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Profa. Ma. Ariane Cavalcante UNIDADE II Controle de Qualidade de Produtos Farmacêuticos 1. Tópico 1: Controle de Qualidade de Matérias-primas: 1.1 Ensaios de Identificação; 1.2 Ensaios de Pureza; 1.3 Ensaios de Doseamento. 2. Tópico 2: Controle de Produtos Acabados: 2.1 Líquidos; 2.2 Semissólidos; 2.3 Sólidos. Sumário – Unidade II 1. Controle de Qualidade de Matérias-primas: 1.1 Ensaios de Identificação; 1.2 Ensaios de Pureza; 1.3 Ensaios de Doseamento. Tópico 1 Análise das características organolépticas: Correspondem àquelas que auxiliam na sua identificação, particularmente, em uma análise visual, tais como: cor, odor, consistência, forma, além de características, como: se é um pó cristalino ou não, no caso de matérias-primas sólidas. Ensaios de Identificação Descrição das características organolépticas dos fármacos aciclovir e acetato de dexametasona, e do conservante ácido sórbico. Fonte: Adaptado de: Brasil (2019). Matéria-prima Características organolépticas Acetato de dexametasona Pó cristalino branco ou quase branco Aciclovir Pó cristalino branco ou quase branco Ácido sórbico Pó cristalino branco ou quase branco Ensaios analíticos de identificação: Reações químicas de identificação: Esse tipo de identificação é possível devido à presença de certos cátions, ânions ou, mesmo, grupamentos químicos de determinada molécula, que irão reagir na presença de outras substâncias. Solubilidade: A solubilidade está relacionada à capacidade de solubilização da substância em um determinado solvente a dada temperatura, em função de uma reação química ou miscibilidade. As monografias farmacopeicas trazem a informação da solubilidade para o teste de identificação, considerando a temperatura de 25 °C ± 5 °C. Ensaios de Identificação Termo descritivo Volumes aproximados de solvente em mililitros por grama de substância Muito solúvel Facilmente solúvel Solúvel Moderadamente solúvel Pouco solúvel Muito pouco solúvel Praticamente insolúvel ou insolúvel Menos de 1 parte De 1 a 30 partes De 10 a 30 partes De 30 a 100 partes De 100 a 1000 partes De 1000 a 10000 partes Mais de 10000 partes Determinação do ponto de fusão: Corresponde à temperatura na qual essa substância passa do estado sólido para o estado líquido; A presença de impurezas em uma matéria-prima, assim como o polimorfismo, poderá alterar o seu ponto de fusão; Dessa forma, a determinação do ponto de fusão pode auxiliar na identificação de uma substância, além de ser um indicativo do grau de pureza da matéria-prima. Determinação do índice de refração: Definido na Farmacopeia Brasileira, 6. ed., como uma medida da velocidade da luz no vácuo e a sua relação com a velocidade no interior de uma substância; É medido com um equipamento denominado de refratômetro. Ensaios de Identificação Determina o grau em que a matéria-prima possui os materiais estranhos a ela mesma. As monografias farmacopeicas trazem os limites de impurezas, ou seja, as especificações de outras substâncias que podem estar presentes em uma matéria-prima, além dos testes para determiná-las. Determinação do pH: O pH de uma solução de determinada matéria-prima está relacionado com a concentração da mesma e com o seu pKa, ou seja, com a sua força ácida ou básica; A alteração desse pH pode estar relacionada à presença de uma impureza na matéria-prima. Ensaios de Pureza Impurezas orgânicas – substâncias relacionadas: Ensaios de Pureza Exemplos de fármacos e métodos farmacopeicos para a determinação de substâncias relacionadas em matérias-primas. Fonte: Adaptado de: Brasil (2019). Fármaco Método Exemplos de substâncias relacionadas Aciclovir CCD Soma das impurezas observadas; máx. de 2% Etinilestradiol CCD Estrona Captopril CLAE Dissulfeto de captopril Diazepam CLAE A: 7-cloro-5-fenil-1,3-dicloro-2H-1,4-benzodiazepin-2-ona (nordazepam) B: (2-cloro-N-(4-cloro-2-bensoifenil)-N-metilacetamida) C: (6-cloro-1-metil-4-fenilquinazolin-2-(1H)-ona) Sinvastatina CLAE Hidroxiácido de sinvastatina Epilovastatina e lovastatina Acetilsinvastatina Representação da CCD na determinação de impureza de matéria-prima. Ensaios de Pureza SQR Padrão da substância relacionada Manchas presentes na amostra Ponto de aplicação Fonte: livro-texto. A solubilidade está relacionada à capacidade de solubilização da substância em determinado solvente a dada temperatura, em função de uma reação química ou miscibilidade. Assinale a alternativa correta: a) As monografias farmacopeicas consideram a temperatura entre 36 °C a 5 °C para os testes de solubilidade. b) A substância é considerada muito solúvel se o volume de solvente é menos do que 100 partes. c) As monografias farmacopeicas levam em consideração as temperaturas entre 25 °C a 5 °C para os testes de solubilidade. d) A substância é considerada muito pouco solúvel se o volume de solvente é entre 100 a 1000 partes. e) Nenhuma das anteriores. Interatividade A solubilidade está relacionada à capacidade de solubilização da substância em determinado solvente a dada temperatura, em função de uma reação química ou miscibilidade. Assinale a alternativa correta: a) As monografias farmacopeicas consideram a temperatura entre 36 °C a 5 °C para os testes de solubilidade. b) A substância é considerada muito solúvel se o volume de solvente é menos do que 100 partes. c) As monografias farmacopeicas levam em consideração as temperaturas entre 25 °C a 5 °C para os testes de solubilidade. d) A substância é considerada muito pouco solúvel se o volume de solvente é entre 100 a 1000 partes. e) Nenhuma das anteriores. Resposta A quantificação de um IFA em uma amostra da mesma substância é denominada de ensaio de doseamento, ensaio de potência ou determinação do teor. Ensaios de Doseamento Métodos não instrumentais e métodos instrumentais de doseamento de IFA. Métodos de doseamento de IFA – matéria-prima Métodos não instrumentais Métodos instrumentais Titulação Gravimetria Espectroscópicos Eletroanalíticos Cromatográficos Ensaios de Doseamento Métodos de doseamento de IFA – matéria-prima Métodos não instrumentais Titulação Gravimetria Métodos não instrumentais e métodos instrumentais de doseamento de IFA. Métodos não instrumentais: Titulação: A especificação da matéria-prima é de 98% a 102%. Ensaios de Doseamento Teor = 96,6% - amostra reprovada Suporte universal Bureta Solução titulante Erlenmeyer Vidrarias e materiais utilizados em titulação. Fonte: Adaptado de: Fiorotto (2019, p. 39). Gravimetria: É uma técnica analítica que envolve a determinação de massa, que pode ser realizada por meio da gravimetria de precipitação ou da gravimetria de volatilização, sendo a primeira a mais utilizada; A quantidade de um dos constituintes de uma amostra é medida de forma indireta; Um íon presente na amostra; Adiciona-se à amostra uma substância (agente precipitante), que irá reagir com esse íon e formar um precipitado, que deverá ser recolhido por meio do uso de um filtro; O material recolhido no filtro, ainda úmido, é lavado para a remoção de impurezas e, depois, submetido ao aquecimento em estufa ou mufla, para eliminar o líquido residual, sendo, depois, pesado. Ensaios de Doseamento Ensaios de Doseamento Fonte: livro-texto. AMOSTRA EM SOLUÇÃO FORMAÇÃO DE PRECIPITADO FILTRAÇÃO COM PAPEL DE FILTRO E FUNIL DE BUECHNER LAVAGEM PESAGEM E CÁLCULOS ESTEQUIOMÉTRICOS AQUECIMENTO Adição de agente precipitante Ensaios de Doseamento Métodos não instrumentais e métodos instrumentais de doseamento de IFA. Métodos de doseamento de IFA – matéria-prima Métodos instrumentais Espectroscópicos Eletroanalíticos Cromatográficos Métodos instrumentais: São aqueles em que são utilizados equipamentos específicos para cada técnica analítica; Possuem comovantagens: utilizarem quantidades muito pequenas de amostras, detectarem os analitos em quantidades na ordem de microgramas, além de apresentarem alta sensibilidade e serem empregados em rotina laboratorial para os ensaios de doseamento. Métodos espectroscópicos: A técnica de espectrofotometria na região do UV-visível considera a capacidade de os átomos e os grupamentos químicos das moléculas analisadas, absorverem e emitirem a energia na região do UV-visível do espectro eletromagnético; A região do UV compreende a faixa de cerca de 200 nm a 400 nm de comprimento de onda. Já a região do visível compreende a faixa que vai de 400 nm a 700 nm de comprimento de onda. Ensaios de Doseamento O caminho óptico está relacionado com o tamanho da cubeta utilizada na medida das absorbâncias. As leituras do padrão e da amostra devem ser efetuadas em cubeta de mesmo tamanho. Ensaios de Doseamento Fonte: Adaptado de: ROSA, et al. Journal of Exact Sciences. v. 21, n. 1, 2019. p. 20-25. Fonte de luz Colimador (lente) Monocromador (prisma ou espelho grating ou grade de difração) Seletor de comprimento de onda (fenda de passagem) Solução de amostra (em cubeta) Detector (fotocélula) Mostrador digital 0,40 Métodos cromatográficos: Os mais aplicados são a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e a cromatografia gasosa (CG), sendo que a primeira é a mais utilizada; A CG é mais utilizada em ensaios de determinação de impurezas orgânicas voláteis do que em ensaios de doseamento, uma vez que requer que o analito possua alta volatilidade; Tanto na CLAE quanto na CG são gerados, no ensaio, gráficos que apresentam picos das substâncias analisadas; É possível calcular as áreas dos picos em determinados tempos de retenção e estimar a concentração do analito na solução analisada. Ensaios de Doseamento CLAE: Ensaios de Doseamento Fonte: Adaptado de: https://matrixlcms.com.br/a-historia-da-cromatografia-parte-2/ Coluna cromatográfica Injeção da amostra Fase móvel Bomba Detector Dados Resíduos CG: Ensaios de Doseamento Fonte: Adaptado de: https://www.dctech.com.br/entendendo-um-sistema-de-cromatografia-gasosa-cg/ Gás de carregamento Injetor Detector Coluna Controle de pressão/ fluxo Software Sobre o método de doseamento não instrumental, assinale a alternativa correta: a) A técnica se baseia na formação de um precipitado. b) Uma das etapas é baseada no resfriamento da amostra. c) Baseia-se na identificação do grau de viscosidade da amostra. d) As alternativas “a” e “b” estão corretas. e) Todas as anteriores estão corretas. Interatividade Sobre o método de doseamento não instrumental, assinale a alternativa correta: a) A técnica se baseia na formação de um precipitado. b) Uma das etapas é baseada no resfriamento da amostra. c) Baseia-se na identificação do grau de viscosidade da amostra. d) As alternativas “a” e “b” estão corretas. e) Todas as anteriores estão corretas. Resposta 2. Controle de Produtos Acabados: 2.1 Líquidos; 2.2 Semissólidos; 2.3 Sólidos. Tópico 2 As formas farmacêuticas líquidas são as preparações contendo um ou mais ingredientes ativos dissolvidos ou dispersos, em um ou mais solventes ou veículos. Podemos dividir essas preparações em dois grandes grupos: as soluções e os sistemas dispersos. pH: Ferramenta auxiliar útil em ensaios de identificação de matérias-primas, de caráter básico ou ácido; Em relação aos produtos acabados, o valor de pH pode ser atribuído a uma característica de qualidade e é aplicável às soluções, suspensões e emulsões O/A; A variação do pH pode modificar a estabilidade, alterando a solubilidade e, consequentemente, a biodisponibilidade; Isso porque a absorção do fármaco é alterada em decorrência do grau de ionização do fármaco, que é dependente do pH do meio no qual encontra-se, e de seu pKa; Assim, é fundamental que haja compatibilidade com o pH fisiológico. Líquidos Aspectos reológicos: Avaliados pela viscosidade, plasticidade, elasticidade e escoamento da matéria, ou seja, um estudo das mudanças na forma e no fluxo de um material, englobando todas essas variantes; Esses aspectos estão relacionados, principalmente, com a estabilidade física e a aceitabilidade pelo paciente no momento da administração. Líquidos Características organolépticas e sensoriais: Envolvem a avaliação de odor, sabor e cor; Adicionalmente, podem ser avaliados alguns aspectos sensoriais, como: espalhabilidade e arenosidade. Limpidez das soluções: Teste exigido para os estudos de estabilidade de formas farmacêuticas líquidas. Determinação de volume: A determinação do volume é realizada através da massa (m), em g, do produto, descontando a massa da embalagem, e é correlacionada ao volume (V), em mL, através da densidade do líquido (p), em g/mL, através da equação da densidade conforme apresentado a seguir: Líquidos Preparações farmacêuticas destinadas à administração tópica de medicamentos, os quais podem ser aplicados na pele e em mucosas (vaginal, retal, conjuntiva e nasal): Cremes – são formas semissólidas que contêm uma fase oleosa e uma fase aquosa, formando uma emulsão, onde há um componente na fase lipofílica que eleva, consideravelmente, a sua viscosidade; Pomadas – são formas semissólidas que contêm agentes medicamentosos, ou não, e possuem efeitos físicos protetores e emolientes; Géis – são formas semissólidas que possuem um agente gelificante disperso em uma solução aquosa ou hidroalcoólica, o qual é responsável pela alta viscosidade; Pastas – são formas semissólidas que apresentam grande concentração de pós dispersos, em torno de 25% ou mais. Semissólidos Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade Ensaio físico oficial e que apresenta um limite de aceitação para ser considerado em conformidade com o teste. O ensaio de determinação de peso é executado para os produtos de formas farmacêuticas semissólidas acondicionados em embalagens primárias para as doses múltiplas. Semissólidos Peso declarado no rótulo Porcentagem mínima aceita em relação ao peso declarado Até 60,0 g 90,0% Entre 60,0 e 150,0 g 92,5% Acima de 150,0 g 95% Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade Na Farmacopeia Brasileira, 6. ed. (2019), a determinação da faixa ou da temperatura pode ser realizada por 3 métodos, porém, apenas, o Método III é para os produtos semissólidos e as matérias-primas semissólidas. O Método III consiste em fundir a amostra sob a agitação até a faixa de temperatura de 90 a 92 °C e, em seguida, deixar a mesma esfriar até o intervalo entre 8 e 10 °C acima do ponto de fusão esperado. Se a diferença máxima entre cada determinação for menor do que 1 °C, deve-se realizar amédia aritmética dos 3 valores. Senão, deve-se realizar mais 2 determinações e calcular a média aritmética com os 5 valores. Semissólidos Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade É uma propriedade que expressa a resistência de um fluido ao escoamento. O valor de viscosidade deve ser verificado junto com a temperatura, onde a aferição é feita, pois a viscosidade relaciona-se com a temperatura, de forma inversamente proporcional. Semissólidos Valores de viscosidade em mPa.s de alguns fluidos empregados na área farmacêutica. Fluido Viscosidade a 20 °C (mPa.s) Água 1,002 Etanol 1,20 Glicerina 1490 Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade Caracterização reológica: Avaliação mais detalhada das propriedades viscoelásticas do produto, e é considerado um ensaio físico e não oficial. Caracterização sensorial: É um tipo de avaliação física e não oficial. Também conhecida como organoléptica, refere-se às propriedades detectáveis de um produto usando os órgãos do sentido e compreendem: aspecto, cor, odor e tato (sensação ao toque). Semissólidos Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade Determinação de pH: É estabelecida através da atividade de íons de hidrogênio presentes de uma amostra. A concentração do íon hidrogênio é considerada conforme uma escala (pH). Avaliação da liberação do fármaco: Apesar de esse tipo de ensaio não ser farmacopeico, há grande discussão da importância de se avaliar a forma com que o fármaco é liberado, ao longo de determinado período de tempo, em produtos semissólidos; Caso haja alguma situação que comprometa a liberação do fármaco, provavelmente, isso impactará no seu efeito terapêutico. Semissólidos Semissólidos Tipos de ensaios para os produtos semissólidos: físicos, químicos oficiais e não oficiais. Ensaios não oficiais Ensaios oficiais Ensaios com as especificações Ensaios para a caracterização* Testes químicos Liberação do fármaco Teor** Determinação de pHUniformidade de conteúdo Testes físicos Caracterização sensorial Determinação de peso Viscosidade Caracterização reológica Determinação da faixa ou temperatura de fusãoEspalhabilidade Testes microbiológicos Não se aplica Limites microbianos Não se aplica Pesquisa de patogênicos Teste de esterilidade Ensaios microbiológicos oficiais realizados em produtos semissólidos. Semissólidos Ensaios microbiológicos para os produtos semissólidos Produtos não estéreis Limite microbiano Filtração em membrana Contagem em placas Método dos tubos múltiplos (NMP) Pesquisa de patogênicos Produtos estéreis Teste de esterilidade Filtração em membrana Método da inoculação direta em meio de cultura O ensaio de limites microbianos pode ser realizado por 3 métodos, a escolher: a filtração por membrana, a contagem por placa, ou o método de tubos múltiplos ou número mais provável (NMP). Para a pesquisa de microrganismos patogênicos, a presença vai depender da via de administração e do tipo de produto: Base galênica na forma de semissólidos – ausência de Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa; Produtos semissólidos acabados de origem sintética ou biológica, de administração tópica nasal, oromucosa, gengival, cutânea, auricular – ausência de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa; Semissólidos Produtos semissólidos acabados de origem sintética ou biológica, de administração tópica vaginal – ausência de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans; Produtos semissólidos acabados de origem vegetal, de administração tópica nasal, oromucosa, gengival, cutânea, auricular – ausência de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Clostridium sp.; Produtos semissólidos acabados de origem vegetal, de administração tópica vaginal – ausência de Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans. Semissólidos A determinação do peso, no ensaio para os produtos semissólidos: I. É caracterizada como teste físico; II. Pertence à classe de ensaios oficiais; III. É realizada para compor os ensaios de caracterização do produto. Assinale a alternativa correta: a) I e III estão corretas. b) II e III estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) I e II estão corretas. e) Todas estão incorretas. Interatividade A determinação do peso, no ensaio para os produtos semissólidos: I. É caracterizada como teste físico; II. Pertence à classe de ensaios oficiais; III. É realizada para compor os ensaios de caracterização do produto. Assinale a alternativa correta: a) I e III estão corretas. b) II e III estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) I e II estão corretas. e) Todas estão incorretas. Resposta Dentre as formas farmacêuticas sólidas, os comprimidos e as cápsulas são os mais utilizados. Drágeas, *pós e *granulados requerem os variados ensaios de qualidade físicos oficiais, e ensaios complementares não oficiais. *Umidade e granulometria, pois esses fatores influenciam no fluxo do pó ou do grânulo no preenchimento da embalagem do produto final. Sólidos Ensaios físicos aplicados aos comprimidos e às cápsulas Fonte: Adaptado de: Brasil (2019). Formas farmacêuticas Oficiais Não oficiais Comprimidos Peso Desintegração Dureza Friabilidade Dissolução Dimensões Aspectos Cor Cápsulas Peso Desintegração Dissolução Aderência Cor Resistência ao choque Peso: O peso médio em embalagens e formas farmacêuticas deve ser executado em balanças de sensibilidade adequada, tanto para os produtos de dose única quanto para os produtos de doses múltiplas. Aspecto: O controle de aspecto geral de um comprimido ou uma cápsula inclui a quantificação de algumas propriedades, tais como: tamanho, forma, cor, presença ou ausência de cheiro e/ou sabor, rugosidade na superfície, brilho ou opacidade, defeitos físicos, e facilidade de leitura e identificação de marcas. Tamanho e forma: Em termos de controle de qualidade, a espessura do comprimido deve estar monitorada e deve estar entre ± 5% do valor padrão esperado; Na verificação visual de cápsulas são avaliados os fatores como: limpeza, deformações e rachaduras das cápsulas, enchimento e se a trava está funcionando de acordo. Sólidos Dureza: A determinação da dureza está associada à resistência mecânica do comprimido ao esmagamento; A resistência de um comprimido define-se como a força necessária para esmagar o comprimido ao longo de seu diâmetro em um teste de compressão. Sólidos Fonte: Manual de Instruções. Rockwell Hardness Tester LH-150. Manuale d’istruzione 906.501 Vogel. Friabilidade: A friabilidade traduz a resistência do comprimido ao desgaste. Na prática, o teste de friabilidade é aplicado, apenas, aos comprimidos não revestidos. Sólidos 10,0 ± 0,1 mm diâmetro 25,0 ± 0,5 mm diâmetro 287,0 ± 4,0 mm diâmetro interno 80,5 ± 5,0 mm raio interno 156,0 ± 2,0 mm altura da queda 38,0 ± 2,0 mm Especificação do aparelho para o teste de friabilidade segundo à Farmacopeia Brasileira. Fonte: Adaptado de: Brasil (2019). Desintegração: Para que aconteça o processo de absorção de um fármaco, um comprimido ou uma cápsula precisam se desintegrar em pequenas partículas ou grânulos, de forma que esses pedaços possam se dissolver e se tornar biodisponíveis. Sólidos 1,6 2,55 9,5 6 2 20,7 1,6 9,5 2,55 6 90 2 21,5 Tela de arame de aço inoxidável 77,5 2 21,5 6 Aparelho para o teste de desintegração de comprimidos e cápsulas (dimensões em mm) segundo à especificação da Farmacopeia. Fonte: Adaptado de: Brasil (2019). Dissolução: Baseado na dissolução do fármaco no meio a partir dos pequenos fragmentos originados no processo de desintegração; Esses pequenos fragmentos aumentam a área superficial, o que facilita o processo de dissolução. Esse processo está correlacionado com a disponibilidade do fármaco em ser absorvido e, consequentemente, com a sua biodisponibilidade. Teor do princípio ativo: Para o ensaio de doseamento ou o ensaio de potência para as formas farmacêuticas, contendo os insumos farmacêuticos ativos, é necessário estabelecer e garantir a quantidade do princípio ativo presente no produto, em relação ao teor declarado no rótulo; Podem ser classificados como métodos clássicos que envolvem as reações químicas específicas, como: volumetria, ou outros métodos, classificados como métodos instrumentais e, portanto, estão relacionados com as propriedades físico- químicas das substâncias a serem testadas, como a espectrometria no UV-visível e a cromatografia. Sólidos Dentre os ensaios físicos comumente aplicados aos comprimidos e às cápsulas estão a: I. Dureza; II. Friabilidade; III. Temperatura de fusão; IV. Viscosidade. Assinale a alternativa correta: a) I, III e IV estão corretas. b) II, III e IV estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) I e II estão corretas. e) Todas estão corretas. Interatividade Dentre os ensaios físicos comumente aplicados aos comprimidos e às cápsulas estão a: I. Dureza; II. Friabilidade; III. Temperatura de fusão; IV. Viscosidade. Assinale a alternativa correta: a) I, III e IV estão corretas. b) II, III e IV estão corretas. c) I, II e III estão corretas. d) I e II estão corretas. e) Todas estão corretas. Resposta Referências BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6. ed., v. I. Brasília, 2019p. BRASIL. ANVISA. Farmacopeia Brasileira. 6. ed., v. II. Brasília, 2019q. ATÉ A PRÓXIMA!