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<p>REFLEXOS PRIMITIVOS</p><p>Reflexo de busca (0 a 2 meses) É desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar” o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo.</p><p>Reflexo de Galant (encurvamento - 0 a 2 meses) É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral. Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo.</p><p>Apoio Plantar (0 a 2 meses) É desencadeado pelo apoio do pé do RN sobre superfície dura, estando este seguro pelas axilas. Observa-se extensão das pernas.</p><p>Marcha Reflexa (0 a 2 meses) É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra.</p><p>Reflexo de colocação (Placing) (0 a 2 meses) É desencadeado por estimulo tátil do dorso do pé estando o bebê seguro pelas axilas. Observa-se elevação do pé como se estivesse subindo um degrau de escada. É o único reflexo primitivo com integração cortical.</p><p>Preensão Palmar (0 a 3 - 4 meses) É desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos.</p><p>Reflexo Tônico-Cervical Assimétrico</p><p>(Reflexo tônico-cervical de Magnus e De Kleijn, ou reflexo do esgrimista). É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se extensão do membro superior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos membros inferiores obedece ao mesmo padrão, mas é mais sutil.</p><p>Sucção Reflexa (0 a 5 meses) É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave.</p><p>Reflexo de Moro (0 a 6 meses) É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro.</p><p>Preensão Plantar (0 a 10 - 11 meses) É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa-se flexão dos dedos.</p><p>Reflexo de Landau (4 a 5 meses)</p><p>Posição de teste: Criança em suspensão ventral</p><p>Estímulo 1: extensão passiva ou ativa da cabeça</p><p>Resposta: desencadeamento do tônus extensor, havendo extensão de tronco, quadril, membros superiores e inferiores.</p><p>Estímulo 2: flexão passiva ou ativa da cabeça</p><p>Resposta: flexão de tronco, quadril, membros superiores e inferiores.</p><p>MARCOS DO DNPM</p><p>1 Mês: segue a luz</p><p>2 meses: sorri, balbucia</p><p>3 meses: sustenta cervical</p><p>4 meses: agarra objeto</p><p>5 meses: gira sob abdômen</p><p>6 meses: se mantem sentado</p><p>7 meses: preensão palmar</p><p>8 meses: pinça digital</p><p>9 meses: põe-se sentado</p><p>10 meses: engatinha</p><p>11 meses: de pé - passada com apoio</p><p>12 a 14 meses: caminha sem apoio.</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>APGAR = É uma avaliação feita na sala de parto e a pontuação é anotada na Caderneta da Criança.</p><p>Os sinais são avaliados e, para cada um, é aplicada uma nota que varia de zero, nota que indica a ausência do sinal, e dois, nota que indica a plena existência desse sinal. Os sinais avaliados são: força muscular, frequência de batimentos do coração, reflexo, respiração e cor. A somatória desses sinais gera uma nota que varia de 0 a 10.</p><p>O Apgar é afetado pela idade gestacional, pelo uso de medicações pela gestante, por condições neurológicas do recém-nascido e por possíveis manobras de intervenção cardiorrespiratória que ele demande.</p><p>No 1° minuto e no 5° minuto após o nascimento.</p><p>A = aparência = cor</p><p>P = Pulso = frequência respiratória</p><p>G = Carte = reflexo da respiração</p><p>A = atividade = tônus muscular.</p><p>R = respiração = respiração Imediatamente após o parto, devem-se avaliar, no recém-nascido: esforço respiratório, batimentos cardíacos, cor e o tônus (irritabilidade dos reflexos)</p><p>Exame Físico: O RN é examinado quanto ao seu peso, comprimento, especificações da cabeça e temperatura corporal. Também são selecionados sinais específicos, como frequência cardíaca e respiratória</p><p>Exame Neurológico: O exame neurológico avalia os reflexos do bebê, a capacidade de sucção, a resposta aos estímulos táteis e a atividade muscular. Isso ajuda a identificar possíveis problemas neurológicos</p><p>Escala de Denver: Avaliar o DNPM de crianças de zero a 6 anos de idade, através do Teste de Triagem de Desenvolvimento de Denver II, que tem a seguinte estrutura de aplicação:</p><p>· Pessoal-social: relacionamento com as pessoas e autocuidados (Atividades de Vida Diária – AVDs.</p><p>· Motor-adaptativo: coordenação olho mão, manipulação de objetos pequenos e solução de problemas.</p><p>· Linguagem: audição, compreensão e linguagem.</p><p>· Motor-grosseiro: sentar, andar e pular.</p><p>PARALISIA DO PLEXO BRAQUIAL</p><p>A paralisia do plexo braquial é uma condição que afeta os nervos que controlam os músculos do braço e da mão. Esses nervos fazem parte do plexo braquial, uma rede complexa de nervos localizada na região do pescoço e ombro. A paralisia do plexo braquial pode ocorrer devido a lesões traumáticas, problemas no parto ou outras causas, e seus sintomas variam dependendo da gravidade da lesão.</p><p>Causas Comuns:</p><p>Trauma no Parto: Em recém-nascidos, a paralisia do plexo braquial pode ocorrer durante o parto, especialmente em casos de distocia de ombro, quando o ombro do bebê fica preso na pélvis da mãe durante o parto.</p><p>Trauma em Adultos: Em adultos, as lesões do plexo braquial podem resultar de acidentes de carro, quedas, lesões esportivas ou outras formas de trauma.</p><p>Lesões de Nervos: As lesões dos nervos no plexo braquial, como estiramentos, rupturas ou compressões, podem causar paralisia.</p><p>Sintomas:</p><p>Fraqueza Muscular: A fraqueza ou paralisia afeta o braço, a mão e, às vezes, partes do ombro.</p><p>Perda de Sensação: Pode haver diminuição da sensibilidade ou perda de sensação na área afetada.</p><p>Dificuldade nos Movimentos: Movimentos normais, como levantar o braço, segurar objetos ou movimentar os dedos, podem ser comprometidos.</p><p>Diagnóstico:</p><p>Exame Físico: O médico realiza um exame clínico para avaliar a função muscular e a sensação na área afetada.</p><p>Testes de Imagem: Exames como a ressonância magnética (RM) e a tomografia computadorizada (TC) podem ser usados para avaliar as estruturas do plexo braquial e identificar lesões.</p><p>Tratamento:</p><p>Fisioterapia: A reabilitação com um fisioterapeuta é frequentemente recomendada para ajudar a melhorar a força e a amplitude de movimento do braço afetado.</p><p>Cirurgia: Em casos graves de lesões do plexo braquial, a cirurgia pode ser necessária para reparar os nervos danificados.</p><p>Medicamentos: Medicamentos para aliviar a dor ou reduzir a inflamação podem ser prescritos, dependendo da situação.</p><p>Acompanhamento Médico: O acompanhamento médico regular é importante para monitorar a recuperação e ajustar o tratamento conforme necessário.</p><p>A gravidade da paralisia do plexo braquial varia de caso a caso. Algumas lesões podem ser temporárias e se recuperar com o tempo e tratamento, enquanto outras podem resultar em déficits permanentes. O prognóstico depende da extensão da lesão nervosa e da eficácia do tratamento. É essencial buscar atendimento médico imediatamente após a lesão para avaliar o diagnóstico e desenvolver um plano de tratamento adequado</p><p>PÉ TORNO CONGÊNITO</p><p>O pé torto congênito, também conhecido como pé torto equinovaro, é uma condição ortopédica que afeta o pé de um recém-nascido desde o nascimento. Nessa condição, o pé do bebê apresenta uma ou mais das seguintes características:</p><p>Equinismo: O pé está apontado para baixo, em direção à planta do pé.</p><p>Varismo: O pé está inclinado para dentro, em direção ao corpo.</p><p>Cavismo: O arco do pé é mais pronunciado do que o normal.</p><p>Essas anormalidades no posicionamento do pé podem variar em gravidade e podem afetar um ou ambos os pés. O pé torto congênito pode ser identificado logo após o nascimento e requer tratamento precoce para garantir o desenvolvimento normal do pé e a capacidade de locomoção da criança.</p><p>Causas do Pé Torto Congênito: A causa exata do pé torto congênito não é sempre clara, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais possa desempenhar um papel. Além disso, a posição restrita do feto no útero pode contribuir para o desenvolvimento da condição.</p><p>Diagnóstico: O diagnóstico</p><p>do pé torto congênito geralmente é feito por um pediatra ou ortopedista após o nascimento da criança. Um exame físico completo é realizado para avaliar a aparência do pé e a amplitude de movimento. Em alguns casos, exames de imagem, como radiografias, podem ser necessários para avaliar as estruturas ósseas do pé.</p><p>Tratamento: O tratamento do pé torto congênito geralmente envolve uma combinação de métodos e é iniciado o mais cedo possível para obter melhores resultados. As opções de tratamento incluem:</p><p>Alongamento e Manipulação: Em alguns casos, alongamentos suaves e manipulações podem ser realizados para corrigir gradualmente a posição do pé.</p><p>Cirurgia: Em casos mais graves ou quando o tratamento não é bem-sucedido com as técnicas anteriores, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigir as anormalidades nos ossos, tendões e ligamentos do pé.</p><p>Órteses e Sapatos Especiais: Após a gessagem ou cirurgia, a criança pode precisar de órteses ou sapatos especiais para manter a correção do pé.</p><p>Gessagem: O método Ponseti é frequentemente usado, no qual o pé do bebê é moldado em uma posição mais correta com gessos que são trocados periodicamente. Esse processo pode durar várias semanas.</p><p>O tratamento é frequentemente bem-sucedido, especialmente quando iniciado precocemente, e a maioria das crianças com pé torto congênito pode desenvolver uma função normal do pé e caminhar sem dificuldades significativas. O acompanhamento médico contínuo é importante para garantir que o desenvolvimento do pé da criança seja monitorado adequadamente.</p><p>MÉTODO PONSETI:</p><p>1ª Fase: FASE DE GESSO O gesso é feito do pé até região média da coxa, promovendo progressivamente à posição correta dos pés. A troca deverá ser feita no mesmo local da confecção dos próximos, para minimizar o tempo sem gessos.</p><p>2ª Fase: FASE DE TENOTOMIA A tenotomia do Achillis é um procedimento que tem por objetivo o ganho do movimento do tornozelo em dorsiflexão, além do que já foi obtido durante a confecção de gessos. É indicado após avaliação do pé em correção, na retirada do gesso, observando-se a total correção de todos os parâmetros do pé, para o ganho de flexibilidade.</p><p>FASE 3: ADAPTAÇÃO DA ÓRTESE EM ABDUÇÃO No dia da retirada do(s) gesso(s) após a tenotomia, geralmente 2 semanas (crianças muito pequenas), ou 3 semanas (crianças maiores), é necessária a pronta adaptação da órtese de abdução, que consiste de dois sapatos ou sandálias abertas conectadas com uma barra.</p><p>MÉTODO KITE: Método de manipulação que visa corrigir cada componente do PTC separadamente, e não simultaneamente. A correção do adulto consistia na abdução do pé com fulcro no mediopé e apoio na articulação calcaneocuboidea. A correção do varo era feita com eversão do retropé, com cunhas ou trocas gessadas. As manipulações forçavam sucessivamente a abdução e pronação do antepé. Após a correção do adulto e da inversão, os equinos do antepé e do retropé eram corrigidos com a dorsiflexão progressiva.</p><p>MÉTODO FRANCÊS: Técnica utilizando alongamentos, mobilizações passivas diárias, bandagens e estimulações da musculatura.</p><p>OSTEOGÊNESE IMPERFEITA</p><p>A osteogênese imperfeita (OI), também conhecida como "ossos de vidro", é um grupo de doenças genéticas raras do tecido conjuntivo e dos ossos que resulta em fragilidade óssea significativa. Essa condição afeta a qualidade e a quantidade de colágeno no corpo, o que torna os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas com pouco ou nenhum trauma. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre a osteogênese imperfeita:</p><p>Causas: A OI é uma doença genética, geralmente causada por mutações em genes que são responsáveis pela produção de colágeno, uma proteína essencial na estrutura dos ossos e tecidos conectivos. Essas mutações podem ser hereditárias (passadas de pais para filhos) ou ocorrer de forma espontânea.</p><p>Sintomas e Características: Os sintomas e a gravidade da OI variam amplamente, mas geralmente incluem:</p><p>Fraturas Ósseas Recorrentes: As fraturas ocorrem frequentemente com atividades cotidianas mínimas ou até mesmo sem motivo aparente.</p><p>Dentes Frágeis: Os dentes também podem ser afetados, apresentando fragilidade e maior susceptibilidade a cáries.</p><p>Esclerótica Azulada: A parte branca dos olhos, chamada de esclerótica, pode ter uma coloração azulada devido à fragilidade dos tecidos.</p><p>Problemas de Audição: Algumas formas de OI podem causar problemas de audição devido a anomalias nas estruturas do ouvido médio.</p><p>Escoliose: A curvatura anormal da coluna vertebral é comum em alguns casos de OI.</p><p>Diagnóstico: O diagnóstico da OI geralmente envolve uma avaliação clínica, histórico médico e exames de imagem, como radiografias, para identificar a fragilidade óssea e outras características da condição. Em alguns casos, testes genéticos podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo específico de OI.</p><p>Tratamento: O tratamento da OI é multifacetado e visa melhorar a qualidade de vida e minimizar o risco de fraturas. As opções de tratamento incluem:</p><p>Fisioterapia: Pode ajudar a fortalecer os músculos e melhorar a mobilidade.</p><p>Medicamentos: Alguns medicamentos, como o bisfosfonato, podem ser usados para fortalecer os ossos e reduzir o risco de fraturas.</p><p>Cirurgia: Em casos graves, pode ser necessária cirurgia ortopédica para corrigir deformidades ósseas.</p><p>Aconselhamento Genético: É importante para famílias que têm histórico de OI para entender riscos de herança.</p><p>O tratamento da OI é individualizado, e os pacientes geralmente precisam de uma equipe de profissionais de saúde, incluindo ortopedistas, dentistas, fisioterapeutas e outros especialistas, para gerenciar a condição de forma abrangente. O acompanhamento médico regular é fundamental para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.</p><p>INCIDÊNCIA: No Brasil estima-se uma prevalência de aproximadamente 10.000 a 20.000 portadores. Em alguns tipos de OI, como o tipo três, possui expectativa em torno de dez anos, porém quem sobrevive a esse</p><p>tempo tende a possuir um melhor prognóstico; já ao tipo dois é atribuída menor expectativa de vida, resultando em morte pré ou perinatal.</p><p>Tipo I é a forma mais leve. Os sinais e sintomas de alguns pacientes limitam-se às escleróticas azuladas (em decorrência de uma deficiência do tecido conetivo, o que permite que os vasos subjacentes sejam visíveis) e às dores musculoesqueléticas devido à hipermobilidade articular. Fraturas recorrentes podem estar presentes na infância.</p><p>Tipo II (osteogênese imperfeita congênita ou tipo neonatal letal) é a forma mais grave e letal. As fraturas múltiplas congênitas provocam encurtamento das extremidades. As escleróticas são azuis. O crânio é mole e, quando palpado, dá a sensação de um saco de ossos. Como o crânio é mole, traumas de parto podem provocar hemorragia intracraniana e natimorto ou recém-nascidos que morrem subitamente durante os primeiros dias ou semanas de vida.</p><p>Tipo III é progressiva e a forma não letal mais grave de osteogênese imperfeita. Pacientes com o tipo III têm baixa estatura, curvatura da coluna e fraturas múltiplas recorrentes. Macrocefalia, face triangular e deformidades do tórax são frequentes. A esclerótica azul é variável.</p><p>Tipo IV é intermediário em gravidade. A taxa de sobrevida é elevada. Esse tipo é variável e deformante. Fraturas ósseas podem acontecer na infância antes da adolescência. A esclerótica tem cor tipicamente normal. A altura é moderadamente prejudicada. O diagnóstico preciso é importante, pois esses pacientes podem ser beneficiados pelo tratamento.</p><p>ATROGRIPOSE MULTIPLA CONGÊNITA</p><p>A artrogripose múltipla congênita (AMC) é uma condição médica rara e complexa que afeta o desenvolvimento dos músculos, articulações e tendões de uma pessoa desde o nascimento. A AMC é caracterizada por rigidez articular, deformidades articulares e fraqueza muscular. Esta condição pode variar em gravidade e afetar diferentes partes do corpo. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a artrogripose múltipla congênita:</p><p>Causas: A causa exata da AMC não é bem compreendida, mas envolve</p><p>uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Pode ser hereditária em alguns casos, mas também pode ocorrer de forma esporádica.</p><p>Sintomas e Características: Os principais sintomas e características da AMC podem incluir:</p><p>Rigidez Articular: As articulações afetadas pela AMC têm uma amplitude limitada de movimento e tendem a permanecer em posições fixas.</p><p>Deformidades Articulares: Isso pode incluir contraturas articulares (dobras anormais das articulações) e deformidades em membros, como joelhos, quadris, cotovelos, mãos e pés.</p><p>Fraqueza Muscular: A fraqueza muscular é comum, pois os músculos muitas vezes não se desenvolvem adequadamente devido à falta de uso.</p><p>Outras Anomalias: Em alguns casos, a AMC pode estar associada a outras anomalias congênitas, como problemas cardíacos, renais ou pulmonares.</p><p>Diagnóstico: O diagnóstico da AMC geralmente é feito logo após o nascimento com base na observação clínica das características físicas da criança. Exames de imagem, como radiografias e ressonância magnética, podem ser usados para avaliar a extensão das deformidades articulares e musculares.</p><p>Tratamento: O tratamento da AMC é complexo e depende da gravidade da condição e das articulações afetadas. As opções de tratamento podem incluir:</p><p>Fisioterapia e Terapia Ocupacional: O objetivo é melhorar a amplitude de movimento das articulações, fortalecer os músculos e melhorar a funcionalidade.</p><p>Órteses e Talas: O uso de dispositivos ortopédicos, como talas e órteses, pode ajudar a manter as articulações em posição correta.</p><p>Cirurgia: Em casos graves, a cirurgia ortopédica pode ser necessária para alongar tendões, corrigir deformidades articulares ou liberar articulações rígidas.</p><p>Aconselhamento Genético: Se houver histórico familiar de AMC, o aconselhamento genético pode ser útil para famílias que planejam ter filhos.</p><p>O tratamento da AMC é geralmente multidisciplinar, envolvendo ortopedistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. O objetivo é melhorar a função e a qualidade de vida da pessoa afetada, proporcionando a melhor capacidade de movimento possível e tratando quaisquer complicações médicas adicionais que possam estar presentes.</p><p>Tipo I (distal): comprometimento principalmente dos membros; - Amioplasia: não desenvolvimento muscular; - Compromete os 4 membros e é simétrica; - Maioria dos casos: hemangioma facial e inteligência normal; - Pé equino cavo varo; - Desvio ulnar dos dedos e contratura dos dedos; - Contratura em flexão dos joelhos.</p><p>Tipo II: comprometimento de membros e outros órgãos; - Síndrome de Pterígio (formação de membrana atrás da articulação que causa diminuição da ADM e gera contraturas); - Sd Escobar (pterígios múltiplos): alterações na coluna cervical.</p><p>Tipo III: comprometimento dos membros e alterações no SNC; - Sd Cérebro Ocular Motora; - Contraturas articulares múltiplas; - Hipotonia; - Microcefalia, alterações no cerebelo; - Catarata.</p><p>PARALISIA CEREBRAL</p><p>A paralisia cerebral (PC) é um termo abrangente que se refere a um grupo de distúrbios do movimento e da postura que se desenvolvem devido a lesões ou anormalidades no cérebro de uma pessoa durante o desenvolvimento fetal, no momento do parto ou durante os primeiros anos de vida. Essas lesões afetam a capacidade do cérebro de controlar os movimentos musculares e, consequentemente, a função motora da pessoa. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a paralisia cerebral:</p><p>Causas: A paralisia cerebral pode ter várias causas, incluindo:</p><p>Lesões no Nascimento: Complicações durante o parto, como falta de oxigênio, podem causar danos cerebrais.</p><p>Problemas Pré-Natais: Infecções maternas, exposição a toxinas ou distúrbios genéticos podem contribuir.</p><p>Lesões Pós-Natais: Traumas na cabeça ou infecções cerebrais após o nascimento podem desencadear a PC.</p><p>Tipos:</p><p>Espástica: A paralisia cerebral espástica é o tipo mais comum e ocorre em 80% das crianças com paralisia cerebral.</p><p>- Nesse tipo, os músculos são rígidos (espásticos) e fracos.</p><p>- A rigidez pode afetar diferentes partes do corpo</p><p>- Os dois braços e as duas pernas (quadriplegia)</p><p>- As pernas mais que os braços (diplegia)</p><p>- Às vezes, apenas o braço ou a perna em um dos lados (hemiplegia)</p><p>- Em casos raros, apenas as pernas e a parte inferior do corpo (paraplegia)</p><p>Atetoide (ou discinética): Nesse tipo, os braços, as pernas e o corpo se movem lentamente de forma espontânea e involuntária. Os movimentos também podem ser contorcidos, abruptos e espasmódicos. Emoções fortes agravam os movimentos e o sono faz com que eles desapareçam.</p><p>Atáxica: Nesse tipo, a coordenação é ruim e os músculos são fracos. Os movimentos ficam tremidos quando as crianças tentam alcançar um objeto (um tipo de tremor). As crianças têm dificuldade quando tentam se mover rapidamente ou fazer coisas que precisam de coordenação fina. Elas cambaleiam ao caminhar, com suas pernas bem abertas.</p><p>Mista: No tipo misto, dois dos tipos acima se combinam, mais frequentemente o espástico e o atetoide. Esse tipo ocorre em muitas crianças com paralisia cerebral.</p><p>Crianças com tipos mistos podem apresentar deficiência intelectual grave.</p><p>Sintomas: Os sintomas da paralisia cerebral podem variar amplamente, mas geralmente incluem:</p><p>Dificuldade de Movimento: Movimentos musculares descoordenados, espasticidade (rigidez) ou movimentos involuntários.</p><p>Dificuldades de Fala: Problemas na fala e na articulação das palavras.</p><p>Dificuldades de Deglutição: Dificuldade em engolir alimentos ou líquidos.</p><p>Problemas de Coordenação: Dificuldade em coordenar movimentos, o que afeta a realização de atividades diárias.</p><p>Diagnóstico: O diagnóstico da PC é geralmente feito na infância, após observação dos sintomas e exames clínicos. Exames de imagem, como ressonância magnética, podem ser usados para identificar lesões cerebrais</p><p>Tratamento: O tratamento da paralisia cerebral é multifacetado e visa melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada. As opções de tratamento podem incluir:</p><p>Fisioterapia e Terapia Ocupacional: Para melhorar a mobilidade, a força muscular e a coordenação.</p><p>Fonoaudiologia: Para melhorar a comunicação e a deglutição.</p><p>Medicamentos: Podem ser usados para controlar a espasticidade e os sintomas associados.</p><p>Cirurgia: Em alguns casos, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para melhorar a função.</p><p>É importante ressaltar que a paralisia cerebral é uma condição permanente, mas o tratamento adequado pode ajudar a pessoa a maximizar seu potencial e melhorar sua qualidade de vida. O tratamento é personalizado e adaptado às necessidades individuais de cada pessoa com PC. Além disso, apoio psicológico e educacional é fundamental para pacientes e suas famílias.</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>