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Teoria Geral do Direito Civil - Apostila

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<p>1</p><p>SIBELE RESENDE PRUDENTE</p><p>Teoria Geral do Direito Civil</p><p>2023/2</p><p>UNIDADE I- O DIREITO CIVIL</p><p>- O DIREITO CIVIL E SUA DIVISÃO</p><p>O Direito Civil é considerado uma ciência social que se</p><p>originou para atender as demandas que todo ser humano tem em algum</p><p>momento da sua vida. Ele nos atende no nosso nascimento, na realização</p><p>de contratos que fazemos durante toda a nossa vida, nos nossos direitos de</p><p>posse e propriedade, como também nos direitos de família e sucessões.</p><p>Dessa forma percebemos que estamos sempre, direta ou indiretamente,</p><p>ligados a ele, desde a nossa origem até a nossa morte.</p><p>Como o homem é considerado um ser social porque está e</p><p>esteve desde sua origem em agrupamentos, o Direito Civil auxilia na</p><p>formação de regras que qualquer grupo deve ter, desde os mais</p><p>rudimentares até os mais complexos. Da mesma forma ele também auxilia</p><p>nas sanções impostas em caso de descumprimento dessas regras. Por isso,</p><p>percebemos o quanto essa ciência está interligada aos nossos hábitos e</p><p>costumes.</p><p>Em sociedades muito primitivas a sanção parte do próprio</p><p>indivíduo ofendido, que normalmente propõe uma solução do conflito por</p><p>meio de alguma sanção ou recompensa. Com a evolução natural da</p><p>sociedade a sanção passa a ser instituída pela autoridade constituída por</p><p>meio dos costumes locais ou pela lei; ex.: o empregador que não paga as</p><p>verbas trabalhistas pode ter bens penhorados.</p><p>2</p><p>Para atender melhor as demandas sociais, o Direito Civil</p><p>apresenta uma divisão não meramente acadêmica, mas também de ordem</p><p>pragmática, que passaremos a analisar de agora em diante.</p><p>a) Direito Positivo: é o conjunto de regras acompanhadas de</p><p>suas respectivas sanções que são impostas pelo Poder Público, é o próprio</p><p>ordenamento jurídico de um país.</p><p>b) Direito Natural: é formado por normas que orientam o</p><p>comportamento do indivíduo almejando um ordenamento ideal, sem que</p><p>haja necessidade do Poder Público impor sanções, são normas de ordem</p><p>moral. Mas, é importante evidenciar que uma norma moral pode se</p><p>incorporar ao Direito Positivo; ex.: no passado o patrão socorria o</p><p>empregado acidentado como forma de caridade, no entanto hoje temos a</p><p>regulamentação legal da indenização por acidente de trabalho.</p><p>c) Direito Objetivo: é o conjunto de normas impostas pelo</p><p>Estado que regulam as ações humanas na vida social; é a norma agendi.</p><p>d) Direito Subjetivo: é a faculdade que a pessoa tem de invocar</p><p>a norma a seu favor; é a facultas agendi.</p><p>e) Direito Público: regulamenta as relações de um Estado com</p><p>outro, assim como do Estado com o cidadão. Tem como objetivo zelar pelo</p><p>interesse coletivo. É importante ressaltar que as normas de ordem pública</p><p>também são chamadas de normas cogentes e têm cumprimento obrigatório</p><p>porque visam o bem comum, como por exemplo as normas fiscais.</p><p>f) Direito Privado: regulamenta as relações entre os indivíduos,</p><p>tendo em vista o interesse particular. As normas de ordem privada são</p><p>consideradas dispositivas, uma vez que os envolvidos podem convencionar</p><p>de forma diferente. Tecnicamente o Direito Civil é considerado a área mais</p><p>importante do Direito Privado, no entanto, ao analisarmos a evolução do</p><p>Direito Civil percebemos que a cada dia tem crescido a interferência do</p><p>Poder Público dentro da disciplina. Em virtude disso, vários civilistas</p><p>concordam que hoje a natureza jurídica do Direito Civil é mista</p><p>3</p><p>(Privado/Público).</p><p>- CODIFICAÇÃO BRASILEIRA</p><p>É importante analisarmos a codificação brasileira desde sua</p><p>origem para entendermos melhor nossa história e consequentemente os</p><p>reflexos dela na atualidade.</p><p>Na época do Brasil Colônia o que regulamentava as nossas</p><p>relações cíveis eram normas editadas pela Coroa Portuguesa, essas normas</p><p>eram denominadas como Ordenações Filipinas. Mesmo depois da</p><p>independência elas continuaram a vigorar no Brasil até que fosse elaborada</p><p>nossa própria legislação. Em 1824 a Constituição do Império reclamava a</p><p>necessidade de um Código Civil e foram feitas várias tentativas.</p><p>Em 1859 foi confiada a Texeira de Freitas a incumbência de se</p><p>apresentar um projeto, o qual foi denominado Esboço. Este trabalho não foi</p><p>aproveitado no Brasil e sofreu muitas críticas, especialmente, por conter</p><p>5000 dispositivos legais, mas foi quase que totalmente acolhido na</p><p>Argentina. Felício dos Santos também elaborou um outro projeto que</p><p>também não foi aproveitado; assim como Coelho Rodrigues (1890). Só</p><p>então Clóvis Bevilaqua foi designado pelo Presidente, Campos Sales, para</p><p>a elaboração de um novo projeto aproveitando ao máximo o de Coelho</p><p>Rodrigues. Em 1900 foi apresentado o então projeto que ficou anos sendo</p><p>debatido e só foi aprovado em janeiro de 1916.</p><p>Apesar da excelência do Código Civil de 1916, não há como</p><p>negar, que era uma legislação que representava uma sociedade agrária e</p><p>patriarcal e ao longo das décadas forma necessárias algumas reformas:</p><p>a) em 1940: Orozimbo Nonato e outros.</p><p>b) em 1960: Orlando Gomes e Caio Mário da Silva Pereira.</p><p>14</p><p>c) em 1969: a comissão supervisionada por Miguel Reale</p><p>preferiu elaborar um novo Código Civil, tendo o seu</p><p>projeto apresentado em 1972, mas foi sustado devido à</p><p>Constituição de 1988.</p><p>- Exercícios de Fixação:</p><p>01- Marque a resposta certa:</p><p>a) A norma moral pode se incorporar ao Direito Positivo.</p><p>b) Norma agendi é a faculdade conferida ao indivíduo de invocar a norma a</p><p>seu favor.</p><p>c) O Direito Público só regula relações do Estado com outro Estado.</p><p>d) As normas cogentes não são de aplicação obrigatória.</p><p>e) O Direito Civil não é considerado uma ciência social por tratar de</p><p>interesses eminentemente particulares</p><p>02-Assinale a resposta certa:</p><p>a) O Código Civil de 1916 trouxe inovações significativas, pontuando uma</p><p>legislação menos agrária e patriarcal.</p><p>b) Em 1900 foi apresentado o projeto do Código Civil elaborado por Clóvis</p><p>Bevilaqua e promulgado em janeiro de 1916.</p><p>c) O projeto de Teixeira de Freitas ficou mais de 15 anos sendo debatido e foi</p><p>aproveitado na Itália.</p><p>d) Logo após a independência do Brasil, as Ordenações Filipinas foram</p><p>suspensas em território brasileiro.</p><p>e) O Código Civil de 2002 pouco inovou no que diz respeito à propriedade</p><p>privada.</p><p>15</p><p>UNIDADE II – DA PESSOA NATURAL</p><p>- PERSONALIDADE E PESSOA NATURAL</p><p>Pessoa natural é o ser humano que possui direitos e deveres,</p><p>basta que o homem exista para que ele seja titular de direitos; art. 1º.</p><p>Personalidade civil é a qualidade de pessoa, já legalmente</p><p>protegida, para que lhe sejam atribuídos os direitos e as obrigações. É o</p><p>direito de ser protegido pela lei, mesmo sem capacidade de fato (poder de</p><p>intervir por si mesmo); arts. 3º e 4º.</p><p>O homem adquire personalidade com o nascimento com vida,</p><p>o qual se aperfeiçoa com a respiração, mesmo que faleça no segundo</p><p>posterior. Contudo, a lei assegura os direitos do nascituro; art. 2º. O ser</p><p>humano perde a personalidade no momento de sua morte; art. 6 º.</p><p>Os direitos da personalidade são direitos subjetivos da pessoa</p><p>de defender o que lhe é próprio, ou seja, a vida, o nome, a identidade, a</p><p>honra, a integridade física, intelectual, imagem, entre outros. Esses direitos</p><p>são: imprescritíveis, irrenunciáveis, intransmissíveis, extrapatrimoniais, e</p><p>impenhoráveis e vitalícios, dando ao seu titular, inclusive, o direito de</p><p>indenização em caso de violação (art. 2º, 11 ao 20).</p><p>- COMORIÊNCIA</p><p>Ocorre quando duas ou mais pessoas morrem simultaneamente,</p><p>ou quando não se pode determinar quem pré morreu à outra; art. 8º.</p><p>16</p><p>- NOME E REGISTRO CIVIL</p><p>Nome é uma das formas de identificação da pessoa perante a</p><p>família e a sociedade, é um direito da personalidade; art. 11.</p><p>O nome se divide em duas partes: o patronímio familiar</p><p>(sobrenome) e o prenome (nome propriamente dito); art. 16. O prenome</p><p>pode livremente ser escolhido pelos pais e até pouco tempo atrás era</p><p>imutável, salvo</p><p>em casos expressos. Porém, com a Lei 14382/22 passou a</p><p>ser permitido a troca de nome e sobrenome diretamente nos cartórios, sem</p><p>a necessidade de recorrer a um processo judicial.</p><p>Vale dizer ainda que irmãos não podem ter o mesmo nome, a</p><p>não ser que seja duplo e um deles seja diferente; ex.: Maria Eduarda e</p><p>Maria Alice.</p><p>Já o sobrenome identifica a procedência da pessoa, indicando a</p><p>sua estirpe (família). Mesmo que a criança seja registrada somente com o</p><p>prenome, o escrivão deve de ofício lançar o sobrenome.</p><p>Às vezes temos ainda o agnome que é o sinal pelo qual se</p><p>distingue pessoas de uma mesma família; ex.: Júnior, Neto, Sobrinho, entre</p><p>outros. Como também podemos ter o axiônimo que é a forma de</p><p>tratamento; ex.: Sr., Vossa Santidade, Dr., entre outros.</p><p>Quanto ao registro de filhos havidos fora do casamento, o</p><p>escrivão deve remeter ao juiz os dados sobre o suposto pai, que será</p><p>convocado para reconhecer voluntariamente o filho; caso isto não ocorra,</p><p>os dados serão encaminhados ao Ministério Público que deverá promover a</p><p>investigação de paternidade. Vale dizer que, em regra, este reconhecimento</p><p>é irrevogável; art. 1609.</p><p>17</p><p>EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:</p><p>03-Conceitue direito natural.</p><p>04-Diferencie direito objetivo e direito subjetivo.</p><p>05-Discorra sobre a natureza jurídica do Direito Civil.</p><p>06-Quais as principais diferenças entre os Códigos de 1916 e 2002?</p><p>07- O que é personalidade civil?</p><p>08- Cite 3 direitos da personalidade.</p><p>09- Conceitue comoriência e a localize no Código Civil.</p><p>10- Explique o significado dos seguintes termos:</p><p>a. prenome</p><p>b. patronímio familiar</p><p>c. axiônimo</p><p>d. agnome</p><p>11- Discorra sobre a possibilidade de mudança de nome no Brasil.</p><p>12- Como se dá o registro de filhos havidos fora do casamento?</p><p>UNIDADE III – DA INCAPACIDADE</p><p>- CAPACIDADE</p><p>Todo ser humano desde o seu nascimento até a sua morte tem a</p><p>aptidão para ser titular dos seus direitos e obrigações na ordem civil, essa é</p><p>a regra geral do Direito Civil. Contudo, nem todos podem exercer</p><p>pessoalmente tais direitos. Por isso temos que distinguir capacidade de</p><p>direito (a pessoa é titular do direito) e a capacidade de exercício (poder de</p><p>pessoalmente atuar na órbita do seu direito).</p><p>É importante ainda diferenciarmos capacidade de legitimidade.</p><p>18</p><p>A última é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos; ex:</p><p>tenho capacidade para ser testemunha em qualquer testamento, mas não</p><p>tenho legitimidade para ser em um que me beneficia.</p><p>- ESPÉCIES DE INCAPACIDADE</p><p>a) absolutamente incapazes: não podem por si mesmos praticar quaisquer</p><p>atos jurídicos, sob a pena de nulidade; arts. 3º e 166, I. São chamados de</p><p>menores impúberes. O ato só pode ser praticado pelo representante legal do</p><p>incapaz.</p><p>b) relativamente incapazes: a inaptidão físico-psíquica é menos intensa,</p><p>por isso pode o incapaz praticar atos da vida civil, mas</p><p>devidamente assistido por seu representante legal, caso contrário o ato pode</p><p>ser anulado; arts. 4º e 171, I. Os maiores de 16 e menores de 18 anos são</p><p>considerados púberes (estão na puberdade). É importante observar ainda os</p><p>arts. 180; 928 e 932, I e II. Excepcionalmente poderá praticar alguns atos</p><p>sem assistência; ex.: ser testemunha (art. 228, I), fazer testamento (art.</p><p>1860, parágrafo único), votar, entre outros.</p><p>- EMANCIPAÇÃO</p><p>Emancipação é a aquisição da capacidade civil antes da idade</p><p>legal; art. 5º. Podem ser emancipados os maiores de 16 e menores de 18</p><p>anos, obedecidas as espécies de emancipação. É importante esclarecer que</p><p>se a pessoa nasceu no dia 29/02 de ano bissexto, completa a maioridade no</p><p>dia 1º de março.</p><p>19</p><p>- Espécies de Emancipação:</p><p>I- Emancipação Expressa: voluntária e judicial</p><p>Deve ser feita de forma escrita e somente é concedida em</p><p>consideração ao interesse do menor. Deve ser registrada em livro próprio</p><p>do 1 Ofício do Registro Civil do domicílio do menor.</p><p>É considerada voluntária quando realizada por ambos os pais</p><p>ou por um deles na falta do outro, ela é obtida por meio de escritura</p><p>pública. Essa espécie de emancipação não isenta os pais de indenizar as</p><p>vítimas de atos ilícitos praticados pelo menor, isso se justifica para evitar</p><p>interesses maliciosos dos pais.</p><p>É considerada judicial quando solicitada pelo menor ou por seu</p><p>tutor, ouvido o Parquet e podendo o juiz formar o seu livre convencimento.</p><p>A judicial é obtida por meio de sentença. O juiz deve comunicar de ofício</p><p>ao escrivão do Registro Civil.</p><p>A emancipação pode ser anulada, por exemplo, se provado que</p><p>o pai a concedeu para se libertar do dever de prestar pensão alimentícia ou</p><p>para se livrar de possível responsabilidade civil.</p><p>II - Emancipação Automática: legal</p><p>a) pelo casamento: o fato de viver em união estável antes dos</p><p>16 anos não induz emancipação. A viuvez e a separação não devolvem a</p><p>incapacidade, assim como o casamento nulo, mas putativo (casamento</p><p>imaginário).</p><p>b) pelo exercício de emprego público efetivo: debate sobre o</p><p>modo de investidura (cargo em comissão, interinamente e estágios).</p><p>1</p><p>c) colação de grau: muito raro.</p><p>d) estabelecimento civil ou comercial com economia própria:</p><p>resguardar a boa-fé das pessoas que negociam com este menor não</p><p>podendo anular seus atos.</p><p>e) vínculo empregatício que obtenha economia própria.</p><p>- AUSÊNCIA</p><p>A ausência ou também chamada de morte presumida ocorre</p><p>quando uma pessoa desaparece do seu domicílio sem dar notícia de seu</p><p>paradeiro e sem deixar um representante legal para administrar-lhe os bens;</p><p>ou ainda a pessoa que tem 80 anos e há 05 anos não dá notícias, havendo</p><p>neste último caso a presunção da ausência; arts. 22 e 23. Qualquer</p><p>interessado e o Ministério Público podem requer ao juiz que seja decretada</p><p>a ausência e nomeado um curador; art.25. A ausência passa por três fases,</p><p>as quais estudaremos a seguir:</p><p>a) Curadoria do Ausente:</p><p>O desaparecimento ainda é tido como transitório, adotando</p><p>apenas medidas de preservação patrimonial. Essa fase dura 01 ano ou 03</p><p>anos se houver deixado procurador. É nomeado curador para cuidar dos</p><p>bens; art. 25 e são publicados editais, de 2 em 2 meses durante 01 ano, no</p><p>site do Tribunal em que estiver vinculado, na plataforma do Conselho</p><p>Nacional de Justiça, não havendo esses dois primeiros, os editais serão</p><p>publicados na imprensa da comarca. Após o prazo de 1 ano pode-se</p><p>requerer a sucessão provisória; art. 26.</p><p>b) Sucessão Provisória:</p><p>Com o passar do tempo a volta do ausente se torna mais</p><p>improvável e o legislador começa a proteger mais os interesses dos seus</p><p>1</p><p>sucessores; arts. 26 e 27.</p><p>Contudo, a sentença que determina a sucessão provisória só</p><p>produzirá efeitos 180 dias após ter sido publicada pela imprensa; depois</p><p>disso será feita a partilha dos bens tendo os herdeiros que oferecer garantia</p><p>de sua restituição mediante penhores e hipotecas, proporcionalmente, aos</p><p>seus quinhões hereditários.</p><p>O artigo 30, parágrafo segundo dispensa a garantia dos</p><p>ascendentes, descendentes e do cônjuge, estes também ficam com a</p><p>totalidade das rendas produzidas pelos bens do ausente; já os outros</p><p>herdeiros são obrigados a oferecer a garantia e têm direito somente à</p><p>metade da renda dos bens do ausente, capitalizando em imóveis e em</p><p>títulos da dívida pública, devendo prestar contas anualmente; art. 33.</p><p>A sucessão provisória veda a venda de imóveis, exceto por</p><p>desapropriação ou por ordem judicial; arts. 31 e 36.</p><p>c) Sucessão Definitiva:</p><p>Após 10 anos da abertura da sucessão provisória sem que o</p><p>ausente retorne ou se ele conta com 80 anos de idade e de 05 anos datam as</p><p>últimas notícias, os interessados podem pleitear a transformação da</p><p>sucessão provisória em definitiva, podem ainda levantar as cauções</p><p>prestadas. Nessa fase os herdeiros deixam de ser provisórios e passam a ser</p><p>resolúveis. Se o ausente reaparecer nos 10 anos seguintes à abertura da</p><p>sucessão</p><p>definitiva, ou algum ascendente ou descendente, terá direito aos</p><p>bens na forma dos arts. 37 a 39.</p><p>- Exercícios de Fixação:</p><p>13- Indique a assertiva certa:</p><p>a) A legitimidade é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos.</p><p>b) A emancipação não pode ser anulada.</p><p>c) O casamento nulo de um menor, mas putativo devolve a incapacidade.</p><p>1</p><p>d) Se a pessoa tem 80 anos e há 02 anos não dá notícias será declarada</p><p>ausente.</p><p>e) A capacidade civil plena inicia aos 16 anos</p><p>14- Marque a alternativa correta</p><p>a) O nascituro não tem personalidade.</p><p>b) O agnome é uma forma de tratamento, como por exemplo: Sr.e Dr.</p><p>c) O Direito Natural é o próprio ordenamento jurídico do país.</p><p>d) A capacidade de direito é a capacidade de pessoalmente atuar na órbita do</p><p>seu direito.</p><p>e) O Direito Objetivo é a faculdade que a pessoa tem de invocar a norma a</p><p>seu favor.</p><p>15- Sobre ausência, responda:</p><p>a) A curadoria do ausente pode durar no máximo até 02 anos se este houver</p><p>deixado procurador.</p><p>b) A sucessão provisória do ausente veda, sem exceção, a venda de imóveis.</p><p>c) A sucessão provisória só produzirá efeitos 180 dias após ter sido publicada</p><p>pela imprensa</p><p>d) Depois da partilha dos bens todos os herdeiros têm que oferecer garantia</p><p>de sua restituição mediante penhores e hipotecas, proporcionalmente, aos</p><p>seus quinhões hereditários.</p><p>e) Na fase de sucessão definitiva os herdeiros continuam a ser herdeiros</p><p>provisórios porque o ausente ainda pode voltar.</p><p>16-Assinale a resposta errada:</p><p>a) Uma das principais fontes do Direito Civil brasileiro é o Direito Alemão.</p><p>b) Pessoa natural é o ser humano que possui direitos e deveres.</p><p>c) Comoriência é o nascimento de duas ou mais pessoas ao mesmo tempo,</p><p>está regulamentada no Livro V do Código Civil.</p><p>d) O nome é um direito da personalidade.</p><p>e) O ser humano adquire personalidade com o nascimento com vida</p><p>17- Marque a alternativa incorreta:</p><p>a) O patronímio familiar indica a estirpe da pessoa.</p><p>b) O axiônimo é o sinal pelo qual se distingue pessoas de uma mesma</p><p>família; como por exemplo: Júnior e Neto.</p><p>c) Personalidade é a qualidade da pessoa legalmente protegida, para que lhe</p><p>1</p><p>seja atribuído seus direitos e obrigações.</p><p>d) A emancipação é a aquisição da maioridade civil antes da idade legal.</p><p>e) A Constituição Federal e o Código Civil de 2002 iguala os filhos, sem</p><p>fazer distinção entre filhos biológicos, adotivos ou adulterinos.</p><p>18- Assinale a resposta errada:</p><p>a) O menor sob tutela poderá ser emancipado pelo juiz ouvido o seu tutor e o</p><p>Ministério Público.</p><p>b) A capacidade de direito é a capacidade de pessoalmente atuar na órbita do</p><p>seu direito.</p><p>c) Os absolutamente incapazes não podem por eles mesmos praticar</p><p>quaisquer atos jurídicos, sob pena de nulidade.</p><p>d) A emancipação decorrida de casamento não termina com a viuvez.</p><p>e) Excepcionalmente, o relativamente incapaz, poderá praticar alguns atos</p><p>sem assistência.</p><p>19- Marque a resposta correta:</p><p>a) As sociedades simples de advogados só podem ser registradas na Ordem</p><p>dos Advogados</p><p>b) Nenhuma pessoa jurídica precisa de autorização ou aprovação do Poder</p><p>Executivo, basta que seja registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas</p><p>Jurídicas ou na Junta Comercial.</p><p>c) A pessoa jurídica não pode ter direito sucessório.</p><p>d) O estatuto da pessoa jurídica de Direito Privado não pode eleger domicílio</p><p>especial.</p><p>e) Em regra, o funcionário público pode livremente escolher o seu domicílio.</p><p>20- Assinale a alternativa verdadeira:</p><p>a) A pessoa jurídica adquire capacidade quando registra seu instrumento</p><p>constitutivo e passa a exercer atos da vida civil.</p><p>b) As pessoas jurídicas podem praticar diretamente os atos da vida civil.</p><p>c) Os direitos da personalidade não são impenhoráveis em função da</p><p>necessidade de se proteger os credores de boa fé.</p><p>d) O estudo da comoriência é meramente acadêmico e teórico, uma vez que</p><p>não traz efeitos práticos para o Direito Civil.</p><p>e) O prenome é imutável.</p><p>21- Sobre ausência, responda:</p><p>a) Apenas o Ministério Público pode requerer ao juiz que seja decretada a</p><p>1</p><p>ausência e nomeado um curador.</p><p>b) A fase da curadoria do ausente tem duração de apenas 1 ano.</p><p>c) Ocorre quando uma pessoa desaparece do seu domicílio sem dar notícia de</p><p>seu paradeiro e sem deixar um representante legal para administrar-lhe os</p><p>bens; ou ainda a pessoa que tem 80 anos e há 05 anos não dá notícias</p><p>d) Na fase de curadoria do ausente, os editais devem ser publicados de 3 em 3</p><p>meses durante 2 anos.</p><p>22- Sobre ausência, responda:</p><p>a) Na sucessão provisória, todos os herdeiros são obrigados a oferecer</p><p>garantia dos bens e têm direito somente à metade da renda dos bens do</p><p>ausente, capitalizando em imóveis e em títulos da dívida pública, devendo</p><p>prestar contas anualmente.</p><p>b) Na fase da sucessão provisória aquele que tiver direito à posse provisória,</p><p>mas não puder prestar a garantia exigida, não será excluído, mantendo os</p><p>seus bens sob a administração de um curador, ou de outro herdeiro designado</p><p>pelo juiz, e que preste essa garantia.</p><p>c) Na sucessão provisória, os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma</p><p>vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, desde que ofereçam as</p><p>devidas garantias, entrar na posse dos bens do ausente.</p><p>d) A sentença que determina a sucessão provisória só terá efeito 180 dias</p><p>após ter sio publicada pela imprensa.</p><p>23- Sobre ausência, marque a INCORRETA:</p><p>a) Após 180 dias da abertura da sucessão provisória sem que o ausente</p><p>retorne ou se ele já conta com 80 anos, os interessados podem pleitear a</p><p>transformação da sucessão provisória em definitiva.</p><p>b) Na fase da sucessão definitiva os interessados podem pleitear a</p><p>transformação da sucessão provisória em definitiva, podem ainda levantar as</p><p>cauções prestadas.</p><p>c) Nessa fase os herdeiros deixam de ser provisórios e passam a ser</p><p>resolúveis.</p><p>d) Após 10 anos da abertura da sucessão provisória sem que o ausente retorne</p><p>ou se ele conta com 80 anos de idade e de 05 anos datam as últimas notícias,</p><p>os interessados podem pleitear a transformação da sucessão provisória em</p><p>definitiva.</p><p>1</p><p>24- Marque a resposta certa:</p><p>a) a norma moral pode se incorporar ao Direito Positivo.</p><p>b) a emancipação não pode ser anulada.</p><p>c) o Código Civil de 1916 trouxe inovações significativas, pontuando uma</p><p>legislação menos agrária e patriarcal</p><p>d) o Direito Objetivo é a faculdade que a pessoa tem de invocar a norma a</p><p>seu favor.</p><p>25- Assinale a alternativa correta:</p><p>a) Pessoas natural é o ser humano quanto atinge a maioridade civil de 16</p><p>anos.</p><p>b) As universitas personarum se dividem em associações e sociedades.</p><p>c) A curadoria do ausente pode durar no máximo até 02 anos se este houver</p><p>deixado procurador.</p><p>d) Comoriência é a morte de duas ou mais pessoas ao mesmo tempo, está</p><p>regulamentada no Livro V do Código Civil.</p><p>26- Sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência, marque a</p><p>INCORRETA:</p><p>a) ele regulamenta a participação de pessoas com deficiência cognitiva e</p><p>física, promovendo a inclusão dessas pessoas nos negócios jurídicos.</p><p>b) o Estatuto não alterou a capacidade civil no Brasil.</p><p>c) de acordo com o Estatuto os deficientes podem escolher seus próprios</p><p>curadores.</p><p>d) ele permite que o próprio deficiente escolha dois apoiadores, determine o</p><p>limite e o prazo desse apoio.</p><p>27- Marque a alternativa incorreta:</p><p>a) O patronímio familiar indica a estirpe da pessoa.</p><p>b) O axiônimo é o sinal pelo qual se distingue pessoas de uma mesma</p><p>família; como por exemplo: Júnior e Neto.</p><p>c) Personalidade é a qualidade da pessoa legalmente protegida, para que lhe</p><p>seja atribuído seus direitos e obrigações.</p><p>d) A emancipação é a aquisição da maioridade civil antes da idade legal.</p><p>e) A Constituição Federal e o Código Civil de 2002 iguala os filhos, sem</p><p>fazer distinção entre filhos biológicos, adotivos ou adulterinos.</p><p>1</p><p>28- Assinale a resposta errada:</p><p>a) O menor sob tutela poderá ser emancipado pelo juiz ouvido o seu tutor e o</p><p>Ministério</p><p>Público.</p><p>b) A capacidade de direito é a capacidade de pessoalmente atuar na órbita do</p><p>seu direito.</p><p>c) Os absolutamente incapazes não podem por eles mesmos praticar</p><p>quaisquer atos jurídicos, sob pena de nulidade.</p><p>d) A emancipação decorrida de casamento não termina com a viuvez.</p><p>e) Excepcionalmente, o relativamente incapaz, poderá praticar alguns atos</p><p>sem assistência.</p><p>29- Marque a resposta correta:</p><p>a) O Direito Civil é considerado uma ciência social que se originou para</p><p>atender as demandas que todo ser humano tem em algum momento da vida.</p><p>b) Personalidade é o direito que toda pessoa adquire, a partir da capacidade</p><p>civil plena, de ser protegida pela lei.</p><p>c) Em regra, o reconhecimento da paternidade é revogável.</p><p>d) A doutrina predominante caracteriza o Direito Civil como Direito Privado</p><p>sem interferência do Poder Público, uma vez que ele é uma Ciência que cuida</p><p>das relações íntimas do cidadão.</p><p>30- Assinale a resposta correta:</p><p>a) A capacidade é a aptidão para a prática de determinados atos jurídicos.</p><p>b) A capacidade de direito é a aptidão de qualquer pessoa ser titular dos seus</p><p>direitos e obrigações na ordem civil.</p><p>c) Os absolutamente incapazes devem ser assistidos por seus representantes</p><p>legais.</p><p>d) Os absolutamente incapazes são chamados de menores púberes.</p><p>31- Indique qual a alternativa verdadeira:</p><p>a) Os menores impúberes podem praticar os atos da vida civil, mas</p><p>devidamente representados.</p><p>b) Os relativamente incapazes, por ainda não terem total discernimento, não</p><p>podem ser testemunhas em negócios jurídicos.</p><p>c) A capacidade de exercício é o poder de pessoalmente atuar na órbita do</p><p>1</p><p>seu direito</p><p>d) Os menores impúberes não podem por si mesmos praticar quaisquer atos</p><p>jurídicos, sob pena de anulabilidade.</p><p>32- Assinale a resposta certa:</p><p>a) A emancipação é a aquisição da capacidade civil antes da idade legal,</p><p>podem ser emancipados os maiores de 14 e menores de 18 anos.</p><p>b) A emancipação deve ser feita de forma escrita, mas não há necessidade de</p><p>ser registrada em um cartório específico.</p><p>c) A emancipação voluntária é obtida por meio de contrato.</p><p>d) Se a pessoas nasceu no dia 29/02 de ano bissexto, podemos afirmar que ela</p><p>completa a maioridade civil no dia 1º de março.</p><p>33- Indique a alternativa verdadeira:</p><p>a) O maior de 16 anos e menor de 18 anos, pode, por ele mesmo, solicitar sua</p><p>emancipação judicial.</p><p>b) O Ministério Público não tem legitimidade para participar do processo de</p><p>emancipação judicial, cabendo a decisão ao juiz de direito.</p><p>c) A emancipação é um ato absolutamente irrevogável.</p><p>d) A emancipação judicial é obtida por meio de escritura pública.</p><p>34- Sobre emancipação legal, responda:</p><p>a) Ocorre somente por determinação do Parquet.</p><p>b) Pode ocorrer por meio do casamento, pelo exercício de emprego público</p><p>efetivo, colação de grau, estabelecimento civil ou comercial com economia</p><p>própria e vínculo empregatício com economia própria.</p><p>c) O fato de viver em união estável antes dos 16 anos induz a emancipação.</p><p>d) A viuvez devolve a incapacidade, assim como a separação e a nulidade do</p><p>casamento</p><p>35- Sobre ausência, responda:</p><p>a) Apenas o Ministério Público pode requerer ao juiz que seja decretada a</p><p>ausência e nomeado um curador.</p><p>b) A fase da curadoria do ausente tem duração de apenas 1 ano.</p><p>c) Ocorre quando uma pessoa desaparece do seu domicílio sem dar notícia de</p><p>seu paradeiro e sem deixar um representante legal para administrar-lhe os</p><p>1</p><p>bens; ou ainda a pessoa que tem 80 anos e há 05 anos não dá notícias</p><p>d) Na fase de curadoria do ausente, os editais devem ser publicados de 3 em 3</p><p>meses durante 2 anos.</p><p>36- Sobre ausência, responda:</p><p>a) Na sucessão provisória, todos os herdeiros são obrigados a oferecer</p><p>garantia dos bens e têm direito somente à metade da renda dos bens do</p><p>ausente, capitalizando em imóveis e em títulos da dívida pública, devendo</p><p>prestar contas anualmente.</p><p>b) Na fase da sucessão provisória aquele que tiver direito à posse provisória,</p><p>mas não puder prestar a garantia exigida, não será excluído, mantendo os</p><p>seus bens sob a administração de um curador, ou de outro herdeiro designado</p><p>pelo juiz, e que preste essa garantia.</p><p>c) Na sucessão provisória, os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma</p><p>vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, desde que ofereçam as</p><p>devidas garantias, entrar na posse dos bens do ausente.</p><p>d) A sentença que determina a sucessão provisória só terá efeito 180 dias</p><p>após ter sio publicada pela imprensa.</p><p>37- Sobre ausência, marque a INCORRETA:</p><p>a) Após 180 dias da abertura da sucessão provisória sem que o ausente</p><p>retorne ou se ele já conta com 80 anos, os interessados podem pleitear a</p><p>transformação da sucessão provisória em definitiva.</p><p>b) Na fase da sucessão definitiva os interessados podem pleitear a</p><p>transformação da sucessão provisória em definitiva, podem ainda levantar as</p><p>cauções prestadas.</p><p>c) Nessa fase os herdeiros deixam de ser provisórios e passam a ser</p><p>resolúveis.</p><p>d) Após 10 anos da abertura da sucessão provisória sem que o ausente retorne</p><p>ou se ele conta com 80 anos de idade e de 05 anos datam as últimas notícias,</p><p>os interessados podem pleitear a transformação da sucessão provisória em</p><p>definitiva.</p><p>38- Sobre o Estatuto da Pessoa com Deficiência, marque a</p><p>INCORRETA:</p><p>a) ele apenas regulamenta a participação de pessoas com deficiência</p><p>cognitiva e física, promovendo a inclusão dessas pessoas nos negócios</p><p>jurídicos.</p><p>b) o Estatuto não alterou a capacidade civil no Brasil.</p><p>1</p><p>c) de acordo com o Estatuto os deficientes podem escolher seus próprios</p><p>curadores.</p><p>d) ele permite que o próprio deficiente escolha dois apoiadores, determine o</p><p>limite e o prazo desse apoio.</p><p>UNIDADE IV- DAS PESSOAS JURÍDICAS</p><p>- NOÇÕES DE PESSOAS JURÍDICAS E SEUS REQUISITOS:</p><p>As pessoas jurídicas são entidades como empresa, fundação e</p><p>sociedade que são registradas pelo Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas</p><p>(CNPJ). Elas são formadas por uma ou mais pessoas físicas, que são todos</p><p>os cidadãos, o CPF é o Cadastro de Pessoas Físicas. A lei empresta para as</p><p>pessoas jurídicas personalidade diversa da dos indivíduos que a compõem,</p><p>mas atuam como sujeitos de direitos e obrigações.</p><p>Os requisitos para sua constituição são a criação do respectivo</p><p>ato constitutivo e seu registro. Antes de registrar a pessoa jurídica não tem</p><p>personalidade, é uma situação apenas de fato.</p><p>a) vontade humana criadora que se concretiza no ato</p><p>constitutivo, que se denomina:</p><p>- estatuto: associações sem fins lucrativos (registro no Cartório</p><p>de Registro Civil das Pessoas Jurídicas); ex.: clubes, associações de</p><p>moradores, servidores, entre outros.</p><p>- contrato social: sociedades (registro na Junta Comercial)</p><p>- escritura pública ou testamento: fundações (registro no</p><p>Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas)</p><p>b) observância de condições legais:</p><p>1</p><p>O ato constitutivo deve ser levado a registro para que comece a</p><p>existência legal da pessoa jurídica; art. 45. O registro do contrato social</p><p>faz-se na Junta Comercial e os estatutos e os demais atos constitutivos são</p><p>registrados no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.</p><p>Vale dizer que as sociedades simples de advogados só podem</p><p>ser registradas na Ordem dos Advogados. Algumas pessoas jurídicas</p><p>precisam ainda de autorização ou aprovação do Poder Executivo, como é o</p><p>caso das seguradoras, instituições financeiras e consórcios.</p><p>c) liceidade dos seus objetivos: objetivos ilícitos ou nocivos</p><p>constituem causa de extinção da pessoa jurídica.</p><p>- CAPACIDADE E REPRESENTAÇÃO</p><p>A pessoa jurídica adquire capacidade quando registra seu</p><p>instrumento constitutivo e passa a exercer atos da vida civil; sendo</p><p>possuidora dos direitos da personalidade como nome, marca, liberdade e à</p><p>própria existência. Ela pode ainda contratar, comprar, vender, alugar e ter</p><p>direitos sucessórios.</p><p>As pessoas jurídicas não podem praticar diretamente</p><p>os atos da</p><p>vida civil, por isso é necessário que se tenha um representante. Os atos</p><p>desse representante obrigam a pessoa jurídica, se exercidos dentro dos</p><p>limites estabelecidos no ato constitutivo; art. 47.</p><p>Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva as decisões são</p><p>tomadas pela maioria dos votos dos presentes, a não ser que a ato</p><p>constitutivo disponha ao contrário; art. 48. A invalidação das decisões é</p><p>regida pelo parágrafo único do art. 48. Se o representante da pessoa jurídica</p><p>vier a faltar aplica-se o art. 49.</p><p>1</p><p>- CLASSIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA</p><p>1-) Quanto à nacionalidade: nacional ou estrangeira</p><p>2-) Quanto à função ou órbita de atuação:</p><p>- Direito Privado:</p><p>a) corporação ou universitas personarum: é um conjunto</p><p>de pessoas que visam a realização de fins internos estabelecidos pelos</p><p>componentes, com objetivos voltados para o bem deles. Na corporação o</p><p>patrimônio é elemento secundário, apenas um meio para a realização de um</p><p>fim; ela se divide em:</p><p>- associações: não possuem fins lucrativos, mas religiosos,</p><p>morais, culturais, desportivos ou recreativos. A exclusão do associado é</p><p>regulamentada pelo art. 57.</p><p>- sociedades: simples e empresariais</p><p>. simples: têm finalidade econômica e visam lucro que</p><p>deve ser distribuído entre os sócios; constituídas em geral por profissionais</p><p>de uma mesma área ou por prestadores de serviços técnicos.</p><p>. empresariais: também visam lucro, mas têm por objeto</p><p>o exercício de atividade própria de empresário, sujeito ao registro previsto</p><p>no art. 967 (inscrição dos dados cadastrais do empresário em um</p><p>formulário próprio).</p><p>b) fundações ou universitas bonorum: reunião de bens,</p><p>com objetivos externos estabelecidos pelo instituidor. É composta por dois</p><p>elementos: o patrimônio e o fim (estabelecido pelo instituidor e não</p><p>lucrativo; art. 62). A fundação só passa a ter existência quando registrada</p><p>no Registro Civil das Pessoas Jurídicas, e ela deixa de existir quando: se</p><p>1</p><p>torna ilícita, impossível, inútil a sua finalidade; ou vencendo o prazo de sua</p><p>existência. As fundações são fiscalizadas pelo Ministério Público.</p><p>- Direito Público</p><p>a) Direito Público Externo: os Estados estrangeiros e todas</p><p>as pessoas regidas pelo direito internacional público (ONU, UNESCO; art.</p><p>42)</p><p>b) Direito Público Interno: art. 41</p><p># da administração direta: União, Estados, Distrito</p><p>Federal, territórios e municípios.</p><p># da administração indireta: as autarquias são criadas por</p><p>lei, oferecendo um serviço estatal descentralizado, autônomo, com</p><p>personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprias. Executam atividades</p><p>típicas da administração pública que requeiram para o seu melhor</p><p>desempenho gestão administrativa e financeira descentralizada. São</p><p>agências que controlam entidades prestadoras de serviços públicos dos</p><p>setores econômicos por meio de concessão e autorização de serviços</p><p>(ANTEL, IBGE, INSS) e associações públicas (criadas por lei e</p><p>representam órgãos da administração pública; ex.:consórcio público entre a</p><p>União e um Estado para a criação de um museu).</p><p>- DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA</p><p>PESSOA JURÍDICA</p><p>É uma teoria aplicada em casos de fraude e de má-fé, que</p><p>autoriza o juiz a desconsiderar o princípio de que as pessoas jurídicas têm</p><p>1</p><p>existência distinta da dos seus membros, podendo vincular os bens</p><p>particulares dos membros à satisfação das dívidas da pessoa jurídica. Esta</p><p>teoria está regulamentada no Código de Defesa do Consumidor no seu art.</p><p>28, que autoriza a desconsideração em caso de abuso de direito, excesso de</p><p>direito, infração da lei, violação do estatuto ou contrato social, falência e</p><p>insolvência; assim como no art. 50 do Código Civil.</p><p>- Exercícios de Fixação:</p><p>39- Assinale a alternativa incorreta:</p><p>a) As corporações são formadas pelas associações e sociedades.</p><p>b) O Direito Civil é classificado como Direito Privado, contudo vem sofrendo</p><p>interferências públicas importantes. Por isso, a doutrina predominante tem</p><p>classificado o Direito Civil como misto, contendo características tanto do</p><p>Direito Privado, como do Direito Público.</p><p>c) A fundação é composta pela reunião de bens com objetivos externos</p><p>estabelecidos pelo instituidor, possuindo como elemento principal o</p><p>patrimônio.</p><p>d) De acordo com a teoria da desconsideração da personalidade jurídica o</p><p>juiz, para evitar fraude, pode vincular os bens particulares dos sócios à</p><p>satisfação das dívidas da sociedade.</p><p>e) Pessoas natural é o ser humano quanto atinge a maioridade civil de 16</p><p>anos.</p><p>40- Marque a alternativa errada:</p><p>a) A pessoa jurídica pode pleitear reparação por dano moral e patrimonial.</p><p>b) As universitas personarum se dividem em associações e sociedades.</p><p>c) O estatuto da fundação deve ser registrado no Registro Civil das Pessoas</p><p>Jurídicas.</p><p>d) A legislação brasileira não admite a pluralidade de domicílios.</p><p>e) As universitas bonorum deixam de existir quando: se tornam ilícitas,</p><p>impossíveis, inúteis a sua finalidade; ou vencendo o prazo de sua existência</p><p>41- Marque a resposta correta:</p><p>a) As sociedades simples de advogados só podem ser registradas na Ordem</p><p>dos Advogados</p><p>1</p><p>b) Nenhuma pessoa jurídica precisa de autorização ou aprovação do Poder</p><p>Executivo, basta que seja registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas</p><p>Jurídicas ou na Junta Comercial.</p><p>c) A pessoa jurídica não pode ter direito sucessório.</p><p>d) O estatuto da pessoa jurídica de Direito Privado não pode eleger domicílio</p><p>especial.</p><p>e) Em regra, o funcionário público pode livremente escolher o seu domicílio.</p><p>42- Assinale a alternativa verdadeira:</p><p>a) A pessoa jurídica adquire capacidade quando registra seu instrumento</p><p>constitutivo e passa a exercer atos da vida civil.</p><p>b) As pessoas jurídicas podem praticar diretamente os atos da vida civil.</p><p>c) Os direitos da personalidade não são impenhoráveis em função da</p><p>necessidade de se proteger os credores de boa fé.</p><p>d) O estudo da comoriência é meramente acadêmico e teórico, uma vez que</p><p>não traz efeitos práticos para o Direito Civil.</p><p>e) O prenome é imutável.</p><p>43- Sobre o ato constitutivo das pessoas jurídicas, responda:</p><p>a) contrato social é o ato constitutivo das sociedades, ele deve ser registrado</p><p>no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.</p><p>b) o estatuto é o ato constitutivo das associações sem fins lucrativos, ele deve</p><p>ser registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas</p><p>c) a fundação deve ser registrada por escritura pública feita em qualquer</p><p>cartório.</p><p>d) a fundação só pode ser registrada por testamento realizado no Cartório de</p><p>Registro Civil das Pessoas Jurídicas</p><p>44- Analise e responda:</p><p>a) a lei empresta para as pessoas jurídicas personalidade diversa da dos</p><p>indivíduos que a compõem, mas atuam como sujeitos de direitos e</p><p>obrigações.</p><p>b) mesmo antes de registrar a pessoa jurídica já tem personalidade, é uma</p><p>situação de fato e de direito.</p><p>1</p><p>c) a pessoa jurídica não tem direito sucessório.</p><p>d) as pessoas jurídicas podem praticar diretamente os atos da vida civil.</p><p>45- Marque a resposta correta:</p><p>a) As sociedades simples de advogados só podem ser registradas na Ordem</p><p>dos Advogados</p><p>b) Nenhuma pessoa jurídica precisa de autorização ou aprovação do Poder</p><p>Executivo, basta que seja registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas</p><p>Jurídicas ou na Junta Comercial.</p><p>c) A pessoa jurídica não pode ter direito sucessório.</p><p>d) O estatuto da pessoa jurídica de Direito Privado não pode eleger domicílio</p><p>especial.</p><p>e) Em regra, o funcionário público pode livremente escolher o seu domicílio.</p><p>46- Assinale a alternativa verdadeira:</p><p>a) A pessoa jurídica adquire capacidade quando registra seu instrumento</p><p>constitutivo e passa a exercer atos da vida civil.</p><p>b) As pessoas jurídicas podem praticar diretamente os atos da vida civil.</p><p>c) Os direitos da personalidade não são impenhoráveis em função da</p><p>necessidade de se proteger os credores</p><p>de boa fé.</p><p>d) O estudo da comoriência é meramente acadêmico e teórico, uma vez que</p><p>não traz efeitos práticos para o Direito Civil.</p><p>e) O prenome é imutável.</p><p>47- Analise e responda:</p><p>a) a lei empresta para as pessoas jurídicas personalidade diversa da dos</p><p>indivíduos que a compõem, mas atuam como sujeitos de direitos e</p><p>obrigações.</p><p>b) mesmo antes de registrar a pessoa jurídica já tem personalidade, é uma</p><p>situação de fato e de direito.</p><p>c) a pessoa jurídica não tem direito sucessório.</p><p>d) as pessoas jurídicas podem praticar diretamente os atos da vida civil.</p><p>1</p><p>UNIDADE V – DO DOMICÍLIO</p><p>- CONCEITO</p><p>É o lugar onde a pessoa exerce suas atividades profissionais e</p><p>possa oficialmente ser encontrada para responder por suas obrigações; é o</p><p>centro das ocupações habituais de uma pessoa. Representa o ânimo de fazer</p><p>naquele local o centro da atividade jurídica. Mas, quando a pessoa transfere</p><p>o seu centro habitual de atividades ocorre a mudança de domicílio.</p><p>É muito importante para a lei o estabelecimento do domicílio;</p><p>ex.: é no domicílio do falecido que se abre a sua sucessão, procede-se o seu</p><p>inventário; é no domicílio dos nubentes que se devem publicar os</p><p>proclamas do casamento; é no seu domicílio que o eleitor deve votar.</p><p>Já a residência representa uma relação de fato entre uma pessoa</p><p>e um lugar, envolvendo a ideia de habitação, sendo o elemento objetivo do</p><p>domicílio (faltando-lhe o subjetivo que é o ânimo definitivo).</p><p>É importante lembrar que é admitida no nosso ordenamento</p><p>jurídico a pluralidade de domicílios; art. 71.</p><p>Quando a pessoa não tem residência habitual ou emprega a vida</p><p>em viagem, sem ponto central de negócios, o seu domicílio é o lugar onde</p><p>for encontrada; art. 73.</p><p>A pessoa jurídica de direito público interno tem como</p><p>domicílios: da União, o Distrito Federal; do Estado, a sua capital; do</p><p>município, o lugar onde funcione a sua administração municipal.</p><p>O domicílio da pessoa jurídica estrangeira é o lugar do</p><p>estabelecimento no Brasil. Já o domicílio da pessoa jurídica de direito</p><p>privado é o lugar onde funcionarem as diretorias e administrações, isto</p><p>quando nos estatutos não constar eleição de domicílio especial; art. 75.</p><p>1</p><p>- ESPÉCIES DE DOMICÍLIO</p><p>a) voluntário: é o estabelecido livremente pelo indivíduo sem</p><p>influência ou conveniência. Ele pode ser geral, quando a pessoa livremente</p><p>faz a opção; ou especial quando é escolhido pelos contratantes nos</p><p>contratos escritos, para fins de exercício dos direitos e cumprimento das</p><p>obrigações que dos mesmos contratos decorrem.</p><p>b) legal ou necessário: é imposto por lei a determinadas</p><p>pessoas, ex: incapazes, funcionário público, presos.</p><p>UNIDADE VI: DOS BENS</p><p>- CONCEITO</p><p>São coisas materiais ou imateriais que por serem úteis e raras,</p><p>são suscetíveis de apropriação e contém valor econômico, é aquilo que</p><p>satisfaz uma necessidade humana; diferentemente do patrimônio que é</p><p>formado pelo conjunto de relações ativas e passivas.</p><p>Para a doutrina predominante coisa é o gênero do qual bem é</p><p>espécie. O último inclui a ideia de utilidade e raridade, ou seja, de ter valor</p><p>econômico. Coisa é tudo que existe objetivamente, com exclusão do</p><p>homem.</p><p>- CLASSIFICAÇÃO DOS BENS</p><p>01) Bens Corpóreos e Incorpóreos: corpóreo é o bem que existe</p><p>1</p><p>de forma concreta; ex.: carro. O incorpóreo é o bem abstrato; ex.: crédito</p><p>02) Bens Móveis: são os que podem se movimentar de um</p><p>lugar para outro por força alheia ou própria, sem haver perda de substância</p><p>e valor econômico; art. 82. Eles se dividem em:</p><p>a) semoventes: bens móveis suscetíveis de movimento</p><p>próprio; são os animais.</p><p>b) móveis propriamente ditos: são os que movem por força</p><p>alheia; como mercadorias e moedas.</p><p>c) móveis para efeitos legais: art. 83.</p><p>03) Bens Imóveis: são os que não podem ser transportados de</p><p>um lugar para outro sem destruição, sem perda de substância ou valor</p><p>econômico.</p><p>a) imóveis por natureza: o solo, as árvores, os frutos</p><p>pendentes; o espaço aéreo e o subsolo; art. 79.</p><p>b) imóveis por acessão física artificial: tudo que o homem</p><p>incorporar permanentemente ao solo; como a semente lançada à terra, os</p><p>edifícios e pontes; art. 79.</p><p>c) imóveis por determinação judicial: arts. 80 e 81.</p><p>04) Bens Fungíveis: são os bens móveis que podem ser</p><p>substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade; como:</p><p>dinheiro, sacas de café e lenha; art. 85.</p><p>05) Bens Infungíveis: são bens móveis ou imóveis considerados</p><p>1</p><p>na sua individualidade, ou seja, possuem valor especial; como uma tela de</p><p>Portinari ou uma moeda rara, ou qualquer outro objeto que tenha</p><p>qualidades intrínsecas.</p><p>06) Bens Consumíveis: são os bens móveis que se destroem</p><p>imediatamente à medida que são utilizados, aplicados ou alienados; como:</p><p>alimentos, dinheiro, o livro para o livreiro; art. 86.</p><p>07) Bens Inconsumíveis: são os que sobrevivem à utilização</p><p>sem perder a substância; como uma garrafa de vinho para exposição ou o</p><p>livro para o estudante.</p><p>08) Bens Divisíveis: podem ser fragmentados sem lesão na sua</p><p>substância, sem perda da sua identidade ou valor econômico; como o</p><p>dinheiro e sacas de açúcar; arts 87 e 88.</p><p>09) Bens Indivisíveis: são os bens que uma vez divididos</p><p>deixam de ser o que eram ou alteram a sua substância, como o relógio e</p><p>pedras preciosas.</p><p>10) Bens Singulares: são os bens que embora reunidos são</p><p>independentes dos demais, como a árvore se encarada individualmente.</p><p>11) Bens Coletivos ou Universalidades: são os bens</p><p>considerados em conjunto com os outros, como uma árvore se agregada a</p><p>outras. Temos a universalidade de fato e a de direito; art. 90 e 91.</p><p>a) universalidade de fato ou universitas rerum: é um</p><p>agrupamento de coisas, como uma biblioteca, um rebanho ou uma galeria</p><p>de quadros.</p><p>b) universalidade de direito ou universitas júris: é um</p><p>conjunto de direitos; são relações ativas e passivas. É um todo que emerge</p><p>1</p><p>das unidades que a compõe, formando uma coisa nova que é por exemplo a</p><p>herança ou o patrimônio.</p><p>12) Bem Principal: é aquele que existe sobre si, não depende do</p><p>conceito de qualquer outra coisa para definir-se, como o solo; art. 92.</p><p>13) Bem Acessório: é aquele cuja existência supõe a da</p><p>principal, a coisa acessória acompanha a principal, assume a natureza da</p><p>principal, o proprietário da principal é o proprietário da acessória, salvo</p><p>disposição em contrário; ex: uma determinada pedra pode ser acessória de</p><p>um colar. Os bens acessórios podem ser:</p><p>a) pertenças: bens acessórios que, não constituindo partes</p><p>integrantes da coisa, destinam-se de modo duradouro ao uso e ao serviço,</p><p>como uma moldura de quadros, máquinas de uma fábrica ou objetos de</p><p>decoração.</p><p>b) frutos: são as utilidades que a coisa periodicamente</p><p>produz, sendo que a colheita destes não diminui a substância da coisa,</p><p>podendo ser:</p><p>- naturais: quando os frutos resultam do desenvolvimento</p><p>próprio da força orgânica da coisa, exs.: crias dos animais, café produzido</p><p>pelo cafeeiro, entre outros.</p><p>- industriais: são frutos que resultam da intervenção</p><p>humana, como os produtos manufaturados.</p><p>- civis: são os frutos com rendimentos tirados da</p><p>utilização da coisa por outrem que não o proprietário, como os juros e os</p><p>aluguéis.</p><p>c) produtos: são as utilidades que se retiram da coisa</p><p>diminuindo-lhe a quantidade, porque não há reprodução periódica, como</p><p>por exemplo: o carvão, o petróleo e o ouro.</p><p>1</p><p>d) benfeitorias: é uma espécie de acessório feito pelo</p><p>homem na obra, com o propósito de conservar, melhorar ou simplesmente</p><p>embelezar uma coisa determinada; art. 96. Em regra, a lei considera</p><p>acessório da coisa todas as benfeitorias qualquer que seja o seu valor, mas a</p><p>pintura não é uma benfeitoria da tela, a escultura e o escrito não são da</p><p>matéria prima. As benfeitorias podem ser:</p><p>- Necessárias: benfeitoria realizada com o propósito de</p><p>conservar a coisa, de evitar</p><p>sua deterioração ou de poupar-lhe um estrago</p><p>iminente, como a reforma de um telhado bastante danificado.</p><p>- Úteis: benfeitoria que melhora a utilização da coisa,</p><p>como a construção de uma nova entrada para o prédio ou uma garagem.</p><p>- Voluptuárias: benfeitoria que proporciona maior</p><p>deleite, sem aumentar a utilidade da coisa, embora possa torná-la mais</p><p>agradável ou aumentar-lhe o valor, como a construção de um jardim, a</p><p>decoração de um aposento ou a construção de uma piscina para lazer.</p><p>OBS: O possuidor de boa-fé recebe a indenização pelas</p><p>benfeitorias necessárias e úteis; e o de má-fé só é indenizado pelas</p><p>necessárias (arts. 1219 e 1220).</p><p>14- Bens Públicos: são os bens de domínio nacional,</p><p>pertencentes à União, aos Estados ou aos Municípios; art. 99. Eles podem</p><p>ser:</p><p>- bens de uso comum do povo: são os bens do Poder</p><p>Público que qualquer pessoa pode utilizar, ex: rios, mares, estradas, ruas,</p><p>praças e praias.</p><p>- bens de uso especial: são bens imóveis utilizados pelo</p><p>Poder Público e destinados a algum serviço, como edifícios públicos e</p><p>construções militares.</p><p>1</p><p>- bens dominicais ou dominiais: são bens móveis ou</p><p>imóveis que constituem patrimônio do Estado, como créditos do Estado,</p><p>estradas de ferro e terras devolutas.</p><p>OBS: Os arts. 100 e 101 dizem ser inalienáveis os bens</p><p>públicos de uso comum e especial, e alienáveis os dominicais, embora</p><p>exista debate sobre as terras devolutas (interesse público justificado).</p><p>15- Bens Particulares: são os que não pertencem ao Estado e</p><p>sim aos particulares.</p><p>16- Bem de Família: este bem pode ser móvel ou imóvel e visa</p><p>assegurar um lar à família, em regra, é protegido de penhores por débitos</p><p>posteriores à sua instituição quando necessária (escritura pública ou</p><p>testamento), salvo nos casos previstos na Lei 8009 de 1990 e segundo à</p><p>jurisprudência em relação também à despesas condominiais. Na execução</p><p>desses débitos o saldo existente será aplicado em outro prédio, como bem</p><p>de família, ou em títulos da dívida pública para a mantença da família,</p><p>exceto por motivos relevantes o juiz pode autorizar diferentemente, O bem</p><p>de família não pode ultrapassar um terço do patrimônio líquido existente ao</p><p>tempo da instituição; art. 1711. O bem de família pode ser prédio</p><p>residencial, urbano ou rural, incluindo suas pertenças e acessórios, como</p><p>mobílias, utensílios, gado e instrumentos de trabalho.</p><p>17- Bens Disponíveis: são bens que podem ser alienados e</p><p>doados, ou seja, são os bens que o proprietário pode dispor a qualquer</p><p>título.</p><p>18- Bens Indisponíveis: são os que estão fora do comércio,</p><p>podendo ser:</p><p>- inapropriáveis por sua própria natureza: bens não</p><p>econômicos como os direitos da personalidade, a água do mar, luz solar e o</p><p>1</p><p>ar atmosférico.</p><p>- coisas da sociedade: são as coisas de uso comum do</p><p>povo, ou quando o Poder Público retira do campo da concorrência</p><p>submetendo a uma espécie de monopólio, como a eletricidade, a água e o</p><p>petróleo.</p><p>- por determinação da lei: bem de família, bem de</p><p>incapazes e órgãos do corpo humano.</p><p>- vontade humana: são as cláusulas de inalienabilidade</p><p>comuns em contratos de doação ou testamento.</p><p>- Exercícios de Fixação:</p><p>48- Sobre o bem de família, responda:</p><p>a) o bem de família pode ser penhorado no caso de execução de dívidas</p><p>condominiais referente ao próprio bem.</p><p>b) apenas os imóveis podem ser classificados como bem de família.</p><p>c) as dívidas trabalhistas com empregados domésticos não podem recair na</p><p>execução sobre o bem de família.</p><p>d) a proteção ao bem de família não inclui os acessórios, como as mobília e</p><p>utensílios.</p><p>49- Sobre domicílio e residência, responda:</p><p>a) o domicílio representa uma relação de fato entre uma pessoa e um lugar,</p><p>envolvendo a ideia de habitação, sendo o elemento objetivo do domicílio,</p><p>faltando-lhe o subjetivo que é o ânimo definitivo.</p><p>b) quando a pessoa não tem residência habitual ou emprega a vida em</p><p>viagem, sem ponto central de negócios, o seu domicílio é o lugar onde a</p><p>pessoa nasceu.</p><p>c) é admitido no nosso ordenamento jurídico a pluralidade de domicílios.</p><p>d) residência é o lugar onde a pessoa exerce suas atividades profissionais e</p><p>possa oficialmente ser encontrada para responder por suas obrigações</p><p>1</p><p>50- Sobre benfeitorias, assinale:</p><p>a) a pintura não é uma benfeitoria da tela, a escultura e o escrito não são da</p><p>matéria prima.</p><p>b) a benfeitoria útil é aquela realizada com o propósito de conservar a coisa,</p><p>de evitar sua deterioração ou de poupar-lhe um estrago iminente</p><p>c) a necessária é a que melhora a utilização da coisa, como a construção de</p><p>uma nova entrada para o prédio</p><p>d) a necessária é a que proporciona maior deleite, sem aumentar a utilidade</p><p>da coisa, embora possa torná-la mais agradável ou aumentar-lhe o valor.</p><p>51- Assinale a correta:</p><p>a) o possuidor de boa-fé recebe a indenização pelas benfeitorias necessárias,</p><p>úteis e voluptuárias; e o de má-fé só é indenizado pelas úteis.</p><p>b) o possuidor de boa-fé recebe a indenização pelas benfeitorias necessárias e</p><p>úteis; e o de má-fé só é indenizado pelas necessárias</p><p>c) o possuidor de má-fé não recebe indenização pelas benfeitorias.</p><p>d) o possuidor de boa-fé recebe a indenização somente pelas benfeitorias</p><p>necessárias.</p><p>52- Marque a alternativa INCORRTA:</p><p>a) o bem de família pode ser prédio residencial urbano ou rural.</p><p>b) o bem de família não pode ultrapassar um terço do patrimônio líquido</p><p>existente ao tempo da instituição.</p><p>c) o bem de família não pode ser um bem móvel, uma vez que ele sempre se</p><p>refere ao único imóvel residencial da família.</p><p>d) no bem de família ficam incluídos os seus acessórios</p><p>53- Assinale a resposta FALSA:</p><p>a) a indisponibilidade de um bem pode ocorrer por serem bens impropriáveis</p><p>por natureza, por serem coisas da sociedade, por determinação legal e</p><p>vontade humana.</p><p>b) os bens de incapazes são indisponíveis por determinação da lei.</p><p>c) os contratos de doação e os testamentos podem clausular bens</p><p>indisponíveis por inalienabilidade.</p><p>d) os órgãos do corpo humano são considerados bens disponíveis, uma vez</p><p>que podemos dispor livremente sobre eles.</p><p>1</p><p>54- Identifique a afirmativa correta:</p><p>a) os créditos são exemplos de bens incorpóreos.</p><p>b) os bens móveis são os que devem se movimentar por sua própria força,</p><p>sem perda de substância e valor econômico.</p><p>c) os bens semoventes são os que devem se movimentar por força alheia, sem</p><p>perda de substância e valor econômico.</p><p>d) as moedas são consideradas bens imóveis por determinação da lei.</p><p>55- Sobre domicílio e residência, responda:</p><p>a) o domicílio representa uma relação de fato entre uma pessoa e um lugar,</p><p>envolvendo a ideia de habitação, sendo o elemento objetivo do domicílio,</p><p>faltando-lhe o subjetivo que é o ânimo definitivo.</p><p>b) quando a pessoa não tem residência habitual ou emprega a vida em</p><p>viagem, sem ponto central de negócios, o seu domicílio é o lugar onde a</p><p>pessoa nasceu.</p><p>c) é admitido no nosso ordenamento jurídico a pluralidade de domicílios.</p><p>d) residência é o lugar onde a pessoa exerce suas atividades profissionais e</p><p>possa oficialmente ser encontrada para responder por suas obrigações</p><p>56- Sobre benfeitorias, assinale:</p><p>a) a pintura não é uma benfeitoria da tela, a escultura e o escrito não são da</p><p>matéria prima.</p><p>b) a benfeitoria útil é aquela realizada com o propósito de conservar a coisa,</p><p>de evitar sua deterioração ou de poupar-lhe um estrago iminente</p><p>c) a necessária é a que melhora a utilização da coisa, como a construção de</p><p>uma nova entrada para o prédio</p><p>d) a necessária é a que proporciona maior deleite, sem aumentar a utilidade</p><p>da coisa, embora possa torná-la mais agradável ou aumentar-lhe o valor.</p><p>57- Assinale a correta:</p><p>a) o possuidor de boa-fé recebe a indenização pelas benfeitorias necessárias,</p><p>úteis e voluptuárias; e o de má-fé só é indenizado pelas úteis.</p><p>b) o possuidor de boa-fé recebe a indenização pelas benfeitorias necessárias e</p><p>úteis; e o de má-fé</p><p>só é indenizado pelas necessárias</p><p>c) o possuidor de má-fé não recebe indenização pelas benfeitorias.</p><p>1</p><p>d) o possuidor de boa-fé recebe a indenização somente pelas benfeitorias</p><p>necessárias.</p><p>58- Marque a alternativa INCORRTA:</p><p>a) o bem de família pode ser prédio residencial urbano ou rural.</p><p>b) o bem de família não pode ultrapassar um terço do patrimônio líquido</p><p>existente ao tempo da instituição.</p><p>c) o bem de família não pode ser um bem móvel, uma vez que ele sempre se</p><p>refere ao único imóvel residencial da família.</p><p>d) no bem de família ficam incluídos os seus acessórios</p><p>59- Assinale a resposta FALSA:</p><p>a) a indisponibilidade de um bem pode ocorrer por serem bens impropriáveis</p><p>por natureza, por serem coisas da sociedade, por determinação legal e</p><p>vontade humana.</p><p>b) os bens de incapazes são indisponíveis por determinação da lei.</p><p>c) os contratos de doação e os testamentos podem clausular bens</p><p>indisponíveis por inalienabilidade.</p><p>d) os órgãos do corpo humano são considerados bens disponíveis, uma vez</p><p>que podemos dispor livremente sobre eles.</p><p>60- Identifique a afirmativa correta:</p><p>a) os créditos são exemplos de bens incorpóreos.</p><p>b) os bens móveis são os que devem se movimentar por sua própria força,</p><p>sem perda de substância e valor econômico.</p><p>c) os bens semoventes são os que devem se movimentar por força alheia, sem</p><p>perda de substância e valor econômico.</p><p>d) as moedas são consideradas bens imóveis por determinação da lei.</p><p>UNIDADE VII – DOS FATOS JURÍDICOS</p><p>Os fatos jurídicos são acontecimentos que fazem nascer e</p><p>extinguir as relações de direitos. Eles podem ser: fatos da natureza</p><p>1</p><p>(nascimento, morte e abandono do álveo) ou atos humanos lícitos (atos</p><p>jurídicos ou negócios jurídicos) e atos humanos ilícitos (atos ilícitos)</p><p>- DO NEGÓCIO JURÍDICO</p><p>- CONCEITO:</p><p>É uma norma concreta estabelecida pelas partes, mas não basta</p><p>a manifestação da vontade para a aquisição de um direito, é necessário que</p><p>esteja de conformidade com a norma jurídica. Desta forma, os sujeitos de</p><p>direito podem autorregular, nos limites legais, seus interesses particulares.</p><p>- REQUISITOS DE VALIDADE</p><p>O negócio jurídico deve obedecer aos requisitos de validade</p><p>preceituados no art. 104:</p><p>a) capacidade do agente: arts. 3º e 4º.</p><p>b) objeto lícito: não contrário à lei e aos bons costumes</p><p>c) forma prescrita em lei: a liberdade de forma é a regra,</p><p>a menos que a lei determine o contrário; art. 107. A forma tem suas</p><p>finalidades como a facilidade de prova, garantia de autenticidade do ato,</p><p>evitar vícios como a coação e chamar a atenção para a seriedade do ato.</p><p>1</p><p>d) vontade humana: manifestar o interesse da pessoa em</p><p>constituir realmente o negócio jurídico.</p><p>É importante esclarecer que o negócio jurídico deve ser</p><p>interpretado da maneira menos onerosa para o devedor. As cláusulas não</p><p>devem ser analisadas isoladamente, mas em conjunto com as demais.</p><p>- VÍCIOS DO NEGÓCIO JURÍDICO</p><p>a) erro substancial ou de ignorância: o agente engana-se</p><p>sozinho, tendo a ideia falsa da realidade sobre aspectos relevantes do</p><p>negócio, o qual não seria celebrado se houvesse conhecimento da realidade;</p><p>arts. 138 e 139; exs.: assina contrato de doação achando se tratar de compra</p><p>e venda, pensa em estar alienando uma cópia de uma pintura quando está</p><p>alienando a original, contrata professora de língua estrangeira acreditando</p><p>ser nativa, entre outros.</p><p>b) dolo: induzimento malicioso de alguém à prática de</p><p>um ato prejudicial, mas proveitoso ao autor do dolo ou a terceiro; exs.:</p><p>menor que oculta a idade para tirar proveito de uma situação, segurado que</p><p>omite doença grave na época da realização do seguro de vida, pessoa que</p><p>se aproveita de premente necessidade ou inexperiência da outra, entre</p><p>outros.</p><p>c) coação: é a ameaça, pressão ou emprego da violência</p><p>psicológica para viciar a vontade, arts. 151 e 152.</p><p>d) estado de perigo: art. 156</p><p>e) fraude contra credores: ocorre quando uma pessoa,</p><p>consciente ou não, desfalca gratuita ou onerosamente, maliciosa ou</p><p>1</p><p>substancialmente o seu próprio patrimônio não tendo mais como pagar suas</p><p>dívidas. O terceiro de boa-fé que comprou um bem do fraudador terá seus</p><p>direitos resguardados, a não ser que a insolvência seja notória; já o terceiro</p><p>de boa-fé que recebeu o bem em doação irá perdê-lo em favor dos credores.</p><p>OBS: um insolvente dono de uma loja pode continuar a negociar, mas não</p><p>pode alienar o próprio estabelecimento; art. 164.</p><p>- CONDIÇÃO, TERMO E ENCARGO</p><p>A condição é um acontecimento futuro e incerto que subordina</p><p>o efeito do negócio jurídico, quase sempre vem acompanhada da partícula</p><p>SE. A condição pode ser suspensiva ou resolutiva; arts. 121, 125 e 127.</p><p>Encargo é um pedido desprovido de sanção, portanto menos</p><p>severo que a condição; art.136. O encargo normalmente vem acompanhado</p><p>das expressões: para que, com a obrigação de.</p><p>Termo é a data que começa ou termina o negócio jurídico. O</p><p>termo pode ser inicial, final, certo e incerto.</p><p>- REPRESENTAÇÃO</p><p>É um instituto jurídico que investe determinada pessoa de</p><p>poderes e autoridade para praticar certos atos ou exercer certas funções em</p><p>nome de alguém ou de alguma coisa. Ela pode ser:</p><p>- Legal: instituída por lei, ex: pais em relação a filhos menores,</p><p>tutores e curadores.</p><p>- Judicial: criada pelo juiz, ex: inventariante e síndico da</p><p>falência.</p><p>1</p><p>- Convencional: recebe mandato outorgado pelo credor,</p><p>expresso, tácito, verbal ou escrito; tendo poderes gerais ou específicos.</p><p>- Exercícios de Fixação:</p><p>61- A validade do negócio jurídico requer:</p><p>a) objeto lícito, possível, determinado, forma prescrita ou não defesa em lei.</p><p>b) agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, forma</p><p>prescrita ou não defesa em lei.</p><p>c) agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma</p><p>prescrita em lei</p><p>d) objeto lícito, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa</p><p>em lei.</p><p>UNIDADE VIII – DA INVALIDADE DO NEGÓCIO</p><p>JURÍDICO</p><p>A invalidade abrange nulidade e anulabilidade de acordo com o</p><p>grau de imperfeição verificado. O negócio é nulo quando ofende preceitos</p><p>de ordem pública; é anulável quando atinge interesses particulares. O ato é</p><p>1</p><p>nulo de acordo com o art. 166 e anulável de acordo com o art. 171.</p><p>UNIDADE IX - DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS</p><p>Atos jurídicos lícitos são os atos humanos praticados em</p><p>conformidade com a lei; art. 185, eles podem ser:</p><p>a) atos jurídicos em sentido estrito: basta a simples intenção do</p><p>agente; exs.: a ocupação proveniente da pesca e o reconhecimento de um</p><p>filho</p><p>b) negócio jurídico: vontade qualificada e legal de duas ou mais</p><p>pessoas. O negócio jurídico é representado pelo instrumento contrato; ex.:</p><p>contrato de compra e venda.</p><p>c) ato-fato jurídico: basta o ato de achar ou produzir alguma</p><p>coisa, sem a intenção ou vontade consciente; exs.: o encontro de um</p><p>tesouro ou a aquisição de propriedade por uma pessoa considerada com</p><p>problemas cognitivos graves e que realiza uma obra de arte.</p><p>UNIDADE X – DOS ATOS ILÍCITOS</p><p>O ato ilícito é o praticado em desacordo com a ordem</p><p>jurídica, é um atentado contra o interesse privado de alguém, criando o</p><p>dever de reparar tal prejuízo; art. 186.</p><p>Para se configurar ato ilícito é necessário que o infrator tenha</p><p>conhecimento da ilicitude de seu ato, agindo com dolo, se intencionalmente</p><p>procura lesar outrem, ou culpa, se causa prejuízo a terceiro em virtude de</p><p>imprudência (falta involuntária na prática de uma ação), imperícia (falta de</p><p>1</p><p>prática ou conhecimento de uma profissão) ou negligência (omissão</p><p>faltosa).</p><p>Por outro lado, se o agente não sabe que é ilícito a sua ação é</p><p>apenas antijurídica; ex.: se alguém se apossa de um objeto pertencente a</p><p>outrem, na crença de que é seu.</p><p>Vale dizer, que para critério de fixação de responsabilidade</p><p>civil a culpa não é mais</p><p>elemento essencial. Contudo, ela ainda é muito</p><p>importante para se fixar o quantum da indenização; o que acontece também</p><p>com a chamada culpa concorrente. Desta forma, percebemos que,</p><p>excepcionalmente, existem atos lícitos que causam danos e podem gerar</p><p>indenização, como a passagem forçada, desapropriação e as benfeitorias.</p><p>UNIDADE XI – DAS NULIDADES</p><p>- DIFERENÇAS ENTRE ANULABILIDADE E NULIDADE</p><p>a) A anulabilidade pode ser suprida pelo juiz a requerimento</p><p>das partes ou sanada pela confirmação; arts. 172 ao 175.</p><p>A nulidade não pode ser suprida pelo juiz, nem sanada pela</p><p>confirmação; segunda parte do parágrafo único art. 168.</p><p>b) A anulabilidade não pode ser pronunciada de ofício e nem</p><p>opera antes de julgada por sentença (ex nunc); primeira parte do art. 177.</p><p>A nulidade deve ser pronunciada de ofício pelo juiz (ex</p><p>tunc); primeira parte do parágrafo único do art. 168.</p><p>c) A anulabilidade só pode ser alegada pelos interessados e os</p><p>1</p><p>seus efeitos aproveitam, em regra, somente aos que alegaram; segunda</p><p>parte do art. 177.</p><p>A nulidade pode ser alegada por qualquer interessado ou</p><p>pelo Ministério Público quando lhe couber intervir; art. 168, caput.</p><p>d) Os prazos para anulação geralmente são curtos, mas se a lei</p><p>não estipular será de 02 anos a contar da data de conclusão do ato.</p><p>Já o negócio nulo não se valida com o decurso do tempo;</p><p>art. 169.</p><p>UNIDADE XII – DA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA</p><p>A prescrição é o modo pelo qual se extingue uma pretensão</p><p>pela inércia do titular durante certo lapso de tempo, visando segurança e</p><p>harmonia. O que prescreve não é o direito de ação, porque mesmo que já</p><p>tenha passado o prazo o autor pode entrar com a ação, o que prescreve é o</p><p>poder do ordenamento jurídico de acolher a ação, esse poder é chamado de</p><p>pretensão. Os prazos prescricionais resultam exclusivamente da lei e estão</p><p>discriminados nos arts. 205 e 206; todos os outros são decadenciais.</p><p>Quando o direito preexiste à ação o prazo é de prescrição; exs.:</p><p>violação de obra literária, o direito autoral já existia quando foi lesado e só</p><p>da lesão é que resulta a ação; cobrança de verbas trabalhistas após 10 anos.</p><p>Vale dizer que os direitos da personalidade, o estado de filiação</p><p>e a qualidade de cidadania são imprescritíveis.</p><p>Já a decadência não está relacionada a pretensão, ela é um</p><p>direito potestativo (direito incontroverso, não cabe discussão). Existem</p><p>direitos potestativos que não têm prazo, como por exemplo o direito ao</p><p>1</p><p>divórico. Contudo temos direitos potestativos com prazos para o seu</p><p>exercício como anular um negócio jurídico (4 anos, art. 178).</p><p>Portanto a decadência é a perda de um direito previsto em lei,</p><p>contrato ou testamento, que não foi exercido em um determinado tempo. É</p><p>o próprio direito que perece e não somente a a pretensão da ação; arts. 207</p><p>ao 211</p><p>Quando a ação e o direito têm origem comum o prazo é de</p><p>decadência; exs.: prazo para o interessado anular o casamento por erro</p><p>essencial sobre a pessoa, já que o direito de anular o casamento nasce ao</p><p>mesmo tempo que a ação para anulá-lo, porque você não anula algo que</p><p>não existe ainda; e arts 501, 505 e 516.</p><p>PRESCRIÇÃO X DECADÊNCIA</p><p>perece o direito do Judiciário</p><p>acolher a ação</p><p>o direito origina antes da ação</p><p>interesse privado</p><p>previsão apenas legal</p><p>perece o direito</p><p>ação e direito originam juntos</p><p>interesse social</p><p>previsão: lei, contrato e testamento</p><p>1</p><p>UNIDADE XIII – DA PROVA</p><p>Prova é o meio para se demonstrar a existência do negócio</p><p>jurídico. O ônus da prova incumbe a quem alega o fato e não a quem o</p><p>contesta. Quando a lei exigir forma especial, como o instrumento público,</p><p>para a validade do negócio jurídico, nenhuma outra serve. Não havendo</p><p>exigência de formalidade, qualquer meio de prova pode ser utilizado, desde</p><p>que não proibido. O art. 212 é apenas exemplificativo</p><p>Existem vários meios de prova admitidos no Direito, tais como:</p><p>confissão, documento particular (cartas, e-mail, mensagens, fotos),</p><p>documento público (guia de impostos, laudos oficiais, portarias),</p><p>testemunhas (judiciais: depoimento em juízo; instrumentais: pronúncia</p><p>sobre documento que subscreveu), perícia (exame de DNA, vistoria em</p><p>ação demarcatória, avaliação de bens).</p>

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