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<p>Diandra Moreira</p><p>Psicóloga</p><p>CRP 03/8220</p><p>▪Para Papalia, a adolescência aproximadamente como o</p><p>período que compreende as idades entre 11 e 19/20 anos;</p><p>▪A adolescência oferece oportunidades para o crescimento</p><p>não só em termos de dimensões físicas, mas também em</p><p>competência cognitiva e social, autonomia, autoestima e</p><p>intimidade;</p><p>▪ PUBERDADE: A puberdade resulta da produção de vários</p><p>hormônios;</p><p>▪ Um aumento no hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) no</p><p>hipotálamo leva a uma elevação em dois hormônios reprodutivos</p><p>fundamentais:</p><p>1. Hormônio luteinizante (LH);</p><p>2. Hormônio estimulador dos folículos (FSH);</p><p>▪ MENINAS: os níveis aumentados de FSH levam ao início da</p><p>menstruação;</p><p>▪ MENINOS: o LH inicia a secreção de testosterona e androstenediona</p><p>▪A puberdade é marcada por dois estágios:</p><p>1. A ativação das glândulas adrenais;</p><p>2. Amadurecimento dos órgãos sexuais alguns anos mais</p><p>tarde.</p><p>▪ 1º ESTÁGIO: ocorre entre as idades de 6 e 8 anos;</p><p>▪ Durante este estágio:</p><p>1. As glândulas adrenais localizadas acima dos rins secretam</p><p>gradualmente níveis cada vez maiores de androgênios –</p><p>principalmente dehidroepiandrosterona (DHEA);</p><p>2. Aos 10 anos de idade, os níveis de DHEA são 10 vezes mais altos do</p><p>que eram entre as idades de 1 e 4 anos – DHEA influencia o</p><p>crescimento de pelos púbicos, axilares e faciais; crescimento mais</p><p>rápido do corpo, aumento da oleosidade na pele e o</p><p>desenvolvimento de odores corporais;</p><p>▪ 2º ESTÁGIO:</p><p>1. O amadurecimento dos órgãos sexuais ativa um segundo surto de</p><p>produção de DHEA, que então se eleva aos níveis adultos;</p><p>2. MENINAS: os ovários da menina aumentam sua produção de estrogênio,</p><p>que estimula o crescimento dos órgãos genitais femininos e o</p><p>desenvolvimento dos seios e dos pelos púbicos e axilares;</p><p>3. MENINOS: os testículos aumentam a produção de androgênios,</p><p>principalmente a testosterona, que estimula o crescimento dos órgãos</p><p>genitais masculinos, da massa muscular e dos pelos do corpo;</p><p>4. MENINOS E MENINAS: Possuem os dois tipos de hormônio, mas as</p><p>meninas têm níveis maiores de estrogênio e os meninos de androgênios;</p><p>▪ O momento exato em que começa esse fluxo de atividade hormonal parece</p><p>depender de alcançar uma quantidade crítica de gordura corporal</p><p>necessária para o sucesso da reprodução;</p><p>▪ Meninas com uma porcentagem de gordura corporal mais alta na segunda</p><p>infância e aquelas que experimentam um ganho de peso incomum entre as</p><p>idades de 5 e 9 anos tendem a apresentar um desenvolvimento puberal</p><p>mais precoce;</p><p>▪ Acúmulo de LEPTINA (um hormônio associado à obesidade), pode ser a</p><p>ligação entre gordura corporal e puberdade mais precoce;</p><p>▪ Níveis aumentados de leptina podem enviar sinais à PITUITÁRIA (Hipófise)</p><p>e às glândulas sexuais para que aumentem sua secreção de hormônios –</p><p>Ocorrência em meninas, estudos não atrelam a puberdade precoce em</p><p>meninos a presença de níveis aumentados de leptina;</p><p>▪ Algumas pesquisas atribuem intensa emotividade e instabilidade de</p><p>humor no começo da adolescência a esses desenvolvimentos</p><p>hormonais;</p><p>▪ Outras influências, como sexo, idade, temperamento, e a época da</p><p>puberdade, podem moderar ou mesmo se sobrepor às influências</p><p>hormonais</p><p>▪ Emoções negativas como angústia e hostilidade, bem como sintomas</p><p>de depressão em meninas, tendem a aumentar à medida que a</p><p>puberdade avança.</p><p>▪ As mudanças que anunciam a puberdade começam agora:</p><p>1. MENINAS: por volta dos 8 anos;</p><p>2. MENINOS: por volta dos 9 anos;</p><p>▪ O processo puberal leva normalmente de 3 a 4 anos para ambos os</p><p>sexos;</p><p>▪ Existe uma variação entre etnias - Meninas afro-americanas e</p><p>mexicano-americanas geralmente entram na puberdade mais cedo</p><p>que meninas brancas;</p><p>▪ Caracteres sexuais primários e secundários:</p><p>▪ Primários:</p><p>▪ Mulheres: são os órgãos necessários para a reprodução, os órgãos</p><p>sexuais incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero, o clitóris e</p><p>vagina;</p><p>▪ Homens, eles incluem os testículos, o pênis, o saco escrotal, as</p><p>vesículas seminais e a próstata;</p><p>▪ Durante a puberdade, esses órgãos aumentam de tamanho e</p><p>amadurecem.</p><p>▪ Secundários:</p><p>▪ São sinais fisiológicos do amadurecimento sexual que não envolvem</p><p>diretamente os órgãos sexuais;</p><p>Ex: Os seios das meninas e os ombros largos dos meninos;</p><p>▪ Outros caracteres sexuais secundários são as alterações na voz e na</p><p>textura da pele, o desenvolvimento muscular e o crescimento de</p><p>pelos púbicos, faciais, axilares e corporais;</p><p>▪ O estirão de crescimento adolescente:</p><p>▪ Um aumento rápido na altura, peso, musculatura e ossatura que</p><p>ocorre durante a puberdade;</p><p>▪ MENINAS: entre os 9 anos e meio e os 14 anos e meio (geralmente</p><p>por volta dos 10);</p><p>▪ MENINOS: entre os 10 anos e meio e os 16 anos e meio (geralmente</p><p>aos 12 ou 13);</p><p>▪ O crescimento/estirão dura normalmente em torno de dois anos; pouco</p><p>depois de seu término, o jovem atinge a maturidade sexual;</p><p>▪ Tanto o hormônio de crescimento como os hormônios sexuais (androgênios</p><p>e estrogênio) contribuem para este padrão de crescimento normal;</p><p>▪ As meninas normalmente atingem sua altura total aos 15 anos e os meninos</p><p>aos 17 anos;</p><p>▪ A taxa de crescimento muscular atinge um pico aos 12 anos e meio nas</p><p>meninas e aos 14 anos e meio nos meninos;</p><p>▪ Meninos e meninas crescem de maneira diferente, não apenas nos</p><p>ritmos de crescimento, mas também na forma e no feitio;</p><p>▪ A gordura acumula-se duas vezes mais rápido nas meninas que nos</p><p>meninos;</p><p>▪ Visto que cada uma dessas mudanças segue seu próprio ritmo, por</p><p>algum tempo partes do corpo podem ficar desproporcionais;</p><p>▪ Essas alterações físicas notáveis têm consequências psicológicas;</p><p>▪ Sinais de maturidade sexual: produção de esperma e menstruação:</p><p>▪ O amadurecimento dos órgãos reprodutores traz o início da menstruação nas</p><p>meninas e a produção de esperma nos meninos;</p><p>▪ O principal sinal de maturidade sexual nos meninos é a produção de esperma. A</p><p>primeira ejaculação, ou espermarca, ocorre em média aos 13 anos – polução</p><p>noturna;</p><p>▪ O principal sinal de maturidade sexual na menina é a menstruação, uma</p><p>eliminação mensal do revestimento uterino;</p><p>▪ A primeira menstruação, denominada menarca, ocorre relativamente tarde na</p><p>sequência do desenvolvimento feminino; seu tempo normal de ocorrência pode</p><p>variar dos 10 aos 16 anos e meio;</p><p>▪ A média de idade da menarca em meninas caiu de mais de 14 anos antes de 1900</p><p>para 12 anos e meio na década de 1990.</p><p>▪ Com base em fontes históricas, os cientistas do desenvolvimento encontraram uma</p><p>tendência secular;</p><p>▪ A idade média da maturidade sexual é mais precoce em países desenvolvidos do</p><p>que em países em desenvolvimento – devido ao papel da gordura corporal na</p><p>iniciação da puberdade, um fator de contribuição nos Estados Unidos durante a</p><p>última parte do século XX pode ter sido o aumento na obesidade entre as meninas;</p><p>▪ Uma combinação de influências genéticas, físicas, emocionais e contextuais,</p><p>incluindo nível socioeconômico, toxinas ambientais, dieta, exercício, gordura e</p><p>peso corporal pré-puberais, e doença ou estresse crônico, podem afetar as</p><p>diferenças individuais na época da menarca</p><p>▪ Outros fatores podem influenciar na precocidade da menarca: tabagismo</p><p>materno durante a gravidez; a menina ser a primogênita; conflito familiar;</p><p>relacionamentos frio ou distante com os pais; aquelas que foram criadas</p><p>por mães solteiras; rupturas familiares e separação física do pai e técnicas</p><p>de parentalidade maternas severas;</p><p>▪ Os efeitos de maturação precoce ou tardia na maior parte das vezes são</p><p>negativos quando os adolescentes são: muito mais ou muito menos</p><p>desenvolvidos que seus pares; quando não veem as mudanças como</p><p>vantajosas; e quando vários eventos estressantes, tais como a chegada da</p><p>puberdade e a transição para o ensino secundário, ocorrem quase ao</p><p>mesmo tempo;</p><p>▪ Estudos de imageamento revelam que o cérebro do adolescente</p><p>ainda é uma obra em andamento;</p><p>▪ Mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais envolvidas nas</p><p>emoções, no julgamento, organização do comportamento e</p><p>autocontrole ocorrem entre a puberdade e o início da vida adulta;</p><p>▪ A propensão para comportamento de risco</p><p>parece resultar da interação de</p><p>duas redes cerebrais:</p><p>1. Rede socioemocional que é sensível a estímulos sociais e emocionais, tal</p><p>como a influência dos pares;</p><p>2. Rede de controle cognitivo que regula as respostas a estímulos;</p><p>▪ A rede socioemocional torna-se mais ativa na puberdade, enquanto a rede</p><p>de controle cognitivo amadurece mais gradualmente até o início da idade</p><p>adulta;</p><p>▪ O que explica a tendência dos adolescentes a explosões emocionais e a</p><p>comportamento de risco e por que o comportamento de risco</p><p>frequentemente ocorre em grupos</p><p>▪ Estudo apontam que adolescentes processam as situações de formas diferentes e</p><p>em áreas diferentes de acordo com a idade;</p><p>▪ Adolescentes de 11 a 13 anos: tendem a usar a amígdala, uma pequena estrutura</p><p>em forma de amêndoa localizada no lobo temporal e que está fortemente</p><p>envolvida nas reações emocionais e instintivas.</p><p>▪ Adolescentes de 14 a 17 anos: apresentavam padrões mais adultos, usando os</p><p>lobos frontais, responsáveis por planejamento, raciocínio, julgamento, modulação</p><p>emocional e controle dos impulsos e que portanto permitem julgamentos mais</p><p>precisos e razoáveis.</p><p>▪ Os sistemas corticais frontais ainda não desenvolvidos associados à motivação,</p><p>impulsividade e adicção podem explicar por que os adolescentes buscam</p><p>excitações e novidades e por que muitos deles têm dificuldade para se concentrar</p><p>em metas de longo prazo;</p><p>▪ Ocorrem também mudanças na estrutura e na composição do córtex frontal;</p><p>1. Primeiro, na adolescência, o aumento na substância branca típica do cérebro</p><p>infantil continua nos lobos frontais;</p><p>2. Segundo, a desativação de conexões dendríticas não utilizadas durante a</p><p>infância resulta em uma redução na densidade da substância cinzenta (células</p><p>nervosas), aumentando a eficiência do cérebro – Poda neural;</p><p>▪ Este processo começa nas porções posteriores do cérebro e move-se para a frente.</p><p>Na maior parte das vezes, entretanto, ele ainda não alcançou os lobos frontais na</p><p>época da adolescência.</p><p>▪ Após o estirão de crescimento, a densidade de substância cinzenta diminui muito,</p><p>particularmente no córtex pré-frontal, à medida que sinapses (conexões entre os</p><p>neurônios) não utilizadas são desativadas e aquelas que permanecem são</p><p>fortalecidas;</p><p>▪ Da metade ao final da adolescência os jovens têm menos conexões neuronais, mas</p><p>mais fortes, mais regulares e mais eficazes, tornando o processamento cognitivo</p><p>mais eficiente;</p><p>▪ A estimulação cognitiva na adolescência faz uma diferença crítica no</p><p>desenvolvimento do cérebro.</p><p>▪ O processo é bidirecional: as atividades e as experiências dos adolescentes</p><p>determinam quais conexões neuronais serão mantidas e fortalecidas, e este</p><p>desenvolvimento serve de base para o crescimento cognitivo naquelas áreas;</p><p>▪ Adolescentes que “exercitam” seus cérebros aprendendo a ordenar seus</p><p>pensamentos, a entender conceitos abstratos e a controlar seus impulsos estão</p><p>estabelecendo as bases neurais que utilizarão pelo resto de suas vidas;</p><p>▪ Nove em cada 10 adolescentes de 11 a 15 anos em países</p><p>industrializados ocidentais se consideram saudáveis, segundo um</p><p>levantamento conduzido pela Organização Mundial de Saúde;</p><p>▪ Meninas: dores de cabeça, dores de estômago, dores nas costas,</p><p>nervosismo e cansaço, solidão ou desânimo – EUA (estilo de vida</p><p>estressante);</p><p>▪ Muitos problemas de saúde podem ser evitados e têm como causa o</p><p>estilo de vida ou a pobreza;</p><p>▪ ATIVIDADE FÍSICA:</p><p>▪ O exercício – ou a falta dele – afeta tanto a saúde física quanto a mental;</p><p>▪ Os benefícios do exercício regular (Pelo menos 30 min com regularidade):</p><p>maior força e resistência; ossos e músculos mais saudáveis; controle do peso;</p><p>ansiedade e estresse reduzidos, bem como um aumento na autoestima, nas notas</p><p>escolares e no bem-estar geral;</p><p>▪ Os malefícios do sedentarismo: maior risco de obesidade e de diabetes tipo II;</p><p>maior probabilidade de doença cardíaca e câncer na idade adulta;</p><p>▪ Os adolescentes apresentam uma queda acentuada na atividade física quando</p><p>entram na puberdade, passando de uma média de 3 horas por dia de atividade</p><p>física aos 9 anos para uma média de apenas 49 minutos de atividade física por dia</p><p>aos 15 anos</p><p>▪ NECESSIDADES E DISTÚRBIOS DO SONO:</p><p>▪ A privação de sono entre adolescentes tem sido chamada de epidemia;</p><p>▪ Uma média de 40% de adolescentes (em sua maioria meninos) em um estudo de</p><p>28 países industrializados relataram sonolência matinal pelo menos uma vez por</p><p>semana, e 22% disseram que se sentem sonolentos quase todos os dias;</p><p>▪ O adolescente médio que dormia mais de 10 horas à noite aos 9 anos de idade</p><p>dorme menos de 8 horas aos 16 anos;</p><p>▪ Os adolescentes necessitam tanto ou mais sono do que quanto eram menores;</p><p>▪ O hábito de dormir e acordar tarde pode contribuir para a insônia, um problema</p><p>que frequentemente começa no final da infância ou na adolescência;</p><p>▪ A privação do sono: pode diminuir a motivação; causar irritabilidade; a</p><p>concentração e o desempenho escolar podem ser afetados; podem ser</p><p>responsáveis por acidentes no trânsito em jovens entre 16 e 29 anos;</p><p>▪ Mudanças biológicas estão por trás dos distúrbios do sono dos adolescentes;</p><p>▪ O momento da secreção do hormônio melatonina é um indicador de quando o</p><p>cérebro está pronto para dormir. Após a puberdade, essa secreção ocorre durante</p><p>a noite;</p><p>▪ Mas, os adolescentes ainda necessitam de tanto sono quanto antes, quando eles</p><p>dormem mais tarde que crianças mais novas, eles também precisam levantar mais</p><p>tarde</p><p>▪ TRANSTORNOS DA NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO:</p><p>▪ A boa nutrição é importante para sustentar o crescimento rápido da adolescência</p><p>e para estabelecer hábitos alimentares saudáveis que vão persistir até a idade</p><p>adulta;</p><p>▪ No mundo todo, a nutrição deficiente é mais frequente em populações de baixa</p><p>renda ou isoladas, mas também pode resultar da preocupação com a imagem</p><p>corporal e com o controle de peso;</p><p>▪ Transtornos da alimentação, incluindo obesidade, são mais prevalentes em</p><p>sociedades industrializadas, onde a comida é abundante, mas esses transtornos</p><p>parecem estar aumentando também em países não ocidentais;</p><p>▪Quais são os transtornos alimentares mais comuns na</p><p>Adolescência:</p><p>▪Obesidade;</p><p>▪Anorexia;</p><p>▪Bulimia;</p><p>▪ USO E ABUSO DE DROGAS:</p><p>▪ A grande maioria dos adolescentes não abuse de drogas, uma minoria significativa</p><p>o faz;</p><p>▪ O abuso de substâncias químicas é o uso prejudicial de álcool ou outras drogas;</p><p>▪ O abuso pode levar à dependência química, ou adicção, que pode ser fisiológica,</p><p>psicológica ou ambas, e que provavelmente continuará até a idade adulta;</p><p>▪ As drogas que causam dependência são especialmente perigosas porque</p><p>estimulam partes do cérebro que ainda estão se desenvolvendo na adolescência</p><p>▪ Cerca de 6% de jovens com idades de 12 a 17 anos necessitam de tratamento para</p><p>uso de álcool e mais de 5% para uso de drogas ilícitas;</p><p>▪ Os levantamentos provavelmente subestimam o uso de drogas por adolescentes</p><p>porque são baseados em autorrelatos e não atingem aqueles que abandonam o</p><p>ensino médio, os quais têm maior probabilidade de usar drogas;</p><p>▪ O uso indevido de medicamentos tem sido considerado o segundo principal</p><p>problema de drogas, depois da maconha;</p><p>▪ O uso de álcool e tabaco entre adolescentes norte-americanos tem seguido uma</p><p>tendência aproximadamente paralela ao uso de drogas mais pesadas, com um aumento</p><p>dramático durante a maior parte da década de 1990 seguido por um declínio menor,</p><p>gradual;</p><p>▪ A maconha tem seguido o mesmo padrão na maior parte, embora seu uso tenha</p><p>mostrado um pequeno aumento nos últimos anos;</p><p>▪ Os adolescentes são mais vulneráveis que os adultos aos efeitos imediatos e de longo</p><p>prazo do álcool sobre a aprendizagem e a memória;</p><p>▪ Em um estudo, jovens de 15 e 16 anos que abusavam de álcool e pararam de beber</p><p>apresentaram deficiências cognitivas durante semanas, em comparação com colegas</p><p>que não consumiam álcool exageradamente;</p><p>▪ A fumaça da maconha normalmente contém mais de 400 substâncias cancerígenas;</p><p>▪ O uso pesado da Maconha pode:</p><p>- Danificar o cérebro, o coração, os pulmões e o sistema imunológico</p><p>- Causar</p><p>deficiências nutricionais, infecções respiratórias e outros problemas</p><p>físicos;</p><p>- Diminuir a motivação, piorar a depressão, interferir nas atividades diárias e causar</p><p>problemas familiares;</p><p>- Prejudica a memória, a velocidade do raciocínio, a aprendizagem e o desempenho</p><p>escolar;</p><p>- Diminuir a percepção, o alerta, a amplitude da atenção, o julgamento e as</p><p>habilidades motoras necessárias para dirigir um veículo, e portanto, pode</p><p>contribuir para acidentes de trânsito</p><p>▪ Adolescentes expostos a álcool e drogas antes dos 15 anos de idade</p><p>demonstram um risco aumentado:</p><p>- Para transtornos por uso de substância;</p><p>- Comportamento sexual de risco;</p><p>- Baixo rendimento escolar;</p><p>- Crime;</p><p>▪ Os adolescentes negros tendem a fumar menos, mas metabolizam a nicotina mais</p><p>lentamente do que adolescentes brancos, portanto seus corpos levam mais tempo</p><p>para livrar-se dela e eles ficam dependentes mais rapidamente;</p><p>▪ O uso de substâncias frequentemente começa quando as crianças entram no</p><p>ensino secundário, onde se tornam mais vulneráveis à pressão do grupo;</p><p>▪ A influência do grupo no consumo de tabaco e bebida foi extensivamente</p><p>documentada;</p><p>▪ Da mesma forma que com as drogas pesadas, a influência dos irmãos mais velhos</p><p>e seus amigos aumenta a probabilidade de uso de tabaco e álcool;</p><p>▪ DEPRESSÃO:</p><p>▪ A prevalência de depressão aumenta durante a adolescência;</p><p>▪ Uma média anual de aproximadamente 9% de adolescentes de 12 a 17</p><p>anos experimentou pelo menos um episódio de depressão maior, e apenas</p><p>cerca de 40% deles tinha sido tratado;</p><p>▪ As taxas geralmente aumentam com o aumento da idade;</p><p>▪ A depressão em pessoas jovens não se manifesta necessariamente como</p><p>tristeza, mas como irritabilidade, tédio ou incapacidade para experimentar</p><p>prazer;</p><p>▪ Uma das razões por que a depressão precisa ser levada a sério é o perigo</p><p>de suicídio;</p><p>▪ MORTE NA ADOLESCÊNCIA:</p><p>▪ A morte nessa fase da vida é sempre trágica e geralmente acidental, mas nem</p><p>sempre é assim;</p><p>▪ Nos Estados Unidos, 63% de todas as mortes entre adolescentes resultam de</p><p>acidentes de automóvel, outros ferimentos não intencionais, homicídio e suicídio;</p><p>▪ A frequência de mortes violentas nessa faixa etária reflete uma cultura violenta</p><p>bem como a inexperiência e a imaturidade dos adolescentes, que frequentemente</p><p>os levam a correr riscos e assumir comportamentos descuidados;</p><p>▪De acordo com a OMS, as principais causas de mortes</p><p>entre adolescentes brasileiros de 10 a 15 anos são, nesta</p><p>ordem: violência interpessoal, acidentes de trânsito,</p><p>afogamento, leucemia e infecções respiratórias;</p><p>▪ Jovens na faixa de 15 a 19 anos morrem em decorrência de</p><p>violência interpessoal, acidentes de trânsito, suicídio,</p><p>afogamento e infecções respiratórias.</p><p>▪ ESTÁGIO OPERATÓRIO FORMAL DE PIAGET:</p><p>▪ Os adolescentes entram no que Piaget chamou de o nível mais alto</p><p>de desenvolvimento cognitivo: O OPERATÓRIO-FORMAL – quando</p><p>desenvolvem a capacidade de pensar em termos abstratos;</p><p>▪ Ocorre por volta dos onze anos, lhes proporciona uma maneira mais</p><p>flexível de manipular informação;</p><p>▪ Características desse estágio:</p><p>- Conseguem ir além do aqui e agora;</p><p>- Conseguem entender o tempo histórico e o espaço extraterrestre;</p><p>- Apreciar melhor a metáfora e a alegoria;</p><p>- Estão aptos a pensar em termos do que poderia ser, não só do que é;</p><p>- São capazes de imaginar possibilidades e sabem formular e testar</p><p>hipóteses;</p><p>- Traz implicações emocionais – o objeto de amor pode ser abstrato,</p><p>ex: amar a liberdade;</p><p>▪ Raciocínio hipotético-dedutivo:</p><p>- O adolescente desenvolve uma hipótese e elabora um experimento para testá-la.</p><p>Ele considera todas as relações que pode imaginar e as testa sistematicamente,</p><p>uma por uma, para eliminar as falsas e chegar à verdadeira;</p><p>- O raciocínio hipotético-dedutivo lhe proporciona um instrumento para resolver</p><p>problemas, desde consertar o carro da família a elaborar uma teoria política;</p><p>- Piaget atribuiu a evolução no pensamento/raciocínio a uma combinação de</p><p>maturação cerebral e expansão das oportunidades ambientais;</p><p>- Ambas são essenciais: mesmo que o desenvolvimento neurológico do jovem tenha</p><p>avançado o suficiente para permitir o raciocínio formal, ele só poderá realizá-lo</p><p>com a estimulação apropriada</p><p>▪ Piaget deu pouca atenção às diferenças individuais, às variações no desempenho da</p><p>mesma criança em diferentes tipos de tarefas ou às influências sociais e culturais;</p><p>▪ Pesquisas neopiagetianas sugerem que os processos cognitivos da criança estão</p><p>intimamente ligados a conteúdos específicos (sobre o que uma criança está pensando),</p><p>bem como ao contexto de um problema e aos tipos de informação e pensamento que</p><p>uma cultura considera importante;</p><p>▪ A teoria de Piaget não considera adequadamente avanços cognitivos como ganhos na</p><p>capacidade de processamento de informação, acumulação de conhecimento e</p><p>especialização em áreas específicas e o papel da metacognição, a consciência e a</p><p>monitoração dos próprios processos e estratégias mentais – Intensificação das Funções</p><p>Executivas;</p><p>▪ MUDANÇAS NO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO:</p><p>▪ As mudanças na forma como os adolescentes processam a informação</p><p>refletem o amadurecimento dos lobos frontais do cérebro e podem ajudar a</p><p>explicar os avanços cognitivos que Piaget descreveu;</p><p>▪ Quais conexões neurais definham e quais se tornam fortalecidas é</p><p>altamente correlacionado à experiência;</p><p>▪ Duas amplas categorias de mudanças mensuráveis na cognição do</p><p>adolescente:mudança estrutural e mudança funciona;</p><p>▪ Mudança Estrutural:</p><p>▪ Mudanças estruturais na adolescência incluem:</p><p>1. Mudanças na capacidade da memória de trabalho;</p><p>2. Crescente quantidade de conhecimento armazenada na memória</p><p>de longo prazo;</p><p>▪ A capacidade da memória de trabalho, que aumenta rapidamente na</p><p>terceira infância, continua a crescer durante a adolescência;</p><p>▪ A expansão da memória de trabalho permite a adolescentes mais</p><p>velhos lidar com problemas complexos ou decisões que envolvam</p><p>informações múltiplas;</p><p>▪ A informação armazenada na memória de longo prazo pode ser declarativa,</p><p>procedural ou conceitual:</p><p>▪ O conhecimento declarativo (“saber que...”) consiste em todo o conhecimento</p><p>factual adquirido por uma pessoa (por exemplo, saber que 2 + 2 = 4 e que</p><p>Juscelino Kubitschek construiu Brasília;</p><p>▪ O conhecimento procedural (“saber como...”) consiste em todas as habilidades</p><p>adquiridas por uma pessoa, como ser capaz de multiplicar e dividir e de dirigir um</p><p>carro;</p><p>▪ O conhecimento conceitual (“saber por que...”) é um entendimento de, por</p><p>exemplo, por que uma equação algébrica continua sendo verdadeira se a mesma</p><p>quantidade for adicionada ou subtraída de ambos os lados;</p><p>▪ Mudança Funcional:</p><p>▪ Os processos para obter, manipular e reter informação são aspectos funcionais da</p><p>cognição;</p><p>▪ Entre esses estão aprender, lembrar e raciocinar, todos os quais melhoram durante</p><p>a adolescência;</p><p>▪ Entre as mudanças funcionais mais importantes estão:</p><p>1. Aumento contínuo na velocidade de processamento;</p><p>2. Desenvolvimento adicional da função executiva, que inclui habilidades como</p><p>atenção seletiva, tomada de decisão, controle inibitório de respostas impulsivas</p><p>e gerenciamento da memória de trabalho;</p><p>▪Em um estudo laboratorial, os adolescentes alcançaram um</p><p>desempenho de nível adulto na inibição de resposta aos 14</p><p>anos, na velocidade de processamento aos 15 e na</p><p>memória de trabalho aos 19;</p><p>▪ O uso da linguagem pelas crianças reflete seu nível de desenvolvimento cognitivo;</p><p>▪ Adolescência traz novos refinamentos a linguagem: o vocabulário continua a crescer à</p><p>medida que o conteúdo de leitura torna-se mais adulto;</p><p>▪ Entre os 16 e os 18 anos, o jovem médio conhece aproximadamente 80 mil palavras;</p><p>▪ Com o advento do pensamento abstrato, os adolescentes podem definir e discutir</p><p>abstrações como amor;</p><p>▪ Eles tornam-se mais conscientes das palavras como símbolos que podem ter múltiplos</p><p>significados; e</p><p>▪ Têm prazer em usar ironias, trocadilhos e metáforas;</p><p>▪ Os adolescentes também se tornam mais habilidosos em assumir uma perspectiva</p><p>social, a capacidade de adaptar sua conversa</p><p>ao nível de conhecimento e ao ponto de</p><p>vista da outra pessoa;</p><p>▪ Purbelês – dialeto próprio da idade;</p><p>▪ À medida que as crianças alcançam níveis cognitivos mais altos, elas tornam-se</p><p>capazes de raciocínios mais complexos sobre questões morais;</p><p>▪ A tendência delas ao altruísmo e à empatia também aumenta;</p><p>▪ Os adolescentes são mais capazes que as crianças mais novas de adotar o ponto</p><p>de vista de outra pessoa, de solucionar problemas sociais, de lidar com</p><p>relacionamentos interpessoais e de verem-se como seres sociais;</p><p>▪ Todas essas tendências promovem o desenvolvimento moral;</p><p>▪ O dilema de Heinz</p><p>“Uma mulher com câncer está próxima da morte. Um farmacêutico descobriu um</p><p>medicamento que os médicos acreditam que pode salvá-la. O farmacêutico está</p><p>cobrando 2.000 dólares por uma pequena dose – 10 vezes o que o medicamento</p><p>custa para ele fabricar. O marido da mulher doente, Heinz, pede dinheiro</p><p>emprestado a todos os conhecidos, mas consegue reunir apenas 1.000 dólares. Ele</p><p>implora ao farmacêutico para lhe vender o medicamento por 1.000 dólares ou</p><p>deixar que ele pague o restante mais tarde. O farmacêutico recusa, dizendo, “Eu</p><p>descobri o medicamento e vou ficar rico com ele.” Heinz, desesperado, arromba a</p><p>loja do homem e rouba o medicamento. Heinz deveria ter feito isso? Por quê?”</p><p>▪ Com base nos processos de pensamento demonstrados pelas respostas a seus</p><p>dilemas, Kohlberg (1969) descreveu três níveis de raciocínio moral, cada um</p><p>dividido em dois estágios;</p><p>▪ Na teoria de Kohlberg, é o raciocínio que está por trás da resposta a um dilema</p><p>moral, e não a resposta em si, que indica o estágio de desenvolvimento moral;</p><p>▪ Duas pessoas que dão respostas opostas podem estar no mesmo estágio se o</p><p>raciocínio delas for baseado em fatores semelhantes;</p><p>▪ Nível I: Moralidade pré-convencional. As pessoas agem sob controle externo.</p><p>Obedecem a regras para evitar punição ou obter recompensas, ou agem por</p><p>interesse pessoal. Esse nível é típico de crianças de 4 a 10 anos;</p><p>▪ Nível II: Moralidade convencional (ou moralidade de conformidade com o papel</p><p>convencional). As pessoas internalizaram os padrões das figuras de autoridade.</p><p>Elas se preocupam em ser “boas”, agradáveis com os outros e em manter a ordem</p><p>social. Esse nível é normalmente alcançado depois dos 10 anos de idade; muitas</p><p>pessoas nunca o ultrapassam, mesmo na vida adulta;</p><p>▪ Nível III: Moralidade pós-convencional (ou moralidade dos princípios morais</p><p>autônomos). As pessoas reconhecem conflitos entre padrões morais e fazem seus</p><p>próprios julgamentos com base em princípios de correção e justiça. Geralmente</p><p>as pessoas atingem esse nível de julgamento moral só no começo da adolescência</p><p>ou, o que é mais comum, no começo da vida adulta, isso quando atingem;</p><p>▪Alguns adolescentes, e mesmo alguns adultos,</p><p>permanecem no nível I de Kohlberg, assim como as</p><p>crianças pequenas;</p><p>▪O raciocínio moral tem influência de desenvolvimento</p><p>cognitivo, mas também de cultura, relacionamento com a</p><p>família e na sociedade;</p><p>▪ Segundo Gilligan, as mulheres veem a moralidade não tanto em termos de</p><p>justiça quanto em termos de responsabilidade em demonstrar</p><p>preocupação e evitar dano;</p><p>▪ Elas se concentram mais em não afastar-se dos outros do que em não tratar</p><p>os outros injustamente;</p><p>▪ Em uma análise de 113 estudos, meninas e mulheres eram mais propensas</p><p>a pensar em termos de cuidados, e meninos e homens em termos de</p><p>justiça, mas essas diferenças eram pequenas</p><p>▪ Alguns pesquisadores estudaram o raciocínio moral pró-social (semelhante ao</p><p>orientado ao cuidado) como uma alternativa ao sistema baseado na justiça de</p><p>Kohlberg;</p><p>▪ O raciocínio moral pró-social é o raciocínio sobre dilemas morais nos quais as</p><p>necessidades ou desejos de uma pessoa estão em conflito com aqueles de outras</p><p>pessoas em situações em que as regras ou normas sociais não são claras ou são</p><p>inexistentes;</p><p>▪ Em um estudo longitudinal que acompanhou crianças até o início da idade adulta, o</p><p>raciocínio pró-social baseado na reflexão social sobre consequências e nos valores e</p><p>normas internalizados aumentava com a idade, enquanto o raciocínio baseado em</p><p>estereótipos como “é legal ajudar”diminuía da infância até o final da adolescência</p><p>▪ A escola constitui uma experiência organizadora central na vida da maioria dos</p><p>adolescentes;</p><p>▪ Oferece oportunidades para obter informação; aprender novas habilidades e</p><p>aperfeiçoar habilidades antigas; participar de atividades esportivas, artísticas e</p><p>outras; explorar opções vocacionais e fazer amigos;</p><p>▪ Amplia os horizontes intelectual e social;</p><p>▪ Nos países industrializados e também em alguns países em desenvolvimento, cada</p><p>vez mais estudantes concluem o ensino médio e muitos se matriculam no ensino</p><p>superior;</p><p>▪ INFLUÊNCIAS SOBRE O DESEMPENHO ESCOLAR</p><p>▪ Nos países ocidentais, particularmente nos Estados Unidos, as práticas educativas são baseadas</p><p>na suposição de que os estudantes são, ou podem ser, motivados a aprender.</p><p>▪ Os educadores enfatizam o valor da motivação intrínseca – o desejo dos estudantes de</p><p>aprender pelo valor da aprendizagem;</p><p>▪ Infelizmente, muitos estudantes norte-americanos não são automotivados, e a motivação</p><p>frequentemente diminui quando eles entram no ensino médio;</p><p>▪ Cognições orientadas ao futuro – esperanças e sonhos sobre futuros empregos – também estão</p><p>relacionadas a maior realização;</p><p>▪ Em muitas culturas, a educação é baseada não na motivação pessoal, mas em fatores como</p><p>dever (Índia), submissão à autoridade (países islâmicos) e participação na família e na</p><p>comunidade (África subsaariana);</p><p>▪ Nos países do leste asiático, é esperado que os estudantes aprendam, não pelo valor da</p><p>aprendizagem, mas para satisfazer expectativas familiares e sociais;</p><p>▪ Em países em desenvolvimento, as questões de motivação perdem a importância à luz de</p><p>barreiras sociais e econômicas à educação:</p><p>1. Escolas e recursos educacionais inadequados ou ausentes;</p><p>2. A necessidade do trabalho infantil para sustentar a família;</p><p>3. Barreiras à escolarização para meninas ou subgrupos culturais;</p><p>4. Casamento precoce</p><p>▪ Em um teste internacional de adolescentes em 43 países industrializados, as</p><p>meninas em todos os países eram melhores leitoras que os meninos;</p><p>▪ Os meninos estavam na frente em matemática em aproximadamente metade dos</p><p>países, mas essas diferenças de gênero eram menos pronunciadas do que na</p><p>leitura;</p><p>▪ Meninas: a partir da adolescência se saem melhor em tarefas verbais que</p><p>envolvem uso de escrita e linguagem;</p><p>▪ Meninos: se saem melhor em atividades que envolvem funções visuais e espaciais</p><p>úteis em matemática e ciências</p><p>▪ Pesquisas apontam explicações envolvendo interações biológicas e ambientais;</p><p>▪ Biologicamente, os cérebros de homens e mulheres são diferentes, e tornam-se ainda</p><p>mais diferentes com a idade.</p><p>1. Meninas: têm mais substância cinzenta (corpos celulares neuronais e conexões</p><p>vizinhas), o crescimento da substância cinzenta atinge o ponto máximo mais cedo em</p><p>meninas adolescentes; o corpo caloso, que liga os dois hemisférios cerebrais, é</p><p>maior em meninas do que em meninos, permitindo um melhor processamento da</p><p>linguagem; os hemisférios das meninas são mais equilibrados do que os dos</p><p>meninos, permitindo uma maior variedade de capacidades cognitivas</p><p>2. Meninos: os meninos têm mais substância branca conectiva (mielina) e líquido</p><p>cefalorraquidiano, que envolvem os caminhos mais longos dos impulsos nervosos; o</p><p>crescimento da substância cinzenta continua a aumentar em meninos adolescentes;</p><p>os cérebros dos meninos podem ser mais especializados</p><p>▪ As forças sociais e culturais que influenciam as diferenças de gênero incluem o seguinte:</p><p>1. Influências da família: Nível educacional dos pais está correlacionado com o desempenho de</p><p>seus filhos em matemática e as atitudes e expectativas de gênero dos pais também têm um</p><p>efeito;</p><p>2. Influências da escola: As diferenças sutis na forma como os professores tratam meninos e</p><p>meninas, especialmente em aulas de matemática e ciências;</p><p>3. Influências da vizinhança: Os meninos se beneficiam mais de vizinhanças enriquecidas</p><p>e são</p><p>mais afetados por vizinhanças desfavorecidas;</p><p>4. Os papéis dos homens e das mulheres na sociedade ajudam a moldar as escolhas de cursos e</p><p>ocupações das meninas e dos meninos;</p><p>5. Influências culturais: Estudos entre culturas mostram que a medida das diferenças de gênero</p><p>no desempenho em matemática varia entre nações e torna-se maior ao final do ensino</p><p>secundário. Essas diferenças estão correlacionadas com o grau de igualdade de gênero na</p><p>sociedade</p><p>▪ Estilo de parentalidade impacta no desempenho educacional;</p><p>1. Parentalidade democrática: estimulam os filhos a examinarem os dois lados de uma questão,</p><p>aceitam de bom grado sua participação nas decisões da família e admitem que as crianças às</p><p>vezes sabem mais que os pais. Esses pais estabelecem um equilíbrio entre ser exigente e ser</p><p>receptivo. Seus filhos recebem elogios e privilégios quando tiram notas boas; notas ruins</p><p>trazem incentivos para que se esforcem mais e também ofertas de ajuda;</p><p>2. Pais autoritários: dizem aos adolescentes para não discutir com os adultos ou questioná-los e</p><p>que eles “entenderão melhor quando crescerem”. Notas boas trazem advertências para que</p><p>sejam ainda melhores; notas baixas podem ser punidas com redução de privilégios ou</p><p>castigo;</p><p>3. Pais permissivos: parecem indiferentes às notas, não controlam o acesso à televisão, não</p><p>comparecem às reuniões da escola e não ajudam nem verificam as lições de casa. Esses pais</p><p>podem não ser negligentes ou indiferentes; eles até podem ser afetuosos. Talvez</p><p>simplesmente acreditem que os adolescentes devem ser responsáveis pela sua própria vida</p><p>▪ O nível socioeconômico é um prognosticador importante de sucesso acadêmico;</p><p>▪ A qualidade da educação influencia fortemente o desempenho do estudante;</p><p>▪ A boa escola de ensino secundário tem um ambiente organizado e seguro, recursos</p><p>materiais adequados, uma equipe de professores estável e um senso de comunidade</p><p>positivo;</p><p>▪ Pesquisas indicam que embora o pensamento crítico e as habilidades de análise tenham</p><p>diminuído como resultado do uso aumentado de computadores e videogames, as</p><p>habilidades visuais melhoraram;</p><p>▪ Os estudantes estão passando mais tempo em multitarefas com a mídia visual e menos</p><p>tempo lendo por prazer;</p><p>▪ Multitarefas pode impedir um entendimento mais profundo da informação</p><p>▪ ABANDONO DA ESCOLA</p><p>▪ Os estudantes de baixa renda são quatro vezes mais propensos a</p><p>abandonar os estudos do que estudantes de renda alta;</p><p>▪ Por que adolescente mais pobres estão mais propensos a abandona a</p><p>escola?</p><p>1. Baixas expectativas por parte dos professores;</p><p>2. Tratamento diferencial desses estudantes;</p><p>3. Menos apoio dos professores do que no ensino fundamental;</p><p>4. A percepção de irrelevância do currículo para grupos culturalmente</p><p>pouco representados;</p><p>▪Abandonar o ensino médio é um evento crítico que pode</p><p>colocar uma pessoa em um caminho evolutivo negativo;</p><p>▪Aqueles que abandonam os estudos são mais propensos a</p><p>ficar desempregados ou ter rendas baixas, a depender da</p><p>previdência e a envolver-se com drogas, crime e</p><p>delinquência e a ter problemas de saúde;</p><p>▪ PREPARAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR OU AS VOCAÇÕES</p><p>▪ Muitos fatores influenciam, incluindo a capacidade individual e a</p><p>personalidade, a educação, os ambientes econômico e étnico, o</p><p>conselho de orientadores educacionais, as experiências de vida e os</p><p>valores sociais;</p>