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<p>O</p><p>COMPORTAMENTALISMO</p><p>DE PIAGET</p><p>UNIBRAS FACULDADE DO NORTE GOIANO</p><p>DOCENTE: VANESSA CRISTINA RIBEIRO 8° PERÍODO DE ODONTOLOGIA</p><p>ALUNOS: DANYELA, FELIPE GANZAROLI, GEOVANA FERNANDES, GEOVANA LISSA,</p><p>JULIANA, KAILLANY, KALLISLAINY, LIDIELE, MARIA EDUARDA, MYLLENA, VITÓRIA MARIA,</p><p>WEDYSLAINE</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>■ Importância de Piaget na Psicologia: Ao lado de Freud, Piaget é um dos principais nomes da Psicologia do</p><p>desenvolvimento infantil; Embora importante, Piaget não é estritamente um psicólogo do desenvolvimento.</p><p>■ Foco no Desenvolvimento Intelectual : Ênfase na descrição e caracterização dos estágios do desenvolvimento</p><p>intelectual; Orientação para educadores no planejamento e oferecimento de estímulos.</p><p>■ Conceito de Conhecimento em Piaget: Conhecimento como organização e explicação do mundo a partir da</p><p>experiência; Conhecimento surge da ação do sujeito sobre o meio e se constitui pela estruturação da experiência.</p><p>■ Adaptação e Conhecimento : Questão central: como o ser vivo adapta-se ao meio ambiente? Adaptação biológica e</p><p>conhecimento ligados pela assimilação e transformação de dados exteriores. Conhecimento não é uma cópia, mas</p><p>uma integração em uma estrutura mental existente.</p><p>■ Trocas entre Organismo e Meio : Conhecimento resulta das trocas entre o organismo e o meio; Essas trocas</p><p>produzem estruturas mentais que não estão programadas geneticamente.</p><p>■ Processo de Adaptação : Adaptação envolve assimilação e acomodação; Conceito evolui de um fluxo irreversível</p><p>para equilíbrio progressivo, até chegar à abstração reflexiva; Ação é central na adaptação e no desenvolvimento do</p><p>conhecimento.</p><p>■ Equilibração Cognitiva : Processos de assimilação e acomodação devem estar em equilíbrio; Desequilíbrio gera</p><p>conflitos que acionam mecanismos de equilibração; Novos equilíbrios levam ao progresso na construção do</p><p>conhecimento.</p><p>Os Estádios No Desenvolvimento</p><p>Cognitivo</p><p>■ Estruturas Mentais e Estágios Cognitivos:</p><p>A organização da experiência pela criança reflete a lógica das classes e relações. Os</p><p>estágios representam etapas sucessivas de desenvolvimento cognitivo, baseadas na</p><p>dinâmica das estruturas mentais.</p><p>■ Critérios para Definir Estágios:</p><p>Ordem constante das aquisições, integração das estruturas de estágios anteriores, e</p><p>uma estrutura de conjunto com leis de totalidade. Estágios incluem um nível de</p><p>preparação e um de acabamento, distinguindo-se pelo processo de formação e</p><p>equilíbrio final.</p><p>■ Cada estágio surge da equilibração do anterior, formando um percurso necessário</p><p>para a construção da inteligência.</p><p>O Estágio da Inteligência Sensório-</p><p>Motora (0 a 2 anos)</p><p>■ Este período é crucial para o desenvolvimento cognitivo, servindo como base para</p><p>todos os processos mentais futuros.</p><p>■ Os esquemas sensório-motores, as primeiras formas de pensamento, são padrões</p><p>de comportamento aplicáveis a diversos objetos e contextos.</p><p>■ Durante este estádio, a evolução cognitiva da criança ocorre em seis subestágios,</p><p>nos quais se formam as categorias fundamentais do conhecimento: objeto, espaço,</p><p>causalidade e tempo.</p><p>Subestágio I:</p><p>O Exercício dos Reflexos</p><p>(até 1 mês)</p><p>■ Ações Espontâneas: Os esquemas reflexos são respostas automáticas que surgem</p><p>espontaneamente quando certos estímulos estão presentes.</p><p>■ Organização Inicial: Estes reflexos apresentam uma organização quase idêntica nas</p><p>primeiras vezes em que se manifestam.</p><p>■ Atividade Cognitiva Inicial: No primeiro mês de vida, os esquemas reflexos dominam</p><p>a atividade cognitiva da criança, como o reflexo de sucção e o reflexo de preensão.</p><p>Subestágio II : As Primeiras Adaptações</p><p>Adquiridas e a Reação Circular Primária (1</p><p>mês a 4 meses e meio)</p><p>■ Desajustes e Reajustes: Com as interações da criança com o ambiente, os</p><p>esquemas reflexos enfrentam desajustes devido à resistência na assimilação de</p><p>novos objetos e ações, levando à acomodação e ao estabelecimento de novos</p><p>equilíbrios.</p><p>■ Diferenciação e Coordenação: Os esquemas reflexos se diferenciam e coordenam,</p><p>resultando na criação de novos esquemas de ação, como a coordenação entre</p><p>olhar e pegar, que se tornam mais complexos ao longo do desenvolvimento.</p><p>■ Reação Circular Primária: No segundo mês, surgem comportamentos como a</p><p>sucção do polegar, caracterizando a reação circular primária, onde a criança repete</p><p>ações que produzem resultados interessantes. Estas ações não geram ainda</p><p>representações mentais, sendo mais baseadas na coordenação motora e sensorial.</p><p>Subestágio III: As Adaptações Sensório-</p><p>Motoras Intencionais e as Reações Circulares</p><p>Secundárias (4 meses e meio a 8-9 meses)</p><p>■ Reações Circulares Secundárias : Ações intencionais voltadas para objetos externos</p><p>para manter um resultado.</p><p>■ Desenvolvimento da Permanência do Objeto : Compreensão de que os objetos</p><p>continuam a existir mesmo quando não são visíveis.</p><p>■ Previsão e Causalidade : Capacidade de antecipar os resultados das ações e entender</p><p>a causalidade associada às próprias ações.</p><p>■ Coordenação de Esquemas : Integração de esquemas motores e visuais, como agarrar</p><p>e observar, com uma noção de sucessão de eventos.</p><p>■ Percepção Espacial e Temporal :Desenvolvimento da compreensão das relações</p><p>espaciais e uma noção básica de tempo relativa às próprias ações.</p><p>■ Exploração Ativa e Experimentação : Exploração ativa do ambiente e experimentação</p><p>com diferentes maneiras de interagir com objetos.</p><p>Subestágio IV:</p><p>A Coordenação dos Esquemas Secundários</p><p>e sua Aplicação Às Situações Novas</p><p>(8-9 Meses A 11-12 Meses)</p><p>■ Coordenação de Esquemas Secundários : A criança começa a usar esquemas secundários para atingir</p><p>objetivos não imediatamente acessíveis, mostrando uma coordenação intencional entre meios e fins.</p><p>■ Dissociação entre Meios e Fins : Há uma distinção crescente entre os meios utilizados e os fins</p><p>desejados, refletindo uma coordenação mais sofisticada dos esquemas.</p><p>■ Imitação de Respostas : A capacidade de imitar respostas e ações que não foram diretamente</p><p>observadas indica avanços na memória e representação.</p><p>■ Busca de Objetos Ocultos : A criança procura objetos escondidos, mas ainda busca principalmente no</p><p>local onde o objeto foi inicialmente escondido, não acompanhando deslocamentos.</p><p>■ Desenvolvimento da Causalidade e Relações Espaciais : Transição da causalidade mágica para uma</p><p>compreensão mais objetiva e desenvolvimento de uma compreensão mais avançada das relações</p><p>espaciais.</p><p>■ Noção de Tempo Objetivo : A criança começa a aplicar a noção de tempo a eventos independentes de</p><p>suas ações, começando a entender séries temporais objetivas.</p><p>Subestágio V:</p><p>A Reação Circular Terciária e a Descoberta dos</p><p>Meios Novos por Experimentação Ativa</p><p>(11-12 Meses A 18 Meses)</p><p>■ Imitação Deliberada : A criança começa a imitar ações de forma mais intencional e deliberada, refletindo</p><p>um desenvolvimento mais avançado na capacidade de representação.</p><p>■ Reação Circular Terciária : A criança explora objetos desconhecidos usando uma variedade de esquemas</p><p>(pegar, levantar, sacudir) e repete essas ações para descobrir novos efeitos, caracterizando um esforço</p><p>para captar novidades.</p><p>■ Experiências para Ver : A criança realiza experimentações ativas para observar a natureza dos efeitos</p><p>novos, modificando e testando os resultados para aprender sobre os objetos e seus comportamentos.</p><p>■ Descoberta de Meios Novos : A criança começa a utilizar objetos intermediários (suportes, barbantes,</p><p>bastões) para alcançar e manipular outros objetos, mostrando uma forma mais complexa de solução de</p><p>problemas.</p><p>■ Reconhecimento e Busca de Objetos Ocultos : A criança desenvolve a capacidade de buscar objetos</p><p>ocultos em posições resultantes de deslocamentos, mostrando um entendimento mais sofisticado sobre</p><p>a permanência do objeto e a atuação sobre ele.</p><p>■ Percepção Espacial e Temporal : A criança adquire noções de relações espaciais e sucessão temporal,</p><p>começando a perceber e lembrar deslocamentos e eventos em uma sequência, com uma noção</p><p>emergente de causalidade objetiva.</p><p>Subestágio VI: A Invenção dos Meios Novos</p><p>por Combinação Mental e a Representação</p><p>(1 Ano E Meio A 2 Anos)</p><p>■ Função Simbólica : A criança começa a representar mentalmente o mundo exterior por meio de</p><p>imagens, memórias e símbolos, sem necessidade de ações físicas diretas.</p><p>■ Atividade Lúdica e Simbolismo : A capacidade de “fingir” e realizar atividades de "como se" reflete</p><p>o uso do símbolo motivado, indicando uma nova forma de interação com o mundo.</p><p>■ Invenção e Representação : A invenção não é mais prática, mas mental, com a criança adaptando</p><p>esquemas para novas situações e representando mentalmente objetos e eventos.</p><p>■ Representação dos Objetos Ocultos : A criança representa deslocamentos invisíveis de objetos</p><p>ocultos e busca causas que não vê, prevendo efeitos futuros com base na representação dos</p><p>objetos.</p><p>■ Desenvolvimento da Noção de Tempo : A capacidade de situar eventos em um tempo</p><p>representativo, que engloba tanto a si mesma quanto o mundo, e a extensão da percepção</p><p>temporal a acontecimentos lembrados.</p><p>■ Transição para a Inteligência Representativa : A criança passa de uma percepção direta do mundo</p><p>para uma representação simbólica, onde esquemas de ação se transformam em esquemas</p><p>representativos, permitindo uma estruturação mais complexa do espaço-tempo e da causalidade.</p><p>O Estágio Pré-Operatório ou Simbólico</p><p>(2 a 6-7 anos)</p><p>■ Desenvolvimento da Função Simbólica: A criança começa a usar símbolos, imagens e palavras</p><p>para representar o mundo, o que possibilita o "fazer de conta" e a imitação diferida.</p><p>■ Egocentrismo Intelectual: O pensamento da criança é predominantemente egocêntrico, com</p><p>dificuldades para considerar perspectivas diferentes da própria e raciocínios lógicos gerais.</p><p>■ Interiorização da Imitação: A capacidade de imitar se interioriza, permitindo à criança criar</p><p>representações mentais e substitutos simbólicos para objetos e ações.</p><p>■ Linguagem e Pensamento Imagístico: A criança adquire linguagem e forma um sistema de</p><p>imagens mentais, mas as palavras ainda evocam realidades particulares, não conceitos abstratos.</p><p>■ Jogo Simbólico e Pensamento Imaginativo: No jogo simbólico, a criança transforma a realidade de</p><p>acordo com suas necessidades e desejos, refletindo um pensamento dominado por imagens e</p><p>desejos pessoais.</p><p>■ Evolução para o Pensamento Intuitivo: Entre 5 e 7 anos, a criança começa a desenvolver uma</p><p>compreensão mais geral e organizada do mundo, baseando-se em configurações representativas</p><p>mais amplas, embora o pensamento ainda seja imagístico e não totalmente lógico.</p><p>O Estágio Operatório Concreto (7 a 11-</p><p>12 anos)</p><p>■ Aquisição da Reversibilidade Lógica: A criança desenvolve a habilidade de se</p><p>representar mentalmente ações e suas inversas, permitindo a compreensão de</p><p>processos que podem ser revertidos e facilitando a conservação de propriedades</p><p>como comprimento, peso e volume.</p><p>■ Construção de Invariantes Cognitivos :A criança adquire a capacidade de conservar</p><p>propriedades físicas e quantidades (como comprimento e volume), refletindo um</p><p>equilíbrio mais estável e complexo entre suas representações mentais e a</p><p>realidade.</p><p>O Estágio das Operações Formais (11 a</p><p>15-16 anos)</p><p>■ Raciocínio Hipotético-Dedutivo: O adolescente pode fazer deduções e resolver</p><p>problemas com base em hipóteses teóricas, sem necessidade de manipulação</p><p>concreta, permitindo um pensamento mais abstrato e avançado.</p><p>■ Estruturas Intelectuais Abstratas: Desenvolvimento da habilidade de organizar e</p><p>agrupar representações em estruturas complexas, possibilitando a construção de</p><p>conceitos mais sofisticados e equilibrados.</p><p>■ Desconexão da Manipulação Concreta: O pensamento torna-se independente da</p><p>manipulação direta dos objetos, permitindo a elaboração de conceitos e soluções</p><p>com base em lógica e raciocínio abstrato.</p><p>Os Fatores do Desenvolvimento e o</p><p>Processo de Equilibração</p><p>■ Maturação Nervosa: A maturação se manifesta do potencial herdado, é o mecanismo pelo qual</p><p>esses limites são estabelecidos.</p><p>■ Experiência ativa: são aquelas que provocam assimilação, acomodação resultando em uma</p><p>mudança cognitiva (mudança nas estruturas ou esquemas)</p><p>■ Interação social: Os conceitos ou esquemas que a pessoa desenvolve podem ser assim classificados:</p><p>(1) aqueles que sensorialmente, têm referentes físicos acessíveis (eles podem ser vistos, ouvidos e</p><p>assim por diante) e (2) aqueles que não têm tais referentes. Interação com outras pessoas serve</p><p>também para causar desequilíbrio relativo ao conhecimento físico e ao conhecimento lógico-</p><p>matemático.</p><p>■ Equilibração: O desenvolvimento cognitivo, pode ser dividido, enquanto um processo contínuo, em</p><p>quatro estágios para fins de análise e descrição. O desenvolvimento afetivo ocorre de modo</p><p>semelhante ao desenvolvimento cognitivo. Isto é, as estruturas afetivas são construídas como as</p><p>estruturas cognitivas são construídas. O aspecto afetivo é responsável pela ativação da atividade</p><p>intelectual e pela seleção dos objetos sobre os quais agir.</p><p>Papel da Interação no Desenvolvimento da</p><p>Criança e na Construção do Conhecimento</p><p>■ Construtivismo e Interação: Piaget postulou que o conhecimento é construído ativamente pelo sujeito em</p><p>interação com o objeto. O processo de assimilação (integração do objeto nas estruturas existentes) e</p><p>acomodação (ajuste das estruturas para incorporar novas informações) é fundamental para o</p><p>desenvolvimento cognitivo.</p><p>■ Interação Contínua: O conhecimento resulta da interação contínua entre os esquemas de assimilação do</p><p>sujeito e as propriedades do objeto. Este processo é tanto relativista (o conhecimento é relativo a um</p><p>momento específico) quanto interacionista (surge da interação entre sujeito e objeto).</p><p>■ Atividade e Conhecimento: A construção do conhecimento ocorre através da ação. O tipo de atividade</p><p>necessária varia conforme o tipo de conhecimento a ser adquirido. Para conhecimento físico e lógico-</p><p>matemático, a interação com objetos é crucial, enquanto o conhecimento social e afetivo se desenvolve a</p><p>partir da interação com pessoas.</p><p>■ Desenvolvimento Social e Afetivo : O desenvolvimento social e afetivo é facilitado pela interação entre as</p><p>crianças. Piaget destacou como essas interações ajudam a formar relações cooperativas e a coordenação</p><p>de perspectivas, que são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e social.</p><p>■ Impacto das Interações no Desenvolvimento Cognitivo: No seu trabalho "O Julgamento Moral na Criança",</p><p>Piaget explora como as interações entre crianças promovem o desenvolvimento de relações sociais e</p><p>cooperativas. Essas interações não apenas contribuem para o desenvolvimento social e afetivo, mas</p><p>também são essenciais para o avanço das capacidades cognitivas.</p><p>Cada vez que alguém ensina prematuramente a uma</p><p>criança algo que ele poderia ter descoberto, essa</p><p>criança é impedida de inventá-la e,</p><p>consequentemente, de compreendê-la</p><p>completamente.</p><p>Jean Piaget</p>

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