Manual de administração de injetaveis

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<p>Manual de administração medicamentosde</p><p>Injetáveis.</p><p>Por: Patrik Anderson</p><p>Seringas e Agulhas</p><p>As seringas e agulhas são amplamente utilizadas na rotina de trabalho da equipe de enfermagem. Para evitarmos erros na sua utilização, assim como a minimização de custos, devemos ter um completo conhecimento do seu material, suas partes e as suas devidas indicações. São diversos os modelos e tamanhos encontrados no mercado nacional e mundial, procurei destacar aqui as mais utilizadas.</p><p>Seringas</p><p>Formada pelo embolo, cilindro ou corpo e bico</p><p>Graduação das Seringas:</p><p>Seringas de 20 ml: escala de 1 ml</p><p>Seringas de 10 ml: escalas de 0,2 ml</p><p>Seringas de 5 ml: escalas de 0,2 ml</p><p>Seringas de 3 ml: escalas de 0,1 ml</p><p>Seringas de 1 ml: escalas de 0,1 ml, 2 U, 1 U.</p><p>Vias de utilização das Seringas</p><p>ID: seringas de 1 e 3 ml</p><p>SC: seringas de 1 e 3 ml</p><p>IM: seringas de 3 e 5 ml</p><p>EV: seringas de 10 ou 20 ml</p><p>Atenção</p><p>1 ml = 1 cm³ = 1 CC</p><p>1 U = 0,01 ml</p><p>Agulhas</p><p>Formada pelo canhão, haste e bisel</p><p>Tipos de Agulhas e utilizações:</p><p>40 x 12 – aspiração e preparo de medicações</p><p>30 x 7 – aplicação EV paciente adulto</p><p>25 x 7 – aplicação EV paciente adulto</p><p>30 x 8 – aplicação IM paciente adulto</p><p>25 x 8 – aplicação IM paciente adulto</p><p>20 x 5,5 - aplicação IM crianças</p><p>13 x 4,5 – aplicação ID e SC</p><p>13 x 4,0 – aplicação IC e SC</p><p>Scalps</p><p>Dispositivo tipo "butterfly" ou "borboleta", agulhado, mais utilizado para infusões venosas que deverão permanecer por menor tempo, pois, com este tipo de dispositivo a agulha permanece dentro da veia e por ser rígida, caso o paciente movimente o local da inserção, pode lesionar a veia, causando infiltração com edema, o que leva a necessidade da realização de outra punção em outro lugar, pois "perde-se a veia". Esses dispositivos são numerados em números ímpares do 19 (agulha maior e mais calibrosa) ao 25 (agulha menor e menos calibrosa).</p><p>CATÉTER FLEXÍVEL (JELCO)</p><p>São cateteres para infusão de soluções e drogas intravenosas, numerados em números pares, sendo que, quanto maior o número, menor é o calibre da agulha, indicado também para manter a hidratação e / ou desidratação correta se paciente é incapaz de tomar liquido suficiente via oral. Cateter em poliuretano ou teflon. Canhão colorido componente de união do tubo de agulha, promovendo comunicação e com seu corpo, recebe uma codificação através de cores determinado o calibre da agulha. Produto de uso único, estéril, atóxico e apirogênico.</p><p>MULTIVIAS</p><p>Indicado para infusão endovenosa simultânea de soluções parenterais.</p><p>TORNEIRINHA</p><p>São utilizadas como complemento do equipo, com função de administração simultânea de múltiplas soluções endovenosas. Esses dispositivos são especialmente desenhados para administrar simultaneamente drogas e soluções endovenosas. Manipulo giratório, com rotação de 360º e com indicação de fluxo.</p><p>BURETA</p><p>Dispositivo para infusão, controle de fluxo e dosagem de soluções parenterais. Com câmara graduada de 150 ml permitindo a visualização precisa do fluxo de escoamento. Tubo flexível que liga a ponta perfurante a câmara graduada (bureta), contém uma pinça clamp “corta-fluxo” que possibilita a interrupção do preenchimento da bureta a qualquer momento. O gotejamento flexível em microgotas e a escala graduada em 1 ml em 1 ml. Muito utilizado em pacientes pediátricos e Neo-Natal. Pode ser usado combinado com agulhas, scalps, cateter, torneira e outros dispositivos de infusão.</p><p>Vias de administração</p><p>Via intradermica (ID):</p><p>A injeção intradérmica consiste na aplicação de solução na derme (área localizada entre a derme e o tecido subcutâneo. Esta via é utilizada para realizar testes de sensibilização, diagnósticos e aplicar a vacina da BCG.</p><p>Os locais de aplicação de injeção ID em pediatria são: face interna do antebraço, região escapular, porção inferior do deltóide, locais onde a pilosidade é menor e há pouca pigmentação, oferecendo um fácil acesso a leitura da reação do alérgeno e da vacina.</p><p>Os efeitos adversos da injeção intradérmica são decorrentes da falha na administração da vacina como: aplicação profunda, da dosagem incorreta e da contaminação</p><p>Indicação: todas as idades</p><p>Contraindicação: lactentes com peso inferior a 1.500g</p><p>Volume: 0,1 a 0,5 ml.</p><p>Ângulo da agulha: 15º até que o bisel desapareça.</p><p>Localização da punção: inserção inferior do deltóide.</p><p>Tipo de agulha: pequena 10 x 5 ou 13 x 4,5</p><p>Via subcutânea (SC):</p><p>A injeção subcutânea consiste na aplicação de solução na região subcutânea, isto é, na hipoderme (tecido adiposo abaixo da pele). Esta via é utilizada principalmente para drogas que necessitam ser lentamente absorvidas. Vacinas como antirrábica, a tríplice viral e a insulina tem indicação especifica por esta via, pois caso a medicação atinja o músculo, ela chegará rapidamente na corrente sanguínea.</p><p>Os locais para aplicar a injeção recomendados são: a parede abdominal (hipocôndrio direito ou esquerdo), a face anterior e externa da coxa, a face anterior e externa do braço, a região glútea e a região dorsal, logo abaixo da cintura.</p><p>Indicação: todas as idades.</p><p>Contraindicações: em locais próximos as articulações, nervos e grandes vasos sanguíneos.</p><p>Volume: 0,5 a 1,0 ml.</p><p>Ângulo da agulha: agulha 13 x 4,5, crianças eutróficas e obesas: ângulo reto de 90º, criança hipotrófica: ângulo de 30º ou 2/3 da agulha introduzida. Agulha 25 x 6, crianças eutróficas e obesas: ângulo de 45º.</p><p>Localização da punção: padronizar o local da aplicação, estabelecendo o padrão de revezamento dos locais de aplicação e obedecendo a distância mínima de 2 cm da última.</p><p>Tipo de agulha: 13 x 4,5 ou 25 x 6.</p><p>Via intramuscular (IM):</p><p>Consiste na aplicação de solução no tecido muscular. Trata-se de um procedimento muito comum no ambiente de cuidado, tem a finalidade tanto curativa quanto preventiva, mas provoca muito medo nas pessoas, especialmente nas crianças.</p><p>Para que a técnica de injeção intramuscular seja realizada com êxito, é necessário conhecimento cientifico por parte do profissional que a desempenhará. A escolha do local deve respeitar os critérios baseados na quantidade e na característica da droga prescrita, condições da massa muscular, quantidade de injeções prescritas, locais livres de grandes vasos e nervos em camadas superficiais, acesso ao local e risco de contaminação, local apropriado a inserção necessária da agulha, o tamanho apropriado da agulha e o ângulo apropriado para a aplicação.</p><p>Os locais de injeção IM em pediatria são os mesmos do adulto, ou seja, o vasto lateral (reto femural) da coxa, ventroglútea, dorsoglútea e deltoide.</p><p>O Ventroglútea:</p><p>Músculo: glúteo médio e mínimo.</p><p>Indicação: todas as idades.</p><p>Contraindicação: não tem, sendo apenas livre de nervos e estruturas importantes.</p><p>Volume: lactente, 0,5mL até 1 ml. Infantil e pré-escolar, 2,0 ml. Escolares, 3 ml. Adolescentes, 4 ml.</p><p>Ângulo da agulha: 90º discretamente angulada em direção a crista ilíaca.</p><p>Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.</p><p>O Face Antero-lateral da coxa:</p><p>Músculo: vasto lateral</p><p>Indicação: todas as idades.</p><p>Contraindicação: locais mais dolorosos.</p><p>Volume: lactentes, 0,5mL até 1ml. Infante e pré-escolar, 2,0ml. Escolares, 3ml. Adolescentes, 4ml.</p><p>Ângulo da agulha: 45º no sentido do joelho, em lactentes e pré-escolares. 90º voltado para o pé em crianças maiores.</p><p>Localização: terço médio da face Antero-lateral da coxa, entre o trocanter maior e a articulação do joelho.</p><p>Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.</p><p>O Dorsoglútea:</p><p>Músculo: glúteo Máximo.</p><p>Indicação: crianças que deambulam pelo menos a um ano.</p><p>Contraindicação: próximo do nervo ciático.</p><p>Volume: lactentes, 0,5ml até 1ml. Infante e pré-escolar, 2,0 ml. Escolares, 3ml. Adolescentes, 4ml.</p><p>Ângulo</p><p>da agulha: 90º em relação a superfície em que o cliente está apoiado.</p><p>Localização: entre o trocanter maior e a espinha ilíaca.</p><p>Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.</p><p>O Deltoide:</p><p>Músculo: deltóide.</p><p>Indicação: adolescentes.</p><p>Contraindicação: adolescentes pouco desenvolvidos e crianças</p><p>Volume: adolescente 3 ml.</p><p>Ângulo da agulha: 90º</p><p>Localização: abaixo do acrômio.</p><p>Tipo de agulha: o calibre e o tamanho da agulha devem ser de acordo com a massa muscular. 30 x 7 ou 25 x 6, exceto vacinas e vitamina K no RN, no qual se usa a agulha 13 x 4,5.</p><p>Via endovenosa (EV) ou via intravenosa (IV):</p><p>É uma via de absorção rápida, pois o medicamento não passa pelo processo de absorção e por ser administrada diretamente no plasma sua ação é imediata.</p><p>A utilização dessa via ocorre com maior frequência na hospitalização. A administração de medicamentos ocorre através de um dispositivo intravenoso instalado por punção, podendo ser um processo repetitivo no qual a criança revive a angustia gerada por essa experiência, que pode resultar em traumas.</p><p>Locais mais comuns para punção venosa:</p><p>Couro cabeludo (região frontal, auricular posterior e temporal).</p><p>Dorso da mão (veias metacarpianas dorsais, arco venoso dorsal).</p><p>Antebraço (veia cefálica acessória, veia cefálica, veia basílica).</p><p>Braço (veia mediana cubital, veia mediana antebraqueal, veia basílica e veia cefálica).</p><p>Dorso do pé como último recurso devido às complicações tromboembólicas. (arco venoso dorsal, veia mediana marginal).</p><p>Cabeça (veias superficiais temporais, veia frontal, veia posterior auricular).</p><p>Tornozelo (safena interna).</p><p>Pescoço (jugular externa e jugular interna).</p><p>Modo de Aplicação, Via subcutânea (SC):</p><p>· Selecione um local de injeção apropriado;</p><p>· Limpe o local da injeção com um chumaço de algodão com álcool, sempre de cima pra baixo (direção do crescimento dos pelos). Permita que a pele seque sempre antes de injetar a medicação para evitar uma sensação de picada pela introdução de álcool nos tecidos subcutâneos;</p><p>· Com a sua mão não dominante, agarre a pele ao redor do ponto de injeção firmemente para elevar o tecido subcutâneo, formando uma dobra de gordura de 2,5cm;</p><p>· Segurando a seringa com a sua mão dominante, insira a bainha da agulha entre os dedos anular e mínimo da sua outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe para trás a seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa como um lápis. Não toque a agulha;</p><p>· Posicione a agulha com o bisel para cima;</p><p>· Insira a agulha rapidamente em um único movimento. Libere a pele do paciente para evitar a injeção da medicação em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas;</p><p>· Após a injeção, remova a agulha delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação utilizada para a inserção;</p><p>· Cubra o local com um chumaço de algodão com álcool e massageie delicadamente (a menos que você tenha injetado uma medicação que contra indique a massagem, como a heparina e a insulina) para distribuir a medicação e facilitar a absorção;</p><p>· Colocar um band-aid no local da aplicação da injeção.</p><p>Modo de Aplicação, Vias Endovenosas (EV)</p><p>· Escolher o melhor local da administração;</p><p>· Passar garrote acima do local escolhido, a fim de produzir uma estase venosa;</p><p>· Realizar a localização de veia, por meio visualização ou Apalpando-a, com o dedo indicador e o médio, a veia onde será administrada a solução;</p><p>· Fazer a limpeza da pele com um chumaço de algodão com álcool, sempre de cima pra baixo (direção do crescimento dos pelos). Permita que a pele seque sempre antes de injetar a medicação para evitar uma sensação de picada pela introdução de álcool;</p><p>· Colocar o paciente deitado ou sentado, jamais de pé;</p><p>· Quando o local da administração for os membros superiores ou inferiores o profissional deve estendê-los;</p><p>· Quando for o caso, orientar o cliente para abrir e fechar a mão várias vezes, mantendo-a fechada, até que seja solicitada a abertura da mesma;</p><p>· Esticar a pele, mantendo a veia fixa com o polegar e o indicador de uma das mãos;</p><p>· Manter a agulha com o bisel para cima, aproximadamente 1 cm abaixo do local onde a veia será alcançada, segurando a seringa paralela à veia;</p><p>· Introduzir a agulha na veia de forma delicada e firme;</p><p>· Aspirar e verificar o fluxo venoso;</p><p>· Retirar o garrote;</p><p>· Injetar a medicação;</p><p>· Retirar a seringa com a agulha, com movimento único e firme;</p><p>· Colocar um band-aid no local da aplicação da injeção.</p><p>Modo de Aplicação, Intramuscular (IM)</p><p>· Aspirar o remédio para a seringa, com a ajuda de uma agulha;</p><p>· Posicionar a pessoa de acordo com o local de aplicação da injeção, por exemplo, se for no braço, deve estar sentada, enquanto se for no glúteo, deve estar deitada de barriga para baixo ou de lado;</p><p>· Fazer a limpeza da pele com um chumaço de algodão com álcool, sempre de cima pra baixo (direção do crescimento dos pelos) no local de aplicação da injeção e fazer uma prega na pele com o polegar e o indicador, no caso do braço ou da coxa. Não é necessário fazer a prega no caso do glúteo;</p><p>· Inserir a agulha num ângulo de 90º, mantendo a prega. No caso da aplicação da injeção no glúteo, deve-se inserir primeiro a agulha e só depois juntar a seringa;</p><p>· Empurrar o êmbolo da seringa lentamente enquanto se mantém a prega na pele;</p><p>· Remover a injeção, desfazer a prega na pele e pressionar com uma gaze limpa;</p><p>· Colocar um band-aid no local da aplicação da injeção;</p><p>· Se ao aplicar a injeção surgir sangue na seringa deve-se retirá-la e voltar a inseri-la um pouco mais ao lado, pois a presença de sangue indica que um vaso sanguíneo foi atingido e que a injeção não será feita no músculo;</p><p>· As injeções intramusculares, especialmente em bebês ou crianças pequenas, só devem ser aplicadas por um enfermeiro ou farmacêutico treinados para evitar complicações graves, como infeção, abcesso ou paralisia.</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.png</p><p>image4.jpg</p><p>image5.png</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpeg</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.jpeg</p><p>image1.jpeg</p>