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<p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS. DA FUNÇÃO</p><p>JURISDICIONAL</p><p>Livro Eletrônico</p><p>2 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Sumário</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional .......................................................3</p><p>Da Interpretação da Lei Processual Civil ..........................................................................................................3</p><p>Eficácia da Lei Processual Civil ...............................................................................................................................5</p><p>Da Aplicação da Lei no Espaço .................................................................................................................................6</p><p>Da Aplicação da Lei no Tempo ..................................................................................................................................6</p><p>Da Função Jurisdicional ............................................................................................................................................ 10</p><p>Jurisdição ........................................................................................................................................................................... 10</p><p>Características da Jurisdição ...................................................................................................................................11</p><p>Princípios da jurisdição ..............................................................................................................................................13</p><p>Classificação da Jurisdição ......................................................................................................................................17</p><p>Questões Comentadas em Aula ............................................................................................................................ 28</p><p>Exercícios ...........................................................................................................................................................................30</p><p>Gabarito ..............................................................................................................................................................................37</p><p>Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................38</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>3 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS. DA</p><p>FUNÇÃO JURISDICIONAL</p><p>Olá, querido(a) amigo(a),</p><p>É com imensa alegria e enorme entusiasmo que inicio, junto com você, companheiro(a) vir-</p><p>tual, nosso segundo encontro destinado ao exame da OAB. Trataremos hoje da interpretação,</p><p>eficácia, aplicação da lei processual, do direito intertemporal e da jurisdição, assuntos de muita</p><p>importância no cotidiano forense. Posto isso, vamos lá, vamos trabalhar! Venha comigo!</p><p>Da Interpretação Da LeI processuaL cIvIL</p><p>Quanto à interpretação do Código, estamos diante de uma análise hermenêutica. Pois bem,</p><p>o hermeneuta é um intérprete da lei. Esse conceito é oriundo da mitologia grega, quando Her-</p><p>mes traduzia a linguagem dos deuses (perspectiva politeísta) para os homens. Tem-se, então,</p><p>a arte ou a ciência da interpretação.</p><p>Posta essa pequena introdução, falarei dos métodos de interpretação relacionados à legis-</p><p>lação processual civil. As possíveis formas de se interpretar a Lei de Ritos, que, diga-se de pas-</p><p>sagem, não está adstrita aos Juízes, muito embora sejam eles quem julguem os casos levados</p><p>ao Poder Judiciário. Esse raciocínio evidencia que todos os operadores do Direito interpretam</p><p>a legislação, o juiz utiliza-se dos métodos interpretativos para julgar, mas o advogado, a título</p><p>ilustrativo, fundamenta as teses levadas aos órgãos jurisdicionais a fim de convencer o Julga-</p><p>dor acerca de algum direito relacionado à causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos) e ao</p><p>pedido do cliente o qual defende.</p><p>Postos esses breves conceitos, a interpretação pode ser:</p><p>Quanto ao modo:</p><p>• Gramatical, literal: é a interpretação da lei de acordo com a organização das palavras,</p><p>isto é, o intérprete deve ficar restrito aquilo que está no texto.</p><p>• Lógica: realizada por um raciocínio dedutivo ou indutivo da proposição que está na lei.</p><p>Por meio da lógica, procura-se decifrar o sentido da norma.</p><p>• Teleológica, finalística: busca-se a finalidade da lei, qual o objetivo da legislação, o que</p><p>ela pretendia e pretende a partir da vigência.</p><p>• Sistêmica: busca-se harmonizar a lei com todo o ordenamento jurídico. É preciso inter-</p><p>nalizar que o direito deve ser visto como um todo indivisível. Quando é separado em “ra-</p><p>mos”, isso ocorre, tão somente, para facilitação didática. Sendo assim, por esse método</p><p>interpretativo, analisa-se o alcance da lei conjugado com outras leis (nesse conduto de</p><p>raciocínio, interpreta-se o Novo Código de acordo com as normas estabelecidas pela</p><p>Constituição, em perspectiva neoprocessual).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>4 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>• Histórico-evolutivo: tem por base o momento da confecção da lei, ou seja, o momento</p><p>político, cultural, econômico, pelo qual passava o legislador ao tempo do processo legis-</p><p>lativo. Todavia, deve-se observar a vontade do produtor normativo ao produzir a legisla-</p><p>ção à época da atividade legiferante.</p><p>Quanto à fonte:</p><p>• Autêntica: consiste na criação de uma lei com a finalidade de interpretar outra lei criada</p><p>pelo mesmo órgão que a editou.</p><p>• Jurisprudencial: advêm das decisões judiciais reiteradas, proferidas pelos Tribunais.</p><p>• Doutrinária ou científica: oriunda da análise dos doutrinadores, estudiosos do Direito.</p><p>Quanto ao resultado:</p><p>• Declaratória: a lei corresponde àquilo que está no texto.</p><p>• Extensiva: o alcance das palavras é ampliado.</p><p>• Restritiva: o alcance das palavras é reduzido.</p><p>Amigo (a), a função de interpretação das leis é de suma importância para aplicação da</p><p>lei processual civil. O intérprete, muitas vezes, se valerá de uma das técnicas citadas (com as</p><p>particularidades de cada uma delas). Saliento, querido (a) estudante, que o Código será inter-</p><p>pretado conforme os valores e as normas estabelecidos na Constituição, ou seja, o intérprete,</p><p>segundo a nova processualística, interpretará a Lei de Ritos com base nas normas da Carta</p><p>Fundante, consoante o artigo 1º do Código de Processo Civil de 2015.</p><p>Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as</p><p>disposições deste Código.</p><p>Então, percebe-se, por meio da colação do artigo acima, que a interpretação da Lei n. 13.105/2015</p><p>deve estar alinhada às normas e aos valores fundamentais da Constituição da República Federa-</p><p>tiva do Brasil de 1988. Qualquer exercício hermenêutico em dissonância, em contrariedade com</p><p>a Carta Fundante restará incompatível, uma vez que a “nova forma de ser” do Direito Processual</p><p>busca validade da Lei Maior, conforme expliquei</p><p>é realizado pelo juízo Federal, consoante o artigo 965 da codifica-</p><p>ção de 2015. Enfim, quem ajuda também deve ajudar.</p><p>Então:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>27 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Do Auxílio Direto</p><p>Amigo(a), conforme o artigo 28 do NCPC, caberá o auxílio direto quando a medida não</p><p>decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a um</p><p>juízo de delibação (avaliação rasa acerca de aspectos legais, sem analisar o mérito) no Estado</p><p>brasileiro. Para Daniel Amorim Assumpção Neves:</p><p>toda decisão estrangeira que depender de uma homologação nacional (homologação de sentença</p><p>estrangeira), ou mesmo de análise de suas formalidades (carta rogatória), afasta a aplicação do</p><p>auxílio direto (Código de Processo Civil Comentado Artigo por Artigo — 5ª edição. Ed. JusPoivm,</p><p>2020. P. 30).</p><p>Nos casos de solicitação de auxílio direito, o órgão estrangeiro encaminha o auxílio de for-</p><p>ma clara e com autenticidade assegurada ao órgão central do Brasil.</p><p>O auxílio direto terá por objeto: a obtenção e a prestação de informações sobre o ordena-</p><p>mento jurídico e os processos administrativos ou jurisdicionais finalizados ou em marcha; a</p><p>colheita de provas, exceto se a medida for adotada em processo em curso no estrangeiro, de</p><p>competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira ou qualquer outra medida judicial</p><p>ou extrajudicial não vedada pela lei brasileira, consoante o artigo 30 da Lei de Ritos.</p><p>O artigo 31 do Novo Código estabelece que a autoridade central deve se comunicar com</p><p>os órgãos estrangeiros responsáveis pelos pedidos de cooperação e por executar os pleitos</p><p>enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, com o devido respeito aos tratados internacionais.</p><p>Se o ato solicitado não depender de prestação jurisdicional, a autoridade central providenciará</p><p>as medidas necessárias para o cumprimento do auxílio.</p><p>Quando a autoridade central receber o pedido de auxílio direto passivo (ou seja, o Estado</p><p>Estrangeiro solicitar ao Brasil a prática de algum ato), que dependa de algum ato judicial, de-</p><p>verá enviar à Advocacia Geral da União (AGU) para que o aludido órgão requeira a medida em</p><p>juízo, como a solicitação de uma citação, por exemplo.</p><p>Alerto para o fato de que o Ministério Público poderá ser a autoridade central e, quando for,</p><p>será o órgão ministerial que requererá em juízo a medida solicitada.</p><p>A competência para apreciar o pedido de auxílio direto passivo que dependa de prestação</p><p>jurisdicional será do juízo federal do lugar onde deva ser executada a medida pleiteada, conso-</p><p>ante o artigo 34 do Código de Processo Civil.</p><p>Ok, professor, mas qual seria o meio de comunicação utilizado pelo Brasil para se comunicar</p><p>com os outros Estados? Bem, querido(a), quando for necessária a cooperação com outro país, o</p><p>Código de Processo prevê a utilização da Carta Rogatória, que é uma forma de comunicação en-</p><p>tre a jurisdição brasileira e a estrangeira e, nos tempos atuais, pode ser feita por meio eletrônico.</p><p>Posto isso, amigos, temos que o Novo Código prevê a cooperação internacional no sentido</p><p>de conduzir os processos para os quais seja necessária a atuação em território estrangeiro</p><p>com respeito às soberanias e com base na via diplomática.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>28 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>QUESTÕES COMENTADAS EM AULA</p><p>001. (FGV/DPE—RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) Constitui uma exceção à carac-</p><p>terística inerte da jurisdição:</p><p>a) ação possessória tendo por objeto bem público;</p><p>b) habeas data;</p><p>c) restauração de autos;</p><p>d) ação popular;</p><p>e) mandado de injunção.</p><p>002. (FCC/TJ—MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020/ADAPTADA) No que tange à jurisdição, é corre-</p><p>to afirmar:</p><p>Em obediência ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, em nenhuma hipótese a parte</p><p>precisará exaurir a via administrativa de solução de conflitos, podendo sempre, desde logo,</p><p>buscar a solução pela via do Poder Judiciário.</p><p>003. (FCC/TJ—MS/ JUIZ SUBSTITUTO/2020) No que tange à jurisdição, é correto afirmar:</p><p>a) em obediência ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, em nenhuma hipótese a parte</p><p>precisará exaurir a via administrativa de solução de conflitos, podendo sempre, desde logo,</p><p>buscar a solução pela via do Poder Judiciário.</p><p>b) a integração obrigatória à relação jurídico-processual concerne ao princípio da inevitabilida-</p><p>de da jurisdição, gerando o estado de sujeição das partes às decisões jurisdicionais.</p><p>c) o princípio segundo o qual ninguém será processado senão pela autoridade competente diz</p><p>respeito à indelegabilidade da jurisdição.</p><p>d) nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária, a intervenção do Judiciário não é obri-</p><p>gatória para que se obtenha o bem da vida pretendido, mostrando-se sempre facultativa essa</p><p>interferência.</p><p>e) em obediência ao princípio do juiz natural, é defesa a criação de varas especializadas, câma-</p><p>ras especializadas nos tribunais ou foros distritais.</p><p>004. (CESPE/CEBRASPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATI-</p><p>VA/2017) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Na jurisdição voluntária, não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública partici-</p><p>par de interesses privados.</p><p>005. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DE MONTE ALEGRE DO PIAUÍ—PI/ADVO-</p><p>GADO/2019/ADAPTADA) Tomando como fundamento o contexto dos temas jurisdição e</p><p>competência, analise a assertiva e assinale a correta:</p><p>Os equivalentes jurisdicionais são formas de exposição do sistema multiportas no direito pro-</p><p>cessual civil, meio plenamente reconhecido e estimulado no direito brasileiro.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-rj</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2019-dpe-rj-tecnico-superior-juridico</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-1-regiao</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/crescer-consultorias</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/prefeitura-de-monte-alegre-do-piaui-pi</p><p>29 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>006. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII—PRIMEIRA FASE/2021) Carlyle</p><p>Schneider, engenheiro suíço, morava em Madison, Wisconsin, Estados Unidos da América,</p><p>há 12 anos.</p><p>Em meados de 2015, participou da construção de dois edifícios em Florianópolis, Brasil, dos</p><p>quais se afeiçoou de tal modo, que decidiu adquirir uma unidade residencial em cada prédio.</p><p>Portanto, apesar de bem estabelecido em Madison, era o Sr. Schneider proprietário de dois</p><p>imóveis no Brasil.</p><p>Em 10/12/2017, viajou à Alemanha e, ao visitar um antigo casarão a ser restaurado, foi surpre-</p><p>endido pelo desabamento da construção sobre si, falecendo logo em seguida. Carlyle Schnei-</p><p>der deixou 3 (três) filhos, que moravam na Suíça.</p><p>A respeito dos limites da jurisdição nacional e da cooperação internacional, com base nas nor-</p><p>mas constantes do Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente à autoridade judiciária da Su-</p><p>íça, país de nacionalidade do autor da herança e de nacionalidade e residência dos herdeiros</p><p>legítimos, proceder à partilha dos dois bens imóveis situados no Brasil.</p><p>b) Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária da</p><p>Alemanha, local de óbito do autor da herança, proceder à partilha dos dois bens imóveis situ-</p><p>ados no Brasil.</p><p>c) Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente ao Estado brasileiro, local de</p><p>situação dos imóveis, proceder ao inventário e à partilha dos dois bens imóveis.</p><p>d) Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária dos</p><p>Estados Unidos da América, país de residência do autor da herança, proceder à partilha dos</p><p>dois bens imóveis situados no Brasil.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2021-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiii-primeira-fase</p><p>30 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>EXERCÍCIOS</p><p>007. (CESPE/TCE—PE/ANALISTA DE GESTÃO—JULGAMENTO/2017) Com relação às nor-</p><p>mas processuais, julgue o item seguinte.</p><p>Considerando-se o sistema do isolamento dos atos processuais, a lei processual nova não re-</p><p>troage, aplicando-se imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais</p><p>já praticados e as situações jurídicas já consolidadas sob a vigência da lei anterior.</p><p>008. (CESPE/TCE—RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019) A res-</p><p>peito de jurisdição e ação, assinale a opção correta.</p><p>a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais nacionais e internacionais.</p><p>b) Em regra, não é competência da jurisdição nacional ação cuja obrigação deva ser cumprida</p><p>no Brasil.</p><p>c) Para postular em juízo, é necessário haver interesse, legitimidade e possibilidade jurídica</p><p>do pedido.</p><p>d) É permitida a postulação de direito alheio em nome próprio, desde que autorizada pelo or-</p><p>denamento jurídico.</p><p>e) A cooperação jurídica internacional somente é possível sob a vigência de tratado assinado</p><p>pelo Brasil.</p><p>009. (IADES/CREMEB/ADVOGADO/2017) Orientação: Nesta prova, a expressão “Consolida-</p><p>ção das Leis do Trabalho” será substituída pela sigla CLT.</p><p>À lei processual civil aplica-se a máxima tempus regit actum (o tempo rege o ato). Consideran-</p><p>do a aplicação da lei processual no tempo, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Constatada mudança na lei processual, podem-se rever decisões proferidas em processos</p><p>exauridos.</p><p>b) Processos em curso são atingidos pela nova lei processual, de modo que é possível rever</p><p>os atos até então praticados.</p><p>c) A lei processual, quando entra em vigor, possui efeito imediato e não retroage.</p><p>d) É possível aplicar lei processual revogada, quando for mais benéfica ao réu.</p><p>e) Aos processos futuros aplicam-se normas revogadas que estão de acordo com súmula do</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF).</p><p>010. (FCC/DPE—BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Sobre o direito processual intertemporal, o</p><p>novo Código de Processo Civil:</p><p>a) retroage porque a norma processual é de natureza cogente.</p><p>b) torna aplicáveis a todas as provas as disposições de direito probatório adotadas, ainda que</p><p>requeridas antes do início de sua vigência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-tce-pe-analista-de-gestao-julgamento</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tce-ro</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-cremeb-advogado</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2016-dpe-ba-defensor-publico</p><p>31 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>c) vige desde o dia de sua publicação, porque a lei processual é de natureza cogente e possui</p><p>efeito imediato.</p><p>d) extinguiu o procedimento sumário, impondo a extinção de todas as ações ajuizadas sob</p><p>este procedimento, incluindo as anteriores à sua entrada em vigor.</p><p>e) não possui efeito retroativo e se aplica, em regra, aos processos em curso, respeitados</p><p>os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da nor-</p><p>ma revogada.</p><p>011. (FCC/ TRT—23ª REGIÃO—MT/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2015) Quando o novo</p><p>Código de Processo Civil entrar em vigor.</p><p>a) serão atingidos todos os processos e atos processuais em curso, tendo em vista o efeito</p><p>imediato da lei nova, salvo quanto aos atos que constituírem direito adquirido, ato jurídico per-</p><p>feito e coisa julgada.</p><p>b) serão atingidos todos os processos, incluindo os que possuam decisão transitada em julga-</p><p>do, tendo em vista o efeito retroativo da lei processual.</p><p>c) serão atingidos todos os processos em curso, sem exceção de qualquer ato, tendo em vista</p><p>o efeito retroativo da lei processual.</p><p>d) todos os processos em curso, assim como os atos processuais posteriores ao início da</p><p>vigência da nova lei, continuarão regidos pelo Código de Processo Civil atual.</p><p>e) serão atingidos todos e quaisquer processos e atos processuais, tendo em vista o efeito</p><p>imediato da lei processual, com exceção apenas das decisões transitadas em julgado.</p><p>012. (IDECAN/CÂMARA DE ARACRUZ—ES/PROCURADOR LEGISLATIVO/2016) Sobre o tra-</p><p>tamento que o Novo Código de Processo Civil dá à aplicação das normas processuais, analise</p><p>as afirmativas a seguir.</p><p>I – A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as dis-</p><p>posições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que</p><p>o Brasil seja parte.</p><p>II – A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em</p><p>curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas</p><p>sob a vigência da norma revogada.</p><p>III – Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administra-</p><p>tivos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas conjuntamente.</p><p>Estão corretas as afirmativas</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I e II, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2015-trt-23-regiao-mt-juiz-do-trabalho-substituto</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/idecan-2016-camara-de-aracruz-es-procurador-legislativo</p><p>32 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>013.</p><p>(CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ADMINISTRATIVA/2018) A respeito da jurisdição,</p><p>julgue o item que se segue.</p><p>Entre os princípios que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina que o</p><p>juiz exerça a atividade judicante dentro de um limite espacial sujeito à soberania do Estado.</p><p>014. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ADMINISTRATIVA/2018) A respeito da jurisdição,</p><p>julgue o item que se segue.</p><p>O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja processado ou sentenciado por ou-</p><p>tra que não a autoridade competente, visa coibir a criação de tribunais de exceção.</p><p>015. (CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL—DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017)</p><p>Julgue o item a seguir, relativo a normas processuais civis, capacidade processual e postulató-</p><p>ria e intervenção de terceiros.</p><p>O novo Código de Processo Civil que entrou em vigor em março de 2016 não se aplica aos</p><p>processos que já estavam tramitando na data da sua vigência.</p><p>016. (CESPE/PGE—AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) A respeito das normas processu-</p><p>ais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte.</p><p>O novo CPC aplica-se aos processos que se encontravam em curso na data de início de sua</p><p>vigência, assim como aos processos iniciados após sua vigência que se referem a fatos</p><p>pretéritos.</p><p>017. (FCC/DPE—AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Não se excluirá da apreciação jurisdicional</p><p>ameaça ou lesão a direito.</p><p>Esse é o princípio da:</p><p>a) inclusão obrigatória, decorrente da dignidade humana e do mínimo existencial, tratando-se</p><p>de princípio constitucional e, simultaneamente, infraconstitucional do processo civil.</p><p>b) vedação a tribunais de exceção ou do juiz natural, tratando-se apenas de princípio constitu-</p><p>cional do processo civil.</p><p>c) legalidade ou obrigatoriedade da jurisdição, tratando-se apenas de princípio infraconstitu-</p><p>cional do processo civil.</p><p>d) reparação integral do prejuízo, tratando-se de princípio constitucional e também infracons-</p><p>titucional do processo civil.</p><p>e) inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, princípio constitucio-</p><p>nal e infraconstitucional do processo civil.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-tecnico-judiciario-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-tecnico-judiciario-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-sedf-analista-de-gestao-educacional-direito-e-legislacao</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2016-pge-am-procurador-do-estado</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-dpe-ap-defensor-publico</p><p>33 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>018. (CPCON/PREFEITURA DE PATOS—PB/ADVOGADO/2017) O artigo 1º da Lei n.</p><p>13.105/15 (Novo Código de Processo Civil) trata sobre as normas fundamentais do Processo</p><p>Civil, ao preceituar que:</p><p>a) o processo civil será instruído, ordenado e interpretado conforme os princípios, valores e as</p><p>normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, obser-</p><p>vando-se as disposições deste Código.</p><p>b) o processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>c) o processo civil será ordenado e interpretado conforme os princípios, valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>d) o processo civil será instruído, ordenado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>e) o processo civil será instruído, organizado e interpretado conforme os princípios, valores</p><p>e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,</p><p>observando-se as disposições deste Código.</p><p>019. (CONSULPLAN/TJ—MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS—REMO-</p><p>ÇÃO/2017/ADAPTADA) Com relação à função jurisdicional (jurisdição e ação), julgue a asser-</p><p>tiva abaixo:</p><p>A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.</p><p>020. (CESPE/TRF—5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2017) De acordo com as re-</p><p>gras do Código de Processo Civil (CPC) que tratam da cooperação jurídica internacional, o</p><p>denominado auxílio direto passivo:</p><p>a) depende, para que seja cumprido, da concessão de exequatur, exceto quando tiver por obje-</p><p>to ato de instrução processual.</p><p>b) deve ser, caso dependa de medida judicial, pleiteado em juízo pelo Ministério Público, inde-</p><p>pendentemente de quem atue como autoridade central no caso.</p><p>c) deve ser encaminhado, pelo Estado estrangeiro interessado, diretamente a órgão do Poder</p><p>Judiciário brasileiro.</p><p>d) pode ser utilizado para qualquer medida judicial ou extrajudicial, desde que não vedada pela</p><p>lei brasileira e não sujeita a juízo de delibação no Brasil.</p><p>e) somente pode ser utilizado nos casos previstos em tratados internacionais ratificados pelo</p><p>Brasil, dependendo a sua efetivação de homologação no STJ.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cpcon-2017-prefeitura-de-patos-pb-advogado</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-5-regiao-juiz-federal-substituto</p><p>34 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>021. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO—OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-</p><p>RAL/2018) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próximo item.</p><p>Ao tratar dos limites da jurisdição nacional, o CPC determina que a justiça brasileira possui</p><p>competência concorrente para conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.</p><p>022. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública partici-</p><p>par de interesses privados.</p><p>023. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Jurisdição consiste na função estatal de compor litígios e de declarar e realizar o direito.</p><p>024. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>A jurisdição é divisível.</p><p>025. (IESES/TJ—RO/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS—REMOÇÃO/2017)</p><p>Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:</p><p>I – O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.</p><p>II – No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.</p><p>III – O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.</p><p>IV – No exterior tiver de ser cumprida a obrigação.</p><p>A sequência correta é:</p><p>a) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>b) Apenas a assertiva II está correta.</p><p>c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas.</p><p>026. (CESPE/PGE—PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA—CALCULIS-</p><p>TA/2019) À luz do Código de Processo Civil, julgue o próximo item, relativos às normas funda-</p><p>mentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários</p><p>advocatícios, à advo-</p><p>cacia pública e à aplicação das normas processuais.</p><p>Mesmo na ausência de norma que regulamente a tramitação de determinado processo adminis-</p><p>trativo, as disposições do Código de Processo Civil não poderão ser a ele aplicadas, ainda que</p><p>supletiva ou subsidiariamente, haja vista a natureza distinta desses dispositivos normativos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ieses-2017-tj-ro-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-pge-pe-analista-administrativo-de-procuradoria-calculista</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-pge-pe-analista-administrativo-de-procuradoria-calculista</p><p>35 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>027. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU—DIREITO/2018) Com base nas normas que regem o</p><p>processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função jurisdicional; do Ministério Público; de</p><p>nulidades processuais e de sentença.</p><p>Na cooperação jurídica internacional, poderá ser prestado auxílio direto caso a medida requeri-</p><p>da não decorra diretamente de decisão jurisdicional que, proferida por autoridade estrangeira,</p><p>será submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>028. (IADES/CRF—DF/ANALISTA 1—ADVOGADO/2017) Sobre jurisdição, competência e co-</p><p>operação internacional, à luz do Novo Código de Processo Civil (NCPC), assinale a alternati-</p><p>va correta.</p><p>a) A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à auto-</p><p>ridade judiciária, com exclusividade, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade</p><p>e a clareza do pedido.</p><p>b) Cabe auxílio direto quando a medida decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdi-</p><p>cional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>c) O ato de apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade juris-</p><p>dicional compete ao juízo estadual do lugar em que deva ser executada a medida.</p><p>d) Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à parte</p><p>interessada na medida, que a requererá em juízo. Neste sentido, o NCPC veda a atribuição ao</p><p>Ministério Público do status de autoridade central, para fins de auxílio direto.</p><p>e) Quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional,</p><p>arguida pelo réu na contestação, o processamento e o julgamento da ação não competem à</p><p>autoridade judiciária brasileira. Todavia, tal restrição à jurisdição nacional não se aplica aos</p><p>casos de competência internacional exclusiva, como nos casos relativos a imóveis situados</p><p>no território da República Federativa do Brasil.</p><p>029. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA—DF/2017) DIREITO E LEGISLAÇÃO.</p><p>Em relação a jurisdição e ação, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A ação meramente declaratória é admissível, salvo na ocorrência de violação do direito.</p><p>b) Para postular em juízo, é necessário ter interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do</p><p>pedido, sob pena de não apreciação do mérito da causa pelo órgão jurisdicional.</p><p>c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade não está sujeito a</p><p>decisão judicial, ainda que nos próprios autos.</p><p>d) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo</p><p>de ser de uma relação jurídica, assim como da autenticidade ou da falsidade de documento.</p><p>e) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, mesmo quando autorizado pelo</p><p>ordenamento jurídico.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpu</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/crf-df</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-crf-df-analista-l-advogado</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/iades</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/fundacao-hemocentro-de-brasilia-df</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-fundacao-hemocentro-de-brasilia-df-direito-e-legislcao</p><p>36 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>030. (IADES/CAU—BR/ADVOGADO/2013/ADAPTADA) Julgue as assertivas A e B.</p><p>Jurisdição é o poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e</p><p>fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente, disciplina</p><p>determinada situação jurídica. Considerando essa informação sobre jurisdição e a ação, jul-</p><p>gue os itens.</p><p>a) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da existência ou inexistência de rela-</p><p>ção jurídica.</p><p>b) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da autenticidade ou falsidade de</p><p>documento.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/iades</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/cau-br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2013-cau-br-advogado</p><p>37 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>GABARITO</p><p>1. c</p><p>2. E</p><p>3. b</p><p>4. C</p><p>5. C</p><p>6. c</p><p>7. C</p><p>8. d</p><p>9. c</p><p>10. e</p><p>11. a</p><p>12. b</p><p>13. E</p><p>14. C</p><p>15. E</p><p>16. C</p><p>17. e</p><p>18. b</p><p>19. C</p><p>20. d</p><p>21. E</p><p>22. C</p><p>23. C</p><p>24. E</p><p>25. d</p><p>26. E</p><p>27. C</p><p>28. e</p><p>29. d</p><p>30. E</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>38 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>GABARITO COMENTADO</p><p>007. (CESPE/TCE—PE/ANALISTA DE GESTÃO—JULGAMENTO/2017) Com relação às nor-</p><p>mas processuais, julgue o item seguinte.</p><p>Considerando-se o sistema do isolamento dos atos processuais, a lei processual nova não re-</p><p>troage, aplicando-se imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais</p><p>já praticados e as situações jurídicas já consolidadas sob a vigência da lei anterior.</p><p>A questão se compatibiliza com o artigo 14 do</p><p>Novo Código e consigna conceitos importantes</p><p>como o isolamento dos atos processuais, a não retroação da nova legislação, a aplicação ime-</p><p>diata aos processos em curso e o respeito à segurança jurídica.</p><p>Certo.</p><p>008. (CESPE/TCE—RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019) A res-</p><p>peito de jurisdição e ação, assinale a opção correta.</p><p>a) A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais nacionais e internacionais.</p><p>b) Em regra, não é competência da jurisdição nacional ação cuja obrigação deva ser cumprida</p><p>no Brasil.</p><p>c) Para postular em juízo, é necessário haver interesse, legitimidade e possibilidade jurídica</p><p>do pedido.</p><p>d) É permitida a postulação de direito alheio em nome próprio, desde que autorizada pelo or-</p><p>denamento jurídico.</p><p>e) A cooperação jurídica internacional somente é possível sob a vigência de tratado assinado</p><p>pelo Brasil.</p><p>a) Errada. Segundo o artigo 16 da Lei n. 13.105/2015:</p><p>Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, con-</p><p>forme as disposições deste Código.</p><p>b) Errada. Conforme o artigo 21, II:</p><p>21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:</p><p>(...)</p><p>II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-tce-pe-analista-de-gestao-julgamento</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tce-ro</p><p>39 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>c) Errada. Segundo o artigo 17 da Lei de Ritos, é necessário legitimidade e interesse (assunto</p><p>que será verticalizado em aula própria).</p><p>d) Certa. A assertiva se harmoniza com o artigo 18 do Novo Código (objeto de estudo em aula</p><p>própria).</p><p>e) Errada. Consoante o § 1º do artigo 26:</p><p>Art. 26. (...)</p><p>§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em</p><p>reciprocidade, manifestada por via diplomática.</p><p>Letra d.</p><p>009. (IADES/CREMEB/ADVOGADO/2017) Orientação: Nesta prova, a expressão “Consolida-</p><p>ção das Leis do Trabalho” será substituída pela sigla CLT.</p><p>À lei processual civil aplica-se a máxima tempus regit actum (o tempo rege o ato). Consideran-</p><p>do a aplicação da lei processual no tempo, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Constatada mudança na lei processual, podem-se rever decisões proferidas em processos</p><p>exauridos.</p><p>b) Processos em curso são atingidos pela nova lei processual, de modo que é possível rever</p><p>os atos até então praticados.</p><p>c) A lei processual, quando entra em vigor, possui efeito imediato e não retroage.</p><p>d) É possível aplicar lei processual revogada, quando for mais benéfica ao réu.</p><p>e) Aos processos futuros aplicam-se normas revogadas que estão de acordo com súmula do</p><p>Supremo Tribunal Federal (STF).</p><p>a) Errada. Conforme estudado, os atos proferidos em decisões não serão mais revistos, sobre</p><p>eles incide a teoria do isolamento dos atos processuais, o que faz valer o imperativo constitucio-</p><p>nal do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. Vejamos o que a Carta Magna assevera a respeito:</p><p>Art. 5º (...)</p><p>XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;</p><p>Vejamos a LINDB:</p><p>Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adqui-</p><p>rido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei n. 3.238, de 1957)</p><p>§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efe-</p><p>tuou. (Incluído pela Lei n. 3.238, de 1957)</p><p>§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer,</p><p>como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterá-</p><p>vel, a arbítrio de outrem. (Incluído pela Lei n. 3.238, de 1957</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-cremeb-advogado</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3238.htm#art1</p><p>40 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>b) Errada. Bem, os processos em curso, em regra, serão afetados. Porém, como visto no co-</p><p>mentário acima, os atos processuais consolidados serão preservados.</p><p>c) Certa. Aí sim! A regra é a aplicação imediata sem retroação relativa aos atos praticados.</p><p>Condição que se harmoniza como o artigo 14 da lei processual:</p><p>Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,</p><p>respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da</p><p>norma revogada.</p><p>d) Errada. Aí não né... Em matéria penal até que se permite retroagir a lei em benefício do réu,</p><p>mas, no processo civil, não há de se falar nessa situação, pois a norma processual não retroa-</p><p>ge, consoante o artigo 14 do Código.</p><p>e) Errada. A norma revogada foi retirada do ordenamento jurídico, ou seja, não será mais apli-</p><p>cada, salvo excepcionalidades comentadas em aula.</p><p>Letra c.</p><p>010. (FCC/DPE—BA/DEFENSOR PÚBLICO/2016) Sobre o direito processual intertemporal, o</p><p>novo Código de Processo Civil:</p><p>a) retroage porque a norma processual é de natureza cogente.</p><p>b) torna aplicáveis a todas as provas as disposições de direito probatório adotadas, ainda que</p><p>requeridas antes do início de sua vigência.</p><p>c) vige desde o dia de sua publicação, porque a lei processual é de natureza cogente e possui</p><p>efeito imediato.</p><p>d) extinguiu o procedimento sumário, impondo a extinção de todas as ações ajuizadas sob</p><p>este procedimento, incluindo as anteriores à sua entrada em vigor.</p><p>e) não possui efeito retroativo e se aplica, em regra, aos processos em curso, respeitados</p><p>os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da nor-</p><p>ma revogada.</p><p>a) Errada. O novo Código de Processo Civil tem natureza cogente (força obrigatória), mas não</p><p>retroage, conforme vimos, com vistas a salvaguardar o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.</p><p>b) Errada. Durante a aula, vimos que o Código incide em relação a provas requeridas ou determina-</p><p>das de ofício a partir do início da vigência do novo diploma processual, conforme o artigo 1.047.</p><p>Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às pro-</p><p>vas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua vigência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2016-dpe-ba-defensor-publico</p><p>41 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>c) Errada. O erro da questão se refere ao fato de ter dito que o Novo Código vige desde o dia da</p><p>Publicação. Não é o caso, pois comentei que a Lei de Ritos entrou em vigor (aptidão para gerar</p><p>efeitos no mundo jurídico) no dia 18/03/2016, consoante o CNJ E o STJ, data não coincidente</p><p>com a data da publicação.</p><p>d) Errada. O procedimento sumário foi extinto. Entretanto, as ações relativas a esse rito conti-</p><p>nuam a tramitar com base no Código de 1973, consoante estudamos.</p><p>e) Certa. A questão se compatibiliza com o que estudamos e versa sobre a regra da irretro-</p><p>atividade do novo Código, do respeito aos atos praticados em consonância com a Teoria do</p><p>Isolamento dos atos processuais e ditames constitucionais e infraconstitucionais. Na verdade,</p><p>a questão se alinha ao artigo 14 da Lei de Ritos, o qual colaciono abaixo:</p><p>Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,</p><p>respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da</p><p>norma revogada.</p><p>Letra e.</p><p>011. (FCC/ TRT—23ª REGIÃO—MT/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2015) Quando o novo</p><p>Código de Processo Civil entrar em vigor.</p><p>a) serão atingidos todos os processos e atos processuais em curso, tendo em vista o efeito</p><p>imediato da lei nova, salvo quanto aos atos que constituírem direito adquirido, ato jurídico per-</p><p>feito e coisa julgada.</p><p>b) serão atingidos todos os processos, incluindo os que possuam decisão transitada em julga-</p><p>do, tendo em vista o efeito retroativo da lei processual.</p><p>c) serão atingidos todos os processos em curso, sem exceção de qualquer ato, tendo em vista</p><p>o efeito retroativo da lei processual.</p><p>d) todos os processos em curso, assim como os atos processuais posteriores ao início da</p><p>vigência da nova lei, continuarão regidos pelo Código de Processo Civil atual.</p><p>e) serão atingidos todos e quaisquer processos e atos processuais, tendo em vista o efeito</p><p>imediato da lei processual, com exceção apenas das decisões transitadas em julgado.</p><p>a) Certa. A Lei de Ritos estabelece que o novo Código incide sobre os processos em curso,</p><p>essa é a regra. Entretanto, em respeito à segurança jurídica, devem ser respeitados o direito</p><p>adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.</p><p>b) Errada. Se fosse desse modo, a coisa julgada restaria prejudicada e não é assim que o sis-</p><p>tema processual trata a matéria.</p><p>c) Errada. Aí não! O Novo CPC não tem um caráter retroativo, conforme consignado no artigo</p><p>14 da Lei de Ritos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2015-trt-23-regiao-mt-juiz-do-trabalho-substituto</p><p>42 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>d) Errada. Vimos que não são todos os processos em curso que terão a incidência da nova Lei</p><p>de Ritos, em alguns casos haverá a incidência do Código de 1973, como no caso do procedi-</p><p>mento sumário.</p><p>e) Errada. Mais uma assertiva incorreta, porquanto não são todos os atos que terão a incidên-</p><p>cia do novo Código, o qual respeita o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.</p><p>Letra a.</p><p>012. (IDECAN/CÂMARA DE ARACRUZ—ES/PROCURADOR LEGISLATIVO/2016) Sobre o tra-</p><p>tamento que o Novo Código de Processo Civil dá à aplicação das normas processuais, analise</p><p>as afirmativas a seguir.</p><p>I – A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as dis-</p><p>posições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que</p><p>o Brasil seja parte.</p><p>II – A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em</p><p>curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas</p><p>sob a vigência da norma revogada.</p><p>III – Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administra-</p><p>tivos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas conjuntamente.</p><p>Estão corretas as afirmativas</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I e II, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>I – Certo. O item está em harmonia com o que estabelece o artigo 13 da Lei de Ritos.</p><p>Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições</p><p>específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.</p><p>II – Certo. O item se mostra compatível com aquilo que estabelece o artigo 14 do Código.</p><p>Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,</p><p>respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da</p><p>norma revogada.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/idecan-2016-camara-de-aracruz-es-procurador-legislativo</p><p>43 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>III – —Errado. O item peca ao consignar que as disposições do Código serão aplicadas con-</p><p>juntamente aos processos trabalhistas, eleitorais e administrativos. Na verdade, a aplicação é</p><p>supletiva e subsidiária. Veja o que estabelece o artigo 15:</p><p>Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos,</p><p>as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.</p><p>Letra b.</p><p>013. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ADMINISTRATIVA/2018) A respeito da jurisdição,</p><p>julgue o item que se segue.</p><p>Entre os princípios que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina que o</p><p>juiz exerça a atividade judicante dentro de um limite espacial sujeito à soberania do Estado.</p><p>O princípio que limita o juiz a uma porção espacial do território é o da territorialidade e não o</p><p>da investidura (pelo qual o magistrado deve ser investido no cargo de juiz para poder proferir</p><p>as decisões).</p><p>Errado.</p><p>014. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ADMINISTRATIVA/2018) A respeito da jurisdição,</p><p>julgue o item que se segue.</p><p>O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja processado ou sentenciado por ou-</p><p>tra que não a autoridade competente, visa coibir a criação de tribunais de exceção.</p><p>Amigo(a), o princípio do juiz natural, o qual possui assento constitucional, consigna que o jul-</p><p>gamento deverá ser realizado por juiz regularmente investido nos quadros do Poder Judiciário.</p><p>Nesse diapasão, não é possível a criação de um Tribunal na hora para julgar a demanda.</p><p>Certo.</p><p>015. (CESPE/SEDF/ANALISTA DE GESTÃO EDUCACIONAL—DIREITO E LEGISLAÇÃO/2017)</p><p>Julgue o item a seguir, relativo a normas processuais civis, capacidade processual e postulató-</p><p>ria e intervenção de terceiros.</p><p>O novo Código de Processo Civil que entrou em vigor em março de 2016 não se aplica aos</p><p>processos que já estavam tramitando na data da sua vigência.</p><p>Com base no artigo 1.046 da Lei de Ritos, ao entrar em vigor, são aplicadas as disposições do</p><p>NCPC aos processos pendentes.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-tecnico-judiciario-administrativa</p><p>44 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>016. (CESPE/PGE—AM/PROCURADOR DO ESTADO/2016) A respeito das normas processu-</p><p>ais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte.</p><p>O novo CPC aplica-se aos processos que se encontravam em curso</p><p>na data de início de sua vi-</p><p>gência, assim como aos processos iniciados após sua vigência que se referem a fatos pretéritos.</p><p>O Novo Código se aplica aos processos que se encontravam em curso na data de vigência e</p><p>aos iniciados após sua vigência, mesmo que arvorados a fatos anteriores, porém, serão respei-</p><p>tados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas (isolamento dos</p><p>atos processuais). Veja o que consigna o artigo 14 da Lei de Ritos:</p><p>Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,</p><p>respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da</p><p>norma revogada.</p><p>Ademais, segundo o artigo 1.046 da lei processual civil:</p><p>Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos</p><p>pendentes, ficando revogada a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>§ 1º As disposições da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , relativas ao procedimento sumário e</p><p>aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não senten-</p><p>ciadas até o início da vigência deste Código.</p><p>§ 2º Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis,</p><p>aos quais se aplicará supletivamente este Código.</p><p>§ 3º Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , cujo proce-</p><p>dimento ainda não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto</p><p>neste Código.</p><p>Certo.</p><p>017. (FCC/DPE—AP/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Não se excluirá da apreciação jurisdicional</p><p>ameaça ou lesão a direito.</p><p>Esse é o princípio da:</p><p>a) inclusão obrigatória, decorrente da dignidade humana e do mínimo existencial, tratando-se</p><p>de princípio constitucional e, simultaneamente, infraconstitucional do processo civil.</p><p>b) vedação a tribunais de exceção ou do juiz natural, tratando-se apenas de princípio constitu-</p><p>cional do processo civil.</p><p>c) legalidade ou obrigatoriedade da jurisdição, tratando-se apenas de princípio infraconstitu-</p><p>cional do processo civil.</p><p>d) reparação integral do prejuízo, tratando-se de princípio constitucional e também infracons-</p><p>titucional do processo civil.</p><p>e) inafastabilidade ou obrigatoriedade da jurisdição e é, a um só tempo, princípio constitucio-</p><p>nal e infraconstitucional do processo civil.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2016-pge-am-procurador-do-estado</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art1218</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2018-dpe-ap-defensor-publico</p><p>45 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>A assertiva correta é a letra “e”. A inafastabilidade ou, como o examinador denominou, a obri-</p><p>gatoriedade da jurisdição, é princípio encartado tanto na Constituição (art. 5º, XXXV) como na</p><p>Lei de Ritos (artigo 3º). Então, a assertiva está correta. As demais assertivas não se coadunam</p><p>com o comando da questão.</p><p>Letra e.</p><p>018. (CPCON/PREFEITURA DE PATOS—PB/ADVOGADO/2017) O artigo 1º da Lei n.</p><p>13.105/15 (Novo Código de Processo Civil) trata sobre as normas fundamentais do Processo</p><p>Civil, ao preceituar que:</p><p>a) o processo civil será instruído, ordenado e interpretado conforme os princípios, valores e as</p><p>normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, obser-</p><p>vando-se as disposições deste Código.</p><p>b) o processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>c) o processo civil será ordenado e interpretado conforme os princípios, valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>d) o processo civil será instruído, ordenado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se</p><p>as disposições deste Código.</p><p>e) o processo civil será instruído, organizado e interpretado conforme os princípios, valores</p><p>e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil,</p><p>observando-se as disposições deste Código.</p><p>Amigo(a), aqui a assertiva “b” traz a literalidade do artigo 1º da Lei n. 13.105/15. Veja:</p><p>Art. 1º O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas</p><p>fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as</p><p>disposições deste Código.</p><p>Eu encartei a questão para que você observe porque, muitas vezes, eu colaciono artigos no decor-</p><p>rer das aulas... Isso ocorre porquanto as bancas utilizam muito a letra da lei, fato que recomenda</p><p>a leitura da legislação em muitos casos. Perceba que o Novo Código será interpretado conforme</p><p>os valores e as normas da Constituição da República. Essa é uma perspectiva neoprocessual.</p><p>Letra b.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cpcon-2017-prefeitura-de-patos-pb-advogado</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm</p><p>46 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>019. (CONSULPLAN/TJ—MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS—REMO-</p><p>ÇÃO/2017/ADAPTADA) Com relação à função jurisdicional (jurisdição e ação), julgue a asser-</p><p>tiva abaixo:</p><p>A jurisdição civil é exercida pelos juízes e tribunais em todo o território nacional.</p><p>A assertiva se alinha ao artigo 16 do Código.</p><p>Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, con-</p><p>forme as disposições deste Código.</p><p>Certo.</p><p>020. (CESPE/TRF—5ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/2017) De acordo com as re-</p><p>gras do Código de Processo Civil (CPC) que tratam da cooperação jurídica internacional, o</p><p>denominado auxílio direto passivo:</p><p>a) depende, para que seja cumprido, da concessão de exequatur, exceto quando tiver por obje-</p><p>to ato de instrução processual.</p><p>b) deve ser, caso dependa de medida judicial, pleiteado em juízo pelo Ministério Público, inde-</p><p>pendentemente de quem atue como autoridade central no caso.</p><p>c) deve ser encaminhado, pelo Estado estrangeiro interessado, diretamente a órgão do Poder</p><p>Judiciário brasileiro.</p><p>d) pode ser utilizado para qualquer medida judicial ou extrajudicial, desde que não vedada pela</p><p>lei brasileira e não sujeita a juízo de delibação no Brasil.</p><p>e) somente pode ser utilizado nos casos previstos em tratados internacionais ratificados pelo</p><p>Brasil, dependendo a sua efetivação de homologação no STJ.</p><p>a) Errada. A questão está incorreta, pois, no auxílio direto, não há necessidade de exequatur ou</p><p>de juízo de delibação da autoridade judiciária, consoante o artigo 28 da Lei de Ritos.</p><p>b) Errada. Veja, atento(a) estudante, o Ministério Público pode ser órgão central, conforme pre-</p><p>ceitua o artigo 33 do Código, e requerer a medida judicial. Porém, se a autoridade central for</p><p>outra, por exemplo, o Ministério da Justiça, não haverá atuação do órgão ministerial no sentido</p><p>de efetuar o requerimento.</p><p>c) Errada. No auxílio direto,</p><p>o Estado estrangeiro encaminha o pedido ao órgão central, confor-</p><p>me os ditames do artigo 29 do CPC de 2015.</p><p>d) Certa. Aí sim! A questão se harmoniza como o que estabelecem os artigos 28 e 30, inciso III,</p><p>da Lei de Ritos. Vejamos o que a legislação consigna acerca do tema:</p><p>Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade</p><p>jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto terá os se-</p><p>guintes objetos:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-5-regiao-juiz-federal-substituto</p><p>47 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>I – obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre processos adminis-</p><p>trativos ou jurisdicionais findos ou em curso;</p><p>II – colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de</p><p>competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira;</p><p>III – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.</p><p>e) Errada. Por meio da leitura do artigo 30 acima colacionado, percebe-se que o Brasil elenca</p><p>três hipóteses (acima escritas) além dos tratados internacionais que possibilitam o auxílio</p><p>direto. Ademais, ressalto que o auxílio direto não depende de homologação do STJ como a</p><p>alternativa afirma.</p><p>Letra d.</p><p>021. (CESPE/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO—OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-</p><p>RAL/2018) À luz das disposições do Código de Processo Civil (CPC), julgue o próximo item.</p><p>Ao tratar dos limites da jurisdição nacional, o CPC determina que a justiça brasileira possui</p><p>competência concorrente para conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.</p><p>Errado. Prezado(a) estudante, vimos, no decorrer da aula, que a hipótese mencionada se refere</p><p>a uma competência exclusiva da justiça brasileira, e não concorrente como a questão afirma.</p><p>Vale a pena ver o que a legislação assevera acerca do tema:</p><p>Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:</p><p>I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;</p><p>II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao in-</p><p>ventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade</p><p>estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;</p><p>III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens</p><p>situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do</p><p>território nacional.</p><p>Errado.</p><p>022. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública partici-</p><p>par de interesses privados.</p><p>Certo. Consoante vimos, durante a aula, a jurisdição voluntária é uma forma de administração</p><p>pública dos interesses privados de modo a não haver um litígio, ao contrário da jurisdição con-</p><p>tenciosa. Veja como abordei o tema na aula:</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-stj-analista-judiciario-oficial-de-justica-avaliador-federal</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>48 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>A jurisdição pode ser dividida em:</p><p>Contenciosa: se caracteriza por um conflito de interesses, uma pretensão resistida, ou seja,</p><p>uma lide. Dessa relação conflituosa, sem autocomposição, haverá uma jurisdição contenciosa,</p><p>a qual conta com a presença de partes que controvertem acerca de um direito (seria o caso de</p><p>autor e réu em discussão sobre a responsabilidade de pagar os danos causados em veículos</p><p>em decorrência de um acidente de trânsito).</p><p>Voluntária: não há uma lide, pois não há litígio. Os sujeitos buscam a justiça para validar os</p><p>negócios privados, sem conflito de interesses, como, por exemplo, a alteração de nome, a no-</p><p>meação de tutor.</p><p>Certo.</p><p>023. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Jurisdição consiste na função estatal de compor litígios e de declarar e realizar o direito.</p><p>Certo. Como dito em aula, a função jurisdicional é atribuída ao Estado, o qual tem o poder-de-</p><p>ver de compor (resolver) litígios a ele carreados e dizer o direito ao caso bem como efetivá-lo.</p><p>Certo.</p><p>024. (CESPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATIVA/2017) A</p><p>respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>A jurisdição é divisível.</p><p>Errado. A questão troca o conceito, porquanto a jurisdição, conforme trabalhado em aula, é</p><p>indivisível!</p><p>Errado.</p><p>025. (IESES/TJ—RO/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS—REMOÇÃO/2017)</p><p>Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:</p><p>I – O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.</p><p>II – No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.</p><p>III – O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil.</p><p>IV – No exterior tiver de ser cumprida a obrigação.</p><p>A sequência correta é:</p><p>a) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.</p><p>b) Apenas a assertiva II está correta.</p><p>c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas.</p><p>d) Apenas as assertivas I, II, III estão corretas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ieses-2017-tj-ro-titular-de-servicos-de-notas-e-de-registros-remocao</p><p>49 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Prezado(a) estudante, a questão cobra as hipóteses elencadas no artigo 21 da Lei de Ritos. Veja:</p><p>Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:</p><p>I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; item I da questão.</p><p>II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;</p><p>III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.</p><p>O item IV da questão acima contraria o item II do artigo 21, portanto, o item está incorreto.</p><p>Letra d.</p><p>026. (CESPE/PGE—PE/ANALISTA ADMINISTRATIVO DE PROCURADORIA—CALCULIS-</p><p>TA/2019) À luz do Código de Processo Civil, julgue o próximo item, relativos às normas funda-</p><p>mentais do processo civil e aos elementos da sentença, aos honorários advocatícios, à advo-</p><p>cacia pública e à aplicação das normas processuais.</p><p>Mesmo na ausência</p><p>de norma que regulamente a tramitação de determinado processo ad-</p><p>ministrativo, as disposições do Código de Processo Civil não poderão ser a ele aplicadas,</p><p>ainda que supletiva ou subsidiariamente, haja vista a natureza distinta desses dispositivos</p><p>normativos.</p><p>Segundo o artigo 15 da Lei n. 13.105/2015:</p><p>Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos,</p><p>as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.</p><p>Errado.</p><p>027. (CESPE/MPU/ANALISTA DO MPU—DIREITO/2018) Com base nas normas que regem o</p><p>processo civil, julgue o item seguinte, acerca da função jurisdicional; do Ministério Público; de</p><p>nulidades processuais e de sentença.</p><p>Na cooperação jurídica internacional, poderá ser prestado auxílio direto caso a medida requeri-</p><p>da não decorra diretamente de decisão jurisdicional que, proferida por autoridade estrangeira,</p><p>será submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>Segundo o artigo 28 da Lei de Ritos:</p><p>Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade</p><p>jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>Certo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pge-pe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/mpu</p><p>50 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>028. (IADES/CRF—DF/ANALISTA 1—ADVOGADO/2017) Sobre jurisdição, competência e co-</p><p>operação internacional, à luz do Novo Código de Processo Civil (NCPC), assinale a alternati-</p><p>va correta.</p><p>a) A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à auto-</p><p>ridade judiciária, com exclusividade, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade</p><p>e a clareza do pedido.</p><p>b) Cabe auxílio direto quando a medida decorrer diretamente de decisão de autoridade jurisdi-</p><p>cional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>c) O ato de apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade juris-</p><p>dicional compete ao juízo estadual do lugar em que deva ser executada a medida.</p><p>d) Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à parte</p><p>interessada na medida, que a requererá em juízo. Neste sentido, o NCPC veda a atribuição ao</p><p>Ministério Público do status de autoridade central, para fins de auxílio direto.</p><p>e) Quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional,</p><p>arguida pelo réu na contestação, o processamento e o julgamento da ação não competem à</p><p>autoridade judiciária brasileira. Todavia, tal restrição à jurisdição nacional não se aplica aos</p><p>casos de competência internacional exclusiva, como nos casos relativos a imóveis situados</p><p>no território da República Federativa do Brasil.</p><p>a) Errada. Segundo o artigo 29 do Código de 2015:</p><p>Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à auto-</p><p>ridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.</p><p>b) Errada. Conforme o artigo 28 da Lei 13.105 de 2015:</p><p>Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade</p><p>jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.</p><p>c) Errada. Segundo o artigo 34 do Código de 2015:</p><p>Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pedido de</p><p>auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.</p><p>d) Errada. Com base na dicção do artigo 33 do NCPC:</p><p>Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à Advoca-</p><p>cia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.</p><p>Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for autoridade</p><p>central.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/crf-df</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-crf-df-analista-l-advogado</p><p>51 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>e) Certa. Amigo(a), essa assertiva está em harmonia com o artigo 25, I, da Lei n. 13.105/2015,</p><p>além de exigir o conhecimento do artigo 23 da Lei de Ritos. Vejamos os dispositivos em co-</p><p>mento, com grifos nossos, em razão da importância de lermos a lei “seca” para o melhor en-</p><p>frentamento das provas.</p><p>Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:</p><p>I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;</p><p>II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao in-</p><p>ventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade</p><p>estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;</p><p>III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens</p><p>situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do</p><p>território nacional.</p><p>(...)</p><p>Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação</p><p>quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida</p><p>pelo réu na contestação.</p><p>§ 1º Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência internacional exclusiva previs-</p><p>tas neste Capítulo.</p><p>§ 2º Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1º a 4º .</p><p>Letra e.</p><p>029. (IADES/FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA—DF/2017) DIREITO E LEGISLAÇÃO.</p><p>Em relação a jurisdição e ação, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A ação meramente declaratória é admissível, salvo na ocorrência de violação do direito.</p><p>b) Para postular em juízo, é necessário ter interesse, legitimidade e possibilidade jurídica do</p><p>pedido, sob pena de não apreciação do mérito da causa pelo órgão jurisdicional.</p><p>c) O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade não está sujeito a</p><p>decisão judicial, ainda que nos próprios autos.</p><p>d) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo</p><p>de ser de uma relação jurídica, assim como da autenticidade ou da falsidade de documento.</p><p>e) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, mesmo quando autorizado pelo</p><p>ordenamento jurídico.</p><p>a) Errada. Segundo o artigo 20 do Código de 2015:</p><p>Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/iades</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2017-fundacao-hemocentro-de-brasilia-df-direito-e-legislcao</p><p>52 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>b) Errada. Nos tempos atuais,</p><p>não há mais de se falar na possibilidade jurídica do pedido</p><p>como condição da ação. Segundo o artigo 17 do Código de 2015:</p><p>Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.</p><p>c) Errada. Segundo a Súmula 358 do Superior Tribunal de Justiça:</p><p>O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judi-</p><p>cial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.</p><p>d) Certa. Aí sim!!! A assertiva está em harmonia com o que estabelece o artigo 19 da Lei n.</p><p>13.105/2015, cujo teor é o seguinte:</p><p>Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:</p><p>I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;</p><p>II – da autenticidade ou da falsidade de documento.</p><p>e) Errada. Aí não!!! A assertiva contraria a segunda parte do artigo 18 do NCPC, cujo teor con-</p><p>signa o seguinte:</p><p>Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo or-</p><p>denamento jurídico.</p><p>Letra d.</p><p>030. (IADES/CAU—BR/ADVOGADO/2013/ADAPTADA) Julgue as assertivas A e B.</p><p>Jurisdição é o poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e</p><p>fazer atuar praticamente a regra jurídica concreta que, por força do direito vigente, disciplina</p><p>determinada situação jurídica. Considerando essa informação sobre jurisdição e a ação, jul-</p><p>gue os itens.</p><p>a) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da existência ou inexistência de rela-</p><p>ção jurídica.</p><p>b) O interesse do autor não pode limitar-se à declaração da autenticidade ou falsidade de</p><p>documento.</p><p>a) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19 do NCPC.</p><p>b) Errada. A assertiva contraria o que estabelece o artigo 19 do NCPC.</p><p>Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:</p><p>I – da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;</p><p>II – da autenticidade ou da falsidade de documento.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/iades</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/iades-2013-cau-br-advogado</p><p>53 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Bem, querido(a) companheiro(a) virtual, após a bateria de questionamentos acima, os quais</p><p>auxiliam muito na fixação dos conteúdos trabalhados em aula, despeço-me de você por meio</p><p>dos mais sinceros agradecimentos. Obrigado pela companhia cibernética e pela confiança...</p><p>Bem, se você gostou desta aula, deixe aquele polegarzinho para cima, a fim de que avaliarmos</p><p>nosso trabalho e, se tiver alguma contribuição, me envie uma mensagem. Um abraço virtual</p><p>fraterno, fique com Deus e até o nosso encontro!</p><p>Algumas pessoas gostariam que algo acontecesse. Algumas desejam que aconteça. E outras fa-</p><p>zem acontecer. Michael Jordan.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Servidor Público desde 2007, aprovado em diversos concursos públicos, dentre os quais: Professor da</p><p>Secretaria de Educação do Distrito Federal; Analista do Tribunal Regional do Trabalho 10ª Região; Agente</p><p>de Polícia Civil do Distrito Federal e Escrivão de Polícia Civil do Distrito Federal (cargo ocupado nos tempos</p><p>atuais)</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>art14</p><p>art1046§2</p><p>art1046§3</p><p>art1046§4</p><p>art15</p><p>art721</p><p>art723</p><p>art724</p><p>art21i</p><p>art21ii</p><p>art21iii</p><p>art21p</p><p>art22i</p><p>art22ia</p><p>art22ib</p><p>art22ii</p><p>art23i</p><p>art23ii</p><p>art23iii</p><p>art24p</p><p>art26i</p><p>art26ii</p><p>art26iii</p><p>art26iv</p><p>art26v</p><p>art26§1</p><p>art26§2</p><p>art26§3</p><p>art27i</p><p>art27ii</p><p>art27iii</p><p>art27iv</p><p>art27v</p><p>art27vi</p><p>art34</p><p>art25§1</p><p>art25§2</p><p>art19i</p><p>art19ii</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>Da Interpretação da Lei Processual Civil</p><p>Eficácia da Lei Processual Civil</p><p>Da Aplicação da Lei no Espaço</p><p>Da Aplicação da Lei no Tempo</p><p>Da Função Jurisdicional</p><p>Jurisdição</p><p>Características da Jurisdição</p><p>Princípios da jurisdição</p><p>Classificação da Jurisdição</p><p>Questões Comentadas em Aula</p><p>Exercícios</p><p>Gabarito</p><p>Gabarito Comentado</p><p>AVALIAR 5:</p><p>Página 54:</p><p>quando do estudo das fontes do direito.</p><p>Constituição</p><p>Código de Processo Civil</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm</p><p>5 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>efIcácIa Da LeI processuaL cIvIL</p><p>Amigo (a), quando se fala de eficácia da lei, pretende-se avaliar qual é a aptidão da legislação para</p><p>gerar efeitos. Ora, o Código de Processo de 2015 produz seus efeitos sim... e vai bem, obrigado (rs)!</p><p>No plano concreto, a Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015, entrou em vigor no dia</p><p>18/03/2016, consoante o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Superior Tribunal de Justiça,</p><p>e é aplicável a partir dessa data a processos presentes e futuros. Em minha modestíssima</p><p>opinião, a nova codificação facilitou, sobremaneira, a “vida” dos jurisdicionados e operadores</p><p>do Direito, por ser mais operável, trazer prazos mais razoáveis para os advogados, ser muito</p><p>autocompositiva, dentre outros fatores dignos de aplausos.</p><p>Então, professor, o Código de 1973 não será mais aplicado? Teve toda eficácia esvaziada?</p><p>Bem, em verdade, ainda se utiliza o Código de Buzaid (1973), mas apenas em algumas situa-</p><p>ções, as quais serão analisadas logo mais no texto que se segue.</p><p>Estimado (a) estudante, neste tópico da aula, farei uma abordagem sobre a aplicação da lei pro-</p><p>cessual civil no tempo e no espaço. Muito se falou acerca do Novo Código de Processo Civil, o qual</p><p>revogou o CPC de 1973, que regulou os atos da comunidade jurídica por mais de quatro décadas!</p><p>Então, perceba que ocorreu uma mudança que alterou procedimentos, prazos, fomenta</p><p>diálogo, dentre outras alterações importantes. Essas alterações causam impacto, de modo</p><p>que o legislador, com consciência disso, entendeu por bem estabelecer um tempo para que</p><p>a comunidade jurídica se acostumasse com a nova sistemática adotada pela Lei n. 13.105</p><p>de 2015, o que é razoável, pois imagine alterar uma cultura processual de longa data... não é</p><p>tarefa fácil, porquanto exigirá dos envolvidos na dinâmica processual uma troca de hábitos e</p><p>práticas consolidadas. Se, às vezes, é difícil alterar rotinas alimentares para fazer uma dieta,</p><p>o que dirá promover alterações processuais após mais de 40 anos na comunidade jurídica...</p><p>Embora eu conheça pessoas que preferem a mais drástica alteração no ordenamento jurídico</p><p>a ter que largar o chocolate! Rs.</p><p>Diante do exposto no parágrafo anterior, não foi utilizado o critério temporal padrão estabeleci-</p><p>do pela Lei de Introdução a Normas de Direito Brasileiro (LINDB), a qual consigna quarenta e cinco</p><p>dias de vacatio legis (lapso que vai da publicação até a vigência da lei) para que uma legislação co-</p><p>mece a vigorar no país, após a publicação oficial, e três meses depois nos Estados Estrangeiros.</p><p>Querido (a) aluno (a) do Gran Cursos Online, aqui é o Código de Processo Civil e desculpe a</p><p>expressão, mas “o buraco é mais embaixo”, pois o legislador entendeu que a alteração da prática</p><p>processual demandaria uma lacuna maior, por isso o prazo de vacatio legis da nova codificação</p><p>foi de um ano, conforme transcrição abaixo encartada nas Disposições Finais e Transitórias.</p><p>Art. 1.045 — Este Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial.</p><p>Agora, vejamos como o Novo CPC trata as questões de direito processual no espa-</p><p>ço e tempo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>6 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Da apLIcação Da LeI no espaço</p><p>Vamos iniciar nossas reflexões pelo estudo da aplicação das normas processuais no es-</p><p>paço. Ora, quanto à aplicabilidade da lei processual, podemos dizer que será aplicada a lei bra-</p><p>sileira em todo território nacional, e, já que trabalhamos os princípios relacionados à disciplina</p><p>processual, vamos aproveitar o “embalo” e dizer que esse é o princípio da territorialidade, na</p><p>perspectiva de incidência das leis brasileiras no espaço territorial brasileiro.</p><p>Essa é a regra, contudo o Novo Código de Processo Civil de 2015 ressalva os casos em que</p><p>houver tratados, acordos e convenções internacionais dos quais o Brasil seja signatário, isto é,</p><p>tenha aderido, com ratificação do Presidente da República.</p><p>Nossa, professor! Então terei de saber conceitos de Direito Internacional aqui no estudo</p><p>de Processo Civil? Não! fique calmo (a)... Só precisamos saber que caso haja algum dos dis-</p><p>positivos mencionados com repercussão no Processo Civil e o Brasil tenha aderido, ou seja,</p><p>se comprometido a seguir, aplicar-se-á em nosso território, até porque estará incorporado ao</p><p>ordenamento jurídico pátrio.</p><p>A título de exemplo, vejamos o direito das sucessões, no qual se aplica a lei brasileira ao</p><p>caso, salvo se a lei pessoal do de cujus (falecido) for mais benéfica, conforme mandamento</p><p>constitucional, mas conquanto sejam aplicadas regras materiais do país do falecido, o inven-</p><p>tário seguirá os moldes da legislação civil pátria. Bem, amigo (a), observe como o Código de</p><p>Processo trata o tema:</p><p>Art. 13 — A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições</p><p>específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte.</p><p>Da apLIcação Da LeI no tempo</p><p>Agora, estimado (a) estudante, passaremos a analisar a lei processual no tempo... Ah o</p><p>tempo... aquele que não para... aquele que cura... aquele que ensina... aquele que não volta,</p><p>portanto seja prudente ao utilizá-lo. Antes que você jogue o computador no chão por conta</p><p>dessa poesia malsucedida do professor que vos fala, tenha em mente que a regra no nosso</p><p>ordenamento jurídico é a do tempus regit actum, em vernáculo (bom português) tempo que</p><p>rege o ato, isto é, será aplicada a legislação vigente ao tempo dos fatos.</p><p>Comentei que o Novo Código de Processo Civil trouxe uma nova dinâmica processual, ok?</p><p>Mas a questão é: o que acontecerá com os processos que foram julgados? E com aqueles que</p><p>estão em curso, ou seja, não foram julgados? Como faremos com os futuros processos?</p><p>Bem, quanto aos processos que foram julgados, esses estarão resolvidos e não haverá</p><p>nenhuma incidência da nova legislação processual civil sobre eles. Esse cenário se arvora no</p><p>ato jurídico perfeito e na coisa julgada, conceito haurido do Direito Constitucional e Adminis-</p><p>trativo e que encontram, também, respaldo na Lei de Introdução a Normas de Direito Brasileiro</p><p>(LINDB), pois, esse ato já produziu seus efeitos, se completou.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>7 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Então, podemos dizer que não se aplica o Novo Código sobre os atos já praticados, por-</p><p>quanto incide sobre eles a teoria do isolamento dos atos processuais, a qual consigna que</p><p>eles estão acobertados pelo ato jurídico perfeito. Veja o que diz a Constituição, no artigo 5º, e</p><p>a Lei de Introdução a Normas de Direito Brasileiro, em seu artigo 6º,</p><p>respectivamente, a seguir:</p><p>Art. 5º (...)</p><p>XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;</p><p>Veja a LINDB:</p><p>Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adqui-</p><p>rido e a coisa julgada.</p><p>Pela teoria do isolamento dos atos processuais, os atos já praticados a estão acobertados</p><p>pelo ato jurídico perfeito.</p><p>Quanto aos processos em curso, aí teremos que analisar de forma mais detida. Veja, o Código</p><p>de Processo Civil de 1973 diferenciava os procedimentos em: sumário e ordinário. Esses procedi-</p><p>mentos não foram previstos pela nova Lei de Ritos (2015), cuja opção foi estabelecer, apenas, os</p><p>procedimentos comum e especial (cumpre destacar que havia o especial no Código de Buzaid).</p><p>Ok, professor, mas e aí? Como fazer? O novo CPC divide os procedimentos em comum e</p><p>especial... Pronto! Como resolver se o processo estiver em marcha à luz dos procedimentos</p><p>não mais vigentes? Além disso, havia prazos processuais diferentes para recursos, enfim...</p><p>como compatibilizar isso com a nova lei?</p><p>Bem, a resposta é a seguinte: a alteração entrou em vigor no dia 18/03/2016, então, para res-</p><p>ponder às perguntas acima, precisaremos analisar a data da comunicação relativa ao ato proces-</p><p>sual, para, então, saber qual será a legislação utilizada. Como assim? Explico, se fui comunicado,</p><p>no dia 14/03/2016, acerca de uma decisão interlocutória e desejo recorrer, seguirei o prazo do</p><p>Código de 1973. Porém, se essa decisão ocorresse no dia 19/03/2016, aí, aplicar-se-ia o novo</p><p>Código e o prazo seria de 15 dias para o recurso adequado, qual seja, agravo de instrumento.</p><p>Ademais, se o processo transcorria sob a égide do procedimento sumário e procedimentos</p><p>especiais não mais previstos pelo NCPC, segue-se os ditames do Código de 1973 (por uma</p><p>questão de segurança jurídica) às ações propostas e ainda não sentenciadas. Quanto aos de-</p><p>mais procedimentos, segue-se a mesma linha de intelecção citada: depois de 18/03/2016, uti-</p><p>liza-se o NCPC de 2015, condensando os atos para o procedimento comum, com as devidas</p><p>ressalvas relativas aos Juizados Especiais Cíveis (artigo 275 do Código de 1973), e observância</p><p>das Disposições Finais e Transitórias encartadas na Lei de Ritos. No entanto, se a comunicação</p><p>for anterior à data mencionada, ou seja, publicada antes do dia 18/03/2016, segue o jogo com</p><p>o Código de Buzaid (1973). Veja o que diz o artigo 1.046 do novo CPC, referente às Disposições</p><p>Finais e Transitórias que estabelecem as regras de transição entre uma codificação e outra.</p><p>Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos</p><p>pendentes, ficando revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>8 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Segundo o artigo 1.046 da lei processual civil:</p><p>Art. 1046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos</p><p>pendentes, ficando revogada a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>§ 1º As disposições da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , relativas ao procedimento sumário e</p><p>aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não senten-</p><p>ciadas até o início da vigência deste Código.</p><p>§ 2º Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis,</p><p>aos quais se aplicará supletivamente este Código.</p><p>§ 3º Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 , cujo proce-</p><p>dimento ainda não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto</p><p>neste Código.</p><p>Consoante o artigo 1.052 do NCPC:</p><p>Art. 1052. Até a edição de lei específica, as execuções contra devedor insolvente, em curso ou que</p><p>venham a ser propostas, permanecem reguladas pelo Livro II, Título IV, da Lei n. 5.869, de 11 de</p><p>janeiro de 1973.</p><p>Além do exposto, o artigo 1.063 estabelece o seguinte:</p><p>Art. 1063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei n. 9.099, de</p><p>26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das causas</p><p>previstas no art. 275, inciso II, da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>Diante do exposto, querido (a), podemos entender que a baliza para resolver o problema do</p><p>processo em curso é a data da comunicação (citação, intimação), pois, se for anterior à vigên-</p><p>cia do Código e ele estiver em curso, a lei de 1973 será ultrativa, ou seja, irradiará efeitos para</p><p>o futuro. Entretanto, se for após a entrada em vigor do Código de Processo de 2015, aplica-se</p><p>a nova legislação processual. Essa linha de raciocínio explica o Direito intertemporal.</p><p>Estimado (a) leitor (a), em relação ao direito probatório, podemos dizer que serão aplica-</p><p>das as disposições do novo Código, apenas, às provas requeridas ou determinadas de ofício</p><p>a partir da data de início da vigência da nova Lei de Ritos, conforme o artigo 1.047. Nesse</p><p>sentido, caso a produção da prova tenha sido requerida durante a vigência do Código de 1973</p><p>(ouvida de uma testemunha, por exemplo) e a audiência de instrução ocorra na vigência da Lei</p><p>13.105/2015, as regras a serem observadas serão as do Código de 1973.</p><p>Art. 1.047. As disposições de direito probatório adotadas neste Código aplicam-se apenas às pro-</p><p>vas requeridas ou determinadas de ofício a partir da data de início de sua vigência.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art1218</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#livroiitituloiv</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#livroiitituloiv</p><p>9 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Para arrematarmos essa parte e lermos o artigo 14 do Novo Código, vamos à análise da última</p><p>pergunta feita linhas acima: e quanto aos novos processos? Aqui, estimado (a), não tem rodeios,</p><p>aplicar-se-á a lei do tempo, 13.105/2015, em razão do citado brocardo latino tempus regit actum.</p><p>Vejamos a lei:</p><p>Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso,</p><p>respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da</p><p>norma revogada.</p><p>(...)</p><p>Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se aplicarão desde logo aos processos</p><p>pendentes, ficando revogada a Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.</p><p>§ 1º As disposições da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, relativas ao procedimento sumário e</p><p>aos procedimentos especiais que forem revogadas aplicar-se-ão às ações propostas e não senten-</p><p>ciadas até o início da vigência deste Código.</p><p>§ 2º Permanecem em vigor as disposições especiais dos procedimentos regulados em outras leis,</p><p>aos quais se aplicará supletivamente este Código.</p><p>§ 3º Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, cujo proce-</p><p>dimento ainda não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto</p><p>neste Código.</p><p>§ 4º As remissões a disposições do Código de Processo Civil revogado, existentes em outras leis,</p><p>passam a referir-se</p><p>às que lhes são correspondentes neste Código.</p><p>(...)</p><p>Prezado (a), eu falava muito para os colegas da faculdade acerca da importância do estu-</p><p>do do Processo Civil. Uma das razões para eu dizer isso se deve ao fato de a Lei de Ritos ser</p><p>aplicada de forma supletiva e subsidiária em outros ramos do Direito.</p><p>Então, eu até estava evitando utilizar o futebol como exemplo, mas será uma explicação</p><p>didática! Vamos lá! Quando eu jogava futebol (com um enorme talento futebolístico, para não</p><p>dizer o contrário! Rs) e tinha que escolher quem faria parte do meu time, recrutava diversos</p><p>jogadores. Porém, havia uma grande dificuldade em definir quem seria o goleiro, o zagueiro,</p><p>ou seja, não tínhamos “atletas” para essas posições (importantíssimas, diga-se de passagem),</p><p>pois todos queriam ser atacantes. Sendo assim, havia uma “omissão” dos participantes quanto</p><p>à função mencionada e era necessário utilizar um jogador disposto a ingressar nas aludidas</p><p>funções para que o jogo ocorresse. Com a lei processual civil é da mesma forma, se uma legis-</p><p>lação não disciplina o que fazer, a legislação de ritos civil entra em “campo”.</p><p>Agora, é importante ressaltar que o Código de Processo Civil será utilizado, apenas e tão-</p><p>-somente se não houver incompatibilidade com a legislação especial, até porque, fica difícil</p><p>escalar um zagueiro para jogar como atacante, são posições incompatíveis, fica complicado.</p><p>Essa situação ocorre com processos trabalhistas, eleitorais ou administrativos, consoante o</p><p>artigo 15 do NCPC.</p><p>Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos,</p><p>as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art1218</p><p>10 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Da função JurIsDIcIonaL</p><p>JurIsDIção</p><p>Bem, estimado (a) leitor (a), vamos analisar, a partir de agora, um dos elementos da cha-</p><p>mada trilogia estrutural do processo civil. A processualística civil possui três vigas de susten-</p><p>tação, são elas: ação, processo e jurisdição.</p><p>Então, se alguém feriu o meu direito, eu irei me valer de uma ação, a qual é um direito fran-</p><p>queado a mim por meio da Constituição de 1988 e utilizarei o processo (um instrumento da</p><p>Jurisdição) caracterizado por uma relação jurídica, com procedimento e contraditório.</p><p>A Jurisdição busca dizer o Direito (juris dicção, em uma visão clássica), isto é, podemos</p><p>entender que se busca aplicar o direito ao caso concreto, de forma definitiva (solucionar a crise</p><p>jurídica de modo definitivo, que ocorre com a coisa julgada material) e imparcial em substi-</p><p>tuição à vontade das partes. Bem, quando alguém ameaça ou lesa o direto de outrem, não é</p><p>permitido a este fazer justiça com as próprias mãos, salvo em casos previstos em lei (desforço</p><p>imediato e legítima defesa, por exemplo).</p><p>Nesse diapasão, compete ao Estado o dever de solucionar as contendas levadas a ele</p><p>(pois tem o poder e o aparato instrumental para isso) e resolver os conflitos, uma vez que</p><p>tomou para si a resolução das contendas (e olha, são muitas!). A jurisdição é exercida por</p><p>Juízes e Tribunais situados em todo país, conforme assevera o artigo 16 do Novo Código de</p><p>Processo Civil.</p><p>Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, con-</p><p>forme as disposições deste Código.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>11 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Consoante o artigo supramencionado, a jurisdição civil é exercida por juízes e tribunais</p><p>situados no território pátrio (princípio da territorialidade ou aderência ao território), ou seja,</p><p>existe a investidura dos juízes para que se tornem competentes para comporem o litígio e de-</p><p>clararem o direito no caso concreto. Para além do exposto, as regras de competência territorial</p><p>irão definir o foro — a seção ou a subsecção judiciária na Justiça Federal e a comarca no caso</p><p>da Justiça Estadual — para que haja a atuação jurisdicional legítima.</p><p>Pode-se dizer que a jurisdição possui algumas finalidades, dentre as quais: a resolução</p><p>de conflitos, a pacificação da sociedade, a educação da população, porquanto mostra que</p><p>algumas condutas possuem repercussão e conferem reprimendas (como no caso do noivo</p><p>que abandona a noiva no altar no dia do casamento e é condenado a indenizá-la por danos</p><p>morais); além de propiciar o exercício da cidadania (com a viabilidade de propositura de ações</p><p>populares).</p><p>característIcas Da JurIsDIção</p><p>Imparcialidade</p><p>O juiz, como representante do Estado e sendo quem irá declarar o Direto ao caso concreto,</p><p>não poderá ser parcial com relação à causa. Em outras palavras, não poderá se deixar levar</p><p>por impressões pessoais ou possuir envolvimento pessoal em relação à demanda. Muito pelo</p><p>contrário, deve se manter equidistante das partes para julgar sem influências emocionais. Esse</p><p>aspecto é tão importante que o Código de Processo Civil de 2015 estabelece casos em que os</p><p>Juízes estarão impedidos de participar do processo (artigo 144), que reflete causas de caráter</p><p>objetivo, por exemplo, quando houver parentesco com a parte até o 3º grau civil, ou situações</p><p>nas quais os julgadores podem ser suspeitos (diante das hipóteses estabelecidas no artigo</p><p>145), causas essas de caráter subjetivo, à guisa de exemplo, cita-se a amizade íntima ou a</p><p>inimizade com alguma das partes.</p><p>Inércia</p><p>Há uma máxima que consigna que o direito não beneficia quem dorme. Quando comentei, na</p><p>aula passada, a respeito do princípio da inércia, procurei alertá-lo (a) de que o Judiciário irá agir</p><p>quando provocado. Sendo assim, o órgão jurisdicional atua mediante provocação do interessa-</p><p>do, o qual pode propor uma ação de reparação de danos (caso tenha seu veículo danificado por</p><p>outro motorista imprudente, por exemplo), ou seja, atuará mediante provocação, salvo nos casos</p><p>em que o juiz possa agir de ofício, como, por exemplo, no caso da restauração de autos.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>12 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>001. (FGV/DPE—RJ/TÉCNICO SUPERIOR JURÍDICO/2019) Constitui uma exceção à carac-</p><p>terística inerte da jurisdição:</p><p>a) ação possessória tendo por objeto bem público;</p><p>b) habeas data;</p><p>c) restauração de autos;</p><p>d) ação popular;</p><p>e) mandado de injunção.</p><p>Consoante comentei, o juiz poderá de ofício proceder à restauração dos autos (quando eles</p><p>desaparecerem, como no exemplo de uma inundação nas dependências do Tribunal). Sendo</p><p>assim, no caso em tela, é possível uma exceção ao princípio da inércia. Veja o que estabelece</p><p>o artigo 712 do NCPC:</p><p>Art. 712. Verificado o desaparecimento dos autos, eletrônicos ou não, pode o juiz, de ofício, qualquer</p><p>das partes ou o Ministério Público,</p><p>se for o caso, promover-lhes a restauração.</p><p>Letra c.</p><p>Unidade</p><p>Diz-se que a jurisdição é una e indivisível e é uma função exclusiva dos juízes (para os</p><p>quais se distribui competência para julgamento) seja da justiça comum ou especializada. A</p><p>função jurisdicional é de monopólio do Estado, o qual divide a competência de cada juízo,</p><p>como, por exemplo, quando um juiz exerce a atividade judicante em uma vara de família e outro</p><p>na vara de acidente de trânsito, mas isso não divide o poder-dever de dizer o direito.</p><p>Substitutividade</p><p>Prezado(a), percebe-se que o Código de 2015 prima pela autocomposição dos litígios, ou</p><p>seja, que os envolvidos em um conflito de interesses possam, por meio do diálogo, resolver</p><p>os problemas decorrentes vida em sociedade. Com base nesse raciocínio, seria recomendável</p><p>que dois envolvidos em uma colisão entre veículos pudessem resolver a reparação dos danos</p><p>causados em virtude do abalroamento sem levar o caso ao Judiciário.</p><p>Porém, vivemos em meio a uma cultura demandista e, com muita frequência, colisões en-</p><p>tre automóveis e outras problemáticas são levadas ao Judiciário para serem resolvidas por um</p><p>terceiro (heterocomposição).</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fgv</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-rj</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fgv-2019-dpe-rj-tecnico-superior-juridico</p><p>13 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Quando se fala em substitutividade, diz-se que o Poder Judiciário irá substituir a vontade</p><p>das partes pela vontade do Direito. Às vezes, essa substituição coincide com o que o sujeito</p><p>do processo pretendeu. Contudo, pode ser diferente do pleiteado, seja de forma total ou par-</p><p>cial. Diante disso, entende-se que o juiz substitui a vontade das partes e estas estarão sujeitas</p><p>àquilo que foi decidido e, caso não concordem, poderão recorrer.</p><p>prIncípIos Da JurIsDIção</p><p>Inevitabilidade</p><p>Conforme comentei acima, o juiz deve decidir os casos que são levados a ele, isto é, em</p><p>caso de provocação, o Estado-Juiz deve exercer o poder decisório que lhe é inerente. Muitas</p><p>casuísticas são complexas, de difícil avaliação. Contudo, não podem os órgãos jurisdicionais</p><p>deixar de julgá-las, por mais difíceis e complexas que sejam.</p><p>Se a parte provocou a jurisdição, mas não desistiu ou renunciou da ação, a sentença de-</p><p>verá ser proferida e sujeitará a parte ao cumprimento (as partes se sujeitam aos efeitos da</p><p>jurisdição, isso é inevitável). Agora, é certo que, caso alguma das partes não concorde com o</p><p>provimento jurisdicional, poderá recorrer da decisão.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>14 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Indeclinabilidade ou inafastabilidade</p><p>Por esse princípio não poderá o juiz deixar de julgar a causa sob a alegação de que há lacu-</p><p>na ou obscuridade na lei. O ordenamento jurídico nacional veda o não julgamento (non liquet),</p><p>situação evidenciada com a leitura do artigo 140 do CPC.</p><p>Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento</p><p>jurídico.</p><p>Ok, professor! Mas e se o caso for espinhoso? Se não houver lei para dirimir o assunto?</p><p>Como diria minha avó: uma “cumbuca de marimbondo”! Como o magistrado poderá resolver?</p><p>Aí, amigo (a), o julgador se valerá do Direito com a utilização de leis, costumes, doutrina, juris-</p><p>prudência, isso conjugado ao parágrafo único do artigo 140 do CPC que estabelece a possibi-</p><p>lidade de aplicação da equidade aos casos previstos em legislação, o que não poderá ocorrer</p><p>é o não julgamento.</p><p>Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.</p><p>Prezado (a), caso exista uma lesão ou ameaça de lesão ao direito, o Poder Judiciário po-</p><p>derá ser acionado. Agora, cumpre destacar que há casos nos quais é necessária a solução</p><p>administrativa para o surgimento da lide. O artigo 217, § 1º, da Constituição estabelece que o</p><p>Judiciário só admitirá ações referentes à disciplina e às competições após o esgotamento das</p><p>instâncias de Justiça desportiva. Além do exposto, a Súmula 2 do Superior Tribunal de Justiça</p><p>estabelece o seguinte: “não cabe habeas data (CF, art. 5º LXXII, a) se não houve recusa de in-</p><p>formações por parte da autoridade administrativa” (o que gera o interesse de agir). Ademais,</p><p>confira o RE 631240/MG do STF, de Relatoria do Ministro Roberto Barroso, em 27/08/2014</p><p>(Informativo 756), acerca da necessidade de requerimento administrativo prévio para ingresso</p><p>com ação previdenciária sem que haja violação ao princípio da inafastabilidade.</p><p>002. (FCC/TJ—MS/JUIZ SUBSTITUTO/2020/ADAPTADA) No que tange à jurisdição, é corre-</p><p>to afirmar:</p><p>Em obediência ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, em nenhuma hipótese a parte</p><p>precisará exaurir a via administrativa de solução de conflitos, podendo sempre, desde logo,</p><p>buscar a solução pela via do Poder Judiciário.</p><p>Segundo o artigo 217, § 1º, da Constituição Federal:</p><p>Art. 217. (...)</p><p>§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após</p><p>esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.</p><p>Errado.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/tj-ms</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto</p><p>15 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Aderência ao território ou territorialidade</p><p>Por esse princípio, o juiz estará vinculado a um determinado território, a um espaço geográ-</p><p>fico, como, por exemplo: Distrito Federal, Recife, São Paulo. Sendo assim, atua na região a qual</p><p>se vinculou. Desse modo, a porção territorial limita a atuação do magistrado. A exceção se</p><p>refere a comarcas contíguas, de fácil comunicação, regiões metropolitanas ou quando a ação</p><p>versar sobre imóvel de grande extensão, porquanto, nesses casos, o juiz atua por prevenção e</p><p>será competente aquele onde primeiro se distribuiu a ação.</p><p>Agora, prezado(a), chamo sua atenção no sentido de que se o magistrado precisar de al-</p><p>guma diligência em outra localidade, terá a sua disposição, por exemplo, a carta precatória</p><p>(comunicação entre juízes do território nacional com jurisdição em comarcas diversas).</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Segundo o artigo 16 do NCPC, a jurisdição civil é exercida pelos juízes em todo território nacional.</p><p>Indelegabilidade</p><p>Esse princípio veda ao juiz atuar fora dos lindes (limites) da competência a ele atribuída.</p><p>Além disso, é defeso (proibido) ao magistrado delegar suas funções a outra pessoa ou órgão.</p><p>No entanto, o princípio mencionado é flexibilizado, por exemplo, em casos de férias, aposen-</p><p>tadorias dos magistrados, entre outras situações, pois permite que outro julgador conduza o</p><p>feito, mas, a função jurisdicional deve</p><p>ser exercida pelo Poder Judiciário.</p><p>Juiz ou Juízo Natural</p><p>Amigo(a) concurseiro(a), além dos princípios acima, gostaria de mencionar um princípio</p><p>com assento constitucional que é cobrado em provas, qual seja: o do Juiz ou Juízo Natural.</p><p>Pelo aludido princípio, o juiz que julgará a causa deve estar investido no cargo, ou seja, cons-</p><p>tituído de maneira prévia. Sendo assim, não é possível constituir um juiz na hora para julgar</p><p>a demanda, sob pena de comprometer o julgamento. Há, outrossim, vedação da criação de</p><p>Tribunais de Exceção (constituídos para o julgamento de um fato determinado, como no caso</p><p>do Tribunal de Nuremberg, criado para julgar crimes da Segunda Guerra Mundial). Então, tanto</p><p>os juízes quanto os tribunais devem estar previamente constituídos.</p><p>Art. 5º (...)</p><p>XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;</p><p>(...)</p><p>LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>16 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Princípio da investidura</p><p>Pelo princípio da investidura, o Poder Estatal é transmitido ao juiz. Não pode haver um pro-</p><p>cesso sem juiz. Trata-se de um pressuposto processual de existência.</p><p>Para além do exposto, são formas de investidura: o concurso público (essa nós conhecemos</p><p>bem, né?) e a indicação política, como no caso das indicações para o Supremo Tribunal Federal.</p><p>003. (FCC/TJ—MS/ JUIZ SUBSTITUTO/2020) No que tange à jurisdição, é correto afirmar:</p><p>a) em obediência ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, em nenhuma hipótese a parte</p><p>precisará exaurir a via administrativa de solução de conflitos, podendo sempre, desde logo,</p><p>buscar a solução pela via do Poder Judiciário.</p><p>b) a integração obrigatória à relação jurídico-processual concerne ao princípio da inevitabilida-</p><p>de da jurisdição, gerando o estado de sujeição das partes às decisões jurisdicionais.</p><p>c) o princípio segundo o qual ninguém será processado senão pela autoridade competente diz</p><p>respeito à indelegabilidade da jurisdição.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2020-tj-ms-juiz-substituto</p><p>17 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>d) nos procedimentos especiais de jurisdição voluntária, a intervenção do Judiciário não é obri-</p><p>gatória para que se obtenha o bem da vida pretendido, mostrando-se sempre facultativa essa</p><p>interferência.</p><p>e) em obediência ao princípio do juiz natural, é defesa a criação de varas especializadas, câma-</p><p>ras especializadas nos tribunais ou foros distritais.</p><p>a) Errada. Segundo o artigo 217, § 1º, da Constituição Federal:</p><p>Art. 217. (...)</p><p>§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após</p><p>esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.</p><p>b) Certa. Pelo princípio da inevitabilidade da jurisdição, tem-se que as partes se sujeitarão ao</p><p>que foi decidido pelo juiz.</p><p>c) Errada. Esse é o princípio do juiz natural.</p><p>d) Errada. Os procedimentos de jurisdição voluntária tramitam no Poder Judiciário e possuem</p><p>como característica a obrigatoriedade.</p><p>e) Errada. Não há de se falar em violação do princípio do juiz natural pela criação de varas es-</p><p>pecializadas, ao contrário do que afirma a assertiva.</p><p>Letra b.</p><p>cLassIfIcação Da JurIsDIção</p><p>Amigo (a) leitor (a), pode-se dizer que a jurisdição é exercida pelo Poder Judiciário, cuja</p><p>estrutura pode ser examinada no artigo 92 da Constituição Federal de 1988. Quanto à classifi-</p><p>cação, acompanhe comigo, logo abaixo:</p><p>A jurisdição é classificada como:</p><p>Criminal: Quando a matéria versa sobre Direito Penal.</p><p>Civil: Quando a matéria não versar sobre Direito Penal.</p><p>Especial: Refere-se à Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Militar, isto é, justiças es-</p><p>pecializadas as quais tratam de temas específicos. Nesse sentido, tem-se causas relativas à</p><p>legislação trabalhista, à justiça castrense, as quais serão julgados nas Cortes específicas.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>18 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>A justiça comum é classificada em:</p><p>Federal: julga causas relativas aos assuntos disciplinados no artigo 109 da Carta Fundante.</p><p>Estadual: julga os casos não previstos no artigo 109, ou seja, possui um caráter supletivo.</p><p>Veja, o que não for competência da justiça especial, será examinado pela justiça federal ou</p><p>estadual. Mas fique atento (a)! A justiça federal não é especial! Muito embora trate de temas</p><p>específicos (artigo 109 da Constituição).</p><p>Jurisdição superior ou inferior (classificação quanto à hierarquia)</p><p>Inferior: será exercida pelos órgãos em que o juiz conheceu o processo desde o início, são</p><p>aqueles órgãos os quais possuem competência originária para o julgamento da demanda.</p><p>Superior: como é natural do ser humano o inconformismo diante de uma decisão que lhe</p><p>seja desfavorável e, além disso, nosso sistema admitir o duplo grau de jurisdição, a jurisdição</p><p>superior será exercida nos casos em que houver recurso para os Tribunais.</p><p>Além do exposto, a jurisdição pode ser dividida em:</p><p>Contenciosa: caracteriza-se por um conflito de interesses, uma pretensão resistida, ou seja,</p><p>uma lide. Dessa relação conflituosa, sem autocomposição, haverá uma jurisdição contenciosa,</p><p>a qual conta com a presença de partes que controvertem acerca de um direito (seria o caso de</p><p>autor e réu em discussão sobre a responsabilidade de pagar os danos causados em veículos</p><p>em decorrência de um acidente de trânsito).</p><p>Voluntária: Nesse caso não há uma lide, pois não há litígio. Os sujeitos, interessados, bus-</p><p>cam a justiça para validar os negócios privados, sem conflito de interesses, como, por exem-</p><p>plo, a alteração de nome, a nomeação de tutor. Nesse conduto de raciocínio, ocorre a adminis-</p><p>tração pública de interesses privados.</p><p>Com base no exposto, quando se faz menção à jurisdição voluntária, estamos diante de</p><p>uma administração pública de interesses privados careada ao Estado-Juiz. Bem, esse é o</p><p>entendimento majoritário. O grande mestre Marcus Vinícius Rios Gonçalves, em sua obra Di-</p><p>reito Processual Civil Esquematizado, 10ª Edição, Editora Saraiva, 2019, cita características da</p><p>jurisdição voluntária, quais sejam: não ser adequado falar em partes, mas em interessados;</p><p>mitigação do princípio da demanda (porquanto o juiz poderá dar início ao processo de ofício,</p><p>como em caso de abertura e cumprimento de testamento); não aplicação do critério da legali-</p><p>dade estrita (consoante o artigo 723, parágrafo único da Lei de Ritos); as sentenças definitivas</p><p>não se revestem da autoridade de coisa julgada material, pois pode haver alteração, se novas</p><p>circunstâncias fáticas sobrevierem.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua</p><p>reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>19 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>FIQUE DE OLHO!</p><p>Para além do exposto no parágrafo anterior, cumpre destacar que existe discussão na doutrina</p><p>acerca da natureza jurídica da jurisdição voluntária, uma vez que há duas teorias relativas ao</p><p>tema, a saber: a teoria administrativista (clássica) para a qual o juiz não exerce a atividade juris-</p><p>dicional, tem-se, então, administração pública de interesses privados e a teoria revisionista (ju-</p><p>risdicionalista), cujo entendimento se dá no sentido de que o juiz exerce atividade jurisdicional.</p><p>004. (CESPE/CEBRASPE/TRF—1ª REGIÃO/TÉCNICO JUDICIÁRIO—ÁREA ADMINISTRATI-</p><p>VA/2017) A respeito de jurisdição, julgue o item a seguir.</p><p>Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública partici-</p><p>par de interesses privados.</p><p>Certo.</p><p>Veja que interessante!</p><p>Segundo o artigo 723, parágrafo único, da Lei de Ritos, uma das características dos pro-</p><p>cedimentos de jurisdição voluntária é a não aplicação da legalidade estrita. Sendo assim, o</p><p>juiz poderá adotar a solução que considerar mais conveniente e oportuna ao caso levado ao</p><p>Poder Judiciário. Veja o que estabelece o dispositivo em comento:</p><p>Art. 723. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias.</p><p>Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em</p><p>cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna.</p><p>No que se refere à legitimidade para iniciar o procedimento, serão legitimados: o interessa-</p><p>do, o Ministério Público ou a Defensoria Pública, competindo-lhes a formulação dos pedidos</p><p>devidamente instruídos com a documentação necessária e a indicação da providência judicial,</p><p>conforme previsão do artigo 720 da Lei de Ritos.</p><p>O artigo 721 consigna que todos os interessados serão citados e o Parquet será intimado</p><p>para intervir como fiscal da ordem jurídica nos processos que envolvam interesse público, de</p><p>incapazes ou litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana (consoante dispõe o artigo</p><p>178 da Lei de Ritos). O interessado, depois de citado, terá o prazo de 15 (quinze) dias para se</p><p>manifestar, caso queira.</p><p>Art. 721. Serão citados todos os interessados, bem como intimado o Ministério Público, nos casos</p><p>do art. 178, para que se manifestem, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias.</p><p>Art. 722. A Fazenda Pública será sempre ouvida nos casos em que tiver interesse.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/cespe-cebraspe</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/trf-1-regiao</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2017-trf-1-regiao-tecnico-judiciario-area-administrativa</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art178</p><p>20 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Posto isso, o juiz irá decidir o pedido no lapso temporal de 10 (dias) e da sentença caberá</p><p>o recurso de apelação, conforme estatui o artigo 724 da Lei n. 13.105/2015.</p><p>Art. 723. O juiz decidirá o pedido no prazo de 10 (dez) dias.</p><p>Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em</p><p>cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna.</p><p>Estimado(a) estudante, essas são as disposições gerais relativas aos procedimentos es-</p><p>peciais de jurisdição voluntária, aplicáveis quando o Código não estabelecer alguma norma</p><p>específica a ser seguida.</p><p>Dos Equivalentes Jurisdicionais</p><p>Prezado (a), percebe-se que não há apenas a jurisdição estatal em nosso sistema para que</p><p>sejam resolvidos os conflitos surgidos no meio social, haja vista a existência de um sistema</p><p>multiportas no Direito brasileiro, o que viabiliza a opção pela via adequada à resolução da pro-</p><p>blemática instaurada.</p><p>Com base no exposto nas linhas acima, vale destacar que o Direito admite outras maneiras</p><p>por meio das quais as partes podem solucionar o conflito entre elas estabelecido. Nesse sen-</p><p>tido, há formas alternativas de resolução dos conflitos denominadas de equivalentes jurisdi-</p><p>cionais, quais sejam: a autotutela, a mediação, a conciliação e a arbitragem.</p><p>A partir da compreensão do que foi dito, imagine que duas pessoas briguem por um aba-</p><p>cate. Em vez de levarem essa demanda ao Poder Judiciário, pois ambos querem a fruta e não</p><p>abrem mão dela, resolvem conversar de modo que um deles afirma desejar a coisa para fazer</p><p>uma deliciosa vitamina e o outro diz que quer o abacate, apenas e tão somente, para se apro-</p><p>priar da semente e fazer um artesanato. Sendo assim, ambos podem, por meio de diálogo e</p><p>concessões recíprocas, chegarem a um denominador comum ao cortarem a fruta, retirarem a</p><p>semente e ficarem com o que lhes seja útil. Pronto! Todos ficaram felizes e o conflito foi resol-</p><p>vido por outra via que não a judicial.</p><p>005. (CRESCER CONSULTORIAS/PREFEITURA DE MONTE ALEGRE DO PIAUÍ—PI/ADVO-</p><p>GADO/2019/ADAPTADA) Tomando como fundamento o contexto dos temas jurisdição e</p><p>competência, analise a assertiva e assinale a correta:</p><p>Os equivalentes jurisdicionais são formas de exposição do sistema multiportas no direito pro-</p><p>cessual civil, meio plenamente reconhecido e estimulado no direito brasileiro.</p><p>Sim, o sistema multiportas é reconhecido e estimulado no Direito brasileiro (nesse sentido,</p><p>veja o artigo 3º do NCPC).</p><p>Certo.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/crescer-consultorias</p><p>21 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Limites da Jurisdição</p><p>A jurisdição brasileira aplica-se em todo o território nacional. Entretanto, há casos em que</p><p>uma causa poderá ser julgada tanto no Brasil como no exterior, isto é, ocorrerá a competência</p><p>concorrente entre a jurisdição pátria e a estrangeira. Contudo, existem causas que devem ser jul-</p><p>gadas no Brasil, ou seja, de competência exclusiva da justiça brasileira. Vamos examinar o tema.</p><p>Competência concorrente</p><p>Esse tipo de competência ocorre em situações previstas pelos artigos 21 e 22 do Novo</p><p>Código de Processo Civil (NCPC), os quais elencam situações relativas a ações que podem ser</p><p>julgadas no Brasil, no exterior, ou até mesmo (fique atento a isso) tanto no território nacional</p><p>quanto no estrangeiro.</p><p>Porém, saliento que a sentença oriunda de Estado estrangeiro deve se submeter à aprecia-</p><p>ção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o qual irá homologá-la tornando-a eficaz e ocorrerá o</p><p>cumprimento por meio do exequatur (cumpra-se), fato introduzido no nosso ordenamento por</p><p>meio da EC 45/2004.</p><p>As causas em que há competência concorrente entre a justiça brasileira e estrangeira são:</p><p>ações em que o réu esteja domiciliado no Brasil, o que independe da sua nacionalidade; ações</p><p>que versem sobre obrigações a serem cumpridas em território nacional; ações fundamenta-</p><p>das por fato ou ato praticado no Brasil. Esses casos estão encartados no artigo</p><p>21 do CPC e</p><p>eram previstos no Código de 1973.</p><p>Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:</p><p>I – o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;</p><p>II – no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;</p><p>III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.</p><p>Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa</p><p>jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.</p><p>Além dos casos citados, pode-se acrescentar as hipóteses elencadas no artigo 22 do</p><p>NCPC que versam sobre: ações de alimentos quando: o credor tiver residência ou domicílio</p><p>no Brasil, o réu mantiver vínculos no território pátrio como posse ou propriedade de bens,</p><p>recebimento de renda ou obtenção de benefício econômico; relações consumeristas, caso o</p><p>consumidor tenha residência ou domicílio no Brasil (essa regra protege o consumidor nas re-</p><p>lações de consumo ocorridas no exterior); ou quando haja submissão das partes à legislação</p><p>pátria, relativas a contratos internacionais, por exemplo.</p><p>Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:</p><p>I – de alimentos, quando:</p><p>a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>22 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda</p><p>ou obtenção de benefícios econômicos;</p><p>II – decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;</p><p>III – em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.</p><p>Então, analisados os casos de competência concorrente, vejamos as hipóteses de com-</p><p>petência exclusiva, a qual, como o termo ajuda a compreender, serão julgados apenas e EX-</p><p>CLUSIVAMENTE pela autoridade judiciária brasileira e, mesmo que exista sentença proferida</p><p>no exterior, esta não será válida, aliás, nem será homologada pelo Superior Tribunal de Justiça.</p><p>Competência Exclusiva</p><p>São casos de competência exclusiva: conhecer de ações relativas a imóveis situados no</p><p>Brasil; ações relativas a sucessões hereditárias, confirmação de testamento particular, in-</p><p>ventário e partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja estrangeiro</p><p>ou domiciliado fora do território nacional (o que não impede a aplicação do direto alienígena,</p><p>relativos ao direito material, em benefício dos herdeiros quando mais favoráveis a eles); em ca-</p><p>sos de divórcio, separação, dissolução de união estável, partilha de bens sitos no Brasil, ainda</p><p>que o titular tenha nacionalidade estrangeira ou seja domiciliado fora do território nacional.</p><p>Vejamos, prezado(a) estudante, o teor do artigo 23 do Novo Código de Processo Civil:</p><p>Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:</p><p>I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;</p><p>II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao in-</p><p>ventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade</p><p>estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;</p><p>III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens</p><p>situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do</p><p>território nacional.</p><p>Perceba que as hipóteses afetas à competência exclusiva se referem a imóveis situados no</p><p>Brasil, matéria sucessória e relação de dissolução de vínculo entre cônjuges e companheiros.</p><p>Estimado(a), precisamos “encurtar o caminho”, sei que aumentar o conhecimento é im-</p><p>portante, mas, neste momento, precisamos otimizar os estudos. Sendo assim, recomendo a</p><p>leitura atenta e até, quem sabe, no sentido de decorar a competência exclusiva, porquanto são</p><p>três hipóteses de incidência e as demais são concorrentes. Assim, montamos uma estratégia</p><p>para as resoluções de prova... Vamos lá! Coragem! Você consegue!</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>23 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>006. (FGV/OAB/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXIII—PRIMEIRA FASE/2021) Carlyle Sch-</p><p>neider, engenheiro suíço, morava em Madison, Wisconsin, Estados Unidos da América, há 12 anos.</p><p>Em meados de 2015, participou da construção de dois edifícios em Florianópolis, Brasil, dos</p><p>quais se afeiçoou de tal modo, que decidiu adquirir uma unidade residencial em cada prédio.</p><p>Portanto, apesar de bem estabelecido em Madison, era o Sr. Schneider proprietário de dois</p><p>imóveis no Brasil.</p><p>Em 10/12/2017, viajou à Alemanha e, ao visitar um antigo casarão a ser restaurado, foi surpre-</p><p>endido pelo desabamento da construção sobre si, falecendo logo em seguida. Carlyle Schnei-</p><p>der deixou 3 (três) filhos, que moravam na Suíça.</p><p>A respeito dos limites da jurisdição nacional e da cooperação internacional, com base nas nor-</p><p>mas constantes do Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente à autoridade judiciária da Su-</p><p>íça, país de nacionalidade do autor da herança e de nacionalidade e residência dos herdeiros</p><p>legítimos, proceder à partilha dos dois bens imóveis situados no Brasil.</p><p>b) Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária da</p><p>Alemanha, local de óbito do autor da herança, proceder à partilha dos dois bens imóveis situ-</p><p>ados no Brasil.</p><p>c) Em matéria de sucessão hereditária, compete exclusivamente ao Estado brasileiro, local de</p><p>situação dos imóveis, proceder ao inventário e à partilha dos dois bens imóveis.</p><p>d) Em matéria de sucessão hereditária, compete concorrentemente à autoridade judiciária dos</p><p>Estados Unidos da América, país de residência do autor da herança, proceder à partilha dos</p><p>dois bens imóveis situados no Brasil.</p><p>Segundo o trecho destacado do artigo 23 do CPC:</p><p>Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:</p><p>I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;</p><p>II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao in-</p><p>ventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade</p><p>estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;</p><p>Letra c.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.qconcursos.com/questoes-da-oab/provas/fgv-2021-oab-exame-de-ordem-unificado-xxxiii-primeira-fase</p><p>24 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Saliento que a ação proposta no exterior não induz à litispendência (ou seja, a extinção da</p><p>ação sem julgamento de mérito, em razão de se repetir uma ação já em curso), e a autoridade</p><p>judiciária brasileira poderá conhecer a causa e aquelas que lhe são conexas, exceto quando</p><p>houver disposições em contrário previstas em tratados</p><p>e acordos bilaterais vigentes no Brasil.</p><p>Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a</p><p>autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as</p><p>disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.</p><p>Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de</p><p>sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.</p><p>O Novo Código De Processo Civil permite às partes elegerem onde um possível litígio será</p><p>processado, de modo a repelir a jurisdição brasileira. É o denominado foro de eleição, o qual</p><p>reforça a autonomia de vontade entre aqueles que celebram um contrato internacional. A elei-</p><p>ção de foro só é cabível nas hipóteses de competência concorrente. Veja o que estabelece o</p><p>artigo 25 da lei processual civil:</p><p>Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação</p><p>quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida</p><p>pelo réu na contestação.</p><p>Além do exposto, veja o que estabelece o artigo 63 da Lei de Ritos:</p><p>Art. 63. As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro</p><p>onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações.</p><p>§ 1º A eleição de foro só produz efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamen-</p><p>te a determinado negócio jurídico.</p><p>§ 2º O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.</p><p>(...)</p><p>Da Cooperação Internacional</p><p>Vamos analisar, neste momento, o tema cooperação internacional, ou seja, faremos a aná-</p><p>lise dos pedidos feitos pelo juiz do Brasil (do tipo exportação) e do juiz estrangeiro (tipo impor-</p><p>tação) rs, com a finalidade de conduzir a marcha processual em direção à sentença.</p><p>Amigo(a), brincadeiras à parte, o Código de Processo Civil destinou um capítulo para tratar</p><p>acerca da cooperação internacional. Nos tempos atuais, percebemos uma mitigação das fron-</p><p>teiras geopolíticas em razão do processo de globalização. Percebe-se essa flexibilização no</p><p>comércio, na cultura, na economia e, também, no Direito.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>25 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>Vamos imaginar a seguinte situação: Maria se apaixona, durante o carnaval de Salvador,</p><p>por Richard, um norte-americano com o rosto do de um ator de cinema e o corpo dos modelos</p><p>de revista. Em virtude de acreditar ter encontrado o amor de sua vida, Maria tem uma noite de</p><p>amor estonteante com Richard. Entretanto, ele volta para sua cidade de origem, Massachus-</p><p>setts, e deixa Maria em território nacional... grávida!</p><p>Ao tomar ciência do estado gravídico, Maria envia um “zap” para Richard, que não respon-</p><p>de à mensagem. Bem, antes que isso vire uma novela das oito, minha pergunta é: como Maria</p><p>poderia pleitear alimentos da paixão norte-americana, se não fosse por meio da cooperação</p><p>internacional? Afinal, a ação de alimentos a ser proposta precisará se desdobrar da forma de-</p><p>vida, por meio de atos e comunicações processuais.</p><p>Por casos como esse e tantos outros, o Brasil assegura a cooperação jurídica internacional</p><p>no sentido de ajudar em processos estrangeiros e ser ajudado por autoridades estrangeiras.</p><p>A atividade cooperativa está prevista na Lei de Ritos e será regida por tratados aos quais o</p><p>nosso País tenha aderido e observará o respeito ao devido processo legal no Estado requerente.</p><p>No processo de cooperação internacional, o Brasil primará pela igualdade de tratamento</p><p>entre nacionais e estrangeiros, dará publicidade aos atos processuais, salvo em casos de</p><p>segredo de justiça (baseado na legislação nacional e do Estado estrangeiro), e assegurará</p><p>assistência judiciária aos necessitados no que se refere à cooperação processual com outros</p><p>países. Assim estatui o artigo 26 do CPC de 2015:</p><p>Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e ob-</p><p>servará:</p><p>I – o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;</p><p>II – a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em rela-</p><p>ção ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos</p><p>necessitados;</p><p>III – a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação brasileira ou na</p><p>do Estado requerente;</p><p>IV – a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;</p><p>V – a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.</p><p>§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em</p><p>reciprocidade, manifestada por via diplomática.</p><p>§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença estrangeira.</p><p>§ 3º Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que</p><p>produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.</p><p>Certo! Vimos, então, que o Brasil irá cooperar com os Estados estrangeiros e isso ocorrerá</p><p>por meio de tratado ou via diplomática (baseada na reciprocidade). Mas quem irá intermediar</p><p>essa tramitação? Bem, será o Ministério da Justiça. Essa pasta do Executivo será a autoridade</p><p>central, isso na falta de designação específica, e a ela compete enviar o pedido de cooperação</p><p>ao Estado requerido.</p><p>O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para UELITON CALIXTO DOS SANTOS - 81261411587, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,</p><p>a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>https://www.grancursosonline.com.br</p><p>26 de 54www.grancursosonline.com.br</p><p>Da Aplicação das Normas Processuais. Da Função Jurisdicional</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Anderson Ferreira</p><p>§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na ausência de designação</p><p>específica.</p><p>A cooperação internacional tem por objetivo: citar, intimar e notificar, seja judicial ou ex-</p><p>trajudicialmente, autor, réu, testemunhas... Lembra-se do Richard? No caso dele, é necessário</p><p>citá-lo em uma ação de alimentos, por exemplo, mas o rol não para por aí... É objeto da coo-</p><p>peração: colher provas, informações, homologar e cumprir decisões, conceder medidas de</p><p>urgência, promover assistência jurídica internacional e qualquer outra medida judicial ou ex-</p><p>trajudicial que não contrarie a legislação brasileira, porquanto não podemos nos esquecer da</p><p>soberania inerente ao nosso Brasilzão e aos demais Estados dotados de soberania.</p><p>Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:</p><p>I – citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;</p><p>II – colheita de provas e obtenção de informações;</p><p>III – homologação e cumprimento de decisão;</p><p>IV – concessão de medida judicial de urgência;</p><p>V – assistência jurídica internacional;</p><p>VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.</p><p>Chamo a sua atenção no sentido de que a cooperação é via de mão dupla entre Estados</p><p>Soberanos, e isso significa dizer que o Brasil solicita a atividade cooperativa, como no caso</p><p>do romance entre Maria e Richard, mas também deve cooperar com os demais países e isso</p><p>envolve a participação do Ministério da Justiça (como autoridade central), do Superior Tribu-</p><p>nal de Justiça (em casos de homologação de sentenças estrangeiras e no cumprimento do</p><p>exequatur — cumpra-se — pelo juízo federal responsável e às cartas rogatórias). Saliento que o</p><p>cumprimento do exequatur</p>