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<p>4</p><p>4</p><p>4</p><p>CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU</p><p>RAIANA DE JESUS SILVA</p><p>LÚDICO E PSICOPEDAGOGIA: A IMPORTANCIA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA AUTISTA.</p><p>JOINVILLE 2024</p><p>RAIANA DE JESUS SILVA</p><p>LÚDICO E PSICOPEDAGOGIA: A IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA AUTISTA.</p><p>Relatório de Estágio apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso: Relatório de Estágio do Curso de Especialização Lato Sensu em Psicopedagogia Clínica e Institucional do Programa de Pós-Graduação Lato Sensu do Centro Universitário Leonardo da Vinci – Uniasselvi.</p><p>JOINVILLE</p><p>2024</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................5</p><p>2 PSICOPEDAGOGIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO TEA...................................................7</p><p>2.1º LÚDICO COMO FERRAMENTA NA INTERVEÇÃO PSICOPEDAGOGICA.........................................................................................................10</p><p>3 OBSERVAÇÕES..............................................................................................................13</p><p>4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS.......................................................15</p><p>5 INTERVENÇÕES....................................................................…......................................16</p><p>5.1 REGISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES......................................................18</p><p>6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................19</p><p>7 REFERÊNCIAS.................................................................................................................20</p><p>8 ANEXOS............................................................................................................................21</p><p>1-Carta de Apresentação</p><p>2- Termo de Compromisso</p><p>3-Termo de Consentimento</p><p>4-Declaração de Estágio</p><p>5-Autorização dos Pais</p><p>6-Laudo ou Diagnóstico</p><p>7-Roteiro de Intervenção</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Para a realização deste trabalho foi escolhido a instituição AMA – Associação dos amigos dos Autistas, pois é especializada no atendimento aos autistas, e por atender com os critérios exigidos na pós-graduação de Psicopedagogia clínica e institucional pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci (Uniasselvi) para a elaboração do relatório de estágio - TCC. A referida instituição está localizada na Rua José Gerard Rollin Filho, n° 185, Bairro Bom Retiro, cidade de Joinville-SC.</p><p>Em 1988 a AMA foi criada por um grupo de pais que os seus filhos receberam o diagnóstico de TEA e na busca por terapias, observaram que não havia um espaço adequado para atender essa demanda, a partir de então, a instituição seguiu com o objetivo de atender pessoas com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento de Espectro Autista. Ao longo dos anos obteve auxílio de órgãos governamentais e não governamentais, possibilitando atendimento especializado.</p><p>Mediante muito investimento hoje é a única instituição especializada no atendimento aos</p><p>autistas em Joinville.</p><p>O 1° prédio construído foi planejado para atender um pequeno número de pessoas; e a partir de projetos e doações foram feitos novos espaços que tornou possível aumentar a quantidade dos atendimentos. Atualmente contém 7 salas de atendimento para a estimulação precoce, 6 banheiros adaptados, 1 sala administrativa, 1 sala de integração sensorial, 1 sala de coordenação, 2 parques adaptados de acordo com a faixa etária, 4 salas de atendimento para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e para o projeto Saúde e prevenção nas Escola (SPE), 1 oficina terapêutica, 1 espaço de recreação. Os atendimentos ocorrem no período matutino das 7:30 as 11:30 e vespertino das 13:30 as 17:30.</p><p>A equipe multidisciplinar é formada por 1 nutricionista, 1 fonoaudióloga, 1 assistente social, 2 psicólogos, 15 pedagogos/psicopedagogas. A gestão administrativa é composta por 1 coordenadora técnica, 1 orientadora técnica, 1 diretoria, 1 gerente de recursos humanos; além de 1 cozinheira, 2 auxiliares de limpeza.</p><p>A diretoria é composta por voluntários que abraçam a causa, e atualmente é administrada pela Senhora Paula Goés formada em administração e médica veterinária, e há 15 anos dedica-se a ONG e as famílias. São atendidas pela AMA famílias que já possuem laudo médico de TEA, e as que buscam uma avaliação diagnóstica.</p><p>O acesso ocorre por um valor em mensalidades, pelo convenio com a Secretaria de Assistência Social de Joinville, através do PROGRAMA SOCIOASSISTENCIAL DE HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SUAS</p><p>FAMÍLIAS NA PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA; e o público que contém Cadastro Único e/ou beneficiários do Benefício de Prestação Continuada-BPC.</p><p>A participação das famílias ocorre nas reuniões, grupos de pais, e projetos com o objetivo manter sempre ativo a parceria entre família e os profissionais. Tem como metodologia o atendimento PSICOEDUCACIONAL baseado na ciência ABA (análise do comportamento aplicada), modelo DENVER e no método TEACHH (Treatmentand of Autisticand Related Communication Handicapped Children).</p><p>A idade para ingressar é a partir de 02 anos, e permanece recebendo atendimento até os 18 anos seguindo o estatuto que rege a mesma. Os atendimentos são de 04:00 horas por dia, totalizando 08:00 horas semanais, no contraturno escolar. As salas são estruturadas com base no método TEACHH com espaço para trabalhar em grupo e individual, para estimular diversas habilidades.</p><p>No presente estudo participaram de forma direta a senhora Gisele formada em pedagogia e psicopedagoga e especializada em educação especial. A criança que será identificada como A. I. M, de 06 anos, cujo tem o diagnóstico de TEA e a família, os mesmos foram peças primordiais na elaboração e conclusão desta pesquisa.</p><p>O estágio se faz importante para o professor, o educando e também para a instituição que os recebe, pois, a mesma pode obter benefícios desse futuro profissional, uma vez que o mesmo está em busca de aprender e compartilhar conhecimentos; está disposto a ouvir a pesquisar, a buscar soluções e estratégias, propor novas ideias, a construir projetos, e o mais importante a melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem. Por tanto, é de suma importância que a instituição o valorize e o reconheça buscando orienta-lo e aperfeiçoa-lo para que futuramente possa levar essa base de conhecimento ao seu campo de trabalho.</p><p>Para este trabalho foi escolhido o seguinte tema: Lúdico e Psicopedagogia: a importância na no desenvolvimento da criança autista. A temática tem como justificativa o fato de que através de intervenções baseadas na ludicidade o psicopedagogo estimula múltiplas habilidades, trabalha as funções cognitivas, emocionais, motriz e social. Os jogos e brincadeiras possibilitam trabalhar a imaginação, atenção, seguimento de regras, socialização, e proporcionar que a criança ou adolescente aprendam e se desenvolvam de forma prazerosa. A escolha do tema se deu por meio de experiencia e contato com profissionais que atendem autistas, e foi onde pude observar as metodologias em que eram aplicadas nas intervenções.</p><p>Como pedagoga e futura psicopedagoga me questionaram se essa era a melhor forma de fazer esses atendimentos; então fui à busca de pesquisas e foi onde pude concluir que SIM, intervenções lúdicas trazem resultados significativos no desenvolvimento dos autistas. De tal modo que, as atividades desenvolvidas trouxeram a instituição um olhar mais dinâmico para a metodologia educacional, assim como novas ferramentas para a atuação psicopedagógica alcançar os objetivos esperados. A criança em destaque atividades adaptadas que atendem as suas necessidades e especificidades.</p><p>A fundamentação teórica está embasada nos estudos de autores que abordam a grande relevância da ludicidade no desenvolvimento da criança autista.</p><p>Diante das abordagens compreende-se que o transtorno do espectro autista se caracteriza por déficits na comunicação e interação social, incluindo comportamentos restritivos/repetitivos, além de “[..] apresentar dificuldades no aprendizado..., mas se obtiverem um programa de ensino intensivo, haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem[...]. (NUNES, 2008, p 30)”. Como explica Rodrigues (2013, p. 43), “Falar sobre aprendizagem lúdica é mergulhar em possibilidades de construção do conhecimento com mais alegria e perceber que utilizar estratégias diversificadas, bem como, desafios e situações problemas, é adotar uma postura favorável a aprendizagem que enfatiza a sensibilidade de criação e educação”. Nesse contexto, “a psicopedagogia que enquanto ciência, o seu propósito é dar sentido ao processo de aprendizagem, para isso, deve estar em constante busca de diferentes estratégias e métodos para a avaliação e intervenção” (PEREIRA; GONZALEZ, 2019).</p><p>A presente pesquisa tem como objetivo geral descrever a importância da ludicidade no desenvolvimento da criança autista. Apontar os benefícios dos jogos e brincadeiras para o processo de ensino e aprendizagem da criança autista. Mostrar estratégias que contribuam para à pratica psicopedagógico no Tea. No primeiro capítulo será apontada a contribuição da psicopedagogia no Tea e as ferramentas que auxiliam na atuação, em seguida os benefícios das atividades lúdicas no desenvolvimento da criança autista; após será discutido sobre a importância do lúdico na intervenção psicopedagógica com autistas. Por fim, será discorrida a pesquisa de campo diante da observação e intervenção.</p><p>2 PSICOPEDAGOGIA E SUA CONTRIBUIÇÃO NO TEA.</p><p>A psicopedagogia é uma ciência que abrange elementos da psicologia e pedagogia, e tem como princípio os aspectos da aprendizagem. Surgiu na Europa no século XIX, onde filósofos, educadores e médicos estudavam sobre o aprender. Práticas e pesquisas foram construídas e propagadas dentre as literaturas de vários países, aumentando assim a abordagem a cerca dessa temática, na qual chegou ao Brasil na década de 70, sob a influência da Argentina.</p><p>A psicopedagogia é a abordagem que investiga e compreende o processo de aprendizagem e a relação que o sujeito aprendente estabelece com a mesma, considerando a interação dos aspectos sociais, culturas e familiares. O psicopedagogo articula contribuições de áreas como a psicologia, pedagogia e medicina, entre outros, com o objetivo de pôr à disposição do indivíduo a construção do seu conhecimento e a retomada do seu processo de aprendizagem. E, ainda busca possibilitar o florescimento de novas necessidades, de modo a provocar o desejo de aprender e não somente uma melhora no rendimento escolar (FERREIRA, 2008, p. 141)</p><p>O contexto da aprendizagem exige que o psicopedagogo busque conhecimentos além da psicologia e pedagogia, para assim compreender como o indivíduo aprende, pois, “a psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referencias teóricos”. (PSICOPEDAGOGIA, 2013).</p><p>Conhecer os contextos dos quais a criança está inserida e conscientizar-se de como avaliar seus comportamentos, buscando ferramentas diversas como no método ABA, que se refere ao termo em inglês Applied Behavior Analysis e pode ser traduzido para o português como Análise do Comportamento Aplicada, onde o profissional busca analisar comportamentos e habilidades sociais, para auxiliar na boa vivência de seu aluno, tanto em sala, como em sociedade. Sobre esses comportamentos se analisa o quanto se repetem, a variedade e a intensidade de cada um.</p><p>“Habilidades Sociais refere-se a um construto descritivo dos comportamentos sociais valorizados em determinada cultura com alta probabilidade de resultados favoráveis para o indivíduo, seu grupo e comunidade que podem contribuir para um desempenho socialmente competente em tarefas interpessoais”. (DEL, PRETTE; DEL, PRETTE, 2017, p. 24).</p><p>Já com o método TEACCH (Terapia de Análise do Comportamento Aplicada Centrada na Criança) é uma abordagem de intervenção psicopedagógica para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) que visa promover o desenvolvimento global do aluno por meio de atividades lúdicas e práticas.</p><p>Segundo Nascimento e Souza (2018, p. 165):</p><p>"A intervenção TACCH consiste em uma abordagem focada na criança, em que a criança com TEA é o centro do processo terapêutico. Nessa perspectiva, o terapeuta planeja e estrutura o ambiente de modo a favorecer a participação ativa da criança nas diferentes atividades propostas, utilizando-se de reforçamento positivo e de estratégias de ensino baseadas nos princípios da Análise do Comportamento Aplicada (ABA)."</p><p>Esse método busca promover o desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação, cognitivas e de adaptação por meio de estratégias lúdicas e centradas nos interesses e motivações da criança com TEA se mostrando eficaz no processo de inclusão e reinserção desses alunos em classes regulares de ensino.</p><p>O atendimento psicopedagógico está estruturado na prevenção, diagnóstico e intervenção como explica Weiss:</p><p>Todo diagnóstico é, em si, uma investigação, é uma pesquisa do que não vai bem com o sujeito em relação a uma conduta esperada. Será, portanto, o esclarecimento de uma queixa, do próprio sujeito, da família e na maioria das vezes, da escola. No caso, trata-se do nãoaprender, do aprender com dificuldade ou lentamente, do não-revelar o que aprendeu, do fugir de situações de possível aprendizagem. (WEISS, 2004, p. 27)</p><p>Analisar todas as capacidades do sujeito possibilita o psicopedagogo investigar e coletar dados que auxiliaram na solução dos sintomas apesentados, utilizando as técnicas psicopedagógicas com o objetivo de superar e prevenir as questões do aprendizado.</p><p>Vale ressaltar, que o psicopedagogo atua no ramo clinico e institucional; a linha institucional está voltada na relação instituição escolar, professor e o processo de ensino-aprendizagem. O clínico tem como proposta investigar, diagnosticar e trabalhar os aspectos da aprendizagem de forma individual. Em suma, todos os espaços que o individuo está inserido é uma via de pesquisa para realiza uma intervenção significativa.</p><p>Nesse contexto, o atendimento voltado a criança com TEA (transtorno do espectro autista), o psicopedagogo terá que se atentar nas necessidades e singularidades da criança, analisando as características que este transtorno engloba.</p><p>O DSM-V destaca o autismo como:</p><p>Integrando o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-V (2013), como um Transtorno do Neurodesenvolvimento, o Tea não possui padrões fixos para sua manifestação, apresentando grande variedade de sintomas. Suas principais características incluem os prejuízos na comunicação e consequentemente na interação social, e padrões restritivos e repetitivos de comportamentos que se iniciam logo nos primeiros anos de vida do sujeito. Também pode apresentar, ou não, algum grau de Deficiência Intelectual (NASCIMENTO; SOUZA, 2018, p. 170).</p><p>“o autismo é um transtorno do desenvolvimento cujo tratamento é essencialmente psicoeducacional, assim, esse profissional contribui muito para o aprimoramento das habilidades necessárias ao desenvolvimento da pessoa que se encontra dentro do espectro autista” (BATISTA; VIEIRA, p. 14. 2015). Diante do exposto, o psicopedagogo traz grandes benefícios para o desenvolvimento da criança com Tea, pois trabalha as habilidades de atenção, imitação, linguagem receptiva/expressiva, nas questões comportamentais, raciocínio, e pré-academicas.</p><p>O TEA se classifica em nível I, II e III; considerando-se em leve, médio e moderado por apresentar graus de suportes em diferentes estágios. Pelo qual, se identifica como espectro por apresentar manifestações e engajamentos</p><p>singulares a cada indivíduo. Nesse sentido, é essencial que se realize o diagnóstico para buscar um ou os profissionais capacitados para atender e trabalhar as questões em déficits. O psicopedagogo é um dos profissionais que pode contribuir para o diagnóstico por meio de acessória institucional onde vai orientar a instituição quanto à inclusão desse sujeito no contexto escolar, aos atores da escola no aspecto ensino-aprendizagem, identificando possíveis dificuldades e no rastreio de soluções; e clínica na dimensão terapêutica atuando individualmente com o sujeito.</p><p>Como aponta SILVEIRA:</p><p>A partir do diagnóstico psicopedagógico será possível identificar os obstáculos do desenvolvimento do processo de aprendizagem através de técnicas específicas de análise do discurso, das atitudes, da codificação de sintomas, da psicossomática da aprendizagem, da avaliação das intervenções, de suas variáveis, num processo constante de reavaliação dos mesmos em processos que não terminam (SILVEIRA, 2019, p. 126).</p><p>Muitas pesquisas apontam que buscar o diagnóstico logo nos primeiros sinais é possível obter grandes avanços no desenvolvimento integral da criança com autismo, pois os profissionais que atuam de forma multidisciplinar e com didáticas baseadas em recursos específicos de aprendizagem desenvolvem um trabalho significativo. O psicopedagogo como terapeuta da aprendizagem precisa está em constante avaliação para saber se os seus métodos estão apresentando resultados positivos.</p><p>Propor atividades com base no interesse da criança autista é uma das propostas abordadas para se estimular diversas habilidades; esses dados são colhidos no momento da anamnese, é o momento onde se conhece o histórico da criança, os interesses, restrições, e se compreende as queixas no contexto escolar e familiar, em seguida, o psicopedagogo faz o PDI (plano de desenvolvimento individual) sempre atento que cada criança carrega especificidades particulares. O PDI é uma das ferramentas que norteia o trabalho do psicopedagogo a desenvolver objetivos e metas pautadas nas dificuldades e habilidades específicas de cada sujeito principalmente no atendimento a criança autista. Sabemos que no espectro uma das características é o interesse restritivo por objeto, desenho, formas entre outros, e o psicopedagogo pode utiliza-lo para desenvolver o interesse por outros assuntos, além de trabalhar outras áreas.</p><p>2.1 O LÚDICO COMO FERRAMENTA NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA.</p><p>Toda criança traz em si um repertório de habilidades baseado em suas experiencias, no brincar, no explorar o meio em que vive, no imitar papéis de adulto, no descobrir a função e o porquê das coisas; é nesse contexto que o lúdico se torna uma ferramenta se suma importância no desenvolvimento da criança. No autismo não é diferente, a criança com Tea independente de fazer parte do espectro, é, e deve ser vista como uma criança que precisa viver a infância com a experiencia do lúdico.</p><p>Como enfatiza BRASIL:</p><p>Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (criança e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiencias emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. (brasil, 2019, p. 38).</p><p>O lúdico contribui diretamente no desenvolvimento cognitivo, ajuda a criança a aprender de forma prazerosa, a descobrir as suas características, melhora na socialização com o seu meio, a imaginar e aumentar o seu repertório de habilidades. No contexto de educação a ludicidade se torna um instrumento para o psicopedagogo estimular as habilidades e dificuldades de maneira dinâmica.</p><p>A educação lúdica, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrasse ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. Sua prática exige a participação franca criativa, livre, critica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio. (ALMEIDA, 1998, p. 57).</p><p>Educar exige compromisso e responsabilidade do profissional que como peça principal no ato de educar se faz necessária a busca por conhecimento. No autismo é primordial que o psicopedagogo tenha bases cientificas, e busque constantemente estudar e compreender as diversas formas de promover um atendimento eficaz. Para alcançar resultados positivos o psicopedagogo tem que ter um olhar criativo para ganhar a atenção e confiança da criança com Tea, sempre atento ao seu repertório, o que a deixa confortável, o que deixa irritada e o que pode estar causando atrasos e avanços. Por tanto, “cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem [...]” (BOSSA, 1994),</p><p>Com a utilização do lúdico, o psicopedagogo utilizara metodologias como brincar, representar teatralmente, produzir textos, contar e recontar histórias, jogos com objetivos, que levará o aprendiz vencer desafios, construir com erros e acertos, onde o psicopedagogo irá realizar intervenções com o mesmo, tendo o propósito de instiga-lo para novas soluções (SANTOS, 2010, p. 1).</p><p>O psicopedagogo deve introduzir o lúdico em suas intervenções com o objetivo de trabalhar a autonomia, a reduzir comportamentos, aumentar seu vocabulário social e acadêmico; a criança com autismo apresenta déficits nessas áreas, e o profissional em sua atuação deve ter um olhar cuidadoso para entender o nível em que a mesma se encontra, para assim realizar atividades que venham aprimorar o seu desenvolvimento.</p><p>São diversas habilidades que podem ser estimuladas através do brincar, a socialização, a imaginação, o contato visual, a linguagem, emoções... Dar a oportunidade de a criança fazer suas próprias escolhas, tomar decisões, a vivenciar as experiências do dia a dia.</p><p>Como explica MACEDO:</p><p>[...] a criança pode imaginar, imitar, ou jogar simbolicamente, e, assim, pouco a pouco, vai reconstruindo em esquemas verbais ou simbólicos tudo aquilo que desenvolveu em seu primeiro ano de vida. Com isso, pode ampliar seu mundo, estendendo ou aprofundando seus conhecimentos para além do seu próprio corpo; pode encurtar tempos, alargar espaços, substituir objetos, criar acontecimentos. Além disso, pode entrar no universo de sua cultura ou sociedade aprendendo costumes, regras e limites (MACEDO, 2004, p. 10).</p><p>“Através de experiências com parceiros, observando crianças brincando e manipulando objetos [...], a criança vai enriquecendo[...] em função de suas competências e capacidades” (FANTIN, 2009, p. 38). Além do brincar simbólico, o jogo também é um dos recursos que podem auxiliar o psicopedagogo em sua intervenção; diante do jogo a criança explorar objetos, segue regras, busca o contato do outro, estimula o raciocínio lógico, trabalha habilidades motoras.</p><p>[...] os jogos podem ser empregados em uma variedade de propósitos dentro do contexto de aprendizado. Um dos usos básicos e muito importante é a possibilidade de construir-se a auto confiança. Outro é o incremento da motivação [...] um método eficaz que possibilita uma prática significativa daquilo que está sendo aprendido. Até mesmo o mais simplório dos jogos pode ser empregado para proporcionar informações factuais e praticar habilidades, conferindo destreza e competências (SILVEIRA, 1998, p. 2).</p><p>Nesse sentido, as atividades lúdicas devem ser vistas como uma aliada no processo de ensino e aprendizado, a ludicidade faz parte do desenvolvimento da criança e elas contribuem positivamente nas terapias do sujeito autista. Em suma, ao propor uma intervenção lúdica o psicopedagogo tem que analisar o recurso que irá usar, se estar de acordo com os objetivos a serem alcançados, e está no nível cognitivo da criança, se é do interesse da mesma; são pequenas observações, porém muito importante no aprendizado do sujeito. Como cita HOLTZ:</p><p>[...] deve ser valorizado por aqueles envolvidos na educação e na criação das crianças pequenas, fazendo a escolha dos materiais lúdicos que são reservados no brincar, cujo seu objetivo deve ter efeito sobre o desenvolvimento da criança. Porque muitas crianças chegam à escola [...] incapazes de envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária (HOLTZ, 1998, p. 12).</p><p>Há muitos desafios quanto o aprendizado do sujeito com autismo, uma vez que cada sujeito é singular. Assim não há uma receita pronta, cada profissional deve ter um olhar cuidadoso buscando metodologias motivadoras que ajudem a criança a se envolver e desenvolver-se.</p><p>3 OBSERVAÇÃO</p><p>A observação foi realizada nos dias 04/05/06 de março de 2024, na instituição AAA (associação de amigos do autista), localizada em um bairro da zona norte de Joinville-sc.</p><p>No dia 04/03 iniciamos conhecendo o local onde fomos recebidos pela gestora Paula Goés, que atua como administradora da instituição há 15 anos, e conta com uma equipe multidisciplinar e administrativa para conduzir a ONG. Em seguida, nos autorizou a realizar o estágio, e apresentou à realidade do prédio, estrutura, equipe de funcionários e etc.</p><p>A instituição encontrava-se em devidas condições para realizar os atendimentos. O espaço é todo adaptado para o público Tea, as salas de atividades extras (informática, integração sensorial, educação física, musicalização, psicopedagógico, fonoaudiólogo), os parquinhos, sala de recreação, banheiros e especialmente as salas de atendimentos são estruturadas de acordo com a faixa etária de cada turma, a mobília segue as normas método Teachh. As salas contemplam mesa de aprendizado individual, espaço de lazer para a socialização, e mesa para atividade em grupo, e não tem poluição visual. Os brinquedos, são selecionados com a faixa etária da turma. As atividades são desenvolvidas de acordo com o nível cognitivo de cada sujeito, partido do método Teachh.</p><p>No dia 05/03 foi o momento de conhecer a rotina dos atendimentos. Inicia as 7:30 com a chegada das crianças, onde são recebidas no pátio de entrada pelos professores onde entregam o seu chekin de identificação, e são direcionadas para as salas.</p><p>Todas as turmas seguem uma rotina de atividades extras, distribuídas conforme citado acima, além das atividades em sala no formato individual e em grupo. As crianças realizam as primeiras atividades propostas para o dia, em seguida vão para o lanche que ocorre às 8:30, o cardápio é variado com frutas, sucos, bolachas e salgados; após fazem a higiene pessoal e seguem a rotina do dia. O atendimento encerra as 11:30, é o momento que os pais veem busca-las. A rotina é elaborada visando o desenvolvimento e autonomia das crianças e adolescentes.</p><p>No dia 06/04 nós direcionamos a sala de atendimento para observar a prática da psicopedagoga e o desenvolvimento da criança durante as intervenções. A sala que observei teve como protagonista principal a criança que será identificada como A.I.M; cujo, tem o diagnóstico de autismo; e contou com a regência da pedagoga, psicopedagoga Gisele, que é especializada em educação especial.</p><p>Ao chegar na sala a psicopedagoga montou a rotina do dia no painel de acordo com o planejamento da semana, e se direcionou até o pátio de entrada para receber as crianças, na recepção entrega o chekin de identificação para A.I.M e a encaminha para sala onde a mesma coloca no painel; após, novamente utiliza o chekin que identifica o espaço chamado de lazer, é um espaço programado para a criança esperar para realizar a atividade do dia. Nesse momento a psicopedagoga realizou um momento de acolhida, estimulando a socialização, A. I. M, e os colegas ficaram entusiasmados com a dinâmica. A proposta era falar o nome e a idade seguindo o comando da música. Todas falaram o seu nome e idade de forma lúdica.</p><p>Em seguida, a psicopedagoga entrega o checking de atividade de mesa de aprendizado (individual), e A.I.M demonstrou compreender o comando e foi fazer o pareamento no painel. A psicopedagoga seleciona as atividades de acordo com as dificuldades e habilidades que precisam ser estimulas. As atividades em questão eram de pareamento, linguagem. A.I.M inicia a atividade seguindo os comandos, em alguns momentos A.I.M perdeu o foco e atenção, logo a psicopedagoga usa o seu hiperfoco (animais) para fazer um combinado, que seria concluir a atividade e depois ganhava outra do seu interesse. Assim a referida terminou a atividade e ganhou a outra. Logo após, é direcionada para o lanche levando o checking até o painel. No refeitório é levada até o buffet para escolher o seu lanche, não demonstra seletividade, escolhe e com auxílio se direciona para a mesa.</p><p>Para comer estava utilizando as mãos, logo a nutricionista lhe traz uma colher com alguns desenhos de animais e A.I.M pegou, porém, precisando sempre ser lembrada de comer com o talher. Ao terminar é instruída a colocar no local indicado (sujo, lixo, prato, talher, copo).</p><p>É direcionada para a sala e é o momento de fazer a higiene, A.I.M segue o comando de pegar o seu estojo e logo vai até o banheiro. Na escovação apresentou resistência em fazer todos os passos da escovação, nesse momento a psicopedagoga interviu contando uma história a partir do seu interesse (o porquinho escovava o dente), dessa forma A.I.M conclui-o a sua higiene.</p><p>Seguindo a rotina A.I.M e direcionada para a mesa de atividade em grupo; onde a psicopedagoga preparou uma atividade com massinha de modelar com a proposta de cobrir os números de acordo com a cor. De forma lúdica a psicopedagoga conduziu a atividade e todos realizaram de forma prazerosa. Ao fim do atendimento A.I.M e os colegas foram para o parque, e esperam os pais chegarem. No fim do atendimento a psicopedagoga fez a avaliação das crianças destacando o desempenho nas atividades, e estratégia utilizada, e os comportamentos apresentados.</p><p>4 COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS</p><p>Os dados dessa pesquisa se deram através de uma pesquisa em artigos e sites de cunho bibliográfico com o objetivo de elencar a importância do lúdico na intervenção psicopedagógica por meio de autores renomados, contribuiu também para esse estudo a pesquisa de campo baseada na proposta do relatório, contamos com a análise de documentos referente ao sujeito envolvido, e uma entrevista com a psicopedagoga e família da criança em questão.</p><p>A entrevista contou com a participação da senhora Gisele Bentes formada em pedagogia, psicopedagogia e educação especial, atua na educação especial há 10 anos, e há 6 anos trabalha com o público TEA. Inicio a entrevista perguntando qual a estratégia que utiliza para trabalhar com A.I.M, relatou que utiliza a ludicidade com complementos da ciência ABA (análise do comportamento aplicada), e do modelo Denver. Complementou dizendo que observou a dificuldade de A.I.M, em se envolver nas brincadeiras, em compartilhar o brinquedo, fazia pouco contato visual quando era chamada pelo nome ou quando recebia um comando, e dificuldade na comunicação, e buscou conhecer os interesses da mesma por meio de uma anamnese com a família. Na conversa com a família foi informado que A.I.M tinha hiperfoco em animais, e que apresentava comportamentos agressivos, ecolalia quando tinha algum brinquedo, desenho não tinha formato ou imagem de animais. Diante dessas informações a psicopedagoga falou que buscou como estratégia o seu interesse para trabalhar as dificuldades apresentas. Perguntei se a estratégia tinha apresentado resultados positivos, e respondeu que sim, não só com A.I.M mais com a turma. A mesma destacou algumas habilidades que A.I.M e as crianças desenvolveram, o socializar, o imitar, a linguagem, e o brincar funcional. Perguntei como ocorria a avaliação, respondeu que é construído o PEI (plano educacional individualizado) de cada um, e são classificadas as habilidades que a criança apresenta dificuldade, é estipulado um período para trabalha-las, no fim do semestre</p><p>é feito uma análise do que a criança alcançou e do que ainda precisa trabalhar, concluindo com um relatório avaliativo. Ainda questionei se achava importante a avaliar a criança, logo respondeu que achava importante não só para o aluno mais para a prática pedagógica e psicopedagógico, e para o acompanhamento da família.</p><p>Na análise do laudo A.I.M está no Espectro Autismo de acordo com o CID 10: F84.0/ CID 11: 6ª02. E apresenta dificuldade na socialização, na aquisição da fala, do brincar não funcional. Em entrevista com a família perguntei quais as dificuldades levaram o diagnóstico de A.I.M, respondeu que observou algo diferente, mas que só ficaram claros no ingresso a CEI (centro educacional infantil), onde as professoras observaram alguns comportamentos, a dificuldade em socializar com outras crianças, na falta de interesse pelas atividades, pouco contato visual, e na sua brincadeira sem repertório funcional. E a partir dessas informações fomos à busca do diagnóstico.</p><p>Questionei também se após A.I.M iniciar as terapias na instituição AAA, a mesma tem apresentado algum desenvolvimento, respondeu que observou avanços principalmente na questão do socializar e da comunicação, que hoje já atende os comandos, e que ver sentido das suas brincadeiras. Em seguida perguntei se participa do desenvolvimento de A.I.M, na escola e na AAA, disse que busca sempre participa das reuniões e orientações sobre ela, e disse que é muito bom ter esse retorno da escola e da AAA, pois ajudou bastante ela e os familiares a lhe dar com A.I.M.</p><p>Em suma, essa pesquisa mostrar de forma clara e objetiva, a importância do lúdico no desenvolvimento da criança autista, na qual, pontua de forma não só teórica, mas na prática o significativo desenvolvimento da criança através de metodologias motivadoras e eficaz, lembrando que a família faz parte pela consumação desse trabalho, além do professor que se empenha e incentiva o seu aluno nesse sentido.</p><p>5 INTERVENÇÕES</p><p>As intervenções aconteceram nos dias 07 e 08 de março de 2024, com o objetivo de trabalhar às habilidades de socialização, atenção, estimular a linguagem, frisando que são características do TEA, e que precisam ser estimuladas constantemente.</p><p>As ferramentas utilizadas para as intervenções foram á história (OS PATINHOS COLORIDOS), e o jogo (LOTO GRAMATICAL). O jogo foi adaptado para desenvolver as áreas destacadas.</p><p> 1° dia - HISTÓRIA DOS PATINHOS COLORIDOS</p><p>I- Na sala de atendimento montei a rotina do dia no painel (acolhida/contação de história/lanche/higiene/atividade em mesa de aprendizado(individual)/recreação).</p><p>II- Fui receber A.I.M e me apresentei, juntas nos direcionamos a sala onde expliquei a sua rotina do dia. No espaço lazer inicie com uma acolhida de boas vindas, e expliquei que</p><p>cada um deveria pegar uma ficha com gestos (abraço/aperto de mão/toque de mãos), e escolhesse um colega pra fazer, e falar bom dia e o nome. Eu iniciei e logo A.I.M se interessou e continuou com os colegas.</p><p>III- Direcionei A.I.M para a mesa de aprendizado e apresentei a história OS PATINHOS COLORIDOS, fiz a leitura e no final perguntei quais as cores que aparecem na história? E A.I.M respondeu (azul/amarelo/verde/vermelho), em seguida, questionei qual o som que o personagem da história faz? E A.I.M respondeu (quá -quá). Questionei quantos patos tem na história? E com apoio A.I.M contou nos dedos (12345).</p><p>IV- Coloquei várias formas geométricas coloridas e solicitei que A.I.M separasse as peças de acordo com as cores indicadas pelos patinhos da história, a mesma realizou a proposta com atenção, precisando apenas de instrução verbal. Após pedi que contasse quantas peças encontrou, auxiliei com apoio verbal, e assim conclui-o a atividade.</p><p>V- Após realizar a atividade com A.I.M, apresentei a história OS PATINHOS</p><p>COLORIDOS para a turma. Fiz a leitura e perguntei se já viram patos de verdade alguns responderam que (sim) e outros (não). Expliquei que os patos têm penas, e falaram igual á galinha respondi que sim; perguntei também se alguém sabia de uma música que falasse de pato, e responderam a música dos cincos patinhos e juntos cantamos. Em seguida, solicitei que desenhassem um pato e escrevessem o nome. Todos cumpriram com a proposta.</p><p> 2° dia - JOGO LOTO GRAMATICAL</p><p>I- Na sala de atendimento montei a rotina do dia no painel (acolhida/atividade em mesa de aprendizado (individual)/lanche/higiene/atividade em grupo/recreação).</p><p>II- Recebi A.I.M e juntas nos direcionamos a sala onde expliquei a sua rotina do dia. No espaço lazer inicie com uma acolhida de boas vindas, cantei a música (QUEM É QUE</p><p>VEIO HOJE), e de um a um fazia o que pedia na música (falar o nome, bater a mão e o pé).</p><p>III- Direcionei A.I.M para a mesa de aprendizado e apresentei o jogo expliquei que o jogo continha imagens, e que teria que procurar de acordo com a leitura das frases. Em seguida, iniciei fazendo uma demonstração, e logo lhe dei a vez. Juntas fizemos a leitura da frase e A.I.M tinha que procurar a imagem correspondente. E assim seguiu o jogo até encontrar todas as imagens.</p><p>IV- Após realizar a atividade com A.I.M, apresentei o jogo para a turma. Expliquei como seria o jogo. Cada um receberia algumas imagens e teriam que mostrar a mesma quando fosse falada a frase, por exemplo, (a bota vermelha), e quem tivesse a bota vermelha mostrava a imagem. Expliquei que quem tivesse o maior número de imagens encontradas ganharia o jogo. Logo após, distribuí as imagens e iniciei a leitura, cada um ia mostrando a imagem, alguns precisaram de apoio para identificar, mas todos participaram e concluíram o jogo.</p><p>5.1 REGRISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES</p><p>A elaboração das intervenções trouxeram resultados significativos, pois gerou um novo olhar na instituição. Como prova a mesma buscou ampliar a didática da ludicidade nos atendimentos, promovendo cursos a todos os profissionais da instituição em prol do desenvolvimento da criança. Diante do contexto, para que essa temática não fique presa somente em uma área de atuação, apontamos como proposta um trabalho em conjunto, ou seja, todos os profissionais juntos na construção do PEI das crianças, uma vez que é muito importante conhecer as particularidades da criança antes de iniciar uma intervenção, para que aja um desenvolvimento eficaz.</p><p>Frente a investigação analisamos que o papel da família e da instituição diante a temática abordada é manter a parceria para que juntos possam contribuir para a evolução da criança, sempre seguindo as orientações, manejos e técnicas junto á equipe pedagógica; a instituição sempre fazendo as devolutivas sobre o desenvolvimento da criança, assim como apresentar as estratégias utilizadas para melhor aprimorar as habilidades da mesma. Com tudo, a ludicidade deve estar presente em todos os contextos da vida da criança.</p><p>Todos os métodos de ensino e intervenção utilizados possibilitaram a ministração das atividades com clareza para a professora e para a educanda, trazendo assim a confirmação de sua eficácia. Lembrando sempre da importância do constante acompanhamento da equipe multidisciplinar, onde a família deve sempre relatar os desafios enfrentados e receber a devolutiva dos profissionais sobre como agir ou qual especialidade procurar para possível intervenção.</p><p>6 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>O estágio é uma etapa essencial na carreira do acadêmico, pois proporciona o contato direto com a realidade da escola, da sala de aula, com os alunos, professores, a família e os colegas de profissão. É um momento de experiência, de alinhar a teoria e a prática, de aplicar os conhecimentos adquiridos na faculdade, organizar as bases teóricas para criar metodologias, e aprender a lidar com os eventos da sala de aula, preparando o acadêmico para exercer seu papel como profissional.</p><p>Visto como é importante o desenvolvimento geral do aluno com TEA, foca-se em intervenções baseadas na ludicidade permitindo ao psicopedagogo estimular múltiplas habilidades, trabalhar as funções cognitivas, emocionais, motoras</p><p>e sociais da criança autista. Os jogos e brincadeiras possibilitam desenvolver a imaginação, atenção, seguimento de regras, socialização, e proporcionar que a criança aprenda e se desenvolva de forma prazerosa.</p><p>Sempre construindo estratégias que contribuam para a prática psicopedagógica no Transtorno do Espectro Autista (TEA), e com pesquisa de campo realizada, com a observação e intervenção junto à criança autista, demonstra que as atividades lúdicas adaptadas às necessidades do aluno e sus especificidades trouxeram resultados significativos para o seu desenvolvimento.</p><p>Portanto, a utilização do lúdico nas intervenções psicopedagógicas com crianças autistas é de fundamental importância, pois estimula diversas habilidades, proporciona aprendizagem de forma prazerosa e contribui efetivamente para o desenvolvimento integral desses indivíduos.</p><p>Pensar em educar é buscar por metodologias, é inventar estratégias, é está em constante investigação e avaliação. É buscar a ampliação do foco e estimular a atenção para as atividades vistas como simples agora, mas que irão refletir de forma positiva no futuro, “estímulos que sinalizaram consequências importantes no passado têm uma probabilidade maior de exercerem controle sobre o nosso comportamento”. Exemplo: atenção no trânsito para evitar uma multa.</p><p>(MARTIN; PEAR, 2009, p. 107).</p><p>7 REFERÊNCIAS</p><p>ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. Técnicas em jogos pedagógicos; São Paulo: Loyola, 1987.p.57.</p><p>BATISTA, T. N. VIEIRA, D, O. Psicopedagogia e inclusão: desafios na reinserção de aluno autista Em classe regular de ensino. Instituto de Psicologia – Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento – PED, p. 1-50. Brasília, 2015.</p><p>BOSSA, Nádia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas sul, 1994.</p><p>BOSSA, Nádia Aparecida. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir Da prática. 2. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.</p><p>BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em 10 abril. 2024.</p><p>FANTIN, Mônica. A pesquisa com crianças e mídia na escola: questões éticas e Teóricometodológicas. In: GIRARDELLO, G; FANTIN, M. (Orgs.) Práticas culturais E consumo de mídias entre crianças. Florianópolis: UFSC/CED/NUP,2009.</p><p>HOLTZ, Maria. Luiza. Marins. Lições de Pedagogia empresarial. Sorocaba/São Paulo: DHL, 1998.</p><p>MACEDO, Lino de. Faz-de-conta na escola: a importância do brincar. Revista Pátio, Porto Alegre, p. 10, dez. 2003/ mar. 2004.</p><p>MARTIN, Garry; PEAR, Joseph. Modificação de comportamento: O que é e como fazer.10ª edição. São Paulo: Roca.2009.</p><p>NASCIMENTO, G. A. SOUZA, S. F. Ainclusao de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA): possibilidades de intervencao psicopedagogica atraves da Analise do Comportamento Aplicada. Paideia r. do cur. De ped. Da Fac. De Ci. Hum., Soc. E da Saude, Belo Horizonte, n. 19, v. 13, p. 163-185, 2018.</p><p>NUNES, Daniella Carla Santos. O pedagogo na educação da criança autista. Publicado em 07 de fevereiro de 2008.</p><p>PEREIRA, Millis Aparecida; GONZALEZ, Maria do Carmo Borges. O brincar, um Aliado na intervenção psicopedagógica. Cadernos de Educação, São Paulo, v.18, n.36, jan.-jun. 2019. Disponível</p><p>em:https://www.metodista.br/revistas/revistasmetodista/index.php/cadernosdeeducacao/article/view /9738/6931. Acesso em: 8 abril. 2024.</p><p>PSICOPEDAGOGIA, Associação Brasileira de. Código de Ética do Psicopedagogo. 2013. Disponível em http://www.abpp.com.br/documentos_referencias_codigo_etica.html. Acesso em 13/05/2024.</p><p>RODRIGUES, Lidia da Silva. Jogos e brincadeiras como ferramentas no processo De aprendizagem lúdica na alfabetização. 2013. 97 f.Tese (Mestrado em Educação) – Universidade de Brasilia, Brasilia, 2013.</p><p>SANTOS, Maria Angélica Bernardes. Psicopedagogia: um olhar diferente sobre a Aprendizagem e a dificuldade de aprendizagem, 2010. Disponível em: http://espaopsicopedagogico.blogspot.com. Acesso em: 10 abril.2024.</p><p>SILVEIRA, Sidnei Renato; BARONE, Dante Augusto Couto. Jogos Educativos Computadorizados utilizando a abordagem de algoritmos genéticos. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Informática. Curso de Pós Graduação em Ciências da Computação. 1998</p><p>8 ANEXOS</p><p>1. Carta de apresentação.</p><p>2. Termo de compromisso.</p><p>3. Termo de Consentimento.</p><p>4. Declaração de Estágio.</p><p>5. Autorização dos Pais.</p><p>6. Laudo ou Diagnóstico.</p><p>image1.jpg</p><p>image2.jpg</p><p>image3.jpg</p><p>image4.jpg</p><p>image5.jpg</p><p>image6.jpg</p>

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