Prévia do material em texto
<p>HEMATOLOGIA CLINICA</p><p>EXPERT 3.0</p><p>@BIOMEDGABRIEL</p><p>Produzido por Gabriel Oliveira</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>SUMÁRIO</p><p>Este conteúdo é destinado apenas para o uso privado da pessoa que o obteve. Por</p><p>conseguinte, é estritamente proibido compartilhá-lo e/ou comercializá-lo, pois tal</p><p>ato constitui uma violação do artigo 184 do Código Penal Brasileiro. Essa</p><p>transgressão pode resultar em uma pena de prisão de 3 meses a 4 anos, além da</p><p>imposição de uma multa.</p><p>ATENÇÃO!!!</p><p>3</p><p>8</p><p>8</p><p>13</p><p>29</p><p>36</p><p>43</p><p>46</p><p>52</p><p>57</p><p>59</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>HEMOGRAMA</p><p>ERITROGRAMA</p><p>ANEMIAS</p><p>ALTERAÇÕES ERITROCITÁRIAS</p><p>LEUCOGRAMA</p><p>ACHADOS LEUCOCITÁRIOS</p><p>LEUCEMIAS</p><p>PLAQUETOGRAMA</p><p>OUTROS EXAMES EM HEMATOLOGIA</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>HEMÁCIAS</p><p>células sanguíneas que têm formato de disco</p><p>bicôncavo e são anucleadas</p><p>Seu diâmetro é de aproximadamente sete</p><p>micrômetros e sua principal função é o transporte</p><p>de oxigênio.</p><p>Em alguns casos ela pode está com outros</p><p>formatos e isso pode indicar um quadro anêmico.</p><p>Vamos falar sobre isso daqui a pouco</p><p>Agora você deve tá se perguntando como surgem as hemácias, e a resposta pequeno</p><p>gafanhoto, jovem padawan é que elas nascem na medula óssea através de um</p><p>processo chamado ERITROPOESE, que é o processo de formação e maturação das</p><p>hemácias</p><p>Sabe as nossas células troncos pluripotentes, então, elas podem se diferenciar de</p><p>diversas formas, dando origem a vários tipos de células, no caso específico das</p><p>hemácias a ERITROPOETINA é a glicoproteína produzida nos rins que atua na</p><p>estimulação e no controle de produção das células vermelhas do sangue</p><p>3</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>4</p><p>LEUCÓCITOS</p><p>Como vimos anteriormente as hemácias</p><p>sofrem um processo de maturação, o mesmo</p><p>ocorre com os leucócitos, vou te explicar como</p><p>ocorre esse processo, mas primeiro vou te</p><p>falar o que são os leucócitos</p><p>Os leucócitos são células de defesa do nosso</p><p>organismo, vamos imaginar que nosso corpo é</p><p>um grande castelo, então os leucócitos são</p><p>nossos soldados</p><p>Os leucócitos nos protegem de agentes patogênicos como vírus, bactérias, fungos,</p><p>corpos estranhos, parasitas e até mesmo agentes cancerígenos.</p><p>O processo de maturação dessas células são chamada de leucopoese, e neste</p><p>processo são formados os 5 tipos de leucócitos , e os mesmo são divididos em dois</p><p>grupos: Leucócitos granulócitos e leucócitos agranulócitos</p><p>Vamos ver agora mais sobre eles</p><p>LEUCÓCITOS GRANULÓCITOS</p><p>Como o nome mesmo sugere, os granulócitos possuem grânulos, e são eles :</p><p>Basófilo, eosinófilo e neutrófilo</p><p>NeutrófiloBasófilo Eosinófilo</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>5</p><p>LEUCÓCITOS</p><p>Como o nome mesmo sugere, os agranulócitos não possuem grânulos, e são eles :</p><p>Monócito e linfócito</p><p>Linfócito Monócito</p><p>Agora vocês devem está pensando que é ruim de decorar né? por isso o titio Gabriel</p><p>vai dar um MACETE para decorar</p><p>Granulócitos: Terminação OFILO</p><p>Agranulócitos: Terminação OCITO</p><p>LEUCÓCITOS AGRANULÓCITOS</p><p>FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS</p><p>associado a infecções bacterianas e fungos, eles tem</p><p>capacidade de fagocitose e são os leucócitos mais</p><p>abundantes no sangue, a característica principal deste</p><p>leucócito é apresentar núcleo apresenta de 2 a 5 lóbulos</p><p>NEUTRÓFILOS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>6</p><p>associados a infecções parasitárias e alergias, não são</p><p>especializados em fagocitose, realizam sua função de defesa</p><p>liberando para o meio extracelular o conteúdo dos seus grânulos</p><p>EOSINÓFILOS</p><p>Associados a alergias, essa célula libera heparina evitando a</p><p>formação de coágulos e libera histamina, o que permite a</p><p>vasodilatação no local da inflamação, possibilitando um acesso</p><p>facilitado de outros soldadinhos de defesa</p><p>BASÓFILOS</p><p>associado a alergias ou infecções bacterianas, elas migram da</p><p>corrente sanguínea para o tecido para se diferenciar em</p><p>macrófagos, que tem como principal função realizar a fagocitose.</p><p>eles tem outras funções que variam conforme o local onde ele é</p><p>encontrado e da denominação recebida</p><p>MONÓCITOS</p><p>LINFÓCITOS</p><p>Os linfócitos são divididos em duas categorias: Linfócitos T e</p><p>B, e eles participam na defesa contra infecções virais e alguns</p><p>linfomas</p><p>O linfócito T participa da imunidade celular mediadas através</p><p>da produção de enzimas líticas e de citocinas, na qual o alvo</p><p>são microrganismos intracelular</p><p>O linfócito B participa da imunidade humoral mediada através</p><p>de anticorpos, produzidos pelos plasmócitos ( Linfócitos B</p><p>maduros), na qual o alvo são microrganismos extracelulares e</p><p>toxinas</p><p>linfócitos T</p><p>linfócitos B</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>7</p><p>As plaquetas são produzidas na medula óssea, e</p><p>vivem cerca de 10 dias, pois estão sempre se</p><p>renovando</p><p>é apenas um fragmento arroxeado/azulado</p><p>Não são consideradas células, e sim fragmentos de</p><p>megacariocitos</p><p>TROMBÓCITOS</p><p>Elas formam um tampão plaquetário, que tem como função evitar que você continue</p><p>a sangrar em caso de cortes no tecido os vasos, elas atuam no processo de</p><p>coagulação sanguínea</p><p>FUNÇÕES DOS PLAQUETAS</p><p>Geralmente, o corpo humano contém de 150 mil a 450 mil plaquetas por microlitro de</p><p>sangue. Dessas, 70% circulam no sistema sanguíneo, enquanto 30% ficam no baço.</p><p>As plaquetas circulantes têm uma vida útil de cerca de 10 dias, após os quais são</p><p>levadas para o baço e o fígado.</p><p>Um aumento excessivo das plaquetas circulantes é chamado de trombocitose,</p><p>enquanto uma diminuição acentuada abaixo dos valores normais é conhecida como</p><p>trombocitopenia. Ambos os casos são preocupantes, pois a trombocitose está</p><p>associada a um maior risco de formação de coágulos sanguíneos, enquanto a</p><p>trombocitopenia está ligada a um aumento do risco de hemorragias.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>8</p><p>HEMOGRAMA</p><p>ERITOGRAMA</p><p>Parte do hemograma na qual são avaliados os eritrócitos ou hemácias</p><p>qualitativamente e quantitativamente</p><p>Pipetar 4 ml de um líquido diluidor chamado Hayem, em um tubo de ensaio.1.</p><p>Com a pipeta transferir 20 μl de sangue para o tubo com o líquido diluidor2.</p><p>Homogeneizar a solução por 5 minutos3.</p><p>Preencher a câmara de Neubauer4.</p><p>CONTAGEM DE HEMÁCIAS NA CÂMARA DE NEUBAUER</p><p>TÉCNICA</p><p>LEITURA</p><p>Focar na objetiva de 10x e contar na de 40x 1.</p><p>Contar as hemácias de cinco quadrados pequenos localizados no quadrante</p><p>central (4 cantos e 1 central)</p><p>2.</p><p>Multiplicar o resultado da soma dos 5 quadrados por 10.0003.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>9</p><p>HEMOGRAMA</p><p>Preencher um tubo capilar com sangue até 3/4 da sua altura.1.</p><p>Fechar uma das extremidades com massa modelar2.</p><p>Centrifugar na microcentrífuga por 5 minutos a 10.000 rpm3.</p><p>Realizar a leitura na régua padronizada considerando o volume eritrocitário4.</p><p>HEMATÓCRITO</p><p>TÉCNICA</p><p>Hematócrito é uma medida da proporção de hemácias no sangue, e o valor é</p><p>expresso em percentual</p><p>Valores de referência</p><p>Mulheres: 35% a 47%</p><p>Homens: 38% a 52%</p><p>* Valores de referência podem sofrer variações de</p><p>um laboratório para o outro</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>10</p><p>HEMOGRAMA</p><p>HEMOGLOBINA</p><p>A hemoglobina é uma proteína presente nas</p><p>hemácias, com estrutura quaternária formada pela</p><p>combinação de cadeias de globina e do grupo HEME,</p><p>contendo ferro. Quando sua concentração está abaixo</p><p>de 12 g/dl, caracteriza-se anemia.</p><p>DOSAGEM DE HEMOGLOBINA</p><p>Em um tubo de ensaio, adicione 5 mL de reagente de cor (cianeto de</p><p>hemoglobina) e 0,02 mL de sangue total (amostra).</p><p>Faça uma mistura homogênea e aguarde por 5 minutos.</p><p>Repita o mesmo procedimento para o padrão. Determine a absorbância do teste a</p><p>uma longitude de onda de 540 nm, ajustando o zero com o reagente de cor ou</p><p>água destilada/deionizada.</p><p>Calcule a concentração sanguínea de hemoglobina (em g/dL) utilizando o valor</p><p>obtido com o padrão de hemoglobina por meio de uma regra de três simples.</p><p>Padrão de hemoglobina...............................</p><p>Absorvância determinada</p><p>Concentração de hemoglobina na amostra (X).................................. Absorvância obtida</p><p>Existem diferentes tipos de hemoglobina, sendo a A1 predominante em adultos (cerca</p><p>de 97% da hemoglobina total), seguida pela A2 (aproximadamente 2% em adultos</p><p>normais) e a Hemoglobina Fetal, presente no feto e diminuindo ao longo do</p><p>crescimento, representando cerca de 1% da hemoglobina total..</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>11</p><p>HEMOGRAMA</p><p>ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS</p><p>Volume Corpuscular Médio (VCM) - Avalia o tamanho médio dos eritrócitos</p><p>(Hemácias).</p><p>Valores de referência: 80- 100 fl (fentolitros)</p><p>Microcitose Normocitose Macrocitose</p><p>> 100 fl80-100 fl< 80 fl</p><p>MICROcíticas: Hemácias pequenas</p><p>NORMOcíticas: Hemácias normais</p><p>MACROcíticas: Hemácias grandes</p><p>Hemoglobina Corpuscular Médio (HCM) - Avalia a quantidade média de hemoglobina</p><p>presente nas hemácias.</p><p>* VALORES DE REFERÊNCIA PODEM SOFRER VARIAÇÕES DE UM</p><p>LABORATÓRIO PARA O OUTRO</p><p>Normalmente as hemácias têm tamanhos de 80 a 100fl, porém elas podem</p><p>apresentar tamanhos bem pequenos ou bem grandes, vamos entender agora alguns</p><p>termos para você aprender</p><p>Valores de referência: 24 - 33 g/dl</p><p>Hipocromia: <24</p><p>Hipercromia: > 33</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>12</p><p>HEMOGRAMA</p><p>Red Cell Distribution Width (RDW) - Avalia a variação no tamanho das hemácias,</p><p>sendo essa variação denominada anisocitose.</p><p>referências: 11,5 - 14,5 %</p><p>Concentração da Hemoglobina Corpuscular Médio (CHCM): Avalia a concentração da</p><p>hemoglobina, que tá dentro da Hemácia.</p><p>Considera-se normal de 31-36 g/dL de hemácias.</p><p>Exemplo de ANISOCITOSE</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>13</p><p>ALTERAÇÕES DO ERITROGRAMA</p><p>ANEMIAS</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS</p><p>ANEMIAS MICROCÍTICA HIPOCROMICA</p><p>VCM< 80FL. HCM < 24PG</p><p>Como visto anteriormente o VCM abaixo de 80fl é considerado uma microcitose,</p><p>indicando que as hemácias estão com tamanho menores que o normal, já o HCM</p><p>indica a quantidade média de hemoglobina na hemácias, com esses valores está</p><p>relacionado a uma hipocromia</p><p>Ou seja, são hemácias com tamanho pequeno com um halo central pálido e isso pode</p><p>está relacionado a</p><p>• anemia sideroblástica</p><p>• deficiência de ferro</p><p>• talassemias</p><p>Caracteriza-se pela redução da concentração de hemoglobina sanguínea abaixo dos</p><p>valores de referência específicos para idade e sexo.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>14</p><p>ANEMIAS NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA</p><p>VCM 80-100FL. HCM 27-32PG</p><p>Na prática, a maioria das anemias classificadas como normocíticas/normocrômicas</p><p>apresenta uma variedade de formas celulares, incluindo células maiores (macrócitos),</p><p>células menores (micrócitos) e células com formas irregulares (poiquilócitos). No</p><p>entanto, o tamanho médio das células sanguíneas (VCM) permanece dentro dos</p><p>limites normais. Similarmente, a variação na coloração, como a presença de células</p><p>pequenas e com baixa coloração (micrócitos hipocrômicos) e células normais em</p><p>tamanho e coloração (normócitos normocrômicos), não afeta o valor médio de</p><p>hemoglobina dentro das células vermelhas do sangue (HCM).</p><p>Visto que os valores estão dentro na normalidade, logo o HCM e nem o VCM são</p><p>Alterados, nesses casos podem está relacionado a</p><p>• Anemias de doença crônicas</p><p>• Anemias hemolíticas</p><p>ANEMIAS MACROCÍTICA</p><p>VCM > 100FL</p><p>Nesse caso significa que as hemácias estão com tamanho maior que o normal,</p><p>o que pode indicar</p><p>• Deficiência de vitamina b12 e b9</p><p>• Anemia aplástica</p><p>• Mielodisplasia</p><p>• Hepatopatias</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>15</p><p>CLASSIFICAÇÃO DE ANEMIA SEGUNDO O VCM E O RDW</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>SINTOMAS</p><p>Fadiga, Fraqueza, Palidez, Falta de ar,</p><p>Tontura, Taquicardia, Em casos mais</p><p>graves, a pessoa pode ter feridas na boca.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Exame físico</p><p>Exames de sangue, que incluem a (</p><p>dosagem de hemoglobina, ferro sérico,</p><p>ferritina, capacidade de transporte de ferro.</p><p>TRATAMENTO</p><p>dieta rica em ferro,</p><p>suplementação oral ou, em casos graves, por</p><p>via intravenosa</p><p>16</p><p>ANEMIA FERROPRIVA</p><p>Anemia ferropriva é uma condição em que o organismo não tem ferro suficiente para</p><p>produzir hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos responsáveis</p><p>pelo transporte de oxigênio pelo corpo</p><p>Dieta pobre em ferro</p><p>Problemas de absorção</p><p>Perda de sangue</p><p>Aumento das necessidades de ferro</p><p>CAUSAS</p><p>ANEMIAS MICROCÍTICAS E HIPOCRÔMICAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>17</p><p>Eliptócitos hipocrômicos são mais frequentes,</p><p>enquanto hemácias em alvo são menos</p><p>prevalentes</p><p>HEMOGRAMA NA ANEMIA FERROPRIVA</p><p>A evolução temporal inclui uma Anisocitose inicial e progressiva, seguida por</p><p>Microcitose, e, finalmente, desenvolve-se Hipocromia e Poiquilocitose. a</p><p>contagem de plaquetas apresenta um aumento observado em cerca de 30% das</p><p>situações relacionadas.</p><p>ACHADOS MORFOLOGICOS</p><p>TALASSEMIAS</p><p>Doenças genéticas que causam a diminuição ou ausência na síntese de um dos tipos</p><p>de cadeias de globina.</p><p>A acumulação de cadeias sintetizadas preservadas leva à formação de precipitados</p><p>intracelulares, resultando em lesão da membrana e subsequente hemólise. A</p><p>deficiência na hemoglobinização resulta em microcitose e hipocromia.</p><p>TALASSEMIA ALFA</p><p>É causada por uma alteração na molécula alfa-globina das hemoglobinas do sangue,</p><p>causada por uma ou mais mutações no cromossomo 16 e pode ser dividida em:</p><p>O traço alfa talassêmico: é uma condição que se caracteriza por uma anemia leve devido à</p><p>diminuição de apenas uma cadeia alfa-globina.</p><p>Hemoglobina H: é considerada uma das formas graves da talassemia, já que resulta na</p><p>ausência de produção de 3 dos 4 genes alfa relacionados à cadeia alfa-globina.</p><p>Síndrome da hidropsia fetal da hemoglobina Bart's: é o tipo mais grave de talassemia, uma</p><p>vez que se caracteriza pela ausência de todos os genes alfa, levando à morte do feto</p><p>durante a gravidez.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>18</p><p>Genética da α-talassemia. Cada gene α pode sofrer</p><p>deleção ou, com menos frequência, apresentar</p><p>disfunção. Os quadrados laranja representam genes</p><p>normais, enquanto os quadrados verdes representam</p><p>deleções genéticas ou genes com funcionamento</p><p>inadequado.</p><p>Precipitados de Hb H na doença de Hb H,</p><p>após incubação do sangue total misturado</p><p>com azul de crezil brilhante a 37ºC / 1 hora.</p><p>Na associação da Hb AS com doença de Hb</p><p>H é possível obter resultados similares ao</p><p>desta figura.</p><p>TALASSEMIA BETA</p><p>A talassemia beta é uma doença causada por uma alteração na molécula de beta-globina</p><p>presente nas hemoglobinas do sangue, causada mutações no cromossomo 11 e pode ser</p><p>dividida em três tipos:</p><p>Talassemia beta menor (ou traço beta talassêmico): é uma das formas mais leves da doença</p><p>e geralmente não apresenta sintomas, sendo diagnosticada apenas por exames</p><p>hematológicos. Nesse caso, não é necessário um tratamento específico ao longo da vida,</p><p>mas pode ser recomendado o uso de suplementos de ácido fólico para prevenir anemias</p><p>leves.</p><p>A talassemia beta intermediária: A forma sintomática, mas não grave, da talassemia β</p><p>intermediária é caracterizada por níveis de hemoglobina entre 8 e 10 g/dL. Geralmente, não</p><p>requer transfusões regulares, mas em alguns casos, transfusões de sangue esporádicas</p><p>podem ser necessárias para tratar a anemia, que varia de leve a grave.</p><p>talassemia beta maior (ou major): A Talassemia β maior representa a forma mais severa das</p><p>talassemias beta, caracterizada pela completa ausência de produção de cadeias beta-</p><p>globina. As manifestações geralmente começam no primeiro ano de vida, incluindo menor</p><p>ganho de peso, episódios febris, diarreia, apatia, irritabilidade e palidez. Além disso, são</p><p>observadas esplenomegalia e hepatomegalia, bem como alterações ósseas, dentárias,</p><p>faciais e articulares devido à hiperplasia medular. O tratamento envolve transfusões</p><p>sanguíneas regulares para</p><p>mitigar a anemia.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>19</p><p>DIFERENCIAÇÃO ENTRE TALASSEMIA E ANEMIA FERROPRIVA.</p><p>Discriminant indexes to simplify the differential diagnosis between iron deficiency anemia and thalassemia minor in</p><p>individuals with microcytic anemia. REV ASSOC MED BRAS 2020; 66(9):1277-1282</p><p>Vale destacar que a forma homozigótica (Talassemia maior) raramente será confundida</p><p>com anemia ferropriva.</p><p>A confusão mais comum ocorre entre a talassemia heterozigótica e a deficiência de</p><p>ferro.</p><p>A investigação envolve dados clínicos, hemograma, perfil de ferro e eletroforese de</p><p>hemoglobinas.</p><p>Na talassemia maior, são observados indícios de hemólise, tais como esplenomegalia e</p><p>aumento moderado nos níveis de bilirrubina.</p><p>Na talassemia maior, o esfregaço de sangue periférico na talassemia apresenta</p><p>hemácias deformadas, hemácias em alvo, pequenos fragmentos de hemácias</p><p>(esquizócitos), eritroblastos e, ocasionalmente, desvio à esquerda mieloide, com</p><p>mielócitos e metamielócitos.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>20</p><p>SÍNDROMES FALCÊMICAS</p><p>As síndromes falcêmicas são um conjunto de distúrbios da hemoglobina</p><p>que são herdados através de um gene chamado β-globina S, que é</p><p>conhecido como "sickle" (foicinha) em inglês. Essa condição genética</p><p>ocorre devido à substituição de um aminoácido chamado ácido glutâmico</p><p>por valina na posição 6 da cadeia β</p><p>A anemia falciforme (quando alguém possui duas cópias do gene Hb SS) é a forma</p><p>mais comum e grave dessa síndrome. A condição de ser portador (heterozigoto)</p><p>dessa síndrome é relativamente comum e é encontrada em até 30% da população</p><p>africana da África Ocidental. Isso ocorre porque ser portador oferece alguma</p><p>proteção contra a malária.</p><p>A hemoglobina S (Hb α2β2S) se torna insolúvel e cria cristais quando exposta a baixos</p><p>níveis de oxigênio. Esses cristais se assemelham a longas fibras formadas por sete</p><p>fios duplos entrelaçados. Esse processo faz com que as células vermelhas do sangue</p><p>adotem uma forma em foice, o que pode resultar na obstrução de diferentes partes</p><p>dos vasos sanguíneos menores, causando ocasionalmente danos aos órgãos.</p><p>ANEMIA FALCIFORME</p><p>ANEMIAS NORMOCÍTICAS E NORMOCRÔMICAS</p><p>A anemia falciforme é uma doença hereditária que causa a deformação dos glóbulos</p><p>vermelhos, comprometendo sua capacidade de transportar oxigênio e aumentando o</p><p>risco de obstrução dos vasos sanguíneos. A doença é causada por uma mutação</p><p>genética que afeta um único aminoácido na cadeia de beta-globina da hemoglobina</p><p>em que o aminoácido ácido glutâmico é substituído pelo aminoácido valina na posição</p><p>6 da cadeia β da globina. Apresentando a hemoglobina S, já na hemácia normal temos</p><p>a presença da hemoglobina A</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>21</p><p>SINTOMAS</p><p>Fadiga, Falta de ar, Icterícia, Dores musculares e</p><p>articulares, Infecções frequentes, Problemas de</p><p>crescimento em crianças. Aumento do baço</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico da anemia falciforme envolve o teste do pezinho, que busca</p><p>hemácias em forma de foice, reticulócitos, pontilhado basófilo e baixo valor de</p><p>hemoglobina</p><p>O exame de eletroforese de hemoglobina para verificar a presença de</p><p>hemoglobina SS.</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento da anemia falciforme pode incluir medicamentos para aliviar os</p><p>sintomas e prevenir complicações, como antibióticos para prevenir infecções,</p><p>analgésicos para aliviar a dor</p><p>Transplante de medula óssea.</p><p>A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, o que significa que, em</p><p>alguns casos, é passada dos pais para os filhos.</p><p>CAUSAS</p><p>HEMOGRAMA</p><p>com Hb entre 6,0 e 9,0 mg/dL em pacientes não transfundidos. Geralmente,</p><p>apresenta RDW elevado (>19,5%). Os drepanócitos são observados de 2 a 4+,</p><p>enquanto as hemácias em alvo variam de 1 a 3+. Durante crises falcêmicas,</p><p>eritroblastos estão em grande quantidade. Leucocitose ocorre em processos</p><p>hemolíticos ou infecciosos, e há um aumento nas plaquetas devido à hipofunção</p><p>esplênica.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>22</p><p>ANEMIAS DE DOENÇAS CRÔNICAS</p><p>A anemia por doença crônica é uma condição complexa com várias causas. O</p><p>diagnóstico geralmente exige a presença de uma doença inflamatória de longa</p><p>duração, como infecção, doença autoimune, doença renal ou câncer.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico da anemia por doença crônica envolve a</p><p>avaliação dos sinais e sintomas do distúrbio subjacente,</p><p>juntamente com a realização de um hemograma completo,</p><p>análise do ferro sérico, ferritina, transferrina (ou capacidade</p><p>total de ligação do ferro) e contagem de reticulócitos.</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento da anemia por doença crônica consiste em</p><p>abordar a doença subjacente. Em alguns casos, suplementos</p><p>de ferro podem ser administrados se houver uma deficiência</p><p>de ferro associada. Geralmente, transfusões sanguíneas não</p><p>são necessárias, pois a anemia costuma ser leve.</p><p>A anemia por doença crônica está associada a condições inflamatórias prolongadas,</p><p>sendo mais comum em casos de infecção crônica, doenças autoimunes</p><p>(especialmente artrite reumatoide), doença renal, insuficiência cardíaca ou câncer.</p><p>No entanto, esse processo parece iniciar de maneira aguda em várias situações,</p><p>incluindo infecções, inflamações, traumas, doenças graves ou cirurgias.</p><p>CAUSAS</p><p>EXTRA</p><p>Infecções crônicas, inflamações e câncer podem causar anemia, geralmente com</p><p>níveis de hemoglobina superiores a 8 g/dL, a menos que outros fatores estejam</p><p>presentes. Múltiplos mecanismos contribuem, incluindo menor sobrevida dos</p><p>eritrócitos e comprometimento da eritropoiese e disponibilidade de ferro.</p><p>Inicialmente, a anemia é normocítica, evoluindo para microcítica. Os níveis de ferro</p><p>sérico e transferrina tendem a diminuir, enquanto a ferritina pode estar normal ou</p><p>aumentada.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>O diagnóstico da anemia por doença renal inclui hemograma,</p><p>contagem de reticulócitos e análise do esfregaço periférico. A</p><p>confirmação se dá pela presença de insuficiência renal,</p><p>anemia normocítica e reticulocitopenia periférica. A</p><p>hipoplasia eritroide na medula óssea pode ser observada. A</p><p>identificação de fragmentação eritrocitária no esfregaço,</p><p>especialmente com trombocitopenia, indica possibilidade de</p><p>anemia hemolítica microangiopática, exigindo investigações e</p><p>tratamentos adicionais.</p><p>23</p><p>ANEMIA DO DOENTE RENAL CRÔNICO</p><p>A anemia da doença renal é hipoproliferativa, principalmente devido</p><p>à deficiência de EPO ou à diminuição da resposta a ela,</p><p>apresentando características normocíticas e normocrômicas. O</p><p>tratamento envolve abordar a doença subjacente e, às vezes, inclui</p><p>a administração de EPO e suplementação de ferro.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento da anemia por doença renal visa tratar a doença</p><p>subjacente, utilizando, às vezes, eritropoietina recombinante e</p><p>suplementos de ferro. O objetivo é melhorar a função renal,</p><p>aumentar a produção de eritrócitos e, quando a função renal é</p><p>normalizada, corrigir gradualmente a anemia.</p><p>EXTRA</p><p>Infecções crônicas, inflamações e câncer podem causar anemia, geralmente com</p><p>níveis de hemoglobina superiores a 8 g/dL, a menos que outros fatores estejam</p><p>presentes. Múltiplos mecanismos contribuem, incluindo menor sobrevida dos</p><p>eritrócitos e comprometimento da eritropoiese e disponibilidade de ferro.</p><p>Inicialmente, a anemia é normocítica, evoluindo para microcítica. Os níveis de ferro</p><p>sérico e transferrina tendem a diminuir, enquanto a ferritina pode estar normal ou</p><p>aumentada.</p><p>Pacientes sem deficiências associadas geralmente apresentam valores normais de</p><p>VCM, HCM, CHCM e RDW. O diagnóstico é estabelecido com base na doença</p><p>subjacente.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>24</p><p>ANEMIAS HEMOLÍTICAS</p><p>Anemia hemolítica é um tipo de anemia que ocorre quando os glóbulos vermelhos são</p><p>destruídos mais rapidamente do que a medula óssea é capaz de produzi-los. A anemia</p><p>hemolítica autoimune pode ser classificada como quente ou fria, dependendo do tipo</p><p>de</p><p>anticorpo que ataca os glóbulos vermelhos. A quente é causada por anticorpos do</p><p>tipo IgG, enquanto a fria é provocada por anticorpos do tipo IgM.</p><p>SINTOMAS</p><p>Fadiga, Fraqueza, Palidez, Falta de ar,</p><p>Tontura, Icterícia (coloração amarela da</p><p>pele e dos olhos), Batimento cardíaco</p><p>acelerado, Dor abdominal, Urina escura,</p><p>Aumento do tamanho do baço.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico da anemia hemolítica é realizado</p><p>através de exames de sangue que avaliam o</p><p>número de glóbulos vermelhos, contagem de</p><p>reticulócitos, bilirrubina e a presença de</p><p>anticorpos contra os glóbulos vermelhos e</p><p>exames para avaliar infecções parasitarias</p><p>TRATAMENTO</p><p>Medicamentos imunossupressores, para tratar doenças autoimunes</p><p>Transfusões de sangue, para aumentar o número de glóbulos vermelhos no corpo</p><p>Esplenectomia (remoção do baço)</p><p>Tratamento contra parasitas</p><p>Doença autoimune ( organismo produz</p><p>anticorpos que destroem as</p><p>hemácias)</p><p>Doenças parasitarias ( Malária)</p><p>CAUSAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>25</p><p>ANEMIA APLÁSICA</p><p>A anemia aplásica é uma doença rara em que a medula óssea não produz quantidades</p><p>suficientes de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e</p><p>plaquetas. Isso resulta em uma diminuição no número de células sanguíneas no corpo</p><p>e pode levar a sintomas graves e potencialmente fatais.</p><p>SINTOMAS</p><p>Fadiga, Fraqueza, Falta de ar, Palidez, Tontura,</p><p>Infecções frequentes, Sangramento fácil ou</p><p>hematomas, Pequenas manchas vermelhas na</p><p>pele.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Hemograma</p><p>Mielograma</p><p>Biópsia da medula óssea para confirmar o</p><p>diagnóstico</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento da anemia aplásica é personalizado pelo hematologista e depende da</p><p>causa subjacente. As opções de tratamento podem incluir transfusão de sangue, uso</p><p>de medicamentos imunossupressores, fatores de crescimento de células</p><p>sanguíneas para estimular a medula óssea ou até mesmo transplante de medula</p><p>óssea.</p><p>Fármacos,</p><p>Produtos químicos,</p><p>Hepatite,</p><p>Radiação</p><p>CAUSAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>26</p><p>A anemia megaloblástica é um tipo de anemia causada por uma deficiência de</p><p>vitamina B12 ou ácido fólico, que são nutrientes importantes para a formação de</p><p>glóbulos vermelhos saudáveis. A falta dessas vitaminas pode levar a uma produção</p><p>anormal de glóbulos vermelhos, que são maiores e menos maduros do que o normal. (</p><p>Hemácias microcíticas)</p><p>SINTOMAS</p><p>Fadiga, Falta de ar, Palidez, Tontura,</p><p>Taquicardia, Perda de apetite, Perda de</p><p>peso, Língua dolorida e vermelha,</p><p>Diarreia, Formigamento nas mãos e pés.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico é feito através de exames de</p><p>sangue para avaliar os níveis de vitamina</p><p>B12 e ácido fólico, além de um hemograma</p><p>para avaliar a quantidade e a qualidade dos</p><p>glóbulos vermelhos.</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento depende da causa da</p><p>deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico e</p><p>pode incluir suplementos dessas vitaminas,</p><p>mudanças na dieta</p><p>Deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico</p><p>Má absorção intestinal de vitamina B12</p><p>Cirurgia bariátrica ou outras cirurgias que afetam o</p><p>trato gastrointestinal</p><p>Alcoolismo crônico</p><p>CAUSAS</p><p>ANEMIA MEGALOBLÁSTICA</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>27</p><p>ANEMIA PERNICIOSA</p><p>Anemia perniciosa, a principal causa da anemia megaloblástica, resulta da</p><p>incapacidade de absorção de vitamina B12 devido à ausência ou deficiência do Fator</p><p>Intrínseco. Nesse quadro, autoanticorpos são gerados contra células parietais do</p><p>estômago, reduzindo a produção do fator intrínseco essencial para a absorção da</p><p>vitamina B12.</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>O diagnóstico é feito através de exames de sangue para avaliar os níveis de vitamina</p><p>B12 e de anticorpos contra as células parietais e o fator intrínseco. Em alguns casos,</p><p>pode ser necessária uma endoscopia para avaliar o estômago e o intestino delgado.</p><p>além do teste de Schilling</p><p>HEMOGRAMA</p><p>Alterações hematológicas na anemia megaloblástica incluem VCM, HCM e RDW</p><p>elevados</p><p>Frequentemente, observa-se também plaquetopenia.</p><p>A anemia perniciosa é causada por uma reação imunológica que leva à atrofia e</p><p>inflamação crônica da mucosa gástrica, resultando no aumento da secreção de ácido</p><p>clorídrico pelo estômago e na diminuição da produção de fator intrínseco,</p><p>diminuindo, assim, a absorção de vitamina B12..</p><p>CAUSAS</p><p>ACHADOS MORFOLOGICOS</p><p>O esfregaço sanguíneo evidencia alterações nas células vermelhas, como macro-</p><p>ovalócitos, esquizócitos, dacriócitos, corpúsculos de Howell-Jolly, anel de Cabot,</p><p>pontilhado basófilo e eritroblastos, juntamente com neutrófilos</p><p>hipersegmentados.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>Fadiga, Fraqueza, Palidez, Falta de ar, Tontura,</p><p>Taquicardia, Em casos mais graves, podem</p><p>ocorrer problemas cardíacos e complicações</p><p>como infecções e sangramento.</p><p>28</p><p>ANEMIA SIDEROBLASTICA</p><p>A anemia sideroblástica é uma condição em que ocorre uma utilização inadequada</p><p>de ferro durante a síntese de hemoglobina. Isso resulta no acúmulo de ferro nas</p><p>mitocôndrias das células precursoras dos glóbulos vermelhos, conhecidas como</p><p>eritroblastos. Esse acúmulo de ferro leva à formação de sideroblastos em anel, que</p><p>podem ser visualizados na análise do sangue sob um microscópio. A anemia</p><p>geralmente é microcítica na anemia sideroblástica congênita e macrocítica na</p><p>anemia sideroblástica adquirida.</p><p>SINTOMAS</p><p>DIAGNÓSTICO</p><p>Exame físico</p><p>Exames de sangue, que incluem a (</p><p>dosagem de hemoglobina, ferro sérico,</p><p>ferritina, capacidade de transporte de ferro.</p><p>Hemograma</p><p>TRATAMENTO</p><p>O tratamento da anemia sideroblástica é personalizado de acordo com a gravidade da</p><p>condição. Geralmente, são administrados suplementos de ácido fólico e vitamina B6.</p><p>Em casos mais graves, como quando a anemia é causada por doenças subjacentes,</p><p>pode ser necessário realizar um transplante de medula óssea.</p><p>Hereditarias ( Fatores genéticos )</p><p>Adquiridas ( doenças como mielodisplasia e</p><p>síndrome mielodisplásica.)</p><p>CAUSAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>29</p><p>POIQUILOCITOSE</p><p>Lá no início você viu como é o formato normal de uma hemácia, mas como nem tudo</p><p>são flores, esses formatos podem sofrer algumas alterações (POIQUILOCITOSE), e ao</p><p>depender do seu formato damos algumas nomenclaturas que você vai entender agora</p><p>ESFERÓCITOS</p><p>Eritrócitos menores com formato esférico, e sem</p><p>o halo central e podem está relacionados a:</p><p>• Esferocitose hereditária</p><p>• Queimaduras extensas</p><p>• Anemias hemolíticas em geral</p><p>POIQUILOCITOSE ( ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS)</p><p>Eritrócitos que apresentam na região central da célula</p><p>uma fenda parecida com uma boca e estão</p><p>relacionados a</p><p>• anemias hemolíticas</p><p>• hepatopatia álcoolica</p><p>• estomatocitose hereditária</p><p>• sangue de recém-nascidos</p><p>ESTOMATÓCITOS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>30</p><p>Eritrócitos em forma de lágrima e estão presentes</p><p>em:</p><p>• Anemias megaloblásticas</p><p>• Fibrose de medula óssea</p><p>• Anemias hemolíticas em geral</p><p>• Podem ocorrer também na anemia ferropriva</p><p>Eritrócitos com algumas projeções e irregulares em</p><p>volta da membrana e estão presentes em:</p><p>• Abetalipoproteinemia</p><p>• Queimaduras extensas</p><p>• Doença hepática grave</p><p>• Esplenectomia</p><p>• Anemias hemolíticas em geral</p><p>• Deficiência de vitamina E</p><p>(Hemácias em alvo, dianócitos) são células com</p><p>excesso de membrana que no esfregaço sanguíneo</p><p>apresenta uma distribuição central de hemoglobina</p><p>rodeado por um halo claro, causado por excesso de</p><p>colesterol na membrana, uma perda do conteúdo</p><p>citoplasmático e está relacionado a Anemias</p><p>hemolíticas, icterícia obstrutiva, nas alterações</p><p>lipídicas do plasma, esplenectomia</p><p>DACRIÓCITOS</p><p>ACANTÓCITOS</p><p>CODÓCITOS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>31</p><p>Eliptócitos ou ovalócitos são Eritrócitos com forma</p><p>elíptica ou oval, quando em excesso são decorrentes</p><p>de eliptocitose ou ovalocitose hereditárias, que são</p><p>doenças que altera as proteínas das hemácias,</p><p>podem estar associadas as talassemias, anemia</p><p>ferropriva, anemia megaloblásticas, dentre outras</p><p>São células com inúmeras projeções</p><p>pequenas e</p><p>regulares em volta da membrana, e estão presentes</p><p>como artefatos de estocagem, mó entanto pode</p><p>ocorrer também em pacientes com uremia, estão</p><p>associadas também a deficiência de piruvato quinase,</p><p>insuficiência renal, hipertireoidismo, hepatopatias,</p><p>anemias microangiopáticas,</p><p>Conhecidas também como hemácias em foice, e</p><p>estão presentes na anemia falciforme , doença</p><p>falciforme e traços falciforme</p><p>ELIPTÓCITOS</p><p>DREPANÓCITOS</p><p>EQUINÓCITOS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>32</p><p>ESQUIZÓCITOS</p><p>São Eritrócitos sem forma exata, e por isso</p><p>possuem este nome e eles podem está</p><p>presentes em síndrome hemolítica uremica,</p><p>púrpura trombocitopênica, sepse, coagulação</p><p>intravascular disseminada, também pode ser</p><p>vista em Anemias megaloblásticas</p><p>OUTROS ACHADOS ERITROCITÁRIOS</p><p>Devido à redução de suas cargas negativas, as</p><p>hemácias se empilham, essa redução de carga pode</p><p>ocorrer principalmente pelo aumento de fibrinogênio</p><p>em condições inflamatórias e infecciosas.</p><p>Devido a reação antígeno-anticorpo as hemácias se</p><p>aglutinam formando cachos, isso ocorre, pois, essas</p><p>células ficam revestidas por anticorpos, e estão</p><p>associadas a anemias hemolíticas autoimunes</p><p>causadas por anticorpos frios (crioaglutininas).</p><p>ERITRÓCITOS AGLUTINADOS</p><p>ERITRÓCITOS EMPILHADOS (ROULEAUX):</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>33</p><p>INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS</p><p>Agora vamos falar das inclusões eritrocitárias</p><p>São restos de material nuclear, geralmente são</p><p>pequenos, arredondados, basofilicos e</p><p>frequentemente únicos</p><p>Estão associados a Anemias hemolíticas,</p><p>Anemias megaloblásticas, esplenectomia e</p><p>doenças falciforme</p><p>Devido a desnaturação na proteína</p><p>hemoglobina, quando ocorre próximo da</p><p>membrana, o corpos de Heinz são as cadeia</p><p>globinas provenientes dessa hemoglobina</p><p>visível apenas com a coloração supra vital (azul</p><p>de cresil brilhante ou novo azul de metileno)</p><p>CORPÚSCULOS DE HOWELL-JOLLY</p><p>CORPOS DE HEINZ</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>34</p><p>INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS</p><p>São várias inclusões quem contém RNA ou</p><p>restos de mitocôndrias dispersas no citoplasma</p><p>das hemácias</p><p>Podem está presentes em talessemias, Anemias</p><p>megaloblásticas, intoxicação por metais</p><p>pesados, deficiência de pirimidina 5'</p><p>nucleotidase, mielofibrose</p><p>São restos nucleares que parecem anéis de cor</p><p>azulada</p><p>Estão associados a Anemias hemolíticas,</p><p>Anemias megaloblásticas, esplenectomia e</p><p>síndromes mielofisplásicas</p><p>Conhecidos também como siderócitos, são</p><p>eritrócitos com depósitos de ferro, chamados</p><p>corpos de pappenheimer</p><p>Estão associados a sobrecarga de ferro,</p><p>esplenectomia e hipoesplenismo, síndromes</p><p>mielofisplásicas</p><p>PONTEADOS BASÓFILOS</p><p>ANEL DE CABOT</p><p>CORPÚSCULOS DE PAPPENHEIMER</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>35</p><p>ANISOCITOSE</p><p>as hemácias podem ter tamanhos variados, porém quando existem alterações em</p><p>excesso denominamos anisocitose, o grau de anisocitose é dada através o índice de</p><p>RDW visto anteriormente</p><p>MACROCITOSE</p><p>Aumento no tamanho dos glóbulos vermelhos</p><p>VCM > 100 Fl</p><p>Hemácias de tamanho grande são chamadas de</p><p>hemácias macrocíticas</p><p>MICROCITOSE</p><p>Diminuição no tamanho das hemácias</p><p>VCM < 80 Fl</p><p>Hémacias de tamanho pequenos são chamadas de</p><p>hemácias microcíticas</p><p>Hemacia macrocítica em formato oval -seta vermelha</p><p>Hemácia microcítica- seta preta</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>35</p><p>ANISOCROMIA</p><p>Anisocromia é a desigualdade na coloração entre as hemácias, causada pela</p><p>alteração na quantidade de hemoglobina na célula</p><p>HIPERCROMIA</p><p>São hemácias com aumento na tonalidade, deixando as</p><p>hemácias hipercrômicas, esse termo já está em desuso,</p><p>já que as hemácias hipercrômicas se assemelham aos</p><p>esferócitos( Vamos ver eles em breve)</p><p>HCM >33pg</p><p>HIPOCROMIA</p><p>redução da tonalidade avermelhada nas hemácias</p><p>HCM < 24 Pg</p><p>Anisocromia com várias hemácias hipocromicas</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>36</p><p>LEUCOGRAMA</p><p>Pipetar 4 ml de um líquido chamado Turk, em um tubo de ensaio.1.</p><p>Com a pipeta transferir 20 μl de sangue para o tubo com o líquido 2.</p><p>Homogeneizar e aguardar 20 minutos3.</p><p>Preencher a câmara de Neubauer4.</p><p>CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS COM CÂMARA DE NEUBAUER</p><p>TÉCNICA</p><p>LEITURA</p><p>Focar na objetiva de 10x e contar na de 40x 1.</p><p>Contar os leucócitos de4 quadrantes (4 cantos)2.</p><p>Multiplicar o resultado da soma dos 4 quadrados por 503.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>37</p><p>LEUCOGRAMA</p><p>CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS:</p><p>Fazer a confecção do esfregaço sanguíneo1.</p><p>examinar com objetiva de imersão, fazendo a contagem diferencial de 100</p><p>leucócitos. de preferencia na área central</p><p>2.</p><p>Calcular valores relativos (%) e absolutos de cada tipo de leucócito (mm3) fazendo</p><p>regra de 3</p><p>3.</p><p>Exemplo:</p><p>Se você encontrou</p><p>50 neutrófilos = 50%</p><p>5 eosinófilos = 5%</p><p>34 linfócitos = 34%</p><p>9 monócitos = 9%</p><p>2 basófilos = 2%</p><p>Se na contagem total de resultado foi 10.000</p><p>Agora você faz uma regra de 3 simples para cada</p><p>leucócito</p><p>10.000 -------------------100</p><p>x------------------------- 50</p><p>100x = 500.000</p><p>X = 500.000/100</p><p>X= 5.000</p><p>Então temos 5mil neutrófilos, e continuamos a</p><p>fazer com todos os tipos de leucócitos</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>38</p><p>LEUCOGRAMA</p><p>CORREÇÃO DE LEUCÓCITOS</p><p>A correção de leucócitos deve ser feita, pois o equipamento pode ler eritoblastos</p><p>como leucócitos, apenas se for encontrado 10 ou mais eritroblastos durante a</p><p>contagem diferencial deve ser feita a correção</p><p>Leucócitos corrigidos = ------------------------------</p><p>Leucócitos totais x 100</p><p>% eritroblastos + 100</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>39</p><p>LEUCOGRAMA</p><p>ALTERAÇÕES DO LEUCOGRAMA</p><p>Agora vamos entender um leucograma</p><p>Leucocitose : Aumentos dos números de leucócitos acima dos valores de</p><p>referencias e podem esta associados a leucemias, linfomas, infecções.</p><p>Leucopenia: Diminuição do numero de leucócitos abaixo do valor de</p><p>referencia e podem está associados a aplasia da medula óssea e etc.</p><p>agora vamos aprender outros termos, mas vou passar um macete que vai te</p><p>ajudar muito, se liga. Quando você ver a terminação</p><p>"ofilia" ou "ose" : Aumento de determinado leucócito</p><p>penia: Diminuição de determinado leucócito</p><p>Vamos ver isso na prática.</p><p>N° de eosinófilos acima do</p><p>valor de referência</p><p>EOSINOFILIA</p><p>Podem está associados a</p><p>Câncer</p><p>Infecção parasitaria</p><p>Doenças alérgicas</p><p>EOSINOPENIA</p><p>N° de eosinófilos abaixo do valor</p><p>de referência</p><p>Podem está associados a</p><p>estresse</p><p>Infecções e inflamações</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>41</p><p>NEUTROPENIA</p><p>N° de neutrófilos abaixo do valor</p><p>de referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Deficiência de Vitamina B12</p><p>Mielodisplasias</p><p>Infecções virais</p><p>Aplasia de Medula Óssea</p><p>NEUTROFILIA</p><p>N° de neutrófilos acima do valor</p><p>de referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Infecções</p><p>doenças inflamatorias</p><p>leucemias</p><p>gravidez</p><p>estresse</p><p>esforço fisico</p><p>neoplasias</p><p>BASOFILIA</p><p>N° de basófilos acima do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Asma, sinusite e rinite</p><p>Colite ulcerativa</p><p>Insuficiência Renal Crônica</p><p>Artrite</p><p>Anemia Hemolítica</p><p>Neoplasias mieloproliferativas crônicas</p><p>BASOPENIA</p><p>N° de basófilos abaixo do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>corticoides</p><p>período de estresse</p><p>hipertireoidismo e</p><p>síndrome de Cushing</p><p>Infecções e inflamações</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>42</p><p>MONOCITOSE</p><p>N° de monócitos acima do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Tuberculose</p><p>Endocardite bacteriana</p><p>Recuperação de infecções</p><p>Artrite reumatoide</p><p>Leucemias</p><p>MONOCITOPENIA</p><p>N° de monócitos abaixo do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>anemia aplástica e leucemia.</p><p>infeções no sangue</p><p>tratamentos de quimioterapia</p><p>LINFOCITOSE</p><p>N° de linfócitos acima do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Infecções virais</p><p>Infecções bacterianas</p><p>Leucemias linfoides agudas e</p><p>crônicas</p><p>LINFOCITOPENIA</p><p>N° de linfócitos abaixo do valor de</p><p>referência</p><p>Podem está associados a</p><p>Imunossupressão</p><p>Radioterapia</p><p>Quimioterapia</p><p>Linfoma de Hodgkin</p><p>Lúpus Eritematoso Sistêmico</p><p>HIV/AIDS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>43</p><p>ACHADOS LEUCOCITÁRIOS</p><p>CORPOS DE DOHLE As inclusões citoplasmáticas conhecidas como corpos de</p><p>Dohle, de coloração azul-acinzentada, se formam devido à</p><p>liquefação do retículo endoplasmático dos neutrófilos.</p><p>Geralmente, essas inclusões são observadas na periferia dos</p><p>neutrófilos e estão associadas principalmente a processos</p><p>infecciosos e inflamatórios. No entanto, também podem ser</p><p>identificadas em situações como queimaduras, durante a</p><p>gravidez, em pacientes que fazem uso de fator estimulante de</p><p>colônia granulocítica e macrofágica, na Síndrome</p><p>Mielodisplásica (SMD) e em outras condições médicas.</p><p>As manchas de Gumprecht são resíduos celulares resultantes</p><p>da ruptura de linfócitos durante a preparação de esfregaços.</p><p>Elas são frequentemente observadas em esfregaços de</p><p>pacientes com Leucemia Linfoide Crônica (LLC), devido à</p><p>fragilidade aumentada dessas células devido à sua longa</p><p>sobrevida. Esse achado é um forte indicativo de LLC. Em</p><p>casos não relacionados à LLC, esses resíduos celulares são</p><p>simplesmente chamados de restos celulares.</p><p>MANCHAS DE GRUMPRECHT</p><p>As pequenas formações de grânulos no</p><p>citoplasma dos neutrófilos podem se originar</p><p>devido a distúrbios na maturação dessas</p><p>células, levando à persistência de grânulos</p><p>azurófilos em estágios maduros. Além disso,</p><p>essas formações podem também ser o</p><p>resultado da endocitose de agentes tóxicos.</p><p>Essa observação corresponde à detecção de</p><p>grânulos densos no citoplasma dos neutrófilos</p><p>presentes no sangue periférico.</p><p>GRANULAÇÕES TÓXICAS</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>44</p><p>ACHADOS LEUCOCITÁRIOS</p><p>FLOWER CELL</p><p>As células exibem um núcleo irregular que se</p><p>assemelha a uma flor com múltiplas pétalas. Em</p><p>algumas delas, é possível observar a presença</p><p>de um nucléolo. Essas células são</p><p>frequentemente encontradas em casos de</p><p>Linfoma/Leucemia de células T em adultos,</p><p>muitas vezes associados à infecção pelo vírus</p><p>HTLV-1.</p><p>Os linfócitos reativos, semelhantes a imunoblastos, são</p><p>células de maior tamanho, apresentando uma alta razão</p><p>núcleo-citoplasma, cromatina condensada e um</p><p>citoplasma basofílico. m linfócito é ativado em resposta</p><p>a um processo inflamatório e/ou infeccioso</p><p>LINFÓCITO REATIVO</p><p>Os bastões de Auer são inclusões cristalinas no</p><p>citoplasma que resultam de defeitos na</p><p>formação, agregação e concentração de</p><p>grânulos de peroxidase em blastos leucêmicos.</p><p>Embora sejam mais frequentes na Leucemia</p><p>Promielocítica (LMA-M3), também podem ser</p><p>observados em outros subtipos de Leucemia</p><p>Mieloide Aguda, como LMA-M1, M2 e M4.</p><p>BASTÃO DE AUER</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>45</p><p>ACHADOS LEUCOCITÁRIOS</p><p>NEUTRÓFILOS HIPERSEGMENTADOS</p><p>(PLEOCARIÓCITOS) Essa modificação reativa ocorre quando os neutrófilos</p><p>segmentados apresentam mais de 5 lóbulos</p><p>agrupados, sendo observada em condições como</p><p>tuberculose, anemia megaloblástica (devido à</p><p>carência de ácido fólico e vitamina B12), insuficiência</p><p>renal crônica, síndromes mielodisplásicas (SMD),</p><p>síndromes mieloproliferativas (SMP), persistente</p><p>aumento dos neutrófilos, defeitos genéticos de</p><p>caráter dominante (ocorrendo raramente), uso de</p><p>corticoides, queimaduras, e entre alcoolistas, entre</p><p>outras situações médicas.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>46</p><p>LEUCEMIAS</p><p>A leucemia é uma doença nos leucócitos, e tem como característica acumulo de</p><p>células doentes na medula óssea, essas células antes de atingirem maturidade</p><p>sofrem uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa</p><p>Esta células morrem mais rapidamente e não funciona de forma adequada</p><p>Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia</p><p>mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda</p><p>(LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).</p><p>FATORES DE RISCO</p><p>O risco de leucemia está associado a diversos fatores, incluindo exposição a radiação</p><p>e produtos químicos, tratamento com certos medicamentos, infecções virais,</p><p>histórico de doenças hematológicas e condições genéticas preexistentes. Estes</p><p>fatores podem aumentar a probabilidade de desenvolver leucemia aguda ou crônica,</p><p>dependendo do caso.</p><p>LEUCEMIAS AGUDAS</p><p>As leucemias agudas são doenças graves que envolvem um rápido aumento no</p><p>número de células leucêmicas. Elas são classificadas em Leucemia Linfoide Aguda</p><p>(LLA) e Leucemia Mieloide Aguda (LMA), afetando principalmente crianças e adultos,</p><p>respectivamente. Essas leucemias são caracterizadas por células imaturas e pouco</p><p>diferenciadas.</p><p>Os principais aspectos das leucemias agudas incluem a proliferação anormal de</p><p>células progenitoras hematopoéticas, bloqueio na maturação das células sanguíneas</p><p>e substituição da medula óssea por células cancerosas. Isso resulta na produção</p><p>inadequada de células sanguíneas normais e em uma série de sintomas.</p><p>Os achados laboratoriais indicativos dessas leucemias incluem alta contagem de</p><p>blastos no sangue periférico, frequentemente com hiperleucocitose, plaquetopenia e</p><p>a presença de mais de 20% de blastos na medula óssea, que é um critério</p><p>diagnóstico. Bastonetes de Auer também podem ser observados, especialmente na</p><p>leucemia mieloide. Esses tipos de leucemias requerem diagnóstico e tratamento</p><p>rápidos devido à sua agressividade.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>47</p><p>LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA</p><p>A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é o tipo mais comum de leucemia aguda em</p><p>adultos, representando mais de 90% dos casos, sendo mais frequente com o</p><p>aumento da idade. É menos comum em crianças, ocorrendo em menos de 15% dos</p><p>casos na infância, geralmente no primeiro ano de vida.</p><p>A LMA é caracterizada por mutações genéticas nas células-tronco mieloides, levando</p><p>à formação de blastos que não conseguem amadurecer e se multiplicam</p><p>descontroladamente na medula óssea. Isso prejudica a produção de células</p><p>sanguíneas saudáveis. Os sintomas incluem fadiga, palidez, hematomas,</p><p>sangramento, febre e infecções.</p><p>O diagnóstico é feito por exames de sangue periférico e medula óssea, e o tratamento</p><p>envolve quimioterapia para induzir a remissão, seguida de quimioterapia pós-</p><p>remissão, frequentemente com a opção de transplante de células-tronco.</p><p>A LMA é causada por aberrações genéticas adquiridas, ocorrendo geralmente em</p><p>células-tronco pluripotentes. A proliferação anormal, expansão clonal, diferenciação</p><p>inadequada e diminuição da morte celular programada levam à substituição de</p><p>células sanguíneas normais por células malignas.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>48</p><p>LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA</p><p>A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é a leucemia mais comum em crianças e menos</p><p>comum em adultos, com maior incidência entre os 25 e 37 anos. As taxas de</p><p>sobrevida variam, sendo de aproximadamente 20% a 30% em adultos e de 80% a 90%</p><p>em crianças.</p><p>Na LLA, ocorre um erro genético nas células-tronco da medula óssea, resultando na</p><p>formação de linfócitos imaturos chamados de linfoblastos ou blastos leucêmicos.</p><p>Essas células ficam presas em estágios iniciais do desenvolvimento celular e não</p><p>amadurecem adequadamente para se tornarem células sanguíneas funcionais.</p><p>Os erros genéticos levam ao crescimento descontrolado das células mutantes,</p><p>enquanto as células sanguíneas normais deixam de se dividir e morrem naturalmente.</p><p>Isso resulta no acúmulo de linfoblastos disfuncionais na medula óssea, prejudicando</p><p>a produção de células sanguíneas saudáveis.</p><p>A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) se manifesta com sintomas como fadiga, palidez,</p><p>infecções, dor óssea, sangramento fácil e sintomas neurológicos. Seu diagnóstico é</p><p>confirmado por exames de sangue periférico e medula óssea. O tratamento envolve</p><p>quimioterapia, quimioterapia intratecal</p><p>e radioterapia cerebral em alguns casos.</p><p>Transplante de células-tronco pode ser necessário, assim como a manutenção da</p><p>quimioterapia para prevenir recaídas. A LLA é causada por mutações genéticas</p><p>adquiridas em células-tronco pluripotentes, resultando em uma proliferação anormal</p><p>de células malignas que substituem as células sanguíneas normais.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>49</p><p>LEUCEMIAS CRÔNICAS</p><p>As leucemias crônicas, como a LLC (Leucemia Linfoide Crônica) e a LMC</p><p>(Leucemia Mieloide Crônica), progridem lentamente, permitindo o aumento do</p><p>número de células já maduras. Ao contrário das leucemias agudas, as crônicas</p><p>envolvem células mais maduras. Geralmente, elas se manifestam como um</p><p>aumento dos leucócitos no sangue, às vezes acompanhado por uma diminuição</p><p>de outras células sanguíneas, em uma pessoa que, em geral, não apresenta</p><p>sintomas. Os achados clínicos e os tratamentos diferem significativamente</p><p>entre essas leucemias crônicas à medida que o número de células leucêmicas</p><p>aumenta.</p><p>LLC : afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta, Raramente afeta</p><p>crianças, a maioria dos pacientes diagnosticados tem mais de 55 anos</p><p>LMC : afeta células mieloides e se desenvolve de forma lenta sendo mais</p><p>frequente em adultos</p><p>Leucemia Mielóide</p><p>Crônica (LMC)</p><p>Leucemia Linfóide</p><p>Crônica (LLC)</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>50</p><p>LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA</p><p>A Leucemia Mielóide Crônica (LMC) representa 15% das leucemias em adultos e é</p><p>frequentemente assintomática ao diagnóstico, ao contrário das leucemias agudas. É</p><p>uma neoplasia mieloproliferativa caracterizada por uma translocação cromossômica</p><p>recíproca t(9,22), conhecida como cromossomo Philadelphia (Ph1), que gera o gene</p><p>anômalo BCR/ABL. Isso leva à proliferação celular descontrolada.</p><p>Os pacientes com LMC geralmente apresentam superprodução de glóbulos brancos e</p><p>uma evolução lenta da doença ao longo do tempo. O diagnóstico é confirmado por</p><p>leucocitose com presença de células maduras "escalonadas" no sangue, sem</p><p>plaquetopenia ou anemia na fase crônica. Outros sintomas incluem</p><p>hepatosplenomegalia volumosa. O diagnóstico definitivo envolve a identificação da</p><p>translocação BCR-ABL por PCR.</p><p>O tratamento da LMC é realizado com inibidores da tirosina quinase (TKI), como</p><p>imatinibe, nilotinibe, bosutinibe e ponatinibe, que melhoram significativamente a</p><p>resposta e prolongam a sobrevida. Outras opções incluem fármacos</p><p>mielossupressores, transplante de células-tronco e interferon-alfa, dependendo do</p><p>estágio da doença e da resposta ao tratamento.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>51</p><p>LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA</p><p>A Leucemia Linfoide Crônica (LLC) é mais comum em pessoas com idade média de 65</p><p>anos e é rara em indivíduos com menos de 50 anos, não ocorrendo na infância. Ela é a</p><p>segunda leucemia mais comum, afetando mais frequentemente homens na</p><p>proporção de 2 para 1. A doença se caracteriza pelo acúmulo progressivo de linfócitos</p><p>B malignos maduros, mas ineficazes, nos linfonodos, fígado, baço e medula óssea,</p><p>resultando em hepatosplenomegalia e insuficiência medular.</p><p>Os sintomas da LLC podem ser ausentes, mas podem incluir fraqueza, perda de peso,</p><p>febre, sudorese noturna, linfadenopatia, esplenomegalia e hepatomegalia.</p><p>Complicações autoimunes, como anemia hemolítica autoimune, trombocitopenia e</p><p>aplasia de série eritrocítica, também podem ocorrer. O diagnóstico é baseado na</p><p>presença de linfocitose persistente, anemia normocítica e normocrômica, e</p><p>infiltração da medula óssea por mais de 30% de linfócitos. O tratamento é geralmente</p><p>adiado até que os sintomas se desenvolvam, e envolve quimioterapia e imunoterapia.</p><p>No entanto, novos tratamentos direcionados, como inibidores da tirosina quinase de</p><p>Bruton (Btk) e Bcl-2, estão sendo utilizados em combinação com a quimioterapia</p><p>como opções de tratamento de primeira linha.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>52</p><p>PLAQUETOGRAMA</p><p>Macroplaquetas: são plaquetas que são maiores que as plaquetas normais e quase do</p><p>tamanho das hemácias</p><p>Plaquetas Gigantes: são plaquetas que são do tamanho das hemácias ou maiores que</p><p>elas.</p><p>ALTERAÇÕES PLAQUETARIAS</p><p>plaqueta gigante hemáciaplaqueta normal Macroplaqueta</p><p>Plaquetopenia: Diminuição no número de</p><p>plaquetas abaixo do valor de referencia</p><p>Infecções por vírus</p><p>Uso de alguns remédios,</p><p>Falta de ácido fólico ou vitamina B12</p><p>Leucemias</p><p>mielodisplasia</p><p>Plaquetose: Aumento no número de</p><p>plaquetas</p><p>Anemia hemolítica grave;</p><p>Anemia ferropriva;</p><p>Síndromes Mieloproliferativas, como</p><p>Trombocitemia essencial, Policitemia</p><p>Vera e Mielofibrose;</p><p>Infecções agudas e crônicas;</p><p>Leucemias</p><p>agora vejamos outros termos que você precisa aprender</p><p>Você lembra que as vezes temos hemácias ou leucócitos em excesso, e as vezes em falta</p><p>Com as plaquetas são do mesmo jeito, por isso temos a</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>53</p><p>CONTAGEM DE PLAQUETAS</p><p>TÉCNICA</p><p>MÉTODO DE FÔNIO (INDIRETO)</p><p>Coletar sangue total utilizando EDTA.</p><p>Realizar a extensão e coloração do sangue da mesma forma utilizada na</p><p>contagem diferencial de leucócitos.</p><p>Contar as plaquetas presentes em 10 campos e calcular a média do somatório</p><p>dessas plaquetas. Certificar-se de verificar campos que contenham</p><p>aproximadamente 200 eritrócitos por campo para assegurar a qualidade da</p><p>contagem.</p><p>Obter o número de plaquetas por milímetro cúbico de sangue multiplicando o</p><p>resultado por 10.000. Alternativamente, considerar o cálculo descrito abaixo.</p><p>Por exemplo: em 10 campos de aproximadamente 200 eritrócitos (portando em</p><p>2.000 eritrócitos) contaram-se 60 plaquetas. O número de eritrócitos do paciente</p><p>era de 4.000.000/mm3 , assim o número de plaquetas/mm3 será:</p><p>60 plaquetas.....................................2000 eritrócitos</p><p>x = ....................................... 4.000.000/mm3 (eritrócitos)</p><p>x = 240.000 plaquetas/mm3</p><p>EX.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>54</p><p>Fazer a assepsia do lóbulo da orelha ou a ponta da digital com álcool( Escolher o</p><p>local da picada evitando áreas congestas e inflamadas.)</p><p>1.</p><p>Com a lanceta, fazer uma incisão de três milímetros de profundidade, permitindo</p><p>que o sangue escoe livremente.</p><p>2.</p><p>Fazer funcionar o cronometro no momento da picada.3.</p><p>Usando papel de filtro secar de 30 em 30 segundos a gota de sangue que se forma</p><p>( não repetir o mesmo papel)</p><p>4.</p><p>Quando o sangue para de manchar o papel, parar o cronômetro; é o valor do TS.5.</p><p>Valor Normal: entre 1 a 3 minutos.6.</p><p>TÉCNICA</p><p>TEMPO DE SANGRAMENTO (MÉTODO DE DUKE)</p><p>O Tempo de Sangramento (TS) avalia a resposta dos capilares a lesões, sendo</p><p>influenciado por plaquetas, fatores plasmáticos, condição do endotélio e contratilidade</p><p>capilar. Alterações no TS podem ocorrer em condições vasculares, trombocitopenias</p><p>(primárias ou secundárias), defeitos qualitativos nas plaquetas (como Von Willebrand e</p><p>trombastenia de Glanzmann), e na presença de inibidores da função plaquetária (como</p><p>AAS, Dextran, fenilbutazona e outros).</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>55</p><p>TEMPO DE SANGRAMENTO MÉTODO DE IVY</p><p>Usando um esfigmomanômetro de aferir pressão arterial e pressão em 40mmHg1.</p><p>realizar dupla incisão na região flexora do antebraço com lanceta (com</p><p>profundidade de 1mm)</p><p>2.</p><p>Valor de referência: 2,5 a 8,5 minutos</p><p>TÉCNICA</p><p>Avaliar a resposta das plaquetas a lesões nos tecidos, a capacidade de</p><p>vasoconstrição, bem como identificar defeitos sanguíneos adquiridos e</p><p>congênitos.</p><p>PROVA DO LAÇO</p><p>A prova do laço é um teste rápido no grupo de exames de coagulação, utilizado em casos</p><p>suspeitos de dengue, escarlatina ou trombocitopenia. Seu objetivo é detectar a fragilidade dos</p><p>vasos sanguíneos e a propensão a sangramentos. O procedimento envolve a observação de</p><p>petéquias no antebraço após a aplicação de um garrote.</p><p>TÉCNICA</p><p>desenhar, no antebraço, um quadrado com uma área de 2,5 x 2,5 cm</p><p>Insuflar o manguito do</p><p>esfigmomanômetro até ao valor médio</p><p>Aguardar 5 minutos com o manguito insuflado na mesma pressão</p><p>Desinsuflar e retirar o manguito</p><p>avaliar a quantidade de pontos de petéquias, dentro do quadrado na pele</p><p>O resultado da prova do laço é considerado positivo quando surgem mais de 20</p><p>pontinhos vermelhos dentro do quadrado marcado na pele</p><p>2,5 CM 2,5 C</p><p>M</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>56</p><p>TÉCNICA</p><p>TEMPO DE PROTROMBINA (TAP OU TP)</p><p>Pipetar em um tubo de ensaio 0,1 ml do reagente do kit e incubar em banho-maria</p><p>por 10 minutos a 37°C</p><p>Adicionar 0,1ml do plasma citratado do paciente</p><p>Disparar o cronômetro e agitar o tubo levemente até a formação do coágulo</p><p>Anotar o resultado do intervalo entre o disparo do cronometro e a formação do</p><p>coágulo</p><p>Valor de referência: 12 a 16 segundos</p><p>utilizado para se avaliar a integridade da coagulação, principalmente no</p><p>que se refere ao Fator VII, um dos que se alteram em doenças hepáticas</p><p>TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADO (TTPA)</p><p>Pré aquecer o reagente 2 do kit</p><p>Pipetar 0,1ml do plasma citratado e incubar a 37ºC por 3 minutos</p><p>Adicionar o reagente 1 ao plasma e levar ao banho-maria novamente por mais 3</p><p>minutos.</p><p>Transferir o reagente 2 já aquecido no tubo que continha o plasma do paciente e o</p><p>reagente 1</p><p>Disparar o cronômetro, agitando levemente o tubo até visualizar a formação do</p><p>coágulo e anotar o resultado do intervalo entre o disparo do cronometro e a</p><p>formação do coágulo</p><p>Valor de referência: 25 a 40 segundos</p><p>avalia a hemostasia e identifica alterações em diversos outros fatores de</p><p>coagulação, inclusive na hemofilia;</p><p>TÉCNICA</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>57</p><p>OUTROS EXAMES EM HEMATOLOGIA</p><p>CONTAGEM DE RETICULÓCITOS</p><p>O corante usado é o azul de cresil brilhante</p><p>Colocar no tubo 2 a 3 gotas da solução corante. Em seguida acrescentar 2 a 3</p><p>gotas do sangue</p><p>Homogeneizar e colocar em banho-maria a 37ºC por 20 minutos</p><p>Retirar de banho-maria. Misturar novamente para realização do esfregaço</p><p>sanguíneo</p><p>Secar e realizar contagem no microscópio na objetiva de 100x e com óleo de</p><p>imersão</p><p>Contar 10 campos, anotando o número de reticulócitos encontrados. expressar o</p><p>resultado em percentagem e número absoluto.</p><p>% de reticulócitos = 100 X Nº de reticulócitos encontrados</p><p>1.000</p><p>% de reticulócitos corrigido = % Reticulóc. X Hct do paciente</p><p>Hct normal</p><p>(45 para homens e 40 para mulheres)</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>58</p><p>HEMOSSEDIMENTAÇÃO (VHS)</p><p>A hemossedimentação (VHS) é utilizada para verificar a estabilidade da suspensão de</p><p>hemácias, é um exame muito utilizado para detectar alguma inflamação ou infecção</p><p>no organismo</p><p>O valor normal do VHS no homem é até 15 mm e na mulher até 20</p><p>mm.</p><p>TÉCNICA:</p><p>Colher 5ml de sangue do paciente 1.</p><p>Colocar o sangue no frasco com anticoagulante EDTA e agitar até que se dissolva</p><p>completamente.</p><p>2.</p><p>Aspirar sangue até exatamente a marca zero com pipeta de Westergren 3.</p><p>Colocar a pipeta no suporte deixando ela na posição vertical e aguardar 1 hora e</p><p>fazer a leitura</p><p>4.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>Biomedicina Padrão. Como identificar linfócitos reativos. Disponível em:</p><p><https://www.biomedicinapadrao.com.br/2020/01/como-identificar-linfocitos-reativos-e.html>. Acesso em:</p><p>26 de outubro de 2023.</p><p>Biomedicina Padrão. Esferocitose. Disponível em:</p><p><https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/10/esferocitose.html>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Hemoglobinopatias. Diagnóstico da anemia falciforme. Disponível em:</p><p><http://www.hemoglobinopatias.com.br/d-falciforme/diagnostico.htm>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Leucemia. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-</p><p>cancer/leucemia/. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Lab Tests Online. Hematócrito. Disponível em: <https://labtestsonline.org.br/tests/hematocrito>. Acesso em:</p><p>26 de outubro de 2023.</p><p>National Center for Biotechnology Information (NCBI). Anemia sideroblástica. Disponível em:</p><p><https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK537254/>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Pravaler. Hemoglobina: o que é, estrutura, função e tipos. Disponível em:</p><p><https://www.pravaler.com.br/hemoglobina-o-que-e-estrutura-funcao-e-tipos/>. Acesso em: 26 de outubro</p><p>de 2023.</p><p>Programa Nacional de Controle do Câncer (Brasil). Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças</p><p>crônicas por inquérito telefônico (VIGISAN): Brasil, 2020. Disponível em: <https://pncq.org.br/wp-</p><p>content/uploads/2020/07/VRH2020.pdf>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Toda Matéria. Tipos sanguíneos. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/tipos-sanguineos/>. Acesso</p><p>em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Tua Saúde. Anemia sideroblástica: o que é, sintomas, causas e tratamento. Disponível em:</p><p><https://www.tuasaude.com/anemia-sideroblastica/>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Tua Saúde. Talassemia: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento. Disponível em:</p><p><https://www.tuasaude.com/talassemia/>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Universidade Federal de Goiás. Hematologia: células do sangue e da medula óssea. Disponível em:</p><p>https://hematologia.farmacia.ufg.br. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Universidade Federal de Goiás (UFG). Leucopoese. Disponível em: <https://laces.icb.ufg.br/p/20023-</p><p>leucopoese>. Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Atlas de Hematologia Clínica. Disponível em:</p><p><https://www.ufsj.edu.br/portal2 repositorio/File/laact/Atlas%20Hematologia%20Clinica%20220920.pdf>.</p><p>Acesso em: 26 de outubro de 2023.</p><p>SITES</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>LIVROS</p><p>AZEVEDO, MARIA REGINA ANDRADE DE. Hematologia Básica: Fisiopatologia e Diagnóstico</p><p>Laboratorial. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2013.</p><p>GUALANDRO, SANDRA FÁTIMA MENOSI. Análise do Exame Hematológico: Alterações dos</p><p>Eritrócitos, Cap. 84 – Download PDF</p><p>Hoffbrand, P.A.H.; Moss,J.E. Pettit – Fundamentos em Hematologia,6ª. Ed – Artmed</p><p>2013.</p><p>Laboratório de hematologia: teorias, técnicas e atlas / Márcio Antônio Wanderley de Melo /</p><p>Cristina Magalhães da Silveira – 1. ed. – Rio de janeiro: Rubio, 2015.</p><p>NAOUM, FLÁVIO AUGUSTO. Doenças que alteram os Exames Hematológicos. 2 ed. Rio de</p><p>Janeiro: Atheneu, 2017.</p><p>RICHARD, A. MCPHERSON; MATTHEW, R. PINCUS. Diagnósticos Clínicos e Tratamentos Por</p><p>Métodos Laboratoriais. 21 ed. Barueri, SP: Manole, 2012.</p><p>ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO Roberto Passeto; PASQUINI Ricardo. Tratado de Hematologia.</p><p>1. ed. São Paulo: Atheneu, 2013.</p><p>Maria Eugênia Martins - mariaeugeniaflor44@gmail.com - IP: 189.112.146.101</p>