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<p>ÍNDICE</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Questões Gabaritadas:</p><p>1. Língua Portuguesa....................................................................................................................................................................... 5</p><p>2. Matemática................................................................................................................................................................................. 75</p><p>3. Conhecimentos Específicos......................................................................................................................................................... 107</p><p>5</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Acentuação</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Na segunda metade do século XVIII, eclodiram protes-</p><p>tos contra os suplícios por toda a Europa. Esses eram for-</p><p>mas de punição que podem ser definidas como penas apli-</p><p>cadas sobre o corpo do condenado, num ritual geralmente</p><p>ostentoso e cruel. Nessa época, começava-se a crer que</p><p>era preciso punir de outro modo, de forma que a justiça</p><p>penal aplicasse punições sem se vingar. Essa mudança no</p><p>modo de punir, entretanto, não se deveu tanto a um sen-</p><p>timento de humanidade, de piedade para com o acusado.</p><p>Vários fatores, especialmente de caráter econômico, con-</p><p>tribuíramc para que os suplícios fossem deixados de lado e</p><p>substituídosb pela prisão.</p><p>A partir do século XVIII, ocorreu uma diminuição dos</p><p>crimes de sangue na Europa, e passaram a prevalecer os</p><p>delitos praticados contra a propriedade, como roubos e</p><p>fraudes fiscais. Portanto, houve uma suavização dos cri-</p><p>mes antes de uma suavização das leis, que se tornaram</p><p>mais leves para corresponder à diminuição da gravidade</p><p>dos delitos cometidos.</p><p>Além disso, no século XVIII se modificou tambéme o</p><p>sistema econômico europeu. A Europa deixou de ser feu-</p><p>dal e tornou-se industrial. A prisão, como castigo institu-</p><p>cionalizado pelo Direito Penal, apareceu nesse contexto</p><p>para regulamentar o mercado de trabalho, a produção e o</p><p>consumo de bens, e para proteger a propriedade da classe</p><p>social dominante.</p><p>A prisão foi idealizada, naquele momento histórico,</p><p>como forma de disciplinar os delinquentes. O corpo do</p><p>condenado não poderia mais ser desperdiçado pelo suplí-</p><p>cio, mas deveria servir às demandas de trabalho das fá-</p><p>bricas. A finalidade da prisão era suprir a necessidade das</p><p>indústrias incipientes, e expressava, assim, uma resposta</p><p>à necessidade de utilização racional e intensa do trabalho</p><p>humano. A economia industrial necessitava da conserva-</p><p>ção e mantença da eventual mão-de-obra. Percebeu- se,</p><p>nesse momento, que vigiar é mais rentávela e eficaz do</p><p>que punir.</p><p>Mariana de Mello Arrigoni. A prisão: reflexão crítica a partir de suas</p><p>origens. In: História e Teorias Críticas do Direito. Jacarezinho – PR:</p><p>UENP, 2018, p. 148-64 (com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que as palavras destacadas do</p><p>texto são acentuadas graficamente de acordo com a mes-</p><p>ma regra de acentuação gráfica.</p><p>(A) “rentável” e “época”</p><p>(B) “substituídos” e “vários”</p><p>(C) “contribuíram” e “econômico”</p><p>(D) “contribuíram” e “substituídos”</p><p>(E) “também” e “histórico”</p><p>2. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/COM-</p><p>BATENTE/2022</p><p>Assunto: Acentuação</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal</p><p>foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto</p><p>da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de</p><p>costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse,</p><p>era um manequim.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>66</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da per-</p><p>na quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>São acentuados graficamente de acordo com a mesma</p><p>regra de acentuação gráfica os vocábulos</p><p>(A) “incêndio” e “ninguém”.</p><p>(B) “aí” e “Calcutá”.</p><p>(C) “espreitá-lo” e “tábua”.</p><p>(D) “pôde” e “angústia”.</p><p>(E) “saído” e “aí”.</p><p>3. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNB)/UNB/REGU-</p><p>LAR/2022</p><p>Assunto: Formação e Estrutura das palavras</p><p>Texto</p><p>O medo é um sentimento conhecido de toda criatu-</p><p>ra viva. Os seres humanos compartilham essa experiência</p><p>com os animais. Os estudiosos do comportamento ani-</p><p>mal descrevem, de modo altamente detalhado, o rico re-</p><p>pertório de reações dos animais à presença imediata de</p><p>uma ameaça que ponha em risco suas vidas. Os humanos,</p><p>porém, conhecem algo mais além disso: uma espécie de</p><p>medo de “segundo grau”, um medo, por assim dizer, so-</p><p>cial e culturalmente “reciclado”, um “medo derivado” que</p><p>orienta seu comportamento, haja ou não uma ameaça</p><p>imediatamente presente. O medo secundário pode ser</p><p>visto como um rastro de uma experiência passada de en-</p><p>frentamento de uma ameaça direta — um resquício que</p><p>sobrevive ao encontro e se torna um fator importante na</p><p>modelagem da conduta humana mesmo que não haja</p><p>mais uma ameaça direta à vida ou à integridade.</p><p>Zygmunt Bauman. Medo líquido. Tradução de Carlos Alberto Medeiros.</p><p>Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008, p. 9 (com adaptações).</p><p>A respeito das ideias, dos sentidos e dos aspectos lin-</p><p>guísticos do texto anterior, faça o que se pede.</p><p>Assinale a opção que apresenta uma palavra formada</p><p>pelo mesmo processo de formação da palavra “ameaça”</p><p>(terceiro período).</p><p>(A) “conduta” (último período)</p><p>(B) “encontro” (último período)</p><p>(C) “presença” (terceiro período)</p><p>(D) “rastro” (último período)</p><p>4. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/AD-</p><p>MINISTRAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos</p><p>modos e tempos verbais</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda</p><p>oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra</p><p>o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não ti-</p><p>rânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror</p><p>é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização</p><p>da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da</p><p>natureza ou da história, propagar-se livremente por toda</p><p>a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana</p><p>espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os</p><p>homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da his-</p><p>tória. Esse movimento seleciona os inimigos da humani-</p><p>dade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode</p><p>permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de sim-</p><p>patia, interfira com a eliminação do “inimigo</p><p>depois</p><p>do termo “país” (primeiro período do segundo pará-</p><p>grafo) dada a longa extensão da expressão adverbial</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2020</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>que antecede o verbo da oração “implica”.</p><p>(B) uma vírgula fosse inserida após “inovação” (pri-</p><p>meiro período do primeiro parágrafo), visto que esse</p><p>termo é um dos elementos de uma enumeração.</p><p>(C) um ponto final fosse inserido após o termo “prazo”</p><p>(primeiro período do primeiro parágrafo), feito o devi-</p><p>do ajuste de letra inicial minúscula e maiúscula, para</p><p>destacar as condições da política de desenvolvimento</p><p>científico e tecnológico.</p><p>(D) o segmento “cada vez mais”, no segundo período</p><p>do primeiro parágrafo, fosse deslocado, com as vírgu-</p><p>las que o isolam, para imediatamente depois de “evi-</p><p>dencia”.</p><p>(E) a vírgula empregada após “inovação”, no último</p><p>período do terceiro parágrafo, fosse substituída por</p><p>ponto final, feito o devido o ajuste de letra inicial mi-</p><p>núscula e maiúscula no novo período.</p><p>26. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/AD-</p><p>MINISTRAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda</p><p>oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra</p><p>o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não ti-</p><p>rânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror</p><p>é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização</p><p>da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da</p><p>natureza ou da história, propagar-se livremente por toda</p><p>a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana</p><p>espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os</p><p>homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da his-</p><p>tória. Esse movimento seleciona os inimigos da humani-</p><p>dade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode</p><p>permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de sim-</p><p>patia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e ino-</p><p>cência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva</p><p>o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu</p><p>julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é</p><p>“indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos</p><p>decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos,</p><p>mas no seu tribunal todos os interessados são subjetiva-</p><p>mente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não</p><p>assassinaram, mas executaram uma sentença de morte</p><p>pronunciada por um tribunal superior. Os próprios gover-</p><p>nantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas</p><p>executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,</p><p>mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-</p><p>-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunica-</p><p>ção entre os homens, cuja comunidade é continuamente</p><p>posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A</p><p>estabilidade das leis corresponde ao constante movimen-</p><p>to de todas as coisas humanas, um movimento que jamais</p><p>pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As</p><p>leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo,</p><p>asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialida-</p><p>de de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das</p><p>leis positivas são para a existência política do homem o</p><p>que a memória é para a sua existência histórica: garantem</p><p>a preexistência de um mundo comum, a realidade de cer-</p><p>ta continuidade que transcende a duração individual de</p><p>cada geração, absorve todas as novas origens e delas se</p><p>alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo</p><p>tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de</p><p>conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da</p><p>lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás</p><p>de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa</p><p>ao benefício do poder despótico de um homem contra to-</p><p>dos, muito menos a uma guerra de todos contra todos.</p><p>Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre</p><p>os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se</p><p>dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas.</p><p>Abolir as cercas da lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os</p><p>seus direitos e destruir a liberdade como realidade política</p><p>viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis,</p><p>é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.</p><p>br> (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG1A1-I, o terror corresponde</p><p>(A) ao fundamento da ilegalidade.</p><p>(B) à materialização do regime tirânico.</p><p>(C) ao objetivo do governo constitucional.</p><p>(D) ao cerne do regime totalitário.</p><p>(E) à concretização do ‘inimigo objetivo’ da história ou</p><p>da natureza.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>21</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>27. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>dos —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e</p><p>o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já</p><p>não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>O tema central do texto CG2A1-I é</p><p>(A) a ampliação gradual do Poder Judiciário desde a</p><p>previsão constitucional de 1946.</p><p>(B) a definição expressa do princípio do acesso à justi-</p><p>ça no Código de Hamurabi.</p><p>(C) o estabelecimento de mecanismos que garantem o</p><p>poder do governante.</p><p>(D) a evolução histórica do direito de acesso à justiça.</p><p>(E) o embasamento do princípio de acesso à justiça na</p><p>Lei de Talião.</p><p>28. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE</p><p>RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>dos —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e</p><p>o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já</p><p>não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2222</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>Infere-se do texto CG2A1-I que o acesso à justiça</p><p>(A) é concedido aos brasileiros natos e, com restrições,</p><p>aos estrangeiros de qualquer nacionalidade naturali-</p><p>zados brasileiros, ainda que não residam no Brasil.</p><p>(B) é concedido ao cidadão brasileiro por decisão do</p><p>Poder Judiciário.</p><p>(C) é definido na Constituição Federal de 1988, mas</p><p>não tem efetividade no mundo real.</p><p>(D) representa a prerrogativa exclusiva dos brasileiros</p><p>de buscar a tutela de seus direitos por meio da atua-</p><p>ção de um magistrado.</p><p>(E) constitui, no Brasil, o direito de ter à disposição o</p><p>meio constitucionalmente previsto para pleitear e al-</p><p>cançar a tutela jurisdicional do Estado.</p><p>29. CEBRASPE (CESPE) - ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ</p><p>SE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do</p><p>desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse suma-</p><p>riar em uma única expressão o significado de desenvolvi-</p><p>mento, se diria que o seu processo consiste no aumento</p><p>continuado da produtividade do trabalho. É por meio do</p><p>aumento do produto por trabalhador, propiciado pelo au-</p><p>mento da produtividade do trabalho, que se geram os re-</p><p>cursos necessários que tornam possível atingir as demais</p><p>dimensões do desenvolvimento. Sem esse crescimento,</p><p>não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento</p><p>não propicie o desenvolvimento em suas demais dimen-</p><p>sões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde</p><p>e da educação da população e aumento da expectativa de</p><p>vida, entre tantas outras.</p><p>Certamente não há escassez de estratégias de de-</p><p>senvolvimento, e elas estão disponíveis para quem delas</p><p>quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente</p><p>Delfim Netto que Adam Smith, em Riqueza das Nações</p><p>(1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a</p><p>“riqueza das nações”) em poucas e simples proposições.</p><p>Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os</p><p>recursos tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz</p><p>interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da for-</p><p>ça para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado</p><p>de direito significa proteger o direito à propriedade priva-</p><p>da, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a</p><p>infraestrutura de uso comum. Por fim, deve-se estimular</p><p>a competição entre os agentes econômicos, salvaguar-</p><p>dando-se os mercados livres e punindo-se os monopólios.</p><p>No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento</p><p>econômico acontece quase por gravidade: será o resultado</p><p>da ação dos empresários em busca do lucro e do compor-</p><p>tamento dos consumidores na busca de melhor e maior</p><p>satisfação de suas necessidades. Elas se harmonizam pela</p><p>liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de</p><p>preços dos fatores de produção e dos bens de consumo”.</p><p>Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em</p><p>nosso país pela época da Independência. A primeira tra-</p><p>dução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em</p><p>1794, e a obra de José da Silva Lisboa, o futuro Visconde</p><p>Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, espe-</p><p>cialmente os seus Princípios de Economia Política (1804).</p><p>Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos</p><p>Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor</p><p>D. João VI (1818) e, particularmente, os seus Estudos so-</p><p>bre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smi-</p><p>thianas, Cairu, ao proclamar o “deixai fazer, deixai passar,</p><p>deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos por-</p><p>tos, a liberdade da indústria e a fundação de nosso primei-</p><p>ro banco. Não pouca coisa.</p><p>Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtivi-</p><p>dade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.). Sociedade</p><p>e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília:</p><p>IPEA, 2009 (com adaptações).</p><p>De acordo com o primeiro parágrafo do texto CG1A1-I,</p><p>é correto afirmar que</p><p>(A) o objetivo menos relevante do desenvolvimento é</p><p>a criação de riqueza.</p><p>(B) os recursos necessários para atingir outras dimen-</p><p>sões de desenvolvimento são gerados por meio do au-</p><p>mento do produto por trabalhador.</p><p>(C) o processo de desenvolvimento exige que os traba-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>23</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>lhadores aumentem mensalmente sua produtividade</p><p>do trabalho, de forma constante.</p><p>(D) o desenvolvimento necessariamente promove me-</p><p>lhorias para a sociedade.</p><p>(E) é desejável sumariar o significado de desenvolvi-</p><p>mento em uma única expressão.</p><p>30. CEBRASPE (CESPE) - ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ</p><p>SE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do</p><p>desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse suma-</p><p>riar em uma única expressão o significado de desenvolvi-</p><p>mento, se diria que o seu processo consiste no aumento</p><p>continuado da produtividade do trabalho. É por meio do</p><p>aumento do produto por trabalhador, propiciado pelo au-</p><p>mento da produtividade do trabalho, que se geram os re-</p><p>cursos necessários que tornam possível atingir as demais</p><p>dimensões do desenvolvimento. Sem esse crescimento,</p><p>não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento</p><p>não propicie o desenvolvimento em suas demais dimen-</p><p>sões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde</p><p>e da educação da população e aumento da expectativa de</p><p>vida, entre tantas outras.</p><p>Certamente não</p><p>há escassez de estratégias de desen-</p><p>volvimento, e elas estão disponíveis para quem delas qui-</p><p>ser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Del-</p><p>fim Netto que Adam Smith, em Riqueza das Nações (1776),</p><p>sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza</p><p>das nações”) em poucas e simples proposições. Primeiro,</p><p>a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos</p><p>tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna,</p><p>já que cabe ao Estado o monopólio do uso da força para fa-</p><p>zer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito</p><p>significa proteger o direito à propriedade privada, garantir</p><p>a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutu-</p><p>ra de uso comum. Por fim, deve-se estimular a competi-</p><p>ção entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os</p><p>mercados livres e punindo-se os monopólios. No dizer de</p><p>Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento econômico</p><p>acontece quase por gravidade: será o resultado da ação</p><p>dos empresários em busca do lucro e do comportamento</p><p>dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação</p><p>de suas necessidades. Elas se harmonizam pela liberdade</p><p>de escolha de cada um por meio do sistema de preços dos</p><p>fatores de produção e dos bens de consumo”.</p><p>Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em</p><p>nosso país pela época da Independência. A primeira tra-</p><p>dução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em</p><p>1794, e a obra de José da Silva Lisboa, o futuro Visconde</p><p>Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, espe-</p><p>cialmente os seus Princípios de Economia Política (1804).</p><p>Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos</p><p>Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor</p><p>D. João VI (1818) e, particularmente, os seus Estudos so-</p><p>bre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smi-</p><p>thianas, Cairu, ao proclamar o “deixai fazer, deixai passar,</p><p>deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos por-</p><p>tos, a liberdade da indústria e a fundação de nosso primei-</p><p>ro banco. Não pouca coisa.</p><p>Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtivi-</p><p>dade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.). Sociedade</p><p>e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília:</p><p>IPEA, 2009 (com adaptações).</p><p>Depreende-se do segundo e do terceiro período do úl-</p><p>timo parágrafo do texto CG1A1-I que</p><p>(A) as obras de Adam Smith tiveram como base as</p><p>ideias do Visconde Cairu.</p><p>(B) José da Silva Lisboa foi o primeiro a traduzir a obra</p><p>Riqueza das Nações, na Espanha, em 1794.</p><p>(C) a obra Riqueza das Nações foi lançada em 1794 e</p><p>motivou José da Silva Lisboa a escrever sobre o mesmo</p><p>assunto nela tratado.</p><p>(D) o pensamento smithiano influenciou José da Silva</p><p>Lisboa na produção de Memória dos Benefícios Polí-</p><p>ticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor D. João VI e</p><p>Estudos sobre o Bem Comum.</p><p>(E) Princípios de Economia Política é o título de uma</p><p>das obras de Adam Smith.</p><p>31. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Um problema no estudo da violência é sua relação com</p><p>a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados</p><p>com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela</p><p>opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência</p><p>é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de</p><p>razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma ra-</p><p>zão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos</p><p>mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz</p><p>tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que</p><p>vê a realidade como feita unicamente de elementos anta-</p><p>gônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alterna-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2424</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>tivas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma</p><p>razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças</p><p>e a diversidade.</p><p>Portanto, o problema que levanta a violência é muito</p><p>menos o da irracionalidade do que o de uma racionalida-</p><p>de repleta de “razões” para não se deter diante de limites</p><p>estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que,</p><p>amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao im-</p><p>passe e superdimensionando os defeitos dos outros, cria</p><p>os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras</p><p>da violência. Em outras palavras, o problema da violência</p><p>está intimamente ligado ao problema das relações sociais,</p><p>em que a existência do outro aparece como ameaça real</p><p>ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando</p><p>ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição</p><p>da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter aparente-</p><p>mente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência</p><p>o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa</p><p>irracionalidade raramente são explicitadas e, frequente-</p><p>mente, deixam de existir quando o recipiente de atos vio-</p><p>lentos é o “inimigo”.</p><p>Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil</p><p>contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785,</p><p>out./2007 (com adaptações).</p><p>O foco do autor do texto CG1A1-I é defender a ideia</p><p>de que</p><p>(A) a irracionalidade é elemento característico da vio-</p><p>lência extrema.</p><p>(B) a razão é paradoxalmente capaz de lidar com o an-</p><p>tagonismo e a diversidade.</p><p>(C) a violência está associada a ameaças reais identifi-</p><p>cadas pela razão.</p><p>(D) a irracionalidade é uma explicação falaciosa para a</p><p>violência extrema.</p><p>(E) a aplicação de mecanismos racionais transforma</p><p>perigos irreais em fatos.</p><p>32. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Três características básicas nos distinguem dos outros</p><p>animais: o andar ereto, que deixou nossas mãos livres para</p><p>pegar e fabricar coisas; um cérebro superdesenvolvido,</p><p>que permitiu o domínio da natureza; e a linguagem articu-</p><p>lada, que possibilitou não só uma comunicação eficiente</p><p>como também o pensamento lógico e abstrato. Das três</p><p>características, a última representou nosso maior salto</p><p>evolutivo, afinal nossos antepassados tiveram habilidade</p><p>manual e inteligência por milhares de anos, mas somente</p><p>a partir do momento em que despontou a aptidão simbó-</p><p>lica, primeiramente nas pinturas e inscrições rupestres e</p><p>depois com a invenção da escrita, a espécie humana al-</p><p>çou-se de uma organização social tribal para a civilização.</p><p>Como aprendemos a falar na mais tenra infância e</p><p>sem maior esforço, além de usarmos a linguagem no dia</p><p>a dia da forma mais corriqueira, não nos damos conta do</p><p>grande prodígio que é falar. A língua é não só um sofisti-</p><p>cadíssimo sistema de comunicação de nossos pensamen-</p><p>tos e sentimentos, mas sobretudo o instrumento que nos</p><p>possibilita ter consciência de nós mesmos e da realidade</p><p>à nossa volta.</p><p>Apesar da importância crucial da linguagem em nossa</p><p>vida, o estudo da língua ficou durante séculos relegado a</p><p>segundo plano, resumindo-se a descrições pouco científi-</p><p>cas deste ou daquele idioma de maior prestígio.</p><p>Aldo Bizzocchi. O universo da linguagem: sobre a língua e as línguas.</p><p>São Paulo: Editora Contexto, 2021, p. 11-12 (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG1A1-I,</p><p>(A) o surgimento da capacidade de simbolizar marcou</p><p>a entrada da espécie humana na civilização.</p><p>(B) a língua é um intrincado sistema de comunicação e</p><p>um instrumento artificial de representação das identi-</p><p>dades e da realidade.</p><p>(C) o andar ereto, o cérebro superdesenvolvido e a</p><p>linguagem articulada são três das características mais</p><p>importantes que destacam os seres humanos entre os</p><p>animais.</p><p>(D) a linguagem é tão presente nas atividades huma-</p><p>nas que os seres humanos se esquecem de refletir so-</p><p>bre suas propriedades.</p><p>(E) o estudo da língua foi, por muito tempo, motivado</p><p>por questões pedagógicas associadas à descrição da-</p><p>quelas línguas de mais prestígio social.</p><p>33. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>O conceito de herói está profundamente ligado à cul-</p><p>tura que o criou e ao momento em que ele foi criado, o</p><p>que significa que ele varia muito</p><p>de lugar para lugar e de</p><p>época para época. Mesmo assim, a figura do herói aparece</p><p>nas mais diversas sociedades e eras, sempre atendendo</p><p>a critérios morais e desejos em comum de determinado</p><p>povo.</p><p>Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade</p><p>que estava entre os deuses e os humanos e cujos feitos</p><p>evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em</p><p>nome do bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Ida-</p><p>de Média, quando Deus e a religião passaram a ser a bús-</p><p>sola moral de muitas pessoas, os feitos humanos conside-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>25</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>rados heroicos tinham relação com o temor e a fidelidade</p><p>a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e missioná-</p><p>rios, que também entregavam suas vidas a essa causa, que</p><p>julgavam a mais nobre.</p><p>Hoje, no século 21, o status de herói é bastante dife-</p><p>rente. Talvez por uma necessidade psicológica de adotar-</p><p>mos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,</p><p>demasiadamente humanos, muito mais similares a nós</p><p>mesmos do que os heróis de outros períodos históricos.</p><p>Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica</p><p>em nome de causas nobres, o herói moderno é um per-</p><p>sonagem que erra, toma atitudes que julgamos imorais e</p><p>não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.</p><p>Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e</p><p>vilões. In: Ciência Hoje, edição 382. Internet:<www.cienciahoje.org.br</p><p>>(com adaptações).</p><p>De acordo com as ideias do texto CG1A1-II,</p><p>(A) o herói moderno é uma figura desprovida de su-</p><p>perpoderes e de virtudes.</p><p>(B) a busca psicológica por proteção faz com que, no</p><p>século 21, as pessoas se voltem para heróis com fei-</p><p>ções mais humanas.</p><p>(C) a religião e a figura de Deus têm papel importante</p><p>na definição das características do herói medieval.</p><p>(D) a constância da figura do herói nas sociedades ao</p><p>longo do tempo aponta para a existência de um con-</p><p>ceito de herói compartilhado por essas sociedades.</p><p>(E) a mitologia grega apresenta um herói que, por ter</p><p>sangue humano, sacrifica-se pelo bem da população.</p><p>34. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O estreitamento das relações entre instituições po-</p><p>liciais e comunidade como um todo, em determinado</p><p>espaço geográfico, se coloca como uma forma eficaz de</p><p>enfrentamento do sentimento generalizado de medo, de</p><p>insegurança e de descrédito em relação à segurança pes-</p><p>soal e coletiva. Esse modo de responder ao problema da</p><p>violência e da criminalidade de forma preventiva e com</p><p>a participação da sociedade tem recebido denominações</p><p>diferenciadas, tais como polícia comunitária, policiamen-</p><p>to comunitário, polícia interativa, polícia cidadã, polícia</p><p>amiga, polícia solidária, não havendo consenso quanto à</p><p>melhor nomenclatura. No entanto, há o reconhecimento</p><p>de todos que adotaram essas experiências quanto à sua</p><p>efetividade na prevenção da violência; prova disso é que</p><p>seu uso tem sido muito corrente nos dias atuais.</p><p>Podemos definir polícia comunitária como um proces-</p><p>so pelo qual a comunidade e a polícia compartilham infor-</p><p>mações e valores de maneiras mais intensas, objetivando</p><p>promover maior segurança e o bem-estar da coletividade.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a apresentar</p><p>um capítulo específico sobre segurança pública, no qual se</p><p>encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao incorporar a</p><p>segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu</p><p>um status de direito fundamental a essa matéria. Assim, o</p><p>Estado é o principal garantidor da segurança pública, mas</p><p>a responsabilidade recai sobre todos; consequentemente,</p><p>em observância aos conceitos e aos princípios da filoso-</p><p>fia de polícia comunitária, o cidadão passa a ser parceiro</p><p>da organização policial, envolvendo-se na identificação de</p><p>problemas, apontando prioridades e indicando soluções</p><p>com relação à segurança pública, em uma perspectiva ci-</p><p>dadã.</p><p>Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contribuições</p><p>para democratizar a segurança pública. Internet: <www.cchla.ufpb.br></p><p>(com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG1A1-I, o estreitamento das</p><p>relações entre as instituições policiais e a comunidade</p><p>(A) potencializa a sensação de segurança de um do</p><p>modo geral.</p><p>(B) atua na recuperação da credibilidade social quanto</p><p>à necessidade da segurança pública.</p><p>(C) ameniza o sentimento generalizado de medo, mas</p><p>não reduz a criminalidade.</p><p>(D) ajuda a responder a demandas específicas de segu-</p><p>rança pública de forma efetiva.</p><p>(E) contribui para reduzir a carga de trabalho dos agen-</p><p>tes policiais.</p><p>35. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O estreitamento das relações entre instituições po-</p><p>liciais e comunidade como um todo, em determinado</p><p>espaço geográfico, se coloca como uma forma eficaz de</p><p>enfrentamento do sentimento generalizado de medo, de</p><p>insegurança e de descrédito em relação à segurança pes-</p><p>soal e coletiva. Esse modo de responder ao problema da</p><p>violência e da criminalidade de forma preventiva e com</p><p>a participação da sociedade tem recebido denominações</p><p>diferenciadas, tais como polícia comunitária, policiamen-</p><p>to comunitário, polícia interativa, polícia cidadã, polícia</p><p>amiga, polícia solidária, não havendo consenso quanto à</p><p>melhor nomenclatura. No entanto, há o reconhecimento</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2626</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de todos que adotaram essas experiências quanto à sua</p><p>efetividade na prevenção da violência; prova disso é que</p><p>seu uso tem sido muito corrente nos dias atuais.</p><p>Podemos definir polícia comunitária como um proces-</p><p>so pelo qual a comunidade e a polícia compartilham infor-</p><p>mações e valores de maneiras mais intensas, objetivando</p><p>promover maior segurança e o bem-estar da coletividade.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a apresentar</p><p>um capítulo específico sobre segurança pública, no qual se</p><p>encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao incorporar a</p><p>segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu</p><p>um status de direito fundamental a essa matéria. Assim, o</p><p>Estado é o principal garantidor da segurança pública, mas</p><p>a responsabilidade recai sobre todos; consequentemente,</p><p>em observância aos conceitos e aos princípios da filoso-</p><p>fia de polícia comunitária, o cidadão passa a ser parceiro</p><p>da organização policial, envolvendo-se na identificação de</p><p>problemas, apontando prioridades e indicando soluções</p><p>com relação à segurança pública, em uma perspectiva ci-</p><p>dadã.</p><p>Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contribuições</p><p>para democratizar a segurança pública. Internet: <www.cchla.ufpb.br></p><p>(com adaptações).</p><p>Depreende-se do texto CG1A1-I que o conceito de po-</p><p>lícia comunitária implica</p><p>(A) a harmonia dos valores éticos da sociedade com</p><p>os da polícia.</p><p>(B) a garantia de segurança coletiva pautada na parce-</p><p>ria entre polícia e sociedade.</p><p>(C) a corresponsabilização dos cidadãos pelos atos</p><p>praticados pela polícia.</p><p>(D) a busca pelo bem-estar coletivo no trabalho con-</p><p>junto da polícia e da sociedade.</p><p>(E) a transferência da responsabilidade pela segurança</p><p>pública do Estado para a sociedade.</p><p>36. CEBRASPE (CESPE) - PER OF (PC PB)/PC PB/CRI-</p><p>MINAL/ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Na cabeça do público, ciência forense significa tec-</p><p>nologia de última geração, profissionais bem equipados</p><p>realizando experiências complexas em laboratórios impe-</p><p>cáveis. Na verdade, a história real da ciência forense está</p><p>repleta de pioneiros excêntricos e pesquisas perigosas.</p><p>Por séculos, cultivou-se a suspeita de que havia mui-</p><p>to mais em um crime do que apenas depoimentos: que a</p><p>cena do crime, a arma de um homicídio ou, ainda, algumas</p><p>gotas de sangue poderiam ser testemunhas da verdade. O</p><p>primeiro registro do uso da ciência forense na solução de</p><p>um crime vem de um manual chinês para legistas escri-</p><p>to em 1247. Um dos diversos estudos de caso aí contidos</p><p>acompanha a investigação de um esfaqueamento. O legis-</p><p>ta examinou os cortes no corpo da vítima, e então testou</p><p>uma variedade de lâminas no cadáver de uma vaca. Ele</p><p>concluiu que a arma do crime era uma foice. Apesar de</p><p>descobrir o que havia causado os ferimentos, ainda havia</p><p>um longo caminho até identificar a mão que empunhara</p><p>a arma, então ele se voltou para os possíveis motivos. De</p><p>acordo com a viúva, ele não tinha inimigos. A melhor pista</p><p>veio da revelação de que a vítima fora incapaz de satisfazer</p><p>o pagamento de uma dívida.</p><p>O legista acusou o agiota, que negou o crime. Mas,</p><p>persistente como qualquer detetive de TV, ele ordenou</p><p>que todos os adultos da vizinhança se alinhassem, com</p><p>suas foices a seus pés. Embora não houvesse sinais visíveis</p><p>de sangue em nenhuma das foices, em questão de segun-</p><p>dos uma mosca pousou na foice do agiota. Uma segunda</p><p>mosca pousou, e então outra. Quando confrontado nova-</p><p>mente pelo legista, o agiota confessou. Ele havia tentado</p><p>limpar sua lâmina, mas os insetos delatores, zumbindo si-</p><p>lenciosamente a seus pés, frustraram sua tentativa.</p><p>Daniel Cruz. A macabra história do crime. Internet: <https://oavcrime.</p><p>com.br> (com adaptações).</p><p>Infere-se do texto CG2A1-I que o legista da história</p><p>narrada</p><p>(A) escreveu o manual chinês do século XIII.</p><p>(B) provavelmente sabia que indícios de sangue em al-</p><p>guma foice atrairiam moscas.</p><p>(C) contava com uma equipe para suas investigações.</p><p>(D) aprendeu o truque com as moscas em um progra-</p><p>ma de TV.</p><p>(E) havia percebido gotículas de sangue na foice do</p><p>agiota.</p><p>37. CEBRASPE (CESPE) - PER OF (PC PB)/PC PB/CRI-</p><p>MINAL/ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Na cabeça do público, ciência forense significa tec-</p><p>nologia de última geração, profissionais bem equipados</p><p>realizando experiências complexas em laboratórios impe-</p><p>cáveis. Na verdade, a história real da ciência forense está</p><p>repleta de pioneiros excêntricosa e pesquisas perigosas.</p><p>Por séculos, cultivou-se a suspeita de que havia mui-</p><p>to mais em um crime do que apenas depoimentos: que a</p><p>cena do crime, a arma de um homicídio ou, ainda, algumas</p><p>gotas de sangue poderiam ser testemunhasb da verdade.</p><p>O primeiro registro do uso da ciência forense na solução</p><p>de um crime vem de um manual chinês para legistas escri-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>27</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>to em 1247. Um dos diversos estudos de caso aí contidos</p><p>acompanha a investigação de um esfaqueamento. O legis-</p><p>ta examinou os cortes no corpo da vítima, e então testou</p><p>uma variedade de lâminas no cadáver de uma vaca. Ele</p><p>concluiu que a arma do crime era uma foice. Apesar de</p><p>descobrir o que havia causado os ferimentos, ainda havia</p><p>um longo caminhod até identificar a mão que empunhara</p><p>a arma, então ele se voltou para os possíveis motivos. De</p><p>acordo com a viúva, ele não tinha inimigos. A melhor pista</p><p>veio da revelação de que a vítima fora incapaz de satisfazer</p><p>o pagamento de uma dívida.</p><p>O legista acusou o agiota, que negou o crime. Mas,</p><p>persistente como qualquer detetive de TV, ele ordenou</p><p>que todos os adultos da vizinhança se alinhassem, com</p><p>suas foices a seus pés. Embora não houvesse sinais visíveis</p><p>de sangue em nenhuma das foices, em questão de segun-</p><p>dos uma mosca pousou na foice do agiota. Uma segunda</p><p>mosca pousou, e então outra. Quando confrontado nova-</p><p>mente pelo legista, o agiota confessou. Ele havia tentado</p><p>limpar sua lâmina, mas os insetos delatoresc, zumbindo</p><p>silenciosamente a seus pése, frustraram sua tentativa.</p><p>Daniel Cruz. A macabra história do crime. Internet: <https://oavcrime.</p><p>com.br> (com adaptações).</p><p>Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do</p><p>texto CG2A1-I, assinale a opção correta.</p><p>(A) No primeiro parágrafo, a expressão “pioneiros ex-</p><p>cêntricos” indica que os primeiros homens a trabalha-</p><p>rem como legistas exerciam seu ofício com malícia e</p><p>astúcia.</p><p>(B) No primeiro período do segundo parágrafo, o ter-</p><p>mo “testemunhas” está empregado no plural porque</p><p>concorda com a expressão “algumas gotas de sangue”.</p><p>(C) No último período do último parágrafo, a expres-</p><p>são “insetos delatores” consiste em uma forma de</p><p>personificação, relacionando o comportamento das</p><p>moscas ao ato de denúncia do criminoso.</p><p>(D) No antepenúltimo período do segundo parágrafo,</p><p>a expressão “havia um longo caminho” refere-se ao</p><p>prazo de que dispunha o legista para finalizar sua in-</p><p>vestigação.</p><p>(E) No segundo período do terceiro parágrafo, a ex-</p><p>pressão “a seus pés” indica que os adultos da vizi-</p><p>nhança deveriam colocar suas foices perto dos pés do</p><p>legista.</p><p>38. CEBRASPE (CESPE) - PER OF (PC PB)/PC PB/CRI-</p><p>MINAL/ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-II</p><p>Nas últimas décadas, os sentimentos de medo e de in-</p><p>segurança diante da violência e do crime, no Brasil, agra-</p><p>varam-se durante a transição para o regime democrático,</p><p>com o aumento da violência urbana. A escalada dessa</p><p>violência não se limitou às metrópoles brasileiras, verifi-</p><p>cando-se também nas pequenas e médias cidades do in-</p><p>terior do país. Nesse período, houve uma rápida expansão</p><p>da riqueza, pública e privada, o que provocou uma série</p><p>de mudanças. Alterou-se profundamente a infraestrutura</p><p>urbana, com a dinamização do comércio local, a expansão</p><p>dos serviços ligados às novas tecnologias da informação e</p><p>da comunicação e a construção de novas rotas ligando os</p><p>diferentes estados e facilitando o trânsito entre os países.</p><p>Ocorreram, ainda, mudanças importantes na composição</p><p>da população, provocadas pela oferta de trabalho em ou-</p><p>tras cidades e(ou) estados e pela rápida diversificação da</p><p>estrutura social, com a expansão da escolarização média e</p><p>superior e da profissionalização.</p><p>Essas tendências da urbanização produziram inumerá-</p><p>veis consequências que agravaram o ciclo de crescimento</p><p>da violência. Ao lado da diversificação das estruturas so-</p><p>ciais e das mudanças na composição social da população,</p><p>houve aumento da mobilidade social, transformaram-se</p><p>os estilos de vida, assim como se diversificaram os conta-</p><p>tos interpessoais. Paralelamente a esses avanços e essas</p><p>conquistas, foram desenvolvidos os “bolsões” de pobreza</p><p>urbana, enclaves no seio dos centros urbanos ou na pe-</p><p>riferia das cidades, constituídos onde a precariedade dos</p><p>serviços urbanos avançou pari passu a uma baixa oferta</p><p>de trabalho, à escolarização deficiente e à precarização do</p><p>suporte social e institucional às famílias.</p><p>Sérgio Adorno e Camila Dias. Monopólio estatal da violência.</p><p>In: Renato S. de Lima, José L. Ratton e Rodrigo G. Azevedo (Org.).</p><p>Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014 (com</p><p>adaptações).</p><p>O primeiro parágrafo do texto CG2A1-II</p><p>(A) indica que a violência foi mais acentuada nas pe-</p><p>quenas e médias cidades do interior do país do que</p><p>nas metrópoles.</p><p>(B) contextualiza o período histórico em que houve</p><p>agravamento da violência.</p><p>(C) demonstra como o crescimento das cidades brasi-</p><p>leiras pode ajudar no combate à violência.</p><p>(D) aponta para a crescente mobilidade social como</p><p>causa do aumento da violência.</p><p>(E) revela que as mudanças na escolaridade são causas</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>2828</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de agravamento da violência.</p><p>39. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura</p><p>ao redor da vontade de poder que se traduz por vonta-</p><p>de de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos</p><p>mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo</p><p>a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura,</p><p>o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o</p><p>poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização</p><p>formal e informal, ela não cria mediações para uma cultu-</p><p>ra da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás</p><p>da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira</p><p>delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico.</p><p>Viemos de uma imensa explosão, o big bang.</p><p>E a evolução comporta violência em todas as suas</p><p>fases. Em segundo lugar,</p><p>somos herdeiros da cultura pa-</p><p>triarcal que instaurou a dominação do homem sobre a</p><p>mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas</p><p>sobre mecanismos de violência como o Estado, as classes,</p><p>o projeto da tecnociência, os processos de produção como</p><p>objetivação da natureza e sua sistemática depredação. Em</p><p>terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como</p><p>forma de resolução dos conflitos. Sobre essa vasta base se</p><p>formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é</p><p>a competição, e não a cooperação; por isso, gera guerras</p><p>econômicas e políticas e, com isso, desigualdades, injusti-</p><p>ças e violências. Todas essas forças se articulam estrutural-</p><p>mente para consolidar a cultura da violência que nos desu-</p><p>maniza a todos. A essa cultura da violência há que se opor</p><p>a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. É imperativa, por-</p><p>que as forças de destruição estão ameaçando, por todas as</p><p>partes, o pacto social mínimo sem o qual regredimos a ní-</p><p>veis de barbárie. Onde buscar as inspirações para a cultura</p><p>da paz? A singularidade do 1% de carga genética que nos</p><p>separa dos primatas superiores reside no fato de que nós,</p><p>à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao</p><p>lado de estruturas de agressividade, temos capacidades</p><p>de afetividade, compaixão, solidariedade e amorização. O</p><p>ser humano é o único ser que pode intervir nos processos</p><p>da natureza e copilotar a marcha da evolução. Ele foi cria-</p><p>do criador. Dispõe de recursos de reengenharia da violên-</p><p>cia mediante processos civilizatórios de contenção e uso</p><p>de racionalidade. Há muito que filósofos veem no cuidado</p><p>a essência do ser humano. Tudo precisa de cuidado para</p><p>continuar a existir. Onde vige cuidado de uns para com os</p><p>outros desaparece o medo, origem secreta de toda violên-</p><p>cia, como analisou Freud.</p><p>Leonardo Boff. Cultura da paz. Internet: <edisciplinas.usp.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>O autor do texto CG2A1, por meio de recursos meta-</p><p>fóricos, enfatiza como mecanismo exaltador da violência</p><p>(A) a cultura do medo.</p><p>(B) os meios de comunicação.</p><p>(C) a cultura do capital.</p><p>(D) os processos de socialização formal e informal.</p><p>(E) as instituições do patriarcado.</p><p>40. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura</p><p>ao redor da vontade de poder que se traduz por vonta-</p><p>de de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos</p><p>mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo</p><p>a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura,</p><p>o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o</p><p>poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização</p><p>formal e informal, ela não cria mediações para uma cultu-</p><p>ra da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás</p><p>da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira</p><p>delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico.</p><p>Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução</p><p>comporta violência em todas as suas fases. Em segundo</p><p>lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou</p><p>a dominação do homem sobre a mulher e criou as institui-</p><p>ções do patriarcado assentadas sobre mecanismos de vio-</p><p>lência como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência,</p><p>os processos de produção como objetivação da natureza e</p><p>sua sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa cultu-</p><p>ra patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos</p><p>conflitos. Sobre essa vasta base se formou a cultura do ca-</p><p>pital, hoje globalizada; sua lógica é a competição, e não a</p><p>cooperação; por isso, gera guerras econômicas e políticas</p><p>e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para consolidar</p><p>a cultura da violência que nos desumaniza a todos. A essa</p><p>cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje</p><p>ela é imperativa. É imperativa, porque as forças de destrui-</p><p>ção estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social</p><p>mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. Onde</p><p>buscar as inspirações para a cultura da paz? A singularida-</p><p>de do 1% de carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção deles,</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>29</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estrutu-</p><p>ras de agressividade, temos capacidades de afetividade,</p><p>compaixão, solidariedade e amorização. O ser humano é</p><p>o único ser que pode intervir nos processos da natureza</p><p>e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador.</p><p>Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante</p><p>processos civilizatórios de contenção e uso de racionali-</p><p>dade. Há muito que filósofos veem no cuidado a essência</p><p>do ser humano. Tudo precisa de cuidado para continuar a</p><p>existir. Onde vige cuidado de uns para com os outros de-</p><p>saparece o medo, origem secreta de toda violência, como</p><p>analisou Freud.</p><p>Leonardo Boff. Cultura da paz. Internet: <edisciplinas.usp.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>O “processo cosmogênico” a que o autor se refere no</p><p>sexto período do texto CG2A1 diz respeito à busca de ex-</p><p>plicar a origem do universo mediante</p><p>(A) um corpo de doutrinas.</p><p>(B) doutrinas religiosas.</p><p>(C) valores míticos.</p><p>(D) princípios científicos.</p><p>(E) algum fundamento teórico.</p><p>41. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura</p><p>ao redor da vontade de poder que se traduz por vonta-</p><p>de de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos</p><p>mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo</p><p>a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura,</p><p>o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o</p><p>poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização</p><p>formal e informal, ela não cria mediações para uma cultu-</p><p>ra da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás</p><p>da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira</p><p>delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico.</p><p>Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução</p><p>comporta violência em todas as suas fases. Em segundo</p><p>lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou</p><p>a dominação do homem sobre a mulher e criou as institui-</p><p>ções do patriarcado assentadas sobre mecanismos de vio-</p><p>lência como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência,</p><p>os processos de produção como objetivação da natureza e</p><p>sua sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa cultu-</p><p>ra patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos</p><p>conflitos. Sobre essa vasta base se formou a cultura do ca-</p><p>pital, hoje globalizada; sua lógica é a competição, e não a</p><p>cooperação; por isso, gera guerras econômicas e políticas</p><p>e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para consolidar</p><p>a cultura da violência que nos desumaniza a todos. A essa</p><p>cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje</p><p>ela é imperativa. É imperativa, porque as forças de destrui-</p><p>ção estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social</p><p>mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. Onde</p><p>buscar as inspirações para a cultura da paz? A singularida-</p><p>de do 1% de carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção deles,</p><p>somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estrutu-</p><p>ras de agressividade, temos capacidades de afetividade,</p><p>compaixão, solidariedade e amorização. O ser humano é</p><p>o único ser que pode intervir nos processos da natureza</p><p>e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador.</p><p>Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante</p><p>processos civilizatórios de contenção e uso de racionali-</p><p>dade. Há muito que filósofos veem no cuidado a essência</p><p>do ser humano. Tudo precisa de cuidado para continuar a</p><p>existir. Onde vige cuidado de uns para com os outros de-</p><p>saparece o medo, origem secreta de toda violência, como</p><p>analisou Freud.</p><p>Leonardo Boff. Cultura da paz. Internet: <edisciplinas.usp.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>A partir do trecho “Viemos de uma imensa explosão,</p><p>o big bang. E a evolução comporta violência em todas as</p><p>suas fases.” (sétimo e oitavo períodos do texto CG2A1) é</p><p>correto inferir que a evolução e a violência têm sido</p><p>(A) concomitantes.</p><p>(B) complementares.</p><p>(C) opostas.</p><p>(D) indissociáveis.</p><p>(E) inerentes.</p><p>42. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3030</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>De acordo com os sentidos do texto CG1A1-I, pessoas</p><p>que</p><p>(A) desvalorizam o passado são incultas.</p><p>(B) valorizam apenas o passado são inconsequentes.</p><p>(C) valorizam apenas o futuro são inovadoras.</p><p>(D) desvalorizam o presente são desprezíveis.</p><p>(E) valorizam apenas o presente são egoístas.</p><p>43. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>No segundo parágrafo do texto CG1A1-I, o quarto, o</p><p>quinto e o sexto períodos descrevem</p><p>(A) três tipos distintos de personalidade, respectiva-</p><p>mente.</p><p>(B) a pessoa que leva em conta, simultaneamente, os</p><p>três elementos do tempo.</p><p>(C) as características indispensáveis a quem deseje in-</p><p>ventar um novo modo de vida.</p><p>(D) os atributos essenciais de quem preserva a memó-</p><p>ria e a tradição.</p><p>(E) uma mesma pessoa, cujo anonimato é marcado</p><p>pelo emprego do pronome “Quem”.</p><p>44. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/PO-</p><p>LITEC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica aumento</p><p>nas atividades em todos os setores – indústria, comércio,</p><p>serviços, consumo. Em outras palavras, significa mais ex-</p><p>tração de recursos naturais, mais produção e mais coisas</p><p>devolvidas à terra na forma de lixo. O crescimento econô-</p><p>mico deveria ser um meio de valor neutro para atender às</p><p>necessidades básicas de todos e criar comunidades mais</p><p>saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sóli-</p><p>da, cultura mais vibrante etc. Durante muito tempo, ele</p><p>contribuiu para a difusão desses objetivos fundamentais</p><p>em algumas partes do planeta, propiciando a abertura de</p><p>estradas, a construção de moradias etc. Agora, talvez já</p><p>tenhamos coisas suficientes para atender às necessidades</p><p>básicas de todos; só que elas não são distribuídas de for-</p><p>ma justa.</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema eco-</p><p>nômico dominante valoriza o crescimento como um ob-</p><p>jetivo em si mesmo. Por isso usamos o produto interno</p><p>bruto, ou PIB, como a medida padrão do sucesso de uma</p><p>nação. O PIB contabiliza o valor dos bens e serviços pro-</p><p>duzidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas importan-</p><p>tes, ao não considerar a distribuição desigual e injusta da</p><p>riqueza, nem examinar quão saudáveis e satisfeitas estão</p><p>as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode seguir</p><p>subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>31</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determi-</p><p>nado ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros custos</p><p>ecológicos e sociais do crescimento não são incluídos no</p><p>PIB.</p><p>A fé de nossa sociedade no crescimento econômico</p><p>repousa na suposição de que sua continuidade é tão pos-</p><p>sível quanto benéfica. Mas nenhum dos dois pressupos-</p><p>tos é verdadeiro. Primeiro porque, devido aos limites do</p><p>planeta, o crescimento econômico infinito é impossível.</p><p>Ultrapassado o patamar em que as necessidades humanas</p><p>básicas são atendidas, ele tampouco se revelou uma estra-</p><p>tégia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje, nas</p><p>grandes metrópoles, um alto nível de estresse, depressão,</p><p>ansiedade e solidão.</p><p>Annie Leonard. Uma história das coisas.</p><p>Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. Rio</p><p>de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações).</p><p>Com base nos sentidos do texto LP-1-A1, julgue os</p><p>itens que se seguem.</p><p>I A autora assevera que já foram produzidas bastantes</p><p>coisas para atender às necessidades básicas de todos.</p><p>II Na perspectiva da autora, a não consideração da dis-</p><p>tribuição da riqueza produzida é o revés de se adotar o PIB</p><p>como medida de sucesso de uma nação.</p><p>III No último parágrafo, os dois pressupostos conside-</p><p>rados falsos pela autora são: a possibilidade de um cres-</p><p>cimento econômico constante e o caráter salutar dessa</p><p>constância do crescimento.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Apenas o item I está certo.</p><p>(B) Apenas o item III está certo.</p><p>(C) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>(D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>45. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>COMUNICAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CB1A1-I</p><p>O desenvolvimento tecnológico das últimas décadas</p><p>levou à Quarta Revolução Industrial, também chamada de</p><p>Indústria 4.0, que busca integrar pessoas, organizações e</p><p>processos por meio da utilização de tecnologias digitais</p><p>desenvolvidas ao longo dos últimos anos.</p><p>Entre as áreas afetadas pelas inovações da Indústria</p><p>4.0, o comércio internacional sofre impactos substanciais</p><p>em sua estrutura. A conexão entre tecnologia e nego-</p><p>ciações reduz comunicações e custos de transporte, por</p><p>exemplo, por meio da ampliação do e-commerce e da In-</p><p>ternet. A digitalização oferece potencial para aprimorar as</p><p>trocas de bens e serviços entre países e para reduzir seus</p><p>custos mediante negócios paperless, ou seja, negociações</p><p>sem o uso de papel, medida tomada por alguns países</p><p>desde a década passada. Uma das formas como as novas</p><p>tecnologias afetaram os fluxos internacionais de bens e</p><p>serviços no período anterior à pandemia foi o surgimento</p><p>e fortalecimento das plataformas de vendas online.</p><p>Com o impacto da pandemia, todo o prévio processo</p><p>de modernização das negociações internacionais foi acele-</p><p>rado. Não só o volume das trocas foi alterado, como tam-</p><p>bém a sua natureza: as exportações, antes constituídas</p><p>em sua maioria por bens, referem-se agora, em proporção</p><p>cada vez mais importante, a serviços.</p><p>Yohan Farias Capela Ferreira et alii. A Indústria 4.0 no cenário global</p><p>pós-pandemia: aplicabilidade nos negócios internacionais. In: Revista</p><p>de Artigos. Simpósio em Negócios</p><p>Internacionais da ApexBrasil, v. 1, 2021, p. 45 e 47 (com adaptações).</p><p>De acordo com as ideias do texto CB1A1-I,</p><p>(A) além do comércio internacional, outras áreas tam-</p><p>bém foram impactadas pelas inovações da Quarta Re-</p><p>volução Industrial.</p><p>(B) a partir da pandemia, o comércio internacional</p><p>modernizou-se e deixou de exportar bens para expor-</p><p>tar serviços.</p><p>(C) a pandemia foi responsável pela modernização das</p><p>negociações internacionais em termos tanto quantita-</p><p>tivos quanto qualitativos.</p><p>(D) o surgimento e o fortalecimento das plataformas</p><p>de vendas online devem-se ao contexto inovador dos</p><p>negócios paperless.</p><p>46. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>COMUNICAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CB1A1-II</p><p>As exportações do Brasil dependem, cada vez mais, de</p><p>recursos naturais pelo fato de o país não ter entrado nas</p><p>cadeias globais de valor (CGV). O papel do Brasil na econo-</p><p>mia global é, principalmente, o de exportador de commo-</p><p>dities primárias ou de produtos baseados em recursos na-</p><p>turais. Com isso, o país gera receita em exportações, que</p><p>é relevante, mas deixa de lado uma importante forma de</p><p>integração ao comércio global, o que poderia gerar mais</p><p>benefícios econômicos e sociais ao país.</p><p>O volume de investimentos estrangeiros no país é bas-</p><p>tante elevado, porém, com empresas voltadas a atender</p><p>o mercado interno brasileiro, em muitos casos com gran-</p><p>de conteúdo tecnológico importado. A não exportação de</p><p>bens de maior valor agregado significa perda de oportu-</p><p>nidade de ganhos de escala maiores e de ampliação de</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3232</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>investimentos produtivos no país. Governo e empresas</p><p>brasileiras precisam rever acordos e relações comerciais.</p><p>A celebração de acordos comerciais com países que estão</p><p>no centro das CGV é importante para facilitar a entrada do</p><p>Brasil nas cadeias. Além da revisão de acordos comerciais,</p><p>o esforço do Brasil em ampliar sua presença internacional</p><p>também passa necessariamente pela maior digitalização</p><p>e integração dos processos em busca do aumento da ma-</p><p>turidade e da sofisticação na gestão da indústria nacional.</p><p>Com uma gestão mais moderna, mais robusta e mais bem</p><p>planejada, é possível ampliar a produtividade, fortalecer</p><p>o mercado brasileiro e, assim, expandir a participação do</p><p>país nas CGV.</p><p>Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>De acordo com as ideias do texto CB1A1-II,</p><p>(A) o grande volume de investimentos estrangeiros no</p><p>Brasil destina-se ao atendimento do mercado interno.</p><p>(B) o primeiro passo para garantir a entrada do Brasil</p><p>nas CGV é a revisão dos acordos e das relações comer-</p><p>ciais do governo e das empresas brasileiras com países</p><p>que integram tais cadeias globais.</p><p>(C) o Brasil foi impedido de entrar nas CGV porque sua</p><p>economia é altamente dependente de recursos natu-</p><p>rais.</p><p>(D) a totalidade das receitas do Brasil vem das exporta-</p><p>ções, o que o impossibilita de explorar receitas advin-</p><p>das da sua integração ao comércio global.</p><p>47. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>COMUNICAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CB1A1-III</p><p>Em um mercado cada dia mais competitivo e globaliza-</p><p>do, torna-se essencial que as empresas procurem adotar</p><p>estratégias que lhes proporcionem maior desenvolvimen-</p><p>to, possibilitando-lhes destacar-se quanto à capacidade</p><p>e eficiência para criar, expandir e aplicar recursos. Res-</p><p>salte-se que as companhias se destacam competitiva-</p><p>mente quando adquirem resultados satisfatórios a partir</p><p>da adoção de práticas aceitas e valorizadas no ambiente</p><p>em que atuam. Assim, as estratégias competitivas refle-</p><p>tem a maneira como as empresas se distinguem de suas</p><p>concorrentes. Dentre as diversas estratégias competitivas,</p><p>destacam-se a internacionalização e a inovação. A inter-</p><p>nacionalização é motivada pela necessidade de recursos,</p><p>mercados e ativos estratégicos, enquanto a inovação é</p><p>impulsionada pela necessidade de obtenção de maior efi-</p><p>ciência econômica e financeira. Ademais, a internaciona-</p><p>lização induz o uso da inovação e proporciona melhores</p><p>resultados competitivos e, assim como a inovação, pode</p><p>facilitar a inserção em mercados estrangeiros, propiciando</p><p>a abertura de caminhos para atuação em diferentes am-</p><p>bientes.</p><p>Antonio Albuquerque Filho et alii. Influência da internacionalização e</p><p>da inovação na competitividade empresarial. In: Revista Eletrônica de</p><p>Negócios Internacionais (Internext), v.</p><p>15, n.º 1, 2020, p. 1 e 2 (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CB1A1-III, as estratégias com-</p><p>petitivas constituem o meio pelo qual as empresas</p><p>(A) buscam resultados satisfatórios.</p><p>(B) garantem sua eficiência no mercado.</p><p>(C) se diferenciam das suas concorrentes.</p><p>(D) se inserem em mercados estrangeiros.</p><p>48. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CB1A1-I</p><p>A decisão de atuar em mercados externos é uma esco-</p><p>lha estratégica que implica competitividade, condição que</p><p>exige o melhor potencial das áreas funcionais da empresa,</p><p>sendo, portanto, fundamental um gerenciamento seguro</p><p>de todas elas, assim como o investimento em tecnologia,</p><p>seja para competir no mercado externo, com produtos</p><p>atualizados tecnologicamente e, no mínimo, compatíveis</p><p>com a oferta de concorrentes internacionais, seja para</p><p>modernizar seus processos de produção com o objetivo</p><p>de aumentar a produtividade e competitividade.</p><p>No comércio internacional, as modalidades de paga-</p><p>mento e a logística são mais complexas que no comércio</p><p>interno, o que implica aumento do prazo do ciclo de pro-</p><p>dução, venda e recebimento do pagamento, e demanda</p><p>maior capital de giro da empresa exportadora para a ma-</p><p>nutenção desse ciclo.</p><p>Ao pensar em exportação, qualquer empreendedor</p><p>deve considerar a operação completa — compra da maté-</p><p>ria-prima, produção, saída do produto da fábrica, chegada</p><p>ao consumidor ou usuário final no país de destino — e, ao</p><p>mesmo tempo, manter ou adequar os serviços que ofere-</p><p>ce aos clientes no Brasil, mesmo que parte desse traba-</p><p>lho seja terceirizada. Para muitos produtos, não basta en-</p><p>contrar um importador-distribuidor, é necessário definir</p><p>quem prestará a assistência técnica, a reposição de peças,</p><p>os serviços pós-venda etc. e como eles serão prestados.</p><p>Conhecer a legislação e a burocracia do mercado-alvo é</p><p>também essencial às operações de comércio internacio-</p><p>nal. A empresa interessada em acessar mercados externos</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>33</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>deve ter pessoal próprio capacitado ou contratar assesso-</p><p>ria para auxiliá-la na elaboração e na execução de seu pro-</p><p>jeto de comércio exterior.</p><p>Internet: www.sebrae.com.br (com adaptações).</p><p>Entende-se da leitura do texto CB1A1-I que</p><p>(A) o gerenciamento seguro de todas</p><p>as áreas funcio-</p><p>nais da organização e o investimento em tecnologia</p><p>são fundamentais para a competitividade de uma em-</p><p>presa em mercados externos.</p><p>(B) a terceirização do trabalho de exportação requer</p><p>que o empreendedor conheça a legislação internacio-</p><p>nal e se adapte à burocracia do mercado-alvo.</p><p>(C) a decisão de atuar em mercados externos é uma</p><p>estratégia empresarial de modernização dos proces-</p><p>sos de produção, que só ocorrerá com o investimento</p><p>em tecnologia.</p><p>(D) empresas que não dispõem de grande capital de</p><p>giro dificilmente conseguirão se manter competitivas</p><p>no mercado, dada a complexidade do ciclo de produ-</p><p>ção.</p><p>49. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CB1A1-II</p><p>A Amazônia vive uma situação de distorção e desequi-</p><p>líbrio em relação ao restante do Brasil. Por meio de suas</p><p>usinas hidrelétricas, a região gera a importante fatia de</p><p>26% da energia elétrica consumida em todo o território</p><p>nacional, mas, na Amazônia Legal, há 1 milhão de pessoas</p><p>que não podem contar com luz — o fornecimento de ener-</p><p>gia ocorre em apenas algumas horas do dia, por meio de</p><p>geradores. Outros 3 milhões de habitantes da região estão</p><p>fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), que coordena</p><p>e controla a produção e transmissão de energia elétrica e</p><p>conecta usinas e consumidores. O fornecimento de ener-</p><p>gia a essa população é feito por usinas termelétricas a óleo</p><p>diesel.</p><p>Amanda Schutze, coordenadora de avaliação de políti-</p><p>ca pública da Climate Policy Initiative, organização focada</p><p>em políticas ambientais e mudança climática, considera o</p><p>SIN “magnífico” porque garante luz para o consumidor fi-</p><p>nal ao gerenciar o transporte de eletricidade de um ponto</p><p>com condições de ceder energia a outro que, por exemplo,</p><p>enfrente problemas de racionamento em decorrência de</p><p>períodos de seca.</p><p>Ao mesmo tempo, o sistema apresenta, na Amazônia</p><p>Legal, uma grave distorção, visto que populações que vi-</p><p>vem próximo de usinas hidrelétricas da região “não estão</p><p>usufruindo dessa geração de energia, mas pessoas, como</p><p>nós, no Sudeste, sim. Esta é uma caracterização de dois</p><p>diferentes Brasis”, afirma a coordenadora.</p><p>O Projeto de Lei n.º 4.248/2020 estabelece o prazo de</p><p>até o ano de 2025 para a universalização da energia elétri-</p><p>ca nas regiões remotas da Amazônia. O texto do projeto,</p><p>que está na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvi-</p><p>mento Regional e Amazônia, recebeu parecer favorável do</p><p>relator da comissão. Ainda não foi feita a votação.</p><p>Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).</p><p>Assinale a opção correta, com base nas ideias do texto</p><p>CB1A1-II.</p><p>(A) A coordenadora de avaliação de política pública da</p><p>Climate Policy Initiative, Amanda Schutze, reside na</p><p>Amazônia.</p><p>(B) Milhares de pessoas na Amazônia Legal não têm</p><p>acesso à energia elétrica.</p><p>(C) O SIN é um importante organismo de política am-</p><p>biental vinculado à Climate Policy Initiative.</p><p>(D) É responsabilidade do SIN garantir o fornecimento</p><p>de energia termoelétrica a óleo diesel a parte da po-</p><p>pulação amazônica.</p><p>50. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Na segunda metade do século XVIII, eclodiram protes-</p><p>tos contra os suplícios por toda a Europa. Esses eram for-</p><p>mas de punição que podem ser definidas como penas apli-</p><p>cadas sobre o corpo do condenado, num ritual geralmente</p><p>ostentoso e cruel. Nessa época, começava-se a crer que</p><p>era preciso punir de outro modo, de forma que a justiça</p><p>penal aplicasse punições sem se vingar. Essa mudança no</p><p>modo de punir, entretanto, não se deveu tanto a um sen-</p><p>timento de humanidade, de piedade para com o acusado.</p><p>Vários fatores, especialmente de caráter econômico, con-</p><p>tribuíram para que os suplícios fossem deixados de lado e</p><p>substituídos pela prisão.</p><p>A partir do século XVIII, ocorreu uma diminuição dos</p><p>crimes de sangue na Europa, e passaram a prevalecer os</p><p>delitos praticados contra a propriedade, como roubos e</p><p>fraudes fiscais. Portanto, houve uma suavização dos cri-</p><p>mes antes de uma suavização das leis, que se tornaram</p><p>mais leves para corresponder à diminuição da gravidade</p><p>dos delitos cometidos.</p><p>Além disso, no século XVIII se modificou também o</p><p>sistema econômico europeu. A Europa deixou de ser feu-</p><p>dal e tornou-se industrial. A prisão, como castigo institu-</p><p>cionalizado pelo Direito Penal, apareceu nesse contexto</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3434</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>para regulamentar o mercado de trabalho, a produção e o</p><p>consumo de bens, e para proteger a propriedade da classe</p><p>social dominante.</p><p>A prisão foi idealizada, naquele momento histórico,</p><p>como forma de disciplinar os delinquentes. O corpo do</p><p>condenado não poderia mais ser desperdiçado pelo suplí-</p><p>cio, mas deveria servir às demandas de trabalho das fá-</p><p>bricas. A finalidade da prisão era suprir a necessidade das</p><p>indústrias incipientes, e expressava, assim, uma resposta</p><p>à necessidade de utilização racional e intensa do trabalho</p><p>humano. A economia industrial necessitava da conserva-</p><p>ção e mantença da eventual mão-de-obra. Percebeu- se,</p><p>nesse momento, que vigiar é mais rentável e eficaz do que</p><p>punir.</p><p>Mariana de Mello Arrigoni. A prisão: reflexão crítica a partir de suas</p><p>origens. In: História e Teorias Críticas do Direito. Jacarezinho – PR:</p><p>UENP, 2018, p. 148-64 (com adaptações).</p><p>Da leitura do texto CG1A1-I entende-se que a escolha</p><p>pela pena de prisão como novo modo de punir ocorreu,</p><p>principalmente, para</p><p>(A) adaptar a pena aos novos pensamentos sobre o</p><p>corpo humano.</p><p>(B) aplicar os estudos sobre a relação entre crime e</p><p>punição.</p><p>(C) resguardar os criminosos pobres contra a fúria dos</p><p>ricos.</p><p>(D) alavancar a ocupação dos grandes prédios já cons-</p><p>truídos.</p><p>(E) proteger os interesses do incipiente capitalismo in-</p><p>dustrial.</p><p>51. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A noção jurídica de igualdade pode ser compreendida</p><p>por meio de diferentes dimensões acrescentadas gradual-</p><p>mente no fluxo histórico. De certa indistinção da igualdade</p><p>com a própria noção de legalidade — já que as caracterís-</p><p>ticas de abstração e generalidade da lei apontam o caráter</p><p>de universalidade —, a igualdade evoluiu para um con-</p><p>ceito jurídico autônomo. A noção avançou para significar</p><p>mais do que mera indiferenciação jurídica entre indivídu-</p><p>os. Ainda no período clássico, o postulado aristotélico de</p><p>que a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e</p><p>desigualmente os desiguais deu forma e densidade filosó-</p><p>fica à simples intuição da igualdade.</p><p>No contemporâneo, uma série significativa de discus-</p><p>sões jurídicas, políticas e filosóficas estabeleceram um am-</p><p>plo leque teórico-conceitual para o sentido da igualdade.</p><p>Nesse contexto, destaca-se o conceito tetradimensional</p><p>de igualdade proposto pela professora Sandra Fredman,</p><p>que procura sintetizar quatro correntes teóricas contem-</p><p>porâneas em um conceito único e complementar.</p><p>Fredman parte da distinção entre igualdade formal e</p><p>igualdade material, também chamada de igualdade subs-</p><p>tantiva. A ideia básica nessa classificação é que não basta</p><p>uma equivalência jurídico-formal entre as pessoas, sendo</p><p>também necessária a efetivação de igualdades substanti-</p><p>vas.</p><p>De acordo com Fredman, “a igualdade deve ser vista</p><p>como um conceito multidimensional que busca quatro ob-</p><p>jetivos que se sobrepõem”. Assim, o conceito de igualda-</p><p>de substantiva em Fredman comporta quatro dimensões,</p><p>cada qual com um objetivo: (i) a dimensão redistributiva</p><p>visa quebrar o ciclo de desvantagens associadas ao status</p><p>ou aos grupos externos; (ii) a dimensão de reconhecimen-</p><p>to visa promover o respeito pela dignidade e pelo valor,</p><p>corrigindo, assim, a humilhação e a violência devida à as-</p><p>sociação a um grupo de identidade; (iii) a dimensão trans-</p><p>formadora visa alcançar mudanças estruturais que desblo-</p><p>queiem as condições que promovem desigualdades; e (iv)</p><p>a dimensão participativa visa facilitar a participação</p><p>plena</p><p>na sociedade, tanto social quanto politicamente.</p><p>Internet: <https://veja.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG1A1-II, atualmente a noção</p><p>jurídica de igualdade</p><p>(A) é estabelecida de forma neutra e descontextuali-</p><p>zada.</p><p>(B) causa pouca discussão teórica.</p><p>(C) engloba aspectos da legalidade.</p><p>(D) significa o mesmo que legalidade.</p><p>(E) é definida como a promoção do respeito.</p><p>52. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A noção jurídica de igualdade pode ser compreendida</p><p>por meio de diferentes dimensões acrescentadas gradual-</p><p>mente no fluxo histórico. De certa indistinção da igualdade</p><p>com a própria noção de legalidade — já que as caracterís-</p><p>ticas de abstração e generalidade da lei apontam o caráter</p><p>de universalidade —, a igualdade evoluiu para um con-</p><p>ceito jurídico autônomo. A noção avançou para significar</p><p>mais do que mera indiferenciação jurídica entre indivídu-</p><p>os. Ainda no período clássico, o postulado aristotélico de</p><p>que a igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e</p><p>desigualmente os desiguais deu forma e densidade filosó-</p><p>fica à simples intuição da igualdade.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>35</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>No contemporâneo, uma série significativa de discus-</p><p>sões jurídicas, políticas e filosóficas estabeleceram um am-</p><p>plo leque teórico-conceitual para o sentido da igualdade.</p><p>Nesse contexto, destaca-se o conceito tetradimensional</p><p>de igualdade proposto pela professora Sandra Fredman,</p><p>que procura sintetizar quatro correntes teóricas contem-</p><p>porâneas em um conceito único e complementar.</p><p>Fredman parte da distinção entre igualdade formal e</p><p>igualdade material, também chamada de igualdade subs-</p><p>tantiva. A ideia básica nessa classificação é que não basta</p><p>uma equivalência jurídico-formal entre as pessoas, sendo</p><p>também necessária a efetivação de igualdades substanti-</p><p>vas.</p><p>De acordo com Fredman, “a igualdade deve ser vista</p><p>como um conceito multidimensional que busca quatro ob-</p><p>jetivos que se sobrepõem”. Assim, o conceito de igualda-</p><p>de substantiva em Fredman comporta quatro dimensões,</p><p>cada qual com um objetivo: (i) a dimensão redistributiva</p><p>visa quebrar o ciclo de desvantagens associadas ao status</p><p>ou aos grupos externos; (ii) a dimensão de reconhecimen-</p><p>to visa promover o respeito pela dignidade e pelo valor,</p><p>corrigindo, assim, a humilhação e a violência devida à as-</p><p>sociação a um grupo de identidade; (iii) a dimensão trans-</p><p>formadora visa alcançar mudanças estruturais que desblo-</p><p>queiem as condições que promovem desigualdades; e (iv)</p><p>a dimensão participativa visa facilitar a participação plena</p><p>na sociedade, tanto social quanto politicamente.</p><p>Internet: <https://veja.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>Depreende-se das informações do texto CG1A1-II que</p><p>Sandra Fredman</p><p>(A) trabalha na aplicação prática da sua noção de</p><p>igualdade.</p><p>(B) adota uma visão intuitiva do conceito de igualdade.</p><p>(C) ignora, em sua teoria, o postulado aristotélico rela-</p><p>tivo à igualdade.</p><p>(D) considera uma das dimensões do seu conceito de</p><p>igualdade mais importante que as demais.</p><p>(E) acredita no emprego de formas diferentes e articu-</p><p>ladas de conceituar a igualdade.</p><p>53. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A noção jurídicad de igualdade pode ser compreen-</p><p>dida por meio de diferentes dimensõesa acrescentadas</p><p>gradualmente no fluxo históricoe. De certa indistinção da</p><p>igualdade com a própria noção de legalidaded — já que as</p><p>características de abstraçãoa e generalidade da leie apon-</p><p>tam o caráter de universalidade —, a igualdade evoluiub</p><p>para um conceito jurídico autônomob. A noção avançoub</p><p>para significar mais do que merac indiferenciação jurídica</p><p>entre indivíduosc. Ainda no período clássico, o postulado</p><p>aristotélico de que a igualdade consiste em tratar igual-</p><p>mente os iguais e desigualmentea os desiguais deu forma</p><p>e densidade filosófica à simplesd intuição da igualdade.e</p><p>No contemporâneo, uma série significativa de discus-</p><p>sões jurídicas, políticas e filosóficas estabeleceram um am-</p><p>plo leque teórico-conceitual para o sentido da igualdade.</p><p>Nesse contexto, destaca-se o conceito tetradimensional</p><p>de igualdade proposto pela professora Sandra Fredman,</p><p>que procura sintetizar quatro correntes teóricas contem-</p><p>porâneas em um conceito único e complementar.</p><p>Fredman parte da distinção entre igualdade formal e</p><p>igualdade material, também chamada de igualdade subs-</p><p>tantiva. A ideia básica nessa classificação é que não basta</p><p>uma equivalência jurídico-formal entre as pessoas, sendo</p><p>também necessária a efetivação de igualdades substanti-</p><p>vas.</p><p>De acordo com Fredman, “a igualdade deve ser vista</p><p>como um conceito multidimensional que busca quatro ob-</p><p>jetivos que se sobrepõem”. Assim, o conceito de igualda-</p><p>de substantiva em Fredman comporta quatro dimensões,</p><p>cada qual com um objetivo: (i) a dimensão redistributiva</p><p>visa quebrar o ciclo de desvantagens associadas ao status</p><p>ou aos grupos externos; (ii) a dimensão de reconhecimen-</p><p>to visa promover o respeito pela dignidade e pelo valor,</p><p>corrigindo, assim, a humilhação e a violência devida à as-</p><p>sociação a um grupo de identidade; (iii) a dimensão trans-</p><p>formadora visa alcançar mudanças estruturais que desblo-</p><p>queiem as condições que promovem desigualdades; e (iv)</p><p>a dimensão participativa visa facilitar a participação plena</p><p>na sociedade, tanto social quanto politicamente.</p><p>Internet: <https://veja.abril.com.br> (com adaptações).</p><p>No primeiro parágrafo do texto CG1A1-II, o conceito</p><p>atual de igualdade é construído por meio do emprego das</p><p>palavras</p><p>(A) “diferentes dimensões”, “abstração” e “desigual-</p><p>mente”.</p><p>(B) “evoluiu”, “autônomo” e “avançou”.</p><p>(C) “desenvolvimento”, “mera” e “indivíduos”.</p><p>(D) “noção jurídica”, “legalidade” e “simples”.</p><p>(E) “fluxo histórico”, “lei” e “intuição da igualdade”.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3636</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>54. CEBRASPE (CESPE) - TEC NECRO (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG4A1-I</p><p>O dano ambiental não apresenta um conceito previsto</p><p>no ordenamento jurídico brasileiro, provavelmente pela</p><p>dificuldade de se concentrar, em uma única definição, a</p><p>complexidade e a amplitude do referido instituto, de for-</p><p>ma a uniformizar tal ocorrência. A doutrina assevera que</p><p>é a poluição que, ultrapassando os limites do desprezível,</p><p>causa alterações adversas no ambiente, e que o fato de</p><p>que ela seja capaz de provocar um desvalor ambiental me-</p><p>rece reflexão. Assevera, ainda, que o dano ambiental, isto</p><p>é, a consequência gravosa ao meio ambiente de um ato</p><p>ilícito, não se apresenta como uma realidade simples.</p><p>Por ser reconhecida como uma atividade de significati-</p><p>vo impacto ambiental, a mineração impõe aos que a execu-</p><p>tam a reparação dos danos causados, já que a Constituição</p><p>Federal de 1988 reconhece tal obrigação quando afirma</p><p>que “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado</p><p>a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com</p><p>solução técnica exigida pelo órgão público competente, na</p><p>forma da lei”.</p><p>Assim, como a atividade do garimpo é baseada na ex-</p><p>ploração dos recursos minerais, tal obrigação também se</p><p>estende aos garimpeiros e é reiterada pela legislação, que</p><p>prevê a necessidade de recuperar as áreas degradadas por</p><p>suas atividades.</p><p>Até os dias de hoje, o mercúrio ainda é utilizado de</p><p>forma desordenada nas atividades minerárias. Ele tem a</p><p>função de auxiliar na separação do ouro pelo processo da</p><p>amalgamação, em que o mercúrio adere ao ouro, forman-</p><p>do um amálgama.</p><p>Algumas consequências ambientais decorrentes da</p><p>lavra garimpeira consistem na redução da biodiversidade,</p><p>na alteração da paisagem e da quantidade dos bens mine-</p><p>rais e na ausência de determinados seres vivos, como ma-</p><p>míferos e aves, pois os instrumentos utilizados no garimpo</p><p>modificam as condições ideais do hábitat desses animais,</p><p>tanto no que se refere à degradação da área quanto no</p><p>tocante à poluição sonora.</p><p>objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e ino-</p><p>cência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva</p><p>o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu</p><p>julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é</p><p>“indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos</p><p>decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos,</p><p>mas no seu tribunal todos os interessados são subjetiva-</p><p>mente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não</p><p>assassinaram, mas executaram uma sentença de morte</p><p>pronunciada por um tribunal superior. Os próprios gover-</p><p>nantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas</p><p>executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,</p><p>mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-</p><p>-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunica-</p><p>ção entre os homens, cuja comunidade é continuamente</p><p>posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A</p><p>estabilidade das leis corresponde ao constante movimen-</p><p>to de todas as coisas humanas, um movimento que jamais</p><p>pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As</p><p>leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo,</p><p>asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialida-</p><p>de de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>7</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>leis positivas são para a existência política do homem o</p><p>que a memória é para a sua existência histórica: garantem</p><p>a preexistência de um mundo comum, a realidade de cer-</p><p>ta continuidade que transcende a duração individual de</p><p>cada geração, absorve todas as novas origens e delas se</p><p>alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo</p><p>tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de</p><p>conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da</p><p>lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás</p><p>de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa</p><p>ao benefício do poder despótico de um homem contra to-</p><p>dos, muito menos a uma guerra de todos contra todos.</p><p>Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre</p><p>os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se</p><p>dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas.</p><p>Abolir as cercas da lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os</p><p>seus direitos e destruir a liberdade como realidade política</p><p>viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis,</p><p>é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.</p><p>br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, o verbo “erigir” tem o</p><p>mesmo sentido de</p><p>(A) manter.</p><p>(B) derrubar.</p><p>(C) alargar.</p><p>(D) construir.</p><p>(E) reduzir.</p><p>5. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos</p><p>modos e tempos verbais</p><p>Criminalística - ramo da ciência penal que estuda, in-</p><p>vestiga, descobre, comprova a existência de criminosos,</p><p>usando em seus trabalhos subsídios de antropologia, psi-</p><p>cologia, medicina legal, psiquiatria, dactiloscopia, detector</p><p>de mentiras etc. Entre suas atribuições, estão o levanta-</p><p>mento do local do crime, a colheita de provas e as perícias.</p><p>Também denominada jurisprudência criminal ou polícia</p><p>científica.</p><p>Criminologia - estuda o crime como fenômeno social,</p><p>as suas causas e os meios de evitá-lo; classifica as figuras</p><p>delituosas, trata, em particular, do criminoso, investiga</p><p>causas, fatores individuais, influências determinantes de</p><p>sua ação perniciosa, e indica medidas para reprimir-lhe as</p><p>tendências criminógenas. Funda-sec nosb princípios domi-</p><p>nantesd da biologia, endocrinologia, psicologia e sociolo-</p><p>gia criminaise, assim como na medicina legal e na psiquia-</p><p>tria.a</p><p>Deocleciano Torrieri Guimarães. Dicionário técnico jurídico. São Paulo:</p><p>Riddel, 2011, p. 249-250 (com adaptações).</p><p>Texto CG1A1-III</p><p>Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical</p><p>do último período do texto referente ao verbete “Crimino-</p><p>logia”, no texto CG1A1-III, caso se substituísse</p><p>(A) o segmento “assim como na Medicina Legal e na</p><p>Psiquiatria” por tanto quanto o da Medicina Legal e</p><p>da Psiquiatria.</p><p>(B) o segmento “Funda-se nos” por Embasa os.</p><p>(C) a forma verbal “Funda-se” por Está fundamentada.</p><p>(D) o segmento “princípios dominantes” por dogma-</p><p>tismos determinantes.</p><p>(E) o vocábulo “criminais” por delusas.</p><p>6. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos</p><p>modos e tempos verbais</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal</p><p>foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto</p><p>da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de</p><p>costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse,</p><p>era um manequim.</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>88</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da per-</p><p>na quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>Os verbos empregados no primeiro período do texto</p><p>2A01 expressam</p><p>(A) continuidade de ações não limitadas no tempo.</p><p>(B) ideias invariáveis de tempo.</p><p>(C) variações do tempo pretérito.</p><p>(D) ações finalizadas em um mesmo momento.</p><p>(E) ações momentâneas determinadas no tempo.</p><p>7. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos</p><p>modos e tempos verbais</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>No meio científico, a imaginação é conhecida como</p><p>especulação e tratada com certa desconfiança –— nas pu-</p><p>blicações, costuma ser acompanhada de uma advertência</p><p>obrigatória. Parte da redação de uma pesquisa consiste</p><p>em limpála de voos fantasiosos, de conversa fiada e dos</p><p>milhares de tentativas e erros que dão origem até mes-</p><p>mo às menores descobertas. Nem todo mundo que lê um</p><p>estudo quer atravessar muito espalhafato. Ainda, os cien-</p><p>tistas precisam parecer confiáveis. Entre sorrateiramente</p><p>nos bastidores da ciência e talvez você não encontre as</p><p>pessoas em sua melhor aparência. Mesmo nos bastidores,</p><p>nas reflexões noturnas que compartilhei com colegas, era</p><p>incomum entrar em detalhes de como havíamos imagina-</p><p>do –— de modo acidental ou deliberado –— os organis-</p><p>mos que estudamos, fossem eles peixes, bromélias, cipós,</p><p>fungos ou bactérias. Havia</p><p>Logo, uma vez que o garimpo produz impactos no</p><p>meio ambiente, o garimpeiro deve pleitear a permissão</p><p>para o exercício da atividade junto ao governo federal.</p><p>Essa permissão facilita o monitoramento da área em que</p><p>se desenvolverá a extração de minérios, e, posteriormen-</p><p>te, poderá ensejar a responsabilização de quem degradou</p><p>e não recuperou a área utilizada para a mineração, o que</p><p>se faz essencial, em virtude dos impactos negativos gera-</p><p>dos e dos danos causados ao meio ambiente.</p><p>Internet: <http://ojs.unimar.br> (com adaptações).</p><p>De acordo com as ideias apresentadas no primeiro pa-</p><p>rágrafo do texto CG4A1-I, o dano ambiental</p><p>(A) é de difícil definição no âmbito do ordenamento</p><p>jurídico e da doutrina brasileiros.</p><p>(B) consiste no prejuízo ao meio ambiente causado por</p><p>ato ilícito.</p><p>(C) não tem sido motivo de reflexão da sociedade.</p><p>(D) constitui questão complexa não abordada pelo or-</p><p>denamento jurídico brasileiro.</p><p>(E) é empregado como sinônimo do termo “poluição”.</p><p>55. CEBRASPE (CESPE) - TEC NECRO (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG4A1-II</p><p>Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu</p><p>oficialmente a escravidão clássica, com a assinatura, pela</p><p>princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal</p><p>não significou sua extinção no mundo dos fatos, pois, ape-</p><p>sar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer o</p><p>direito de propriedade sobre uma pessoa humana, o Es-</p><p>tado deixou de implementar reformas sociais, principal-</p><p>mente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a</p><p>reconstrução do país e, assim, a superação do problema,</p><p>especialmente o da reinserção da mão de obra outrora es-</p><p>crava no mercado de trabalho livre e assalariado.</p><p>No período pós-abolição da escravidão clássica, as</p><p>condições de miserabilidade dos escravos recém-libertos</p><p>permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de</p><p>trabalho assalariados serem destinados aos imigrantes eu-</p><p>ropeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravi-</p><p>dão contemporânea. A fragilidade das leis que regulavam</p><p>as relações de trabalho, à época, apesar de protagoniza-</p><p>rem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos</p><p>fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos</p><p>vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração</p><p>exacerbada do escravismo clássico colonial.</p><p>De forma semelhante ao retrato da escravidão do</p><p>passado, a escravidão contemporânea consiste em grave</p><p>violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da</p><p>pessoa humana do trabalhador, atingindo-lhe o status li-</p><p>bertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos</p><p>mínimos e caros à autodeterminação humana e viola valo-</p><p>res e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência dis-</p><p>tintiva com relação aos seres irracionais e que alicerçam as</p><p>balizas mínimas de dignidade.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>37</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A escravidão contemporânea deve ser concebida</p><p>como a coisificação, o uso e o descarte de seres humanos:</p><p>o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro</p><p>máximo. Trata-se da superexploração gananciosa do ho-</p><p>mem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos</p><p>dias atuais, o ser humano é transformado em propriedade</p><p>do seu semelhante, que está em uma posição de classe</p><p>economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que</p><p>se anula o poder deliberativo da sua função de trabalha-</p><p>dor: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.</p><p>Internet: <https://acervo.socioambiental.org> (com adaptações).</p><p>De acordo com o terceiro parágrafo do texto CG4A1-II,</p><p>a escravidão contemporânea consiste em grave violação a</p><p>direitos fundamentais porque</p><p>(A) restringe a liberdade da pessoa humana do traba-</p><p>lhador.</p><p>(B) promove o status libertatis.</p><p>(C) alicerça as balizas mínimas de dignidade.</p><p>(D) possibilita direitos mínimos e caros à autodetermi-</p><p>nação humana.</p><p>(E) incita valores e princípios sagrados e essenciais à</p><p>sobrevivência.</p><p>56. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/</p><p>COMBATENTE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal</p><p>foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto</p><p>da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de</p><p>costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse,</p><p>era um manequim.</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da per-</p><p>na quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>No texto 2A01, da leitura do trecho “Não teve tempo</p><p>nem língua em que perguntasse ao desconhecido o que</p><p>era.” (segundo período do terceiro parágrafo), infere-se</p><p>que a forma como o termo “língua” está empregado está</p><p>relacionada ao fato de o personagem principal</p><p>(A) ter outros tipos de habilidades que dispensavam a</p><p>necessidade de se comunicar na situação descrita no</p><p>texto.</p><p>(B) sentir-se incomodado por ter de se comunicar com</p><p>o desconhecido.</p><p>(C) ter superado o fato de que não sabia se comunicar</p><p>na língua do lugar onde ocorreu a situação.</p><p>(D) ter sido indiferente ao fato de não dominar plena-</p><p>mente a língua da região.</p><p>(E) ter sido impelido ao resgate da vítima dada a situa-</p><p>ção e não saber se comunicar no idioma local.</p><p>57. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/</p><p>COMBATENTE/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal</p><p>foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>3838</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele</p><p>ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto</p><p>da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de</p><p>costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse,</p><p>era um manequim.</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da per-</p><p>na quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>Conclui-se da leitura do texto 2A01 que o sentimen-</p><p>to predominante da personagem principal em relação ao</p><p>fato narrado é de</p><p>(A) frustração.</p><p>(B) medo.</p><p>(C) angústia.</p><p>(D) alívio.</p><p>(E) indiferença.</p><p>58. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto 2A02</p><p>Utilizando a identificação de datação de combustíveis</p><p>fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais</p><p>mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de</p><p>carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polô-</p><p>nia, eles levantaram informações valiosas sobre como era</p><p>a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de 440</p><p>milhões de anos atrás.</p><p>Naquele tempo, as plantas eram extremamente de-</p><p>pendentes da água para se reproduzir e provavelmente</p><p>não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os</p><p>incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado</p><p>vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno</p><p>porte – da altura do joelho ou da cintura.</p><p>As queimadas precisam de três coisas para existir:</p><p>combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso,</p><p>os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.</p><p>O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixa-</p><p>do depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisado-</p><p>res, que os níveis de oxigênio atmosférico da Terra eram</p><p>de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras</p><p>de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de</p><p>anos podem ter sido similares aos atuais 21% – ou até su-</p><p>periores.</p><p>A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o</p><p>ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse pe-</p><p>ríodo. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo,</p><p>os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida</p><p>evoluiu até aqui.</p><p>Os incêndios florestais, assim como agora, teriam con-</p><p>tribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e</p><p>para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma</p><p>combinação complexa de processos, que exige um traba-</p><p>lho em áreas diversas do conhecimento.</p><p>Esse achado recente com certeza auxilia nesses estu-</p><p>dos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais</p><p>antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data</p><p>confere uma visão mais profunda do passado – e também</p><p>destaca a importância que a pesquisa de incêndios flores-</p><p>tais tem no mapeamento da história geológica.</p><p>“As queimadas têm sido um componente integral nos</p><p>processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas</p><p>seu papel nesses processos certamente foi subestimado”</p><p>conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.</p><p>Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022. Internet: <https://</p><p>super.abril.com.br/...> (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto 2A02, as queimadas do período</p><p>Siluriano, citado ao final do primeiro parágrafo,</p><p>(A) teriam ocorrido por ação humana.</p><p>(B) eram prejudiciais aos ciclos naturais da Terra na</p><p>época.</p><p>(C) ocorriam apesar dos baixos índices de oxigênio da</p><p>Terra em comparação aos atuais.</p><p>(D) ajudam a revelar ciclos ambientais relativos a mui-</p><p>tos fatores naturais.</p><p>(E) são estudadas a partir de hipóteses abstratas, sem</p><p>base em materiais concretos.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>39</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>59. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC ES/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de violência doméstica,</p><p>assim como o aumento dos casos notificados de ameaça</p><p>contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de</p><p>urgência solicitadas e concedidas também aumentou con-</p><p>sideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>Com base nas informações veiculadas no texto CG1A-</p><p>1-I, no que diz respeito ao contexto da pandemia de co-</p><p>vid-19 e à violência contra a mulher, é correto afirmar que</p><p>A</p><p>(A) as instituições policiais observaram ampliação dos</p><p>tipos de crime praticados contra a mulher durante a</p><p>pandemia.</p><p>(B) as mulheres de classe social economicamente des-</p><p>favorecida foram as principais vítimas de violência do-</p><p>méstica durante a pandemia.</p><p>(C) a facilitação do acesso aos meios de denúncia de</p><p>violência doméstica durante a pandemia acarretou a</p><p>diminuição desse tipo de crime em curto período de</p><p>tempo.</p><p>(D) o número de mulheres mortas em razão da violên-</p><p>cia doméstica aumentou durante a pandemia.</p><p>(E) o aumento da incidência de violência contra a mu-</p><p>lher durante a pandemia não se restringiu</p><p>ao território</p><p>brasileiro.</p><p>60. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC ES/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de violência doméstica,</p><p>assim como o aumento dos casos notificados de ameaça</p><p>contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de</p><p>urgência solicitadas e concedidas também aumentou con-</p><p>sideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4040</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>Assinale a opção correta conforme as ideias veiculadas</p><p>no último parágrafo do texto CG1A1-I.</p><p>(A) O sistema de registro online de casos de violência</p><p>contra a mulher implantado nos estados brasileiros</p><p>baseou-se em um modelo adotado em outros países.</p><p>(B) Antes da pandemia de covid-19, em algumas uni-</p><p>dades da Federação, não havia a possibilidade de de-</p><p>núncia online de casos de violência contra a mulher.</p><p>(C) As campanhas de denúncia à violência doméstica</p><p>feitas em farmácias e supermercados alcançaram qua-</p><p>se a totalidade dos estados e municípios brasileiros.</p><p>(D) A queda nos registros de casos de violência contra</p><p>a mulher durante a pandemia de covid-19 justifica-se</p><p>pelas ameaças de retaliação feitas pelos agressores</p><p>contra suas vítimas.</p><p>(E) O boletim de ocorrência online foi adotado no</p><p>contexto da pandemia de covid-19, inicialmente, para</p><p>atender exclusivamente as denúncias de casos de vio-</p><p>lência contra a mulher.</p><p>61. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC ES/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de violência doméstica,</p><p>assim como o aumento dos casos notificados de ameaça</p><p>contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de</p><p>urgência solicitadas e concedidas também aumentou con-</p><p>sideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>41</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>Conforme as ideias do terceiro parágrafo do texto</p><p>CG1A1-I, a crise econômica vivenciada no Brasil foi inten-</p><p>sificada devido</p><p>(A) ao contexto da pandemia de covid-19.</p><p>(B) à retomada parcial das atividades rotineiras em</p><p>2021.</p><p>(C) aos índices de transmissão da covid-19 em 2021.</p><p>(D) às estatísticas criminais de violência contra as mu-</p><p>lheres nos anos de 2020 e 2021.</p><p>(E) à falta de políticas públicas para prevenir a co-</p><p>vid-19.</p><p>62. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>No meio científico, a imaginação é conhecida como</p><p>especulação e tratada com certa desconfiança –— nas pu-</p><p>blicações, costuma ser acompanhada de uma advertência</p><p>obrigatória. Parte da redação de uma pesquisa consiste</p><p>em limpála de voos fantasiosos, de conversa fiada e dos</p><p>milhares de tentativas e erros que dão origem até mes-</p><p>mo às menores descobertas. Nem todo mundo que lê um</p><p>estudo quer atravessar</p><p>muito espalhafato. Ainda, os cien-</p><p>tistas precisam parecer confiáveis. Entre sorrateiramente</p><p>nos bastidores da ciência e talvez você não encontre as</p><p>pessoas em sua melhor aparência. Mesmo nos bastidores,</p><p>nas reflexões noturnas que compartilhei com colegas, era</p><p>incomum entrar em detalhes de como havíamos imagina-</p><p>do –— de modo acidental ou deliberado –— os organis-</p><p>mos que estudamos, fossem eles peixes, bromélias, cipós,</p><p>fungos ou bactérias. Havia algo embaraçoso em admitir</p><p>que o emaranhado de nossas conjecturas, fantasias e me-</p><p>táforas sem fundamento pudesse ter ajudado a moldar a</p><p>nossa pesquisa. Apesar disso, a imaginação faz parte da</p><p>atividade cotidiana da pesquisa. A ciência não é um exer-</p><p>cício de racionalidade a sangue-frio. Os cientistas são – e</p><p>sempre foram – emocionais, criativos, intuitivos, seres hu-</p><p>manos inteiros, lançando perguntas sobre um mundo que</p><p>não foi feito para ser catalogado e sistematizado. Sempre</p><p>que eu perguntava o que esses fungos faziam e elaborava</p><p>estudos para tentar entender seu comportamento, preci-</p><p>sava imaginá-los.</p><p>Merlin Sheldrake. A trama da vida. Como os fungos constroem o mun-</p><p>do. São Paulo: Fósforo/Ubu Editora, 2021, p. 29 (com adaptações</p><p>Assinale a opção em que é corretamente resumida a</p><p>posição assumida pelo autor na discussão desenvolvida no</p><p>texto CG1A1-I.</p><p>(A) transgressão às normas de objetividade das publi-</p><p>cações científicas especializadas</p><p>(B) oposição às normas de objetividade nas publica-</p><p>ções científicas</p><p>(C) crítica à falta de espaço para a imaginação nas co-</p><p>municações entre cientistas</p><p>(D) reprovação da racionalidade das práticas científi-</p><p>cas</p><p>(E) defesa do lugar da imaginação nas práticas cientí-</p><p>ficas</p><p>63. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A contínua ampliação das sociedades humanas no in-</p><p>terior do universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu</p><p>para estimular um modo de falar que sugere que “socieda-</p><p>de” e “natureza” ocupariam compartimentos separados,</p><p>impressão esta que foi reforçada pelo desenvolvimento</p><p>divergente das ciências naturais e das ciências sociais.</p><p>Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais</p><p>que não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas</p><p>dimensões física e social independentemente uma da ou-</p><p>tra. Se transformarmos em verbo o substantivo “tempo”,</p><p>constataremos de imediato que não se pode separar in-</p><p>teiramente a determinação temporal dos acontecimentos</p><p>sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o desenvol-</p><p>vimento dos instrumentos de medição do tempo fabrica-</p><p>dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou</p><p>autonomia, certamente, em relação à do tempo físico. A</p><p>relação entre as duas foi se tornando indireta, mas nunca</p><p>foi totalmente rompida, porquanto não pode sê-lo. Duran-</p><p>te muito tempo, foram as necessidades sociais que mo-</p><p>tivaram a mensuração do tempo dos “corpos celestes”. É</p><p>fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo tipo</p><p>de medida foi e continua a ser dependente do desenvol-</p><p>vimento do primeiro tipo, a despeito das influências recí-</p><p>procas.</p><p>Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9 (com</p><p>adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG1A1-II, a interdependência</p><p>entre as determinações social e física do tempo caracteri-</p><p>za-se como uma hierarquia em posições que se</p><p>(A) mantêm antes e depois da invenção dos instru-</p><p>mentos de medição, já que são fatores sociais que im-</p><p>pulsionam a determinação do tempo físico, e a deter-</p><p>minação do tempo social depende ainda menos da do</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4242</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>tempo físico ao ser mediada por esses instrumentos.</p><p>(B) invertem conforme duas etapas distintas, já que,</p><p>antes da invenção dos instrumentos de medição, a de-</p><p>terminação do tempo social se subordinava à do tem-</p><p>po físico, mas, após a invenção desses instrumentos, é</p><p>a determinação do tempo físico que passa a se subor-</p><p>dinar à do tempo social.</p><p>(C) invertem conforme duas etapas distintas, já que,</p><p>antes da invenção dos instrumentos de medição, a de-</p><p>terminação do tempo físico se subordinava à do tem-</p><p>po social, mas, após a invenção desses instrumentos, é</p><p>a determinação do tempo social que passa a se subor-</p><p>dinar à do tempo físico.</p><p>(D) mantêm antes e depois da invenção dos instru-</p><p>mentos de medição, já que são os fatores físicos que</p><p>impulsionam a determinação do tempo social, mas a</p><p>determinação do tempo social depende menos da do</p><p>tempo físico ao passar a ser mediada por esses instru-</p><p>mentos.</p><p>(E) mantêm antes e depois da invenção dos instrumen-</p><p>tos de medição, já que são fatores sociais que impul-</p><p>sionam a determinação do tempo físico, mas a deter-</p><p>minação do tempo físico depende menos da do tempo</p><p>social ao passar a ser mediada por esses instrumentos.</p><p>64. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG2A1-I, é correto afirmar que</p><p>(A) a justiça visa à garantia da segurança da organiza-</p><p>ção social.</p><p>(B) o direito, como princípio, sobrepõe-se à justiça.</p><p>(C) a finalidade do direito é a realização da justiça.</p><p>(D) o direito existe independentemente de haver jus-</p><p>tiça.</p><p>(E) a justiça confunde-se com os órgãos do Poder Ju-</p><p>diciário.</p><p>65. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser</p><p>humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>43</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>No texto CG2A1-I, a ideia de justiça relaciona-se</p><p>(A) às invenções humanas.</p><p>(B) à transformação social.</p><p>(C) à aplicação da lei conforme o delito cometido.</p><p>(D) a uma manifestação histórica e cultural.</p><p>(E) à distribuição de benefícios individuais.</p><p>66. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>Depreende-se do terceiro parágrafo do texto CG2A1-I</p><p>que a justiça é</p><p>(A) um mal irremediável.</p><p>(B) o embate entre duas forças contrárias, estando o</p><p>direito no polo oposto.</p><p>(C) um objetivo humano inalcançável.</p><p>(D) algo distante do indivíduo, como é o horizonte.</p><p>(E) a determinação dos valores considerados justos.</p><p>67. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4444</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>Depreende-se do último parágrafo do texto CG2A1-I</p><p>que “A criação de um direito justo” deve considerar</p><p>(A) a elaboração de leis justas e a correta interpreta-</p><p>ção e aplicação do direito nelas contido.</p><p>(B) o engajamento dos indivíduos em ações de respon-</p><p>sabilidade socioambiental.</p><p>(C) a parcialidade do julgador na tomada de decisão,</p><p>sempre em prol dos menos privilegiados.</p><p>(D) o investimento em qualidade de vida para todos,</p><p>por meio da geração de novas oportunidades de tra-</p><p>balho.</p><p>(E) a justiça e a pacificação social promovidas na so-</p><p>ciedade por aqueles que detêm o controle do poder</p><p>estatal.</p><p>68. CEBRASPE (CESPE) - PROF (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG-1A1</p><p>Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou</p><p>o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência,</p><p>celebrado em 11 de fevereiro. Apesar de serem necessá-</p><p>rias mais ações de popularização do dia, a criação da data</p><p>representa um importante passo em direção à promoção</p><p>da participação igualitária das mulheres na ciência. Em</p><p>todo o mundo, de acordo com dados da ONU, as mulhe-</p><p>res representam 33,3% de todos os pesquisadores, porém</p><p>apenas 12% dos membros das academias de ciências na-</p><p>cionais são mulheres, e, entre os graduados em engenha-</p><p>ria, elas representam 28%.</p><p>A área da saúde segue em outra direção, especialmen-</p><p>te entre profissionais dos cuidados básicos. Nessa área,</p><p>as mulheres representam 70% do total e, apesar das di-</p><p>ficuldades de se dedicarem à pesquisa, elas lideraram o</p><p>ranking dos cientistas que buscaram resposta à pandemia,</p><p>sendo este o diferencial que queremos valorar e divulgar,</p><p>inclusive buscando compreender quais são essas dificul-</p><p>dades.</p><p>Em âmbito nacional, um estudo do IBGE apresentou</p><p>essas dificuldades imputadas às mulheres e evidencia que</p><p>elas perpassam todas as esferas da vida. O indicador “nível</p><p>de ocupação” apontou que, em 2019, entre as entrevista-</p><p>das mulheres com quinze anos de idade ou mais, 54,5%</p><p>ocupavam postos de trabalho no país, ao passo que, entre</p><p>o grupo de homens com a mesma faixa etária, 73,7% ti-</p><p>nham ocupação. Quando associamos esse indicador ao da</p><p>maternidade, entre as pessoas de 25 a 49 anos com filhos</p><p>de até três anos de idade, o nível de ocupação dos homens</p><p>é superior ao das mulheres em 34,6%. Com relação a gê-</p><p>nero e etnia, as mulheres pretas ou pardas com crianças</p><p>de até três anos de idade no domicílio apresentaram os</p><p>menores níveis de ocupação — menos de 50% em 2019</p><p>—, ao passo que, entre as mulheres brancas, a proporção</p><p>foi de 62,6%.</p><p>Outro indicador relevante que se coloca como um</p><p>desafio para que mais mulheres se projetem na ciência</p><p>é a representação na política. Ainda no que se refere aos</p><p>dados do IBGE, o Brasil, em 2019, era o país da América</p><p>do Sul com a menor proporção de mulheres em mandato</p><p>parlamentar na Câmara dos Deputados, ocupando a 142.ª</p><p>posição de um ranking com dados para 190 países. Consi-</p><p>derando-se que as mulheres são a maioria da população</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>45</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>no país, 51,8% do total, a pouca representação na política,</p><p>sem dúvida, leva à negligência no encaminhamento das</p><p>pautas femininas.</p><p>Adicionalmente, se considerarmos a ausência de po-</p><p>líticas mais expressivas para a primeira infância e para o</p><p>apoio ao ingresso e à permanência de mulheres mães no</p><p>ensino superior e na pós-graduação, ou, ainda, o desmon-</p><p>te das políticas de bolsas de pesquisa e das agências de</p><p>fomento, é válido afirmar que há urgência em promover</p><p>a inserção das mulheres na política e em posições de lide-</p><p>rança nos setores público e privado, sobretudo se o país</p><p>quiser aumentar a presença das mulheres na ciência.</p><p>Nesse cenário, há duas direções a seguir. Primeira-</p><p>mente, é preciso desmistificar a ciência. Nós, mulheres,</p><p>temos capacidade para estar em todas as áreas e ocupar</p><p>todos os espaços, como as cientistas da área da saúde evi-</p><p>denciaram durante a pandemia. Depois, é urgente ampliar</p><p>a representação nos espaços políticos de poder.</p><p>Roberta Kelly França e Thaís Cavalcante Martins. Elas na universidade:</p><p>os desafios sociais e políticos. Internet: <www.souciencia.unifesp.br></p><p>(com adaptações).</p><p>De acordo com o texto CG-1A1,</p><p>(A) o marco do Dia Internacional das Mulheres e Me-</p><p>ninas na Ciência está amplamente popularizado no</p><p>Brasil.</p><p>(B) os desequilíbrios nos percentuais de ocupação en-</p><p>tre mulheres negras, pardas e brancas são sutis quan-</p><p>do se considera a etnia das mulheres.</p><p>(C) a desvantagem das mulheres em relação aos ho-</p><p>mens se manifesta em várias faixas etárias quando se</p><p>observa o indicador “nível de ocupação”.</p><p>(D) o índice de participação das mulheres na política</p><p>não tem relação com a promoção de políticas públicas</p><p>que favoreçam sua maior participação em áreas como</p><p>a ciência.</p><p>(E) presença das mulheres nas diversas áreas da ciên-</p><p>cia segue um padrão de representatividade percentu-</p><p>almente equilibrado, considerando-se o âmbito global.</p><p>69. CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT8/TRT 8/APOIO ESPE-</p><p>CIALIZADO/ENGENHARIA CIVIL/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1</p><p>O capitalismo de vigilância é uma mutação do capitalis-</p><p>mo da informação, o que nos coloca diante de um desafio</p><p>civilizacional. As Big Techs — seguidas por outras firmas,</p><p>laboratórios e governos — usam tecnologias da informa-</p><p>ção e comunicação (TIC) para expropriar a experiência</p><p>humana, que se torna matéria-prima processada e mer-</p><p>cantilizada como dados comportamentais. O usuário cede</p><p>gratuitamente as suas informações ao concordar com ter-</p><p>mos de uso, utilizar serviços gratuitos ou, simplesmente,</p><p>circular em espaços onde as máquinas estão presentes.</p><p>A condição para a emergência do capitalismo de vigi-</p><p>lância foi a expansão das tecnologias digitais na vida co-</p><p>tidiana, dado o sucesso do modelo de personalização de</p><p>alguns produtos no início dos anos 2000. No terço final do</p><p>século XX, estavam criadas as condições para uma terceira</p><p>modernidade, voltada a valores e expectativas dos indiví-</p><p>duos.</p><p>Outras circunstâncias foram ocasionais: o estouro da</p><p>bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11</p><p>de setembro. A primeira provocou a retração dos inves-</p><p>timentos nas startups, o que levou a Google a explorar</p><p>comercialmente os dados dos usuários de seus serviços.</p><p>Para se prevenir contra novos ataques, as autoridades nor-</p><p>te-americanas tornaram-se ávidas de programas de mo-</p><p>nitoramento dos usuários da Internet e se associaram às</p><p>empresas de tecnologia. Por sua vez, a Google passou a</p><p>vender dados a empresas de outros setores, criando um</p><p>mercado de comportamentos futuros. Assim, instaurou-se</p><p>uma nova divisão do aprendizado entre os que controlam</p><p>os meios de extração da mais-valia comportamental e os</p><p>seus destinatários.</p><p>Ao se generalizar na sociedade e se aprofundar na vida</p><p>cotidiana, o capitalismo de vigilância capturou e desviou</p><p>o efeito democratizador da Internet, que abrira a todos o</p><p>acesso à informação. Ele passou a elaborar instrumentos</p><p>para modificar e conformar os nossos comportamentos.</p><p>Internet: < www.scielo.br> (com adaptações).</p><p>Com relação às ideias do texto CG1A1, assinale a op-</p><p>ção correta.</p><p>(A) O capitalismo da informação, uma mutação do</p><p>capitalismo de vigilância, aproveita os dados cedidos</p><p>gratuitamente pelos usuários da Internet.</p><p>(B) O sucesso do modelo de personalização de alguns</p><p>produtos, no início dos anos 2000, se deu graças ao</p><p>capitalismo de vigilância empreendido pelas startups.</p><p>(C) Para o usuário das TIC, é vantagem ceder gratuita-</p><p>mente suas informações, uma vez que, assim, ele pode</p><p>utilizar serviços gratuitos e circular tranquilamente em</p><p>espaços onde as máquinas estão presentes.</p><p>(D) O capitalismo de vigilância cria instrumentos para</p><p>modificar e conformar os comportamentos dos usuá-</p><p>rios da Internet.</p><p>(E) O capitalismo de vigilância possui efeito democra-</p><p>tizador, uma vez que abre a todos o acesso à informa-</p><p>ção, por meio do aprofundamento da vida cotidiana.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4646</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>70. CEBRASPE (CESPE) - MED (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/PSF/2022</p><p>Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)</p><p>Texto CG1A1</p><p>Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo</p><p>eram consideradas incapazes de aprender simplesmente</p><p>por possuírem uma deficiência. No Brasil, infelizmente,</p><p>isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou</p><p>a mudar a partir do século XVI, com transformações que</p><p>ocorreram, num primeiro momento, na Europa, quando</p><p>educadores, por conta própria, começaram a se preocupar</p><p>com esse grupo.</p><p>Um dos educadores mais marcantes na luta pela edu-</p><p>cação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como</p><p>também era conhecido.</p><p>Huet, acometido por uma doen-</p><p>ça, perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como</p><p>era membro de uma família nobre da França, teve, desde</p><p>cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e,</p><p>assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto</p><p>Nacional de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se</p><p>como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em 26 de</p><p>setembro de 1856, o Imperial Instituto de Surdos- Mudos,</p><p>instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto</p><p>recebeu diversos nomes, mas a mudança mais significativa</p><p>se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacio-</p><p>nal de Educação dos Surdos – INES, que está em funcio-</p><p>namento até hoje! Essa mudança refletia o princípio de</p><p>modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o</p><p>instituto, com suas discussões sobre educação de surdos.</p><p>Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveram</p><p>grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras,</p><p>que foi ganhando espaço aos poucos e logo passou a ser</p><p>utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo</p><p>período, muitos educadores ainda defendiam a ideia de</p><p>que a melhor maneira de ensinar era pelo método orali-</p><p>zado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio</p><p>de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas</p><p>modalidades de escrita, leitura, leitura labial e também</p><p>oral. No Congresso de Milão, em 11 de setembro de 1880,</p><p>muitos educadores votaram pela proibição da utilização</p><p>da língua de sinais por não acreditarem na efetividade</p><p>desse método na educação das pessoas surdas.</p><p>Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino</p><p>da Língua Brasileira de Sinais, mas, mesmo diante dessa</p><p>proibição, a Libras continuou sendo utilizada devido à per-</p><p>sistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimi-</p><p>dade da Língua Brasileira de Sinais, e os surdos continua-</p><p>ram lutando pelo seu reconhecimento e regulamentação</p><p>por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém,</p><p>apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que re-</p><p>conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio</p><p>legal de comunicação e expressão no país.</p><p>Internet: <www.ufmg.br> (com adaptações).</p><p>No que se refere às ideias do texto CG1A1, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>(A) No Congresso de Milão, em 11 de Setembro de</p><p>1880, muitos educadores votaram pela utilização da</p><p>língua de sinais, pois acreditavam nesse método como</p><p>efetivo na educação das pessoas surdas.</p><p>(B) O Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES</p><p>foi fundado por iniciativa de Huet, na França, em 1957.</p><p>(C) A educação de pessoas surdas começou na Europa,</p><p>em 1856, quando educadores, por conta própria, co-</p><p>meçaram a se preocupar com esse grupo.</p><p>(D) Muitos educadores ainda defendem a ideia de que</p><p>a melhor maneira de ensinar uma língua às pessoas</p><p>surdas é pelo método oralizado, ou seja, pela Língua</p><p>Brasileira de Sinais (Libras).</p><p>(E) A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida</p><p>como meio legal de comunicação e expressão no Brasil</p><p>em 2002.</p><p>71. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>dos —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e</p><p>o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já</p><p>não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>47</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>No texto CG2A1-I, predomina a tipologia textual</p><p>(A) descritiva.</p><p>(B) argumentativa.</p><p>(C) expositiva.</p><p>(D) narrativa.</p><p>(E) injuntiva.</p><p>72. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>Há quem veja a literatura como o refúgio da beleza</p><p>e da paz. Num mundo amargo, triste e violento, os livros</p><p>oferecem a rota de fuga. Não é a vida como ela é, mas a</p><p>vida como deveria ser. Títulos agressivos devem ser evita-</p><p>dos. Essa convicção é equivocada?</p><p>Não é o caso de dizer que é equivocada. Os gostos são</p><p>múltiplos e devem ser respeitados. O problema é acreditar</p><p>que a literatura, para funcionar bem, deva ser o paraíso na</p><p>terra. Há livros que funcionam assim, mas não são mui-</p><p>tos. Para falar a verdade, as grandes obras literárias, com</p><p>intensidade diferente, são marcadas pela ganância, pela</p><p>traição, pela violência, pela catástrofe.</p><p>Assim, vale a pena respirar fundo e encarar as nossas</p><p>imperfeições nas páginas dos grandes livros. O mergulho</p><p>nas trevas forja o caráter da gente. Não é das coisas mais</p><p>agradáveis, mas intensifica nossa humanidade. Ser huma-</p><p>no em sua plenitude é conhecer a variedade de nossas</p><p>emoções e ações. As boas e as ruins. As dignas e as indig-</p><p>nas. As que comovem e as que perturbam.</p><p>Um belo treino é a leitura do monumental A canção</p><p>do carrasco, de Norman Mailer. O centro de tudo é a exe-</p><p>cução de Gary Gilmore em 1977, nos Estados Unidos da</p><p>América, pelos crimes que cometeu. Quase tudo nas mil</p><p>páginas de Mailer é real. O material foi obtido a partir de</p><p>entrevistas, leitura de processos judiciais e da cobertura</p><p>da imprensa. Trata-se de uma aula de como a realidade é</p><p>operada por diversas alavancas.</p><p>Nelson Fonseca Neto.</p><p>O mundo do crime na literatura. Internet: <g1.globo.com> (com adap-</p><p>tações).</p><p>Quanto à tipologia textual, o texto CG1A1-II é predo-</p><p>minantemente</p><p>(A) narrativo, por apresentar detalhes sobre a obra de</p><p>Norman Mailer.</p><p>(B) expositivo, apresentando linguagem objetiva, com</p><p>foco na definição de conceitos e na apresentação de</p><p>exemplos.</p><p>(C) descritivo, por ser marcado pela impessoalidade</p><p>na linguagem e por exibir um ponto de vista de modo</p><p>imparcial.</p><p>(D) injuntivo, por buscar convencer o leitor da contri-</p><p>buição dos livros agressivos para a intensificação da</p><p>humanidade.</p><p>(E) dissertativo-argumentativo,</p><p>sendo voltado a con-</p><p>vencer o leitor do valor dos livros sombrios.</p><p>73. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>O conceito de herói está profundamente ligado à cul-</p><p>tura que o criou e ao momento em que ele foi criado, o</p><p>que significa que ele varia muito de lugar para lugar e de</p><p>época para época. Mesmo assim, a figura do herói aparece</p><p>nas mais diversas sociedades e eras, sempre atendendo</p><p>a critérios morais e desejos em comum de determinado</p><p>povo.</p><p>Na mitologia grega, o herói era uma semidivindade</p><p>que estava entre os deuses e os humanos e cujos feitos</p><p>evidenciavam a sua enorme disposição de se sacrificar em</p><p>nome do bem-estar dos seres humanos. Na Europa da Ida-</p><p>de Média, quando Deus e a religião passaram a ser a bús-</p><p>sola moral de muitas pessoas, os feitos humanos conside-</p><p>rados heroicos tinham relação com o temor e a fidelidade</p><p>a esse Deus. Assim, heróis eram os mártires e missioná-</p><p>rios, que também entregavam suas vidas a essa causa, que</p><p>julgavam a mais nobre.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>4848</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Hoje, no século 21, o status de herói é bastante dife-</p><p>rente. Talvez por uma necessidade psicológica de adotar-</p><p>mos heróis, frequentemente escolhemos heróis falhos,</p><p>demasiadamente humanos, muito mais similares a nós</p><p>mesmos do que os heróis de outros períodos históricos.</p><p>Diferentemente do herói infalível, bom, que se sacrifica</p><p>em nome de causas nobres, o herói moderno é um per-</p><p>sonagem que erra, toma atitudes que julgamos imorais e</p><p>não possui virtudes geralmente atribuídas aos heróis.</p><p>Lucas Mascarenhas de Miranda. A fronteira tênue entre heróis e</p><p>vilões. In: Ciência Hoje, edição 382. Internet:<www.cienciahoje.org.br</p><p>>(com adaptações).</p><p>Predomina no texto CG1A1-II a tipologia</p><p>(A) instrucional.</p><p>(B) narrativa.</p><p>(C) descritiva.</p><p>(D) dissertativo-argumentativa.</p><p>(E) dissertativo-expositiva.</p><p>74. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O estreitamento das relações entre instituições po-</p><p>liciais e comunidade como um todo, em determinado</p><p>espaço geográfico, se coloca como uma forma eficaz de</p><p>enfrentamento do sentimento generalizado de medo, de</p><p>insegurança e de descrédito em relação à segurança pes-</p><p>soal e coletiva. Esse modo de responder ao problema da</p><p>violência e da criminalidade de forma preventiva e com</p><p>a participação da sociedade tem recebido denominações</p><p>diferenciadas, tais como polícia comunitária, policiamen-</p><p>to comunitário, polícia interativa, polícia cidadã, polícia</p><p>amiga, polícia solidária, não havendo consenso quanto à</p><p>melhor nomenclatura. No entanto, há o reconhecimento</p><p>de todos que adotaram essas experiências quanto à sua</p><p>efetividade na prevenção da violência; prova disso é que</p><p>seu uso tem sido muito corrente nos dias atuais.</p><p>Podemos definir polícia comunitária como um proces-</p><p>so pelo qual a comunidade e a polícia compartilham infor-</p><p>mações e valores de maneiras mais intensas, objetivando</p><p>promover maior segurança e o bem-estar da coletividade.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a apresentar</p><p>um capítulo específico sobre segurança pública, no qual se</p><p>encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao incorporar a</p><p>segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu</p><p>um status de direito fundamental a essa matéria. Assim, o</p><p>Estado é o principal garantidor da segurança pública, mas</p><p>a responsabilidade recai sobre todos; consequentemente,</p><p>em observância aos conceitos e aos princípios da filoso-</p><p>fia de polícia comunitária, o cidadão passa a ser parceiro</p><p>da organização policial, envolvendo-se na identificação de</p><p>problemas, apontando prioridades e indicando soluções</p><p>com relação à segurança pública, em uma perspectiva ci-</p><p>dadã.</p><p>Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contribuições</p><p>para democratizar a segurança pública. Internet: <www.cchla.ufpb.br></p><p>(com adaptações).</p><p>Com relação à tipologia, o texto CG1A1-I é predomi-</p><p>nantemente</p><p>(A) injuntivo.</p><p>(B) dissertativo.</p><p>(C) narrativo.</p><p>(D) informativo.</p><p>(E) descritivo.</p><p>75. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG2A1</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura</p><p>ao redor da vontade de poder que se traduz por vonta-</p><p>de de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos</p><p>mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo</p><p>a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura,</p><p>o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o</p><p>poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização</p><p>formal e informal, ela não cria mediações para uma cultu-</p><p>ra da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás</p><p>da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira</p><p>delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico.</p><p>Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução</p><p>comporta violência em todas as suas fases. Em segundo</p><p>lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou</p><p>a dominação do homem sobre a mulher e criou as institui-</p><p>ções do patriarcado assentadas sobre mecanismos de vio-</p><p>lência como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência,</p><p>os processos de produção como objetivação da natureza e</p><p>sua sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa cultu-</p><p>ra patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos</p><p>conflitos. Sobre essa vasta base se formou a cultura do ca-</p><p>pital, hoje globalizada; sua lógica é a competição, e não a</p><p>cooperação; por isso, gera guerras econômicas e políticas</p><p>e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para consolidar</p><p>a cultura da violência que nos desumaniza a todos. A essa</p><p>cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje</p><p>ela é imperativa. É imperativa, porque as forças de destrui-</p><p>ção estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social</p><p>mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. Onde</p><p>buscar as inspirações para a cultura da paz? A singularida-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>49</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de do 1% de carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção deles,</p><p>somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estrutu-</p><p>ras de agressividade, temos capacidades de afetividade,</p><p>compaixão, solidariedade e amorização. O ser humano é</p><p>o único ser que pode intervir nos processos da natureza</p><p>e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador.</p><p>Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante</p><p>processos civilizatórios de contenção e uso de racionali-</p><p>dade. Há muito que filósofos veem no cuidado a essência</p><p>do ser humano. Tudo precisa de cuidado para continuar a</p><p>existir. Onde vige cuidado de uns para com os outros de-</p><p>saparece o medo, origem secreta de toda violência, como</p><p>analisou Freud.</p><p>Leonardo Boff. Cultura da paz. Internet: <edisciplinas.usp.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>Quanto à sua tipologia, o texto CG2A1 é predominan-</p><p>temente</p><p>(A) expositivo.</p><p>(B) narrativo.</p><p>(C) argumentativo.</p><p>(D) injuntivo.</p><p>(E) descritivo.</p><p>76. CEBRASPE (CESPE) - ANA (APEX)/APEXBRASIL/</p><p>ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>A Amazônia vive uma situação de distorção e desequi-</p><p>líbrio em relação ao restante do Brasil. Por meio de suas</p><p>usinas hidrelétricas, a região gera a importante fatia de</p><p>26% da energia elétrica consumida em todo o território</p><p>nacional, mas, na Amazônia Legal, há 1 milhão de pessoas</p><p>que não podem contar com luz — o fornecimento de ener-</p><p>gia ocorre em apenas algumas horas do dia, por meio de</p><p>geradores. Outros 3 milhões de habitantes da região estão</p><p>fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), que coordena</p><p>e controla a produção e transmissão de energia elétrica e</p><p>conecta usinas e consumidores. O fornecimento de ener-</p><p>gia a essa população é feito por usinas termelétricas a óleo</p><p>diesel.</p><p>Amanda Schutze, coordenadora de avaliação de políti-</p><p>ca pública da Climate Policy Initiative, organização focada</p><p>em políticas ambientais e mudança climática, considera o</p><p>SIN “magnífico” porque</p><p>garante luz para o consumidor fi-</p><p>nal ao gerenciar o transporte de eletricidade de um ponto</p><p>com condições de ceder energia a outro que, por exemplo,</p><p>enfrente problemas de racionamento em decorrência de</p><p>períodos de seca.</p><p>Ao mesmo tempo, o sistema apresenta, na Amazônia</p><p>Legal, uma grave distorção, visto que populações que vi-</p><p>vem próximo de usinas hidrelétricas da região “não estão</p><p>usufruindo dessa geração de energia, mas pessoas, como</p><p>nós, no Sudeste, sim. Esta é uma caracterização de dois</p><p>diferentes Brasis”, afirma a coordenadora.</p><p>O Projeto de Lei n.º 4.248/2020 estabelece o prazo de</p><p>até o ano de 2025 para a universalização da energia elétri-</p><p>ca nas regiões remotas da Amazônia. O texto do projeto,</p><p>que está na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvi-</p><p>mento Regional e Amazônia, recebeu parecer favorável do</p><p>relator da comissão. Ainda não foi feita a votação.</p><p>Internet: <www.bbc.com> (com adaptações).</p><p>Texto CB1A1-II</p><p>Assinale a opção correta, referente ao texto CB1A1-II.</p><p>(A) O texto consiste na narração de um conjunto de</p><p>situações cotidianas que comprovam o desequilíbrio</p><p>social histórico existente entre as regiões brasileiras.</p><p>(B) No texto, caracterizado como crônica literária,</p><p>percebe-se uma crítica ao modelo de distribuição de</p><p>energia elétrica no Brasil.</p><p>(C) O texto é predominantemente descritivo, o que se</p><p>comprova pelos dados numéricos relativos à geração</p><p>de energia elétrica e ao número de habitantes na Ama-</p><p>zônia Legal.</p><p>(D) No texto, que se caracteriza como dissertativo, é</p><p>mencionada a importância do SIN para a garantia de</p><p>energia elétrica ao consumidor final.</p><p>77. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/</p><p>COMBATENTE/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal</p><p>foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5050</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto</p><p>da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de</p><p>costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse,</p><p>era um manequim.</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da per-</p><p>na quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>O texto 2A01 classifica-se quanto à tipologia como</p><p>(A) narrativo.</p><p>(B) dissertativo-informativo.</p><p>(C) dissertativo-argumentativo.</p><p>(D) dissertativo-expositivo.</p><p>(E) descritivo.</p><p>78. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto 2A02</p><p>Utilizando a identificação de datação de combustíveis</p><p>fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais</p><p>mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de</p><p>carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polô-</p><p>nia, eles levantaram informações valiosas sobre como era</p><p>a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de 440</p><p>milhões de anos atrás.</p><p>Naquele tempo, as plantas eram extremamente de-</p><p>pendentes da água para se reproduzir e provavelmente</p><p>não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os</p><p>incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado</p><p>vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno</p><p>porte – da altura do joelho ou da cintura.</p><p>As queimadas precisam de três coisas para existir:</p><p>combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso,</p><p>os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.</p><p>O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixa-</p><p>do depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisado-</p><p>res, que os níveis de oxigênio atmosférico da Terra eram</p><p>de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras</p><p>de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de</p><p>anos podem ter sido similares aos atuais 21% – ou até su-</p><p>periores.</p><p>A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o</p><p>ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse pe-</p><p>ríodo. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo,</p><p>os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida</p><p>evoluiu até aqui.</p><p>Os incêndios florestais, assim como agora, teriam con-</p><p>tribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e</p><p>para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma</p><p>combinação complexa de processos, que exige um traba-</p><p>lho em áreas diversas do conhecimento.</p><p>Esse achado recente com certeza auxilia nesses estu-</p><p>dos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais</p><p>antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data</p><p>confere uma visão mais profunda do passado – e também</p><p>destaca a importância que a pesquisa de incêndios flores-</p><p>tais tem no mapeamento da história geológica.</p><p>“As queimadas têm sido um componente integral nos</p><p>processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas</p><p>seu papel nesses processos certamente foi subestimado”</p><p>conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.</p><p>Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022. Internet: <https://</p><p>super.abril.com.br/...> (com adaptações).</p><p>Conforme sua tipologia e seu gênero, o texto 2A02</p><p>(A) é um artigo científico, pela temática que aborda.</p><p>(B) combina fatos e opiniões, podendo ser classificado</p><p>como um texto predominantemente opinativo.</p><p>(C) é uma resenha, pois reporta o que é tratado em</p><p>um livro.</p><p>(D) apresenta recursos da tipologia textual dissertati-</p><p>va.</p><p>(E) é um resumo, pois visa apresentar os detalhes de</p><p>uma pesquisa ao leitor.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>51</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>79. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>No meio científico, a imaginação é conhecida como</p><p>especulação e tratada com certa desconfiança –— nas pu-</p><p>blicações, costuma ser acompanhada de uma advertência</p><p>obrigatória. Parte da redação de uma pesquisa consiste</p><p>em limpála de voos fantasiosos, de conversa fiada e dos</p><p>milhares de tentativas e erros que dão origem até mes-</p><p>mo às menores descobertas. Nem todo mundo que lê um</p><p>estudo quer atravessar muito espalhafato. Ainda, os cien-</p><p>tistas precisam parecer confiáveis. Entre sorrateiramente</p><p>nos bastidores da ciência e talvez você não encontre as</p><p>pessoas em sua melhor aparência. Mesmo nos bastidores,</p><p>nas reflexões noturnas que compartilhei com colegas, era</p><p>incomum entrar em detalhes de como havíamos imagina-</p><p>do –— de modo acidental ou deliberado –— os organis-</p><p>mos que estudamos, fossem eles peixes, bromélias, cipós,</p><p>fungos ou bactérias. Havia algo embaraçoso em admitir</p><p>que o emaranhado de nossas conjecturas, fantasias e me-</p><p>táforas sem fundamento pudesse</p><p>ter ajudado a moldar a</p><p>nossa pesquisa. Apesar disso, a imaginação faz parte da</p><p>atividade cotidiana da pesquisa. A ciência não é um exer-</p><p>cício de racionalidade a sangue-frio. Os cientistas são – e</p><p>sempre foram – emocionais, criativos, intuitivos, seres hu-</p><p>manos inteiros, lançando perguntas sobre um mundo que</p><p>não foi feito para ser catalogado e sistematizado. Sempre</p><p>que eu perguntava o que esses fungos faziam e elaborava</p><p>estudos para tentar entender seu comportamento, preci-</p><p>sava imaginá-los.</p><p>Merlin Sheldrake. A trama da vida. Como os fungos constroem o mun-</p><p>do. São Paulo: Fósforo/Ubu Editora, 2021, p. 29 (com adaptações</p><p>Pela linguagem empregada no texto CG1A1-I, conclui-</p><p>-se, em relação ao gênero textual, que o fragmento apre-</p><p>sentado faz parte de</p><p>(A) um livro de divulgação científica.</p><p>(B) um livro didático de ciências.</p><p>(C) um artigo científico.</p><p>(D) uma reportagem científica de jornal.</p><p>(E) um relato de memórias de um cientista.</p><p>80. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>No que se refere à tipologia, o texto CG2A1-I é predo-</p><p>minantemente</p><p>(A) dissertativo-argumentativo.</p><p>(B) descritivo.</p><p>(C) dissertativo-expositivo.</p><p>(D) narrativo.</p><p>(E) injuntivo.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5252</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>81. CEBRASPE (CESPE) - PROF (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/2022</p><p>Assunto: Tipologia e Gênero Textual</p><p>Texto CG-1A1</p><p>Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou</p><p>o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência,</p><p>celebrado em 11 de fevereiro. Apesar de serem necessá-</p><p>rias mais ações de popularização do dia, a criação da data</p><p>representa um importante passo em direção à promoção</p><p>da participação igualitária das mulheres na ciência. Em</p><p>todo o mundo, de acordo com dados da ONU, as mulhe-</p><p>res representam 33,3% de todos os pesquisadores, porém</p><p>apenas 12% dos membros das academias de ciências na-</p><p>cionais são mulheres, e, entre os graduados em engenha-</p><p>ria, elas representam 28%.</p><p>A área da saúde segue em outra direção, especialmen-</p><p>te entre profissionais dos cuidados básicos. Nessa área,</p><p>as mulheres representam 70% do total e, apesar das di-</p><p>ficuldades de se dedicarem à pesquisa, elas lideraram o</p><p>ranking dos cientistas que buscaram resposta à pandemia,</p><p>sendo este o diferencial que queremos valorar e divulgar,</p><p>inclusive buscando compreender quais são essas dificul-</p><p>dades.</p><p>Em âmbito nacional, um estudo do IBGE apresentou</p><p>essas dificuldades imputadas às mulheres e evidencia que</p><p>elas perpassam todas as esferas da vida. O indicador “nível</p><p>de ocupação” apontou que, em 2019, entre as entrevista-</p><p>das mulheres com quinze anos de idade ou mais, 54,5%</p><p>ocupavam postos de trabalho no país, ao passo que, entre</p><p>o grupo de homens com a mesma faixa etária, 73,7% ti-</p><p>nham ocupação. Quando associamos esse indicador ao da</p><p>maternidade, entre as pessoas de 25 a 49 anos com filhos</p><p>de até três anos de idade, o nível de ocupação dos homens</p><p>é superior ao das mulheres em 34,6%. Com relação a gê-</p><p>nero e etnia, as mulheres pretas ou pardas com crianças</p><p>de até três anos de idade no domicílio apresentaram os</p><p>menores níveis de ocupação — menos de 50% em 2019</p><p>—, ao passo que, entre as mulheres brancas, a proporção</p><p>foi de 62,6%.</p><p>Outro indicador relevante que se coloca como um</p><p>desafio para que mais mulheres se projetem na ciência</p><p>é a representação na política. Ainda no que se refere aos</p><p>dados do IBGE, o Brasil, em 2019, era o país da América</p><p>do Sul com a menor proporção de mulheres em mandato</p><p>parlamentar na Câmara dos Deputados, ocupando a 142.ª</p><p>posição de um ranking com dados para 190 países. Consi-</p><p>derando-se que as mulheres são a maioria da população</p><p>no país, 51,8% do total, a pouca representação na política,</p><p>sem dúvida, leva à negligência no encaminhamento das</p><p>pautas femininas.</p><p>Adicionalmente, se considerarmos a ausência de po-</p><p>líticas mais expressivas para a primeira infância e para o</p><p>apoio ao ingresso e à permanência de mulheres mães no</p><p>ensino superior e na pós-graduação, ou, ainda, o desmon-</p><p>te das políticas de bolsas de pesquisa e das agências de</p><p>fomento, é válido afirmar que há urgência em promover</p><p>a inserção das mulheres na política e em posições de lide-</p><p>rança nos setores público e privado, sobretudo se o país</p><p>quiser aumentar a presença das mulheres na ciência.</p><p>Nesse cenário, há duas direções a seguir. Primeira-</p><p>mente, é preciso desmistificar a ciência. Nós, mulheres,</p><p>temos capacidade para estar em todas as áreas e ocupar</p><p>todos os espaços, como as cientistas da área da saúde evi-</p><p>denciaram durante a pandemia. Depois, é urgente ampliar</p><p>a representação nos espaços políticos de poder.</p><p>Roberta Kelly França e Thaís Cavalcante Martins. Elas na universidade:</p><p>os desafios sociais e políticos. Internet: <www.souciencia.unifesp.br></p><p>(com adaptações).</p><p>No texto CG-1A1, predomina o tipo textual</p><p>(A) injuntivo.</p><p>(B) narrativo.</p><p>(C) descritivo.</p><p>(D) dissertativo-argumentativo.</p><p>(E) dissertativo-expositivo.</p><p>82. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/AD-</p><p>MINISTRAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda</p><p>oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra</p><p>o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não ti-</p><p>rânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror</p><p>é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização</p><p>da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da</p><p>natureza ou da história, propagar-se livremente por toda</p><p>a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana</p><p>espontânea. Como tal,(I) o terror procura “estabilizar” os</p><p>homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da his-</p><p>tória. Esse movimento seleciona</p><p>algo embaraçoso em admitir</p><p>que o emaranhado de nossas conjecturas, fantasias e me-</p><p>táforas sem fundamento pudesse ter ajudado a moldar a</p><p>nossa pesquisa. Apesar disso, a imaginação faz parte da</p><p>atividade cotidiana da pesquisa. A ciência não é um exer-</p><p>cício de racionalidade a sangue-frio. Os cientistas são – e</p><p>sempre foram – emocionais, criativos, intuitivos, seres hu-</p><p>manos inteiros, lançando perguntas sobre um mundo que</p><p>não foi feito para ser catalogado e sistematizado. Sempre</p><p>que eu perguntava o que esses fungos faziam e elaborava</p><p>estudos para tentar entender seu comportamento, preci-</p><p>sava imaginá-los.</p><p>Merlin Sheldrake. A trama da vida. Como os fungos constroem o mun-</p><p>do. São Paulo: Fósforo/Ubu Editora, 2021, p. 29 (com adaptações</p><p>Assinale a opção em que as duas formas verbais desta-</p><p>cadas do texto CG1A1-I estão conjugadas no mesmo tem-</p><p>po e modo.</p><p>(A) “quer” (terceiro período) e “parecer” (quarto pe-</p><p>ríodo)</p><p>(B) “Entre” (quinto período) e “encontre” (quinto pe-</p><p>ríodo)</p><p>(C) “precisam” (quarto período) e “foram” (penúltimo</p><p>período)</p><p>(D) “compartilhei” (sexto período) e “foi” (penúltimo</p><p>período)</p><p>(E) “havíamos imaginado” (sexto período) e “ter aju-</p><p>dado” (sétimo período)</p><p>8. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Advérbio</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>9</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a palavra destacada do se-</p><p>gundo parágrafo do texto CG1A1-I está empregada como</p><p>advérbio que expressa circunstância de tempo.</p><p>(A) “presente” (quarto período).</p><p>(B) “Ora” (terceiro período).</p><p>(C) “agora” (quinto período).</p><p>(D) “sempre” (último período).</p><p>(E) “amanhã” (quinto período).</p><p>9. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/COM-</p><p>BATENTE/2022</p><p>Assunto: Advérbio</p><p>Texto 2A01</p><p>Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e</p><p>descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma es-</p><p>quina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o</p><p>passo a descobrir o que era.</p><p>Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polí-</p><p>cia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.</p><p>B... viu episódios interessantes, que esqueceu logoa,</p><p>tal foi o grito de angústia e terror saído da boca de um ho-</p><p>mem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua</p><p>em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no</p><p>meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-</p><p>-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.</p><p>A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a</p><p>morte pela queda. A alma generosa do oficial não se con-</p><p>teve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.</p><p>Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se</p><p>que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo an-</p><p>dar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele</p><p>pôde ver o busto da mulher...</p><p>– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e pro-</p><p>vavelmenteb sem as reticências que Abel metia neste pon-</p><p>to da narração, — a mulher era um manequim, posto alid</p><p>de costume ou no começo do incêndio, como quer que</p><p>fosse, era um manequim.</p><p>A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia</p><p>espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a</p><p>quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corre-</p><p>dor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua,</p><p>uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e</p><p>quebrou-lhe a perna...</p><p>Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aquie,</p><p>no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conhe-</p><p>ceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu</p><p>dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em</p><p>Inglaterra, foi mandado a Calcutá, ondec descansou da</p><p>perna quebrada, e do desejo de salvar ninguém.</p><p>Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de As-</p><p>sis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.</p><p>machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que o termo destacado do texto</p><p>2A01 funciona como advérbio de tempo no contexto sin-</p><p>tático- semântico em que se insere.</p><p>(A) “logo” (primeiro período do terceiro parágrafo)</p><p>(B) “provavelmente” (sexto parágrafo)</p><p>(C) “onde” (segundo período do último parágrafo)</p><p>(D) “ali” (sexto parágrafo)</p><p>(E) “aqui” (segundo período do último parágrafo)</p><p>10. CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT8/TRT 8/APOIO ESPE-</p><p>CIALIZADO/ENGENHARIA CIVIL/2022</p><p>Assunto: Colocação pronominal</p><p>Texto CG1A1</p><p>O capitalismo de vigilância é uma mutação do capitalis-</p><p>mo da informação, o que nos coloca diante de um desafio</p><p>civilizacional. As Big Techs — seguidas por outras firmas,</p><p>laboratórios e governos — usam tecnologias da informa-</p><p>ção e comunicação (TIC) para expropriar a experiência</p><p>humana, que se torna matéria-prima processada e mer-</p><p>cantilizada como dados comportamentais. O usuário cede</p><p>gratuitamente as suas informações ao concordar com ter-</p><p>mos de uso, utilizar serviços gratuitos ou, simplesmente,</p><p>circular em espaços onde as máquinas estão presentes.</p><p>A condição para a emergência do capitalismo de vigi-</p><p>lância foi a expansão das tecnologias digitais na vida co-</p><p>tidiana, dado o sucesso do modelo de personalização de</p><p>alguns produtos no início dos anos 2000. No terço final do</p><p>século XX, estavam criadas as condições para uma terceira</p><p>modernidade, voltada a valores e expectativas dos indiví-</p><p>duos.</p><p>Outras circunstâncias foram ocasionais: o estouro da</p><p>bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11</p><p>de setembro. A primeira provocou a retração dos inves-</p><p>timentos nas startups, o que levou a Google a explorar</p><p>comercialmente os dados dos usuários de seus serviços.</p><p>Para se prevenir contra novos ataques, as autoridades nor-</p><p>te-americanas tornaram-se ávidas de programas de mo-</p><p>nitoramento dos usuários da Internet e se associaram às</p><p>empresas de tecnologia. Por sua vez, a Google passou a</p><p>vender dados a empresas de outros setores, criando um</p><p>mercado de comportamentos futuros. Assim, instaurou-se</p><p>uma nova divisão do aprendizado entre os que controlam</p><p>os meios de extração da mais-valia comportamental e os</p><p>seus destinatários.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1010</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Ao se generalizar na sociedade e se aprofundar na vida</p><p>cotidiana, o capitalismo de vigilância capturou e desviou</p><p>o efeito democratizador da Internet, que abrira a todos o</p><p>acesso à informação. Ele passou a elaborar instrumentos</p><p>para modificar e conformar os nossos comportamentos.</p><p>Internet: < www.scielo.br> (com adaptações).</p><p>Com referência à colocação e ao emprego dos prono-</p><p>mes no texto CG1A1, assinale a opção correta.</p><p>(A) O pronome “Ele”, no início do segundo</p><p>os inimigos da humani-</p><p>dade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode</p><p>permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de sim-</p><p>patia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e ino-</p><p>cência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>53</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu</p><p>julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é</p><p>“indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos</p><p>decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos,</p><p>mas no seu tribunal todos os interessados são subjetiva-</p><p>mente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não</p><p>assassinaram, mas executaram uma sentença de morte</p><p>pronunciada por um tribunal superior. Os próprios gover-</p><p>nantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas</p><p>executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,</p><p>mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-</p><p>-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunica-</p><p>ção entre os homens, cuja comunidade é continuamente</p><p>posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A</p><p>estabilidade das leis corresponde ao constante movimen-</p><p>to de todas as coisas humanas, um movimento que jamais</p><p>pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As</p><p>leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo,</p><p>asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialida-</p><p>de de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das</p><p>leis positivas são para a existência política do homem o</p><p>que a memória é para a sua existência histórica: garantem</p><p>a preexistência de um mundo comum, a realidade de cer-</p><p>ta continuidade que transcende a duração individual de</p><p>cada geração, absorve todas as novas origens e delas se</p><p>alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo</p><p>tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de</p><p>conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da</p><p>lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás</p><p>de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa</p><p>ao benefício do poder(II) despótico de um homem contra</p><p>todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos.</p><p>Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre</p><p>os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se</p><p>dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas.</p><p>Abolir as cercas da lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania(III) — significa tirar dos homens</p><p>os seus direitos e destruir a liberdade como realidade polí-</p><p>tica viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas</p><p>leis, é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.</p><p>br> (com adaptações).</p><p>Com relação aos sentidos e aos aspectos gramaticais</p><p>do texto CG1A1-I, julgue os itens a seguir.</p><p>I. A expressão “Como tal” tem o mesmo sentido de</p><p>nessa qualidade.</p><p>II. No trecho “sua fúria não visa ao benefício do po-</p><p>der”, a preposição a poderia ser suprimida do vocábulo</p><p>“ao”, sem prejuízo da correção gramatical do texto.</p><p>III. A correção gramatical e os sentidos do texto seriam</p><p>mantidos se os travessões que isolam o trecho “como o faz</p><p>a tirania” fossem substituídos por parênteses.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Apenas o item I está certo.</p><p>(B) Apenas o item II está certo.</p><p>(C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>(D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>83. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>dos —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e</p><p>o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já</p><p>não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5454</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>Cada uma das próximas opções apresenta uma pro-</p><p>posta de reescrita para o primeiro período do primeiro</p><p>parágrafo do texto CG2A1-I.</p><p>Assinale a opção em que a proposta apresentada man-</p><p>tém a coerência e a correção gramatical do texto.</p><p>(A) Já nos séculos XVII a XXI a.C., era possível encontrar</p><p>vestígios da existência do direito de acesso à justiça</p><p>no Código de Hamurabi, em cujas leis tiveram inspira-</p><p>ção a frase da Lei de Talião “Olho por olho, dente por</p><p>dente”.</p><p>(B) Sinais do direito de acesso à justiça já podiam ser</p><p>encontrados no decorrer dos séculos XXI a XVII a.C., no</p><p>Código de Hamurabi, cujas leis eram fundamentadas</p><p>na seguinte famosa frase da Lei de Talião: “Olho por</p><p>olho, dente por dente”.</p><p>(C) Dentre os séculos XVII a XXI a.C., se encontram in-</p><p>dicação do acesso ao direito de justiça na Lei de Talião</p><p>(“Olho por olho dente por dente”), presente no Código</p><p>de Hamurabi.</p><p>(D) No período entre os séculos XXI a XVII, já existia</p><p>indícios do direito de acesso à justiça na Lei de Talião,</p><p>chamada de Código de Hamurabi, pela máxima “Olho</p><p>por olho, dente por dente”.</p><p>(E) Nos séculos XXI a XVII a.C., era possível já encontrar</p><p>traços da garantia do direito de acesso a justiça nas</p><p>leis do Código de Hamurabi, onde foram embasadas</p><p>na famosa sentença “Olho por olho, dente por dente”</p><p>da Lei de Talião.</p><p>84. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre</p><p>fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram(I) durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto,(II) o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual(III) o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>dos —, o mundo foi tomado pelas ideias democráticas, e</p><p>o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937) já</p><p>não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>55</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>A correção gramatical e os sentidos do texto CG2A1-I</p><p>seriam preservados com a substituição de</p><p>I. “que ocorreram” por sucedidas.</p><p>II. “portanto” por contanto.</p><p>III. “da qual” por cuja.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Nenhum item está certo.</p><p>(B) Apenas o item I está certo.</p><p>(C) Apenas o item III está certo.</p><p>(D) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>(E) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>85. CEBRASPE (CESPE) - ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ</p><p>SE/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do</p><p>desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse suma-</p><p>riar em uma única expressão o significado de desenvolvi-</p><p>mento, se diria que o seu processo consiste no aumento</p><p>continuado da produtividade do trabalho. É por meio do</p><p>aumento do produto por trabalhador, propiciado pelo au-</p><p>mento da produtividade do trabalho, que se geram os re-</p><p>cursos necessários que tornam possível atingir as demais</p><p>dimensões do desenvolvimento. Sem esse crescimento,</p><p>não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento</p><p>não propicie o desenvolvimento em suas demais dimen-</p><p>sões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde</p><p>e da educação da população e aumento da expectativa de</p><p>vida, entre tantas outras.</p><p>Certamente não há escassez de estratégias de de-</p><p>senvolvimento, e elas estão disponíveis para quem delas</p><p>quiser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente</p><p>Delfim Netto que Adam Smith, em Riqueza das Nações</p><p>(1776), sumariava o seu receituário para o crescimento (a</p><p>“riqueza das nações”) em poucas e simples proposições.</p><p>Primeiro, a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os</p><p>recursos tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz</p><p>interna, já que cabe ao Estado o monopólio do uso da for-</p><p>ça para fazer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado</p><p>de direito significa proteger o direito à propriedade priva-</p><p>da, garantir a aplicação da justiça e construir e manter a</p><p>infraestrutura de uso comum. Por fim, deve-se estimular</p><p>a competição entre os agentes econômicos, salvaguar-</p><p>dando-se os mercados livres e punindo-se os monopólios.</p><p>No dizer de Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento</p><p>econômico acontece quase por gravidade: será o resultado</p><p>da ação dos empresários em busca do lucro e do compor-</p><p>tamento dos consumidores na busca de melhor e maior</p><p>satisfação de suas necessidades. Elas se harmonizam pela</p><p>liberdade de escolha de cada um por meio do sistema de</p><p>preços dos fatores de produção e dos bens de consumo”.</p><p>Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em</p><p>nosso país pela época da Independência. A primeira tra-</p><p>dução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em</p><p>1794, e a obra de José da Silva Lisboa, o futuro Visconde</p><p>Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, espe-</p><p>cialmente os seus Princípios de Economia Política (1804).</p><p>Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos</p><p>Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor</p><p>D. João VI (1818) e, particularmente, os seus Estudos so-</p><p>bre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smi-</p><p>thianas, Cairu, ao proclamar o “deixai fazer, deixai passar,</p><p>deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos por-</p><p>tos, a liberdade da indústria e a fundação de nosso primei-</p><p>ro banco. Não pouca coisa.</p><p>Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtivi-</p><p>dade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.). Sociedade</p><p>e economia: estratégias de crescimento e</p><p>desenvolvimento. Brasília: IPEA, 2009 (com adaptações).</p><p>Mantendo-se as relações de coesão e coerência do</p><p>texto CG1A1-I, a expressão “ao proclamar” (quarto perí-</p><p>odo do último parágrafo) poderia ser corretamente subs-</p><p>tituída por</p><p>(A) quando proclamou.</p><p>(B) proclamou.</p><p>(C) que foi quem proclamava.</p><p>(D) até proclamava.</p><p>(E) que proclamou.</p><p>86. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Um problema no estudo da violência é sua relação com</p><p>a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados</p><p>com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela</p><p>opinião pública como atos irracionais. Oraa, se a violência</p><p>é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de</p><p>razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma ra-</p><p>zão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos</p><p>mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz</p><p>tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que</p><p>vê a realidade como feita unicamente de elementos anta-</p><p>gônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alterna-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5656</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>tivas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma</p><p>razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças</p><p>e a diversidade.</p><p>Portantoc, o problema que levanta a violência é muito</p><p>menos o da irracionalidade do que o de uma racionalida-</p><p>de repleta de “razões” para não se deter diante de limites</p><p>estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que,</p><p>amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao im-</p><p>passe e superdimensionando os defeitos dos outros, cria</p><p>os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras</p><p>da violência. Em outras palavrasd, o problema da violência</p><p>está intimamente ligado ao problema das relações sociais,</p><p>em que a existência do outro aparece como ameaça real</p><p>ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando</p><p>ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição</p><p>da crueldade ao estado puro. É, poise, o caráter aparente-</p><p>mente absurdo</p><p>dessa dramaturgia que confere à violência</p><p>o status de irracionalidade. No entantob, as razões dessa</p><p>irracionalidade raramente são explicitadas e, frequente-</p><p>mente, deixam de existir quando o recipiente de atos vio-</p><p>lentos é o “inimigo”.</p><p>Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil</p><p>contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785,</p><p>out./2007 (com adaptações).</p><p>Seria gramaticalmente correta e manteria os sentidos</p><p>do texto CG1A1-I a substituição de</p><p>(A) “Ora”por Então.</p><p>(B) “No entanto” por Porquanto.</p><p>(C) “Portanto” por Por conseguinte.</p><p>(D) “Em outras palavras” por Outrossim.</p><p>(E) “pois” por sem embargo.</p><p>87. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Um problema no estudo da violência é sua relação com</p><p>a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados</p><p>com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela</p><p>opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência</p><p>é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de</p><p>razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma ra-</p><p>zão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos</p><p>mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz</p><p>tudo a um único princípio explicativoI, e a polarização, que</p><p>vê a realidade como feita unicamente de elementos anta-</p><p>gônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alterna-</p><p>tivas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma</p><p>razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças</p><p>e a diversidade.</p><p>Portanto, o problema que levanta a violência é muito</p><p>menos o da irracionalidade do que o de uma racionalida-</p><p>de repleta de “razões” para não se deter diante de limites</p><p>estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que,</p><p>amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao im-</p><p>passe e superdimensionando os defeitos dos outros, cria</p><p>os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras</p><p>da violência. Em outras palavras, o problema da violência</p><p>está intimamente ligado ao problema das relações sociais,</p><p>em que a existência do outro aparece como ameaça real</p><p>ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando</p><p>ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição</p><p>da crueldade ao estado puroIII. É, pois, o caráter aparente-</p><p>mente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência</p><p>o status de irracionalidadeII. No entanto, as razões dessa</p><p>irracionalidade raramente são explicitadas e, frequente-</p><p>mente, deixam de existir quando o recipiente de atos vio-</p><p>lentos é o “inimigo”.</p><p>Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil</p><p>contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785,</p><p>out./2007 (com adaptações).</p><p>Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A-</p><p>1-I, julgue os itens a seguir.</p><p>I No quarto período do primeiro parágrafo, tanto o</p><p>trecho “que reduz tudo a um único princípio explicativo”</p><p>quanto o trecho “que vê a realidade como feita unicamen-</p><p>te de elementos antagônicos e irreconciliáveis” consistem</p><p>em orações explicativas.</p><p>II Caso o trecho “É a razão que” (segundo período do</p><p>segundo parágrafo) fosse substituído por A razão, seria</p><p>mantida a correção gramatical do texto.</p><p>III No trecho “É, pois, o caráter aparentemente absur-</p><p>do dessa dramaturgia que confere à violência o status de</p><p>irracionalidade”, o termo “que” é uma forma pronominal</p><p>cujo referente é “dramaturgia”.</p><p>IV No trecho “O que mais espanta na violência, quan-</p><p>do ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposi-</p><p>ção da crueldade ao estado puro”, o termo “que” introduz</p><p>oração adverbial comparativa.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>(A) I e II.</p><p>(B) I e III.</p><p>(C) III e IV.</p><p>(D) I, II e IV.</p><p>(E) II, III e IV.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>57</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>88. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Um problema no estudo da violência é sua relação com</p><p>a racionalidade. Os atos violentos mais graves, praticados</p><p>com requintes de crueldade, são vistos pela mídia e pela</p><p>opinião pública como atos irracionais. Ora, se a violência</p><p>é irracional, não é por ser obra de um ser desprovido de</p><p>razão, mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma ra-</p><p>zão perigosamente racional. É o que ocorre quando certos</p><p>mecanismos racionais, como a simplificação, que reduz</p><p>tudo a um único princípio explicativo, e a polarização, que</p><p>vê a realidade como feita unicamente de elementos anta-</p><p>gônicos e irreconciliáveis, deixam o indivíduo sem alterna-</p><p>tivas. Esses mecanismos traduzem a racionalidade de uma</p><p>razão incapaz de lidar com os antagonismos, as diferenças</p><p>e a diversidade.</p><p>Portanto, o problema que levanta a violência é muito</p><p>menos o da irracionalidade do que o de uma racionalida-</p><p>de repleta de “razões” para não se deter diante de limites</p><p>estabelecidos pela própria razão humana. É a razão que,</p><p>amplificando os conflitos, reduzindo as alternativas ao im-</p><p>passe e superdimensionando os defeitos dos outros, cria</p><p>os cenários em que florescem as ideologias legitimadoras</p><p>da violência. Em outras palavras, o problema da violência</p><p>está intimamente ligado ao problema das relações sociais,</p><p>em que a existência do outro aparece como ameaça real</p><p>ou imaginária. O que mais espanta na violência, quando</p><p>ela é razão de espanto, é a sua dramaturgia, a exposição</p><p>da crueldade ao estado puro. É, pois, o caráter aparente-</p><p>mente absurdo dessa dramaturgia que confere à violência</p><p>o status de irracionalidade. No entanto, as razões dessa</p><p>irracionalidade raramente são explicitadas e, frequente-</p><p>mente, deixam de existir quando o recipiente de atos vio-</p><p>lentos é o “inimigo”.</p><p>Angel Pino. Violência, educação e sociedade: um olhar sobre o Brasil</p><p>contemporâneo. In: Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 763-785,</p><p>out./2007 (com adaptações).</p><p>Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma</p><p>proposta de reescrita do trecho “Ora, se a violência é irra-</p><p>cional, não é por ser obra de um ser desprovido de razão,</p><p>mas por ser, paradoxalmente, o produto de uma razão pe-</p><p>rigosamente racional.”, do texto CG1A1-I. Assinale a opção</p><p>em que a proposta apresentada mantém a correção gra-</p><p>matical e a coerência do texto.</p><p>(A) Ora, se a violência é irracional paradoxalmente,</p><p>não é por susceder de feitos realizados por alguém</p><p>destituido de razão, mas sim por ser fruto de uma ra-</p><p>zão perigosamente racional.</p><p>(B) Ora, se a violência é irracional, é por estar enrai-</p><p>zada em conduta de ser irracional que atua de forma</p><p>paradoxalmente atrelada a razão.</p><p>(C) Ora, se a violência é irracional, não é que se tenha</p><p>fundamento no que um ser irracional cometeu, mas</p><p>por se originar paradoxalmente em uma razão que</p><p>está estranhamente baseada no perigo.</p><p>(D) Ora, se a violência é irracional, isso ocorre porque</p><p>é, paradoxalmente, resultado da ação de quem baseia-</p><p>-se de forma perigosa, no contraste entre o racional e</p><p>o irracional.</p><p>(E) Ora, se a violência é irracional, não é por resultar</p><p>de ações de um ser irracional, e, sim, por ser, parado-</p><p>xalmente, fruto do exercício de uma razão cuja racio-</p><p>nalidade é perigosa.</p><p>89. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O estreitamento das relações entre instituições po-</p><p>liciais e comunidade como um todo, em determinado</p><p>espaço geográfico, se coloca como uma forma eficaz de</p><p>enfrentamento do sentimento generalizado de medo, de</p><p>insegurança e de descrédito em relação à segurança pes-</p><p>soal e coletiva. Esse modo de responder ao problema da</p><p>violência e da criminalidade de forma preventiva e com</p><p>a participação da sociedade tem recebido denominações</p><p>diferenciadas, tais como polícia comunitária, policiamen-</p><p>to comunitário, polícia interativa, polícia cidadã, polícia</p><p>amiga, polícia solidária, não havendo consenso quanto à</p><p>melhor nomenclatura. No entanto, há o reconhecimento</p><p>de todos que adotaram essas experiências quanto à sua</p><p>efetividade na prevenção</p><p>da violência; prova disso é que</p><p>seu uso tem sido muito corrente nos dias atuais.</p><p>Podemos definir polícia comunitária como um proces-</p><p>so pelo qual a comunidade e a polícia compartilham infor-</p><p>mações e valores de maneiras mais intensas, objetivando</p><p>promover maior segurança e o bem-estar da coletividade.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a apresentar</p><p>um capítulo específico sobre segurança pública, no qual se</p><p>encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao incorporar a</p><p>segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu</p><p>um status de direito fundamental a essa matéria. Assim, o</p><p>Estado é o principal garantidor da segurança pública, mas</p><p>a responsabilidade recai sobre todos; consequentemente,</p><p>em observância aos conceitos e aos princípios da filoso-</p><p>fia de polícia comunitária, o cidadão passa a ser parceiro</p><p>da organização policial, envolvendo-se na identificação de</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>5858</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>problemas, apontando prioridades e indicando soluções</p><p>com relação à segurança pública, em uma perspectiva ci-</p><p>dadã.</p><p>Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contribuições</p><p>para democratizar a segurança pública. Internet: <www.cchla.ufpb.br></p><p>(com adaptações).</p><p>A correção gramatical e os sentidos do texto CG1A1-I</p><p>seriam mantidos se o gerúndio “objetivando” (primeiro</p><p>período do segundo parágrafo) fosse substituído por</p><p>(A) com o objetivo de.</p><p>(B) que objetiva.</p><p>(C) os quais objetivam.</p><p>(D) às quais objetivam.</p><p>(E) onde o objetivo é.</p><p>90. CEBRASPE (CESPE) - PER OF (PC PB)/PC PB/CRI-</p><p>MINAL/ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Na cabeça do público, ciência forense significa tec-</p><p>nologia de última geração, profissionais bem equipados</p><p>realizando experiências complexas em laboratórios impe-</p><p>cáveis. Na verdade, a história real da ciência forense está</p><p>repleta de pioneiros excêntricos e pesquisas perigosas.</p><p>Por séculos, cultivou-se a suspeita de que havia mui-</p><p>to mais em um crime do que apenas depoimentos: que a</p><p>cena do crime, a arma de um homicídio ou, ainda, algumas</p><p>gotas de sangue poderiam ser testemunhas da verdade. O</p><p>primeiro registro do uso da ciência forense na solução de</p><p>um crime vem de um manual chinês para legistas escri-</p><p>to em 1247. Um dos diversos estudos de caso aí contidos</p><p>acompanha a investigação de um esfaqueamento. O legis-</p><p>ta examinou os cortes no corpo da vítima, e então testou</p><p>uma variedade de lâminas no cadáver de uma vaca. Ele</p><p>concluiu que a arma do crime era uma foice. Apesar de</p><p>descobrir o que havia causado os ferimentos, ainda havia</p><p>um longo caminho até identificar a mão que empunhara</p><p>a arma, então ele se voltou para os possíveis motivos. De</p><p>acordo com a viúva, ele não tinha inimigos. A melhor pista</p><p>veio da revelação de que a vítima fora incapaz de satisfazer</p><p>o pagamento de uma dívida.</p><p>O legista acusou o agiota, que negou o crime. Mas,</p><p>persistente como qualquer detetive de TV, ele ordenou</p><p>que todos os adultos da vizinhança se alinhassem, com</p><p>suas foices a seus pés. Embora não houvesse sinais visíveis</p><p>de sangue em nenhuma das foices, em questão de segun-</p><p>dos uma mosca pousou na foice do agiota. Uma segunda</p><p>mosca pousou, e então outra. Quando confrontado nova-</p><p>mente pelo legista, o agiota confessou. Ele havia tentado</p><p>limpar sua lâmina, mas os insetos delatores, zumbindo si-</p><p>lenciosamente a seus pés, frustraram sua tentativa.</p><p>Daniel Cruz. A macabra história do crime. Internet: <https://oavcrime.</p><p>com.br> (com adaptações).</p><p>Com referência ao texto CG2A1-I, é correto afirmar</p><p>que seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical</p><p>do</p><p>(A) primeiro período do segundo parágrafo caso a for-</p><p>ma verbal “cultivou-se” fosse substituída por cultivam.</p><p>(B) primeiro período do segundo parágrafo caso o sinal</p><p>de dois pontos após “depoimentos” fosse suprimido.</p><p>(C) penúltimo período do terceiro parágrafo caso a vír-</p><p>gula empregada após o termo “legista” fosse suprimi-</p><p>da.</p><p>(D) terceiro período do segundo parágrafo caso o tre-</p><p>cho “aí contidos” fosse substituído por nele compre-</p><p>endidos.</p><p>(E) antepenúltimo período do segundo parágrafo caso</p><p>o termo “se” em “ele se voltou” fosse suprimido.</p><p>91. CEBRASPE (CESPE) - PER OF (PC PB)/PC PB/CRI-</p><p>MINAL/ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-II</p><p>Nas últimas décadas, os sentimentos de medo e de in-</p><p>segurança diante da violência e do crime, no Brasil, agra-</p><p>varam-se durante a transição para o regime democrático,</p><p>com o aumento da violência urbana. A escalada dessa</p><p>violência não se limitou às metrópoles brasileiras, verifi-</p><p>cando-se também nas pequenas e médias cidades do in-</p><p>terior do país. Nesse período, houve uma rápida expansão</p><p>da riqueza, pública e privada, o que provocou uma série</p><p>de mudanças. Alterou-se profundamente a infraestrutura</p><p>urbana, com a dinamização do comércio local, a expansão</p><p>dos serviços ligados às novas tecnologias da informação e</p><p>da comunicação e a construção de novas rotas ligando os</p><p>diferentes estados e facilitando o trânsito entre os países.</p><p>Ocorreram, ainda, mudanças importantes na composição</p><p>da população, provocadas pela oferta de trabalho em ou-</p><p>tras cidades e(ou) estados e pela rápida diversificação da</p><p>estrutura social, com a expansão da escolarização média e</p><p>superior e da profissionalização.</p><p>Essas tendências da urbanização produziram inumerá-</p><p>veis consequências que agravaram o ciclo de crescimento</p><p>da violência. Ao lado da diversificação das estruturas so-</p><p>ciais e das mudanças na composição social da população,</p><p>houve aumento da mobilidade social, transformaram-se</p><p>os estilos de vida, assim como se diversificaram os conta-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>59</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>tos interpessoais. Paralelamente a esses avanços e essas</p><p>conquistas, foram desenvolvidos os “bolsões” de pobreza</p><p>urbana, enclaves no seio dos centros urbanos ou na pe-</p><p>riferia das cidades, constituídos onde a precariedade dos</p><p>serviços urbanos avançou pari passu a uma baixa oferta</p><p>de trabalho, à escolarização deficiente e à precarização do</p><p>suporte social e institucional às famílias.</p><p>Sérgio Adorno e Camila Dias. Monopólio estatal da</p><p>violência.</p><p>In: Renato S. de Lima, José L. Ratton e Rodrigo G. Azevedo (Org.).</p><p>Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014 (com</p><p>adaptações).</p><p>Cada uma das opções a seguir apresenta uma propos-</p><p>ta de reescrita do segundo período do primeiro parágrafo</p><p>do texto CG2A1-II. Assinale a opção em que a proposta</p><p>apresentada mantém os sentidos e a correção gramatical</p><p>do período.</p><p>(A) Dita violência ocorreu também em cidades de pe-</p><p>queno e médio porte, motivo pelo qual sua espansão</p><p>foi generalizada no país.</p><p>(B) Para além das metrópoles do país essa violência</p><p>escalou também as pequenas e médias cidades inte-</p><p>rioranas.</p><p>(C) Não atendo-se ao âmbito das metrópoles, foi veri-</p><p>ficado o crescimento dessa violência também no inte-</p><p>rior e em outras cidades médias do país.</p><p>(D) Por ser encontrado também em pequenas e mé-</p><p>dias cidades, a subida dessa violência não se conteve a</p><p>área das metrópoles.</p><p>(E) O aumento dessa violência não ocorreu apenas nas</p><p>metrópoles do país, mas também em cidades interio-</p><p>ranas de pequeno e médio porte.</p><p>92. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter</p><p>uma tradição, também é bom superar</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a proposta de reescrita do úl-</p><p>timo período do texto CG1A1-I é gramaticalmente correta</p><p>e coerente.</p><p>(A) A despeito disso, uma pessoa deve sempre tomar</p><p>consciência do presente, do passado e do futuro.</p><p>(B) Pode-se concluir, portanto, que uma pessoa deve</p><p>sempre atentar para o presente, o passado e o futuro.</p><p>(C) Por essa razão que uma pessoa deva sempre pon-</p><p>derar o presente, o passado e o futuro.</p><p>(D) Contudo isso, percebe-se que uma pessoa deve</p><p>sempre preocupar-se com o presente, o passado e o</p><p>futuro.</p><p>(E) Conforme se requer, toda pessoa têm de refletir</p><p>sobre o presente, o passado e o futuro.</p><p>93. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6060</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>Os sentidos e a correção gramatical do texto CG1A1-I</p><p>seriam preservados caso se deslocasse</p><p>(A) a expressão “em dez anos” para imediatamente</p><p>depois de “saber”, no segundo período do primeiro</p><p>parágrafo.</p><p>(B) a expressão “no planeta” para imediatamente an-</p><p>tes de “não existe”, no final do quinto período do se-</p><p>gundo parágrafo.</p><p>(C) o vocábulo “não” para imediatamente depois de</p><p>“Quem”, no início do quarto período do segundo pa-</p><p>rágrafo.</p><p>(D) a expressão “com todo o ímpeto” para imediata-</p><p>mente depois de “acha”, no quinto período do segun-</p><p>do parágrafo.</p><p>(E) o vocábulo “mesmo” para imediatamente antes de</p><p>“nada”, no final do quinto período do segundo pará-</p><p>grafo.</p><p>94. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Uma das coisas mais difíceis, tanto para uma pessoa</p><p>quanto para um país, é manter sempre presentes diante</p><p>dos olhos os três elementos do tempo: passado, presen-</p><p>te e futuro. Ter em mente esses três elementos é atribuir</p><p>uma grande importância à espera, à esperança, ao futuro;</p><p>é saber que nossos atos de ontem podem ter consequ-</p><p>ências em dez anos e que, por isso, pode ser necessário</p><p>justificá-los; daí a necessidade da memória, para realizar</p><p>essa união de passado, presente e futuro.</p><p>Contudo, a memória não deve ser predominante na</p><p>pessoa. A memória é, com frequência, a mãe da tradição.</p><p>Ora, se é bom ter uma tradição, também é bom superar</p><p>essa tradição para inventar um novo modo de vida. Quem</p><p>considera que o presente não tem valor e que somente</p><p>o passado deve nos interessar é, em certo sentido, uma</p><p>pessoa a quem faltam duas dimensões e com a qual não se</p><p>pode contar. Quem acha que é preciso viver o agora com</p><p>todo o ímpeto e que não devemos nos preocupar com o</p><p>amanhã nem com o ontem pode ser perigoso, pois crê que</p><p>cada minuto é separado dos minutos vindouros ou dos</p><p>que o precederam e que não existe nada além dele mes-</p><p>mo no planeta. Quem se desvia do passado e do presente,</p><p>quem sonha com um futuro longínquo, desejável e dese-</p><p>jado, também se vê privado do terreno contrário cotidiano</p><p>sobre o qual é preciso agir para realizar o futuro desejado.</p><p>Como se pode ver, uma pessoa deve sempre ter em conta</p><p>o presente, o passado e o futuro.</p><p>Frantz Fanon. Alienação e liberdade. São Paulo: Ubu, 2020, p. 264-265</p><p>(com adaptações).</p><p>Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos do</p><p>texto CG1A1-I, a expressão “com a qual”, no final do quar-</p><p>to período do segundo parágrafo, poderia ser substituída</p><p>por</p><p>(A) junto da qual.</p><p>(B) para com quem.</p><p>(C) pela qual.</p><p>(D) junto a quem.</p><p>(E) com quem.</p><p>95. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/PO-</p><p>LITEC RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica aumento</p><p>nas atividades em todos os setores – indústria, comércio,</p><p>serviços, consumo. Em outras palavras, significa mais ex-</p><p>tração de recursos naturais, mais produção e mais coisas</p><p>devolvidas à terra na forma de lixo. O crescimento econô-</p><p>mico deveria ser um meio de valor neutro para atender às</p><p>necessidades básicas de todos e criar comunidades mais</p><p>saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sóli-</p><p>da, cultura mais vibrante etc. Durante muito tempo, ele</p><p>contribuiu para a difusão desses objetivos fundamentais</p><p>em algumas partes do planeta, propiciando a abertura de</p><p>estradas, a construção de moradias etc. Agora, talvez já</p><p>tenhamos coisas suficientes para atender às necessidades</p><p>básicas de todos; só que elas não são distribuídas de for-</p><p>ma justa.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>61</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema eco-</p><p>nômico dominante valoriza o crescimento como um ob-</p><p>jetivo em si mesmo. Por isso usamos o produto interno</p><p>bruto, ou PIB, como a medida padrão do sucesso de uma</p><p>nação. O PIB contabiliza o valor dos bens e serviços pro-</p><p>duzidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas importan-</p><p>tes, ao não considerar a distribuição desigual e injusta da</p><p>riqueza, nem examinar quão saudáveis e satisfeitas estão</p><p>as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode seguir</p><p>subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores</p><p>ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determi-</p><p>nado ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros custos</p><p>ecológicos e sociais do crescimento não são incluídos no</p><p>PIB.</p><p>A fé de nossa sociedade no crescimento econômico</p><p>repousa na suposição de que sua continuidade é tão pos-</p><p>sível quanto benéfica. Mas nenhum dos dois pressupos-</p><p>tos é verdadeiro. Primeiro porque, devido aos limites do</p><p>planeta, o crescimento econômico infinito é impossível.</p><p>Ultrapassado o patamar em</p><p>que as necessidades humanas</p><p>básicas são atendidas, ele tampouco se revelou uma estra-</p><p>tégia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje, nas</p><p>grandes metrópoles, um alto nível de estresse, depressão,</p><p>ansiedade e solidão.</p><p>Annie Leonard. Uma história das coisas.</p><p>Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. Rio</p><p>de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações).</p><p>Estariam preservadas a correção gramatical e a coe-</p><p>rência do texto LP-1-A1 caso a forma verbal “atender”,</p><p>empregada no terceiro período do primeiro parágrafo,</p><p>fosse substituída por</p><p>(A) responder.</p><p>(B) considerar.</p><p>(C) amparar.</p><p>(D) contemplar.</p><p>(E) abranger.</p><p>96. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/PO-</p><p>LITEC RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica aumento</p><p>nas atividades em todos os setores – indústria, comércio,</p><p>serviços, consumo. Em outras palavras, significa mais ex-</p><p>tração de recursos naturais, mais produção e mais coisas</p><p>devolvidas à terra na forma de lixo. O crescimento econô-</p><p>mico deveria ser um meio de valor neutro para atender às</p><p>necessidades básicas de todos e criar comunidades mais</p><p>saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sóli-</p><p>da, cultura mais vibrante etc. Durante muito tempo, ele</p><p>contribuiu para a difusão desses objetivos fundamentais</p><p>em algumas partes do planeta, propiciando a abertura de</p><p>estradas, a construção de moradias etc. Agora, talvez já</p><p>tenhamos coisas suficientes para atender às necessidades</p><p>básicas de todos; só que elas não são distribuídas de for-</p><p>ma justa.</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema eco-</p><p>nômico dominante valoriza o crescimento comoa um ob-</p><p>jetivo em si mesmo. Por isso usamos o produto interno</p><p>bruto, ou PIB, como a medida padrão do sucesso de uma</p><p>nação. O PIB contabiliza o valor dos bens e serviços produ-</p><p>zidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas importantes,</p><p>ao não considerar a distribuição desigual e injusta da ri-</p><p>queza, nem examinar quãoc saudáveis e satisfeitas estão</p><p>as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode seguir</p><p>subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores</p><p>ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determi-</p><p>nado ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros custos</p><p>ecológicos e sociais do crescimento não são incluídos no</p><p>PIB.</p><p>A fé de nossa sociedade no crescimento econômico</p><p>repousa na suposição de que sua continuidade é tãod pos-</p><p>sível quanto benéfica. Mas nenhum dos dois pressupos-</p><p>tos é verdadeiro. Primeiro porquee, devido aos limites do</p><p>planeta, o crescimento econômico infinito é impossível.</p><p>Ultrapassado o patamar em que as necessidades huma-</p><p>nas básicas são atendidas, ele tampoucob se revelou uma</p><p>estratégia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje,</p><p>nas grandes metrópoles, um alto nível de estresse, de-</p><p>pressão, ansiedade e solidão.</p><p>Annie Leonard. Uma história das coisas.</p><p>Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. Rio</p><p>de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações).</p><p>A coerência e a correção gramatical do texto LP-1-A1</p><p>seriam preservadas caso se substituísse</p><p>(A) “como” por quanto, no primeiro período do segun-</p><p>do parágrafo.</p><p>(B) “tampouco” por também não, no penúltimo perío-</p><p>do do último parágrafo.</p><p>(C) “quão” por quanto, no quarto período do segundo</p><p>parágrafo.</p><p>(D) “tão” por como, no primeiro período do último pa-</p><p>rágrafo.</p><p>(E) “porque” por conquanto, no terceiro período do</p><p>último parágrafo.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6262</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>97. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Na segunda metade do século XVIII, eclodiram protes-</p><p>tos contra os suplícios por toda a Europa. Esses eram for-</p><p>mas de punição que podem ser definidas como penas apli-</p><p>cadas sobre o corpo do condenado, num ritual geralmente</p><p>ostentoso e cruel. Nessa época, começava-se a crer que</p><p>era preciso punir de outro modo, de forma que a justiça</p><p>penal aplicasse punições sem se vingar. Essa mudança no</p><p>modo de punir, entretanto, não se deveu tanto a um sen-</p><p>timento de humanidade, de piedade para com o acusado.</p><p>Vários fatores, especialmente de caráter econômico, con-</p><p>tribuíram para que os suplícios fossem deixados de lado e</p><p>substituídos pela prisão.</p><p>A partir do século XVIII, ocorreu uma diminuição dos</p><p>crimes de sangue na Europa, e passaram a prevalecer os</p><p>delitos praticados contra a propriedade, como roubos e</p><p>fraudes fiscais. Portanto, houve uma suavização dos cri-</p><p>mes antes de uma suavização das leis, que se tornaram</p><p>mais leves para corresponder à diminuição da gravidade</p><p>dos delitos cometidos.</p><p>Além disso, no século XVIII se modificou também o</p><p>sistema econômico europeu. A Europa deixou de ser feu-</p><p>dal e tornou-se industrial. A prisão, como castigo institu-</p><p>cionalizado pelo Direito Penal, apareceu nesse contexto</p><p>para regulamentar o mercado de trabalho, a produção e o</p><p>consumo de bens, e para proteger a propriedade da classe</p><p>social dominante.</p><p>A prisão foi idealizada, naquele momento histórico,</p><p>como forma de disciplinar os delinquentes. O corpo do</p><p>condenado não poderia mais ser desperdiçado pelo suplí-</p><p>cio, mas deveria servir às demandas de trabalho das fá-</p><p>bricas. A finalidade da prisão era suprir a necessidade das</p><p>indústrias incipientes, e expressava, assim, uma resposta</p><p>à necessidade de utilização racional e intensa do trabalho</p><p>humano. A economia industrial necessitava da conserva-</p><p>ção e mantença da eventual mão-de-obra. Percebeu- se,</p><p>nesse momento, que vigiar é mais rentável e eficaz do que</p><p>punir.</p><p>Mariana de Mello Arrigoni. A prisão: reflexão crítica a partir de suas</p><p>origens. In: História e Teorias Críticas do Direito. Jacarezinho – PR:</p><p>UENP, 2018, p. 148-64 (com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a reescrita do trecho “A fi-</p><p>nalidade da prisão era suprir a necessidade das indústrias</p><p>incipientes, e expressava, assim, uma resposta à necessi-</p><p>dade de utilização racional e intensa do trabalho humano”</p><p>(quarto parágrafo) mantém a coerência das ideias e a cor-</p><p>reção gramatical do texto CG1A1-I.</p><p>(A) A prisão tinha por intuito a supressão das indús-</p><p>trias incipientes, sendo, por isso, uma reação a utili-</p><p>zação necessária, racional e intensa do trabalho dos</p><p>homens.</p><p>(B) O propósito da pena prisional foi impulsionar a in-</p><p>cipiência e necessidade industriais, expressando, des-</p><p>sa forma, uma reação à racionalidade e à intensidade</p><p>do trabalho dos homens.</p><p>(C) Foi para suprir as demandas da industrialização ini-</p><p>ciante que se recorreu a prisão, fato que expressa uma</p><p>resposta racional e intensa ao trabalho do homem.</p><p>(D) O objetivo da prisão era atender às demandas do</p><p>setor industrial que surgia, e, destarte, exprimia uma</p><p>reação à necessidade de uso do trabalho humano de</p><p>modo racional e intenso.</p><p>(E) Suprir as demandas do setor industrial que nas-</p><p>ciam foi o objetivo das prisões e a resposta ao fato de</p><p>que o trabalho dos homens devia ser usado de manei-</p><p>ra racional e intensa.</p><p>98. CEBRASPE (CESPE) - DATI POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-III</p><p>Criminalística - ramo da ciência penal que estuda, in-</p><p>vestiga, descobre, comprova a existência de criminosos,</p><p>usando em seus trabalhos subsídios de antropologia, psi-</p><p>cologia, medicina legal, psiquiatria, dactiloscopia, detector</p><p>de mentiras etc. Entre suas atribuições, estão o levanta-</p><p>mento do local do crime, a colheita de provas e as perícias.</p><p>Também denominada jurisprudência criminal ou polícia</p><p>científica.</p><p>Criminologia - estuda o crime como fenômeno social,</p><p>as suas causas e os meios de evitá-lo; classifica as figuras</p><p>delituosas, trata, em particular, do criminoso, investiga</p><p>causas, fatores individuais, influências determinantes de</p><p>sua ação perniciosa, e indica medidas para reprimir-lhe as</p><p>tendências criminógenas. Funda-se nos princípios domi-</p><p>nantes da biologia, endocrinologia, psicologia e sociologia</p><p>criminais, assim como na medicina legal</p><p>e na psiquiatria.</p><p>Deocleciano Torrieri Guimarães. Dicionário técnico jurídico. São Paulo:</p><p>Riddel, 2011, p. 249-250 (com adaptações).</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>63</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Assinale a opção em que a proposta de reescrita para</p><p>o segmento “Entre suas atribuições, estão o levantamento</p><p>do local do crime, a colheita de provas e as perícias.” (ver-</p><p>bete Criminalística do texto CG1A1-III) é coerente e grama-</p><p>ticalmente correta.</p><p>(A) Dentro de suas responsabilidades encontra-se a re-</p><p>alização do levantamento de onde o crime ocorreu, a</p><p>tomada de provas, e de perícias.</p><p>(B) As atribuições da criminalística por exemplo, se-</p><p>riam providenciar o estudo do local do crime e das</p><p>provas, além de realizar perícias.</p><p>(C) As atribuições da criminalística, que são o levanta-</p><p>mento da cena do crime, envolve a colheita de provas</p><p>e de perícias.</p><p>(D) Compete à criminalística, entre outras atribuições,</p><p>o levantamento do local do crime, a coleta de provas e</p><p>a realização de perícias.</p><p>(E) Sobre a criminalística recaem, por exemplo, o le-</p><p>vantar do local do cometimento do crime e das provas,</p><p>assim como das perícias.</p><p>99. CEBRASPE (CESPE) - TEC NECRO (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG4A1-II</p><p>Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu</p><p>oficialmente a escravidão clássica, com a assinatura, pela</p><p>princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal</p><p>não significou sua extinção no mundo dos fatos, pois, ape-</p><p>sar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer o</p><p>direito de propriedade sobre uma pessoa humana, o Es-</p><p>tado deixou de implementar reformas sociais, principal-</p><p>mente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a</p><p>reconstrução do país e, assim, a superação do problema,</p><p>especialmente o da reinserção da mão de obra outrora es-</p><p>crava no mercado de trabalho livre e assalariado.</p><p>No período pós-abolição da escravidão clássica, as</p><p>condições de miserabilidade dos escravos recém-libertos</p><p>permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de</p><p>trabalho assalariados serem destinados aos imigrantes eu-</p><p>ropeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravi-</p><p>dão contemporânea. A fragilidade das leis que regulavam</p><p>as relações de trabalho, à época, apesar de protagoniza-</p><p>rem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos</p><p>fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos</p><p>vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração</p><p>exacerbada do escravismo clássico colonial.</p><p>De forma semelhante ao retrato da escravidão do</p><p>passado, a escravidão contemporânea consiste em grave</p><p>violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da</p><p>pessoa humana do trabalhador, atingindo-lhe o status li-</p><p>bertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos</p><p>mínimos e caros à autodeterminação humana e viola valo-</p><p>res e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência dis-</p><p>tintiva com relação aos seres irracionais e que alicerçam as</p><p>balizas mínimas de dignidade.</p><p>A escravidão contemporânea deve ser concebida</p><p>como a coisificação, o uso e o descarte de seres humanos:</p><p>o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro</p><p>máximo. Trata-se da superexploração gananciosa do ho-</p><p>mem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos</p><p>dias atuais, o ser humano é transformado em propriedade</p><p>do seu semelhante, que está em uma posição de classe</p><p>economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que</p><p>se anula o poder deliberativo da sua função de trabalha-</p><p>dor: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.</p><p>Internet: <https://acervo.socioambiental.org> (com adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a reescrita do segundo pe-</p><p>ríodo do segundo parágrafo do texto CG4A1-II mantém a</p><p>correção gramatical e os sentidos originais do texto.</p><p>(A) Apesar de protagonizar a “liberdade de contratar”,</p><p>a fragilidade das leis que regulavam as relações de tra-</p><p>balho, à época, sucumbia à realidade dos fatos, que</p><p>submetia os ex-escravos e demais campesinos vulne-</p><p>ráveis à sujeição às mesmas condições de exploração</p><p>exacerbada do escravismo clássico colonial.</p><p>(B) A fragilidade das leis que regulavam as relações de</p><p>trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liber-</p><p>dade de contratar”, sucumbia a realidade dos fatos,</p><p>que submetia os ex-escravos e demais campesinos</p><p>vulneráveis a sujeição as mesmas condições de explo-</p><p>ração exacerbada do escravismo clássico colonial.</p><p>(C) A fragilidade das leis que regulavam as relações de</p><p>trabalho, à época, apesar de protagonizarem a “liber-</p><p>dade de contratar”, sucumbia à realidade dos fatos,</p><p>que submetia os ex-escravos e demais campesinos</p><p>vulneráveis à sujeição das mesmas condições de ex-</p><p>ploração exacerbada ao escravismo clássico colonial.</p><p>(D) A fragilidade das leis que, à época, regulavam as</p><p>relações de trabalho, apesar de protagonizarem a “li-</p><p>berdade de contratar”, sucumbia à realidade dos fa-</p><p>tos. Essa realidade submetia os ex-escravos e demais</p><p>campesinos vulneráveis à sujeição às mesmas condi-</p><p>ções de exploração exacerbada do escravismo clássico</p><p>colonial.</p><p>(E) A fragilidade das leis que regulavam as relações de</p><p>trabalho, à época, embora protagonizasse a “liberdade</p><p>de contratar”, sucumbe à realidade dos fatos, que sub-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6464</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>mete os ex-escravos e demais campesinos vulneráveis</p><p>à sujeição às mesmas condições de exploração exacer-</p><p>bada do escravismo clássico colonial.</p><p>100. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto 2A02</p><p>Utilizando a identificação de datação de combustíveis</p><p>fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais</p><p>mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de</p><p>carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polô-</p><p>nia, eles levantaram informações valiosas sobre como era</p><p>a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de 440</p><p>milhões de anos atrás.</p><p>Naquele tempo, as plantas eram extremamente de-</p><p>pendentes da água para se reproduzir e provavelmente</p><p>não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os</p><p>incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado</p><p>vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno</p><p>porte – da altura do joelho ou da cintura.</p><p>As queimadas precisam de três coisas para existir:</p><p>combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso,</p><p>os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.</p><p>O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixa-</p><p>do depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisado-</p><p>res, que os níveis de oxigênio atmosférico da Terra eram</p><p>de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras</p><p>de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de</p><p>anos podem ter sido similares aos atuais 21% – ou até su-</p><p>periores.</p><p>A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o</p><p>ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse pe-</p><p>ríodo. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo,</p><p>os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida</p><p>evoluiu até aqui.</p><p>Os incêndios florestais, assim como agora, teriam con-</p><p>tribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e</p><p>para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma</p><p>combinação complexa de processos, que exige um traba-</p><p>lho em áreas diversas do conhecimento.</p><p>Esse achado recente com certeza auxilia nesses estu-</p><p>dos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais</p><p>antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data</p><p>confere uma visão mais profunda do passado – e também</p><p>destaca a importância que a pesquisa de incêndios flores-</p><p>tais tem no mapeamento da história geológica.</p><p>“As queimadas têm sido um componente integral nos</p><p>processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas</p><p>seu papel nesses processos certamente foi subestimado”</p><p>conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.</p><p>Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022. Internet: <https://</p><p>super.abril.com.br/...> (com adaptações).</p><p>A correção gramatical e o sentido do texto 2A02 se-</p><p>riam preservados caso o trecho “não chegaram a existir”,</p><p>no primeiro período do segundo parágrafo, fosse substi-</p><p>tuído por</p><p>(A) não chegarão a surgir.</p><p>(B) não chegaram a surgir.</p><p>(C) não conseguiriam surgir.</p><p>(D) não almejaram a existir.</p><p>(E) não chegariam a existir.</p><p>101. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC</p><p>ES/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de violência doméstica,</p><p>assim como o aumento dos casos notificados de ameaça</p><p>contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de</p><p>urgência solicitadas e concedidas também aumentou con-</p><p>sideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>65</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>Cada uma das opções a seguir apresenta uma propos-</p><p>ta de reescrita para o segmento “nos ajuda a pensar”, no</p><p>segundo período do terceiro parágrafo do texto CG1A1-I.</p><p>Assinale a opção em que a proposta apresentada mantém</p><p>a coerência, o nível de formalidade e a correção gramatical</p><p>do texto.</p><p>(A) ajuda à nós pensarmos</p><p>(B) ajuda à gente pensar</p><p>(C) ajuda a gente pensarmos</p><p>(D) ajuda-nos a pensar</p><p>(E) ajuda nos à pensar</p><p>102. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC</p><p>ES/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de</p><p>Estar violência doméstica, assim como o aumento dos</p><p>casos notificados de ameaça contra mulheres. A quantida-</p><p>de de medidas protetivas de urgência solicitadas e conce-</p><p>didas também aumentou consideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>iam preservados os sentidos e a correção gramatical</p><p>do primeiro período do texto CG1A1-I caso se deslocasse</p><p>o vocábulo “ainda” para imediatamente depois de</p><p>(A) “2020”.</p><p>(B) “covid-19”.</p><p>(C) “mulheres”.</p><p>(D) “violência”.</p><p>(E) “vulneráveis”.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6666</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>103. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A contínua ampliação das sociedades humanas no in-</p><p>terior do universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu</p><p>para estimular um modo de falar que sugere que “socieda-</p><p>de” e “natureza” ocupariam compartimentos separados,</p><p>impressão esta que foi reforçada pelo desenvolvimento</p><p>divergente das ciências naturais e das ciências sociais.</p><p>Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais</p><p>que não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas</p><p>dimensões física e social independentemente uma da ou-</p><p>tra. Se transformarmos em verbo o substantivo “tempo”,</p><p>constataremos de imediato que não se pode separar in-</p><p>teiramente a determinação temporal dos acontecimentos</p><p>sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o desenvol-</p><p>vimento dos instrumentos de medição</p><p>do tempo fabrica-</p><p>dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou</p><p>autonomia, certamente, em relação à do tempo físico. A</p><p>relação entre as duas foi se tornando indireta, mas nunca</p><p>foi totalmente rompida, porquanto não pode sê-lo. Duran-</p><p>te muito tempo, foram as necessidades sociais que mo-</p><p>tivaram a mensuração do tempo dos “corpos celestes”. É</p><p>fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo tipo</p><p>de medida foi e continua a ser dependente do desenvol-</p><p>vimento do primeiro tipo, a despeito das influências recí-</p><p>procas.</p><p>Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9 (com</p><p>adaptações).</p><p>Assinale a opção em que é gramaticalmente correta a</p><p>substituição de termo destacado do texto CG1A1-II.</p><p>(A) “alheio” (primeiro período) por distante</p><p>(B) “contribuiu” (primeiro período) por ajudou</p><p>(C) “constataremos” (terceiro período) por percebere-</p><p>mos</p><p>(D) “dependente” (último período) por subordinado</p><p>(E) “transformarmos” (terceiro período) por transfor-</p><p>mássemos</p><p>104. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A contínua ampliação das sociedades humanas no in-</p><p>terior do universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu</p><p>para estimular um modo de falar que sugere que “socieda-</p><p>de” e “natureza” ocupariam compartimentos separados,</p><p>impressão esta que foi reforçada pelo desenvolvimento</p><p>divergente das ciências naturais e das ciências sociais.</p><p>Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais</p><p>que não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas</p><p>dimensões física e social independentemente uma da ou-</p><p>tra. Se transformarmos em verbo o substantivo “tempo”,</p><p>constataremos de imediato que não se pode separar in-</p><p>teiramente a determinação temporal dos acontecimentos</p><p>sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o desenvol-</p><p>vimento dos instrumentos de medição do tempo fabrica-</p><p>dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou</p><p>autonomia, certamente, em relação à do tempo físico. A</p><p>relação entre as duas foi se tornando indireta, mas nunca</p><p>foi totalmente rompida, porquanto não pode sê-lo. Duran-</p><p>te muito tempo, foram as necessidades sociais que mo-</p><p>tivaram a mensuração do tempo dos “corpos celestes”. É</p><p>fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo tipo</p><p>de medida foi e continua a ser dependente do desenvol-</p><p>vimento do primeiro tipo, a despeito das influências recí-</p><p>procas.</p><p>Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9 (com</p><p>adaptações).</p><p>Assinale a opção em que a proposta de reescrita apre-</p><p>sentada para trecho destacado do texto CG1A1-II mantém</p><p>a correção gramatical e as ideias nele veiculadas.</p><p>(A) “que não podemos esperar resolvê-lo” (segundo</p><p>período): que não podemos o esperar resolver</p><p>(B) “foi se tornando indireta” (quinto período): foi tor-</p><p>nando-se indireta</p><p>(C) “foram as necessidades sociais que motivaram a</p><p>mensuração” (sexto período): as necessidades sociais</p><p>é que motivou a mensuração</p><p>(D) “impressão esta que foi reforçada” (primeiro perío-</p><p>do): impressão na qual esta foi reforçada</p><p>(E) “se explorarmos suas dimensões física e social (se-</p><p>gundo período): se caso exploramos sua dimensão</p><p>física e a social</p><p>105. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A contínua ampliação das sociedades humanas no in-</p><p>terior do universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu</p><p>para estimular um modo de falar que sugere que “socieda-</p><p>de” e “natureza” ocupariam compartimentos separados,</p><p>impressão esta que foi reforçada pelo desenvolvimento</p><p>divergente das ciências naturais e das ciências sociais.</p><p>Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais</p><p>que não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>67</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>dimensões física e social independentemente uma da ou-</p><p>tra. Se transformarmos em verbo o substantivo “tempo”,</p><p>constataremos de imediato que não se pode separar in-</p><p>teiramente a determinação temporal dos acontecimentos</p><p>sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o desenvol-</p><p>vimento dos instrumentos de medição do tempo fabrica-</p><p>dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou</p><p>autonomia, certamente, em relação à do tempo físico. A</p><p>relação entre as duas foi se tornando indireta, mas nunca</p><p>foi totalmente rompida, porquanto não pode sê-lo. Duran-</p><p>te muito tempo, foram as necessidades sociais que mo-</p><p>tivaram a mensuração do tempo dos “corpos celestes”. É</p><p>fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo tipo</p><p>de medida foi e continua a ser dependente do desenvol-</p><p>vimento do primeiro tipo, a despeito das influências recí-</p><p>procas.</p><p>Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9 (com</p><p>adaptações).</p><p>Assinale a opção em que é apresentada proposta de</p><p>reescrita gramaticalmente correta e coerente para o tre-</p><p>cho “a despeito das influências recíprocas”, no último pe-</p><p>ríodo do texto CG1A1-II.</p><p>(A) não obstante as influências recíprocas</p><p>(B) malgrado às influências recíprocas</p><p>(C) independentes da reciprocidade das influências</p><p>(D) ressalvado a reciprocidade das influências</p><p>(E) embora hajam influências recíprocas</p><p>106. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In:</p><p>Revista da EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adapta-</p><p>ções).</p><p>No primeiro parágrafo do texto CG2A1-I, estariam</p><p>mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto</p><p>caso se substituísse</p><p>(A) o termo “conceitos” (primeiro período) pelo vocá-</p><p>bulo o.</p><p>(B) o termo “vice-versa” (segundo período) por na jus-</p><p>tiça com o sentido de direito.</p><p>(C) o segmento “a tal” (primeiro período) por até cer-</p><p>to.</p><p>(D) o termo “considerados” (primeiro período) por</p><p>considerada, dada</p><p>a possibilidade de concordância</p><p>com “uma só coisa” (primeiro período).</p><p>(E) a forma verbal “Fala-se” (segundo período) por Fa-</p><p>lam-se.</p><p>107. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>6868</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>No que se refere à correção gramatical e à preservação</p><p>da coerência das ideias do texto CG2A1-I, julgue os pró-</p><p>ximos itens, que consistem em propostas de reescrita do</p><p>primeiro período do segundo parágrafo do texto.</p><p>I Em resumo, se a justiça é um sistema aberto de va-</p><p>lores, constantes em mutação, o direito seria um conjunto</p><p>de princípios e regras voltado a realizá-las.</p><p>II Em síntese, a justiça é um sistema aberto de valores,</p><p>em constante transformação, ao passo que o direito é um</p><p>conjunto de regras e princípios destinado a realizá-la.</p><p>III Por um lado que a justiça seja um sistema aberto de</p><p>valores, em mudança constante, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras, o qual se destina a realizar-lhe.</p><p>IV Em princípio, por ser a justiça um sistema aberto</p><p>de valores constantes de mutação, seria o direito um con-</p><p>junto de princípios e regras destinadas a realizar a justiça.</p><p>V Ao passo que, em suma, o direito é um conjunto de</p><p>princípios e regras destinado a realizar a justiça, esse seria</p><p>um sistema aberto de valores em modificação permanen-</p><p>te.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Nenhum item está certo.</p><p>(B) Apenas o item II está certo.</p><p>(C) Apenas o item III está certo.</p><p>(D) Apenas os itens I, IV e V estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>108. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Direito e justiça são conceitos que se entrelaçam, a tal</p><p>ponto de serem considerados uma só coisa pela consci-</p><p>ência social. Fala-se no direito com o sentido de justiça,</p><p>e vice-versa. Sabe-se, entretanto, que nem sempre eles</p><p>andam juntos. Nem tudo o que é direito é justo e nem</p><p>tudo o que é justo é direito. Isso acontece porque a ideia</p><p>de justiça engloba valores inerentes ao ser humano, trans-</p><p>cendentais, como a liberdade, a igualdade, a fraternidade,</p><p>a dignidade, a equidade, a honestidade, a moralidade, a</p><p>segurança, enfim, tudo aquilo que vem sendo chamado</p><p>de direito natural desde a Antiguidade. O direito, por seu</p><p>turno, é uma invenção humana, um fenômeno histórico e</p><p>cultural concebido como técnica para a pacificação social</p><p>e a realização da justiça.</p><p>Em suma, enquanto a justiça é um sistema aberto de</p><p>valores, em constante mutação, o direito é um conjunto</p><p>de princípios e regras destinado a realizá-la. E nem sempre</p><p>o direito alcança esse desiderato, quer por não ter acom-</p><p>panhado as transformações sociais, quer pela incapacida-</p><p>de daqueles que o conceberam, quer, ainda, por falta de</p><p>disposição política para implementá-lo, tornando-se, por</p><p>isso, um direito injusto.</p><p>É possível dizer que a justiça está para o direito como</p><p>o horizonte está para cada um de nós. Quanto mais cami-</p><p>nhamos em direção ao horizonte — dez passos, cem pas-</p><p>sos, mil passos —, mais ele se afasta de nós, na mesma</p><p>proporção. Nem por isso o horizonte deixa de ser impor-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>69</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>tante, porque é ele que nos permite caminhar. De maneira</p><p>análoga, o direito, na permanente busca da justiça, está</p><p>sempre caminhando, em constante evolução.</p><p>Nesse compasso, a finalidade da justiça é a transfor-</p><p>mação social, a construção de uma sociedade justa, livre,</p><p>solidária e fraterna, sem preconceitos, sem pobreza e sem</p><p>desigualdades sociais. A criação de um direito justo, com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, entretanto,</p><p>não é obra apenas do legislador, mas também, e principal-</p><p>mente, de todos os operadores do direito, de sorte que,</p><p>se ainda não temos uma sociedade justa, é porque temos</p><p>falhado nessa sagrada missão de bem interpretar e aplicar</p><p>o direito.</p><p>Sergio Cavalieri Filho. Direito, justiça e sociedade. In: Revista da</p><p>EMERJ, v. 5, n.º 8, 2002, p. 58-60 (com adaptações).</p><p>Cada uma das próximas opções contém uma proposta</p><p>de reescrita para o seguinte trecho do último parágrafo do</p><p>texto CG2A1-I: “A criação de um direito justo, com efetivo</p><p>poder transformador da sociedade, entretanto, não é obra</p><p>apenas do legislador”. Assinale a opção em que a proposta</p><p>apresentada mantém a correção gramatical e a coerência</p><p>das ideias do texto.</p><p>(A) A criação de um direito justo — com efetivo poder</p><p>transformador da sociedade —, entretanto, não é obra</p><p>apenas do legislador</p><p>(B) De outro lado, a criação de um direito justo com</p><p>efetivo poder transformador da sociedade, não é obra</p><p>apenas do legislador</p><p>(C) A criação de um direito, justo com efetivo poder</p><p>transformador da sociedade, entretanto não é obra</p><p>apenas do legislador</p><p>(D) Nesse meio tempo, a criação de um direito justo</p><p>(com efetivo poder transformador da sociedade) ape-</p><p>nas, não é obra do legislador</p><p>(E) A criação de um direito justo, contudo com efetivo</p><p>poder transformador da sociedade não é obra apenas,</p><p>do legislador</p><p>109. CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT8/TRT 8/ADMINIS-</p><p>TRATIVA/CONTABILIDADE/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1</p><p>O capitalismo de vigilância é uma mutação do capitalis-</p><p>mo da informação, o que nos coloca diante de um desafio</p><p>civilizacional. As Big Techs — seguidas por outras firmas,</p><p>laboratórios e governos — usam tecnologias da informa-</p><p>ção e comunicação (TIC) para expropriar a experiência</p><p>humana, que se torna matéria-prima processada e mer-</p><p>cantilizada como dados comportamentais. O usuário cede</p><p>gratuitamente as suas informações ao concordar com ter-</p><p>mos de uso,</p><p>período do</p><p>quarto parágrafo, funciona como elemento de coesão,</p><p>uma vez que retoma a expressão “o efeito democra-</p><p>tizador da Internet”, no período imediatamente ante-</p><p>rior.</p><p>(B) A próclise empregada em “nos coloca” (primeiro</p><p>período do primeiro parágrafo) é opcional, de modo</p><p>que o emprego da ênclise (coloca-nos) também seria</p><p>correto.</p><p>(C) O pronome “seus” (segundo período do terceiro</p><p>parágrafo) funciona como elemento de coesão e reto-</p><p>ma o termo “Google”, no mesmo período.</p><p>(D) A correção gramatical do texto seria mantida se o</p><p>vocábulo “que” (primeiro período do quarto parágra-</p><p>fo) fosse substituído por onde.</p><p>(E) O pronome “nossos” em “nossos comportamen-</p><p>tos” (segundo período do quarto parágrafo) tem valor</p><p>demonstrativo.</p><p>11. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/AD-</p><p>MINISTRAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda</p><p>oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra</p><p>o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não ti-</p><p>rânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror</p><p>é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização</p><p>da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da</p><p>natureza ou da história, propagar-se livremente por toda</p><p>a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana</p><p>espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os</p><p>homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da his-</p><p>tória. Esse movimento seleciona os inimigos da humani-</p><p>dade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode</p><p>permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de sim-</p><p>patia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e ino-</p><p>cência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva</p><p>o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu</p><p>julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é</p><p>“indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos</p><p>decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos,</p><p>mas no seu tribunal todos os interessados são subjetiva-</p><p>mente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não</p><p>assassinaram, mas executaram uma sentença de morte</p><p>pronunciada por um tribunal superior. Os próprios gover-</p><p>nantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas</p><p>executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,</p><p>mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-</p><p>-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunica-</p><p>ção entre os homens, cuja comunidade é continuamente</p><p>posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A</p><p>estabilidade das leis corresponde ao constante movimen-</p><p>to de todas as coisas humanas, um movimento que jamais</p><p>pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As</p><p>leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo,</p><p>asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialida-</p><p>de de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das</p><p>leis positivas são para a existência política do homem o</p><p>que a memória é para a sua existência histórica: garantem</p><p>a preexistência de um mundo comum, a realidade de cer-</p><p>ta continuidade que transcende a duração individual de</p><p>cada geração, absorve todas as novas origens e delas se</p><p>alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo</p><p>tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de</p><p>conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da</p><p>lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás</p><p>de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa</p><p>ao benefício do poder despótico de um homem contra to-</p><p>dos, muito menos a uma guerra de todos contra todos.</p><p>Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre</p><p>os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se</p><p>dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas.</p><p>Abolir as cercas da lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os</p><p>seus direitos e destruir a liberdade como realidade política</p><p>viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis,</p><p>é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.</p><p>br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, os dois-pontos empre-</p><p>gados após “inocentes” introduzem uma</p><p>(A) conclusão.</p><p>(B) citação.</p><p>(C) consequência</p><p>(D) explicação.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>11</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(E) síntese.</p><p>12. CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/AD-</p><p>MINISTRAÇÃO/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O terror torna-se total quando independe de toda</p><p>oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra</p><p>o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não ti-</p><p>rânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror</p><p>é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização</p><p>da lei do movimento.</p><p>O seu principal objetivo é tornar possível, à força da</p><p>natureza ou da história, propagar-se livremente por toda</p><p>a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana</p><p>espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os</p><p>homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da his-</p><p>tória. Esse movimento seleciona os inimigos da humani-</p><p>dade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode</p><p>permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de sim-</p><p>patia, interfira com a eliminação do “inimigo objetivo” da</p><p>história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e ino-</p><p>cência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva</p><p>o caminho do processo natural ou histórico que já emitiu</p><p>julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é</p><p>“indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos</p><p>decadentes”. O terror manda cumprir esses julgamentos,</p><p>mas no seu tribunal todos os interessados são subjetiva-</p><p>mente inocentes: os assassinados porque nada fizeram</p><p>contra o regime, e os assassinos porque realmente não</p><p>assassinaram, mas executaram uma sentença de morte</p><p>pronunciada por um tribunal superior. Os próprios gover-</p><p>nantes não afirmam serem justos ou sábios, mas apenas</p><p>executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis,</p><p>mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.</p><p>No governo constitucional, as leis positivas destinam-</p><p>-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunica-</p><p>ção entre os homens, cuja comunidade é continuamente</p><p>posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A</p><p>estabilidade das leis corresponde ao constante movimen-</p><p>to de todas as coisas humanas, um movimento que jamais</p><p>pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As</p><p>leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo,</p><p>asseguram a sua liberdade de movimento, a potencialida-</p><p>de de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das</p><p>leis positivas são para a existência política do homem o</p><p>que a memória é para a sua existência histórica: garantem</p><p>a preexistência de um mundo comum, a realidade de cer-</p><p>ta continuidade que transcende a duração individual de</p><p>cada geração, absorve todas as novas origens e delas se</p><p>alimenta.</p><p>Confundir o terror total com um sintoma de governo</p><p>tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de</p><p>conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da</p><p>lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás</p><p>de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa</p><p>ao benefício do poder despótico de um homem contra to-</p><p>dos, muito menos a uma guerra de todos contra todos.</p><p>Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre</p><p>os homens individuais, constrói um cinturão de ferro que</p><p>os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se</p><p>dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas.</p><p>Abolir as cercas da lei entre os homens</p><p>— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os</p><p>seus direitos e destruir a liberdade como realidade política</p><p>viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas leis,</p><p>utilizar serviços gratuitos ou, simplesmente,</p><p>circular em espaços onde as máquinas estão presentes.</p><p>A condição para a emergência do capitalismo de vigi-</p><p>lância foi a expansão das tecnologias digitais na vida co-</p><p>tidiana, dado o sucesso do modelo de personalização de</p><p>alguns produtos no início dos anos 2000. No terço final do</p><p>século XX, estavam criadas as condições para uma terceira</p><p>modernidade, voltada a valores e expectativas dos indiví-</p><p>duos.</p><p>Outras circunstâncias foram ocasionais: o estouro da</p><p>bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11</p><p>de setembro. A primeira provocou a retração dos inves-</p><p>timentos nas startups, o que levou a Google a explorar</p><p>comercialmente os dados dos usuários de seus serviços.</p><p>Para se prevenir contra novos ataques, as autoridades nor-</p><p>te-americanas tornaram-se ávidas de programas de mo-</p><p>nitoramento dos usuários da Internet e se associaram às</p><p>empresas de tecnologia. Por sua vez, a Google passou a</p><p>vender dados a empresas de outros setores, criando um</p><p>mercado de comportamentos futuros. Assim, instaurou-se</p><p>uma nova divisão do aprendizado entre os que controlam</p><p>os meios de extração da mais-valia comportamental e os</p><p>seus destinatários.</p><p>Ao se generalizar na sociedade e se aprofundar na vida</p><p>cotidiana, o capitalismo de vigilância capturou e desviou</p><p>o efeito democratizador da Internet, que abrira a todos o</p><p>acesso à informação. Ele passou a elaborar instrumentos</p><p>para modificar e conformar os nossos comportamentos.</p><p>Internet: < www.scielo.br> (com adaptações).</p><p>Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma</p><p>proposta de reescrita do seguinte trecho do texto CG1A1</p><p>“As Big Techs — seguidas por outras firmas, laboratórios</p><p>e governos — usam tecnologias da informação e comu-</p><p>nicação (TIC) para expropriar a experiência humana, que</p><p>se torna matéria-prima processada e mercantilizada como</p><p>dados comportamentais.” (segundo período do primeiro</p><p>parágrafo). Assinale a opção cuja proposta de reescrita,</p><p>além de estar gramaticalmente correta, preserva os senti-</p><p>dos originais do texto.</p><p>(A) As Big Techs, seguidas de outras firmas, labora-</p><p>tórios e governos, usam tecnologias da informação e</p><p>comunicação (TIC) para expropriar a experiência hu-</p><p>mana, que se torna matéria-prima processada e mer-</p><p>cantilizada na forma de dados de comportamento.</p><p>(B) As Big Techs, seguidas por outras firmas, laborató-</p><p>rios e governos — usam tecnologias da informação e</p><p>comunicação (TIC) para reaproveitar a experiência hu-</p><p>mana, que se torna eventos processados e vendidos</p><p>como dados comportamentais.</p><p>(C) As Big Techs — acompanhadas por outras firmas,</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>7070</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>laboratórios e governos — usam tecnologias da infor-</p><p>mação e comunicação (TIC) para expropriar a experi-</p><p>ência humana, que se tornam insumos processados e</p><p>mercantilizados como dados comportamentais.</p><p>(D) As Big Techs — seguidas por outras firmas, labora-</p><p>tórios e governos — usam tecnologias da informação</p><p>e comunicação (TIC) para expropriar a experiência hu-</p><p>mana, que se tornam elementos processados e mer-</p><p>cantilizados como dados comportamentais.</p><p>(E) As Big Techs, bem como outras firmas, laboratórios</p><p>e governos — aproveitam tecnologias da informação e</p><p>comunicação (TIC) para recriar a experiência humana,</p><p>que se torna matéria-prima processada e mercantiliza-</p><p>da como dados comportamentais.</p><p>110. CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT8/TRT 8/ADMINIS-</p><p>TRATIVA/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>O trabalho é considerado algo central na vida dos su-</p><p>jeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de</p><p>vida, sendo um mediador dos ciclos da existência dos</p><p>trabalhadores. E algo que é considerado de extrema im-</p><p>portância nesse contexto é o processo de aposentadoria.</p><p>Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de</p><p>grande relevância no estudo do planejamento de carreira.</p><p>Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentado-</p><p>ria” carrega em si uma dualidade de significados inerentes</p><p>a esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria</p><p>remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associa-</p><p>da à ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de</p><p>não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao</p><p>abandono, à inatividade e à finitude.</p><p>Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada</p><p>de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação</p><p>positiva, que, de forma geral, se relaciona à noção de uma</p><p>conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca</p><p>a aposentadoria como uma liberdade de o indivíduo ge-</p><p>renciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina</p><p>como preferir, investindo mais em atividades pessoais, so-</p><p>ciais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez,</p><p>está vinculada a problemas financeiros, perda de status</p><p>social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou deso-</p><p>cupação, entre outras situações. Além disso, com a expec-</p><p>tativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sen-</p><p>timentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o</p><p>futuro.</p><p>Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões da</p><p>pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, n.º</p><p>000223, 2022. Internet:</p><p><semanaacademica.org.br> (com adaptações).</p><p>Em cada uma das opções a seguir, é apresentada uma</p><p>proposta de reescrita do trecho “E algo que é considerado</p><p>de extrema importância nesse contexto é o processo de</p><p>aposentadoria” (segundo período do primeiro parágrafo).</p><p>Assinale a opção cuja proposta de reescrita mantém o sen-</p><p>tido, a coerência e a correção gramatical do texto CG2A1-I.</p><p>(A) E algo que é considerado nesse contexto de extre-</p><p>ma importância, é o processo de aposentadoria.</p><p>(B) E o processo, considerado de extrema importância</p><p>nesse contexto, é o de aposentadoria.</p><p>(C) E o processo de aposentadoria é algo considerado</p><p>de extrema importância nesse contexto.</p><p>(D) E o que é considerado de extrema importância</p><p>nesse contexto é, o processo de aposentadoria.</p><p>(E) E, algo que é considerado de extrema importância</p><p>nesse contexto, é o processo de aposentadoria.</p><p>111. CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT8/TRT 8/ADMINIS-</p><p>TRATIVA/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>O trabalho é considerado algo central na vida dos su-</p><p>jeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de</p><p>vida, sendo um mediador dos ciclos da existência dos</p><p>trabalhadores. E algo que é considerado de extrema im-</p><p>portância nesse contexto é o processo de aposentadoria.</p><p>Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de</p><p>grande relevância no estudo do planejamento de carreira.</p><p>Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentado-</p><p>ria” carrega em si uma dualidade de significados inerentes</p><p>a esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria</p><p>remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associa-</p><p>da à ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de</p><p>não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao</p><p>abandono, à inatividade e à finitude.</p><p>Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada</p><p>de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação</p><p>positiva, que, de forma geral, se relaciona à noção de uma</p><p>conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca</p><p>a aposentadoria como uma liberdade de o indivíduo ge-</p><p>renciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina</p><p>como preferir, investindo mais em atividades pessoais, so-</p><p>ciais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez,</p><p>está vinculada a problemas financeiros, perda de status</p><p>social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou deso-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>71</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>cupação, entre outras situações. Além disso, com a expec-</p><p>tativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sen-</p><p>timentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o</p><p>futuro.</p><p>Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões da</p><p>pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, n.º</p><p>000223, 2022. Internet:</p><p><semanaacademica.org.br> (com adaptações).</p><p>No</p><p>segundo período do segundo parágrafo, o verbo</p><p>“retirar-se” poderia ser substituído, mantida a correção</p><p>gramatical e os sentidos do texto CG2A1-I, por</p><p>(A) tirar.</p><p>(B) se remover.</p><p>(C) retirar.</p><p>(D) ausentar-se.</p><p>(E) se recolher.</p><p>112. CEBRASPE (CESPE) - AUD S (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/PSICOLOGIA/2022</p><p>Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras</p><p>ou trechos de texto.</p><p>Texto CG1A1</p><p>O maior desafio do Brasil na área de ciência, tecnolo-</p><p>gia e inovação é a elaboração e a implementação de uma</p><p>política de longo prazob que permita ao desenvolvimento</p><p>científico e tecnológico alcançar a população e que efeti-</p><p>vamente tenha um impacto determinante na melhoria das</p><p>condições de vida da sociedade. Esse é um processo que</p><p>vem se aperfeiçoando com o tempo e que, cada vez mais,</p><p>evidencia o grande potencial de geração de desenvolvi-</p><p>mento e inclusão social do investimento público e privado</p><p>em ciência e tecnologia.</p><p>Eleger ciência, tecnologia e inovação como uma es-</p><p>colha estratégica para o desenvolvimento do país impli-</p><p>ca priorizare investimentos nesse setor, para recuperar o</p><p>tempo perdido e avançar aceleradamente na geração e na</p><p>difusão de conhecimentos e inovações, em especial quan-</p><p>to à sua incorporação na produção. Significa também ad-</p><p>vogar em prol dad importância da ciência, da tecnologia e</p><p>da inovação como fator de integração das demais políticas</p><p>de desenvolvimento do Estado.</p><p>O Brasil possui um sistema estruturado de gestão em</p><p>ciência, tecnologia e inovação, composto de um órgão</p><p>central coordenador e de agências de fomento responsá-</p><p>veis pelas definições e implantação de políticas de desen-</p><p>volvimento de ciência, tecnologia e inovação. O mesmo</p><p>modelo é observado nos sistemas estaduais para a gestão</p><p>de políticas de desenvolvimento locais em ciência, tecno-</p><p>logia e inovação, respeitando-sea as vocações regionais.</p><p>O país tem capacidade material e intelectual instalada</p><p>para promover avanços significativos nas políticas nacio-</p><p>nais nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, e de meio</p><p>ambiente, além de disporc de uma sociedade civil mobili-</p><p>zada e de um potente setor empresarial.</p><p>É preciso sensibilizar a sociedade brasileira sobre o</p><p>papel da ciência como promotora da paz e do desenvol-</p><p>vimento, incluindo-se os tomadores de decisão, gestores</p><p>públicos e formadores de opinião da iniciativa privada, de-</p><p>vendo ser implementadas iniciativas com vistas a fortale-</p><p>cer o ensino científico nas escolas do ensino fundamental</p><p>e médio.</p><p>Internet: <pt.unesco.org> (com adaptações).</p><p>Estariam mantidas a correção gramatical e a coerência</p><p>das ideias do texto CG1A1 caso se substituísse</p><p>(A) “respeitando-se” (último período do terceiro pará-</p><p>grafo) por respeitadas.</p><p>(B) “de longo prazo” (primeiro período do primeiro pa-</p><p>rágrafo) por à longo prazo.</p><p>(C) “além de dispor” (quarto parágrafo) por além do</p><p>que dispõem.</p><p>(D) “em prol da” (segundo período do segundo pará-</p><p>grafo) por a despeito da</p><p>(E) “implica priorizar” (primeiro período do segundo</p><p>parágrafo) por requer que priorize-se.</p><p>GABARITO</p><p>1 D</p><p>2 E</p><p>3 B</p><p>4 D</p><p>5 C</p><p>6 C</p><p>7 D</p><p>8 D</p><p>9 A</p><p>10 C</p><p>11 D</p><p>12 A</p><p>13 C</p><p>14 A</p><p>15 E</p><p>16 D</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>7272</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>17 E</p><p>18 C</p><p>19 A</p><p>20 D</p><p>21 E</p><p>22 D</p><p>23 E</p><p>24 D</p><p>25 D</p><p>26 D</p><p>27 D</p><p>28 E</p><p>29 B</p><p>30 D</p><p>31 D</p><p>32 A</p><p>33 C</p><p>34 D</p><p>35 D</p><p>36 B</p><p>37 C</p><p>38 B</p><p>39 B</p><p>40 D</p><p>41 A</p><p>42 E</p><p>43 A</p><p>44 B</p><p>45 A</p><p>46 A</p><p>47 C</p><p>48 A</p><p>49 B</p><p>50 E</p><p>51 C</p><p>52 E</p><p>53 B</p><p>54 B</p><p>55 A</p><p>56 E</p><p>57 D</p><p>58 D</p><p>59 E</p><p>60 B</p><p>61 A</p><p>62 E</p><p>63 A</p><p>64 C</p><p>65 B</p><p>66 E</p><p>67 A</p><p>68 C</p><p>69 D</p><p>70 E</p><p>71 C</p><p>72 E</p><p>73 E</p><p>74 B</p><p>75 C</p><p>76 D</p><p>77 A</p><p>78 D</p><p>79 A</p><p>80 C</p><p>81 D</p><p>82 C</p><p>83 B</p><p>84 B</p><p>85 A</p><p>86 C</p><p>87 A</p><p>88 E</p><p>89 A</p><p>90 D</p><p>91 E</p><p>92 B</p><p>93 B</p><p>94 E</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>73</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>95 A</p><p>96 B</p><p>97 D</p><p>98 D</p><p>99 D</p><p>100 B</p><p>101 D</p><p>102 E</p><p>103 C</p><p>104 B</p><p>105 A</p><p>106 B</p><p>107 B</p><p>108 A</p><p>109 A</p><p>110 C</p><p>111 E</p><p>112 A</p><p>ANOTAÇÕES</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>_____________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>______________________________________________________</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>7474</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>_______________________________________________________________________________________________________________</p><p>75</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>MATEMÁTICA</p><p>1. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/ÁREA</p><p>GERAL/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Uma quadrilha especializada em roubo a bancos é</p><p>composta por 5 homens: o chefe, o subchefe, o especia-</p><p>lista em explosivos, o especialista em tecnologia e o espe-</p><p>cialista em armas. A polícia descobriu que a quadrilha faria</p><p>um roubo e que seus membros estariam usando máscaras</p><p>com cores diferentes (preta, cinza, azul, verde e marrom),</p><p>mas não descobriu quem estaria usando qual máscara.</p><p>Nesse caso, é possível distribuir as máscaras entre os</p><p>membros da quadrilha de</p><p>(A) 5 formas distintas.</p><p>(B) 120 formas distintas.</p><p>(C) 10 formas distintas.</p><p>(D) 25 formas distintas.</p><p>(E) 32 formas distintas.</p><p>2. CEBRASPE (CESPE) - PPE (SERES PE)/SERES</p><p>PE/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Uma agência de turismo oferece passeios consisten-</p><p>tes na visita a 12 pontos turísticos da cidade de Olinda-PE,</p><p>entre os quais estão as praias do Bairro Novo e da Casa</p><p>Caiada, que são as únicas praias da lista de pontos turís-</p><p>ticos. A partir dessas informações, assinale a opção que</p><p>apresenta o número de maneiras possíveis de organizar</p><p>roteiros de visitas aos 12 pontos turísticos, tal que, se uma</p><p>praia é visitada, então a segunda praia deve ser o próximo</p><p>ponto turístico a ser visitado.</p><p>(A) 10!</p><p>(B) 2×3×10!</p><p>(C) 2×11!</p><p>(D) 12×11×10×···×4×3</p><p>(E) 12!</p><p>3. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/PO-</p><p>LITEC RO/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>João, Paulo e mais outras 3 pessoas estavam em uma</p><p>fila para, individualmente, depor sobre determinado deli-</p><p>to. Nessa fila, João estava imediatamente após Paulo. Nes-</p><p>sa situação hipotética, a quantidade de possíveis ordens</p><p>diferentes para os depoimentos é igual a</p><p>(A) 10.</p><p>(B) 12.</p><p>(C) 24.</p><p>(D) 48.</p><p>(E) 120.</p><p>4. CEBRASPE (CESPE) - TEC NECRO (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Texto CG4A2-II</p><p>De um conjunto de 10 técnicos em necropsia, 4 serão</p><p>selecionados para um treinamento especial.</p><p>Considerando o texto CG4A2-II, a quantidade de ma-</p><p>neiras que esta delegação de 4 técnicos poderá ser forma-</p><p>da é igual a</p><p>(A) 40.</p><p>(B) 210.</p><p>(C) 256.</p><p>(D) 5.040.</p><p>(E) 10.000.</p><p>5. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Considere a seguinte proposição.</p><p>P : Como subestimou a inteligência dos adversários e</p><p>não gostou do que viu, o candidato extravasou aflição e</p><p>externou seu incômodo.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>7676</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Mantendo-se as posições dos conectivos lógicos como</p><p>na proposição P, mencionada no texto, mas alterando-se</p><p>as posições de suas proposições simples constituintes, a</p><p>quantidade de proposições que podem ser formadas é</p><p>igual a</p><p>(A) 256.</p><p>(B) 4.</p><p>(C) 24.</p><p>(D) 16.</p><p>(E) 8.</p><p>6. CEBRASPE (CESPE) - MED (PREF MARINGÁ)/PREF</p><p>MARINGÁ/GINECOLOGISTA E OBSTETRA/2022</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Durante um treinamento de 10 servidores, realizou-se</p><p>uma dinâmica em que se dividiram os participantes em</p><p>cinco duplas. Todos tiveram de sentar-se em uma mesa cir-</p><p>cular para realizar a atividade. Nessa situação hipotética,</p><p>a quantidade de maneiras possíveis para que cada dupla</p><p>sente-se à mesa sempre junta é igual a</p><p>(A) 24.</p><p>(B) 45.</p><p>(C) 90.</p><p>(D) 768.</p><p>(E) 362.880.</p><p>7. CEBRASPE (CESPE) - SUP C QUAL (IBGE)/</p><p>IBGE/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Texto 1A3-I</p><p>Considere que os gráficos CA e CB apresentados re-</p><p>presentam, respectivamente, as quantidades mensais de</p><p>clientes de dois mercados concorrentes A e B, desde o</p><p>instante da sua inauguração simultânea, em t = 0, até os</p><p>instantes em que esses mercados encerraram suas ativi-</p><p>dades, respectivamente, nos instantes tA e tB, em que t é</p><p>dado em meses. Considere, ainda, que CA(t) = 300t – 3t² e</p><p>que CB(t) = 120t – t².</p><p>Ainda tendo o texto 1A3-I como referência, suponha</p><p>que 3 clientes do mercado A possam escolher, para retirar</p><p>suas compras do mercado, qualquer um dos 5 caixas dis-</p><p>poníveis, de forma a serem atendidos simultaneamente.</p><p>Nessa situação, a quantidade de escolhas possíveis de cai-</p><p>xas que esses clientes podem fazer é igual a</p><p>(A) 6.</p><p>(B) 10.</p><p>(C) 15.</p><p>(D) 60.</p><p>(E) 120.</p><p>8. CEBRASPE (CESPE) - AG PM (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Considere que, para realizar um conjunto de visitas</p><p>domiciliares, tenha sido selecionada, de um grupo de 10</p><p>APM, uma equipe composta por um supervisor, um coor-</p><p>denador e quatro coletores de informações. Se todos os</p><p>APM do grupo forem igualmente hábeis para o desempe-</p><p>nho de qualquer uma dessas funções, a equipe poderá ser</p><p>formada de</p><p>(A) 151.200 maneiras distintas.</p><p>(B) 6.300 maneiras distintas.</p><p>(C) 720 maneiras distintas.</p><p>(D) 210 maneiras distintas.</p><p>(E) 70 maneiras distintas.</p><p>9. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/</p><p>QPE/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Em um distrito policial, estão lotados 30 agentes para</p><p>policiamento ostensivo. Acerca do tempo de serviço des-</p><p>ses agentes como policiais, sabe-se que</p><p>I 6 deles têm mais de 5 anos de serviço;</p><p>II 12 deles têm entre 2 e 10 anos de serviço;</p><p>III 16 deles têm menos de 2 anos de serviço.</p><p>Suponha que 3 policiais do texto 1A6-II sejam escolhi-</p><p>dos no grupo para cumprir determinada diligência. Supo-</p><p>nha, ainda, que se deseje que, na função de policial, 1 des-</p><p>ses agentes tenha mais de 2</p><p>anos de serviço, e os outros 2,</p><p>menos de 2 anos de serviço. Nesse caso, a quantidade de</p><p>formas diferentes de constituir esse grupo é</p><p>(A) inferior a 100.</p><p>(B) superior a 100 e inferior a 400.</p><p>(C) superior a 400 e inferior a 1.000.</p><p>(D) superior a 1.000 e inferior a 2.000.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>77</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(E) superior a 2.000.</p><p>10. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (CBM TO)/CBM</p><p>TO/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Determinado veículo de combate a incêndios, que tem</p><p>seus assentos numerados, tem capacidade para transpor-</p><p>tar 5 soldados, incluindo-se o motorista. Se 5 militares são</p><p>designados para trabalhar com esse veículo e somente 2</p><p>deles podem dirigi-lo, então a quantidade de formas di-</p><p>ferentes que eles podem ocupar os assentos do veículo é</p><p>igual a</p><p>(A) 6.</p><p>(B) 10.</p><p>(C) 48.</p><p>(D) 120.</p><p>11. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Um famoso escritor latino-americano assinou um con-</p><p>trato com uma editora para a produção de um livro com</p><p>12 contos inéditos, que deverão ser organizados em or-</p><p>dem alfabética crescente, de acordo com seus títulos. No</p><p>processo de criação, o autor elaborou 16 contos diferentes</p><p>e, para submeter uma versão preliminar do livro à editora,</p><p>escolheu 12 desses contos. Para tanto, ele tomou como</p><p>títulos provisórios dos 16 contos preliminares as 16 pri-</p><p>meiras letras do alfabeto. Por ter dificuldade de eliminar 4</p><p>contos, ele decidiu escolher aleatoriamente os 12 contos,</p><p>por meio de um sorteio.</p><p>A partir das informações dessa situação hipotética, as-</p><p>sinale a opção que indica a quantidade de formas diferen-</p><p>tes em que o autor pode escolher os 12 contos do seu livro</p><p>para submissão à editora.</p><p>(A)</p><p>(B) 43.680</p><p>(C) 1.820</p><p>(D) 192</p><p>(E) 16</p><p>12. CEBRASPE (CESPE) - AG PT (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Texto 1A3-I</p><p>Aldo, produtor de uvas, dispõe de 10 trabalhadores</p><p>para realizar a colheita do seu plantio. Na época adequa-</p><p>da, para acelerar o processo de colheita, Aldo contratou</p><p>mais 5 trabalhadores, que se juntaram aos 10 já existentes.</p><p>Ainda com base no texto 1A3-I, suponha que do grupo</p><p>de 15 trabalhadores fosse constituída uma comissão de 3</p><p>membros e que exatamente um desses membros devesse</p><p>ser escolhido entre os 5 trabalhadores novos. Nessa situ-</p><p>ação, a quantidade de comissões distintas que podem ser</p><p>formadas é igual a</p><p>(A) 25.</p><p>(B) 225.</p><p>(C) 450.</p><p>(D) 455.</p><p>(E) 1.350.</p><p>13. CEBRASPE (CESPE) - TEC (COREN SE)/COREN SE/</p><p>ADMINISTRATIVO/2021</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Considere que, para realizar os procedimentos de va-</p><p>cinação, uma equipe tenha sido formada por três técnicos</p><p>de enfermagem para exercer funções distintas. Um deles</p><p>é responsável por registrar as informações do paciente</p><p>nos sistemas; outro, por preparar a dose; e o terceiro, por</p><p>aplicar. Considere ainda que um centro de saúde dispo-</p><p>nha de dez técnicos, todos igualmente hábeis nessas três</p><p>funções. A propósito dessa situação hipotética, assinale a</p><p>opção correspondente à quantidade de maneiras distintas</p><p>que uma equipe pode ser formada.</p><p>(A) 30</p><p>(B) 120</p><p>(C) 1.000</p><p>(D) 720</p><p>14. CEBRASPE (CESPE) - PROF (B COQUEIROS)/PREF</p><p>B DOS COQUEIROS/MATEMÁTICA/2020</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Uma maneira divertida de conhecer a cidade de Barra</p><p>dos Coqueiros a partir de Aracaju é atravessar o rio Sergipe</p><p>dentro de um pequeno barco rústico chamado de tototó.</p><p>A figura a seguir apresenta um desenho esquemático da</p><p>MATEMÁTICA</p><p>7878</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>ala de passageiros no interior de um tototó. Esse barco</p><p>comporta 22 passageiros sentados, distribuídos conforme</p><p>ilustrado na figura.</p><p>Considere que 22 turistas embarcaram em um tototó,</p><p>sendo 12 brasileiros, 7 argentinos e 3 europeus. Nessa si-</p><p>tuação, o número de maneiras de se escolherem 10 turis-</p><p>tas para ocupar o banco A, 10 turistas para ocupar o banco</p><p>B e dois turistas para ocupar o banco C, de tal forma que</p><p>haja um europeu em cada um dos três bancos, é igual a</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>15. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2019</p><p>Os funcionários de uma repartição foram distribuídos</p><p>em sete grupos de trabalhos, de modo que cada funcioná-</p><p>rio participa de exatamente dois grupos, e cada dois gru-</p><p>pos têm exatamente um funcionário em comum.</p><p>Nessa situação, o número de funcionários da reparti-</p><p>ção é igual a</p><p>(A) 7.</p><p>(B) 14.</p><p>(C) 21.</p><p>(D) 28.</p><p>(E) 35.</p><p>16. CEBRASPE (CESPE) - ACI (COGE CE)/COGE CE/</p><p>AUDITORIA/GOVERNAMENTAL/2019</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Em determinado órgão, sete servidores foram desig-</p><p>nados para implantar novo programa de atendimento ao</p><p>público. Um desses servidores será o coordenador do pro-</p><p>grama, outro será o subcoordenador, e os demais serão</p><p>agentes operacionais.</p><p>Nessa situação, a quantidade de maneiras distintas de</p><p>distribuir esses sete servidores nessas funções é igual a</p><p>(A) 21.</p><p>(B) 42.</p><p>(C) 256.</p><p>(D) 862.</p><p>(E) 5.040.</p><p>17. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>A comissão organizadora dos processos de seleção de</p><p>novos alunos de uma universidade decidiu que candidatos</p><p>oriundos de uma mesma escola de ensino médio deve-</p><p>riam ser alocados em salas de aplicação de provas diferen-</p><p>tes, a fim de garantir a lisura do processo. Em um processo</p><p>de seleção, inscreveram-se 5.000 candidatos, oriundos de</p><p>50 escolas diferentes. De cada uma dessas escolas, saíram</p><p>exatamente 100 candidatos. Em um colégio onde serão</p><p>aplicadas as provas dessa seleção, as salas têm capacidade</p><p>para 40 candidatos.</p><p>A quantidade de maneiras distintas de se escolher e</p><p>destinar 40 desses candidatos para realizarem as provas</p><p>em uma das salas desse colégio, respeitando-se a decisão</p><p>da comissão organizadora, é expressa por</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>79</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>18. CEBRASPE (CESPE) - TTRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Se 7 kg de feijão forem distribuídos para até quatro</p><p>famílias, de modo que cada uma delas receba um número</p><p>inteiro de quilos, então, nesse caso, a quantidade de ma-</p><p>neiras distintas de se distribuírem esses 7 kg de feijão para</p><p>essas famílias será igual a</p><p>(A) 30.</p><p>(B) 120.</p><p>(C) 330.</p><p>(D) 820.</p><p>(E) 1.320.</p><p>19. CEBRASPE (CESPE) - AFA (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto:Análise combinatória (princípio fundamental</p><p>da contagem, arranjos, combinações, permutações)</p><p>Sete pessoas se dirigem para formar uma fila em fren-</p><p>te ao único caixa de atendimento individual em uma agên-</p><p>cia bancária. Dessas sete pessoas, quatro são idosos. Um</p><p>servidor da agência deverá organizar a fila de modo que os</p><p>idosos sejam atendidos antes dos demais.</p><p>Nessa situação, a quantidade de maneiras distintas de</p><p>se organizar a fila é igual a</p><p>(A) 5.040.</p><p>(B) 720.</p><p>(C) 576.</p><p>(D) 288.</p><p>(E) 144.</p><p>20. CEBRASPE (CESPE) - ESC POL (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>A empresa Vila Real comercializa três tipos de vinho:</p><p>Real Prata, Real Ouro e Real Premium. O preço de uma</p><p>garrafa de Real Ouro é igual ao dobro do preço de uma</p><p>garrafa de Real Prata. Além disso, uma garrafa de Real</p><p>Ouro é também igual à metade do preço de uma garrafa</p><p>de Real Premium. No ano passado, essa empresa vendeu</p><p>mil garrafas de cada um dos três tipos de vinho, tendo ob-</p><p>tido uma receita de 350 mil reais.</p><p>A partir dessas informações, conclui-se que o preço de</p><p>(A) uma garrafa de vinho Real Prata é superior a R$</p><p>62,00.</p><p>(B) três garrafas de vinho de tipos diferentes é supe-</p><p>rior a R$ 387,00.</p><p>(C) uma garrafa de vinho Real Ouro é inferior a R$</p><p>93,00.</p><p>(D) uma garrafa de vinho Real Premium é superior a</p><p>R$ 187,00.</p><p>(E) duas garrafas de vinho, sendo uma do Real Prata e</p><p>outra de Real Premium, é inferior a R$ 245,00.</p><p>21. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>De um auditório com agentes da polícia civil saíram</p><p>42 mulheres e restaram agentes na razão de dois homens</p><p>para cada mulher; depois, 50 homens saíram do local e</p><p>restaram agentes na razão de três mulheres para cada ho-</p><p>mem. Nesse caso, o número de agentes que havia inicial-</p><p>mente no auditório é igual a</p><p>(A) 92.</p><p>(B) 132.</p><p>(C) 100.</p><p>(D) 112.</p><p>(E) 120.</p><p>22. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/</p><p>QPE/2021</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Em um distrito policial, estão lotados 30 agentes para</p><p>policiamento ostensivo. Acerca do tempo de serviço des-</p><p>ses agentes como policiais, sabe-se que</p><p>I 6 deles têm mais de 5 anos de serviço;</p><p>II 12 deles têm entre 2 e 10 anos de serviço;</p><p>III 16 deles têm menos de 2 anos de serviço.</p><p>Considere que Pedro e Paulo sejam policiais no distrito</p><p>policial do texto 1A6-II e que Pedro tenha começado a tra-</p><p>balhar na policia 6 anos antes de Paulo. Considerando-se</p><p>que, daqui a 1 ano, o tempo de serviço de Pedro será o</p><p>dobro do tempo de serviço de Paulo, então o tempo de</p><p>serviço de Paulo hoje é igual a</p><p>(A) 2 anos.</p><p>(B) 3 anos.</p><p>(C) 4 anos.</p><p>(D) 5 anos.</p><p>(E) 6 anos.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>8080</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>23. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>PROGRAMAÇÃO/2021</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Um mesmo trabalho pode ser realizado por João e Pe-</p><p>dro em 6 dias; por Pedro e José em 8 dias; ou por João e</p><p>José em 12 dias.</p><p>Nesse caso, para fazer o trabalho sozinho, João levará</p><p>(A) 32 dias.</p><p>(B) 26 dias.</p><p>(C) 20 dias.</p><p>(D) 16 dias.</p><p>(E) 14 dias.</p><p>24. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UB)/UB/MEDICI-</p><p>NA/2021</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>O número total de médicos, enfermeiros e técnicos de</p><p>saúde trabalhando em determinado hospital é igual a 400.</p><p>O número total de médicos e enfermeiros supera o nú-</p><p>mero de técnicos em 60, e o triplo do número de médicos</p><p>é igual ao número total de enfermeiros e de técnicos de</p><p>enfermagem.</p><p>Nesse caso, o número de médicos trabalhando nesse</p><p>hospital é igual a</p><p>(A) 100.</p><p>(B) 110.</p><p>(C) 120.</p><p>(D) 130.</p><p>(E) 140.</p><p>25. CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJ PA)/TJ PA/ANÁLISE DE</p><p>SISTEMA/DESENVOLVIMENTO/2020</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Determinada empresa tem 70 atendentes, divididos</p><p>em 3 equipes de atendimento ao público que trabalham</p><p>em 3 turnos: de 7 h às 13 h, de 11 h às 17 h e de 14 h às 20</p><p>h, de modo que, nos horários de maior movimento, exis-</p><p>tam duas equipes em atendimento.</p><p>Se a quantidade de atendentes trabalhando às 12 h for</p><p>igual a 42 e se a quantidade de atendentes trabalhando às</p><p>15 h for igual a 40, então a quantidade de atendentes que</p><p>começam a trabalhar às 7 h será igual a</p><p>(A) 12.</p><p>(B) 24.</p><p>(C) 28.</p><p>(D) 30.</p><p>(E) 42.</p><p>26. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2019</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Um grupo de 256 auditores fiscais, entre eles Antônio,</p><p>saiu de determinado órgão para realizar trabalhos indivi-</p><p>duais em campo.Após cumprirem suas obrigações, todos</p><p>os auditores fiscais retornaram ao órgão, em momentos</p><p>distintos. A quantidade de auditores que chegaram antes</p><p>de Antônio foi igual a um quarto da quantidade de audito-</p><p>res que chegaram depois dele.</p><p>Nessa situação hipotética, Antônio foi o</p><p>(A) 46.º auditor a retornar ao órgão.</p><p>(B) 50.º auditor a retornar ao órgão.</p><p>(C) 51.º auditor a retornar ao órgão.</p><p>(D) 52.º auditor a retornar ao órgão.</p><p>(E) 64.º auditor a retornar ao órgão.</p><p>27. CEBRASPE (CESPE) - TEC JUD (TJ PR)/TJ PR/2019</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Na assembleia legislativa de um estado da Federação,</p><p>há 50 parlamentares, entre homens e mulheres. Em deter-</p><p>minada sessão plenária estavam presentes somente 20%</p><p>das deputadas e 10% dos deputados, perfazendo-se um</p><p>total de 7 parlamentares presentes à sessão.</p><p>Infere-se da situação apresentada que, nessa assem-</p><p>bleia legislativa, havia</p><p>(A) 10 deputadas.</p><p>(B) 14 deputadas.</p><p>(C) 15 deputadas.</p><p>(D) 20 deputadas.</p><p>(E) 25 deputadas.</p><p>28. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Trabalhando sozinho, Pedro produz camisetas perso-</p><p>nalizadas ao custo fixo de R$ 10,00 cada peça. Quando a</p><p>demanda aumenta, ele contrata ajudantes, o que eleva o</p><p>custo de cada peça em R$ 5,00 para cada ajudante contra-</p><p>tado. Um empresário encomendou a Pedro a confecção</p><p>de 1.000 camisetas com o logotipo da empresa para seus</p><p>empregados, prometendo pagar R$ 100.000,00 pela enco-</p><p>menda, com todas as despesas incluídas.</p><p>Dessa forma, se Pedro desejar obter R$ 50.000,00 de</p><p>lucro com essa encomenda, a quantidade de ajudantes</p><p>que ele poderá contratar será igual a</p><p>(A) 3.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>81</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(B) 6.</p><p>(C) 8.</p><p>(D) 10.</p><p>(E) 18.</p><p>29. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Pedro quer comprar dois veículos para a sua empresa:</p><p>um de carga e outro de passageiros. Ele pesquisou dois</p><p>modelos e o preço à vista do veículo de carga é o triplo</p><p>do preço à vista do de passageiros. Dando de entrada R$</p><p>5.000,00 e R$ 10.000,00, respectivamente, para a compra</p><p>do veículo de carga e de passageiros, a quantia que deverá</p><p>financiar para a compra do veículo de carga é igual a cinco</p><p>vezes a quantia necessária para a compra do veículo de</p><p>passageiros.</p><p>Qual é a soma dos preços à vista dos veículos que Pe-</p><p>dro quer comprar?</p><p>(A) R$ 15.000,00</p><p>(B) R$ 30.000,00</p><p>(C) R$ 75.000,00</p><p>(D) R$ 90.000,00</p><p>(E) R$ 100.000,00</p><p>30. CEBRASPE (CESPE) - TTRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>Maria fez compras em três lojas. Em cada uma das lo-</p><p>jas em que ela entrou, a compra feita foi paga, sem haver</p><p>troco, com a quarta parte da quantia que ela tinha na bol-</p><p>sa ao entrar na loja. Ao sair da terceira loja, Maria tinha R$</p><p>270 na bolsa.</p><p>Nesse caso, é correto afirmar que, ao entrar na primei-</p><p>ra loja, Maria tinha na bolsa</p><p>(A) R$ 810.</p><p>(B) R$ 1.080.</p><p>(C) R$ 2.430.</p><p>(D) R$ 7.290.</p><p>(E) R$ 640.</p><p>31. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNB)/UNB/REGU-</p><p>LAR/2018</p><p>Assunto: Equações de primeiro grau</p><p>A seguir são apresentados dados fictícios referentes</p><p>aos públicos nos cinemas de uma grande cidade brasileira</p><p>nos anos de 2012, 2014 e 2016.</p><p>• Em 2016, verificou-se uma queda de público de 5</p><p>milhões de pessoas em relação ao público verificado nos</p><p>anos de 2012 e 2014 conjuntamente.</p><p>• A soma do triplo do público verificado em 2014 com</p><p>o dobro do público verificado em 2016 corresponde a oito</p><p>vezes o público verificado em 2012.</p><p>• Em 2016, o público foi superior a 10 milhões.</p><p>Com base nessas informações, julgue os itens 134 e</p><p>135 e assinale a opção correta no item 136, que é do tipo</p><p>C.</p><p>Se, em 2014, o público nos cinemas da referida cidade</p><p>brasileira tiver superado em 5 milhões aquele verificado</p><p>em 2012, então, em 2016, o público nos cinemas dessa</p><p>cidade ficou</p><p>(A) abaixo de 24 milhões.</p><p>(B) acima de 25 milhões e abaixo de 26 milhões.</p><p>(C) acima de 27 milhões e abaixo de 28 milhões.</p><p>(D) acima de 29 milhões.</p><p>32. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2019</p><p>Assunto: Equações de segundo grau e equações biqua-</p><p>dradas</p><p>A soma das soluções reais da equação 2x,</p><p>em que x ≠ 0 é igual a</p><p>(A) - 7.</p><p>(B) 2.</p><p>(C) 5.</p><p>(D) 7.</p><p>(E) 10.</p><p>33. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Equações logarítmicas</p><p>A quantidade de soluções reais da equação log3(x³) +</p><p>log3 = log3(4) é igual a</p><p>(A) 4.</p><p>(B) 0.</p><p>(C) 1.</p><p>(D) 2.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>8282</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(E) 3.</p><p>34. CEBRASPE (CESPE) - AG PM (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>No desenvolvimento de uma pesquisa, Carlos, agente</p><p>de pesquisas e mapeamento, durante 20 dias consecuti-</p><p>vos, visitou diversos domicílios distintos, de acordo com o</p><p>seguinte esquema:</p><p>● no primeiro dia da pesquisa, Carlos visitou 12 domi-</p><p>cílios distintos;</p><p>● do segundo ao sétimo dia da pesquisa, Carlos</p><p>visitou</p><p>9 domicílios distintos por dia;</p><p>● do oitavo ao vigésimo dia da pesquisa, Carlos visitou</p><p>8 domicílios distintos por dia.</p><p>Com base nessas informações, julgue os itens seguin-</p><p>tes.</p><p>I Para 1 ≤ n ≤ 20, denotando-se por dn a quantidade de</p><p>domicílios visitados por Carlos no n-ésimo dia da pesquisa,</p><p>tem-se que {d1, d2, ..., d20} é uma progressão aritmética.</p><p>II Para 1 ≤ n ≤ 20, denotando-se por tn a quantidade</p><p>total de domicílios visitados por Carlos desde o primeiro</p><p>até o n-ésimo dia da pesquisa, tem-se que {t1, t2,..., t20} é</p><p>uma progressão aritmética.</p><p>III No âmbito da pesquisa realizada, durante os 20 dias</p><p>de sua duração, Carlos visitou 170 domicílios distintos.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Apenas o item III está certo.</p><p>(B) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>(C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>(D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>35. CEBRASPE (CESPE) - AG PM (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>Durante uma coleta de dados, foi observado o seguin-</p><p>te comportamento:</p><p>● no dia em que foram iniciadas as observações, cada</p><p>um dos 20 agentes de pesquisas e mapeamento envolvi-</p><p>dos na coleta visitou 10 domicílios distintos;</p><p>● no primeiro dia subsequente ao início das observa-</p><p>ções, apenas 19 agentes participaram da coleta, mas, em</p><p>compensação, cada um deles visitou 11 domicílios distin-</p><p>tos;</p><p>● no segundo dia subsequente ao início das observa-</p><p>ções, apenas 18 agentes participaram da coleta, mas, em</p><p>compensação, cada um deles visitou 12 domicílios distin-</p><p>tos;</p><p>● esse padrão foi mantido durante os 10 dias subse-</p><p>quentes ao início das observações, ou seja, para 1 ≤ n ≤ 10,</p><p>no n-ésimo dia subsequente ao início das observações, a</p><p>quantidade de agentes envolvidos na coleta caiu para (20</p><p>− n), mas, em compensação, cada agente remanescente</p><p>conseguiu visitar (10 + n) domicílios distintos nesse dia.</p><p>Com base nessas informações, julgue os itens seguin-</p><p>tes.</p><p>I No âmbito dessa coleta de dados, a quantidade de</p><p>domicílios distintos visitados pelos agentes no dia em que</p><p>foram iniciadas as observações foi igual à quantidade de</p><p>domicílios distintos visitados no décimo dia subsequente</p><p>ao início das observações.</p><p>II A quantidade máxima de domicílios distintos visita-</p><p>dos em um único dia foi atingida no quinto dia subsequen-</p><p>te ao início das observações.</p><p>III No âmbito dessa coleta de dados, para 1 ≤ n ≤ 10,</p><p>denotando-se por dn a quantidade de domicílios visitados</p><p>pelos agentes no n-ésimo dia subsequente ao início das</p><p>observações, tem-se que {d1, d2, ..., d10} é uma progressão</p><p>aritmética.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Apenas o item I está certo.</p><p>(B) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>(C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>(D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>36. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>Suponha que cinco números estejam em progressão</p><p>aritmética, sendo o menor deles igual a 4 e o maior igual a</p><p>16. Nesse caso, a soma desses números é igual a</p><p>(A) 20.</p><p>(B) 30.</p><p>(C) 40.</p><p>(D) 60.</p><p>(E) 50.</p><p>37. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>SÉRIES INICIAIS/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>A sequência 11, 19, 27, A, B, C, ... segue um padrão,</p><p>sendo A, B e C números naturais.</p><p>Nessa situação, caso o padrão se mantenha por toda a</p><p>sequência, o resultado da soma A + B + C será</p><p>MATEMÁTICA</p><p>83</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(A) 98.</p><p>(B) 105.</p><p>(C) 129.</p><p>(D) 136.</p><p>(E) 141.</p><p>38. CEBRASPE (CESPE) - AG PT (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>Texto 1A3-II</p><p>Em 2001, a produção anual de batatas da fazenda Alfa</p><p>foi de 60 toneladas. Nos anos seguintes, essa produção</p><p>anual aumentou em progressão aritmética de razão igual</p><p>a 4 toneladas.</p><p>A partir das informações do texto 1A3-II, conclui-se</p><p>que a produção anual de batatas da fazenda Alfa foi igual</p><p>ao dobro da produção de 2001 no ano de</p><p>(A) 2002.</p><p>(B) 2006.</p><p>(C) 2010.</p><p>(D) 2012.</p><p>(E) 2016.</p><p>39. CEBRASPE (CESPE) - AG PT (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>Texto 1A3-II</p><p>Em 2001, a produção anual de batatas da fazenda Alfa</p><p>foi de 60 toneladas. Nos anos seguintes, essa produção</p><p>anual aumentou em progressão aritmética de razão igual</p><p>a 4 toneladas.</p><p>Ainda a partir das informações do texto 1A3-II, con-</p><p>clui-se que a produção total de batatas da fazenda Alfa,</p><p>colhida desde o ano de 2001 até o ano de 2020, foi igual a</p><p>(A) 136 toneladas.</p><p>(B) 240 toneladas.</p><p>(C) 1.200 toneladas.</p><p>(D) 1.960 toneladas.</p><p>(E) 4.800 toneladas.</p><p>40. CEBRASPE (CESPE) - TEC JUD (TJ PR)/TJ PR/2019</p><p>Assunto: Progressão aritmética</p><p>O protocolo de determinado tribunal associa, a cada</p><p>dia, a ordem de chegada dos processos aos termos de uma</p><p>progressão aritmética de razão 2: a cada dia, o primeiro</p><p>processo que chega recebe o número 3, o segundo, o nú-</p><p>mero 5, e assim sucessivamente. Se, em determinado dia,</p><p>o último processo que chegou ao protocolo recebeu o nú-</p><p>mero 69, então, nesse dia, foram protocolados</p><p>(A) 23 processos.</p><p>(B) 33 processos.</p><p>(C) 34 processos.</p><p>(D) 66 processos.</p><p>(E) 67 processos.</p><p>41. CEBRASPE (CESPE) - TEC JUD (TJ PR)/TJ PR/2019</p><p>Assunto: Função exponencial e inequações exponen-</p><p>ciais</p><p>Um investimento em que os juros são capitalizados a</p><p>cada momento é exemplo de aplicação da função expo-</p><p>nencial expressa pela equação y = f(t) = C × bt, em que C ></p><p>0 é o capital inicial, t é o tempo e b > 1 é um número real.</p><p>Assinale a opção em que o gráfico apresentado pode re-</p><p>presentar a função y = f(t) dada, definida para todo t real.</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>8484</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>42. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Função logarítmica e inequações logarítmicas</p><p>A Escala Richter, utilizada para medir a magnitude dos</p><p>terremotos, foi proposta em 1935 pelo sismólogo Charles</p><p>Francis Richter, que pretendia, inicialmente, empregá-la</p><p>apenas para medir abalos que ocorressem no sul da Cali-</p><p>fórnia. A equação proposta por Richter pode ser formula-</p><p>da de várias formas, conforme as variáveis que se adotem</p><p>para compor a equação. No caso da energia mecânica libe-</p><p>rada por um terremoto — E —, em kWh, a magnitude do</p><p>terremoto — M — é expressa por</p><p>Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br.Acesso em: 3 nov. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>Sabendo-se que, em 2014, um terremoto de magni-</p><p>tude 8 foi registrado no litoral do Alasca, qual é o valor da</p><p>energia mecânica liberada nesse terremoto?</p><p>(A) 7 × 10 ⁴ kWh</p><p>(B) 7 × 10 ⁹ kWh</p><p>(C) 7 × 10 ¹⁰ kWh</p><p>(D) 7 × 10 ¹⁴ kWh</p><p>(E) 7 × 10 ¹⁵ kWh</p><p>43. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Razões e funções trigonométricas. Ciclo tri-</p><p>gonométrico</p><p>Considerando a e b como números reais, de modo que</p><p>a imagem da função f : R → R dada por f(x) = a + b × sen(x)</p><p>seja o intervalo [–1,5], assinale a opção que indica os valo-</p><p>res de a e b, respectivamente.</p><p>(A) a = –1 e b = 5</p><p>(B) a = 2 e b = 3</p><p>(C) a = –1 e b = 1</p><p>(D) a = 0 e b = 1</p><p>(E) a = 2 e b = 2</p><p>44. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Razões e funções trigonométricas. Ciclo tri-</p><p>gonométrico</p><p>Em relação às funções trigonométricas sen x e cos x e</p><p>às suas inversas arcsen x e arccos x, assinale a opção cor-</p><p>reta.</p><p>(A) No intervalo 0 ≤ x ≤ π, a função sen x é injetiva e,</p><p>assim, é possível definir a sua inversa arcsen x.</p><p>(B) arccos (cos π/4) = π/4.</p><p>(C) arcsen(sen π/3) = .</p><p>(D) A função arccos x pode ser definida para todo x do</p><p>intervalo [0, π].</p><p>(E) sen(arcsen 1/2) = π/6.</p><p>45. CEBRASPE (CESPE) - TTRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Razões e funções trigonométricas. Ciclo tri-</p><p>gonométrico</p><p>A largura da faixa de areia de uma praia varia com o</p><p>tempo devido ao movimento das marés. Em metros, a lar-</p><p>gura C da faixa de areia, em função do tempo t, em horas,</p><p>é expressa por</p><p>C = 30 + 20sen πt , em que t > 0.</p><p>Nessa situação, o período de C e a largura máxima da</p><p>faixa de areia são, respectivamente, iguais a</p><p>(A) 12 h e 50 m.</p><p>(B) 12 h e 20 m.</p><p>(C) 24 h e 50 m.</p><p>(D) 24 h e 10 m.</p><p>(E) 12 h e 30 m.</p><p>46. CEBRASPE (CESPE)</p><p>- PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Matrizes</p><p>Considerando-se A = uma matriz 3 × 2, se At</p><p>denota a trasposta de A, então o produto At × A é a matriz</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>85</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>47. CEBRASPE (CESPE) - ASST (IFF)/IFF/ALU-</p><p>NOS/2018</p><p>Assunto: Determinantes</p><p>Considere que k seja um número real e que o determi-</p><p>nante da matriz B = seja igual a 27.</p><p>Nesse caso, se A = , então o determinante</p><p>da matriz B - A, será igual a</p><p>(A) 30.</p><p>(B) 0.</p><p>(C) 3.</p><p>(D) 6.</p><p>(E) 10.</p><p>48. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Determinantes</p><p>Considere que A, B e C sejam matrizes quadradas, de</p><p>mesma dimensão e com entradas reais. Assinale a opção</p><p>correta a respeito das propriedades dessas matrizes, as-</p><p>sumindo que det(X) é o determinante da matriz X e XT é a</p><p>matriz transporta da matriz X.</p><p>(A) Se a matriz A for antissimétrica, isto é, se AT = −A,</p><p>então det(A) = 0.</p><p>(B) Se A não for matriz nula e se AB = AC, então B = C.</p><p>(C) Se (A + B)² = (B - A)², então AB = −BA.</p><p>(D) Se AB ≠ BA, então det(AB) ≠ dt(BA).</p><p>(E) det(2A) = 2det(A).</p><p>49. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Determinantes</p><p>Considere o sistema S de m equações lineares e n in-</p><p>cógnitas, mostrado abaixo.</p><p>a11x1 + a12x2 + … + a1nxn = b1</p><p>a21x1 + a22x2 + … + a2nxn = b2</p><p>am1x1 + am2 x2 + … + amnxn = bm</p><p>Nesse sistema, x1 , x2 , … , xⁿ são as incógnitas, os coefi-</p><p>cientes aij e os bisão números reais, para 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤</p><p>n. A respeito das propriedades e das soluções do sistema</p><p>S, assinale a opção correta.</p><p>(A) Considere que m = n e que A = (aij) — a matriz dos</p><p>coeficientes de S — seja tal que det(A) = 0. Nesse caso,</p><p>S não possui solução.</p><p>(B) Se α = (α1 , α2 , … , αn) e β = (β1 , β2 , … , βⁿ ) são</p><p>soluções de S e se r é um número real qualquer, então</p><p>α + β = (α1 + β1 , α2 + β2 , … , αⁿ + βⁿ) e rα = (rα1 , rα2 , …</p><p>, rαn) são também soluções de S.</p><p>(C) Se m < n, então S possui in finitas soluções.</p><p>(D) Se m = n e se o sistema homogêneo associado a</p><p>S — isto é, o sistema com os mesmos coeficientes aij</p><p>apenas considerando todos os bi= 0 — tiver solução</p><p>única, então o sistema S também terá solução única.</p><p>(E) Se m > n, então S não possui solução.</p><p>50. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Determinantes</p><p>O determinante da matriz é igual a</p><p>(A) 1</p><p>(B) cos 2θ</p><p>(C) − cos 2θ.</p><p>(D) sin 2θ</p><p>(E) − sin 2θ.</p><p>51. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (PM TO)/PM TO/</p><p>QPE/2021</p><p>Assunto: Sistemas lineares</p><p>Em um distrito policial, estão lotados 30 agentes para</p><p>policiamento ostensivo. Acerca do tempo de serviço des-</p><p>ses agentes como policiais, sabe-se que</p><p>I 6 deles têm mais de 5 anos de serviço;</p><p>II 12 deles têm entre 2 e 10 anos de serviço;</p><p>III 16 deles têm menos de 2 anos de serviço.</p><p>Considerando-se o texto 1A6-II, é correto afirmar que</p><p>a quantidade de agentes com mais de 10 anos na função</p><p>de policial é igual a</p><p>(A) 2.</p><p>(B) 4.</p><p>(C) 6.</p><p>(D) 8.</p><p>(E) 10.</p><p>52. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (CBM TO)/CBM</p><p>TO/2021</p><p>Assunto: Sistemas lineares</p><p>A soma das idades de 3 amigos é igual a 80 anos. A</p><p>idade do mais novo é a terça parte da soma das idades</p><p>dos outros dois, e o mais velho é 12 anos mais velho que</p><p>o mais jovem. Nesse caso, a idade do mais jovem é igual a</p><p>(A) 14 anos.</p><p>(B) 20 anos.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>8686</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(C) 28 anos.</p><p>(D) 32 anos.</p><p>53. CEBRASPE (CESPE) - PROF (B COQUEIROS)/PREF</p><p>B DOS COQUEIROS/MATEMÁTICA/2020</p><p>Assunto: Sistemas lineares</p><p>Em determinado ano, a soma das populações das cida-</p><p>des Alfa, Beta e Gama era igual a 920 mil habitantes. Nesse</p><p>mesmo ano, a população de Alfa era igual à população de</p><p>Beta adicionada ao triplo da população de Gama, e, se da</p><p>população de Alfa fosse subtraído o sêxtuplo da população</p><p>de Beta, sobrariam 40 mil habitantes em Alfa.</p><p>Das informações dessa situação hipotética conclui-se</p><p>que, naquele ano,</p><p>(A) a população da cidade Alfa era inferior a 600 mil</p><p>habitantes.</p><p>(B) a população da cidade Beta era superior a 130 mil</p><p>habitantes.</p><p>(C) a população da cidade Gama era superior a 175 mil</p><p>habitantes.</p><p>(D) a soma das populações das cidades Alfa e Beta era</p><p>superior a 750 mil habitantes.</p><p>(E) a diferença entre as populações das cidades Gama</p><p>e Beta era inferior a 70 mil habitantes.</p><p>54. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/ENGENHA-</p><p>RIA/2018</p><p>Assunto: Sistemas lineares</p><p>Considere que A = (aij) seja uma matriz quadrada de</p><p>dimensão n × n e de entradas reais; que B = (bi) seja uma</p><p>matriz coluna, de dimensão n x 1 e de entradas reais, e</p><p>que X = (xi) seja a matriz das incógnitas, uma matriz coluna</p><p>de dimensão n × 1. Nesse caso, para se resolver o sistema</p><p>matricial AX = B, o método indicado é o denominado</p><p>(A) método de diferenças finitas.</p><p>(B) método de quadratura de Gauss.</p><p>(C) método de Simpson.</p><p>(D) método de elementos de contorno.</p><p>(E) método de eliminação de Gauss.</p><p>55. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Teorema de Tales</p><p>Considere as retas f, g, h, p e q a seguir.</p><p>f: y = 4x + 1</p><p>g: y = 4x – 2</p><p>h: y = 4x</p><p>p: y = –3x + 6</p><p>q: y = –4x + 1</p><p>No próximo gráfico, A é o ponto de interseção da reta</p><p>q com a reta f; B é o ponto de interseção da reta p com a</p><p>reta f; C é o ponto de interseção da reta q com a reta h; D</p><p>é o ponto de interseção da reta p com a reta h; E é o ponto</p><p>de interseção da reta q com a reta g; e F é o ponto de in-</p><p>terseção da reta p com a reta g.</p><p>A distância aproximada de B até D é de 45/100 metros;</p><p>a de D até F é de 9/10 metros; e a de C até E é de 103/100</p><p>metros.</p><p>Com base nas informações anteriores, assinale a op-</p><p>ção que contém o valor correspondente à distância de A</p><p>até C.</p><p>(A) 206/81 metros</p><p>(B) 103/50 metros</p><p>(C) 50/103 metros</p><p>(D) 81/206 metros</p><p>(E) 103/200 metros</p><p>56. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Teorema de Tales</p><p>Mário e Renan têm 8 anos de idade e possuem carros</p><p>elétricos infantis que podem dirigir nas cercanias de suas</p><p>casas, no condomínio onde moram. O circuito que podem</p><p>utilizar enquanto dirigem esses carros está mostrado no</p><p>croqui a seguir. Renan e Mário podem sair de suas casas</p><p>por qualquer um dos trechos das ruas que as circundam.</p><p>As setas indicam a direção obrigatória a ser respeitada</p><p>pelos garotos em cada um dos trechos das nove ruas do</p><p>MATEMÁTICA</p><p>87</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>traçado. As ruas E, F, G, H e I são paralelas entre si, e as</p><p>ruas B e C são transversais a essas paralelas, mas não são</p><p>paralelas entre si.</p><p>A partir das informações apresentadas, assinale a op-</p><p>ção correta, considerando que, no croqui, as ruas e seus</p><p>trechos são segmentos de retas com a mesma unidade de</p><p>medida.</p><p>(A) É possível que Renan saia de sua casa pela rua I,</p><p>vire à sua esquerda na rua C, depois vire à sua esquer-</p><p>da na rua E e, assim, chegue à casa de Mário.</p><p>(B) É possível que Mário saia de sua casa pela rua A,</p><p>vire à sua esquerda na rua G, vire à sua direita na rua</p><p>B, depois vire à sua esquerda na rua H e, assim, chegue</p><p>à casa de Renan.</p><p>(C) É possível que Renan saia de sua casa pela rua H,</p><p>vire à sua esquerda na rua D e encontre Mário nesta</p><p>rua, caso este tenha saído de sua casa pela rua F, vire à</p><p>sua esquerda na rua A, vire à sua esquerda na rua G e</p><p>prossiga até o cruzamento com a rua D.</p><p>(D) Se Renan contornar o quarteirão composto pelas</p><p>ruas C, H, B e I e Mário contornar o quarteirão forma-</p><p>do pelas ruas B, F, C e E, então a razão entre os seg-</p><p>mentos das ruas paralelas percorridas por Renan será</p><p>igual à razão entre os segmentos das ruas paralelas</p><p>percorridas por Mário.</p><p>(E) Se Mário sair de sua casa pela rua B, virar à sua</p><p>esquerda na rua I, virar à sua esquerda na rua C e pros-</p><p>seguir até o cruzamento com a rua E, então ele per-</p><p>correrá um trajeto no qual os segmentos dos trechos</p><p>em que as ruas paralelas E, F, G, H e I dividem a rua B</p><p>são proporcionais aos segmentos correspondentes da</p><p>rua C.</p><p>57. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Definição, medida, congruência, classificação</p><p>dos ângulos</p><p>O ângulo de 1 radiano</p><p>equivale, em graus, a um ângulo</p><p>(A) menor que 15°.</p><p>(B) maior ou igual a 60°.</p><p>(C) maior ou igual a 15° e menor que 30°.</p><p>(D) maior ou igual a 30° e menor que 45°.</p><p>(E) maior ou igual a 45° e menor que 60°.</p><p>58. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Definição, medida, congruência, classificação</p><p>dos ângulos</p><p>Assinale a opção que apresenta dois ângulos comple-</p><p>mentares.</p><p>(A) 120° e 60°</p><p>(B) 40° e 50°</p><p>(C) 75° e 25°</p><p>(D) 200° e 160°</p><p>(E) 80° e 40°</p><p>59. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Congruência e semelhança de triângulos. Ra-</p><p>zão de semelhança</p><p>Para cortar uma árvore de 20 m de altura em determi-</p><p>nado parque, duas cordas foram amarradas na árvore em</p><p>um ponto P, situado a 16 m acima do solo, e a outros dois</p><p>pontos A e B no solo, situados respectivamente a 12 m e</p><p>30 m do ponto O. Este, por sua vez, estava situado no solo</p><p>exatamente abaixo do ponto P, conforme representado na</p><p>figura a seguir. O terreno em questão é plano, o caule da</p><p>árvore está posicionado de forma perpendicular ao terre-</p><p>no e a árvore será cortada rente ao solo.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>8888</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Considere que, para evitar um provável rompimento</p><p>da corda que unia o ponto P ao ponto B, uma terceira cor-</p><p>da tenha sido amarrada na árvore a 12 m de altura do solo</p><p>e esticada até um ponto C no solo. Nessa situação, se essa</p><p>nova corda tivesse ficado paralela à corda que estava unin-</p><p>do os pontos P e B, então, o ponto C localizar-se-ia sobre</p><p>o segmento OB</p><p>(A) a 4 m do ponto O.</p><p>(B) a 4 m do ponto B.</p><p>(C) a 18 m do ponto O.</p><p>(D) a 7,5 m do ponto O.</p><p>(E) a 7,5 m do ponto B.</p><p>60. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Congruência e semelhança de triângulos. Ra-</p><p>zão de semelhança</p><p>O Monumento ao Empresário, ilustrado na figura I a</p><p>seguir, localiza-se na cidade do Porto, em Portugal, e pos-</p><p>sui características geométricas marcantes. Suponha que,</p><p>inspirado nesse monumento, um projetista tenha ideali-</p><p>zado uma pequena escultura decorativa nas dimensões</p><p>apresentadas na figura II a seguir para o triângulo retân-</p><p>gulo ABC e para o retângulo sombreado. A escultura não</p><p>vai reproduzir integralmente as cerâmicas do monumento,</p><p>mas terá uma placa retangular colada no local sombreado.</p><p>Disponível em: https://pt.wikipedia.org. Acesso em: dez. 2016 (adap-</p><p>tado).</p><p>Considerando-se as dimensões informadas, o lado me-</p><p>nor da placa retangular da escultura decorativa medirá</p><p>(A) 1 cm.</p><p>(B) 1,2 cm.</p><p>(C) 1,5 cm.</p><p>(D) 2 cm.</p><p>(E) 3 cm.</p><p>61. CEBRASPE (CESPE) - AUX ADM (IFF)/IFF/2018</p><p>Assunto: Congruência e semelhança de triângulos. Ra-</p><p>zão de semelhança</p><p>No polígono ABCD da figura precedente, os triângulos</p><p>ABC e ACD são semelhantes e retângulos — nos vértices</p><p>B e C, respectivamente. Além disso, AB = 16 cm, AC = 20</p><p>cm e CD é o lado menor do triângulo ACD. Nessa situação,</p><p>AD mede</p><p>(A) 24 cm.</p><p>(B) 25 cm.</p><p>(C) 28 cm.</p><p>(D) 32 cm.</p><p>(E) 36 cm.</p><p>62. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Soma dos ângulos internos do triângulo</p><p>A fim de medir a temperatura, a umidade, a pressão,</p><p>a velocidade e a direção dos ventos na atmosfera supe-</p><p>rior, uma equipe de pesquisas utilizou um balão meteoro-</p><p>lógico. Depois de algumas horas, os pesquisadores Pedro</p><p>e Rafael, distantes 4 km um do outro, avistaram o balão.</p><p>Pedro avistou o balão segundo um ângulo de elevação de</p><p>30°, e Rafael avistou o balão segundo um ângulo de ele-</p><p>vação de 60°. Ambos estimaram que o balão, naquele ins-</p><p>tante, estava a uma altura entre 1,5 km e 2 km. Para essa</p><p>conclusão, eles usaram as informações de que dispunham</p><p>naquele instante e seus conhecimentos de geometria, de</p><p>modo a representar a situação em que cada um deles es-</p><p>tivesse posicionado em um dos vértices da base de um tri-</p><p>ângulo e o balão meteorológico estivesse no vértice opos-</p><p>to, conforme a figura a seguir.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>89</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Para estimar a altura do balão, os pesquisadores utili-</p><p>zaram, na representação da situação, um triângulo</p><p>(A) retângulo, porque o conhecimento da base e dos</p><p>ângulos de elevação permite calcular a altura.</p><p>(B) retângulo, porque o conhecimento dos ângulos de</p><p>elevação é suficiente para o cálculo da altura.</p><p>(C) equilátero, porque o conhecimento do compri-</p><p>mento da base é suficiente para o cálculo da altura.</p><p>(D) equilátero, uma vez que a altura pode ser calcu-</p><p>lada por ser proporcional ao comprimento dos lados.</p><p>(E) retângulo e isósceles, uma vez que a altura pode</p><p>ser calculada por ser proporcional ao comprimento</p><p>dos catetos.</p><p>63. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Área e Perímetro do triângulo</p><p>Para cortar uma árvore de 20 m de altura em determi-</p><p>nado parque, duas cordas foram amarradas na árvore em</p><p>um ponto P, situado a 16 m acima do solo, e a outrosdois</p><p>pontos A e B no solo, situados respectivamente a 12 m e</p><p>30 m do ponto O. Este, por sua vez, estava situado no solo</p><p>exatamente abaixo do ponto P, conformerepresentado na</p><p>figura a seguir. O terreno em questão é plano, o caule da</p><p>árvore está posicionado de forma perpendicular ao terre-</p><p>no e a árvore será cortada rente aosolo.</p><p>Sejam α e θ , respectivamente, os ângulos nos vértices O</p><p>e P dos triângulos AOB e APB. Considere a ≤ π/2 e π = 3,</p><p>14</p><p>A respeito dos ângulos α , θ e as áreas dos triângulos</p><p>AOB e APB, é correto afirmar que</p><p>(A) α = θ e a área do triângulo AOB é igual à área do</p><p>triângulo APB.</p><p>(B) α > θ e a área do triângulo AOB é menor do que a</p><p>área do triângulo APB.</p><p>(C) α > θ e a área do triângulo AOB é maior do que a</p><p>área do triângulo APB.</p><p>(D) α < θ e a área do triângulo AOB é menor do que a</p><p>área do triângulo APB.</p><p>(E) α < θ e a área do triângulo AOB é maior do que a</p><p>área do triângulo APB.</p><p>64. CEBRASPE (CESPE) - AG PT (IBGE)/IBGE/2021</p><p>Assunto: Área e Perímetro do triângulo</p><p>Na figura anterior, sabendo-se que a área do triângu-</p><p>lo ABC independe do tamanho do lado do quadrado que</p><p>contém o ponto C, conclui-se que a área desse triângulo é</p><p>igual a</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>65. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Área e Perímetro do triângulo</p><p>O triângulo ABC mostrado a seguir está inscrito no</p><p>retângulo incompleto, de lados pontilhados. As medidas</p><p>dos lados do retângulo podem ser observadas na figura</p><p>seguinte.</p><p>O valor da área do triangulo ABC apresentado ante-</p><p>riormente é igual a</p><p>(A) 6 cm².</p><p>(B) 7 cm².</p><p>MATEMÁTICA</p><p>9090</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(C) 8 cm² .</p><p>(D) 12 cm².</p><p>(E) 16 cm².</p><p>66. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (CBM TO)/CBM</p><p>TO/2021</p><p>Assunto: Cálculo de seno e cosseno no triângulo re-</p><p>tângulo</p><p>A inclinação de determinada rampa que tem ângulo</p><p>de elevação α menor do que 30º foi aumentada em 2º,</p><p>conforme ilustrado na figura precedente. Com base nes-</p><p>sas informações, com relação ao valor do cosseno do novo</p><p>ângulo de inclinação da rampa β = α + 2º, é correto afirmar</p><p>que</p><p>(A) o cosseno diminuirá.</p><p>(B) o cosseno aumentará.</p><p>(C) o cosseno permanecerá inalterado.</p><p>(D) o cosseno de β será inferior ao seno de α.</p><p>67. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2019</p><p>Assunto: Cálculo de seno e cosseno no triângulo re-</p><p>tângulo</p><p>Para construir uma rampa de acesso a uma garagem,</p><p>foi feito um projeto conforme a figura a seguir.</p><p>No projeto, a rampa é a hipotenusa AB do triângulo re-</p><p>tângulo ABC. A altura da rampa, representada pelo cateto</p><p>BC, deverá medir 2 m. A distância AC, representada pelo</p><p>outro cateto do triângulo, deverá ser tal que a inclinação</p><p>da rampa, dada pelo ângulo θ no vértice A, não seja supe-</p><p>rior a 30º.</p><p>Nessa situação, sabendo-se que tan 30∘ = , o do</p><p>cateto AC, em metros, deverá ser tal que</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>68. CEBRASPE (CESPE) - AFA (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Cálculo de seno e cosseno no triângulo re-</p><p>tângulo</p><p>O esquema a seguir mostra um observador no ponto</p><p>O, que representa o cume de uma montanha, e um avião</p><p>no ponto A, à altura AB do solo. O ponto C, no segmento</p><p>AB, está a 6 km desse observador.</p><p>O observador enxerga o avião sob</p><p>um ângulo de 60°</p><p>com a horizontal OC e o ponto B, no solo, sob um ângulo</p><p>de 30° com a mesma horizontal.</p><p>Admitindo-se 0,57 e 1,73 como valores aproximados</p><p>para tg 30° e tg 60°, respectivamente, é correto afirmar</p><p>que a altura AB do avião é</p><p>(A) inferior a 8 km.</p><p>(B) superior a 8 km e inferior a 10 km.</p><p>(C) superior a 10 km e inferior a 12 km.</p><p>(D) superior a 12 km e inferior a 14 km.</p><p>(E) superior a 14 km.</p><p>69. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Relações métricas no triângulo retângulo (In-</p><p>clui Teorema de Pitágoras)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>91</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Para cortar uma árvore de 20 m de altura em determi-</p><p>nado parque, duas cordas foram amarradas na árvore em</p><p>um ponto P, situado a 16 m acima do solo, e a outrosdois</p><p>pontos A e B no solo, situados respectivamente a 12 m e</p><p>30 m do ponto O. Este, por sua vez, estava situado no solo</p><p>exatamente abaixo do ponto P, conformerepresentado na</p><p>figura a seguir. O terreno em questão é plano, o caule da</p><p>árvore está posicionado de forma perpendicular ao terre-</p><p>no e a árvore será cortada rente ao solo.</p><p>Sejam α e θ , respectivamente, os ângulos nos vértices O e</p><p>P dos triângulos AOB e APB. Considere a ≤ π/2 e π = 3, 14</p><p>O valor da soma da distância entre os pontos P e A com</p><p>a distância entre os pontos P e B é</p><p>(A) inferior a 25 m.</p><p>(B) superior a 25 m e inferior a 35 m.</p><p>(C) superior a 35 m e inferior a 45 m.</p><p>(D) superior a 55 m.</p><p>(E) superior a 45 m e inferior a 55 m.</p><p>70. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>MATEMÁTICA/2021</p><p>Assunto: Relações métricas no triângulo retângulo (In-</p><p>clui Teorema de Pitágoras)</p><p>Assinale a opção que apresenta medidas que os lados</p><p>de um triângulo retângulo podem ter.</p><p>(A) 4 m, 4 m e 8 m</p><p>(B) 6 m, 8 m e 12 m</p><p>(C) 8 m, 6 m e 10 m</p><p>(D) 3 m, 4 m e 6 m</p><p>(E) 5 m, 7 m e 9 m</p><p>71. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Relações métricas no triângulo retângulo (In-</p><p>clui Teorema de Pitágoras)</p><p>Para determinado equipamento eletrônico, os técni-</p><p>cos de uma empresa produziram um chip na forma de uma</p><p>placa retangular, cujas dimensões deveriam atender à res-</p><p>trição de que o perímetro do triângulo determinado pelos</p><p>lados e pela diagonal do retângulo que modela o chip me-</p><p>disse 2 cm. Nas condições estabelecidas, qual é a equação</p><p>algébrica que relaciona o valor da área, H, da placa do chip</p><p>e o valor de sua diagonal, Z?</p><p>(A) H = 2(1 − Z)</p><p>(B) H = 2(2 − Z)</p><p>(C) H = 2 − Z</p><p>(D) H = 2 − Z2</p><p>(E) H = 2 + Z2</p><p>72. CEBRASPE (CESPE) - PROF (SEED PR)/SEED PR/</p><p>SÉRIES INICIAIS/2021</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Um terreno quadrado de lado a foi dividido conforme</p><p>ilustrado na figura a seguir. Na divisão, a área total do ter-</p><p>reno foi dividida em lotes, ficando o lote IV com a forma de</p><p>um quadrado de lado b.</p><p>Com base nas informações e na figura apresentadas,</p><p>assinale a opção que mostra a expressão que representa a</p><p>soma das áreas dos lotes II e III indicados na figura.</p><p>(A) a² – b²</p><p>(B) 2 . ( a . b – b²)</p><p>(C) 2a² – 2a . b</p><p>(D) a² – 2a . b + b²</p><p>(E) a² + a . b + b²</p><p>MATEMÁTICA</p><p>9292</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>73. CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Os quadrados A, B e C foram colocados lado a lado, de</p><p>modo que uma reta contém os três vértices superiores,</p><p>como mostra a figura a seguir.</p><p>Se a área do quadrado A for 24 cm ², e a área do qua-</p><p>drado C for 6 cm ², então a área do quadrado B será igual a</p><p>(A) 9 cm ².</p><p>(B) 10 cm ².</p><p>(C) 12 cm ².</p><p>(D) 15 cm ².</p><p>(E) 18 cm ².</p><p>74. CEBRASPE (CESPE) - TEC JUD (TJ PR)/TJ PR/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>O carpinteiro José cortou um retângulo de madeira</p><p>medindo 80 cm de comprimento por 60 cm de largura.</p><p>Ele precisa cortar outro retângulo, com a mesma área do</p><p>primeiro, mas com comprimento um quarto maior que o</p><p>daquele outro.</p><p>Desse modo, em relação à largura do primeiro retân-</p><p>gulo, a largura do segundo deverá</p><p>(A) diminuir um terço.</p><p>(B) diminuir um quinto.</p><p>(C) aumentar três vezes.</p><p>(D) aumentar um quinze avos.</p><p>(E) aumentar trinta e seis quinze avos.</p><p>75. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Um terreno retangular tem 8 m de largura e perímetro</p><p>igual ao de um quadrado de 16 m de lado. Com a finalida-</p><p>de de utilizar parte desse terreno para o plantio de hortali-</p><p>ças, dividiu-se o terreno em dois retângulos, um deles me-</p><p>dindo 8 m × X m e o outro medindo 8 m × Y m, conforme</p><p>representado na figura a seguir.</p><p>Qual dos gráficos a seguir expressa a função Y em ter-</p><p>mos de X?</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>93</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>76. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Um cliente encomendou a uma metalúrgica chapas de</p><p>metal retangulares, com dimensões de 75 cm × 195 cm.</p><p>Depois de perfuradas conforme mostra o esquema a se-</p><p>guir, as chapas deveriam pesar, no máximo, 11,5 kg, de</p><p>modo a garantir facilidade na reutilização do resíduo resul-</p><p>tante dos cortes necessário para se fazer os furos. O meta-</p><p>lúrgico propôs, então, trabalhar com placas cujo peso do</p><p>metro quadrado, antes de perfuradas, fosse igual a 12 kg.</p><p>A proposta do metalúrgico está de acordo com as exi-</p><p>gências do cliente, porque o peso de cada placa, depois de</p><p>perfurada, será</p><p>(A) menor que 3,9 kg.</p><p>(B) maior que 4 kg e menor que 4,9 kg.</p><p>(C) maior que 8 kg e menor que 8,7 kg.</p><p>(D) maior que 10 kg e menor que 10,4 kg.</p><p>(E) maior que 11 kg e menor que 11,2 kg.</p><p>77. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Um campo de beisebol tem a forma de um setor de</p><p>elipse, como mostra a figura a seguir. Não há medidas ofi-</p><p>ciais para o tamanho do campo, mas a distância do home</p><p>plate ao limite do campo é de aproximadamente 100 m</p><p>ao longo das linhas laterais, chegando ao máximo de 120</p><p>m. O jardim interno tem medidas oficiais iguais a 27,4 m</p><p>entre a primeira base e a terceira base, que são vértices do</p><p>losango que tem no centro a base do arremessador. Essa</p><p>base fica a 18,4 m do home plate.</p><p>Disponível em: https://ceramicabeisebol.com. Acesso em: 2 dez. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>A área do jardim interno do campo de beisebol é igual</p><p>a</p><p>(A) 128,4 m².</p><p>(B) 252,08 m².</p><p>(C) 338,6 m².</p><p>(D) 504,16 m².</p><p>(E) 750,76 m².</p><p>78. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNB)/UNB/REGU-</p><p>LAR/2019</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>As folhas de papel retangulares são classificadas como</p><p>A0, A1, A2, e têm lados cujos comprimentos obedecem à</p><p>seguinte relação: se a folha Ak tem lados que medem b</p><p>mm e b√2 mm, então os lados da folha A(k − 1) medem</p><p>b√2 mm e b(√2)2mm. Dessa forma, obtém-se uma sequ-</p><p>ência de pares ordenados (bk, bk√2), em que bk−1 = bk√2.</p><p>Por exemplo, como os lados das folhas de papel A4 me-</p><p>dem 210 mm e 210√2 mm, então b4 = 210 mm.</p><p>Em milímetros, os comprimentos dos lados da folha de</p><p>papel A7 são iguais a</p><p>(A) 210 e 210√2</p><p>(B) e 210</p><p>(C) 105 e 105√2</p><p>(D) e 105</p><p>MATEMÁTICA</p><p>9494</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>79. CEBRASPE (CESPE) - AUD (CAGE RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Em um bairro nobre de determinada cidade, uma imo-</p><p>biliária colocou à venda vários terrenos: independente-</p><p>mente do tamanho, o preço do metro quadrado é o mes-</p><p>mo para todos os terrenos à venda. Um terreno retangular</p><p>de 600 m2 de área custa R$ 3.240.000. Em outro terreno,</p><p>também retangular, um dos lados é 25% maior que o lado</p><p>equivalente do primeiro terreno; o outro lado é 20% me-</p><p>nor que o lado equivalente do primeiro terreno.</p><p>Nesse caso, o preço do segundo terreno é igual a</p><p>(A) R$ 1.458.000.</p><p>(B) R$ 3.240.000.</p><p>(C) R$ 3.402.000.</p><p>(D) R$ 3.078.000.</p><p>(E) R$ 3.564.000.</p><p>80. CEBRASPE (CESPE) - AUX ADM (IFF)/IFF/2018</p><p>Assunto: Quadriláteros (propriedades, área, períme-</p><p>tro, soma dos ângulos etc)</p><p>Os lados de um terreno quadrado medem 100 m.</p><p>Houve erro na escrituração, e ele foi registrado como se o</p><p>comprimento do lado medisse 10% a menos que a medida</p><p>correta. Nessa situação, deixou-se de registrar uma área</p><p>do terreno igual a</p><p>(A) 20 m 2.</p><p>(B) 100 m 2.</p><p>(C) 1.000 m 2.</p><p>(D) 1.900 m 2.</p><p>(E) 2.000 m 2.</p><p>81. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Polígonos regulares (medida do lado, diago-</p><p>nal, apótema e área; ângulo interno)</p><p>A figura a seguir apresenta um hexágono regular, que</p><p>ilustra parte do mapa de uma cidade. Cada lado desse he-</p><p>xágono corresponde a uma rua com 100 metros de com-</p><p>primento, enquanto cada diagonal corresponde a uma rua</p><p>com 200 metros de comprimento.</p><p>Durante uma perseguição a pé, policial e suspeito cor-</p><p>riam pela rua AB. O suspeito decidiu seguir pelas ruas BC,</p><p>CD e DE, enquanto o policial, que estava alguns metros</p><p>atrás, seguiu pelas ruas BO e OD. No ponto D, percebendo</p><p>que o suspeito já havia passado por lá, o policial correu em</p><p>direção ao ponto E, onde prendeu o suspeito.</p><p>Considerando-se essa situação hipotética, é correto</p><p>afirmar que, desde o ponto B até o ponto em que ocorreu</p><p>a prisão, o policial percorreu</p><p>(A) a mesma distância que o suspeito.</p><p>(B) 100 m a mais que o suspeito.</p><p>(C) 200 m a mais que o suspeito.</p><p>(D) 600 m a mais que o suspeito.</p><p>(E) 300 m a mais que o suspeito.</p><p>82. CEBRASPE (CESPE) - TTRE (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Polígonos regulares (medida do lado, diago-</p><p>nal, apótema e área; ângulo interno)</p><p>A figura a seguir ilustra a primeira etapa de um proces-</p><p>so recursivo que, a partir de um hexágono regular em que</p><p>os lados medem 1 cm de comprimento, constroem-se 6</p><p>novos hexágonos regulares.</p><p>Nesse processo, os lados do hexágono externo são di-</p><p>vididos em 3 partes iguais e, conforme mostra a figura, são</p><p>construídos outros 6 hexágonos regulares; em cada um de-</p><p>les, o comprimento dos lados é igual a cm. Na segunda</p><p>etapa, dividem-se os lados desses 6 novos hexágonos em</p><p>3 partes iguais, e constroem-se, de maneira -semelhante à</p><p>primeira etapa, outros 36 hexágonos regulares. Esse pro-</p><p>cesso pode seguir indefinidamente.</p><p>Nessa situação, sabendo-se que, se o comprimento</p><p>dos lados de um hexágono regular for igual a</p><p>cm², a área desse hexágono será igual a concluir que a</p><p>soma das áreas dos hexágonos obtidos na 5.ª etapa do</p><p>processo recursivo descrito é igual a</p><p>(A)</p><p>MATEMÁTICA</p><p>95</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>83. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Área do círculo, do setor circular e do seg-</p><p>mento circular</p><p>Para cortar uma árvore de 20 m de altura em determi-</p><p>nado parque, duas cordas foram amarradas na árvore em</p><p>um ponto P, situado a 16 m acima do solo, e a outros dois</p><p>pontos A e B no solo, situados respectivamente a 12 m e</p><p>30 m do ponto O. Este, por sua vez, estava situado no solo</p><p>exatamente abaixo do ponto P, conforme representado na</p><p>figura a seguir. O terreno em questão é plano, o caule da</p><p>árvore está posicionado de forma perpendicular ao terre-</p><p>no e a árvore será cortada rente ao solo.</p><p>Considere que, no momento do corte da árvore, o</p><p>caule não tenha se separado completamente da parte res-</p><p>tante, já que esta havia permanecido unida às raízes. Con-</p><p>sidere, ainda, que as cordas haviam sido amarradas para</p><p>que a árvore não caísse. Nessa situação, se a árvore não</p><p>tivesse sido amarrada, a área total que ela poderia atingir</p><p>na queda seria</p><p>(A) inferior a 500 m2.</p><p>(B) superior a 2000 m2.</p><p>(C) superior a 500 m2 e inferior a 1000 m2.</p><p>(D) superior a 1000 m2 e inferior a 1500 m2</p><p>(E) superior a 1500 m2 e inferior a 2000 m2.</p><p>84. CEBRASPE (CESPE) - PROF (B COQUEIROS)/PREF</p><p>B DOS COQUEIROS/MATEMÁTICA/2020</p><p>Assunto: Área do círculo, do setor circular e do seg-</p><p>mento circular</p><p>A seguinte tabela apresenta a distância aproximada,</p><p>em linha reta, entre a cidade de Itabaiana e quatro outras</p><p>cidades de Sergipe.</p><p>Lagarto Aracaju Estância Poço Verde</p><p>Itabaiana 35 km 50 km 60 km 80 km</p><p>Com base nessas informações, é correto afirmar que</p><p>um círculo com área de 3.200 km2 centrado em Itabaiana</p><p>(A) não inclui nenhuma das outras quatro cidades lis-</p><p>tadas.</p><p>(B) inclui, além de Itabaiana, apenas a cidade de La-</p><p>garto.</p><p>(C) inclui, além de Itabaiana, apenas as cidades de La-</p><p>garto e Aracaju.</p><p>(D) inclui, além de Itabaiana, apenas as cidades de La-</p><p>garto, Aracaju e Estância.</p><p>(E) inclui todas as cidades listadas.</p><p>85. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Polígonos inscritos e circunscritos à circunfe-</p><p>rência</p><p>É muito comum designers e arquitetos utilizarem re-</p><p>tângulos em seus projetos, principalmente os denomina-</p><p>dos retângulos dinâmicos, aqueles em que a proporção</p><p>entre os tamanhos de seus lados é um número irracional.</p><p>Isso ocorre também na confecção das folhas de papel nos</p><p>formatos A0, A1, A2, A3 etc.</p><p>Para construir um retângulo dinâmico em que a pro-</p><p>porção entre os tamanhos de seus lados seja igual a √2,</p><p>um dos procedimentos consiste em:</p><p>1. traçar uma circunferência de raio qualquer;</p><p>2. construir um quadrado inscrito nessa circunferên-</p><p>cia;</p><p>3. traçar as retas r e s, suportes de dois lados opostos</p><p>do quadrado;</p><p>4. traçar as retas u e v, paralelas aos outros dois lados</p><p>do quadrado e que tangenciem a circunferência.</p><p>Os quatro pontos de interseção dessas retas são vérti-</p><p>ces do retângulo dinâmico.</p><p>Em um retângulo dinâmico assim construído, os lados</p><p>maior e menor são congruentes, respectivamente,</p><p>(A) ao dobro do lado do quadrado inscrito e ao raio da</p><p>circunferência.</p><p>(B) ao raio da circunferência e ao lado do quadrado</p><p>inscrito da circunferência.</p><p>(C) à diagonal do quadrado inscrito na circunferência e</p><p>ao raio da circunferência.</p><p>(D) à diagonal do quadrado inscrito na circunferência e</p><p>ao diâmetro da circunferência.</p><p>(E) ao diâmetro da circunferência e ao lado do quadra-</p><p>do inscrito nessa circunferência.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>9696</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>86. CEBRASPE (CESPE) - AUX ADM (IFF)/IFF/2018</p><p>Assunto: Polígonos inscritos e circunscritos à circunfe-</p><p>rência</p><p>Um quadrado tem todos os seus vértices sobre uma</p><p>circunferência de 4 cm de raio. Nesse caso, a área desse</p><p>quadrado é igual a</p><p>(A) 4 cm².</p><p>(B) 8 cm².</p><p>(C) 16 cm².</p><p>(D) 32 cm².</p><p>(E) 64 cm².</p><p>87. CEBRASPE (CESPE) - AFA (SEFAZ RS)/SEFAZ</p><p>RS/2018</p><p>Assunto: Polígonos inscritos e circunscritos à circunfe-</p><p>rência</p><p>Em um triângulo retângulo, a hipotenusa mede 13</p><p>centímetros e um dos catetos mede 5 centímetros. Nesse</p><p>triângulo, considere o retângulo inscrito, em que o com-</p><p>primento do lado maior é igual ao dobro do comprimento</p><p>do lado menor, e um dos lados maiores está sobre o cateto</p><p>maior do triângulo.</p><p>Com base nessas informações, é correto afirmar que a</p><p>área desse retângulo é igual a</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>(E)</p><p>88. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UB)/UB/MEDICI-</p><p>NA/2021</p><p>Assunto: Outros tópicos e questões mescladas de ge-</p><p>ometria plana</p><p>A figura a seguir apresenta uma visão esquemática do</p><p>percurso diário que os técnicos de enfermagem utilizam</p><p>durante a distribuição das refeições nos quartos de deter-</p><p>minado hospital, a partir da cozinha, representada pelo</p><p>ponto A. O percurso diário segue a orientação A-B-C-D-E-</p><p>-F-G-H-I-J-K-B-A, e esse percurso é composto por segmen-</p><p>tos de retas e dois arcos de uma mesma circunferência:</p><p>DEe FG.</p><p>Tomando-se o lado de cada quadrado da figura como</p><p>unidade de medida, é correto afirmar que comprimento</p><p>total desse percurso diário partindo de A e retornando ao</p><p>ponto A</p><p>(A) é inferior a 78.</p><p>(B) está entre 79 e 83.</p><p>(C) está entre 84 e 88.</p><p>(D) está entre 89 e 93.</p><p>(E) é superior a 94.</p><p>89. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Um tanque de água com a forma de um cilindro cir-</p><p>cular reto de diâmetro igual a 2 m e altura igual a 5 m,</p><p>inicialmente cheio, foi lentamente inclinado até o ângulo</p><p>de inclinação com a vertical corresponder a 45°.</p><p>Nessa situação, sabendo-se</p><p>é o espaço vital da liberdade.</p><p>Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.</p><p>br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG1A1-I, a autora emprega as-</p><p>pas nas expressões ‘raças inferiores’, ‘indigno de viver’ e</p><p>‘classes agonizantes e povos decadentes’ com a finalidade</p><p>de</p><p>(A) destacar que trata de um pensamento alheio.</p><p>(B) demarcar citações.</p><p>(C) ironizar o sentido dessas expressões.</p><p>(D) indicar a fala de uma personagem.</p><p>(E) expressar sarcasmo.</p><p>13. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre frase</p><p>“Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O có-</p><p>digo definia(b) que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado(c) de</p><p>forma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim da</p><p>Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou con-</p><p>tra as ditaduras nazifascistas —(d) devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e coor-</p><p>denando os esforços de guerra dos países do Eixo dos Alia-</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1212</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>dos —(d), o mundo foi tomado pelas ideias democráticas,</p><p>e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em 1937)</p><p>já não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946(a) que o</p><p>acesso à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei</p><p>não poderia excluir do Poder Judiciário qualquer violação</p><p>de direitos individuais. Esse foi um grande avanço da legis-</p><p>lação brasileira, mas não durou muito, já que, quase vin-</p><p>te anos depois, durante o regime militar (1964-1985), o</p><p>acesso ao Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos</p><p>de 1968 e 1969, com a emissão dos atos institucionais, as</p><p>condutas praticadas por membros do governo federal fo-</p><p>ram excluídas da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º,(e) inciso XXXV, como direito fundamental de to-</p><p>dos os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>A correção gramatical do texto CG2A1-I seria preser-</p><p>vada se</p><p>(A) fosse inserida uma vírgula logo após “Constituição</p><p>de 1946”.</p><p>(B) fosse inserido o sinal de dois-pontos logo após a</p><p>forma verbal “definia”.</p><p>(C) fosse inserida uma vírgula logo após a palavra “am-</p><p>pliado”.</p><p>(D) fossem suprimidos os travessões empregados no</p><p>parágrafo.</p><p>(E) fosse suprimida a vírgula empregada logo após “ar-</p><p>tigo 5.º”.</p><p>14. CEBRASPE (CESPE) - TDP (DPE RO)/DPE RO/OFI-</p><p>CIAL DE DILIGÊNCIA/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>Durante os séculos XXI a XVII a.C., já era possível en-</p><p>contrar indícios do direito de acesso à justiça no Código</p><p>de Hamurabi, cujas leis foram embasadas na célebre fra-</p><p>se “Olho por olho, dente por dente”, da Lei de Talião. O</p><p>código definia que o interessado poderia ser ouvido pelo</p><p>soberano, que, por sua vez, teria o poder de decisão.</p><p>Em nível global, o acesso à justiça foi ampliado de for-</p><p>ma gradual, juntamente com as transformações sociais</p><p>que ocorreram durante a história da humanidade.</p><p>Com a derrota de Hitler em 1945 e, portanto, o fim</p><p>da Segunda Guerra Mundial, da qual o Brasil participou</p><p>contra as ditaduras nazifascistas — devido à entrada dos</p><p>Estados Unidos da América no conflito, liderando e co-</p><p>ordenando os esforços de guerra dos países do Eixo dos</p><p>Aliados —, o mundo foi tomado pelas ideias democráti-</p><p>cas, e o regime autoritário do Estado Novo (iniciado em</p><p>1937) já não se podia manter.</p><p>Foi somente com a Constituição de 1946 que o acesso</p><p>à justiça foi materializado, prevendo-se que a lei não po-</p><p>deria excluir do Poder Judiciário qualquer violação de di-</p><p>reitos individuais. Esse foi um grande avanço da legislação</p><p>brasileira, mas não durou muito, já que, quase vinte anos</p><p>depois, durante o regime militar (1964-1985), o acesso ao</p><p>Poder Judiciário foi bastante limitado. Nos anos de 1968 e</p><p>1969, com a emissão dos atos institucionais, as condutas</p><p>praticadas por membros do governo federal foram excluí-</p><p>das da apreciação judicial.</p><p>A partir de 1970, o Brasil começou a caminhar para a</p><p>consagração efetiva do direito de acesso à justiça, com a</p><p>intensificação da luta dos movimentos sociais por igual-</p><p>dade social, cidadania plena, democracia, efetivação de</p><p>direitos fundamentais e sociais e efetividade da justiça.</p><p>Em 1988, foi promulgada a atual Constituição Federal,</p><p>que materializou expressamente o acesso à justiça em seu</p><p>artigo 5.º, inciso XXXV, como direito fundamental de todos</p><p>os brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil.</p><p>Nesse sentido, o legislador constituinte não só conce-</p><p>deu a possibilidade de acesso aos tribunais, como também</p><p>estabeleceu a criação de mecanismos adequados para ga-</p><p>ranti-la e efetivá-la.</p><p>O acesso à justiça deve ser compreendido, assim, como</p><p>o acesso obtido tanto pelos meios alternativos de solução</p><p>de conflitos de interesses quanto pela via jurisdicional e</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>13</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>das políticas públicas, de forma tempestiva, adequada e</p><p>eficiente, a toda e qualquer pessoa. É a pacificação social</p><p>com a realização do escopo da justiça.</p><p>Internet: <www.politize.com.br> (com adaptações).</p><p>No parágrafo do texto CG2A1-I, o trecho entre traves-</p><p>sões informa o motivo de</p><p>(A) o Brasil ter participado da Segunda Guerra Mundial</p><p>contra as ditaduras nazifascistas.</p><p>(B) Hitler ter sido derrotado em 1945.</p><p>(C) a Segunda Guerra Mundial ter chegado ao fim.</p><p>(D) o regime autoritário do Estado Novo ter sucumbi-</p><p>do.</p><p>(E) o mundo ter sido tomado pelas ideias democráti-</p><p>cas.</p><p>15. CEBRASPE (CESPE) - ATT (SEFAZ SE)/SEFAZ</p><p>SE/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Somente o trabalho cria riqueza, o objetivo último do</p><p>desenvolvimento. É certo que, caso se desejasse suma-</p><p>riar em uma única expressão o significado de desenvolvi-</p><p>mento, se diria que o seu processo consiste no aumento</p><p>continuado da produtividade do trabalho. É por meio do</p><p>aumento do produto por trabalhador, propiciado pelo au-</p><p>mento da produtividade do trabalho, que se geram os re-</p><p>cursos necessários que tornam possível atingir as demais</p><p>dimensões do desenvolvimento. Sem esse crescimento,</p><p>não há desenvolvimento, embora às vezes o crescimento</p><p>não propicie o desenvolvimento em suas demais dimen-</p><p>sões — redução contínua da pobreza, melhoria da saúde</p><p>e da educação da população e aumento da expectativa de</p><p>vida, entre tantas outras.</p><p>Certamente não há escassez de estratégias de desen-</p><p>volvimento, e elas estão disponíveis para quem delas qui-</p><p>ser tomar conhecimento. Lembrou-nos recentemente Del-</p><p>fim Netto que Adam Smith, em Riqueza das Nações (1776),</p><p>sumariava o seu receituário para o crescimento (a “riqueza</p><p>das nações”) em poucas e simples proposições.</p><p>que cada m3 equivale a</p><p>1000 L de água e considerando-se π = 3, 14, é correto afir-</p><p>mar que restará no tanque um volume de água</p><p>(A) superior a 15000 L.</p><p>(B) superior a 12000 L e inferior a 15000 L.</p><p>(C) superior a 9000 L e inferior a 12000 L.</p><p>(D) inferior a 6000 L.</p><p>(E) superior a 6000 L e inferior a 9000 L.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>97</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>90. CEBRASPE (CESPE) - CAD (CBM TO)/CBM</p><p>TO/2021</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>O tanque de água de determinado caminhão-auto-</p><p>bomba tem o formato de um cilindro deitado de raio r e</p><p>comprimento l. Após determinada operação, o volume de</p><p>água restante no tanque tem altura r/2.</p><p>Considerando essas informações, assinale a opção que</p><p>apresenta o volume de água no tanque após a operação.</p><p>(A)</p><p>(B)</p><p>(C)</p><p>(D)</p><p>91. CEBRASPE (CESPE) - SOLD (CBM TO)/CBM</p><p>TO/2021</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Considere um caminhão-pipa cujo tanque é cilíndrico</p><p>com comprimento igual a 4 metros e diâmetro igual a 2</p><p>metros. Usando-se π = 3,14, é correto estimar que o volu-</p><p>me desse tanque é igual a</p><p>(A) 6.280 litros.</p><p>(B) 12.560 litros.</p><p>(C) 25.120 litros.</p><p>(D) 50.240 litros.</p><p>92. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UB)/UB/MEDICI-</p><p>NA/2021</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Uma pizzaria vende pizzas circulares de 2 cm de altura</p><p>e com volume de 2.512 cm? (considerando-se 3,14 como</p><p>valor aproximado para 11). A pizzaria oferece aos clientes</p><p>a possibilidade de escolherem pizzas circulares com dois</p><p>sabores diferentes, Sabor 1 e Sabor 2, organizados confor-</p><p>me a figura a seguir, em que r é o raio da pizza circular</p><p>menor, sobre a qual é distribuído o Sabor 1, e Ré o raio da</p><p>pizza inteira.</p><p>Com relação a essa situação hipotética, considerando-</p><p>-se 3,14 como valor aproximado para Tr e considerando-se</p><p>que o volume da porção de uma pizza sobre a qual foi dis-</p><p>tribuído o Sabor 2 é igual a 2.355 cm?, é correto concluir</p><p>que o raio r da porção da pizza sobre a qual é distribuído</p><p>o Sabor 1 é igual a</p><p>(A) 3 cm</p><p>(B) 5 cm</p><p>(C) 10 cm</p><p>(D) 15 cm</p><p>(E) 20 cm</p><p>93. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>A parte interna das taças usadas em um restaurante</p><p>são cones circulares retos. O raio da base desses cones</p><p>mede 3 cm e a altura desses cones, 15 cm. O proprietá-</p><p>rio desse restaurante deseja substituir as taças por copos</p><p>cilíndricos circulares retos, mas que possuam a mesma ca-</p><p>pacidade das taças. As figuras a seguir ilustram as taças do</p><p>restaurante e as medidas da parte interna dos copos.</p><p>Se o raio da circunferência interna do copo mede 2,5</p><p>cm, então, para que ele possua a mesma capacidade das</p><p>taças, sua altura H deverá ser igual a</p><p>(A) 6,0 cm.</p><p>(B) 7,2 cm.</p><p>(C) 12,5 cm.</p><p>(D) 21,0 cm.</p><p>(E) 21,6 cm.</p><p>94. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Um projeto de construção de barracas de camping foi</p><p>idealizado observando-se a interseção de dois cilindros cir-</p><p>culares retos e de mesmo raio, conforme ilustra a figura</p><p>MATEMÁTICA</p><p>9898</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>a seguir. Ao se fazer um corte com um plano que contém</p><p>os eixos dos dois cilindros, as superfícies dos dois sólidos</p><p>obtidos ficam no formato da barraca a ser construída.</p><p>A base da barraca a ser construída conforme esse pro-</p><p>jeto tem a forma de um</p><p>(A) círculo.</p><p>(B) trapézio.</p><p>(C) octógono.</p><p>(D) quadrado.</p><p>(E) semicírculo.</p><p>95. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>O cilindro circular reto denominado equilátero é aque-</p><p>le cuja altura é igual ao diâmetro da base. Dessa forma,</p><p>é possível demonstrar que o cilindro equilátero possui a</p><p>menor área total entre todos os cilindros de mesmo volu-</p><p>me. Sabendo disso, Joaquim, fabricante de doces, sempre</p><p>compra embalagens cilíndricas que atendam a essa con-</p><p>dição, pois o preço cobrado por seu fornecedor depende</p><p>somente da quantidade de material usado na confecção</p><p>do cilindro.</p><p>Nessa situação, considerando-se que o raio da emba-</p><p>lagem cilíndrica escolhida por Joaquim seja igual a R cen-</p><p>tímetros e que o material de confecção dessa embalagem</p><p>custe Q reais por centímetro quadrado, então cada emba-</p><p>lagem custará</p><p>(A) × Q × πR² × 2R.</p><p>(B) Q × πR² × 2R.</p><p>(C) Q × 6πR².</p><p>(D) Q × 4πR².</p><p>(E) Q × 2πR².</p><p>96. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Em um supermercado, são encontradas duas marcas</p><p>de molho de tomate, X e Y, cujas embalagens são cilindros</p><p>circulares retos. O raio da base da embalagem da marca</p><p>X é o dobro do raio da base da embalagem da marca Y; a</p><p>altura da embalagem da marca X é a metade da altura da</p><p>embalagem da marca Y. Uma lata de molho de tomate da</p><p>marca X custa R$ 3,60 e uma lata da marca Y custa R$ 3,30.</p><p>As figuras a seguir ilustram a situação descrita.</p><p>Se ambos os produtos tiverem qualidades semelhan-</p><p>tes, então, considerando-se a relação entre preço e capa-</p><p>cidade de cada lata, será mais vantajoso para o comprador</p><p>adquirir o molho de tomate da marca</p><p>(A) Y, porque a capacidade de sua lata é igual à capa-</p><p>cidade da lata de X e o preço de Y é inferior ao preço</p><p>de X.</p><p>(B) Y, porque a capacidade de sua lata é o dobro da</p><p>capacidade da lata de X e o preço de Y é inferior ao</p><p>preço de X.</p><p>(C) X, porque a capacidade de sua lata é o dobro da</p><p>capacidade da lata de Y e o preço de Y é superior à</p><p>metade do preço de X.</p><p>(D) Y, porque a capacidade de sua lata é o triplo da</p><p>capacidade da lata de X e o preço de X é superior a um</p><p>terço do preço de Y.</p><p>(E) X, porque a capacidade de sua lata é quatro vezes a</p><p>capacidade da lata de Y e o preço de Y é superior a um</p><p>quarto do preço de X.</p><p>97. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Escorredores de macarrão, utensílios comuns nas cozi-</p><p>nhas brasileiras, são encontrados em lojas especializadas e</p><p>podem ter formatos bastante variados. Na figura a seguir,</p><p>o escorredor de macarrão mostrado tem a forma de uma</p><p>semiesfera cuja superfície apresenta perfurações. A essa</p><p>semiesfera foram acrescentadas uma base e duas alças. A</p><p>embalagem desse escorredor de macarrão contém diver-</p><p>sas informações técnicas.</p><p>MATEMÁTICA</p><p>99</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>Disponível em: https://conceitoeducacional.wordpress.com. Acesso</p><p>em: 2 dez. 2018 (adaptado).</p><p>Dessas informações técnicas, aquela cujo cálculo é</p><p>efetuado multiplicando-se o diâmetro da semiesfera que</p><p>forma o escorredor pelo número irracional π corresponde</p><p>à medida</p><p>(A) da altura da semiesfera.</p><p>(B) do volume da semiesfera.</p><p>(C) da capacidade da semiesfera.</p><p>(D) da área da superfície da semiesfera.</p><p>(E) do comprimento do círculo máximo da semiesfera.</p><p>98. CEBRASPE (CESPE) - VEST (UNCISAL)/UNCI-</p><p>SAL/2019</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Nas montadoras e empacotadoras, as linhas de mon-</p><p>tagem possuem esteiras, geralmente como a ilustrada na</p><p>figura a seguir. Essas esteiras são formadas por vários ci-</p><p>lindros circulares retos e de mesmo tamanho, construídos</p><p>a partir chapas metálicas e presos lado a lado a chapas la-</p><p>terais, igualmente afastados um do outro, e giram em um</p><p>mesmo sentido e com a mesma velocidade, acionados por</p><p>uma corrente ligada a um rotor. Suponha que uma esteira</p><p>desse tipo tenha 1 200 cm de comprimento e 40 cm de</p><p>largura na parte interna e que os cilindros circulares sejam</p><p>afastados 2 cm um do outro e possuam 4 cm de raio cada</p><p>um.</p><p>Disponível em: www.conectamvj.com.br. Acesso em: 2 dez. 2018</p><p>(adaptado).</p><p>De acordo com essas medições, qual é a quantidade</p><p>de cilindros dessa esteira?</p><p>(A) 600 cilindros.</p><p>(B) 300 cilindros.</p><p>(C) 200 cilindros.</p><p>(D) 150 cilindros.</p><p>(E) 120 cilindros.</p><p>99. CEBRASPE (CESPE) - ASST (IFF)/IFF/ALU-</p><p>NOS/2018</p><p>Assunto: Geometria espacial</p><p>Um cilindro circular reto, cuja base tem diâmetro de 8</p><p>cm, foi cortado por um plano inclinado em relação à base,</p><p>dando origem ao tronco de cone apresentado. A altura</p><p>maior do tronco de cone mede 20 cm e a menor, 16 cm.</p><p>Nesse caso, o volume do tronco de cone é igual a</p><p>(A) 256π cm³.</p><p>(B) 288π cm³.</p><p>(C) 320π cm³.</p><p>(D) 576π cm³.</p><p>(E) 1.152π cm³.</p><p>100. CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFF)/IFF/MATEMÁ-</p><p>TICA/2018</p><p>Assunto: Geometria</p><p>Primeiro,</p><p>a carga tributária deve ser leve. Segundo, com os recursos</p><p>tributários arrecadados, deve-se assegurar a paz interna,</p><p>já que cabe ao Estado o monopólio do uso da força para fa-</p><p>zer valer o Estado de direito; fazer valer o Estado de direito</p><p>significa proteger o direito à propriedade privada, garantir</p><p>a aplicação da justiça e construir e manter a infraestrutu-</p><p>ra de uso comum. Por fim, deve-se estimular a competi-</p><p>ção entre os agentes econômicos, salvaguardando-se os</p><p>mercados livres e punindo-se os monopólios. No dizer de</p><p>Delfim, “quando isso se realiza, o crescimento econômico</p><p>acontece quase por gravidade: será o resultado da ação</p><p>dos empresários em busca do lucro e do comportamento</p><p>dos consumidores na busca de melhor e maior satisfação</p><p>de suas necessidades. Elas se harmonizam pela liberdade</p><p>de escolha de cada um por meio do sistema de preços dos</p><p>fatores de produção e dos bens de consumo”.</p><p>Essas mesmas ideias simples eram moeda corrente em</p><p>nosso país pela época da Independência. A primeira tra-</p><p>dução da obra Riqueza das Nações surgiu na Espanha, em</p><p>1794, e a obra de José da Silva Lisboa, o futuro Visconde</p><p>Cairu, foi significativamente influenciada por Smith, espe-</p><p>cialmente os seus Princípios de Economia Política (1804).</p><p>Mas também tiveram a mesma influência a Memória dos</p><p>Benefícios Políticos do Governo de El-Rei Nosso Senhor</p><p>D. João VI (1818) e, particularmente, os seus Estudos so-</p><p>bre o Bem Comum (18191820). Com as ideias simples smi-</p><p>thianas, Cairu, ao proclamar o “deixai fazer, deixai passar,</p><p>deixai vender”, de Gournay, legou-nos a abertura dos por-</p><p>tos, a liberdade da indústria e a fundação de nosso primei-</p><p>ro banco. Não pouca coisa.</p><p>Roberto Fendt. Desenvolvimento é o aumento persistente da produtivi-</p><p>dade do trabalho. In: João Sicsú e Armando Castelar (orgs.). Sociedade</p><p>e economia: estratégias de crescimento e desenvolvimento. Brasília:</p><p>IPEA, 2009 (com adaptações).</p><p>Com relação ao emprego dos sinais de pontuação no</p><p>quarto período do segundo parágrafo do texto CG1A1-I,</p><p>seria correto</p><p>(A) suprimir a vírgula após “arrecadados”.</p><p>(B) isolar entre vírgulas a expressão “ao Estado”.</p><p>(C) inserir uma vírgula após “significa”.</p><p>(D) incluir dois-pontos após “proteger”.</p><p>(E) substituir o ponto e vírgula por travessão.</p><p>16. CEBRASPE (CESPE) - AG INV (PC PB)/PC PB/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>O estreitamento das relações entre instituições po-</p><p>liciais e comunidade como um todo, em determinado</p><p>espaço geográfico, se coloca como uma forma eficaz de</p><p>enfrentamento do sentimento generalizado de medo, de</p><p>insegurança e de descrédito em relação à segurança pes-</p><p>soal e coletiva. Esse modo de responder ao problema da</p><p>violência e da criminalidade de forma preventiva e com</p><p>a participação da sociedade tem recebido denominações</p><p>diferenciadas, tais como polícia comunitária, policiamen-</p><p>to comunitário, polícia interativa, polícia cidadã, polícia</p><p>amiga, polícia solidária, não havendo consenso quanto à</p><p>melhor nomenclatura. No entanto, há o reconhecimento</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1414</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>de todos que adotaram essas experiências quanto à sua</p><p>efetividade na prevenção da violência; prova disso é que</p><p>seu uso tem sido muito corrente nos dias atuais.</p><p>Podemos definir polícia comunitária como um proces-</p><p>so pelo qual a comunidade e a polícia compartilham infor-</p><p>mações e valores de maneiras mais intensas, objetivando</p><p>promover maior segurança e o bem-estar da coletividade.</p><p>A Constituição Federal de 1988 foi a primeira a apresentar</p><p>um capítulo específico sobre segurança pública, no qual se</p><p>encontra o artigo 144. Nessa perspectiva, ao incorporar a</p><p>segurança pública na Carta Magna, o legislador instituiu</p><p>um status de direito fundamental a essa matériab. Assim,</p><p>o Estado é o principal garantidor da segurança públicaa,</p><p>mas a responsabilidade recai sobre todos; consequente-</p><p>mente, em observância aos conceitos e aos princípios da</p><p>filosofia de polícia comunitáriac, o cidadão passa a ser par-</p><p>ceiro da organização policial, envolvendo-se na identifica-</p><p>ção de problemase, apontando prioridades e indicando</p><p>soluções com relação à segurança pública, em uma pers-</p><p>pectiva cidadãd.</p><p>Severino da Costa Simão. Polícia comunitária no Brasil: contribuições</p><p>para democratizar a segurança pública. Internet: <www.cchla.ufpb.br></p><p>(com adaptações).</p><p>Sem prejuízo da coerência, da coesão e da correção</p><p>gramatical do texto CG1A1-I, poderia ser eliminada a vír-</p><p>gula empregada no trecho</p><p>(A) “Assim, o Estado é o principal garantidor da segu-</p><p>rança pública” (último período do segundo parágrafo).</p><p>(B) “ao incorporar a segurança pública na Carta Mag-</p><p>na, o legislador instituiu um status de direito funda-</p><p>mental a essa matéria” (penúltimo período do segun-</p><p>do parágrafo).</p><p>(C) “consequentemente, em observância aos concei-</p><p>tos e aos princípios da filosofia de polícia comunitária”</p><p>(último período do segundo parágrafo).</p><p>(D) “com relação à segurança pública, em uma pers-</p><p>pectiva cidadã” (último período do segundo parágra-</p><p>fo).</p><p>(E) “o cidadão passa a ser parceiro da organização po-</p><p>licial, envolvendo-se na identificação de problemas”</p><p>(último período do segundo parágrafo).</p><p>17. CEBRASPE (CESPE) - TEC PER (PC PB)/PC PB/</p><p>ÁREA GERAL/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura</p><p>ao redor da vontade de poder que se traduz por vonta-</p><p>de de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos</p><p>mercados. Os meios de comunicação levam ao paroxismo</p><p>a magnificação de todo tipo de violência. Nessa cultura,</p><p>o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o</p><p>poeta, o filósofo e o santo. Nos processos de socialização</p><p>formal e informal, ela não cria mediações para uma cultu-</p><p>ra da paz. Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás</p><p>da violência funcionam poderosas estruturas. A primeira</p><p>delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico.</p><p>Viemos de uma imensa explosão, o big bang. E a evolução</p><p>comporta violência em todas as suas fases. Em segundo</p><p>lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou</p><p>a dominação do homem sobre a mulher e criou as institui-</p><p>ções do patriarcado assentadas sobre mecanismos de vio-</p><p>lência como o Estado, as classes, o projeto da tecnociência,</p><p>os processos de produção como objetivação da natureza e</p><p>sua sistemática depredação. Em terceiro lugar, essa cultu-</p><p>ra patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos</p><p>conflitos. Sobre essa vasta base se formou a cultura do ca-</p><p>pital, hoje globalizada; sua lógica é a competição, e não a</p><p>cooperação; por isso, gera guerras econômicas e políticas</p><p>e, com isso, desigualdades, injustiças e violências. Todas</p><p>essas forças se articulam estruturalmente para consolidar</p><p>a cultura da violência que nos desumaniza a todos. A essa</p><p>cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje</p><p>ela é imperativa. É imperativa, porque as forças de destrui-</p><p>ção estão ameaçando, por todas as partes, o pacto social</p><p>mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. Onde</p><p>buscar as inspirações para a cultura da paz? A singularida-</p><p>de do 1% de carga genética que nos separa dos primatas</p><p>superiores reside no fato de que nós, à distinção deles,</p><p>somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estrutu-</p><p>ras de agressividade, temos capacidades de afetividade,</p><p>compaixão, solidariedade e amorização. O ser humano é</p><p>o único ser que pode intervir nos processos da natureza</p><p>e copilotar a marcha da evolução. Ele foi criado criador.</p><p>Dispõe de recursos de reengenharia da violência mediante</p><p>processos civilizatórios de contenção e uso de racionali-</p><p>dade. Há muito que filósofos veem no cuidado a essência</p><p>do ser humano. Tudo precisa de cuidado para continuar a</p><p>existir. Onde vige cuidado de uns para com os outros de-</p><p>saparece o medo, origem secreta de toda violência, como</p><p>analisou Freud.</p><p>Leonardo Boff. Cultura da paz. Internet: <edisciplinas.usp.br> (com</p><p>adaptações).</p><p>Texto CG2A1</p><p>No trecho “Viemos</p><p>de uma imensa explosão, o big</p><p>bang”, do texto CG2A1, na expressão “big bang” a vírgula</p><p>foi empregada com a finalidade de</p><p>(A) separar termos coordenados.</p><p>(B) introduzir uma oração adjetiva explicativa.</p><p>(C) indicar a elipse de um termo.</p><p>(D) assinalar uma intercalação.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>15</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>(E) introduzir um aposto</p><p>18. CEBRASPE (CESPE) - AG CRIM (POLITEC RO)/PO-</p><p>LITEC RO/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto LP-1-A1</p><p>Crescimento econômico geralmente implica aumento</p><p>nas atividades em todos os setores – indústria, comércio,</p><p>serviços, consumo. Em outras palavras, significa mais ex-</p><p>tração de recursos naturais, mais produção e mais coisas</p><p>devolvidas à terra na forma de lixo. O crescimento econô-</p><p>mico deveria ser um meio de valor neutro para atender às</p><p>necessidades básicas de todos e criar comunidades mais</p><p>saudáveis, energia mais limpa, infraestrutura mais sóli-</p><p>da, cultura mais vibrante etc. Durante muito tempo, ele</p><p>contribuiub para a difusão desses objetivos fundamentais</p><p>em algumas partes do planeta, propiciando a abertura de</p><p>estradas, a construção de moradias etc. Agora, talvez já</p><p>tenhamos coisas suficientes para atender às necessidades</p><p>básicas de todos; só que elas não são distribuídas de for-</p><p>ma justa.</p><p>Uma grande parte do problema é que o sistema eco-</p><p>nômico dominante valoriza o crescimento como um ob-</p><p>jetivo em si mesmo. Por issoc usamos o produto interno</p><p>bruto, ou PIB, como a medida padrão do sucesso de uma</p><p>nação. O PIB contabiliza o valor dos bens e serviços pro-</p><p>duzidos a cada ano. Mas deixa de fora facetas importan-</p><p>tes, ao não considerar a distribuição desigual e injusta da</p><p>riqueza, nem examinar quão saudáveis e satisfeitas estão</p><p>as pessoas. É por isso que o PIB de um país pode seguir</p><p>subindo a ótimos 3% ao ano, e a renda dos trabalhadores</p><p>ficar estagnada, caso a riqueza emperre em um determi-</p><p>nado ponto do sistema. Além disso, os verdadeiros custos</p><p>ecológicos e sociais do crescimento não são incluídos no</p><p>PIB.</p><p>A fé de nossa sociedade no crescimento econômico</p><p>repousa na suposiçãoa de que sua continuidade é tão pos-</p><p>sível quanto benéfica. Mas nenhum dos dois pressupostos</p><p>é verdadeiro. Primeiro porque, devido aos limites do pla-</p><p>neta, o crescimento econômicod infinito é impossível. Ul-</p><p>trapassado o patamare em que as necessidades humanas</p><p>básicas são atendidas, ele tampouco se revelou uma estra-</p><p>tégia para aumentar o bem-estar. Registramos, hoje, nas</p><p>grandes metrópoles, um alto nível de estresse, depressão,</p><p>ansiedade e solidão.</p><p>Annie Leonard. Uma história das coisas.</p><p>Da natureza ao lixo, o que acontece com tudo o que consumimos. Rio</p><p>de Janeiro, Zahar, 2010, p. 16-7 (com adaptações).</p><p>A correção gramatical e a coerência do texto LP-1-A1</p><p>seriam mantidas caso se inserisse uma vírgula logo após</p><p>(A) “suposição”, no primeiro período do último pará-</p><p>grafo.</p><p>(B) “contribuiu”, no penúltimo período do primeiro pa-</p><p>rágrafo.</p><p>(C) “Por isso”, no segundo período do segundo pará-</p><p>grafo.</p><p>(D) “econômico”, no primeiro período do último pará-</p><p>grafo.</p><p>(E) “patamar”, no quarto período do último parágrafo.</p><p>19. CEBRASPE (CESPE) - TEC NECRO (PC RO)/PC</p><p>RO/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG4A1-II</p><p>Em 13 de maio de 1888, o Estado brasileiro aboliu ofi-</p><p>cialmente a escravidão clássica, com a assinaturab, pela</p><p>princesa Isabel, da Lei Áurea. Entretanto, tal ato estatal</p><p>não significou sua extinção no mundo dos fatos, poisc,</p><p>apesar da proibição da possibilidade jurídica de se exercer</p><p>o direito de propriedade sobre uma pessoa humana, o Es-</p><p>tadod deixou de implementar reformas sociais, principal-</p><p>mente fundiárias e de inclusão social, que viabilizassem a</p><p>reconstrução do país e, assim, a superação do problemaa,</p><p>especialmente o da reinserção da mão de obra outrora es-</p><p>crava no mercado de trabalho livre e assalariado.</p><p>No período pós-abolição da escravidão clássica, as</p><p>condições de miserabilidade dos escravos recém-libertos</p><p>permaneceram, especialmente pelo fato de os postos de</p><p>trabalho assalariados serem destinados aos imigrantes eu-</p><p>ropeus, conjuntura essa que desenhava o perfil da escravi-</p><p>dão contemporânea. A fragilidade das leis que regulavam</p><p>as relações de trabalho, à época, apesar de protagoniza-</p><p>rem a “liberdade de contratar”, sucumbia à realidade dos</p><p>fatos, que submetia os ex-escravos e demais campesinos</p><p>vulneráveis à sujeição às mesmas condições de exploração</p><p>exacerbada do escravismo clássico colonial.</p><p>De forma semelhante ao retrato da escravidão do</p><p>passado, a escravidão contemporânea consiste em grave</p><p>violação a direitos fundamentais, ao limitar a liberdade da</p><p>pessoa humana do trabalhador, atingindo-lhe o status li-</p><p>bertatis e, com efeito, a sua dignidade. Vilipendia direitos</p><p>mínimos e caros à autodeterminação humana e viola valo-</p><p>res e princípios sagrados e essenciais à sobrevivência dis-</p><p>tintiva com relação aos seres irracionais e que alicerçam as</p><p>balizas mínimas de dignidade.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1616</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>A escravidão contemporânea deve ser concebida</p><p>como a coisificação, o uso e o descarte de seres humanos:</p><p>o limite e o instrumento necessários para garantir o lucro</p><p>máximo. Trata-se da superexploração gananciosa do ho-</p><p>mem pela forma mais indigna possível: na escravidão dos</p><p>dias atuais, o ser humano é transformado em propriedade</p><p>do seu semelhante, que está em uma posição de classe</p><p>economicamente superior – e isso ocorre a tal ponto que</p><p>se anula o poder deliberativo da sua função de trabalha-</p><p>dor: ele pode até ter vontades, mas não pode realizá-las.</p><p>Internet: <https://acervo.socioambiental.org> (com adaptações).</p><p>No que se refere à pontuação, estaria mantida a cor-</p><p>reção gramatical do primeiro parágrafo do texto CG4A1-II</p><p>caso fosse</p><p>(A) inserido um travessão no lugar da vírgula que se-</p><p>gue a palavra “problema” (segundo período).</p><p>(B) omitida a vírgula que sucede a palavra “assinatura”</p><p>(primeiro período).</p><p>(C) omitida a vírgula que sucede a palavra “pois” (se-</p><p>gundo período).</p><p>(D) inserida uma vírgula após a palavra “Estado” (se-</p><p>gundo período).</p><p>(E) omitida a vírgula que sucede a palavra “e” (segun-</p><p>do período).</p><p>20. CEBRASPE (CESPE) - OF (CBM RO)/CBM RO/EN-</p><p>GENHEIRO CIVIL/COMPLEMENTAR/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto 2A02</p><p>Utilizando a identificação de datação de combustíveis</p><p>fósseis, pesquisadores descobriram os incêndios florestais</p><p>mais antigos já apontados. Ao analisarem depósitos de</p><p>carvão de 430 milhões de anos do País de Gales e da Polô-</p><p>nia, eles levantaram informações valiosas sobre como era</p><p>a vida na Terra durante o período Siluriano – cerca de 440</p><p>milhões de anos atrás.</p><p>Naquele tempo, as plantas eram extremamente de-</p><p>pendentes da água para se reproduzir e provavelmente</p><p>não chegaram a existir em regiões com secas intensas. Os</p><p>incêndios florestais discutidos no estudo teriam queimado</p><p>vegetação rasteira, além de plantas comuns de pequeno</p><p>porte – da altura do joelho ou da cintura.</p><p>As queimadas precisam de três coisas para existir:</p><p>combustível (as plantas), uma fonte de ignição (no caso,</p><p>os raios) e oxigênio suficiente para propagar a chama.</p><p>O fato de esses incêndios terem se espalhado e deixa-</p><p>do depósitos de carvão sugere, segundo os pesquisado-</p><p>res, que os níveis de oxigênio atmosférico da Terra eram</p><p>de pelo menos 16%. Com base na análise das amostras</p><p>de carvão, eles acreditam que os níveis há 430 milhões de</p><p>anos podem ter sido similares aos atuais 21% – ou até su-</p><p>periores.</p><p>A pesquisa ajuda a entender um pouco mais sobre o</p><p>ciclo de oxigênio e a fotossíntese da vida vegetal nesse pe-</p><p>ríodo. Ao saber os detalhes desse ciclo ao longo do tempo,</p><p>os cientistas podem ter uma visão melhor de como a vida</p><p>evoluiu até aqui.</p><p>Os incêndios florestais, assim como agora, teriam con-</p><p>tribuído também para os ciclos de carbono e fósforo e</p><p>para o movimento de sedimentos no solo terrestre. É uma</p><p>combinação complexa de processos,</p><p>que exige um traba-</p><p>lho em áreas diversas do conhecimento.</p><p>Esse achado recente com certeza auxilia nesses estu-</p><p>dos. Anteriormente, o recorde de incêndio florestal mais</p><p>antigo registrado era de 10 milhões de anos. A nova data</p><p>confere uma visão mais profunda do passado – e também</p><p>destaca a importância que a pesquisa de incêndios flores-</p><p>tais tem no mapeamento da história geológica.</p><p>“As queimadas têm sido um componente integral nos</p><p>processos do sistema terrestre por um longo tempo, mas</p><p>seu papel nesses processos certamente foi subestimado”</p><p>conta Ian Glasspool, primeiro autor do estudo.</p><p>Leo Caparroz. Revista Superinteressante. 20/6/2022. Internet: <https://</p><p>super.abril.com.br/...> (com adaptações).</p><p>No último parágrafo do texto 2A02, as vírgulas foram</p><p>empregadas, respectivamente, para</p><p>(A) isolar um aposto explicativo e separar uma oração</p><p>coordenada.</p><p>(B) separar uma oração coordenada e marcar o deslo-</p><p>camento de um adjunto adverbial.</p><p>(C) separar termos de uma enumeração e introduzir</p><p>um aposto explicativo.</p><p>(D) separar uma oração coordenada e isolar um termo</p><p>explicativo.</p><p>(E) isolar uma oração coordenada e separar termos de</p><p>uma enumeração.</p><p>21. CEBRASPE (CESPE) - DEL POL (PC ES)/PC ES/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-I</p><p>Em 2020, a pandemia de covid-19 fez com que mulhe-</p><p>res em situação de violência ficassem ainda mais vulnerá-</p><p>veis. O início da pandemia foi marcado por uma crescente</p><p>preocupação a respeito da violência contra meninas e mu-</p><p>lheres, as quais passaram a conviver mais tempo em suas</p><p>residências com seus agressores, muitas vezes impossibili-</p><p>tadas de acessar serviços públicos e redes de apoio.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>17</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>O cenário retratado no Anuário Brasileiro de Seguran-</p><p>ça Pública de 2020 evidencia a queda de crimes letais con-</p><p>tra a mulher, mas não a diminuição da violência: houve um</p><p>sensível aumento das denúncias de lesão corporal dolosa</p><p>e das chamadas de emergência para o número das polícias</p><p>militares, o 190, todas no contexto de violência doméstica,</p><p>assim como o aumento dos casos notificados de ameaça</p><p>contra mulheres. A quantidade de medidas protetivas de</p><p>urgência solicitadas e concedidas também aumentou con-</p><p>sideravelmente.</p><p>O ano de 2021 foi caracterizado por parte da retomada</p><p>das atividades rotineiras em meio à redução dos índices</p><p>de transmissão da covid-19 e da queda das mortes decor-</p><p>rentes da doença, em consequência da vacinação. Com-</p><p>preender as estatísticas criminais de violência contra as</p><p>mulheres nos anos de 2020 e 2021 nos ajuda a pensar nas</p><p>políticas públicas a serem implementadas no contexto da</p><p>pandemia de covid-19 e da consequente intensificação da</p><p>crise econômica vivenciada no Brasil. A pesquisa Visível e</p><p>Invisível, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pú-</p><p>blica, apontou que, no ano de 2020, a perda de emprego</p><p>e a diminuição da renda familiar foram sentidas de forma</p><p>mais intensa pelas mulheres que sofreram violência, o que</p><p>tornou mais difícil para essas mulheres romper com par-</p><p>ceiros abusivos ou relações violentas.</p><p>A exemplo do que vimos em outros países, embora te-</p><p>nha ocorrido queda nos registros, sabia-se que a violência</p><p>contra a mulher estava aumentando de forma silenciosa</p><p>e era preciso agir rápido. Algumas ações foram realizadas</p><p>pelas instituições policiais a fim de enfrentar o desafio que</p><p>estava posto: a ampliação do rol de tipos penais que po-</p><p>dem ser denunciados via boletim de ocorrência online, por</p><p>exemplo, foi uma das iniciativas tomadas por praticamen-</p><p>te todas as unidades da Federação, o que possibilitou que,</p><p>em alguns estados, pela primeira vez, o registro de violên-</p><p>cia doméstica fosse feito sem que se precisasse ir até uma</p><p>delegacia, bastando, para isso, o acesso à Internet e a um</p><p>dispositivo como tablet, smartphone ou computador. Nes-</p><p>se sentido, campanhas de denúncia da violência domésti-</p><p>ca divulgadas em farmácias e supermercados, dentro da</p><p>lógica da Campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Asso-</p><p>ciação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pelo Conselho</p><p>Nacional da Justiça (CNJ), consistiram em importante ação</p><p>de repercussão nacional.</p><p>Internet: <https://forumseguranca.org.br> (com adaptações).</p><p>Considerando a pontuação empregada no primeiro</p><p>período do segundo parágrafo do texto CG1A1-I, assinale</p><p>a opção correta.</p><p>(A) A correção gramatical do texto seria mantida caso</p><p>fosse inserida uma vírgula logo após a expressão “as-</p><p>sim como”.</p><p>(B) A inserção de vírgula logo após “Anuário Brasileiro</p><p>de Segurança Pública” manteria a correção gramatical</p><p>do texto.</p><p>(C) A eliminação da vírgula imediatamente seguinte à</p><p>palavra “mulher” manteria a correção gramatical do</p><p>texto.</p><p>(D) A substituição do sinal de dois-pontos por ponto</p><p>final prejudicaria a correção gramatical do texto, ainda</p><p>que feito o devido ajuste de letra inicial minúscula e</p><p>maiúscula.</p><p>(E) A substituição da vírgula empregada após “190”</p><p>por ponto final prejudicaria a correção gramatical do</p><p>texto, ainda que feito o devido ajuste de letra inicial</p><p>minúscula e maiúscula.</p><p>22. CEBRASPE (CESPE) - AG POL (PC RO)/PC RO/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1-II</p><p>A contínua ampliação das sociedades humanas no in-</p><p>terior do universo “físico”, alheio ao homem, contribuiu</p><p>para estimular um modo de falar que sugere que “socieda-</p><p>de” e “natureza” ocupariam compartimentos separados,</p><p>impressão esta que foi reforçada pelo desenvolvimento</p><p>divergente das ciências naturais e das ciências sociais.</p><p>Todavia, o problema do tempo coloca-se em termos tais</p><p>que não podemos esperar resolvê-lo, se explorarmos suas</p><p>dimensões física e social independentemente uma da ou-</p><p>tra. Se transformarmos em verbo o substantivo “tempo”,</p><p>constataremos de imediato que não se pode separar in-</p><p>teiramente a determinação temporal dos acontecimentos</p><p>sociais e a dos acontecimentos físicos. Com o desenvol-</p><p>vimento dos instrumentos de medição do tempo fabrica-</p><p>dos pelo homem, a determinação do tempo social ganhou</p><p>autonomia, certamente, em relação à do tempo físico. A</p><p>relação entre as duas foi se tornando indireta, mas nunca</p><p>foi totalmente rompida, porquanto não pode sê-lo. Duran-</p><p>te muito tempo, foram as necessidades sociais que mo-</p><p>tivaram a mensuração do tempo dos “corpos celestes”. É</p><p>fácil mostrar como o desenvolvimento desse segundo tipo</p><p>de medida foi e continua a ser dependente do desenvol-</p><p>vimento do primeiro tipo, a despeito das influências recí-</p><p>procas.</p><p>Norbert Elias. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 38-9 (com</p><p>adaptações).</p><p>Acerca do emprego dos sinais de pontuação no texto</p><p>CG1A1-II, julgue os itens a seguir.</p><p>I No primeiro período, as aspas são usadas para assi-</p><p>nalar que o autor se refere a um conceito particular, pes-</p><p>soal, de universo, sociedade e natureza.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>1818</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>II O acréscimo de uma vírgula logo após “esta” (pri-</p><p>meiro período) comprometeria a correção gramatical do</p><p>texto.</p><p>III Estaria mantida a correção gramatical do último pe-</p><p>ríodo caso fosse inserido um travessão imediatamente de-</p><p>pois da forma verbal “foi” e outro imediatamente depois</p><p>de “ser”.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>(A) Nenhum item está certo.</p><p>(B) Apenas os itens I e II estão certos.</p><p>(C) Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>(D) Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>(E) Todos os itens estão certos.</p><p>23. CEBRASPE (CESPE) - PROF (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG-1A1</p><p>Em 2016, a Assembleia Geral das Nações Unidas criou</p><p>o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência,</p><p>celebrado em 11 de fevereiro. Apesar de serem necessá-</p><p>rias mais ações de popularização do dia, a criação da data</p><p>representa um importante passo em direção à promoção</p><p>da participação igualitária das mulheres na ciência. Em</p><p>todo o mundo, de acordo com dados da ONU, as mulhe-</p><p>res representam 33,3% de todos os pesquisadores, porém</p><p>apenas 12%</p><p>dos membros das academias de ciências na-</p><p>cionais são mulheres, e, entre os graduados em engenha-</p><p>ria, elas representam 28%.</p><p>A área da saúde segue em outra direção, especialmen-</p><p>te entre profissionais dos cuidados básicos. Nessa área,</p><p>as mulheres representam 70% do total e, apesar das di-</p><p>ficuldades de se dedicarem à pesquisa, elas lideraram o</p><p>ranking dos cientistas que buscaram resposta à pandemia,</p><p>sendo este o diferencial que queremos valorar e divulgar,</p><p>inclusive buscando compreender quais são essas dificul-</p><p>dades.</p><p>Em âmbito nacional, um estudo do IBGE apresentou</p><p>essas dificuldades imputadas às mulheres e evidencia que</p><p>elas perpassam todas as esferas da vida. O indicador “nível</p><p>de ocupação” apontou que, em 2019, entre as entrevista-</p><p>das mulheres com quinze anos de idade ou mais, 54,5%</p><p>ocupavam postos de trabalho no país, ao passo que, entre</p><p>o grupo de homens com a mesma faixa etária, 73,7% ti-</p><p>nham ocupação. Quando associamos esse indicador ao da</p><p>maternidade, entre as pessoas de 25 a 49 anos com filhos</p><p>de até três anos de idade, o nível de ocupação dos homens</p><p>é superior ao das mulheres em 34,6%. Com relação a gê-</p><p>nero e etnia, as mulheres pretas ou pardas com crianças</p><p>de até três anos de idade no domicílio apresentaram os</p><p>menores níveis de ocupação — menos de 50% em 2019</p><p>—, ao passo que, entre as mulheres brancas, a proporção</p><p>foi de 62,6%.</p><p>Outro indicador relevante que se coloca como um</p><p>desafio para que mais mulheres se projetem na ciência</p><p>é a representação na política. Ainda no que se refere aos</p><p>dados do IBGE, o Brasil, em 2019, era o país da América</p><p>do Sul com a menor proporção de mulheres em mandato</p><p>parlamentar na Câmara dos Deputados, ocupando a 142.ª</p><p>posição de um ranking com dados para 190 países. Consi-</p><p>derando-se que as mulheres são a maioria da população</p><p>no país, 51,8% do total, a pouca representação na política,</p><p>sem dúvida, leva à negligência no encaminhamento das</p><p>pautas femininas.</p><p>Adicionalmente, se considerarmos a ausência de po-</p><p>líticas mais expressivas para a primeira infância e para o</p><p>apoio ao ingresso e à permanência de mulheres mães no</p><p>ensino superior e na pós-graduação, ou, ainda, o desmon-</p><p>te das políticas de bolsas de pesquisa e das agências de</p><p>fomento, é válido afirmar que há urgência em promover</p><p>a inserção das mulheres na política e em posições de lide-</p><p>rança nos setores público e privado, sobretudo se o país</p><p>quiser aumentar a presença das mulheres na ciência.</p><p>Nesse cenário, há duas direções a seguir. Primeira-</p><p>mente, é preciso desmistificar a ciência. Nós, mulheres,</p><p>temos capacidade para estar em todas as áreas e ocupar</p><p>todos os espaços, como as cientistas da área da saúde evi-</p><p>denciaram durante a pandemia. Depois, é urgente ampliar</p><p>a representação nos espaços políticos de poder.</p><p>Roberta Kelly França e Thaís Cavalcante Martins. Elas na universidade:</p><p>os desafios sociais e políticos. Internet: <www.souciencia.unifesp.br></p><p>(com adaptações).</p><p>(A) O emprego das vírgulas no primeiro período ocorre</p><p>devido à mesma motivação sintática.</p><p>(B) No segundo período, a vírgula logo após “dia” se</p><p>justifica exclusivamente por questões semânticas.</p><p>(C) No terceiro período, o uso da vírgula que antecede</p><p>o trecho “porém apenas 12% dos membros das acade-</p><p>mias de ciências nacionais são mulheres” é opcional.</p><p>(D) No início do terceiro período, o emprego da vírgula</p><p>logo após “mundo” é facultativo.</p><p>(E) No final do terceiro período, o uso da vírgula logo</p><p>após “e” é obrigatório.</p><p>LÍNGUA PORTUGUESA</p><p>19</p><p>a solução para o seu concurso!</p><p>Editora</p><p>24. CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT8/TRT 8/ADMINIS-</p><p>TRATIVA/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>O trabalho é considerado algo central na vida dos su-</p><p>jeitos, ainda mais com o crescimento da expectativa de</p><p>vida, sendo um mediador dos ciclos da existência dos</p><p>trabalhadores. E algo que é considerado de extrema im-</p><p>portância nesse contexto é o processo de aposentadoria.</p><p>Nos últimos anos, a aposentadoria tornou-se um tema de</p><p>grande relevância no estudo do planejamento de carreira.</p><p>Do ponto de vista etimológico, a palavra “aposentado-</p><p>ria” carrega em si uma dualidade de significados inerentes</p><p>a esse fenômeno. Enquanto, por um lado, a aposentadoria</p><p>remete à alegria e à liberdade, por outro, ela está associa-</p><p>da à ideia de retirar-se aos seus aposentos, ao espaço de</p><p>não trabalho, podendo ser frequentemente associada ao</p><p>abandono, à inatividade e à finitude.</p><p>Desse modo, a aposentadoria pode ser interpretada</p><p>de duas formas: a positiva e a negativa. A interpretação</p><p>positiva, que, de forma geral, se relaciona à noção de uma</p><p>conquista ou de uma recompensa do trabalhador, destaca</p><p>a aposentadoria como uma liberdade de o indivíduo ge-</p><p>renciar sua própria vida, de maneira a moldar sua rotina</p><p>como preferir, investindo mais em atividades pessoais, so-</p><p>ciais e familiares. A interpretação negativa, por sua vez,</p><p>está vinculada a problemas financeiros, perda de status</p><p>social, perda de amigos, sensação de inutilidade ou deso-</p><p>cupação, entre outras situações. Além disso, com a expec-</p><p>tativa negativa em relação à aposentadoria, surgem sen-</p><p>timentos de ansiedade, incertezas e inquietações sobre o</p><p>futuro.</p><p>Aniéli Pires. Aposentadoria, suas perspectivas e as repercussões da</p><p>pandemia. In: Revista Científica Semana Acadêmica, Fortaleza, n.º</p><p>000223, 2022. Internet: <semanaacademica.org.br> (com adapta-</p><p>ções).</p><p>Texto CG2A1-I</p><p>O sinal de dois-pontos empregado após “duas formas”</p><p>(primeiro período do terceiro parágrafo do texto CG2A1-I)</p><p>introduz um(a)</p><p>(A) citação.</p><p>(B) conclusão.</p><p>(C) diálogo.</p><p>(D) enumeração.</p><p>(E) concessão.</p><p>25. CEBRASPE (CESPE) - MED (PREF MARINGÁ)/</p><p>PREF MARINGÁ/OFTALMOLOGISTA/2022</p><p>Assunto: Pontuação (ponto, vírgula, travessão, aspas,</p><p>parênteses etc)</p><p>Texto CG1A1</p><p>O maior desafio do Brasil na área de ciência, tecnolo-</p><p>gia e inovaçãob é a elaboração e a implementação de uma</p><p>política de longo prazo que permita ao desenvolvimento</p><p>científico e tecnológico alcançar a população e que efeti-</p><p>vamente tenha um impacto determinante na melhoria das</p><p>condições de vida da sociedade. Esse é um processo que</p><p>vem se aperfeiçoando com o tempo e que, cada vez maisc,</p><p>evidencia o grande potencial de geração de desenvolvi-</p><p>mento e inclusão social do investimento público e privado</p><p>em ciência e tecnologia.</p><p>Eleger ciência, tecnologia e inovação como uma esco-</p><p>lha estratégica para o desenvolvimento do paísa implica</p><p>priorizar investimentos nesse setor, para recuperar o tem-</p><p>po perdido e avançar aceleradamente na geração e na di-</p><p>fusão de conhecimentos e inovações, em especial quanto</p><p>à sua incorporação na produção. Significa também advo-</p><p>gar em prol da importância da ciência, da tecnologia e da</p><p>inovação como fator de integração das demais políticas de</p><p>desenvolvimento do Estado.</p><p>O Brasil possui um sistema estruturado de gestão em</p><p>ciência, tecnologia e inovação, composto de um órgão</p><p>central coordenador e de agências de fomento responsá-</p><p>veis pelas definições e implantação de políticas de desen-</p><p>volvimento de ciência, tecnologia e inovação. O mesmo</p><p>modelo é observado nos sistemas estaduais para a gestão</p><p>de políticas de desenvolvimento locais em ciência, tecno-</p><p>logia e inovaçãoe, respeitando-se as vocações regionais.</p><p>O país tem capacidade material e intelectual instalada</p><p>para promover avanços significativos nas políticas nacio-</p><p>nais nas áreas de ciência, tecnologia e inovação, e de meio</p><p>ambiente, além de dispor de uma sociedade civil mobiliza-</p><p>da e de um potente setor empresarial.</p><p>É preciso sensibilizar a sociedade brasileira sobre o</p><p>papel da ciência como promotora da paz e do desenvol-</p><p>vimento, incluindo-se os tomadores de decisão, gestores</p><p>públicos e formadores de opinião da iniciativa privada, de-</p><p>vendo ser implementadas iniciativas com vistas a fortale-</p><p>cer o ensino científico nas escolas do ensino fundamental</p><p>e médio.</p><p>Internet: <pt.unesco.org> (com adaptações).</p><p>Estariam preservadas a correção gramatical e a coe-</p><p>rência do texto CG1A1 caso</p><p>(A) uma vírgula fosse inserida imediatamente</p>