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<p>0</p><p>PESSOAS E</p><p>BENS</p><p>PROF. ROQUE</p><p>THEOPHILO JUNIOR</p><p>MELYSSA SANTOS,</p><p>1°R -2019</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 0</p><p>P A R T E G E R A L</p><p>LIVRO I</p><p>DAS PESSOAS</p><p>TÍTULO I</p><p>DAS PESSOAS NATURAIS</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE</p><p>Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres</p><p>na ordem civil.</p><p>✓ Não trata de como a pessoa vai exercer os</p><p>direitos e deveres, mas sim da</p><p>possibilidade de adquiri-los</p><p>Todas as pessoas (física e jurídica) são capazes de</p><p>direitos e deveres na ordem civil.</p><p>CAPACIDADE DE DIREITO</p><p>Art. 2o A personalidade civil da pessoa começa do</p><p>nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a</p><p>concepção, os direitos do nascituro.</p><p>Personalidade Civil começa no nascimento com</p><p>vida – nasceu = respirou = aderiu personalidade</p><p>A lei garante ao nascituro alguns direitos, desde</p><p>a fecundação.</p><p>❖ Exemplo: direito a vida, direito a pré-natal,</p><p>direito a integridade física. Apesar disso, o</p><p>nascituro não tem personalidade.</p><p>TEORIA NATALISTA</p><p>Art. 3o: São absolutamente incapazes de exercer</p><p>pessoalmente os atos da vida civil os menores de</p><p>16 (dezesseis) anos.</p><p>Incapacidade Absoluta – somente tem a capacidade</p><p>de direito, não tem a capacidade de exercício.</p><p>✓ Os absolutamente incapazes precisam de</p><p>representantes para exercer a capacidade</p><p>de exercício.</p><p>PELO CC ANTIGO</p><p>São absolutamente incapazes:</p><p>✓ Menores de 16 anos;</p><p>✓ Os que não tiverem discernimento para a</p><p>pratica desses atos, por enfermidade ou</p><p>deficiência mental;</p><p>✓ Incapacidade temporária. (exemplo: pessoas</p><p>em coma, sob efeito de anestesia, ou</p><p>qualquer outro que impeça a livre</p><p>manifestação de sua vontade).</p><p>PELO NOVO CC</p><p>São absolutamente incapazes:</p><p>✓ Menores de 16 anos;</p><p>✓ HOUVE MUDANÇA E ATUALMENTE SÃO</p><p>RELATIVAMENTE INCAPAZES;</p><p>✓ HOUVE MUDANÇA E ATUALMENTE SÃO</p><p>RELATIVAMENTE INCAPAZES;</p><p>Art. 4o São incapazes, relativamente a certos atos</p><p>ou à maneira de os exercer:</p><p>I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito</p><p>anos;</p><p>II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;</p><p>III - aqueles que, por causa transitória ou</p><p>permanente, não puderem exprimir sua vontade;</p><p>IV - os pródigos.</p><p>Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será</p><p>regulada por legislação especial.</p><p>Incapacidade Relativa – pessoas relativamente</p><p>incapazes não possuem idade, discernimento ou</p><p>condições físicas de exercer plenamente a sua vontade,</p><p>por isso precisa de um assistente para auxiliar nos</p><p>atos da vida civil.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 1</p><p>A decisão dos atos tem que ser feita em</p><p>conjunto.</p><p>❖ São menores de 18 e maiores de 16 anos</p><p>(assistidos pelos pais ou tutores), viciados em</p><p>drogas (assistidos por seus curadores), pessoas</p><p>com problemas psicológicos (assistidos por seus</p><p>curadores) e os pródigos (assistidos por seus</p><p>curadores).</p><p>Pródigos - pessoas que colocam a família em</p><p>situação de risco.</p><p>Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos</p><p>completos, quando a pessoa fica habilitada à</p><p>prática de todos os atos da vida civil.</p><p>Parágrafo único. Cessará, para os menores, a</p><p>incapacidade:</p><p>I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta</p><p>do outro, mediante instrumento público,</p><p>independentemente de homologação judicial, ou</p><p>por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor</p><p>tiver dezesseis anos completos;</p><p>II - pelo casamento;</p><p>III - pelo exercício de emprego público efetivo;</p><p>IV - pela colação de grau em curso de ensino</p><p>superior;</p><p>V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela</p><p>existência de relação de emprego, desde que, em</p><p>função deles, o menor com dezesseis anos</p><p>completos tenha economia própria.</p><p>Capacidade plena – capacidade de direito +</p><p>capacidade de exercício.</p><p>Emancipação – antecipação da capacidade civil</p><p>antes de a pessoa atingir a maioridade. (18 anos</p><p>completos)</p><p>HÁ 3 TIPOS DE EMANCIPAÇÃO: PROVA</p><p>EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA</p><p>Requisitos:</p><p>❖ Vontade dos pais</p><p>❖ Vontade do menor</p><p>❖ Realizada no cartório, por instrumento público.</p><p>❖ Independente de Homologação Judicial</p><p>❖ O menor deve ter 16 anos completos</p><p>EMANCIPAÇÃO JUDICIAL</p><p>Requisitos:</p><p>❖ O menor precisa de um tutor</p><p>❖ O menor precisa ter 16 anos completos</p><p>❖ O Juiz ouvirá o tutor</p><p>❖ A emancipação é conferida pelo Juiz, por sentença</p><p>EMANCIPAÇÃO LEGAL</p><p>Pode se dar por:</p><p>❖ Casamento</p><p>❖ Exercício de emprego público efetivo</p><p>❖ Colação de grau em ensino superior</p><p>❖ Desde que o menor, com 16 anos completos,</p><p>tenha economia própria em função de :</p><p>estabelecimento civil, comercial ou relação de</p><p>emprego.</p><p>Art. 6o A existência da pessoa natural termina com</p><p>a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos</p><p>casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão</p><p>definitiva.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 2</p><p>Juridicamente há 2 tipos de mortes:</p><p>1. Morte Real – existência de um corpo, certificado</p><p>pelo atestado de óbito.</p><p>2. Morte Presumida – tem que se presumir a morte,</p><p>pois não existe corpo. Por exemplo: acidente de</p><p>avião.</p><p>QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA EXTINÇÃO</p><p>DA PERSONALIDADE?</p><p>❖ Extingue-se a obrigação de pagar pensão</p><p>alimentícia</p><p>❖ Dissolve-se os contratos personalíssimos</p><p>❖ Extingue-se o usufruto</p><p>Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem</p><p>decretação de ausência:</p><p>I - se for extremamente provável a morte de quem</p><p>estava em perigo de vida;</p><p>II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito</p><p>prisioneiro, não for encontrado até dois anos após</p><p>o término da guerra.</p><p>Parágrafo único. A declaração da morte presumida,</p><p>nesses casos, somente poderá ser requerida depois</p><p>de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a</p><p>sentença fixar a data provável do falecimento.</p><p>Morte Presumida – Temos 2 tipos:</p><p>A. Com decreto de ausência (art. 6):</p><p>→ Pessoas que desapareceram e nunca mais dão</p><p>notícias; estão desaparecidas completamente, sem</p><p>rastros.</p><p>▪ Exemplo: pessoa que sai do trabalho e nunca</p><p>mais foi vista.</p><p>▪ É aberta a decretação de ausência, que possui</p><p>três fases: curadoria, sucessão provisória e</p><p>sucessão definitiva. Apenas após aberta a</p><p>sucessão definitiva vai ser presumida a morte.</p><p>B. Sem decretação de ausência (art.7)</p><p>• Morte é previsível, tendo em vista um contexto</p><p>catastrófico.</p><p>• Exemplo: em acidentes de avião, catástrofe</p><p>como o 11 de setembro, tsunami...</p><p>• Desaparecido em campanha ou feito de</p><p>prisioneiro, se não for encontrado até dois anos</p><p>após o término da guerra. Exemplo: prisioneiros</p><p>de guerra, presos políticos.</p><p>Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na</p><p>mesma ocasião, não se podendo averiguar se</p><p>algum dos comorintes precedeu aos outros,</p><p>presumir-se-ão simultaneamente mortos.</p><p>▪ Comoriência – morte simultânea; ocorre em</p><p>casos como: acidentes de avião, naufrágio,</p><p>acidente de carro.</p><p>▪ Premoriência - antes da outra</p><p>▪ Posmoriência – depois da outra</p><p>A comoriência somente tem importância</p><p>jurídica quando se discute transferência de direitos</p><p>entre os comorientes, ou heranças, pois não há</p><p>transmissão de direito entre os comerientes.</p><p>Art. 9o Serão registrados em registro público:</p><p>I - os nascimentos, casamentos e óbitos;</p><p>II - a emancipação por outorga dos pais ou por</p><p>sentença do juiz;</p><p>III - a interdição por incapacidade absoluta ou</p><p>relativa;</p><p>IV - a sentença declaratória de ausência e de morte</p><p>presumida.</p><p>O registro público tem como primordial conferir</p><p>autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos.</p><p>A utilidade do registro público vai muito além,</p><p>muitas situações ocorrem baseadas nos registros, tais</p><p>como o chamamento de recrutas para o serviço militar,</p><p>o cadastro dos eleitores, a incidência fiscal...</p><p>Art. 10. Far-se-á averbação em registro público:</p><p>I - das sentenças que decretarem a nulidade ou</p><p>anulação do casamento, o divórcio, a separação</p><p>judicial e o restabelecimento da sociedade</p><p>conjugal;</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 3</p><p>II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que</p><p>declararem ou reconhecerem a filiação;</p><p>86. São consumíveis os bens móveis cujo</p><p>uso importa destruição imediata da própria</p><p>substância, sendo também considerados tais os</p><p>destinados à alienação.</p><p>São consumíveis os alimentos por exemplo, que</p><p>a partir do momento que eu como, ele se destrói.</p><p>Também são consumíveis os produtos que podem ser</p><p>comprados.</p><p>Seção IV</p><p>Dos Bens Divisíveis</p><p>Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem</p><p>fracionar sem alteração na sua substância,</p><p>diminuição considerável de valor, ou prejuízo do</p><p>uso a que se destinam.</p><p>Para ser um bem divisível é necessário que ao</p><p>ser dividido, a substância, o prejuízo do uso e a</p><p>diminuição considerável do valor não mude, como um</p><p>bolo por exemplo. Se um cavalo ou um ser humano for</p><p>divido, com certeza essas partes se alterarão, por isso,</p><p>estes são considerados bens indivisíveis.</p><p>Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis</p><p>podem tornar-se indivisíveis por determinação da</p><p>lei ou por vontade das partes.</p><p>Um bem que teoricamente fosse considerado</p><p>divisível, caso não seja permitido pela lei ou em um</p><p>contrato, as partes determinem que ele não seja</p><p>divisível, passa este a ser considerado indivisível.</p><p>Seção V</p><p>Dos Bens Singulares e Coletivos</p><p>Art. 89. São singulares os bens que, embora</p><p>reunidos, se consideram de per si,</p><p>independentemente dos demais.</p><p>Bens singulares são aqueles distintos,</p><p>autônomos, singulares, mesmo que reunidos.</p><p>Os bens singulares simples são aqueles que os</p><p>componentes fazem parte do bem pela sua própria</p><p>natureza. Por exemplo um cavalo (pata e rabo fazem</p><p>parte do cavalo por natureza).</p><p>Os bens singulares compostos que são aqueles</p><p>que formam uma unidade por partes integrantes, por</p><p>obra do homem. Por exemplo um computador, que</p><p>teve que reunir o mouse, tela, teclado, resultando no</p><p>produto.</p><p>Art. 90. Constitui universalidade de fato a</p><p>pluralidade de bens singulares que, pertinentes à</p><p>mesma pessoa, tenham destinação unitária.</p><p>Parágrafo único. Os bens que formam essa</p><p>universalidade podem ser objeto de relações</p><p>jurídicas próprias.</p><p>A universalidade de fato é vários bens</p><p>singulares que são reunidos, pertencentes a uma</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 21</p><p>mesma pessoa e possui uma destinação específica pela</p><p>própria vontade da pessoa. Essa pessoa pode tratar</p><p>dos seus bens de forma universal ou singular. Por</p><p>exemplo, vários livros, podendo negociar livros</p><p>unitariamente ou formando uma biblioteca.</p><p>Art. 91. Constitui universalidade de direito o</p><p>complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,</p><p>dotadas de valor econômico.</p><p>A universalidade de direito é determinada pela lei,</p><p>diferenciando da universalidade de fato. Ou seja, por</p><p>determinação legal, esses bens pertencentes a uma</p><p>pessoa tem essa destinação coletiva. Por exemplo, o</p><p>patrimônio.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>Dos Bens Reciprocamente Considerados</p><p>Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si,</p><p>abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja</p><p>existência supõe a do principal.</p><p>O bem principal é aquele que tem sua</p><p>finalidade independentemente de outro bem. Por</p><p>exemplo, o contrato de locação é o bem principal, a</p><p>multa prevista nesse contrato é o bem acessório.</p><p>O bem acessório pressupõe a existência do</p><p>bem principal. A casa é o bem principal, a janela é o</p><p>acessório dessa casa.</p><p>Art. 93. São pertenças os bens que, não</p><p>constituindo partes integrantes, se destinam, de</p><p>modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao</p><p>aformoseamento de outro.</p><p>O acessório propriamente dito sempre segue a</p><p>classificação do bem principal. Por exemplo, se uma</p><p>casa é considerada imóvel, as janelas também serão</p><p>consideradas imóveis. Sempre quando o acessório</p><p>segue o bem principal, é denominado de princípio da</p><p>gravitação jurídica.</p><p>O acessório pertença não seguem o bem</p><p>principal. Em uma casa, os móveis da casa não são</p><p>considerados imóvel, são pertenças que não seguem a</p><p>casa. Foram feitos para o uso e serviço do bem</p><p>principal, mas não são partes integrantes do mesmo.</p><p>Se eu compro um GPS para o carro e o coloco</p><p>embutido no carro, ele passa a fazer parte integrante</p><p>do carro, deixando de ser uma pertença e se tornando</p><p>um bem acessório.</p><p>Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem</p><p>respeito ao bem principal não abrangem as</p><p>pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da</p><p>manifestação de vontade, ou das circunstâncias do</p><p>caso.</p><p>Se eu vender um bem imóvel, as pertenças não</p><p>acompanharão este bem, exceto se ambas as partes</p><p>concordarem no contrato.</p><p>Art. 95. Apesar de ainda não separados do</p><p>bem principal, os frutos e produtos podem ser</p><p>objeto de negócio jurídico.</p><p>Frutos e produtos são acessórios do bem</p><p>principal, mas os frutos se regeram e os produtos não.</p><p>Uma maçã se regenera, o petróleo não se regenera.</p><p>Os frutos são classificados em naturais, que se</p><p>regeneram a partir da própria natureza, como a maçã.</p><p>Já os industriais se regeneram pela força do homem,</p><p>como um lápis. Também há os frutos civis, como os</p><p>juros de uma conta poupança regenerando o dinheiro.</p><p>Em relação aos frutos com o bem principal, há</p><p>os frutos colhidos ou percebidos, que já foram</p><p>destacados do bem principal, como uma maçã que já</p><p>caiu da árvore. Há os frutos pendentes, que ainda</p><p>estão ligados ao bem principal, como a maçã que</p><p>ainda está na árvore. Há ainda os percepiendos, que</p><p>ainda estão ligados ao bem principal, mas já deveriam</p><p>ter sido colhidos. Há os consumidos, que já foram</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 22</p><p>separados do bem principal, mas já não existe mais</p><p>porque foi consumido.</p><p>O art. 95 diz que eu posso negociar os produtos</p><p>e frutos que ainda não foram destacados do principal.</p><p>Art. 96. As benfeitorias podem ser</p><p>voluptuárias, úteis ou necessárias.</p><p>§ 1o São voluptuárias as de mero deleite ou</p><p>recreio, que não aumentam o uso habitual do bem,</p><p>ainda que o tornem mais agradável ou sejam de</p><p>elevado valor.</p><p>§ 2o São úteis as que aumentam ou facilitam</p><p>o uso do bem.</p><p>§ 3o São necessárias as que têm por fim</p><p>conservar o bem ou evitar que se deteriore.</p><p>Benfeitorias são acréscimos realizados nos bens</p><p>móveis e imóveis</p><p>Benfeitorias voluptuárias são aquelas feitas</p><p>por mera vontade da pessoa, para recreio ou enfeite. A</p><p>pintura em uma parede e uma piscina em uma casa é</p><p>uma benfeitoria voluptuária.</p><p>As benfeitorias úteis aumentam a utilidade do</p><p>bem. A colocação de uma porta automática na</p><p>garagem em uma casa é uma benfeitoria útil.</p><p>As benfeitorias necessárias são realizadas para</p><p>conservar o bem, evitando sua deterioração. A troca de</p><p>telhas em uma casa é realizada para conservação da</p><p>casa.</p><p>Art. 97. Não se consideram benfeitorias os</p><p>melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem</p><p>sem a intervenção do proprietário, possuidor ou</p><p>detentor.</p><p>São denominadas acessões naturais e não</p><p>benfeitorias, situações em que há um acréscimo no</p><p>bem, mas esse acréscimo não foi feito nem pelo</p><p>possuidor, detentor ou proprietário, e sim pela</p><p>natureza. Por exemplo o desvio do rio, aumentando o</p><p>terreno do imóvel.</p><p>São acessões industriais acréscimos feitos pelo</p><p>homem, como a construção de uma casa inteira em</p><p>um terreno que estava vazio.</p><p>Também não são consideradas benfeitorias são</p><p>aquelas que a obra humana é maior que o valor que a</p><p>própria matéria prima. Por exemplo a pintura em</p><p>relação à uma tela.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>Dos Bens Públicos</p><p>Art. 98. São públicos os bens do domínio</p><p>nacional pertencentes às pessoas jurídicas de</p><p>direito público interno; todos os outros são</p><p>particulares, seja qual for a pessoa a que</p><p>pertencerem.</p><p>Há duas espécies de bens: os particulares e os</p><p>públicos. Os bens públicos são os que pertencem à</p><p>União, aos Estados, Municípios, autarquias e</p><p>fundações. Por exemplo, uma escola municipal.</p><p>Art. 99. São bens públicos:</p><p>I - os de uso comum do povo, tais como rios,</p><p>mares, estradas, ruas e praças;</p><p>II - os de uso especial, tais como edifícios ou</p><p>terrenos destinados a serviço ou estabelecimento</p><p>da administração federal, estadual, territorial ou</p><p>municipal,</p><p>inclusive os de suas autarquias;</p><p>III - os dominicais, que constituem o</p><p>patrimônio das pessoas jurídicas de direito público,</p><p>como objeto de direito pessoal, ou real, de cada</p><p>uma dessas entidades.</p><p>Parágrafo único. Não dispondo a lei em</p><p>contrário, consideram-se dominicais os bens</p><p>pertencentes às pessoas jurídicas de direito público</p><p>a que se tenha dado estrutura de direito privado.</p><p>Os bens de uso comum do povo são bens que</p><p>podem ser utilizados pela população, sendo de forma</p><p>remunerada ou gratuita.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 23</p><p>Os bens de uso especial são bens que</p><p>executam serviços administrativos e serviços públicos</p><p>em geral. Como exemplos de uso especial é possível</p><p>citar hospital e biblioteca pública.</p><p>Os bens dominicais são bens que não são nem</p><p>bens de uso comum, nem especial. Como exemplo um</p><p>terreno baldio pertencente ao município, estado ou</p><p>união, que não está sendo utilizado pelo povo, mas</p><p>também não tem uma finalidade pública.</p><p>Os Correios, por exemplo, são considerados um</p><p>bem dominical, pois pertencem a pessoa jurídica de</p><p>direito público, com estrutura de direito privado.</p><p>Art. 100. Os bens públicos de uso comum do</p><p>povo e os de uso especial são inalienáveis,</p><p>enquanto conservarem a sua qualificação, na forma</p><p>que a lei determinar.</p><p>Sendo os bens de uso comum e de uso especiais</p><p>inalienáveis, quando é preciso vender um desses</p><p>bens, é necessário desafetar (mudar a forma de</p><p>destinação) esse bem. Ele pega um terreno utilizado</p><p>para um parque e altera para que seja um bem</p><p>dominical, pois os bens dominicais podem ser</p><p>alienados.</p><p>Art. 101. Os bens públicos dominicais podem</p><p>ser alienados, observadas as exigências da lei.</p><p>Os bens dominicais podem ser alienados.</p><p>Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos</p><p>a usucapião.</p><p>Se uma pessoa ocupa um bem público, uma casa em</p><p>cima de terreno público, ela não pode adquirir esse</p><p>bem por usucapião (aquisição de propriedade pela</p><p>posse prolongada e sem interrupção).</p><p>Art. 103. O uso comum dos bens públicos</p><p>pode ser gratuito ou retribuído, conforme for</p><p>estabelecido legalmente pela entidade a cuja</p><p>administração pertencerem.</p><p>Apesar do bem ser de uso comum do povo, nada</p><p>impede que se cobre por essa utilização. Como por</p><p>exemplo os pedágios nas rodovias.</p><p>Averbação – mudar um fato já registrado.</p><p>I. Realizados por escrituras públicas se não houver</p><p>filhos menores ou incapazes do casal e observando</p><p>os registros legais quando aos prazos. (separação</p><p>consensual e divórcio consensual).</p><p>II. Averbada tanto a sentença de filiação, quanto o</p><p>reconhecimento voluntário.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE</p><p>Art. 11. Com exceção dos casos previstos em</p><p>lei, os direitos da personalidade são</p><p>intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o</p><p>seu exercício sofrer limitação voluntária.</p><p>São direitos subjetivos, imprescritíveis,</p><p>intransmissíveis e inalienáveis (regra) da pessoa</p><p>humana e em alguns casos da pessoa jurídica.</p><p>São direitos subjetivos da pessoa de defender</p><p>o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, sua</p><p>integridade intelectual e sua integridade moral. (M. H.</p><p>Diniz)</p><p>Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a</p><p>lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas</p><p>e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas</p><p>em lei.</p><p>Parágrafo único. Em se tratando de morto,</p><p>terá legitimação para requerer a medida prevista</p><p>neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer</p><p>parente em linha reta, ou colateral até o quarto</p><p>grau.</p><p>Quando se trata de ameaça ainda não ouve</p><p>lesão ao direito da personalidade. E lesão por sua vez</p><p>quer dizer que se efetivou.</p><p>MEDIDAS ADOTADAS PARA DEFENDER O</p><p>DIREITO A PERSONALIDADE:</p><p>• Preventiva – para prevenir que haja uma lesão a</p><p>personalidade. Por exemplo: impedir publicação de</p><p>biografia não autorizada.</p><p>• Cominatória - aplicasse uma multa quando há lesão</p><p>da personalidade. Por exemplo: multa diária para um</p><p>vídeo não autorizado veicular na internet</p><p>• Repressiva – reprimir a lesão ao direito da</p><p>personalidade. Por exemplo: suspensão de um nome</p><p>no SERASA.</p><p>Ainda há outras medidas como Habeas</p><p>Corpus, Habeas Data, Mandado de Segurança,</p><p>Mandado de Injunção. Que são medidas</p><p>constitucionais no sentido de dar tutela aos direitos da</p><p>personalidade.</p><p>• Ainda podem ser pedidos perdas e danos além das</p><p>medidas, e se esse fato constituir um crime, a</p><p>pessoa ainda responderá criminalmente por esse</p><p>fato.</p><p>Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso</p><p>o ato de disposição do próprio corpo, quando</p><p>importar diminuição permanente da integridade</p><p>física, ou contrariar os bons costumes.</p><p>Parágrafo único. O ato previsto neste artigo</p><p>será admitido para fins de transplante, na forma</p><p>estabelecida em lei especial.</p><p>A integridade física é um direito da personalidade,</p><p>por tanto é indisponível e irrenunciável. Tutelado</p><p>pelo Estado.</p><p>Quando for por existência medica, a pessoa</p><p>pode ter uma disposição do próprio corpo que traga</p><p>diminuição da integridade física. Por exemplo: uma</p><p>amputação por conta de diabetes.</p><p>A pessoa não pode dispor da integridade física se não</p><p>for por exigência medica, salvo caos de transplantes.</p><p>Contido na Constituição Federal.</p><p>Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou</p><p>altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo,</p><p>no todo ou em parte, para depois da morte.</p><p>Parágrafo único. O ato de disposição pode</p><p>ser livremente revogado a qualquer tempo.</p><p>A PESSOA PODE DISPOR DO PRÓPRIO CORPO</p><p>PARA DEPOIS DA MORTE.</p><p>• Para fins científicos, como doar o corpo para uma</p><p>faculdade fazer estudos.</p><p>• Para fins altruísticos, ou seja, para fazer o bem</p><p>para outras pessoas, como a doação de órgãos.</p><p>A qualquer momento a pessoa pode revogar a</p><p>disposição, ou seja, se a pessoa determinou que vai ser</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 4</p><p>doadora de órgãos a qualquer momento ela pode</p><p>revogar.</p><p>Doação de órgão para depois da morte, pode ser</p><p>por vontade do doador ou pela vontade da família</p><p>Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a</p><p>submeter-se, com risco de vida, a tratamento</p><p>médico ou a intervenção cirúrgica.</p><p>Princípio da autonomia da vontade está presente</p><p>no artigo, se não for pela vontade da pessoa se</p><p>submeter a tratamento médico ou a intervenção</p><p>cirúrgica, ninguém pode obrigá-la a isso.</p><p>Testamento Vital – É um instrumento utilizado para</p><p>determinar a vontade da pessoa quanto ao seu</p><p>tratamento médico. Pode ser feito instrumento público</p><p>ou particular. Situações previstas pelo testamento vital:</p><p>✓ Transfusão de sangue</p><p>✓ Quimioterapia</p><p>✓ Amputação</p><p>✓ Doação de órgãos, etc.</p><p>Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele</p><p>compreendidos o prenome e o sobrenome.</p><p>O nome é um direito da pessoalidade, por</p><p>tanto um direito fundamental.</p><p>O nome é uma forma de individualizar a</p><p>pessoa perante a sociedade e o Estado.</p><p>O nome é composto de prenome e</p><p>sobrenome. Sendo o prenome pertencente a pessoa e</p><p>o sobrenome a família (linhagem).</p><p>Agnome – é a forma de distinguir a que possuem o</p><p>mesmo nome e pertencem a mesma família. Por</p><p>exemplo: junior, neto, filho...</p><p>HÁ POSSIBILIDADE DE ALTERAR O PRENOME</p><p>QUANDO:</p><p>✓ Se expor a pessoa ao ridículo.</p><p>✓ Erro de grafia</p><p>✓ Homonímia; várias pessoa que possuem o</p><p>mesmo nome.</p><p>✓ Mudança de sexo</p><p>✓ Adoção durante a menoridade</p><p>✓ Proteção a vítima e testemunha</p><p>✓ Apelidos públicos e notórios: Xuxa, Pelé.</p><p>HÁ POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DE</p><p>SOBRENOME EM CASO DE:</p><p>• Casamento</p><p>• Divórcio</p><p>• Adoção</p><p>Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado</p><p>por outrem em publicações ou representações que</p><p>a exponham ao desprezo público, ainda quando</p><p>não haja intenção difamatória.</p><p>O nome é um direito de personalidade.</p><p>Não é possível usar o nome em escritos, internet,</p><p>radio, entre outros se levar a pessoa ao desprezo</p><p>público.</p><p>Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome</p><p>alheio em propaganda comercial.</p><p>Não é permitido usar o nome alheio para vender</p><p>bens ou serviço, nem para fins políticos, religiosos...</p><p>Só a própria pessoa pode explorar</p><p>financeiramente o próprio nome</p><p>Art. 19. O pseudônimo adotado para</p><p>atividades lícitas goza da proteção que se dá ao</p><p>nome.</p><p>Toda proteção dada aos nomes, são dadas</p><p>também aos pseudônimos.</p><p>Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se</p><p>necessárias à administração da justiça ou à</p><p>manutenção da ordem pública, a divulgação de</p><p>escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação,</p><p>a exposição ou a utilização da imagem de uma</p><p>pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e</p><p>sem prejuízo da indenização que couber, se lhe</p><p>atingirem a honra, a boa fama ou a</p><p>respeitabilidade, ou se se destinarem a fins</p><p>comerciais.</p><p>Parágrafo único. Em se tratando de morto ou</p><p>de ausente, são partes legítimas para requerer essa</p><p>proteção o cônjuge, os ascendentes ou os</p><p>descendentes.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 5</p><p>A divulgação de escritos, a transmissão da</p><p>palavra, ou a publicação, a exposição ou a</p><p>utilização da imagem de uma pessoa poderão ser</p><p>proibidas já que a pessoa que estiver contida nesses</p><p>escritos, transmissões de palavras ou publicações</p><p>tem o direito de solicitar a sua proibição.</p><p>Além disso, se houver prejuízo a honra, boa</p><p>fama ou estiver destinado a fins comerciais é</p><p>possível solicitar uma indenização.</p><p>Traz uma ferramenta de controle, de permitir</p><p>ou não o direito da personalidade, já que o direito</p><p>a imagem é direito da personalidade assim como o</p><p>da voz. Trazendo uma tutela aos direitos da</p><p>personalidade.</p><p>• Exemplo: Biografias não autorizadas, nudes...</p><p>Art. 21. A vida privada da pessoa natural é</p><p>inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado,</p><p>adotará as providências necessárias para impedir</p><p>ou fazer cessar ato contrário a esta norma</p><p>A vida privada da pessoa natural é direito</p><p>constitucional.</p><p>O juiz tomará medidas adequadas para cessar os</p><p>atos contrários a essa norma.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DA AUSÊNCIA</p><p>Seção I</p><p>Da Curadoria dos Bens do Ausente</p><p>Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu</p><p>domicílio sem dela haver notícia, se não houver</p><p>deixado representante ou procurador a quem caiba</p><p>administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de</p><p>qualquer interessado ou do Ministério Público,</p><p>declarará a ausência, e nomear-lhe-á</p><p>curador.</p><p>Ausência: quando a pessoa desaparece do seu</p><p>domicilio.</p><p>Nesse caso, a pessoa desapareceu e não deixou</p><p>procurador, assim o interessado ou ministério público</p><p>ajuíza a ação de ausência da pessoa. O juiz declara</p><p>ausência e nomeia um Curador para administrar os</p><p>bens do ausente.</p><p>Art. 23. Também se declarará a ausência, e se</p><p>nomeará curador, quando o ausente deixar</p><p>mandatário que não queira ou não possa exercer</p><p>ou continuar o mandato, ou se os seus poderes</p><p>forem insuficientes.</p><p>O juiz só pode nomear um curador se a pessoa</p><p>ausente não deixou um procurador ou quando o</p><p>procurador não queira exercer o mandato, não puder</p><p>exercer o mandato ou os poderes do procurador</p><p>forem insuficientes.</p><p>Nesse caso, a pessoa deixou um procurador,</p><p>mas ele não quis ou não pode exercer ou continuar o</p><p>mandato. Então o juiz poderá nomear um curador.</p><p>Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-</p><p>lhe-á os poderes e obrigações, conforme as</p><p>circunstâncias, observando, no que for aplicável, o</p><p>disposto a respeito dos tutores e curadores.</p><p>Na decisão do juiz, já fica fixado quais são os</p><p>deveres e obrigações do curador ou do tutor.</p><p>Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que</p><p>não esteja separado judicialmente, ou de fato por</p><p>mais de dois anos antes da declaração da ausência,</p><p>será o seu legítimo curador.</p><p>§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos</p><p>bens do ausente incumbe aos pais ou aos</p><p>descendentes, nesta ordem, não havendo</p><p>impedimento que os iniba de exercer o cargo.</p><p>§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos</p><p>precedem os mais remotos.</p><p>§ 3o Na falta das pessoas mencionadas,</p><p>compete ao juiz a escolha do curador.</p><p>Na ordem de preferência para ser curador do</p><p>ausente:</p><p>1. O cônjuge</p><p>2. Os pais</p><p>3. Os descendentes</p><p>E dentro dessa preferência, os mais próximos</p><p>precedem os mais remotos.</p><p>• Ex: filhos, netos, bisnetos</p><p>Se não houver essas pessoas, o juiz escolherá um</p><p>curador.</p><p>• Ex: irmão, amigo, sócio...</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 6</p><p>Seção II</p><p>Da Sucessão Provisória</p><p>Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação</p><p>dos bens do ausente, ou, se ele deixou</p><p>representante ou procurador, em se passando três</p><p>anos, poderão os interessados requerer que se</p><p>declare a ausência e se abra provisoriamente a</p><p>sucessão.</p><p>Depois de passados um ano da arrecadação</p><p>dos bens da pessoa, ou seja, da curadoria ou depois</p><p>de 3 anos se foi deixado um procurador, pode-se</p><p>abrir sucessão provisória.</p><p>Na fase da sucessão provisória, se declara a</p><p>ausência da pessoa e abre-se a sucessão provisória.</p><p>NA SUCESSÃO PROVISÓRIA:</p><p>• A pessoa é considerada ausente</p><p>• Os herdeiros só possuem a posse dos bens</p><p>• Os herdeiros não podem alienar o bem dos</p><p>ausentes.</p><p>JÁ NA SUCESSÃO DEFINITIVA:</p><p>• A pessoa é considerada morta</p><p>• Os herdeiros possuem a posse e a propriedade</p><p>dos bens.</p><p>• Os herdeiros podem dispor dos bens da forma que</p><p>entenderem</p><p>Art. 27. Para o efeito previsto no artigo</p><p>anterior, somente se consideram interessados:</p><p>I - o cônjuge não separado judicialmente;</p><p>II - os herdeiros presumidos, legítimos ou</p><p>testamentários;</p><p>III - os que tiverem sobre os bens do ausente</p><p>direito dependente de sua morte;</p><p>IV - os credores de obrigações vencidas e não</p><p>pagas.</p><p>Os interessados na sucessão provisória são os</p><p>cônjuges, os herdeiros, quem tem direitos que</p><p>dependem da sua morte (ex: direito de usofruto) e</p><p>os credores.</p><p>Art. 28. A sentença que determinar a abertura</p><p>da sucessão provisória só produzirá efeito cento e</p><p>oitenta dias depois de publicada pela imprensa;</p><p>mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à</p><p>abertura do testamento, se houver, e ao inventário</p><p>e partilha dos bens, como se o ausente fosse</p><p>falecido.</p><p>§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e</p><p>não havendo interessados na sucessão provisória,</p><p>cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo</p><p>competente.</p><p>§ 2o Não comparecendo herdeiro ou</p><p>interessado para requerer o inventário até trinta</p><p>dias depois de passar em julgado a sentença que</p><p>mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à</p><p>arrecadação dos bens do ausente pela forma</p><p>estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823.</p><p>O efeito da curadoria dos bens do ausente</p><p>tem efeito a partir de 180 dias após a publicação,</p><p>produzira efeitos. Mas depois de transitada e</p><p>julgada é possível abrir o testamento, o inventario</p><p>de bens, como se a pessoa já fosse falecida.</p><p>Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando</p><p>julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens</p><p>móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em</p><p>imóveis ou em títulos garantidos pela União.</p><p>Importante para os bens do ausente não se</p><p>percam. Para proteção dos bens. Assim o juiz decidirá</p><p>quando um bem móvel terá a conversão.</p><p>• Por exemplo:</p><p>O ausente deixou um carro (carros que ficam</p><p>parados muito tempo vão se deteriorando), então para</p><p>a proteção do bem o juiz ordena que o carro seja</p><p>vendido.</p><p>Art. 30. Os herdeiros, para se imitirem na</p><p>posse dos bens do ausente, darão garantias da</p><p>restituição deles, mediante penhores ou hipotecas</p><p>equivalentes aos quinhões respectivos.</p><p>§ 1o Aquele que tiver direito à posse</p><p>provisória, mas não puder prestar a garantia</p><p>exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os</p><p>bens que lhe deviam caber sob a administração do</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 7</p><p>curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz,</p><p>e que preste essa garantia.</p><p>§ 2o Os ascendentes, os descendentes e o</p><p>cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de</p><p>herdeiros, poderão, independentemente de</p><p>garantia, entrar na posse dos bens do ausente.</p><p>O herdeiro deve presta garantia do mesmo valor</p><p>do bem que ele vai entrar na posse. Para dar garantia</p><p>de que se acontecer algo com o bem do ausente o</p><p>herdeiro vai responder com o próprio bem.</p><p>Se o herdeiro não tiver um bem para dar de</p><p>garantia: Ele será excluído e outro herdeiro entrara na</p><p>posse do ausente.</p><p>Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge</p><p>NÃO precisam de garantia se provada a sua qualidade</p><p>como herdeiro, assim independentemente entrarão na</p><p>posse dos bens do ausente.</p><p>Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão</p><p>alienar, não sendo por desapropriação, ou</p><p>hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar</p><p>a ruína.</p><p>Os herdeiros apenas tem a posse dos bens do</p><p>ausente, assim não podendo alienar esses bens. Ex:</p><p>não podem vender, doar...</p><p>O Art. 31 traz uma exceção: Se for para evitar a</p><p>ruína o juiz pode permitir a alienação dos bens do</p><p>ausente. Ou seja, precisa de decisão judicial para os</p><p>bens serem alienados. Além disso, é preciso provar que</p><p>é para evitar a ruína.</p><p>Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores</p><p>provisórios ficarão representando ativa e</p><p>passivamente o ausente, de modo que contra eles</p><p>correrão as ações pendentes e as que de futuro</p><p>àquele forem movidas.</p><p>Representará o ausente tanto ativa como</p><p>passivamente os empossados nos bens.</p><p>• Representação ativa: autor de uma ação</p><p>• Representação passiva: réu de uma ação</p><p>Art. 33. O descendente, ascendente ou</p><p>cônjuge que for sucessor provisório do ausente,</p><p>fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens</p><p>que a este couberem; os outros sucessores, porém,</p><p>deverão capitalizar metade desses frutos e</p><p>rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de</p><p>acordo com o representante do Ministério Público,</p><p>e prestar anualmente contas ao juiz competente.</p><p>Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e</p><p>ficar provado que a ausência foi voluntária e</p><p>injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua</p><p>parte nos frutos e rendimentos.</p><p>Os ascendentes, descendentes e cônjuge</p><p>podem ficar com 100% do fruto e rendimento dos</p><p>bens do ausente. No entanto, se o herdeiro que</p><p>tomou posse dos bens do ausente não for</p><p>descendente, ascendente ou cônjuge, ele terá que</p><p>capitalizar 50%, ou seja, 50% fica para ele e os</p><p>outros 50% ele capitaliza (guarda) para se o</p><p>ausente voltar.</p><p>Se o ausente retornar, mas sua ausência não for</p><p>justificada (não tiver motivo),</p><p>nesse caso ele perderá o</p><p>direito aos 50% capitalizados para ele, esse 50% ficará</p><p>para o herdeiro que estava cuidando dos frutos e</p><p>rendimentos.</p><p>Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse</p><p>provisória poderá, justificando falta de meios, requerer</p><p>lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão</p><p>que lhe tocaria.</p><p>Herdeiro exclusivo: é aquele que tendo imissão</p><p>na posse dos bens do ausente, mas não terá condições</p><p>para prestar garantias para assumir a posse. Porém são</p><p>amparados pelo legislador que contempla com o</p><p>recebimento de metade do que lhe caberia. Porem, a</p><p>administração dos bens ficará com o curador ou com</p><p>outro herdeiro que tenha pagado a garantia.</p><p>Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a</p><p>época exata do falecimento do ausente, considerar-</p><p>se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos</p><p>herdeiros, que o eram àquele tempo.</p><p>Se durante a posse provisória for achado o</p><p>corpo do ausente, segundo uma perícia, o falecimento</p><p>será declarado na data exata do seu falecimento</p><p>Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe</p><p>provar a existência, depois de estabelecida a posse</p><p>provisória, cessarão para logo as vantagens dos</p><p>sucessores nela imitidos, ficando, todavia,</p><p>obrigados a tomar as medidas assecuratórias</p><p>precisas, até a entrega dos bens a seu dono.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 8</p><p>Se o ausente retornar durante a ausência</p><p>provisória, cessa a sucessão provisória, o direito dos</p><p>herdeiros que estavam na posse e os bens voltam para</p><p>o “ausente”. No entanto, os herdeiros ficam</p><p>responsáveis por esses bens até a entrega para o</p><p>“ausente”.</p><p>Seção III</p><p>Da Sucessão Definitiva</p><p>Art. 37. Dez anos depois de passada em</p><p>julgado a sentença que concede a abertura da</p><p>sucessão provisória, poderão os interessados</p><p>requerer a sucessão definitiva e o levantamento das</p><p>cauções prestadas.</p><p>O objetivo do processo de ausência é proteger o</p><p>patrimônio do ausente. Na sucessão definitiva é</p><p>quando se declara a morte do ausente. Por morte</p><p>presumida se não for encontrado um corpo.</p><p>Segundo o art. 37: Após 10 anos de aberta e</p><p>julgada a sucessão provisória, é possível abrir a</p><p>sucessão definitiva. Nessa fase também é devolvida</p><p>a garantia que foi dada para entrar na posse do</p><p>ausente.</p><p>Art. 38. Pode-se requerer a sucessão</p><p>definitiva, também, provando-se que a ausente</p><p>conta oitenta anos de idade, e que de cinco datam</p><p>as últimas notícias dele.</p><p>Também é possível abrir o processo de</p><p>sucessão definitiva se: O ausente tiver mais de 80</p><p>anos e 5 anos da sua ausência.</p><p>Exemplo: a pessoa desapareceu com 78 anos e</p><p>fazem 5 anos de seu desparecimento (78+5=83), nesse</p><p>caso é possível pedir a sucessão definitiva.</p><p>Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos</p><p>seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou</p><p>algum de seus descendentes ou ascendentes,</p><p>aquele ou estes haverão só os bens existentes no</p><p>estado em que se acharem, os sub-rogados em seu</p><p>lugar, ou o preço que os herdeiros e demais</p><p>interessados houverem recebido pelos bens</p><p>alienados depois daquele tempo.</p><p>Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se</p><p>refere este artigo, o ausente não regressar, e</p><p>nenhum interessado promover a sucessão</p><p>definitiva, os bens arrecadados passarão ao</p><p>domínio do Município ou do Distrito Federal, se</p><p>localizados nas respectivas circunscrições,</p><p>incorporando-se ao domínio da União, quando</p><p>situados em território federal.</p><p>Se o ausente retorna 10 anos seguintes de</p><p>aberta a sucessão definitiva, ele terá direito há aos</p><p>bens no estado que se encontram, aos bens sub-</p><p>rogados ou o preço que se teve devido a venda do</p><p>bem. Não só o ausente como algum herdeiro que</p><p>aparecer nesse determinado período também tem</p><p>o direito.</p><p>Se o ausente não voltar nesse período e</p><p>nenhum herdeiro interessado abrir o processo de</p><p>sucessão definitiva, os bens do ausente serão</p><p>incorporados ao Município ou Distrito Federal,</p><p>sendo incorporado ao domínio da União.</p><p>TÍTULO II</p><p>DAS PESSOAS JURÍDICAS</p><p>Conceito de pessoa jurídica: reunião de</p><p>pessoas e bens, que empreendem esforços para buscar</p><p>fins comuns, podendo ser sujeito de direito e deveres</p><p>na ordem civil</p><p>Requisitos:</p><p>• Reunião de pessoas e bens</p><p>• Finalidade em comum</p><p>• Personalidade e capacidade Jurídica</p><p>própria.</p><p>Teoria mais aceita quanto a pessoa jurídica é a Teoria</p><p>de Realidade Técnica.</p><p>Teoria de Realidade Técnica de Colin e Capitant: A</p><p>personalidade Jurídica é um atributo que o Estado</p><p>concede a pessoas ou bens que possuem objetivos</p><p>comuns e que cumprem os requisitos exigidos pela lei.</p><p>Sendo assim, a lei concede personalidade a pessoa</p><p>jurídica que não se confundi com a personalidade de</p><p>seus membros (Pessoas Naturais). As pessoas jurídicas</p><p>são reais mas baseadas em realidade técnica.</p><p>Outras Teorias da PJ:</p><p>1. Teoria da Ficção de Savigny: Somente a</p><p>pessoa Natural pode ter direito e deveres na</p><p>ordem civil, por esse motivo a pessoa jurídica</p><p>seria uma criação artificial da lei. Sendo assim,</p><p>a pessoa jurídica seria criação do direito</p><p>positivo, sendo que sua capacidade civil estaria</p><p>restringida as relações patrimoniais. Esta</p><p>teoria é ultrapassada nos dias de hoje.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 9</p><p>2. Teoria da Realidade de Hauriou: Essa teoria</p><p>afirma que a ideia de empresa surge da</p><p>consciência dos indivíduos, que passa a atuar</p><p>com o objetivo de atingir os fins sociais</p><p>(serviços e ofícios), adquirindo a personalidade</p><p>moral. Quando a atuação deste individuo é</p><p>reconhecida como o exercício de um poder</p><p>juridicamente reconhecido, a instituição</p><p>adquiri personalidade jurídica. Esta teoria não</p><p>explica definitivamente a existência de</p><p>pessoa jurídica. Esta teoria é ultrapassada</p><p>nos dias atuais.</p><p>CAPÍTULO I</p><p>DISPOSIÇÕES GERAIS</p><p>Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito</p><p>público, interno ou externo, e de direito privado.</p><p>As pessoas jurídicas podem ser:</p><p>• De direito público interno e externo</p><p>• De direito privado</p><p>Art. 41. São pessoas jurídicas de direito</p><p>público interno:</p><p>I - a União;</p><p>II - os Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Territórios;</p><p>III - os Municípios;</p><p>IV - as autarquias, inclusive as associações</p><p>públicas;</p><p>V - as demais entidades de caráter público</p><p>criadas por lei.</p><p>Parágrafo único. Salvo disposição em</p><p>contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a</p><p>que se tenha dado estrutura de direito privado,</p><p>regem-se, no que couber, quanto ao seu</p><p>funcionamento, pelas normas deste Código.</p><p>Pessoas de Direito Público Interno:</p><p>I- a União – A organização político-</p><p>administrativa da República Federativa do</p><p>Brasil compreende a União, Estado, Distrito</p><p>Federal e Municípios. A União é a pessoa</p><p>jurídica de direito público que representa a</p><p>República Federativa do Brasil em suas</p><p>relações internacionais.</p><p>II- os Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Territórios – São pessoas jurídicas com</p><p>autonomia legislativa e administrativa.</p><p>III- os Municípios - São pessoas jurídicas com</p><p>autonomia legislativa e administrativa.</p><p>IV- as autarquias, inclusive as associações</p><p>públicas – Serviço autônomo criado por</p><p>lei, com personalidade jurídica, patrimônio</p><p>e receitas próprias, para exercer atividades</p><p>típicas de administração pública, que</p><p>requeiram, para seu melhor</p><p>funcionamento, gestão administrativa e</p><p>financeira descentralizada. Tem</p><p>capacidade de autoadministração. Ex:</p><p>INSS, INCRA, DNIT, Universidades,</p><p>Conselho Profissional (Conselho Federal</p><p>de Medicina, CREA)</p><p>Se a pessoa jurídica for de caráter privado ela</p><p>responderá pelo Código Civil, se for de caráter</p><p>público ela respondera pelas normas de direito</p><p>público.</p><p>Art. 42. São pessoas jurídicas de direito</p><p>público externo os Estados estrangeiros e todas as</p><p>pessoas que forem regidas pelo direito</p><p>internacional público.</p><p>As pessoas de direito público externo são :</p><p>• Os Estados estrangeiros</p><p>• Pessoas regidas pelo direito</p><p>internacional publico</p><p>Art. 43. As pessoas jurídicas de direito</p><p>público interno são civilmente</p><p>responsáveis por</p><p>atos dos seus agentes que nessa qualidade causem</p><p>danos a terceiros, ressalvado direito regressivo</p><p>contra os causadores do dano, se houver, por parte</p><p>destes, culpa ou dolo.</p><p>Este artigo trata da responsabilidade do estado.</p><p>Há alguns requisitos para que seja configurada a</p><p>responsabilidade do estado, como:</p><p>• Que o ato lesivo tenha sido praticado</p><p>por pessoa jurídica do direito público.</p><p>• Que o ato lesivo seja praticado por</p><p>pessoa jurídica do direito privado</p><p>prestadora de serviços públicos.</p><p>• Que o dano seja causado por um agente</p><p>no exercício de suas funções.</p><p>• Que haja dano a terceiros.</p><p>Teoria de risco – Risco de dano é inerente do Estado.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 10</p><p>Teoria do Nexo de Causalidade – Para que se</p><p>configure a responsabilidade do Estado é necessário</p><p>apenas comprovar:</p><p>• Ato lesivo lícito ou ilícito do agente público.</p><p>• Dano à terceiro</p><p>• Nexo de causalidade entre ato lesivo e dano.</p><p>A TEORIA ADOTADA PELO ESTADO</p><p>BRASILEIRO PARA A RESPONSABILIDADE DO</p><p>ESTADO É A TEORIA OBJETIVA, MAS PARA</p><p>RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO É</p><p>ADOTADA A TEORIA SUBJETIVA.</p><p>No caso do agente público, a administração</p><p>pública vai cobrar regressivamente o dano causado ao</p><p>terceiro, mas para que seja cobrada do agente público</p><p>é necessário provar que ele agiu com dolo ou culpa.</p><p>Art. 44. São pessoas jurídicas de direito</p><p>privado:</p><p>I - as associações;</p><p>II - as sociedades;</p><p>III - as fundações.</p><p>IV - as organizações religiosas;</p><p>V - os partidos políticos.</p><p>VI - as empresas individuais de</p><p>responsabilidade limitada.</p><p>§ 1o São livres a criação, a organização, a</p><p>estruturação interna e o funcionamento das</p><p>organizações religiosas, sendo vedado ao poder</p><p>público negar-lhes reconhecimento ou registro dos</p><p>atos constitutivos e necessários ao seu</p><p>funcionamento.</p><p>§ 2o As disposições concernentes às</p><p>associações aplicam-se subsidiariamente às</p><p>sociedades que são objeto do Livro II da Parte</p><p>Especial deste Código.</p><p>§ 3o Os partidos políticos serão organizados e</p><p>funcionarão conforme o disposto em lei específica.</p><p>ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES:</p><p>• Associações – agrupamento organizado</p><p>de pessoas físicas ou jurídicas com</p><p>objetivos não empresários (CC, art.53)</p><p>• Sociedade – agrupamento organizado</p><p>de pessoas físicas ou jurídicas, com</p><p>finalidade de desenvolver uma atividade</p><p>empresária voltada para a produção ou</p><p>a circulação de bens ou de serviços para</p><p>depois distribuir os lucros aos sócios</p><p>(CC, art. 981)</p><p>- CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES:</p><p>• QUANTO A PERSONIFICAÇÃO – podem ser (a)</p><p>sociedades não personificadas, compreendendo</p><p>aquelas que não adquirem a personalidade</p><p>jurídica, não sendo, portanto, pessoas jurídicas</p><p>categoria em que se encontram as sociedades em</p><p>comum, antigas sociedades irregulares ou de fato</p><p>(CC, arts. 986 a 990) e as sociedades em conta de</p><p>participação (CC, arts. 991 a 996); ou (b)</p><p>sociedades personificadas compreendendo aquelas</p><p>que adquirem personalidade jurídica com o</p><p>arquivamento de seu ato constitutivo, tais como:</p><p>sociedade simples, sociedade limitada, sociedade</p><p>anônima e a sociedade em comandita por ações;</p><p>• QUANTO A ATIVIDADE OU OBJETIVO –</p><p>podem ser (a) sociedade simples (cujo objetivo é o</p><p>exercício de uma atividade de prestação de</p><p>serviços intelectuais, de natureza cientifica, artística</p><p>ou literária, a sociedade cooperativa, a sociedade</p><p>rural que não tinha adaptado pelo registro como</p><p>empresa mercantil; ou (b) sociedades empresarias</p><p>(tem como objeto social o exercício de uma</p><p>atividade empresaria entendida como a atividade</p><p>econômica organizada para a produção ou a</p><p>circulação de bens ou serviços podendo ser</p><p>qualquer uma das sociedades mencionadas no</p><p>item (b) de ‘’quanto a personificação’’;</p><p>• QUANTO A ESTRUTURA DA SOCIEDADE –</p><p>podem ser (a) sociedade de pessoas, marcadas por</p><p>uma estrutura que predominam os tributos</p><p>pessoais dos sócios, em que o princípio da affectio</p><p>societatis (que consiste na intenção dos sócios de</p><p>constituir uma sociedade) assume grande</p><p>importância; ou (b) sociedade de capital, em que as</p><p>cotas circulam muito mais rapidamente e</p><p>livremente, sendo a titularidade das cotas muito</p><p>mais irrelevante do que o efetivo aporte do capital;</p><p>e</p><p>• Quanto a responsabilidade dos sócios –</p><p>podem ser (a) sociedades de</p><p>responsabilidade ilimitada, em que os</p><p>sócios respondem ilimitada, solidaria e</p><p>subsidiariamente pelas obrigações sociais,</p><p>categoria em que se encontram a</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 11</p><p>sociedade em nome coletivo, a sociedade</p><p>simples e a sociedade comum, (b)</p><p>sociedades de responsabilidade limitada</p><p>sendo aquelas em que a responsabilidade</p><p>dos sócios é limitada ao valor de suas</p><p>cotas, dentre as quais a sociedade limitada</p><p>(LTDA) e a sociedade anônima (S.A.), ou</p><p>ainda (c) as sociedades de</p><p>responsabilidade mista, sendo aquelas</p><p>sociedades formadas por sócios que</p><p>respondem ilimitadamente e por sócios</p><p>que tem responsabilidade limitada, dentre</p><p>as quais a sociedade em conta de</p><p>participação, sociedade em comandita</p><p>simples e a sociedade em comandita por</p><p>ações.</p><p>- FUNDAÇÕES: é uma organização de bens,</p><p>destinada a realização de um determinado fim, a que a</p><p>lei atribui personalidade jurídica. São requisitos das</p><p>fundações:</p><p>• Um patrimônio;</p><p>• O ato constitutivo ou a dotação;</p><p>• Uma finalidade especial a que se destina</p><p>a fundação, o estatuto; e</p><p>• Uma administração.</p><p>- ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS: ‘’ são livres a</p><p>criação, a organização, a estruturação interna e o</p><p>funcionamento das organizações religiosas, sendo</p><p>vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento</p><p>ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu</p><p>funcionamento’’ (CC, art. 44, inciso 1).</p><p>- PARTIDOS POLÍTICOS: muito se debateu</p><p>sobre a natureza jurídica dos partidos políticos antes</p><p>que a lei n. 10.825/03 tivesse incluído no rol das</p><p>pessoas jurídicas de direito privado. Contudo, apesar</p><p>da inclusão dos partidos políticos no rol das pessoas</p><p>jurídicas de direito privado ter sido feita por meio da</p><p>lei n. 10.825/03, o artigo 1 da lei n. 9.096/95 já atribuía</p><p>tal natureza, exigindo, contudo, seu registro perante o</p><p>TSE.</p><p>- EMPRESAS INDIVIDUAIS DE</p><p>RESPONSABILIDADE LIMITADA: formada por um</p><p>só sócio, titular da integralidade do capital social,</p><p>desde que superior a 100 salários mínimos vigentes.</p><p>(EIRELI)</p><p>- EMPRESAS PÚBLICAS: empresas públicas,</p><p>que exploram atividades comerciais, se sujeitam ao</p><p>regime jurídico de direito privado (será sempre o</p><p>direito privado, a não ser se esteja na presença de</p><p>norma expressa de direito público).</p><p>Art. 45. Começa a existência legal das pessoas</p><p>jurídicas de direito privado com a inscrição do ato</p><p>constitutivo no respectivo registro, precedida,</p><p>quando necessário, de autorização ou aprovação do</p><p>Poder Executivo, averbando-se no registro todas as</p><p>alterações por que passar o ato constitutivo.</p><p>Parágrafo único. Decai em três anos o direito</p><p>de anular a constituição das pessoas jurídicas de</p><p>direito privado, por defeito do ato respectivo,</p><p>contado o prazo da publicação de sua inscrição no</p><p>registro.</p><p>- O direito brasileiro consagrou a regra geral e</p><p>inderrogável de que a pessoa jurídica apenas adquire</p><p>personalidade jurídica com a inscrição de seu ato</p><p>constitutivo no respectivo registro. Apenas</p><p>excepcionalmente exige o direito que, além do</p><p>registro, as pessoas jurídicas dependem de aprovação</p><p>ou autorização para poder exercer suas atividades.</p><p>- Constituição jurídica era dividida em duas fases</p><p>– a fase do ato consecutivo (que deve ser escrito) e a</p><p>fase do registro público.</p><p>Art. 46. O registro declarará:</p><p>I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de</p><p>duração e o fundo social, quando houver;</p><p>II - o nome e a individualização dos</p><p>fundadores ou instituidores, e dos diretores;</p><p>III - o modo por que se administra e</p><p>representa, ativa e passivamente, judicial e</p><p>extrajudicialmente;</p><p>IV - se o ato constitutivo é reformável</p><p>no</p><p>tocante à administração, e de que modo;</p><p>V - se os membros respondem, ou não,</p><p>subsidiariamente, pelas obrigações sociais;</p><p>VI - as condições de extinção da pessoa</p><p>jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso.</p><p>Ao afirmar que o registro é pressuposto</p><p>necessário para que a pessoa jurídica adquira</p><p>personalidade jurídica, o legislador buscou assegurar a</p><p>necessária segurança jurídica para que terceiros</p><p>interessados possam vir a se relacionar com as pessoas</p><p>jurídicas. Por essa razão, cada um dos elementos</p><p>necessários do registro visa a dissipar uma possível</p><p>dúvida que possa comprometer a segurança do que</p><p>tenham interesse em se relacionas com a sociedade</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 12</p><p>sobre aspectos da sociedade que possam influenciar</p><p>nos negócios jurídicos por ela celebrados.</p><p>Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos</p><p>administradores, exercidos nos limites de seus</p><p>poderes definidos no ato constitutivo.</p><p>A manifestação de vontade das pessoas jurídicas</p><p>se dá por intermédio de seus administradores, os quais</p><p>são convencidos de poderes específicos para externar</p><p>a vontade da pessoa jurídica indicados pelo estatuto</p><p>social. Por essa razão, os atos praticados por tais</p><p>administradores vinculam a pessoa jurídica e não as</p><p>pessoas físicas que representam.</p><p>A aparência do direito é a situação de fato que</p><p>manifesta como real uma situação jurídica não real.</p><p>Este aparecer sem ser coloca em jogo interesses</p><p>humanos relevantes que a lei não pode ignorar, e por</p><p>esta razão, em respeito a confiança criada no espirito</p><p>de terceiros que venham a contratar com a sociedade,</p><p>convencidos na legitima crença que que um falso</p><p>diretor, um falso gerente ou um falso representante</p><p>tenha efetivos poderes de representação, mesmo os</p><p>atos praticados por tais pessoas poderão obrigar a</p><p>sociedade.</p><p>Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver</p><p>administração coletiva, as decisões se tomarão pela</p><p>maioria de votos dos presentes, salvo se o ato</p><p>constitutivo dispuser de modo diverso.</p><p>Parágrafo único. Decai em três anos o direito</p><p>de anular as decisões a que se refere este artigo,</p><p>quando violarem a lei ou estatuto, ou forem</p><p>eivadas de erro, dolo, simulação ou fraude.</p><p>Muitas vezes a administração das pessoas</p><p>jurídicas não é feira por uma única pessoa, e sim por</p><p>um grupo de pessoas, que de algum modo precisam</p><p>se relacionas para praticar os necessários atos de</p><p>administração da pessoa jurídica. A forma pela qual a</p><p>administração da pessoa jurídica será exercida é a</p><p>cláusula essencial de seu ato constitutivo, que poderá</p><p>livremente dispor sobre a maioria necessária para</p><p>aprovar as decisões de administração da sociedade.</p><p>Apenas se o ato constitutivo não dispuser de outra</p><p>forma é que as decisões se tomarão por maioria</p><p>simples (metade mais um) dos presentes.</p><p>O parágrafo único afasta a regra geral dos</p><p>prazos de decadência. Além disso, cumpre notar que o</p><p>legislador expressamente menciona que as decisões de</p><p>administração coletivas contrárias a lei ou ao estatuto</p><p>levadas de simulação ficam sujeitas ao prazo</p><p>decadencial de três anos.</p><p>Art. 49. Se a administração da pessoa jurídica</p><p>vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer</p><p>interessado, nomear-lhe-á administrador</p><p>provisório.</p><p>- Uma vez que a pessoa jurídica não pode ficar</p><p>sem representação, para as excepcionais hipóteses em</p><p>que os próprios membros da sociedade deixem de</p><p>indicar um administrador, o juiz deverá, a</p><p>requerimento de qualquer interessado, nomear um</p><p>administrador provisório, cujo procedimento será o da</p><p>jurisdição voluntária.</p><p>Art. 50. Em caso de abuso da personalidade</p><p>jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou</p><p>pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a</p><p>requerimento da parte, ou do Ministério Público</p><p>quando lhe couber intervir no processo, que os</p><p>efeitos de certas e determinadas relações de</p><p>obrigações sejam estendidos aos bens particulares</p><p>dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.</p><p>- Consiste na possibilidade de se ignorar a</p><p>personalidade jurídica autônoma da</p><p>entidade moral sempre que ela é utilizada</p><p>para fins fraudulentos ou diversos daqueles</p><p>para quais foi constituída, permitindo que o</p><p>credor de obrigação assumida pela pessoa</p><p>jurídica alcance o patrimônio particular de</p><p>seus sócios ou administradores para a</p><p>satisfação de seu crédito.</p><p>- É uma exceção à regra geral da autonomia</p><p>da personalidade das pessoas jurídicas,</p><p>razão pela qual deve ser interpretada</p><p>sempre restritivamente e aplicada nos</p><p>exatos limites de sua necessidade, como por</p><p>exemplo, prática de ato irregular e,</p><p>limitadamente, aos administradores ou</p><p>sócios ou nas relações civis.</p><p>- Caracterizado pelo simples abandono de</p><p>suas atividades sem o arquivamento do ato</p><p>de encerramento no respectivo registro, por</p><p>si só, não permite a desconsideração da</p><p>personalidade jurídica com a consequente</p><p>extensão da responsabilidade patrimonial</p><p>aos membros da pessoa jurídica.</p><p>- A situação mais ordinária e comum ocorre</p><p>quando seus sócios ou administradores se</p><p>utilizam da pessoa jurídica para satisfação</p><p>de seus interesses pessoais, desviando dos</p><p>interesses da própria pessoa jurídica.</p><p>Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa</p><p>jurídica ou cassada a autorização para seu</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 13</p><p>funcionamento, ela subsistirá para os fins de</p><p>liquidação, até que esta se conclua.</p><p>§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa</p><p>jurídica estiver inscrita, a averbação de sua</p><p>dissolução.</p><p>§ 2o As disposições para a liquidação das</p><p>sociedades aplicam-se, no que couber, às demais</p><p>pessoas jurídicas de direito privado.</p><p>§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o</p><p>cancelamento da inscrição da pessoa jurídica.</p><p>- Estabelece a necessidade da prévia liquidação</p><p>da sociedade antes da extinção de sua personalidade</p><p>jurídica. Durante a fase de liquidação, a sociedade</p><p>mantém sua personalidade jurídica devendo realizar</p><p>todo seu ativo e pagar todos os débitos. É apenas após</p><p>a destinação de todo o patrimônio da sociedade e do</p><p>pagamento de todas as dívidas que se elimina da</p><p>personalidade da pessoa jurídica, cancelando sua</p><p>inscrição do registro.</p><p>Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que</p><p>couber, a proteção dos direitos da personalidade.</p><p>- Alguns aspectos dos direitos da personalidade</p><p>podem ser aplicados as pessoas jurídicas. É o que</p><p>ocorre, por exemplo, com o bom nome e a boa fama</p><p>da pessoa jurídica, cuja a proteção não se nega.</p><p>CAPÍTULO II</p><p>DAS ASSOCIAÇÕES</p><p>Art. 53. Constituem-se as associações pela</p><p>união de pessoas que se organizem para fins não</p><p>econômicos.</p><p>Parágrafo único. Não há, entre os associados,</p><p>direitos e obrigações recíprocos.</p><p>- Associação é um agrupamento organizado de</p><p>pessoas físicas ou jurídicas com objetivos não</p><p>empresários. Portanto, não pode visar a produção ou a</p><p>circulação de bens ou de serviços para posterior</p><p>distribuição dos lucros aos seus sócios.</p><p>Art. 54. Sob pena de nulidade, o estatuto das</p><p>associações conterá:</p><p>I - a denominação, os fins e a sede da</p><p>associação;</p><p>II - os requisitos para a admissão, demissão e</p><p>exclusão dos associados;</p><p>III - os direitos e deveres dos associados;</p><p>IV - as fontes de recursos para sua</p><p>manutenção;</p><p>V – o modo de constituição e de</p><p>funcionamento dos órgãos deliberativos;</p><p>VI - as condições para a alteração das</p><p>disposições estatutárias e para a dissolução.</p><p>VII – a forma de gestão administrativa e de</p><p>aprovação das respectivas contas.</p><p>- Estatuto é um conjunto de normas abstratas e</p><p>genéricas, destinado primordialmente a dispor sobre a</p><p>organização da entidade coletiva sem fins lucrativos e</p><p>a disciplina de seu funcionamento, tendo em vista</p><p>alcançar os fins procurados pelo grupo. Assume a</p><p>natureza jurídica de um acordo normativo.</p><p>Art. 55. Os associados devem ter iguais</p><p>direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias</p><p>com vantagens especiais.</p><p>- Impõem a todos os associados direitos iguais,</p><p>porém, traz exceção a essa regra facultando a</p><p>instituição de categorias de associados com vantagens</p><p>especiais, que devem ser previstas no estatuto da</p><p>associação e também devem ser conferidas a toda</p><p>uma categoria de associados (fundadores,</p><p>beneméritos, honorários etc), e não a associados</p><p>individualmente considerados, sob pena de desvirtuar</p><p>a exceção que se permitiu instituir.</p><p>Art. 56. A qualidade de associado é</p><p>intransmissível, se o estatuto não dispuser o</p><p>contrário.</p><p>Parágrafo único. Se o associado for titular de</p><p>quota ou fração ideal do patrimônio da associação,</p><p>a transferência daquela não importará, de per si, na</p><p>atribuição da qualidade de associado ao adquirente</p><p>ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do</p><p>estatuto.</p><p>- É devido ao caráter pessoal existente entre os</p><p>associados, que a regra da intransmissibilidade da</p><p>condição ao associado existe. Mas, como todo direito</p><p>disponível, essa regra pode ser afastada pela vontade</p><p>dos interessados, a qual deve ser manifestada no</p><p>estatuto.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 14</p><p>- A transmissão de quota ou fração ideal do</p><p>patrimônio da associação não confere ao adquirente</p><p>ou ao herdeiro a condição de associado. Não é a</p><p>detenção de quota ou a fração ideal ao patrimônio</p><p>que outorga a condição de associado.</p><p>Art. 57. A exclusão do associado só é</p><p>admissível havendo justa causa, assim reconhecida</p><p>em procedimento que assegure direito de defesa e</p><p>de recurso, nos termos previstos no estatuto.</p><p>- Pode ocorrer aplicação de penalidades e até</p><p>mesmo exclusão de associados que desrespeitem as</p><p>normas da associação ou que pratique atos contrários</p><p>à sua finalidade ou aos seus princípios. Portanto, a</p><p>aplicação dessas penalidades apenas é admitida</p><p>mediante prévio procedimento que assegure o</p><p>associado direito de defesa e de recurso.</p><p>Art. 58. Nenhum associado poderá ser</p><p>impedido de exercer direito ou função que lhe</p><p>tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos</p><p>casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.</p><p>- nem o estatuto, nem a assembleia ou qualquer</p><p>outro órgão da associação pode criar exceção ofensiva</p><p>ao direito de igualdade entre os associados, o que</p><p>pressupõem o direito igual de exercer funções que</p><p>tenham sido designadas, como o direito a presidência,</p><p>ao voto reforçado, as atribuições especificas etc.</p><p>Art. 59. Compete privativamente à</p><p>assembleia geral:</p><p>I – Destituir os administradores:</p><p>II – Alterar o estatuto.</p><p>Parágrafo único. Para as deliberações a que</p><p>se referem os incisos I e II deste artigo é exigido</p><p>deliberação da assembleia especialmente</p><p>convocada para esse fim, cujo quórum será o</p><p>estabelecido no estatuto, bem como os critérios de</p><p>eleição dos administradores.</p><p>Esta é uma norma cogente:</p><p>• É aquela que se torna obrigatória, de</p><p>maneira coercitiva, mesmo que venha a</p><p>constranger a vontade do indivíduo a</p><p>que se aplica, bastando haver a relação</p><p>de casualidade para que a norma incida</p><p>sobre ele.</p><p>Assembleia geral: quando é reunido todos os</p><p>associados de uma associação.</p><p>Compete à uma assembleia geral:</p><p>• destituir os administradores</p><p>• alterar o estatuto</p><p>Estes associados têm o poder de votar tanto</p><p>quanto a destituições dos administradores como na</p><p>alteração do estatuto.</p><p>Para destituir os administradores e alterar o</p><p>estatuto será necessária convocar uma assembleia</p><p>geral especificamente para esse fim, ou seja, essa</p><p>associação deverá mandar uma convocação para os</p><p>associados e nesta convocação deverá constar a</p><p>finalidade desta assembleia geral.</p><p>O quórum será definido pelo próprio Estatuto</p><p>da Associação assim como o estatuto já devera prever</p><p>quais serão os critérios de eleições dos</p><p>administradores.</p><p>Art. 60. A convocação dos órgãos</p><p>deliberativos far-se-á na forma do estatuto,</p><p>garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o</p><p>direito de promovê-la.</p><p>O próprio estatuto já deverá determinar qual a</p><p>forma de convocação dos órgãos deliberativos, como</p><p>por exemplo: se será trimestral, ou anual.</p><p>Direitos das minorias das associações</p><p>privadas:</p><p>No entanto, se uma minoria quiser convocar os</p><p>órgãos deliberativos fora deste prazo, ela terá o direito</p><p>de fazer isso, mediante à 1/5 dos associados.</p><p>Art. 61. Dissolvida a associação, o</p><p>remanescente do seu patrimônio líquido, depois de</p><p>deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais</p><p>referidas no parágrafo único do art. 56, será</p><p>destinado à entidade de fins não econômicos</p><p>designada no estatuto, ou, omisso este, por</p><p>deliberação dos associados, à instituição municipal,</p><p>estadual ou federal, de fins idênticos ou</p><p>semelhantes.</p><p>§ 1o Por cláusula do estatuto ou, no seu</p><p>silêncio, por deliberação dos associados, podem</p><p>estes, antes da destinação do remanescente</p><p>referida neste artigo, receber em restituição,</p><p>atualizado o respectivo valor, as contribuições que</p><p>tiverem prestado ao patrimônio da associação.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art56</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 15</p><p>§ 2o Não existindo no Município, no Estado,</p><p>no Distrito Federal ou no Território, em que a</p><p>associação tiver sede, instituição nas condições</p><p>indicadas neste artigo, o que remanescer do seu</p><p>patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do</p><p>Distrito Federal ou da União.</p><p>Como toda pessoa jurídica, a Associação</p><p>também poderá ser extinta. No entanto, seu</p><p>patrimônio não poder ser dividido entre os associados.</p><p>A finalidade da associação é a coisa mais</p><p>importante.</p><p>Uma associação não tem fins lucrativos, por isso,</p><p>a mesma recebe muitos incentivos e doações de</p><p>empresas privadas e até mesmo dos municípios,</p><p>aumentando seu patrimônio em razão dessas doações.</p><p>Quem contribui para a Associação, contribui para</p><p>sua finalidade.</p><p>Caso a dissolução da Associação, com relação</p><p>ao patrimônio:</p><p>1. Restituição das cotas ou frações dos</p><p>Associados.</p><p>2. O remanescente da Associação deve ser</p><p>destinado a outra Associação prevista</p><p>no Estatuto.</p><p>3. Se omisso o Estatuto, a Assembleia geral</p><p>decidirá para qual Associação será</p><p>destinado o remanescente do</p><p>Patrimônio.</p><p>Se não houver associação de finalidade idêntica</p><p>ou semelhante, o remanescente do patrimônio será</p><p>devolvido à fazenda do Estado, DF ou União.</p><p>CAPÍTULO III</p><p>DAS FUNDAÇÕES</p><p>Art. 62. Para criar uma fundação, o seu</p><p>instituidor fará, por escritura pública ou</p><p>testamento, dotação especial de bens livres,</p><p>especificando o fim a que se destina, e declarando,</p><p>se quiser, a maneira de administrá-la.</p><p>Parágrafo único. A fundação somente poderá</p><p>constituir-se para fins de:</p><p>I – Assistência social;</p><p>II – cultura, defesa e conservação do</p><p>patrimônio histórico e artístico;</p><p>III – educação;</p><p>IV – saúde;</p><p>V – segurança alimentar e nutricional;</p><p>VI – defesa, preservação e conservação do</p><p>meio ambiente e promoção do desenvolvimento</p><p>sustentável;</p><p>VII – pesquisa científica, desenvolvimento de</p><p>tecnologias alternativas, modernização de sistemas</p><p>de gestão, produção e divulgação de informações e</p><p>conhecimentos técnicos e científicos;</p><p>VIII – promoção da ética, da cidadania, da</p><p>democracia e dos direitos humanos</p><p>IX – atividades religiosas;</p><p>• Associação privada é a dotação de</p><p>bens livres, destinadas a uma finalidade.</p><p>• Fundação privada é a reunião de</p><p>pessoas que se organizam para uma</p><p>finalidade não lucrativa;</p><p>• Fundação Privada é a dotação de bens</p><p>livres, por meio de uma pessoa jurídica,</p><p>para atingir uma finalidade;</p><p>A FUNDAÇÃO POR SER CRIADA:</p><p>• Em vida pelo seu instituidor por</p><p>escritura pública</p><p>• Após a morte por testamento.</p><p>A dotação de bens livres significa que ao dotar</p><p>os bens, e em razão destes bens é que vai ser</p><p>criada essa pessoa jurídica denominada de</p><p>fundação, no testamento ocorre da mesma</p><p>forma. Quem define os fins que se destina a</p><p>fundação será o instituidor, ou seja, no</p><p>momento em que ele fizer a dotação dos bens</p><p>(seja por escritura pública ou testamento) e</p><p>criar</p><p>a pessoa jurídica, a associação, o mesmo já ira</p><p>definir qual a finalidade que ele quer para</p><p>aquela fundação.</p><p>❖ Dotação de bens livres- bens livres de</p><p>quaisquer ônus. Não podem ser bens</p><p>alugados, emprestados, penhorados,</p><p>hipotecados...</p><p>❖ Além de livres, os bens precisam ser</p><p>suficientes para a formação de uma</p><p>associação</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 16</p><p>Art. 63. Quando insuficientes para constituir</p><p>a fundação, os bens a ela destinados serão, se de</p><p>outro modo não dispuser o instituidor,</p><p>incorporados em outra fundação que se proponha</p><p>a fim igual ou semelhante.</p><p>Suficiência dos bens para a formação da</p><p>associação. - Quem faz a analise se os bens são, ou</p><p>não, suficientes para a criar uma fundação é o</p><p>Ministério Público. Caso o ministério público verificar</p><p>que os bens são insuficientes para criar uma fundação</p><p>e o instituidor não tiver previsto esta possibilidade, os</p><p>bens serão destinados a outra fundação que se</p><p>proponha a fim igual ou semelhante.</p><p>Art. 64. Constituída a fundação por negócio</p><p>jurídico entre vivos, o instituidor é obrigado a</p><p>transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real,</p><p>sobre os bens dotados, e, se não o fizer, serão</p><p>registrados, em nome dela, por mandado judicial.</p><p>A dotação de bens livres e irreversível, ou</p><p>seja, logo após que o instituidor fez a dotação dos</p><p>bens ele não tem o poder de voltar atrás. Até o</p><p>momento da criação da pessoa jurídica os bens ainda</p><p>estão no nome do instituidor. Os bens podem ser</p><p>transferidos para a fundação por Mandado Judicial.</p><p>Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer</p><p>a aplicação do patrimônio, em tendo ciência do</p><p>encargo, formularão logo, de acordo com as suas</p><p>bases (art. 62), o estatuto da fundação projetada,</p><p>submetendo-o, em seguida, à aprovação da</p><p>autoridade competente, com recurso ao juiz.</p><p>Parágrafo único. Se o estatuto não for</p><p>elaborado no prazo assinado pelo instituidor, ou,</p><p>não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a</p><p>incumbência caberá ao Ministério Público.</p><p>O estatuto é ato constitutivo tanto de fundação</p><p>quanto de associação. Encargo é a atribuição a um</p><p>terceiro de elaborar o estatuto. “Aprovação da</p><p>autoridade competente” se refere ao Ministério</p><p>Público, que fiscalizará as fundações desde sua criação.</p><p>Três entes poderão fazer o estatuto:</p><p>1. O instituidor;</p><p>2. O fiduciário;</p><p>3. O Ministério Público.</p><p>Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério</p><p>Público do Estado onde situadas.</p><p>§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou</p><p>em Território, caberá o encargo ao Ministério</p><p>Público do Distrito Federal e Territórios.</p><p>§ 2o Se estenderem a atividade por mais de</p><p>um Estado, caberá o encargo, em cada um deles, ao</p><p>respectivo Ministério Público.</p><p>O ministério público é responsável por fiscaliza</p><p>as atividades das Fundações;</p><p>Se a fundação privada funcionar no DF ou em</p><p>um Território, será responsável o MP do Distrito</p><p>Federal e Territórios;</p><p>Se a fundação privada funcionar em vários</p><p>Estados, será responsável o MP de cada Estado.</p><p>Atribuições do ministério público:</p><p>1- Aprovar a Escritura Pública de instituição da</p><p>Fundação;</p><p>2- Aprovar se os bens destinados são</p><p>suficientes para instituir a Fundação;</p><p>3- Elaborar ou aprovar o Estatuto;</p><p>4- Aprovar as alterações do Estatuto;</p><p>5- Aprovar as contas;</p><p>6- Fiscalizar o funcionamento por meio da</p><p>analise de documentos e visitas periódicas;</p><p>Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto</p><p>da fundação é mister que a reforma:</p><p>I - seja deliberada por dois terços dos</p><p>competentes para gerir e representar a fundação;</p><p>II - não contrarie ou desvirtue o fim desta;</p><p>III – seja aprovada pelo órgão do Ministério</p><p>Público no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco)</p><p>dias, findo o qual ou no caso de o Ministério</p><p>Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a</p><p>requerimento do interessado.</p><p>ALTERAÇÃO DO ESTATUTO:</p><p>1. Precisa ser aprovada por 2/3 dos</p><p>membros da administração;</p><p>2. Não pode contrariar o fim especifico da</p><p>Fundação;</p><p>3. Deve ser aprovada pelo MP;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm#art62</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 17</p><p>A alteração do Estatuto da Fundação deverá ser</p><p>submetida ao MP que poderá:</p><p>1. Aprovar;</p><p>2. Denegar a aprovação;</p><p>3. Propor modificações;</p><p>O interessado poderá recorrer ao juiz em dois</p><p>casos:</p><p>1- Caso o MP, no prazo de 45 dias, não se</p><p>manifestar quanto às alterações</p><p>2- Ou quando o MP denegue a aprovação das</p><p>alterações do Estatuto;</p><p>Art. 68. Quando a alteração não houver sido</p><p>aprovada por votação unânime, os administradores</p><p>da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão</p><p>do Ministério Público, requererão que se dê ciência</p><p>à minoria vencida para impugná-la, se quiser, em</p><p>dez dias.</p><p>DIREITO DA MINORIA VENCIDA.</p><p>UNANIMIDADE - os 90 gestores da Fundação</p><p>votarem a favor das alterações do Estatuto;</p><p>MINORIA VENCIADA - dos 90 gestores da</p><p>Fundação, somente 75 foram favoráveis à alteração,</p><p>então houve uma minoria vencida de 15 gestores.</p><p>Quando houver uma minoria vencida, os</p><p>administradores, ao submeterem as alterações do</p><p>Estatuto ao MP, requererão que se dê a ciência à</p><p>minoria vencida para impugná-las, se quiserem, no</p><p>prazo de 10 dias.</p><p>Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou</p><p>inútil a finalidade a que visa a fundação, ou vencido</p><p>o prazo de sua existência, o órgão do Ministério</p><p>Público, ou qualquer interessado, lhe promoverá a</p><p>extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo</p><p>disposição em contrário no ato constitutivo, ou no</p><p>estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz,</p><p>que se proponha a fim igual ou semelhante.</p><p>A fundação poderá ser extinta por:</p><p>1- Ilícita a finalidade;</p><p>2- Impossível a finalidade;</p><p>3- Inútil a finalidade;</p><p>4- Vencimento do prazo de existência;</p><p>A extinção da Fundação poderá ser promovida:</p><p>1- Pelo MP;</p><p>2- Qualquer interessado;</p><p>O patrimônio da fundação não pertence ao seu</p><p>instituidor e nem aos seus gestores. O patrimônio</p><p>serve para alcançar a finalidade da Fundação. O</p><p>destino dos bens poderá constar ao Ato Constitutivo,</p><p>ou do Estatuto para outra fundação ou o Juiz</p><p>designará outra Fundação de finalidades iguais ou</p><p>semelhantes.</p><p>TÍTULO III</p><p>Do Domicílio</p><p>Art. 70. O domicílio da pessoa natural é o</p><p>lugar onde ela estabelece a sua residência com</p><p>ânimo definitivo.</p><p>Domicílio é o local onde a pessoa é encontrada,</p><p>onde ela vai responder suas obrigações, exercer seus</p><p>direitos e celebrar seus negócios jurídicos.</p><p>• Moradia - a pessoa não tem intenção</p><p>de ficar. Ex: hotel/ casa de um amigo;</p><p>• Residência - a pessoa possui o animo</p><p>definitivo de se estabelecer no local. Ex:</p><p>casa onde a pessoa mora.</p><p>Domicilio tem dois elementos:</p><p>1- Objetivo - o lugar, o local;</p><p>2- Subjetivo - a intenção de permanecer com</p><p>ânimo definitivo;</p><p>Art. 71. Se, porém, a pessoa natural tiver</p><p>diversas residências, onde, alternadamente, viva,</p><p>considerar-se-á domicílio seu qualquer delas.</p><p>Caso a pessoa tenha dois domicílios e viva</p><p>alternadamente em cada uma delas, pode ser</p><p>considerada domicilio qualquer uma das duas.</p><p>Art. 72. É também domicílio da pessoa</p><p>natural, quanto às relações concernentes à</p><p>profissão, o lugar onde esta é exercida.</p><p>Parágrafo único. Se a pessoa exercitar</p><p>profissão em lugares diversos, cada um deles</p><p>constituirá domicílio para as relações que lhe</p><p>corresponderem.</p><p>É também domicilio da pessoa natural, quanta</p><p>às relações coerentes à profissão, o lugar onde esta é</p><p>exercida.</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 18</p><p>Art. 73. Ter-se-á por domicílio da pessoa</p><p>natural, que não tenha residência habitual, o lugar</p><p>onde for encontrada.</p><p>Isso ocorre muito com andarilhos, integrantes</p><p>de circo, ciganos. O domicilio será o local onde for</p><p>encontrada.</p><p>Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a</p><p>residência, com a intenção manifesta de o mudar.</p><p>Parágrafo único. A prova da intenção</p><p>resultará do que declarar a pessoa às</p><p>municipalidades dos lugares, que deixa, e para</p><p>onde vai, ou, se tais declarações</p><p>não fizer, da</p><p>própria mudança, com as circunstâncias que a</p><p>acompanharem.</p><p>1) – O artigo fala sobre MUDANÇA de domicílio</p><p>porque teoricamente, é errado falar sobre perda ou</p><p>aquisição deste, já que quando você vai de um lugar</p><p>para o outro, automaticamente está perdendo o</p><p>domicílio que foi deixado. A mudança de domicílio é</p><p>quando uma pessoa se transfere permanentemente de</p><p>uma residência para outra.</p><p>(2) – A prova da intenção de que a mudança</p><p>de residência é permanente pode ser feita de duas</p><p>maneiras:</p><p>a) declaração expressa que a pessoa faça às</p><p>municipalidades – a pessoa faz a declaração ao</p><p>município de onde está saindo e para o que está indo</p><p>(pouco usada)</p><p>b) quando os motivos da mudança de residência</p><p>permitam que se entenda que ela será permanente.</p><p>Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o</p><p>domicílio é:</p><p>I - da União, o Distrito Federal;</p><p>II - dos Estados e Territórios, as respectivas</p><p>capitais;</p><p>III - do Município, o lugar onde funcione a</p><p>administração municipal;</p><p>IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar</p><p>onde funcionarem as respectivas diretorias e</p><p>administrações, ou onde elegerem domicílio</p><p>especial no seu estatuto ou atos constitutivos.</p><p>§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos</p><p>estabelecimentos em lugares diferentes, cada um</p><p>deles será considerado domicílio para os atos nele</p><p>praticados.</p><p>§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a</p><p>sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da</p><p>pessoa jurídica, no tocante às obrigações</p><p>contraídas por cada uma das suas agências, o lugar</p><p>do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela</p><p>corresponder.</p><p>(1) - A pessoa jurídica, não possui residência que nem</p><p>a pessoa física, por isso que é considerado domicílio</p><p>da pessoa jurídica o local em que localiza-se sua sede</p><p>ou administração direção.</p><p>(2) O Distrito Federal é o domicílio da União.</p><p>(3) As capitais são o domicílios de seus Estados e</p><p>Territórios</p><p>(4) O lugar em que fica a administração municipal é o</p><p>domicílio do Município.</p><p>(5) As pessoas jurídicas de direito público de</p><p>administração direta possuem domicílio em sua sede</p><p>de seu governo (como as citadas acimas), já as demais</p><p>pessoas jurídicas, como associações e fundações tem</p><p>como domicílio o lugar em que estiver localizada suas</p><p>respectivas administração e direção.</p><p>(6) Quando uma mesma pessoa jurídica realizar</p><p>atividades em vários lugares diferentes, todos estes</p><p>serão considerados domicílio.</p><p>Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o</p><p>servidor público, o militar, o marítimo e o preso.</p><p>Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o</p><p>do seu representante ou assistente; o do servidor</p><p>público, o lugar em que exercer permanentemente</p><p>suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da</p><p>Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a</p><p>que se encontrar imediatamente subordinado; o do</p><p>marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do</p><p>preso, o lugar em que cumprir a sentença.</p><p>O incapaz, o servidor público, o militar, o</p><p>marítimo e o preso são pessoas por causa da</p><p>condição física ou situação oferecida pelo trabalho,</p><p>não conseguem estabelecer livremente um domicílio, é</p><p>por isso que a lei o estabelece para os indivíduos</p><p>citados. Para o incapaz, seu domicílio será o mesmo de</p><p>seu assistente/representante já que este é o único que</p><p>pode lhe ajudar nos atos, o domicílio do servidor</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 19</p><p>público será o local em que este exercer suas funções</p><p>permanentemente (o servidor público temporário ou</p><p>licenciado não possuem o domicílio desta forma), o</p><p>militar possui domicílio no local em que estiver</p><p>servindo, os que forem da Marinha ou Aeronáutica</p><p>possuirão domicílio na sede do comando que este</p><p>estiver subordinado e o presos, terá domicílio no local</p><p>que estiver cumprindo sentença.</p><p>Art. 77. O agente diplomático do Brasil, que,</p><p>citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade</p><p>sem designar onde tem, no país, o seu domicílio,</p><p>poderá ser demandado no Distrito Federal ou no</p><p>último ponto do território brasileiro onde o teve.</p><p>Caso um agente diplomático brasileiro declarar</p><p>extraterritorialidade sem especificar o local de</p><p>domicílio, será demandado para o Distrito Federal ou o</p><p>último lugar em que esteve.</p><p>Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os</p><p>contratantes especificar domicílio onde se</p><p>exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles</p><p>resultantes.</p><p>Ao celebrarem um contrato, as partes escolhem</p><p>livremente um domicílio onde o contrato será</p><p>cumprido.</p><p>LIVRO II</p><p>DOS BENS</p><p>TÍTULO ÚNICO</p><p>Das Diferentes Classes de Bens</p><p>CAPÍTULO I</p><p>Dos Bens Considerados em Si Mesmos</p><p>Seção I</p><p>Dos Bens Imóveis</p><p>Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo</p><p>quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.</p><p>São bens imóveis tudo que for incapaz de se</p><p>locomover por vontade própria, sendo uma árvore,</p><p>uma casa, um prédio, que estão sempre ligados com o</p><p>solo.</p><p>O que define um bem móvel e imóvel que a questão</p><p>da locomoção.</p><p>Art. 80. Consideram-se imóveis para os</p><p>efeitos legais:</p><p>I - os direitos reais sobre imóveis e as ações</p><p>que os asseguram;</p><p>II - o direito à sucessão aberta.</p><p>São bens imóveis que recebem direitos reais a</p><p>propriedade, a superfície, as servidões, o usufruto, o</p><p>uso, a habitação, o direito do proeminente comprador</p><p>do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a</p><p>concessão de uso especial para fins de moradia, a</p><p>concessão de direito real de uso e as ações que os</p><p>asseguram são as ações possessórias, reivindicatórias,</p><p>hipotecárias, etc.</p><p>Direito à sucessão aberta se refere aos bens da</p><p>pessoa falecida, podem ser bens móveis ou imóveis,</p><p>quando transferidos do de cujus para outra pessoa,</p><p>serão individualmente considerados.</p><p>Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:</p><p>I - as edificações que, separadas do solo, mas</p><p>conservando a sua unidade, forem removidas para</p><p>outro local;</p><p>II - os materiais provisoriamente separados</p><p>de um prédio, para nele se reempregarem.</p><p>Uma casa ou um prédio que forem retirados de um</p><p>local para serem implantados em outro, mudando</p><p>apenas o lugar onde estavam, continuam sendo bem</p><p>imóvel.</p><p>Os materiais utilizados na construção de uma casa ou</p><p>um prédio, como as telhas de uma casa, que forem</p><p>reempregados, também continuarão sem bens</p><p>imóveis.</p><p>Seção II</p><p>Dos Bens Móveis</p><p>Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de</p><p>movimento próprio, ou de remoção por força</p><p>alheia, sem alteração da substância ou da</p><p>destinação econômico-social.</p><p>São bens móveis os semoventes (animais,</p><p>humanos, que se movem por força própria) ou aqueles</p><p>de remoção por força alheia, como o carro, a moto que</p><p>se movimentam com a ajuda de algo.</p><p>Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos</p><p>legais:</p><p>I - as energias que tenham valor econômico;</p><p>MELYSSA SANTOS – 1R 20</p><p>II - os direitos reais sobre objetos móveis e as</p><p>ações correspondentes;</p><p>III - os direitos pessoais de caráter</p><p>patrimonial e respectivas ações.</p><p>Energias como a elétrica tem valor econômico e</p><p>pode ser considerada como móvel</p><p>É considerado móvel o direito que o indivíduo</p><p>tem sobre um carro, por exemplo, ou qualquer outro</p><p>objeto móvel.</p><p>O direito de crédito pode ser considerado móvel</p><p>por ser um direito de caráter patrimonial.</p><p>Art. 84. Os materiais destinados a alguma</p><p>construção, enquanto não forem empregados,</p><p>conservam sua qualidade de móveis; readquirem</p><p>essa qualidade os provenientes da demolição de</p><p>algum prédio.</p><p>Os materiais que ainda não foram utilizado na</p><p>construção de um prédio, como um tijolo e os que</p><p>sobraram depois de uma demolição de algum prédio,</p><p>como uma porta, são considerados bens móveis.</p><p>Seção III</p><p>Dos Bens Fungíveis e Consumíveis</p><p>Art. 85. São fungíveis os móveis que podem</p><p>substituir-se por outros da mesma espécie,</p><p>qualidade e quantidade.</p><p>Um objeto que tiver vários outros iguais, como</p><p>uma blusa branca da hering por exemplo, é</p><p>considerado fungível. Já um quadro da Monalisa, que</p><p>só existe um no mundo, é um bem infungível.</p><p>Art.</p>