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<p>TIPOS DE DISMENORREIA</p><p>A dismenorreia primária se refere à dor durante a menstruação sem a presença</p><p>de condições médicas subjacentes, normalmente começando logo após a primeira</p><p>menstruação e podendo diminuir naturalmente em intensidade por volta dos 20 anos</p><p>de idade. Essa dor ocorre imediatamente antes ou no início do fluxo menstrual e</p><p>gradualmente diminui ao longo do período. Os sintomas incluem desconforto na região</p><p>abdominal inferior, possivelmente acompanhado de enjoo, vômitos, dor de cabeça,</p><p>dor lombar e nas pernas.</p><p>O tratamento convencional para a dismenorreia primária envolve</p><p>frequentemente o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais. No</p><p>entanto, analgésicos podem ser empregados em situações mais leves ou quando os</p><p>anti-inflamatórios não são recomendados devido a contraindicações. Além disso, uma</p><p>alternativa é a utilização de contraceptivos orais, que reduzem o espessamento do</p><p>revestimento uterino, resultando em menor fluxo menstrual e níveis reduzidos de</p><p>substâncias chamadas prostaglandinas.</p><p>A dismenorreia secundária pode começar em qualquer fase da vida</p><p>reprodutiva e está associada a alguma doença. Tipicamente, está ligada às seguintes</p><p>condições médicas: endometriose, miomas uterinos, adenomiose, crescimento</p><p>anormal do revestimento uterino, inflamação pélvica, uso de dispositivo intrauterino e</p><p>infertilidade. Consequentemente, a dismenorreia secundária se manifesta como</p><p>desconforto pélvico constante e dor durante o sexo, ocorrendo antes e durante todo o</p><p>período menstrual, com aumento gradual da intensidade. O tratamento envolve</p><p>abordagens terapêuticas direcionadas para a condição subjacente, sendo a</p><p>endometriose a causa mais comum, e, assim, tratada com contraceptivos hormonais.</p><p>A dismenorreia é uma queixa comum entre mulheres em idade reprodutiva,</p><p>podendo se apresentar de forma mais leve, moderada e grave. Dessa forma, fica</p><p>evidente a importância de saber sua classificação e sua apresentação para poder</p><p>destinar o tratamento adequado para cada paciente.</p><p>REFERÊNCIAS:</p><p>FEBRASGO. Febrasgo - Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.</p><p>HOFFMAN, Barbara L.; SCHORGE, John O.; HALVORSON, Lisa M.; et al.</p><p>Ginecologia de Williams. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN</p><p>9788580553116. Disponível em:</p><p>https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580553116/. Acesso em: 24</p><p>nov. 2023</p>