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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Noções elementares das ciências econômicas a partir dos ferramentais da Microeconomia, da Macroeconomia e do desenvolvimento econômico.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Apresentar o funcionamento das firmas, a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados econômicos, além dos reflexos dessas</p><p>variáveis no cotidiano das organizações.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia</p><p>MÓDULO 2</p><p>Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados distintos</p><p>MÓDULO 3</p><p>Reconhecer os principais agregados macroeconômicos</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Certamente em algum momento de sua vida você já se deparou com alguns dos questionamentos a seguir:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Todos esses questionamentos se referem ao campo de estudos da Economia, que estuda o funcionamento das atividades econômicas da</p><p>sociedade global. Para compreender essa área de conhecimento, é necessário conhecer os conceitos fundamentais da Economia, os</p><p>ferramentais básicos da Microeconomia e os principais agregados macroeconômicos.</p><p>MÓDULO 1</p><p> Reconhecer os conceitos fundamentais da Economia</p><p>CONCEITOS FUNDAMENTAIS</p><p>O estudo introdutório da Economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos, demonstrar as</p><p>principais teorias e correntes econômicas e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das</p><p>organizações.</p><p>MAS VOCÊ SABE QUANDO A ECONOMIA MODERNA SURGIU?</p><p>De acordo com Pinho e Vasconcellos (2017), o marco inicial da economia moderna surgiu entre os séculos XVIII e XIX. Nessa época, foram</p><p>fundamentados diversos princípios econômicos, desenvolvidos a partir de três tipos de concepções:</p><p>PINHO E VASCONCELLOS</p><p>Diva Benevides Pinho é doutora em Economia pela Faculdade de Economia pela FEA-US</p><p>Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos doutor em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de</p><p>São Paulo (FEA/USP).</p><p>Fonte: Curriculo Lattes.</p><p>Imagem: Shutterstock</p><p>javascript:void(0)</p><p>MECANICISTA</p><p>Os economistas desse grupo explicavam as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física, empregando, inclusive, a mesma</p><p>terminologia (estática, dinâmica, elasticidade, fluidez etc.).</p><p>Imagem: Shutterstock</p><p>ORGANICISTA</p><p>Os economistas desse grupo afirmavam que as leis econômicas se comportavam como um órgão vivo e usavam a mesma terminologia da Biologia</p><p>(órgãos, funções, circulação, fluxos).</p><p>Imagem: Shutterstock</p><p>HUMANISTA</p><p>Para os economistas desse grupo, a Economia é uma ciência social e reflete as atitudes do ser humano, cheias de aspectos psicológicos, e a</p><p>preocupação em fixar relações de causa e efeito entre os fenômenos sociais.</p><p>Como pudemos ver nas três concepções, a Economia possui uma forte inter-relação com outras ciências — Matemática, Estatística, Política,</p><p>História, Geografia e Sociologia —, embora tenha o seu núcleo de estudo muito bem delimitado. Essa particularidade possibilita ao estudante</p><p>interagir com vários outros domínios do conhecimento científico, empregando o seu ferramental teórico visto na Economia para avaliar de forma</p><p>sistemática o comportamento humano em sociedade.</p><p>DIANTE DE TANTAS CONCEPÇÕES, COMO PODEMOS DEFINIR A ECONOMIA?</p><p>Segundo Samuelson e Nordhaus (2004)</p><p>SAMUELSON E NORDHAUS</p><p>Paul Anthony Samuelson se formou em Economia, em Chicago e é autor do livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, por meio do</p><p>qual revolucionou o pensamento econômico. William D. Nordhaus é professor na Universidade de Yale e é o criador do modelo de avaliação</p><p>integrado, modelo quantitativo que descreve a interação global entre a economia e o clima.</p><p>Fonte: Livro Os Economistas de Paul Anthony Samuelson / El País.</p><p>A ECONOMIA PODE SER DEFINIDA COMO A CIÊNCIA QUE ESTUDA A FORMA COMO</p><p>AS SOCIEDADES UTILIZAM OS RECURSOS ESCASSOS PARA PRODUZIR BENS COM</p><p>VALOR E DE COMO OS DISTRIBUEM ENTRE OS VÁRIOS INDIVÍDUOS.</p><p>Observe que, nessa definição, estão presentes três conceitos fundamentais:</p><p>javascript:void(0)</p><p>ESCASSEZ</p><p>Representa o objeto da economia e consiste em uma restrição física, afinal, temos meios de produção e recursos insuficientes para atender aos</p><p>desejos e necessidades de todos os seres humanos.</p><p>EFICIÊNCIA</p><p>Está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) para obter a máxima produção e ao uso racional dos</p><p>meios disponíveis para alcançar um objetivo previamente determinado.</p><p>EQUIDADE</p><p>É a distribuição justa da prosperidade econômica entre os membros da sociedade. A desigualdade de renda é consequência de uma baixa</p><p>equidade.</p><p>Atualmente, podemos perceber que a equidade talvez seja o grande desafio de ser colocado em prática de forma ampla. Alguns economistas, para</p><p>explicar a situação da desigualdade de renda, afirmam ser preciso esperar o bolo crescer para depois distribuir, pois não se pode distribuir o que não</p><p>foi produzido.</p><p>MAS O QUE ISSO SIGNIFICA?</p><p>Vamos utilizar os três conceitos mencionados para fundamentar a explicação. Para muitos economistas, a relação entre eficiência e equidade no</p><p>sistema econômico representa um trade-off, situação em que há um conflito de escolha. Nesse caso, para se ter uma distribuição mais justa da</p><p>renda entre os agentes econômicos, é necessário abrir mão de uma parcela da eficiência produtiva. Sobre esse conflito de escolha, leia o poema</p><p>Ou isto ou aquilo de Cecília Meireles:</p><p>Ou se tem chuva e não se tem sol,</p><p>ou se tem sol e não se tem chuva!</p><p>Ou se calça a luva e não se põe o anel,</p><p>ou se põe o anel e não se calça a luva!</p><p>Quem sobe nos ares não fica no chão,</p><p>Quem fica no chão não sobe nos ares.</p><p>É uma grande pena que não se possa</p><p>estar ao mesmo tempo em dois lugares!</p><p>Ou guardo dinheiro e não compro o doce,</p><p>ou compro o doce e não guardo o dinheiro.</p><p>Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...</p><p>e vivo escolhendo o dia inteiro!</p><p>Não sei se brinco, não sei se estudo,</p><p>se saio correndo ou fico tranquilo.</p><p>Mas não consegui entender ainda</p><p>qual é melhor: se é isto ou aquilo.</p><p>javascript:void(0)</p><p>CECÍLIA MEIRELES</p><p>Nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de novembro de 1901. Foi poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. É considerada a primeira voz</p><p>feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas.</p><p>Fonte: Ebiografia.</p><p>Esse poema ilustra bem o conflito de escolha existente na relação entre eficiência e equidade. Para que as necessidades humanas sejam satisfeitas, é</p><p>preciso se valer de recursos produtivos disponíveis, que são escassos. Esse desequilíbrio, inevitavelmente, implica escolhas.</p><p>COMO, ENTÃO, SATISFAZER NECESSIDADES ILIMITADAS COM RECURSOS</p><p>LIMITADOS?</p><p>As teorias econômicas ajudam a responder a essa pergunta por meio de três questões fundamentais:</p><p>O QUE E QUANTO PRODUZIR?</p><p>A sociedade deve escolher, dentro de um leque de possibilidades, quais bens e serviços serão produzidos e em que quantidade. Os produtores</p><p>aumentam ou diminuem a sua produção de acordo com os preços (rentabilidades) dos produtos.</p><p>COMO PRODUZIR?</p><p>De acordo com o nível tecnológico existente, consideramos que os fatores de produção são os recursos básicos empregados na oferta de bens e</p><p>serviços e podem ser divididos em:</p><p>Terra ou recursos naturais (N): recursos naturais utilizados no processo produtivo.</p><p>Mão de obra ou trabalho (L): trabalho empregado na produção de bens e serviços.</p><p>Capital (K): máquinas, equipamentos e imóveis empregados no processo. É importante destacar que, em Economia, o termo capital refere-se</p><p>ao capital físico e não ao capital financeiro.</p><p>PARA QUEM PRODUZIR?</p><p>A sociedade deve decidir quais os setores que serão beneficiados na distribuição do produto:</p><p>Trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra?</p><p>Mercado interno ou mercado externo?</p><p>Mais uma vez nos deparamos com o problema da escassez. Quer ver? Se uma quantidade infinita de bens pudesse ser produzida e caso as</p><p>necessidades humanas pudessem ser completamente satisfeitas, não estaríamos preocupados com a</p><p>utilização racional dos recursos produtivos, nem</p><p>em desenvolver novas tecnologias para aumentar a eficiência de produção. Além disso, também não estaríamos pensando em questões relacionadas</p><p>ao meio ambiente.</p><p>A relação básica entre escassez e escolha dá origem a um termo muito empregado na economia: o custo de oportunidade. Ele representa o valor</p><p>associado à melhor alternativa não escolhida. Ou seja, ao tomarmos uma decisão, renunciamos aos benefícios que outras opções poderiam nos</p><p>proporcionar. Vejamos um exemplo:</p><p>Imagine que você tenha R$100.000,00 e decida comprar ações.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>O seu custo de oportunidade é abrir mão do rendimento da poupança para arriscar o capital em busca de uma rentabilidade maior.</p><p>Para saber mais sobre esse assunto, assista ao vídeo a seguir em que o professor Paulo Roberto Vieira fala sobre a relação entre a escassez e o</p><p>surgimento dos mercados.</p><p>A forma como as sociedades respondem a essas três questões fundamentais (O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?)</p><p>depende de seus Sistemas de Organização Econômica, que podem ser divididos em: Sistema de Concorrência Pura (ou Perfeitamente</p><p>Competitivo), Sistema de Economia Mista e Economia Centralizada (planificada ou de direção central). Vamos conhecê-los a seguir.</p><p>SISTEMA DE CONCORRÊNCIA PURA (OU PERFEITAMENTE COMPETITIVO)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Neste modelo não existe a interferência do governo na atividade econômica.</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Predomina a livre interação entre produtores (ofertantes) e consumidores (demandantes) na determinação dos preços de bens e serviços.</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Por meio dessa interação, os problemas econômicos fundamentais (o que e quanto, como e para quem produzir) são resolvidos mediante o chamado</p><p>mecanismo de preços, promovendo o equilíbrio nos vários mercados.</p><p>A partir da grande crise dos anos 1930, questionou-se a capacidade de autorregulação do mercado, o qual, agindo livremente, não consegue garantir</p><p>que a economia opere sempre com pleno emprego de seus recursos, evidenciando a necessidade de uma maior atuação do governo na atividade</p><p>econômica.</p><p>SISTEMA DE ECONOMIA MISTA</p><p>Prevalecem as forças de mercado da demanda (consumidores) e da oferta (produtores), mas com a intervenção governamental em áreas</p><p>estratégicas, como infraestrutura, energia, saneamento e telecomunicações. De acordo com Vasconcellos (2010), a atuação do governo justifica-</p><p>se com o objetivo de eliminar as distorções alocativas (na alocação de recursos) e distributivas e de promover a melhoria do padrão de vida da</p><p>população a partir das seguintes formas:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Atuação sobre a formação de preços, corrigindo externalidades (via impostos e subsídios), tabelamentos, fixação de salário mínimo, preços mínimos,</p><p>taxa de câmbio, taxa de juros.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Complemento da iniciativa privada, principalmente de investimentos em infraestrutura básica (energia, estradas etc.), pois o setor privado não</p><p>consegue assumir esses gastos, devido ao custo elevado e à demora no retorno do capital investido.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Fornecimento de serviços públicos: iluminação, água, saneamento básico e outros.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Fornecimento de bens públicos, gerais, fornecidos pelo Estado, que não são vendidos no mercado; fundamentalmente, justiça e segurança.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Compra de bens e serviços do setor privado: o governo é, isoladamente, o maior agente do sistema e, portanto, o maior comprador de bens e</p><p>serviços.</p><p>ECONOMIA CENTRALIZADA (PLANIFICADA OU DE DIREÇÃO CENTRAL)</p><p>O sistema produtivo é controlado por um órgão central de planejamento e não pelas forças de mercado. O Estado é o detentor dos recursos, dos</p><p>meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a sociedade. Nessa situação, não há a propriedade privada; todos os bens</p><p>pertencem ao governo. De acordo com Vasconcellos (2010), uma economia centralizada apresenta ainda as seguintes características:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PAPEL DOS PREÇOS NO PROCESSO PRODUTIVO</p><p>Os preços representam apenas recursos contábeis que permitem o controle da eficiência das empresas. Ou seja, os preços são apenas escriturados</p><p>contabilmente: as empresas têm quotas físicas de matérias-primas, por exemplo, mas não fazem nenhum desembolso monetário, apenas registram o</p><p>valor da aquisição com os custos de produção.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PAPEL DOS PREÇOS NA DISTRIBUIÇÃO DO PRODUTO</p><p>Os preços dos bens de consumo são determinados pelo governo. Normalmente, o governo subsidia fortemente os bens essenciais e taxa os bens</p><p>considerados supérfluos.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>REPARTIÇÃO DO LUCRO</p><p>Uma parte do lucro vai para o governo. Outra parte é usada para investimentos na empresa dentro das metas estabelecidas pelo governo. A terceira</p><p>parte é dividida entre os administradores (os burocratas) e os trabalhadores como prêmio pela eficiência. Se o governo considera que determinada</p><p>indústria é vital para o país, esse setor será subsidiado, mesmo que apresente ineficiência na produção ou prejuízos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Para saber mais sobre os Sistemas de Organização Econômica, assista à entrevista com o professor Paulo Roberto Vieira.</p><p> RESUMINDO</p><p>As diferenças entre os sistemas de economia de mercado (Concorrência Pura e Economia Mista) e Economia Centralizada podem ser resumidas</p><p>em dois aspectos:</p><p>Meios de produção</p><p>Propriedade pública</p><p></p><p>Propriedade privada</p><p>Problemas econômicos fundamentais são resolvidos ou por um órgão central de planejamento, ou pelo mercado.</p><p>O que e quanto produzir?</p><p>Como produzir?</p><p>Para quem produzir?</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (ECONOMISTA - EMBRATUR - 2011) SOBRE OS PROBLEMAS ECONÔMICOS, DE ESCASSEZ E ESCOLHA E DE</p><p>LIVRE MERCADO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:</p><p>A) A eficiência representa o objeto de estudo da economia.</p><p>B) As necessidades humanas são ilimitadas e os recursos produtivos existentes na natureza são escassos, ou seja, não são encontrados em grande</p><p>abundância.</p><p>C) Serviços é a denominação usual de coisas tangíveis, resultantes das atividades primárias e terciárias de produção.</p><p>D) As necessidades humanas são limitadas, e os recursos produtivos existentes na natureza são encontrados em grande abundância, não havendo,</p><p>portanto, o problema de se tornarem escassos.</p><p>2. DE ACORDO COM A TEORIA ECONÔMICA:</p><p>I. O TRADE-OFF É O TERMO QUE DEFINE UMA SITUAÇÃO DE ESCOLHA CONFLITANTE, OU SEJA, QUANDO UMA</p><p>AÇÃO ECONÔMICA, VISANDO À RESOLUÇÃO DE DETERMINADO PROBLEMA, ACARRETA, INEVITAVELMENTE,</p><p>OUTROS PROBLEMAS.</p><p>II. O CUSTO DE OPORTUNIDADE É AQUILO QUE O AGENTE ECONÔMICO DEVE TER DE RECOMPENSA PARA</p><p>ABRIR MÃO DE ALGUM CONSUMO.</p><p>III. A VISÃO ORGANICISTA DA ECONOMIA EXPLICA AS LEIS ECONÔMICAS DE MANEIRA SIMILAR AO</p><p>COMPORTAMENTO DA FÍSICA.</p><p>IV. A EFICIÊNCIA ESTÁ RELACIONADA À COMBINAÇÃO ÓTIMA DOS INSUMOS PRODUTIVOS (TRABALHO, CAPITAL</p><p>E TERRA) COM VISTA À MÁXIMA PRODUÇÃO.</p><p>ESTÁ CORRETO O QUE SE AFIRMA EM:</p><p>A) I e II, apenas.</p><p>B) II e III, apenas.</p><p>C) I e IV, apenas.</p><p>D) III e IV, apenas.</p><p>GABARITO</p><p>1. (Economista - Embratur - 2011) Sobre os problemas econômicos, de escassez e escolha e de livre mercado, assinale a alternativa correta:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A escassez é o objeto de estudo da economia, não a eficiência. Os problemas econômicos fundamentais são três: o que e quanto produzir, como</p><p>produzir e para quem produzir. Os recursos produtivos são escassos para atender às necessidades humanas ilimitadas.</p><p>2. De acordo com a teoria econômica:</p><p>I. O trade-off é o termo que define uma situação de escolha conflitante, ou seja, quando uma ação econômica, visando à resolução de</p><p>determinado problema, acarreta, inevitavelmente, outros problemas.</p><p>II. O custo de oportunidade é aquilo que o agente econômico deve ter de recompensa para abrir mão de algum consumo.</p><p>III. A visão organicista</p><p>da economia explica as leis econômicas de maneira similar ao comportamento da Física.</p><p>IV. A eficiência está relacionada à combinação ótima dos insumos produtivos (trabalho, capital e terra) com vista à máxima produção.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O custo de oportunidade representa o valor associado à melhor alternativa não escolhida. A visão mecanicista da economia explica as leis econômicas</p><p>de maneira similar ao comportamento da Física.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar os ferramentais básicos da Microeconomia na compreensão do comportamento de mercados distintos</p><p>PRINCÍPIOS DE MICROECONOMIA</p><p>A Microeconomia é o ramo da Ciência Econômica que se preocupa com a análise do comportamento das unidades econômicas – os</p><p>consumidores, as famílias e as empresas – na formação dos preços em mercados específicos. Esse ramo observa a atuação das diversas</p><p>unidades econômicas como se fossem individuais nesses mercados.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>NA DEFINIÇÃO DE MICROECONOMIA, FALAMOS DE “MERCADOS ESPECÍFICOS”.</p><p>MAS, AFINAL, O QUE É MERCADO?</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) que tem potencial para negociar uns com os outros.</p><p>Essa definição expressa a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender determinados produtos, e a demanda</p><p>(procura), a qual consiste em um grupo de pessoas ou empresas a fim de adquirir bens e serviços. Vale lembrar que as empresas também podem ser</p><p>demandantes, pois precisam adquirir materiais de consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo.</p><p>Em um conceito mais amplo, mercado pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou</p><p>informais), onde são emitidos sinais como, por exemplo, os preços, que influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudarmos o</p><p>funcionamento de um mercado, procuramos compreender algumas questões:</p><p>Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?</p><p>Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles</p><p>Quem são os compradores e os vendedores?</p><p>Qual é o local de encontro para as negociações e trocas? Há espaços físicos, como feiras, ou espaços virtuais, como a internet?</p><p>Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e negociando?</p><p>Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?</p><p>Para entendermos a formação de preços em mercados específicos, dividiremos o mercado em lado da demanda e lado da oferta. Como o</p><p>funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias,</p><p>chegando aos conceitos de equilíbrio e desequilíbrio de mercado. Vejamos a seguir.</p><p>TEORIA DA DEMANDA</p><p>De acordo com Sandroni (2016), a demanda, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte forma:</p><p>SANDRONI</p><p>Paulo Sandroni é um economista brasileiro, graduado pela FEA-USP e mestre em Economia pela PUC-SP. Atualmente é professor da Escola de</p><p>Administração de Empresas da FGV-SP e da Faculdade de Economia e Administração da PUC-SP.</p><p>Fonte: Adaptado de Blog do Sandroni.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>É a quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a adquirir por um preço específico e em determinado momento.</p><p>Os modelos de demanda tentam explicar o que determina a escolha individual dos compradores. Sabemos que o consumidor visa satisfazer suas</p><p>necessidades e desejos da melhor maneira possível, levando em consideração seus gostos e preferências. Entretanto, ele fará isso enfrentando</p><p>diversas restrições. Observe o exemplo a seguir:</p><p> EXEMPLO</p><p>Suponhamos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades demandadas (Qdx), obtidas e tabeladas com base em uma pesquisa hipotética,</p><p>no município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função demanda, calculada para o produto x, pode ser expressa por:</p><p>Sendo:</p><p>Qdx: Quantidade demandada do produto x</p><p>Px: Preço do produto x</p><p>A partir da equação, pode-se gerar a tabela:</p><p>/</p><p>Preços ($) Quantidade demandada (kg)</p><p>5,00 5</p><p>4,00 10</p><p>3,00 15</p><p>2,00 20</p><p>1,00 25</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Qdx = −5Px + 30</p><p> Tabela 1: Demanda hipotética de um produto (x).</p><p>Percebe-se, claramente, que quando o preço do produto aumenta, sua quantidade demandada diminui. Quando o preço está em R$1,00, são</p><p>demandadas 25 unidades do produto, enquanto que, ao preço de R$5,00 (maior preço da tabela), somente 5 unidades são demandadas. Veja a</p><p>representação gráfica dessa situação:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p> Figura 1: Curva de demanda.</p><p>A curva de demanda (em vermelho) representa a relação entre os preços alternativos e quantidades demandadas do produto, por unidade de</p><p>tempo, coeteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam</p><p>a demanda permanecem constantes, podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a sua quantidade</p><p>demandada. E isso resume a Lei da Demanda.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Na Microeconomia, expressamos o mesmo conceito a partir das linguagens literal, matemática, tabular e gráfica. No exemplo anterior, o -5 representa</p><p>o coeficiente angular da função do primeiro grau. O sinal negativo informa que a quantidade demandada (Qdx) varia em proporção inversa ao preço</p><p>(Px). Pode-se construir a tabela e o gráfico a partir da equação dada ou, de modo inverso, definir a equação a partir do gráfico ou tabela.</p><p>Em outros termos, segundo a Lei da Demanda:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se mantêm inalteradas (coeteris paribus)...</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>A quantidade demandada desse bem diminui.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Da mesma forma, à medida que o preço de um produto diminui (coeteris paribus)...</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>A quantidade demandada aumenta.</p><p>Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada (Qdx) do produto no mercado não é influenciada somente pelo preço (Px); uma série de</p><p>outras variáveis também afeta a demanda desse produto. Segundo Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que também afetam a</p><p>demanda dos consumidores:</p><p>PREÇO DOS PRODUTOS SUBSTITUTOS OU SUCEDÂNEOS (PS)</p><p>São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que um</p><p>aumento de preços da manteiga reduziria sua quantidade demandada e levaria o consumidor a buscar mais a margarina.</p><p>PREÇOS DE PRODUTOS COMPLEMENTARES (PC)</p><p>São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Um exemplo de bens complementares são o pão e a margarina. Se o preço do pão</p><p>baixar, haverá um aumento da quantidade consumida e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente oferecidos em</p><p>conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-</p><p>versa.</p><p>RENDA DOS CONSUMIDORES (R)</p><p>Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a sua quantidade demandada de bens normais.</p><p>Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária.</p><p>À medida que a renda dos consumidores aumenta, a sua demanda por bens e serviços também cresce. Essa máxima é válida para a maioria dos</p><p>produtos que são conhecidos como bens normais. No entanto, os produtos conhecidos como bens inferiores apresentam uma relação inversamente</p><p>proporcional entre renda e demanda. Em outros termos, quando o rendimento dos consumidores aumenta, a demanda pelo bem inferior diminui; e à</p><p>medida que o rendimento diminui, a demanda aumenta. Vejamos</p><p>alguns exemplos de bens e serviços considerados inferiores que apresentam um</p><p>aumento em sua demanda quando há redução na renda dos consumidores:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PASSAGEM DE ÔNIBUS</p><p>Os consumidores substituem o uso de carro pelo uso de transporte público.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>OVO</p><p>Os consumidores substituem o consumo de carne pelo consumo de ovo.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE</p><p>Os consumidores substituem o uso de serviços privados de saúde pelo uso de serviços públicos de saúde.</p><p>Podemos expressar a função demanda da seguinte forma:</p><p>QDX</p><p></p><p>Qdx = f(Px,Ps,Pc,R)</p><p>Quantidade demandada do produto x</p><p>F</p><p></p><p>Função</p><p>PX</p><p></p><p>Preço do produto x</p><p>PS</p><p></p><p>Preço dos produtos substitutos</p><p>PC</p><p></p><p>Preço dos produtos complementares</p><p>R</p><p></p><p>Renda dos consumidores</p><p>TEORIA DA OFERTA</p><p>De acordo com Sandroni (2016), oferta pode ser definida como:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>A quantidade de bens ou serviços que se produz e oferece no mercado por certo preço e em determinado período.</p><p>Os modelos de oferta tentam explicar o que determina a escolha individual dos vendedores, dando ênfase à influência dos preços dos bens e</p><p>serviços. Para entender a teoria da oferta, observe o exemplo a seguir:</p><p> EXEMPLO</p><p>Consideremos as seguintes informações de preços (Px) e quantidades ofertadas (Qox), obtidas e tabeladas com base em uma pesquisa hipotética, no</p><p>município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2020. A função oferta, calculada para o produto x, pode ser expressa por:</p><p>A partir da equação, pode-se gerar a tabela:</p><p>Preços ($) Quantidades ofertadas (un.)</p><p>8,00 12</p><p>7,00 10</p><p>6,00 8</p><p>5,00 6</p><p>4,00 4</p><p>3,00 2</p><p>Qox = 2Px − 4</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 2: Oferta hipotética de um produto x.</p><p>Ao contrário do observado com as quantidades demandadas, as quantidades ofertadas aumentam à medida que o preço sobe. Em outros termos, a</p><p>um preço mais alto (produto valorizado), o produtor tem mais incentivos para aumentar a produção. Assim, a maior quantidade ofertada (12 unidades)</p><p>ocorre quando houver o maior nível de preço (R$8,00). Veja a representação gráfica dessa situação:</p><p> Figura 2: Curva de oferta.</p><p> ATENÇÃO</p><p>A curva de oferta representa a relação entre os preços alternativos e quantidades ofertadas do produto, por unidade de tempo, coeteris paribus.</p><p>Oferta: refere-se à curva toda (em verde);</p><p>Quantidade ofertada: refere-se a um ponto sobre a curva de demanda (A, B, C, D, E, F).</p><p>Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem, podendo-se destacar:</p><p>Foto: Shutterstock</p><p>CUSTO DE PRODUÇÃO (CP)</p><p>Preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros.</p><p>Imagem: Shutterstock</p><p>NÍVEL TECNOLÓGICO (NT)</p><p>Melhoria na forma de combinar os fatores de produção.</p><p>Imagem: Shutterstock</p><p>CONDIÇÕES CLIMÁTICAS (CC)</p><p>Escassez de precipitações, geadas, altas ou baixas temperaturas e outros.</p><p>Podemos expressar a função oferta da seguinte forma:</p><p>QOX</p><p></p><p>Qox = f(Px,CP ,NT ,CC)</p><p>Quantidade ofertada do produto</p><p>F</p><p></p><p>Função</p><p>PX</p><p></p><p>Preço do próprio produto</p><p>CP</p><p></p><p>Custo de produção</p><p>NT</p><p></p><p>Nível tecnológico</p><p>CC</p><p></p><p>Condições climáticas</p><p>EQUILÍBRIO DE MERCADO</p><p>Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em Microeconomia, o</p><p>equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de</p><p>negociação entre produtores (vendedores) e consumidores.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Em equilíbrio, o preço satisfaz tanto ao consumidor quanto ao produtor, de tal forma que a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada.</p><p>Podemos expressar a função equilíbrio da seguinte forma:</p><p>Veja a representação gráfica dessa equação:</p><p> Figura 3: Representação do equilíbrio de mercado.</p><p>E</p><p>PONTO DE EQUILÍBRIO</p><p></p><p>Ponto de intersecçãoentre demanda e oferta.</p><p>PE</p><p>PREÇO DE EQUILÍBRIO</p><p></p><p>Preço de mercadofazendo com que a quantidade demandada seja igual à quantidade ofertada.</p><p>QE</p><p>Equilíbrio = Qdx = Qox</p><p>QUANTIDADE DE EQUILÍBRIO</p><p></p><p>Quantidade ofertada edemandada do bem,ao preço de equilíbriode mercado, quesatisfaz aos interesses dos produtores e consumidores.</p><p>Assim como na análise gráfica, podemos definir o preço e a quantidade de equilíbrio, igualando-se as funções de demanda e de oferta.</p><p>Para saber um pouco mais sobre as teorias da demanda, oferta e o conceito de equilíbrio de mercado, assista ao vídeo a seguir com o professor</p><p>Paulo Roberto Vieira.</p><p>VAMOS EXERCITAR O QUE VOCÊ APRENDEU ATÉ AQUI?</p><p>ATIVIDADE</p><p>Dadas as funções de demanda e oferta, determine o preço e a quantidade de equilíbrio:</p><p>Qdx = 300 - 8Px</p><p>Qox = 48 + 10Px</p><p>RESPOSTA</p><p>PASSO 1</p><p>Fazer QdX = Qox para encontrar o preço de equilíbrio:</p><p>48 + 10Px = 300 - 8Px</p><p>10Px + 8Px = 300 - 48</p><p>18Px = 252</p><p>Px = 252/18 =</p><p>Px = 14</p><p>PASSO 2</p><p>Substituir o preço de equilíbrio encontrado na função demanda (Qdx) ou na função oferta (Qox) para encontrar a quantidade de equilíbrio.</p><p>Qex = 48 + 10 (14) = 48 + 140 = 188</p><p>Portanto, temos o ponto de equilíbrio dado por:</p><p>Pex = 14</p><p>Qex = 188</p><p>PASSO 3</p><p>Representação gráfica do equilíbrio de mercado do produto X.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Ainda seguindo o exemplo do exercício, para qualquer preço diferente de R$14,00, teremos um desequilíbrio de mercado, caracterizado por um</p><p>excesso de oferta (escassez de demanda) ou de demanda (escassez de oferta).</p><p>ESTRUTURAS DE MERCADO</p><p>A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem muito da sua</p><p>forma de organização no ambiente econômico. São três os elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a</p><p>atuação das firmas:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Número de empresas que compõem o mercado.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Tipo de produto, ou seja, se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.</p><p>E QUAIS SÃO AS ESTRUTURAS DE MERCADO? VEJA A SEGUIR.</p><p>CONCORRÊNCIA PERFEITA (PURA)</p><p>É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas</p><p>de mercado. Trata-se de uma construção teórica. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no</p><p>mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. Destacam-se como principais características desta forma de organização</p><p>econômica:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>NÚMERO MUITO GRANDE DE EMPRESAS E DE CONSUMIDORES (MERCADO</p><p>ATOMIZADO)</p><p>Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado, um “átomo”, de tal forma que nenhum agente</p><p>econômico, agindo individualmente, consegue alterar o preço de mercado.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PRODUTOS HOMOGÊNEOS</p><p>As empresas oferecem produto semelhante, homogêneo. O produto oferecido por uma empresa A é o mesmo produto oferecido pela empresa B. Um</p><p>exemplo são os produtos agrícolas.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>LIVRE ENTRADA E SAÍDA DE FIRMAS</p><p>Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no mercado (facilidade de entrada e saída de empresas).</p><p>MONOPÓLIO</p><p>Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um ponto</p><p>diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha</p><p>substituto próximo. Com isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores</p><p>se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o produto. As principais características do monopólio são:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Determinado produto é ofertado por uma</p><p>única firma.</p><p>Uma única firma oferece o produto em um mercado.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Não há substitutos próximos para esse produto.</p><p>O monopolista não enfrenta concorrência.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Impossibilidade de entrada de novas firmas.</p><p>Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do segmento.</p><p>Imagem: Seeklogo</p><p>No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um controle estatal.</p><p>OLIGOPÓLIO</p><p>O oligopólio é uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo brasileiro é altamente</p><p>oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de</p><p>cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. Os mercados oligopolizados possuem as</p><p>seguintes características:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PEQUENO NÚMERO DE EMPRESAS GRANDES CONTROLA A OFERTA DE UM BEM OU</p><p>SERVIÇO</p><p>O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam a oferta do produto.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PRODUTOS HOMOGÊNEOS OU DIFERENCIADOS</p><p>Existem exemplos de oligopólios em que os bens são homogêneos, como o caso da indústria de alumínio e cimento; e de oligopólios em que os</p><p>produtos são diferenciados, como o setor de cosméticos no Brasil.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>DIFICULDADE DE ENTRADA DE NOVAS EMPRESAS</p><p>O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado por uma série de barreiras como: proteção de patentes, controle de insumo produtivo chave</p><p>e tradição.</p><p>No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% do mercado de crédito e 83,8%</p><p>dos depósitos totais. São eles:</p><p>Como consequência desse oligopólio, temos:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final no país</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Em contrapartida, os bancos têm mantido altos índices de rentabilidade</p><p>CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA</p><p>Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de</p><p>organização de mercado. Vejamos as características dessa estrutura de mercado:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>EXISTÊNCIA DE GRANDE NÚMERO DE COMPRADORES E DE VENDEDORES</p><p>Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta grande número de firmas, cada qual respondendo por uma fração da produção total de</p><p>mercado.</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>CADA FIRMA PRODUZ E VENDE UM PRODUTO DIFERENCIADO, EMBORA</p><p>SUBSTITUTO PRÓXIMO</p><p>A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único.</p><p> </p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>EXISTÊNCIA DE LIVRE ENTRADA E SAÍDA DE FIRMAS</p><p>Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras legais ou de qualquer outro tipo que impeçam a livre entrada e saída</p><p>de firmas no mercado.</p><p>Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando-se:</p><p>bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, escritórios de contabilidade e de consultorias.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Para saber um pouco mais sobre os principais conceitos e exemplos de estruturas de mercado, assista ao vídeo a seguir com o professor Paulo</p><p>Roberto Vieira.</p><p> RESUMINDO</p><p>Preparamos um quadro-resumo com as principais características das estruturas de mercado:</p><p>Características Concorrência perfeita Monopólio Oligopólio</p><p>Concorrência</p><p>monopolística</p><p>Número de</p><p>ofertantes</p><p>(empresas)</p><p>Muito grande (mercado</p><p>atomizado).</p><p>Somente uma</p><p>empresa.</p><p>Pequeno Grande</p><p>Tipo de produto</p><p>Homogêneo (não possui</p><p>diferenciação).</p><p>Único (sem substitutos</p><p>próximos).</p><p>Homogêneo ou</p><p>diferenciado.</p><p>Diferenciado</p><p>Barreiras à</p><p>entrada de</p><p>concorrentes</p><p>Não existem barreiras (livre</p><p>entrada e saída de empresas).</p><p>Impossibilidade de</p><p>entrada de</p><p>concorrentes.</p><p>Dificuldade de</p><p>entrada de</p><p>concorrentes.</p><p>Facilidade de entrada de</p><p>novos concorrentes.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Quadro 1: Estruturas de mercado: principais características.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. DADA A CURVA DE DEMANDA ABAIXO, O DESLOCAMENTO DO PONTO A PARA O PONTO B PODE SIGNIFICAR:</p><p>A) Um aumento na quantidade demandada do próprio bem.</p><p>B) Uma diminuição no preço do bem complementar.</p><p>C) Um aumento no preço do próprio bem.</p><p>D) Um aumento no preço do bem substituto.</p><p>2. AO CONTRÁRIO DA CONCORRÊNCIA PERFEITA, NA CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA OS BENS SÃO:</p><p>A) Homogêneos e substitutos perfeitos.</p><p>B) Homogêneos e substitutos próximos.</p><p>C) Únicos e sem substitutos próximos.</p><p>D) Heterogêneos e substitutos próximos.</p><p>GABARITO</p><p>1. Dada a curva de demanda abaixo, o deslocamento do ponto A para o ponto B pode significar:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O deslocamento do ponto A para o ponto B causa o aumento do preço do bem em questão e a redução de sua quantidade demandada.</p><p>2. Ao contrário da concorrência perfeita, na concorrência monopolística os bens são:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Na concorrência monopolística, cada firma produz e vende um produto diferenciado (heterogêneo), embora substituto próximo. A diferenciação</p><p>caracteriza a maioria dos mercados existentes. Observe que não existe um tipo homogêneo de perfumes, de aparelhos de televisão, de restaurantes,</p><p>de automóveis ou DVDs. Na realidade, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Reconhecer os principais agregados macroeconômicos</p><p>PRINCÍPIOS DE MACROECONOMIA</p><p>Segundo Garcia e Vasconcellos (2002), a Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de</p><p>grandes agregados, tais como:</p><p>GARCIA</p><p>Possui graduação, mestrado e doutorado em Economia pela USP, onde atua como coordenador de estágio supervisionado e professor doutor.</p><p>Fonte: Adaptado de Currículo Lattes.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Renda e produtos nacionais</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Nível geral de preços</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Emprego e desemprego</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Estoque de moeda e taxas de juros</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Balança de pagamentos e taxa de câmbio</p><p>Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto prazo, como desemprego e inflação, e de</p><p>longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico. Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos,</p><p>você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>ESSAS SÃO ALGUMAS VARIÁVEIS ANALISADAS NO ESTUDO DA MACROECONOMIA</p><p>(PIB, INFLAÇÃO E BALANÇA COMERCIAL).</p><p>Para entender bem a diferença...</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>MACROECONOMIA</p><p>MICROECONOMIA</p><p>INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA</p><p>O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da população.</p><p>Esses instrumentos variam de acordo com a política macroeconômica adotada:</p><p>Clique nas palavras:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>POLÍTICA FISCAL</p><p>O tipo de análise é agregada;</p><p>O foco está no desempenho da economia como um todo.</p><p>O tipo de análise é específica;</p><p>O foco está nas interações entre empresas / consumidores e produção/preço em setores específicos.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>POLÍTICA MONETÁRIA</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>POLÍTICA DE RENDAS</p><p>POLÍTICA FISCAL</p><p>Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e o controle de</p><p>suas despesas (gastos públicos). Ela também</p><p>é utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do</p><p>governo federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como</p><p>eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012.</p><p>POLÍTICA MONETÁRIA</p><p>Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos disponíveis para sua emissão, compra e</p><p>venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, entre outros.</p><p>POLÍTICA CAMBIAL E COMERCIAL</p><p>Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à ação do governo sobre a taxa de câmbio. O</p><p>governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere-se aos instrumentos que</p><p>estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores.</p><p>POLÍTICA DE RENDAS</p><p>Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos preços. Esse controle sobre os preços e</p><p>salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são</p><p>o salário mínimo e o congelamento de preços e salários, por exemplo.</p><p>Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego e</p><p>renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o</p><p>intuito de alcançar os seguintes objetivos:</p><p>javascript:void(0)</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>ALTO NÍVEL DE EMPREGO</p><p>Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto maior a utilização de recursos produtivos,</p><p>maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de</p><p>obra.</p><p>Notícia de jornal sobre medida do governo Sarney para controle de preços. / Imagem: Jornal do Comércio</p><p>ESTABILIDADE DE PREÇOS</p><p>O governo busca garantir a estabilidade de preços (controle do processo inflacionário). Entende-se por inflação o aumento contínuo do nível geral</p><p>de preços. O Brasil experimentou, ao longo das últimas décadas do século passado, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma</p><p>inflação tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a</p><p>preocupação contínua do governo com o controle da inflação.</p><p>Notícia sobre a desigualdade de renda no Brasil. / Imagem: Site de notícias G1</p><p>DISTRIBUIÇÃO DE RENDA</p><p>É possível, a partir de políticas macroeconômicas, diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos e entre as regiões do país. A cada dia, a</p><p>disparidade de renda aumenta. Garcia e Vasconcellos (2002) apontam que a renda de todas as classes aumentou e o problema é que, embora o</p><p>pobre tenha ficado menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico. O governo deve atuar a favor da igualdade na distribuição da renda gerada no</p><p>país.</p><p>Gráfico que demonstra a renda per capita no Brasil entre 2012-2018. / IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012-2018</p><p>CRESCIMENTO ECONÔMICO</p><p>O governo também tem a função de estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no</p><p>aumento da renda nacional per capita, isto é, que seja colocada à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o</p><p>crescimento populacional.</p><p>Para saber um pouco mais sobre as principais definições da Macroeconomia, assista ao vídeo a seguir com o professor Paulo Roberto Vieira.</p><p>CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO</p><p>Muitas pessoas confundem os conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico. Embora existam diversas interpretações, podemos afirmar:</p><p>CRESCIMENTO ECONÔMICO</p><p>Está relacionado ao aumento de variáveis quantitativas, como a renda ou a renda per capita.</p><p> </p><p>DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO</p><p>Considera indicadores qualitativos de melhoria da qualidade de vida da população, como expectativa média de vida, grau de concentração da</p><p>renda, mortalidade infantil, escolaridade, dentre outros.</p><p>Todos os objetivos da política econômica apresentados buscam levar o país a um grau de desenvolvimento econômico. Para tal, precisa garantir o</p><p>crescimento econômico, que é medido principalmente por dois indicadores:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)</p><p>Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região durante um período.</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>PIB PER CAPITA</p><p>É expresso pela divisão do PIB pelo número de habitantes da região. Esse indicador de renda média é o mais recomendado para analisar o</p><p>crescimento econômico, pois demonstra a relação entre o produto nacional e a população da região. Note que, se o PIB real crescer 10% em um ano,</p><p>mas a população crescer 10% ou mais, a renda por habitante estará estagnada ou declinante.</p><p>PIB PER CAPITA</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>E NO BRASIL? COMO PERFORMAMOS NESSES DOIS INDICADORES? VEJA UM</p><p>QUADRO COMPARATIVO DO PIB E DO PIB PER CAPITA EM RELAÇÃO A OUTROS</p><p>PAÍSES.</p><p>PIB</p><p>País 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018</p><p>EUA 1ª 16,24 1ª 16,79 1ª 17,52 1ª 18,36 1ª 19,28 1ª 20,23 1ª 21</p><p>China 2ª 8,22 2ª 9,18 2ª 10,02 2ª 10,94 2ª 11,87 2ª 12,90 2ª 13</p><p>Japão 3ª 5,93 3ª 4,90 3ª 4,84 3ª 5,02 3ª 5,16 3ª 5,37 3ª 5,5</p><p>Alemanha 4ª 3,42 4ª 3,63 4ª 3,87 4ª 4,08 4ª 4,26 4ª 4,46 4ª 4,6</p><p>França 5ª 2,61 5ª 2,73 5ª 2,88 5ª 3,02 5ª 3,15 6ª 3,30 6ª 3,4</p><p>Reino</p><p>Unido</p><p>6ª 2,48 6ª 2,53 6ª 2,82 6ª 2,99 6ª 3,15 5ª 3,34 5ª 3,5</p><p>Brasil 7ª 2,24 7ª 2,24 7ª 2,21 7ª 2,34 7ª 2,47 7ª 2,61 8ª 2,7</p><p>Rússia 9ª 2,00 8ª 2,11 9ª 2,09 10ª 2,10 10ª 2,20 10ª 2,27 10ª 2,3</p><p>Itália 8ª 2,01 9ª 2,07 8ª 2,17 8ª 2,26 9ª 2,35 9ª 2,45 9ª 2,5</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Índia 10ª 1,85 10ª 1,87 10ª 1,99 9ª 2,17 8ª 2,36 8ª 2,59 7ª 2,8</p><p>Canadá 11ª 1,82 11ª 1,82 11ª 1,76 11ª 1,84 11ª 1,93 11ª 2,03 11ª 2,1</p><p>Austrália 12ª 1,55 12ª 1,50 12ª 1,43 12ª 1,48 12ª 1,53 15ª 1,53 13ª 1,6</p><p>Espanha 13ª 1,32 13ª 1,35 13ª 1,41 13ª 1,46 13ª 1,51 13ª 1,57 14ª 1,6</p><p>México 14ª 1,18 14ª 1,25 15ª 1,28 15ª 1,36 15ª 1,44 14ª 1,52 15ª 1,6</p><p>Coréia do</p><p>Sul</p><p>15ª 1,12 15ª 1,22 14ª 1,30 14ª 1,39 14ª 1,49 12ª 1,60 12ª 1,7</p><p> Tabela 3 – Comparativo PIB atualizado. Fonte: FUNAG.ORG</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>O desenvolvimento econômico deve ser entendido como um processo que engloba o crescimento de longo prazo da renda per capita, a melhoria nas</p><p>condições de vida da população e a criação de um ambiente social que minimize a desigualdade na distribuição de renda, poder e oportunidades. Um</p><p>indicador muito utilizado para analisar o desenvolvimento econômico é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH considera três variáveis:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Renda per capita</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Indicadores de saúde</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>Qualidade da educação</p><p>Assim, se a renda cresce muito, mas a qualidade de vida não melhora, sendo esta capturada pelos indicadores de saúde e educação, não haverá</p><p>desenvolvimento. A partir do IDH é possível classificar os países em três grupos de desenvolvimento humano:</p><p>DESENVOLVIDOS</p><p>(desenvolvimento humano muito alto)</p><p>EM DESENVOLVIMENTO</p><p>(desenvolvimento humano médio e alto)</p><p>SUBDESENVOLVIDOS</p><p>(desenvolvimento humano baixo)</p><p>O mapa a seguir mostra como os países são classificados de acordo com o seu IDH. Observe:</p><p>Foto: PNUD, 2019</p><p> Figura 2: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).</p><p>Mapa-mundi representando as quatro categorias do Índice de Desenvolvimento Humano,</p><p>baseado no relatório publicado em 9 de desembro de 2019, com dados referentes a 2018.</p><p>Como o cálculo do IDH baseia-se em três indicadores (educação, saúde e renda), ele pode ser calculado para</p><p>qualquer país ou região, tendo em vista</p><p>que todos os cidadãos, em alguma medida, são alcançados por uma dessas variáveis.</p><p>Para saber um pouco mais sobre os indicadores PIB e IDH, assista ao vídeo a seguir com o professor Paulo Roberto Vieira.</p><p> RESUMINDO</p><p>As quatro políticas macroeconômicas são:</p><p>Imagem: Shutterstock.com</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (BIBLIOTECONOMIA – BNDES, 2013) A MACROECONOMIA É O ESTUDO DA ESTRUTURA DE ECONOMIAS</p><p>NACIONAIS E DAS POLÍTICAS ECONÔMICAS EXERCIDAS PELOS SEUS GOVERNOS COM O OBJETIVO DE</p><p>MELHORAR O DESEMPENHO ECONÔMICO DOMÉSTICO. NÃO SE CONSIDERA UMA QUESTÃO PERTENCENTE AO</p><p>RAMO DA MACROECONOMIA AQUELA QUE:</p><p>A) Causa desemprego.</p><p>B) Causa aumento do nível geral de preços.</p><p>C) Causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.</p><p>D) Determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.</p><p>2. (ADAPTADO DE FCC - CONSULTOR TÉCNICO-LEGISLATIVO. CÂMARA LEGISLATIVA, 2018) EM QUE PESEM AS</p><p>PEQUENAS VARIAÇÕES NOS INDICADORES AO LONGO DO TEMPO, O GRAU DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA NO</p><p>BRASIL APRESENTA-SE COMO UM DOS MAIS ELEVADOS DO MUNDO, DESDE MEADOS DO SÉCULO XX, ATÉ</p><p>NOSSOS DIAS. DESTACAM-SE, NO CASO BRASILEIRO, COMO CAUSAS ESTRUTURAIS DO BAIXO</p><p>DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, EXCETO:</p><p>A) Os baixos índices de crescimento econômico.</p><p>B) O poder e a habilidade política das classes dirigentes em manter situações de privilégio.</p><p>C) A elevada concentração de riquezas do país.</p><p>D) A ausência histórica de políticas públicas que objetivem mudanças estruturais e objetivas de forma consistente.</p><p>GABARITO</p><p>1. (Biblioteconomia – BNDES, 2013) A Macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas exercidas</p><p>pelos seus governos com o objetivo de melhorar o desempenho econômico doméstico. Não se considera uma questão pertencente ao ramo</p><p>da Macroeconomia aquela que:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>A Microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, analisando situações de equilíbrio e desequilíbrio de demanda e oferta de</p><p>produtos. A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como o</p><p>desemprego, o crescimento econômico e a inflação.</p><p>2. (Adaptado de FCC - Consultor Técnico-Legislativo. Câmara Legislativa, 2018) Em que pesem as pequenas variações nos indicadores ao</p><p>longo do tempo, o grau de concentração de renda no Brasil apresenta-se como um dos mais elevados do mundo, desde meados do século</p><p>XX, até nossos dias. Destacam-se, no caso brasileiro, como causas estruturais do baixo desenvolvimento econômico, exceto:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>O Brasil passou por períodos de elevado crescimento econômico, mas não conseguiu distribuir esses ganhos em prol da melhoria da qualidade de</p><p>vida da população. Todas as demais alternativas ajudam a explicar o baixo grau de desenvolvimento econômico do país.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Discutimos os conceitos fundamentais da Economia, verificamos o que é a Microeconomia e suas teorias e finalizamos falando a respeito da</p><p>Macroeconomia e de seus agregados principais. Tudo isso nos ajuda a entender a composição dos mercados e a formação dos grandes agregados</p><p>econômicos.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>EL PAÍS. William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganham o Nobel de Economia de 2018. Publicado em: 8 out. 2018.</p><p>MANKIW, N.G. Introdução à Economia. Tradução da 6ª Edição Norte-Americana. Cengage Learning, 2013. E-book.</p><p>PINHO, D. B.; VASCONCELLOS, M.A.S. Manual de Economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.</p><p>SAMUELSON, P. A. Fundamentos da Análise Econômica. In: Coleção Os Economistas. São Paulo: Ed. Nova Cultural, 1997.</p><p>SAMUELSON, P. A.; NORDHAUS, W. D. Economia. 17. ed. Lisboa: McGraw-Hill, 2004.</p><p>SANDRONI, P. Dicionário de Economia do Século XII.Record, 2016. E-book.</p><p>VASCONCELLOS, M.A.S. Economia: Micro e Macro. São Paulo: Atlas, 2010.</p><p>VASCONCELLOS, M. A. S.; Garcia, H. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2010.</p><p>EXPLORE+</p><p>Se quiser uma perspectiva geral da inflação histórica brasileira, leia a página do site inflation.eu e veja os gráficos.</p><p>Aprenda mais sobre os instrumentos de política econômica do governo a partir do Plano Real e sua importância para estabilidade econômica do Brasil</p><p>lendo o texto de André Eduardo da Silva Fernandes, Distribuição de renda e crescimento econômico: uma análise do caso brasileiro.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Raphael de Paiva Barbosa</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p>