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<p>01POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA (OFICIAL)</p><p>Provas Objetivas e Discursivas</p><p>Comentado</p><p>SIMULADO COMPLETO</p><p>POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA</p><p>“Sucesso é o acúmulo</p><p>de pequenos esforços,</p><p>repetidos dia e noite...”</p><p>Robert Collier</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>GABARITO - 1º Simulado Oficial - PMSC (Pós-Edital)</p><p>1 2 3 4 5 6 7 8 9 10</p><p>A B A D A E D B A B</p><p>11 12 13 14 15 16 17 18 19 20</p><p>B E C B A E E D C D</p><p>21 22 23 24 25 26 27 28 29 30</p><p>C D B E A E C D C D</p><p>31 32 33 34 35 36 37 38 39 40</p><p>A E B C B C B D A E</p><p>41 42 43 44 45 46 47 48 49 50</p><p>C E B A D C E C A B</p><p>51 52 53 54 55 56 57 58 59 60</p><p>C C E D C E C D D C</p><p>61 62 63 64 65 66 67 68 69 70</p><p>A B E B C D C A A E</p><p>71 72 73 74 75 76 77 78 79 80</p><p>E B A E C E D A C B</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 01 – DIREITO CONSTITUCIONAL – PM-SC OFICIAL</p><p>Maria é uma jovem nascida no Brasil, filha de pais estrangeiros que estão em situação migratória</p><p>irregular no país. Ela sempre viveu no Brasil e se considera brasileira, uma vez que nasceu e</p><p>cresceu aqui. No entanto, ao tentar se matricular em uma universidade pública, Maria é</p><p>informada de que não pode concorrer às vagas destinadas a brasileiros, pois seus pais não</p><p>possuem nacionalidade brasileira.</p><p>Os direitos de nacionalidade são elencados no início do texto constitucional. Sobre a temática,</p><p>com base na CRFB/88, informe, em no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, a resposta aos</p><p>questionamentos abaixo:</p><p>a. Maria tem direito à nacionalidade brasileira mesmo sendo filha de pais estrangeiros em</p><p>situação migratória irregular?</p><p>b. É possível a extradição de Maria? Em caso negativo, embase legalmente. Em caso positivo,</p><p>cite as hipóteses.</p><p>c. Explique os casos de perda da nacionalidade elencados na CRFB/88;</p><p>d. Cite uma hipótese em que o ius sanguinis é válido para determinar a nacionalidade brasileira.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 01 – COMENTADO – PM-SC</p><p>a. Maria tem direito à nacionalidade brasileira mesmo sendo filha de pais estrangeiros</p><p>em situação migratória irregular?</p><p>Considerando apenas a Constituição e o princípio do "ius solis", que estabelece a</p><p>nacionalidade a partir do local de nascimento, Maria teria direito à nacionalidade brasileira. De</p><p>acordo com a Constituição Federal brasileira, são considerados brasileiros natos aqueles que</p><p>nascem em território brasileiro, independentemente da nacionalidade dos pais.</p><p>O princípio do "ius solis" é adotado pelo Brasil, o que significa que o local de nascimento</p><p>é o critério determinante para a atribuição da nacionalidade. Sendo assim, se Maria nasceu no</p><p>Brasil, mesmo sendo filha de pais estrangeiros em situação migratória irregular, ela seria</p><p>considerada brasileira nata e teria direito à nacionalidade brasileira.</p><p>Nos moldes da CF:</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais</p><p>estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;</p><p>b. É possível a extradição de Maria?</p><p>Não! A própria CF/88 afirma, em seu artigo 5º, LI, que “nenhum brasileiro será extraditado,</p><p>salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de</p><p>comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;”.</p><p>Logo, como Maria é brasileira nata, não seria extraditada em nenhuma hipótese.</p><p>c. Explique os casos de perda da nacionalidade elencados na CRFB/88;</p><p>De acordo com o artigo 12, § 4º, da Constituição Federal, será declarada a perda da</p><p>nacionalidade do brasileiro que:</p><p>I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva</p><p>ao interesse nacional;</p><p>II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos:</p><p>a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;</p><p>b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em</p><p>estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de</p><p>direitos civis.</p><p>Assim, nos termos do artigo 12, § 4º, inciso II da Constituição Federal, combinado com os</p><p>artigos 249 e 250 do Decreto nº 9.199/2017, o brasileiro que voluntariamente adotar outra</p><p>nacionalidade, ou seja, em desacordo com as exceções previstas no texto constitucional, poderá</p><p>ser objeto de procedimento administrativo de perda da nacionalidade brasileira.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>d. Cite uma hipótese em que o critério ius sanguinis é válido para determinar a</p><p>nacionalidade brasileira.</p><p>Em primeiro lugar, ius sanguinis é um critério de como se adquirir a nacionalidade</p><p>originária. A nacionalidade primária ou originária é a resultante do nascimento do indivíduo,</p><p>independentemente de sua vontade. Com relação a ius sanguinis, em tradução, a expressão</p><p>quer dizer “direito de sangue”, em que a nacionalidade é determinada pela descendência da</p><p>pessoa.</p><p>Assim, o critério referido na questão considera nacional de um Estado um indivíduo</p><p>baseando-se na filiação, isto é, na nacionalidade de seus genitores, descartando o local do seu</p><p>nascimento.1</p><p>Assim, em regra, leva-se em consideração o nascimento dentro do território brasileiro para</p><p>que um indivíduo seja considerado brasileiro nato; porém, a legislação pátria também admite o</p><p>critério de sangue.</p><p>Nesses termos, a Constituição Federal de 1988 afirma, em seu artigo 12, I, b ,que:</p><p>Art. 12. São brasileiros:</p><p>I - natos:</p><p>b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer</p><p>deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;</p><p>c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam</p><p>registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do</p><p>Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade</p><p>brasileira.</p><p>Assim, tem-se dois critérios viáveis em que a pessoa obtém a naturalidade brasileira pelo</p><p>sangue (mesmo nascida no estrangeiro, é brasileira), e ambas as hipóteses são permitidas pela</p><p>Constituição.</p><p>1 Leia mais sobre esse assunto aqui [link].</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>Maria, como uma jovem nascida no Brasil e filha de pais estrangeiros em situação</p><p>migratória irregular, enfrenta a problemática de sua nacionalidade ao tentar se matricular em uma</p><p>universidade pública. Para responder aos questionamentos levantados, é necessário analisar as</p><p>disposições constitucionais sobre nacionalidade.</p><p>Em primeiro lugar, com relação à nacionalidade de Maria, é possível verificar que é a</p><p>brasileira. De acordo com a Constituição Federal pátria, o critério de atribuição da nacionalidade</p><p>é o “ius soli”, ou seja, o direito de solo. Assim, Maria tem direito à nacionalidade brasileira, uma</p><p>vez que nasceu no território brasileiro. O fato de seus pais estarem em situação migratória</p><p>irregular não afeta seu direito à nacionalidade, pois o critério adotado é o local de nascimento.</p><p>Com relação à extradição, não é possível a extradição de Maria. Ocorre que, como</p><p>trabalhado no parágrafo anterior, Maria é brasileira nata. Nos moldes estabelecidos na</p><p>Constituição Federal, é vedada a extradição de brasileiro nato em qualquer hipótese. Portanto,</p><p>mesmo que seus pais estejam em situação migratória irregular, Maria não pode ser extraditada</p><p>por possuir nacionalidade brasileira.</p><p>A Constituição Federal de 1988 elenca os casos em que é possível ocorrer a perda da</p><p>nacionalidade brasileira. São eles: ter cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em</p><p>virtude de atividade nociva ao interesse nacional, ou adquirir outra nacionalidade</p><p>a ordem pública ou a paz social</p><p>ameaçadas por grave e iminente instabilidade</p><p>institucional ou atingidas por calamidades de grandes</p><p>proporções na natureza. (...)</p><p>Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o</p><p>Conselho da República e o Conselho de Defesa</p><p>Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização</p><p>para decretar o estado de sítio nos casos de: (...)”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Apesar de o Presidente decretar Estado de Defesa e o</p><p>Congresso Nacional apenas aprovar por maioria</p><p>absoluta, ele não pode decretar o Estado de Sítio sem</p><p>uma solicitação, conforme artigo 137, caput da CF/88.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o</p><p>Conselho da República e o Conselho de Defesa</p><p>Nacional, SOLICITAR ao Congresso Nacional</p><p>autorização para decretar o estado de sítio nos casos</p><p>de: (...)”</p><p>Direito Administrativo</p><p>8. De acordo com a doutrina majoritária, a distribuição de</p><p>competências dentro da mesma pessoa jurídica</p><p>caracteriza-se como:</p><p>A) Gestão.</p><p>B) Desconcentração.</p><p>C) Subordinação.</p><p>D) Descentralização.</p><p>E) Colaboração.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Os atos de gestão são praticados sem que a</p><p>Administração utilize sua supremacia sobre os</p><p>particulares. São atos típicos de administração,</p><p>assemelhando-se aos atos praticados pelas pessoas</p><p>privadas. São exemplos de gestão a alienação ou</p><p>aquisição de bens pela Administração, o aluguel de</p><p>imóvel de propriedade de uma autarquia.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Desconcentração Administrativa consiste na criação</p><p>de órgãos – desprovidos de personalidade jurídica – feita</p><p>pela Administração Pública direta, a fim de desconcentrar</p><p>as competências, dando maior força ao Princípio da</p><p>Eficiência.</p><p>Refere-se ao fenômeno de distribuição de competências</p><p>internas entre os órgãos que compõem uma mesma</p><p>pessoa jurídica.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O conceito de subordinação, na Administração pública,</p><p>está diretamente ligado ao vínculo funcional entre o</p><p>agente público e a Administração pública, posto que</p><p>somente a relação de emprego pressupõe subordinação</p><p>e vinculação.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Descentralização Administrativa refere-se à criação de</p><p>novas pessoas jurídicas de direito público ou privado por</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>6</p><p>parte dos entes da federação (União, Distrito Federal,</p><p>Estados e Municípios). Dessa forma, será atribuída a</p><p>essas novas pessoas jurídicas o desempenho de</p><p>atividades específicas.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A colaboração ou termo de colaboração é o</p><p>instrumento proposto pela administração pública que</p><p>envolve a transferência de recursos financeiros.</p><p>9. Em uma obra licitada pela Lei n.º 14.133/2021 (Lei de</p><p>Licitações), a data base para reajustamento é vinculada</p><p>à data:</p><p>A) Do orçamento estimado pela administração.</p><p>B) Da entrega de propostas na licitação.</p><p>C) Da emissão da ordem de serviço.</p><p>D) Da emissão da nota de empenho.</p><p>E) Da solicitação formal da contratada.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão em tela foi baseada na Lei n°</p><p>14.133/2021 (Lei de Licitações), conforme se depreende:</p><p>“Art. 25. O edital deverá conter o objeto da licitação e as</p><p>regras relativas à convocação, ao julgamento, à</p><p>habilitação, aos recursos e às penalidades da licitação, à</p><p>fiscalização e à gestão do contrato, à entrega do objeto e</p><p>às condições de pagamento. (...)</p><p>§ 7º Independentemente do prazo de duração do</p><p>contrato, será obrigatória a previsão no edital de índice</p><p>de reajustamento de preço, com data-base vinculada à</p><p>data DO ORÇAMENTO ESTIMADO e com a</p><p>possibilidade de ser estabelecido mais de um índice</p><p>específico ou setorial, em conformidade com a realidade</p><p>de mercado dos respectivos insumos.”</p><p>Perante o exposto, a Alternativa A é a correta.</p><p>10. Considerando a ação popular como meio de controle</p><p>judicial da administração pública, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A) Tanto pessoas físicas quanto jurídicas são legitimadas</p><p>a propor ação popular.</p><p>B) Em regra, não cabe ação popular contra decisão</p><p>judicial, ainda que esta seja contrária à lei e lesiva ao</p><p>patrimônio público.</p><p>C) A ocorrência de impacto patrimonial de um ato</p><p>administrativo no erário é fator necessário e suficiente</p><p>para procedência de ação popular.</p><p>D) Vícios de forma são, em princípio, sanáveis, de modo</p><p>que não configuram fundamento idôneo para</p><p>procedência de pedido de ação popular.</p><p>E) Em virtude de sua destinação constitucional, o</p><p>Ministério Público é órgão legitimado a promover ação</p><p>popular.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Compreende-se que apenas as pessoas físicas</p><p>(cidadãos) sejam legitimadas para propor a ação popular.</p><p>Logo, as pessoas jurídicas não seriam legitimadas a</p><p>manobrar tal instrumento.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Conforme entendimento jurisprudencial, não cabe ação</p><p>popular contra atos de conteúdo jurisdicional. Sabe-se</p><p>que a ação popular visa aos atos administrativos estatais</p><p>lesivos ao patrimônio público ou de entidade de que o</p><p>Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio</p><p>ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, não</p><p>cabendo tal ação contra atos de natureza essencialmente</p><p>jurisdicional, uma vez que este não é o dispositivo</p><p>adequado para tal fim.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Para que se proceda à ação popular, não se faz</p><p>necessária a existência de impacto patrimonial de um</p><p>ato administrativo, uma vez que a citada ação, que visa</p><p>à anulação de ato lesivo ao patrimônio público ou de</p><p>entidade de que o Estado participe, à moralidade</p><p>administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio</p><p>histórico e cultural, conforme aduzem os tribunais</p><p>superiores, deve ser interpretada de forma ampla, logo,</p><p>basta a ilegalidade do ato administrativo por ofensa a</p><p>normas específicas ou desvios dos princípios da</p><p>Administração Pública, dispensando-se a demonstração</p><p>de prejuízo material.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Na verdade, vícios de forma podem caracterizar ato</p><p>lesivo ao patrimônio público, desta forma, podem sim</p><p>configurar fundamento idôneo para procedência de</p><p>pedido de ação popular.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Não é legitimidade do Ministério Público a proposição da</p><p>ação popular, mas, como o próprio nome nos induz, será</p><p>o cidadão. Vejamos:</p><p>“Art. 5° (...)</p><p>LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor</p><p>ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio</p><p>público ou de entidade de que o Estado participe, à</p><p>moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao</p><p>patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo</p><p>comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus</p><p>da sucumbência;”</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>7</p><p>11. A administração pública deverá indicar os</p><p>fundamentos de fato e de direito de suas decisões em</p><p>observância ao princípio da:</p><p>A) Vinculação.</p><p>B) Motivação.</p><p>C) Eficiência.</p><p>D) Especialidade.</p><p>E) Razoabilidade.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O princípio da vinculação ou ato administrativo</p><p>vinculado é aquele que contém todos os seus elementos</p><p>constitutivos vinculados à lei, não existindo dessa forma</p><p>qualquer subjetivismo ou valoração do administrador,</p><p>mas apenas a averiguação da conformidade do ato com</p><p>a lei.</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>O princípio da motivação obriga a Administração a</p><p>explicitar o fundamento normativo de sua decisão,</p><p>permitindo ao administrador avaliar a decisão</p><p>administrativa, para conformar-se ou insurgir-se perante</p><p>o Poder Judiciário.</p><p>A motivação deve ser explícita, clara e congruente,</p><p>podendo consistir em declaração de concordância com</p><p>fundamentos de anteriores pareceres, informações,</p><p>decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte</p><p>integrante do ato (motivação aliunde).</p><p>A indicação dos pressupostos de fato e de direito que</p><p>determinarem a decisão é critério obrigatório no</p><p>processo administrativo. A Lei n° 9.784/99, em seu</p><p>artigo 50, impõe expressamente a motivação em alguns</p><p>atos administrativos.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O princípio da eficiência exige que a atividade</p><p>administrativa seja exercida com presteza, perfeição e</p><p>rendimento funcional, sua aplicação orienta e serve de</p><p>fundamento para a construção de uma concepção de</p><p>Administração Pública Gerencial.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>De acordo com o princípio da especialidade, as</p><p>entidades estatais não podem abandonar, alterar ou</p><p>modificar as finalidades para as quais foram constituídas.</p><p>Atuarão as ditas entidades sempre vinculadas e adstritas</p><p>aos fins que motivaram sua criação.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O princípio da razoabilidade impõe a coerência do</p><p>sistema. A falta de coerência, de racionalidade de</p><p>qualquer lei, ato administrativo ou decisão jurisdicional</p><p>gera vício de legalidade, visto que o Direito é feito por</p><p>seres e para seres racionais, para ser aplicado em um</p><p>determinado espaço e em uma determinada época.</p><p>12. Em relação aos atos administrativos, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Atos negociais são aqueles executados pelo Poder</p><p>Público em situação de igualdade com o particular.</p><p>Nesses casos, o Estado não se vale das prerrogativas</p><p>inerentes ao regime jurídico administrativo.</p><p>B) O ato administrativo constitutivo tem como exemplo</p><p>aquele que certifica o nascimento de uma pessoa.</p><p>C) Nos atos administrativos negociais, verifica-se a</p><p>consonância entre os interesses do particular e do</p><p>Estado. Uma vez que são criados a partir da iniciativa dos</p><p>particulares, todos os atos negociais são dotados de</p><p>discricionariedade por parte do administrador público.</p><p>D) Quanto à exequibilidade, é denominado ato</p><p>administrativo pendente aquele que não completou seu</p><p>ciclo de formação, razão pela qual não está apto à</p><p>produção de efeitos.</p><p>E) No julgamento de legalidade de ato administrativo de</p><p>concessão inicial de aposentadoria, fica afastada a</p><p>necessidade de observância dos institutos do</p><p>contraditório e da ampla defesa pelo tribunal de contas.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Estamos diante de atos de gestão, e não negociais. Os</p><p>atos de gestão em nada se confundem com os atos</p><p>negociais. Atos de gestão são, conforme preceitua a</p><p>alternativa, aqueles praticados pelo Poder Público sem o</p><p>uso de suas prerrogativas e poderes inerentes ao regime</p><p>jurídico administrativo. São atos realizados em situação</p><p>de igualdade com os particulares.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>A emissão de certidão de nascimento de uma pessoa não</p><p>é um ato administrativo constitutivo, pois não faz nascer</p><p>para o administrado um direito, apenas reconhece a</p><p>existência de uma situação de fato ou de direito, ou seja,</p><p>trata-se de um ato administrativo declaratório.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>De fato, atos negociais são aqueles em que o interesse</p><p>do particular se coaduna com o interesse da</p><p>Administração Pública, como ocorre com a Autorização,</p><p>a Permissão e a Licença.</p><p>Entretanto, a assertiva erra ao mencionar que todos</p><p>os atos negociais são dotados de discricionariedade,</p><p>pois, em relação à licença, caso o indivíduo venha a</p><p>cumprir todos os requisitos propostos na lei, esse terá o</p><p>direito a licença, tratando-se, portanto, de ato vinculado.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O ato pendente completou seu ciclo de formação, mas</p><p>ainda não produz efeito por encontrar-se sujeito a</p><p>condição/termo.</p><p>Nesse sentido, temos que o ato pendente é aquele que,</p><p>embora perfeito, está sujeito a condição (evento futuro e</p><p>incerto) ou termo (evento futuro e certo) para que comece</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>8</p><p>a produzir efeitos. É sempre um ato perfeito,</p><p>completamente formado, mas que só poderá iniciar</p><p>seus efeitos quando ocorrer o evento futuro.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>A alternativa está em consonância com o enunciado de</p><p>Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, a</p><p>saber:</p><p>“Súmula Vinculante n° 3, STF: Nos processos perante o</p><p>tribunal de contas da união asseguram-se o contraditório</p><p>e a ampla defesa quando da decisão puder resultar</p><p>anulação ou revogação de ato administrativo que</p><p>beneficie o interessado, excetuada a apreciação da</p><p>legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,</p><p>reforma e pensão.”</p><p>13. No que diz respeito à responsabilidade civil do Estado</p><p>no direito brasileiro, assinale a alternativa correta.</p><p>A) A Constituição Federal define que as pessoas jurídicas</p><p>de Direito Público e as pessoas de Direito Privado, em</p><p>qualquer situação, deverão responder pelos danos</p><p>causados por seus agentes a terceiros.</p><p>B) O Estado tem o dever de indenizar familiares de</p><p>indivíduo que cometeu suicídio ao se jogar nos trilhos de</p><p>uma estação de Metrô gerida por um concessionário de</p><p>serviço público.</p><p>C) Conforme a Teoria da Culpa Administrativa, também</p><p>denominada de culpa do serviço ou culpa anônima, a</p><p>responsabilidade civil do Estado depende tão somente da</p><p>comprovação, por parte da vítima, de que o serviço</p><p>público não funcionou de maneira adequada. Em vez de</p><p>identificar o agente público culpado, a vítima deveria</p><p>comprovar a falha do serviço (culpa anônima).</p><p>D) Segundo a atual posição do Supremo Tribunal</p><p>Federal, é subjetiva a responsabilidade de empresa</p><p>pública prestadora de serviço público em relação aos</p><p>danos causados a terceiros não usuários do serviço.</p><p>E) O Supremo Tribunal Federal, ao rechaçar a teoria da</p><p>ação regressiva como dupla garantia, admite que o</p><p>agente seja diretamente acionado pela vítima em âmbito</p><p>de ação indenizatória.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>As pessoas jurídicas de direito privado responderão de</p><p>forma objetiva quando essas forem prestadoras de</p><p>serviços públicos. Assim, temos que a Constituição</p><p>Federal, em seu artigo 37, § 6º, define que as pessoas</p><p>jurídicas de Direito Público e as pessoas jurídicas de</p><p>Direito Privado, quando essas forem prestadoras de</p><p>serviços públicos, deverão responder pelos danos</p><p>causados que seus agentes causarem a terceiros.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 37 (... )</p><p>§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito</p><p>privado prestadoras de serviços públicos responderão</p><p>pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,</p><p>causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso</p><p>contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Nesse caso, o Estado não teria o dever de</p><p>indenização. Isso porque o ordenamento pátrio adotou a</p><p>teoria do risco administrativo quanto à responsabilização</p><p>do Estado. Essa teoria estabelece 03 (três) causas</p><p>excludentes da responsabilidade do Estado.</p><p>Quais sejam: a) culpa exclusiva da vítima; b) força maior</p><p>e; c) culpa exclusiva de terceiro.</p><p>No caso da assertiva, temos que o suicídio consiste em</p><p>causa justificante, de modo que há culpa exclusiva da</p><p>vítima. Por essa razão, não há que se falar em</p><p>responsabilização do Estado no presente caso.</p><p>Sobre o tema, cumpre recordar que, para a doutrina, as</p><p>causas excludentes de responsabilidade do Estado</p><p>mencionadas na presente alternativa são, em verdade,</p><p>causas excludentes de causalidade, pois são</p><p>responsáveis pelo rompimento do nexo causal,</p><p>necessário para a configuração da responsabilidade do</p><p>Estado.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Realmente, nessa fase, a vítima apenas deve comprovar</p><p>que o serviço foi mal prestado ou prestado de forma</p><p>ineficiente ou ainda com atraso, sem necessariamente</p><p>apontar o agente causador. Não se baseia</p><p>na culpa do</p><p>agente, mas do serviço como um todo.</p><p>Também denominada de culpa anônima, pois não é</p><p>preciso dar nome a um culpado especificamente, ou seja,</p><p>para um determinado agente, sendo necessária a</p><p>demonstração apenas da má prestação do serviço.</p><p>Dessa forma, contemplamos que, conforme a teoria da</p><p>culpa do serviço, para que o Estado possa ser</p><p>responsabilizado não é mais necessário identificar a</p><p>culpa do agente público causador do dano, sendo</p><p>suficiente demonstrar que o dano foi consequência do</p><p>não funcionamento ou do inadequado funcionamento do</p><p>serviço público.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O entendimento que tem prevalecido é no sentido de que</p><p>é objetiva a responsabilidade das empresas públicas</p><p>prestadoras de serviço público tanto em relação aos</p><p>usuários quanto aos não usuários do serviço público</p><p>(terceiros).</p><p>A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito</p><p>privado prestadoras de serviço público é objetiva</p><p>relativamente a terceiros usuários e não usuários do</p><p>serviço, segundo decorre do art. 37, §6º, da CF. Assim, é</p><p>irrelevante se a vítima do dano é usuário ou não para fins</p><p>de responsabilização do dano causado, sendo relevante</p><p>tão somente se o dano foi causado durante a prestação</p><p>do serviço.</p><p>No caso de pessoas jurídicas de direito privado</p><p>prestadoras de serviços públicos, a responsabilidade</p><p>objetiva é aplicada tanto em relação aos danos causados</p><p>aos usuários quanto àqueles causados aos não usuários</p><p>do serviço.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>9</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Primeiramente, o STF não rechaça a teoria da dupla</p><p>garantia na ação regressiva. Pelo contrário, a Suprema</p><p>Corte adota tal teoria.</p><p>Surgida no âmbito da jurisprudência do STF (RE</p><p>327.904/SP), a teoria da dupla garantia na ação</p><p>regressiva estabelece 02 (duas) garantias - uma em favor</p><p>do particular prejudicado, e outra em favor do agente</p><p>público causador do dano.</p><p>A garantia em favor do particular se refere ao fato de que</p><p>este poderá ajuizar a ação contra a pessoa jurídica de</p><p>direito público ou privado prestadora de serviço público,</p><p>de modo que os fundos para seu ressarcimento estarão</p><p>praticamente garantidos.</p><p>Em relação à garantia dada ao servidor público, temos</p><p>que este somente responderá civil e administrativamente</p><p>perante a pessoa jurídica a que se vincula. Não há</p><p>também a possibilidade de ajuizamento direto da ação</p><p>contra o servidor público.</p><p>14. Acerca dos poderes e deveres da administração</p><p>pública, assinale a alternativa correta.</p><p>A) A administração pública não possui interesse de agir</p><p>para tutelar em juízo atos em que ela poderia atuar com</p><p>base em seu poder de polícia.</p><p>B) Os poderes administrativos são prerrogativas</p><p>instrumentais conferidas pelo ordenamento jurídico à</p><p>administração pública e seus agentes para que, no</p><p>desempenho de suas atividades, alcancem o interesse</p><p>público de forma eficiente.</p><p>C) O poder discricionário permite que o agente público</p><p>pratique atos totalmente dissociados da lei.</p><p>D) Pressupõe-se a existência do poder hierárquico na</p><p>relação entre a administração direta e as entidades que</p><p>integram a administração indireta.</p><p>E) A manifestação do Poder Disciplinar é sempre</p><p>discricionária no que concerne à aplicação de sanções</p><p>aos administrados.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Em dissonância com a jurisprudência em tese do STJ, a</p><p>saber: “A Administração Pública possui interesse de</p><p>agir para tutelar em juízo atos em que ela poderia atuar</p><p>com base em seu poder de polícia, em razão da</p><p>inafastabilidade do controle jurisdicional.”</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>Realmente, os poderes administrativos são prerrogativas</p><p>instrumentais conferidas aos agentes públicos para que,</p><p>no desempenho de suas atividades, alcancem o</p><p>interesse público.</p><p>Para que o Estado possa alcançar seus fins, o</p><p>Ordenamento Jurídico confere aos agentes públicos</p><p>algumas prerrogativas, também denominadas poderes</p><p>administrativos. Tais poderes são considerados</p><p>instrumentais, uma vez que são concedidos com o único</p><p>objetivo de possibilitar a consecução de interesses</p><p>públicos, sendo atribuídos na exata medida reputada</p><p>necessária para tanto.</p><p>Dessa forma, contemplamos que os poderes da</p><p>administração funcionam como poderes-deveres. Assim,</p><p>sempre que o Estado “pode” atuar para alcançar o</p><p>interesse público, ele na verdade deve. Não são</p><p>faculdades, mas instrumentos conferidos à</p><p>Administração para alcançar o interesse da coletividade.</p><p>Verifica-se que são poderes instrumentais, “instrumentos</p><p>necessários para alcançar o interesse coletivo”, ou seja,</p><p>ela tem esse poder como forma/meio/instrumento de se</p><p>alcançar as necessidades coletivas.</p><p>Assim, os poderes concedidos para a administração são</p><p>instrumentos necessários para se alcançar o interesse</p><p>público. Os poderes administrativos são poderes</p><p>instrumentais, não devendo ser confundidos com os</p><p>poderes estruturais (poder executivo, poder legislativo e</p><p>poder judiciário).</p><p>Nessa linha, a doutrina enfatiza o caráter instrumental</p><p>dos poderes administrativos para diferenciá-los dos</p><p>poderes estruturais do Estado (Legislativo, Executivo e</p><p>Judiciário).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O poder discricionário admite uma maior margem de</p><p>liberdade na atuação entre as opções propostas pela lei,</p><p>mas não totalmente dissociada da lei. Nessa linha,</p><p>temos que toda atuação do Estado está vinculada à lei</p><p>(princípio da legalidade), o que distingue a forma</p><p>vinculada da discricionária é a forma como a lei prevê a</p><p>prática do ato administrativo.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Não há manifestação do poder hierárquico, mas tão</p><p>somente vinculação. Dessa forma, é errônea a</p><p>afirmativa ao mencionar que existe hierarquia entre a</p><p>administração pública direta e a administração pública</p><p>indireta.</p><p>Não há que se falar em hierarquia entre a administração</p><p>pública direta e administração pública indireta, isso</p><p>porque o poder hierárquico tem por caraterística o fato de</p><p>manifestar-se apenas internamente, ou seja, entre</p><p>órgãos e agentes de uma mesma pessoa jurídica.</p><p>O denominado controle finalístico exercido pela</p><p>administração pública direta em face da administração</p><p>pública indireta em nada se confunde com manifestação</p><p>de hierarquia, o que há em verdade, entre a</p><p>administração pública direta e indireta, é uma espécie de</p><p>vinculação em virtude da qual é exercida uma</p><p>supervisão/tutela para fins de assegurar o cumprimento</p><p>dos objetivos que foram estipulados quando da criação</p><p>daquele ente.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A doutrina, de fato, prevê que o Poder Disciplinar é</p><p>exercido de forma discricionária, em regra. No entanto, já</p><p>é cristalizada a distinção entre a não discricionariedade</p><p>para punir, e a discricionariedade para graduação da</p><p>penalidade.</p><p>Em relação ao ato de aplicação da penalidade, muitas</p><p>vezes o administrador estará vinculado à aplicação de</p><p>sanção, de modo que, uma vez que determinada infração</p><p>administrativa seja perpetrada, o administrador terá a</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>10</p><p>obrigação de punir a mesma. Nesses casos, a</p><p>discricionariedade existirá apenas no que concerne à</p><p>graduação da penalidade ou à escolha entre as</p><p>sanções legalmente cabíveis.</p><p>Direito Penal Comum</p><p>15. João, com 20 anos de idade e imputável, ingeriu</p><p>bebida alcoólica durante uma festa e, embora não tivesse</p><p>a intenção de se embebedar ou de praticar crimes, ficou</p><p>completamente embriagado e desferiu socos em um</p><p>desafeto, causando-lhe lesões corporais gravíssimas.</p><p>Na situação hipotética apresentada, a embriaguez foi</p><p>completa e:</p><p>A) Culposa, mas não exclui a imputabilidade penal.</p><p>B) Fortuita,</p><p>excluindo a imputabilidade penal.</p><p>C) Culposa, excluindo a imputabilidade penal.</p><p>D) Involuntária, excluindo a imputabilidade penal.</p><p>E) Patológica, com a agravante da embriaguez</p><p>preordenada.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, com fundamento na análise do caso hipotético</p><p>apresentado, bem como o Código Penal, concluímos que</p><p>a embriaguez de João foi completa e culposa, não</p><p>obstante, não exclui a imputabilidade penal. Vejamos:</p><p>“Emoção e paixão</p><p>Art. 28 Não excluem a imputabilidade penal (...)</p><p>Embriaguez</p><p>II – a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou</p><p>substância de efeitos análogos.”</p><p>No caso em tela, João incorreu em embriaguez culposa,</p><p>pois como a questão nos apresenta: “embora não tivesse</p><p>a intenção de se embebedar ou de praticar crimes”, logo,</p><p>sua embriaguez não foi intencional (dolosa ou voluntária),</p><p>e sim culposa.</p><p>Diante o exposto a Alternativa A é a correta.</p><p>16. Para justificar os gastos exorbitantes no cartão de</p><p>crédito e a noite que passou fora de casa com sua</p><p>amante, Gustavo foi a uma delegacia de polícia e</p><p>registrou ocorrência policial falsa, relatando que teria sido</p><p>vítima de sequestro e cárcere privado.</p><p>Na situação hipotética apresentada, a conduta de</p><p>Gustavo configura crime de:</p><p>A) Calúnia.</p><p>B) Denunciação caluniosa.</p><p>C) Falso testemunho.</p><p>D) Fraude processual.</p><p>E) Comunicação falsa de crime.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a conduta de Gustavo configura o crime de</p><p>comunicação falsa de crime, incursa no art. 340 do</p><p>Código Penal.</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Não se aplica ao caso hipotético em tela. Vejamos:</p><p>“Calúnia</p><p>Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente</p><p>fato definido como crime:</p><p>Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Não se aplica ao caso hipotético em tela. Vejamos:</p><p>“Denunciação caluniosa</p><p>Art. 339. Dar causa à instauração de investigação</p><p>policial, de processo judicial, instauração de investigação</p><p>administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade</p><p>administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de</p><p>que o sabe inocente:</p><p>Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Não se aplica ao caso hipotético em tela. Vejamos:</p><p>“Falso testemunho ou falsa perícia</p><p>Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a</p><p>verdade como testemunha, perito, contador, tradutor</p><p>ou intérprete em processo judicial, ou administrativo,</p><p>inquérito policial, ou em juízo arbitral:</p><p>Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Não se aplica ao caso hipotético em tela. Vejamos:</p><p>“Fraude processual</p><p>Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de</p><p>processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de</p><p>coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou</p><p>o perito:</p><p>Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.”</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>É o crime que se amolda perfeitamente ao caso em tela,</p><p>tendo em vista a conduta de Gustavo de relatar a</p><p>ocorrência de crime que sabe não se ter verificado.</p><p>Vejamos o disposto no Código Penal:</p><p>“Comunicação falsa de crime ou de contravenção</p><p>Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-</p><p>lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe</p><p>não se ter verificado:</p><p>Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.”</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>11</p><p>17. Um servidor público foi processado pelo crime de</p><p>prevaricação, todavia, ainda no curso da ação penal,</p><p>restou comprovado que, à época do delito, ele não mais</p><p>detinha vínculo laboral com a administração pública.</p><p>Nessa hipótese:</p><p>A) Prevalece a tipicidade da conduta.</p><p>B) Extingue-se a punibilidade do agente.</p><p>C) Extingue-se a culpabilidade do agente.</p><p>D) Opera-se a desclassificação da conduta para outro</p><p>delito que preveja situação similar praticada por</p><p>particular.</p><p>E) A conduta do processado passa a ser atípica.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, no caso em tela, a conduta passa a ser atípica.</p><p>Como bem afirmado na questão, à época do delito, o</p><p>servidor público “não mais detinha vínculo laboral com a</p><p>administração pública”, e, desta feita, perdeu o “status”</p><p>de funcionário público (lato sensu).</p><p>Como o delito de prevaricação é um crime próprio (exige</p><p>que o sujeito ativo seja um funcionário público), o fato de</p><p>não ser um servidor público desconfigura o tipo penal,</p><p>passando a ser atípica a referida conduta.</p><p>Vejamos o texto normativo, previsto no Código Penal, a</p><p>saber:</p><p>“Prevaricação</p><p>Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente,</p><p>ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de</p><p>lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.”</p><p>Insta salientar que, se tivesse ocorrido, em tese, em</p><p>concurso de pessoas, e o outro autor/partícipe fosse um</p><p>funcionário público, poderíamos até imputar o delito de</p><p>prevaricação, não obstante, a questão não nos trouxe</p><p>referida informação, logo, como o único autor, à época,</p><p>não era mais funcionário público, não há que se falar em</p><p>crime de prevaricação, por ser esse crime próprio.</p><p>Diante o exposto, a Alternativa E é a correta.</p><p>18. Francisco estava em uma festa, e foi agredido</p><p>injustamente por outro convidado, o qual praticava artes</p><p>marciais. Imediatamente, a fim de repelir as agressões,</p><p>Francisco arremessou uma cadeira na cabeça de seu</p><p>agressor, que desmaiou.</p><p>Na situação hipotética apresentada, a conduta de</p><p>Francisco:</p><p>A) Caracteriza estado de necessidade, causa excludente</p><p>de culpabilidade.</p><p>B) É atípica.</p><p>C) Configura legítima defesa, o que exclui a</p><p>culpabilidade.</p><p>D) Configura legítima defesa, causa excludente de</p><p>ilicitude.</p><p>E) É exercício regular de direito, o que exclui a</p><p>antijuridicidade.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, com fundamento na análise do caso hipotético</p><p>apresentado, bem como o Código Penal, concluímos que</p><p>a conduta de Francisco está amoldada à excludente de</p><p>ilicitude, especificamente legítima defesa. Vejamos:</p><p>“Exclusão de ilicitude</p><p>Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: (...)</p><p>II – em legítima defesa.”</p><p>“Legítima defesa</p><p>Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando</p><p>moderadamente dos meios necessários, repele injusta</p><p>agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.”</p><p>Percebam que, como seu agressor era lutador de artes</p><p>marciais, e a questão nada fala de uma possível</p><p>capacidade de luta por parte de Francisco, nos</p><p>demonstra como meio moderado e necessário o</p><p>arremesso da cadeira, para repelir e cessar injusta</p><p>agressão sofrida.</p><p>Sendo assim, Francisco, de forma lícita, utiliza-se da</p><p>legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude, e</p><p>consequentemente de um possível crime.</p><p>Diante o exposto, a Alternativa D é a correta.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>12</p><p>19. Concernente aos princípios aplicáveis ao direito</p><p>penal, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O princípio da responsabilidade pessoal impede que</p><p>os familiares do condenado sofram os efeitos da</p><p>condenação de ressarcimento de dano causado pela</p><p>prática do crime.</p><p>B) Embora o princípio da legalidade proíba o juiz de criar</p><p>figura típica não prevista na lei, por analogia ou</p><p>interpretação extensiva, o julgador pode, para benefício</p><p>do réu, combinar dispositivos de uma mesma lei penal</p><p>para encontrar pena mais proporcional ao caso concreto.</p><p>C) O princípio da culpabilidade diz respeito ao juízo de</p><p>censura, ao juízo de reprovabilidade que se faz sobre a</p><p>conduta típica e ilícita</p><p>praticada pelo agente.</p><p>D) O princípio da ofensividade ou lesividade não se</p><p>presta à atividade de controle jurisdicional abstrata da</p><p>norma incriminadora ou à função político-criminal da</p><p>atividade legiferante.</p><p>E) A aplicação do princípio da insignificância a</p><p>determinado caso exige que a conduta em questão seja</p><p>informal e materialmente atípica.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>De acordo com o princípio da responsabilidade pessoal</p><p>ou da intranscendência, com previsão no artigo 5°, inciso</p><p>XLV, da Constituição Federal, a condenação penal não</p><p>pode transcender à pessoa do condenado. Não obstante,</p><p>esse óbice não alcança a obrigação de reparar o dano</p><p>e a decretação do perdimento de bens que, nos termos</p><p>da lei, podem ser estendidas aos sucessores e contra</p><p>eles executadas, até o limite do valor do patrimônio</p><p>transferido.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Trata-se de uma das vertentes do princípio da legalidade</p><p>(art. 5º, II, da CRFB/88), nullum crimen nulla poena sine</p><p>lege stricta.</p><p>Nesse sentido, a Súmula 501 do STJ: “É cabível a</p><p>aplicação retroativa da Lei 11.343/2006, desde que o</p><p>resultado da incidência das suas disposições, na íntegra,</p><p>seja mais favorável ao réu do que o advindo da</p><p>aplicação da Lei 6.368/1976, sendo vedada a</p><p>combinação de leis.”</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Com previsão no art. 5°, inciso XLV, da Carta Magna,</p><p>vejamos:</p><p>“Art. 5° (...)</p><p>XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado,</p><p>podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação</p><p>do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas</p><p>aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do</p><p>valor do patrimônio transferido;”</p><p>O Princípio da Culpabilidade deve ser entendido, em</p><p>primeiro lugar, como repúdio a qualquer espécie de</p><p>responsabilidade pelo resultado, ou responsabilidade</p><p>objetiva. A culpabilidade deve igualmente ser entendida</p><p>como exigência de que a pena não seja infligida senão</p><p>quando a conduta do sujeito, mesmo associada</p><p>causalmente a um resultado, lhe seja reprovável. Por fim,</p><p>a responsabilidade penal é sempre pessoal, não</p><p>podendo ultrapassar a pessoa do autor do crime. Não há,</p><p>no Direito Penal, responsabilidade coletiva, subsidiária,</p><p>solidária ou sucessiva.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O princípio da ofensividade ou lesividade (nullum crimen</p><p>sine iniuria) exige que do fato praticado ocorra lesão ou</p><p>perigo de lesão a um bem jurídico tutelado. Tal como</p><p>outros princípios penais, o da lesividade se destina tanto</p><p>ao legislador quanto ao aplicador da norma</p><p>incriminadora, que deverá observar, diante da</p><p>ocorrência de um fato tido como criminoso, se houve</p><p>efetiva lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico</p><p>protegido.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na realidade, exige-se que a conduta seja materialmente</p><p>atípica.</p><p>Pelo princípio da insignificância, a conduta que não</p><p>lesiona ou que não traz perigo relevante de lesão ao bem</p><p>jurídico tutelado pelo tipo penal, ao não realizar o</p><p>pressuposto material do tipo, não haverá tipicidade</p><p>material. Desta maneira, o princípio da insignificância</p><p>exclui a tipicidade material, não se exigindo a análise</p><p>da tipicidade formal para aplicação.</p><p>20. Em relação à lei penal no tempo e no espaço,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) A lei excepcional ou temporária, depois de decorrido o</p><p>tempo de sua duração ou cessadas as circunstâncias</p><p>que a determinaram, não mais se aplica ao fato praticado</p><p>durante a sua vigência.</p><p>B) A extraterritorialidade da lei penal condicionada e a da</p><p>incondicionada têm como elemento comum a</p><p>necessidade de ingresso do agente no território nacional.</p><p>C) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior</p><p>deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a</p><p>execução, mas não os efeitos penais da sentença</p><p>condenatória.</p><p>D) No direito penal brasileiro, é considerado o lugar do</p><p>crime tanto o lugar em que ocorreu a ação ou omissão,</p><p>no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou</p><p>deveria produzir-se o resultado.</p><p>E) Ficam sujeitos à lei penal brasileira, embora cometidos</p><p>no estrangeiro, os crimes cometidos contra a vida ou o</p><p>patrimônio do Presidente da República.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>13</p><p>Mesmo após cessado o seu tempo de duração, a lei</p><p>excepcional ou temporária continua sendo aplicada ao</p><p>fato ocorrido durante sua vigência. As leis (excepcionais</p><p>ou temporárias) são sempre ultrativas, ou seja,</p><p>continuam a produzir efeitos aos fatos praticados durante</p><p>a sua época de vigência, ainda que tenham sido</p><p>revogadas (art. 3°, CP). Vejamos:</p><p>“Art. 3° A lei excepcional ou temporária, embora</p><p>decorrido o período de sua duração ou cessadas as</p><p>circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato</p><p>praticado durante sua vigência.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Na hipótese de extraterritorialidade incondicionada,</p><p>não há necessidade de o agente ingressar no</p><p>território nacional. Só há necessidade do ingresso do</p><p>agente no território nacional na chamada</p><p>extraterritorialidade condicionada.</p><p>Nas hipóteses de extraterritorialidade condicionada, a lei</p><p>penal exige o concurso das seguintes condições: 1)</p><p>entrada do agente no território nacional (condição de</p><p>procedibilidade); 2) ser o fato punível também no país em</p><p>que cometido; 3) estar o crime entre aqueles a que a lei</p><p>brasileira admite a extradição; 4) não ter sido o agente</p><p>absolvido ou não ter cumprido pena no estrangeiro; 5)</p><p>não ter sido perdoado e não se tiver extinguido sua</p><p>punibilidade, segundo a lei mais favorável (condições</p><p>objetivas de punibilidade).</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Incorre em erro a alternativa, pois os efeitos penais da</p><p>sentença condenatória também são cessados. Trata-</p><p>se do instituto da abolitio criminis.</p><p>A abolitio criminis trata-se do fenômeno que ocorre</p><p>quando uma lei posterior deixa de considerar crime</p><p>determinado fato. Quando acontece a hipótese de</p><p>abolitio criminis, segundo o disposto no art. 107, inciso III,</p><p>do Código Penal, extingue-se a punibilidade do agente.</p><p>Nesse mesmo sentido, prevê o Código Penal, a saber:</p><p>“Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei</p><p>posterior deixa de considerar crime, cessando em</p><p>virtude dela a execução e os efeitos penais da</p><p>sentença condenatória.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>No tocante ao lugar do crime, o Código Penal adotou a</p><p>chamada Teoria da Ubiquidade. Conforme a referida</p><p>teoria, considera-se praticado o crime no lugar em que</p><p>ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem</p><p>como onde se produziu ou deveria produzir-se o</p><p>resultado. Vejamos:</p><p>“Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que</p><p>ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem</p><p>como onde se produziu ou deveria produzir-se o</p><p>resultado.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>A prática de crime contra o patrimônio do Presidente da</p><p>República não se enquadra na situação da</p><p>extraterritorialidade incondicionada prevista na</p><p>legislação penal brasileira, apenas os crimes contra a</p><p>vida ou liberdade. Vejamos:</p><p>“Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos</p><p>no estrangeiro:</p><p>I - os crimes:</p><p>a) contra a vida ou a LIBERDADE do Presidente da</p><p>República;</p><p>§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo</p><p>a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no</p><p>estrangeiro.”</p><p>21. No tocante aos crimes contra a família, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) No crime de subtração de incapazes, o fato de ser o</p><p>agente pai do menor o exime de pena, mesmo que</p><p>temporariamente privado da guarda da criança.</p><p>B) O crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea</p><p>admite formas dolosa e culposa.</p><p>C) O crime de bigamia pressupõe existência válida de um</p><p>primeiro casamento, devidamente legitimado pela lei civil,</p><p>não se considerando, para a caracterização</p><p>desse crime,</p><p>a união estável.</p><p>D) Pratica o crime de conhecimento prévio de</p><p>impedimento aquele que contrai casamento conhecendo</p><p>a existência de impedimento que lhe cause a nulidade</p><p>absoluta ou relativa.</p><p>E) O crime de abandono intelectual é classificado pela</p><p>doutrina como um crime comum.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>O sujeito ativo do crime determinado pode ser qualquer</p><p>pessoa, inclusive os pais, tutores ou curadores do menor</p><p>ou interdito, desde que tenham sido destituídos ou</p><p>afastados temporariamente do direito de guarda ou do</p><p>poder familiar, tutela ou curatela.</p><p>Vejamos a legislação que vai ao encontro do que dispõe</p><p>a alternativa:</p><p>“Subtração de incapazes</p><p>Art. 249 - Subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao</p><p>poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei</p><p>ou de ordem judicial:</p><p>Pena - detenção, de dois meses a dois anos, se o fato</p><p>não constitui elemento de outro crime.</p><p>§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou</p><p>curador do interdito NÃO O EXIME DE PENA, se</p><p>destituído ou temporariamente privado do pátrio</p><p>poder, tutela, curatela ou guarda.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>De acordo com o caput do art. 245, do CP, cometerá o</p><p>crime de entrega de filho menor a pessoa inidônea o pai</p><p>ou a mãe que entregar filho menor de 18 anos a pessoa</p><p>em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica</p><p>moral ou materialmente em perigo. A pena será de</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>14</p><p>detenção, de 01 a 02 anos. Não há previsão da forma</p><p>culposa para o referido delito. Nenhum crime contra a</p><p>família admite a modalidade culposa.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Contrair casamento significa ajustar a união entre duas</p><p>pessoas, devidamente habilitadas e legitimadas pela lei</p><p>civil, tendo por finalidade a constituição de uma família.</p><p>O matrimônio, atualmente, não é a única forma de se</p><p>constituir uma família, embora continue sendo uma das</p><p>principais vias. A Constituição Federal reconhece a união</p><p>estável como entidade familiar, para efeito de proteção</p><p>do Estado, o que não significa que se formem, a partir</p><p>daí, os laços matrimoniais (art. 226, § 3.º, CF). Portanto,</p><p>o crime de bigamia somente se dá quando o agente,</p><p>já sendo casado, contrai novo casamento, não sendo</p><p>suficiente a união estável.</p><p>Como se sabe, o Supremo Tribunal Federal equiparou a</p><p>união estável ao casamento, modulando seus efeitos por</p><p>analogia, declarando inconstitucional o artigo 1.790 do</p><p>Código Civil.</p><p>Ocorre que, como se sabe, não se admite analogia "in</p><p>malam partem" em direito penal. Assim, seria ilegal</p><p>equiparar a união estável ao casamento, para</p><p>criminalizar a conduta do crime de Bigamia, que prevê</p><p>expressamente o casamento.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Atente-se para a legislação, pois é apenas o</p><p>impedimento que causar nulidade absoluta que vai</p><p>caracterizar tal crime. Vejamos a legislação:</p><p>“Conhecimento prévio de impedimento</p><p>Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência</p><p>de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta:</p><p>Pena - detenção, de três meses a um ano.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Na verdade, trata-se de crime BIPRÓPRIO. O crime</p><p>bipróprio é aquele em que o sujeito ativo e o sujeito</p><p>passivo ostentam qualidade especial; em relação ao</p><p>sujeito ativo, só os pais podem ser sujeitos ativos e é</p><p>irrelevante se vivem ou não em companhia de seus filhos.</p><p>Assim, ainda que não convivam com seus filhos, são</p><p>obrigados a lhes prover a instrução, entretanto, não</p><p>abrange os meros tutores ou curadores do menor. Em</p><p>relação ao sujeito passivo, só os filhos menores em idade</p><p>escolar. Assim, ambos os sujeitos demandam uma</p><p>qualidade especial.</p><p>Direito Processual Penal Comum</p><p>22. De acordo com a Lei n.º 9.296/1996 (Lei de</p><p>Interceptação Telefônica), a interceptação telefônica:</p><p>A) Pode ser requerida pela autoridade policial durante a</p><p>fase de instrução processual.</p><p>B) Correrá nos mesmos autos do inquérito policial ou do</p><p>processo criminal, preservando-se o sigilo das</p><p>diligências, gravações e transcrições respectivas.</p><p>C) Pode ser autorizada pelo membro do Ministério</p><p>Público, a requerimento da autoridade policial.</p><p>D) Não será admitida se a prova puder ser obtida por</p><p>outros meios disponíveis.</p><p>E) Não poderá ser requerida verbalmente.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Poderá ser requerida pela autoridade policial, não</p><p>obstante, isso ocorrerá durante a investigação criminal e</p><p>não na fase de instrução processual. Vejamos:</p><p>“Art. 3°. A interceptação das comunicações telefônicas</p><p>poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a</p><p>requerimento:</p><p>I – da autoridade policial, na investigação criminal;”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Na realidade, por força de normativo legal, ocorrerá em</p><p>autos apartados, vejamos:</p><p>“Art. 8°. A interceptação de comunicação telefônica, de</p><p>qualquer natureza, OCORRERÁ EM AUTOS</p><p>APARTADOS, apensados aos autos do inquérito policial</p><p>ou do processo criminal, preservando-se o sigilo das</p><p>diligências, gravações e transcrições respectivas.</p><p>Parágrafo único. A apensação somente poderá ser</p><p>realizada imediatamente antes do relatório da autoridade,</p><p>quando se tratar de inquérito policial (Código de</p><p>Processo Penal, art.10, § 1°) ou na conclusão do</p><p>processo ao juiz para o despacho decorrente do disposto</p><p>nos arts. 407, 502 ou 538 do Código de Processo Penal.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Realmente poderá ser requerida pela autoridade policial</p><p>(delegado), todavia, a sua concessão será por autoridade</p><p>judicial, e não pelo MP, por força do princípio da reserva</p><p>de jurisdição. Vejamos:</p><p>“Art. 3°. A interceptação das comunicações telefônicas</p><p>poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a</p><p>requerimento:</p><p>I - da autoridade policial, na investigação criminal;</p><p>II – do representante do Ministério Público, na</p><p>investigação criminal e na instrução processual penal.”</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>15</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Nos termos do disposto na Lei n° 9.296/96, vejamos:</p><p>“Art. 2° Não será admitida a interceptação de</p><p>comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer</p><p>das seguintes hipóteses:</p><p>I - não houver indícios razoáveis da autoria ou</p><p>participação em infração penal;</p><p>II - a prova puder ser feita por outros meios</p><p>disponíveis;</p><p>III - o fato investigado constituir infração penal punida, no</p><p>máximo, com pena de detenção.</p><p>Parágrafo único. Em qualquer hipótese deve ser descrita</p><p>com clareza a situação objeto da investigação, inclusive</p><p>com a indicação e qualificação dos investigados, salvo</p><p>impossibilidade manifesta, devidamente justificada.”</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Poderá sim ser requerida verbalmente, senão vejamos:</p><p>“Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação</p><p>telefônica conterá a demonstração de que a sua</p><p>realização é necessária à apuração de infração penal,</p><p>com indicação dos meios a serem empregados.</p><p>§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o</p><p>pedido seja formulado verbalmente, desde que</p><p>estejam presentes os pressupostos que autorizem a</p><p>interceptação, caso em que a concessão será</p><p>condicionada à sua redução a termo.”</p><p>23. O juizado especial cível da justiça federal (Lei n°</p><p>10.259/2001) é competente para processar e julgar:</p><p>A) Causa entre Estado estrangeiro e pessoa domiciliada</p><p>no Brasil.</p><p>B) Ação de anulação de ato administrativo federal de</p><p>lançamento fiscal.</p><p>C) Ação sobre bem imóvel da União.</p><p>D) Mandado de segurança referente a disputa sobre</p><p>direitos indígenas.</p><p>E) Causa entre organismo internacional e município</p><p>brasileiro.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, com fundamento na norma de regência, qual</p><p>seja, a Lei n° 10.259/2001, que disciplina os Juizados</p><p>Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça</p><p>Federal, vejamos:</p><p>“Art. 3º (...)</p><p>§ 1º Não se incluem na competência do Juizado Especial</p><p>Cível as causas:</p><p>I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição</p><p>Federal, as ações de mandado de segurança, de</p><p>desapropriação, de divisão e demarcação, populares,</p><p>execuções fiscais e por improbidade administrativa e as</p><p>demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos</p><p>ou individuais homogêneos;</p><p>II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações</p><p>públicas federais;</p><p>III - para a anulação ou cancelamento de ato</p><p>administrativo federal, salvo o de natureza</p><p>previdenciária e o de lançamento fiscal;</p><p>IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de</p><p>demissão imposta a servidores públicos civis ou de</p><p>sanções disciplinares aplicadas a militares.”</p><p>Diante o exposto a Alternativa B é a correta.</p><p>24. No que se refere ao inquérito policial, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A) O inquérito policial é nulo se não observar os princípios</p><p>do contraditório e da ampla defesa.</p><p>B) A característica pública das investigações auxilia na</p><p>apuração dos fatos e na identificação dos culpados.</p><p>C) O delegado pode arquivar o inquérito quando verificar</p><p>que o fato criminoso não ocorreu.</p><p>D) O inquérito policial é um processo administrativo com</p><p>valor probatório pleno.</p><p>E) O inquérito é procedimento dispensável quando o</p><p>titular da ação penal tiver informações suficientes para</p><p>propor a ação.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>No procedimento administrativo do inquérito policial, o</p><p>contraditório e a ampla defesa são mitigados, logo não</p><p>incorrerá em nulidade caso a autoridade policial não os</p><p>observar.</p><p>O inquérito policial é inquisitivo: as atividades</p><p>persecutórias ficam concentradas nas mãos de uma</p><p>única autoridade e não há oportunidade para o exercício</p><p>do contraditório ou da ampla defesa. Na fase pré-</p><p>processual não existem partes, apenas uma autoridade</p><p>investigando e o suposto autor da infração normalmente</p><p>na condição de indiciado.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Ao contrário do que ocorre no processo, o inquérito não</p><p>comporta publicidade, sendo procedimento</p><p>administrativo essencialmente SIGILOSO,</p><p>disciplinando o art. 20 do CPP, que a autoridade</p><p>assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação</p><p>do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Este</p><p>sigilo, contudo, não se estende, por uma razão lógica,</p><p>nem ao magistrado, nem ao membro do Ministério</p><p>Público.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A persecução penal é de ordem pública, e, uma vez</p><p>iniciado o inquérito, não pode o delegado de polícia dele</p><p>dispor. Uma vez iniciado o procedimento investigatório,</p><p>deve a autoridade policial levá-lo até o final, não podendo</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>16</p><p>arquivá-lo, em virtude de expressa vedação contida no</p><p>art. 17 do CPP. Vejamos:</p><p>“Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar</p><p>arquivar autos de inquérito.”</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O inquérito policial tem valor probatório relativo, pois</p><p>carece de confirmação por outros elementos colhidos</p><p>durante a instrução processual.</p><p>A relatividade do valor dos elementos de informação do</p><p>inquérito policial se deve a mais de um motivo:</p><p>a) os elementos colhidos não são submetidos à formação</p><p>contraditória;</p><p>b) o juiz não poderá tomar decisões fundadas apenas nos</p><p>elementos de informação, ressalvadas as provas</p><p>cautelares, antecipadas e irrepetíveis;</p><p>c) os elementos de informação devem ser interpretados</p><p>em conjunto com as provas carreadas em juízo, sendo</p><p>relativos justamente porque são vistos conjuntamente</p><p>com vistas à compatibilidade com a prova constituída</p><p>durante o trâmite do processo penal, sob o crivo do</p><p>contraditório.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Da leitura de dispositivos que regem a persecução penal</p><p>preliminar, a exemplo do art. 39, § 5°, CPP, podemos</p><p>concluir que o inquérito não é imprescindível para a</p><p>propositura da ação penal. Se os elementos que venham</p><p>a lastrear a inicial acusatória forem colhidos de outra</p><p>forma, não se exige a instauração de inquérito, sendo,</p><p>portanto, dispensável.</p><p>25. Acerca da aplicação da lei processual no tempo e no</p><p>espaço e em relação às pessoas, julgue os itens a seguir.</p><p>I. O Brasil adota, no tocante à aplicação da lei processual</p><p>penal no tempo, o sistema da unidade processual.</p><p>II. Em caso de normas processuais materiais — mistas</p><p>ou híbridas —, aplica-se a retroatividade da lei mais</p><p>benéfica.</p><p>III. Para o regular processamento judicial de governador</p><p>de estado ou do Distrito Federal, é necessária a</p><p>autorização da respectiva casa legislativa — assembleia</p><p>legislativa ou câmara distrital.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A) Apenas o item II está certo.</p><p>B) Apenas o item I está certo.</p><p>C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>E) Todos os itens estão certos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, vejamos a análise dos itens:</p><p>I – Errado.</p><p>Adota na realidade o sistema do isolamento dos atos</p><p>processuais. O art. 2° do CPP consubstancia o princípio</p><p>do tempus regit actum, razão pela qual, de um lado, os</p><p>atos praticados sob a vigência da lei anterior são</p><p>perfeitos, enquanto os atos ainda não praticados devem</p><p>ser editados consoante a lei nova, de forma integral.</p><p>Vejamos;;</p><p>“Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo,</p><p>sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a</p><p>vigência da lei anterior.”</p><p>II – Certo.</p><p>Norma híbrida é a hipótese em que pode surgir o</p><p>fenômeno das normas heterotópicas (heterotopia é o fato</p><p>de uma norma com conteúdo processual penal se situar,</p><p>topicamente, em diploma de natureza penal,</p><p>substancial). Como não pode haver cisão, deve</p><p>prevalecer o aspecto penal. Se este for benéfico, a lei</p><p>será aplicada às infrações ocorridas antes da sua</p><p>vigência. O aspecto penal retroage, e o processual terá</p><p>aplicação imediata, preservando-se os atos praticados</p><p>quando da vigência da norma anterior. Já se a parte</p><p>penal for maléfica, a nova norma não terá nenhuma</p><p>incidência aos crimes ocorridos antes de sua vigência e</p><p>o processo iniciado, todo ele, será regido pelos preceitos</p><p>processuais previstos na antiga lei.</p><p>III – Errado.</p><p>Não há necessidade de prévia autorização da</p><p>Assembleia Legislativa para que o STJ receba</p><p>denúncia ou queixa e instaure ação penal contra</p><p>Governador de Estado, por crime comum.</p><p>Em outras palavras, não há necessidade de prévia</p><p>autorização da ALE para que o Governador do Estado</p><p>seja processado por crime comum.</p><p>Se a Constituição Estadual exigir autorização da ALE</p><p>para que o Governador seja processado criminalmente,</p><p>essa previsão é considerada inconstitucional.</p><p>Assim, é vedado às unidades federativas instituir normas</p><p>que condicionem a instauração de ação penal contra</p><p>Governador por crime comum à previa autorização da</p><p>Casa Legislativa.</p><p>(Informativo n° 863, STF)</p><p>Diante o exposto a Alternativa A é a correta.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>17</p><p>26. Durante a investigação por crime de homicídio</p><p>praticado por André, a polícia judiciária, após</p><p>interceptação telefônica autorizada por juiz competente,</p><p>descobriu que houve, por parte do investigado, a prática</p><p>do crime de extorsão. Diante do caso e considerando as</p><p>normas e decisões jurisprudenciais, marque a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) Eventuais elementos colhidos na investigação não</p><p>podem fundamentar a sentença condenatória de André,</p><p>ainda que somados a outros</p><p>elementos de prova</p><p>produzidos durante o processo.</p><p>B) Eventual confissão de André, em interrogatório</p><p>judicial, não precisará ser confrontada com outras provas</p><p>pelo juiz.</p><p>C) O crime de extorsão praticado por André não revela</p><p>um crime achado.</p><p>D) A prova eventualmente descoberta relacionada ao</p><p>crime de extorsão será considerada ilícita.</p><p>E) Se o crime de extorsão, eventualmente, estiver</p><p>relacionado ao crime de homicídio praticado por André,</p><p>estaremos diante do fenômeno da serendipidade de 1º</p><p>grau.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Na verdade, o juiz pode utilizar provas colhidas no</p><p>inquérito policial para fundamentar suas decisões. A</p><p>limitação ocorre quando esse seja o meio exclusivo pelo</p><p>qual a autoridade judicial forma a sua convicção (art. 155,</p><p>caput, CPP).</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Afirma o art. 197, CPP, que o valor da confissão se aferirá</p><p>pelos critérios adotados para os outros elementos de</p><p>prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-</p><p>la com as demais provas do processo, verificando se,</p><p>entre ela e estas, existe compatibilidade ou</p><p>concordância.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Trata-se de um crime achado, que é aquele</p><p>desconhecido e não investigado até o momento em que</p><p>se descobre. Logo, o crime de extorsão, apresentado na</p><p>situação hipotética, refere-se a um crime achado.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Entende o STF que a interceptação telefônica que revele</p><p>crime não originariamente conhecido, traz uma prova</p><p>lícita, quando observados os requisitos legais e</p><p>constitucionais. E como a questão nos afirma que a</p><p>interceptação era legal, não há que se falar em ilicitude</p><p>da prova do crime de extorsão.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>Serendipidade é o nome atribuído para o encontro fortuito</p><p>de provas.</p><p>Segundo a existência ou não de nexo causal entre os</p><p>crimes, classifica-se em:</p><p>1) Serendipidade de primeiro grau: há nexo causal</p><p>entre o crime apurado e o crime da prova descoberta</p><p>fortuitamente.</p><p>2) Serendipidade de segundo grau: não há nexo causal</p><p>entre o crime apurado e o crime descoberto</p><p>fortuitamente.</p><p>Desta feita, existe um nexo causal entre a extorsão</p><p>perpetrada por André e o crime de homicídio, incorrendo,</p><p>assim, em serendipidade de primeiro grau entre o</p><p>encontro fortuito dos crimes.</p><p>27. Durante um interrogatório judicial, o acusado Pedro</p><p>não foi avisado, pelo magistrado, quanto ao seu direito</p><p>de permanecer calado. Registre-se que Pedro estava</p><p>acompanhado de seu Advogado. Diante do caso e das</p><p>demais normas processuais penais, considerando ainda</p><p>a jurisprudência superior, marque a opção correta.</p><p>A) Pedro poderá alegar nulidade absoluta, em razão da</p><p>ausência de informação pelo juiz.</p><p>B) Não obstante a presença do Advogado junto de Pedro,</p><p>há nulidade relativa quanto à ausência do aviso de direito</p><p>ao silêncio.</p><p>C) Se houvesse necessidade de Pedro ser interrogado</p><p>por carta precatória, não ocorreria violação ao princípio</p><p>da identidade física do juiz.</p><p>D) Se o juiz competente para as investigações delega</p><p>competência sobre o deferimento ou não de medidas</p><p>cautelares, há quebra do princípio do juiz natural.</p><p>E) Através do princípio do contraditório, a parte pode se</p><p>valer dos meios disponíveis para alcançar o seu direito.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Na verdade, a ausência de informação quanto ao direito</p><p>ao silêncio constitui nulidade relativa, ou seja, depende</p><p>de comprovação do efetivo prejuízo sofrido.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Não é esse o entendimento do STF: “Vício decorrente da</p><p>ausência de advertência, em interrogatório, do direito de</p><p>permanecer em silêncio há de ser aferido consideradas</p><p>as circunstâncias do caso concreto, não surgindo</p><p>configurado uma vez acompanhado o acusado de</p><p>advogado, que não manifestou inconformismo”.</p><p>Alternativa C – correta.</p><p>Afirmou o STF (1ª Turma, HC-AgR 156.749) que o</p><p>princípio da identidade física do juiz não é absoluto e não</p><p>impede o interrogatório do réu por carta precatória. O</p><p>Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de</p><p>que “o princípio da identidade física do juiz, introduzido</p><p>no processo penal pela Lei nº 11.719/1908 (art. 399, § 2º,</p><p>do CPP), não é absoluto e não impede a realização do</p><p>interrogatório do réu por meio de carta precatória”.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>18</p><p>Embora a regra seja a realização presencial do</p><p>interrogatório, deve ser autorizada sua realização por</p><p>meio de carta precatória ou de videoconferência, nos</p><p>casos em que a necessidade de deslocamento possa</p><p>inviabilizar o direito de defesa. Dessa forma, não há óbice</p><p>à realização do interrogatório do réu por meio de carta</p><p>precatória, em virtude de lhe ser mais benéfico. De fato,</p><p>a Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça já</p><p>assentou que o princípio da identidade física do juiz,</p><p>introduzido no Processo Penal pela Lei nº 11.719/2008,</p><p>não é absoluto e não impede a realização do</p><p>interrogatório do réu por meio de carta precatória.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>Não há violação ao princípio do juiz natural quando o</p><p>magistrado competente para conduzir as investigações</p><p>delega sua competência para decidir sobre as medidas</p><p>cautelares relacionadas ao inquérito.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Enquanto o contraditório é princípio protetivo de ambas</p><p>as partes (autor e réu), a ampla defesa – que com o</p><p>contraditório não se confunde – é garantia com</p><p>destinatário certo: o acusado.</p><p>Deve ser assegurado a ampla possibilidade de defesa,</p><p>lançando-se mão dos meios e recursos disponíveis e a</p><p>ela inerentes (art. 5°, inciso LV, CF/88). Logo, estamos</p><p>diante da ampla defesa e não do contraditório.</p><p>28. Roberto praticou conduta criminosa. Na época, a</p><p>legislação vigente afirmava que a ação penal seria</p><p>privada. Ocorre que, 2 (dois) meses depois do ocorrido,</p><p>o crime praticado por Roberto passou a ser de ação penal</p><p>pública incondicionada. De acordo com a situação, e</p><p>considerando as normas legais e determinações</p><p>jurisprudenciais sobre a ação penal, é correto afirmar:</p><p>A) Caso a denúncia seja apresentada pelo Ministério</p><p>Público, esta deverá ser recebida.</p><p>B) A apresentação de denúncia três meses após a</p><p>ocorrência do crime é apta a iniciar a persecução em</p><p>desfavor de Roberto.</p><p>C) Em nosso ordenamento jurídico, bem como na</p><p>doutrina, não se reconhece a existência de ação de</p><p>prevenção penal.</p><p>D) Eventuais irregularidades no inquérito policial não</p><p>afetam, em regra, a ação penal.</p><p>E) A decadência da ação penal afasta o direito de punir</p><p>do Estado.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Considerando que a alteração de ação penal privada</p><p>para ação penal pública prejudica o réu, esta mudança</p><p>não pode alcançar Roberto. No caso específico, o crime</p><p>continua sendo de ação penal privada. Logo, não tem</p><p>legitimidade o Ministério Público para propor a denúncia.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Perceba que a alteração trazida pela questão trouxe</p><p>aspecto de direito material, pois dificultou a extinção da</p><p>punibilidade. Nesse caso, não há aplicabilidade</p><p>imediata da alteração, sendo certo que o prazo</p><p>decadencial de 6 meses se mantém.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>A ação de prevenção penal é a iniciada contra réu</p><p>absolutamente inimputável, visando à aplicação de</p><p>medida de segurança através de uma sentença</p><p>absolutória imprópria (art. 386, p. ú., III, CPP). Desta feita,</p><p>a ação de prevenção penal é reconhecida no</p><p>ordenamento jurídico pátrio.</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>O inquérito policial é uma peça de informação, destinada</p><p>a auxiliar a construção da opinio delicti. E por ser</p><p>facultativo, eventuais irregularidades ocorridas no</p><p>inquérito policial não afetam a ação penal. Os vícios</p><p>ocorridos no inquérito policial não atingem a ação penal.</p><p>Tem</p><p>prevalecido tanto nos tribunais como na doutrina</p><p>que, sendo o inquérito dispensável, algo que não é</p><p>essencial ao processo, não tem o condão de, uma vez</p><p>viciado, contaminar a ação penal.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>É a prescrição que afasta diretamente o direito de punir</p><p>do Estado (ius puniendi). Noutro giro, a decadência</p><p>afasta o direito de ação. O prazo decadencial é de 6</p><p>(seis) meses, contados da data do conhecimento da</p><p>autoria.</p><p>Direito Penal Militar</p><p>29. Com relação aos crimes propriamente e</p><p>impropriamente militares, assinale qual das seguintes</p><p>opções não é considerada um crime propriamente militar:</p><p>A) Insubordinação.</p><p>B) Deserção.</p><p>C) Furto.</p><p>D) Atentado contra a segurança de instalações militares.</p><p>E) Desacato a superior.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, essa questão aborda o tema dos crimes</p><p>propriamente militares, ou seja, crimes que estão</p><p>especificamente relacionados ao contexto e às atividades</p><p>militares. As opções apresentadas incluem diferentes</p><p>tipos de crimes, e a pergunta busca identificar qual deles</p><p>não se enquadra nessa categoria.</p><p>A resposta correta é a opção "c) Furto". O furto, também</p><p>previsto no Código Penal comum, não é, pois,</p><p>exclusivamente militar. Ele se aplica a qualquer contexto</p><p>e não possui uma relação direta com as atividades</p><p>específicas das Forças Armadas.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>19</p><p>As outras opções mencionadas estão relacionadas a</p><p>crimes propriamente militares. A insubordinação é um</p><p>crime que envolve a desobediência às ordens superiores</p><p>ou a recusa em cumprir os deveres militares. A deserção</p><p>refere-se ao abandono ilegal do serviço militar. O</p><p>atentado contra a segurança de instalações militares</p><p>envolve ações que visam prejudicar ou ameaçar a</p><p>integridade e o funcionamento de locais militares. Por fim,</p><p>o crime de desacato a superior é um crime previsto</p><p>apenas no CPM, portanto, propriamente militar.</p><p>30. “O Sargento Silva, membro das Forças Armadas, foi</p><p>condenado por deserção, após ausentar-se, sem licença,</p><p>da unidade em que serve, por mais de oito dias. Acontece</p><p>que essa deserção ocorreu em unidade estacionada em</p><p>fronteira, sendo a pena agravada em um terço. Além da</p><p>pena principal de prisão, o juiz militar aplicou uma pena</p><p>acessória.”</p><p>Após análise do caso, assinale a alternativa que</p><p>corresponde à pena acessória aplicada pelo juiz ao</p><p>Sargento Silva.</p><p>A) Suspensão do exercício do posto, graduação, cargo</p><p>ou função.</p><p>B) Impedimento.</p><p>C) Morte.</p><p>D) Suspensão dos Direitos Políticos.</p><p>E) Reforma.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Combatentes, essa questão aborda o tema das penas</p><p>principais e das penas acessórias no Direito Penal Militar,</p><p>e apresenta um caso hipotético que envolve um membro</p><p>das Forças Armadas condenado por deserção. Dentre as</p><p>alternativas citadas, a única que consta como uma pena</p><p>acessória é a LETRA D (SUSPENSÃO DOS DIREITOS</p><p>POLÍTICOS). Vamos revisar quais são as penas</p><p>acessórias?</p><p>Art. 98 do Código Penal Militar diz: São penas</p><p>acessórias:</p><p>I - a perda de posto e patente;</p><p>II - a indignidade para o oficialato;</p><p>III - a incompatibilidade com o oficialato;</p><p>IV - a exclusão das forças armadas;</p><p>V - a perda da função pública, ainda que eletiva;</p><p>VI - a inabilitação para o exercício de função pública;</p><p>VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;</p><p>VIII - a suspensão dos direitos políticos.</p><p>Professor e quais são as penas principais? Estão</p><p>previstas no Art. 55 do CPM. São elas: Morte, reclusão,</p><p>detenção, prisão, impedimento, suspensão do</p><p>exercício do posto, cargo ou função e reforma.</p><p>31. Em uma unidade militar, um grupo de soldados se</p><p>organizam com o objetivo de derrubar a autoridade de</p><p>seus superiores e assumir o controle da unidade. Eles</p><p>planejam realizar um levante armado contra a hierarquia</p><p>militar, com o intuito de promover mudanças nas políticas</p><p>e condições de trabalho. Durante a prática desse crime,</p><p>os soldados se recusam a obedecer às ordens legítimas</p><p>de seus superiores e começam a agir de forma agressiva,</p><p>sendo que três deles, munidos com fuzil, pistola e</p><p>metralhadora, começam a tomar posse de áreas restritas</p><p>da unidade, danificando propriedades e equipamentos</p><p>militares, causando um tumulto generalizado. Neste caso</p><p>hipotético narrado, os referidos soldados praticaram qual</p><p>crime militar?</p><p>A) Revolta.</p><p>B) Motim.</p><p>C) Organização de grupo para a prática de violência.</p><p>D) Omissão de lealdade militar.</p><p>E) Recusa de obediência.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, de modo direto e objetivo. Como os militares</p><p>estavam armados, configura-se o crime militar de</p><p>revolta, previsto no parágrafo único do art. 149 do CPM.</p><p>Exige-se que ao menos dois agentes estejam armados,</p><p>conforme doutrina de Cícero Coimbra e Marcelo</p><p>Streiginger. Se apenas um estiver armado o crime será</p><p>de motim. Cícero Coimbra e Marcelo Streifinger</p><p>entendem que, se os militares se valerem de uma única</p><p>arma de proteção coletiva, como uma metralhadora, há</p><p>revolta. A arma pode ser própria ou imprópria, desde que</p><p>tenha potencialidade lesiva.</p><p>Cuidado para não confundir o referido delito com os</p><p>crimes de organização de grupo para a prática de</p><p>violência (art. 150 do CPM). Neste, exige-se a reunião de</p><p>dois ou mais militares, com armamento ou MATERIAL</p><p>BÉLICO, que é elemento do tipo, além da efetiva prática</p><p>de violência. Prevalece não haver a necessidade da</p><p>reunião ser estável e duradoura.</p><p>Motim</p><p>Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:</p><p>I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou</p><p>negando-se a cumpri-la;</p><p>II - recusando obediência a superior, quando estejam</p><p>agindo sem ordem ou praticando violência;</p><p>III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em</p><p>resistência ou violência, em comum, contra superior;</p><p>IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou</p><p>estabelecimento militar, ou dependência de qualquer</p><p>deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>20</p><p>militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou</p><p>meios de transporte, para ação militar, ou prática de</p><p>violência, em desobediência a ordem superior ou em</p><p>detrimento da ordem ou da disciplina militar:</p><p>Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de</p><p>um terço para os cabeças.</p><p>Revolta</p><p>Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:</p><p>Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de</p><p>um terço para os cabeças.</p><p>32. Em um quartel militar, o Sargento Henrique, o</p><p>Soldado Lima e o Soldado Queiroz se unem com a</p><p>intenção de cometer um furto. Eles planejam roubar</p><p>armas e munições do depósito da unidade durante a</p><p>madrugada, aproveitando-se de seu acesso privilegiado</p><p>e do conhecimento sobre as rotinas de segurança.</p><p>Durante a execução do crime, o Sargento Henrique,</p><p>utilizando sua posição hierárquica, coordenava a ação,</p><p>fornecendo orientações detalhadas sobre como superar</p><p>as medidas de segurança e distribuindo tarefas</p><p>específicas aos soldados Lima e Queiroz. O Soldado</p><p>Lima ficou encarregado de neutralizar o sistema de</p><p>alarme, sob promessa de recompensa, enquanto o</p><p>Soldado Queiroz ficou responsável apenas por desativar</p><p>as câmeras de vigilância. Assim, os três indivíduos agem</p><p>em conjunto, cada um desempenhando um papel</p><p>fundamental para o sucesso do furto. Neste caso</p><p>hipotético narrado, segundo o Código Penal Militar, as</p><p>penas serão agravadas em relação ao:</p><p>A) Sargento Henrique, apenas.</p><p>B) Sargento Henrique e ao Soldado Queiroz.</p><p>C) Soldado Lima e Soldado Queiroz.</p><p>D) Soldado Lima.</p><p>E) Sargento Henrique e Soldado Lima.</p><p>Gabarito:</p><p>E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, trata-se de um tema que cai bastante em</p><p>concursos militares: CONCURSO DE AGENTES.</p><p>Geralmente a banca CESPE traz um caso hipotético e</p><p>pede para você identificar quais agentes envolvidos terão</p><p>a sua pena agravada. Portanto, vamos decorar o §2º do</p><p>art. 53 do CPM. No caso narrado pela questão, o</p><p>Sargento Henrique se insere no inciso I do §2º (promove</p><p>ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade</p><p>dos demais agentes), enquanto o Soldado Lima se</p><p>encaixa no inciso IV (executa o crime, ou nele participa,</p><p>mediante paga ou promessa de recompensa).</p><p>Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime</p><p>incide nas penas a este cominadas</p><p>§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é</p><p>independente da dos outros, determinando-se segundo a</p><p>sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim,</p><p>as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo</p><p>quando elementares do crime.</p><p>§ 2° A pena é agravada em relação ao agente que:</p><p>I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige</p><p>a atividade dos demais agentes;</p><p>II - coage outrem à execução material do crime;</p><p>III - instiga ou determina a cometer o crime alguém</p><p>sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de</p><p>condição ou qualidade pessoal;</p><p>IV - executa o crime, ou nele participa, mediante paga</p><p>ou promessa de recompensa.</p><p>33. Em um destacamento militar, o Tenente Carvalho</p><p>assume o comando de uma tropa de soldados. Durante</p><p>um treinamento em campo, um dos soldados, o Soldado</p><p>Farias, comete um erro durante uma simulação de</p><p>combate. O Tenente Carvalho, em um acesso de raiva e</p><p>descontrole emocional, decide punir o referido soldado.</p><p>O oficial, então, ordena que o Soldado Farias seja</p><p>submetido a repetidas sessões de exercícios físicos</p><p>extenuantes, mesmo quando o soldado apresenta sinais</p><p>claros de fadiga e exaustão. Além disso, o Tenente</p><p>Carvalho humilha publicamente o Soldado Farías,</p><p>ridicularizando-o diante dos demais membros da tropa.</p><p>Neste caso hipotético narrado, o Tenente Carvalho</p><p>estaria cometendo o crime de:</p><p>A) Violência contra inferior.</p><p>B) Rigor excessivo.</p><p>C) Abuso de requisição militar.</p><p>D) Violência contra militar de serviço.</p><p>E) Resistência mediante ameaça ou violência.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, neste caso o Tenente Carvalho estaria</p><p>cometendo o crime de rigor excessivo, previsto no art.</p><p>174 do Código Penal Militar. O rigor excessivo consiste</p><p>na aplicação de castigos ou tratamentos cruéis,</p><p>degradantes ou desumanos além do necessário ou sem</p><p>justa causa, por parte de um militar em relação a um</p><p>subordinado. Esse crime visa proteger a integridade</p><p>física e moral dos militares, garantindo que a disciplina e</p><p>a hierarquia sejam exercidas dentro dos limites</p><p>estabelecidos pela legislação. As punições excessivas,</p><p>que ultrapassam os parâmetros legais e éticos, são</p><p>passíveis de responsabilização criminal.</p><p>Rigor excessivo</p><p>Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado,</p><p>fazendo-o com rigor não permitido, ou ofendendo-o por</p><p>palavra, ato ou escrito:</p><p>Pena - suspensão do exercício do posto, por dois a seis</p><p>meses, se o fato não constitui crime mais grave.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>21</p><p>34. O Capitão Souza é um oficial das Forças Armadas e,</p><p>além de suas funções militares, decide abrir e administrar</p><p>uma loja de roupas em seu tempo livre. Ele utiliza sua</p><p>posição de oficial para obter vantagens indevidas,</p><p>divulgando a loja entre seus subordinados e utilizando</p><p>recursos e informações militares para beneficiar seu</p><p>negócio. Nesse caso, o Capitão Souza cometeu o crime</p><p>de exercício de comércio por oficial, conforme previsto no</p><p>Código Penal Militar. Por fim, foi condenado a pena de</p><p>reforma. Sendo assim, a prescrição para esse crime</p><p>verifica-se em:</p><p>A) 02 (dois) anos.</p><p>B) 03 (três) anos.</p><p>C) 04 (quatro) anos.</p><p>D) 05 (cinco) anos.</p><p>E) 06 (seis) anos.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros policiais, primeiramente precisamos saber que</p><p>o crime de exercício de comércio por oficial tem como</p><p>pena a suspensão do exercício do posto, de seis meses</p><p>a dois anos, ou reforma. Sendo assim, precisamos</p><p>recorrer ao art. 127 do CPM, para verificar como se</p><p>verifica a prescrição nos casos de reforma ou suspensão</p><p>de exercício.</p><p>Prescrição no caso de reforma ou suspensão de</p><p>exercício</p><p>Art. 127. Verifica-se em QUATRO ANOS a prescrição</p><p>nos crimes cuja pena cominada, no máximo, é de reforma</p><p>ou de suspensão do exercício do posto, graduação,</p><p>cargo ou função.</p><p>35. No tocante às medidas de segurança, previstas no</p><p>Código Penal Militar, assinale a alternativa que</p><p>corresponde a uma medida de segurança pessoal</p><p>detentiva:</p><p>A) Cassação de licença para direção de veículos</p><p>motorizados.</p><p>B) Internação em manicômio judiciário.</p><p>C) Exílio local.</p><p>D) Proibição de frequentar determinados lugares.</p><p>E) Interdição de estabelecimento ou sede de sociedade</p><p>ou associação.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, é importante saber decoradas as espécies de</p><p>medida de segurança, sempre caem em provas. No caso</p><p>narrado, a espécie de medida de segurança pessoal</p><p>detentiva é a internação em manicômio judiciário (art.</p><p>110 do CPM).</p><p>-> PESSOAIS:</p><p>- DETENTIVAS: internação em manicômio judiciário e a</p><p>internação em estabelecimento psiquiátrico anexo ao</p><p>manicômio judiciário ou ao estabelecimento penal, ou em</p><p>seção especial de um ou de outro;</p><p>- NÃO DETENTIVAS: cassação de licença para direção</p><p>de veículos motorizados, o exílio local e a proibição de</p><p>frequentar determinados lugares.</p><p>-> PATRIMONIAIS: interdição de estabelecimento ou</p><p>sede de sociedade ou associação, e o confisco.</p><p>Direito Processual Penal Militar</p><p>36. Com relação à Lei de Processo Penal Militar e sua</p><p>aplicação, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O processo penal militar reger-se-á pelas normas</p><p>contidas neste Código (CPPM), apenas em tempo de</p><p>guerra, visto que em tempo de paz é aplicado o Código</p><p>de processo penal comum.</p><p>B) Nos casos concretos, se houver divergência entre as</p><p>normas do CPPM e as de convenção ou tratado de que</p><p>o Brasil seja signatário, prevalecerão as do CPPM.</p><p>C) A lei de processo penal militar deve ser interpretada</p><p>no sentido literal de suas expressões. Os termos técnicos</p><p>hão de serem entendidos em sua acepção especial,</p><p>salvo se evidentemente empregados com outra</p><p>significação.</p><p>D) Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a</p><p>interpretação restritiva, quando for manifesto, no primeiro</p><p>caso, que a expressão da lei é mais ampla e, no segundo,</p><p>que é mais estrita, do que sua intenção.</p><p>E) Os casos omissos do CPPM não podem ser supridos</p><p>pela legislação processual penal comum.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Vamos lá, Caveiras. Questão tranquila, mas sempre</p><p>abordada nas provas que caem a matéria de</p><p>Processo Penal Militar, portanto, não podíamos</p><p>deixar de trazê-la.</p><p>LETRA A (ERRADA) -> O art. 1º do Código de Processo</p><p>Penal Militar estabelece que o CPPM é aplicável tanto em</p><p>tempo de paz quanto em tempo de guerra. Ou seja, as</p><p>normas e os procedimentos previstos no código são</p><p>utilizados independentemente do contexto em que se</p><p>encontra o país.</p><p>Art. 1º O processo penal militar reger-se-á pelas normas</p><p>contidas neste Código, assim em tempo de paz como em</p><p>tempo de guerra, salvo legislação especial que lhe for</p><p>estritamente aplicável.</p><p>LETRA B (ERRADA) -> Negativo, caveira! De acordo</p><p>com o §1º do art. 1º do CPPM, nos casos concretos, se</p><p>houver divergência entre essas normas e as de</p><p>convenção ou tratado de que o Brasil seja signatário,</p><p>prevalecerão as últimas. Portanto, irão prevalecer as</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA</p><p>voluntariamente, salvo nos casos e reconhecimento de nacionalidade originária pela lei</p><p>estrangeira e imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em</p><p>estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de</p><p>direitos civis.</p><p>Por fim, “ius sanguinis” é um critério de como se adquirir a nacionalidade originária,</p><p>diferente do caso concreto em debate. No caso do Brasil, a pessoa obtém essa forma de</p><p>nacionalidade desde que nascida fora do território nacional. Logo, será brasileira porque seu</p><p>genitor ou genitora são brasileiros. Assim, uma das hipóteses elencadas pela Constituição</p><p>Federal de 1988 é que são brasileiros natos pelo critério “ius sanguinis” os nascidos no</p><p>estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da</p><p>República Federativa do Brasil.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 02 – DIREITO ADMINISTRATIVO – PM-SC OFICIAL</p><p>Carlos, um cidadão comum, foi vítima de um acidente de trânsito causado por um veículo</p><p>pertencente a uma instituição governamental. O condutor do veículo era um funcionário público</p><p>que estava a serviço no momento do ocorrido. O acidente resultou em danos materiais</p><p>significativos ao carro de Carlos, além de lesões físicas que exigiram tratamento médico e</p><p>afetaram sua capacidade de trabalho temporariamente.</p><p>Com base nos seus conhecimentos acerca de responsabilidade civil do estado, redija um texto</p><p>dissertativo, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, para responder aos questionamentos</p><p>abaixo:</p><p>a. Quais os requisitos necessários para responsabilizar o Estado pelos danos causados?</p><p>b. O fato de o agente público estar a serviço no momento do acidente influencia na</p><p>responsabilidade civil do Estado?</p><p>c. Carlos pode pleitear a reparação tanto pelos danos materiais quanto pelos danos morais</p><p>decorrentes do acidente?</p><p>d. Apresente, ao menos, duas excludentes da responsabilidade objetiva do estado.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 02 – COMENTADO – PM-SC</p><p>a. Quais os requisitos necessários para responsabilizar o Estado pelos danos causados?</p><p>Seguindo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), os elementos necessários</p><p>para configurar a responsabilidade civil do Estado são os seguintes: a análise da conduta, a</p><p>existência de dano ao particular e o nexo de causalidade entre o ato ilícito e o dano sofrido. Além</p><p>disso, é imprescindível que o dano seja imputável ao Estado, ou seja, decorra da atividade</p><p>pública exercida por ele.</p><p>A conduta refere-se à ação ou omissão do Estado que cause danos a alguém, devendo</p><p>ser lícita e adequada à situação. O dano representa o prejuízo sofrido pelo particular, podendo</p><p>ser de natureza material ou moral. Já o nexo de causalidade estabelece a relação direta entre a</p><p>conduta do Estado e o dano experimentado pelo particular, exigindo-se que haja uma conexão</p><p>clara e comprovada entre a ação ou omissão do Estado e o dano causado.</p><p>Esses três elementos são fundamentais para a configuração da responsabilidade civil do</p><p>Estado, pois é necessário que a conduta estatal tenha causado um dano e que exista uma</p><p>relação evidente entre essa conduta e o dano. Sem a presença desses elementos, não é possível</p><p>estabelecer a responsabilidade civil do Estado.</p><p>A jurisprudência apresenta exemplos que destacam a importância da conduta, do dano e</p><p>do nexo causal na configuração da responsabilidade civil do Estado. Um caso relevante foi o RE</p><p>707.291/RS, que tratou do descumprimento pelo Estado do dever de proteção da saúde pública,</p><p>ocasionando danos a terceiros. O STF reconheceu a existência de nexo causal entre a conduta</p><p>omissiva do Estado e o dano sofrido pelos autores.</p><p>Outro exemplo é o RE 156.151/SP, em que foi discutida a responsabilidade do Estado por</p><p>danos decorrentes de uma explosão de gás canalizado. A Corte concluiu que houve uma conduta</p><p>omissiva por parte do Estado que resultou no dano aos autores, estabelecendo um nexo causal</p><p>suficiente para configurar a responsabilidade civil.</p><p>Também merece destaque o caso RE 593.947/PR, envolvendo danos causados a uma</p><p>pessoa em um acidente de trânsito provocado por uma van escolar conduzida por um funcionário</p><p>público estadual. O STF reconheceu a existência de conduta negligente por parte do Estado, o</p><p>dano sofrido pela vítima e o nexo causal entre ambos, determinando, assim, a responsabilidade</p><p>civil do Estado.</p><p>b. O fato de o agente público estar a serviço no momento do acidente influencia na</p><p>responsabilidade civil do Estado?</p><p>O fato de o agente público estar a serviço cria uma presunção de que ele atua como</p><p>representante do Estado e que suas ações ou omissões estão vinculadas à atividade estatal.</p><p>Essa presunção facilita a responsabilização do Estado, desde que se comprove o nexo causal</p><p>entre a conduta do agente e o dano sofrido pelo particular.</p><p>No entanto, é importante ressaltar que essa presunção pode ser afastada em</p><p>determinadas situações. Se o agente público agir de forma claramente contrária às suas</p><p>atribuições ou ultrapassar os limites legais de sua atuação, pode ser alegada a excludente de</p><p>responsabilidade, como, por exemplo, o caso de agir com dolo ou cometer um ato estritamente</p><p>pessoal e alheio às suas funções públicas.</p><p>Em suma, o fato de o agente público estar a serviço no momento do acidente fortalece a</p><p>responsabilidade civil do Estado, criando uma relação direta entre a conduta do agente e a</p><p>obrigação do Estado em reparar os danos causados ao particular.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>c. Carlos pode pleitear a reparação tanto pelos danos materiais quanto pelos danos</p><p>morais decorrentes do acidente?</p><p>Na responsabilidade civil objetiva do Estado, a reparação pode abranger tanto os danos</p><p>materiais quanto os danos morais decorrentes de atos ilícitos praticados por agentes estatais no</p><p>exercício de suas funções. A responsabilidade objetiva implica que o Estado será</p><p>responsabilizado independentemente da existência de culpa por parte dos seus agentes,</p><p>bastando a comprovação do nexo causal entre a conduta estatal e o dano sofrido pelo particular.</p><p>No caso dos danos materiais, a reparação consiste na restituição ou compensação</p><p>financeira pelo valor dos bens ou prejuízos materiais causados ao particular. Isso inclui, por</p><p>exemplo, o ressarcimento de danos em propriedades, veículos, equipamentos ou quaisquer</p><p>outros bens tangíveis que tenham sido afetados pela ação ou omissão do Estado.</p><p>Já em relação aos danos morais, a reparação tem como objetivo compensar o sofrimento</p><p>psicológico, moral ou emocional experimentado pelo indivíduo em decorrência do ato ilícito</p><p>praticado pelo Estado. Os danos morais podem abranger aspectos como dor, angústia,</p><p>humilhação, abalo psicológico, entre outros, e a compensação geralmente é realizada por meio</p><p>de uma indenização financeira.</p><p>É importante ressaltar que a reparação pelos danos morais não se limita apenas à</p><p>compensação financeira, mas também pode envolver outras formas de reparação, como</p><p>retratação pública, divulgação de direito de resposta, medidas de natureza simbólica, entre</p><p>outras, de acordo com a gravidade do dano e as circunstâncias do caso.</p><p>Na responsabilidade objetiva do Estado, a reparação pelos danos materiais e morais</p><p>busca restabelecer, na medida do possível, a situação anterior ao dano e compensar os prejuízos</p><p>causados ao particular. Essa responsabilidade decorre do princípio da igualdade, que busca</p><p>assegurar que o Estado, enquanto ente público, seja responsável por eventuais danos causados</p><p>aos cidadãos em decorrência de suas atividades, mesmo na ausência de culpa individual dos</p><p>agentes estatais.</p><p>d. Apresente, ao menos, duas excludentes da responsabilidade objetiva do estado;</p><p>As</p><p>1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>22</p><p>normas de convenção ou tratado de que o Brasil seja</p><p>signatário.</p><p>LETRA C (CORRETA) -> Perfeito, gabarito da nossa</p><p>questão. Trata-se da literalidade do Art. 2º do CPPM. Um</p><p>exemplo de interpretação literal é a possibilidade de</p><p>conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva</p><p>de ofício pelo juiz (art. 254 do CPPM), para aquelas que</p><p>a defendem. Por se tratar de prisão, a interpretação deve</p><p>ser na exata medida da lei.</p><p>LETRA D (ERRADA) -> A questão inverteu os conceitos,</p><p>muita atenção na leitura do enunciado para não cair em</p><p>algo tão simples.</p><p>Art. 2º, § 1º Admitir-se-á a interpretação extensiva ou a</p><p>interpretação restritiva, quando fôr manifesto, no primeiro</p><p>caso, que a expressão da lei é mais estrita e, no segundo,</p><p>que é mais ampla, do que sua intenção.</p><p>LETRA E (ERRADA) -> Por fim, temos uma negação</p><p>sem sentido nesse item. O art. 3º, “a”, do CPPM admite</p><p>a aplicação da legislação processual penal comum ao</p><p>processo penal militar quando o CPPM for omisso, desde</p><p>que aplicável ao caso concreto e não haja prejuízo à</p><p>índole processual penal militar.</p><p>37. O Capitão Santos, oficial da reserva, é indiciado pela</p><p>prática do crime de conservação ilegal de comando (art.</p><p>168, do CPM). O Capitão Freitas, oficial da ativa, foi</p><p>designado para conduzir o Inquérito Policial Militar, para</p><p>averiguar a prática desse crime, pois não foi possível a</p><p>designação de oficial de posto superior ao do indiciado.</p><p>Acontece que o Capitão Santos é mais antigo em relação</p><p>ao Capitão Freitas, ainda que de mesmo posto. De</p><p>acordo com o Código de Processo Penal Militar, em</p><p>relação à delegação do exercício do poder de polícia</p><p>judiciária militar, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O Capitão Freitas não poderá conduzir o inquérito</p><p>policial militar, visto que deverá ser designado oficial de</p><p>posto superior ao seu, no caso, um Major.</p><p>B) O Capitão Freitas poderá conduzir o inquérito policial</p><p>militar, visto que o Capitão Santos é oficial da reserva,</p><p>sendo assim, não prevalece, para a delegação, a</p><p>antiguidade de posto.</p><p>C) O Capitão Freitas não poderá conduzir o inquérito</p><p>policial militar, em razão do critério de antiguidade de</p><p>posto, em relação ao Capitão Santos.</p><p>D) O Capitão Freitas poderá conduzir o inquérito policial</p><p>militar, ainda que fosse um 1º Tenente, pois a lei proíbe</p><p>apenas praças ou praças especiais do poder de polícia</p><p>judiciária militar, permitindo a qualquer oficial da ativa</p><p>essa delegação, independente do posto do indiciado.</p><p>E) O Capitão Freitas não poderá conduzir o inquérito</p><p>policial militar, visto que o indiciado é Capitão mais antigo</p><p>e, neste caso, deverá ser oficiado o Comandante-Geral,</p><p>para que ele designe um Coronel de último posto, o qual</p><p>deverá conduzir a investigação.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, o §1º do art. 7º do CPPM admite a delegação</p><p>do exercício da polícia judiciária militar aos oficiais da</p><p>ativa, para fins especificados e por tempo limitado, desde</p><p>que obedecidas as normas regulamentares de jurisdição,</p><p>hierarquia e comando. Desse modo, depreende-se da</p><p>leitura do dispositivo que a polícia judiciária militar NÃO</p><p>pode ser exercida por praças, especiais ou não. A</p><p>delegação deve respeitar o grau hierárquico ou a</p><p>antiguidade do indiciado, logo deve recair em oficial de</p><p>posto superior ao do indiciado, seja este oficial da ativa,</p><p>da reserva, remunerada ou não, ou reformado, conforme</p><p>art. 7º, §2º, do CPPM. Tendo o infrator posto superior ou</p><p>igual ao do comandante, direto ou chefe de órgão ou</p><p>serviço, em cujo âmbito de circunscrição militar haja</p><p>ocorrido a infração penal, será feita a comunicação do</p><p>fato à autoridade superior competente, para que esta</p><p>torne efetiva a delegação, interpretação que se extrai dos</p><p>§§1º e 2º, do art. 7º do CPPM.</p><p>Por fim, não sendo possível a designação de oficial de</p><p>posto superior ao do indiciado (caso da questão), poderá</p><p>ser feita a de oficial do mesmo posto, desde que o mais</p><p>antigo, conforme art. 7º, §3º, do CPPM.</p><p>Agora vem o pulo do gato, caveiras, e minha aposta</p><p>para o dia da prova (o que a banca irá cobrar)!</p><p>#ATENÇÃODOBRADA#</p><p>Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, NÃO</p><p>PREVALECE, para a delegação, a antiguidade de posto,</p><p>conforme art. 7º, §4º, do CPPM. Isto é, a autoridade de</p><p>polícia judiciária responsável pelas investigações, se</p><p>possuir o mesmo posto do oficial da reserva ou</p><p>reformado, poderá conduzir o IPM, sendo indiferente o</p><p>critério da antiguidade. Portanto, o Capitão Freitas</p><p>poderá conduzir o IPM, visto que o Capitão Santos é</p><p>Oficial da reserva e, neste caso, não prevalece, para a</p><p>delegação, a antiguidade de posto.</p><p>38. No momento de instauração do Inquérito Policial</p><p>Militar, o Major Caio ficou em dúvida sobre quem poderia</p><p>designar como escrivão e solicitou ajuda ao Tenente</p><p>Sérgio. A única informação concedida pelo Major Caio ao</p><p>Tenente Sérgio era a de que o indiciado era um oficial.</p><p>Neste caso, de acordo com o Código de Processo Penal</p><p>Militar, a função de escrivão deverá recair em:</p><p>A) Não existe a figura do escrivão no Código de Processo</p><p>Penal Militar.</p><p>B) Danilo, Sargento.</p><p>C) Pedro, suboficial.</p><p>D) Sandro, segundo-tenente.</p><p>E) Regis, subtenente.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros aprovados, vamos direto ao ponto e sem</p><p>enrolação.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>23</p><p>No processo penal militar não existe o cargo (mas a figura</p><p>sim) de “escrivão de polícia militar”, desse modo, no</p><p>momento de instauração do IPM, o encarregado</p><p>designará o escrivão, se não tiver sido feita pela</p><p>autoridade que lhe deu delegação para aquele fim,</p><p>recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado</p><p>for oficial, e em sargento, subtenente ou suboficial, nos</p><p>demais casos (quando o indiciado for praça), nos termos</p><p>do art. 11 do CPPM. Portanto, o Segundo Tenente</p><p>Sandro, é quem deverá ser o escrivão do caso hipotético</p><p>narrado na questão, visto que o indiciado foi um oficial.</p><p>Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá</p><p>ao respectivo encarregado, se não tiver sido feita pela</p><p>autoridade que lhe deu delegação para aquele fim,</p><p>recaindo em segundo ou primeiro-tenente, se o indiciado</p><p>for oficial, e em sargento, subtenente ou suboficial, nos</p><p>demais casos.</p><p>Parágrafo único. O escrivão prestará compromisso de</p><p>manter o sigilo do inquérito e de cumprir fielmente as</p><p>determinações deste Código, no exercício da função.</p><p>39. Martins, civil, praticou o crime de entendimento para</p><p>gerar conflito ou divergência com o Brasil (Art. 141 do</p><p>CPM). De acordo com o Código de Processo Penal</p><p>Militar, a requisição da ação penal, na prática desse crime</p><p>narrado, quando o agente for civil e não houver coautor</p><p>militar, será do:</p><p>A) Ministério da Justiça.</p><p>B) Procurador Geral da Justiça Militar.</p><p>C) Presidente da República.</p><p>D) Governador do Estado.</p><p>E) Ministério da Defesa.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do</p><p>Código Penal Militar, a ação penal:</p><p>Quando o agente for militar ou assemelhado: Depende</p><p>de requisição, que será feita ao PROCURADOR GERAL</p><p>DA JUSTIÇA MILITAR, pelo ministério a que o agente</p><p>estiver subordinado.</p><p>No caso do art. 141, quando o agente for civil e não</p><p>houver coautor militar: A requisição será do</p><p>MINISTÉRIO DA JUSTIÇA.</p><p>Art. 31. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do</p><p>Código Penal Militar, a ação penal; quando o agente for</p><p>militar ou assemelhado, depende de requisição, que será</p><p>feita ao procurador-geral da Justiça Militar, pelo</p><p>Ministério a que o agente estiver subordinado; no caso</p><p>do art. 141 do mesmo Código, quando o agente for civil e</p><p>não houver coautor militar, a requisição será do Ministério</p><p>da Justiça.</p><p>Parágrafo único. Sem prejuízo</p><p>dessa disposição, o</p><p>procurador-geral da Justiça Militar dará conhecimento ao</p><p>procurador-geral da República de fato apurado em</p><p>inquérito que tenha relação com qualquer dos crimes</p><p>referidos neste artigo.</p><p>40. André, Juiz Militar, não pôde exercer jurisdição em</p><p>um processo, sendo alegado o seu impedimento. Dentre</p><p>as alternativas abaixo, assinale aquela que se encaixa</p><p>como uma possível causa de impedimento vivenciada</p><p>por André.</p><p>A) André é administrador de sociedade interessada no</p><p>processo.</p><p>B) André aconselhou uma das partes do processo.</p><p>C) A cônjuge de André está respondendo a processo por</p><p>fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja</p><p>controvérsia.</p><p>D) André é amigo íntimo de uma das partes do processo.</p><p>E) A cônjuge de André funcionou como advogado neste</p><p>processo.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Questão que sempre aparece nas provas, futuros</p><p>policiais!</p><p>A questão diz que André ficou impedido de exercer</p><p>jurisdição no processo, portanto, uma das causas do art.</p><p>37 do CPPM.</p><p>Impedimento para exercer a jurisdição</p><p>Art. 37. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo</p><p>em que:</p><p>a) como advogado ou defensor, órgão do Ministério</p><p>Público, autoridade policial, auxiliar de justiça ou perito,</p><p>tiver funcionado seu cônjuge, ou parente</p><p>consanguíneo ou afim até o terceiro grau inclusive;</p><p>(Gabarito da questão)</p><p>b) ele próprio houver desempenhado qualquer dessas</p><p>funções ou servido como testemunha;</p><p>c) tiver funcionado como juiz de outra instância,</p><p>pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;</p><p>d) ele próprio ou seu cônjuge, ou parente consanguíneo</p><p>ou afim, até o terceiro grau inclusive, for parte ou</p><p>diretamente interessado.</p><p>Atenção: NÃO CONFUNDIR impedimento com</p><p>suspeição! Leia o CPPM!</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>24</p><p>41. Em relação às pessoas que efetuam a prisão em</p><p>flagrante, analise a situação hipotética a seguir.</p><p>I. Carlos, Cabo da PMSC, deverá prender quem for</p><p>insubmisso.</p><p>II. Junior, Sargento da PMSC, deverá prender quem for</p><p>desertor.</p><p>III. Saulo, Civil, deverá prender quem estiver em flagrante</p><p>delito.</p><p>Está(ão) correta(s) a(s) assertiva(s):</p><p>A) III.</p><p>B) I.</p><p>C) I e II.</p><p>D) II.</p><p>E) I, II e III.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, muito cuidado para não cair em</p><p>pegadinhas.</p><p>Carlos e Junior, como são militares, têm a obrigação, o</p><p>dever, de prender quem for insubmisso ou desertor, além</p><p>daquele que estiver em flagrante delito. No entanto,</p><p>Saulo, não militar (civil), não possui essa mesma</p><p>obrigação, trata-se do flagrante facultativo. De acordo</p><p>com o art. 243 do CPPM, qualquer pessoa poderá e os</p><p>militares deverão prender quem for insubmisso ou</p><p>desertor, ou seja, encontrado em flagrante delito.</p><p>42. João praticou um crime em tempo de guerra, Victor</p><p>praticou o crime de desrespeito a superior e Lyra</p><p>cometeu o crime de despojamento desprezível. De</p><p>acordo com o Código de Processo Penal Militar, a</p><p>suspensão condicional da pena não se aplica aos crimes</p><p>praticados por:</p><p>A) João, apenas.</p><p>B) Victor, apenas.</p><p>C) Lyra, apenas.</p><p>D) João e Lyra, apenas.</p><p>E) João, Victor e Lyra.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Guerreiros, questão importantíssima. Não vá para a</p><p>prova sem saber disso.</p><p>1º ponto: O CPPM admite a suspensão condicional da</p><p>execução de pena privativa de liberdade que não exceda</p><p>a 2 (dois) anos pelo período não inferior a 2 (dois) anos</p><p>nem superior a 6 (seis) anos.</p><p>2º ponto: Em relação às restrições, no processo penal</p><p>militar, a suspensão não se estende às penas de reforma,</p><p>suspensão do exercício do posto, graduação ou função,</p><p>ou à pena acessória, nem exclui a medida de segurança</p><p>não detentiva.</p><p>3º ponto *aposta de prova”: O sursis é vedado para</p><p>qualquer crime praticado em tempo de guerra (art. 88,</p><p>I, do CPM) (João). Em tempo de paz, o art. 617 do CPPM</p><p>traz os seguintes crimes:</p><p>- Crimes contra a segurança nacional</p><p>- Aliciação e incitamento (art. 154 a 156)</p><p>- Violência contra superior (art. 157)</p><p>- Violência contra oficial de dia, de serviço ou de quarto,</p><p>sendo sentinela, vigia ou plantão (art. 158)</p><p>- Desrespeito a superior (art. 160) (Victor)</p><p>- Desrespeito a símbolo nacional (art. 161)</p><p>- Despojamento desprezível (art. 162) (Lyra)</p><p>- Insubordinação (art. 163 a 166)</p><p>- Deserção (art. 187 a 194)</p><p>- Ato libidinoso (art. 235)</p><p>- Receita ilegal (art. 291 e parágrafo único, incisos I a</p><p>IV)</p><p>#DEOLHONOGANCHO:</p><p>CPPM -> Art. 617. A suspensão condicional da pena</p><p>não se aplica:</p><p>I — em tempo de guerra;</p><p>II — em tempo de paz:</p><p>a) por crime contra a segurança nacional, de aliciação e</p><p>incitamento, de violência contra superior, oficial de</p><p>serviço, sentinela, vigia ou plantão, de desrespeito a</p><p>superior e desacato, de insubordinação, insubmissão ou</p><p>de deserção;</p><p>b) pelos crimes previstos nos arts. 160, 161, 162, 235,</p><p>291 e parágrafo único, nºs I a IV, do Código Penal</p><p>Militar.</p><p>Direito Civil</p><p>43. O procedimento lógico de constatação por meio do</p><p>qual se chega a um juízo de valor, por comparação das</p><p>semelhanças entre diferentes casos concretos, é</p><p>chamado de:</p><p>A) Interpretação sistemática.</p><p>B) Analogia.</p><p>C) Semântica.</p><p>D) Interpretação lógica.</p><p>E) Interpretação sociológica.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata do artigo 4º da LINDB, mais</p><p>especificamente da analogia:</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>25</p><p>Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de</p><p>acordo com a analogia, os costumes e os princípios</p><p>gerais de direito.</p><p>BIZU: O juiz deve seguir a regra do artigo 4º, ou seja,</p><p>primeiro a analogia, depois os costumes e por último os</p><p>princípios gerais do direito.</p><p>A norma do art. 4º é uma norma geral não aplicada em</p><p>todos os ramos do direito, que possuem autonomia para</p><p>regularem as suas lacunas.</p><p>No Direito Penal, por exemplo, é vedado a analogia in</p><p>malam partem, ou seja, analogia que possa prejudicar o</p><p>réu.</p><p>Portanto, é errado dizer que, quando a lei penal for</p><p>omissa, o juiz resolverá o caso de acordo com a analogia,</p><p>os costumes e os princípios gerais do direito.</p><p>Caveiras, a analogia é a aplicação de uma norma</p><p>próxima ou de um conjunto de normas próximas, não</p><p>havendo uma norma prevista para um determinado caso</p><p>concreto.</p><p>Pode ser classificada em:</p><p>- Analogia Legal ou Legis: é a aplicação de somente uma</p><p>norma próxima.</p><p>- Analogia Jurídica ou Iuris: é a aplicação de um conjunto</p><p>de normas próximas, extraindo elementos que</p><p>possibilitem a analogia.</p><p>Pelo exposto, a assertiva é a letra B.</p><p>44. Acerca da temática das pessoas naturais, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não</p><p>puderem exprimir sua vontade são relativamente</p><p>incapazes.</p><p>B) A personalidade civil da pessoa começa com a</p><p>concepção; mas a lei põe a salvo, desde o nascimento,</p><p>os direitos do nascituro.</p><p>C) São relativamente incapazes de exercer</p><p>pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16</p><p>anos.</p><p>D) A menoridade cessa aos 21 anos completos, quando</p><p>a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida</p><p>civil.</p><p>E) Os pródigos são absolutamente incapazes.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da pessoa natural. Vejamos a</p><p>análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – CORRETA – trata-se da disposição</p><p>do artigo 4º, III, do CC:</p><p>Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à</p><p>maneira de os exercer:</p><p>III - Aqueles que, por causa transitória ou permanente,</p><p>não puderem exprimir sua vontade.</p><p>BIZU: Exemplo: pessoas em coma.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA –</p><p>de acordo com o</p><p>artigo 2º do CC, a personalidade civil começa com o</p><p>nascimento com vida (Teoria Natalista), entretanto, são</p><p>assegurados direitos ao nascituro desde a concepção</p><p>(Teoria Concepcionista). Vejamos o teor do artigo 2º:</p><p>Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do</p><p>nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a</p><p>concepção, os direitos do nascituro.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – os menores de 16</p><p>anos são absolutamente incapazes, de acordo com o</p><p>artigo 3º do CC:</p><p>Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer</p><p>pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16</p><p>anos.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – a maioridade é</p><p>atingida aos 18 anos, conforme o artigo 5º do CC:</p><p>Art. 5º A menoridade cessa aos 18 anos completos,</p><p>quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos</p><p>da vida civil.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – os pródigos são</p><p>relativamente incapazes, nos termos do artigo 4º, IV, do</p><p>CC:</p><p>Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos ou à</p><p>maneira de os exercer:</p><p>IV - Os pródigos.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra A.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>26</p><p>45. O Clube de Piscinas é uma associação caracterizada</p><p>pela união de pessoas que se organizaram para fins não</p><p>econômicos. Certo dia, em um dos eventos sociais</p><p>promovidos pelo Clube de Piscinas, João e Pedro,</p><p>associados, envolveram-se em uma briga, o que resultou</p><p>em lesões leves a ambos. O fato gerou repercussão</p><p>negativa junto à comunidade local, o que provocou</p><p>discussão a respeito da possibilidade de exclusão de</p><p>João e Pedro da associação.</p><p>Considerando essa situação hipotética e as disposições</p><p>do Código Civil relativas ao funcionamento das</p><p>associações, assinale a opção correta.</p><p>A) A competência para deliberar acerca da exclusão de</p><p>associado é privativa do conselho de administração da</p><p>associação.</p><p>B Compete privativamente à assembleia geral a</p><p>imposição de sanções disciplinares aos associados,</p><p>inclusive a pena de exclusão destes da associação.</p><p>C) João e Pedro poderão ser excluídos da associação,</p><p>independentemente da existência de justa causa, desde</p><p>que a exclusão seja precedida de procedimento que</p><p>assegure direito de defesa e recurso, nos termos</p><p>previstos no estatuto.</p><p>D) João e Pedro somente poderão ser excluídos se o fato</p><p>ocorrido for considerado justa causa, assim reconhecida</p><p>em procedimento que assegure direito de defesa e</p><p>recurso, nos termos previstos no estatuto.</p><p>E) A assembleia geral, em razão dos poderes a ela</p><p>conferidos pelo Código Civil, pode deliberar sobre a</p><p>exclusão de João e Pedro, independentemente de</p><p>instauração de procedimento próprio, desde que</p><p>especialmente convocada para esse fim e desde que</p><p>haja aprovação de, pelo menos, dois terços dos</p><p>votantes.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata das pessoas jurídicas, mais</p><p>especificamente das associações.</p><p>O artigo 57 do Código Civil justifica todas as questões</p><p>erradas e dá o gabarito à letra D, vejamos:</p><p>Art. 57. A exclusão do associado só é admissível</p><p>havendo justa causa, assim reconhecida em</p><p>procedimento que assegure direito de defesa e de</p><p>recurso, nos termos previstos no estatuto.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – não se trata de</p><p>competência do Conselho da Administração.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA - essa atribuição não</p><p>consta no rol das atribuições da Assembleia, conforme o</p><p>artigo 59 do CC:</p><p>Art. 59. Compete privativamente à Assembleia Geral:</p><p>I – Destituir os administradores;</p><p>II – Alterar o estatuto.</p><p>BIZU: O quórum para deliberação será definido no</p><p>estatuto.</p><p>ALTERNATIVA C – INCORRETA – é necessário que</p><p>haja justa causa, conforme o artigo 57 do CPP.</p><p>ALTERNATIVA D – CORRETA – está em conformidade</p><p>com o artigo 57 do CC.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – é necessário que</p><p>seja assegurado o direito de defesa, conforme o artigo 57</p><p>do CC.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra D.</p><p>46. Assinale a alternativa correta de acordo com a</p><p>temática dos bens.</p><p>A) As energias que tenham valor econômico são</p><p>consideradas bens imóveis para efeitos legais.</p><p>B) São considerados bens móveis para efeitos legais os</p><p>direitos pessoais de caráter patrimonial, exceto suas</p><p>respectivas ações.</p><p>C) O direito à sucessão aberta é considerado bem imóvel</p><p>para efeitos legais.</p><p>D) As edificações que, separadas do solo, mas</p><p>conservando a sua unidade, forem removidas para outro</p><p>local perdem o caráter de bem imóvel e passam a ser</p><p>considerados bens móveis.</p><p>E) Os materiais destinados a alguma construção,</p><p>enquanto não forem empregados, conservam sua</p><p>qualidade de móveis, entretanto não readquirem essa</p><p>qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da temática dos bens. Vejamos</p><p>a análise das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 83, I, do CC, são consideradas bens móveis:</p><p>Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:</p><p>I - As energias que tenham valor econômico.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 83, III, do CC, as respectivas ações também são</p><p>consideradas bens móveis, vejamos:</p><p>Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:</p><p>III - Os direitos pessoais de caráter patrimonial e</p><p>respectivas ações.</p><p>ALTERNATIVA C – CORRETA – trata-se da disposição</p><p>do artigo 80, II, do CC:</p><p>Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:</p><p>II - O direito à sucessão aberta.</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – não perdem o</p><p>caráter de imóveis, conforme o artigo 81, I, do CC:</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>27</p><p>Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:</p><p>I - As edificações que, separadas do solo, mas</p><p>conservando a sua unidade, forem removidas para outro</p><p>local.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 84 do CC, os bens provenientes da demolição de</p><p>algum prédio readquirem essa qualidade:</p><p>Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção,</p><p>enquanto não forem empregados, conservam sua</p><p>qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os</p><p>provenientes da demolição de algum prédio.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra C.</p><p>47. O negócio concluído pelo representante em conflito</p><p>de interesses com o representado, quando o fato deveria</p><p>ser conhecido por quem tratou com o representante,</p><p>será:</p><p>A) Válido.</p><p>B) Nulo.</p><p>C) Inexistente.</p><p>D) Ineficaz.</p><p>E) Anulável.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata do artigo 119 do CC, vejamos:</p><p>Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo</p><p>representante em conflito de interesses com o</p><p>representado, se tal fato era ou devia ser do</p><p>conhecimento de quem com aquele tratou.</p><p>BIZU: Quando o negócio estiver em conflito de interesse</p><p>será anulável no prazo de 180 dias.</p><p>Vamos entender melhor com exemplo: Laura estabelece</p><p>poderes para Jonas alugar um imóvel por R$ 1.000,00 a</p><p>Clarice.</p><p>Clarice sabe do valor do aluguel (“era ou devia ser do</p><p>conhecimento”).</p><p>Jonas aluga por metade do valor.</p><p>Laura pode anular o negócio jurídico, nos termos do art.</p><p>119.</p><p>Se o terceiro (Clarice) não conhece os termos do</p><p>negócio, presume-se a boa-fé e o negócio jurídico é</p><p>válido, respondendo o representante por perdas e danos</p><p>perante a representada. Sendo assim, para que seja</p><p>anulável, depende do conhecimento de quem celebrou o</p><p>negócio com o representante.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra E.</p><p>48. O nascimento de um direito pode surgir com a</p><p>violação de outro direito. No entanto, a extinção da</p><p>pretensão de pleitear esse direito é extinta pela</p><p>prescrição. Acerca do tema, assinale a alternativa</p><p>correta.</p><p>A) A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita,</p><p>e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois</p><p>que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando</p><p>se presume de fatos do interessado, compatíveis com a</p><p>prescrição.</p><p>B) A prescrição iniciada contra uma pessoa não corre</p><p>contra o seu sucessor.</p><p>C) A prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei não lhe</p><p>haja fixado prazo menor.</p><p>D) A interrupção da prescrição, que somente poderá</p><p>ocorrer uma vez, dar-se-á por despacho do juiz, mesmo</p><p>incompetente, que ordenar a intimação, se o interessado</p><p>a promover no prazo e na forma da lei processual.</p><p>E) Os prazos de prescrição podem ser alterados por</p><p>acordo das partes.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão trata da temática da prescrição,</p><p>lembrando que a prescrição não atinge diretamente o</p><p>direito em si, atinge a pretensão da pessoa de demandar</p><p>alguém em juízo, ou seja, a prescrição atinge diretamente</p><p>a pretensão e indiretamente o direito. Vejamos a análise</p><p>das assertivas.</p><p>ALTERNATIVA A – INCORRETA – de acordo com o</p><p>artigo 191 do CC, são incompatíveis com a prescrição:</p><p>Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou</p><p>tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro,</p><p>depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia</p><p>quando se presume de fatos do interessado,</p><p>incompatíveis com a prescrição.</p><p>BIZU: Uma pessoa, em regra, não pode renunciar a</p><p>prescrição, não pode desistir de invocá-la.</p><p>A renúncia da prescrição só pode ser feita depois da</p><p>prescrição estar consumada, ou seja, não há renúncia</p><p>antecipada da prescrição, só se pode renunciar / desistir</p><p>da prescrição depois que passar o tempo prescricional.</p><p>E, assim como na maioria dos institutos civis, a renúncia</p><p>não pode prejudicar terceiros.</p><p>ALTERNATIVA B – INCORRETA – a prescrição</p><p>continua a correr contra o sucessor, nos termos do artigo</p><p>196 do CC:</p><p>Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa</p><p>continua a correr contra o seu sucessor.</p><p>ALTERNATIVA C – CORRETA – trata-se da literalidade</p><p>do artigo 205 do CC:</p><p>Art. 205. A prescrição ocorre em 10 anos, quando a lei</p><p>não lhe haja fixado prazo menor.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>28</p><p>ALTERNATIVA D – INCORRETA – é citação e não</p><p>intimação, conforme o artigo 202, I, do CC:</p><p>Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente</p><p>poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:</p><p>I - Por despacho do juiz, mesmo incompetente, que</p><p>ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo</p><p>e na forma da lei processual.</p><p>BIZU: Mesmo que o juiz seja incompetente, interrompe a</p><p>prescrição.</p><p>ALTERNATIVA E – INCORRETA – não podem ser</p><p>alterados, conforme os ditames do artigo 192 do CC:</p><p>Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser</p><p>alterados por acordo das partes.</p><p>Pelo exposto, o gabarito é a letra C.</p><p>Legislação Institucional</p><p>49. Com base na Lei nº 6.218/83 (Estatuto dos Policiais-</p><p>Militares do Estado de Santa Catarina), assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) A Polícia Militar, subordinada operacionalmente ao</p><p>Secretário de Segurança e Informações, é uma</p><p>instituição permanente, organizada com base na</p><p>hierarquia e disciplina, destinada à manutenção da</p><p>ordem pública, na área do Estado, sendo considerada</p><p>força auxiliar, Reserva do Exército.</p><p>B) A carreira policial-militar é caracterizada por atividade</p><p>fracionada e parcialmente subordinada às finalidades da</p><p>Polícia Militar, denominada atividade policial-militar.</p><p>C) A carreira Policial-Militar não é privativa do pessoal da</p><p>ativa, e tem início com o ingresso da Polícia-Militar e</p><p>obedece à sequência de graus hierárquicos.</p><p>D) Os policiais-militares da carreira são os que, no</p><p>desempenho involuntário e permanente do serviço</p><p>policial-militar, não possuem vitaliciedade assegurada ou</p><p>presumida.</p><p>E) O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber,</p><p>apenas aos policiais-militares da ativa, mas não da</p><p>reserva remunerada e nem aos capelães policiais-</p><p>militares.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, essa questão trata das disposições</p><p>introdutórias do Estatuto da PMSC. Vamos direto ao</p><p>ponto.</p><p>Letra A (Correta) -> Art. 2º A Polícia Militar,</p><p>subordinada operacionalmente ao SECRETÁRIO DE</p><p>SEGURANÇA E INFORMAÇÕES, é uma instituição</p><p>permanente, organizada com base na hierarquia e</p><p>disciplina, destinada à manutenção da ordem pública, na</p><p>área do Estado, sendo considerada força auxiliar,</p><p>Reserva do Exército.</p><p>Letra B (Errada) -> Art. 5º A carreira policial-militar é</p><p>caracterizada por atividade continuada e inteiramente</p><p>devotada às finalidade da Polícia Militar, denominada</p><p>atividade policial-militar.</p><p>Letra C (Errada) -> Art. 5º, Parágrafo único. A carreira</p><p>Policial-Militar é privativa do pessoal da ativa, tem</p><p>início com o ingresso da Polícia-Militar e obedece à</p><p>seqüência de graus hierárquicos.</p><p>Letra D (Errada) ->Art. 3º, § 2º Os policiais-militares da</p><p>carreira são os que, no desempenho voluntário e</p><p>permanente do serviço policial-militar, têm vitaliciedade</p><p>assegurada ou presumida.</p><p>Letra E (Errada) -> Art. 9º O disposto neste Estatuto</p><p>aplica-se, no que couber, aos policiais-militares da</p><p>reserva remunerada e aos capelães policiais-</p><p>militares.</p><p>50. De acordo com a Lei nº 6.218/83 (Estatuto dos</p><p>Policiais-Militares do Estado de Santa Catarina), analise</p><p>o caso abaixo e assinale a alternativa correta.</p><p>Suponha que, na PMSC, Pedro seja oficial da reserva</p><p>remunerada; Paulo, praça reformado; Lucas, oficial da</p><p>ativa; e Ricardo, praça com estabilidade assegurada.</p><p>Nessa situação, do ponto de vista da ética e da disciplina</p><p>militares, estará(ão) sujeito(s) a Conselho de Disciplina:</p><p>A) Pedro e Lucas.</p><p>B) Paulo e Ricardo.</p><p>C) Pedro, Lucas, Paulo e Ricardo.</p><p>D) Paulo, Ricardo e Lucas.</p><p>E) Apenas Pedro.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, no caso narrado, estarão sujeitos ao</p><p>Conselho de Disciplina apenas Paulo (Praça</p><p>reformado) e Ricardo (Praça com estabilidade</p><p>assegurada).</p><p>Art. 49. O Aspirante-a-Oficial PM, bem como as praças</p><p>com estabilidade assegurada, presumivelmente</p><p>incapazes de permanecerem com policiais-militares da</p><p>ativa, serão submetidos a Conselho de Disciplina, na</p><p>forma da legislação peculiar.</p><p>§ 1º O Aspirante a Oficial e as praças com estabilidade</p><p>assegurada, ao serem submetidos a Conselho de</p><p>Disciplina, serão afastados das atividade que estiverem</p><p>exercendo.</p><p>§ 2º Compete ao Comandante Geral da Polícia Militar</p><p>julgar, em última instância, os processos oriundos dos</p><p>Conselhos de Disciplina.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>29</p><p>§ 3º As praças reformadas e da reserva remunerada</p><p>também podem ser submetidas á Conselho de</p><p>Disciplina.</p><p>#BIZUDEPROVA:</p><p>CONSELHO DE DISCIPLINA (PRAÇA): Aspirante a</p><p>oficial, praça com estabilidade assegurada, praça</p><p>reformada e praça da reserva remunerada.</p><p>CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO (OFICIAL): Oficial da</p><p>ativa, oficial da reserva remunerada, oficial reformado.</p><p>51. Três policiais militares do estado de Santa Catarina</p><p>foram punidos disciplinarmente: Carlos, com prisão;</p><p>Robson, com detenção; e Alex, com repreensão. Nesse</p><p>caso, de acordo com o Regulamento Disciplinar da</p><p>Polícia Militar do Estado de Santa Catarina (Decreto nº</p><p>12.112/80):</p><p>A) A pena de Alex é a mais branda dentre as previstas no</p><p>referido Regulamento disciplinar.</p><p>B) Robson deverá ficar confinado, não podendo</p><p>comparecer aos atos de instrução.</p><p>C) As penas de Carlos e Robson não podem ultrapassar</p><p>30 (trinta) dias.</p><p>D) A pena de Carlos poderá ultrapassar 60 (sessenta)</p><p>dias, não podendo ficar confinado e sujeitando-se a todos</p><p>os atos de serviços.</p><p>E)</p><p>A pena de Alex consiste numa admoestação feita</p><p>verbalmente ao transgressor, podendo ser em caráter</p><p>particular ou ostensivamente.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros Policiais, questão bem interessante que trata</p><p>sobre a gradação e execução das penas</p><p>disciplinares.</p><p>Primeiramente, temos como gabarito a letra C, visto que</p><p>o parágrafo único do art. 22 nos diz que: As punições</p><p>disciplinares de detenção e prisão NÃO PODEM</p><p>ULTRAPASSAR DE TRINTA DIAS.</p><p>LETRA A – A pena mais branda prevista no RDPMSC</p><p>é a de advertência e não a de repreensão.</p><p>Art. 23 - Advertência - É a forma mais branda de</p><p>punir. Consiste numa admoestação feita verbalmente ao</p><p>transgressor, podendo ser em caráter particular ou</p><p>ostensivamente.</p><p>LETRA B – Caveiras, Robson não poderá ficar</p><p>confinado, visto que foi punido com a detenção.</p><p>Art. 25 - Detenção - Consiste no cerceamento da</p><p>liberdade do punido, o qual deve permanecer no local</p><p>que lhe for determinado, normalmente o quartel, sem</p><p>que fique, no entanto, confinado.</p><p>§ 1º. - O detido comparece a todos os atos de instrução</p><p>e serviços.</p><p>§ 2º. - Em casos especiais, a critério da autoridade que</p><p>aplicou a punição, o oficial ou aspirante a oficial pode ficar</p><p>detido em sua residência.</p><p>LETRA D – Carlos poderá ficar confinado e sua pena</p><p>não poderá ultrapassar 30 (trinta) dias.</p><p>Art. 26 - Prisão - Consiste no confinamento do punido</p><p>em local próprio e designado para tal.</p><p>LETRA E – A pena de Alex é a de repreensão, a</p><p>questão trouxe o conceito de advertência.</p><p>Art. 24 - Repreensão - É uma censura enérgica ao</p><p>transgressor, publicada em boletim e que não priva o</p><p>punido da liberdade.</p><p>52. Considere que Renan, Soldado da Polícia Militar do</p><p>Estado de Santa Catarina, no período de 02 (dois) anos</p><p>de efetivo serviço, foi punido apenas com duas prisões.</p><p>Neste caso, de acordo com o Regulamento Disciplinar da</p><p>Polícia Militar do Estado de Santa Catarina (Decreto nº</p><p>12.112/80), o comportamento de Renan deve ser</p><p>classificado em:</p><p>A) Excepcional.</p><p>B) Ótimo.</p><p>C) Bom.</p><p>D) Insuficiente.</p><p>E) Mau.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Guerreiros e Guerreiras, questão de prova, prestem</p><p>bastante atenção! De acordo com o art. 50, o</p><p>comportamento policial-militar das praças deve ser</p><p>classificado em excepcional, ótimo, bom, insuficiente</p><p>ou mau.</p><p>No caso narrado, como Renan, soldado da PMSC, foi</p><p>punido com até 2 (duas) prisões no período de 2 (dois)</p><p>anos de efetivo serviço, seu comportamento será</p><p>classificado com “BOM”.</p><p>Art. 50 - O comportamento policial-militar das praças</p><p>deve ser classificado em:</p><p>1) - EXCEPCIONAL - quando no período de 8 (oito)</p><p>anos de efetivo serviço não tenha sofrido qualquer</p><p>punição disciplinar;</p><p>2) - ÓTIMO - quando no período de 4 (quatro) anos de</p><p>efetivo serviço, tenha sido punida com até uma</p><p>detenção;</p><p>3) - BOM - quando no período de 2 (dois) anos de</p><p>efetivo serviço tenha sido punida com até duas prisões;</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>30</p><p>4) - INSUFICIENTE - quando no período de 1 (um) ano</p><p>de efetivo serviço tenha sido punida com até duas</p><p>prisões;</p><p>5) - MAU - quando no período de 1 (um) ano de efetivo</p><p>serviço tenha sido punida com mais de duas prisões.</p><p>53. De acordo com o Decreto-lei nº 667, de 02 de julho</p><p>de 1969 – Que Reorganiza as Polícias Militares e os</p><p>Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos</p><p>Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências</p><p>–, compete ao Estado-Maior do Exército, através da</p><p>Inspetoria-Geral das Polícias Militares, exceto:</p><p>A) Centralizar todos os assuntos da alçada do Ministério</p><p>do Exército relativos às Polícias Militares, com vistas ao</p><p>estabelecimento da política conveniente e à adoção das</p><p>providências adequadas.</p><p>B) Promover as inspeções das Políticas Militares tendo</p><p>em vista o fiel cumprimento das prescrições deste</p><p>decreto-lei.</p><p>C) Proceder ao controle da organização, da instrução,</p><p>dos efetivos, do armamento e do material bélico das</p><p>Polícias Militares.</p><p>D) Baixar as normas e diretrizes para a fiscalização da</p><p>instrução das Polícias Militares.</p><p>E) A cobertura de eventuais insuficiências financeiras</p><p>decorrentes do pagamento das pensões militares e da</p><p>remuneração da inatividade, que não tem natureza</p><p>contributiva.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, a questão pediu a única alternativa que não</p><p>é competência do Estado-Maior do Exército, através</p><p>da Inspetoria-Geral das Polícias Militares. Portanto,</p><p>item E, visto que:</p><p>Art. 24-C. Incide contribuição sobre a totalidade da</p><p>remuneração dos militares dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Territórios, ativos ou inativos, e de seus</p><p>pensionistas, com alíquota igual à aplicável às Forças</p><p>Armadas, cuja receita é destinada ao custeio das</p><p>pensões militares e da inatividade dos militares.</p><p>§ 1º Compete ao ente federativo a cobertura de</p><p>eventuais insuficiências financeiras decorrentes do</p><p>pagamento das pensões militares e da remuneração da</p><p>inatividade, que não tem natureza</p><p>contributiva. (Incluído pela Lei nº 13.954, de</p><p>2019)</p><p>Art 21. Compete ao Estado-Maior do Exército, através</p><p>da Inspetoria-Geral das Polícias Militares:</p><p>a) Centralizar todos os assuntos da alçada do Ministério</p><p>do Exército relativos às Polícias Militares, com vistas ao</p><p>estabelecimento da política conveniente e à adoção das</p><p>providências adequadas.</p><p>b) Promover as inspeções das Políticas Militares tendo</p><p>em vista o fiel cumprimento das prescrições deste</p><p>decreto-lei.</p><p>c) Proceder ao controle da organização, da instrução, dos</p><p>efetivos, do armamento e do material bélico das Polícias</p><p>Militares.</p><p>d) Baixar as normas e diretrizes para a fiscalização da</p><p>instrução das Polícias Militares.</p><p>e) Apreciar os quadros de mobilização para as Polícias</p><p>Militares de cada Unidade da Federação, com vistas ao</p><p>emprego em suas missões específicas e como</p><p>participantes da Defesa Territorial.</p><p>f) Cooperar no estabelecimento da legislação básica</p><p>relativa às Polícias Militares.</p><p>54. Silvio, de 1,65cm e 29 anos de idade, e Marta, com</p><p>1,55cm e 25 anos de idade, decidem prestar o concurso</p><p>da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, para o</p><p>cargo de Oficial e Soldado, respectivamente. De acordo</p><p>com a Lei Complementar Estadual nº 587, de 14 de</p><p>janeiro de 2013, que dispõe sobre o ingresso nas</p><p>carreiras das instituições militares de Santa Catarina,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) Silvio não possui altura suficiente para o ingresso nas</p><p>carreiras das instituições militares.</p><p>B) Marta possui apenas altura suficiente para o ingresso</p><p>nas carreiras das instituições militares.</p><p>C) Marta não possui idade suficiente para o ingresso nas</p><p>carreiras das instituições militares.</p><p>D) Silvio possui altura e idade suficientes para o ingresso</p><p>nas carreiras das instituições militares.</p><p>E) Silvio e Marta possuem altura e idade suficientes para</p><p>o ingresso nas carreiras das instituições militares.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, de acordo com o art. 2º da Lei</p><p>Complementar Estadual nº 587, de 14 de janeiro de</p><p>2013, temos que: São requisitos para o ingresso nas</p><p>carreiras das instituições militares: (...)</p><p>I - ter nacionalidade brasileira;</p><p>II - estar em dia com os deveres do serviço militar</p><p>obrigatório, no caso de candidatos do sexo masculino;</p><p>III - apresentar declaração em que conste se sofreu ou</p><p>não, no exercício de função pública, penalidades</p><p>administrativas, conforme legislação aplicável;</p><p>IV – POSSUIR ALTURA NÃO INFERIOR A:</p><p>a) 1,60 (um metro e sessenta centímetros), para</p><p>candidatas do sexo feminino; e</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>31</p><p>b) 1,65 (um metro e sessenta e cinco centímetros),</p><p>para candidatos do sexo masculino; e (Redação do</p><p>inciso IV, dada pela LC 601, de 2013).</p><p>V - possuir peso proporcional à altura, conforme</p><p>preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)</p><p>por meio do índice de massa corporal;</p><p>VI - ter a idade mínima de 18 (dezoito) anos completos</p><p>até a data da inclusão;</p><p>VII - não ter completado a idade máxima de 30 (trinta)</p><p>anos até o último dia de inscrição no concurso</p><p>público;</p><p>55. No tocante à Lei Estadual nº 6.215, de 10 de fevereiro</p><p>de 1983, dispõe sobre promoção de oficiais da Polícia</p><p>Militar do Estado, e dá outras providências, em relação à</p><p>Comissão de Promoção de Oficiais PM, assinale a</p><p>alternativa correta.</p><p>A) São membros efetivos o Subcomandante-Geral, o</p><p>Chefe do Estado-Maior, o Diretor de Pessoal, o</p><p>Corregedor-Geral e o Chefe da Agência Central de</p><p>Inteligência da Corporação.</p><p>B) São membros natos a metade dos Coronéis prontos</p><p>da Polícia Militar e mais 4 (quatro) Oficiais Superiores, da</p><p>Polícia Militar.</p><p>C) Nos trabalhos para preenchimento das vagas do posto</p><p>de Coronel, a Comissão de Promoção de Oficiais PM</p><p>(CPOPM) passará a ser constituída exclusivamente por</p><p>todos os Coronéis prontos da Polícia Militar.</p><p>D) A CPOPM será secretariada por um Oficial Superior</p><p>designado para tal pelo Governador do Estado.</p><p>E) A Comissão tem caráter temporário, sendo constituída</p><p>apenas por membros escolhidos anualmente.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Futuros Combatentes, vamos direto ao ponto.</p><p>Letra C (Correta) -> Art. 26, § 3º Nos trabalhos para</p><p>preenchimento das vagas do posto de Coronel, a</p><p>Comissão de promoção de Oficiais PM (CPOPM)</p><p>passará a ser constituída exclusivamente por todos os</p><p>Coronéis prontos da Policia Militar.</p><p>Letra A (Errada) -> Art. 26, § 2º São membros efetivos,</p><p>a metade dos Coronéis prontos da policia Militar e</p><p>mais 4 (quatro) Oficiais Superiores, da Policia Militar,</p><p>que anualmente substituídos.</p><p>Letra B (Errada) -> Art. 26, § 1º São membros natos o</p><p>Subcomandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior, o</p><p>Diretor de Pessoal, o Corregedor-Geral e o Chefe da</p><p>Agência Central de Inteligência da Corporação.</p><p>Letra D (Errada) -> Art. 26, § 4º A CPOPM será</p><p>secretariada por um Oficial Superior designado para tal</p><p>pelo Comandante-Geral.</p><p>Letra E (Errada) -> Art. 26. A Comissão de Promoção de</p><p>Oficiais PM tem caráter permanente, sendo constituída</p><p>por membros natos e membros efetivos e é presidida</p><p>pelo Comandante-Geral da Corporação.</p><p>Língua Portuguesa</p><p>CG1A1-I</p><p>Na segunda metade do século XVIII, eclodiram</p><p>protestos contra os suplícios por toda a Europa. Esses</p><p>eram formas de punição que podem ser definidas como</p><p>penas aplicadas sobre o corpo do condenado, num ritual</p><p>geralmente ostentoso e cruel. Nessa época, começava-</p><p>se a crer que era preciso punir de outro modo, de forma</p><p>que a justiça penal aplicasse punições sem se vingar.</p><p>Essa mudança no modo de punir, entretanto, não se</p><p>deveu tanto a um sentimento de humanidade, de piedade</p><p>para com o acusado. Vários fatores, especialmente de</p><p>caráter econômico, contribuíram para que os suplícios</p><p>fossem deixados de lado e substituídos pela prisão</p><p>A partir do século XVIII, ocorreu uma diminuição</p><p>dos crimes de sangue na Europa, e passaram a</p><p>prevalecer os delitos praticados contra a propriedade,</p><p>como roubos e fraudes fiscais. Portanto, houve uma</p><p>suavização dos crimes antes de uma suavização das leis,</p><p>que se tornaram mais leves para corresponder à</p><p>diminuição da gravidade dos delitos cometidos.</p><p>Além disso, no século XVIII se modificou também</p><p>o sistema econômico europeu. A Europa deixou de ser</p><p>feudal e tornou-se industrial. A prisão, como castigo</p><p>institucionalizado pelo Direito Penal, apareceu nesse</p><p>contexto para regulamentar o mercado de trabalho, a</p><p>produção e o consumo de bens, e para proteger a</p><p>propriedade da classe social dominante.</p><p>A prisão foi idealizada, naquele momento</p><p>histórico, como forma de disciplinar os delinquentes. O</p><p>corpo do condenado não poderia mais ser desperdiçado</p><p>pelo suplício, mas deveria servir às demandas de</p><p>trabalho das fábricas. A finalidade da prisão era suprir a</p><p>necessidade das indústrias incipientes, e expressava,</p><p>assim, uma resposta à necessidade de utilização racional</p><p>e intensa do trabalho humano. A economia industrial</p><p>necessitava da conservação e mantença da eventual</p><p>mão-de-obra. Percebeu-se, nesse momento, que vigiar é</p><p>mais rentável e eficaz do que punir.</p><p>Mariana de Mello Arrigoni. A prisão: reflexão crítica a partir de suas</p><p>origens. In: História e Teorias Críticas do Direito. Jacarezinho – PR:</p><p>UENP, 2018, p. 148-64 (com adaptações).</p><p>56. Da leitura do texto CG1A1-I entende-se que a escolha</p><p>pela pena de prisão como novo modo de punir ocorreu,</p><p>principalmente, para:</p><p>A) Adaptar a pena aos novos pensamentos sobre o corpo</p><p>humano.</p><p>B) Aplicar os estudos sobre a relação entre crime e</p><p>punição.</p><p>C) Resguardar os criminosos pobres contra a fúria dos</p><p>ricos.</p><p>D) Alavancar a ocupação dos grandes prédios já</p><p>construídos.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>32</p><p>E) Proteger os interesses do incipiente capitalismo</p><p>industrial.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveira! Simbora resolver a esta questão que</p><p>envolve interpretação de texto. Vejamos:</p><p>No último parágrafo do texto, o autor apresenta ao leitor</p><p>o motivo que levou a sociedade a modificar a forma de</p><p>punir, isto é, em vez de causar dores físicas ao corpo do</p><p>criminoso, deixá-lo agora em um lugar para ser</p><p>ressocializado.</p><p>De acordo com o texto, essa mudança de mentalidade</p><p>não ocorreu porque a sociedade era “boazinha”, mas,</p><p>sim, porque o sistema econômico na Europa estava em</p><p>transformação, deixando de ser feudal para ser uma</p><p>sociedade capitalista.</p><p>Por isso, o criminoso não poderia ter mais seu corpo</p><p>desperdiçado por abates e crimes de ordem física, pois</p><p>deveria ser preservado para que pudesse atender às</p><p>demandas das fábricas, isto é, os interesses do início da</p><p>sociedade capitalista deveriam ser preservados, pois não</p><p>poderia faltar mão de obra, conforme se transcreve pelo</p><p>trecho a seguir:</p><p>“A prisão foi idealizada, naquele momento histórico,</p><p>como forma de disciplinar os delinquentes. O corpo do</p><p>condenado não poderia mais ser desperdiçado pelo</p><p>suplício, mas deveria servir às demandas de trabalho das</p><p>fábricas. A finalidade da prisão era suprir a necessidade</p><p>das indústrias incipientes, e expressava, assim, uma</p><p>resposta à necessidade de utilização racional e intensa</p><p>do trabalho humano”.</p><p>57. Infere-se da leitura do primeiro parágrafo do texto</p><p>CG1A1-I que o sentido de suplício tem como elemento</p><p>fundamental:</p><p>A) A justiça divina.</p><p>B) A punição em espetáculo público.</p><p>C) O sofrimento físico.</p><p>D) A gravidade do crime.</p><p>E) A classe social do apenado.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveira!</p><p>Estamos diante de uma clássica questão em concursos</p><p>públicos: significado das palavras.</p><p>Aqui não há muito o que fazer: ou sabe, ou não sabe o</p><p>significado do termo solicitado.</p><p>No caso da questão em si, o termo “suplício”, segundo o</p><p>Dicionário Houaiss (2022), indica “1. Dor ou sofrimento</p><p>violento físico, psicológico ou moral; 2. Aquilo relativo à</p><p>tortura e dor física; 3. Grave punição corporal ordenada</p><p>por sentença, tortura, sevícia”.</p><p>Frente a isso, a palavra “suplício” indica “sofrimento</p><p>físico”.</p><p>58. No trecho “Portanto, houve uma suavização dos</p><p>crimes antes de uma suavização das leis, que se</p><p>tornaram mais leves para equilibrar a diminuição da</p><p>gravidade dos delitos cometidos.” (segundo parágrafo do</p><p>texto CG1A1-I), o termo “que”:</p><p>A) Acrescenta ênfase ao sentido de “suavização”.</p><p>B) Introduz aposto que explica “suavização das leis”.</p><p>C) Retoma o sentido de toda a oração anterior.</p><p>D) Refere-se</p><p>a “leis” e inicia oração de função adjetiva.</p><p>E) Retoma, por coesão, “suavização dos crimes”.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveiras! Simbora para mais uma questão:</p><p>A palavra “que” pode exercer diversas funções, entre as</p><p>principais estão as funções de conjunção e pronome</p><p>relativo. Para diferenciar, geralmente analisamos o termo</p><p>que a antecede. Quando a palavra anterior ao “que”</p><p>possui valor nominal, estamos diante de um pronome</p><p>relativo; caso contrário, a palavra “que” assume valor</p><p>conjuntivo.</p><p>Pois bem, partindo dessa premissa, vemos que o termo</p><p>que antecede o “que”, no trecho em questão, é “leis”, isto</p><p>é, uma expressão de valor nominal, visto “leis” ser um</p><p>substantivo. Diante disso, temos a palavra “que” como</p><p>um pronome relativo.</p><p>Vale destacar que a existência de um pronome relativo</p><p>em uma frase é um indício da existência de oração</p><p>subordinada adjetiva, isto é, se há pronome relativo, há</p><p>oração adjetiva. Portanto, a expressão “que se tornaram</p><p>mais leves [...]” tem valor adjetivo.</p><p>Portanto, o gabarito correto é letra D.</p><p>59. Assinale a opção em que as palavras destacadas do</p><p>texto são acentuadas graficamente de acordo com a</p><p>mesma regra de acentuação gráfica.</p><p>A) “Rentável” e “época”.</p><p>B) “substituídos” e “vários”.</p><p>C) “Contribuíram” e “econômico”.</p><p>D) “Contribuíram” e “substituídos”.</p><p>E) “Também” e “histórico”.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Simbora, Caveiras, analisar os motivos que fazem cada</p><p>palavra receber acento, vejamos:</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>33</p><p>A) INCORRETO</p><p>Rentável – paroxítona terminada em L</p><p>Época – proparoxítona</p><p>B) INCORRETO</p><p>Substituídos – “i” hiato tônico</p><p>Vários – paroxítona terminada em ditongo (para alguns</p><p>gramáticos, há a possibilidade de classificá-la como</p><p>proparoxítona acidental/eventual, isso ocorre quando o</p><p>ditongo é crescente)</p><p>C) INCORRETO</p><p>Contribuíram – “i” hiato tônico</p><p>Econômico – proparoxítona</p><p>D) CORRETO</p><p>Contribuíram – “i” hiato tônico</p><p>Substituídos – “i” hiato tônico</p><p>E) INCORRETO</p><p>Também – oxítona terminada “em”</p><p>Histórico – Proparoxítona</p><p>60. Ao considerar os elementos linguísticos do primeiro</p><p>parágrafo do texto CG1A1-I, julgue as asserções a</p><p>seguir:</p><p>I. O termo “esses”, empregado no segundo período, é um</p><p>elemento coesivo referencial catafórico, o qual retoma a</p><p>expressão “suplícios”.</p><p>II. A expressão “de forma que”, no terceiro período, foi</p><p>empregada para expressar ideia de resultado, efeito.</p><p>III. Em “Esses eram formas de punição que podem ser</p><p>definidas como penas aplicadas sobre o corpo do</p><p>condenado”, a palavra “que” introduz uma oração de</p><p>valor restritivo.</p><p>Quanto às asserções feitas, está(ão) correta(s):</p><p>A) Apenas I e II.</p><p>B) Apenas I e III.</p><p>C) Apenas II e III.</p><p>D) Apenas II.</p><p>E) Apenas III.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Simbora analisar, Caveira, cada uma das asserções:</p><p>I – INCORRETO, o pronome demonstrativo, de fato,</p><p>recupera o termo “suplícios”, entretanto essa retomada</p><p>se dá por um processo anafórico, não catafórico, visto</p><p>que o termo “suplícios” é posto anterior ao termo “esses”.</p><p>II – CORRETO, a expressão “de forma que” indica uma</p><p>consequência ao que é posto anteriormente. Outras</p><p>expressões que indicam ideias consecutivas são: Tal</p><p>que, tanto que, tão que.</p><p>III – CORRETO, a palavra “que” funciona como um</p><p>pronome relativo. Aqui vale a dica que, quando temos</p><p>pronomes relativos, temos orações de valor adjetivo. É</p><p>importante destacar, portanto, que a expressão “que</p><p>podem ser [...]” é uma oração subordinada adjetiva. As</p><p>orações adjetivas podem se dividir em restritivas e</p><p>explicativas, a diferença está no uso ou não da vírgula.</p><p>Na ausência da vírgula, há-se uma oração adjetiva</p><p>restritiva; enquanto que a existência da vírgula torna a</p><p>oração em adjetiva explicativa.</p><p>61. Referente ao segundo período do último parágrafo do</p><p>texto CG1A1-I, é correto afirmar que:</p><p>A) A primeira oração que compõe o período tem valor</p><p>passivo, de forma que a preposição “por” introduz um</p><p>agente da passiva.</p><p>B) A crase empregada poderia ser suprimida sem haver</p><p>prejuízos gramaticais para o texto, visto se tratar de um</p><p>caso facultativo.</p><p>C) O conectivo “mas” empregado para unir as orações</p><p>poderia ser substituído por “posto que”, sem haver</p><p>prejuízos gramaticais e de sentido original para o texto.</p><p>D) O verbo “servir” poderia ser substituído pela forma</p><p>“atender” sem prejuízo de sentido, mas deverá suprimir o</p><p>acento indicativo de crase obrigatoriamente para manter</p><p>a correção gramatical.</p><p>E) O conectivo “mas” foi empregado com valor causal,</p><p>visto que ele introduz uma oração que apresenta causa,</p><p>pois atender às demandas das fábricas é a causa de os</p><p>corpos dos condenados não poderem mais ser</p><p>desperdiçados.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveiras! Para resolver a esta questão, vamos</p><p>inicialmente identificar o segundo período do último</p><p>parágrafo do texto, o qual está transcrito a seguir:</p><p>“O corpo do condenado não poderia mais ser</p><p>desperdiçado pelo suplício, mas deveria servir às</p><p>demandas de trabalho das fábricas”.</p><p>Frente a isso, vamos julgar cada uma das alternativas:</p><p>A) CORRETO, quando temos uma locução verbal, em</p><p>que o verbo auxiliar é “ser” e o principal é formado por um</p><p>verbo no particípio, como ocorre em “ser desperdiçado”,</p><p>dizemos que o verbo está na voz passiva analítica. A</p><p>estrutura “pelo suplício” assume valor de “agente da</p><p>passiva”.</p><p>B) INCORRETO, o verbo “servir” exige a preposição “a”,</p><p>tornando, no caso do texto, um caso obrigatório.</p><p>Destacamos que só existem três casos de crase</p><p>facultativa: a) diante de nomes de mulheres; b) diante de</p><p>pronome possessivo feminino no singular; e c) junto com</p><p>a preposição “até”.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>34</p><p>C) INCORRETO, a conjunção “mas” possui valor</p><p>adversativo. Já o conectivo “posto que” apresenta valor</p><p>concessivo. A troca desses conectivos prejudicaria o</p><p>sentido original do texto.</p><p>D) INCORRETO, o verbo “servir” poderia ser substituído,</p><p>sem prejuízo de sentido, pelo verbo “atender”. Entretanto,</p><p>a crase permaneceria obrigatoriamente para atender às</p><p>exigências gramaticais de regência.</p><p>E) INCORRETO, a conjunção “mas” tem valor</p><p>adversativo, não causal.</p><p>62. Sobre o terceiro parágrafo do texto CG1A1-I, julgue</p><p>as asserções feitas:</p><p>I. A expressão “além disso”, que introduz o parágrafo,</p><p>poderia ser substituída por “ademais” sem haver prejuízo</p><p>de sentido original para o texto.</p><p>II. Há, no último período do terceiro parágrafo, uma</p><p>fissura linguística denominada paralelismo sintático.</p><p>III. A expressão “no século XVIII” deveria ser</p><p>obrigatoriamente intercalada por vírgulas, exigindo-se,</p><p>assim, a transposição do pronome oblíquo átono para</p><p>logo após a forma verbal “modificou” para manter a</p><p>correção gramatical do período.</p><p>Está(ão) correta(s):</p><p>A) Apenas I e II.</p><p>B) Apenas I e III.</p><p>C) Apenas II e III.</p><p>D) Apenas I.</p><p>E) Todas estão corretas</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveiras! Simbora analisar cada uma das</p><p>asserções realizadas:</p><p>I – CORRETO, as expressões “além disso” e “ademais”</p><p>são sinônimas, visto que ambas indicam ideia de soma.</p><p>II – INCORRETO, o último período do parágrafo está com</p><p>o paralelismo linguístico adequado.</p><p>III – CORRETO, adjuntos adverbiais de longa extensão</p><p>(no caso, de três ou mais elementos) deverão ser</p><p>virgulados quando deslocados na oração. Por esta razão,</p><p>a expressão “no século XVIII” deveria estar entre</p><p>vírgulas. Por fim, com a inserção das vírgulas para indicar</p><p>o adjunto adverbial deslocado, por se tratar de início de</p><p>oração, o pronome</p><p>oblíquo átono “se” deveria estar em</p><p>posição de ênclise para manter a correção gramatical.</p><p>63. Leia atentamente o trecho do texto CG1A1-I abaixo:</p><p>“[...] passaram a prevalecer os delitos praticados contra a</p><p>propriedade, como roubos e fraudes fiscais. Portanto,</p><p>houve uma suavização dos crimes [...]”</p><p>Manter-se-ia a correção gramatical e o sentido original do</p><p>texto preservado, se a palavra em destaque fosse</p><p>substituída por:</p><p>A) Conquanto.</p><p>B) Porquanto.</p><p>C) Entretanto.</p><p>D) Logo que.</p><p>E) Logo.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Fala, Caveiras.</p><p>A palavra “portanto” apresenta valor conclusivo. Por isso,</p><p>a sua substituição, para manter o sentido original</p><p>preservado, deverá ser feita por outro conectivo de valor</p><p>conclusivo. Entre as alternativas, o único com valor</p><p>conclusivo é “logo”.</p><p>Outros casos de conectivos conclusivos são: então, logo,</p><p>desse modo, dessa maneira, por isso, com isso, assim,</p><p>dessarte, destarte, por conseguinte.</p><p>A) Conquanto é conectivo concessivo.</p><p>B) Porquanto é conectivo, explicativo ou causal.</p><p>C) Entretanto é conectivo adversativo.</p><p>D) Logo que é conectivo temporal.</p><p>Raciocínio Lógico</p><p>64. A Democracia e a Justiça Social estão sempre lado a</p><p>lado, e a Justiça Social é consequência direta do nível de</p><p>maturidade da sociedade e do aprendizado do significado</p><p>de ser humano.</p><p>Considerando-se os conectivos lógicos usuais e</p><p>assumindo-se que as letras maiúsculas P, Q, R e S</p><p>representem proposições lógicas, o texto precedente</p><p>pode ser expresso corretamente pela seguinte</p><p>proposição lógica:</p><p>A) P.</p><p>B) P∧Q.</p><p>C) P∧(Q⇒R).</p><p>D) (P∧Q)⇒R.</p><p>E) (P∧Q)⇒(R∧S).</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR</p><p>Dica: Conectivos lógicos:</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>35</p><p>É necessário seguir as seguintes etapas:</p><p>• 1ª etapa: Analisando a proposição:</p><p>Note que, para resolver esse item, alguns conceitos</p><p>devem estar bem estruturados em sua cabeça, sendo</p><p>eles:</p><p>• Proposição Simples: Tício é inteligente;</p><p>• Proposição Composta: Tício é inteligente e Mévio é</p><p>astuto.</p><p>Percebam que, no caso de a proposição ser composta,</p><p>há a presença do conectivo lógico “e”, que liga as</p><p>orações;</p><p>• Oração: É basicamente uma frase que possui a</p><p>presença de um verbo ou de uma locução verbal.</p><p>Com isso, voltando ao item, temos: A Democracia e a</p><p>Justiça Social estão sempre lado a lado, e a Justiça</p><p>Social é consequência direta do nível de maturidade da</p><p>sociedade e do aprendizado do significado de ser</p><p>humano</p><p>Percebam que é nítida a presença de dois verbos:</p><p>“estão” e “é”, assim ficando também evidente a presença</p><p>de duas orações. Note que, na primeira parte da</p><p>proposição, temos a presença de apenas um único</p><p>sujeito composto (grifado a seguir):</p><p>“A Democracia e a Justiça Social estão (...)”</p><p>Diante do exposto, temos:</p><p>• Proposição: A Democracia e a Justiça Social estão</p><p>sempre lado a lado, e a Justiça Social é consequência</p><p>direta do nível de maturidade da sociedade e do</p><p>aprendizado do significado de ser humano.</p><p>• P = A Democracia e a Justiça Social estão sempre</p><p>lado a lado.</p><p>• “∧” = “e”.</p><p>• Q = a Justiça Social é consequência direta do nível</p><p>de maturidade da sociedade e do aprendizado do</p><p>significado de ser humano.</p><p>• Proposição: P ∧ Q</p><p>Portanto, considerando que cada proposição possui um</p><p>único verbo, temos apenas dois verbos e, logo, teremos</p><p>duas proposições conectadas pela conjunção "e", o que</p><p>resulta na seguinte proposição: P ∧ Q</p><p>• 2ª etapa: Análise final</p><p>Diante do exposto, a alternativa correta corresponde à</p><p>letra B.</p><p>65. Considere-se a seguinte proposição P.</p><p>P: “O soldado atendeu ao pedido do oficial e determinou</p><p>a suspensão do porte de arma do suspeito ou ligou para</p><p>o comandante do batalhão”</p><p>A quantidade de linhas da tabela-verdade associada à</p><p>proposição P é igual a:</p><p>A) 2 linhas.</p><p>B) 4 linhas.</p><p>C) 8 linhas.</p><p>D) 16 linhas.</p><p>E) 32 linhas.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR</p><p>DICA: Como calcular o número de linhas de uma tabela</p><p>verdade:</p><p>É necessário seguir as seguintes etapas:</p><p>• 1ª etapa: Analisando a proposição:</p><p>• Proposição P = “O soldado atendeu ao pedido do</p><p>oficial e determinou a suspensão do porte de arma do</p><p>suspeito ou ligou para o comandante do batalhão”.</p><p>• A = O soldado atendeu ao pedido do oficial.</p><p>• ∧ = “e”.</p><p>• B = determinou a suspensão do porte de arma do</p><p>suspeito.</p><p>• “∨” = “ou”.</p><p>• C = ligou para o comandante do batalhão.</p><p>• Proposição P = A ∧ B ∨ C</p><p>Assim, temos 3 proposições simples: A, B e C. Com isso,</p><p>para saber a quantidade de linhas da tabela verdade da</p><p>proposição: A ∧ B ∨ C, basta fazer o seguinte cálculo: 2𝑛,</p><p>onde 𝑛 é o número de proposições envolvidas. Assim,</p><p>teremos:</p><p>2𝑛 = 23 = 2 x 2 x 2 = 8 linhas</p><p>Portanto, a tabela-verdade da proposição: “A ∧ B ∨ C”</p><p>possui 8 linhas.</p><p>• 2ª etapa: Análise final</p><p>Diante do exposto, a alternativa correta corresponde à</p><p>letra C.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>36</p><p>66. Considere que P, Q e R sejam proposições lógicas</p><p>simples, e que a tabela abaixo esteja preparada para a</p><p>construção da tabela verdade da proposição [P v R] → [Q</p><p>↔ R]. Veja:</p><p>Assinale a opção que apresenta os elementos da coluna</p><p>correspondente à proposição [P v R] → [Q ↔ R], tomados</p><p>de cima para baixo.</p><p>A) V / F / F / V / V / V / V / V.</p><p>B) V / F / F / V / F / F / V / V.</p><p>C) V / F / F / F / V / F / V / V.</p><p>D) V / F / F / V / V / F / V / V.</p><p>E) V / F / V / V / V / F / V / V.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR</p><p>Dica: Resumo da tabela verdade:</p><p>É necessário seguir as seguintes etapas:</p><p>• 1ª etapa: Analisando a proposição:</p><p>• Proposição: [P v R] → [Q ↔ R]</p><p>A banca quer saber em qual das alternativas solicitadas</p><p>estão os elementos da coluna da tabela-verdade</p><p>correspondente à proposição [P v R] → [Q ↔ R], de cima</p><p>para baixo, na ordem em que aparecem.</p><p>Com isso, analisando a proposição [P v R] → [Q ↔ R],</p><p>notamos a presença dos conectivos: “↔” = “se, e</p><p>somente se”, “→” = “se, então” e “∨” = “ou”.</p><p>Com isso, o resultado da resolução [P v R] → [Q ↔ R]</p><p>pode ser visto na tabela abaixo:</p><p>Os erros das demais alternativas estão destacados em</p><p>vermelho, veja:</p><p>A) V / F / F / V / V / V / V / V</p><p>B) V / F / F / V / F / F / V / V.</p><p>C) V / F / F / F / V / F / V / V.</p><p>E) V / F / V / V / V / F / V / V.</p><p>Portanto, ao analisar a última coluna da tabela</p><p>demonstrada pela banca, é nítido que os elementos da</p><p>coluna da tabela verdade correspondente à proposição</p><p>[P v R] → [Q ↔ R], de cima para baixo, na ordem em que</p><p>aparecem é igual a: V / F / F / V / V / F / V / V.</p><p>• 2ª etapa: Análise final:</p><p>Logo, a alternativa correta corresponde à letra D.</p><p>67. Qual das proposições a seguir é uma contradição?</p><p>A) Ser policial se e somente se é policial.</p><p>B) Todos os policiais são mamíferos, mas todos os</p><p>mamíferos são policiais.</p><p>C) Eu falo com o comandante se e somente se não falo</p><p>com o comandante.</p><p>D) Mévio vai para o batalhão ou Mévio não vai para o</p><p>batalhão.</p><p>E) Um argumento do comandante não é falso.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Dica: Tautologia, Contradição e Contingência:</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>37</p><p>Dica: Resumo da tabela verdade:</p><p>Dessa forma,</p><p>voltando ao item, temos:</p><p>• 1ª etapa: Análise do item:</p><p>Letra A) Ser policial se e somente se é policial =</p><p>Tautologia.</p><p>• A = Ser policial.</p><p>• “↔” = “se e somente se”.</p><p>• A= é policial.</p><p>• Proposição = A ↔ A</p><p>Letra B) Todos os policiais são mamíferos, mas todos os</p><p>mamíferos são policiais = contingência.</p><p>• A = Todos os policiais são mamíferos.</p><p>• “∧” = “e” = mas</p><p>• B = todos os mamíferos são policiais.</p><p>• Proposição = A ∧ B</p><p>Letra C) Eu falo com o comandante se e somente se não</p><p>falo com o comandante = Contradição.</p><p>• A = Eu falo com o comandante.</p><p>• “↔” = “se e somente se”.</p><p>• ~A= eu não falo com o comandante.</p><p>• Proposição = A ↔ ~A</p><p>Letra D) Mévio vai para o batalhão ou Mévio não vai para</p><p>o batalhão = Tautologia.</p><p>• A = Mévio vai para o batalhão.</p><p>• “∨” = “ou”.</p><p>• ~A= Mévio não vai para o batalhão.</p><p>• Proposição = A ∨ ~A</p><p>Letra E) Um argumento do comandante não é falso =</p><p>Contingência.</p><p>• A = Um argumento do comandante não é falso</p><p>(proposição lógica simples)</p><p>• 2ª etapa: Análise final:</p><p>Diante do exposto, a alternativa correta corresponde à</p><p>letra C.</p><p>68. Em certa unidade da polícia militar, 60 militares</p><p>praticam, como esporte, futebol e(ou) voleibol. O</p><p>conjunto A compreende os militares que praticam futebol</p><p>e o conjunto B, os que praticam voleibol.</p><p>Nessa situação hipotética, se A − B contém 18</p><p>integrantes e B − A contém 25 integrantes, então o</p><p>número de militares que praticam futebol e voleibol é</p><p>igual a:</p><p>A) 17.</p><p>B) 35.</p><p>C) 43.</p><p>D) 42.</p><p>E) 45.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Diferença de conjuntos: Note que diferença e subtração</p><p>de conjuntos são termos sinônimos. A diferença de A – B</p><p>representa todos os elementos de A que não são</p><p>elementos de B. O símbolo é representado por: \ (Barra</p><p>invertida) ou: – (subtração).</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>38</p><p>É necessário seguir as seguintes etapas:</p><p>• 1ª etapa: Análise do item</p><p>De acordo com a banca, A − B contém 18 integrantes e</p><p>B − A contém 25 integrantes, assim, denominaremos de</p><p>x a interseção entre ambos os conjuntos, logo, temos a</p><p>seguinte representação:</p><p>Assim, para descobrir o valor de x, basta fazer o seguinte</p><p>cálculo:</p><p>18 + x + 25 = 60</p><p>x + 43 = 60</p><p>x = 60 - 43</p><p>x = 60 - 43</p><p>x = 17</p><p>Portanto, o número de militares que praticam futebol e</p><p>voleibol é igual a 17.</p><p>• 2ª etapa: Análise final:</p><p>Diante do exposto, a alternativa correta corresponde à</p><p>letra A.</p><p>69. 41 pessoas estão sendo investigadas pelo</p><p>cometimento de determinado crime virtual. Com base no</p><p>acesso dessas pessoas aos clubes A, B e C, concluiu-se</p><p>que:</p><p>• 21 pessoas são sócias do clube A;</p><p>• 25 pessoas são sócias do clube B;</p><p>• 17 pessoas são sócias do clube C;</p><p>• 10 pessoas são sócias dos clubes A e B;</p><p>• 9 pessoas são sócias dos clubes B e C;</p><p>• 7 pessoas são sócias do clube A e C.</p><p>Sabe-se que todos os culpados são sócios dos 3 clubes.</p><p>Nessa situação hipotética, a quantidade de culpados é</p><p>igual a:</p><p>A) 4.</p><p>B) 11.</p><p>C) 14.</p><p>D) 22.</p><p>E) 37.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>DICA: O que significa cada símbolo em conjuntos:</p><p>• A∪B – União de Conjuntos.</p><p>• A∩B – Interseção de Conjuntos.</p><p>Análise do item:</p><p>Primeiramente, vamos preencher o conjunto de acordo</p><p>com os dados fornecidos:</p><p>• Total de pessoas investigadas = 41 = n(A⋃B⋃C) = 41.</p><p>• 21 pessoas são sócias do clube A = n(A) = 21</p><p>• 25 pessoas são sócias do clube B = n(B) = 25</p><p>• 17 pessoas são sócias do clube C = n(C) = 17</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>39</p><p>A banca ainda afirma que:</p><p>• 10 pessoas são sócias dos clubes A e B.</p><p>• 9 pessoas são sócias dos clubes B e C.</p><p>• 7 pessoas são sócias do clube A e C.</p><p>Assim, temos:</p><p>n(A∩B) = 10</p><p>n(B∩C) = 9</p><p>n(A∩C) = 7</p><p>Dessa forma utilizando a fórmula para encontrar a união</p><p>dos três conjuntos, temos:</p><p>n(A∪B∪C) = 41</p><p>n(A) = 21</p><p>n(B) = 25</p><p>n(C) = 17</p><p>n(A∩B) = 10</p><p>n(A∩C) = 7</p><p>n(B∩C) = 9</p><p>n(A∩B∩C) = ?</p><p>Assim, temos:</p><p>41 = 21 + 25 + 17 −10 −7 −9 + n(A∩B∩C)</p><p>41 = 37 + n(A∩B∩C)</p><p>41 - 37 = n(A∩B∩C)</p><p>n(A∩B∩C) = 4</p><p>Portanto, sabendo-se que todos os culpados são sócios</p><p>dos 3 clubes, a quantidade de culpados é igual a quatro.</p><p>• 2ª etapa: Análise final:</p><p>Diante do exposto, a alternativa correta corresponde à</p><p>letra A.</p><p>70. Em um ano em que o mês de fevereiro se iniciou no</p><p>domingo, certa mercadoria sofreu sucessivos reajustes</p><p>(feitos exclusivamente aos sábados) durante as quatro</p><p>semanas desse mês:</p><p>● No primeiro sábado (07/02), sofreu um aumento</p><p>de 50% em relação ao preço praticado entre</p><p>01/02 e 06/02.</p><p>● No segundo sábado (14/02), sofreu novo</p><p>aumento de 50% em relação ao preço praticado</p><p>durante a semana entre 08/02 e 13/02.</p><p>● No terceiro sábado (21/02), por conta de uma</p><p>denúncia de cobrança de preços abusivos, o</p><p>preço da mercadoria sofreu uma redução de 50%</p><p>em relação ao preço praticado entre 15/02 e</p><p>20/02.</p><p>● No quarto sábado (28/02), por conta da</p><p>condenação por prática abusiva, a empresa que</p><p>comercializava essa mercadoria teve que reduzir</p><p>seus preços em 50% em relação ao preço</p><p>praticado entre 22/02 e 27/02.</p><p>Com base no exposto, é correto afirmar que:</p><p>A) após o reajuste de 28/02, a mercadoria voltou ao preço</p><p>de 01/02.</p><p>B) após o reajuste de 28/02, a mercadoria tinha um preço</p><p>maior do que o praticado em 01/02.</p><p>C) dois descontos de 50%, seguidos de dois acréscimos</p><p>de 50%, resultariam em um preço maior do que dois</p><p>acréscimos de 50% seguidos de dois descontos de 50%.</p><p>D) após a redução de 21/02, o preço praticado já era</p><p>menor que o valor de 01/02.</p><p>E) se as mesmas operações e datas se repetissem, mas</p><p>com a utilização de taxas de 20% em vez das taxas de</p><p>50% (ou seja, 20% de aumento em 07/02; 20% de</p><p>aumento em 14/02; redução de 20% em 21/02 e redução</p><p>de 20% em 28/02), a mercadoria estaria com um preço</p><p>7,84% menor do que o praticado em 01/02.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR</p><p>É necessário seguir as seguintes etapas:</p><p>• 1ª etapa: Análise do item:</p><p>Supondo que o valor inicial da mercadoria seja de R$</p><p>100,00, ou seja, 100% do valor.</p><p>Dessa forma, fazendo os aumentos ou diminuições</p><p>sucessivas, temos:</p><p>>> Para o dia: 01/02 – R$100,00</p><p>>> Para o dia: 07/02 – R$100 x 1,50 (Aumento de 50%)</p><p>= R$ 150,00 (150% do valor inicial)</p><p>>> Para o dia: 14/02 – R$150 x 1,50 (Outro aumento de</p><p>50%) = R$225,00 (225% do valor inicial)</p><p>>> Para o dia: 21/02 – R$225 x 0,50 (Diminuição de</p><p>50%) = R$112,50 (125% do valor inicial)</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>40</p><p>>> Para o dia: 28/02 – R$112,50 x 0,50 (Outra</p><p>diminuição de 50%) = R$56,25 (56,25% do valor inicial)</p><p>Portanto, o produto ficou = 100% - 56,25% = 43,75%</p><p>mais barato que o preço original.</p><p>Assim, vamos analisar cada alternativa de forma isolada:</p><p>Letra A) após o reajuste de 28/02, a mercadoria voltou</p><p>ao preço de 01/02.</p><p>Conforme a análise acima, é perceptível que a alternativa</p><p>se encontra errada, pois no dia 28/02 a mercadoria ficou</p><p>43,75% menor que o preço inicial.</p><p>Letra B) após o reajuste de 28/02, a mercadoria tinha um</p><p>preço maior do que o praticado em 01/02.</p><p>Essa alternativa também se encontra errada, pois no dia</p><p>28/02 a mercadoria ficou 43,75% menor que o preço</p><p>inicial.</p><p>Letra C) dois</p><p>descontos de 50%, seguidos de dois</p><p>acréscimos de 50%, resultariam em um preço maior do</p><p>que dois acréscimos de 50% seguidos de dois descontos</p><p>de 50%.</p><p>Vamos calcular, note que dois descontos de 50%,</p><p>seguidos de dois acréscimos de 50%:</p><p>𝑥 ⋅ 0,5 ⋅ 0,5 ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 = 0,5625𝑥 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠</p><p>Agora, dois acréscimos de 50% seguidos de dois</p><p>descontos de 50%.</p><p>𝑥 ⋅ 1,5 ⋅ 1,5 ⋅ 0,5 ⋅ 0,5 = 0,5625𝑥 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠</p><p>Veja que a ordem dos fatores não altera o produto, logo</p><p>não resultaria em um preço maior, mas em um preço</p><p>igual. Portanto, alternativa errada.</p><p>Letra D) após a redução de 21/02, o preço praticado já</p><p>era menor que o valor de 01/02.</p><p>Note que, conforme a análise feita acima, após a redução</p><p>de 21/02, o valor passou a ser de: R$112,50 e em 01/02</p><p>o valor era de R$100,00, ou seja, R$112,50 > R$100,00.</p><p>Portanto, a alternativa se encontra errada.</p><p>Letra E) se as mesmas operações e datas se</p><p>repetissem, mas com a utilização de taxas de 20% em</p><p>vez das taxas de 50% (ou seja, 20% de aumento em</p><p>07/02; 20% de aumento em 14/02; redução de 20% em</p><p>21/02 e redução de 20% em 28/02), a mercadoria estaria</p><p>com um preço 7,84% menor do que o praticado em</p><p>01/02.</p><p>Note que, ao utilizar a mesma técnica, com aumentos e</p><p>descontos de 20%, teremos:</p><p>𝑥 ⋅ 1,2 ⋅ 1,2 ⋅ 0,8 ⋅ 0,8 = 0,9216𝑥 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠</p><p>Assim, ao multiplicar o seu decimal por 100, teremos o</p><p>seu valor em porcentagem. Veja:</p><p>0,9216𝑥 × 100 = 92,16% 𝑑𝑒 𝑥 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠</p><p>Portanto, depois desses aumentos e descontos, o preço</p><p>da mercadoria passou a ser 92,16% do seu preço, em</p><p>01/02. Logo, o seu preço estava 100% − 92,16% =</p><p>7,84%, ou seja, a mercadoria estaria com um preço</p><p>7,84% menor do que o praticado em 01/02.</p><p>• 2ª etapa: Análise final</p><p>Diante do exposto, a alternativa E se encontra correta.</p><p>Inglês</p><p>If you were to judge 2018’s most important legal</p><p>technology by looking at conference agendas and media</p><p>coverage, you’d probably say it was the continuing</p><p>development of artificial intelligence. But if you judge the</p><p>most important technology by its direct impact on the</p><p>practice of law, then it would have to be analytics. As I</p><p>suggested in a recent column, we could be nearing the</p><p>point where it would be malpractice for a lawyer not to use</p><p>analytics.</p><p>Internet: <lawsitesblog.com> (adapted).</p><p>71. According to the author of text 9A3-I, 2018’s most</p><p>impactful legal technology was:</p><p>A) higher salaries for judges.</p><p>B) malpractice for lawyers.</p><p>C) digital calendars.</p><p>D) artificial intelligence.</p><p>E) analytics.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Tradução: Segundo o autor do texto 9A3-I, a tecnologia</p><p>jurídica mais impactante de 2018 foi:</p><p>Caveira, vamos analisar as alternativas e comparar com</p><p>o texto.</p><p>As letras “A” e “C” não foram citadas no texto.</p><p>A letra “B” faz parte do texto, porém a negligência do</p><p>advogado aconteceria caso ele não fizesse uso da</p><p>análise.</p><p>A resposta ficaria entre “D” e “E”. Se o foco fosse apenas</p><p>as agendas de conferências e a mídia de cobertura, a</p><p>resposta seria a inteligência artificial.</p><p>A questão enfatiza “para o autor”, que se relaciona sobre</p><p>a questão jurídica, portanto a resposta é “análise”.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>41</p><p>Podemos confirmar a resposta no texto:</p><p>But if you judge the most important technology by its</p><p>direct impact on the practice of law, then it would have to</p><p>be analytics.</p><p>Mas se você julgar a tecnologia mais importante por seu</p><p>impacto direto na prática do direito, então ela deve ser a</p><p>análise.</p><p>Resposta letra “E”.</p><p>72. In the first sentence of text 9A3-I, the word “judge” is</p><p>synonymous with:</p><p>A) justice.</p><p>B) consider.</p><p>C) court.</p><p>D) examiner.</p><p>E) try.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Tradução: Na primeira frase do texto 9A3-I, a palavra</p><p>“judge” é sinônimo de:</p><p>Caveira, muita atenção!</p><p>Em inglês, uma palavra pode ter classes gramaticais</p><p>diferentes. “Judge” pode ser substantivo “juiz” ou pode</p><p>ser verbo “julgar”. Vamos analisar no texto:</p><p>If you were to judge 2018’s most important legal</p><p>technology by looking at conference agendas and media</p><p>coverage…</p><p>Se você fosse julgar a questão tecnológica jurídica mais</p><p>importante de 2018 olhando para agendas de</p><p>conferências e cobertura de mídia…</p><p>Aqui a palavra “judge” está sendo traduzida como verbo</p><p>“julgar”. Vamos comparar com as alternativas.</p><p>As letras A, C e D são substantivos e, por isso, não</p><p>podem ser sinônimos de “judge” nesse contexto.</p><p>-justice – justiça</p><p>-court – corte</p><p>-examiner – examinador</p><p>A letra “E” pode ser um substantivo (try-tentativa) ou um</p><p>verbo (try-tentar), mas, para ser usado nesse sentido,</p><p>precisaria de um uso muito específico em uma corte ou</p><p>tribunal.</p><p>A resposta é a letra “B”, que tem seu significado como</p><p>considerar, examinar e é sinônimo de “judge”.</p><p>73. The author of text 9A3-I mentions conference</p><p>agendas and media coverage in order to:</p><p>A) demonstrate that their focus did not reflect the most</p><p>impactful trend in the field of legal technology in 2018.</p><p>B) show that they focused suficient attention on analytics</p><p>in the field of legal technology in 2018.</p><p>C) demonstrate that these events and institutions</p><p>establish priorities for the field of legal technology.</p><p>D) suggest that conferences related to legal technology</p><p>should not be venues for discussions about analytics.</p><p>E) advertise future events of interst in the field of legal</p><p>technology.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Tradução: O autor do texto 9A3-I menciona agendas de</p><p>conferências e cobertura da mídia para:</p><p>Caveira, vamos comparar as alternativas com o texto.</p><p>Letra “A” é a resposta correta. O seu foco não refletiu nas</p><p>tendências mais impactantes. Ao julgar as tendências</p><p>tecnológicas mais importantes olhando para agendas de</p><p>conferências e cobertura de mídia, diria erroneamente</p><p>que é a inteligência artificial, pois o foco está errado.</p><p>Letra “B” errada. É o oposto! O foco não é suficiente.</p><p>Letra “C” errada. Os eventos e instituições não</p><p>estabelecem prioridades de acordo com o texto.</p><p>Letra “D” errada. O texto não cita nada da alternativa.</p><p>Letra “E” errada. O texto não fala de nenhum evento</p><p>futuro.</p><p>74. The word “but” (L.4) is synonymous with:</p><p>A) hence.</p><p>B) thus.</p><p>C) unless.</p><p>D) provided.</p><p>E) Albeit.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Tradução: A palavra “mas” (L.4) é sinônimo de:</p><p>Caveira, é importante estudar conjunções.</p><p>As letras “A” e “B” são conjunções conclusivas.</p><p>-hence - consequentemente</p><p>-thus - assim</p><p>As letras “C” e “D” são conjunções condicionais.</p><p>-unless - a menos que</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>42</p><p>-provided - contanto que</p><p>As palavras “but” e “albeit” são sinônimas, exercem ideia</p><p>de contraste.</p><p>-but - mas</p><p>-albeit - embora</p><p>75. It is correct to conclude that the last part of the text the</p><p>lawyer who does not use analysis would practice:</p><p>A) obedience.</p><p>B) behavior.</p><p>C) misconduct.</p><p>D) watchfulness.</p><p>E) awareness.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Tradução: É correto concluir que a última parte do texto</p><p>que o advogado que não usa análise praticaria:</p><p>Caveira, a questão trocou a palavra (malpractice –</p><p>imperícia) e quer um sinônimo.</p><p>A) obedience - obediência</p><p>B) behavior - comportamento</p><p>C) misconduct - má conduta</p><p>D) watchfulness - vigilância</p><p>E) awareness – consciência</p><p>…we could be nearing the point where it would be</p><p>malpractice for a lawyer not to use analytics.</p><p>…poderíamos estar chegando ao ponto em que seria</p><p>imperícia um advogado não usar análises.</p><p>…we could be nearing</p><p>excludentes da responsabilidade objetiva do Estado são circunstâncias que afastam a</p><p>responsabilidade civil do estado pelos danos causados a particulares. Algumas dessas</p><p>excludentes incluem:</p><p>1. Força maior: ocorrência de eventos extraordinários e imprevisíveis, como</p><p>terremotos, enchentes, entre outros, que impedem o Estado de cumprir suas</p><p>obrigações. A força maior é um conceito mais amplo que inclui o caso fortuito, mas</p><p>também outros acontecimentos de intensidade extrema.</p><p>2. Caso fortuito: De acordo com a jurisprudência, o caso fortuito é aquela hipótese em</p><p>que o Estado não poderia ter agido de forma diferente, mesmo com a utilização de</p><p>todos os meios de prevenção e proteção, e, portanto, não é responsável pelos</p><p>danos causados.</p><p>3. Atos de terceiros: são situações em que a conduta danosa não é praticada pelo</p><p>Estado ou por seus agentes, mas sim por particulares. Nestes casos, a</p><p>responsabilidade do Estado pode ser afastada, caso o dano decorra de atos</p><p>exclusivamente imputáveis a terceiros. No entanto, ainda assim pode haver uma</p><p>responsabilidade do Estado em caso de negligência ou imprudência na fiscalização</p><p>e controle da atividade desenvolvida por terceiros, bem como na tomada de</p><p>medidas preventivas para evitar danos aos cidadãos.</p><p>4. Culpa exclusiva da vítima: a culpa exclusiva da vítima impede a reparação dos</p><p>danos sofridos, desde que a vítima tenha contribuído de forma decisiva para o</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>evento danoso. Neste caso, a vítima teria agido de maneira imprudente ou</p><p>negligente, o que teria contribuído diretamente para o evento danoso. Dessa forma,</p><p>o Estado não tem obrigação de reparar os danos causados pela vítima a si mesma,</p><p>pois não houve culpa por parte da administração pública.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>A responsabilidade civil do Estado é um tema de grande relevância no âmbito jurídico,</p><p>especialmente quando se trata de danos causados a terceiros em decorrência de ações ou</p><p>omissões de agentes públicos. No caso de Carlos, que foi vítima de um acidente de trânsito</p><p>envolvendo um veículo pertencente a uma instituição governamental, surgem questionamentos</p><p>sobre a responsabilidade do Estado pelos danos causados.</p><p>Para responsabilizar o Estado pelos danos causados, é necessário que sejam</p><p>preenchidos alguns requisitos. Primeiramente, deve existir uma conduta ilícita, seja por culpa ou</p><p>dolo, por parte do agente público. Além disso, é imprescindível que haja um dano material ou</p><p>moral comprovado, como no caso em questão, em que Carlos sofreu danos materiais em seu</p><p>veículo e lesões físicas que exigiram tratamento médico. Por fim, é necessário estabelecer o</p><p>nexo de causalidade entre a conduta do agente público e os danos sofridos, o que, no caso de</p><p>Carlos, restou demonstrado que o acidente ocorreu em decorrência da atuação do servidor</p><p>público.</p><p>Ademais, o fato de o agente público estar a serviço no momento do acidente influencia</p><p>na responsabilidade civil do Estado. Quando um funcionário público está no exercício de suas</p><p>funções, agindo em nome do Estado, há uma relação de subordinação e responsabilidade entre</p><p>o agente e o ente estatal. Dessa forma, regra geral, o Estado pode ser responsabilizado pelos</p><p>danos causados pelo agente durante o desempenho de suas atividades públicas, desde que</p><p>sejam preenchidos os requisitos mencionados anteriormente.</p><p>No caso, é possível que Carlos pleiteie a reparação tanto pelos danos materiais quanto</p><p>pelos danos morais decorrentes do acidente. Os danos materiais referem-se aos prejuízos</p><p>financeiros, já a reparação pelos danos morais tem como objetivo compensar o sofrimento, a dor</p><p>e o abalo psicológico vivenciados pela vítima em decorrência do acidente.</p><p>Por fim, é fato que existem algumas excludentes da responsabilidade objetiva do</p><p>Estado. Duas delas são a culpa exclusiva da vítima e o caso fortuito ou força maior. A culpa</p><p>exclusiva da vítima ocorre quando a vítima, por sua própria conduta, contribui para a ocorrência</p><p>do dano, afastando a responsabilidade do Estado. Já o caso fortuito ou força maior refere-se a</p><p>eventos imprevisíveis e inevitáveis, que fogem ao controle do Estado e que podem excluir sua</p><p>responsabilidade pelos danos causados. No entanto, é importante ressaltar que essas</p><p>excludentes devem ser devidamente comprovadas e analisadas sob a égide do caso concreto.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 03 – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL – PM-SC OFICIAL</p><p>Carolina, uma jovem universitária, foi surpreendida com a notícia de que estava sendo</p><p>investigada em um inquérito policial por suposto envolvimento em um esquema de tráfico de</p><p>drogas. Segundo as informações preliminares, ela teria sido flagrada em posse de substâncias</p><p>ilícitas durante uma abordagem policial em uma festa.</p><p>Sobre a temática, com base no Código de Processo Penal, redija um texto dissertativo, com no</p><p>mínimo 20 e no máximo 30 linhas, para responder aos seguintes questionamentos:</p><p>a. Descreva qual o objetivo do Inquérito Policial;</p><p>b. Forneça, ao menos, duas características do Inquérito Policial e as descreva;</p><p>c. Informe quem tem competência para conduzir um inquérito policial;</p><p>d. Informe, ao menos, três diligências realizadas durante um inquérito policial.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 03 – COMENTADO – PM-SC</p><p>a. Descreva qual o objetivo do Inquérito Policial;</p><p>É possível pensar em objetivo como “o que o IP pretende alcançar”. Assim, o objetivo do</p><p>Inquérito Policial é a verificação da existência de um crime (materialidade), de sua autoria, bem</p><p>como das circunstâncias da infração. O ponto aqui designado tem base na Lei 12.830/13, que</p><p>aduz:</p><p>Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais</p><p>exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais</p><p>e exclusivas de Estado.</p><p>§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe</p><p>a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou</p><p>outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração</p><p>das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais.</p><p>b. Forneça, ao menos, duas características do Inquérito Policial e as descreva;</p><p>Caveira, existem algumas caraterísticas, no CPP, especialmente, que são atinentes ao</p><p>inquérito policial.</p><p>O inquérito policial é inquisitivo. Nos moldes do art. 14 do CPP, “O ofendido, ou seu</p><p>representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou</p><p>não, a juízo da autoridade.”.</p><p>O inquérito policial é escrito. Nos moldes do art. 9º do CPP, “Todas as peças do inquérito</p><p>policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso,</p><p>rubricadas pela autoridade.”.</p><p>O inquérito policial é dispensável. No caso, se o titular da ação penal, em regra o MP, já</p><p>possui os dados suficientes para o embasamento da denúncia, o IP não é necessário.</p><p>O inquérito policial é indisponível. Não é possível que o delegado, por si só, arquive o IP.</p><p>Assim, nos moldes do artigo 17 CPP, a “autoridade policial não poderá mandar arquivar autos</p><p>de inquérito”. Ademais, o delegado não está obrigado a instaurar o inquérito policial; em primeiro</p><p>ponto, caberá a conferência da veracidade das informações, então, caso haja atipicidade formal</p><p>da conduta (algumas doutrinas entendem que material também, a exemplo de Távora) ou, se</p><p>constatada a inexistência do fato, o delegado pode negar-se à abertura do IP.</p><p>O inquérito policial é sigiloso. Nos moldes do art. 20, CPP, “A autoridade assegurará no</p><p>inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”.</p><p>Cumpre ressaltar que a orientação formulada pela SV 14 (com relação aos advogados que</p><p>querem</p><p>the point where it would be</p><p>misconduct for a lawyer not to use analytics.</p><p>…poderíamos estar chegando ao ponto em que seria má</p><p>conduta um advogado não usar análises.</p><p>Portanto, a resposta é letra C.</p><p>Informática</p><p>76. Para se ausentar temporariamente de sua estação de</p><p>trabalho, mantendo seu computador inacessível sem,</p><p>necessariamente, desligá-lo ou fechar os aplicativos, o</p><p>usuário, além de configurar o acesso ao Windows com</p><p>senha, deverá:</p><p>A) pressionar simultaneamente as teclas CTRL, ALT e</p><p>DEL e selecionar a opção Sair.</p><p>B) pressionar simultaneamente as teclas CTRL, ALT e</p><p>DEL e selecionar a opção Gerenciador de Tarefas.</p><p>C) acionar o botão Iniciar e selecionar a opção</p><p>Ligar/Desligar, seguida de Reiniciar.</p><p>D) pressionar simultaneamente as teclas CTRL, ALT e</p><p>DEL e selecionar a opção Cancelar.</p><p>E) pressionar simultaneamente as teclas CTRL, ALT e</p><p>DEL e selecionar a opção Bloquear.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, muito cuidado com as combinações de tecla</p><p>CTRL+ALT+DEL e CTRL+SHIFT+ESC. Quem usou por</p><p>muito tempo o Windows XP pode se confundir aqui.</p><p>A combinação de teclas CTRL+SHIFT+ESC abre</p><p>diretamente o Gerenciador de Tarefas.</p><p>A combinação de teclas CTRL+ALT+DEL abre a tela</p><p>abaixo:</p><p>Essa tela permite bloquear a tela do computador</p><p>(também pode utilizar Winkey+L – L de Locker). Na tela</p><p>de bloqueio, o usuário que tiver configurado para entrar</p><p>no sistema com senha, tem a certeza que só poderá</p><p>acessar novamente a máquina quem tiver sua senha.</p><p>Trocar usuário: caracteriza o Windows como sistema</p><p>operacional multisessão. Para que o usuário atual não</p><p>precise fechar tudo que está fazendo para que outro</p><p>usuário possa, rapidamente, usar a máquina, é possível</p><p>manter sua sessão ativa (com tudo em funcionamento) e</p><p>outro usuário acessar seus recursos.</p><p>Sair: antigo logoff</p><p>Alterar uma senha: somente o próprio usuário ou um</p><p>usuário do tipo Administrador pode alterar uma senha.</p><p>Gerenciador de Tarefas: aqui temos que tomar cuidado.</p><p>A combinação de teclas CTRL+ALT+DEL permite com</p><p>que o usuário acesse uma tela em que é possível ativar</p><p>o gerenciador de tarefas.</p><p>Além disso, no canto inferior direito dessa tela, temos as</p><p>configurações de rede, de acessibilidade e o botão de</p><p>desligar.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>43</p><p>77. Um usuário do Windows 10 tem, em uma de suas</p><p>pastas de arquivos pessoais, vinte arquivos com nomes</p><p>distintos, todos com a mesma extensão .jpeg. Ele deseja</p><p>alterar o nome de todos esses arquivos.</p><p>Nessa situação hipotética, uma forma de o usuário</p><p>executar a alteração desejada é:</p><p>A) selecionar a pasta na qual se encontram os arquivos;</p><p>com o nome da pasta selecionado, deve-se clicar o botão</p><p>direito do mouse e selecionar a opção Renomear; e,</p><p>finalmente, deve-se digitar o novo nome desejado e</p><p>pressionar a tecla ENTER.</p><p>B) selecionar cada arquivo separadamente, pois não é</p><p>possível alterar o nome de todos os arquivos de uma vez;</p><p>com o arquivo selecionado, deve-se clicar o botão direito</p><p>do mouse e selecionar a opção Renomear; depois, deve-</p><p>se digitar o novo nome desejado e pressionar a</p><p>tecla ENTER.</p><p>C) selecionar cada arquivo separadamente, pois não é</p><p>possível alterar o nome de todos os arquivos de uma vez;</p><p>com o arquivo selecionado, deve-se pressionar a tecla</p><p>F2, digitar o novo nome desejado e, por fim, pressionar a</p><p>tecla ENTER.</p><p>D) selecionar todos os arquivos e, com eles</p><p>selecionados, pressionar a tecla F2; depois, deve-se</p><p>digitar o novo nome desejado e, finalmente, pressionar a</p><p>tecla ENTER; assim, o nome de todos os arquivos é</p><p>alterado de uma vez.</p><p>E) pressionar CTRL+T e, logo após, F2; depois, deve-se</p><p>digitar o novo nome desejado e, finalmente, pressionar a</p><p>tecla ENTER; assim, o nome de todos os arquivos é</p><p>alterado de uma vez.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>No sistema operacional Windows, é possível fazer dois</p><p>tipos de seleção de arquivos:</p><p>- Contínua: quando os arquivos selecionados são todos</p><p>contíguos e para isso utilizamos a tecla SHIFT no</p><p>momento da seleção.</p><p>- Intercalada: quando os arquivos selecionados estão</p><p>alternados e para isso utilizamos a tecla CTRL no</p><p>momento da seleção.</p><p>Para selecionar todos os arquivos, no Windows,</p><p>utilizamos a combinação de teclas CTRL+A e não</p><p>CTRL+T.</p><p>Ao selecionar todos os arquivos e pressionar F2, a</p><p>seleção ficará assim:</p><p>No Windows, dentro de uma mesma pasta, não é</p><p>possível ter dois arquivos com o mesmo nome e mesma</p><p>extensão, mesmo que haja diferenciação entre</p><p>maiúsculas e minúsculas pois o Windows não é case</p><p>sensitive.</p><p>No caso em tela, o sistema renomeará todos os arquivos</p><p>de uma só vez e inserirá, entre parênteses, um número</p><p>para diferenciar os arquivos.</p><p>78. Na utilização do Microsoft Edge, o usuário pode</p><p>acionar a janela de navegação InPrivate. Essa janela:</p><p>A) ao ser fechada exclui, automaticamente, dados da</p><p>história de navegação do usuário, mas mantém os</p><p>favoritos que foram nela adicionados.</p><p>B) permite a navegação com filtro antimalware.</p><p>C) oferece ao usuário anonimato na internet.</p><p>D) é temporizada. O usuário pode escolher quanto tempo</p><p>ela ficará ativa e, ao fechar, automaticamente não deixa</p><p>rastros no computador.</p><p>E) ao ser fechada, exclui, automaticamente, dados da</p><p>história de navegação do usuário, incluindo os favoritos.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>A janela de navegação InPrivate, que pode ser acionada</p><p>pela combinação de teclas CTRL+SHIFT+N (na nova</p><p>versão do Edge), na antiga era CTRL+SHIFT+P, ao ser</p><p>fechada, exclui tudo aquilo que foi salvo de forma</p><p>automática pelo navegador, naquele computador:</p><p>- Histórico</p><p>- Arquivos Temporários</p><p>- Cookies entre outros</p><p>As ações feitas manualmente pelo usuário não são</p><p>excluídas, como:</p><p>- Favoritos</p><p>- Downloads</p><p>- Configurações</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>44</p><p>Essa janela serve para manter a privacidade do usuário</p><p>naquele computador, logo, não oferece anonimato na</p><p>internet e na rede onde o computador está conectado.</p><p>79. Um recurso de segurança muito usual nas redes de</p><p>computadores das instituições e nas estações de</p><p>trabalho dos usuários é o firewall. Das alternativas</p><p>abaixo, qual é referente aos recursos de firewall?</p><p>A) A filtragem de tráfego por meio de um firewall utiliza</p><p>vacinas predefinidas ou dinamicamente aprendidas para</p><p>apenas negar tentativas de conexão. Essas vacinas são</p><p>a maneira como o firewall compara o interior dos arquivos</p><p>para verificar se há algum código malicioso.</p><p>B) A conexão de computadores pessoais a outros</p><p>sistemas de TI ou à Internet propicia uma série de</p><p>benefícios, incluindo fácil colaboração com outras</p><p>pessoas, combinação de recursos e maior criatividade.</p><p>Nesse sentido o firewall deve ser desativado para não</p><p>causar prejuízos na comunicação.</p><p>C) É um software ou unidade de hardware-software</p><p>dedicada que funciona bloqueando ou permitindo</p><p>pacotes de dados seletivamente. Normalmente, seu</p><p>objetivo é ajudar a evitar atividades mal-intencionadas e</p><p>impedir que qualquer pessoa, dentro ou fora de uma rede</p><p>privada, realize atividades não autorizadas na Web.</p><p>D) Tanto o perímetro da rede quanto as próprias</p><p>máquinas host podem conter um firewall. Para que todos</p><p>os computadores da rede estejam protegidos, basta que</p><p>uma única estação de trabalho da rede esteja com o</p><p>firewall ativado e bem configurado.</p><p>E) Em comparação, os firewalls de segurança de rede</p><p>são usados para gerenciamento de tráfego da Web.</p><p>Normalmente, são destinados a acelerar a propagação</p><p>de ameaças da Web.</p><p>Gabarito: C</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Firewall é diferente de antivírus, antispyware e antispam.</p><p>Vamos</p><p>analisar cada alternativa.</p><p>a) A filtragem de tráfego por meio de um firewall utiliza</p><p>regras predefinidas ou dinamicamente aprendidas para</p><p>permitir e negar tentativas de conexão. Essas regras</p><p>são a maneira como o firewall regula o fluxo de tráfego</p><p>da Web por meio da rede privada e dos dispositivos de</p><p>computador privados. Independentemente do tipo, todos</p><p>os firewalls podem filtrar por meio de alguma combinação</p><p>dos seguintes itens:</p><p>- Origem: de onde a tentativa de conexão está sendo</p><p>feita.</p><p>- Destino: para onde se destina uma tentativa de</p><p>conexão.</p><p>- Conteúdo: o que a tentativa de conexão está tentando</p><p>enviar.</p><p>- Protocolos de pacote: que "linguagem" a tentativa de</p><p>conexão está usando para transmitir a mensagem. Entre</p><p>os protocolos de rede que os hosts usam para</p><p>"conversar" uns com os outros, os protocolos TCP/IP são</p><p>usados principalmente para se comunicar pela Internet e</p><p>em uma intranet ou sub-redes.</p><p>- Protocolos de aplicativos: os protocolos comuns</p><p>incluem HTTP, Telnet, FTP, DNS e SSH.</p><p>B) A conexão de computadores pessoais a outros</p><p>sistemas de TI ou à Internet propicia uma série de</p><p>benefícios, incluindo fácil colaboração com outras</p><p>pessoas, combinação de recursos e maior criatividade.</p><p>No entanto, isso pode vir ao custo de proteção completa</p><p>da rede e do dispositivo. Invasões, roubo de identidade,</p><p>malware e fraude on-line são ameaças comuns que os</p><p>usuários podem enfrentar quando se expõem</p><p>conectando seus computadores a uma rede ou à Internet.</p><p>Uma vez descobertos por um agente mal-intencionado,</p><p>sua rede e seus dispositivos podem ser facilmente</p><p>encontrados, rapidamente acessados e expostos a</p><p>repetidas ameaças. Conexões com a Internet 24 horas</p><p>por dia aumentam o risco disso (já que sua rede pode ser</p><p>acessada a qualquer momento).</p><p>A proteção proativa é fundamental quando qualquer tipo</p><p>de rede é usada. Usando um firewall, os usuários podem</p><p>proteger sua rede contra os piores perigos.</p><p>D) Tanto o perímetro da rede quanto as próprias</p><p>máquinas host podem conter um firewall. Para isso, ele é</p><p>colocado entre um único computador e sua conexão com</p><p>uma rede privada ou pública.</p><p>E) Os firewalls podem ser vistos como barreiras ou</p><p>gateways (portões) que gerenciam o percurso de</p><p>atividades da Web permitidas e proibidas em uma rede</p><p>privada. O termo vem do conceito de paredes físicas</p><p>como barreiras para retardar a propagação do fogo até</p><p>que os serviços de emergência possam extingui-lo. Em</p><p>comparação, os firewalls de segurança de rede são</p><p>usados para gerenciamento de tráfego da Web.</p><p>Normalmente, são destinados a retardar a propagação</p><p>de ameaças da Web.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>45</p><p>80. Os ataques de rede distribuídos muitas vezes são</p><p>chamados de ataques de negação de serviço distribuído</p><p>(DDoS). Esse tipo de ataque aproveita os limites de</p><p>capacidade específicos que se aplicam a todos os</p><p>recursos de rede, como a infraestrutura que viabiliza o</p><p>site de uma empresa. O ataque DDoS envia múltiplas</p><p>solicitações para o recurso Web invadido com o objetivo</p><p>de exceder a capacidade que o site tem de lidar com</p><p>diversas solicitações, impedindo seu funcionamento</p><p>correto. Esse tipo de ataque pode ser consequência</p><p>direta de um:</p><p>A) Vírus.</p><p>B) Bot.</p><p>C) Trojan.</p><p>D) Ransomware.</p><p>E) Spyware.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>O ataque de negação de serviço distribuída pode ser</p><p>consequência direta de uma rede de bots (botnet).</p><p>Vamos ver as diferenças entre os tipos de malwares.</p><p>Vírus: Um vírus é um programa de computador malicioso</p><p>que se replica e se espalha para outros arquivos ou</p><p>sistemas, prejudicando a funcionalidade do computador.</p><p>Os vírus podem se propagar através de anexos de e-mail,</p><p>downloads infectados, dispositivos de armazenamento</p><p>removíveis ou explorando vulnerabilidades em sistemas.</p><p>Ao gerar cópias de si mesmo (vírus é replicante), ele é</p><p>inserido em outros arquivos do computador (precisa de</p><p>hospedeiro).</p><p>Bot: Um bot, abreviação de "robot" (robô), refere-se a um</p><p>programa automatizado que executa tarefas repetitivas</p><p>na Internet. Bots podem ser benignos, como bots de</p><p>mecanismos de busca que indexam páginas da web, ou</p><p>maliciosos, como bots utilizados em ataques</p><p>cibernéticos, como DDoS (Distributed Denial of Service).</p><p>Na botnet (rede de bots), o usuário principal já não tem</p><p>mais ação sobre o seu computador, que está sendo</p><p>controlado por outra pessoa (atacante).</p><p>Trojan: Um Trojan, também conhecido como cavalo de</p><p>Troia, é um tipo de malware que se disfarça como um</p><p>programa aparentemente legítimo, mas, na realidade,</p><p>possui intenções maliciosas. Ao infectar um sistema, um</p><p>Trojan pode permitir o acesso remoto não autorizado,</p><p>roubar informações confidenciais ou causar danos ao</p><p>sistema.</p><p>Ran$omware: O ransomware é um tipo de malware que</p><p>criptografa os arquivos do sistema infectado e exige um</p><p>re$gate (ransom) para desbloquear ou recuperar o</p><p>acesso aos arquivos. Os cibercriminosos por trás do</p><p>ransomware geralmente exigem o pagamento em</p><p>criptomoedas para fornecer a chave de descriptografia.</p><p>Spyware: Spyware é um tipo de software malicioso que</p><p>monitora as atividades de um usuário em um dispositivo</p><p>sem o seu conhecimento ou consentimento. O objetivo</p><p>do spyware é coletar informações pessoais, como</p><p>senhas, histórico de navegação, atividade de digitação</p><p>ou dados bancários, para uso ilícito, como roubo de</p><p>identidade ou fraudes.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>ter acesso a autos já documentados) não fere o presente contexto.</p><p>c. Informe quem tem competência para conduzir um inquérito policial;</p><p>A condução de um inquérito policial é de responsabilidade de autoridades policiais. No</p><p>Brasil, conforme estabelecido pelo Código de Processo Penal (CPP), a competência para</p><p>conduzir o inquérito policial é atribuída aos delegados de polícia. Os delegados são autoridades</p><p>policiais de carreira, com formação específica em direito, que exercem funções de direção e</p><p>coordenação na investigação criminal.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>d. Informe, ao menos, três diligências realizadas durante um inquérito policial.</p><p>Nesse ponto, Caveira, quanto mais você lembrar das diligências, melhor será para a sua</p><p>prova. Questões descritivas assim são esperadas porque o quantitativo de linhas é muito grande,</p><p>logo, prepare-se!</p><p>Com base no artigo 6º do Código de Processo Penal (CPP), a autoridade policial deve</p><p>realizar diligências durante a investigação, dentre as quais:</p><p>- Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias:</p><p>a autoridade policial deve buscar todas as provas disponíveis, sejam elas testemunhais,</p><p>documentais, periciais ou materiais, que possam ajudar a esclarecer o crime e suas</p><p>circunstâncias.</p><p>- Identificar a autoria e materialidade do delito: a autoridade policial deve buscar</p><p>informações e elementos de prova que possam levar à identificação do autor ou autores do crime,</p><p>assim como à comprovação da existência do delito em si.</p><p>- Recolher informações que subsidiem a denúncia ou queixa: a autoridade policial deve</p><p>reunir todas as informações necessárias para fundamentar a apresentação da denúncia ou</p><p>queixa ao Ministério Público ou ao Poder Judiciário, respectivamente.</p><p>- Realizar interrogatório do acusado: a autoridade policial deve proceder ao interrogatório</p><p>do suspeito ou indiciado, garantindo-lhe o direito ao silêncio e a assistência de um advogado.</p><p>- Realizar oitiva das testemunhas: a autoridade policial deve ouvir todas as testemunhas</p><p>relacionadas ao fato investigado, colhendo seus depoimentos e as informações que possam</p><p>contribuir para o esclarecimento do caso.</p><p>- Fazer reconhecimento de pessoas e coisas: quando necessário, a autoridade policial</p><p>deve promover reconhecimentos de pessoas ou objetos relacionados ao crime, visando a</p><p>confirmar ou descartar a participação do suspeito ou a existência de elementos de prova.</p><p>- Determinar a realização de perícias: a autoridade policial pode requisitar perícias técnicas</p><p>para analisar vestígios, documentos, objetos ou outros elementos que possam contribuir para a</p><p>elucidação do crime.</p><p>- Cumprir mandados judiciais: caso existam mandados de busca e apreensão, prisão ou</p><p>outras medidas cautelares expedidas pela autoridade judicial, a autoridade policial deve cumpri-</p><p>los de acordo com as determinações legais.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>O objetivo do Inquérito Policial é reunir elementos de prova para subsidiar a ação penal,</p><p>ou seja, é uma fase pré-processual de investigação que tem como finalidade apurar a existência</p><p>do crime, sua autoria e materialidade, bem como reunir as evidências necessárias para a</p><p>eventual propositura da ação penal.</p><p>Ademais, duas características do Inquérito Policial são o seu caráter inquisitivo e seu</p><p>caráter sigiloso. Durante essa fase, a autoridade policial é responsável por coletar provas, ouvir</p><p>testemunhas, realizar diligências, interrogar suspeitos, entre outras atividades, visando à</p><p>apuração dos fatos sem o véu do contraditório pairando sobre a investigação. Ainda, é regido</p><p>aquele procedimento administrativo pelo princípio do sigilo, ou seja, as informações e diligências</p><p>realizadas durante a investigação devem ser mantidas em segredo, visando a preservar o</p><p>sucesso das investigações e a segurança dos envolvidos.</p><p>A competência para conduzir um inquérito policial é atribuída às autoridades policiais, ou</p><p>seja, aos delegados de polícia. Nos estados, por exemplo, a competência recai sobre o delegado</p><p>de Polícia Civil. Essas autoridades possuem poderes investigatórios e são responsáveis por</p><p>conduzir as investigações criminais, colher provas, ouvir testemunhas, interrogar suspeitos e</p><p>tomar todas as providências necessárias para a elucidação dos fatos.</p><p>Nessa esteira, durante um inquérito policial, são realizadas diversas diligências, visando à</p><p>coleta de provas e informações relevantes para a investigação. Algumas das diligências comuns</p><p>durante um inquérito policial são: a oitiva de testemunhas, a realização de perícias e o</p><p>cumprimento de mandados de busca e apreensão. Com a oitiva de testemunhas a autoridade</p><p>policial ouve as testemunhas relacionadas ao caso, colhendo seus depoimentos e obtendo</p><p>informações que possam ajudar a esclarecer os fatos investigados. Quando necessário, a</p><p>autoridade policial determina a realização de perícias técnicas, visando a obter evidências</p><p>científicas que subsidiem a investigação.</p><p>Por fim, se houver indícios ou provas que justifiquem, a autoridade policial pode solicitar e</p><p>cumprir mandados judiciais de busca e apreensão, objetivando encontrar elementos materiais</p><p>relacionados ao crime, como drogas, armas, documentos, entre outros. Essas diligências são</p><p>essenciais para a condução adequada do inquérito policial, possibilitando a coleta de elementos</p><p>de prova e informações que serão analisados pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário</p><p>durante a fase processual.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 04 – DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL MILITAR – PM-SC OFICIAL</p><p>Cláudio, encarregado pelo setor financeiro de determinada organização militar, em determinado</p><p>momento de sua carreira foi indiciado em inquérito policial militar, por suspeita de ter cometido,</p><p>dolosamente, crime de peculato. Ocorre que, no decorrer das investigações, Cláudio assumiu a</p><p>autoria do que lhe estava sendo imputado e ressarciu integralmente o dano.</p><p>Redija um texto dissertativo, com no mínimo 20 e no máximo 30 linhas, para responder aos</p><p>seguintes questionamentos:</p><p>a. Quais elementos caracterizam o crime em que Cláudio incorreu?</p><p>b. É possível que Cláudio tenha extinta a sua punibilidade em decorrência de assumir a autoria</p><p>e ressarcir o dano?</p><p>c. Se Douglas, oficial amigo de Cláudio, o entregasse as chaves da repartição, para que ele</p><p>cometesse peculato, Douglas incorreria em qual tipificação criminosa?</p><p>d. Em abstrato, no caso da incidência criminosa de Douglas, seria possível a minoração da pena?</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 04 – COMENTADO – PM-SC</p><p>a. Quais elementos caracterizam o crime em que Cláudio incorreu?</p><p>O crime de peculato, no âmbito do Código Penal Militar, está previsto no artigo 303 e</p><p>consiste na apropriação ou desvio de valor ou bem móvel, público ou particular, por parte de</p><p>militar em serviço ou vinculado a instituição militar, em proveito próprio ou alheio.</p><p>Para que o crime de peculato seja configurado, é necessário que o agente seja militar,</p><p>esteja em serviço ou vinculado a uma instituição militar, e se aproprie, dolosamente, de valor ou</p><p>bem móvel. Essa apropriação pode ocorrer de duas formas: apropriação própria e apropriação</p><p>imprópria.</p><p>A apropriação própria ocorre quando o agente militar se apropria do valor ou bem móvel</p><p>para si mesmo, usufruindo diretamente dos benefícios ou vantagens dele decorrentes. Já a</p><p>apropriação imprópria acontece quando o agente desvia o valor ou bem móvel em proveito</p><p>alheio, ou seja, para beneficiar outra pessoa.</p><p>Além disso, o peculato pode envolver tanto valores ou bens móveis públicos, que</p><p>pertencem à administração militar, como valores ou bens móveis particulares,</p><p>quando o militar</p><p>está no exercício de suas funções e tem acesso a esses bens em razão do cargo que ocupa.</p><p>É importante destacar que o crime de peculato é doloso, ou seja, exige a vontade</p><p>consciente do agente de se apropriar ou desviar o valor ou bem móvel. A pena para o crime de</p><p>peculato militar pode variar de acordo com as circunstâncias do caso, podendo incluir a perda</p><p>do cargo, a reclusão e a aplicação de multa.</p><p>b. É possível que Cláudio tenha extinta a sua punibilidade em decorrência de assumir a</p><p>autoria e ressarcir o dano?</p><p>Não! Não existe essa possibilidade no caso de Cláudio, eis que, dentre todas as</p><p>modalidades de peculato previstas no Código Penal Militar (peculato de apropriação - Art. 303,</p><p>caput, peculato de desvio - Art. 303, caput, peculato de furto - Art. 303, § 2º, e peculato culposo</p><p>- Art. 303, § 3º), apenas o peculato culposo permite a aplicação do instituto do arrependimento</p><p>posterior.</p><p>Conforme estabelecido pelo Art. 303, § 4º, no peculato culposo, se a reparação do dano</p><p>ocorrer antes do trânsito em julgado da sentença condenatória, haverá a extinção da</p><p>punibilidade; caso a reparação seja realizada posteriormente, a pena será reduzida pela metade.</p><p>No entanto, é importante ressaltar, como já mencionado, que o arrependimento posterior</p><p>aplica-se exclusivamente ao peculato culposo, e, no caso apresentado na questão, trata-se de</p><p>um peculato doloso. Portanto, a extinção da punibilidade por meio do arrependimento posterior</p><p>não é aplicável nessa situação.</p><p>c. Se Douglas, oficial amigo de Cláudio, o entregasse as chaves da repartição, para que</p><p>ele cometesse peculato, Douglas incorreria em qual tipificação criminosa?</p><p>Na situação apresentada, em que Douglas entrega as chaves da repartição a Cláudio para</p><p>cometer o peculato, Douglas incorreria no crime de peculato-furto.</p><p>O peculato-furto é uma das modalidades de peculato previstas no Código Penal Militar</p><p>(CPM). Ele ocorre quando o agente, aproveitando-se da função ou cargo que ocupa, subtrai,</p><p>para si ou para outrem, valor ou bem móvel público ou particular que esteja sob sua posse em</p><p>razão do cargo.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>No caso em questão, Douglas, ao entregar as chaves da repartição a Cláudio para a</p><p>prática do peculato, estaria colaborando diretamente para a subtração do valor ou bem móvel.</p><p>Sendo assim, Douglas incorreria na tipificação criminosa de peculato-furto, por sua participação</p><p>no ato de subtrair o valor ou bem móvel da repartição, em conjunto com Cláudio.</p><p>d. Em abstrato, no caso da incidência criminosa de Douglas, seria possível a minoração</p><p>da pena?</p><p>No caso da incidência criminosa de Douglas, em que ele colabora com Cláudio na prática</p><p>do peculato, não seria possível a aplicação da minoração da pena com base nos parágrafos do</p><p>artigo 303 do Código Penal Militar. Esses parágrafos tratam especificamente do peculato</p><p>culposo, em que a pessoa comete o crime sem intenção, de forma negligente.</p><p>No peculato doloso, como é o caso do peculato-furto, em que há a intenção de subtrair</p><p>bens ou valores, não está prevista a possibilidade de minoração da pena pelo arrependimento</p><p>posterior. Portanto, em abstrato, no caso da incidência criminosa de Douglas, não seria possível</p><p>a aplicação da minoração da pena com base nos dispositivos mencionados.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>A conduta de Cláudio configura o crime de peculato, previsto no Código Penal Militar.</p><p>Para que o crime seja caracterizado, é necessário que o agente se aproprie, dolosamente, de</p><p>valor ou bem móvel, público ou particular, que esteja sob sua posse em razão do cargo que</p><p>ocupa. No caso de Cláudio, como encarregado pelo setor financeiro da organização militar, ele</p><p>teria acesso aos recursos da instituição.</p><p>No que diz respeito à punibilidade de Cláudio, não é possível que ele tenha sua pena</p><p>extinta em virtude de assumir a autoria do crime e ressarcir integralmente o dano. Isso porque a</p><p>modalidade de peculato assumida pelo autor não permite a incidência de tal benesse. Apenas</p><p>no peculato culposo, conforme estabelecido pelo Art. 303, § 4º, há a possibilidade de extinção</p><p>ou minoração pela reparação do dano.</p><p>No caso de Douglas, se ele entregasse as chaves da repartição a Cláudio com a finalidade</p><p>de facilitar o crime para o amigo, então ele poderia incorrer na tipificação criminosa de peculato-</p><p>furto. O peculato-furto é uma das modalidades de peculato previstas no Código Penal Militar</p><p>(CPM). Ele ocorre quando o agente, aproveitando-se da função ou cargo que ocupa, subtrai,</p><p>para si ou para outrem, valor ou bem móvel público ou particular que esteja sob sua posse em</p><p>razão do cargo.</p><p>Por fim, a minoração da pena no caso de Douglas, em abstrato, em que ele colabora</p><p>com Cláudio na prática do peculato, não seria possível com base nos parágrafos do artigo 303</p><p>do Código Penal Militar. Esses parágrafos tratam especificamente do peculato culposo, em que</p><p>a pessoa comete o crime sem intenção, de forma negligente, o que não ocorre no caso</p><p>trabalhado.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>1</p><p>PROVA DISCURSIVA – PROJETO CAVEIRA</p><p>TEMA 05 – ORDEM PÚBLICA – PM-SC OFICIAL</p><p>TEXTO I</p><p>Entre 2007 e 2021, 1,5% das operações policiais realizadas no estado do Rio de Janeiro foram</p><p>consideradas eficientes, de acordo com o levantamento do Grupo de Estudos de Novos</p><p>Ilegalismos (GENI) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Em 15 anos, foram 17.929</p><p>operações contabilizadas pelo Indicador de Eficiência das operações policiais. O indicador tem</p><p>como base os impactos para os envolvidos nas ações, como o número de mortos, feridos e</p><p>presos. Considera ainda as motivações para as operações, como o cumprimento de mandados</p><p>de prisão e/ou busca e apreensão, repressão ao tráfico de drogas e armas, disputas entre grupos</p><p>criminais, fuga e/ou perseguição, motivações patrimoniais, retaliação por morte ou ataque a</p><p>unidade policial. Outro item avaliado são as apreensões de armas, drogas, cargas e veículos.</p><p>Seguindo estes critérios, das 17.929 operações analisadas no período de 15 anos, 28,6% foram</p><p>apontadas como ineficientes, 9,6% como desastrosas, 44,8% como pouco eficientes e 15,4%</p><p>como razoavelmente eficientes. O pior ano em termos de resultados foi 2007, com 49,74% das</p><p>ações policiais classificadas como ineficientes ou desastrosas. Depois aparecem os anos de</p><p>2021, com taxa de ineficiência de 46,4%; 2008, com 42,41%; 2009, com 41,7%; 2019, com 39,7%</p><p>e 2020, com 39,66%.</p><p>CORSINI, I. CNN. Em 15 anos, 1,5% de operações policiais no RJ foram eficientes, aponta</p><p>pesquisa. Publicado em 25/07/2022. Disponível em [link].</p><p>Com base na reflexão promovida pelo texto acima elencado e nos seus conhecimentos gerais,</p><p>redija um texto dissertativo-expositivo, com até 30 linhas, considerando a seguinte temática:</p><p>EFICIÊNCIA POLICIAL E SALVAGUARDA DE DIREITOS.</p><p>Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente:</p><p>a) As consequências da precariedade das condições de trabalho dos policiais;</p><p>b) Como a eficiência policial se relaciona com a salvaguarda de direitos do cidadão.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>2</p><p>TEMA 05 – COMENTADO – PM-SC</p><p>PONTO DE IGNIÇÃO</p><p>Aquecendo os motores!</p><p>Olá, Caveira! Pronto para treinar para a sua discursiva? O primeiro ponto para o qual você</p><p>deve voltar a sua atenção é quanto ao gênero solicitado pela banca. Com base na sua última</p><p>prova, a banca solicitou um texto com o gênero dissertativo-expositivo, que, aliás, vamos</p><p>treinar hoje.</p><p>O gênero dissertativo-expositivo demanda que você exponha ideias sobre o tema</p><p>solicitado, levando em conta os tópicos apresentados pela banca. Veja bem, Caveira: você não</p><p>deve convencer ninguém sobre nada, mas falar, explicar e/ou apresentar exemplos, dados,</p><p>citações e referências sobre um assunto determinado. O que o avaliador vai observar é o quanto</p><p>você conhece sobre aquele</p><p>tema específico, dentro dos recortes estabelecidos.</p><p>E, ainda, não é obrigatório, mas é extremamente recomendado que você adote a estrutura</p><p>introdução-desenvolvimento-conclusão, pois os examinadores também atribuem pontos ao</p><p>atendimento dessa estrutura, típica da dissertação. A banca que vem desenvolvendo a sua prova</p><p>tem avaliado positivamente a seguinte estrutura de apresentação:</p><p>- uma introdução geral sobre o tema e em seguida parágrafos de desenvolvimento que</p><p>respondam às questões (em caso de tópicos “a, b” ou “a, b, c”);</p><p>OU</p><p>- que o parágrafo introdutório responda ao primeiro quesito questionado e os demais sigam</p><p>sequencialmente apresentando as respostas dos demais questionamentos solicitados (em caso</p><p>de tópicos “a, b, c”).</p><p>Assim, sugerimos que, ao desenvolver suas ideias, você respeite a ordem dos tópicos</p><p>apresentados pela banca, uma vez que é também a ordem que será utilizada pelo examinador</p><p>para procurar a “resposta” em seu texto e porque, geralmente, é a que traz o melhor</p><p>encadeamento lógico.</p><p>E aí, bora treinar?</p><p>APONTAMENTOS PRELIMINARES ☺</p><p>Depois de aquecer os motores... aceleramos.</p><p>Nada mais justo, Caveira!</p><p>Na primeira parte dessa apresentação eu te mostrei como lidar com a estrutura de um</p><p>texto dissertativo-expositivo.</p><p>Só para ajudar a memória, você vai lidar com: introdução – desenvolvimento –</p><p>conclusão.</p><p>Agora nas linhas abaixo, você terá a chance de verificar algumas respostas possíveis</p><p>para encaixar no tema proposto. Desde já, eu preciso combinar algumas coisas com você:</p><p>1. As teses e argumentos apresentados são exemplos, apenas;</p><p>2. Você não precisa concordar com nenhuma das teses/argumentos. Você é totalmente</p><p>livre para desenvolver os seus! Lembre-se, contudo, de sempre embasar o seu ponto de</p><p>vista.</p><p>3. Existem infindos tipos de teses e argumentos além dos apresentados aqui, e você pode</p><p>usar, estes últimos, em outros tipos de teses.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>3</p><p>a) As consequências da precariedade das condições de trabalho dos policiais;</p><p>Caveira, vamos começar o comentário sobre os questionamentos desse tema</p><p>abordando o fato de que a precariedade das condições de trabalho dos policiais é prejudicial não</p><p>apenas para os próprios agentes de segurança, mas também para a população em geral e para</p><p>o funcionamento do sistema de justiça, uma vez que condições ideais de trabalho para os</p><p>policiais assegura o respeito aos direitos humanos e o fortalecimento do Estado de Direito.</p><p>Assim, são extensas as consequências da precariedade das condições de trabalho dos</p><p>policiais e, neste item, citaremos algumas que você pode elaborar em sua dissertação. Em</p><p>primeiro lugar, a violência policial. Condições precárias de trabalho podem levar a um aumento</p><p>da violência policial. Quando os policiais estão submetidos a longas jornadas de trabalho, falta</p><p>de treinamento adequado, salários baixos e más condições de trabalho, eles podem ficar mais</p><p>propensos a agir de forma abusiva e recorrer a práticas violentas. Isso pode resultar em violações</p><p>dos direitos humanos e abusos contra os cidadãos.1</p><p>Outra consequência é a impunidade das pessoas realmente culpadas. A precariedade</p><p>das condições de trabalho pode afetar a capacidade das autoridades em investigar e punir crimes</p><p>de forma eficiente. A falta de recursos, equipamentos e infraestrutura adequada pode</p><p>comprometer a qualidade das investigações policiais e dificultar a obtenção de provas. Isso pode</p><p>levar à impunidade, minando a confiança da população no sistema de justiça criminal.</p><p>Não menos importante, a corrupção pode, também, ser considerada uma</p><p>consequência. A falta de condições adequadas de trabalho pode tornar os policiais mais</p><p>suscetíveis à corrupção. Baixos salários e más condições de trabalho podem levar alguns</p><p>agentes da segurança pública a aceitar subornos ou se envolver em atividades ilegais para</p><p>complementar sua renda. A corrupção policial enfraquece o Estado, mina a confiança da</p><p>população na polícia e compromete a eficácia do sistema de justiça.2</p><p>Ao elencar uma visão mais voltada ao próprio policial, é possível citar como</p><p>consequência da precariedade das condições de trabalho dos policiais o esgotamento e o</p><p>estresse. Nesse sentido, as más condições de trabalho, como longas jornadas, falta de descanso</p><p>adequado e exposição constante a situações de perigo, podem levar ao esgotamento físico e</p><p>mental dos policiais. Isso pode afetar sua capacidade de tomar decisões adequadas, aumentar</p><p>os erros no cumprimento da lei e comprometer sua própria segurança e a segurança da</p><p>comunidade.3</p><p>b) Como a eficiência policial se relaciona com a salvaguarda de direitos do cidadão;</p><p>A eficiência policial desempenha um papel fundamental na salvaguarda dos direitos do</p><p>cidadão dentro da ideologia do direito brasileiro. A polícia tem a responsabilidade de promover a</p><p>segurança pública e garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos.</p><p>Os direitos previstos na Constituição Federal do Brasil estão divididos em três grupos</p><p>principais: direitos individuais e coletivos, direitos sociais e direitos políticos. Os direitos</p><p>individuais e coletivos abrangem a vida, liberdade, igualdade perante a lei, segurança e</p><p>propriedade, considerados fundamentais. Os direitos sociais incluem educação, saúde,</p><p>alimentação, moradia, segurança, transporte, trabalho e lazer. Já os direitos políticos garantem</p><p>1 Essa informação pode ser encontrada aqui [link].</p><p>2 Essa informação pode ser encontrada aqui [link].</p><p>3 Essa informação pode ser encontrada aqui [link].</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>4</p><p>o voto igualitário, direto e secreto, além do direito de ser candidato em eleições políticas, e são</p><p>esses direitos a serem resguardados com a segurança pública.</p><p>Assim, a Constituição possui um artigo específico sobre segurança pública; o artigo</p><p>144 estabelece como dever do Estado garantir a ordem pública e a segurança das pessoas e do</p><p>patrimônio. Para cumprir esse dever, o poder público utiliza principalmente as instituições</p><p>policiais, cada uma com suas atribuições, organizações e medidas de funcionamento. Dessa</p><p>forma, a polícia desempenha um papel importante na garantia da estabilidade nas relações</p><p>sociais, protegendo a propriedade e os cidadãos, e assegurando a tranquilidade e o equilíbrio na</p><p>convivência social.</p><p>Porém, a precariedade da segurança pública contribui para o aumento da violência</p><p>social e restringe a circulação de pessoas, práticas de lazer, o aproveitamento das cidades e o</p><p>exercício da cidadania de maneira geral. Por outro lado, uma polícia eficiente garante a</p><p>segurança de todos os cidadãos, possibilitando o livre exercício de direitos e deveres pela</p><p>sociedade.</p><p>Quando a polícia atua de forma eficiente, isso significa que ela é capaz de</p><p>desempenhar suas funções de prevenção, investigação e repressão de crimes de maneira eficaz</p><p>e dentro dos limites legais. Isso implica em responder prontamente às demandas da sociedade,</p><p>agir de forma diligente na identificação e captura de criminosos, e garantir a preservação de</p><p>provas e a devida aplicação da lei.</p><p>EXEMPLO DE REDAÇÃO</p><p>A precariedade das condições de trabalho dos policiais é uma realidade preocupante</p><p>no Brasil, e suas consequências reverberam tanto na atuação das forças de segurança quanto</p><p>na garantia dos direitos dos cidadãos.</p><p>Em primeiro lugar, a falta de recursos, treinamento adequado e infraestrutura</p><p>compromete a eficiência policial, gerando uma série de desdobramentos negativos. O</p><p>esgotamento físico e mental dos policiais, decorrente de jornadas exaustivas e estresse</p><p>constante, pode levar a ações abusivas e violações dos direitos humanos durante as abordagens</p><p>e operações policiais. Além disso, a precariedade contribui para a corrupção policial, minando a</p><p>confiança da população no sistema de justiça criminal e comprometendo</p><p>a efetividade das</p><p>investigações.</p><p>Por outro lado, a eficiência policial desempenha um papel crucial na salvaguarda dos</p><p>direitos do cidadão. Quando as instituições policiais atuam de forma eficiente, há uma maior</p><p>proteção contra crimes e violações aos direitos individuais e coletivos. A presença policial efetiva</p><p>e diligente nas ruas, aliada a investigações competentes e uma resposta rápida aos delitos,</p><p>contribui para a prevenção de crimes, promovendo um ambiente mais seguro e proporcionando</p><p>tranquilidade à população. Além disso, uma polícia eficiente também é capaz de garantir a ordem</p><p>pública, intervindo de maneira apropriada em situações de conflito e coibindo a prática de crimes,</p><p>o que é essencial para a convivência pacífica e para o exercício pleno dos direitos por parte dos</p><p>cidadãos.</p><p>Em conclusão, a precariedade das condições de trabalho dos policiais acarreta uma</p><p>série de consequências prejudiciais, incluindo violações de direitos e corrupção. No entanto, a</p><p>eficiência policial desempenha um papel essencial na proteção dos direitos do cidadão. Logo, é</p><p>fundamental investir em melhores condições de trabalho para os policiais, oferecendo recursos</p><p>adequados, treinamento eficiente e infraestrutura adequada, a fim de fortalecer a atuação policial</p><p>e garantir a segurança e a proteção dos direitos de todos os cidadãos. Dessa forma, será</p><p>possível construir uma sociedade mais justa e segura, onde a eficiência policial e a salvaguarda</p><p>dos direitos do cidadão caminhem lado a lado.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>1</p><p>Direito Constitucional</p><p>1. No Brasil, quando um estado-membro modifica o texto</p><p>de sua Constituição estadual, implementando as</p><p>reformas realizadas nos limites impostos na própria</p><p>constituição estadual e na Constituição Federal, está-se</p><p>diante do poder constituinte:</p><p>A) Derivado decorrente de revisão estadual.</p><p>B) Derivado reformador.</p><p>C) Originário.</p><p>D) Derivado difuso.</p><p>E) Derivado decorrente instituidor.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>O poder constituinte derivado decorrente, assim como o</p><p>reformador, por ser derivado do originário e por ele</p><p>criado, é também jurídico e encontra os seus parâmetros</p><p>de manifestação nas regras estabelecidas pelo originário.</p><p>Sua missão é estruturar a Constituição dos Estados-</p><p>Membros ou, em momento seguinte, havendo</p><p>necessidade de adequação e reformulação, modificá-la.</p><p>O poder constituinte decorrente de revisão estadual</p><p>(poder decorrente de segundo grau) tem finalidade de</p><p>modificar o texto da Constituição estadual,</p><p>implementando as reformas necessárias e justificadas e</p><p>nos limites colocados na própria constituição estadual</p><p>(nesse sentido, por derivar de um poder que já derivou</p><p>de outro, caracteriza-se como de segundo grau) e na</p><p>federal.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O poder constituinte derivado reformador, chamado por</p><p>alguns de competência reformadora, tem a capacidade</p><p>de modificar a Constituição Federal, por meio de um</p><p>procedimento específico, estabelecido pelo originário,</p><p>sem que haja uma verdadeira revolução.</p><p>Não se trata do enunciado da questão em comento.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>O poder constituinte originário é aquele que instaura uma</p><p>nova ordem jurídica, rompendo por completo com a</p><p>ordem jurídica precedente.</p><p>O objetivo fundamental do poder constituinte originário,</p><p>portanto, é criar um novo Estado, diverso do que vigorava</p><p>em decorrência da manifestação do poder constituinte</p><p>precedente.</p><p>Não se trata do enunciado da questão em comento.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>O poder constituinte difuso pode ser caracterizado como</p><p>um poder de fato e que serve de fundamento para os</p><p>mecanismos de atuação da mutação constitucional.</p><p>Conforme Uadi Lamêgo Bulos, é chamado de difuso</p><p>porque não vem formalizado nas constituições. Mesmo</p><p>assim, está presente na vida dos ordenamentos jurídicos.</p><p>Não se trata do enunciado da questão em comento.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>O poder constituinte decorrente inicial (instituidor ou</p><p>institucionalizador) é responsável pela elaboração da</p><p>Constituição estadual. Intervém para exercer uma tarefa</p><p>de caráter nitidamente constituinte, qual seja a de</p><p>estabelecer a organização fundamental de entidades</p><p>componentes do Estado Federal. Tem o Poder</p><p>Constituinte Decorrente um caráter de</p><p>complementaridade em relação à Constituição; destina-</p><p>se a perfazer a obra do Poder Constituinte Originário nos</p><p>Estados Federais, para estabelecer a Constituição dos</p><p>seus Estados componentes.</p><p>Não se trata do enunciado da questão em comento.</p><p>2. Conforme prevê a Constituição Federal de 1988, um</p><p>dos objetivos fundamentais da República Federativa do</p><p>Brasil é:</p><p>A) Abranger a dignidade da pessoa humana.</p><p>B) Construir uma sociedade livre, justa e solidária.</p><p>C) Preparar o pluralismo político.</p><p>D) Incrementar a soberania.</p><p>E) Promover os valores sociais do trabalho e da livre</p><p>iniciativa.</p><p>Gabarito: B</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, de acordo o que prevê a Carta Magna, a saber:</p><p>“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da</p><p>República Federativa do Brasil:</p><p>I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;</p><p>Alternativa B – correta.</p><p>II - garantir o desenvolvimento nacional;</p><p>III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as</p><p>desigualdades sociais e regionais;</p><p>IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de</p><p>origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas</p><p>de discriminação.”</p><p>Vejamos agora o texto normativo que embasa as demais</p><p>alternativas:</p><p>“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela</p><p>união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito</p><p>Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e</p><p>tem como fundamentos:</p><p>I - a soberania; Alternativa D – incorreta.</p><p>II - a cidadania</p><p>III - a dignidade da pessoa humana; Alternativa A –</p><p>incorreta.</p><p>IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>V - o pluralismo político. Alternativa C – incorreta.</p><p>Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o</p><p>exerce por meio de representantes eleitos ou</p><p>diretamente, nos termos desta Constituição.”</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>2</p><p>Diante do exposto, o nosso gabarito é a Alternativa B.</p><p>3. Em determinado estado da Federação, entraram em</p><p>vigor três leis estaduais, de iniciativa de um deputado</p><p>estadual: a primeira prevê a concessão de anistia a</p><p>servidores públicos que foram punidos por terem</p><p>participado de movimentos reivindicatórios; a segunda</p><p>dispõe sobre as cargas horárias diária e semanal de</p><p>servidores públicos da saúde do próprio estado-membro;</p><p>e a terceira altera os critérios de transferência para a</p><p>reserva, reforma e elegibilidade de policiais militares do</p><p>próprio estado.</p><p>Nessa situação hipotética, de acordo com a CF e com o</p><p>entendimento do Supremo Tribunal Federal:</p><p>A) As três leis são inconstitucionais.</p><p>B) Nenhuma dessas leis é inconstitucional.</p><p>C) Apenas a primeira e a segunda leis são</p><p>inconstitucionais.</p><p>D) Apenas a segunda e a terceira leis são</p><p>inconstitucionais.</p><p>E) Apenas a primeira e a terceira leis são</p><p>inconstitucionais.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, com fulcro na Constituição Federal, as três leis</p><p>são inconstitucionais, vejamos os fundamentos:</p><p>No tocante à PRIMEIRA LEI, inconstitucional, compete</p><p>ao chefe do Poder Executivo (art. 21, inciso XVII,</p><p>CF/88), logo não caberia a um deputado estadual sua</p><p>iniciativa. Inclusive, houve julgado recente acerca do</p><p>tema, qual seja, “É inconstitucional lei estadual de</p><p>iniciativa parlamentar que disponha sobre a concessão</p><p>de anistia</p><p>a infrações administrativas praticadas por</p><p>policiais civis, militares e bombeiros. STF. Plenário. ADI</p><p>4928/AL, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão</p><p>Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/10/2021 (Info</p><p>1033).”</p><p>No que se refere à SEGUNDA LEI, inconstitucional,</p><p>insta observar, primeiramente, se o regime é celetista ou</p><p>estatutário, mas independente do regime administrativo,</p><p>não é da competência de um deputado estadual.</p><p>Vejamos:</p><p>Se forem celetista, a competência será privativa da</p><p>União, pois é de sua competência legislar sobre Direito</p><p>do Trabalho, conforme a Constituição Federal, a saber:</p><p>“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,</p><p>agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;”</p><p>Caso eles sejam estatutários, a competência será de</p><p>iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo, tendo</p><p>em vista aplicação do princípio da simetria ao disposto no</p><p>art. 61, § 1º, inciso II, alínea "c", da Constituição Federal.</p><p>“Art. 61. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da</p><p>República as leis que: (...)</p><p>II - disponham sobre: (...)</p><p>c) servidores públicos da União e Territórios, seu</p><p>regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e</p><p>aposentadoria;”</p><p>Por fim, acerca da TERCEIRA LEI, inconstitucional, por</p><p>se tratar de competência privativa da União, e não de</p><p>iniciativa do poder legislativo estadual (deputado</p><p>estadual), senão vejamos:</p><p>“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:</p><p>I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,</p><p>agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;</p><p>(...)</p><p>XXI - normas gerais de organização, efetivos, material</p><p>bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades</p><p>e pensões das polícias militares e dos corpos de</p><p>bombeiros militares;”</p><p>Perante o exposto a Alternativa A é a correta.</p><p>4. De acordo com a CF, a casa é asilo inviolável do</p><p>indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem</p><p>consentimento do morador, salvo:</p><p>A) Em caso de desastre, somente durante o dia.</p><p>B) Para prestar socorro, somente durante o dia.</p><p>C) Em caso de flagrante delito, se houver determinação</p><p>judicial em processo criminal.</p><p>D) Por determinação judicial, somente durante o dia.</p><p>E) Por determinação judicial, independentemente do</p><p>horário.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras, vejamos o disposto na Carta Magna acerca da</p><p>inviolabilidade domiciliar:</p><p>“Art. 5° (...)</p><p>XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela</p><p>podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo</p><p>em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar</p><p>socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;”</p><p>Regras constitucionais:</p><p>Por determinação judicial: somente durante o dia;</p><p>Em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar</p><p>socorro: poderá penetrar sem o consentimento do</p><p>morador, durante o dia ou à noite, não necessitando de</p><p>determinação judicial.</p><p>Diante o exposto, a Alternativa D é a correta.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>3</p><p>5. No tocante à classificação das constituições, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) Pode-se dizer que a Constituição da República</p><p>Federativa do Brasil, quanto ao modo de elaboração, é</p><p>dogmática.</p><p>B) Por causa das cláusulas pétreas, a Constituição da</p><p>República Federativa do Brasil é uma constituição</p><p>imutável.</p><p>C) De acordo com a doutrina constitucionalista,</p><p>classifica-se como histórica a constituição que é</p><p>resultado de uma rápida evolução das tradições e dos</p><p>fatos sociais e políticos de um povo.</p><p>D) A Constituição da República Federativa do Brasil pode</p><p>ser classificada, quanto à origem, como pactuada.</p><p>E) A Constituição brasileira, quanto à extensão, é tida</p><p>como sintética.</p><p>Gabarito: A</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – correta.</p><p>Realmente, a Constituição dogmática é aquela que</p><p>resulta de um trabalho de um órgão constituinte. São</p><p>constituições necessariamente escritas e é como foi</p><p>elaborada a nossa atual Constituição.</p><p>Quanto ao modo de elaboração, as Constituições</p><p>poderão ser dogmáticas ou históricas.</p><p>Dogmáticas: sempre escritas, consubstanciam os</p><p>dogmas estruturais e fundamentais do Estado. Partem de</p><p>teorias preconcebidas, de planos e sistemas prévios, de</p><p>ideologias bem declaradas, de dogmas políticos. São</p><p>elaboradas de um só jato, reflexivamente, racionalmente,</p><p>por uma Assembleia Constituinte.</p><p>Históricas: constituem-se através de um lento e contínuo</p><p>processo de formação, ao longo do tempo, reunindo a</p><p>história e as tradições de um povo.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Nossa Constituição é classificada como rígida ou super-</p><p>rígida no caso da classificação proposta por Alexandre</p><p>de Moraes.</p><p>Quanto à alterabilidade, podemos classificar as</p><p>constituições como: rígidas, flexíveis (ou plásticas) e</p><p>semirrígidas (ou semiflexíveis). Alguns autores ainda</p><p>lembram as fixas ou silenciosas, as transitoriamente</p><p>flexíveis, as imutáveis (permanentes, graníticas ou</p><p>intocáveis) e as super-rígidas.</p><p>Rígidas são aquelas Constituições que exigem, para a</p><p>sua alteração (daí a terminologia alterabilidade), um</p><p>processo legislativo mais árduo, mais solene, mais</p><p>dificultoso do que o processo de alteração das normas</p><p>não constitucionais.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Como já visto anteriormente, quanto ao modo de</p><p>elaboração, as Constituições poderão ser dogmáticas ou</p><p>históricas. Sendo que as históricas constituem-se através</p><p>de um lento e contínuo processo de formação, ao</p><p>longo do tempo, reunindo a história e as tradições de um</p><p>povo. Aproximam-se, assim, da costumeira e têm como</p><p>exemplo a Constituição Inglesa.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>A Constituição Federal de 1988 é democrática ou</p><p>promulgada. A pactuada seria um acordo entre a</p><p>monarquia e a sociedade.</p><p>Quanto à origem, as Constituições poderão ser</p><p>outorgadas, promulgadas, casaristas (ou bonapartistas)</p><p>e pactuadas (ou dualistas).</p><p>Promulgada, também chamada de democrática,</p><p>votada ou popular, é aquela Constituição fruto do</p><p>trabalho de uma Assembleia Constituinte, eleita</p><p>diretamente pelo povo, para, em nome dele, atuar,</p><p>nascendo, portanto, da deliberação da representação</p><p>legítima popular.</p><p>Alternativa E – incorreta.</p><p>Quanto à extensão, podem as Constituições ser</p><p>sintéticas (concisas, breves, sumárias, sucintas, básicas)</p><p>ou analíticas (amplas, extensas, largas, prolixas, longas,</p><p>desenvolvidas, volumosas, inchadas).</p><p>A Carta Magna é analítica, e não sintética.</p><p>Analíticas, são aquelas que abordam todos os assuntos</p><p>que os representantes do povo entenderem</p><p>fundamentais. Normalmente descem a minúcias,</p><p>estabelecendo regras que deveriam estar em leis</p><p>infraconstitucionais.</p><p>6. A respeito do controle de constitucionalidade, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) Na análise de uma ação de controle concentrado de</p><p>constitucionalidade, o Supremo Tribunal Federal está</p><p>adstrito ao parâmetro invocado para a análise. O STF é</p><p>impedido de declarar a inconstitucionalidade do</p><p>dispositivo com base em outro parâmetro que não o</p><p>invocado pelo autor da ação.</p><p>B) O Presidente da República, o Procurador-Geral da</p><p>República e o Governador de Estado são legitimados</p><p>ativos universais para o ajuizamento de ações de</p><p>controle concentrado de constitucionalidade.</p><p>C) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e</p><p>julgar, originariamente, a ação direta de</p><p>inconstitucionalidade e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou</p><p>estadual.</p><p>D) Não é possível que um ato infralegal, como um decreto</p><p>do Poder Executivo, seja objeto de ação direta de</p><p>inconstitucionalidade, ainda que verificada a densidade</p><p>normativa do ato por critérios de generalidade e</p><p>abstração.</p><p>E) A competência originária para apreciação das ações</p><p>de arguição de descumprimento de preceito fundamental</p><p>será</p><p>do Supremo Tribunal Federal.</p><p>Gabarito: E</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>4</p><p>É perfeitamente possível que, ao ajuizar uma Ação Direta</p><p>de Inconstitucionalidade a fim de se impugnar uma norma</p><p>com base no fundamento X, o STF reconheça a</p><p>inconstitucionalidade da norma, mas com base em</p><p>fundamento Y, ainda que esse fundamento Y não</p><p>houvesse sido levantado pelos autores da ação de</p><p>controle quando do seu ajuizamento.</p><p>Nas palavras do próprio Supremo: “O STF não está</p><p>adstrito aos fundamentos invocados pelo autor,</p><p>podendo declarar a inconstitucionalidade por</p><p>fundamentos diversos dos expedidos na inicial.”</p><p>Caveiras, agora, atenção: o STF não está adstrito aos</p><p>fundamentos invocados pelo autor, mas está adstrito à</p><p>norma impugnada. Ou seja, se foi ajuizada uma ação</p><p>para impugnar uma norma Y, o STF não pode declarar a</p><p>inconstitucionalidade de uma outra norma que não foi</p><p>questionada.</p><p>Assim, temos: o STF não está adstrito aos</p><p>fundamentos, mas está adstrito ao PEDIDO.</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>O Governador de Estado precisa demonstrar pertinência</p><p>temática para ajuizar ação de controle concentrado.</p><p>Sobre o tema, cumpre a nós, primeiramente, traçar a</p><p>distinção entre legitimados universais e legitimados</p><p>especiais para o ajuizamento das ações de controle</p><p>concentrado.</p><p>Legitimados universais: são aqueles que não precisam</p><p>demonstrar pertinência temática entre a norma</p><p>impugnada e os interesses do legitimado.</p><p>Legitimados especiais: é necessário que se demonstre</p><p>a pertinência temática, ou seja, o nexo entre o conteúdo</p><p>do objeto impugnado e os interesses daquele que está</p><p>propondo a ação.</p><p>Nesse sentido, tem-se que os Governadores de</p><p>Estado são legitimados ativos ESPECIAIS.</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>As ações declaratórias de constitucionalidade têm por</p><p>objeto apenas leis ou atos normativos FEDERAIS.</p><p>Vejamos o disposto na Constituição Federal, a saber:</p><p>“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,</p><p>precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:</p><p>I - processar e julgar, originariamente:</p><p>a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato</p><p>normativo federal ou estadual e a ação declaratória de</p><p>constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.</p><p>Alternativa D – incorreta.</p><p>É perfeitamente possível que um ato infralegal seja</p><p>objeto de uma ação direta de inconstitucionalidade,</p><p>desde que seja um ato dotado de densidade normativa,</p><p>ou seja, possua características de generalidade e</p><p>abstração, típico dos atos normativos primários.</p><p>Nesse sentido, a jurisprudência e a doutrina entendem</p><p>que todo ato normativo primário, que extraia sua validade</p><p>diretamente da constituição, poderá ser objeto de uma</p><p>ação de controle concentrado. Por essa razão, a espécie</p><p>legislativa não é determinante para que se possa ou</p><p>não ajuizar uma ação de controle.</p><p>Alternativa E – correta.</p><p>A ADPF (ação de arguição de descumprimento de</p><p>preceito fundamental) pode ser autônoma ou incidental.</p><p>A competência originária para apreciar essa ação será do</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF).</p><p>A arguição autônoma tem por objeto evitar ou reparar</p><p>lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder</p><p>Público.</p><p>A arguição incidental prevê a possibilidade de arguição</p><p>quando for relevante o fundamento da controvérsia</p><p>constitucional sobre lei ou ato normativo federal,</p><p>estadual, municipal (e por consequência o distrital,</p><p>acrescente-se), incluídos os anteriores à Constituição.</p><p>Importante trazer à baila o texto normativo:</p><p>“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,</p><p>precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:</p><p>§ 1º A arguição de descumprimento de preceito</p><p>fundamental, decorrente desta Constituição, será</p><p>apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma</p><p>da lei.”</p><p>7. Para garantir a soberania do Estado e manter o</p><p>equilíbrio constitucional, a Constituição Federal prevê</p><p>duas espécies de estados de exceção: o Estado de</p><p>Defesa e o Estado de Sítio. Com base no exposto,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) O Estado de Sítio terá a duração máxima de 30 dias,</p><p>podendo ser prorrogado uma única vez pelo mesmo</p><p>período.</p><p>B) As medidas referentes ao Estado de Defesa e ao</p><p>Estado de Sítio serão acompanhadas e fiscalizadas por</p><p>comissão parlamentar composta de quatro membros.</p><p>C) Uma das restrições aos direitos fundamentais mantida</p><p>no Estado de Defesa é a intervenção nas empresas de</p><p>serviços públicos.</p><p>D) Para o Presidente da República decretar Estado de</p><p>Defesa ou Estado de Sítio, deverá ouvir o Conselho da</p><p>República e o Conselho de Defesa Nacional.</p><p>E) Na ineficácia do Estado de Defesa, o Presidente da</p><p>República poderá decretar, imediatamente, o Estado de</p><p>Sítio sem a necessidade de solicitação ao Congresso</p><p>Nacional.</p><p>Gabarito: D</p><p>COMENTÁRIO DO PROFESSOR:</p><p>Caveiras,</p><p>Alternativa A – incorreta.</p><p>Observe que essa duração é do Estado de Defesa, pois,</p><p>conforme artigo 138, § 1º, CF, o Estado de Sítio terá a</p><p>duração máxima de 30 dias e poderá ser prorrogado</p><p>sucessivamente, enquanto perdurarem os motivos</p><p>determinantes. Vejamos:</p><p>“Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua</p><p>duração, as normas necessárias a sua execução e as</p><p>garantias constitucionais que ficarão suspensas, e,</p><p>depois de publicado, o Presidente da República</p><p>designará o executor das medidas específicas e as áreas</p><p>abrangidas.</p><p>405478.26/06/2023</p><p>089.420.824-16.98603</p><p>PROJETO CAVEIRA 1º SIMULADO COMPLETO – Oficial PMSC – PÓS-EDITAL</p><p>5</p><p>§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não</p><p>poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem</p><p>prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do</p><p>inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que</p><p>perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.”</p><p>Alternativa B – incorreta.</p><p>Para que seja criada a comissão parlamentar, a Mesa do</p><p>Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários,</p><p>designará cinco dos seus membros para acompanhar e</p><p>fiscalizar as medidas referentes ao Estado de Defesa e</p><p>ao Estado de Sítio, conforme artigo 140 da CF/88.</p><p>Vejamos:</p><p>“Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os</p><p>líderes partidários, designará Comissão composta de</p><p>CINCO de seus membros para acompanhar e fiscalizar a</p><p>execução das medidas referentes ao estado de defesa e</p><p>ao estado de sítio.”</p><p>Alternativa C – incorreta.</p><p>Referida restrição ocorre no Estado de Sítio, e não no</p><p>Estado de Defesa. Vejamos:</p><p>“Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com</p><p>fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra</p><p>as pessoas as seguintes medidas:</p><p>I - obrigação de permanência em localidade determinada;</p><p>II - detenção em edifício não destinado a acusados ou</p><p>condenados por crimes comuns;</p><p>III - restrições relativas à inviolabilidade da</p><p>correspondência, ao sigilo das comunicações, à</p><p>prestação de informações e à liberdade de imprensa,</p><p>radiodifusão e televisão, na forma da lei;</p><p>IV - suspensão da liberdade de reunião;</p><p>V - busca e apreensão em domicílio;</p><p>VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;</p><p>VII - requisição de bens.</p><p>Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III</p><p>a difusão de pronunciamentos de parlamentares</p><p>efetuados em suas Casas Legislativas, desde que</p><p>liberada pela respectiva Mesa.”</p><p>Alternativa D – correta.</p><p>Os artigos 136 e 137, caput, da CF/88 preveem que o</p><p>Presidente da República pode decretar Estado de Defesa</p><p>e Estado de Sítio, ouvidos o Conselho da República e o</p><p>Conselho de Defesa Nacional. Vejamos:</p><p>“Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o</p><p>Conselho da República e o Conselho de Defesa</p><p>Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou</p><p>prontamente restabelecer, em locais restritos e</p><p>determinados,</p>