a espinha dorsal dos</p><p>modelos de linguagem. Elas permitem que a IA entenda contextos complexos e</p><p>faça previsões sobre quais palavras ou frases devem seguir em uma sequência</p><p>de texto. Os transformadores, em particular, são conhecidos por sua</p><p>capacidade de processar longas sequências de texto de forma eficiente.</p><p>252</p><p>Bases de Dados Textuais: A eficácia de uma IA como o ChatGPT depende de</p><p>sua base de dados, que inclui uma ampla gama de textos de diferentes áreas</p><p>do conhecimento. Isso inclui desde enciclopédias e artigos científicos até</p><p>conversas cotidianas. Essa base de dados extensa permite que a IA tenha uma</p><p>compreensão ampla e contextual das informações.</p><p>Aprendizado por Reforço e Ajuste Fino: Após o treinamento inicial, os modelos</p><p>de IA passam por etapas de ajuste fino, onde são melhorados com base em</p><p>feedback e correções. Isso ajuda a refinar suas respostas e melhorar sua</p><p>precisão. O aprendizado por reforço é uma técnica usada para ajustar o</p><p>comportamento do modelo com base em recompensas por respostas corretas</p><p>ou penalizações por respostas incorretas.</p><p>Infraestrutura de Computação: Executar e treinar modelos de linguagem de</p><p>grande escala requer uma infraestrutura de computação robusta, geralmente</p><p>composta por clusters de GPUs (unidades de processamento gráfico) ou TPUs</p><p>(unidades de processamento tensorial). Essas unidades são otimizadas para o</p><p>processamento paralelo necessário em redes neurais profundas.</p><p>Essas tecnologias combinadas permitem que a IA forneça respostas precisas e</p><p>contextualizadas, embora ainda existam limitações. A IA não cria novas</p><p>informações; ela processa e replica o que foi aprendido a partir dos dados de</p><p>treinamento. Portanto, enquanto a IA pode fornecer respostas</p><p>impressionantemente humanas, ela não possui consciência ou entendimento</p><p>verdadeiro, agindo mais como um "papagaio estatístico" que reproduz padrões</p><p>linguísticos com base em dados de entrada.</p><p>253</p><p>254</p><p>Apresentações das Palestras</p><p>Palestrante Sheila Arantes</p><p>255</p><p>256</p><p>257</p><p>258</p><p>259</p><p>260</p><p>261</p><p>262</p><p>263</p><p>264</p><p>265</p><p>266</p><p>Palestrante Carla Silva</p><p>267</p><p>268</p><p>269</p><p>270</p><p>271</p><p>272</p><p>273</p><p>274</p><p>275</p><p>276</p><p>277</p><p>278</p><p>279</p><p>Palestrante Ana Paula Legey</p><p>280</p><p>281</p><p>282</p><p>283</p><p>284</p><p>285</p><p>286</p><p>287</p><p>288</p><p>289</p><p>https://youtu.be/GqMF0EJANLA?si=YX84He556Zz-xu_z</p><p>290</p><p>291</p><p>292</p><p>293</p><p>https://youtu.be/3D_ACxNzkAI?si=hDC8e1bgPe4mZbRf</p><p>294</p><p>Palestrante André Cotelli</p><p>295</p><p>296</p><p>297</p><p>298</p><p>299</p><p>300</p><p>301</p><p>302</p><p>303</p><p>304</p><p>Palestrante Cláudia Veneno Ezidio</p><p>305</p><p>306</p><p>307</p><p>308</p><p>309</p><p>310</p><p>311</p><p>312</p><p>Palestrante Carla Silva</p><p>313</p><p>314</p><p>315</p><p>316</p><p>317</p><p>318</p><p>319</p><p>320</p><p>321</p><p>322</p><p>323</p><p>324</p><p>325</p><p>326</p><p>Palestrante Glenda Campos</p><p>327</p><p>328</p><p>329</p><p>330</p><p>331</p><p>332</p><p>333</p><p>334</p><p>335</p><p>336</p><p>337</p><p>Palestrante Adriana Tomaz</p><p>338</p><p>339</p><p>https://youtu.be/Knm9GPIuewQ?si=I3B3ExtwwpCLisQQ</p><p>340</p><p>341</p><p>https://youtu.be/jyB8SKgBDAE?si=BHQmgD-zc8DtptB7</p><p>342</p><p>343</p><p>344</p><p>345</p><p>346</p><p>347</p><p>348</p><p>349</p><p>350</p><p>Palestrante Eliza Santos</p><p>351</p><p>https://youtu.be/OEXUPsS4a1Q?si=T8_dWJ8vLa_aG0tC</p><p>352</p><p>353</p><p>354</p><p>355</p><p>356</p><p>357</p><p>358</p><p>https://www.youtube.com/watch?v=noOcCBKkxHQ</p><p>359</p><p>360</p><p>Palestrante Jorge Mansur</p><p>361</p><p>362</p><p>363</p><p>364</p><p>365</p><p>366</p><p>367</p><p>358</p><p>369</p><p>370</p><p>371</p><p>372</p><p>373</p><p>374</p><p>375</p><p>376</p><p>Palestrante Claudia Veneno Ezidio</p><p>377</p><p>378</p><p>379</p><p>380</p><p>381</p><p>382</p><p>383</p><p>384</p><p>385</p><p>386</p><p>387</p><p>388</p><p>389</p><p>390</p><p>391</p><p>Palestrante Mariza Sodré</p><p>392</p><p>393</p><p>394</p><p>395</p><p>396</p><p>397</p><p>398</p><p>399</p><p>400</p><p>401</p><p>Palestrante Luciana Matos</p><p>402</p><p>403</p><p>404</p><p>Palestrante Carlos Buzulin</p><p>405</p><p>406</p><p>407</p><p>408</p><p>409</p><p>410</p><p>411</p><p>412</p><p>Convite da IV Edição do</p><p>InovaSaberCon</p><p>É com grande entusiasmo que convidamos você para participar do</p><p>InovaSaberCon: IV Congresso Nacional de Educação, que será</p><p>realizado nos dias 18 e 19 de julho de 2025, no Rio de Janeiro, em</p><p>modalidade híbrida. O tema central deste ano será "Aprendizagem</p><p>Significativa e as Tecnologias Digitais na Educação”, promovendo um</p><p>espaço para debates e reflexões sobre a integração de inovações</p><p>tecnológicas no processo educativo e como essas ferramentas podem</p><p>transformar a experiência de ensino-aprendizagem.</p><p>Neste congresso, você terá a oportunidade</p><p>Construção do Ideal Self</p><p>Nesta etapa, focamos no alinhamento de expectativas, onde confrontamos</p><p>percepções para identificar áreas fora do consenso, conhecidas como GAPS.</p><p>Esses GAPS são vistos como oportunidades de aprimoramento, dependendo da</p><p>perspectiva adotada na autoavaliação.</p><p>Além disso, é o momento de construir o nosso Ideal Self, que deve ser coerente</p><p>com o contexto atual, o público-alvo e os concorrentes no ambiente de atuação.</p><p>Essa coerência é crucial para que o Ideal Self seja viável e atingível.</p><p>Planejamento</p><p>Após uma autoavaliação e reflexão sobre o ambiente e as percepções alheias, a</p><p>próxima etapa é o planejamento. Este processo envolve definir estratégias para</p><p>construir uma imagem positiva e alinhada com os objetivos pessoais ou</p><p>profissionais. Assim como no planejamento estratégico de marcas e produtos, é</p><p>essencial propor ajustes na imagem, comportamento, e considerar cursos e</p><p>investimentos necessários. A comunicação dessas mudanças deve ser eficaz</p><p>tanto online quanto offline, pois a visibilidade é crucial.</p><p>O planejamento deve focar em potencializar os pontos fortes e neutralizar os</p><p>pontos fracos, sempre estabelecendo prazos e metas claras. Ao final de um</p><p>período, uma nova autoavaliação permitirá medir os resultados alcançados e</p><p>ajustar as estratégias conforme necessário.</p><p>39</p><p>“Autenticidade não é opcional!”</p><p>A construção e gestão de uma marca pessoal devem priorizar autenticidade,</p><p>clareza e verdade. Alinhar seus valores com sua imagem é essencial para gerar</p><p>autoconfiança em cada passo da estratégia. Antes da internet, construir</p><p>reputação e autoridade era difícil, mas as redes sociais facilitaram esse processo,</p><p>aproximando pessoas e empresas. No entanto, também trouxeram o fenômeno</p><p>do cancelamento, que é perigoso e antagonista à falta de verdade.</p><p>Para construir autoridade, é crucial estar alinhado com quem você é, focando no</p><p>que faz de melhor. O marketing de influência e o sucesso repentino de</p><p>personalidades nas redes sociais levaram muitas pessoas a imitar conteúdos e</p><p>atitudes de outros, em vez de se concentrarem em si mesmas. Uma marca</p><p>pessoal bem construída deve refletir seus valores e habilidades únicas.</p><p>A frase de Bill Gates, “Se você quer chegar aonde a maioria não chega, faça o que</p><p>a maioria não faz”, destaca a importância da diferenciação. Em um cenário</p><p>competitivo, é necessário ter uma narrativa extraordinária, única e cativante para</p><p>impulsionar sua marca pessoal.</p><p>Após aplicar os exercícios de autoconhecimento, reflexão e planejamento, você</p><p>tem a estratégia pronta, mas precisa de ferramentas adequadas para a jornada.</p><p>Aqui estão cinco dicas fundamentais para a gestão da sua marca pessoal:</p><p>O Valor Está na Diferença: Focar no autoconhecimento é essencial para</p><p>identificar seus talentos únicos. A sociedade busca constantemente o novo e</p><p>o diferente, mas ainda assim, as pessoas tendem a se agrupar em tribos de</p><p>afinidades. É importante buscar a distinção e se destacar dentro do seu</p><p>grupo.</p><p>1.</p><p>Ser Tudo é Ser Nada: Ninguém é bom em tudo. Tentar vender atributos</p><p>completamente diferentes é inútil. Concentre-se nas suas forças e</p><p>potencialidades que são diferentes da concorrência e foque nelas.</p><p>2.</p><p>Conte Histórias: Grandes marcas constroem narrativas que estabelecem</p><p>vínculos com seus consumidores. Essas histórias ajudam a propagar e</p><p>fortalecer a marca.</p><p>3.</p><p>4. Não Subestime Sua Audiência:</p><p>Autenticidade e Coerência: É crucial ser verdadeiro e coerente na promoção</p><p>da sua marca pessoal. Enganar a audiência não é sustentável a longo prazo.</p><p>Autoconhecimento e Reflexão: Antes de planejar e executar, é importante se</p><p>conhecer e refletir sobre suas ações.</p><p>Evitar Atalhos: Fuja de soluções rápidas e gurus de autoajuda. Aprenda com</p><p>os fracassos e reconheça suas limitações.</p><p>Essência Pessoal: Transforme fraquezas e ameaças, mas mantenha sua</p><p>essência. Use-a a seu favor na comunicação.</p><p>5. Propósito:</p><p>Importância do Propósito: Ter um objetivo maior é fundamental para qualquer</p><p>plano de marca pessoal. Ele mobiliza toda a estratégia.</p><p>Realização Pessoal: Um propósito que traga orgulho no futuro é essencial</p><p>para evitar depressão e tédio.</p><p>Alinhamento com Habilidades: Seu propósito deve estar alinhado com o que</p><p>você faz de melhor, reforçando a importância do autoconhecimento.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>BRENDER,Arthur. Personal Branding.Integrare Editora.2009</p><p>KOTLER, Philip.Marketing 5.0.Editora Sextante.2021</p><p>40</p><p>41</p><p>Introdução</p><p>O mundo moderno exige constantes adaptações devido às novas tecnologias que</p><p>surgem e se transformam rapidamente. A inserção da tecnologia na educação</p><p>visa atender essas demandas, rompendo com métodos tradicionais e trazendo</p><p>inovação para a sala de aula. Essas tecnologias são essenciais para que os</p><p>alunos desenvolvam habilidades futuras e competências propostas pela BNCC.</p><p>Ferramentas digitais atuam como recursos complementares e materiais de apoio</p><p>no processo de aprendizagem, beneficiando tanto professores quanto alunos</p><p>(Lima e Araujo, 2021).</p><p>Existem diversas possibilidades para integrar a modernidade na sala de aula,</p><p>como lousas digitais, programas de gamificação, aplicativos, sites e inúmeras</p><p>ferramentas digitais online. Com essas ferramentas, é possível explorar o mundo</p><p>e aumentar o interesse dos alunos, que já nascem conectados. Embora mais</p><p>utilizadas em atividades e aulas remotas, as tecnologias de informação e</p><p>comunicação (TICs) também devem ser aplicadas em aulas presenciais,</p><p>facilitando o trabalho dos professores e atendendo às diversas necessidades dos</p><p>alunos.</p><p>A gamificação no contexto educacional, destacando sua aplicação frequente em</p><p>sala de aula para promover a interação e o engajamento dos alunos. A</p><p>gamificação é definida como o uso de jogos para motivar e facilitar o</p><p>aprendizado, tornando os conteúdos mais acessíveis.</p><p>MAXIMIZANDO A APRENDIZAGEM INTERATIVA:</p><p>UTILIZANDO KAHOOT, WORDWALL E GOOGLE FORMS NA</p><p>SALA DE AULA PARA PROMOÇÃO DA PARTICIPAÇÃO E</p><p>FEEDBACK EM TEMPO REAL DOS ALUNOS</p><p>Luciana Matos</p><p>42</p><p>Essa metodologia não se limita ao uso de dispositivos eletrônicos, podendo ser</p><p>aplicada de forma analógica. O ponto central é o objetivo da gamificação, que</p><p>deve ser claramente definido para maximizar seus benefícios educacionais.</p><p>O artigo discute a aprendizagem interativa e colaborativa que pode ser</p><p>desenvolvida através da gamificação, utilizando especificamente os jogos</p><p>Kahoot, Wordwall e Google Formulário. Esses jogos permitem a participação ativa</p><p>dos alunos e oferecem feedback em tempo real, enriquecendo suas atividades</p><p>educacionais.</p><p>Aprendizagem colaborativa e interativa</p><p>A aprendizagem colaborativa e interativa é uma abordagem educacional que</p><p>integra tecnologias para potencializar a construção de novos conhecimentos</p><p>através de um suporte interativo e colaborativo. O principal objetivo é a</p><p>participação ativa dos envolvidos, especialmente em ambientes online interativos.</p><p>Nesse contexto, alunos e professores atuam de forma coletiva e ativa, focando</p><p>em uma aprendizagem centrada no aluno, com trabalhos em grupo para atingir</p><p>objetivos específicos.</p><p>Dispositivos como smartphones, tablets, projetores e computadores são</p><p>ferramentas essenciais que potencializam novas formas de aprendizagem. Eles</p><p>permitem reflexões e compartilhamento de ideias, facilitando o desenvolvimento</p><p>de espaços colaborativos de aprendizagem, tanto síncronos quanto assíncronos.</p><p>Essas tecnologias modernas e avançadas aprimoram o aprendizado através da</p><p>participação e envolvimento de alunos e professores.</p><p>No novo paradigma educacional, especialmente no período pós-pandêmico, a</p><p>aprendizagem colaborativa e interativa se destaca por promover uma educação</p><p>mais dinâmica e centrada no aluno. Essa abordagem não só facilita a construção</p><p>do conhecimento, mas também desenvolve habilidades sociais, cognitivas e</p><p>emocionais, preparando os estudantes para os desafios futuros.</p><p>43</p><p>A gamificação no ensino</p><p>Os métodos tradicionais de ensino estão sendo substituídos por novas</p><p>abordagens educativas, como as metodologias ativas de ensino e aprendizagem.</p><p>Entre essas metodologias, destaca-se a gamificação, que utiliza</p><p>elementos de</p><p>jogos para engajar e motivar os alunos, promovendo melhores resultados em</p><p>atividades escolares e outras formas de aprendizado.</p><p>A gamificação vai além do simples uso de jogos em sala de aula. Trata-se de uma</p><p>atividade planejada com etapas e objetivos claros, podendo ser aplicada tanto de</p><p>forma digital quanto analógica. O objetivo principal é captar o interesse dos</p><p>alunos, estimular sua curiosidade e engajamento, e reinventar o processo de</p><p>aprendizado.</p><p>Essa abordagem não se limita ao uso de dispositivos eletrônicos; pode ser</p><p>desenvolvida de maneira analógica, dependendo dos objetivos educacionais. A</p><p>chave para a gamificação é seu propósito dentro da sala de aula, que pode incluir</p><p>feedback contínuo e aprendizagem colaborativa.</p><p>No artigo, são destacadas plataformas como Kahoot, Wordwall e Google</p><p>Formulários, que facilitam a implementação da gamificação, proporcionando um</p><p>ambiente de aprendizado mais dinâmico e interativo.</p><p>Kahoot é uma plataforma que permite a criação de questionários, pesquisas e</p><p>quizzes interativos. Os alunos podem responder tanto em sala de aula quanto em</p><p>casa, tornando o aprendizado mais divertido e dinâmico. Os professores podem</p><p>configurar tempo, pontuação e utilizar um banco de dados com quizzes prontos</p><p>para editar conforme necessário. Algumas características incluem:</p><p>Necessidade de estar online;</p><p>Criação de conta gratuita com email e senha;</p><p>Escolha entre perfil de professor ou aluno;</p><p>Resultados podem ser baixados em planilhas Excel.</p><p>44</p><p>Wordwall é uma plataforma similar que permite a criação de jogos educativos,</p><p>promovendo a gamificação na sala de aula. A principal diferença é a diversidade</p><p>de jogos disponíveis. Algumas características incluem:</p><p>Necessidade de estar online;</p><p>Versão gratuita permite criar e editar até 5 atividades, mas atividades prontas</p><p>podem ser usadas;</p><p>Possibilidade de versão impressa dos jogos;</p><p>Inserção de imagens, textos e desenhos sem necessidade de conhecimento</p><p>profundo de design.</p><p>Google Formulários é uma ferramenta do Google Workspace que permite a</p><p>criação de formulários online para pesquisas e questionários. Os formulários</p><p>podem ser acessados e respondidos em qualquer dispositivo, e os resultados</p><p>podem ser analisados em conjunto com a equipe.</p><p>As mudanças tecnológicas impactam diretamente as salas de aula e ambientes</p><p>educacionais, com o uso crescente de ferramentas digitais para potencializar a</p><p>aprendizagem. O acesso rápido a informações e a variedade de jogos, aplicativos</p><p>e dispositivos transformam a educação. Ferramentas como Kahoot, Wordwall e</p><p>Google Formulário são usadas para motivar e desafiar os alunos, colocando-os</p><p>no centro do aprendizado e permitindo que construam seu próprio conhecimento.</p><p>O professor atua como mediador, facilitando essa construção. A gamificação</p><p>promove uma rede de aprendizagem colaborativa e interativa, onde os alunos</p><p>recebem feedback instantâneo e os professores têm acesso fácil aos resultados,</p><p>promovendo um aprendizado mais eficaz e diferenciado.</p><p>45</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Martins, Ernani Rosa. et al. Uso do kahoot como ferramenta de aprendizado.</p><p>Goiás, 2018. Disponível em</p><p>https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/6979/1/Slides%20IFG%20Kahoot.pdf,</p><p>acesso em março de 2024.</p><p>JÚNIOR, Artur Pires De Camargos. Competências digitais de professores:</p><p>contribuições para práticas de gamificação com google forms. VII CONEDU -</p><p>Conedu em Casa... Campina Grande: Realize Editora, 2021. Disponível em:</p><p><https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/79812>. Acesso em: 31/05/2024</p><p>22:59</p><p>ORLANDI, T.R.; MORI, A.;DUQUE, C. G.;ORLANDI,M. T. A.L. Gamificação: uma</p><p>novaabordagem multimodal paraa educação.In:Revista Biblios,v. 70, p. 17, 2018</p><p>Pimentel, F. S. C., Nunes, A. K. F., & Sales Júnior, V. B. D.. (2020). Formação de</p><p>professores na cultura digital por meio da gamificação. Educar Em Revista, 36,</p><p>e76125. https://doi.org/10.1590/0104-4060.76125</p><p>LIMA, Marilia Freires de; ARAÚJO, Jefferson Flora Santos de. A utilização das</p><p>tecnologias de informação e comunicação como recurso didático-pedagógico no</p><p>processo de ensino e aprendizagem. Revista Educação Pública, v. 21, nº 23, 22 de</p><p>junho de 2021. Disponível em:</p><p>https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/23/a-utilizacao-das-</p><p>tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-como-recurso-didatico-pedagogico-</p><p>no-processo-de-ensino-aprendizagem</p><p>JUNIOR, João Batista BOTTENTUIT. Gamificação na Educação: revisão</p><p>sistemática de estudos empíricos disponíveis na Biblioteca Digital Brasileira de</p><p>Teses e Dissertações. Paraíba, 2020</p><p>https://doi.org/10.1590/0104-4060.76125</p><p>https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/23/a-utilizacao-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-como-recurso-didatico-pedagogico-no-processo-de-ensino-aprendizagem</p><p>https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/23/a-utilizacao-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-como-recurso-didatico-pedagogico-no-processo-de-ensino-aprendizagem</p><p>https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/23/a-utilizacao-das-tecnologias-de-informacao-e-comunicacao-como-recurso-didatico-pedagogico-no-processo-de-ensino-aprendizagem</p><p>46</p><p>BHUASIRI,Wannasiri et al.Critical success factors for e-learning in developing</p><p>countries: A comparative analysis between ICT experts and faculty.Computers &</p><p>Education, v. 58, n. 2, p. 843-855, 2012.</p><p>DE ANDRDADE CARNEIRO, Leonardo; GARCIA, Leandro Guimarães; BARBOSA,</p><p>Gentil Veloso. Uma revisão sobre aprendizagem colaborativa mediada por</p><p>tecnologias. Desafios-Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do</p><p>Tocantins, v. 7, n. 2, p. 52-62, 2020.</p><p>REZAGHOLILALANI, Shahla; IBRAHIM, Othman. THE EFFECTS OF</p><p>COLLABORATIVE LEARNING TOOLS ON STUDENTS'PERFORMANCE. Class</p><p>Project Book Chapter Innovations in Information System Series: 3 | Year: 2017 |</p><p>ISBN: 978-967-0194-97-4</p><p>47</p><p>O impacto das tecnologias digitais nas últimas décadas transformou a sociedade</p><p>e a comunicação. No ambiente educacional, a escola se destaca como o principal</p><p>espaço de aprendizagem, onde as ferramentas digitais podem enriquecer o</p><p>ensino e a aprendizagem (Silveira; Santos, 2023). No entanto, a integração</p><p>tecnológica nas salas de aula avança lentamente, enfrentando desafios como a</p><p>falta de formação dos professores, infraestrutura inadequada e a ausência de</p><p>metodologias pedagógicas inovadoras.</p><p>Os alunos atuais, considerados nativos digitais, estão imersos na tecnologia</p><p>desde o nascimento. Eles são multitarefas, acessam informações rapidamente e</p><p>preferem ser ativos na construção do conhecimento, em vez de apenas</p><p>receptores passivos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza a</p><p>importância das tecnologias digitais para promover uma aprendizagem crítica e</p><p>reflexiva.</p><p>Os avanços tecnológicos recentes, destacando a influência e transformação que</p><p>a Inteligência Artificial (IA) está trazendo para a sociedade. A IA está presente em</p><p>diversas atividades cotidianas, como sistemas de localização, chatbots, bots em</p><p>canais de atendimento, redes sociais e robôs para interação com o público. A IA é</p><p>descrita como uma tecnologia capaz de simular a inteligência humana através da</p><p>aprendizagem de máquina, utilizando grandes volumes de dados para gerar</p><p>respostas.</p><p>A discussão sobre o uso da IA na educação é aprofundada, ressaltando a</p><p>necessidade de encontrar soluções que agreguem valor ao processo de ensino e</p><p>aprendizagem. É enfatizado que a aplicação da IA deve considerar aspectos</p><p>humanos e éticos, não substituindo o papel do professor, mas sim contribuindo</p><p>para a personalização da aprendizagem dos alunos.</p><p>INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA SALA DE AULA:</p><p>TRANSFORMANDO A EXPERIÊNCIA EDUCATIVA</p><p>Jorge Mansur</p><p>48</p><p>As questões éticas sobre o uso de IA em sala de aula são cruciais para garantir</p><p>que professores e alunos possam aproveitar suas potencialidades respeitando</p><p>valores, direitos e liberdades individuais. Esses valores éticos incluem a</p><p>privacidade de dados, a prevenção de vieses algorítmicos na aprendizagem e a</p><p>autonomia dos usuários, assegurando que sejam participantes ativos no</p><p>processo educacional.</p><p>Na educação, a IA já é aplicada de várias maneiras,</p><p>incluindo:</p><p>Sistemas de Tutores Inteligentes: Fornecem instruções personalizadas e</p><p>feedback instantâneo, geralmente sem interferência humana.</p><p>1.</p><p>Aprendizagem Adaptativa: Utiliza características e comportamentos dos</p><p>alunos para oferecer uma aprendizagem personalizada, reconhecendo que</p><p>cada pessoa aprende de forma diferente.</p><p>2.</p><p>Aprendizagem por Máquina (Machine Learning): Permite que as máquinas</p><p>aprendam sozinhas a partir de grandes volumes de dados, estabelecendo</p><p>padrões e fazendo predições. Um exemplo é a mediadora virtual Aurora, que</p><p>responde a perguntas do público com base em uma extensa base de dados</p><p>3.</p><p>Mineração de Dados Educacionais: Envolve a análise de dados do ambiente</p><p>educacional para entender e interagir melhor com os estudantes, utilizando</p><p>abordagens computacionais.</p><p>4.</p><p>Inteligência Artificial Generativa: É usada para criar textos, imagens e outras</p><p>informações a partir de dados existentes.</p><p>5.</p><p>Essas aplicações mostram o potencial da IA para transformar a educação, mas é</p><p>essencial que sua implementação seja feita de forma ética, garantindo a equidade</p><p>e a formação contínua dos educadores.</p><p>Foi utilizado o ChatGPT para explorar as possibilidades dessa ferramenta, mas</p><p>não para criar o conteúdo deste texto. O chatbot ajudou a estruturar tópicos</p><p>importantes sobre a importância da Inteligência Artificial (IA) na sala de aula. É</p><p>crucial que professores e alunos analisem criticamente os feedbacks fornecidos</p><p>pela ferramenta, usando-os para desenvolver pensamento crítico e construir</p><p>conhecimento próprio. Educadores devem apresentar as possibilidades das</p><p>tecnologias digitais, como a IA, e introduzi-las como ferramentas que podem</p><p>contribuir significativamente para o processo de ensino e aprendizagem.</p><p>49</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BATES, A.W. Teaching ina Digital Age:Guidelines for DesigningTeaching and</p><p>LearningVancouver BC: Tony Bates Associates Ltd, 2015.</p><p>Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.</p><p>Disponível em Ministério da Educação (mec.gov.br). Acesso em 05 de maio de</p><p>2024.</p><p>HIDAYAT, N.; WARDOYO, R.; AZHARI, S. . Educational Data Mining ( EDM ) as a</p><p>Model for Students ’ Evaluationin Learning Environment. 2018Third</p><p>International Conferenceon Informatics and Computing (ICIC), p. 16–19, 2018.</p><p>JOHNSON, W. L.;VILHJÁLMSSON, H. H.;MARSELLA,</p><p>MANSUR, J. E; CARVALHO, P. V. R. de; LEGEY, A. P.; MÓL, A. C. de A. AURORA: Um</p><p>Modelo de Inteligência Artificial para Mediação de Atividades Educacionais.</p><p>Revista Novas Tecnologias na Educação, Porto Alegre, v. 21, n. 2, 2023. DOI:</p><p>10.22456/1679-1916.137736. Disponível em:</p><p>https://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/137736. Acesso em: 31 maio.</p><p>2024.</p><p>SILVEIRA, L. S. da; SANTOS, R. T. dos. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E O USO</p><p>DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA SALA DE AULA. Múltiplos Olhares em Ciência da</p><p>Informação, Belo Horizonte, v. 13, 2023. DOI: 10.35699/2237-6658.2023.26785.</p><p>Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/moci/article/view/26785.</p><p>Acesso em: 31 maio. 2024.</p><p>50</p><p>Estamos vivendo uma era de transformação digital, onde a inteligência artificial</p><p>(IA) desempenha um papel central. Antes vista como algo distante e futurista, a IA</p><p>agora faz parte do nosso cotidiano, muitas vezes de maneira imperceptível. Suas</p><p>aplicações vão muito além dos assistentes virtuais, impactando setores como a</p><p>medicina, com diagnósticos e tratamentos personalizados, e o comércio, com</p><p>experiências de compra mais eficientes.</p><p>Empresas de todos os tamanhos estão descobrindo que a IA pode otimizar</p><p>processos, reduzir custos e aumentar a competitividade. No mundo dos negócios,</p><p>especialmente na área de tecnologia da informação (TI), a IA se tornou uma</p><p>ferramenta essencial. Ela permite análises de dados em tempo real, automatiza</p><p>tarefas repetitivas e oferece insights valiosos para decisões estratégicas.</p><p>Para aproveitar todo o potencial da IA, é crucial entender suas capacidades e</p><p>como integrá-la de forma eficaz nos negócios. A adaptação a essa nova realidade</p><p>é contínua, com novas aplicações sendo descobertas diariamente. Aqueles que</p><p>se anteciparem e explorarem as possibilidades da IA agora terão uma vantagem</p><p>significativa no futuro. Não se trata apenas de adotar uma nova tecnologia, mas</p><p>de transformar a maneira como pensamos e operamos.</p><p>A questão não é se deve usar IA, mas como utilizá-la da melhor forma para</p><p>beneficiar seu negócio e vida pessoal. Estamos no início da era da descoberta da</p><p>IA, com vastas e emocionantes oportunidades. Não fique para trás – explore o</p><p>que a IA pode fazer por você.</p><p>Atualmente, a IA já permite realizar muitas tarefas, mas estamos em um</p><p>momento de descoberta e demonstrações.</p><p>EMPREENDENDO NO FUTURO DA EDUCAÇÃO E DOS</p><p>NEGÓCIOS: DESBRAVANDO AS FRONTEIRAS DA</p><p>INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>Rafael Bernardes</p><p>51</p><p>A IA é uma realidade aplicável no cotidiano de empresas e pessoas. Quanto mais</p><p>cedo você perceber isso, mais fácil será a adoção.</p><p>Há muitas novidades e aprendizados, e deixar o tempo passar pode resultar em</p><p>ficar para trás. A IA é útil desde listas de compras até grandes análises de</p><p>contratos e desempenho de empresas, além de ser válida para a educação.</p><p>A inteligência artificial (IA) está revolucionando a educação ao personalizar o</p><p>aprendizado e oferecer suporte adaptativo. Ferramentas de IA vão além dos</p><p>tutores virtuais, avaliando o desempenho dos alunos em tempo real, identificando</p><p>lacunas no conhecimento e oferecendo recursos personalizados. Isso melhora a</p><p>eficiência do aprendizado e torna a educação mais inclusiva e acessível.</p><p>Um dos maiores benefícios da IA é a personalização do ensino. Cada aluno</p><p>aprende de maneira diferente, e a IA adapta o conteúdo e a abordagem de ensino</p><p>para atender às necessidades individuais. Em vez de seguir um currículo rígido, os</p><p>alunos recebem materiais e exercícios específicos para seu nível de habilidade e</p><p>estilo de aprendizagem.</p><p>No entanto, a IA na educação também apresenta desafios e considerações</p><p>éticas. A privacidade dos dados dos alunos é uma preocupação importante,</p><p>assim como o risco de viés nos algoritmos de IA. É crucial que as ferramentas de</p><p>IA sejam desenvolvidas e utilizadas de maneira ética, garantindo uma educação</p><p>justa e imparcial para todos os alunos.</p><p>O futuro da educação com inteligência artificial (IA) é extremamente promissor. À</p><p>medida que a tecnologia avança, espera-se uma maior inovação no campo</p><p>educacional. A IA tem o potencial de criar ambientes de aprendizado mais</p><p>interativos e envolventes, oferecendo suporte personalizado e adaptativo que</p><p>atende às necessidades individuais de cada aluno. Além disso, a IA pode aliviar a</p><p>carga de trabalho dos professores, permitindo que eles se concentrem mais no</p><p>ensino e menos nas tarefas administrativas</p><p>52</p><p>A revolução da IA na educação oferece oportunidades incríveis para personalizar</p><p>o aprendizado e apoiar os estudantes de maneira mais eficaz. Casos de sucesso,</p><p>como o de um garoto de 8 anos, demonstram como a IA pode ser utilizada para</p><p>criar experiências educacionais inovadoras e envolventes. No entanto, é crucial</p><p>abordar os desafios e considerações éticas associados ao uso da IA na educação</p><p>para garantir que todos os alunos tenham acesso a uma educação justa e</p><p>imparcial.</p><p>A implementação de ferramentas de IA no ambiente educacional pode ser um</p><p>processo transformador. Se você precisar de ajuda para integrar essas</p><p>tecnologias, estou aqui para guiar você. Vamos explorar juntos todas as</p><p>possibilidades e aproveitar ao máximo o potencial da inteligência artificial na</p><p>educação.</p><p>53</p><p>A apresentação foi fruto da minha Jornada como cientista, doutora em Ciências</p><p>com experiência em divulgação científica. Sou coordenadora do Programa de</p><p>Pós-Graduação em Novas Tecnologias Digitais na Educação (PPG-NTDE) da</p><p>UniCarioca, que visa formar educadores e profissionais preparados para aplicar</p><p>tecnologias digitais e métodos de ensino que promovam ambientes de</p><p>aprendizado interdisciplinares.</p><p>Iniciei minha apresentação apresentando a importância da Ciência e da</p><p>Comunicação científica. A ciência é uma parte integral do cotidiano,</p><p>sendo a</p><p>linguagem através da qual os seres humanos interpretam o mundo. É essencial</p><p>que as escolas estabeleçam um contato instigante e reflexivo com a ciência,</p><p>preparando os alunos para participar de debates e opinar sobre os</p><p>conhecimentos científicos produzidos. A divulgação científica é a estratégia que</p><p>aproxima o conhecimento científico da população, tornando-o acessível e</p><p>valorizando-o como um recurso para uma sociedade melhor. A bem dizer a forma</p><p>mais simples de entendermos o significado de ciência é compreender que</p><p>sinônimo de ciência é conhecimento.</p><p>Também foi debatido com os congressistas conceitos de Divulgação e</p><p>Popularização da Ciência. Divulgação científica refere-se à comunicação de</p><p>conhecimentos de forma que possa ser compreendida pelo público leigo. Para</p><p>isso, é necessário desenvolver estratégias que tornem a ciência acessível e</p><p>relevante, utilizando exemplos práticos que se conectem ao cotidiano das</p><p>pessoas. Isso não apenas educa, mas também combate a desinformação, como</p><p>as fake news.</p><p>CIÊNCIA EM AÇÃO: FOMENTANDO A EVOLUÇÃO DAS</p><p>PRÁTICAS EDUCACIONAIS ATRAVÉS DA</p><p>DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA</p><p>Ana Paula Legey</p><p>54</p><p>Foi apresentado um histórico da divulgação cientifica no mundo apontando as</p><p>imagens rupestres e o papiro, onde se iniciou este processo, e as iniciativas no</p><p>Brasil desde o século XIX, para entender o estado da arte hoje com tantos</p><p>recursos digitais interessantes e lúdicos, como revistas, programas de rádio,</p><p>mídias sociais, jogos, vídeos, eventos científicos e museus.</p><p>Na minha apresentação trouxe exemplos práticos que incluem projetos como</p><p>"Brincando com o Sol", que utiliza tecnologias interativas para ensinar sobre a luz</p><p>e energia para crianças, e iniciativas voltadas para a conscientização sobre</p><p>doenças como a dengue, utilizando aplicativos e vídeos holográficos. Outros</p><p>exemplos de pesquisa foram o aplicativo em realidade virtual como o Eclipse</p><p>Sobral e uma aplicação em inteligência artificial para realizar a mediação com o</p><p>público em museus, como o MAST (RJ), chamada Aurora.</p><p>Foi apontado que, durante a pandemia, a Plataforma Proximal</p><p>(www.proximal.edu.br), uma plataforma educativa de acesso aberto, foi utilizada</p><p>para otimizar o uso da tecnologia digital na educação, permitindo que instituições</p><p>de ensino acessem recursos educativos de forma livre. O projeto visa transformar</p><p>a prática pedagógica, beneficiando tanto educadores quanto alunos. E assim</p><p>nasceu a ação social: “Ações na Pandemia” que auxiliou na divulgação científica</p><p>sobre o Coronavírus e a doença covid-19 com sequencias didáticas lúdicas e</p><p>informações para população.</p><p>Refletimos juntos como o compartilhamento de conhecimento pode ser realizado</p><p>também por periódicos científicos. Como exemplo a revista RECITE apresenta</p><p>pesquisas em ciência, tecnologia e design aplicados à educação pode ser</p><p>divulgada sem custos aos autores, promovendo o acesso ao conhecimento</p><p>gerado nas universidades. Além disso, iniciativas como o "Café com Ciência" do</p><p>NUPI no Spotify servem como plataformas adicionais para disseminar</p><p>informações e discutir pesquisas. Assim como o Instagram, uma importante rede</p><p>social que aponta um caminho profícuo para divulgação cientifica como o canal</p><p>do @nupi_unicarioca que divulga com uma linguagem muito interessante a</p><p>qualquer público as pesquisas cientificas em tecnologias digitais aplicadas a</p><p>educação formal e não formal.</p><p>55</p><p>Eu mostrei, no fim da palestra, um lindo vídeo (animação) que foi premiado em</p><p>uma Mostra de curtas e animação na UERJ chamado “Tem que Vacinar” que</p><p>ressalta a importância da vacinação contra o HPV que causa câncer de colo de</p><p>útero em mulheres na idade produtiva, mas também em mucosa oral em homens</p><p>e mulheres. Um importante instrumento de divulgação científica.</p><p>Por fim, destaco que a ciência deve ser comunicada de forma clara e acessível</p><p>para que todos possam participar da construção do conhecimento. A divulgação</p><p>científica é uma prática educativa fundamental para formar cidadãos críticos e</p><p>informados, capazes de interagir com os desafios contemporâneos e contribuir</p><p>para uma sociedade mais justa e esclarecida.</p><p>Como observação, comunico com alegria que os slides apresentados no III</p><p>Congresso Nacional de Educação, foi diagramado pela minha filha, designer em</p><p>formação, Isabella Legey Queiroz.</p><p>56</p><p>Referências Bibliográficas</p><p>ALMEIDA, T. ; MÓL, ACA; CONRADO, L. ; LEGEY, AP . A formação do professor</p><p>para o uso de metodologias facilitadoras do engajamento de forma afetiva na</p><p>Educação Infantil: um estudo de caso a partir do ensino de Ciências da Natureza.</p><p>REVISTA INSIGNARE SCIENTIA, v. 6, p. 69-89, 2023.</p><p>ARANTES, S. Sequencia didática: fundamentada na aprendizagem significativa</p><p>como facilitadora no processo de alfabetização e letramento mediada pelas</p><p>novas tecnologias digitais. Editora Appris. 2022.</p><p>BUENO,, W.C. Jornalismo cientifico. Portal do Jornalismo Cientifico, 2007.</p><p>Disponível em: http://www.jornalismocientifico.com.br .</p><p>CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. 3 ed. Ijuí: Unijuí, 1993.</p><p>Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista</p><p>brasileira de educação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 89-100, 2003.</p><p>DOLZ, J.; NOVERRAZ, Michèle; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e</p><p>a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. e</p><p>colaboradores. Gêneros orais e escritos da escola. Campinas: Mercado de Letras,</p><p>2004. p. 81-108.</p><p>FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. Editora</p><p>Cortez: São Paulo, 2006.</p><p>GOUVÊA, G. A divulgação da Ciência , da técnica e cidadania na sala de aula. IN:</p><p>GIORDAN, M; CUNHA, M.B. Divulgação Cientifica na sala de aula. Editora Unijui.</p><p>USP. 2015.</p><p>LEGEY, A. P; MARTINS, B.; MOL, ACA ; SANTO, A. C. E. . Recursos digitais como</p><p>motivação para aprendizagem: vivência da exposição interativa Brincando com o</p><p>Sol. RECITE - Revista Carioca de Ciência Tecnologia e Educação , v. 2, p. 1, 2017.</p><p>http://www.jornalismocientifico.com.br/</p><p>57</p><p>SERZEDELLO, J. E. M. ; LEGEY, A.P. ; Mol, A.C.A. ; SANTO, A. C. E. ; CARVALHO, P.</p><p>V. . PROMOÇÃO DO INTERESSE PELA CIÊNCIA POR MEIO DO USODAREALIDADE</p><p>VIRTUAL NA DEMONSTRAÇÃO DE UM EXPERIMENTOCIENTÍFICO. Recite Revista</p><p>Carioca de Ciencia tecnologia e educação, v. 7, p. 79-96, 2022.</p><p>MASSARANI, L.;MOREIRA, I. C.;BRITO, F. Ciência epúblico: caminhos da</p><p>divulgação científica no Brasil. Rio de Janeiro: Casa da Ciência, 2002.</p><p>MIGUEL, L. C. ; LEGEY, A.P. ; SANTO, A. C. E. ; MÓL, A.C.A. Ambiente virtual com</p><p>realidade virtual interativa no auxílio de ensino de engenharia de reatores. Revista</p><p>mundi engenharia, tecnologia e gestão, v. 7, p. 1-24, 2023.</p><p>PEREIRA, J., Legey , AP. Fernandes, R, Alves, L., Isnardo, S. Mol, ACA,et al.</p><p>Argonauta Virtual eshibition: presentation on the importance of a research</p><p>reactor. International Nuclear Atlantic Conference. INAC, 2024 a.</p><p>PEREIRA, J., Legey , AP. Fernandes, R, Alves, L., Isnardo, S. Mol, ACA, et al.</p><p>Scientific Outreach and The Museum of Nuclear Knowledge. International Nuclear</p><p>Atlantic Conference. INAC, 2024 b.</p><p>PEREIRA, J., Legey , AP. Fernandes, R, Alves, L., Isnardo, S. Mol, ACA,et al. City of</p><p>scienceat the Museum os Nuclear knowledge: an environment to experience</p><p>science International Nuclear Atlantic Conference. INAC, 2024 c.</p><p>PEREIRA, B. O. ; VALLE, M. G. O discurso museológico e suas tipologias em um</p><p>museu de história natural. Ciencia e Educação. V. 23, n 4., 2017. Disponível em:</p><p>https://doi.org/10.1590/1516-731320170040004</p><p>SASSERON, L. H.. Alfabetização científica, ensino por investigação e</p><p>argumentação: relações entre ciências da natureza e escola. Ensaio Pesquisa em</p><p>Educação em Ciências, Minas Gerais,v. 17, n.spe, p. 49-67,2015.</p><p>SASSERON, L.H.; MACHADO, V. F. Alfabetização científica na Pratica. Inovando a</p><p>forma de ensinar física. Editora livraria da Fisica: São Paulo. 2017.</p><p>http://lattes.cnpq.br/1168989222280325</p><p>http://lattes.cnpq.br/8486882484125774</p><p>http://lattes.cnpq.br/8486882484125774</p><p>https://doi.org/10.1590/1516-731320170040004</p><p>58</p><p>SESSA, Patricia; TRIVELATO, Silvia L.</p>