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Desordens neurológicas

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DESCRIÇÃO
Os sintomas, o prognóstico e a aplicabilidade fisioterapêutica para nortear a reabilitação dos portadores de
desordens neurológicas.
PROPÓSITO
Compreender as desordens neurológicas para auxiliar a prática profissional na elaboração de uma estratégia
de tratamento segura e eficaz para cada paciente.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar seu estudo, tenha à mão um Atlas de Anatomia Humana para identificar e visualizar com
clareza todas as estruturas que serão apontadas no decorrer deste conteúdo.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Analisar a fisiopatologia da paralisia cerebral e sua relação com os procedimentos fisioterapêuticos
MÓDULO 2
Reconhecer a fisiopatologia da paralisia obstétrica e a forma de intervenção fisioterapêutica adequada
MÓDULO 3
Relacionar a fisiopatologia da espinha bífida com a aplicabilidade fisioterapêutica
MÓDULO 4
Identificar as principais comorbidades respiratórias nas neuropatias e a abordagem fisioterapêutica no
tratamento
INTRODUÇÃO
A criança não é um adulto em miniatura: este é o primeiro pensamento que devemos ter quando estudamos
sobre a fase infantil. A criança precisa de cuidados que incluam não só a observação das disfunções motoras,
mas também a possibilidade de experiências que auxiliem no processo de desenvolvimento do indivíduo
como um todo.
PRECISAMOS ENTENDER QUE A CRIANÇA NÃO PODE
SER TRATADA DE FORMA FRAGMENTADA (UM BRAÇO
OU UMA PERNA, POR EXEMPLO), MAS SIM, DE FORMA
GLOBAL.
O fisioterapeuta deve identificar como a disfunção apresentada está alterando o desenvolvimento individual da
criança. Dessa maneira, a estratégia de tratamento pode compreender “metas e objetivos possíveis de serem
alcançados” visando sempre a melhora da qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias.
A CRIANÇA NÃO VEM PARA O TRATAMENTO SOZINHA:
OUTRA PREMISSA IMPORTANTE. POR TRÁS DA
CRIANÇA, EXISTE UMA FAMÍLIA ESPERANÇOSA E COM
MUITA EXPECTATIVA EM RELAÇÃO AO TRATAMENTO.
Ninguém planeja ter um filho com desordens neurológicas. Além disso, o tempo que o fisioterapeuta fica com
seu paciente é muito pequeno — essa criança passa a maior parte do dia com familiares ou cuidador. Por
isso, a orientação e a inclusão da família no tratamento se tornam essenciais. De que adianta a intervenção se
ela não for continuada em casa? Tenha familiares e cuidadores como seus “aliados”, assim, o tratamento terá
um efeito melhor.
EXISTE UMA INFINIDADE DE DESORDENS
NEUROLÓGICAS QUE PODEM CAUSAR ALTERAÇÕES
IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA,
MAS TAMBÉM EXISTEM INÚMERAS TÉCNICAS E
INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICAS POSSÍVEIS.
Em nosso estudo, abordaremos algumas dessas desordens neurológicas e os principais objetivos a serem
alcançados pelo tratamento fisioterapêutico em cada uma delas. Com o conhecimento da fisiopatologia, você
poderá identificar onde e como precisa atuar para atingir determinado objetivo de tratamento e o que esperar
da criança de acordo com o prognóstico de cada disfunção.
MÓDULO 1
 Analisar a fisiopatologia da paralisia cerebral e sua relação com os procedimentos
fisioterapêuticos
PARALISIA CEREBRAL
A paralisia cerebral, também conhecida por encefalopatia crônica não progressiva da infância, é um distúrbio
neurológico provocado por lesão ou anomalia que acomete o cérebro ainda imaturo, ou seja, em
desenvolvimento. A lesão pode acontecer antes, durante ou após o nascimento (antes dos 3 anos de idade),
ou seja, no período pré, peri ou pós-natal (LEVITT, 2014).
PRÉ-NATAL
Malformação no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, deslocamento de placenta, má posição do
cordão umbilical, fatores maternos (abuso de drogas ou presença de alguma doença como eclampsia,
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rubéola, varíola, citomegalovirose, toxoplasmose, sífilis, herpes zoster, varicela, meningite, malária, entre
outras).
PERINATAL
Prematuridade (gestação < 28 semanas, peso do nascimento < 1500g e Apgar < 7) ou fatores traumáticos
(quadros de anóxia ou hipóxia).
PÓS-NATAL
Fatores metabólicos como hiperbilirrubinemia neonatal (bilirrubina > 25 mg/dl), acidentes, infecções do
Sistema Nervoso Central ou fatores vasculares como o acidente vascular cerebral.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA PARALISIA
CEREBRAL
A presença de distúrbios no tônus muscular na postura e nos movimentos é a principal característica da PC,
podendo ter ou não um acometimento sensorial e cognitivo/intelectual. A presença de convulsões também é
comum nas crianças. Dependendo da extensão da lesão e da área anatômica comprometida, esses
acometimentos se apresentarão de forma variada.
 DICA
É necessário observar qual a característica predominante em cada caso para identificar o tônus muscular
prevalente (espástico, hipotônico, discinético ou atáxico).
TIPOS DE TÔNUS MUSCULAR NA PARALISIA CEREBRAL
ESPASTICIDADE
Ocasionada por uma lesão nos neurônios da via córtico-espinhal (sistema piramidal), caracteriza-se pela
presença de tônus muscular elevado, hiperreflexia (aumento dos reflexos miotáticos, clônus, reflexo cutâneo
plantar em extensão, ou seja, sinal de Babinski positivo) e resistência ao movimento passivo.
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 Sinal de Babinski.
A espasticidade é classificada de acordo com a distribuição anatômica do acometimento. Pode ser unilateral
(monoplégicas ou hemiplégicas) e bilateral (diplégicas, triplégicas, quadriplégicas ou dupla hemiplegia).
 Esquema das áreas cerebrais lesionadas na paralisia cerebral.
HIPOTONIA
A presença de hipotonia faz com que a criança tenha uma co-contração de cabeça e tronco insuficiente,
impedindo a aquisição de posturas antigravitacionais. Em PC, normalmente, é um estágio transitório.
FLUTUANTE OU ATETÓSICO (DISCINÉTICO)
Ocasionado principalmente por uma lesão nos núcleos da base ou nas vias aferentes e eferentes desse
núcleo (sistema extrapiramidal), caracteriza-se por movimentos e posturas atípicos quando a criança inicia um
movimento voluntário em razão de uma distonia e coreoatetose.
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ATAXIA
Ocasionada por uma disfunção no cerebelo, por isso apresenta distúrbio na coordenação dos movimentos em
razão da dissinergia (incoordenação do movimento). A criança apresenta tônus postural baixo, falta de co-
contração e incapacidade de manter as posturas. Quando chega na fase da marcha, ocorre o aumento da
base de sustentação e tremor intencional.
MISTO
Encontrado na maioria dos pacientes. É muito comum observar um tipo de tônus no tronco (região axial) e
outro nos membros (região apendicular).
PLEGIA
“Falta completa de força muscular, paralisia dos movimentos causada por uma lesão neurológica, que afeta os
centros nervosos, as vias motoras, o sistema muscular.” (HOUAISS)
Alguns autores utilizam o termo “parético” no lugar do “plégico”.
Paresia: “Paralisia incompleta; interrupção parcial do movimento voluntário de uma estrutura corporal (nervosa
ou muscular), normalmente causada por alguma lesão neurológica.” (HOUAISS)
DISTONIA
“Contração que afeta de modo regular um ou vários músculos ou membros e, por vezes, o eixo corporal, e que
se inicia com um movimento voluntário ou por se estar numa posição fixa, desaparecendo com repouso.”
(HOUAISS)
COREOATETOSE
“Desordem nervosa caracterizada pelos movimentos involuntários e incontroláveis (coreicos e atetósicos),
resultantes de alguma lesão, disquinesia, distonia.” (HOUAISS)
DESENVOLVIMENTO MOTOR NA PARALISIA
CEREBRAL
As crianças com PC apresentam alteração no desenvolvimento motor típico, como podemos observar no
quadro a seguir.
Desenvolvimento motor
típico
Crianças com paralisia cerebral
Reflexos primitivos Suprimidos Permanecem
Reações Integradas Insuficientes
Tônus muscular Normotonia Hipertonia, hipotonia ou flutuação tônica
Movimentos
Sinérgicos, coordenados,
variados
Estereotipados, pobres, sem
seletividade, padrões compensatórios e
fixações
Habilidades motoras Presentes Débeis ou ausentes
Estrutura
musculoesquelética
Sem encurtamentos e
deformidades
Pode apresentar encurtamentose/ou
deformidades
 Alterações no desenvolvimento motor em crianças com paralisia cerebral.
Elaborado por Eloá Moreira
A postura da criança com paralisia cerebral também se altera, conforme mostram as figuras a seguir:
 Posturas atípicas em supino.
 Posturas atípicas em prono.
 Criança sentada em W.
Muitas crianças (principalmente, as espásticas) sentam-se em “W”, ou seja, a criança senta-se em cima das
pernas, com rotação interna dos quadris. Essa postura proporciona à criança uma sensação de maior
estabilidade, mas pode trazer inúmeros prejuízos do ponto de vista estrutural e do desenvolvimento
neuropsicomotor.
PROGNÓSTICO DA PARALISIA CEREBRAL
O prognóstico da PC é muito variado, pois depende do grau de dificuldade motora (grau e tipo de lesão), da
intensidade de retrações, das contraturas e deformidades musculoesqueléticas (prejudicam a mobilidade da
criança), da resposta ao tratamento e da disponibilidade para reabilitação. Quanto mais cedo o diagnóstico e
o início do tratamento, melhor o prognóstico. Ou seja, é mais provável um resultado funcional de longo prazo
com base na modulação positiva do desenvolvimento neuropsicomotor (neuroplasticidade). Entretanto, nem
sempre é possível fazer um diagnóstico de PC no nascimento.
É IMPORTANTE A DETECÇÃO DE FATORES DE RISCOS
PRÉ E PERINATAIS QUE POSSAM INDICAR ESSA
POSSIBILIDADE.
Dessa forma, a família precisa ser orientada e encaminhada para uma equipe de saúde. Durante o
acompanhamento médico, os profissionais poderão identificar precocemente o aparecimento de quaisquer
disfunções motoras e funcionais que venham a interferir no desenvolvimento da criança. A intervenção
multidisciplinar deve iniciar o mais precocemente possível, buscando sempre melhorar as habilidades
funcionais e a qualidade de vida da criança e da sua família.
 ATENÇÃO
É importante alertar que o grau de deficiência mental, o número de crises convulsivas e a intensidade do
distúrbio de comportamento da criança podem interferir no prognóstico.
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
Não existe apenas um sistema ou método de tratamento fisioterapêutico para a criança com paralisia
cerebral. A decisão de usar qualquer intervenção é particular a cada profissional, mas deve ser guiada pelo
objetivo do tratamento após uma avaliação cuidadosa do paciente. Cada criança tem sua necessidade
individual, e o tratamento dependerá exclusivamente da avaliação médica.
A META PRINCIPAL DO TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO PARA A CRIANÇA COM PC DEVE
SER A AQUISIÇÃO OU A MELHORA DA QUALIDADE DO
MOVIMENTO E DA HABILIDADE FUNCIONAL, ALÉM DA
PREVENÇÃO DE CONDIÇÕES
MUSCULOESQUELÉTICAS SECUNDÁRIAS
(CONTRATURAS E DEFORMIDADES) PARA EVITAR
CIRURGIAS.
A aplicação da toxina botulínica pode ser realizada pelo médico responsável para tratar a espasticidade focal.
Nesse caso, o objetivo principal será o alongamento muscular e a melhora da amplitude de movimento. O
efeito dessa medicação pode durar de 3 a 6 meses, por isso é importante intensificar o tratamento neste
período (PICELLI et al., 2019). Entre os principais objetivos a serem alcançados pelo tratamento
fisioterapêutico, estão:
Inibição da atividade reflexa persistente (de acordo com a faixa etária)
Adequação do tônus muscular
Força muscular
Estímulo sensorial (diferentes texturas e temperaturas, auditivo e visual)
Melhora da flexibilidade
Melhora da amplitude e da qualidade de movimento
Aquisição de habilidades funcionais (autolocomoção, entre outras)
Prevenção de contraturas e deformidades
Existem inúmeras intervenções para atingir esses objetivos. Seja criativo, para que a criança aceite o
tratamento. Brincadeiras são muito bem-vindas, porém, cuidado para não fugir da sua meta. Você vai
conhecer agora algumas intervenções para iniciar o seu processo de aprendizagem. Vamos a elas!
CINESIOTERAPIA
Para realizar a cinesioterapia em crianças, o fisioterapeuta precisa ser criativo. A ludicidade é essencial para
que a criança aceite e confie no seu toque. A mobilização passiva e os exercícios ativos e alongamentos
devem ser realizados dentro do limite e possibilidade de cada criança. Exercícios de resistência podem ser
úteis para o fortalecimento muscular, mas devem ser usados com cautela para não reforçar as reações tônicas
anormais já existentes, aumentando assim a espasticidade. A utilização de brinquedos e alguns facilitadores
como o rolo, a bola suíça, a estimulação visual e sonora são aconselhados. Alguns equipamentos podem ser
utilizados como auxiliares: esteira, andador, prancha ortostática, plataforma vibratória, entre outros.
 Exemplo de recursos utilizados pelo fisioterapeuta.
INDICAÇÃO DE ÓRTESE
A órtese pode ser indicada com o objetivo de manter posição estável e promover melhoria no alinhamento
biomecânico funcional e nas habilidades motoras das atividades diárias. A mais utilizada na paralisia cerebral
é a AFO (A-ankle, F-foot, O-orthosis), ou seja, órtese tornozelo-pé, podendo ser articulada ou fixa. A órtese
abdutora do polegar também pode ser indicada para possibilitar o aumento da amplitude de movimento ativo
da mão.
 Órtese AFO.
CONCEITO NEUROEVOLUTIVO BOBATH
Utiliza como base o desenvolvimento neuropsicomotor típico com técnicas de inibição, facilitação e
estimulação de padrões de movimentos, para possibilitar a aquisição de habilidades funcionais na criança.
Muito utilizado nos primeiros anos de vida.
 As técnicas devem ser usadas de acordo com o tônus muscular do paciente.
THERASUIT
É uma técnica utilizada na reabilitação de disfunções sensoriais e neurológicas (programa intensivo) que usa
cordas e roupas elásticas com o objetivo de colocar o paciente em um padrão mais próximo do “normal”
possível.
FISIOTERAPIA AQUÁTICA
A água possui propriedades físicas que proporciona à criança uma sensação acolhedora e uma liberdade de
movimentos que muitas vezes são complexos no solo (ação antigravitacional). Além de melhorar a autoestima,
promove relaxamento, facilitando o alongamento muscular e a mobilização das articulações. A fisioterapia
aquática também pode ser usada para exercícios que aumentem a força muscular, melhorem o equilíbrio, a
coordenação e o treino da marcha.
EQUOTERAPIA
Utilizar técnicas de equitação e o cavalo como instrumento de trabalho terapêutico auxilia nos níveis
psicológicos, físicos e posturais da criança. A equoterapia tem sido usada com uma abordagem
interdisciplinar nas áreas da saúde, educação e equitação. Na PC, pode melhorar o autocontrole e a
autoconfiança, além de atuar na adequação do tônus muscular, mobilidade articular, equilíbrio, obtenção da
lateralidade, percepção do esquema corporal e coordenação motora. Um fator muito importante nesta técnica
é a melhora da integração social.
 Equoterapia.
REALIDADE VIRTUAL
Como é capaz de ampliar os canais multissensoriais (visão, audição, tato etc.) com o auxílio de dispositivos
tecnológicos, a realidade virtual tem sido cada vez mais utilizada. Dependendo do dispositivo utilizado,
consegue-se trabalhar a função física, cognitiva, sensitiva e psicológica.
 Exemplo de dispositivo tecnológico usado na realidade virtual.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM CRIANÇAS
COM PARALISIA CEREBRAL
A especialista Eloá Moreira Marconi abordará os principais aspectos de uma avaliação fisioterapêutica em
crianças com paralisia cerebral. Quais as informações a serem colhidas, as observações referentes ao
quadro clínico funcional da criança e como orientar os responsáveis/cuidadores para um melhor manejo dessa
criança.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Reconhecer a fisiopatologia da paralisia obstétrica e a forma de intervenção fisioterapêutica
adequada
PARALISIA OBSTÉTRICA
A paralisia obstétrica é definida como uma lesão no plexo braquial que causa uma paralisia ou paresia flácida
nas musculaturas do membro superior que são inervadas pelos nervos do plexo braquial.
O plexo braquial é formado por um conjunto de cinco raízes nervosas que se originam na região anterior da
medula espinhal,passando próximo à região da clavícula como um emaranhado nervoso. É responsável pela
inervação cutânea e muscular da região da cintura escapular e de quase todo membro superior do lado
correspondente, exceto o trapézio e uma área de pele próximo à região axilar. Por se localizar em uma área
com grande mobilidade (entre a região cervical e a parte superior do braço), o plexo braquial é um segmento
nervoso sujeito a lesões.
 Paralisia obstétrica.
 Distócia de ombros.
A PO é provocada pelo estiramento dos troncos nervosos ou pela avulsão radicular do plexo braquial durante o
nascimento (mais comum no parto normal), frequentemente associada à distócia de ombro.
A lesão neural pode ser leve, possibilitando uma recuperação espontânea (no caso de neuropraxia, há
preservação da estrutura do nervo), ou grave, quando ocorre a destruição das estruturas neurais gerando
sequela permanente (no caso de neurotmese, há descontinuidade do nervo). Os fatores de risco para a PO
mais comuns são:
Feto com peso > 4.000g ou quando existe algum grau de desproporção entre o feto e a pelve materna
para fetos com peso < 4.000g
Obesidade materna
Pós-datismo (≥ 42 de gestação)
Diabetes gestacional
Parto prolongado ou laborioso
Uso de fórceps
Apresentação pélvica
 ATENÇÃO
A PO pode vir associada a algumas comorbidades como: paralisia facial, torcicolo, fratura de clavícula e úmero,
subluxação de ombro ou hemiparesia do diafragma.
TIPOS DE PARALISIA OBSTÉTRICA
ERB-DUCHENNE OU PARALISIA ALTA
É o tipo mais comum de PO e o que apresenta melhor prognóstico. Acontece quando há um envolvimento das
raízes de C5 a C7, ou seja, do tronco superior do plexo braquial.
Os bebês com esse tipo de PO mantêm o membro superior acometido ao lado do corpo, adução com rotação
interna do braço, extensão com pronação do antebraço e flexão do punho. Não apresentam alteração na
sensibilidade tátil e dolorosa na região do antebraço e mão.
Na paralisia alta, o reflexo de Moro e o RTCA (reflexo tônico cervical assimétrico) encontram-se alterados. Os
bebês têm incapacidade para abdução e rotação externa do braço, flexão de cotovelo e supinação de
antebraço. Os movimentos da mão e punho não estão comprometidos, dessa forma, o reflexo de preensão
palmar fica preservado.
KLUMPKE OU PARALISIA BAIXA
É o tipo mais raro de PO. Acontece quando há um envolvimento das raízes de C8 e T1, ou seja, do tronco
inferior do plexo braquial.
Os bebês com esse tipo de PO mantém o cotovelo em flexão, supinação do antebraço, extensão do punho,
extensão das metacarpofalangeanas e semiflexão das interfalangeanas (mãos em “garra”). O reflexo de
preensão palmar está alterado nesse tipo de PO, pois há um comprometimento da musculatura flexora do
punho, intrínseca da mão e flexora longa dos dedos.
ERB-KLUMPKE OU PARALISIA TOTAL
Esse tipo PO acontece quando há um envolvimento das raízes de C5 à T1, ou seja, lesão total do plexo
braquial. É o tipo mais grave de lesão, pois acomete tanto a parte motora quanto a sensitiva.
Nos bebês com esse tipo de PO, observamos uma plegia no membro superior acometido, conhecido como
braço de “boneca de pano”. Neste caso, todos os reflexos estão abolidos.
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
Para traçar uma boa estratégia de tratamento, é essencial entender a biomecânica de cada musculatura que
possa estar afetada na PO. Então, vamos recordar?
PRINCIPAIS MOVIMENTOS E MÚSCULOS
ACOMETIDOS PELA PARALISIA OBSTÉTRICA
A especialista Eloá Moreira abordará quais os principais músculos acometidos pela lesão do plexo braquial e
quais os movimentos realizados por eles que estarão comprometidos na paralisia obstétrica.
 ATENÇÃO
A paralisia obstétrica é uma lesão flácida de um dos membros superiores e pode ter diferentes graus de
gravidade, o que influencia o seu prognóstico.
QUANTO MAIS RÁPIDO FOR DADO O DIAGNÓSTICO E
INICIADA A INTERVENÇÃO, MELHOR SERÁ A
RESPOSTA AO TRATAMENTO.
A recuperação espontânea é esperada até aproximadamente 18 meses (com reabilitação), entretanto, caso
ela não ocorra, há indicação cirúrgica para melhorar a postura articular e facilitar a recuperação funcional da
criança.
A fase inicial do tratamento foca a melhora do posicionamento da criança. O primeiro passo a ser dado,
logo após o diagnóstico, é a retirada do estresse mecânico do membro superior afetado. Isso se dá
imobilizando e posicionando corretamente a criança, ou seja, o braço junto ao corpo com flexão do cotovelo
(enfaixamento do tipo toracobraquial), evitando movimentos e proporcionando analgesia e cicatrização.
O posicionamento do membro afetado no dia a dia da criança é essencial para evitar a piora do quadro.
Por isso, a orientação aos familiares/cuidadores é parte essencial do tratamento. As órteses de membro
superior podem ser indicadas para um melhor posicionamento durante o sono, evitando contraturas,
principalmente para as crianças que apresentam atrofia de punho e mão. Independentemente do tipo de PO
diagnosticado, a lesão irá causar algum atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.
POR ISSO, A INTERVENÇÃO PRECOCE E O INCENTIVO
PARA AQUISIÇÃO DE HABILIDADES FUNCIONAIS SÃO
DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA A AQUISIÇÃO DA
ETAPA NEUROPSICOMOTORA CORRESPONDENTE À
FAIXA ETÁRIA.
O membro superior faz parte de um todo (corpo inteiro), dessa forma, quando há uma alteração como a PO,
devemos levar em consideração que a criança poderá ter uma assimetria corporal e/ou um desvio postural.
Por isso, o desenvolvimento neuropsicomotor da criança deve ser observado em todas as suas
etapas pelo fisioterapeuta. Assim, quaisquer alterações poderão ser identificadas rapidamente,
favorecendo a intervenção específica o mais precocemente possível.
A CRIATIVIDADE PARA A ELABORAÇÃO DE ATIVIDADE
LÚDICA E A ESTIMULAÇÃO SENSORIAL SÃO MUITO
IMPORTANTES NA FISIOTERAPIA, PODENDO UTILIZAR
BRINQUEDOS OU MATERIAIS QUE AUXILIAM NA
AQUISIÇÃO DAS HABILIDADES FUNCIONAIS E
FORTALECIMENTO MUSCULAR. LEMBRAMOS QUE O
MOVIMENTO PASSIVO DEVE SER APLICADO
LEVEMENTE PARA EVITAR O AGRAVAMENTO DA
LESÃO.
As metas a serem alcançadas pelo tratamento fisioterapêutico, de um modo geral, devem ser:
Evitar aderências e as contraturas.
Controle da dor e edema no membro superior acometido.
Fortalecimento muscular.
Manter ou aumentar a amplitude de movimento.
Promover um desenvolvimento neuropsicomotor apropriado (manter e estimular as atividades e força
dos músculos não lesados) e estimular trocas posturais.
Realizar estímulos sensoriais.
Orientar os familiares/cuidadores quanto ao manuseio, posicionamento e à estimulação para
movimentos ativos.
Assim como foi descrito na abordagem fisioterapêutica da PC, existem diversas intervenções a serem
aplicadas pelo fisioterapeuta no tratamento da PO, porém, não podemos esquecer que a colaboração da
criança é a base para a aquisição de todas as metas do tratamento, ou seja, é preciso que a criança se
sinta estimulada a realizar os movimentos da forma mais ativa possível. Para que isso ocorra, o
fisioterapeuta deve não só adequar o objetivo do tratamento a essas intervenções, como também ter
consciência de que poderá mudar a proposta de tratamento a qualquer momento, caso não seja
correspondido conforme o esperado.
 ATENÇÃO
Todas as intervenções mencionadas no módulo anterior podem ser utilizadas nas crianças com PO.
Independentemente da técnica escolhida pelo fisioterapeuta, a cinesioterapia baseada no desenvolvimento
neuropsicomotor é a base para uma boa avaliação e para todo o tratamento da criança com PO.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Relacionar a fisiopatologia da espinha bífida com a aplicabilidade fisioterapêutica
ESPINHA BÍFIDA
A espinha bífida é uma malformação embrionária do Sistema Nervoso Central que ocorre durante o primeiro
mês de gestação. É decorrente da falta de fusão dos arcos vertebrais posteriores, o que gera o fechamento
incompleto do tubo neural, envolvendo os tecidos sobrejacentes à medula espinhal, o arco vertebral, os
músculos dorsais e a pele. Sua gravidadedepende do tipo e da altura da lesão.
 Formação do tubo neural.
Existem diversos fatores (genéticos e ambientais) que podem causar a EB como: diabetes materna,
deficiência de zinco ou folato (forma natural de ácido fólico), etilismo durante os três primeiros meses de
gestação, drogas anticonvulsivantes ou ilícitas, entre outros. O fator de risco mais importante para o não
fechamento do tubo neural é a deficiência de ácido fólico, pois ele age na síntese de DNA, essencial para que
ocorra a rápida divisão celular durante o desenvolvimento fetal.
 Espinha bífida.
TIPOS DE ESPINHA BÍFIDA
ESPINHA BÍFIDA OCULTA
É considerada a forma mais branda de EB. Apresenta malformação, porém sem o extravasamento da medula
espinhal, ou seja, ela permanece dentro do canal vertebral. Geralmente, é identificada em razão da presença
de alterações da pele da região sacrococcígea (angiomas, tufos de pelos, lipomas, fístulas com fundo cego ou
não, entre outros).
MENINGOCELE
É uma lesão cística (EB aberta), constituída pelo extravasamento do líquido cefalorraquidiano (líquor), meninge
e recoberto por pele. Geralmente os nervos não estão prejudicados, por isso as crianças com essa
malformação podem apresentar pouca incapacidade.
MIELOMENINGOCELE
É a forma mais grave e mais comum de EB. Também é uma lesão cística (EB aberta), porém, com o
extravasamento não só do líquido cefalorraquidiano e meninge, como também do tecido neural (parte da
medula espinhal), formando um saco visível no dorso da criança.
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 Tipos de espinha bífida.
Nas formas abertas de EB (mielocele e mielomeningocele), a cirurgia deve ser realizada o mais rápido
possível (primeiras 24 horas de vida) para diminuir o risco de infecção e tentar preservar a função nervosa.
PRINCIPAIS COMORBIDADES DA ESPINHA BÍFIDA
Existem algumas comorbidades associadas à EB. Vejamos as mais comuns.
HIDROCEFALIA
Esta comorbidade surge frequentemente após o fechamento da EB aberta. É caracterizada pela dilatação
ventricular associada à hipertensão intracraniana e ao aumento do perímetro cefálico (cabeça).
 Hidrocefalia.
A hidrocefalia acontece devido a um desequilíbrio entre a produção e a absorção do líquido cefalorraquidiano.
Pode haver aumento de produção desse líquido, dificuldade de absorção ou obstrução, como a presença da
malformação de Arnold Chiari (descida das amídalas cerebelares e da parte inferior do cerebelo, que se
“encaixam” no orifício occipital em direção ao canal vertebral impedindo o fluxo de líquor).
No caso de malformação de Arnold Chiari, a criança pode apresentar estrabismo, crises de apneia,
dificuldades na alimentação, respiração ruidosa, distúrbios do sono e alterações funcionais em membros
superiores. O tratamento cirúrgico, ou seja, a instalação de um sistema de derivação ventrículo peritoneal
(DVP) para drenar o líquido acumulado nos ventrículos para a cavidade peritoneal onde será absorvido, pode
diminuir as complicações associadas à hidrocefalia, como a dificuldade no desenvolvimento neuropsicomotor.
 Derivação ventrículo peritoneal.
É importante observar os sintomas relacionados à hidrocefalia, pois algumas crianças podem apresentar a
absorção do líquor de forma lenta, não desenvolvendo a hidrocefalia por meses ou anos. Nos casos das
crianças com DVP, pode ocorrer uma obstrução na válvula. Os sintomas podem ser: cefaleia recorrente,
alteração no desenvolvimento escolar, na linguagem ou na personalidade, estrabismo ou diminuição da
acuidade visual, náuseas ou tonteiras frequentes ou convulsões.
ÚLCERAS POR PRESSÃO
Úlceras por pressão (UP) são feridas causadas por uma pressão prolongada sobre os tecidos moles,
provocadas por alterações de mobilidade e de sensibilidade. Podem ocorrer em região corporal,
principalmente, em locais com proeminências ósseas. UP é considerada uma complicação grave, pois, além
de limitar a execução de exercícios necessários para o processo de recuperação funcional, pode infeccionar,
o que complica o quadro para uma possível amputação ou, na pior das hipóteses, evoluir para uma sepse —
podendo levar a criança ao óbito.
A orientação e o cuidado, tanto aos familiares/cuidadores quanto à própria criança quando tiver condições de
entendimento, são essenciais como medida preventiva da úlcera por pressão. Em razão da falta de
sensibilidade e da imobilidade da criança, é preciso observar atentamente alguns fatores que podem
contribuir para o aparecimento da UP como: ajuste das roupas (apertadas ou presença de dobras), mudança
de decúbito, alívio da pressão em algumas posições (pressão nos acidentes ósseos), temperatura da água do
banho (evitar queimaduras) e observação da pele para prevenção da abertura das feridas.
BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS
A bexiga neurogênica é a falta da capacidade de controlar a bexiga, o que causa incontinência urinária. As
crianças têm infecções urinárias recorrentes e podem apresentar distúrbios renais como a hidronefrose
(bloqueio nos ureteres que impedem a passagem da urina dos rins para a bexiga) e o refluxo vesicouretral
(retorno da urina da bexiga para o ureter, podendo retornar até o sistema coletor renal). O intestino
neurogênico é a falta da capacidade de sentir as fezes no reto e de controlar o esfíncter anal, podendo
também afetar o movimento das fezes através do cólon (peristalse).
DISTÚRBIOS ORTOPÉDICOS
É muito comum a associação de distúrbios ortopédicos em crianças com EB, principalmente na
mielomeningocele. Pé torto congênito, fraturas, luxação de quadril, hipercifose, hiperlordose e escoliose são
distúrbios comuns, que podem ser agravados durante a vida em razão da paralisia dos membros inferiores e
tronco, de posicionamentos viciosos ou falta de sensibilidade.
PARALISIA DE MEMBROS INFERIORES E TRONCO
Dependendo da altura da lesão, pode ocorrer comprometimento não só dos membros inferiores, como
também do controle do tronco. Nesse caso, o uso de órteses é altamente indicado para prevenir distúrbios
ortopédicos e facilitar as habilidades funcionais da criança.
A escolha do tipo de órtese se dá de acordo com a altura da lesão e da limitação apresentada pela criança.
RGO (Reciprocal
Propulsion Orthosis)
Órtese de reciprocação avançada: é um tipo de órtese dinâmica que
facilita a locomoção (durante a extensão do quadril, o colateral
automaticamente entra em flexão).
HKAFO (Hip-hip, K-knee,
A-ankle, F-foot, O-
orthosis)
Órteses pelvicopodálicas (quadril-joelho-tornozelo-pé) ou tutores longos
com cinta pélvica.
KAFO (K-knee, A-ankle,
F-foot, O-orthosis)
Órteses cruropodálicas (joelho-tornozelo-pé) ou tutores longos.
AFO (A-ankle, F-foot, O-
orthosis)
Órtese suropodálica (tornozelo-pé).
 Principais órteses utilizadas na espinha bífida.
Elaborado por Eloá Moreira
OUTRAS COMORBIDADES
As crianças com EB também podem apresentar déficit cognitivo, alergia ao látex (muito comum), crises
convulsivas, diminuição da densidade mineral óssea e acúmulo de tecido adiposo corporal.
CARACTERÍSTICAS DA ESPINHA BÍFIDA
As características da EB variam de acordo com o tipo e a altura da lesão. Normalmente, a EB oculta é
assintomática, por isso, muitas vezes, é diagnosticada tardiamente. Nos outros tipos de EB (mielocele e
mielomeningocele), a criança apresenta comprometimento sensório-motor abaixo da lesão. Quanto mais alto
o nível de envolvimento das estruturas nervosas e mais alta a lesão, maior também o comprometimento.
No quadro a seguir, reunimos os principais acometimentos de acordo com o nível da lesão e as órteses
normalmente indicadas para cada um deles.
Nível da
lesão
Altura
da
lesão
Possíveis grupos
musculares
ativos nos MMII
Principais
acometimentos
Órteses
indicadas
Torácico
T12
para
cima
Nenhum
Paralisia flácida completa
de MMII +
comprometimento no
controle de tronco +
alteração de sensibilidade
Cadeira de
rodas, mas
podem se
sustentar de pé
com auxílio da
RGO
Lombar
alto
L1 a
L3
Flexores e
adutores dequadril
ou extensores de
joelho (fracos)
Controle de tronco
normal
Normalmente, com
alteração de sensibilidade
abaixo dos quadris,
paralisia dos músculos
extensores e abdutores
dos quadris, joelhos e pés
RGO e HKAFO
Lombar
baixo
L4 e
L5
Flexores dos
quadris normais
Adutores dos
quadris (com
movimentos)
Quadríceps fracos
e tibial anterior
com vestígios de
contração podem
levar a movimento
Paralisia dos extensores
e abdutores dos quadris,
flexores dos joelhos e dos
inversores e eversores
dos pés
KAFO ou AFO
de dorsiflexão dos
pés
Controle de tronco
normal
Sacral
S1 e
S2
Força no quadril
próximo ao normal
Movimento bom
dos joelhos
Alguns movimentos
nos pés
Fraqueza dos extensores
dos quadris e flexor
plantar
Possibilidade de
deambular
usando apenas
AFO
 Principais níveis de lesões e as respectivas órteses mais apropriadas.
Elaborado por Eloá Moreira
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
Normalmente, a criança com EB aberta é logo encaminhada para o serviço de fisioterapia. Alguns cuidados
iniciais devem ser observados, como a pele do bebê, a cicatrização da EB e o seu posicionamento (postura).
É de suma importância posicionar corretamente a criança, a fim de evitar deformidades que possam atrasar
ou impedir o progresso da marcha.
O FISIOTERAPEUTA PODERÁ ORIENTAR OS
FAMILIARES/CUIDADORES QUANTO AO MANUSEIO DA
CRIANÇA, EVITANDO CONTRATURAS E
APARECIMENTO DE COMPLICAÇÕES.
Os cuidados com a cicatriz são importantes. Normalmente, há uma alteração de sensibilidade local. Além
disso, a mobilização da cicatriz pode evitar maiores aderências e queloides. As comorbidades também
devem ser registradas, para que os objetivos do tratamento possam contemplar as disfunções causadas por
elas. Mesmo sabendo a altura da lesão, a avaliação dos movimentos e da sensibilidade deve ser criteriosa.
Cada criança pode apresentar uma característica particular, como já vimos.
 DICA
Além do nível da lesão, devemos levar em consideração os aspectos psicológico (da criança e da família),
social e ambiental.
O desenvolvimento neuropsicomotor fica alterado na criança com EB e, dependendo da altura da lesão, esse
comprometimento acontece de forma diferente. Mesmo que a criança não consiga realizar alguns movimentos,
será preciso proporcionar a ela uma experiência de desenvolvimento o mais próximo possível do “normal”.
Para isso, temos que utilizar as órteses e outros dispositivos que facilitam o processo, como bola suíça, rolos,
carrinhos (andadores), faixas elásticas, pranchas ortostáticas etc.
Os membros superiores devem ter um cuidado especial quanto ao fortalecimento muscular, pois, muitas
vezes, as crianças dependerão deles para se deslocar — usando muletas, andadores ou cadeira de rodas
mecânica.
As principais metas da abordagem fisioterapêutica na criança com EB são:
Prevenção da instalação de aderências, contraturas e deformidades.
Fortalecimento muscular.
Manter ou aumentar a amplitude de movimento.
Promover desenvolvimento neuropsicomotor apropriado (manter e estimular as atividades e a força dos
músculos não lesados) e estimular trocas posturais.
Proporcionar independência com a aquisição de habilidades funcionais, mesmo que necessite de
adaptações.
Realizar estímulos sensoriais.
Orientar os familiares/cuidadores quanto ao manuseio, ao posicionamento e à estimulação para
movimentos ativos.
As comorbidades presentes na EB também podem sofrer abordagem fisioterapêutica. A bexiga e o intestino
neurogênicos se beneficiam com a fisioterapia uroginecológica; já a cicatriz, com a fisioterapia
dermatofuncional. A laserterapia pode ser utilizada na úlcera por pressão, mas com cautela, pois a pele da
criança é muito delicada e não pode ter a presença de infecção. No caso de infecção, a melhor opção é a
terapia fotodinâmica (PDT).
As intervenções como equoterapia, fisioterapia aquática (exceto quando há feridas abertas) e a realidade
virtual também são muito utilizadas nas crianças com EB. Como vimos anteriormente, essas técnicas
influenciam não só questões de desenvolvimento motor e habilidades funcionais, como também as partes
sensorial, social e emocional da criança.
POR QUE O FISIOTERAPEUTA PRECISA ABORDAR
ASPECTOS PSICOLÓGICOS, SOCIAIS E
AMBIENTAIS DA CRIANÇA COM EB?
A especialista Eloá Moreira abordará quais os aspectos psicológicos (criança e família), sociais e ambientais
que podem interferir no objetivo e tratamento fisioterapêutico nas crianças com EB.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Identificar as principais comorbidades respiratórias nas neuropatias e a abordagem
fisioterapêutica no tratamento
COMORBIDADES RESPIRATÓRIAS
Em crianças com neuropatias, pode ocorrer uma série de doenças respiratórias associadas (comorbidades),
seja por lesão direta no SNC (centro respiratório bulbo raquidiano e na ponte), seja por diversas alterações
que interferem na mecânica respiratória.
 Trajeto do ar durante a respiração.
Fatores que contribuem para o aparecimento de comorbidades respiratórias nas neuropatias:
PARALISIA OU DIMINUIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR
A fraqueza dos músculos inspiratórios causa diminuição da expansão torácica, podendo gerar
microatelectasias, alteração na ventilação-perfusão e hipoxemia. Já a fraqueza dos músculos expiratórios
pode causar ineficiência da tosse (tosse ineficaz), gerando um acúmulo de secreção ou broncoaspiração. O
acúmulo de secreção aumenta a resistência nas vias aéreas, elevando o risco de desenvolver atelectasias e
pneumonias. A broncoaspiração pode se dar lentamente e retardar o aparecimento dos sintomas — ocorrer
com a alimentação ou a própria saliva do paciente, podendo evoluir para uma pneumonia aspiratória.
Em alguns casos, a criança pode apresentar fraqueza dos músculos bulbares, ou seja, músculos da face,
orofaringe e laringe. Esses músculos podem causar alteração na deglutição (disfagia) e na eliminação de
secreção, causando a broncoaspiração. A paralisia de parte da musculatura inspiratória, expiratória e bulbar
também causa essas alterações, porém, se houver uma paralisia grave, o paciente dependerá de ventilação
mecânica.
A fraqueza da musculatura abdominal, torácica e de membros superiores causam limitação da mobilidade da
caixa torácica. A presença de contraturas e deformidades nessa região e de alterações estruturais na coluna
vertebral pode limitar ainda mais a mobilidade torácica. Isso pode causar diminuição da ativação do centro
respiratório (ponte e bulbo) e facilitar o aparecimento de doenças respiratórias restritivas (complacência
diminuída).
FALTA DE MOVIMENTO ATIVO
Algumas neuropatias limitam os movimentos. Essa imobilidade associada ao aumento de secreção ou de
sialorreia pode causar complicações respiratórias como pneumonia e atelectasias. Crianças que não
apresentam controle cefálico e de tronco e que não possuem movimento ativo de membros superiores estão
mais suscetíveis a ficarem em uma mesma postura por tempo prolongado.
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As alterações do tônus muscular, da postura e dos movimentos involuntários, frequentemente encontradas em
crianças com neuropatias, podem interferir diretamente na biomecânica na região toracoabdominal,
prejudicando o funcionamento adequado das estruturas do trato respiratório (mecânica respiratória).
AUSÊNCIA OU DIMINUIÇÃO DO REFLEXO DE TOSSE
Estes fatores causam um acúmulo de secreção/sialorreia, gerando complicações respiratórias da mesma
forma que acontece na fraqueza da musculatura expiratória.
OUTROS FATORES
Algumas crianças apresentam refluxo gastroesofágico (RGE), o que facilita a ocorrência de broncoaspiração.
Podemos citar também o aumento da produção de secreção por uso de certas medicações, como alguns
anticonvulsivantes. É comum crianças apresentarem inabilidade na coordenação entre a deglutição e a
respiração, predispondo à broncoaspiração.
MICROATELECTASIAS
A atelectasia pulmonar é uma complicação respiratória que impede a passagem de ar suficiente, devido ao
colapso dos alvéolospulmonares. Nas microatelectasias fibrosas ou difusas, há deficiência no surfactante
pulmonar. O surfactante pulmonar é o que cobre o revestimento dos alvéolos e reduz a tensão superficial
alveolar, evitando o seu colapso. Quando os bebês prematuros têm uma deficiência do surfactante pulmonar,
desenvolvem a síndrome da angústia respiratória neonatal.
COMORBIDADES RESPIRATÓRIAS MAIS COMUNS
PNEUMONIA
Uma das principais afecções respiratórias nas neuropatias é a pneumonia; é também a maior causa de
mortalidade nessa população, juntamente com a insuficiência respiratória. A pneumonia pode acontecer
isoladamente ou de forma recorrente, dependendo do quadro geral da criança. Na maioria das vezes, é
causada por broncoaspiração (saliva, alimento, refluxo gastroesofágico), podendo ser viral ou bacteriana.
A pneumonia caracteriza-se pelo acúmulo de secreção, aumento de resistência nas vias aéreas, diminuição
da complacência torácica e alteração na ventilação e trocas gasosas. Em alguns casos, pode ser secundária
a outras infecções, como as infecções urinárias ou as úlceras por pressão infeccionadas. Na maioria das
vezes, a criança apresenta febre e dor ao inspirar (dor pleurítica).
ATELECTASIA
A atelectasia é o colabamento do tecido pulmonar associado a uma perda de volume. Normalmente, é
transitória, podendo ser recorrente em algumas crianças (com mais comprometimento motor). O sintoma é
dispneia ou insuficiência respiratória nos casos mais graves. Pode estar associada a doenças respiratórias
restritivas, como asma, bronquite, entre outras.
BRONQUIOLITE
A bronquiolite é uma infecção que acomete os bronquíolos, frequente em crianças menores de 2 anos de
idade. Pode ocorrer devido a microbroncoaspirações e ao acúmulo de secreção nas crianças com
neuropatias. Os sintomas são: tosse, obstrução nasal e coriza, podendo apresentar chiado no peito
semelhante a uma crise asmática ou de bronquite.
DISPNEIA DE ESFORÇO
Crianças com fraqueza muscular (comum nas neuropatias) podem apresentar dispneia de esforço. Ou seja,
quando realiza algum esforço, apresenta “falta de ar”, “aperto” ou pressão no peito, náuseas, tosse ou dor
torácica com consequente aumento da frequência respiratória (FR) e redução dos volumes pulmonares. Essa
alteração respiratória pode gerar hipoxemia, em razão de mudança na ventilação-perfusão.
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS DO SONO
Existem três tipos de distúrbios respiratórios do sono: apneia obstrutiva do sono (AOS), causada por hipotonia
muscular ou obstrução das vias aéreas; apneia central do sono (ACS), causada por disfunção do SNC; e
apneia mista do sono (associação das duas).
Crianças com as características descritas anteriormente (“fatores nas neuropatias que podem contribuir para o
aparecimento de comorbidades respiratórias”) podem apresentar qualquer tipo de distúrbio respiratório do
sono.
BRONQUITE
A bronquite é uma inflamação da árvore traqueobrônquica (infecção da via respiratória superior) que pode ser
aguda ou crônica. A causa quase sempre é uma infecção viral, mas também existe a bronquite bacteriana. O
sintoma mais comum é tosse, com ou sem a presença de febre e, possivelmente, produção de secreção.
Normalmente, são indicados antibióticos e broncodilatadores como tratamento clínico. A mobilização da
secreção é importante e acelera a melhora dos sintomas da doença.
ASMA
A asma é caracterizada por inflamação, estreitamento e edema das vias aéreas associados a um aumento na
produção de secreção. Dessa forma, há uma obstrução do fluxo de ar causando aumento do esforço
respiratório, dor no peito, tosse e hipóxia. Normalmente, é controlada com medicações inalatórias (bombinhas
ou nebulização).
As crianças com neuropatia que apresentam asma como comorbidade exigem atenção especial, pois as
limitações físico-funcionais (descritas anteriormente) podem agravar o quadro da doença e ser fatal.
RINITE E SINUSITE
Embora a rinite e a sinusite sejam doenças muito comuns, as crianças com neuropatia são mais suscetíveis a
apresentá-las de forma recorrente. Essas crianças devem ser observadas de forma especial, pois tanto a
rinite quanto a sinusite podem evoluir para infecções mais graves devido às condições físicas da criança.
Rinite é a inflamação da mucosa do revestimento nasal que leva a congestão nasal, coriza, espirros e prurido.
Sinusite é a inflamação da mucosa dos seios da face (localizados ao redor do nariz, região frontal do crânio e
abaixo dos olhos). Ambas podem ser causadas por uma infecção, quadro alérgico ou por algum fator que
impeça a drenagem correta de secreção dos seios da face. Normalmente, são tratadas com
antibioticoterapia. Os principais sintomas são: cefaleia, dor na região da face, secreção nasal, congestão
nasal e pode também apresentar febre e odor fétido na secreção.
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA
Normalmente, a criança com neuropatia é encaminhada para fisioterapia devido ao acometimento no
desenvolvimento neuropsicomotor. Porém, como vimos no decorrer deste módulo, muitas complicações
respiratórias são decorrentes das limitações motoras causadas pela neuropatia. Para prevenir ou melhorar as
comorbidades respiratórias em crianças com neuropatia, o fisioterapeuta deve ter os seguintes objetivos:

Prevenção da instalação de aderências, contraturas e deformidades (principalmente, na região torácica,
coluna vertebral e membros superiores) e manutenção da simetria do tórax.
Fortalecimento muscular (inspiratórios, expiratórios, bulbares e membros superiores).


Manutenção ou aumento da expansibilidade torácica (padrão respiratório e complacência pulmonar).
Manutenção das vias aéreas higienizadas (orientação aos familiares/cuidadores).

A ausculta pulmonar deve ser uma rotina do fisioterapeuta, mesmo que o paciente não esteja com queixas
respiratórias. Assim, a detecção de secreção nos pulmões pode ser precoce e rapidamente mobilizada, para
evitar o acúmulo e a permanência da secreção em um determinado local, pois isso resultaria em uma possível
infecção.
A tosse crônica e a falta de ar também podem indicar microbroncoaspiração recorrente. Através da ausculta,
também é possível identificar se há diminuição do fluxo respiratório. Caso seja identificado, pode ser
estimulado através de manobras reexpansivas. Se a diminuição do fluxo persistir, deve ser investigada uma
possível atelectasia (MARPOLE, et al., 2020).
 VOCÊ SABIA
Lavar e higienizar as vias aéreas com soro fisiológico deve ser procedimento frequente, porque diminui a
permanência de secreção. Isso facilita o trânsito do fluxo de ar e evita possíveis infecções. Os
familiares/cuidadores devem ser orientados quanto a importância dessa conduta.
Algumas crianças precisam ser aspiradas com frequência, quando existe fraqueza dos músculos expiratórios
ou ausência de reflexo de tosse. Normalmente o familiar/cuidador já é orientado para realizar a aspiração,
porém é importante observar como está sendo realizada para não lesionar as vias aéreas da criança. Para
facilitar a mobilização do fluxo de ar nos pulmões, brincadeiras como bolinha de sabão, cata-vento, bola de
encher ou outra brincadeira que incentive a inspiração e expiração são recomendadas.
No caso de crianças mais debilitadas fisicamente, ou seja, que não conseguem um movimento ativo eficiente,
recomenda-se a mobilização da caixa torácica com manobras de compressão-descompressão. A postura de
drenagem também pode ser utilizada para direcionar a secreção para as vias aéreas superiores, a fim de
obter melhor expectoração ou aspiração.
RESUMO SOBRE MECÂNICA RESPIRATÓRIA
A especialista Eloá Moreira abordará como é realizada a mecânica respiratória de uma forma clara e objetiva,
para que o aluno possa relembrar fatores importantes sobre a respiração, facilitando a compreensão do
assunto abordado neste módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, conhecemos melhor a paralisia cerebral, a paralisia obstétrica, a espinha bífida e as
principaiscomorbidades respiratórias nas neuropatias. Resumimos os objetivos do tratamento
fisioterapêutico e os possíveis métodos e condutas a serem aplicados em cada condição.
Acreditamos que, ao final desse estudo, você será capaz de identificar as principais disfunções em cada uma
das neuropatias apresentadas e terá requisitos para beneficiar essas crianças através de uma boa
abordagem fisioterapêutica. Faça bom uso dessas informações no campo profissional!
 PODCAST
Agora, a especialista Eloá Moreira encerra com uma revisão sobre os tópicos mais importantes em relação
ao conteúdo.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
GALBIATTI, J. A.; CARDOSO, F. L.; GALBIATTI, M. G. P. Paralisia obstétrica: De quem é a culpa? Uma
revisão sistemática de literatura. Rev. Bras. Ortop., São Paulo, v. 55, n. 2, p. 139-146, 2020.
HOUAISS, A. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. Consultado na
internet em: 13 mai. 2021.
LEVITT, S. O tratamento da paralisia cerebral e do retardo motor. 5. ed. São Paulo: Manole, 2014.
MARPOLE, R.; BLACKMORE, A. M.; GIBSON, N.; COOPER, M. S.; LANGDON, K.; WILSON, A. C.
Evaluation and management of respiratory illness in children with cerebral palsy. Front Pediatr., n. 24,
p. 333, 2020.
PICELLI, A.; SANTAMATO, A.; CHEMELLO, E.; CINONE, N.; CISARI, C.; GANDOLFI, M.; RANIERI, M.;
SMANIA, N.; BARICICH, A. Adjuvant treatments associated with botulinum toxin injection for managing
spasticity: an overview of the literature. Ann Phys Rehabil Med., n. 62, p. 291-296, 2019.
EXPLORE+
Para saber mais sobre as ferramentas que podem auxiliar na avaliação funcional da criança com PC, consulte:
O Sistema de Classificação da Função Motora Grossa, ampliado e revisto (Gross Motor Function
Classification System, GMFCS, E & R), no site do Centro de Estudos CanChild, da Mc Master University.
A tradução para a língua portuguesa é fornecida pelo CanChild.
O Sistema de Classificação da Habilidade Manual (The Manual Ability Classification System, MACS). A
tradução do MACS para a língua portuguesa está disponível on-line.
CONTEUDISTA
Eloá Moreira Marconi
 CURRÍCULO LATTES
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