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<p>Projeto TCC Parte Ana Carolina Aquino M O Sousa 2021095</p><p>Transtornos Alimentares</p><p>Compulsão Alimentar</p><p>A compulsão alimentar é um transtorno alimentar em que a pessoa sente uma necessidade irresistível de comer grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, mesmo que não sinta fome física.Segundo informações fornecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2021, cerca de 4,7% da população sofre com essa condição, um dado alto em relação à taxa mundial de 2,6%.Com o objetivo de auxiliar familiares, amigos e as próprias pessoas que são atingidas por este tipo de malefício, e diante de dados tão alarmantes, vimos a necessidade de iniciar um diálogo sobre este e outros transtornos.</p><p>Perguntas sobre:</p><p>Quais são os principais sintomas de uma pessoa que sofre com a compulsão alimentar?</p><p>Como a compulsão está relacionada com o consumo excessivo de alimentos, os sintomas envolvem:</p><p>Comer grandes quantidades de alimentos em pouco tempo.</p><p>Sentir uma perda de controle sobre a alimentação durante o episódio de compulsão.</p><p>Sentir-se muito envergonhado, culpado ou deprimido depois de comer demais.</p><p>Comer até se sentir fisicamente desconfortável ou com dor.</p><p>Esconder alimentos ou comer em segredo.</p><p>Comer mesmo quando não está com fome.</p><p>Comer rapidamente ou de forma descontrolada.</p><p>Sentir uma necessidade constante de comer.</p><p>Ganho de peso significativo ou obesidade.</p><p>2. Como é feito o diagnóstico da compulsão alimentar?</p><p>O diagnóstico da compulsão alimentar deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, por meio de uma avaliação clínica que deve incluir entrevista, análise do histórico médico, avaliação física, exames e critérios diagnósticos específicos.</p><p>Quais as principais causas deste transtorno?</p><p>A compulsão pode ser causada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, tais como:</p><p>Fatores biológicos: controle do apetite e das emoções.</p><p>Fatores psicológicos: estresse, ansiedade, depressão, baixa autoestima.</p><p>Pressão social: necessidade de manter boa aparência e fácil acesso a alimentos ricos em calorias.</p><p>Estilo de vida: falta de atividade física regular, hábitos alimentares descontrolados ou dietas extremamente restritivas.</p><p>Histórico de traumas: abuso físico, sexual ou mental que tem como consequência a compulsão alimentar.</p><p>Genética: embora a compulsão alimentar não seja necessariamente hereditária, estudos sugerem que pode haver uma predisposição genética para transtornos alimentares.</p><p>A compulsão alimentar pode levar a problemas de saúde a longo prazo?</p><p>Sim, no caso do não tratamento da compulsão, a pessoa pode sofrer com outras consequências, como o desenvolvimento da obesidade, problemas gastrointestinais, outros transtornos alimentares, baixo autoestima, entre outros.</p><p>Quais são os tratamentos disponíveis para a compulsão alimentar?</p><p>Os tratamentos para compulsão alimentar devem ser indicados após o diagnóstico do profissional, e pode conter sessões de psicoterapia com o método cognitivo-comportamental (TCC), medicamentos, nutrição, apoio social e tratamento interdisciplinar com algumas frentes.</p><p>Objetivo</p><p>No tratamento da compulsão alimentar, a TCC, tem como objetivo, aumentar a autoestima, reduzir a ansiedade associada à aparência, melhora dos episódios da compulsão, reduzir o peso corporal, prevenir recaídas.</p><p>justificativa</p><p>Os transtornos alimentares possuem uma etiologia multifatorial, composta de predisposições genéticas, socioculturais e vulnerabilidades biológicas e psicológicas. Entre os fatores predisponentes, destacam-se a história de transtorno alimentar e (ou) transtorno do humor na família, os padrões de interação presentes no ambiente familiar, o contexto sociocultural, caracterizado pela extrema valorização do corpo magro, disfunções no metabolismo das monoaminas centrais e traços de personalidade. A dieta é o comportamento precursor que geralmente antecede a instalação de um transtorno alimentar. Contudo, a presença isolada da dieta não é suficiente para desencadear o transtorno alimentar, tornando-se necessária uma interação entre os fatores de risco e outros eventos precipitantes. Por último, o curso transitório ou crônico de um transtorno alimentar está relacionado à persistência de distorções cognitivas, à ocorrência de eventos vitais significativos e a alterações secundárias ao estado de desnutrição.</p><p>Metodologia</p><p>Foram encontrados dois ensaios clínicos abertos e 15 controlados. O desfecho primário na maioria desses estudos é a compulsão alimentar. No geral, os ensaios clínicos avaliados sugerem que o uso da terapia cognitivo-comportamental resulta numa melhora significativa da compulsão alimentar e dos sintomas psicopatológicos associados ao transtorno da compulsão alimentar periódica, sem resultar em perda de peso substancial. CONCLUSÕES: As evidências disponíveis sugerem que a terapia cognitivo-comportamental é um método de tratamento eficaz para o transtorno da compulsão alimentar, em relação aos componentes psicológicos dessa condição. Entretanto, sua eficácia na redução do peso corporal e na manutenção dos seus efeitos no longo prazo ainda precisa ser melhor investigada.</p><p>Cronograma</p><p>O processo é desenvolvido ao longo de três etapas, cada uma com oito entrevistas realizadas duas vezes por semana. O compromisso do paciente com a terapia é o objetivo principal no começo do tratamento e pode ser dividido sinteticamente nos seguintes objetivos: expectativas, intenções e esperança. Salienta-se a importância de construir as expectativas positivas sobre a terapia, tanto sobre o papel (o que é esperado do terapeuta e do paciente) como sobre os resultados (Gilbert & Leahy, 2007). Outro objetivo desta primeira fase consiste no controle da ingestão. Para evitar que o paciente faça o “movimento pendular” de passar de uma dieta restritiva que lhe provoque fome para um episódio bulímico, é indicado um programa alimentar fixo, com técnicas comportamentais, como evitar as situações de estresse, contextos de hábito ou de tentação, geralmente precipitadores dos empanturramentos (Fairburn, 1991).</p><p>A segunda fase é voltada para a reestruturação cognitiva, e consiste em procurar modificar as crenças irracionais que mantêm e reforçam os padrões disfuncionais. Exploram-se então métodos alternativos de solução de problemas. Segundo Fairburn (1991), para estas pessoas os valores e crenças não são apenas sintomáticos, mas essenciais para a manutenção deste transtorno. Dessa forma, modificá-los é pré-requisito para a evolução e recuperação do paciente (Hercovici & Bay, 1997).</p><p>Também é fundamental que os pacientes entendam a interação entre seus pensamentos, sentimentos e disfunções de comportamentos. Devem compreender que o peso não é o problema real, mas que outros problemas mais importantes estão dirigindo e mantendo o transtorno alimentar (White & Freeman, 2003).</p><p>Por fim, a terceira etapa se preocupa em manter as conquistas das fases anteriores e fazer um plano de prevenção de recaídas, por meio de antecipação e preparação para o enfrentamento de situações de estresse que anteriormente ativavam os padrões disfuncionais (Hercovici & Bay, 1997). Mas além do seguimento adequado de um plano de tratamento, a TCC considera a qualidade da relação terapêutica, ou seja, o vínculo entre paciente e terapeuta, como fundamental. Já em um primeiro momento é importante deixar claro para o doente que há um interesse autêntico em ajudá-lo, que não se vai enganá-lo e que os sintomas podem ser manejados (Fairburn & Cooper, 1991).</p><p>Mas o tratamento dos transtornos alimentares não deve se dar somente através da TCC. Nessas doenças a equipe interdisciplinar é fundamental devido à possível necessidade de hospitalização, ganho urgente de peso, problemas físicos causados tanto pela restrição como pelas orgias alimentares e purgações. Hoje se sabe que os melhores resultados são alcançados através das equipes multiprofissionais (Whisenant & Smith, 1995). É ideal que participem desta equipe: educadores físicos, enfermeiros, dentistas, médicos clínicos, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, entre outros.</p><p>Ortorexia</p><p>Os primeiros sinais da ortorexia incluem a busca constante por uma dieta saudável e a preocupação na escolha dos alimentos.</p><p>Por isso, é comum a pessoa dedicar muito tempo em pesquisas, lendo rótulos de alimentos e na escolha do que ingerir.</p><p>Perguntas sobre</p><p>Quais os principais sintomas da ortorexia ?</p><p>Recusa por alimentos industrializados;</p><p>Foco excessivo em seguir uma dieta saudável;</p><p>Preocupação com a origem e preparo dos alimentos;</p><p>Afastamento do convívio social;</p><p>Evitar refeições fora de casa;</p><p>Exclusão de alguns tipos de alimentos da dieta: carnes, açúcares e gorduras;</p><p>Sensação de culpa e tristeza ao consumir algum alimento fora da dieta;</p><p>Preocupação com as informações nutricionais do alimento.</p><p>Além disso, a ortorexia pode ter como consequência a redução da capacidade de concentração, anemia, perda de peso e isolamento social.</p><p>Qual a principal causa da ortorexia?</p><p>A principal causa da ortorexia é a busca por um corpo perfeito, conforme os padrões de beleza valorizados pela sociedade. Além disso, a pessoa com o transtorno acredita que, por meio dessa dieta, terá saúde e irá prevenir doenças.</p><p>Qual o principal prejuízo causado pela ortorexia?</p><p>Disfunções como anemia e avitaminose são exemplos de problemas de saúde que podem ser desenvolvidos em decorrência da fixação por alimentos saudáveis. Outro dano inevitável causado pela ortorexia é o isolamento social.</p><p>Como é feito o diagnóstico da ortorexia?</p><p>O diagnóstico da ortorexia deve ser feito por um médico ou nutricionista através de uma avaliação detalhada dos hábitos alimentares, para perceber se existem restrições alimentares importantes e excesso de preocupação com a comida.</p><p>Como a ortorexia se desenvolve?</p><p>Isso ocorre quando a dieta se torna extremamente restritiva, excluindo nutrientes essenciais para o organismo. Deficiências nutricionais, perda de peso, queda de cabelo, unhas fracas e mau funcionamento do intestino são algumas das consequências dessa obsessão.</p><p>Objetivos</p><p>Minimizar as restrições alimentares, estabelecer um padrão regular de refeições, incrementar a variedade de alimentos consumidos, corrigir deficiências nutricionais e estabelecer práticas de alimentação saudáveis sem restrição severa.</p><p>Justificativa</p><p>A principal causa da ortorexia é a busca por um corpo perfeito e pelos padrões de beleza impostos pela sociedade. Além disso, a pessoa acredita que através dessa dieta terá saúde e irá prevenir doenças.</p><p>Metodologia</p><p>Geralmente, precisam de psicoterapia, sessões de orientação alimentar e medicamentos. É comum ser necessário tomar suplementos nutricionais nos casos em que há deficiências em vitaminas e minerais ou presença de doenças como anemia.</p><p>Cronograma</p><p>O tratamento da ortorexia envolve uma abordagem multidisciplinar que abrange os aspectos físicos e psicológicos dessa condição. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, é usada para identificar e modificar padrões de pensamento distorcidos relacionados à alimentação. Esse modelo incentiva a pessoa a enfrentar medos alimentares e a reintroduzir gradualmente alimentos evitados.</p><p>Por sua vez, o aconselhamento nutricional fornece orientações sobre uma alimentação saudável e equilibrada, de modo a auxiliar a pessoa a diversificar sua dieta e a reintroduzir aos poucos os alimentos que havia excluído.</p><p>Além disso, o suporte emocional e o apoio familiar e social são imprescindíveis. A participação ativa da família e dos amigos ajuda a pessoa a enfrentar os desafios da alimentação e fornece um ambiente de apoio e compreensão durante o tratamento.</p><p>Cada caso de Ortorexia é único, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais. Então, a intervenção profissional de uma equipe multidisciplinar é decisiva para garantir uma abordagem abrangente e adequada ao tratamento desse transtorno alimentar. Com o suporte adequado, é possível superar a condição e desenvolver uma relação saudável e equilibrada com a comida.</p><p>Fatorexia</p><p>A Fatorexia é um transtorno semelhante à anorexia, em que portadores muitas vezes têm uma imagem falsa ou distorcida de sua real forma física</p><p>Perguntas sobre</p><p>Quais são as causas da fatorexia?</p><p>Está associada a diversos fatores, genéticos, psicológicos, biológicos e comportamentais. Quando diagnosticado, o transtorno pode ser tratado e a qualidade de vida reestabelecida.</p><p>Como curar a fatorexia?</p><p>O tratamento da compulsão alimentar é multidisciplinar e especializado, ou seja, a pessoa é acompanhada por vários profissionais. Em muitos casos, é necessário que a pessoa compulsiva seja acompanhada por um psiquiatra, nutricionista, nutrólogo, clínico geral, psicólogo, entre outros especialistas.</p><p>Objetivos</p><p>Restabelecer a saúde física do paciente, com auxílio multidisciplinar.</p><p>A distorção de imagem corporal não tem cura. Porém, ela tem o tratamento, o qual deve ser feito com uma equipe multidisciplinar que consiga oferecer suporte nos diversos aspectos da distorção de imagem.</p><p>Justificativa</p><p>O paciente com Fatorexia tem excesso de peso em seu corpo, mas percebe-se como saudável e magro, fazendo com que o sujeito negue que está acima do peso, pelo fato de existir distorção de imagem corporal e complicando o processo de redução de peso. Quem tem Fatorexia, é obeso, mas ao se olhar no espelho, não tem consciência de sua obesidade.</p><p>Metodologia</p><p>O tratamento requer paciência para mostrar ao paciente o quanto o excesso de peso está comprometendo sua saúde. O paciente precisa ter apoio de família e amigos, juntamente com a ajuda de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, médico, nutricionista e educador físico.</p><p>Cronograma</p><p>O tratamento é com terapia cognitivo-comportamental ou, às vezes, psicoterapia interpessoal ou fármacos [inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) ou lisdexanfetamina] e acompanhamento nutricional adequado aos níveis que o paciente se encontra.</p><p>Referências:</p><p>Disponíveis em :</p><p>https://doi.org/10.1590/S1516-44462000000600008</p><p>https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700005</p><p>https://doi.org/10.1590/S0101-81082007000100015</p><p>https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452013000100004</p><p>https://doi.org/10.1590/S1415-52732011000200015</p><p>https://hospitalsantamonica.com.br/ortorexia-o-que-e-e-quais-os-seus-sintomas-e-tratamento/</p><p>https://www.scielo.br/j/rn/a/kvYZqHdSzVBcjZfBj3Tx66q/</p><p>https://doi.org/10.1590/S1415-52732011000200015</p><p>2</p>