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<p>Atividades do enfermeiro como</p><p>integrante da equipe de saúde</p><p>Apresentação</p><p>O enfermeiro pode ser tanto a figura central na assistência ao paciente quanto o gestor da unidade</p><p>ou setor em que trabalha. O profissional é o elo entre as diferentes áreas, e, entre suas diversas</p><p>atividades, está o gerenciamento da equipe de enfermagem. Logo, é essencial ter conhecimento</p><p>sobre as atividades do enfermeiro nas esferas assistencial, de pesquisa, gerencial, educacional,</p><p>entre outras.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender as principais responsabilidades do enfermeiro</p><p>no processo de cuidado, na gestão dos serviços e no campo da pesquisa e da educação em saúde.</p><p>Além disso, você vai aprender a importância da humanização da assistência a fim de que possamos</p><p>oferecer uma assistência à saúde integral e de qualidade aos usuários.</p><p>Bons estudos.</p><p>Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>Identificar as atividades do enfermeiro nas esferas assistencial, gerencial, educacional e de</p><p>pesquisa.</p><p>•</p><p>Descrever as atribuições do enfermeiro no processo de cuidado em saúde.•</p><p>Reconhecer a importância da assistência de enfermagem humanizada.•</p><p>Infográfico</p><p>A bioética e a humanização devem ser consideradas temas transversais no processo de cuidado em</p><p>saúde. Assim, é fundamental que se perceba o ser humano holisticamente, ou seja, como alguém</p><p>que apresenta necessidades biológicas, biopsicossociais e espirituais. Além disso, é importante</p><p>compreender que esses indivíduos têm direitos que devem ser respeitados no cuidado em saúde e</p><p>que deve ser garantida a sua dignidade ética.</p><p>Neste Infográfico, você vai aprender o conceito de bioética e seus preceitos básicos, bem como a</p><p>importância da articulação desses temas no processo de humanização da assistência em saúde.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/986558ae-0e52-43f3-bc2b-6e3e04676283/64b74d21-34f7-4e06-a14c-eb5b02bd5067.jpg</p><p>Conteúdo do livro</p><p>Como integrante da equipe de saúde, o enfermeiro articula seu trabalho de diversas maneiras. Esse</p><p>profissional precisa exercer inúmeros papéis e, para isso, necessita de conhecimento sobre suas</p><p>atribuições e possibilidades de atuação nos serviços de saúde. O trabalho do enfermeiro como</p><p>integrante da equipe não se restringe apenas à assistência, mas à construção de uma atenção</p><p>humanizada em saúde.</p><p>Assim, entender o seu papel e o ideal de assistência em qualquer esfera de cuidado, seja nas áreas</p><p>de promoção e prevenção em saúde, seja no âmbito hospitalar, é fundamental para proporcionar</p><p>um cuidado integral e de qualidade em todas as etapas da vida, até mesmo no processo de morte, o</p><p>que resultará em desfechos cada vez mais positivos.</p><p>No capítulo Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde, base teórica desta</p><p>Unidade de Aprendizagem, você poderá ver, de maneira didática e reflexiva, esses contextos e</p><p>atividades para que a construção do "eu" profissional e humano seja unida.</p><p>Boa leitura.</p><p>INTRODUÇÃO À</p><p>PROFISSÃO:</p><p>ENFERMAGEM</p><p>Kamile Pavani</p><p>Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052</p><p>Revisão técnica:</p><p>Márcia Otero</p><p>Especialista em Administração dos Serviços de Enfermagem</p><p>Mestre em Enfermagem</p><p>Doutora em Enfermagem</p><p>H368i Haubert, Márcio</p><p>Introdução à profissão : enfermagem / Márcio Haubert,</p><p>Kamile Pavani ; [revisão técnica: Márcia Otero]. – Porto</p><p>Alegre : SAGAH, 2017.</p><p>138 p. : il. ; 22,5 cm.</p><p>ISBN 978-85-9502-262-1</p><p>1. Enfermagem. 2. Enfermagem – Profissão. I. Pavani,</p><p>Kamile. II. Título.</p><p>CDU 616-083</p><p>Iniciais_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 2 18/09/2017 17:23:38</p><p>Atividades do enfermeiro</p><p>como integrante da</p><p>equipe de saúde</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p> Conhecer as atividades do enfermeiro em nível assistencial, de pes-</p><p>quisa, gerencial, educacional, entre outras.</p><p> Descrever as atribuições do enfermeiro no processo de cuidado em</p><p>saúde.</p><p> Re� etir sobre a importância da assistência da enfermagem humanizada.</p><p>Introdução</p><p>Muitas vezes, o enfermeiro, além de ser uma figura central na assistência</p><p>ao paciente, é também um gestor da unidade ou setor que trabalha. Entre</p><p>suas atividades está o gerenciamento da equipe de enfermagem e a</p><p>manutenção do elo entre as diferentes áreas que atuam em seu ambiente</p><p>de trabalho. Portanto, é essencial conhecer as atividades do enfermeiro</p><p>em nível assistencial, de pesquisa, gerencial, educacional, entre outras.</p><p>Este capítulo vai abordar esses conteúdos e também as atribuições</p><p>do enfermeiro no processo de cuidado em saúde, além de refletir sobre</p><p>a importância da assistência de enfermagem humanizada.</p><p>Atividades do enfermeiro</p><p>A enfermagem tem em sua essência o cuidado com o ser humano, a família</p><p>e a comunidade, permitindo a atuação em diversas esferas. Esse cuidado tem</p><p>como foco o acolhimento, o conforto e o suprimento das necessidades humanas</p><p>básicas, buscando, além de uma assistência com dignidade e respeito, a pro-</p><p>moção da autonomia e da saúde dos pacientes. O cuidado não está relacionado</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 91 19/09/2017 11:53:14</p><p>somente à prática assistencial do enfermeiro, mas também a todas as outras</p><p>atividades pertinentes a eles, que, direta ou indiretamente, vão interferir na</p><p>promoção desse cuidado. O cuidado é norteado pela normatização das ativi-</p><p>dades profi ssionais, pela legislação e pelo Código de Ética, permitindo que o</p><p>enfermeiro encontre sua função em uma equipe multiprofi ssional.</p><p>O foco principal em todas as definiç õ es de enfermagem é o paciente (a</p><p>pessoa que recebe o cuidado) e inclui a dimensã o fí sica, emocional, social</p><p>e espiritual. A enfermagem nã o é mais entendida como, primordialmente,</p><p>preocupada com o atendimento na doenç a. Os conceitos e as definiç õ es</p><p>expandiram-se para incluir a prevenç ã o da doenç a e a promoç ã o e a</p><p>manutenç ã o da saú de para indiví duos, famí lias e comunidades (TAYLOR</p><p>et al., 2014).</p><p>A enfermagem como disciplina vem adquirindo autonomia com o passar</p><p>dos anos e a dedicação de diversos estudiosos. Alguns teóricos explicam que</p><p>a enfermagem está alcançando o patamar de uma disciplina acadêmica por</p><p>englobar características como uma filosofia identificável, uma organização</p><p>conceitual, no que tange o delineamento do que se define como enfermagem,</p><p>e abordagens metodológicas coerentes para a construção e desenvolvimento</p><p>do conhecimento (MCEWEN, 2016).</p><p>Por agregar caracterí sticas das ciê ncias sociais e comportamentais, as-</p><p>sim como das ciê ncias bioló gicas, a enfermagem possui diversas formas de</p><p>conhecimento, entre elas estão: conhecimento empí rico (objetivo, abstrato,</p><p>verificá vel), conhecimento esté tico (expressivo, subjetivo, experimental),</p><p>conhecimento pessoal (subjetivo, totalidade e integridade) e ética (có digo</p><p>moral). A conceituação da enfermagem como ciê ncia determina as prioridades</p><p>para a pesquisa e dá as medidas para a determinaç ã o da relevâ ncia de vá rias</p><p>questõ es de pesquisa cientí fica.</p><p>A prática se baseia em evidências e tem como suporte as teorias e as pes-</p><p>quisas na á rea de enfermagem, pois estas definem e justificam as ações e as</p><p>práticas focadas nos cuidados de enfermagem. Para um cuidado comprometido</p><p>e responsável, é preciso entender a relação entre valores e o comportamento</p><p>humano, pois as dimensões éticas são essenciais na prática, sendo que é preciso</p><p>ter sensibilidade à s implicaç õ es legais dentro de nossa cultura atual As inter-</p><p>venções de enfermagem têm como base as evidê ncias, tornando sua prá tica</p><p>amparada mais pela pesquisa e menos na intuiç ã o. (TAYLOR et al., 2014).</p><p>As atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde, previstas</p><p>na Lei 94.406/1987, que regulamenta o exercício da profissão, são:</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 92</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd</p><p>92 19/09/2017 11:53:15</p><p>a) Participação no planejamento, execução e avaliação da progra-</p><p>mação de saúde.</p><p>b) Participação na elaboração, execução e avaliação dos planos as-</p><p>sistenciais de saúde.</p><p>c) Prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em pro-</p><p>gramas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.</p><p>d) Participação em projetos de construção ou reforma de unidades</p><p>de internação.</p><p>e) Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar, inclusive</p><p>como membro das respectivas comissões.</p><p>f) Participação na elaboração de medidas de prevenção e controle</p><p>sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a</p><p>assistência de enfermagem.</p><p>g) Participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis</p><p>em geral e nos programas de vigilância epidemiológica.</p><p>h) Prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente,</p><p>puérpera e ao recém-nascido.</p><p>i) Participação nos programas e nas atividades de assistência integral</p><p>à saúde individual e de grupos específicos, particularmente daqueles</p><p>prioritários e de alto risco.</p><p>j) Acompanhamento da evolução e do trabalho de parto.</p><p>l) Execução e assistência obstétrica em situação de emergência e</p><p>execução do parto sem distocia.</p><p>m) Participação em programas e atividades de educação sanitária,</p><p>visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e da população</p><p>em geral.</p><p>n) Participação nos programas de treinamento e aprimoramento</p><p>de pessoal de saúde, particularmente nos programas de educação</p><p>continuada.</p><p>o) Participação nos programas de higiene e segurança do trabalho</p><p>e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho.</p><p>p) Participação na elaboração e na operacionalização do sistema</p><p>de referência e contra-referência do paciente nos diferentes níveis de</p><p>atenção à saúde.</p><p>q) Participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à as-</p><p>sistência de saúde.</p><p>r) Participação em bancas examinadoras, em matérias específicas de</p><p>enfermagem, nos concursos para provimento de cargo ou contratação</p><p>de enfermeiro ou pessoal técnico e auxiliar de enfermagem.</p><p>93Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 93 19/09/2017 11:53:15</p><p>Pela legislação, percebemos que o enfermeiro transita em diversas áreas,</p><p>tanto administrativas, como assistenciais e de ensino e pesquisa. A norma-</p><p>tização e a profissionalização da enfermagem ampliou o campo de atuação,</p><p>permitindo que o enfermeiro tramite em várias esferas da saúde e da educação.</p><p>Um dos campos em ascensão na atuação da enfermagem é o da estratégia da</p><p>saúde da família (ESF), em que, para que uma equipe possa existir, a presença</p><p>de um enfermeiro é necessária. A enfermagem então está vinculada à ESF,</p><p>tendo como objetivo a reorganização da prática da atenção à saúde, deixando</p><p>cada vez mais de seguir o modelo tradicional, tornando a saúde mais acessível</p><p>às famílias e permitindo a qualidade de vida dos brasileiros (STOLARSK;</p><p>TESTON; KOLHS, 2009).</p><p>É importante observar e entender os papéis da enfermagem em diver-</p><p>sos ambientes, como os de cuidador, comunicador, professor e educador,</p><p>conselheiro, líder, pesquisador, defensor e colaborador, entre tantos outros</p><p>não listados (Quadro 1). Portanto, o profissional necessita da construção de</p><p>diversas competências desde a sua formação. Dentro da equipe de saúde, é</p><p>preciso visualizar o enfermeiro como um detentor da comunicação entre os</p><p>diversos profissionais (TAYLOR et al., 2014).</p><p>Papel Função</p><p>Cuidador Prestação de cuidado que combina tanto a arte</p><p>quanto a ciência da enfermagem na assistência</p><p>das necessidades físicas, emocionais, intelectuais,</p><p>socioculturais e espirituais. Atuação como cuidador,</p><p>professor, conselheiro, lí der, pesquisador, defensor e</p><p>colaborador para promover o bem-estar por meio</p><p>de atividades que previnem a doença, restauram a</p><p>saúde e facilitam o enfrentamento da deficiê ncia ou</p><p>da morte. Este é o principal papel do enfermeiro</p><p>Comunicador Uso de habilidades interpessoais e de comunicaç ã o</p><p>terapê utica eficazes para estabelecer e manter</p><p>relacionamentos de cooperaç ã o com pacientes</p><p>de todas as idades, em uma grande variedade</p><p>de ambientes de assistê ncia à saú de</p><p>Quadro 1. Os papéis da enfermagem em todos os ambientes.</p><p>(Continua)</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 94</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 94 19/09/2017 11:53:15</p><p>Quadro 1. Os papéis da enfermagem em todos os ambientes.</p><p>Pode-se identificar quatro amplos objetivos de prá tica nas definiç õ es de enfermagem:</p><p>1. promover a saú de;</p><p>2. prevenir a doenç a;</p><p>3. restaurar a saú de;</p><p>4. facilitar o enfrentamento da incapacitaç ã o e da doenç a.</p><p>Para atingir esses objetivos de prática, o enfermeiro necessita desenvolver habilidades</p><p>para o atendimento: cognitivas, té cnicas, interpessoais e é ticas/legais (TAYLOR et al., 2014).</p><p>Fonte: Taylor et al. (2014, p. 42).</p><p>Papel Função</p><p>Professor/</p><p>Educador</p><p>Uso de habilidades de comunicaç ã o para investigar,</p><p>implementar e avaliar os planos de ensino</p><p>individualizados para a assistê ncia à s necessidades</p><p>de aprendizado de pacientes e de suas famí lias</p><p>Conselheiro Uso de habilidades de comunicaç ã o terapê utica para</p><p>proporcionar informaç õ es, fazer encaminhamentos</p><p>apropriados e facilitar as habilidades de resoluç ã o de</p><p>problemas e de tomada de decisã o do paciente</p><p>Líder Prá tica de enfermagem assertiva e autoconfiante quando</p><p>presta cuidado, realizando mudanç as e atuando em grupos</p><p>Pesquisador Participaç ã o ou conduç ã o de pesquisa para</p><p>aumentar o conhecimento em enfermagem</p><p>e melhorar o cuidado ao paciente</p><p>Defensor Proteç ã o dos direitos humanos ou legais e garantia</p><p>de assistência para todos, com base na crenç a de</p><p>que os pacientes tê m o direito de tomar decisões</p><p>informados sobre sua própria saú de e sua vida</p><p>Colaborador Uso eficaz de habilidades de organização, comunicaç ã o</p><p>e defesa de modo a facilitar as funções de todos os</p><p>membros da equipe de saú de ao atender o paciente</p><p>(Continuação)</p><p>95Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 95 19/09/2017 11:53:16</p><p>Descrever as atribuições do enfermeiro no</p><p>processo de cuidado em saúde</p><p>O ensino em enfermagem no Brasil, por meio das Diretrizes Curriculares</p><p>Nacionais do curso de graduação em enfermagem, preconiza algumas com-</p><p>petências que o enfermeiro deve desenvolver durante o curso, como: técnico-</p><p>-científi cas, ético-políticas e socioeducativas contextualizadas. Para atender</p><p>às necessidades do SUS, essas diretrizes orientam a formação direcionada ao</p><p>desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes requeridos para:</p><p> Promover estilos de vida saudáveis, conciliando as necessidades tanto</p><p>dos seus clientes/pacientes quanto às de sua comunidade, atuando como</p><p>agente de transformação social.</p><p> Usar adequadamente novas tecnologias, tanto de informação e comu-</p><p>nicação, quanto de ponta para o cuidar de enfermagem.</p><p> Atuar nos diferentes cenários da prática profissional considerando os</p><p>pressupostos dos modelos clínico e epidemiológico.</p><p> Identificar as necessidades individuais e coletivas de saúde da população,</p><p>seus condicionantes e determinantes.</p><p> Intervir no processo de saúde-doença responsabilizando-se pela quali-</p><p>dade da assistência/cuidado de enfermagem em seus diferentes níveis</p><p>de atenção à saúde, com ações de promoção, prevenção, proteção e</p><p>reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência.</p><p> Prestar cuidados de enfermagem compatíveis com as diferentes ne-</p><p>cessidades apresentadas pelo indivíduo, pela família e pelos diferentes</p><p>grupos da comunidade.</p><p> Compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe</p><p>de enfermagem às diferentes demandas dos usuários.</p><p> Integrar as ações de enfermagem às ações multiprofissionais.</p><p> Gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com princípios de</p><p>ética e de bioética, com resolutividade tanto em nível individual</p><p>como</p><p>coletivo em todos os âmbitos de atuação profissional.</p><p> Planejar, implementar e participar dos programas de formação e quali-</p><p>ficação contínua dos trabalhadores de enfermagem e de saúde.</p><p> Planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde,</p><p>considerando a especificidade dos diferentes grupos sociais e dos dis-</p><p>tintos processos de vida, saúde, trabalho e adoecimento.</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 96</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 96 19/09/2017 11:53:16</p><p> Desenvolver, participar e aplicar pesquisas e/ou outras formas de</p><p>produção de conhecimento que objetivem a qualificação da prática</p><p>profissional.</p><p> Respeitar o código ético, os valores políticos e os atos normativos da</p><p>profissão.</p><p> Interferir na dinâmica de trabalho institucional, reconhecendo-se como</p><p>agente desse processo.</p><p> Utilizar os instrumentos que garantam a qualidade do cuidado de en-</p><p>fermagem e da assistência à saúde.</p><p> Participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do</p><p>sistema de saúde.</p><p> Reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de</p><p>política e planejamento em saúde (MEC).</p><p>A Portaria Nº 1.721/94, do Ministério da Educação, define o perfil do en-</p><p>fermeiro sob a formação generalista, desenvolvendo competências em quatro</p><p>áreas fundamentais: assistência, gerência, ensino e pesquisa. Sua formação deve</p><p>ter como base o cuidado do ser humano e o seu ciclo evolutivo, contemplando</p><p>as áreas de promoção, proteção e recuperação da saúde. Essa formação busca</p><p>o desenvolvimento de disciplinas que são focadas na assistência individual e</p><p>coletiva, com práticas e estágios na área hospitalar e na rede básica de serviços</p><p>de saúde, considerando as diretrizes políticas do setor da saúde.</p><p>Os papéis educacionais e de carreira expandidos dos enfermeiros podem</p><p>ser separados em:</p><p> enfermeiro clínico especializado (oferece um cuidado especializado</p><p>ao paciente em determinada área);</p><p> enfermeiro prático (cuidado para uma área especial ou faixa etária na</p><p>assistência);</p><p> enfermeiro anestesista (categoria não habilitada no Brasil);</p><p> enfermeiro obstetra (cuidado pré e pós-natal, podendo realizar o parto);</p><p> enfermeiro educador (ensina em ambientes educacionais, clínicos e</p><p>hospitalares);</p><p> enfermeiro administrador (administração e gerenciamento da assistên-</p><p>cia, recursos e corpo funcional);</p><p> enfermeiro pesquisador (pesquisa na área da saúde para prática e ensino);</p><p> enfermeiro empreendedor (administrar estabelecimentos de saúde,</p><p>pesquisa, ensino na área) (TAYLOR et al., 2014).</p><p>97Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 97 19/09/2017 11:53:16</p><p>No que abranje a dimensão gerencial do processo de trabalho do enfer-</p><p>meiro, fazem parte desse processo atividades como: elaboração de escala,</p><p>remanejamento de funcionários, verificação de pendências e conferência e</p><p>reposição de materiais e equipamentos, com destaque para o gerenciamento</p><p>de material, equipamentos e serviços de saúde. Outra função do enfermeiro</p><p>é o gerenciamento das unidades e a coordenação e supervisão das atividades</p><p>assistenciais e da equipe de saúde que está sob sua responsabilidade (HAUS-</p><p>MAN; PEDRUZZI, 2009).</p><p>A dimensão assistencial está focada no cuidado direto ao paciente, à família</p><p>e à comunidade, permitindo uma prática clínica que se baseie na sistematiza-</p><p>ção da assistência, caracterizada por uma concepção ampliada do cuidado de</p><p>enfermagem e permitindo a articulação entre as ações de enfermagem com as</p><p>diferentes áreas profissionais (HAUSMAN; PEDRUZZI, 2009).</p><p>O enfermeiro deve compreender o processo de liderança, desenvolvendo</p><p>habilidades essenciais como: comunicação, relacionamento interpessoal, to-</p><p>mada de decisão e a competência clínica. O conhecimento da lei do exercício</p><p>profissional e sua aplicação são necessários em sua prática, “tornando-se</p><p>agente de mudança com o propósito de fornecer estratégias que possibilitem</p><p>a melhoria da instituição” e da equipe de saúde, refletindo diretamente na</p><p>assistência prestada ao paciente/cliente, na interação com a família e na co-</p><p>munidade (STOLARSK; TESTON; KOLHS, 2009).</p><p>O cuidado de enfermagem é considerado como prática social empreende-</p><p>dora, pela inserção ativa e pró-ativa das múltiplas possibilidades de atuação</p><p>profissional e pela forma interativa e associativa com os diferentes setores e</p><p>contextos sociais (Quadro 2). Na ESF, a enfermagem se destacava pela capa-</p><p>cidade de “promover a interação e a associação entre os usuários, a equipe de</p><p>saúde da família e a comunidade”, promovendo uma assistência integral que</p><p>otimiza as intervenções de cuidado em saúde, contemplando tanto os saberes</p><p>profissionais, quanto os saberes dos usuários e da comunidade (BACKES et</p><p>al., 2012).</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 98</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 98 19/09/2017 11:53:17</p><p>Fonte: Taylor et al. (2014, p. 46).</p><p>Título Descrição</p><p>Enfermeiro clí nico</p><p>especializado (p. ex., tera-</p><p>peuta em enterostomia,</p><p>geriatria, controle de</p><p>infecç ã o, mé dico-cirú rgico,</p><p>materno-infantil, oncologia,</p><p>garantia de qualidade,</p><p>processo de enfermagem)</p><p>Com graduaç ã o avanç ada, educaç ã o ou</p><p>experiê ncia, é considerado um especialista</p><p>em determinada á rea da enfermagem;</p><p>oferece cuidado direto ao paciente;</p><p>realiza consulta; ensina pacientes, famí lias</p><p>e equipe, alé m de fazer pesquisa</p><p>Enfermeiro prá tico Com graduaç ã o avanç ada, credenciado</p><p>para o cuidado de uma á rea especial ou</p><p>faixa etá ria de pacientes; trabalha em vá rios</p><p>ambientes de assistê ncia à saú de ou de</p><p>forma independente, fazendo investigaç õ es</p><p>de saú de e prestando cuidado primá rio</p><p>Enfermeiro anestesista Concluiu o curso em uma escola de</p><p>anestesia; realiza visitas e investigaç õ es</p><p>pré -operató rias, administra e monitora</p><p>a anestesia durante a cirurgia e avalia o</p><p>estado pó s-operató rio do paciente</p><p>Enfermeiro obstetra Completou um programa para parteiros;</p><p>presta cuidado pré e pó s-natal e realiza o parto</p><p>de mulheres em gestaç õ es nã o complicadas</p><p>Enfermeiro educador Em geral, com graduaç ã o avanç ada,</p><p>ensina em ambientes educacionais ou</p><p>clí nicos; ensina o conhecimento teó rico e</p><p>as habilidades clí nicas; realiza pesquisas</p><p>Enfermeiro administrador Age nos vá rios ní veis de administraç ã o</p><p>dos ambientes de assistê ncia à saú de; é</p><p>responsá vel pelo gerenciamento e pela</p><p>administraç ã o dos recursos e do corpo</p><p>funcional envolvidos nos cuidados ao paciente</p><p>Enfermeiro pesquisador Com graduaç ã o avanç ada, faz pesquisas</p><p>relevantes para a definiç ã o e a melhoria</p><p>da prá tica e do ensino da enfermagem</p><p>Enfermeiro empreendedor Em geral, com graduaç ã o avanç ada, pode</p><p>administrar uma clí nica ou estabelecimento</p><p>relacionado à saú de, realizar pesquisa,</p><p>proporcionar educaç ã o ou atuar como</p><p>conselheiro ou consultor para instituiç õ es,</p><p>agê ncias polí ticas ou negó cio</p><p>Quadro 2. Papéis educacionais e de carreira dos enfermeiros.</p><p>99Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 99 19/09/2017 11:53:17</p><p>Refletir sobre a importância da assistência da</p><p>enfermagem humanizada</p><p>O cuidado humanizado pressupõe a consideração pela essência do ser humano,</p><p>o respeito à individualidade, construindo um processo que legitime o lado</p><p>humano dos profi ssionais envolvidos. Pretende-se ter, com o atendimento</p><p>humanizado, um olhar integral por parte do profi ssional e não somente o</p><p>foco na doença ou nos sintomas apresentados, facilitando assim que a pessoa</p><p>vulnerável enfrente positivamente seus desafi os. Humanizar também é “cuidar</p><p>e dar qualidade à relação profi ssional da saúde-paciente”, é saber fazer uma</p><p>escuta, é prestar solidariedade, é ser sensível à situação (PESSINI; BERTA-</p><p>CHINI, 2014).</p><p>Um cuidado humanizado necessita de um conhecimento prévio por parte</p><p>do profissional sobre as dimensões da dor e do sofrimento, que</p><p>se dividem em:</p><p> Dimensão física – nível físico, com manifestação da deterioração pro-</p><p>gressiva do corpo.</p><p> Dimensão psíquica – pode ter múltiplos fatores de causa, manifestando-</p><p>-se por meio de sentimentos.</p><p> Dimensão social – sofrimento marcado pelo isolamento.</p><p> Dimensão espiritual – perda de significado, sentido e esperança.</p><p>A dor física é a mais fácil de tratar e trabalhar com o paciente, mas as</p><p>outras necessitam de acolhimento e relação humanizada (PESSINI, 2014).</p><p>É fundamental para a humanização da saúde que se perceba o ser humano</p><p>como alguém que está além de um ser com necessidades biológicas, mas, sim,</p><p>“como um agente biopsicossocial e espiritual, com direitos a serem respeitados,</p><p>devendo ser garantida sua dignidade ética”. Tratar o outro com respeito envolve:</p><p> ouvir o que o outro tem a dizer;</p><p> interpretar o que ouviu;</p><p> ter compaixão;</p><p> ser tolerante, honesto, atencioso;</p><p> entender a necessidade do autoconhecimento (BARBOSA; SILVA,</p><p>2007).</p><p>Quando abordamos a ética no contexto de humanização, devemos fun-</p><p>damentar nossa reflexão de acordo com os princípios ou valores, como a</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 100</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 100 19/09/2017 11:53:18</p><p>autonomia, a beneficência, a não maleficência e a justiça. A concretização</p><p>desses princípios indicam alguns direitos e deveres:</p><p> direito à assistência médica;</p><p> direito a cuidados e enfermagem personalizados, respeitosos e</p><p>carinhosos;</p><p> direito a terapias adequadas;</p><p> direito do paciente saber seu real prognóstico;</p><p> direito do paciente decidir sobre sua vida e tratamento;</p><p> direito de todos a um ambiente humanizado propício para viver e morrer</p><p>com dignidade.</p><p>A ética pode contribuir muito para a humanização da saúde por propor-</p><p>cionar argumentos racionalmente fundamentados e parâmetros que resgatam</p><p>ações contempladoras da dignidade humana, pois, como humanos vivendo em</p><p>sociedade, possuímos referências éticas que formam as ações de humanização</p><p>em saúde.</p><p>O princípio bioético da autonomia é um dos aspectos fundamentais para</p><p>que possamos agir com respeito junto ao cliente. Autonomia pode ser entendida</p><p>como a “capacidade inerente ao homem de elaborar leis para si mesmo, de agir</p><p>de acordo com sua própria vontade, a partir de escolhas ao alcance pessoal,</p><p>diante de objetivos por ele estabelecidos, sem restrições internas ou externas”</p><p>(BARBOSA; SILVA, 2007).</p><p>A comunicação é o fator essencial para o desenvolvimento da humanização,</p><p>como também as condições técnicas e materiais. Outro aspecto importante é</p><p>estabelecer o diálogo, tanto com os usuários, quanto com os profissionais de</p><p>saúde, pensando e promovendo ações singulares de humanização. Esse processo</p><p>demanda o envolvimento dos profissionais de todos os setores, dos gestores,</p><p>dos formuladores de políticas públicas, além dos conselhos profissionais e</p><p>instituições formadoras (OLIVEIRA; COLLET; VIERA, 2006).</p><p>A Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS tem como aposta</p><p>fundamental o direito à saúde, garantido atenção à saúde do usuário com</p><p>responsabilização e vínculo; “continuidade do cuidado em rede; garantia dos</p><p>direitos aos usuários; aumento de eficácia das intervenções e dispositivos; e</p><p>o trabalho criativo e valorizado, através da construção de valorização e do</p><p>cuidado aos trabalhadores da saúde” (OLIVEIRA; COLLET; VIERA, 2006).</p><p>A PNH permeia três princípios:</p><p>101Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 101 19/09/2017 11:53:18</p><p> Transversalidade – ampliação e aumento da comunicação, tanto entre</p><p>usuários, quanto dos profissionais e do sistema.</p><p> Indissociabilidade entre práticas de gestão e práticas de atenção à saúde</p><p>– a política e a clínica como elementos inseparáveis.</p><p> Protagonismo dos sujeitos e dos coletivos – os sujeitos do mundo e</p><p>suas ações transformadoras (OLIVEIRA; COLLET; VIERA, 2006).</p><p>A PNH já instituiu diversos mecanismos práticos de humanização da</p><p>saúde, como: acolhimento com classificação de risco; colegiados gestores;</p><p>Programa de Formação em Saúde e Trabalho; equipes de referência e de apoio</p><p>matricial; Projeto Terapêutico Singular e Projeto de Saúde Coletiva; projetos</p><p>de ambiência; direito de acompanhante e visita aberta; construção de proces-</p><p>sos coletivos de monitoramento e avaliação das atividades de humanização</p><p>(PASCHE; PASSOS, [200-?]).</p><p>É importante entender que a humanização é um processo coletivo que</p><p>começa em ações individuais, tanto na vida pessoal quanto na profissional</p><p>das pessoas. Portanto, não depende somente de como é a formação, mas,</p><p>sim, de como é a visão do profissional envolvido em qualquer tipo de ação ou</p><p>cuidado. Não adianta pensar em humanização em longo prazo sem trabalhar</p><p>o lado humano de cada um. O SUS, hoje, tem em sua essência a humaniza-</p><p>ção e já evoluiu muito desde o início do PNH. Sendo assim, ao retomar essa</p><p>temática, voltamos ao início do preceito básico da enfermagem como o pilar</p><p>e sua figura como um exemplo de gestão, administração, ensino, assistência,</p><p>pesquisa, entre outros.</p><p>Conheça mais informações sobre humanização no</p><p>SUS e as suas diversas esferas e realidades assistindo</p><p>ao vídeo disponível no link ou código a seguir.</p><p>https://goo.gl/uHhj2u</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 102</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 102 19/09/2017 11:53:19</p><p>1. De acordo com as atribuições do</p><p>enfermeiro como integrante da</p><p>equipe de saúde, conforme disposto</p><p>no Decreto N° 94.406/1987, marque</p><p>qual das opções está correta:</p><p>a) prescrição da assistência</p><p>de enfermagem.</p><p>b) organização e direção dos</p><p>serviços de enfermagem e</p><p>de suas atividades técnicas</p><p>e auxiliares nas empresas</p><p>prestadoras desses serviços.</p><p>c) consultoria, auditoria e</p><p>emissão de parecer sobre</p><p>matéria de enfermagem.</p><p>d) consulta de enfermagem.</p><p>e) participação no planejamento,</p><p>execução e avaliação da</p><p>programação de saúde.</p><p>2. Dentre as principais características</p><p>e habilidades necessárias para</p><p>exercer as atividades do enfermeiro</p><p>com papel de líder, estão:</p><p>a) atuação em grupo, com atitudes</p><p>autoconfiantes e acertativas.</p><p>b) assistência e cuidado baseado</p><p>nas necessidades físicas, sociais,</p><p>emocionais, intelectuais, etc.</p><p>c) proteção de direitos</p><p>humanos e legais.</p><p>d) habilidades interpessoal</p><p>e de comunicação.</p><p>e) facilitar as funções de todos os</p><p>membros da equipe de saúde.</p><p>3. O cuidado humanizado pressupõe</p><p>por parte do cuidador:</p><p>a) atendimento integral e imediato.</p><p>b) compreensão do significado da</p><p>vida, a capacidade de perceber</p><p>e compreender a si mesmo e</p><p>ao outro, situado no mundo e</p><p>sujeito de sua própria história.</p><p>c) cuidado integral e universal.</p><p>d) compreensão do cuidado</p><p>da doença do paciente</p><p>pelo profissional.</p><p>e) tratamento com educação</p><p>e respeito ao paciente.</p><p>4. Dentre as dores relacionadas a dor</p><p>e sofrimento humano, qual destas</p><p>humanização em seu conceito</p><p>pode ter múltiplos fatores de causa,</p><p>manifestando-se por sentimentos?</p><p>a) Dimensão social.</p><p>b) Dimensão espiritual.</p><p>c) Dimensão clínica.</p><p>d) Dimensão psíquica.</p><p>e) Dimensão física – nível físico, com</p><p>manifestação da deterioração</p><p>progressiva do corpo.</p><p>5. Dentre as opções de atendimento</p><p>humanizado no parto, marque</p><p>a alternativa que confere uma</p><p>prática humanizada, porém é muito</p><p>realizada nos hospitais ainda hoje.</p><p>a) Banho do bebê realizado</p><p>pela enfermeira.</p><p>b) Consulta rápida de enfermagem.</p><p>c) Quarto conjugado.</p><p>d) Direito de escolher um</p><p>acompanhante para o parto.</p><p>e) Direito de utilizar o</p><p>alojamento conjunto.</p><p>103Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 103 19/09/2017 11:53:20</p><p>BACKES, D. S. et al. O papel profissional do enfermeiro no Sistema Único de Saúde: da</p><p>saúde comunitária à estratégia de saúde da família. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de</p><p>Janeiro, v. 17, n. 1, p. 223-230, 2012. Disponível em: <https://goo.gl/xUbE9c>. Acesso</p><p>em: 12 set. 2017.</p><p>BARBOSA, I</p><p>de A.; SILVA, M. J. P. Cuidado humanizado de enfermagem: o agir com</p><p>respeito em um hospital universitário. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, DF,</p><p>v. 60, n. 5, p. 546-551, set./out. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.</p><p>php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672007000500012>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Decreto n°94.406/87. Regulamenta a Lei</p><p>nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem, e</p><p>dá outras providências. Brasília, DF, 1987. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/</p><p>decreto-n-9440687_4173.html>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Portaria nº 1.721, de 15 de dezembro</p><p>de 1994. Diário Oficial da União, Brasília, DF, b. 238, seção 1, p. 19.801, 16 dez. 1994.</p><p>HAUSMANN, M.; PEDRUZZI, M. Articulação entre as dimensões gerencial e assistencial</p><p>doprocesso de trabalho do enfermeiro. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis,</p><p>v. 18, n. 2, p. 258-265, abr./jun. 2009.</p><p>MCEWEN, M. Filosofia, ciê ncia e enfermagem. In: MCEWEN, M.; WILLS, E. M. Bases</p><p>teóricas de enfermagem. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 2-23.</p><p>OLIVEIRA, B. R. G.; COLLET, N.; VIERA, C. S. A humanização na assistência à saúde.</p><p>Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.14, n. 2, p. 277-284, mar./</p><p>abr. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi</p><p>d=S0104-11692006000200019>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>PASCHE, D. F.; PASSOS, E. A importância da humanização a partir do sistema único de</p><p>saúde. [200-?]. Disponível em: <http://esp.saude.sc.gov.br/sistemas/revista/index.</p><p>php/inicio/article/viewFile/18/30>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>PESSINI, L. Humanização da dor e do sofrimento humanos na área da saúde. In:</p><p>PESSINI, L.; BERTACHINI, L. (Org.). Humanização e cuidados paliativos. 3. ed. São Paulo:</p><p>Centro Universitário São Camilo; Edições Loyola, 2006. p. 11-30.</p><p>PESSINI, L.; BERTACHINI, L. (Org.). Humanização e cuidados paliativos. 6. ed. São Paulo:</p><p>Centro Universitário São Camilo; Edições Loyola, 2014.</p><p>STOLARSKII, C. V.; TESTON, V.; KOLHS, M. Conhecimento da equipe de enfermagem</p><p>sobre suas atribuições legais. REME Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte,</p><p>v. 13, n. 3, p. 327-336, jul./set. 2009. Disponível em: <http://www.reme.org.br/artigo/</p><p>detalhes/196>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde 104</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 104 19/09/2017 11:53:20</p><p>Leituras recomendadas</p><p>BRASIL. Ministério de Educação. Diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação</p><p>em enfermagem. [200-?]. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/</p><p>Enf.pdf>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Humaniza SUS: caderno de textos: cartilhas da Política</p><p>Nacional de Humanização. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:</p><p><http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_textos_cartilhas_politica_hu-</p><p>manizacao.pdf>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Brasília, DF: Ministério</p><p>da Saúde, 2013. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/poli-</p><p>tica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf>. Acesso em: 12 set. 2017.</p><p>MCEWEN, M. Visã o geral da teoria na enfermagem. In: MCEWEN, M.; WILLS, E. M. Bases</p><p>teóricas de enfermagem. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. p. 24-50.</p><p>105Atividades do enfermeiro como integrante da equipe de saúde</p><p>U2_C06_Introdução a profissão_Enfermagem.indd 105 19/09/2017 11:53:20</p><p>Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para</p><p>esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual</p><p>da Instituição, você encontra a obra na íntegra.</p><p>Conteúdo:</p><p>Dica do professor</p><p>No SUS, o enfermeiro pode atuar em diversos setores e níveis de atenção à saúde. A Atenção</p><p>Básica (AB), ou Atenção Primária à Saúde (APS), é considerada o primeiro nível de atenção à saúde</p><p>dos indivíduos, tendo como foco as ações para a proteção da saúde da população, a prevenção e o</p><p>controle de riscos, agravos e doenças, bem como a promoção da saúde.</p><p>Nesse contexto, o papel do enfermeiro como membro da equipe de saúde é fundamental para</p><p>garantir a assistência aos usuários do SUS, a articulação com os demais profissionais e a equipe</p><p>multiprofissional, bem como o planejamento das atividades da equipe de enfermagem.</p><p>Nesta Dica do Professor, você vai estudar a AB e as principais equipes de saúde desse nível</p><p>assistencial, bem como conhecer as principais atividades do enfermeiro como membro dessas</p><p>equipes de saúde.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/461806e0e29369d8dcf04f6539ada978</p><p>Exercícios</p><p>1) A enfermagem exerce papel fundamental no processo de cuidado dos pacientes e usuários</p><p>nos serviços de saúde. Para formalizar as suas atribuições, foi publicado, em 1987, o Decreto</p><p>no 94.406, que regulamenta a Lei no 7.498, de 1986, que dispõe sobre o exercício da</p><p>enfermagem.</p><p>Assinale a alternativa correta que indica uma das atribuições do enfermeiro como integrante</p><p>da equipe de saúde, segundo o Decreto no 94.406.</p><p>A) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.</p><p>B) Cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de morte.</p><p>C) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.</p><p>D) Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem.</p><p>E) Participação no planejamento, na execução e na avaliação da programação de saúde.</p><p>2) Uma das competências do enfermeiro é ser líder, e essa característica é essencial ao</p><p>processo de trabalho do enfermeiro nos mais diversos ambientes de trabalho.</p><p>Considerando o papel do enfermeiro como líder, assinale a alternativa correta.</p><p>A) O enfermeiro líder exerce atividades em grupo, com atitudes autoconfiantes e assertivas.</p><p>B) O enfermeiro líder realiza o cuidado com base nas necessidades físicas, sociais, emocionais,</p><p>etc.</p><p>C) O enfermeiro líder é responsável pela proteção dos direitos humanos e legais do usuário.</p><p>D) O enfermeiro líder precisa desenvolver habilidades interpessoais e de comunicação.</p><p>E) O enfermeiro líder deve facilitar as funções de todos os membros da equipe de saúde.</p><p>Humanização da assistência em saúde significa tornar o processo de cuidado o mais humano</p><p>possível, ou seja, torná-lo bom e acolhedor. Assim, para garantir o cuidado humanizado, é</p><p>necessário estabelecer algumas atitudes.</p><p>3)</p><p>O que pressupõe o cuidado humanizado?</p><p>A) Ter foco nas doenças e nos sintomas apresentados pelo paciente.</p><p>B) Compreender o sujeito como um agente biopsicossocial e espiritual.</p><p>C) Desconsiderar as necessidades e as demandas do paciente.</p><p>D) Ter conhecimento posterior das dimensões da dor e do sofrimento.</p><p>E) Desconsiderar os preceitos éticos no processo de cuidado.</p><p>4) A dor e o sofrimento são divididos em dimensões que mostram como esses processos se</p><p>manifestam no indivíduo. Essas dimensões envolvem manifestações que vão além do</p><p>fisiológico.</p><p>Nesse sentido, uma dessas dimensões tem em seu conceito múltiplos fatores causais que se</p><p>manifestam por meio dos sentimentos. Qual é essa dimensão?</p><p>A) Dimensão social.</p><p>B) Dimensão espiritual.</p><p>C) Dimensão clínica, ao receber o tratamento.</p><p>D) Dimensão psíquica.</p><p>E) Dimensão física.</p><p>5) A Política Nacional de Humanização (PNH) do SUS foi aprovada em 2003 e tem por</p><p>finalidade efetivar os princípios do SUS na rotina das práticas de atenção e gestão na saúde,</p><p>buscando qualificar a saúde pública no País.</p><p>Quais são os princípios que fundamentam a PNH?</p><p>A) Transversalidade, criatividade e humanismo.</p><p>B) Transversalidade, indissociabilidade e humanismo.</p><p>C) Eficácia, indissociabilidade e protagonismo.</p><p>D) Transversalidade, indissociabilidade e protagonismo.</p><p>E) Eficácia, criatividade e humanismo.</p><p>Na prática</p><p>A consulta de enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro, conforme previsto</p><p>na Lei do</p><p>Exercício Profissional da Enfermagem. Ela compreende a coleta de dados, ou anamnese, do</p><p>paciente e a realização do exame físico, a determinação dos diagnósticos de enfermagem, o</p><p>planejamento das ações e sua implementação e, por último, a avaliação dos resultados encontrados.</p><p>Assim, é importante que ela seja conduzida de maneira adequada e com qualidade, de modo a</p><p>assegurar aos pacientes e aos usuários dos serviços de saúde uma atenção à saúde efetiva.</p><p>Neste Na Prática, você vai conhecer a importância da consulta de enfermagem no desenvolvimento</p><p>da criança, bem como o passo a passo de como realizar o processo de enfermagem.</p><p>Aponte a câmera para o</p><p>código e acesse o link do</p><p>conteúdo ou clique no</p><p>código para acessar.</p><p>https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b2440224-8dde-43c2-b5da-b841f3e1288a/14bb0fa6-37f3-434f-9eb0-0bb6c3c4a803.jpg</p><p>Saiba +</p><p>Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:</p><p>Práticas de enfermeiros na gestão do cuidado na atenção básica</p><p>O artigo descreve os desafios dos enfermeiros em sua prática na atenção básica ao desenvolver a</p><p>gestão do cuidado, abrangendo os diferentes segmentos que estruturam o contexto da saúde.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Contribuições e desafios do gerenciamento de enfermagem</p><p>hospitalar: evidências científicas</p><p>O artigo analisa as evidências científicas, nacionais e internacionais, que tratam das contribuições e</p><p>dos desafios da atribuição gerencial de enfermagem na atenção hospitalar.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>Resolução sobre a assistência de enfermagem</p><p>A legislação orienta sobre a sistematização da assistência de enfermagem e a implementação do</p><p>processo de enfermagem nos serviços de saúde.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/article/view/2815/531</p><p>https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180291</p><p>https://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-736-de-17-de-janeiro-de-2024/</p><p>O papel profissional do enfermeiro no Sistema Único de Saúde:</p><p>da saúde comunitária à Estratégia Saúde da Família</p><p>Veja, neste artigo, como a estratégia Saúde da Família pode ser considerada facilitadora e</p><p>estimuladora do processo de ampliação e consolidação do cuidado de enfermagem como prática</p><p>social empreendedora.</p><p>Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.</p><p>https://www.scielo.br/j/csc/a/B4YNT5WFyKmn5GNGbYBhCsD/?lang=pt</p>