Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Prévia do material em texto

<p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>Av. Carlos Salles Block, 658</p><p>Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21</p><p>Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100</p><p>11 4521-6315 | 2449-0740</p><p>contato@editorialpaco.com.br</p><p>Foi feito Depósito Legal</p><p>©2018 Ayane Carolina de L. Buso; Elaine Martins Silva; Elenice Ribeiro</p><p>S. Costa; Franciele Oliveira de A. Nogueira; Juliano Guerra Rocha;</p><p>Poliana Boel Ferreira; Raquel S. Faria Vieira; Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra</p><p>pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar,</p><p>em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a</p><p>permissão da editora e/ou autor.</p><p>L5338</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil / Ayane Carolina de L. Buso, Elaine</p><p>Martins Silva, Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira,</p><p>Juliano Guerra Rocha, Poliana Boel Ferreira, Raquel S. Faria Vieira, Tatiana</p><p>Mortosa F. Silva – Jundiaí: Paco Editorial, 2018.</p><p>288 p.; 21 cm.</p><p>ISBN: 978-85-462-1349-8</p><p>Inclui bibliografia.</p><p>1. Educação Infantil. 2. Leitura. 3. Formação de Leitores. I. ROCHA, Juliano</p><p>Guerra. II. Título.</p><p>CDD 372.4</p><p>Conselho Editorial</p><p>Profa. Dra. Andrea Domingues</p><p>Prof. Dr. Antônio Carlos Giuliani</p><p>Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi</p><p>Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna</p><p>Prof. Dr. Carlos Bauer</p><p>Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha</p><p>Prof. Dr. Cristóvão Domingos de Almeida</p><p>Prof. Dr. Eraldo Leme Batista</p><p>Prof. Dr. Fábio Régio Bento</p><p>Prof. Ms. Gustavo H. Cepolini Ferreira</p><p>Prof. Dr. Humberto Pereira da Silva</p><p>Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa</p><p>Profa. Dra. Ligia Vercelli</p><p>Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes</p><p>Prof. Dr. Marco Morel</p><p>Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira</p><p>Prof. Dr. Narciso Laranjeira Telles da Silva</p><p>Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins</p><p>Prof. Dr. Romualdo Dias</p><p>Profa. Dra. Rosemary Dore</p><p>Prof. Dr. Sérgio Nunes de Jesus</p><p>Profa. Dra. Thelma Lessa</p><p>Prof. Dr. Vantoir Roberto Brancher</p><p>Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt</p><p>O professor que não é leitor não tem como formar leitores –</p><p>não formará um. A leitura é uma contaminação amorosa: o</p><p>professor tem que acreditar no que diz e, para acreditar, ele</p><p>tem que ser leitor.</p><p>Marina Colasanti</p><p>JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA NETTO</p><p>PREFEITO DE ITUMBIARA</p><p>RUBENS AUGUSTO NADER</p><p>VICE-PREFEITO DE ITUMBIARA</p><p>SIMONE FERREIRA BORGES ARAÚJO</p><p>SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO</p><p>Este livro é financiado pela Prefeitura de Itumbiara/GO, pois destina-se aos</p><p>Professores da Rede Municipal de Ensino. Sem fins lucrativos e comerciais,</p><p>com os direitos autorais reservados aos autores da obra.</p><p>Sumário</p><p>ApresentAção: Um Convite 11</p><p>Juliano Guerra Rocha</p><p>Ayane Carolina de Lima Buso</p><p>Elaine Martins Silva</p><p>Elenice Ribeiro Silva Costa</p><p>Franciele Oliveira de Assis Nogueira</p><p>Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel Santos Faria Vieira</p><p>Tatiana Mortosa Faria Silva</p><p>1. LeitUrA LiteráriA e ContAção de</p><p>históriAs em qUestão: o qUe Ler?</p><p>Como Ler? por qUe Ler pArA</p><p>CriAnçAs peqUenAs? 21</p><p>Ilsa do Carmo Vieira Goulart</p><p>2. propostAs pedAgógiCAs Com</p><p>CriAnçAs de 3 Anos 37</p><p>A Galinha Ruiva e as delícias do milho! 37</p><p>O mundo mágico dos três porquinhos:</p><p>a arte de se expressar! 44</p><p>Que cãozinho amado!!! Será? 53</p><p>O mundo da leitura e da escrita apresentado</p><p>por uma zebra na moda! 60</p><p>Galinha Maricota ensina como se alimentar bem! 70</p><p>Maria, Maria de estranha mania! 77</p><p>O cão Peralta em: as diferenças fazem parte da vida! 87</p><p>Cantando, brincando e aprendendo com</p><p>Cachinhos Dourados 96</p><p>É festa! Divertir e aprender com o casamento</p><p>da Dona Baratinha! 105</p><p>Você é o verdadeiro Mágico de Oz! 114</p><p>3. propostAs pedAgógiCAs Com</p><p>CriAnçAs de 4 Anos 123</p><p>São tantas solicitações! Um dia, a mãe decidiu</p><p>bolar um plano. Vamos juntos desvendar? 123</p><p>Lendo, escrevendo e contando com Tininha 129</p><p>Gosto ou não gosto? Preciso experimentar! 134</p><p>Explorando o campo e a cidade com dois</p><p>ratinhos camaradas 141</p><p>Um porquinho que coaxa e pia? Sim, ele se</p><p>desdobra para ser simpático 147</p><p>Nem tudo que você vê é o que parece ser:</p><p>criando e recriando 152</p><p>Existem fenômenos que devem ser sentidos!</p><p>Vamos comprovar? 163</p><p>A beleza sem preconceito: trabalhando as diferenças 171</p><p>Os apontamentos infantis merecem a nossa atenção 178</p><p>A ponte: conhecimento, amizade e afeto 185</p><p>4. propostAs pedAgógiCAs Com</p><p>CriAnçAs de 5 Anos 193</p><p>E a gente só começa a desvendar o mundo à nossa</p><p>volta quando, realmente, aprende a ver! 193</p><p>Vento, tempestade, bicho papão, monstros,</p><p>fantasmas? Medo, medo... De quê? Por quê? 199</p><p>A má-criação nunca é bem-vinda! Legal mesmo</p><p>é ser cortês e cultivar amigos! 212</p><p>Crescer, crescer. A natureza humana é quem diz! 218</p><p>A imaginação é uma das maneiras de criar uma</p><p>nova realidade, comprove! 228</p><p>Eis a questão: ser ou não ser um coelho de páscoa? 235</p><p>Cozinhar é um ato de amor! A transformação de</p><p>ingredientes em receita é magia! 246</p><p>Luz em forma de cor, ou cor em forma de luz? 253</p><p>As amizades e a família são importantíssimas</p><p>em nossas vidas! Bruna é uma menina feliz</p><p>porque as tem! 264</p><p>Grande confusão: Chapeuzinho aqui e Lobo ali</p><p>ou Lobo ali, e Chapeuzinho acolá? 271</p><p>soBre os AUtores 283</p><p>11</p><p>ApreSentAção: um Convite</p><p>Vocês conhecem a história de Miguel? Miguel é nome do</p><p>personagem e título de um livro literário escrito por Tony Brad-</p><p>man e Tony Ross. É um menino diferente, não prestava atenção</p><p>às aulas e, por isso, não era muito querido entre os professores.</p><p>Ele adorava ler livros, mas não os livros da escola. Ele adorava</p><p>os números, mas não os números da escola. Um dia, Miguel</p><p>resolveu construir algo... algo inovador. Vocês têm ideia do que</p><p>seja? Que tal conhecer essa história e descobrir onde a inven-</p><p>ção de Miguel o levou.</p><p>Quem não se entusiasma e fica interessado em conhecer</p><p>uma nova história, quando cria-se um certo suspense, quando</p><p>se motiva e estimula a curiosidade? A literatura é isso, no seu</p><p>sentido mais amplo: encantamento, espanto, sentimento, en-</p><p>volvimento, afeto, motivação... a literatura prende a atenção e</p><p>transporta as crianças para os universos inimagináveis, para rei-</p><p>nos das fantasias; a literatura aguça as sensações das crianças,</p><p>mexe com as emoções... elas passeiam entre os castelos, colhem</p><p>flores nos jardins secretos, sentem os aromas.</p><p>Esse livro, portanto, é um convite para o(a) professor(a)</p><p>explorar ainda mais a literatura em sala de aula, por meio de</p><p>atividades interdisciplinares na Educação Infantil. Ao mesmo</p><p>tempo, somos conduzidos a desestabilizar as práticas con-</p><p>vencionais de ensino da escrita alfabética, desafiando a escola</p><p>– não apenas o(a) professor(a) – a refletir sobre o seu fazer</p><p>pedagógico, a criar estratégias que permitam que a criança ex-</p><p>plore, conheça, use, experimente as diferentes linguagens em</p><p>situações reais e lúdicas de ensino. Para tanto, partimos dos</p><p>pressupostos do interacionismo linguístico,1 baseando-nos na</p><p>1. Essa teoria começou a ser difundida no Brasil, na década de 1980,</p><p>por João Wanderley Geraldi. Observe que, durante esta apresentação,</p><p>algumas obras de Geraldi são mencionadas, as quais indicamos para um</p><p>aprofundamento sobre a perspectiva do autor.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>12</p><p>teoria discursiva de alfabetização:2 a criança desde a mais ten-</p><p>ra idade é leitora e autora de textos.</p><p>Doravante, nessa apresentação, os itens que se seguem ex-</p><p>põem alguns conceitos e marcos teóricos adotados no decorrer</p><p>das propostas apresentadas na obra, ao passo que também in-</p><p>dicam referências bibliográficas acerca da temática tratada. Um</p><p>pedido que fazemos de antemão: façamos uma leitura atenta,</p><p>desvencilhada de “achismos”, aberta ao novo, acreditando que as</p><p>práticas que mobilizam os saberes das crianças fazem a diferença</p><p>em suas vidas. Um alerta também: os itens são textos curtos e</p><p>não exploram com aprofundamento os temas. A ideia é esclarecer</p><p>os</p><p>personagens? Onde acontece o conto? Como são as florestas?</p><p>No conto, tem um animal que os porquinhos têm muito medo.</p><p>Quem é esse animal? Cada porquinho construiu sua casa. Como</p><p>era a casinha de cada porquinho? Se você fosse um porquinho,</p><p>você teria medo do lobo? O que você falaria ao lobo se o visse?</p><p>Se você fosse construir uma casinha para você mesmo(a), quais</p><p>materiais utilizaria? Quem são os profissionais que constroem</p><p>casas? Entre outras.</p><p>✓ Ampliar a conversação, instigando a manifestação de opi-</p><p>niões no que se refere à atitude do lobo em derrubar as casinhas.</p><p>Nesse momento, pergunte: o que você achou da atitude do lobo?</p><p>O que sentiu quando o lobo assoprou e derrubou a casinha de</p><p>palha? E quando o lobo assoprou a casinha de tijolos e ela não</p><p>caiu? E quando o lobo caiu no caldeirão cheio de água quen-</p><p>te? Reflita com as crianças sobre a convivência dos porquinhos</p><p>numa perspectiva de união e solidariedade uns com os outros.</p><p>✓ Convidar as crianças a darem nomes aos porquinhos.</p><p>Inicialmente, converse com a turma dizendo que as pessoas,</p><p>as coisas, os animais de estimação têm um nome. Em seguida,</p><p>proponha a escolha de nomes para os três porquinhos - porqui-</p><p>nho mais velho, do meio e o caçula. Ouça as sugestões de nomes</p><p>dadas pelas crianças e anote-as no quadro. Depois, explique que</p><p>você sorteará três nomes e que será feita uma votação para a</p><p>escolha do nome de cada porquinho. Faça uma tabela com os</p><p>nomes escolhidos e registre o voto de cada uma delas. Combine</p><p>com a turma que o nome que tiver o maior número de votos será</p><p>o nome do porquinho mais velho, a segunda maior quantidade</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>48</p><p>será o nome do porquinho do meio e o menor número de votos</p><p>será o nome do porquinho caçula. Auxilie a turma a analisar os</p><p>resultados obtidos. Use material concreto para visualização da</p><p>representação das quantidades registradas na tabela:</p><p>sugestão de nomes votos das crianças total de votos</p><p>1º nome</p><p>2º nome</p><p>3º nome</p><p>✓ Explorar os nomes dos porquinhos escolhidos pela turma.</p><p>Escreva os nomes dos porquinhos no quadro em caixa-alta e,</p><p>depois, identifique juntamente às crianças a primeira letra de</p><p>cada nome. Chame a atenção delas para a galeria de nomes da</p><p>turma, fazendo também a identificação da letra inicial do seu</p><p>nome. Destaque-as, afixando um quadradinho colorido nessa</p><p>letra. Posteriormente, disponibilize o alfabeto móvel e peça a</p><p>elas que procurem, entre as letras ofertadas, a primeira letra do</p><p>seu nome, mostrando-a aos colegas.</p><p>✓ Propor às crianças a brincadeira “Tá pronto, seu Lobo?”</p><p>no pátio. Antes da saída da sala de aula, oriente a turma de</p><p>como se participa da brincadeira e converse sobre a importância</p><p>do respeito em relação às regras de convivência.</p><p>“Através de um sorteio, uma criança será escolhida para</p><p>ser o lobo e ela terá que ficar escondida. As outras crian-</p><p>ças, de mãos dadas, começam um diálogo com o lobo:</p><p>- Vamos passear na floresta, enquanto o seu lobo não</p><p>vem! Está pronto, seu lobo? (crianças)</p><p>- Estou ocupado lavando o rosto. (lobo)</p><p>- Vamos passear na floresta, enquanto o seu lobo não</p><p>vem! Está pronto, seu lobo? (crianças)</p><p>- Estou escovando os dentes. (lobo)</p><p>O diálogo continua e o lobo poderá inventar muitas tare-</p><p>fas que estará fazendo, como ‘tomando banho’, ‘vestin-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>49</p><p>do a roupa’, ‘penteando o cabelo’, ‘calçando o tênis’, e o</p><p>que mais a criatividade permitir.</p><p>A brincadeira continua até que o lobo, sem avisar que já</p><p>está pronto, sai do esconderijo e começa a correr atrás</p><p>das crianças tentando pegar uma a uma. É um desespero</p><p>correr do lobo! A primeira criança que o lobo tiver pego</p><p>será o lobo na próxima vez”.</p><p>✓ Convidar as crianças para que, cantando, brinquem, ao</p><p>som da música “Enquanto seu lobo não vem” da Xuxa.</p><p>✓ Ampliar o conhecimento da turma no que refere aos tipos</p><p>de moradias. Retome a história com as crianças e comente que</p><p>os porquinhos tinham sua casinha e que todos os seres humanos</p><p>têm direito a um lugar para morar. Disponibilize imagens de</p><p>vários tipos de moradias e oriente a leitura delas, direcionan-</p><p>do a observação para as características das mesmas – materiais</p><p>utilizados, onde ficam, tamanho, cores, etc. Dialogue com elas,</p><p>fazendo os seguintes questionamentos: em qual dessas casas</p><p>você gostaria de morar? Por quê? Você já viu moradias pare-</p><p>cidas com essas? Dentre outros questionamentos. Incentive a</p><p>turma a comentar como são suas casas por dentro e por fora,</p><p>indagando-lhes as cores das paredes, a quantidade de cômodos,</p><p>o que tem fora dela, se é grande ou pequena, etc.</p><p>✓ Depois da conversação, solicitar que representem, por meio</p><p>de desenho, a sua moradia (casa). Para isso, ofereça diversos</p><p>materiais, como: giz de cera, lápis de cor, canetinhas, pincéis,</p><p>tintas, etc. Com os trabalhos prontos, organizem, juntamente,</p><p>um cartaz com o tema “Moradias das crianças do Maternal”.</p><p>Exponha o cartaz para apreciação da comunidade escolar.</p><p>✓ Propiciar situação de faz de conta às crianças. Relembre</p><p>que, no conto, cada porquinho construiu sua casinha e que, ago-</p><p>ra, elas serão os profissionais que constroem casas. Ofereça peças</p><p>de encaixe e deixe as crianças montarem as mesmas. Oportunize</p><p>à turma a apresentação de sua casinha, propiciando o desenvolvi-</p><p>mento da linguagem oral e desinibição ao falar em público.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>50</p><p>✓ Brincar com o Jogo da Memória – imagens com os tipos</p><p>de moradias. Oriente as crianças a sentarem em duplas e pro-</p><p>picie tempo para que manuseiem as peças sem pressa. Poste-</p><p>riormente, organize com elas as peças com as imagens voltadas</p><p>para cima. Explique que deverão identificar os pares das casi-</p><p>nhas, retirá-los da mesinha e também diga que vence o jogo a</p><p>criança que pegar o maior número de peças.</p><p>✓ Orientar as crianças quanto à ordenação de imagens, re-</p><p>tomando o conto. Para essa proposta, compartilhe com a turma</p><p>imagens do conto que representem a sequência temporal dos</p><p>fatos narrados e disponibilize um momento para que manu-</p><p>seiem essas imagens. Somente depois, peça a elas que, coletiva-</p><p>mente, façam a ordenação dos fatos ocorridos no conto.</p><p>✓ Fazer leitura da carta que a mãe do lobo enviou. Peça a</p><p>um funcionário da escola que entregue, em sua sala, uma car-</p><p>tinha. Faça suspense sobre quem escreveu a carta. Convide as</p><p>crianças a ouvirem a leitura e comente o que ela escreveu.</p><p>Itumbiara, 28 de Janeiro de 2018.</p><p>Amiguinhos do Maternal.</p><p>Olá, tudo bem?</p><p>Estou escrevendo porque estou preocupada com o meu filho Lobonildo.</p><p>Muitos até falam que ele é mau, mas ele só é sozinho, tadinho! Sei que vocês</p><p>o conhecem, pois ele está em muitas histórias. Vocês sabem se ele está bem?</p><p>Levanto todos os dias bem cedinho e fico pensando nele, ele nem me</p><p>dá notícias. Fico tão triste. Estou doente e não consigo ir até onde ele está.</p><p>Mas queria saber dele, me contem, por favor, o que ele anda</p><p>aprontando por aí?</p><p>Um abraço para cada um de vocês,</p><p>Mãe Lobonalda.</p><p>✓ Escrever, juntamente, você e a turma, uma cartinha à mãe</p><p>do lobo, contando o que ele fez com os porquinhos. Providencie</p><p>com antecedência um cartaz com a cópia da carta recebida. Uti-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>51</p><p>lize esse recurso para explorar características desse tipo de texto</p><p>– data que a carta foi escrita, nome de quem irá receber a car-</p><p>ta, despedida e assinatura de quem a escreveu. Use papel sulfitão</p><p>para fazer a escrita da produção do texto. Escreva a data e o nome</p><p>da mãe do lobo. Agora, peça que as crianças contem o que o lobo</p><p>fez com os porquinhos e, ao final, oriente-as a assinarem a carta.</p><p>✓ Explorar os personagens do conto com a turma. Afixe,</p><p>no quadro, imagens</p><p>do lobo e dos porquinhos por ordem de</p><p>nascimento – do mais velho ao caçula. Proponha contagem</p><p>dos personagens e, usando material concreto, mostre a elas a</p><p>quantidade dada. Agora, peça que façam o registro não conven-</p><p>cional do número de personagens desenhando bolinhas. Utilize</p><p>as imagens afixadas no quadro e explore a noção de posição –</p><p>quem nasceu primeiro, segundo e terceiro. Para complementar</p><p>a exploração, oriente as crianças a organizarem objetos seguin-</p><p>do critérios estabelecidos por você. Exemplo: primeiro, coloque</p><p>sobre a mesa o caderno, em segundo, o lápis de escrever e, em</p><p>terceiro, a borracha.</p><p>✓ Apreciar, juntamente à turma, o vídeo da música “Três Por-</p><p>quinhos”. Organize um espaço agradável para que as crianças</p><p>apreciem o vídeo. Cante com as crianças o refrão final da música</p><p>– Quem tem medo do lobo mau, lobo mau, lobo mau. Quem tem</p><p>medo do lobo mau lá lá lá lá. Transcreva a letra da música em um</p><p>cartaz, faça a leitura apontada e converse sobre a mesma.</p><p>✓ Confeccionar, juntamente, você e as crianças, as máscaras</p><p>e as casinhas dos porquinhos. Converse com a turma quanto</p><p>aos cuidados com o ambiente físico e material. Nesse momento,</p><p>combine com elas a organização da sala de aula ao final da ativi-</p><p>dade. Utilize caixas de papelão, guache, pincel, diferentes tipos</p><p>de papel, etc. Aproveite o material para explorar suas texturas.</p><p>Proponha dramatização do conto, utilizando os recursos</p><p>confeccionados. Finalize, conversando com as crianças sobre</p><p>como se sentiram representando os personagens do conto.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>52</p><p>referências</p><p>MÚSICA TRÊS PORQUINhOS. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2IR5dcG>. Acesso em: 28 jan. 2018.</p><p>ENQUANTO SEU LOBO NÃO VEM. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2JfXh40>. Acesso em: 25 fev. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser criança na educação infantil: infância e linguagem. Bra-</p><p>sília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 2, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>BATISTA, Antônio Augusto. Os professores são não leitores? In: SIL-</p><p>VA, Ceris Salete Ribas; MARINhO, Marildes (org.). Leituras do pro-</p><p>fessor. Campinas: Mercado de Letras, 1998, p. 23-60.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2LGQajN>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>53</p><p>que cãozinho AmAdo!!! será?</p><p>obra literária: Não!</p><p>Autora: Marta Altés – traduzido por Gilda de Aquino</p><p>sinopse</p><p>Pensa num cachorro custoso, bem custoso, sapeca de corpo</p><p>e alma, mas cheio de boas intenções, que convive com um enig-</p><p>ma em relação ao seu nome. O livro trata desse animalzinho,</p><p>que faz tudo para agradar sua família, mas, nessa tentativa, aca-</p><p>ba metendo os pés pelas mãos.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências; ex-</p><p>pressão de ideias e opiniões e interação comunicativa nas diver-</p><p>sas situações do cotidiano;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Leitura, dramatização, contação e reconto de história;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros, tais como contos, notícias de jornal</p><p>informativo, receitas, convites, bilhetes, rótulos, panfletos, etc.;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome dentre vários;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>54</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras e do seu</p><p>nome;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais o educador</p><p>utiliza a escrita de maneira contextualizada;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Reconto de narrativas com base nas histórias contadas;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras, observando,</p><p>lendo, “escrevendo ao seu modo” as letras do alfabeto e seu</p><p>prenome;</p><p>• Observação de materiais impressos e produzidos a próprio</p><p>punho;</p><p>• Coordenação motora ampla empreendendo muito movi-</p><p>mento;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários</p><p>portadores de texto;</p><p>• Representação da escrita por rabiscos, garatujas ou desenhos.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem nas brincadeiras e em situações nas quais as</p><p>crianças reconhecem a sua necessidade;</p><p>• Sistematização, empregando os registros não convencionais</p><p>(riscos, traços, desenhos);</p><p>• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral</p><p>e ou registros não convencionais;</p><p>• Comparação de conjuntos, observando critérios de</p><p>igualdade e diferença;</p><p>• Contato com numerais e sua leitura;</p><p>• Contagem de materiais, objetos.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogos simbólicos: o faz de conta;</p><p>• Audição de músicas;</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Movimentos livres e coordenados.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>55</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Ilustração.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Respeitar o espaço de brincar do outro;</p><p>• Ações de responsabilidade e de democracia no ambiente</p><p>no qual está inserido;</p><p>• Animais de estimação.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Identificação progressiva de algumas singularidades pró-</p><p>prias e também dos colegas;</p><p>• Comunicação e interação com brincadeiras;</p><p>• Participação em brincadeiras;</p><p>• Interação com as pessoas e o meio;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Percepção de si mesmo e do outro e suas diferenças;</p><p>• Características físicas (apreciação de si mesmo) e caracte-</p><p>rísticas pessoais (gostos, preferências, aversões);</p><p>• Sentimentos e emoções.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Fazer uma roda de conversa. Apresente uma caixa e insti-</p><p>gue as crianças a adivinharem o que tem nela. Dentro da caixa,</p><p>pode ter um filhotinho de cachorro ou bichinho de pelúcia. Fa-</p><p>zer suspense e provocações com as crianças com relação à caixa</p><p>e ao que está dentro dela. Ao abri-la, permita que toquem no</p><p>objeto ou animal, que o vejam e, assim, inicie uma conversação</p><p>sobre animais de estimação. (Professor(a), você pode questionar</p><p>quem tem, quantos são, qual é o animal, o nome dele, como esse</p><p>animal é em casa, quais são seus hábitos, o que come, como é</p><p>seu comportamento na casa, entre outros. Aproveite o momento</p><p>para incutir a ideia de que animais de estimação fazem parte da</p><p>família e devem ser tratados com cuidado e carinho).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>56</p><p>✓ Apresentar o livro após a discussão, fazendo inferências</p><p>sobre o conteúdo da obra, a partir de uma exploração da capa.</p><p>Faça a contação de história. (Professor(a), você pode contar</p><p>essa história encenando com um fantoche, com teatro de varas</p><p>ou outro suporte que auxilie a narração).</p><p>✓ Ressaltar, após a contação da história, as expressões dos</p><p>personagens e o fato de algumas palavras estarem sublinhadas,</p><p>com letras diferentes. Retome o livro, mostrando as letras, as</p><p>imagens, provocando a criança com relação a isso, procurando</p><p>saber quais hipóteses que elas têm sobre a disposição gráfica das</p><p>palavras e expressões. Pergunte para as crianças o nome da histó-</p><p>ria, quem a escreveu.</p><p>(Professor(a), nesse momento mostre que</p><p>a história possui uma tradutora, pergunte por que elas acham</p><p>que precisou de uma tradutora para essa história), o porquê de a</p><p>história ter esse nome, como era o cachorrinho da história, quais</p><p>eram seus hábitos, como ele se comportava, se fazia peraltices por</p><p>maldade, como ele se via diante de seus comportamentos, como</p><p>ele era visto pela família de acordo com suas atitudes.</p><p>✓ Refletir, com as crianças, ainda em roda, sobre como elas</p><p>se veem em suas atitudes, como elas pensam que as pessoas as</p><p>veem, se elas ajudam em casa, se contribuem com as atividades.</p><p>✓ Explorar o nome do cachorro. Converse sobre o fato de</p><p>ele considerar que sua coleira esteja com o nome errado. Discu-</p><p>ta com as crianças que cada um tem seu nome e o seu jeito de</p><p>ser. Reflita que algumas pessoas possuem apelido, ouça o que as</p><p>crianças têm a dizer sobre isso, faça as intervenções necessárias.</p><p>Retome a galeria de nomes e explore-a. Entregue uma folha para</p><p>que as crianças experimentem a escrita do seu nome.</p><p>✓ Escrever no quadro as palavras APOLO e NÃO, aponte</p><p>como iniciam essas palavras, se tem algum colega na turma que</p><p>começa com a mesma letra dos nomes Apolo e Não. Peça à tur-</p><p>ma que listem palavras iniciadas com as mesmas letras A e N.</p><p>Escreva, no quadro, os nomes que as crianças disserem, não só</p><p>os nomes que estiverem certos, mas também os nomes que não</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>57</p><p>começam com a letra, e depois das sugestões, realize análise da</p><p>letra inicial de cada palavra mencionada.</p><p>✓ Identifique cada letra das palavras APOLO e NÃO. Chame</p><p>as crianças no quadro para que possam experimentar a escrita</p><p>desses vocábulos. Na sequência, peça às crianças que compo-</p><p>nham as referidas palavras utilizando alfabeto móvel. Entregue</p><p>o crachá para que elas observem se em seus nomes possuem</p><p>alguma letra dessas palavras.</p><p>✓ Fazer, com as crianças, a ficha técnica de Apolo, com</p><p>nome, apelido, raça, principal qualidade, comida preferida, maior</p><p>travessura. Posteriormente, providencie a digitação do texto, dis-</p><p>ponibilizando uma cópia para cada criança, pedindo que façam</p><p>a ilustração. (Professor(a), nessa atividade você será o escriba).</p><p>✓ Fazer uma reflexão sobre o fato de que, assim como Apo-</p><p>lo, cada um tem suas características e, paralelo à ficha de Apolo,</p><p>provoque como ficaria a ficha se fosse com os colegas da turma</p><p>e, oralmente, discuta como eles são, como se sentem, suas ca-</p><p>racterísticas, como se veem, do que gostam.</p><p>✓ Realizar o varal das emoções. Disponibilize, num varal, as</p><p>imagens das emoções, e a criança precisa buscar a face que re-</p><p>presenta sua emoção e expressar por que escolheu aquela figura.</p><p>Faça contagem de todas as figuras juntas e forme conjuntos, por</p><p>exemplo: todas as alegres, todas as tristes. As crianças utilizarão</p><p>material concreto para representação da quantidade. Peça para</p><p>que elas registrem, no caderno, as quantidades de maneira não</p><p>convencional – com rabiscos, símbolos ou desenhos.</p><p>✓ Construir um gráfico do varal das emoções, utilizando</p><p>os dados levantados na proposta anterior. O gráfico será cons-</p><p>truído com caixas de fósforos, representando as quantidades.</p><p>Deixe que cada criança coloque sua caixinha de fósforo no</p><p>gráfico, de acordo com a sua emoção. Problematize os dados</p><p>obtidos no gráfico, com perguntas do tipo: há mais crianças</p><p>alegres ou tristes? Por quê? Todas as crianças participaram?,</p><p>etc. (Professor(a), nesse questionamento, juntamente, você e</p><p>as crianças, contem quantas caixinhas há no gráfico e quantas</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>58</p><p>crianças participaram, levando-as a perceber que ambas as in-</p><p>formações correspondem ao mesmo número).</p><p>✓ Levar as crianças ao pátio para dançar e cantar a música</p><p>“De estimação”, Mundo Bita. Solicite que as crianças imitem</p><p>um cachorro, façam o som do cachorro, como andam, correm,</p><p>como ficam quando estão alegres, bravos e outras.</p><p>✓ Retomar a história com as crianças, discutindo quais foram</p><p>as travessuras de Apolo. Faça uma lista das peraltices do cãozi-</p><p>nho. Em seguida, realize a leitura da mesma em voz alta. Ao final,</p><p>peça que cada criança exponha o que diria a Apolo, diante de suas</p><p>atitudes. (Professor(a), nessa atividade você será o escriba).</p><p>✓ Dizer para as crianças que Apolo sumiu, que todos da</p><p>casa o procuraram e foi em vão, sem sucesso algum, ele não</p><p>foi encontrado. Questione às crianças: o que poderia ser feito</p><p>para que o maior número de pessoas ficasse sabendo do desa-</p><p>parecimento do cãozinho? Ouvir, atentamente, as sugestões das</p><p>crianças. Leve jornal e faça leitura de anúncios, explicando a</p><p>sua função. (Professor(a), possivelmente, a turma irá dizer para</p><p>mandar mensagem no celular, colocar no facebook. Esclareça</p><p>que essas são possíveis alternativas, no entanto, há outros veícu-</p><p>los de informação que também cumprem esse papel, leia alguns</p><p>anúncios para a turma).</p><p>✓ Produzir, coletivamente, um anúncio para que o cachorro</p><p>possa ser encontrado. Nessa produção, leve em consideração as</p><p>características de Apolo, o contato do anunciante, entre outras</p><p>informações relevantes. Redija o anúncio em papel pardo. Rea-</p><p>liza a leitura do texto, pedindo para as crianças localizarem com</p><p>o dedo informações, como: onde está o nome do cão, o contato</p><p>para a pessoa se comunicar, entre outras.</p><p>✓ Convidar as crianças para irem ao pátio e brincar de “Ca-</p><p>chorro e Gato cego”. Para isso, serão necessários dois lenços</p><p>para vendar os olhos: um para a criança que será o cachorro</p><p>e um para a criança que será o gato. Organize a turma de pé,</p><p>de mãos dadas, numa grande roda. Sorteie duas crianças para</p><p>ficarem no centro, sem saírem do círculo, uma será o cachorro</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>59</p><p>e a outra o gato, ambos com os olhos vedados. Toda vez que o</p><p>cachorro latir, o gato mia, o cachorro então pegará o gato. Caso</p><p>ele consiga, os dois entram na roda e recomeça a brincadeira.</p><p>✓ Dizer que temos uma excelente notícia: a família encon-</p><p>trou, em casa, um bilhete de Apolo. Afinal, ele não havia sumi-</p><p>do, ele apenas tinha ido passar uns dias na casa de um amigo.</p><p>Mostre o bilhete sugerido abaixo em cartaz. Faça a leitura apon-</p><p>tada com a turma. Converse com as crianças sobre o fato de</p><p>Apolo ter saído sem se comunicar, oralmente, com a família, o</p><p>transtorno que causou o fato de as pessoas não saberem onde o</p><p>cão estava, a preocupação de todos com o paradeiro de Apolo.</p><p>Comente que o bilhete também é uma forma de comunicação</p><p>escrita, esclarecendo sua função. Localize, no cartaz, as seguin-</p><p>tes informações: onde está escrito para quem é o bilhete, quem</p><p>o enviou, a data em que foi escrito, se há números no bilhete,</p><p>onde está o número que indica a quantidade de dias que Apolo</p><p>ficaria fora de casa.</p><p>FAMÍLIA,</p><p>VOU PASSAR TRÊS DIAS NA CASA DO MEU AMIGO</p><p>TOTó. VOLTO LOGO!</p><p>QUALQUER COISA O TELEFONE DE LÁ É 3202-0005.</p><p>APOLO</p><p>28/01/2018</p><p>✓ Convidar as crianças a escreverem um bilhete. Entregue</p><p>uma folha e permita que elas experimentem a escrita ao seu</p><p>modo, que possam fazer um bilhete para seus pais, assim como</p><p>Apolo. Lembre-lhes que no início, precisa ter o nome de quem</p><p>vai receber o bilhete e, no final, o nome de quem mandou o</p><p>bilhete. Proponha que as crianças façam a leitura do texto para</p><p>a turma ao final de sua produção. (Professor(a), identifique o</p><p>bilhete de cada criança).</p><p>✓ Construir um mural com esses bilhetes e depois entregue</p><p>para os pais.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>60</p><p>referência</p><p>ALTÉS, Marta. não! Tradução Gilda de Aquino. São Paulo: Escarlate,</p><p>2013.</p><p>sugestões de leitura</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: < http://bit.ly/2slGTVn>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART,</p><p>Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>LAJOLO, Marisa. do mundo da leitura para a leitura do mundo.</p><p>São Paulo: Ática, 1994.</p><p>o mundo dA leiturA e dA escritA</p><p>ApresentAdo por umA zebrA nA modA!</p><p>obra literária: Uma Zebra Fora do Padrão</p><p>Autora: Paula Browne</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>61</p><p>sinopse</p><p>Esta obra literária nos apresenta uma Zebra totalmente dife-</p><p>rente, moderna, inteligente e muito engraçada. Vamos aprender</p><p>e brincar muito com essa danadinha que ama ler e escrever listas.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Nomeação e descrição de objetos, pessoas e imagens;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulações de</p><p>conclusões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações do cotidiano:</p><p>diálogos interativos;</p><p>• Aquisição e ampliação de vocabulário;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras “lendo” de</p><p>modo próprio, as letras do alfabeto, listas de nomes;</p><p>• Percepção de situações nas quais se faz necessário o uso</p><p>da leitura e da escrita, tais como confecção de listas e textos</p><p>coletivos (sempre o adulto é o escriba e o ledor);</p><p>• Coordenação motora fina: rabiscos, desenhos, ilustrações</p><p>de textos lidos por meio de gravuras/figuras/obras de arte;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros;</p><p>• Leitura de imagens, reconhecendo as ideias nelas contidas;</p><p>• Representação da escrita por rabiscos, garatujas e desenhos,</p><p>(o(a) professor(a) descreve a representação das palavras e letras</p><p>escritas por cada criança);</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários</p><p>portadores de texto;</p><p>• Brincadeira de escrita: tentativa e experimentação da es-</p><p>crita das letras e do próprio nome (de acordo com as habilida-</p><p>des que possui, nada de cópia ou pontilhados).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>62</p><p>✓ matemática:</p><p>• Cores primárias e formas geométricas (círculo, quadrado,</p><p>retângulo, triângulo);</p><p>• Tamanho: grande e pequeno; maior e menor; mesmo ta-</p><p>manho;</p><p>• Comparação, seriação e classificação: por cores, pela</p><p>forma, pela igualdade e diferenças;</p><p>• Manipulação e exploração de objetos e brinquedos para</p><p>comparar, classificar, ordenar, contar e realizar registros não</p><p>convencionais;</p><p>• Contagem;</p><p>• Leitura e interpretação de gráfico;</p><p>• Leitura, reconhecimento e experimentação da escrita</p><p>(escrita não convencional).</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Manipulação e emprego de inúmeros suportes,</p><p>instrumentos, técnicas e materiais plásticos como tinta e pincel,</p><p>gizão, giz, lápis de cor, cola;</p><p>• Criação espontânea: rabiscar, desenhar, colorir e pintar;</p><p>• Cores e formas de objetos;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Apreciação de obras de arte;</p><p>• Organização de espaços para exposição e apreciação das</p><p>produções artísticas;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>• Releitura de imagens.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Exploração de sensações e ritmos corporais por meio de</p><p>gestos, mímicas, posturas, da linguagem oral e da dança;</p><p>• Movimento e o ritmo;</p><p>• Movimentos livres e coordenados;</p><p>• Jogos e brincadeiras envolvendo o movimento corporal,</p><p>brincadeiras espontâneas e ou dirigidas;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>63</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Jogos simbólicos – o faz de conta;</p><p>• Audição e canto de músicas infantis.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Ações de responsabilidade e de democracia;</p><p>• Organização do ambiente - espaço físico, materiais e tempo;</p><p>• Vestuário;</p><p>• Experimentação das cores – experiência.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Participação ativa em brincadeiras;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas (roda de conversa);</p><p>• Respeito aos que convivem comigo;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras;</p><p>• Organização e proposição de jogos e brincadeiras, bem</p><p>como participação ativa.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Apresentar o livro “Uma Zebra Fora do Padrão” para a</p><p>turma. Formando uma roda de conversa, explore, com as crian-</p><p>ças, a capa do livro, levantando hipóteses sobre as imagens e,</p><p>também, refletindo sobre o título, indague-lhes se sabem o por-</p><p>quê do termo “fora do padrão”. Conte a história, utilizando di-</p><p>ferentes recursos. Faça o momento da contação ser mágico.</p><p>✓ Retomar com as crianças se as atitudes da Zebra da his-</p><p>tória são comuns em todas as zebras. Leia uma ficha técnica</p><p>sobre uma zebra, que não seja a da história e, depois, peça para</p><p>a turma comparar com a “Zebra Fora do Padrão”. Aproveite e</p><p>explique o que é uma ficha técnica.</p><p>✓ Confeccionar a Zebra Fora do Padrão com material reci-</p><p>clado, criando a “mascotinha” da sala, não esquecendo as es-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>64</p><p>pecificidades dela – o vestuário. Faça uma eleição, na sala, para</p><p>escolher um nome para ela. Ressalte a importância do nome</p><p>para cada um, trabalhe o nome das crianças, a lista de chamada</p><p>e o crachá. Crie, também, um crachá para a zebra e explore a</p><p>composição do nome, a quantidade de letras, as letras que se</p><p>repetem, a letra inicial e a final. Entregue uma folha à turma e</p><p>peça que cada um faça o desenho da zebra e, em seguida, expe-</p><p>rimente a escrita do nome escolhido para a zebrinha e do nome</p><p>delas. (Professor(a), permita que as crianças façam a escrita do</p><p>seu nome e da zebra ao seu modo. Em seguida, junto a elas, faça</p><p>a escrita convencional). Chame a atenção para as características</p><p>da zebra da história e proponha a confecção da “mascotinha”.</p><p>FigUrA 2</p><p>ZeBrA FeitA de mAteriAL reCiCLáveL</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Trabalhar os tipos de vestimentas: roupa de dormir, de pas-</p><p>sear, de inverno, de verão, de trabalho - uniformes. Leve para a</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>65</p><p>sala uma caixa linda, com várias roupas dentro e apresente para</p><p>as crianças, de forma lúdica, os tipos de roupa para cada ocasião.</p><p>Instigue-as a falarem sobre as vestimentas contidas na caixa, em</p><p>qual momento se usa cada uma delas, de quais elas mais gostam.</p><p>✓ Promover, com a turma, uma pesquisa em revistas de</p><p>moda. Disponibilize tesouras e revistas e, depois, oriente as</p><p>crianças a recortarem imagens de modelos usando diferentes</p><p>vestimentas. Confeccione um cartaz das estações do ano, divida</p><p>um sulfitão em quatro partes, determine cada parte para uma</p><p>estação, cole as imagens de acordo com a estação que represen-</p><p>ta. Peça, antecipadamente, que as crianças tragam um traje de</p><p>sua preferência. Realize um desfile com as roupas respectivas</p><p>a cada estação, utilizando as vestimentas da caixa e incremen-</p><p>tando com fantasias e acessórios. (Professor(a), participará do</p><p>desfile a criança que se sentir à vontade, deixando-a livre para</p><p>fazer parte somente da plateia).</p><p>✓ Produzir, com a turma, um texto coletivo sobre a impor-</p><p>tância das vestimentas e seu uso em cada estação. (Professor(a),</p><p>durante a atividade de escrita, você é o(a) escriba).</p><p>✓ Assistir ao vídeo Mundo Bita “Troca de roupa”. Escreva a</p><p>música apreciada, no vídeo, em um cartaz. Distribua a letra da</p><p>música para a turma em uma ficha. Convide as crianças a irem</p><p>até o cartaz para pintarem as palavras que se referem a algu-</p><p>ma peça de roupa, lendo-o de forma apontada, repetidas vezes.</p><p>Concomitante a essa ação, cada uma delas realiza a mesma ati-</p><p>vidade</p><p>em sua ficha.</p><p>✓ Retomar a história, ressaltando que a Zebra Fora do</p><p>Padrão era da moda e muito inteligente. Questione às crianças</p><p>o que mais a Zebra gostava de fazer. Incentive-as a refletir</p><p>e descobrir que a Zebra gostava de ler e escrever. Aproveite</p><p>essa oportunidade e faça um levantamento de quais crianças</p><p>apreciam a leitura.</p><p>✓ Montar um cantinho de leitura na sala com livros, gibis,</p><p>revistas, jornais, etc. Incentive as crianças a lerem, faça media-</p><p>ção, converse com a turma, falando da importância da leitura e</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>66</p><p>retome, com elas, a história da Zebra que adorava ler e que era</p><p>muito inteligente por isso. Mostre o mundo mágico da leitura</p><p>para as crianças. Entregue uma folha para a turma e solicite que</p><p>desenhe ou escreva o que leu nos cantinhos. Posteriormente, em</p><p>roda, peça para que as crianças socializem o que registraram.</p><p>Instigue-as a dizerem o nome do livro que leram.</p><p>✓ Brincar de “Que história é essa?”. Em uma caixa bonita e</p><p>colorida, coloque vários livros de história e, com todos sentados</p><p>em roda, passe a caixa um para o outro cantando a seguin-</p><p>te canção: “PASSE A hISTóRIA, PASSE A hISTóRIA, E O</p><p>SEU NOME EU VOU FALAR”. Ao término da música, quem</p><p>estiver com a caixa deve pegar um livro e dizer o nome da his-</p><p>tória, explorando a capa. (Professor(a), seja o(a) mediador(a)</p><p>da brincadeira, incentivando todas as crianças a participarem).</p><p>✓ Retomar a história, falando sobre as listas que a Zebra</p><p>Fora do Padrão gostava de fazer. Questione às crianças se elas</p><p>sabem o que é uma lista, para que serve e se elas já viram algum</p><p>adulto fazer uma. Na narrativa, a Zebra fez uma lista de coisas</p><p>amarelas, convide a turma a fazer uma lista com coisas de outras</p><p>cores. Produza, com as crianças, um texto coletivo, em cartaz,</p><p>listando coisas que tenham as demais cores primárias – verme-</p><p>lha e azul. Entregue revistas para a classe e peça que as crianças</p><p>recortem objetos dessas cores e que colem no cartaz. Explore-o,</p><p>nomeando as letras e comparando com a Galeria de nomes, bus-</p><p>que evidenciar a primeira letra de cada palavra listada e também</p><p>do nome da criança. Faça a contagem, com as crianças, de quan-</p><p>tas palavras foram registradas na lista e represente essa quantia</p><p>com material concreto. Prossiga contando as letras das palavras</p><p>e registre, com elas, de forma não convencional, os numerais,</p><p>depois, questione qual é a palavra maior e qual é a menor.</p><p>✓ Ouvir a música “Onde estão as cores” da Xuxa. Faça um</p><p>passeio pela unidade escolar buscando as cores trabalhadas na</p><p>música e na lista.</p><p>✓ Fazer uma experiência com as crianças “Misturando as co-</p><p>res”. Ouvir a música da Xuxa que leva esse título. Escreva a letra</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>67</p><p>da música em um cartaz e leia com a classe. Leve, para aprecia-</p><p>ção das crianças, o vídeo da Luna “O amarelo que ficou verde”.</p><p>Posteriormente, realize, com a turma, o experimento de misturar</p><p>as cores para se transformarem em outras, use tinta guache, fo-</p><p>lhas brancas e pincéis de pintura. (Professor(a), nessa atividade</p><p>é interessante que você faça a experiência primeiro em tamanho</p><p>maior para toda a turma visualizar e, em seguida, disponibilize o</p><p>material para cada criança realizar a sua experiência).</p><p>✓ Conversar sobre a história da Zebra, retomando as lis-</p><p>tas que ela gostava de fazer. Uma delas era de coisas redondas.</p><p>Questione às crianças se todas as coisas são redondas e quais</p><p>outras formas são encontradas no nosso cotidiano. Conte a his-</p><p>tória “Redondo pode ser quadrado” de Canini. E, em roda de</p><p>conversa, socialize com elas, ouça o que têm a falar sobre a his-</p><p>tória. Questione-lhes como o Redondo ficou quadrado e se elas</p><p>conhecem outras formas além do redondo e quadrado. Peça que</p><p>a turma traga de casa embalagens de diferentes formas. Em sala,</p><p>crie os cantinhos das formas: triângulo, retângulo, círculo e qua-</p><p>drado. Convide as crianças a explorarem os cantinhos e a falarem</p><p>sobre eles. Registre a quantidade de objetos que há em cada can-</p><p>tinho e entregue para as crianças palitos de picolé para que façam</p><p>essa representação. Disponibilize folhas e estimule as crianças a</p><p>desenharem as formas do modo que conseguem. (Professor(a),</p><p>organize você, também, alguns objetos, para garantir que todas as</p><p>formas geométricas trabalhadas sejam contempladas).</p><p>✓ Criar uma lista de brincadeiras. A Zebra da história tinha</p><p>muitas listas, mas falta uma que toda criança gosta: a lista de brin-</p><p>cadeiras preferidas. Monte um cartaz com os nomes das brinca-</p><p>deiras preferidas da turma. Instigue as crianças, nesse momento de</p><p>escrita, dizendo a elas que todos estão contribuindo para ensinar</p><p>a Zebra novas possibilidades. Peça a elas que ilustrem o cartaz, fa-</p><p>zendo desenhos das brincadeiras. Digite a lista para que todos(as)</p><p>a tenham no caderno. (Professor(a), você será o escriba).</p><p>✓ Montar um gráfico com o tema “BRINCADEIRAS PRE-</p><p>FERIDAS DA TURMA DO MATERNAL”. Escolha algumas</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>68</p><p>brincadeiras da atividade anterior e, em seguida, confeccione o</p><p>gráfico com as crianças, usando caixinha de leite. Cada criança</p><p>pintará sua própria caixa com a cor predileta, colocando-a na</p><p>brincadeira de que mais gosta. Explore o gráfico indagando:</p><p>qual a brincadeira mais votada? Qual a menos votada? Alguma</p><p>não recebeu nenhum voto? Quantos votos a mais a campeã teve</p><p>em relação a menos votada? (Professor(a), providencie as cai-</p><p>xinhas de leite e também a tinta guache de várias cores para que</p><p>as crianças pintem suas caixas, é importante deixar as crianças</p><p>produzirem o seu material).</p><p>✓ Apreciar a obra de arte “Várias brincadeiras” de Ivan</p><p>Cruz. Leve a imagem da tela para sala e dialogue com as crian-</p><p>ças sobre o que veem na obra e quais as brincadeiras conseguem</p><p>identificar. Peça as crianças que circulem, na lista da atividade</p><p>anterior, as brincadeiras representadas na imagem. Convide-as</p><p>a irem para o pátio e realize, com elas, algumas das brincadei-</p><p>ras apresentadas na tela. Após essa vivência com a classe, faça</p><p>a releitura da obra. Disponibilize papel, tinta, pincel, pedaços</p><p>de esponja, lápis de cor, giz de cera e realize uma exposição de</p><p>arte com as obras produzidas. (Professor(a), nessa atividade, é</p><p>importante que você deixe que a criança escolha os recursos que</p><p>irá usar para fazer a releitura. Permita que a turma crie e aprecie</p><p>a riqueza da arte que produzirá).</p><p>✓ Brincar de bolha de sabão. Retome a obra proposta na</p><p>unidade e relembre a brincadeira favorita da Zebra Fora do</p><p>Padrão, que era a da bolinha de sabão. Convide as crianças a</p><p>brincarem de “Bolão de Sabão”, usando varetas e cordão, para</p><p>que sejam feitas bolas grandes. Enquanto brincam, cante com</p><p>as crianças a música “Bola de sabão”, da CIA Pé de Moleque.</p><p>Bola de sabão</p><p>Plimpão, Plimpão</p><p>Olha a bolinha de sabão</p><p>Plimpão, Plimpão</p><p>Tem bolinha e tem bolão.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>69</p><p>5 colheres de açúcar, 1/2 litro de sabão, misture um pouco de</p><p>água e está pronto o seu bolão (Refrão 2x).</p><p>referências</p><p>BROWNE, Paula. Uma Zebra Fora do padrão. Rio de Janeiro: Rocco</p><p>Pequenos Leitores, 2011.</p><p>LUNA: O AMARELO QUE FICOU VERDE. Disponível em: <http://</p><p>bit.ly/2IVkv0g>. Acesso em: 30 jan. 2018.</p><p>TROCA ROUPA MUNDO BITA. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2xpyLci>. Acesso em: 26 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Bebês como leitores e autores. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 4, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação</p><p>Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SEBER, Maria da Glória. A escrita infantil: o caminho da constru-</p><p>ção. São Paulo: Scipione, 2009.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>70</p><p>gAlinhA mAricotA ensinA como se</p><p>AlimentAr bem!</p><p>obra literária: O sanduíche da Maricota</p><p>Autor: Avelino Guedes</p><p>sinopse</p><p>A galinha Maricota queria muito comer um sanduíche simples,</p><p>com apenas um pãozinho, milho, quirera e ovo. Tudo que ela mais</p><p>gosta. No entanto, seu desejo estava longe de se realizar, pois</p><p>alguns animais começaram a chegar até ela querendo acrescentar</p><p>sua comida preferida. Será que isso vai dar certo? Esse sanduíche</p><p>ficará saboroso? E a galinha Maricota? Ficará satisfeita?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações do cotidiano;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Percepção da leitura como fonte de informação,</p><p>entretenimento e prazer;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de</p><p>conclusões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>71</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros, como histórias;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras de seu</p><p>nome;</p><p>• Representação da escrita por rabiscos, garatujas ou de-</p><p>senhos;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura de imagens como fonte de comunicação e</p><p>expressão de ideias;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Reconto de narrativas com base nas histórias contadas;</p><p>• Criação de textos orais a partir de uma obra literária e</p><p>registro pelo adulto (escriba);</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome dentre vários</p><p>(1ª letra do nome).</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Manipulação e emprego de inúmeros suportes,</p><p>instrumentos, técnicas e materiais plásticos como saquinho de</p><p>papel, E.V.A., penas, papel Collor set, olhinhos;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Construção de jogos;</p><p>• Cores primárias.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Audição de músicas;</p><p>• Jogos e brincadeiras.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Correspondência;</p><p>• Noção de contagem nas brincadeiras e em situações nas</p><p>quais as crianças reconheçam a sua necessidade;</p><p>• Jogos simbólicos (o faz de conta);</p><p>• Marcação de tempo: calendário.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>72</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Interação com as pessoas e o meio;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• hábito alimentar saudável;</p><p>• Ações de responsabilidade e de democracia no ambiente</p><p>no qual está inserido;</p><p>• higienização dos alimentos.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Mostrar a capa da obra “O sanduíche da Maricota” de</p><p>Avelino Guedes. Discuta as inferências das crianças sobre o</p><p>título do livro, refletindo sobre a imagem da capa. Questione</p><p>às crianças quais ingredientes uma galinha colocaria em um</p><p>sanduíche e por quê. Faça a contação da história.</p><p>✓ Propiciar roda de conversa sobre a obra literária, fa-</p><p>zendo questionamentos que auxiliem as crianças quanto à</p><p>interpretação. Seguem algumas sugestões: qual o título da</p><p>história? Quais são os personagens? Quem é Maricota? Como</p><p>ela é? Maricota estava preparando seu sanduíche quando al-</p><p>guns animais chegaram à sua casa. Cada animal que chegava</p><p>dava uma sugestão. Que tamanho ficou o sanduíche? Se você</p><p>fosse a Maricota teria colocado os alimentos sugeridos pelos</p><p>animais que chegaram? Por quê? Será que a Maricota pode</p><p>comer sanduíche todos os dias? Por quê? Você gosta de san-</p><p>duíche? Quem faz seu sanduíche? Que alimentos têm em seu</p><p>sanduíche? E você come sanduíche todos os dias, é correto?</p><p>✓ Confeccionar, com participação das crianças, um cartaz</p><p>com o título da história colando as imagens dos animais com os</p><p>seus respectivos nomes abaixo. Chame a atenção das crianças</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>73</p><p>para a primeira letra de cada nome. Observe se, na galeria de</p><p>nomes, há alguma criança cujo nome inicia sua escrita com a</p><p>mesma letra dos nomes dos animais.</p><p>✓ Desafiar as crianças a escrever o nome da galinha - MA-</p><p>RICOTA, a seu modo, para que, depois, façam o desenho dela.</p><p>(Professor(a), escreva convencionalmente o nome da galinha,</p><p>juntamente com as crianças).</p><p>✓ Fazer cartaz com os alimentos que cada animal acrescen-</p><p>taria no sanduíche da Maricota. Retome a história da unidade e,</p><p>posteriormente, distribua material impresso para que as crianças</p><p>procurem e recortem o que cada animal colocaria no sanduíche,</p><p>colando-o no cartaz. Garanta que todos os alimentos citados na</p><p>história estejam no acervo impresso disponibilizado. Utilize esse</p><p>recurso, para realizar o reconto da história. Ouça, atentamente,</p><p>os comentários da turma em relação à narrativa e construa um</p><p>texto. (Professor(a), nessa atividade, você é o(a) escriba).</p><p>✓ Confeccionar o fantoche da galinha Maricota. Use os</p><p>seguintes materiais: saquinho de papel, colheres plásticas des-</p><p>cartáveis, papel colorido, tinta guache, fita crepe e muita cria-</p><p>tividade. Disponibilize as partes que compõem a galinha e e</p><p>desafie as crianças a montarem-na. Observe suas tentativas</p><p>antes da colagem definitiva.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>74</p><p>FigUrA 3</p><p>A gALinhA mAriCotA</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Cantar a canção “A galinha do vizinho bota um ...”,</p><p>fazendo adaptação “A galinha Maricota bota um...”, usando os</p><p>fantoches confeccionados. Convide as crianças a apresentarem</p><p>a canção para as demais turmas da Unidade Escolar. Incentive,</p><p>ainda, que cantem a canção para as famílias usando o fantoche</p><p>que levarão para casa.</p><p>✓ Propor o Bingo da Maricota ilustrado por imagens dos</p><p>alimentos que foram usados no sanduíche feito pela galinha.</p><p>Inicialmente, entregue 4 (quatro) tampinhas pet que serão usa-</p><p>das pelas crianças como marcadores do bingo e explore a cor</p><p>das mesmas. Indague a turma sobre a quantidade de tampinhas</p><p>pet que cada uma recebeu. Posteriormente, realize a contagem</p><p>um a um dessa quantidade. Em seguida, ofereça uma cartela do</p><p>bingo para cada uma delas e converse sobre a importância de se</p><p>respeitar as regras de um jogo. Pergunte às crianças que alimen-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>75</p><p>tos elas veem em sua cartela. Antes que inicie o jogo, explique</p><p>as regras: diga que você irá sortear os alimentos; oriente para</p><p>que as crianças procurem na sua cartela o alimento sorteado e</p><p>marque-o usando a tampinha pet; informe a elas que quem tiver</p><p>todos os alimentos marcados com as tampinhas pet, deverá di-</p><p>zer: BINGO! Tornando-se o(a) vencedor(a).</p><p>✓ Realizar degustação de um dos alimentos do sanduí-</p><p>che da Maricota. Escolha, juntamente com as crianças, um</p><p>dos alimentos usados no preparo do sanduíche. Registre no</p><p>quadro a opinião de cada criança e as auxilie quanto à análise</p><p>do resultado. Providencie e sirva o alimento escolhido por</p><p>meio</p><p>de votação e incentive-as a experimentarem.</p><p>✓ Produzir painel com o tema “Vamos comer! Posso comer</p><p>em maior quantidade. Atenção! Posso comer em menor quanti-</p><p>dade”. Peça, antecipadamente, por meio de um bilhete, imagens</p><p>de alimentos consumidos pelas crianças. Propicie a apresenta-</p><p>ção das imagens por elas mesmas, colaborando para o seu de-</p><p>senvolvimento quanto à oralidade e desinibição ao apresentar-se</p><p>em público. Proponha uma roda de conversa sobre as imagens</p><p>coletadas, fazendo com que a turma perceba quais alimentos</p><p>podem ser consumidos em maior e menor quantidade. Oriente-</p><p>-as para que separem os alimentos. Organize o painel em duas</p><p>colunas: na primeira, constará o sinal verde: Vamos comer! Posso</p><p>comer em maior quantidade e, na segunda, o sinal amarelo: Aten-</p><p>ção! Posso comer em menor quantidade. Exponha o painel para a</p><p>apreciação da comunidade escolar e, depois, de alguns dias, faça</p><p>o sorteio e presenteie uma criança com o painel produzido.</p><p>✓ Entrevistar a merendeira da Unidade Escolar. Combine com</p><p>a merendeira uma conversação com as crianças. Durante a entre-</p><p>vista questione inicialmente: como você higieniza os alimentos?</p><p>Conduza o diálogo entre a merendeira e a turma. Fique atento(a)</p><p>à participação das crianças e intervenha quando necessário.</p><p>✓ Preparar o sanduíche da Maricota. Decida com as crian-</p><p>ças o dia do preparo do lanche e marque a data no calendário</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>76</p><p>exposto na sala de aula. Conte com a turma quantos dias fal-</p><p>tam para a realização da proposta e explore se faltam poucos</p><p>ou muitos dias. No dia marcado, apresente os alimentos que</p><p>podem ser usados para rechearem seu sanduíche e questione</p><p>quais alimentos são, se gostam ou não gostam. Desafie as crian-</p><p>ças a montarem o seu sanduíche. Agora, é só degustar!</p><p>referência</p><p>GUEDES, Avelino. o sanduíche da maricota. São Paulo: Editora</p><p>Moderna, 2015.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Crianças como leitoras e autoras. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 5, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2LGQajN>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri. Letramento e modos de ser le-</p><p>trado: discutindo a base teórico-metodológica de um estudo. revista</p><p>Brasileira de educação, Rio de Janeiro, v. 11 n. 33, set./dez. 2006.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>77</p><p>mAriA, mAriA de estrAnhA mAniA!</p><p>obra literária: Maria vai com as outras</p><p>Autora: Silvia Orthof</p><p>sinopse</p><p>Maria é uma amável ovelhinha que sempre anulava suas</p><p>vontades para fazer o que os outros queriam. Até que um dia,</p><p>tomou uma importante decisão. Um passeio diferente, que po-</p><p>deria colocar sua vida em risco, fez com que essa esperta ove-</p><p>lhinha mudasse o rumo de sua história.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Aquisição e ampliação de vocabulário;</p><p>• Audição, contação e reconto de histórias;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras “ lendo” de</p><p>modo próprio, as letras do alfabeto, listas de nomes;</p><p>• Percepção de situações para as quais se faz necessário o</p><p>uso da leitura e da escrita, tais como, confecção de um alimento;</p><p>• Manipulação e observação de materiais impressos;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>78</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem</p><p>textos de diferentes gêneros, como contos, notícias de jornal</p><p>informativo, receitas, convites, bilhetes, rótulos, panfletos, etc.;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura de imagens, reconhecendo as ideias nelas contidas;</p><p>• Leitura de imagens como fontes de comunicação e</p><p>expressão de ideias;</p><p>• Representação da escrita por rabiscos, garatujas,</p><p>desenhos, (o(a) professor(a) descreve a representação das</p><p>palavras e letras escritas por cada criança);</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários</p><p>portadores de texto, como galeria de nomes, rótulos,</p><p>embalagens, gibis, revistas, jornais, panfletos, listas etc.;</p><p>• Brincadeira de escrita: tentativa e experimentação da es-</p><p>crita das letras e do seu nome (de acordo com as habilidades</p><p>que possui, nada de cópia ou pontilhados).</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem;</p><p>• Leitura, reconhecimento e experimentação da escrita</p><p>(escrita não convencional);</p><p>• Resolução de situações problemas;</p><p>• Interpretação de resultados de tabela;</p><p>• Correspondência quantidade/numeral.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Criação espontânea e direcionada por ricos exemplares:</p><p>rabiscar, desenhar, colorir e pintar;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Cores e texturas;</p><p>• Manipulação e emprego de inúmeros suportes e instru-</p><p>mentos, técnicas e materiais plásticos;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>• Pintura em lixa.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>79</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Exploração de diferentes posturas corporais;</p><p>• Jogos Simbólicos: o faz de conta e jogos imitativos;</p><p>• Movimento e ritmo;</p><p>• Movimentos livres e coordenados;</p><p>• Jogos e brincadeiras envolvendo movimento corporal,</p><p>brincadeiras espontâneas e ou dirigidas;</p><p>• Audição de músicas;</p><p>• Audição e reprodução de sons diversos;</p><p>• Entendimento da necessidade de saber ouvir para que</p><p>haja comunicação.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Vínculo afetivo: atitudes de amor, parceria, confiança e</p><p>proteção a si mesmo e ao outro;</p><p>• Ações de responsabilidade e de democracia;</p><p>• órgãos do sentido: paladar;</p><p>• Respeito ao espaço do outro;</p><p>• Regras de boa convivência no ambiente escolar;</p><p>• Cidadania, ética, valores e regras de convivo social;</p><p>• Apreciação, observação e zelo das paisagens locais: pontos</p><p>turísticos;</p><p>• Os animais: ações práticas de cuidados ao meio ambiente.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Percepção de si mesmo e do outro, independente da cor,</p><p>raça, etnia, linguagem, cultura, e ou apresentação de alguma</p><p>deficiência;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Respeito aos que convivem comigo;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras;</p><p>• Organização e proposição de jogos e brincadeiras, bem</p><p>como participação ativa;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>80</p><p>• Expressão e manifestações de suas necessidades;</p><p>• Identificação progressiva de algumas singularidades pró-</p><p>prias e das demais crianças;</p><p>• Autonomia e independência ao se nutrir e higienizar-se.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Exercitar a leitura não verbal. Receba a turma com algu-</p><p>mas ovelhas espalhadas pela sala, feitas de papel e algodão e ou</p><p>E.V.A. Vista-se com um avental decorado de ovelha e cenário de</p><p>natureza. Realize o preâmbulo da história, instigando a turma</p><p>sobre o que pensa das imagens que estão na sala: qual animal</p><p>está representado nelas; se conseguem imaginar por que os ani-</p><p>mais estão ali; o que significa o cenário do avental. Caso alguma</p><p>criança</p><p>sugira que possa ser uma história, pergunte quem co-</p><p>nhece uma que tenha esse animal. (Professor(a), nesse momen-</p><p>to exercite a escutação, permita que as crianças exponham suas</p><p>deduções, aprecie atentamente a fala de cada uma, explique o</p><p>intervalo de falas e faça as mediações necessárias).</p><p>✓ Explorar a capa do livro. Peça para que relatem o que</p><p>estão vendo; se as ovelhas estão juntas ou separadas; se es-</p><p>tão indo pelo mesmo caminho ou caminhos distintos; se é uma</p><p>imagem alegre ou triste; por que chegaram a essa conclusão;</p><p>quais cores estão presentes na capa e qual é a predominante.</p><p>Mostre para a turma que a autora foi também a ilustradora do</p><p>livro, que, às vezes, isso ocorre.</p><p>✓ Contar a história. Esclareça que aquelas imagens remetem</p><p>a uma amável ovelhinha e que irá apresentá-la. Conte a história</p><p>fazendo entonação e suspense nos momentos oportunos. Após</p><p>a contação, converse com as crianças sobre as características</p><p>de Maria e sobre ela ser uma ovelha que sempre ia pela opinião</p><p>dos amigos. Refletindo ainda: se já agiram como Maria; se já</p><p>deixaram que o outro decidisse por elas; se já fizeram algo que</p><p>não queriam ou que era errado só para agradar ao colega ou a</p><p>alguém. Aproveite o momento, bastante oportuno, e faça com</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>81</p><p>que a turma reflita sobre o fato de que não precisa agir ou ser</p><p>como o outro, que é importante construir sua própria opinião,</p><p>sua própria identidade, sendo autor da própria história. Faça,</p><p>com as crianças, a relação entre o ditado popular “Maria vai</p><p>com as outras” e o livro escrito por Silvia Orthof.</p><p>✓ Realizar dramatização da narrativa. Identifique, com a tur-</p><p>ma, os personagens da história e convide-a a participar. Combine,</p><p>previamente, quais dos personagens cada uma deseja representar.</p><p>O narrador será você e as crianças, as ovelhas. Elas dramatizam,</p><p>enquanto você narra. (Professor(a), repita a encenação várias ve-</p><p>zes, até que todas, que tenham interesse, participem).</p><p>✓ Explorar a palavra Maria. Escreva-a no quadro, faça a</p><p>leitura apontada, identifique, com as crianças, todas as letras</p><p>da palavra, fazendo relação com outras. Conte a quantidade</p><p>de letras, reflita sobre quais são as vogais, recorra à galeria de</p><p>nomes e verifique se o nome de alguma criança começa com a</p><p>letra inicial de MARIA.</p><p>✓ Montar o nome MARIA com alfabeto móvel. Escreva no</p><p>quadro, com a ajuda das crianças, a palavra MARIA. Logo após,</p><p>entregue a elas o alfabeto móvel para que possam compor o</p><p>nome da ovelha. Em seguida, a turma deve anotá-lo, como con-</p><p>seguir, no caderno. Solicite a ela que cole palitos, fazendo cor-</p><p>respondência com a quantidade de letras e escreva o numeral</p><p>equivalente a essa quantidade.</p><p>✓ Conhecer outra Maria. Converse com as crianças que a</p><p>Maria a qual conheceram é uma ovelhinha, convide-as a conhe-</p><p>cerem a Maria pessoa, a Maria mulher. Organize-as sentadas</p><p>em círculo, no piso da sala, pedindo que ouçam, algumas vezes,</p><p>a música de Milton Nascimento, Maria, Maria. Após a aprecia-</p><p>ção, direcione uma conversa para que haja compreensão da letra.</p><p>Por fim, peça que se levantem, peguem instrumentos da bandi-</p><p>nha, cantem e acompanhem o ritmo da música. (Professor(a),</p><p>organize, antecipadamente, a bandinha e ou instrumentos mu-</p><p>sicais confeccionados com materiais reutilizáveis).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>82</p><p>✓ Construir uma tabela de preferências com o tema “Gostos</p><p>da turma”. Convide as crianças para uma roda no chão e, num</p><p>papel pardo, em tamanho grande, disponibilize a tabela abaixo</p><p>para preencher coletivamente. O(a) professor(a) lê cada item</p><p>e, com um X, as crianças devem marcar seus gostos. Diga que,</p><p>para marcar a preferência na tabela, deverá seguir a sua própria</p><p>opinião. Ninguém deverá fazer como a ovelhinha Maria, pois</p><p>todos somos diferentes. Cada um tem a capacidade de realizar</p><p>suas próprias escolhas.</p><p>gosto de: sim não</p><p>ChOCOLATE</p><p>REFRIGERANTE</p><p>JILó</p><p>BRIGA</p><p>ABRAÇO</p><p>✓ Interpretar a tabela. Analise os resultados: quantos gos-</p><p>tam de cada item, quantos não gostam, qual é o item predileto</p><p>da turma, qual é o menos aprovado. Gere, oralmente, outras</p><p>situações-problema, utilizando-se desses resultados. Entregue</p><p>para cada criança uma tabela xerocada, faça no quadro uma</p><p>tabela em branco para acompanhar, lendo e orientando item</p><p>a item. Em sua própria tabela, cada uma deve marcar o X de</p><p>acordo com seu próprio gosto, opinião e preferência. Leia em</p><p>voz alta o resultado da tabela de algumas crianças – das que se</p><p>sentirem à vontade para isso - mostre as diferenças. Ressalte a</p><p>importância do respeito às diferenças. Promova um momento</p><p>de escutação e apreciação da música da Xuxa “Você vai gostar</p><p>de mim”. Para isso, reorganize o espaço convidando as crianças</p><p>a cantarem e a se movimentarem livremente, seguindo o ritmo</p><p>da música. Posteriormente, exponha na escola a tabela coletiva</p><p>e as tabelas individuais. (Professor(a), a criança deve escrever,</p><p>ao seu modo, seu nome na identificação da ficha. Em seguida,</p><p>registre ao lado, de forma convencional, o nome de cada uma).</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>83</p><p>✓ Refletir sobre identidade. Realize a intertextualização com</p><p>essa narrativa, lendo e discutindo com a turma, em roda de con-</p><p>versa, um texto que trate sobre identidade. Ressalte o fato de</p><p>cada um possuir características individuais, tanto em aparência</p><p>física, quanto em personalidade. Aponte, ainda, que nossas di-</p><p>ferenças nos completam e que precisamos respeitar as pessoas</p><p>como são. Instigue as crianças a citarem suas características pes-</p><p>soais, dispondo-se a falar como são e o que sentem. Peça, então,</p><p>que pintem, num prato de papelão, seus rostos, utilizando tinta</p><p>guache. Afixe as atividades, num cartaz, e, abaixo de suas obras,</p><p>cole uma tarja com seus nomes – a mesma deve ser feita com es-</p><p>crita imitativa, utilizando o crachá. Para a apreciação da comuni-</p><p>dade escolar, exponha a atividade. (Professor(a), Pedro Bandeira</p><p>possui alguns textos que tratam a respeito do tema, explore-os).</p><p>✓ Brincar de “A ovelha mandou” – remodelagem de o “Mes-</p><p>tre mandou”. Conduza a turma até o pátio, organize-a em meio</p><p>círculo. Uma das crianças deverá estar de frente a esse meio cír-</p><p>culo – essa será a ovelha Maria, a mediadora. As demais crian-</p><p>ças, que formam o meio círculo, farão o que Maria mandar.</p><p>Ressalte, nesse momento, que isso é apenas uma brincadeira,</p><p>pois não devemos fazer nada só porque o outro manda. No de-</p><p>correr da brincadeira, faz-se necessário trocar o mediador, dei-</p><p>xe que todos(as) sejam mediadores(as).</p><p>✓ Montar um painel com o tema “Um pouquinho do que</p><p>descobrimos sobre as ovelhas”. Apresente para a classe vídeos e</p><p>imagens de ovelhas – esse material pode ser obtido na internet</p><p>e deve proporcionar às crianças maiores informações sobre o</p><p>animal. Discuta com elas sobre as novas descobertas feitas a</p><p>partir das informações aprendidas. Tome nota das mesmas, em</p><p>papel, e monte um mural.</p><p>✓ Elaborar o diário de Maria fazendo texto coletivo –</p><p>professor(a) como escriba. Retome a história com as crianças,</p><p>estimule que narrem, anote o que vão lembrando e organize a</p><p>sequência dos acontecimentos. Logo após, utilize a história para</p><p>verificar se a organização das ideias ficou adequada. Providen-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>84</p><p>cie, para o próximo momento, o texto digitado. Entregue-o para</p><p>as crianças ilustrarem.</p><p>✓ Brincar de Boliche da história. Confeccione, com garrafas</p><p>pet, os pinos do boliche, colando nelas ilustrações das cenas da</p><p>narrativa. Leve a turma para o pátio e divida-a em duas equipes</p><p>– azul e vermelha – enquanto a brincadeira acontece, registre as</p><p>pontuações. Em seguida, converse com a classe sobre os resul-</p><p>tados obtidos, questionando: qual foi a equipe vencedora? Qual</p><p>pontuação alcançada por ela? Quantos pontos a outra equipe</p><p>marcou? Permita que as crianças acompanhem as pontuações,</p><p>utilizando palitos para quantificá-las. Registre, no quadro, as</p><p>conclusões a que chegarem nas situações-problema, peça que</p><p>registrem, no caderno, de forma convencional ou não conven-</p><p>cional, esses resultados. Proponha que a equipe vencedora re-</p><p>conte a história, utilizando as imagens coladas nos pinos. Em</p><p>seguida, em homenagem à equipe vencedora, todos irão embora</p><p>com um balão da cor dessa equipe.</p><p>✓ Apresentar o Corcovado e outros pontos turísticos. Con-</p><p>verse com a turma sobre o que significa ponto turístico, peça</p><p>para que reflita sobre quais poderiam ser os pontos turísticos de</p><p>nossa cidade. Em seguida, mostre imagens do Corcovado, diga</p><p>o que é e onde fica. Apresente o mapa do Brasil, para localizar</p><p>o Rio de Janeiro. Escreva no quadro a palavra CORCOVADO,</p><p>faça leitura apontada, conte o número de letras, explore letra</p><p>inicial e final, instigue para que aponte as letras que se repetem,</p><p>identifique todas as letras dessa palavra, dirija-se até a galeria de</p><p>nomes e peça que mostre se algum colega inicia com a mesma</p><p>letra da palavra em análise. Posteriormente, apresente, também,</p><p>os principais pontos turísticos da cidade maravilhosa.</p><p>✓ Produzir, com argila, o Corcovado. Convide a turma a mo-</p><p>delar, utilizando argila, uma imitação do Corcovado. Explore a</p><p>textura e a cor, realize comparações referentes à altura das pro-</p><p>duções das crianças. (Professor(a), posteriormente, haverá uma</p><p>exposição. Guarde esse material para o momento oportuno).</p><p>✓ Brincar de Carneirinho no pátio – reformulação de Pu-</p><p>lando Carniça. Leve a turma para o pátio e explique a dinâmica</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>85</p><p>da brincadeira. Eleja uma criança, de modo democrático, para</p><p>ser o primeiro carneirinho – lembrar que carneiro é o macho da</p><p>ovelha – enquanto as demais crianças, em fila, ficam abaixadas</p><p>no chão, o “carneirinho” irá pular uma a uma, começando pela</p><p>última. Chegando à primeira criança, ele se abaixa e a última da</p><p>fila se torna o novo carneirinho.</p><p>✓ Realizar acróstico da palavra Maria. Explique para a tur-</p><p>ma o que é um acróstico, apresente e leia um modelo. Escre-</p><p>va no quadro, com todos(as) da sala, a palavra Maria - o(a)</p><p>professor(a) sendo o escriba - e peça que o reproduzam. Poste-</p><p>riormente, faça leitura apontada. Depois, peça para as crianças</p><p>escreverem, como conseguirem, a palavra MARIA no caderno.</p><p>✓ Confeccionar uma ovelha para ir sempre com a turma.</p><p>Retome a história lembrando que Maria ia sempre com as ou-</p><p>tras. Confeccione, com a classe, utilizando material reciclável,</p><p>uma ovelha, que será a Maria e, a cada dia, uma criança a levará</p><p>para a casa, porque Maria vai sempre com as outras. Destaque</p><p>a importância dos cuidados para que o objeto, que é da turma,</p><p>não estrague. Cada uma, ao retornar com Maria, deve contar sua</p><p>experiência com o “animal” em casa, o que sentiu e como foi a</p><p>estada dela em sua residência. (Professor(a), após a ovelha pas-</p><p>sear em todas as casas, guarde-a para o momento da exposição).</p><p>✓ Degustar e discutir sobre sabores. Relembre, com a</p><p>turma, que, no momento em que todas as ovelhas comeram</p><p>salada de jiló, Maria fez sua primeira reflexão. Descubra, en-</p><p>tão, quem na sala já experimentou salada de jiló, quem gosta e</p><p>quem não gosta. Verifique quais seriam os possíveis ingredien-</p><p>tes usados nessa salada, após as dicas das crianças, pegue-os</p><p>e faça a salada. Propicie um momento de degustação com as</p><p>crianças. Em seguida, discuta as diferenças entre os sabores:</p><p>amargo, doce, azedo e salgado, deixe que todas participem</p><p>dando exemplos desses alimentos.</p><p>✓ Construir a receita da salada de jiló. Registre no quadro</p><p>– professor(a) como escriba – a receita. Retome, oralmente,</p><p>faça mediação se necessário. Lembre, com a turma, passo a</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>86</p><p>passo, os ingredientes e como a salada foi feita. Organize, no</p><p>quadro, esse registro. Posteriormente, faça a leitura apontada</p><p>da receita que estará exposta no quadro, encontre e circule,</p><p>com a turma, a palavra JILó. Identifique as letras dessa pala-</p><p>vra e, logo após, convide as crianças a irem até o quadro e ex-</p><p>perimentem a escrita da palavra. (Professor(a), permita que as</p><p>crianças falem, que relatem quais ingredientes foram usados e</p><p>em qual ordem a salada foi feita).</p><p>✓ Propor pintura de tela em lixa. Retome a narrativa, re-</p><p>vendo as imagens, mostrando a lixa e dizendo que a mesma</p><p>é um material interessante para ser usado como uma tela.</p><p>Oriente que cada criança irá representar uma cena da história</p><p>na lixa, utilizando giz de cera.</p><p>✓ Realizar exposição. Organize uma exposição das pinturas</p><p>na lixa, das obras na argila – Corcovado – e a mascote Maria.</p><p>Convide a comunidade em geral para apreciação.</p><p>referência</p><p>ORThOF, Sylvia. maria-vai-com-as-outras. São Paulo: Ática, 2008.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Linguagem oral e linguagem escrita na educação infantil:</p><p>práticas e interações. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 3, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>87</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo:</p><p>Global, 2003.</p><p>o cão perAltA em: As diferençAs fAzem</p><p>pArte dA vidA!</p><p>obra literária: O Peralta</p><p>Autor: Jefferson Galdino</p><p>sinopse</p><p>Como seria uma casa em que um cachorro que só queria</p><p>saber de diversão vivesse por lá? Vamos acompanhar a histó-</p><p>ria desse cachorrinho bagunceiro e descobrir até que ponto ele</p><p>pode ser Peralta.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>88</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Expressão de ideias e opiniões e interação comunicativa</p><p>nas diversas situações do cotidiano;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Expressão e manifestação de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos em situações cotidianas;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de conclu-</p><p>sões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome dentre vários;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais se utiliza a</p><p>escrita de maneira contextualizada;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura de imagens reconhecendo as ideias nelas contidas;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Participação em atividades que envolvem leitura de textos</p><p>informativos e de canções;</p><p>• Criação de textos orais a partir de imagens, gravuras/figu-</p><p>ras e registro pelo adulto (escriba);</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras observando,</p><p>lendo, “escrevendo ao seu modo” as letras do alfabeto e o pre-</p><p>nome;</p><p>• Observação de materiais impressos e produzidos pelo pró-</p><p>prio</p><p>punho;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários</p><p>portadores de texto.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Marcação do tempo – calendário;</p><p>• Comparação, seriação e classificação: por cores, pela</p><p>forma, pela igualdade e pelas diferenças;</p><p>• Contagem;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>89</p><p>• Noção de tamanho: maior e menor;</p><p>• Visualização de numerais em diversas situações como em</p><p>data de nascimento;</p><p>• Leitura, reconhecimento e experimentação da escrita do</p><p>numeral;</p><p>• Leitura e interpretação de gráfico.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Ilustração;</p><p>• Organização de espaços para exposição e apreciação das</p><p>produções artísticas;</p><p>• Modelagem e escultura (dobradura);</p><p>• Respeito e valorização de todas produções artísticas.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Movimento e o ritmo;</p><p>• Movimentos livres e coordenados;</p><p>• Jogos e brincadeiras envolvendo o movimento corporal,</p><p>brincadeiras espontâneas e ou dirigidas;</p><p>• Dança;</p><p>• Audição e canto de músicas infantis.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Meio ambiente – a casa e as partes que a compõe;</p><p>• Identidade: quem sou eu ( história do nome, característi-</p><p>cas físicas e pessoais tais como os principais costumes e hábitos</p><p>alimentares, descanso, lazer, higiene...);</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Meio ambiente – animais de estimação;</p><p>• Ações de democracia e responsabilidade no ambiente que</p><p>está inserido.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Percepção de si mesmo e do outro independente da cor, raça,</p><p>etnia, linguagem, cultura, e ou apresentar alguma deficiência;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>90</p><p>• Identificação progressiva de algumas singularidades pró-</p><p>prias e também dos colegas;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas (roda de conversa);</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras;</p><p>• Características físicas (apreciação de si mesmo) e caracte-</p><p>rísticas pessoais (gostos, preferências, aversões);</p><p>• Autorretrato.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Preparar a sala para receber as crianças, criando um pre-</p><p>âmbulo da história que será apresentada. Cole, por todo ambien-</p><p>te, várias imagens coloridas e alegres de cachorros fazendo tra-</p><p>quinagens. Em roda de conversa, fale com as crianças sobre o</p><p>que veem e as ações que os cachorrinhos estão realizando.</p><p>✓ Apresentar a história “O Peralta” em Data Show. Sen-</p><p>do o livro apenas de imagens, deixe que as crianças criem a</p><p>história. Exponha página por página e ouça o que elas têm a</p><p>elaborar sobre as imagens. Instigue e estimule para que todas</p><p>opinem sobre a história.</p><p>✓ Escrever um texto coletivo com as crianças, a partir da</p><p>leitura das imagens do livro.</p><p>✓ Explorar o prenome de todos da sala e do cachorro. Co-</p><p>mente que os pais quando escolhem nosso nome, pensam com</p><p>muito carinho no seu significado. Com certeza, os donos de</p><p>Peralta pensaram na personalidade dele quando lhe deram esse</p><p>nome. Ressalte, com a turma, a importância de se ter um nome.</p><p>Converse com as crianças sobre o fato de que cada um tem o</p><p>seu e que ele possui um significado. Retome o título da história,</p><p>e peça à turma para que identifique e nomeie as letras do alfabe-</p><p>to que aparecem no nome do PERALTA. Chame a atenção para</p><p>o nome do cachorro, questione se as crianças sabem o signifi-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>91</p><p>cado do mesmo. Na sequência, consulte, no dicionário, o sig-</p><p>nificado da palavra “peralta”. Leia o significado para a turma,</p><p>indagando a todos por que acham que o cachorro ganhou esse</p><p>nome. Distribua as letras que compõem o nome de cada criança</p><p>e peça para que forme o mesmo; ofereça o seu crachá como</p><p>suporte para realização da proposta. Logo em seguida, entregue</p><p>um cartão, solicite a escrita imitativa do prenome e a pintura</p><p>da letra inicial. Faça a socialização das produções, permitindo</p><p>que as crianças falem sobre o seu nome, ressaltando a primeira</p><p>letra. Realize o sorteio de alguns nomes, utilizando os crachás.</p><p>Com auxílio da turma, monte-os, no quadro, usando o alfabeto</p><p>móvel. Posteriormente, conte a quantidade de letras dos nomes</p><p>sorteados e explore a noção de maior e menor.</p><p>✓ Conversar com as crianças sobre os animais de estimação.</p><p>Fale sobre a importância de se ter disposição para cuidar dos</p><p>bichinhos, que eles merecem amor, carinho e respeito. Questio-</p><p>ne quem tem animal de estimação em casa e qual nome deu a</p><p>ele. Nesse momento, reflita com as crianças por que escolheram</p><p>esse nome. Faça uma lista em um cartaz com os nomes dos ani-</p><p>mais de estimação da turma. Questione às crianças que não tem</p><p>nenhum animal de estimação qual animal gostariam de ter e que</p><p>nome lhe dariam. Posteriormente, confeccione um crachá para</p><p>cada animalzinho. Disponibilize revistas para que as crianças</p><p>encontrem imagens do seu animal de estimação, recortando-as</p><p>e colando-as nele. Faça, com as crianças, a escrita convencional</p><p>do nome que deram ao seu bichinho, reforçando a proposta de</p><p>conscientizar que todos têm um nome. Faça um varal com os</p><p>crachás e exponha para toda unidade escolar.</p><p>✓ Cantar a música “Animais de Estimação” do Patati e Pa-</p><p>tatá. Coloque o vídeo com a música para apreciação, deixe as</p><p>crianças dançarem e se expressarem. Leve a letra da música em</p><p>um cartaz, faça a leitura apontada. Leia a música com a turma,</p><p>solicite que cada criança vá até o cartaz e marque os animais</p><p>que nele aparecem.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>92</p><p>✓ Relembrar, com as crianças, as partes da casa em que o</p><p>Peralta passou: sala, banheiro, quintal. Questione quais os ou-</p><p>tros cômodos de uma casa, que não apareceram na história.</p><p>Pergunte como é a casa das crianças, em qual lugar elas mais</p><p>gostam de ficar, se gostam de ficar em casa e o porquê. Reflita</p><p>com as crianças sobre a importância de se ter um lar, quan-</p><p>do tantas crianças não o têm. Cante, com a turma, a música</p><p>“A Casa” de Vinícius de Moraes, estimulando a classe a pen-</p><p>sar como seria essa casa. Faça a dobradura de uma casa com</p><p>as crianças. Na sequência, entregue a letra da música digitada,</p><p>pedindo que a ilustrem e colem a dobradura. Questione como</p><p>as casas são identificadas. Explore o fato de toda casa ter um</p><p>numeral e solicite que cada criança crie um numeral para iden-</p><p>tificação de sua casa – dobradura.</p><p>FigUrA 4</p><p>identiFiCAndo A CAsA</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Criar a identidade de cada criança. Retome a história,</p><p>refletindo, com a turma, a cena em que o Peralta derruba um</p><p>balde de tinta. Ressalte que as marcas no chão são as digitais do</p><p>Peralta e que todos nós temos uma digital. Aproveite o momento</p><p>e trabalhe a carteira de identidade. Leve para a sala um cartaz</p><p>com uma carteira de identidade, mostre para as crianças todos</p><p>os dados que constam nesse documento: data de nascimento,</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>93</p><p>nome do pai e da mãe, data de emissão, órgão expedidor, etc.</p><p>Monte, com a turma, a parte da frente do documento de iden-</p><p>tidade, colando a foto de cada um(a), pedindo que escreva seu</p><p>nome ao seu modo e marcando a sua digital. Fale da importân-</p><p>cia desse documento, que todo cidadão precisa ter o seu e que</p><p>a digital é única para cada ser humano. Explore o documento</p><p>de cada criança. (Professor(a), solicite, com antecedência, uma</p><p>foto 3x4 de cada um(a) para a construção das identidades).</p><p>✓ Construir o gráfico dos aniversariantes. Explore o cartaz</p><p>com a carteira de identidade, enfatizando a data de nascimento.</p><p>Apresente os meses do ano por meio do calendário e converse</p><p>com as crianças em qual mês cada uma faz aniversário. Pro-</p><p>ponha a construção de um gráfico, mostrando a estrutura do</p><p>mesmo – tema e o nome dos meses do ano. Utilize caixinhas de</p><p>fósforo para fazer</p><p>posições e incitar dúvidas, novas problematizações; por isso, é es-</p><p>sencial, que você, professor(a), estude mais sobre cada item. Eles</p><p>não se encerram, mas reforçam o convite: seja um(a) professor(a)</p><p>leitor(a) e pesquisador(a)! Ou, como Marina Colasanti já disse,</p><p>um convite para mergulhar em terras, ora conhecidas, ora des-</p><p>conhecidas: um mergulho paradoxal, incoerente ao se pensar que</p><p>mergulhamos em águas e não terras, ou seja, sempre é mais fácil</p><p>explorar algo já conhecido; ao mesmo tempo, o mergulho é um</p><p>convite coerente com as novas exigências para o processo de en-</p><p>sino e aprendizagem das crianças no século XXI.</p><p>o que entendemos por texto?</p><p>Em Geraldi (1993, 1996),3 constatamos que o discurso</p><p>atravessa todas as práticas sociais. Em algumas circunstâncias,</p><p>os discursos são materializados em registros simbólicos diversi-</p><p>ficados e textualizados nos gêneros discursivos, por isso o texto</p><p>2. A teoria discursiva de alfabetização toma como base o pensamento de</p><p>Ana Luiza Bustamante Smolka, publicado no livro: A criança na fase</p><p>inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. Campinas:</p><p>Cortez, 2008. Leitura essencial para todo(a) professor(a)!</p><p>3. GERALDI, João Wanderley. portos de passagem. São Paulo: Martins</p><p>Fontes, 1993.</p><p>Geraldi, João Wanderley. Linguagem e ensino: exercício de militância e</p><p>divulgação. Campinas: Mercado de Letras, 1996.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>13</p><p>é o ponto de chegada e de partida da aula. Vale ressaltar que ele</p><p>tem uma natureza híbrida, concretizada por tecnologias que não</p><p>se circunscrevem apenas em escrita alfabética.</p><p>Quando falamos em texto, é preciso considerá-lo como</p><p>prática discursiva presente em todas as manifestações huma-</p><p>nas. A música, o teatro, as artes plásticas, a fotografia, o filme,</p><p>a literatura, a bula de um remédio, uma placa de sinalização, o</p><p>manual de instruções, a planta de um edifício, uma expressão</p><p>facial... tudo é texto!</p><p>Nessa definição, Barthes advoga que texto “só existe no mo-</p><p>vimento do discurso [...]; o texto é percebido, somente, em uma</p><p>atividade de produção” (Barthes, 1977, p. 157, grifos do au-</p><p>tor, tradução livre).4 Aqui, percebemos uma aproximação com</p><p>a teoria bakhtiniana,5 na medida em que, nela, o texto se realiza</p><p>através dos enunciados concretos, dos gêneros discursivos e de</p><p>suas esferas de atividade comunicacional. Assim, concluímos</p><p>que há uma plasticidade da noção de texto, provocada pelo uni-</p><p>verso semiótico que nos cerca.</p><p>Nas práticas pedagógicas na Educação Infantil e nas con-</p><p>cepções que a circundam, precisamos desconstruir a perspecti-</p><p>va tradicional de que texto é somente um conjunto de palavras</p><p>organizadas em parágrafos e que as crianças não produzem tex-</p><p>tos nessa fase escolar. Ao contrário, é, nessa fase, que a criança</p><p>precisa ser despertada para o fato de que ela é uma produtora de</p><p>textos, isso dar-se-à mediante o favorecimento do contato e da</p><p>exploração permanentes de práticas com sentido, que envolvam</p><p>textos escritos, os orais e multimodais.</p><p>4. BARThES, Roland. image, music, text. New York: hill & hang, 1977.</p><p>5. Para aprofundar ou iniciar a leitura sobre a teoria de Bakhtin sugerimos</p><p>o livro: FARACO, Carlo Alberto. Linguagem & diálogo: as ideias</p><p>linguísticas do círculo de Bakhtin. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.</p><p>Dentre as diversas obras de Bakhtin, indicamos: BAkhTIN, Mikhail. estética</p><p>da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2006.</p><p>BAkhTIN, Mikhail. questões de estilística no ensino da língua. São</p><p>Paulo: Editora 34, 2013.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>14</p><p>sugestões de leitura</p><p>BARROS, Diana Luz Pessoa de. teoria semiótica do texto. São Paulo:</p><p>Ática, 2008.</p><p>BRONCkART, Jean-Paul. Atividades de linguagem, textos e discursos:</p><p>por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: Educ, 2012.</p><p>ELIAS, Vanda Maria; kOCh, Ingedore Grunfeld Villaça. Ler e</p><p>Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2010.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri. O processo de alfabetização e</p><p>a produção do sentido no discurso escrito. Filologia e linguística</p><p>portuguesa, São Paulo, v. 17, n. 2, p. 495-508, jul./dez. 2015.</p><p>por que a literatura infantil?</p><p>A partir do século XVII, começou a ser escrita uma litera-</p><p>tura, especificadamente, para crianças. No início de sua cria-</p><p>ção, ela cumpria um fim didático, em função de disseminar</p><p>características sobretudo relacionadas à moralidade e ao ci-</p><p>vismo. No Brasil, inicialmente, predominaram-se os textos de</p><p>escritores europeus que foram traduzidos para língua mater-</p><p>na. Os textos literários destinados às crianças também servi-</p><p>ram, desde o período de colonização, como estratégia para os</p><p>Padres Jesuítas catequizarem os nativos, disseminando, entre</p><p>eles, a doutrina cristã.</p><p>Com esse viés, muito ligado ao de se trabalharem os textos</p><p>literários para ensinar e disseminar alguma ideia, a escola foi</p><p>incorporando a literatura mais com finalidades pedagógicas do</p><p>que, propriamente, explorando a sua arte e estética.</p><p>Em contrapartida, reconhecemos que a literatura infan-</p><p>til encobre algo muito mais amplo que um gênero discursivo,</p><p>compilado em obras dos diversos formatos. Ela, como todo tipo</p><p>de literatura, é uma arte: “fenômeno de criatividade que repre-</p><p>senta o Mundo, o homem, a Vida, através da palavra. Funde</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>15</p><p>os sonhos e a vida prática; o imaginário e o real; os ideais e sua</p><p>possível/impossível realização” (Cagneti, 1996, p. 7).6</p><p>Logo, a escola tem, dentre outras, a responsabilidade de</p><p>aproximar a criança desse universo mágico da estética, concreta</p><p>e abstrata, da literatura. Por isso, consideramos que se ensi-</p><p>na, sim, literatura infantil, não como conteúdo curricular, mas</p><p>como eixo integrador e motivador que possibilita práticas inter-</p><p>disciplinares. E, por reconhecermos, também, que a literatura</p><p>infantil é uma modalidade de discurso pertencente às diversas</p><p>esferas da comunicação da infância, capaz de potencializar a</p><p>memória, imaginação e a criatividade da criança, reiteramos</p><p>nosso convite: esteja conosco, professor(a).</p><p>Uma ressalva: embora tenhamos escolhido a literatura infantil</p><p>para impulsionar as atividades, o(a) leitor(a) perceberá que foram</p><p>contemplados outros gêneros discursivos e outros suportes textuais.</p><p>No entanto, é essencial o(a) professor(a) explorar e apresentar ou-</p><p>tros tantos gêneros primários e secundários.7</p><p>sugestões de leitura</p><p>COLOMER, Teresa. A formação do leitor literário: narrativa infantil e</p><p>juvenil atual. Traduzido por Laura Sandroni. São Paulo: Global, 2003.</p><p>COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo:</p><p>Contexto, 2012.</p><p>______. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo: Editora</p><p>Contexto, 2014.</p><p>experimentação</p><p>Uma das perspectivas que essa obra adota é que a criança</p><p>precisa experimentar as múltiplas linguagens. Para tanto, ela é</p><p>6. CAGNETI, Sueli de Souza. Livro que te quero livre. Rio de Janeiro:</p><p>Nórdica, 1996.</p><p>7. Os conceitos de gêneros primários e secundários, aqui, são entendidos</p><p>a partir do pensamento de Bakhtin. O livro estética da criação verbal</p><p>de Bakhtin, já citado, anteriormente, no ensaio intitulado “Os gêneros do</p><p>discurso”, explora essa questão.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>16</p><p>desafiada, constantemente, a escrever a seu modo, falar, par-</p><p>ticipar, interagir, brincar, explorar, expressar, argumentar! A</p><p>experimentação requer que o(a) professor(a) possibilite práti-</p><p>cas que deixem a criança fazer com autonomia,8 ensinando-lhe,</p><p>nas diferentes atividades, as convenções gráficas e as regulari-</p><p>dades linguísticas, aprendidas, não por meio da repetição de</p><p>letras e numerais, com a cópia mecânica ou com enfadonhas</p><p>as marcações no gráfico. Oriente cada crian-</p><p>ça a colocar a caixinha de fósforo no mês correspondente ao seu</p><p>aniversário. Após a confecção, explore o gráfico questionando</p><p>às crianças: qual mês tem mais aniversariantes? Qual tem me-</p><p>nos? Tem mês que não tem nenhum? Como representaria esse</p><p>nenhum? Entre outros. Entregue uma folha em branco para</p><p>a turma e para cada questionamento anterior, solicite que as</p><p>crianças façam o registro na folha, por meio do numeral ou de</p><p>outras formas não convencionais.</p><p>✓ Brincar de cão e gato. Faça referência à parte da história,</p><p>mostrando a cena em que aparece o Peralta e o gatinho, conver-</p><p>sando com as crianças sobre a relação entre cão e gato. Questio-</p><p>ne-lhes: o que está acontecendo na cena? Por que o gato expul-</p><p>sou o Peralta de casa? Ele se machucou? A atitude do gato foi</p><p>correta? E se você fosse o gato, o que faria? Estimule a turma a</p><p>falar sobre amizade, respeito e amor ao próximo. Posteriormente,</p><p>faça a brincadeira do cão e gato com as crianças: divida a turma</p><p>em 2 equipes – cão e gato. Apague a luz da sala e faça com que</p><p>fique o mais escuro possível, misture as crianças nesse momento;</p><p>o(a) professor(a) irá dizer “gato mia” e todos os gatinhos devem</p><p>miar, quem for o cão deverá tentar achar o gatinho e pegá-lo, se</p><p>não encontrar o(a) professor(a) falará novamente “gato mia”, até</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>94</p><p>que todos os gatos sejam encontrados. Depois que todos forem</p><p>encontrados é hora de fazer a troca de papel, o(a) professor(a)</p><p>falará “cachorro late”, e será a vez de o gato encontrar o cachorro.</p><p>✓ Construir, em cartaz, a ficha técnica do gato e do cão.</p><p>Divida o cartaz em duas partes: de um lado o cão, do outro,</p><p>o gato. Disponibilize revistas para que as crianças o ilustrem,</p><p>recortando imagens de cachorro e de gato. Discuta com as</p><p>crianças o que escrever sobre os animais trabalhados como:</p><p>características, alimentação, onde vivem, cor, curiosidades.</p><p>Leia as informações da ficha com a turma, reflita sobre as</p><p>semelhanças e diferenças entre as duas fichas e instigue-as a</p><p>falarem sobre tudo que observaram em relação aos dois ani-</p><p>mais, perguntando: qual o som que cada um faz? É igual ou</p><p>diferente? Os dois são bravos? O alimento preferido é igual?</p><p>E a cor? Os dois animais têm a mesma quantidade de patas?</p><p>Quantas são? E como é coberto o corpo deles? Esses dois</p><p>animais podem viver em nossa casa?</p><p>✓ Respeitar a diversidade. Reflita sobre a atividade anterior</p><p>em que a turma precisou elencar as diferenças e semelhanças</p><p>entre o cão e o gato. Faça, com as crianças, uma atividade a</p><p>qual permita que trabalhem as diferenças e semelhanças entre</p><p>si. Leve uma caixa para a sala de aula, com um espelho dentro,</p><p>diga que, dentro da caixa, tem um tesouro, que serão elas. Pos-</p><p>teriormente, entregue uma folha a cada criança e solicite que</p><p>faça seu autorretrato, estimule-a a pensar no que viu refletido</p><p>no espelho e tente fazer igual. Exponha a produção da turma</p><p>em um varal que será chamado de VARAL DAS DIFERENÇAS.</p><p>Com o varal exposto, convide as crianças para apreciação dos</p><p>trabalhos. Diante das produções faça reflexões como: somos to-</p><p>dos iguais? Todos têm a mesma cor? O mesmo tipo de cabelo?</p><p>A mesma cor dos olhos? Com as respostas a essas perguntas,</p><p>leve-as a entenderem que vivemos no mundo das diferenças e</p><p>que precisamos aceitar e respeitar cada um do jeito que é, que</p><p>do mesmo modo que somos diferentes no físico, também so-</p><p>mos diferentes nos gostos, porque alguns gostam de ler, outros</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>95</p><p>de dançar, outros, ainda, de cantar, mas que, independente de</p><p>qualquer coisa, todos somos especiais.</p><p>✓ Cantar, dançar e dramatizar a música “Você vai gostar</p><p>de mim” da Xuxa. (Professor(a), seria interessante convidar os</p><p>pais para assistirem à apresentação dessa música na escola).</p><p>referências</p><p>ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO PATATI E PATATÁ. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2h2NOYL>. Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GALDINO, Jefferson. o peralta. São Paulo: Noovha América, 2009.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NUNES,</p><p>Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo Ferreira;</p><p>CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas (orgs.). Livros</p><p>infantis: acervos, espaços e mediações. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 7, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>LEONTIEV, Alexis Nikolaevich. Os princípios psicológicos da brinca-</p><p>deira pré-escolar. In: VYGOTSkY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV,</p><p>A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 8ª edição. São</p><p>Paulo: Ícone, 2001, p. 119-142.</p><p>PAIVA, Aparecida; SOARES, Magda (orgs.) Literatura infantil: polí-</p><p>ticas e concepções. Belo horizonte: Autêntica, 2008.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>96</p><p>cAntAndo, brincAndo e Aprendendo com</p><p>cAchinhos dourAdos</p><p>obra literária: Cachinhos Dourados e os três ursos</p><p>Autores: Irmãos Grimm</p><p>sinopse</p><p>Um passeio pela floresta pode nos levar a lugares</p><p>desconhecidos, curiosos, mas também perigosos. Cachinhos</p><p>Dourados se perdeu na floresta e sua curiosidade a colocou numa</p><p>situação embaraçosa. Ao explorar um ambiente desconhecido, a</p><p>menina foi surpreendida e aprendeu uma grande lição.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Expressão de ideias e opiniões;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações do cotidiano;</p><p>• Percepção da leitura como fonte de informação,</p><p>entretenimento e prazer;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de</p><p>conclusões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>97</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros, tais como contos, receitas etc.;</p><p>• Leitura de imagens, reconhecendo as ideias nelas contidas;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras e do seu</p><p>nome;</p><p>• Reconto de narrativas com base nas histórias ouvidas;</p><p>• Criação de textos orais a partir de uma obra literária e</p><p>registro pelo adulto (escriba);</p><p>• Participação em atividades que envolvem leitura de canções</p><p>e receitas.</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras observando,</p><p>lendo, “escrevendo”, ao seu modo, as letras do alfabeto contidas</p><p>em seu nome.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Ilustração;</p><p>• Manipulação e emprego de inúmeros suportes,</p><p>instrumentos, técnicas e materiais plásticos, como tintas, pincéis,</p><p>material reutilizável etc.;</p><p>• Construção com embalagens e caixas de diversos tamanhos;</p><p>• Desenho e pintura: criação espontânea a partir da obra</p><p>literária – conto;</p><p>• Cores primárias;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>• Dobradura.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Exploração de sensações e ritmos corporais por meio de</p><p>gestos, mímicas, posturas e da linguagem corporal;</p><p>• Audição de músicas;</p><p>• Relaxamento;</p><p>• A família, os tipos de constituição familiar.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins</p><p>Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>98</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Organização do ambiente: espaço físico e materiais.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Características físicas - apreciação de si mesmo;</p><p>• A família na qual vivo;</p><p>• Autorretrato;</p><p>• Exploração das características físicas de cada criança;</p><p>• Proposição de produção do autorretrato;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Comparação de medidas de tamanho - do maior para o</p><p>menor - ordenação;</p><p>• Noção de contagem nas brincadeiras e em situações nas</p><p>quais as crianças reconhecem a sua necessidade;</p><p>• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral</p><p>e ou registros não convencionais;</p><p>• Correspondência entre quantidade e número.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Apresentar o conto “Cachinhos Dourados e os três</p><p>ursos”. Para isso, podem-se usar diversos recursos: varal,</p><p>datashow, fantoches, avental, baú ou contação, usando a voz</p><p>com entonação e gestos.</p><p>✓ Propiciar roda de conversa sobre o conto fazendo al-</p><p>guns questionamentos que auxiliem as crianças quanto à</p><p>interpretação. Seguem algumas sugestões:</p><p>• Qual o nome do conto?</p><p>• Quais são os personagens?</p><p>• Onde acontece a história?</p><p>• Você já viu uma floresta?</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>99</p><p>• Que animais você acha que tem na floresta?</p><p>• Por que a menina recebe este nome: Cachinhos Dou-</p><p>rados?</p><p>• A família Urso saiu de casa pela manhã. Por quê?</p><p>• Você acha que essa ideia foi bacana?</p><p>• Alguém entrou na casa. Quem entrou?</p><p>• Cachinhos Dourados viu que o mingau estava servido</p><p>em tigelas. Como eram as tigelas? Por que eram de ta-</p><p>manhos diferentes?</p><p>• A menina Cachinhos Dourados resolveu descansar.</p><p>Escolheu a caminha menor, será por quê?</p><p>• O que você achou da atitude dos ursos em relação à</p><p>menina?</p><p>• Quem gostou do conto? Por quê?</p><p>✓ Ampliar a conversação, fazendo as seguintes perguntas:</p><p>Podemos entrar sem sermos convidados na casa das pessoas?</p><p>Podemos comer sem que nos seja oferecido?</p><p>✓ Incentivar as crianças a recontar a história por meio de</p><p>desenho, oferecendo diversos materiais como: canetinha, lápis</p><p>de cor, giz de cera, tinta guache, etc.</p><p>✓ Iniciar diálogo por meio do seguinte questionamento: como</p><p>vamos saber quem fez cada um dos desenhos? Ouça atentamente</p><p>as sugestões das crianças, fazendo as intervenções necessárias.</p><p>✓ Conversar com as crianças, dizendo que seu nome o iden-</p><p>tifica. Proponha que cada uma faça a tentativa de escrita de seu</p><p>nome. (Professor(a), nessa atividade, lembre-se que a criança</p><p>vai escrever ao seu modo. Valorize a sua tentativa e, juntamente</p><p>com ela, mostre a escrita convencional utilizando o crachá).</p><p>✓ Organizar, juntamente com as crianças, cartaz com os</p><p>desenhos feitos, expondo-os para apreciação da comunidade</p><p>escolar.</p><p>✓ Combinar previamente com outro funcionário da escola</p><p>que ele(a) faça o reconto da obra literária em estudo.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>100</p><p>✓ Explicar para as crianças que esse funcionário fará o re-</p><p>conto e que você, professor(a), realizará o registro e a leitura,</p><p>posteriormente.</p><p>✓ Finalizar, perguntando para as crianças se o reconto feito</p><p>pelo funcionário é semelhante com a versão que elas conhecem.</p><p>✓ Comentar com as crianças que elas levarão a obra literária</p><p>para casa para contarem a história para sua família. Explique</p><p>que, a cada dia, uma criança será sorteada para levar a obra</p><p>literária. (Professor(a), nessa atividade, você pode utilizar a es-</p><p>tratégia de confecção de uma maleta, sacola ou pasta literária</p><p>para a turma).</p><p>✓ Confeccionar as camas dos ursos usando materiais</p><p>reutilizáveis, como caixas de fósforo, caixas de remédios, etc.</p><p>Converse com as crianças sobre os cuidados que devemos ter</p><p>em relação ao ambiente, no que diz respeito ao espaço físico</p><p>e materiais, durante e após as atividades. Ofereça tinta guache</p><p>para que pintem as caminhas. Acompanhe o desenvolvimento</p><p>da confecção, fazendo as intervenções necessárias. Solicite às</p><p>crianças que comentem sobre a experiência de confeccionar</p><p>as caminhas dos ursos. Explore as cores utilizadas. Instigue a</p><p>observação da sala de aula para identificação de objetos que</p><p>possuem as mesmas cores das caminhas. Organize as crianças de</p><p>modo que fiquem bem à vontade para que, em grupo, ordenem</p><p>as caminhas da maior para a menor ou vice-versa. Propicie um</p><p>momento de brincadeira com o material produzido.</p><p>✓ Fazer, juntamente com as crianças, a dobradura do</p><p>urso. Peça que desenhem o rostinho e colem as orelhinhas</p><p>providenciadas pelo(a) professor(a). Segue uma sugestão de</p><p>dobradura:</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>101</p><p>FigUrA 5</p><p>doBrAdUrA do Urso</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Explorar os números, usando as dobraduras e as caminhas</p><p>produzidas. Oportunize às crianças momento de brincadeira,</p><p>colocando um ursinho para cada caminha – correspondência</p><p>um a um. (Professor(a), essa atividade pode ser ampliada com</p><p>material concreto, réplicas ou miniaturas de objetos do conto).</p><p>✓ Apreciar a paródia “Cachinhos de Ouro” com o ritmo da</p><p>música “Pirulito que bate-bate”. Cantarole com as crianças a</p><p>música citada.</p><p>CAChinhos de oUro</p><p>Seu cabelo é cacheado.</p><p>Ele é loiro, muito loiro.</p><p>Todos conhecem essa menina,</p><p>Como cachinhos de ouro.</p><p>Pela floresta ela andou,</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>102</p><p>E de longe avistou,</p><p>Uma casinha arrumadinha</p><p>E logo, logo, ela entrou.</p><p>Quando os ursos ali chegaram,</p><p>Foi aquela confusão:</p><p>Quem será que entrou aqui,</p><p>Parecendo um furacão?</p><p>Fonte: Blog Profª. Ivani Ferreira.</p><p>✓ Transcrever esse texto em um cartaz. Faça a leitura para</p><p>as crianças, apontando para a palavra que está sendo lida.</p><p>✓ Explorar as características da personagem.</p><p>✓ Disponibilizar o desenho da menina do conto para as crian-</p><p>ças desenharem o rostinho e colarem macarrão parafuso para</p><p>representar seus cabelos. Os desenhos produzidos pelas crianças</p><p>ornamentarão o cartaz com a letra da música. Na sequência,</p><p>expor o cartaz para a apreciação da comunidade escolar.</p><p>✓ Instigar as crianças a observarem suas próprias</p><p>características, utilizando o espelho, para que depois façam</p><p>seu autorretrato.</p><p>✓ Pedir, com antecedência, uma foto da família das crianças,</p><p>caso não tenham foto, peça que a represente por meio de dese-</p><p>nho. Inicie a proposta, dialogando com a turma sobre a consti-</p><p>tuição familiar representada no conto. Com as fotos ou desenhos</p><p>em mãos, numa roda de conversa, direcione questionamentos</p><p>que auxiliem na apresentação de suas famílias, como: quem são</p><p>as pessoas da foto/desenho? Todos moram com você?</p><p>✓ Criar uma corrente familiar das pessoas que moram com</p><p>as crianças. Essa atividade se inicia com o(a) professor(a) le-</p><p>vando para a sala de aula, tiras de papel de diferentes cores.</p><p>Cada cor representará um membro da família. Elas serão con-</p><p>vidadas, uma a uma, a formar a sua corrente familiar, unindo</p><p>as tiras em elos. Deixe a atividade exposta na sala de aula para</p><p>explorar a quantidade e as cores. (Professor(a), depois que ex-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>103</p><p>plorar a corrente produzida pelas crianças, deixe que elas levem</p><p>as mesmas para socializarem com a família).</p><p>FigUrA 6</p><p>gráFiCo dA FAmÍLiA</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Listar os personagens do conto por meio de material</p><p>concreto, utilizando imagens ou bonecas e ursos de pelúcia.</p><p>Realize a contagem da quantidade de personagens do conto.</p><p>Represente a quantidade dada por meio do registro não</p><p>convencional. Disponibilize material concreto para as crianças</p><p>fazerem a correspondência entre</p><p>numeral e quantidade. Propicie</p><p>a comparação entre os tamanhos.</p><p>✓ Retomar a história, lembrando à turma que a mãe Ursa</p><p>fez um mingau para os ursinhos. Questione às crianças onde</p><p>encontramos uma receita, instigando-as com perguntas: para</p><p>que servem as receitas? As receitas são encontradas onde? Al-</p><p>guém que você conheça, tem um livro/caderno de receitas?</p><p>Leve para a sala um dos suportes desse gênero, o caderno/livro</p><p>de receitas. Deixe as crianças manuseá-lo.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>104</p><p>✓ Convidar para o preparo da receita de um mingau. A re-</p><p>ceita deverá estar transcrita em um cartaz. Faça, inicialmente,</p><p>a leitura, apontando as palavras lidas. Explore as unidades de</p><p>medidas que aparecem na receita. Utilize o cartaz com a receita</p><p>durante todo o preparo, lendo o que está sendo feito. Peça que</p><p>observem a transformação dos alimentos. Por fim, incentive as</p><p>crianças a degustarem o mingau.</p><p>✓ Propor roda de conversa sobre a degustação: gostaram? É</p><p>doce ou salgado? Alguém já havia experimentado?, etc.</p><p>✓ Propor atividade de relaxamento: peça que as crianças</p><p>imaginem que são ursinhos; oriente para que deitem e façam de</p><p>conta que estão dormindo; acorde as crianças passando a mão</p><p>na cabeça de cada uma, etc.</p><p>referência</p><p>BELLI, Roberto. Cachinhos dourados e os três Ursos. Coleção</p><p>Classics Stars. Editora Todolivro, 2009.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). diálogo com as famílias: a leitura dentro e fora da escola.</p><p>Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 8, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>CARDOSO, Bruna. práticas de linguagem oral e escrita na educa-</p><p>ção infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2012.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>105</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>É festA! divertir e Aprender com o</p><p>cAsAmento dA donA bArAtinhA!</p><p>obra literária: Dona Baratinha</p><p>Autor: recontado por Ana Maria Machado</p><p>sinopse</p><p>Dona Baratinha estava se sentindo solitária, queria muito uma</p><p>companhia, então resolveu se casar. Assim, começou uma busca</p><p>incessante por um noivo perfeito, porque Dona Baratinha era</p><p>uma noiva muito exigente, afinal ela tinha dinheiro na caixinha.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Expressão de ideias e opiniões;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações do cotidiano;</p><p>• Percepção da leitura como fonte de informação,</p><p>entretenimento e prazer;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>106</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de</p><p>conclusões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros, como contos, convites, receitas;</p><p>• Participação de situações cotidianas nas quais o educador</p><p>utiliza a escrita de maneira contextualizada;</p><p>• Participação em atividades que envolvem leitura de contos,</p><p>receitas, convites;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura de imagens como fonte de comunicação e expres-</p><p>são de ideias;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras, observando,</p><p>lendo, “escrevendo”, ao seu modo, as letras de seu nome;</p><p>• Audição e reprodução de sons onomatopaicos;</p><p>• Criação de textos orais a partir do final de uma obra literá-</p><p>ria e registro pelo adulto (escriba).</p><p>✓ matemática:</p><p>• Ordenação temporal: calendário, relógio;</p><p>• Ordenação temporal: cenas, figura;</p><p>• Gráfico;</p><p>• Construção das primeiras ideias matemáticas: quantidade:</p><p>muito/mais e pouco/menos;</p><p>• Introdução às medidas não convencionais;</p><p>• Noção de contagem nas brincadeiras e em situações nas</p><p>quais as crianças reconheçam a sua necessidade;</p><p>• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral</p><p>e/ou registros não convencionais.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Os animais – características e cuidados;</p><p>• hábito de alimentação saudável.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>107</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Desenho e pintura: criação espontânea;</p><p>• Cores primárias e secundárias;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Estabelecimento de vínculos afetivos com adultos e com</p><p>outras crianças;</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Audição e reprodução de sons diversos – sons produzidos</p><p>pelos animais;</p><p>• Jogos simbólicos – jogos imitativos – sons produzidos pe-</p><p>los animais;</p><p>• Jogos simbólicos – dramatização.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Vínculo afetivo;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Suscitar curiosidade nas crianças quanto ao conto “Dona</p><p>Baratinha”. Prepare, com antecedência, uma caixa que possua</p><p>uma janelinha e coloque, dentro dela, objetos relacionados ao</p><p>conto citado – moeda, panelinha, feijão, ratinho de pelúcia, ba-</p><p>ratinha confeccionada com material reciclável, etc. Organize-</p><p>-as em roda e crie bastante suspense questionando: que será</p><p>que tem dentro dessa caixa? Em seguida, comente que colocará</p><p>uma música e que elas deverão passar a caixinha para os cole-</p><p>gas e, que quando a música parar, a criança que estiver com a</p><p>caixinha deverá retirar um objeto da caixa pela janela e dizer o</p><p>nome dele para os colegas – deixar os objetos no centro da roda.</p><p>Depois que todos os objetos forem retirados, pergunte: que his-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>108</p><p>tória vocês acham que irei contar? Ouça as opiniões da turma,</p><p>dando dicas, se for necessário, para que digam o nome do conto</p><p>“Dona Baratinha”. Inicie a contação demonstrando muito entu-</p><p>siasmo e diga-lhes que participarão desse momento, cantando o</p><p>trecho da música “Quem quer casar com a Dona Baratinha, que</p><p>tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha”.</p><p>✓ Propiciar a roda de conversa sobre o conto, fazen-</p><p>do questionamentos que auxiliem as crianças quanto à</p><p>interpretação. Seguem alguns questionamentos: qual é o título</p><p>do conto? Qual era o sonho da Dona Baratinha? Para realizar</p><p>o seu sonho o que fez Dona Baratinha? Que animais quiseram</p><p>casar com Dona Baratinha? Dona Baratinha disse que não que-</p><p>ria se casar para muitos animais. Por qual motivo não quis? O</p><p>que você achou da escolha da Dona Baratinha em se casar com</p><p>o ratinho? Por quê? Dona Baratinha conseguiu casar-se com o</p><p>ratinho? O que aconteceu? Vai ter festa depois do casamento</p><p>da Dona Baratinha? O que será servido na festa? O que você</p><p>achou da atitude do ratinho em querer comer antes da festa do</p><p>casamento? Como a Dona Baratinha ficou se sentindo por não</p><p>se casar? O que seus amigos podem fazer para ajudar Dona Ba-</p><p>ratinha a não ficar muito triste? Dentre outros questionamen-</p><p>tos. (Professor(a), no questionamento que se refere ao ratinho</p><p>comer</p><p>antes da festa do casamento, converse com as crianças</p><p>sobre atitudes de boas maneiras).</p><p>✓ Explorar, com a turma, o convite de casamento da Dona</p><p>Baratinha.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>109</p><p>Dona Baratinha e Senhor Ratinho</p><p>Filhos de</p><p>Baratonaldo Silva Bonrato Felizberto</p><p>Barateca Repelente Silva Ratineia Felizberto</p><p>Convidam para a cerimônia de casamento a ser realizada no dia 5 de</p><p>outubro de 2018 às 18 horas, no Clube dos Animais.</p><p>Rua Encontro, 50 – Bairro Só Alegria.</p><p>Esperamos por você!</p><p>✓ Inicialmente, mostre o convite transcrito em um cartaz.</p><p>Faça leitura apontada desse gênero textual. Posteriormente, ex-</p><p>plore as informações dispostas no convite, perguntando: quem</p><p>são os noivos? Que dia será o casamento? Onde ele acontecerá?</p><p>No convite tem o horário do casamento? Em que horário será?</p><p>Que tipo de roupa usamos para ir a um casamento? Dentre outros</p><p>questionamentos. (Professor(a), é fundamental que, à medida que</p><p>você explore as informações do convite, aponte-as no cartaz).</p><p>✓ Propiciar à turma o preenchimento do convite da Dona</p><p>Baratinha com o nome do convidado. Apresente a ela outro con-</p><p>vite de casamento, permitindo que o manuseie e, depois, faça a</p><p>leitura do mesmo realizando as explorações pertinentes. Em se-</p><p>quência, comente que Dona Baratinha enviará um convite para</p><p>seus convidados e que devemos auxiliá-la, escrevendo os nomes</p><p>no envelope. Logo em seguida, entregue o convite do casamento</p><p>da Dona Baratinha, previamente preparado por você, e pergun-</p><p>te: quem a Dona Baratinha deve chamar para seu casamento?</p><p>Peça à turma que, ao seu modo, escrevam o nome do convidado</p><p>no envelope. (Professor(a), nessa atividade escreva, convencio-</p><p>nalmente, o nome do convidado ao lado da escrita da criança).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>110</p><p>✓ Apontar no calendário da sala, com a ajuda das crianças, a</p><p>data do casamento da Dona Baratinha. Marque, com elas, esse</p><p>dia e, diariamente, até a data da realização do casamento, faça,</p><p>com a turma, a contagem dos dias que faltam para o grande</p><p>acontecimento. Converse ainda sobre a funcionalidade do ca-</p><p>lendário – marcação de tempo.</p><p>✓ Propor à turma a ordenação de cenas do conto. Provi-</p><p>dencie, com antecedência, cartelas com imagens conforme a</p><p>narrativa. Com expressão de preocupação, diga aos alunos que</p><p>as cartelas com as imagens do conto, estão desorganizadas e</p><p>que você precisa de ajuda para arrumá-las. Depois, organize</p><p>as crianças em roda e propicie tempo para que manuseiem as</p><p>cartelas sem pressa. Então, inicie com ajuda delas, a ordena-</p><p>ção das cenas da narrativa. Durante a proposta, converse com</p><p>as crianças sobre o motivo de suas escolhas. Deixe a ordena-</p><p>ção exposta na sala de aula.</p><p>✓ Criar, com a participação das crianças, outro final para o</p><p>conto. Relembre, com elas, que a Dona Baratinha não se casou</p><p>com o ratinho, ficando muito triste. Indague-lhes sobre o final</p><p>da história: gostaram, não gostaram, por quê? A partir desse</p><p>contexto, convide a turma a produzir outro final para a Dona</p><p>Baratinha. Registre a produção das crianças em papel bobina,</p><p>fazendo a leitura ao terminá-la. Providencie uma cópia do texto</p><p>para ser colado no caderno de cada uma. Depois, sorteie o car-</p><p>taz para que uma criança o leve para casa. (Professor(a), nessa</p><p>atividade, você é o(a) escriba).</p><p>✓ Construir um gráfico com o tema “Animal que Dona Ba-</p><p>ratinha deveria se casar”. Retome, com a turma, a narrativa da</p><p>unidade e, em seguida, apresente e leia a sua estrutura - tema</p><p>e nomes de animais sugeridos para o preenchimento do gráfi-</p><p>co. Para isso, use cartões coloridos, uma cor para representar</p><p>cada animal. Exemplos: GALO – cartão azul, RATO – cartão</p><p>verde, GATO – cartão vermelho, BODE – cartão amarelo e</p><p>BOI – cartão marrom. Pergunte às crianças: com qual animal</p><p>Dona Baratinha deveria se casar? Oriente-as para colarem o</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>111</p><p>cartão colorido correspondente ao animal de sua escolha. Pos-</p><p>teriormente, problematize os resultados do gráfico por meio de</p><p>alguns questionamentos: que animal foi escolhido pela turma</p><p>para se casar com Dona Baratinha? Quantos votos ele recebeu?</p><p>Qual foi o animal menos votado pela turma para se casar com</p><p>Dona Baratinha? Quantos votos ele recebeu? Qual animal você</p><p>escolheu? O animal que você votou foi o que recebeu mais vo-</p><p>tos? Proponha, ainda, estudo e tentativa de escrita dos dados</p><p>obtidos no gráfico.</p><p>✓ Convidar as crianças para auxiliarem no preparo de do-</p><p>cinhos para a festa de casamento da Dona Baratinha. Primeira-</p><p>mente, questione sobre a importância das receitas, instigando-as</p><p>com perguntas: para que servem as receitas? Onde as receitas são</p><p>encontradas? Conhece alguém que tenha um livro de receitas?</p><p>Transcreva a receita “Doce de leite ninho” em um cartaz e faça</p><p>a leitura apontada desse texto. Utilizando esse recurso, apre-</p><p>sente as unidades de medidas não convencionais que aparecem</p><p>nele, grifando-as. Retome a narrativa com a turma, relembrando</p><p>que haverá uma festa após o casamento da Dona Baratinha e</p><p>convide-as a prepararem docinhos para esta festa. Durante todo</p><p>o preparo da receita, leia as instruções apontando-as enquanto</p><p>as executa e, também, mostre a elas a transformação da massa.</p><p>Confeccione um relógio e marque o horário em que iniciaram o</p><p>preparo do doce de leite ninho e, outro, para marcar o horário</p><p>em que terminaram de fazer o docinho. Faz-se oportuno que</p><p>problematize o tempo gasto no preparo da receita: demorou?</p><p>Não demorou? Quanto tempo foi preciso para o preparo? Nesse</p><p>momento, atraia a atenção da turma para os horários que foram</p><p>marcados nos relógios. Prossiga, distribuindo parte da massa do</p><p>docinho, pedindo para que façam bolinhas e coloque-as nas res-</p><p>pectivas forminhas. Comente que o doce será colocado na gela-</p><p>deira para resfriar e, que mais tarde, experimentarão essa delícia!</p><p>(Professor(a), tenha o cuidado de fazer a quantidade suficiente</p><p>de docinhos para que todos experimentem).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>112</p><p>✓ Incentivar a turma a degustar o “Doce de leite ninho”.</p><p>Leve para a classe a bandeja com os docinhos e inicie um diálo-</p><p>go, propondo a seguinte situação-problema: os docinhos serão</p><p>suficientes para que cada criança coma um? O que posso fazer</p><p>para descobrir? Ouça atentamente suas inferências e, depois,</p><p>conte a quantidade de crianças e de docinhos, permitindo que</p><p>concluam se é suficiente ou não. Combine com outro profis-</p><p>sional da escola para que sirva o docinho a elas, fazendo de</p><p>conta que é um(a) garçom(nete). Proponha, logo em seguida,</p><p>uma roda de conversa sobre a degustação: gostaram? É doce ou</p><p>salgado? Alguém já havia experimentado? Posso comer muito</p><p>docinho em um só dia?</p><p>✓ Propor que imitem o som que cada animal produz. Re-</p><p>lembre, com as crianças, quais animais quiseram casar com</p><p>Dona Baratinha. Posteriormente, comente que tem uma sur-</p><p>presa para elas: dados com imagens dos animais, dizendo que</p><p>vão participar de uma brincadeira. (Professor(a), faça mais de</p><p>um dado para que contemple todos os animais que quiseram se</p><p>casar com a Dona Baratinha). Primeiramente, escreva o nome</p><p>delas no quadro para registrar o nome do animal que cada uma</p><p>tirar quando jogar o dado. Deixe o registro no quadro para rea-</p><p>lização de mais uma proposta em que será necessário saber es-</p><p>sas informações. Apresente os dados e diga que irão jogar com</p><p>um deles. Depois, oriente-as para que falem o nome do animal</p><p>que tirou e que imitem o som que esse animal produz.</p><p>✓ Explorar as imagens dos animais do conto. Organize com</p><p>antecedência, as imagens em tamanho maior,</p><p>afixando-as no</p><p>quadro. Amplie a conversação sobre eles por meio da observa-</p><p>ção, explorando os seus nomes, os cuidados e as suas caracte-</p><p>rísticas: som que produz, cobertura do corpo, quantidade de</p><p>patas, alimentação, habitat, se são domésticos, etc.</p><p>✓ Pedir que desenhem o animal que tiraram quando brin-</p><p>caram com o dado. Relembre, com as crianças, o animal que</p><p>cada uma delas tirou quando brincou com os dados dos animais</p><p>do conto e, se precisar, consulte os registros feitos no quadro.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>113</p><p>Convide-as a irem ao pátio da Unidade Escolar e, disponibilize</p><p>a elas giz para quadro. Diga-lhes que são desenhistas e peça</p><p>que desenhem, no piso, o animal que tiraram quando brinca-</p><p>ram com os dados. Observe e dialogue com cada uma delas à</p><p>medida que os realizam, incentivando-as. Tire fotos das crian-</p><p>ças enquanto produzem os desenhos para posterior apreciação.</p><p>Propiciar dramatização da parte do conto em que a Dona Bara-</p><p>tinha canta na sua janela. Assista ao vídeo que faz referência à</p><p>narrativa explorada, deixando as crianças bem à vontade nesse</p><p>momento. Logo em seguida, produza, com elas, as máscaras</p><p>dos animais e proponha a dramatização de uma parte do conto.</p><p>Convide-as a participarem da proposta, explicando que repre-</p><p>sentarão os animais. Para isso, disponibilize as máscaras con-</p><p>feccionadas. Utilize a casinha de fantoches e, faça de conta que</p><p>você é a Dona Baratinha, cantando em sua janela. A partir desse</p><p>contexto, inicie a dramatização. Assim, termina a unidade temá-</p><p>tica, com um show de habilidades demonstradas pelas crianças!</p><p>referências</p><p>DOCE DE LEITE NINhO. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2LhY6Rk>. Acesso em: 20 jan. 2018.</p><p>DONA BARATINhA CONTANDO hISTóRIAS COM VOVó</p><p>TATA. Disponível em: <http://bit.ly/2IV8qnk>. Acesso em: 13 jan. 2018.</p><p>MAChADO, Ana Maria. dona Baratinha. São Paulo: FTD, 2004.</p><p>sugestões de leitura</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>114</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>SOUZA, Renata Junqueira de; FEBA, Berta Lúcia Tagliari (orgs.).</p><p>Leitura literária na escola: reflexões e propostas na perspectiva do</p><p>letramento. Campinas: Mercado das Letras, 2011.</p><p>você É o verdAdeiro mágico de oz!</p><p>obra literária: O Mágico de Oz</p><p>sinopse</p><p>Uma intensa ventania levou a linda Doroti e seu cãozinho</p><p>Totó a uma incrível aventura. Conheceram um mundo mágico e</p><p>surpreendente, fizeram novas e interessantes amizades e juntos</p><p>foram em busca de seus mais íntimos desejos, mas... será que</p><p>encontraram o que buscavam? Venha conferir!</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências; ex-</p><p>pressão de ideias e opiniões e interação comunicativa nas diver-</p><p>sas situações do cotidiano;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>115</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de conclu-</p><p>sões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>• Leitura, dramatização, contação e reconto de contos e</p><p>fábulas;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros como contos; notícias de jornal informati-</p><p>vo, receitas, convites, bilhetes, rótulos, panfletos, etc.;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome dentre vários;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais o educador</p><p>utiliza a escrita de maneira contextualizada;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura de imagens reconhecendo as ideias nelas contidas;</p><p>• Leitura de imagens como fonte de comunicação e expres-</p><p>são de ideias;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Reconto de narrativas com base nas histórias contadas;</p><p>• Participação em atividades que envolvem leitura de textos</p><p>informativos;</p><p>• Descrição de cenas e imagens com detalhes;</p><p>• Criação de textos orais a partir de imagens, gravuras/figu-</p><p>ras e registro pelo adulto (escriba);</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras observando,</p><p>lendo, “escrevendo ao seu modo” as letras do alfabeto, seu</p><p>prenome e outros(as);</p><p>• Observação de materiais impressos e produzidos pelo pró-</p><p>prio punho;</p><p>• Coordenação motora ampla empreendendo muito movi-</p><p>mento;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários portado-</p><p>res de texto como galeria de nomes, rótulos, embalagens, gibis,</p><p>revistas, jornais, panfletos etc.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>116</p><p>✓ matemática:</p><p>• Construção das primeiras ideias matemáticas;</p><p>• Ordenação Temporal (cenas, figuras, fotografias);</p><p>• Calendário;</p><p>• Noções de posição: manipulação e exploração de objetos e</p><p>brinquedos para comparar, classificar, ordenar, contar e realizar</p><p>registros não convencionais.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Apresentação, manipulação e emprego de inúmeros su-</p><p>portes, instrumentos, técnicas e materiais plásticos como tinta</p><p>e pincel;</p><p>• Rabisco, desenho e pintura usando materiais industriali-</p><p>zados;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Leitura de textos não verbais: imagens, figuras, fotos, es-</p><p>culturas, cerâmicas, telas;</p><p>• Construção de brinquedos, jogos, obras de artes com ma-</p><p>teriais reutilizáveis;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Estimulação das percepções sensório - motoras e cognitivas;</p><p>• Exploração de sensações e ritmos corporais por meio de</p><p>gestos, mímicas, posturas e da linguagem oral;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Jogos Simbólicos: o faz de conta;</p><p>• Fortalecimento da autoestima e autoimagem;</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Movimentos livres e coordenados;</p><p>• Audição de músicas, cantos de ninar e cantigas populares;</p><p>• Exploração das percepções auditiva, visual e tátil: sons,</p><p>silêncio, música;</p><p>• O barulho e o silêncio.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>117</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Socialização e Interação com adultos e crianças;</p><p>• Identidade: quem sou eu;</p><p>• Construção e o fortalecimento das relações sociais;</p><p>• Socialização, amizade e solidariedade;</p><p>• Respeitar o espaço de brincar do outro;</p><p>• Ações de responsabilidade e de democracia no ambiente</p><p>no qual está inserido;</p><p>• Organização do ambiente: espaço físico e materiais;</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Expressão de ideias por meio da arte plástica e comuni-</p><p>cação verbal.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Vínculo afetivo;</p><p>• Características pessoais (gostos, preferências, aversões);</p><p>• Autorretrato;</p><p>• A família, na qual vivo;</p><p>• Percepção de si mesmo e do outro e suas diferenças (lin-</p><p>guagem, etnia, cor, família...);</p><p>• Interação com as pessoas e o meio;</p><p>• Expressão e manifestações de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Comunicação e interação com brincadeiras;</p><p>• Identificação progressiva de algumas singularidades pró-</p><p>prias e das demais crianças.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Apresentar à turma uma caixa surpresa e contar a história</p><p>O Mágico de Oz. Leve para a sala de aula uma caixa enfeita-</p><p>da e dentro dela coloque imagens que remetam aos significados</p><p>das seguintes palavras: AMIZADE, BONDADE, CORAGEM,</p><p>FAMÍLIA e MEDO. Organize as crianças, em roda, e passe a</p><p>caixa ao som de uma música, quando a música cessar, a cai-</p><p>xa também para – como na brincadeira batata quente. A criança</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L.</p><p>Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>118</p><p>que estiver com a caixa, deve enfiar a mão e retirar uma grande</p><p>surpresa de lá – que é a imagem -, isso acontecerá até que as</p><p>cinco imagens sejam retiradas. No momento em que cada crian-</p><p>ça retirar uma figura, converse sobre o que ela sabe em relação</p><p>a essa figura. Após ouvir as suas hipóteses, pegue o dicionário e</p><p>leia o significado das palavras. Posteriormente, conte a história</p><p>e mostre para a turma em qual momento da narrativa é possível</p><p>perceber os sentimentos estudados e, que os desejos dos persona-</p><p>gens foram satisfeitos não por um mágico, mas, por cada um que</p><p>possui dentro de si, a magia capaz de realizar os próprios sonhos.</p><p>✓ Retratar com tinta e pincel “Eu como Mágico de Oz!”. Pro-</p><p>videncie papel kraft em tamanho suficiente para que ao ser afixado</p><p>na parte inferior do quadro, oportunize que as crianças retratem</p><p>elas mesmas como Mágico de Oz usando para isso, o desenho e a</p><p>pintura, com tinta e pincel. Ao final da proposta, oportunize que</p><p>as crianças teçam análise e comentários sobre os trabalhos.</p><p>✓ Trabalhar a valorização, discutindo e ilustrando a vida fa-</p><p>miliar. Enfatize com a turma o fato de Doroti morar com seus</p><p>tios e não com seus pais. Assegure as crianças que se considera</p><p>família, as pessoas que convivem conosco, que cuidam, orientam</p><p>e zelam da gente. Permita que todos(as) exponham sua composi-</p><p>ção familiar. Leve a turma a observar relação que a menina tinha</p><p>com seu cão Totó: amor, confiança, segurança, companheiris-</p><p>mo. Questione, em seguida, quem possui animais de estimação e</p><p>como é a relação com eles. Posteriormente, peça que ilustre, com</p><p>desenhos, suas famílias. (Professor(a), escreva convencionalmen-</p><p>te os nomes dos membros da família e a sua relação parental).</p><p>✓ Produzir uma carta de Doroti para seus tios. Comente</p><p>com a turma, sobre o fato de Doroti ter ficado desaparecida por</p><p>algum tempo, e a preocupação que isso pode ter causado aos</p><p>seus tios. Questione com ela, o que Doroti poderia ter feito para</p><p>se comunicar. Suscite as hipóteses das crianças sobre esse fato</p><p>e, depois, mostre e leia para a classe algumas cartas, mencionan-</p><p>do ainda que essa seria uma possibilidade de comunicação en-</p><p>tre Doroti e seus tios. Elabore uma carta coletiva – professor(a)</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>119</p><p>como escriba – na qual a menina conta para seus familiares onde</p><p>se encontra, o que está fazendo, suas aventuras, sua busca e de</p><p>seus amigos. Faça a carta e o envelope num papel grande, explore</p><p>as características desse gênero textual, inclusive as do envelope.</p><p>Preencha-o e convide um funcionário da instituição para levá-la,</p><p>como se fosse postar no correio, e entregá-la aos tios de Doroti.</p><p>✓ Esclarecer um pouco mais sobre furacão e montar painel</p><p>com o tema “O QUE DESCOBRIMOS SOBRE FURACÃO”.</p><p>Questione com as crianças seus conhecimentos prévios sobre</p><p>o assunto, escute o que elas têm a dizer. Apresente um vídeo</p><p>informativo e discuta sobre os conhecimentos adquiridos. Anote</p><p>as informações ditadas por elas e monte um painel. Peça que re-</p><p>cortem imagens de jornais e ou revistas para ilustrarem o painel.</p><p>✓ Classificar a sequência da trama. Divida o quadro em duas</p><p>partes, na primeira parte escreva AÇÃO e, na outra, EMOÇÃO.</p><p>Cada criança terá duas placas, uma escrita ação, outra escrita</p><p>emoção. Retome o desenrolar da história nos trechos que dis-</p><p>corram à trajetória de Doroti, a criança, então, classificará cada</p><p>cena levantando uma das placas, de acordo com a sua opinião:</p><p>AÇÃO ou EMOÇÃO. Dessa forma, estará apresentando o seu</p><p>voto. Conte os votos e anote-os no quadro, separando-os em</p><p>seu devido espaço. Faça esse registro de forma pictórica. Poste-</p><p>riormente, some os resultados coletivamente, e verifique se na</p><p>história, as crianças consideraram haver mais cenas de ação ou</p><p>de emoção. Solicite que registrem esses resultados no caderno e</p><p>desenhem uma cena referente ao maior resultado.</p><p>✓ Listar os personagens da história, identificando a letra ini-</p><p>cial de cada nome em diversos portadores. Solicite que as crianças</p><p>nomeiem oralmente os personagens da narrativa. A partir daí, crie</p><p>uma lista com esses nomes no quadro, juntamente com a turma,</p><p>e destaque as características de cada um. Logo após, as crianças</p><p>deverão procurar no alfabeto móvel, no alfabeto da sala e na gale-</p><p>ria de nomes a letra inicial do nome de cada personagem. Conte os</p><p>números de letras em cada nome e incentive que a turma escreva,</p><p>como conseguir, as letras iniciais desses nomes em seu caderno.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>120</p><p>✓ Construir personagens. Convide as crianças a confeccio-</p><p>nar um dos personagens da história: o Espantalho. Organize as</p><p>cadeiras em círculo, solicite ajuda para a entrega dos materiais</p><p>necessários para a confecção. À frente da turma, explique como</p><p>o trabalho deverá ser realizado, mostrando a colagem do rosto e</p><p>do corpo e acompanhe a criatividade das crianças ao darem for-</p><p>ma e finalização à produção. (Professor(a), algumas sugestões</p><p>para o enchimento do rosto e do corpo do espantalho: tiras de</p><p>tecidos, jornal, manta acrílica, meias e isopor).</p><p>✓ Cantar e dançar. Leve a turma para o pátio, cante e dance</p><p>a música “Minha boneca de lata”, em homenagem ao homem</p><p>de Lata da história. Cante a primeira versão normalmente, mas</p><p>em seguida proponha a substituição da expressão “minha bo-</p><p>neca de lata” por “meu homem de lata”, fazendo, ao cantar, as</p><p>alterações necessárias.</p><p>✓ Associar desejos aos personagens. Leve para sala balões</p><p>e peça que as crianças encham. Em três deles, coloque com</p><p>antecedência as palavras cérebro, coração e coragem. Convide</p><p>a turma a brincar com eles ao som de uma música. Explique</p><p>que há um segredo em alguns balões e que, ao sinal, deverão</p><p>estourá-los e pegar o que está dentro. Isso acontecerá ao ouvi-</p><p>rem o soar de um apito dado pelo(a) professor(a), a criança que</p><p>encontrar a palavra entregará a ele(a), que fará a leitura dela. A</p><p>turma então, dirá a qual personagem se remete tal desejo. Apro-</p><p>veite e ao final, relembre quais eram os desejos dos personagens</p><p>e o motivo que os impulsionaram a tê-los.</p><p>✓ Confeccionar álbum de desejos e sonhos. Leve para a sala</p><p>de aula uma caixa ou um baú dos desejos e dos sonhos e in-</p><p>forme as crianças a função dela(ele). Recorde os desejos dos</p><p>personagens da história: Doroti ir para a casa, o Boneco de Lata</p><p>um coração, o Espantalho um cérebro e o Leão a coragem. Sen-</p><p>te com a turma, em roda, e incentive que cada criança exponha</p><p>seu desejo e sonho, escute e depois convide-a para desenhar o</p><p>que expressou. Após o término dos desenhos, identifique cada</p><p>um escrevendo de forma convencional. Solicite as crianças que</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>121</p><p>coloquem dentro da caixa ou baú as suas produções. Avise que</p><p>os trabalhos realizados farão parte de um importante álbum da</p><p>turma “Nossos desejos e sonhos”. Pergunte quem se interessa</p><p>em ser o(a) ilustrador(a) da capa. Anote os nomes e faça um</p><p>sorteio, o(a) escolhido(a) levará uma folha para casa e trará no</p><p>outro dia. No dia seguinte, à frente da turma, retire os desenhos</p><p>da caixa ou baú e monte o álbum, afixe a capa e siga a ordem</p><p>do cartaz da galeria de nomes, com ajuda de todos(as). Dispo-</p><p>nibilize-o para apreciação e deixe-o no acervo do cantinho da</p><p>leitura da sala para posteriores consultas.</p><p>✓ Identificar letras. Escreva no quadro as palavras da ativi-</p><p>dade anterior: CÉREBRO, CORAÇÃO e CORAGEM. Faça lei-</p><p>tura apontada, identifique todas as letras e mostre para as crian-</p><p>ças que todas começam com a mesma letra. Busque no alfabeto</p><p>a letra inicial de cada uma; questione se existem outras palavras</p><p>que iniciam com a letra C; recorra a galeria de nomes e verifique</p><p>se há crianças</p><p>cujos nomes iniciam com a letra trabalhada. Peça</p><p>que elas registrem essas palavras, como conseguirem.</p><p>✓ Exercitar a sequência utilizando os personagens. Divida</p><p>a turma em pequenos grupos e entregue imagens dos perso-</p><p>nagens xerocopiados. Elabore numa folha o início de uma se-</p><p>quência de personagens, exemplo: Doroti, Leão, Espantalho e</p><p>Boneco de Lata. As crianças deverão organizar e colar as ima-</p><p>gens entregues dando continuidade da sequência. A ficha de-</p><p>verá conter o nome de todos do grupo, eles escreverão ao seu</p><p>modo. (Professor(a), escreva convencionalmente o nome dos</p><p>componentes de cada grupo, cole a atividade no mural, para</p><p>apreciação da comunidade em geral).</p><p>✓ Produzir relato da viagem de Doroti. Diga a turma que</p><p>Doroti resolveu fazer um relato de sua viagem, para deixar re-</p><p>gistrada todas as suas aventuras, assim nunca esqueceria de</p><p>tudo que viveu. Retome a história, de forma simplificada, jun-</p><p>tamente com a turma, e registre suas falas na produção coleti-</p><p>va – professor(a) sendo o(a) escriba. Logo depois, entregue o</p><p>texto digitado às crianças e peça que ilustrem e escrevam, ao seu</p><p>modo, os nomes dos principais personagens.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>122</p><p>referência</p><p>BAUM, L. Frank. o mágico de oz. São Paulo: Autêntica Infantil e</p><p>Juvenil, 2015.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas (orgs.).</p><p>Bebês como leitores e autores. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 4, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>LEONTIEV, Alexis Nikolaevich. Os princípios psicológicos da brinca-</p><p>deira pré-escolar. In: VYGOTSkY, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV,</p><p>A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 8ª edição. São</p><p>Paulo: Ícone, 2001, p. 119-142.</p><p>PAIVA, Aparecida & SOARES, Magda (orgs.). Literatura infantil: po-</p><p>líticas e concepções. Belo horizonte: Autêntica, 2008.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>123</p><p>3. propoStAS pedAgógiCAS</p><p>Com CriAnçAS de 4 AnoS</p><p>são tAntAs solicitAções! um diA, A mãe</p><p>decidiu bolAr um plAno. vAmos juntos</p><p>desvendAr?</p><p>obra literária: Mãenhê!</p><p>Autor: Ilan Brenman</p><p>sinopse</p><p>Mãenhê! Mãenhê! Eram tantos “Mãenhês!” que a cansada</p><p>mãe bolou vários planos para que os filhos parassem com os</p><p>gritos, mas apenas um conseguiu tocar o coração desses filhos</p><p>e fez com que os vários “Mãenhê!” acabassem. Quer saber que</p><p>plano foi esse? Comece a ler!</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações;</p><p>• Nomeação e descrição de objetos, de pessoas, de lugares,</p><p>fotografias e outros;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>124</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>explicar e argumentar suas ideias e pontos de vista;</p><p>• Audição, contação e reconto de histórias;</p><p>• Participação interativa nas situações em que os adultos</p><p>leem textos de diferentes gêneros como informativo;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Identificação (em contextos) e leitura do alfabeto;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais se faz ne-</p><p>cessário o uso da escrita;</p><p>• Reconhecimento das letras escritas em diversos portado-</p><p>res textuais;</p><p>• Escrita e identificação de letras;</p><p>• Participação em situações que envolvam a ordem alfabética.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noções de tempo: antes/depois;</p><p>• Marcação do tempo – semana/calendário;</p><p>• Leitura e interpretação de gráfico;</p><p>• Identificação, tentativa e experimentação da escrita dos</p><p>numerais;</p><p>• Relação entre numeral e quantidade.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogos simbólicos: o faz de conta e os jogos imitativos;</p><p>• habilidades e limites do próprio corpo;</p><p>• Atenção e concentração;</p><p>• Brincadeiras e jogos que envolvam a ação de correr;</p><p>• Cantos e cantigas infantis.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Ilustração.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Expressão e manifestação de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos em situações cotidianas;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>125</p><p>• Participação interativa nos jogos e brincadeiras, indepen-</p><p>dente de ser menino ou menina;</p><p>• Sentimentos e emoções.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Constituição familiar e hábitos, costumes e valores;</p><p>• Participação ativa no ambiente familiar;</p><p>• Diversidade: aceitação e respeito às diferenças familiares;</p><p>• Sistematização das descobertas, dados, informações e</p><p>conclusões de modo convencional (escrita do professor);</p><p>• Vestimentas.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Providenciar um cartaz com várias figuras de mães e fi-</p><p>lhos. Exponha-o na sala de aula e instigue as crianças a falarem</p><p>sobre o que estão vendo.</p><p>✓ Assistir ao vídeo “Para mamãe” - Galinha Pintadinha.</p><p>Promova uma roda de conversa para a compreensão da letra da</p><p>música: sobre o que fala a música?</p><p>✓ Escrever no quadro a palavra “MÃE” e perguntar: quan-</p><p>tas letras tem essa palavra? Vamos contar? Quem quer vir até</p><p>o quadro e desenhar três unidades? Quem sabe o nome da pri-</p><p>meira letra dessa palavra? Temos alguém, na sala de aula, que o</p><p>nome começa com essa letra? Observando o alfabeto, que letra</p><p>vem antes da letra M? E depois dela? Vamos formar uma fila</p><p>de crianças com os nomes em ordem alfabética? (Professor(a),</p><p>providenciar a comanda digitada: ESCREVA O NOME DE UM</p><p>COLEGA QUE COMECE COM A LETRA “M”. DEPOIS,</p><p>DESENhE ESSE COLEGA).</p><p>✓ Convidar as crianças a confeccionarem a figura de uma</p><p>MÃE. Em um pedaço de papel pardo, desenhe o contorno do</p><p>corpo de uma criança. Disponibilize revistas para que “recor-</p><p>tem” com os dedos imagens, como a boca, os olhos, o nariz, as</p><p>orelhas... para depois, completarem a figura materna. Ao tér-</p><p>mino da montagem, cante e gesticule com as crianças a música</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>126</p><p>“Cabeça, ombro, joelho e pé” – Xuxa – identificando, no cartaz</p><p>confeccionado por elas, as partes do corpo e questionando-</p><p>-lhes, ainda, se nada falta.</p><p>✓ Ler a história com o título “Mãenhê!”. Questione as crian-</p><p>ças sobre a capa do livro: por que acham que ele tem esse títu-</p><p>lo? Quem são as pessoas que chamam esse nome? Você chama</p><p>muito pela mamãe? Acha certo chamar por ela o tempo todo? E</p><p>a mamãe, será que gosta dessa atitude? Vamos conhecer a his-</p><p>tória de dois filhos que chamavam o nome da mãe o dia todo e</p><p>a mãe irritada tomou uma atitude radical. Vamos descobrir que</p><p>atitude foi essa? (Professor(a), conheça a diferença entre contar</p><p>histórias e ler histórias. Nas sugestões de leituras ao final, apre-</p><p>sentamos um site do Glossário Ceale: termos de alfabetização,</p><p>leitura e escrita. Nesse site você encontra muita coisa boa!).</p><p>✓ Promover uma roda de conversa sobre a história: onde</p><p>acontece essa história? Quem mora nessa casa? Será que essa</p><p>família tem um pai? Vocês sabiam que existem vários tipos de</p><p>família? (Professor(a), essas são apenas sugestões de pergun-</p><p>tas, durante a roda de conversa as crianças, com certeza,</p><p>provo-</p><p>carão outros questionamentos. Explore-os!).</p><p>✓ Pedir que tragam, de casa, fotos com a família para identi-</p><p>ficarem os tipos de famílias existentes na sala de aula. Nesse dia,</p><p>dialogue com as crianças sobre suas famílias: quem mora na sua</p><p>casa? Quem cuida de você? O que cada membro da família faz?</p><p>✓ Brincar de faz de conta. Convide as crianças para brinca-</p><p>rem de “casinha”, estimulando-as a interpretarem os diferentes</p><p>papéis: pai, mãe, avô, avó, tios.</p><p>✓ Questionar as crianças sobre a primeira pergunta que a</p><p>filha fez à mãe: “Mãenhê!!!! Pra que time você torce?” O que</p><p>a mãe respondeu? Que time seria esse? Um time de futebol?</p><p>Vamos fazer uma pesquisa? Envie a pesquisa a fim de descobrir</p><p>para qual(is) time(s) de futebol a família torce. No outro dia, tra-</p><p>balhe o resultado em forma de gráfico, em cartaz que, posterior-</p><p>mente, ficará afixado na sala de aula e avaliado em conjunto com</p><p>as crianças. Faça a contagem oral, registre os numerais e realize</p><p>questionamentos sobre qual(is) time(s) teve mais/menos votos.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>127</p><p>✓ Convidar as crianças a jogarem uma partida de futebol</p><p>sob a orientação das regras apresentadas pelo professor de Edu-</p><p>cação Física, estabelecendo junto dele uma parceria.</p><p>✓ Trabalhar o calendário. Questione sobre o dia da semana</p><p>em que o filho pergunta à mãe: “maenhê, que dia da semana</p><p>é hoje?”. Marque no calendário esse dia e explore os demais</p><p>dias da semana contextualizando de maneira significativa em</p><p>situações como: aniversariantes, datas comemorativas, eventos</p><p>escolares. (Professor(a), na sua prática diária em sala de aula</p><p>insira o trabalho com o calendário).</p><p>✓ Chamar a atenção das crianças quanto à vestimenta dos</p><p>personagens da história: como a menina se vestia? E o menino?</p><p>Se estivesse frio, como eles se vestiriam? Questione as crianças,</p><p>por quais motivos usamos determinadas roupas em climas di-</p><p>ferentes. Mostre imagens de pessoas com diversas vestimentas</p><p>e peça para elas identificarem em quais ocasiões as roupas são</p><p>usadas. Em casa, peça que realizem uma pesquisa – fotografias</p><p>ou recortes de revistas e ou jornais – de imagens de vestimentas</p><p>antigas. Posteriormente, socialize as imagens e oriente as crian-</p><p>ças na observação. Organize uma caixa com diferentes peças</p><p>de vestuário – masculino e feminino – e deixe-as livres para a</p><p>composição do seu visual. Proponha um desfile para que todos</p><p>apreciem as produções. Leia para as crianças um texto infor-</p><p>mativo sobre a evolução das vestimentas ao longo do tempo.</p><p>Converse sobre o texto e finalize com uma produção textual co-</p><p>letiva – professor(a) como escriba – sintetizando o que a turma</p><p>apreendeu sobre as informações obtidas desse texto. Digite a</p><p>produção e entregue uma cópia para cada criança ilustrar.</p><p>✓ Recontar a história. Inove, traga objetos, coisas novas</p><p>para sala de aula e proporcione às crianças momentos prazero-</p><p>sos de contação de história.</p><p>✓ Retomar, com as crianças, a obra em estudo, referindo-</p><p>-se aos sentimentos da mãe quando ela era chamada de “MÃE-</p><p>NhÊ!”, perguntando: a mãe ficava triste? Ficava alegre? Irri-</p><p>tada? Confeccione o dado dos sentimentos e, em cada lado do</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>128</p><p>cubo, cole uma expressão facial diferente – feliz, triste, irritado,</p><p>com medo, amado, sozinho. Oportunize a cada criança a jogar</p><p>o dado e, na expressão que cair, questioná-la sobre o que a dei-</p><p>xa assim. Exemplo: na expressão “triste”, perguntar-lhe o que</p><p>a deixa desse modo.</p><p>✓ Assistir ao vídeo “Na casa da Ruth – Doze coisinhas à toa</p><p>que nos fazem felizes”. Converse sobre o vídeo e liste, no qua-</p><p>dro, as doze coisas à toa que nos fazem felizes citadas no vídeo</p><p>musical. E você, quais são as coisas que o deixa feliz? Ouça,</p><p>atentamente, todas as crianças e proponha a experimentação da</p><p>escrita da lista no caderno.</p><p>referências</p><p>BRENMAN, Ilan. manhêee! São Paulo: Escarlate, 2013.</p><p>PARA MAMÃE – GALINhA PINTADINhA. Disponível em: <http://</p><p>bit.ly/2L83kf1>. Acesso em: 24 jan. 2018.</p><p>NA CASA DA RUTh – DOZE COISINhAS À TOA QUE NOS FA-</p><p>ZEM FELIZES. Disponível em: <http://bit.ly/2si6hTb>. Acesso em:</p><p>24 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>CADEMARTORI, Lígia. o professor e a literatura: para pequenos,</p><p>médios e grandes. Belo horizonte: Autêntica, 2012. (Conversa com o</p><p>Professor, 1).</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>129</p><p>lendo, escrevendo e contAndo com</p><p>tininhA</p><p>obra literária: A joaninha que perdeu as pintinhas</p><p>Autora: Ducarmo Paes</p><p>sinopse</p><p>Ao escorregar e cair dentro de um rio, Tininha perdeu todas</p><p>as suas pintinhas. Voltou para casa e sua mamãe não a reconhe-</p><p>ceu. Que peninha da joaninha! Triste, Tininha saiu à procura</p><p>das pintinhas. Imagine... O que será que aconteceu?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Uso da linguagem oral para contar histórias e expor opi-</p><p>niões;</p><p>• Ampliação do vocabulário;</p><p>• Descrição oral de cenas;</p><p>• Coordenação motora fina: escrita, desenho, pintura, re-</p><p>cortes e colagens;</p><p>• Prática da escrita de próprio punho, utilizando o conheci-</p><p>mento de que dispõe sobre o sistema de escrita;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras do alfabeto.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>130</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Afeto;</p><p>• Características físicas e pessoais: a família;</p><p>• Animais: espécies, características, habitat e modo de vida.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de quantidade (contagem);</p><p>• Classificação e seriação;</p><p>• Dentro/fora;</p><p>• Relação entre numeral e quantidade;</p><p>• Figuras geométricas (círculo).</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Organização de exposição e apreciação das produções</p><p>artísticas;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Cores primárias e secundárias (nomeação, reconheci-</p><p>mento).</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogo simbólico: o faz de conta;</p><p>• Dramatização;</p><p>• Música explorando a dança.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Organizar a turma, em círculo, para a apreciação da obra.</p><p>Proponha um momento mágico, caracterize-se de fada ou joa-</p><p>ninha e dramatize a história.</p><p>✓ Realizar, em uma roda de conversa, a interpretação oral</p><p>da obra, explorando as imagens. Garanta a fala das crianças,</p><p>valorizando suas ideias e opiniões.</p><p>✓ Explorar a palavra JOANINhA. Escreva no quadro, com</p><p>letra bastão, essa palavra, pronuncie os sons das letras, iden-</p><p>tifique-as no alfabeto e proponha a escrita. Trabalhe, ainda, a</p><p>quantidade de letras e sons que compõem a palavra.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>131</p><p>✓ Solicitar às crianças o registro, ao seu modo, da palavra</p><p>JOANINhA numa folha pautada. Posteriormente, liste, junta-</p><p>mente com a turma, outras palavras que iniciam com a letra J.</p><p>✓ Apresentar um cartaz com a letra da música “Joaninha”</p><p>(DoReMiPaty):</p><p>JoAninhA</p><p>JOANINhA VERMELhINhA</p><p>DE PRETO PINTADINhA</p><p>PELO JARDIM A PASSEAR</p><p>É MUITO PEQUENININhA</p><p>NO BRAÇO FAZ COSQUINhAS</p><p>QUANDO COMEÇA A CAMINhAR</p><p>JOANINhA, JOANINhA IAIAÔ</p><p>NO MEU BRAÇO FAZ COSQUINhAS IAIAÔ</p><p>É MUITO PEQUENININhA IAIAÔ</p><p>CABE DENTRO DA CAIXINhA</p><p>JOANINhA, JOANINhA IAIAÔ</p><p>NO MEU BRAÇO FAZ COSQUINhAS IAIAÔ</p><p>É MUITO PEQUENININhA IAIAÔ</p><p>CABE DENTRO DA CAIXINhA IAIAÔ</p><p>✓ Fazer a leitura apontada da letra da música. Peça à tur-</p><p>ma que identifique e pinte de vermelho a palavra JOANINhA</p><p>todas as vezes em</p><p>que ela aparecer no texto. Ouça a música,</p><p>aprecie o vídeo e aprenda o ritmo da canção. (Professor(a),</p><p>enriqueça essa atividade fazendo uso de uma “Bandinha rítmi-</p><p>ca infantil”, proponha a criação de outros sons, novos ritmos</p><p>que acompanhem a letra da música).</p><p>✓ Utilizar as formas geométricas para a confecção de uma</p><p>joaninha. Use dois círculos: um vermelho, de tamanho maior,</p><p>que será o seu corpo e um preto, de tamanho menor, será a</p><p>cabeça. Com lápis da cor preta, as crianças desenharão as ante-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>132</p><p>nas e as patinhas e, com tinta guache preta, farão as pintinhas</p><p>usando os dedos como carimbo. Peça-lhes que desenhem uma</p><p>determinada quantidade de pintinhas e explore os numerais.</p><p>✓ Relacionar numeral e quantidade com as joaninhas. Leve</p><p>para sala de aula dez joaninhas recortadas em color set com nú-</p><p>meros de pintinhas diferentes – de zero a nove. Separe material</p><p>de contagem e os numerais móveis. Espalhe no chão as joani-</p><p>nhas e convide cada criança a escolher a sua, peça que conte as</p><p>pintinhas que ela tem nas asas, que faça a relação com material</p><p>concreto e que identifique o numeral correspondente.</p><p>✓ Retomar a obra proposta na unidade e listar, no quadro,</p><p>com letra em bastão, juntamente, você e as crianças, o nome dos</p><p>animais que aparecem na história: FORMIGA, BORBOLETA,</p><p>LAGARTA, MINhOCA, ARANhA, LIBÉLULA, PEIXE e SIRI.</p><p>Evidencie as características de cada animal: corpo, locomoção</p><p>e habitat. Circule a primeira letra de cada palavra e explore-a</p><p>retomando o alfabeto. Conte e registre, em forma de numeral, a</p><p>quantidade de letras. Faça o seguinte levantamento: qual palavra</p><p>tem maior número de letras? E qual possui menor número? há</p><p>palavras com a mesma quantidade de letras?</p><p>✓ Distribuir o alfabeto móvel, pedir à turma que escolha</p><p>uma palavra da atividade acima e reproduza a escrita. Em segui-</p><p>da, faça a ilustração do animal escolhido.</p><p>✓ Brincar de “Devolver as pintinhas da Tininha”. Entregar</p><p>para cada criança uma ficha com o desenho de uma joaninha.</p><p>Disponibilize um dado e convide uma criança por vez para jo-</p><p>gá-lo. O numeral apresentado no dado será registrado na joa-</p><p>ninha com tinta guache.</p><p>✓ Propor situações-problema utilizando a atividade anterior.</p><p>Em dupla, some a quantidade de pintinhas que cada uma dese-</p><p>nhou. Utilize material concreto para representar o resultado final.</p><p>✓ Produzir um texto coletivo de um anúncio. Trabalhe a</p><p>funcionalidade e a estrutura desse gênero textual, explicando às</p><p>crianças que quando se quer vender, comprar, alugar, doar ou</p><p>encontrar algo, é necessário que seja escrito um anúncio e que</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>133</p><p>o mesmo precisa obedecer a algumas regras, como: o que está</p><p>sendo anunciado e o contato do anunciante. Exemplo:</p><p>PROCURA-SE!</p><p>PROCURAM-SE MINhAS PINTINhAS.</p><p>QUEM AS ENCONTRAR, FAVOR TELEFONAR NO NÚMERO</p><p>1234-9956.</p><p>TININhA</p><p>✓ Trabalhar o ambiente em que vive a joaninha: o jardim.</p><p>Explore esse ambiente por meio da leitura do poema “Leilão de</p><p>jardim” (Cecília Meireles), escrito em um cartaz. Faça a leitura</p><p>apontada do texto. Amplie o vocabulário, listando, no quadro,</p><p>as palavras das coisas que serão leiloadas, enfatizando as letras</p><p>iniciais e seus respectivos sons. Solicite que as crianças façam o</p><p>registro dessas palavras, ao seu modo, numa folha.</p><p>✓ Trabalhar com massa de modelar a construção de um jar-</p><p>dim. Proponha que as crianças apresentem suas produções e, de-</p><p>pois, faça uma exposição para apreciação da comunidade escolar.</p><p>referências</p><p>JOANINhA. Música CD DoReMiPaty. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2sfEBrM>. Acesso em: 26 jan. 2018.</p><p>PAES, Ducarmo. A joaninha que perdeu as pintinhas. São Paulo:</p><p>Best Book, 2010.</p><p>sugestões de leitura</p><p>COLOMER, Teresa. Andar entre livros: leitura literária na escola. São</p><p>Paulo: Global, 2007.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>134</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>gosto ou não gosto? preciso</p><p>experimentAr!</p><p>obra literária: Sapo Comilão</p><p>Autores: Stela Barbieri e Fernando Vilela</p><p>sinopse</p><p>Cansado de comer sempre as mesmas coisas, o Sapo Comi-</p><p>lão resolveu sair em busca de novos sabores. Mas essa aventura</p><p>não deu muito certo não, e quase acabou em uma grande con-</p><p>fusão. Quem nasce para ser sapo não vira gente não!!!</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>explicar e argumentar ideias e pontos de vista;</p><p>• Comunicação clara de comentários, conhecimentos pré-</p><p>vios, críticas e sugestões;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>135</p><p>• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais: trava-</p><p>-língua;</p><p>• Audição e contação de histórias;</p><p>• Participação interativa nas situações em que os adultos</p><p>leem textos de diferentes gêneros, como texto informativo, nar-</p><p>rativo, científico;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita;</p><p>• Escrita imitativa;</p><p>• Produção de texto coletivo;</p><p>• Importância do silêncio e da escuta;</p><p>• Audição e compreensão de orientações de instruções e</p><p>regras de brincadeiras e jogos de palavras;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais como</p><p>trava-língua e cantiga;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Coordenação motora fina e coordenação motora global</p><p>por meio de movimentos;</p><p>• Elaboração de perguntas e respostas de acordo com os</p><p>diversos contextos de que participa.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Relação entre numeral e quantidade;</p><p>• Representação de quantidades com material manipulável;</p><p>• Noção de posição;</p><p>• Noção de quantidade: mais que/menos que;</p><p>• Classificação e comparação;</p><p>• Representação, leitura e compreensão de tabela.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Modelagem;</p><p>• Manipulação e emprego de inúmeros suportes, instrumen-</p><p>tos, técnicas e materiais plásticos;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>136</p><p>• Apreciação das suas produções e das dos outros, por meio</p><p>da observação;</p><p>• Valorização de suas próprias produções, das de outras</p><p>crianças e da produção de Arte em geral;</p><p>• Desenho e pintura.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Sistematização das descobertas, dados, informações e</p><p>conclusões de modo não convencional (traços, desenhos e ou-</p><p>tros tipos de notação);</p><p>• Expressão de ideias por meio da arte plástica e comunica-</p><p>ção oral;</p><p>• Respeito ao espaço do outro;</p><p>• Participação ativa em brincadeiras antigas;</p><p>• Animais: espécie, característica, habitat, modo de vida;</p><p>• Metamorfose do sapo;</p><p>• Preservação da vida e do meio ambiente;</p><p>• Pesquisa em livros e em palestra;</p><p>• Experimentação de alimentos;</p><p>• Alimentação saudável.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Exposição de sentimentos e sensações, sem constrangi-</p><p>mentos;</p><p>• Participação ativa em brincadeiras e músicas interagindo</p><p>com os colegas;</p><p>• Socialização, amizade e respeito;</p><p>• Expressão e manifestações de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos;</p><p>• Participação interativa nos jogos e brincadeiras indepen-</p><p>dente de ser menino ou menina;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita, sem medo de errar;</p><p>• Percepção e reconhecimento de habilidades e competên-</p><p>cias, assim como a aceitação dos limites corporais, emocionais,</p><p>intelectuais e afetivos;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>137</p><p>• Articulação de braços, pernas e demais partes com desen-</p><p>voltura, destreza e segurança nos movimentos que executa;</p><p>• Reconhecimento da importância da nutrição para a manu-</p><p>tenção da saúde.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Cantiga popular “O sapo não lava o pé”;</p><p>• Brincadeira “O pulo do sapo”;</p><p>• Atenção e concentração;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Controle do corpo e do movimento;</p><p>• habilidades e limites do próprio corpo;</p><p>• Cautela e atenção;</p><p>• Equilíbrio ao se colocar de cócoras e ao executar outros</p><p>movimentos;</p><p>• Brincadeiras e jogos orientados, direcionados, recreação</p><p>de regras;</p><p>• Valorização de conquistas corporais.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Promover uma roda de conversa com as crianças sobre os</p><p>bichos: de qual bicho você mais gosta? E de que menos gosta?</p><p>De quais bichos você tem medo? De quais você não tem? Você</p><p>tem algum bicho em casa? Qual bicho gostaria de ter? Convide-</p><p>-as para que façam de conta que são pesquisadores, propondo</p><p>um estudo sobre o sapo.</p><p>✓ Pesquisar sobre o sapo. Pergunte o que sabem sobre esse</p><p>animal. Registre, em um cartaz, as possíveis respostas apontadas</p><p>pelas crianças – o sapo é verde, mora na lagoa, ele pula – e, em</p><p>outro cartaz, anote o que querem descobrir sobre ele. Leia para</p><p>as crianças as informações solicitadas, em livros pré-seleciona-</p><p>dos, sobre o sapo. Instigue-as para saber se compreenderam o</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>138</p><p>que foi lido. Caso haja muitas dúvidas, releia as informações e</p><p>esclareça as dúvidas.</p><p>✓ Contar a história do livro “Sapo Comilão”. Use estratégias</p><p>que encantem para contá-la – fantoche de mão e ou de vara,</p><p>avental de histórias, imagens, dentre outras. Após a contação,</p><p>realize roda de conversa sobre a narrativa: o que descobrimos</p><p>sobre o sapo nessa história? Deixe as crianças se expressarem e</p><p>anote os novos dados sobre o animal.</p><p>✓ Listar os nomes das frutas, legumes e verduras que o sapo</p><p>experimentou: TOMATES, FOLhAS VERDES, MELANCIA,</p><p>JABUTICABA, MILhO VERDE. Peça que a turma realize a</p><p>tentativa de escrita das palavras no caderno e ilustre-as. Poste-</p><p>riormente, oriente para que circule e identifique a primeira letra</p><p>de cada palavra.</p><p>✓ Propor a produção de um texto coletivo – convite. Apre-</p><p>sente um cartaz com um convite e faça a leitura apontada desse</p><p>texto e, explore suas características. Comente, com as crian-</p><p>ças, que iremos convidar outra turma para ouvir a história do</p><p>“Sapo Comilão” e apreciar um dos alimentos experimentados</p><p>por ele, para isso, elaboraremos um convite. Assim que finalizar</p><p>a escrita, a turma irá à sala, que será convidada, entregá-lo.</p><p>(Professor(a), nessa proposta você é o(a) escriba).</p><p>✓ Degustar um dos alimentos experimentados pelo sapo.</p><p>No dia da visita, conte a história e ofereça aos visitantes pedaços</p><p>de tomate. Converse sobre a importância do consumo de frutas,</p><p>legumes e verduras a partir da leitura de um texto informativo</p><p>sobre “Alimentação saudável”. Explique para as crianças que</p><p>texto informativo é uma fonte de pesquisa.</p><p>✓ Propor classificação de alimentos e de animais. Prepare,</p><p>com antecedência, imagens de animais e alimentos para serem</p><p>colocadas dentro de uma caixa. Combine, com as crianças, que</p><p>cantaremos a canção “O sapo não lava o pé” e, ao terminá-la,</p><p>uma criança por vez, deverá abrir a caixa, pegar uma imagem</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>139</p><p>e dizer se ela é correspondente a um alimento ou a um ani-</p><p>mal. Construa uma tabela, no quadro, afixando as imagens de</p><p>acordo com sua classificação. Explore as informações da tabe-</p><p>la, pedindo às crianças que contem a quantidade de animais e</p><p>alimentos, comparem entre si as quantidades e façam o registro</p><p>convencional do numeral.</p><p>✓ Explorar o jogo verbal trava-língua “O sapo dentro do</p><p>saco”. Faça a leitura desse texto, em um cartaz, para a turma. Ex-</p><p>plique o que é um trava-língua, realize a leitura apontada, circule</p><p>no cartaz a palavra SAPO toda vez que ela aparecer e questione às</p><p>crianças: quantas vezes a palavra sapo apareceu? Vamos contar?</p><p>Disponibilize material concreto para que as crianças quantifiquem</p><p>esse numeral. Peça, ainda, que identifiquem, no material perma-</p><p>nente da sala de aula, o numeral correspondente a essa contagem.</p><p>Continue a proposta, perguntando: quantas letras tem a palavra</p><p>SAPO? Vamos contar? Solicite, também, a quantificação desse</p><p>numeral usando material concreto. Propicie a memorização do</p><p>trava-língua brincando de pronunciá-lo com as crianças.</p><p>✓ Representar a metamorfose do sapo por meio de mode-</p><p>lagem. Exponha imagens que mostram essa metamorfose e leia</p><p>um texto informativo sobre o assunto. Disponibilize massinha</p><p>de modelar para que as crianças as representem e, depois, apre-</p><p>sentem suas produções comentando o que aprenderam. Orien-</p><p>te-as para que expliquem, em casa, a metamorfose dos sapos</p><p>usando o material produzido por elas.</p><p>✓ Realizar a brincadeira “O pulo do sapo” no pátio. Mar-</p><p>que, no pátio, linhas de partida e de chegada. Combine com os</p><p>participantes que eles devem permanecer na linha de partida, em</p><p>posição de sapo – de cócoras – e ao sinal dado, devem sair pu-</p><p>lando até a linha de chegada. Vence aquele que chegar primeiro.</p><p>✓ Ampliar conhecimentos com a contribuição de uma nutri-</p><p>cionista. Retome a narrativa, atraindo a atenção da turma sobre</p><p>a alimentação do sapo no mundo real. Questione: de que os sa-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>140</p><p>pos se alimentam? E nós, qual seria a alimentação ideal? Convi-</p><p>de uma nutricionista para dialogar sobre alimentação saudável.</p><p>Após a palestra, realize uma produção oral e coletiva sobre os</p><p>conhecimentos adquiridos na palestra. Em seguida, organize</p><p>uma cópia do texto para cada criança e peça que ilustrem.</p><p>referências</p><p>BARBIERI, Stela; VILELA, Fernando. sapo comilão. São Paulo:</p><p>DCL, 2012.</p><p>METAMORFOSE DOS GIRINOS. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2IWhhtm>. Acesso em: 29 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser docente na educação infantil: entre o ensinar e o apren-</p><p>der. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 1, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>COLASANTI, Marina. Livro para criança não precisa ser educativo. En-</p><p>trevista concedida a Bruno Molinero. Folha de são paulo, de 3/1/2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>141</p><p>explorAndo o cAmpo e A cidAde com dois</p><p>rAtinhos cAmArAdAs</p><p>obra literária: As aventuras de um pequeno ratinho na ci-</p><p>dade grande</p><p>Autor: Simon Prescott</p><p>sinopse</p><p>Ao receber uma carta do ratinho que vivia na cidade, o rati-</p><p>nho do campo resolveu abandonar o sossego e a tranquilidade</p><p>da sua casa para visitar o seu amigo. Vamos viajar nessa encan-</p><p>tadora história de descobertas de um mundo, até então, desco-</p><p>nhecido pelo ratinho do campo. Esta obra é baseada na fábula</p><p>de Esopo “O Rato do Campo e o Rato da Cidade”.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias,</p><p>atividades de pontilhado.</p><p>As diferentes teorias linguísticas e pedagógicas já enumera-</p><p>ram há mais de um século, as razões pelas quais não se efetiva</p><p>um ensino com a homogeneização de saberes, desperdiçando o</p><p>tempo das crianças com atividades pouco desafiadoras, como</p><p>as de treino do traçado das letras, que remontam modelos e</p><p>práticas da década de 1930, defendidas nos extintos manuais</p><p>de caligrafia muscular. E, por que, na Educação Infantil, muitas</p><p>vezes, temos repetido essas práticas acreditando que as mesmas</p><p>atendem às exigências de se ensinar na era digital?</p><p>Ferreiro (2013)9 responde, provocando novas problematiza-</p><p>ções e inquietações: “a instituição escolar, frequentemente, apos-</p><p>ta em batalhas perdidas de antemão, mas o faz com o propósito</p><p>de manter suas próprias tecnologias” (Ferreiro, 2013, p. 456).</p><p>Desafiar a criança na experimentação das múltiplas lin-</p><p>guagens é um convite para acreditar na potencialidade de cada</p><p>uma, concebendo as práticas numa dimensão discursiva, na</p><p>medida em que “a criança aprende a ouvir, a entender o outro</p><p>pela leitura; aprende a falar, a dizer o que quer pela escrita. Mas</p><p>esse aprender significa fazer, usar, praticar, conhecer. Enquanto</p><p>8. Professor, aqui é importante retomar o conceito de autonomia, tendo</p><p>em vista o pensamento de Vygotsky sobre a Zona de Desenvolvimento</p><p>Proximal (ZDP). Que tal conhecer as obras listadas a seguir, que explicam</p><p>melhor esse conceito?</p><p>VYGOTSkY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins</p><p>Fontes, 1991.</p><p>FONTANA, Roseli; Cruz, Nazaré. psicologia e trabalho pedagógico. São</p><p>Paulo: Atual, 1997.</p><p>9. FERREIRO, Emilia. o ingresso na escrita e nas culturas do escrito.</p><p>São Paulo: Cortez, 2013.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>17</p><p>escreve, a criança aprende a escrever e aprende sobre a escrita”</p><p>(Smolka, 2008, p. 63).10</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia. A linguagem escrita e o direito à edu-</p><p>cação na primeira infância. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍ-</p><p>CULO EM MOVIMENTO, PERSPECTIVAS ATUAIS, 1., 2010, Belo</p><p>horizonte. Anais ... Belo horizonte: 2010, p. 1-12.</p><p>BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa</p><p>(orgs.). Ler e escrever na educação infantil: discutindo práticas pe-</p><p>dagógicas. Belo horizonte: Autêntica Editora, 2010.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>* * *</p><p>A obra</p><p>Esse livro tem como público leitor, principalmente, os(as)</p><p>professores(as) da Rede Municipal de Ensino de Itumbiara,</p><p>Goiás. Foi escrito com objetivo de estabelecer referenciais para</p><p>o planejamento das aulas com crianças de 3 a 5 anos de idade.</p><p>Vale ressaltar que não se trata de um manual ou de material</p><p>didático, que engessa as práticas escolares. São experiências e</p><p>sugestões de propostas pedagógicas compartilhadas pelos au-</p><p>tores da obra. As atividades propostas são advindas das nossas</p><p>experiências com crianças pequenas, sejam em sala de aula,</p><p>sejam na atuação em gestão escolar.</p><p>Pensando em facilitar a consulta, o manuseio e a pesquisa, a</p><p>obra foi organizada em quatro capítulos.</p><p>10. SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>18</p><p>O primeiro, com o título “Leitura literária e contação de</p><p>histórias em questão: o que ler? Como ler? Por que ler para</p><p>crianças pequenas?”, assinado pela Profª. Drª. Ilsa do Carmo</p><p>Vieira Goulart, da Universidade Federal de Lavras (UFLA),</p><p>que, prontamente, aceitou o nosso convite para escrever a aber-</p><p>tura do livro com um capítulo teórico sobre as práticas de leitu-</p><p>ra literária na Educação Infantil. Goulart, apoiando-se na pers-</p><p>pectiva dialógica de Bakhtin, propõe uma provocação instigante</p><p>sobre o ato de ler para as crianças pequenas. Na voz da autora,</p><p>“possibilitar que cada leitor assuma sua própria palavra frente</p><p>ao lido é processo constante na atuação de um professor-leitor.</p><p>Esse é um aspecto que descrevo como o ponto de exclamação</p><p>para as atividades de leitura literária e de contação de histórias</p><p>na educação infantil. Porque ao considerarmos que o ato de</p><p>ler exige uma mudança, um posicionamento do leitor, preciso</p><p>destacar que o primeiro leitor de qualquer texto a ser oferecido</p><p>às crianças, nas instituições escolares, é o próprio professor”.</p><p>Os capítulos posteriores (2 ao 4), de autoria coletiva dos pro-</p><p>fessores: Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de Lima Buso,</p><p>Elaine Martins Silva, Elenice Ribeiro Silva Costa, Franciele</p><p>Oliveira de Assis Nogueira, Poliana Boel Ferreira, Raquel Santos</p><p>Faria Vieira e Tatiana Mortosa Faria Silva, todos vinculados à</p><p>Rede Municipal de Ensino de Itumbiara, apresentam sugestões</p><p>de unidades temáticas com conteúdos e atividades interdiscipli-</p><p>nares que exploram os diferentes eixos temáticos da Educação</p><p>Infantil, tendo o livro de literatura infantil como norteador e</p><p>articulador das propostas.</p><p>Todas as unidades temáticas seguem o mesmo padrão na</p><p>organização. Apresentam a sinopse da obra, os conteúdos que</p><p>podem ser abordados com as crianças, as sugestões de ativida-</p><p>des e as referências, contendo indicações de leitura e sites em</p><p>que o(a) professor(a) possa pesquisar e encontrar vídeos para</p><p>operacionalização de alguns trabalhos sugeridos.</p><p>É importante destacar que todos os conteúdos referenciados</p><p>estão em consonância com a Síntese Curricular da Educação</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>19</p><p>Infantil de Itumbiara, ou seja, essa obra nasce para atender a</p><p>realidade do município, vislumbrando que as práticas aqui indi-</p><p>cadas ganhem vida no dia a dia da sala de aula.</p><p>Advertimos que as unidades temáticas não tratam de pla-</p><p>nejamentos de aulas, e, sim, de referenciais para motivar o(a)</p><p>professor(a) a incorporar, em sua prática, novas metodologias,</p><p>desafiando as crianças a serem autoras e leitoras de textos escri-</p><p>tos, orais e multimodais. Além disso, são sugeridos dez livros de</p><p>literatura infantil por faixa etária, algo insuficiente para a rotina</p><p>na Educação Infantil, que exige do(a) professor(a) constantes e</p><p>diárias contações de histórias. São dez livros que impulsionam</p><p>o(a) professor(a) a buscar novas histórias, novos livros, novas</p><p>estratégias, para criar as suas aulas, tendo como referencial a</p><p>literatura e seus encantos, sem perder de vista a natureza lúdica</p><p>iminente nas práticas educacionais da primeira infância.</p><p>É importante ressaltar que o livro não tem fins comerciais</p><p>ou lucrativos, reúne saberes e compartilha práticas exitosas</p><p>realizadas no município de Itumbiara e que, se divulgadas,</p><p>como aqui apresentamos, possibilitam a disseminação de uma</p><p>perspectiva educacional que forma verdadeiros leitores e es-</p><p>critores, não apenas de textos, mas de suas próprias vidas, de</p><p>suas próprias histórias.</p><p>Itumbiara, Goiás, fevereiro de 2018.</p><p>Juliano Guerra Rocha</p><p>Ayane Carolina de Lima Buso</p><p>Elaine Martins Silva</p><p>Elenice Ribeiro Silva Costa</p><p>Franciele Oliveira de Assis Nogueira</p><p>Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel Santos Faria Vieira</p><p>Tatiana Mortosa Faria Silva</p><p>21</p><p>1. LeiturA LiteráriA e</p><p>ContAção de hiStóriAS em</p><p>queStão: o que Ler? Como</p><p>Ler? por que Ler pArA</p><p>CriAnçAS pequenAS?</p><p>Ilsa do Carmo Vieira Goulart</p><p>Ler para as crianças é invadir de alegria sua infância...</p><p>Bartolomeu Campos de Queirós (2012)</p><p>de um conto: um encontro, um ponto de partida...</p><p>Quando criança o alpendre parecia alteroso; o que o en-</p><p>grandecia não era a metragem dos quase 90cm da perdura al-</p><p>venaria, mas a flexibilidade do fantástico, do encontro com o</p><p>impossível, com o inimaginável. Foi ali, abaixo de um alpendre</p><p>que as palavras tomaram formas, tons e ritmos... Palavras for-</p><p>conhecimentos prévios, co-</p><p>mentários, opiniões, críticas, sugestões, sentimentos;</p><p>• Audição e compreensão de textos distintos como os nar-</p><p>rativos e a carta;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Nomeação e descrição de lugares;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>142</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em diferentes por-</p><p>tadores textuais;</p><p>• Composição de palavras com o uso do alfabeto móvel;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras do alfabeto;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos de</p><p>diferentes gêneros: narração, carta, encartes de supermercados;</p><p>• Exploração da estrutura textual de uma carta e de um en-</p><p>carte de propaganda;</p><p>• Coordenação motora global e fina;</p><p>• Produção textual: carta;</p><p>• Interpretação de texto audiovisual: vídeo.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Amizade, companheirismo, afeto e solidariedade;</p><p>• Diversidade: reconhecimento, aceitação e respeito às dife-</p><p>renças sociais: o campo e a cidade;</p><p>• Plantas e animais: espécies, características, habitat, modo</p><p>de vida;</p><p>• Preservação do campo, da natureza e dos espaços públicos</p><p>da cidade;</p><p>• Alimentação saudável.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de massa: mais leve que/mais pesado que; mesma</p><p>massa;</p><p>• Noção de quantidade: muito/pouco; mais/menos; mesma</p><p>quantidade;</p><p>• Escrita de numerais;</p><p>• Contagem significativa e contextualizada.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Leitura de textos não verbais: imagens, figuras, fotos;</p><p>• Organização de exposição e apreciação das produções ar-</p><p>tísticas;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>143</p><p>• Composição de arte com colagens de imagens em prato</p><p>descartável;</p><p>• Apreciação de imagens para identificação de formas, des-</p><p>crição de objetos e ambientes distintos;</p><p>• Desenho, pintura, recorte e colagem;</p><p>• Organização da sala de aula para a exposição dos traba-</p><p>lhos desenvolvidos.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Percepção de diferenças entre seres vivos e espaços e da</p><p>consciência em respeitá-los;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Valorização da amizade e afeto para com o outro;</p><p>• Demonstração do desejo de conquistar e cultivar amigos;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita sem medo do erro;</p><p>• Interação com as pessoas com as quais se relaciona e o</p><p>meio em que se encontra;</p><p>• Demonstração de afeto, respeito e gentileza para com as</p><p>pessoas com as quais convive.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Preparar o ambiente para realizar a contação da obra li-</p><p>terária escolhida para a unidade “As aventuras de um pequeno</p><p>ratinho na cidade grande”. Conte a história com entusiasmo e</p><p>criatividade, assim, proporcionará novos conhecimentos e pra-</p><p>zer ao ouvir histórias. Explore a capa e faça um levantamento</p><p>de inferências sobre a história a ser lida. Forneça informações</p><p>básicas sobre o(a) autor(a) e ilustrador(a).</p><p>✓ Discutir com as crianças, em uma roda de conversa, per-</p><p>guntas relacionadas à história. Amplie o debate sobre as carac-</p><p>terísticas do ambiente onde vivem os ratinhos, levando a turma</p><p>a perceber o modo de vida de cada um. Enfatize a importância</p><p>de se respeitar e valorizar o ambiente em que cada um está inse-</p><p>rido. Trate sobre as diferenças entre o meio urbano e o meio ru-</p><p>ral: o ambiente em que convivemos é igual ao ambiente de qual</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>144</p><p>ratinho? Qual ratinho parece ter mais tranquilidade? Quais as</p><p>diferenças que existem entre cidade e o campo? Prossiga, lis-</p><p>tando, no quadro, as diferenças apontadas pelas crianças, numa</p><p>tabela com duas colunas – zona rural e zona urbana.</p><p>✓ Ampliar o conhecimento, explorando o meio rural com o</p><p>vídeo “Chico Bento em: na roça é diferente”. Explore as ima-</p><p>gens do vídeo, os animais, os alimentos colhidos na hora, o</p><p>modo de falar dos personagens, o espaço, os móveis que estão</p><p>na casa. Proponha uma atividade de pintura para as crianças em</p><p>fichas personalizadas com o nome da unidade e com imagens</p><p>de animais do meio rural, como cavalo, galinha, porco, vaca e</p><p>boi. Solicite a escrita espontânea dos nomes dos animais que</p><p>aparecem na imagem. Possibilite que as crianças exponham suas</p><p>atividades em sala de aula.</p><p>✓ Propor o “Ateliê da Arte” com colagens de imagens que a</p><p>turma irá pesquisar em livros e ou revistas de recorte que ilus-</p><p>tram o meio rural. Intitule a atividade “No ambiente rural eu</p><p>encontro...” (Professor(a), esta atividade deverá ser coletiva.</p><p>Para esse momento, utilize as carteiras dispostas em círculo e,</p><p>ao centro da sala, as crianças, com a sua ajuda, colocam sobre</p><p>uma mesa todo o material para a realização da colagem).</p><p>✓ Explorar o alfabeto com a classe e, logo após, escrever com</p><p>letra bastão a palavra CAMPO. Identifique, com a turma, cada</p><p>letra pausadamente. Evidencie que a letra C, pode encontrar-se</p><p>em diferentes disposições no início ou meio de uma palavra.</p><p>Procure na galeria de nomes, os nomes que também se encaixem</p><p>nesse parâmetro. Questione às crianças se elas conhecem outras</p><p>palavras que iniciam com a letra C e liste-as, no quadro. Em</p><p>seguida, peça o registro delas numa folha com borda e pautada</p><p>com linhas de espaçamentos maiores entre si.</p><p>✓ Realizar uma feira de alimentos saudáveis. Lembre à</p><p>criançada que, no campo, é comum uma alimentação mais sau-</p><p>dável. Sendo assim, colete alimentos na cantina da escola para</p><p>montar uma feira dos alimentos. Discuta sobre a importância</p><p>de consumi-los diariamente. Após a observação dos alimentos</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>145</p><p>pelas crianças, proponha uma atividade de colagem em prati-</p><p>nhos descartáveis de papelão com imagens de outros alimentos.</p><p>(Professor(a), para esta atividade procure trazer para sala de</p><p>aula encartes de supermercados).</p><p>✓ Promover uma roda de conversa, com a turma, para ex-</p><p>plorar o espaço urbano. Suscite o conhecimento prévio que</p><p>ela tem sobre esse espaço. Leve para sala de aula uma caixa</p><p>surpresa e, dentro dessa caixa, reúna várias imagens da cidade</p><p>de Itumbiara: igrejas, praças, Beira Rio, Ponte Affonso Penna,</p><p>escolas. Com essas imagens, explore também outros contextos,</p><p>tais como: formas, objetos e os espaços presentes nas imagens,</p><p>diferenciando-os do espaço rural.</p><p>✓ Explorar, com as crianças, as características da cidade</p><p>onde o ratinho do campo foi parar “Será que a cidade que o</p><p>ratinho foi é parecida com a que você mora?” Proponha a rea-</p><p>lização de um desenho da cidade destino do ratinho do campo</p><p>e, em seguida, solicite a apresentação de sua produção artística.</p><p>✓ Promover a brincadeira “Na minha cidade tem...”. Leve</p><p>as crianças para o pátio, disponha-as em círculo e ensine a brin-</p><p>cadeira: – Quando vocês me ouvirem dizer “Na minha cidade</p><p>tem...” responderão algo que existe na cidade. A brincadeira</p><p>continua até que todos(as) participem ativamente.</p><p>✓ Escrever com letra bastão a palavra CIDADE. Identifique</p><p>com a turma cada letra. Entregue para cada criança o alfabeto mó-</p><p>vel para que ela possa montar, ler e registrar a palavra em destaque.</p><p>✓ Realizar a contagem das letras que formam as palavras</p><p>CAMPO e CIDADE. Peça às crianças para que se dirijam até</p><p>o quadro, representando as respectivas quantidades. Explore,</p><p>também, a noção de quantidade instigando-as quanto à relação</p><p>“de mais ou de menos”, ou seja, qual palavra possui mais letras</p><p>e qual possui menos letras.</p><p>✓ Convidar a turma a ler, num cartaz, a transcrição da carta</p><p>enviada pelo Ratinho da Cidade. (Professor(a), o cartaz deve</p><p>ser escrito com letra bastão. Faça leitura coletiva e a identifica-</p><p>ção das palavras CAMPO e CIDADE.).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana</p><p>Mortosa F. Silva</p><p>146</p><p>✓ Produzir, coletivamente, uma carta – o(a) professor(a)</p><p>como escriba – na qual, o Ratinho do Campo agradece a hos-</p><p>pitalidade do Ratinho da Cidade. Durante a produção explique</p><p>todos os passos necessários para elaboração de uma carta: local,</p><p>data, saudação, destinatário, assunto, despedida e assinatura do</p><p>remetente. Posteriormente, copie-a, em cartaz, e faça um pa-</p><p>ralelo à carta proposta na atividade anterior. Exponha os dois</p><p>cartazes para apreciação da comunidade escolar.</p><p>referências</p><p>JUNCE. A vida no campo. Disponível em: <http://bit.ly/2shv5Ei>.</p><p>Acesso em: 23 jan. 2018.</p><p>PRESCOTT, Simon. As aventuras de um pequeno ratinho na cidade</p><p>grande. São Paulo: Publifolhinha, 2002.</p><p>SOUZA, Maurício de. ChICO BENTO EM: NA ROÇA É DIFEREN-</p><p>TE. Disponível em: <http://bit.ly/2kxvrCz>. Acesso em: 22 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser criança na educação infantil: infância e linguagem. Bra-</p><p>sília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 2, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>147</p><p>ROChA, Simone Albuquerque da (org.). educação infantil em dis-</p><p>cussão: experiências e vivências. Cuiabá: EdUFMT, 2008.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>um porquinho que coAxA e piA? sim, ele</p><p>se desdobrA pArA ser simpático</p><p>obra literária: Coach!</p><p>Autor: Rodrigo Folgueira</p><p>sinopse</p><p>Era uma vez uma família de sapos que morava em um lago.</p><p>Tinham uma vida muito tranquila e feliz até a chegada de um ines-</p><p>perado e estranho visitante. Será que essa visita veio atrapalhar a</p><p>rotina dos sapinhos? Ou será que tenha vindo somente desfrutar</p><p>da calmaria do lugar? Vamos descobrir o real motivo juntos?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas, anseios e sentimentos;</p><p>• Participação interativa em situações em que os adultos</p><p>leem textos de diferentes gêneros;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>148</p><p>• Leitura e interpretação de imagens;</p><p>• Participação em situações cotidianas em que se faz o uso</p><p>da escrita;</p><p>• Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conheci-</p><p>mento de que dispõe do sistema de escrita;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>explicar e argumentar suas ideias e pontos de vista;</p><p>• Audição, contação e reconto de histórias;</p><p>• Participação em situações em que as crianças leiam, ainda</p><p>que não o façam de maneira convencional;</p><p>• Reconhecimento e escrita da primeira letra do nome.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de posição;</p><p>• Noção de tempo: antes/depois;</p><p>• Noções de cores;</p><p>• Contagem significativa;</p><p>• Identificação, tentativa e experimentação da escrita dos</p><p>numerais.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogos simbólicos: o faz de conta e os jogos imitativos;</p><p>• Audição e reprodução de sons diversos;</p><p>• Cantos, cantigas e músicas infantis.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Modelagem;</p><p>• Apreciação das suas produções e das dos outros, por meio</p><p>da observação e leitura de alguns dos elementos da linguagem</p><p>plástica;</p><p>• Desenho.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• A família;</p><p>• Desejo de conquistar e manter amigos.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>149</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Amizade, companheirismo, afeto e solidariedade;</p><p>• Constituição familiar, hábitos, costumes e valores;</p><p>• Animais: espécie, características, habitat, modo de vida.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Cantar com as crianças músicas relacionada ao SAPO</p><p>– “O Sapo não lava o pé” e “Sapo Cururu”. Após as músicas</p><p>cantadas, convidar as crianças, no pátio da escola, a imitarem o</p><p>pulo do sapo. Dialogar com a turma sobre a história que você irá</p><p>contar, diga que irão conhecer novos personagens, que alguns</p><p>pulam como sapos, que haverá uma relação de amizade muito</p><p>linda entre eles, questione-os sobre suas amizades: quem tem</p><p>amigos na escola? É importante termos amigos? Por quê? En-</p><p>tão vamos conhecer uma linda história que fala sobre amizade?</p><p>✓ Ler e apresentar a história. A partir do título do livro, incitar</p><p>as crianças a dizerem que som está representado na capa. Explo-</p><p>rar cada personagem, fazendo a leitura de imagens. (Professor(a),</p><p>atente-se também para a mudança de tamanho das palavras que</p><p>aparecem durante a história querendo mostrar a intenção da fala</p><p>dos personagens, mude o tom e o volume da voz).</p><p>✓ Propor uma roda de conversa sobre a história: quais ani-</p><p>mais aparecem na história? Onde vivem os sapos? Qual a cor</p><p>dos sapinhos? E o porquinho, de que cor era? Vamos repetir o</p><p>som que o porquinho fazia? Por que o porquinho repetia tanto</p><p>esse som? Como era a vida dos sapos antes de o porquinho</p><p>aparecer? Quantos personagens são citados na história? Pro-</p><p>videnciar caixa com tampinhas de garrafa ou palitos de picolé</p><p>para, nesse momento da conversa, as crianças poderem quanti-</p><p>ficar, fazer relação do número de personagens da história com</p><p>o número de material que será disponibilizado a elas. Exemplo:</p><p>quantos eram os sapinhos? Vamos contar? 1, 2, 3, 4... agora,</p><p>vamos pegar a mesma quantidade de tampinhas: 1, 2, 3, 4...,</p><p>disponibilizar, também, no centro da roda, fichas com os nume-</p><p>rais para que elas façam a relação numeral/quantidade.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>150</p><p>✓ Ampliar a conversação com as crianças, questionando so-</p><p>bre a atitude dos sapinhos: vocês acham que foi correto o que os</p><p>sapinhos fizeram? Eles foram amigos, solidários com o porqui-</p><p>nho? Será que o porquinho ficou triste? Se fossem vocês, o que</p><p>fariam para ajudar o porquinho e deixá-lo feliz?</p><p>✓ Chamar a atenção dos alunos, mais uma vez, para o título do</p><p>livro, escrevê-lo no quadro em letra de caixa-alta e questionar-lhes:</p><p>quem sabe me dizer o nome da primeira letra? Alguém, aqui na</p><p>sala de aula, tem o nome começado com essa letra? (Professor(a),</p><p>nessa atividade retome a galeria de nomes da turma).</p><p>✓ Convidar as crianças a irem até o quadro e realizarem a</p><p>tentativa de escrita do título da obra.</p><p>✓ Propor às crianças o reconto da história trabalhada. In-</p><p>centive-as a criarem um diálogo entre os personagens, grave a</p><p>fala que elas criarão para ouvirem posteriormente, encoraje-as a</p><p>participarem. (Professor(a), providencie máscaras ou fantoches</p><p>para esse momento).</p><p>✓ Manipular massinha para modelar os personagens da</p><p>história. Chame a atenção da criança quanto a sua textura e</p><p>cheiro, deixe-a manipular à vontade para explorar sua criati-</p><p>vidade. Ao finalizar as modelagens, faça a exposição dos tra-</p><p>balhos para apreciação.</p><p>✓ Retomar a história, propondo os seguintes questionamen-</p><p>tos: os sapos viviam sozinhos ou em família? E você, vive sozi-</p><p>nho ou tem família? Resgatar com as crianças os conhecimentos</p><p>que elas trazem sobre família. Pergunte sobre os componentes</p><p>familiares: quem são, quantos são, quais seus gostos e o que fa-</p><p>zem juntos. Depois, convide-as a ouvirem a música “FAMÍLIA”</p><p>(Titãs) e faça com elas interpretação oral sobre a mesma. Pro-</p><p>videnciar cartaz com a letra da música “FAMÍLIA”,</p><p>fazer leitura</p><p>apontada da canção. Explorar, nesse cartaz, palavras, pedir às</p><p>crianças que identifiquem algumas letras que já conhecem, mos-</p><p>tre a elas, também, os modos de ler na infância, chamando-lhes</p><p>a atenção para algumas convenções: escreve-se da esquerda para</p><p>a direita e ao finalizar a linha, continua-se a escrita na seguinte.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>151</p><p>✓ Propor a representação familiar por meio de desenhos.</p><p>✓ Pedir que tragam de casa figuras de sapos e confeccionar</p><p>um cartaz com essas figuras.</p><p>✓ Assistir com as crianças ao vídeo “Ensinando ciclo da vida</p><p>do sapo para crianças”. Após assistirem ao vídeo, propor uma</p><p>produção textual oral sobre “Coisas que sabemos e descobri-</p><p>mos sobre os sapos”. (Professor(a), você será o escriba dessa</p><p>produção. Anote no quadro o que as crianças forem falando,</p><p>depois de pronto, leia o texto para as crianças; em um segundo</p><p>momento, digite o texto, faça uma cópia para cada aluno, cole</p><p>no caderno e peça para que ilustrem o mesmo).</p><p>referências</p><p>ENSINANDO CICLO DA VIDA DO SAPO PARA CRIANÇAS. Dis-</p><p>ponível em: <http://bit.ly/2shD5VX>. Acesso em: 22 jan. 2018.</p><p>FOLGUEIRA, Rodrigo. Coach. Tradução Leo Cunha. Porto Alegre:</p><p>EDIPUCRS, 2013.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Linguagem oral e linguagem escrita na educação infantil:</p><p>práticas e interações. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 3, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>152</p><p>ROChA, Eloisa A. C.; kRAMER, Sonia (orgs.). educação infantil:</p><p>enfoques em diálogo. Campinas: Papirus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>nem tudo que você vê É o que pArece ser:</p><p>criAndo e recriAndo</p><p>obra literária: Chapéu</p><p>Autor(a): Paul hoppe</p><p>sinopse</p><p>Você já encontrou algum objeto e quis levá-lo para casa?</p><p>Pois bem, hugo encontrou um chapéu e, imediatamente, ima-</p><p>ginou inúmeras coisas que poderia fazer com ele. Quais coi-</p><p>sas seriam essas? Será que hugo levou o chapéu para casa?</p><p>Leia e descubra!</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros como: narrativa, texto informativo, poe-</p><p>sia, lista, letra de música;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>153</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Nomeação e descrição de lugares;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Coordenação motora fina: escrita, desenho, pintura, re-</p><p>cortes e colagens;</p><p>• Coordenação motora ampla;</p><p>• Leitura contextualizada e identificação do alfabeto, do</p><p>próprio nome e dos colegas;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras do alfabeto;</p><p>• Escrita imitativa de palavras diversas, incluindo o próprio</p><p>nome;</p><p>• Identificação de letras e palavras em contextos diferentes;</p><p>• Reconhecimento de letras iniciais;</p><p>• Reconhecimento de letras e palavras, num texto;</p><p>• Composição de palavras com o uso de alfabeto móvel;</p><p>• Manuseio de diferentes portadores textuais: livro, jornal,</p><p>panfletos;</p><p>• Ordenação de texto fatiado: cantiga;</p><p>• Demonstração de compreensão de cenas audiovisuais.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• O clima e as estações do ano;</p><p>• Autocuidado: uso de protetor solar, vestuários adequados</p><p>ao clima;</p><p>• Alimentação saudável;</p><p>• Percepção tátil, visual, gustativa.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de quantidade: mais/menos;</p><p>• Noção de tamanho: maior que/menor que;</p><p>• Noção de massa: mais leve que/mais pesado que;</p><p>• Noção temporal: antes/depois; as estações do ano; dia/noite;</p><p>• Identificação, tentativa e experimentação da escrita de</p><p>numerais;</p><p>• Relação entre numeral e quantidade;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>154</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Nomeação de figuras, objetos e cores;</p><p>• Noção de textura: folhas secas, folhas verdes, folhas de</p><p>papel, cascas de fruta;</p><p>• Situações-problema com registros não convencionais e ou</p><p>convencionais;</p><p>• Noção de adição;</p><p>• Elaboração, leitura e compreensão de gráfico;</p><p>• Opostos: aberto/fechado; calor/frio; inverno/verão; dia/</p><p>noite;</p><p>• Figuras geométrica (círculo) e sólido geométrico (cubo).</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Leitura de textos não verbais: imagens, figuras, cenas;</p><p>• Releitura de imagens da obra literária;</p><p>• Modelagem, dobradura, desenho, pintura, recorte e colagem;</p><p>• Organização da exposição e apreciação das produções</p><p>artísticas;</p><p>• Uso de materiais plásticos diversos: tinta guache, pinceis,</p><p>papel dobradura, jornal.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Apresentação de atitudes e ações que envolvam a solida-</p><p>riedade e a gentileza;</p><p>• Expressão e manifestação de necessidades, desejos e</p><p>sentimentos;</p><p>• Demonstração de inventividade, criatividade e imaginação;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita, sem medo de errar (o</p><p>aprender exige a passagem por e tentativas, erros e acertos- é</p><p>normal);</p><p>• Realização de atitudes de autocuidado;</p><p>• Interação com as pessoas com as quais se relaciona e o meio;</p><p>• Comunicação e interação ao participar de atividades di-</p><p>versas;</p><p>• Respeito com os quais convive;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>155</p><p>• Iniciativa em posicionar-se frente às diversidades e as ati-</p><p>tudes de escolha;</p><p>Autonomia e independência ao cuidar de si (higiene) e do</p><p>ambiente que frequenta.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Contar história é encantar corações. Prepare o ambien-</p><p>te para fazer a apresentação da obra desta unidade. Receba as</p><p>crianças com um chapéu na cabeça. As crianças ficarão curio-</p><p>sas, já que não é um hábito do(a) professor(a) se vestir assim.</p><p>Pergunte-lhes o que há de diferente em sua maneira de vestir</p><p>neste dia. Sente-as em uma grande roda e mostre o livro para</p><p>elas. Faça, com elas, a leitura da capa, leia o título – identifique</p><p>as letras que formam essa palavra - e identifique o nome do au-</p><p>tor da obra. Conte a história, explore as imagens e cada situação</p><p>em que hugo utiliza o chapéu.</p><p>✓ Realizar a interpretação oral da história. Explore as ima-</p><p>gens de cada página do livro. Permita que as crianças expressem</p><p>suas emoções e façam seus apontamentos. Cada uma delas re-</p><p>criará a cena que mais lhe chamou a atenção por meio de de-</p><p>senhos. Em seguida, oriente para que apresentem a sua criação</p><p>aos demais colegas.</p><p>✓ Listar, no quadro branco, ou em cartaz, juntamente com</p><p>a turma, o que hugo idealizou com o chapéu: “proteger do sol,</p><p>proteger da chuva, caçar ratos, fazer mágicas, navegar, deslizar</p><p>pela neve, salvar sua própria vida, transformar hugo em artista,</p><p>transformar hugo em superastro”. Essas são as idealizações de</p><p>hugo. Permita que a criança imagine e expresse o que faria se</p><p>encontrasse esse chapéu.. (Professor(a), neste momento, é viá-</p><p>vel colocar um chapéu ao centro da sala e, uma a uma, a criança</p><p>irá pegá-lo e dizer o que imaginaria ser o chapéu).</p><p>✓ Trabalhar estratégias de escrita e leitura a partir do nome</p><p>do personagem hUGO. Escreva esse nome em uma folha e</p><p>cole-a no quadro. Faça leitura apontada. Retome o alfabeto e</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina</p><p>de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>156</p><p>trabalhe a sequência alfabética, sempre indagando a letra que</p><p>vem antes e a que vem depois. Leia a galeria de nomes e insira o</p><p>nome de hUGO na sequência da turma como se hugo também</p><p>fizesse parte dela. Entregue o alfabeto móvel e peça às crianças</p><p>que montem o nome hUGO. Ao final, elas registrarão, a seu</p><p>modo, o nome do personagem em folha pautada.</p><p>✓ Aprofundar os conhecimentos sobre o clima e as estações</p><p>do ano. Para hugo, o chapéu protege do sol e da chuva, vira bar-</p><p>co e trenó. Tudo isso, remete às estações do ano. Explique que</p><p>as estações do ano são caracterizadas pela variação de radiação</p><p>solar, que atinge a superfície do planeta Terra durante uma de-</p><p>terminada época do ano. Inicie os trabalhos com a primavera.</p><p>✓ Trabalhar a estação primavera. Assistam ao vídeo “A</p><p>Primavera e a Festa das Flores - Contos da Tia Sil”. Conver-</p><p>se com as crianças sobre o vídeo. Faça uma lista, no quadro,</p><p>das flores que são citadas no vídeo: MARGARIDA, ANTÚRIO,</p><p>CRAVO, ROSA e GIRASSOL. Mostre a imagem dessas flores,</p><p>fazendo a ligação ao nome correto. Peça que as crianças escre-</p><p>vam, a seu modo, o nome de cada flor e, estimule-as a realiza-</p><p>rem uma produção artística cuja inspiração, sejam flores.</p><p>✓ Confeccionar o gráfico “A flor mais bonita do jardim” (fi-</p><p>gura 7). Entregue para cada criança um envelope com as ima-</p><p>gens das flores trabalhadas no vídeo. Cole em uma cartolina as</p><p>mesmas imagens com seus respectivos nomes e faça a leitura</p><p>apontada. Peça às crianças que abram o envelope e retirem a</p><p>imagem da flor que o(a) professor(a) irá solicitar. Em seguida,</p><p>elas escolherão a sua flor preferida e irão afixá-la no cartaz, no</p><p>espaço adequado. Terminada a atividade, problematize o gráfi-</p><p>co: qual flor foi mais votada? Qual flor foi menos votada? hou-</p><p>ve algum empate? Proponha mais situações-problema.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>157</p><p>FigUrA 7</p><p>A FLor mAis BonitA</p><p>Fonte: Arquivo pessoal dos autores.</p><p>✓ Corresponder a quantidade de flores ao registro do nu-</p><p>meral. Para esse momento, serão necessários seis ou mais vasos</p><p>e margaridas recortadas e afixadas em palitos. Com a turma</p><p>sentada em uma grande roda, distribua os vasos ao centro e,</p><p>em cada um, coloque uma quantidade diferente de margaridas.</p><p>Selecione uma criança, mostre-lhe um vaso, peça-lhe que faça a</p><p>contagem e pegue o numeral móvel correspondente à quantida-</p><p>de de margaridas que estão no recipiente. (Professor(a), nessa</p><p>atividade, é preciso trocar os vasos de lugares para que as crian-</p><p>ças não memorizem e, sim, aprendam a contagem).</p><p>✓ Confeccionar, com as crianças, dobraduras da tulipa e</p><p>montar um painel da Primavera. Decore-o utilizando a criativi-</p><p>dade das crianças.</p><p>✓ Produzir texto coletivo. Indague às crianças: o que é o Sol?</p><p>Onde ele está? Será que conseguimos observá-lo por um período</p><p>de tempo? Por que não? A partir das respostas dadas pela turma,</p><p>proponha a escrita de um texto coletivo, tendo o(a) professor(a)</p><p>como escriba. Antes, porém, leia um texto informativo sobre o</p><p>Sol, selecionado anteriormente, que enriqueça e amplie o conhe-</p><p>cimento prévio da turma. Desse modo, o texto produzido será</p><p>bem mais rico. Transcreva-o para um cartaz e explore-o.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>158</p><p>✓ Retomar a leitura do livro, página 8 “Um chapéu protege</p><p>do sol”. Explique às crianças que o Sol faz lembrar uma calo-</p><p>rosa estação. Qual seria essa estação? Permita que as crianças</p><p>expressem suas ideias oralmente. Inicie, portanto, as atividades</p><p>sobre o verão. Leve um cartaz informativo sobre a estação cita-</p><p>da – figura 8. Faça a leitura apontada. Explore os cuidados que</p><p>se deve ter com o excesso da exposição solar; comente sobre as</p><p>roupas adequadas, o uso do protetor solar, os horários adequa-</p><p>dos para expor-se ao sol e forneça outras informações interes-</p><p>santes sobre essa estação, como por exemplo:</p><p>FigUrA 8</p><p>verão</p><p>VERÃO – ESTAÇÃO DO ANO EM QUE OS DIAS SÃO MAIS LONGOS</p><p>QUE AS NOITES. O VERÃO APRESENTA TEMPERATURAS</p><p>ELEVADAS E ALTO ÍNDICE DE CHUVAS. ESSE É O PERÍODO MAIS</p><p>PROPÍCIO PARA A REALIZAÇÃO DE VIAGENS, EM ESPECIAL,</p><p>PARA AS CIDADES LITORÂNEAS.</p><p>– VERÃO: DE 21 DE DEZEMBRO A 21 DE MARÇO.</p><p>Fonte: Projeto Estações do ano. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2LhehF7>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>✓ Entregar para cada criança uma ficha com o texto: SOU</p><p>O ASTRO SOL / SOU RADIANTE E LINDÃO / AQUEÇO</p><p>BASTANTE OS SEUS DIAS / E SOU MAIS FORTE NO VE-</p><p>RÃO. Faça a leitura apontada e, com giz de cera amarelo, peça</p><p>às crianças que circulem a palavra SOL. Abaixo do texto, soli-</p><p>cite que elas experimentem a escrita da palavra destacada e de-</p><p>senhem um sol utilizando tinta guache amarela. Permita que as</p><p>crianças exponham a atividade. Continuando os trabalhos sobre</p><p>a estação “verão”, fale sobre as chuvas, uma vez que o chapéu</p><p>de hugo o protege. Questione sobre a possibilidade de usar ou-</p><p>tro objeto para abrigar-se da chuva. Dentre as possibilidades</p><p>de respostas, as crianças apontarão a utilização de um guarda-</p><p>-chuva. Leve-o para sala. No primeiro momento, mostre-o fe-</p><p>chado e explique que ele só vai proteger uma pessoa da chuva se</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>159</p><p>estiver aberto. Trabalhe noções de aberto e fechado. Dentro do</p><p>guarda-chuva coloque os crachás com os nomes das crianças.</p><p>Ao abri-lo teremos uma chuva de nomes; cada um da turma en-</p><p>contrará o seu crachá e, de posse dele, identificará sua atividade</p><p>escrevendo o seu nome.</p><p>✓ Explorar outra estação: o outono. Leve para a sala de aula</p><p>folhas secas – é necessário que seja uma para cada criança – e</p><p>um desenho de um tronco de uma árvore em um papel sulfitão.</p><p>Conte para a turma a “história da folhinha de outono” – ane-</p><p>xada ao final da proposta. Terminada a contação, entregue as</p><p>folhas secas e peça-lhes que as colem no tronco.</p><p>✓ Aprofundar o conhecimento sobre o outono, conhecido</p><p>como a estação das frutas. Explore o momento para falar sobre a</p><p>importância das frutas para uma alimentação saudável. Convide</p><p>a turma para assistir ao vídeo “Pomar” do Palavra Cantada. Liste,</p><p>no quadro, os nomes das frutas citadas na canção. Peça que as</p><p>crianças leiam as palavras escritas, estimulando que façam a rela-</p><p>ção entre a primeira letra de cada palavra e as letras do alfabeto e</p><p>dos nomes dos colegas. Oriente para que registrem, no caderno,</p><p>essas palavras. Faça um levantamento, perguntando a cada um</p><p>a sua fruta predileta. Escreva, no quadro, os nomes das frutas</p><p>selecionadas pelas crianças. Realize uma contagem e, ao final,</p><p>explore o resultado, realizando uma somatória – noção de adição</p><p>–, para que concluam qual a fruta preferida da turma. Peça que</p><p>tragam uma fruta para fazerem, juntos, uma salada de frutas.</p><p>✓ Preparar uma deliciosa salada de frutas. Peça que as crian-</p><p>ças peguem as frutas, cheire-as e as apalpe, cada uma apresen-</p><p>tará a sua fruta. Chame a atenção para os tamanhos das frutas:</p><p>qual fruta é a maior? Qual é a menor? Convide-as a observar</p><p>seus pesos: qual fruta é mais pesada? Qual é menos pesada?</p><p>Atentando para as formas das frutas, leve para a sala alguns so-</p><p>los geométricos e peça às crianças que os comparem com as</p><p>frutass, fazendo os seguintes questionamentos: alguma fruta se</p><p>parece com algum sólido? Será que tem alguma fruta em forma</p><p>de um cubo? Faça com que a turma perceba que a maioria das</p><p>frutas possuem o formato circular, ou seja, lembram a esfera.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>160</p><p>Vivencie o momento da preparação da salada de frutas. Corte as</p><p>frutas, possibilitando que as crianças vejam as sementes e sabo-</p><p>reie cada fruta. Após cortar todas as frutas, sirva as crianças. So-</p><p>licite, ao final, que registrem, através de desenho, esse momento.</p><p>✓ Trabalhar a última estação: o inverno. Leve para a sala o</p><p>poema “Chegou o inverno” (Maria do Rosário Moita de Mace-</p><p>do) – figura 9, uma cópia impressa para cada criança e outra, em</p><p>tamanho maior, em cartaz. Faça a leitura. Concomitantemente,</p><p>explore o cartaz e a ficha impressa, circulando o nome das peças</p><p>de roupas que aparecem no poema, leia-as e faça levantamentos</p><p>de outras roupas e calçados muito utilizados na época do frio.</p><p>Posteriormente, explore os sons com a mesma terminação que</p><p>formam rimas. Leia, identifique e circule-os com cores diferentes.</p><p>FigUrA 9</p><p>poemA “ChegoU o inverno”</p><p>CHEGOU O INVERNO</p><p>ESTÁ FRIO LA FORA,</p><p>NÃO PODEMOS IR CORRER,</p><p>VAMOS APROVEITAR</p><p>E ESTA POESIA APRENDER.</p><p>O INVERNO JÁ CHEGOU,</p><p>E O FRIO FAZ-SE SENTIR,</p><p>VOU-ME AGASALHAR,</p><p>P´RA NÃO TOSSIR.</p><p>VISTO A CAMISOLA,</p><p>E AS LUVAS DE LÃ,</p><p>PONHO O CACHECOL,</p><p>SE SAIO DE MANHÃ.</p><p>UM GORRO QUENTINHO,</p><p>TAMBÉM DEVO PÔR,</p><p>E UM CASACO GROSSO,</p><p>QUE GUARDA O CALOR.</p><p>COM TANTA ROUPA,</p><p>PAREÇO UMA CEBOLA,</p><p>MAS EU FICO PRONTO,</p><p>PARA IR À ESCOLA!</p><p>Rosarinho 2010</p><p>Fonte: Disponível em: <http://bit.ly/2h1zr72>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>161</p><p>✓ Produzir um cartazete, com o tema “Roupas de inverno”.</p><p>Entregue revistas e panfletos de propagandas de lojas de roupas</p><p>para que procurem vestuário adequado ao inverno, recortando e</p><p>colando-o. Escreva o nome das imagens e peça-lhes que façam</p><p>a escrita imitativa desses nomes.</p><p>✓ Recordar a narrativa no trecho em que hugo faz do cha-</p><p>péu um trenó. Explore, novamente, a imagem que é trazida no</p><p>livro, explicando o que é um trenó: meio de transporte utili-</p><p>zado na neve. Amplie o conhecimento das crianças, convidan-</p><p>do-as a assistirem ao filme “Olaf – Em Uma Nova Aventura</p><p>Congelante de Frozen”. Proponha uma roda de conversa sobre</p><p>o filme, e finalize as atividades confeccionando um boneco de</p><p>neve com recortes de círculos.</p><p>✓ Retomar o título da narrativa: ChAPÉU, trabalhando tex-</p><p>to fatiado. Escreva a parlenda “O meu chapéu tem três pon-</p><p>tas” em um cartaz e faça leitura apontada. Desafie as crianças</p><p>a identificarem a palavra ChAPÉU no texto e depois pinte-a</p><p>com giz de cera azul. Entregue para as crianças cinco tiras com</p><p>o título e os versos da letra musical, fora de ordem. Peça-lhes</p><p>que, olhando no cartaz, organize-os na sequência correta. Ve-</p><p>rifique se estão adequadas para colarem. Termine a atividade,</p><p>convidando a garotada a cantar e a criar gestos para a música,</p><p>e realizando a dobradura do chapéu com jornal. Deixe-as irem</p><p>embora com o chapéu para se protegerem do sol ou da chuva.</p><p>Anexo</p><p>história da folhinha de outono</p><p>Era uma época do ano chamada Primavera, antes do ve-</p><p>rão, quando o calor e o sol ficam muito quentes.</p><p>Em uma árvore do parque, aqui pertinho, nasceu uma</p><p>folhinha bem verdinha, toda enroladinha. Ela era uma</p><p>folhinha pequenininha.</p><p>Com o passar do tempo, ela foi se desenrolando e cres-</p><p>cendo. Foi ficando grossa, maior e mais forte.</p><p>Quando o vento batia nas árvores do parque, a folha</p><p>grande balançava, fazendo uma dança, junto às outras</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>162</p><p>folhas companheiras. É muito bonito de se ver e ouvir</p><p>o barulho das folhas balançando ao vento. E a folha da</p><p>nossa história gostava muito de dançar!</p><p>Quando o calor foi diminuindo e uma época do ano</p><p>chamada outono foi chegando, a folha foi percebendo</p><p>que ela e suas colegas estavam mudando de cor: algu-</p><p>mas estavam mais amarelas; outras, marrons e outras,</p><p>avermelhadas. Sentiu, também, que o vento estava mais</p><p>frio e mais forte. Quando olhava para o chão, via outras</p><p>folhas voando e caindo pelo parque.</p><p>Curiosa e assustada, a folha perguntou para os amigos</p><p>galhos: o que está acontecendo com as folhas que estão</p><p>mudando de cor e voando para longe das árvores?</p><p>Os galhos, então, explicaram para a folha que estava</p><p>chegando o dia do grande voo da folhinha. Ela estava</p><p>se vestindo com outra cor para sair voando pelo parque,</p><p>enfeitando as ruas e dando lugar para as novas folhinhas</p><p>que iam chegar quando o calor voltasse.</p><p>E assim aconteceu. Um vento forte puxou a folhinha,</p><p>que já estava amarelinha, para um voo lindo. Ela passeou</p><p>por todo o parque. Viu a sua árvore de longe e percebeu</p><p>como ela era grande e forte. Viu o lago dos patinhos. Viu</p><p>as crianças brincando no balanço do outro lado da rua.</p><p>E, no final do voo, juntou-se a muitas folhas diferentes</p><p>de outras árvores que nunca tinha conhecido.</p><p>Fonte: história da folhinha de outono. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2IW0OFk>. Acesso em: 05 fev. 2018.</p><p>referências</p><p>hISTóRIA DA FOLhINhA DE OUTONO. Disponível em: <http://</p><p>bit.ly/2IW0OFk>. Acesso em: 05 fev. 2018.</p><p>hOOPE, Paul. Chapéu. São Paulo: Brinque Book, 2012.</p><p>PALAVRA CANTADA. pomar. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2IZ0Nwu>. Acesso em: 05 fev. 2018.</p><p>PROJETO ESTAÇÕES DO ANO. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2LhehF7>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>163</p><p>sugestões de leitura</p><p>BORTONI-RICARDO, Stella Maris; SOUSA, Maria Alice Fernandes</p><p>de. Falar, ler e escrever de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>existem fenômenos que devem ser</p><p>sentidos! vAmos comprovAr?</p><p>obra literária: De que cor é o vento?</p><p>Autora: Anne herbauts</p><p>sinopse</p><p>De que cor é o vento? O gigantinho sai bem cedo à procura</p><p>da resposta. Pelo caminho, encontra o cachorro, o lobo, o elefante</p><p>e vários outros elementos que não o satisfazem com suas respos-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>164</p><p>tas. Até encontrar um gigantão, que o fez perceber o que tanto</p><p>queria saber. Qual foi essa resposta? Vamos, juntos, descobrir?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas, anseios e sentimentos;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações;</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>explicar e argumentar suas ideias e pontos de vista;</p><p>• Conhecimento e reprodução oral de jogos verbais, como</p><p>poema;</p><p>• Participação interativa nas situações em que os adultos</p><p>leem textos de diferentes gêneros, como convites;</p><p>• Audição e contação de história;</p><p>• Leitura de imagens;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários porta-</p><p>dores de textos;</p><p>• Participação em situações cotidianas, nas quais se faz ne-</p><p>cessário o uso da escrita;</p><p>• Exploração do som final: rimas.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noções de quantidade: mais/menos;</p><p>• Noção de cores;</p><p>• Leitura e interpretação de gráficos;</p><p>• Contagem significativa;</p><p>• Identificação, tentativa e experimentação da escrita de al-</p><p>guns numerais.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Características físicas (apreciação de si mesmo) e caracte-</p><p>rísticas pessoais e as singularidades;</p><p>• Percepção de si mesmo, do outro e suas diferenças, bem</p><p>como o dever de respeitá-las.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>165</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Manipulação e emprego de suportes, instrumentos e técni-</p><p>cas e materiais plásticos, tais como: tinta, pincel, giz de cera, pa-</p><p>pel, folhas, sementes, massa de modelar, cordão, dentre outros;</p><p>• Modelagem;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>•</p><p>Ilustração.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Diversidade: reconhecimento, aceitação e respeito às dife-</p><p>renças pessoais, familiares, religiosas e políticas, dentre várias;</p><p>• O clima e as estações do ano;</p><p>• Vestuário;</p><p>• Elementos da natureza – chuva.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Audição de música;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Relaxamento.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Espalhar, pela escola, nos corredores e dentro da sala de</p><p>aula, cartazetes com os dizeres “DE QUE COR É O VENTO?”.</p><p>Convide as crianças a fazerem um passeio pela unidade escolar</p><p>para sentirem o vento. Em sala, ligue o ventilador para que as</p><p>crianças o sintam novamente e, em seguida, peça que elas co-</p><p>mentem as sensações sentidas nas duas ocasiões.</p><p>✓ Providenciar uma caixa, contendo imagens dos perso-</p><p>nagens da obra, coladas na parte de fora. Atraia o olhar das</p><p>crianças para os personagens que estão em destaque na caixa,</p><p>perguntando: quem são esses personagens? Vocês já os viram</p><p>em histórias? O que acham que esses personagens fazem na</p><p>história que vou contar? Comente, então, com as crianças que</p><p>irão conhecer essa história que está dentro da caixa. Ao abri-la,</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>166</p><p>demonstre surpresa dizendo que o livro não está ali. Questione:</p><p>o que será que aconteceu? Após ouvir as inferências das crian-</p><p>ças, fale que o vento o levou. Levante, juntamente com a turma,</p><p>hipóteses sobre os lugares para onde o vento poderia ter levado</p><p>o livro. Dê algumas dicas do esconderijo para que as crianças</p><p>o encontrem. Em seguida, explore a capa – título, autor, ilus-</p><p>trador, imagem - e conte a história. (Professor(a), esse livro é</p><p>multissensorial, por isso é importante deixar a criança manuseá-</p><p>-lo para descobrir novas sensações).</p><p>✓ Refletir sobre a atitude de apelidar os colegas. Questione:</p><p>vocês acham que GIGANTINhO é o nome ou o apelido do</p><p>menino? E você, tem algum apelido? Aproveite esse momento</p><p>e oriente as crianças sobre o cuidado que devem ter em dar</p><p>apelido aos colegas, pois alguns apelidos deixam-nos magoados</p><p>e tristes. Reforce que um corte, um arranhão, uma queimadura</p><p>machucam por fora e que, um apelido maldoso pode machucar</p><p>por dentro e doer como um ferimento qualquer.</p><p>✓ Convidar as crianças a darem nomes ao GIGANTINhO.</p><p>Proponha a escolha de nomes para o personagem, pedindo su-</p><p>gestões às crianças e anotando-as no quadro. Depois, explique</p><p>que você sorteará quatro nomes e que será feita uma votação</p><p>para escolha de um deles. Faça uma tabela com os nomes sor-</p><p>teados e registre o voto de cada criança. Combine que, o nome</p><p>que obtiver o maior número de votos, será o nome do menino.</p><p>Auxilie a turma a analisar os resultados obtidos. Utilize material</p><p>concreto e manipulável para visualização da representação das</p><p>quantidades registradas na tabela:</p><p>nomes votos das crianças total de votos</p><p>1º nome</p><p>2º nome</p><p>3º nome</p><p>4º nome</p><p>✓ Construir gráfico com o tema “UM NOME PARA</p><p>GIGANTINhO” a partir dos dados da tabela. Apresente e leia a</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>167</p><p>estrutura do gráfico - tema e nomes escolhidos para o preenchi-</p><p>mento do gráfico. Para isso, use cartões coloridos, uma cor para</p><p>representar cada nome. Exemplos: primeiro nome – cartão azul,</p><p>segundo nome – cartão verde, terceiro nome – cartão vermelho</p><p>e o quarto – cartão amarelo. Oriente as crianças a colarem seu</p><p>cartão na coluna que corresponde à sua escolha. Posteriormen-</p><p>te, problematize os resultados do gráfico por meio de alguns</p><p>questionamentos: qual nome recebeu maior quantidade de vo-</p><p>tos? Quantos votos esse nome recebeu? Qual foi o nome que</p><p>recebeu menor quantidade de votos? Quantos foram? O nome</p><p>escolhido recebeu quantos votos a mais que o menos votado? O</p><p>nome que você votou foi o que recebeu mais votos? Proponha,</p><p>ainda, tentativa de escrita dos dados obtidos no gráfico.</p><p>✓ Confeccionar painel com tema “As quatro estações do</p><p>ano”. Retome a leitura do livro e questione as crianças sobre</p><p>a vestimenta do menino: que tipo de roupa ele usa? Por que</p><p>será que está usando essas peças? Provavelmente responderão</p><p>que o tempo está frio. Proponha uma roda de conversa sobre</p><p>as quatro estações do ano e descubra os conhecimentos prévios</p><p>da turma. Em seguida, amplie seus saberes discorrendo sobre</p><p>cada uma das estações – outono, inverno, primavera e verão.</p><p>Peça, com antecedência, que tragam, de casa, figuras corres-</p><p>pondentes às quatro estações. Juntamente, você e as crianças,</p><p>confeccionem um painel com essas figuras.</p><p>✓ Experimentar a escrita do nome do filme “A Cigarra e a</p><p>Formiga”. Convide as crianças a assistirem ao filme e realize a</p><p>interpretação oral, relembrando as cenas, nas quais aparecem as</p><p>estações e evidenciando as atitudes dos personagens diante das</p><p>sensações – frio/calor. Proponha a experimentação da escrita</p><p>do título da fábula e a ilustração da cena de que mais gostou.</p><p>(Professor(a), faça a escrita convencional do nome do filme).</p><p>✓ Explorar rimas na letra da música “As quatro estações</p><p>do ano” com Patati e Patatá. Assista ao vídeo citado e aprecie a</p><p>música, cantando e dançando com as crianças. Confeccione um</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>168</p><p>cartaz com a letra da música e faça leitura apontada. Destaque</p><p>os jogos de rimas presentes no texto, usando pincel colorido:</p><p>conhecer/aprender, jardim/mim, passear/mar, parar/chegar.</p><p>Escolha um dos jogos de rima para identificação e contagem</p><p>das letras que compõem essas palavras. Proponha brincadeira</p><p>com rimas, utilizando os nomes das crianças. Exemplos: YAS-</p><p>MIM rima com JARDIM; MANUELA rima com RAFAELA.</p><p>Peça que ilustrem o cartaz, disponibilizando às crianças diver-</p><p>sos materiais para suas produções: giz de cera, tinta, pincel,</p><p>canetinha, papel, folha, semente, flor, terra, areia, massa de</p><p>modelar, cordão, etc.</p><p>✓ Apreciar o vídeo “Como a água vira chuva?” da Luna. Re-</p><p>tome a história, mostrando às crianças a presença dos elementos</p><p>da natureza – montanha, chuva, sol, céu, água, árvore. Pergunte</p><p>se alguém sabe como acontece a chuva. Ouça, atentamente, as</p><p>inferências delas e convide-as para apreciarem o vídeo mencio-</p><p>nado. Posteriormente, dialogue com as crianças as informações</p><p>transmitidas pela Luna. Finalize as explorações, realizando uma</p><p>experiência, demonstrando o processo da chuva:</p><p>pesquisa e experimento</p><p>Como fazer a chuva?</p><p>você vai precisar de:</p><p>✓ 1 pote transparente com água quente;</p><p>✓ 1 prato;</p><p>✓ Gelo.</p><p>Como fazer a experiência:</p><p>✓ Com o prato, cubra o pote com água quente e espere</p><p>alguns segundos.</p><p>✓ Depois, coloque os cubos de gelo em cima do prato. Re-</p><p>pare nas pequenas gotas que vão parecer dentro do pote.</p><p>✓ Pronto! Você acabou de criar uma chuva artificial!</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>169</p><p>o que acontece?</p><p>Em contato com a superfície fria, o vapor se condensa e</p><p>forma gotas de água na superfície do copo. Isso também acon-</p><p>tece quando a água evapora com o calor: o vapor sobe e encon-</p><p>tra o ar frio, se condensa e cai como chuva.</p><p>✓ Produzir um convite num cartazete. Leve para a sala de</p><p>aula, convites de aniversário e oportunize a apreciação dos mes-</p><p>mos. Depois, escreva um deles no quadro para realização de</p><p>apontamentos das características desse gênero textual. Provo-</p><p>que uma discussão: quem já recebeu um convite? O que dizia o</p><p>convite? Tinha data e horário? Elabore um convite, com a ajuda</p><p>da turma, convidando o vento para visitar a sala de aula. No dia</p><p>marcado, deixe as crianças bem à vontade para sentirem o visi-</p><p>tante – o VENTO – e faça um relaxamento usando música ins-</p><p>trumental. (Professor(a), nessa atividade você é o(a) escriba).</p><p>✓ Vivenciar sensações de olhos vendados. Atraia a atenção</p><p>das crianças ao fato de o menino da história estar sempre de</p><p>olhos fechados. Ouça</p><p>as observações e indague: será que o fato</p><p>de o menino estar sempre de olhos fechados tem alguma relação</p><p>com o fato de o livro conter texturas? Conte a elas que Giganti-</p><p>nho é uma criança que vê o mundo com as mãos, por isso, o li-</p><p>vro é cheio de texturas, para que proporcione a outras crianças,</p><p>as mesmas oportunidades. Proponha às crianças que coloquem</p><p>uma venda nos olhos para que possam perceber o mundo como</p><p>o Gigantinho. Deixe que apalpem, sintam texturas diferentes.</p><p>Aproveite o momento, em que as crianças estão de olhos ven-</p><p>dados e, solicite que desenhem algo num papel. Promova uma</p><p>roda de conversa para que as crianças relatem o que sentiram</p><p>com essa vivência. Fale do respeito que devemos ter com todos,</p><p>que podemos aprender muito com as diferenças. Exponha as</p><p>produções na sala de aula. Convide as crianças a assistirem ao</p><p>vídeo “Ninguém é igual a ninguém” e, assim, finalize as discus-</p><p>sões acerca do tema em estudo.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>170</p><p>referências</p><p>A CIGARRA E A FORMIGA. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2IZCZIT>. Acesso em: 27 jan. 2018.</p><p>hERBAUTS, Anne. de que cor é o vento? Tradução Ana Maria</p><p>Machado. São Paulo: FTD, 2012.</p><p>O ShOW DA LUNA! COMO A ÁGUA VIRA ChUVA?. Disponível</p><p>em: <http://bit.ly/2soQmen>. Acesso em: 27 jan. 2018.</p><p>PATATI PATATÁ – AS QUATRO ESTAÇÕES DO ANO. Disponível</p><p>em: <http://bit.ly/2Jbst4J>. Acesso em: 27 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Bebês como leitores e autores. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 4, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>SOUZA, Renata Junqueira de; FEBA, Berta Lúcia Tagliari (orgs.).</p><p>Leitura literária na escola: reflexões e propostas na perspectiva do</p><p>letramento. Campinas: Mercado das Letras, 2011.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>171</p><p>A belezA sem preconceito: trAbAlhAndo</p><p>As diferençAs</p><p>obra literária: Menina bonita do laço de fita</p><p>Autora: Ana Maria Machado</p><p>sinopse</p><p>Uma linda menina negra, com olhos de jabuticaba,</p><p>sorriso encantador, de fita vermelha nos cabelos encantava</p><p>profundamente o coelho branco. A cor da menina era o que afligia</p><p>aquele coelhinho. Ele desejava ter aquela pele, a qual considerava</p><p>a mais bela. Depois de várias tentativas pintando o corpo de</p><p>preto, tomando incontáveis xícaras de café, ele continua branco.</p><p>Que tal você conhecer os detalhes dessa emocionante história?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Uso da linguagem oral para contar histórias e exposição</p><p>de comentários, críticas, dúvidas, opiniões e conhecimentos</p><p>prévios;</p><p>• Ampliação de vocabulário;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>172</p><p>• Coordenação motora fina: escrita, desenho, pintura, re-</p><p>cortes e colagens;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita de letras do alfabeto</p><p>e de palavras;</p><p>• Escrita imitativa e espontânea;</p><p>• Leitura de textos verbal e não verbal;</p><p>• Identificação das vogais e representação pelo registro;</p><p>• Características da narração e de texto instrucional;</p><p>• Biografia do(a) autor(a) e do(a) ilustrador;</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Amizade, companheirismo, afeto e solidariedade;</p><p>• Constituição familiar;</p><p>• Convivência e valores na família e na escola;</p><p>• Atitudes colaborativas na família e na escola;</p><p>• Cultura afro-brasileira e de outros povos;</p><p>• Regras da boa convivência e de comportamento.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Noção de quantidade – muito/pouco; mais/menos; mes-</p><p>ma quantidade;</p><p>• Registro não convencional de quantidades.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Gravuras, imagens e fotos;</p><p>• Organização de exposição e apreciação das produções ar-</p><p>tísticas;</p><p>• Desenho, pintura, recorte e colagem;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Nomeação e reconhecimento de cores;</p><p>• Textura.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogo simbólico – dramatização;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>173</p><p>• Brincadeira – Coelhinho sai da toca;</p><p>• Cantigas e dança.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Ornamentar a sala com imagens de pessoas negras que se-</p><p>jam referências, como Pelé, Obama, Daiane dos Santos, Milton</p><p>Nascimento, João do Pulo, Djavan, mas também, afixe imagens</p><p>de outras, que, mesmo não divulgadas em mídia, são referên-</p><p>cias da etnia negra. Procure imagens que retratem vestimentas e</p><p>cabelos, os quais remetem à cultura afro. Converse sobre elas e,</p><p>a partir das imagens, estimular a audição da história a ser lida.</p><p>✓ Organizar uma caixa surpresa com uma boneca negra</p><p>para que, antes de contar a história, seja aguçada a curiosidade</p><p>das crianças sobre o que venha a estar dentro da caixa. Retire</p><p>a boneca da caixa, trabalhe suas características e, em seguida,</p><p>mostre o livro à turma. Explore a capa, fazendo um levantamen-</p><p>to de inferências sobre a história a ser lida, e informe sobre a</p><p>autora e o ilustrador. (Professor(a), seria interessante caracteri-</p><p>zar essa boneca com cabelos de lã, aproximando a aparência da</p><p>boneca com a da personagem do livro).</p><p>✓ Pedir à turma que crie desenhos, recontando a história.</p><p>Em seguida, propicie roda de conversa, retomando a narrativa</p><p>por meio da apresentação dos trabalhos pelas crianças, realizan-</p><p>do, assim, a interpretação da obra.</p><p>✓ Propor uma atividade de arte e coordenação motora fina,</p><p>utilizando a pintura com guache e colagem de lã em rolos de pa-</p><p>pel higiênico, confeccionando o rosto da personagem principal.</p><p>(Professor(a), é necessário que os olhos e a boca sejam trazidos</p><p>recortados para a conclusão da atividade).</p><p>✓ Realizar arte com as mãos. Proponha a pintura da mão di-</p><p>reita das crianças com tinta guache preta e vermelha – figura 10</p><p>– para representar o rosto da personagem da história. Depois</p><p>da secagem, com tinta guache da cor branca e com o auxílio do</p><p>pincel, as crianças desenharão os olhinhos. Exponha suas ativi-</p><p>dades em sala e convide as crianças a apreciarem as produções.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>174</p><p>FigUrA 10</p><p>FAZendo Arte Com A meninA BonitA</p><p>Fonte: Arquivo pessoal dos autores.</p><p>✓ Discutir com as crianças e instigá-las com perguntas re-</p><p>lacionadas à história em uma roda de conversa. Inicie dizendo</p><p>que o coelho percebeu que as características da menina foram</p><p>herdadas das pessoas de sua família. Então, amplie o debate</p><p>sobre as características físicas e pessoais de cada uma, levando-</p><p>-as a perceber as diferenças em relação ao próximo, e enfatize a</p><p>importância do respeito e da valorização de si e do outro. Tra-</p><p>te, ainda, sobre suas famílias propondo questões do tipo: como</p><p>é formada a família com a qual convivo? Como colaboro em</p><p>casa? Converso mais com quem? Por quê? Você os respeita?</p><p>Com quem mais gosta de brincar?</p><p>✓ Pesquisar semelhanças físicas entre os familiares. Explore</p><p>a descoberta do coelho reportando-se a fala da mãe da menina:</p><p>“a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até</p><p>com os parentes tortos” e pergunte às crianças com quem elas</p><p>se acham parecidas. Solicite que a turma traga fotos com seus</p><p>familiares para criar o mural “Minha família, minha história”.</p><p>O(a) professor(a) também levará uma fotografia da sua família</p><p>e fará uma legenda da mesma no quadro, explicando às crianças</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>175</p><p>as características do gênero: legenda. Proponha que, também,</p><p>criem legendas para as suas fotos, fazendo tentativas espontâ-</p><p>neas de escrita dos nomes das pessoas que estão na imagem.</p><p>✓ Levar para a sala e mostrar à turma imagens de diferen-</p><p>tes grupos familiares: índios, chineses e ou japoneses, negros,</p><p>brasileiros, europeus destacando as diferenças físicas e culturais</p><p>desses povos. (Professor(a), com essa atividade, faz-se necessá-</p><p>rio explorar a etnia e as diferentes culturas dos cinco continen-</p><p>tes que compõem o Planeta Terra. Converse com a turma sobre</p><p>a questão tão explorada na história: o que faz a menina ser tão</p><p>bonita? O que é ser bonito para você?).</p><p>✓ Confeccionar o cartaz “A beleza que cada um possui”.</p><p>Distribua revistas para as crianças pesquisarem e recortarem</p><p>imagens de diferentes pessoas. Explore o cartaz produzido, fa-</p><p>zendo a correspondência entre a quantidade de imagens e nu-</p><p>meral. Propicie a contagem das imagens. Questione à turma:</p><p>quantas crianças têm no cartaz? Quantos adultos? Quantos</p><p>homens? Quantas mulheres? Quantas pessoas são no total?</p><p>dentre vários. Solicite que as crianças façam a representação</p><p>não convencional da quantidade de pessoas contadas utilizando</p><p>material concreto e manipulável.</p><p>✓ Ler e escrever a partir do texto. Explore a leitura e a es-</p><p>crita com as seguintes palavras relacionadas à história: COE-</p><p>LhO, CAFÉ, JABUTICABA, MENINA, LAÇO, FITA e, juntos,</p><p>localize e identifique as letras A, E, I, O, U circulando-as com</p><p>cores diferentes. Evidencie que os sons e ou as letras podem</p><p>encontrar-se em várias disposições, ou seja, no início, meio e</p><p>fim de uma palavra. Solicite às crianças o registro, ao seu modo,</p><p>dessas palavras, numa folha pautada com linhas de espaçamen-</p><p>tos maiores entre si. Realize a contagem das palavras que foram</p><p>listadas e solicite às crianças que se dirijam até o quadro e repre-</p><p>sentem essa quantidade. Em seguida, individualmente, retire de</p><p>uma caixa tampinhas ou outro material de contagem, a quanti-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>176</p><p>dade equivalente ao numeral apresentado. (Professor(a), nessa</p><p>atividade, você escreverá tais palavras no quadro e a criança re-</p><p>ceberá as mesmas palavras escritas, separadamente, em fichas.</p><p>E à medida que você realize a leitura, ela deverá encontrá-la e</p><p>identificar as letras da referida palavra).</p><p>✓ Propor a produção de um texto coletivo sobre as caracte-</p><p>rísticas do coelho, utilizando os conhecimentos prévios da tur-</p><p>ma. Realize a leitura apontada do texto produzido, explorando</p><p>algumas palavras do mesmo, relacionando-as com os nomes das</p><p>crianças da turma na galeria de nomes. Posteriormente, provi-</p><p>dencie a digitação do texto, disponibilize uma cópia para cada</p><p>criança e peça que o ilustrem.</p><p>✓ Levar para a sala um texto informativo, escrito em cartaz,</p><p>contendo algumas das características mais comuns sobre o COE-</p><p>LhO, no intuito de ampliar os conhecimentos da turma. Explore</p><p>a compreensão do texto. (Professor(a), para escrever esse texto,</p><p>selecione as principais características do animal como a sua es-</p><p>pécie, a locomoção, tipo de pelo, alimentação e a reprodução).</p><p>✓ Propiciar momento para que as crianças façam a tentativa</p><p>da escrita da palavra coelho em folha pautada. Posterior à es-</p><p>crita, registre no quadro, a referida palavra, explorando com a</p><p>turma quais foram as suas hipóteses de escrita. Peça que recorte</p><p>de jornais, as letras que compõem a palavra coelho. Solicite que</p><p>cole as letras abaixo da tentativa de sua escrita.</p><p>✓ Confeccionar, com as crianças, uma máscara de coelho.</p><p>Ofereça algodão para ornamentar a máscara, e diga para que</p><p>sintam a sua textura. Cantarole músicas relacionadas ao coelho</p><p>usando as máscaras.</p><p>✓ Convidar as crianças para “lerem”, num cartaz e ou no</p><p>quadro, as regras da brincadeira “Coelhinho sai da Toca”. Faça</p><p>analogia da estrutura da narrativa lida com a estrutura desse</p><p>tipo de texto, o instrucional. Depois de compreenderem as re-</p><p>gras da brincadeira, convide as crianças para saírem da sala e</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>177</p><p>colocá-las em prática. (Professor(a), não se esqueça, de combi-</p><p>nar regras de boa convivência e de comportamento).</p><p>referência</p><p>MAChADO, Ana Maria. menina bonita do laço de fita. São Paulo:</p><p>Ática, 2001.</p><p>sugestões de leitura</p><p>Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo Ferreira; COR-</p><p>SINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas (orgs.). Crianças</p><p>como leitoras e autoras. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 5, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>COELhO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática.</p><p>São Paulo: Moderna, 2000.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais. Cam-</p><p>pinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>178</p><p>os ApontAmentos infAntis merecem A</p><p>nossA Atenção</p><p>obra literária: Rinocerontes não comem panquecas</p><p>Autores: Ana kemp e Sara Ogilvie</p><p>sinopse</p><p>Dayse estava tomando café da manhã em sua casa quando,</p><p>de repente, do nada, apareceu uma confusão enorme e roxa.</p><p>Mas, que confusão será essa e, ainda, com cor? Para descobrir,</p><p>você terá que ler a história desse livro. Então, vamos lá?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Importância do silêncio e da escuta para a compreensão</p><p>da mensagem;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>explicar e argumentar ideias e pontos de vista;</p><p>• Participação interativa nas situações em que os adultos leem</p><p>textos de diferentes gêneros, como narrativa, textos informativo</p><p>e científico (ficha técnica do animal) e instrucional (receita);</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>179</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em alguns porta-</p><p>dores de texto;</p><p>• Identificação e citação de palavras escritas com a mesma</p><p>letra inicial;</p><p>• Observação, manuseio e leitura não convencional de ma-</p><p>teriais impressos;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Coordenação motora fina: desenho, pintura;</p><p>• Coordenação motora ampla;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais se faz ne-</p><p>cessário o uso da escrita: anúncios, receitas;</p><p>• Escrita e identificação de algumas letras do alfabeto;</p><p>• Ordenação de um texto a partir do reconhecimento dos</p><p>trechos que o compõe: início, meio e fim;</p><p>• Interpretação, crítica e comentários diversos sobre o filme</p><p>“Madagascar”.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Correspondência entre numeral e quantidade;</p><p>• Classificação;</p><p>• Noções de grandeza: tamanho (grande/pequeno, maior/</p><p>menor/mesmo tamanho);</p><p>• Instrumento de medida de massa corporal: balança;</p><p>• Noções de quantidade: muito/pouco/ mesma quantidade;</p><p>• Noções de cores: cores primárias;</p><p>• Notação de semelhanças e diferenças;</p><p>• Medidas de volume e capacidade: medição dos ingre-</p><p>dientes da receita;</p><p>• Leitura e compreensão de tabela: massa corporal;</p><p>• Identificação e registros de numerais, incluindo os da</p><p>massa corporal.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>180</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Instrumentos que caracterizam o ritmo musical;</p><p>• A escuta e a apreciação musical;</p><p>• Músicas infantis;</p><p>• Destreza em seguir um ritmo musical;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Desenvolvimento de atitudes de respeito e cooperação.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Manipulação de diversos materiais plásticos como tinta,</p><p>giz de cera, canetinha, lápis de cor;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Leitura de textos não verbais: gravuras, réplicas de telas;</p><p>• Cores primárias e demais cores;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística, incluin-</p><p>do a sua;</p><p>• Apreciação e análise da obra artística de Paul klenn a par-</p><p>tir de sua biografia.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Família: importância do diálogo e do respeito mútuo;</p><p>• Animais: terrestres, aquáticos e aéreos; mamíferos;</p><p>• Preservação da vida e do meio ambiente;</p><p>• Descrição de habitat natural e habitat construído para os</p><p>animais, zoológico;</p><p>• Introdução a cartografia: mapa;</p><p>• Preparação de alimento saudável;</p><p>• Degustação de alimento: panquecas, pipoca;</p><p>• Análise, observação, crítica e comunicação verbal;</p><p>• Sistematização de descobertas, dados, informações e con-</p><p>clusões de modo convencional e não convencional;</p><p>• Preservação da vida e da biodiversidade;</p><p>• Cidadania: campanha sobre a proteção e cuidados aos</p><p>animais.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>181</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Valorização das conquistas corporais que já possui e ou</p><p>adquiridas (equilíbrio, agilidade ao andar; dançar e cantar);</p><p>• Participação ativa nas brincadeiras, jogos e demais pro-</p><p>postas apresentadas;</p><p>• Sentimento de pertencimento e de importância nas rela-</p><p>ções que mantém;</p><p>• Reconhecimento de atitudes de justiça ao divulgar a ne-</p><p>cessidade de se proteger e cuidar dos animais;</p><p>• Uso contínuo de palavras e expressões de cumprimento,</p><p>afetividade e gentileza, agradecimento e despedida;</p><p>• Interação com as pessoas com as quais se relaciona e o</p><p>meio.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Explorar a classificação dos animais. Promova roda de</p><p>conversa sobre os tipos de animais – terrestres, aquáticos e aé-</p><p>reos. Solicite, com antecedência, que tragam, de casa, figuras</p><p>desses tipos de animais. Confeccione três cartazes com as figu-</p><p>ras que as crianças trouxeram: um, com as figuras de animais</p><p>terrestres, outro, com figuras de animais aquáticos e o terceiro,</p><p>com figuras de animais aéreos. Deixe que observem e que falem</p><p>da diferença entre os animais.</p><p>✓ Contar a história do livro “Rinocerontes não comem pan-</p><p>quecas”. Comente com as crianças que irá contar uma história</p><p>de um animal terrestre, grande, pesado e mamífero. Explique à</p><p>turma o que é um animal mamífero – aquele que mama na ma-</p><p>mãe, como nós seres humanos. Instigue as crianças a falarem</p><p>sobre a história ouvida com questionamentos do tipo: onde se</p><p>passa a história? O que Dayse contava aos pais? Eles davam</p><p>atenção ao que ela dizia? O que o pai respondia quando Dayse</p><p>contava que o rinoceronte havia comido as panquecas? Como</p><p>descobriram que Dayse dizia a verdade? Alguém já viu um ri-</p><p>noceronte? O pai queria devolvê-lo ao zoológico, Dayse não</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>182</p><p>concordou. O que vocês acham da decisão tomada por eles? O</p><p>que aprenderam com essa história? Entre outros.</p><p>✓ Compilar informações acerca do rinoceronte. Exponha</p><p>para as crianças, em cartaz, a ficha técnica do animal pesquisa-</p><p>da e escrita anteriormente, fazendo a leitura apontada. Disponi-</p><p>bilize um mapa, mostre e marque – colando uma imagem de um</p><p>rinoceronte – o país onde os rinocerontes “moram” e deixe-o</p><p>exposto, em sala, durante todo estudo da unidade.</p><p>✓ Realizar a receita da panqueca com as crianças. Questio-</p><p>ne à turma: quem já comeu panquecas? De que será feita uma</p><p>panqueca? Será que é preciso muitos ingredientes? Será que as</p><p>panquecas são fritas ou assadas? Convide a turma a preparar,</p><p>com você, a massa da panqueca. Mostre o utensílio utilizado</p><p>no seu cozimento. Em seguida, peça ajuda às merendeiras para</p><p>prepará-las ao fogo, ou então, produza um vídeo seu, fazendo</p><p>a panqueca e mostre a elas. (Professor(a), caso o vídeo seja a</p><p>melhor opção, leve panquecas para que a turma deguste).</p><p>✓ Propor produção de texto coletiva – receita da panqueca.</p><p>Prepare, antecipadamente, o texto da receita em tiras de papel.</p><p>Estruture-a, com a colaboração das crianças. Converse com elas</p><p>sobre os tipos de ingredientes, a quantidade utilizada de cada</p><p>um, qual ingrediente foi usado em maior quantidade e qual foi</p><p>usado em menor quantidade. Pergunte se gostaram do sabor e</p><p>se as panquecas que o rinoceronte comeu eram parecidas com</p><p>as que fizeram. Peça que ilustrem o cartaz, depois, exponha-o</p><p>na sala de aula para apreciação.</p><p>✓ Explorar o alfabeto e numerais. Escreva, no quadro, a pala-</p><p>vra RINOCERONTE em letra bastão e questione quanto à quan-</p><p>tidade de letras. Disponibilize o alfabeto móvel para que as crian-</p><p>ças façam a tentativa de construção da palavra. Questione: qual</p><p>o nome da primeira letra da palavra RINOCERONTE. Liste com</p><p>elas outras palavras que começam com a mesma letra. Anote, no</p><p>quadro, as palavras ditadas fazendo as intervenções necessárias.</p><p>Proponha que registrem essa lista no caderno, ilustrando-a.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>183</p><p>✓ Compor tabela num cartaz com a massa corporal da tur-</p><p>ma. Retome a narrativa e indague às crianças questões relativas</p><p>a massa corporal do rinoceronte: será que ele era pesado? Por</p><p>quê? Como podemos medir a massa corporal? Espere as pos-</p><p>síveis hipóteses levantadas e explique que a balança é o instru-</p><p>mento de medida. Leve para a sala de aula uma balança, con-</p><p>feccione cartaz numa tabela com os nomes das crianças, pese</p><p>uma por uma e coloque os numerais correspondentes a massa</p><p>corporal delas. Ao final, realize a leitura do cartaz levantando</p><p>questões do tipo: quem é a criança mais pesada? E a mais leve?</p><p>Quem são as crianças que têm o mesmo peso?</p><p>✓ Promover sessão cinema. Organize um dia de cinema</p><p>na escola, com pipoca, para assistirem ao filme “Madagascar”.</p><p>Após a sessão, realize uma roda de conversa sobre o filme, ques-</p><p>tionando-lhes: o que os animais queriam? Eles conseguiram?</p><p>Foram felizes em suas escolhas? E o rinoceronte da nossa histó-</p><p>ria, ele também fugiu do zoológico? Para onde ele foi? Quando</p><p>a família da menina Dayse foi visitar o zoológico, depararam</p><p>com um cartaz enorme, lembram? O que tinha nesse cartaz?</p><p>Explique, também, que o cartaz encontrado, no zoológico, tra-</p><p>tava de um anúncio e que ele discorria sobre o desaparecimento</p><p>do rinoceronte. Convide as crianças a produzirem anúncios so-</p><p>bre a importância de cuidar bem dos animais e, espalhe-os pela</p><p>escola. (Professor(a), você será o escriba).</p><p>✓ Cantar e tocar. Estimule as crianças a cantarem e a toca-</p><p>rem com a bandinha, a música “Seu Lobato”. (Professor(a), se</p><p>preferir assista com as crianças ao vídeo da música). Convide-as</p><p>a acrescentarem outros nomes de animais na música.</p><p>✓ Reler obra artística. Retome a história “Rinocerontes não</p><p>comem panquecas” e questione às crianças fatos sobre as cores</p><p>dos animais que Dayse viu no zoológico – girafas AMARELAS,</p><p>papagaios VERMELhOS, cobras VERDES. Converse com elas</p><p>sobre as cores, diga que são elas que dão vida em tudo, na natu-</p><p>reza, no nosso dia a dia e que existem pessoas que trabalham com</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine</p><p>Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>184</p><p>a arte, com a pintura. Leia um texto informativo sobre vida e obra</p><p>de Paul kleen. Em seguida, apresente a obra “Jardins da Tuní-</p><p>sia”, de Paul kleen. Socialize com as crianças a obra, as cores, as</p><p>imagens e as formas. Convide-as a fazerem a releitura da mesma.</p><p>Disponibilize para a produção, tinta, canetinhas, giz de cera, lápis</p><p>de cor. Ao término, exponha em sala de aula para apreciação.</p><p>referências</p><p>kEMP, Anna; Sara, OGILVIE. rinocerontes não comem panquecas.</p><p>Tradução hugo Langone. São Paulo: Paz e Terra, 2011.</p><p>VÍDEO SEU LOBATO. Disponível em: <http://bit.ly/2IXdQ5J>.</p><p>Acesso em: 04 fev. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NUNES,</p><p>Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo Ferreira;</p><p>CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas (orgs.). Currícu-</p><p>lo e linguagem na educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 6, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>CARDOSO, Bruna. práticas de linguagem oral e escrita na educa-</p><p>ção infantil. São Paulo: Editora Anzol, 2012.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>185</p><p>A ponte: conhecimento, AmizAde e Afeto</p><p>obra literária: A ponte</p><p>Autor: heinz Janisch</p><p>sinopse</p><p>Certa manhã, um urso enorme se aproximou de um dos lados</p><p>de uma ponte estreita e, ao mesmo tempo, um gigante, do outro.</p><p>Ambos queriam atravessar a ponte. Assim foram... no meio, se</p><p>encontraram e o que aconteceu? Eles não poderiam passar ao</p><p>mesmo tempo. Descubra o final dessa travessia lendo a história.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Participação ativa nas situações em que os adultos leem</p><p>textos de diferentes gêneros como conto, texto informativo e</p><p>letra musical;</p><p>• Oralidade;</p><p>• Ampliação de vocabulário;</p><p>• Compreensão de textos de gêneros diferentes: narração,</p><p>informativo, científico e letra musical;</p><p>• Nomeação e descrição de ambiente e animal;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de textos não verbais;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>186</p><p>• Descrição de ambiente e de animais;</p><p>• Coordenação motora ampla e fina;</p><p>• Escrita imitativa e espontânea;</p><p>• Identificação e leitura contextualizada do alfabeto;</p><p>• Comunicação de conhecimentos prévios e inferências so-</p><p>bre diversos temas;</p><p>• Identificação de letras em diferentes portadores textuais:</p><p>jornal e revista;</p><p>• Biografia do(a) autor(a) e do ilustrador(a);</p><p>• Leitura apontada;</p><p>• Reconhecimento de sons iniciais e de letras das palavras</p><p>em destaque;</p><p>• Produção textual: frase;</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras do alfabeto.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Sentimentos valorosos: amizade, companheirismo, união,</p><p>afeto e solidariedade;</p><p>• Sentimentos que incomodam: raiva, ódio, egoísmo e am-</p><p>bição;</p><p>• Diversidade: reconhecimento, respeito e aceitação às dife-</p><p>renças;</p><p>• Identificação e localização de espaços públicos como a</p><p>Beira Rio, Ponte Afonso Penna;</p><p>• Processo histórico e características do patrimônio cultural</p><p>da cidade, Ponte Affonso Penna;</p><p>• Animais: espécie, características, habitat, modo de vida.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de massa: mais pesado/mais leve;</p><p>• Noção de tamanho: pequeno/grande, maior/menor;</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Situações - problema envolvendo personagens da narrativa;</p><p>• Correspondência entre quantidade e numeral;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>187</p><p>• Representação escrita de numerais e das quantidades com</p><p>o uso de materiais manipuláveis.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Leitura de textos não verbais: imagens, figuras, fotos;</p><p>• Apreciação e releitura de uma obra artística: tela de Monet;</p><p>• Dobradura;</p><p>• Desenho, pintura, recortes e colagens;</p><p>• Jogos Simbólicos: o faz de conta e o jogo imitativo;</p><p>• Releitura de uma ponte com o uso de: prato de isopor,</p><p>tintas, pincéis;</p><p>• Organização de exposição e apreciação das produções</p><p>artísticas.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Compreensão das palavras respeito, solidariedade, compa-</p><p>nheirismo, gentileza;</p><p>• Reflexão sobre egoísmo, violência e incompreensão;</p><p>• Apresentação de atitudes e ações que envolvam a solida-</p><p>riedade e gentileza;</p><p>• Demonstração do desejo de conquistar e manter amigos.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Percepção de estruturas rítmicas para expressão corporal</p><p>por meio da dança;</p><p>• Música: : “Vamos Construir” (mensagem de união, paz,</p><p>amor e fraternidade);</p><p>• Coreografia;</p><p>• Psicomotricidade: subir, caminhar e equilibrar-se sobre</p><p>uma “ponte”.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Preparar o ambiente para fazer a apresentação da obra</p><p>desta unidade. Neste primeiro momento, faça as seguintes</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>188</p><p>indagações: vocês já viram uma ponte? Como é uma ponte?</p><p>Para que serve? Passaram sobre uma ponte? Tiveram alguma</p><p>sensação? Entre outras.</p><p>✓ Mostrar o livro a turma e, observando a capa, peça às</p><p>crianças que façam tentativas para descobrir o título da história.</p><p>Fale um pouco sobre o escritor, o ilustrador e o tradutor da his-</p><p>tória. Trabalhe o fato de ser uma obra escrita originalmente em</p><p>outra língua e que foi traduzida para a nossa.</p><p>✓ Iniciar a contação da história partindo da revelação do</p><p>título. Em seguida, realize a interpretação com a turma fazendo</p><p>os seguintes apontamentos: a história fala sobre o quê? Quais</p><p>são os personagens principais? O que eles queriam fazer? Eles</p><p>conseguiram alcançar o que queriam? Como fizeram para al-</p><p>cançar esse objetivo?</p><p>✓ Trabalhar a escrita do título da história: A PONTE. Escre-</p><p>va em caixa alta o nome da história no quadro, fazendo a leitura</p><p>apontada. Explore os sons, as letras e a escrita. Na galeria de</p><p>nomes, faça a relação de quais iniciam com as letras do título da</p><p>obra. Solicite que a turma faça registro, ao seu modo, do título,</p><p>numa folha. Instrua as crianças a fazerem o desenho de uma</p><p>ponte e, em seguida, comentarem sobre suas produções.</p><p>✓ Colocar a imagem da Ponte Afonso Penna dentro de uma</p><p>caixa. Antes de abri-la, deixe as crianças imaginarem as possí-</p><p>veis coisas ou objetos que estariam dentro dela. Abra a caixa e</p><p>mostre para turma a imagem. Aproveite o momento para que</p><p>as crianças teçam comentários sobre a ponte, cartão postal da</p><p>cidade. Faça com a turma leitura e interpretação do texto não</p><p>verbal. Convide as crianças a conhecerem a história da ponte</p><p>Affonso Penna lendo um texto informativo. É interessante que</p><p>seja mostrado, também, uma foto antiga da ponte.</p><p>✓ Ampliar o trabalho referente à Ponte Affonso Penna, explo-</p><p>rando aspectos históricos sobre o rio onde a ponte foi construída</p><p>- Rio Paranaíba. Entregue folha de papel A4, tinta guache azul,</p><p>pincéis e estimule as crianças a representarem o rio. Deixe esta</p><p>atividade secar. Confeccione com a turma, dobraduras de peixe</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>189</p><p>para colocar no rio. Proponha a escrita espontânea, de uma fra-</p><p>se sobre o RIO PARANAÍBA. Peça que cada criança “leia” sua</p><p>frase. (Professor(a), nesta atividade, faça a escrita convencional</p><p>de</p><p>tes, tecidas no entretom paterno e narrador, abriram-me espa-</p><p>ços para a criação imaginária, que me colocou em proximidade</p><p>com a leveza e a fluidez, os medos e os assombros presentes nos</p><p>contos populares. Os olhos entreabertos e os ouvidos atentos</p><p>às palavras que se encadeavam em suspense e me amedronta-</p><p>vam, mas que não me deixaram esvair, sair no esvaziamento</p><p>angustiante da interrupção das histórias, queria ir até o final.</p><p>Para isso, enfrentava, junto ao temor do desconhecido, o peso</p><p>do cansaço, o incômodo do sono e do frio das noites geladas</p><p>na varanda da casa. Ficava estática, acompanhando vigilante o</p><p>desenrolar de cada causo, de cada trama contada. Em frases</p><p>alongadas, criavam-se fabulosas narrativas que, em afinco es-</p><p>forço, eram encenadas pelo dramaturgo iniciante. As palavras</p><p>dançavam no ar, em espaços que desconhecia. O desejo era o</p><p>findar das histórias infindáveis, criadas e ampliadas, com in-</p><p>tencionalidade, para atrair a atenção de um público constituído</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>22</p><p>por familiares, amigos e até curiosos, que enchiam o alpendre</p><p>da casa. Por vezes, as histórias recontadas, já conhecidas, eram</p><p>reavivadas e replicadas pela voz, narradora e inebriante, de um</p><p>pai contador causos em noites estreladas...</p><p>Somente tempo depois, fui perceber o quanto as histórias</p><p>contadas por meu pai foram provocadoras, tanto de risos e so-</p><p>nhos, quanto de incertezas e frustrações, decorrentes da ten-</p><p>tativa de compreender a distância entre o real e o ficcional, no</p><p>entanto colocaram-me frente ao mundo de possibilidades inven-</p><p>tivas do ato responsivo da linguagem e do ato da criação imagi-</p><p>nária. Apresentavam-me, sem reservas, à preciosidade do ato de</p><p>ler, antes mesmo da apreensão do código linguístico.</p><p>A narratividade nos põe em direção ao outro, margeada</p><p>pela afetividade conquistada pelas palavras tecidas no “colorido</p><p>expressivo” dos enunciados, conforme Bakhtin (2006, p.</p><p>292). Porque o texto torna-se vivo quando em junção ao olhar,</p><p>aos gestos, à entonação da voz; ao apoderar-se do corpo,</p><p>dos sentidos, ganha a expressividade nas palavras. Com isso,</p><p>tem-se a essência que fundamenta a narração dos contos: a</p><p>capacidade de aproximar pessoas, de provocar encontros e</p><p>desencontros, quando rompe os limites da realidade, daquilo</p><p>que o possível engaiola para, segundo Machado (2004),</p><p>vivificar a prática da contação de histórias.</p><p>A linguagem nas narrativas contadas nos constitui como</p><p>pessoas, por trazer em si uma associação de expressões da arte</p><p>literária, da expressão corporal, da poesia, da música, do teatro,</p><p>em que a palavra aufere em “vestes verbalizadas” e em “auditó-</p><p>rio social”, como nos descreve Bakhtin (2006).</p><p>Quando o narrador se apossa do texto cria-se um espa-</p><p>ço artístico e literário, pois, como nos aponta Sisto (2012, p.</p><p>141), “[...] a palavra na boca de quem conta é o próprio espe-</p><p>táculo”, e isso ocorre quando “[...] o narrar, o comunicar, o</p><p>dialogar, o atingir outrem, o surpreender o tempo, o emocio-</p><p>nar, estiverem conjugados de modo a transformarem um texto</p><p>em objeto duplamente estético”.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>23</p><p>Desse modo, a arte de contação é vista, também, como a pro-</p><p>dução textual na oralidade, o que permite uma ação leitora daque-</p><p>les que a acompanham, o que requer uma postura ativa do leitor</p><p>rumo à compreensão e à construção de sentidos. A contação de</p><p>histórias segue em linhas pensadas e articuladas na intencionalida-</p><p>de, em que, para Sisto (2012, p. 142), “[...] as palavras contadas</p><p>surgem prenhes de intenção, força e emoção. As palavras conta-</p><p>das querem dizer muito mais do que dizem sua câmara fônica”.</p><p>Pensar na leitura é pensar na potencialidade que essa ativi-</p><p>dade, culturalmente aprendida e inserida nas práticas cotidia-</p><p>nas, apresenta-se e institui-se como ação que nos toma e nos</p><p>arrebata por completo, de modo inteiro e intenso em todos os</p><p>momentos, do mais habitual ao mais extremo requinte.</p><p>Pelo fato de trabalhar com um material que é a linguagem,</p><p>a leitura nos coloca em lugares alheios, que se configura com e</p><p>pela palavra do outro, conforme Certeau (2007, p. 270), “[...]</p><p>os leitores são viajantes; circulam nas terras alheias, nômades,</p><p>caçando, por conta própria, através dos campos que não es-</p><p>creveram, arrebatando os bens do Egito para usufruí-los”. O</p><p>texto é região exploratória, em que o leitor persegue, em atos e</p><p>atuações desbravando palavras alhures, toma para si e segue em</p><p>busca de sentidos para o que fora lido.</p><p>Mas a leitura possui meandros que ainda são ofuscados</p><p>pela nossa incompreensão... Estava com a atenção voltada</p><p>à direção do veículo, quando fui surpreendida pela questão</p><p>mais complexa sobre leitura – que ainda busco por respostas</p><p>em estudos, pesquisas e discussões acadêmicas – ao ouvir de</p><p>uma criança de 6 anos: “Mamãe, é engraçado, não é? Quando</p><p>começamos a ler, não conseguimos mais parar. Mesmo quan-</p><p>do a gente não quer ler, a gente lê. A gente lê tudo que aparece</p><p>na frente da gente”.</p><p>Ao observar esse diálogo, temos uma definição de leitura</p><p>pela ótica de uma criança, subentendida como uma atividade</p><p>que nos toma por completo, por ser uma prática social. No caso</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>24</p><p>específico dessa situação, a leitura se remete ao código linguís-</p><p>tico, que, quando apreendido, torna-se uma função quase que</p><p>vital dos sujeitos em uma sociedade letrada. Lemos tudo o que</p><p>passa diante de nossos olhos. A leitura coloca a criança perante</p><p>o lendário universo dos códigos, capaz de decifrá-los, atribuir</p><p>sentidos ao que antes não era compreendido, é ato desejante,</p><p>talvez porque, como descreve Queirós (2012, p. 61), o ato de</p><p>ler “[...] guarda espaço para o leitor imaginar sua própria hu-</p><p>manidade e apropriar-se de sua fragilidade, com seus sonhos,</p><p>seus devaneios e sua experiência”.</p><p>As atividades de leitura e escrita são entendidas, em an-</p><p>terioridade à apreensão do código linguístico, como comenta</p><p>Geraldi (2017), desde bem pequenas “[...] as crianças perce-</p><p>bem a escrita e a oralização da escrita na leitura! Mesmo em fa-</p><p>mílias sem acesso a livros – um dos resultados da desigualdade</p><p>social que nos assola – as crianças distinguem o que é desenho</p><p>e o que é letra muito precocemente”.</p><p>Frente a essa realidade em que as crianças, já inseridas numa</p><p>cultura letrada, apropriam-se de práticas de letramento muito</p><p>antes do ingresso nas escolas, como explorar potencializadas</p><p>leitoras e escritoras na educação infantil? É possível ler mes-</p><p>mo quando não temos o domínio do código linguístico? Como</p><p>tratar de questões tão complexas como as atividades de leitura</p><p>e escrita na primeira infância? Como compreender questões pe-</p><p>dagógicas que tramitam entre o que ler? Como ler? Para que ler</p><p>para as crianças bem pequenas?</p><p>Tendo como direcionamento teórico a concepção de leitura</p><p>e escrita, na educação infantil, como práticas de inserção e</p><p>de potencialização da criança na cultura letrada, nesse texto</p><p>procuro – em palavras alheias – explorar o conceito de leitura,</p><p>tecendo em rede dialógica uma compreensão mais ampla e</p><p>aprofundada da atividade leitora; descrevendo-a como prática</p><p>que mobiliza ações, outras, percebidas em sua complexidade ao</p><p>antecederem o processo de aquisição da escrita.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>25</p><p>Uma leitura, um diálogo: uma concepção teórica</p><p>Ao considerar a linguagem como forma de expressão, em</p><p>que a enunciação é “[...] produto da interação de dois indiví-</p><p>duos socialmente organizados”, como descreve Bakhtin (2012,</p><p>p. 116), a palavra, entendida como linguagem, é sempre dirigida</p><p>a um interlocutor, está à função deste interlocutor e pode variar</p><p>conforme a pessoa a qual</p><p>cada frase correspondente a escrita espontânea da criança).</p><p>✓ Apreciar a obra “A Ponte Japonesa” (Monet, 1899 – fi-</p><p>gura 11). Faça a leitura da imagem com a turma chamando</p><p>a atenção para o ambiente, a paisagem, as cores e as formas.</p><p>Compare a imagem da Ponte Affonso Penna com a obra de Mo-</p><p>net e atente-se aos levantamentos feitos pelas crianças. Propo-</p><p>nha a releitura de uma das pontes utilizando prato de isopor,</p><p>tintas, pincéis, etc. Disponha os trabalhos para apreciação da</p><p>comunidade escolar.</p><p>FigUrA 11</p><p>A ponte JAponesA</p><p>Fonte: Imagem disponível na internet.</p><p>✓ Retomar a narrativa e destacar os personagens principais:</p><p>o URSO e o GIGANTE. Registre, no quadro, estas duas pa-</p><p>lavras e faça a leitura apontada. Posteriormente, identifique e</p><p>circule a primeira letra de cada palavra. Convide as crianças a</p><p>localizarem, na galeria de nomes, quais os nomes que também</p><p>são escritos com estas letras. Prossiga com as explorações con-</p><p>tando quantas letras possuem cada palavra e escrevendo ao lado</p><p>o numeral correspondente a essa quantidade. Faça outros apon-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>190</p><p>tamentos, tais como: qual palavra é maior? E qual é a menor?</p><p>Represente a quantidade de letras da palavra URSO utilizando</p><p>material concreto – palitos de picolé, tampinhas de pet, entre</p><p>outros. Peça que as crianças façam, ao seu modo, a representa-</p><p>ção escrita do numeral correspondente a palavra URSO.</p><p>✓ Explorar as características do urso. Promova uma roda de</p><p>conversa apresentando uma imagem desse animal, instigue as</p><p>crianças quanto às suas características, locomoção, habitat, en-</p><p>tre outras. Apresente, em cartaz, a ficha técnica do urso. Realize</p><p>a leitura apontada da ficha. Peça às crianças que identifiquem</p><p>a palavra URSO. Proponha a confecção de letras da palavra</p><p>URSO utilizando uma massa de modelar.</p><p>✓ Apreciar o filme “Masha e o Urso” (Oleg kuzovkov). Ex-</p><p>plore o ambiente e o contexto da história. Evidencie as atitudes</p><p>da menina, do urso e dos demais animais da floresta. Faça refe-</p><p>rências quanto ao tamanho e ao peso dos personagens: o Urso</p><p>é maior ou menor que a Masha? Quem é o mais pesado? O</p><p>seu peso é parecido com o da Masha ou do Urso? O urso é um</p><p>animal bonzinho ou feroz? Podemos ter um urso em casa? Por</p><p>quê? Entre outros questionamentos.</p><p>✓ Explorar a palavra GIGANTE. Escreva no quadro a palavra</p><p>GIGANTE e leia-a pausadamente. Indague as crianças: o que é</p><p>ser gigante? Quem na sala se sente gigante? Qual é o contrário</p><p>de gigante? O gigante é leve ou pesado? Você é mais pesado</p><p>que o gigante? Distribua jornais ou revistas para que as crianças</p><p>recortem as letras que compõem a palavra GIGANTE. Proponha</p><p>que façam a tentativa da construção dessa palavra, antes da co-</p><p>lagem definitiva e, abaixo dela, peça que experimentem a escrita.</p><p>✓ Brincar de faz de conta: “Passos do gigante”. Providencie</p><p>dois pés gigantes confeccionados com papelão e ou outro mate-</p><p>rial resistente. Dialogue com elas criando situações imaginárias</p><p>que envolvam o GIGANTE. Calce os pés gigantes numa criança</p><p>por vez e inicie a brincadeira.</p><p>✓ Vivenciar o impasse experimentado pelos personagens</p><p>principais: ficção x realidade. Reflita sobre os sentimentos de</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>191</p><p>egoísmo e ambição retomando o seguinte trecho da narrati-</p><p>va: depois que perderam tempo sem conseguirem atravessar a</p><p>ponte, o urso e o gigante se abraçaram firmemente e dançando</p><p>conseguiram chegar ao seu destino. Reproduza, no piso da sala,</p><p>uma ponte, demarcando suas laterais com o uso de cadeiras.</p><p>Em seguida, pergunte: e se vocês fossem os personagens da his-</p><p>tória como fariam para atravessar a ponte? Vamos vivenciar?</p><p>Peça, então, que de duas a duas atravessem a ponte.</p><p>✓ Refletir valores na música “Vamos construir” (Sandy e</p><p>Júnior / Chitãozinho e Xororó). Apresente no cartaz a letra da</p><p>música, leia-a com a turma e direcione a conversação para a</p><p>percepção da existência de uma ponte diferente. Uma ponte</p><p>como elo de amizade, de amor e de respeito entre as pessoas. A</p><p>ponte, além de unir um lugar ao outro, une pessoas. Monte uma</p><p>coreografia e apresente para toda comunidade escolar.</p><p>referências</p><p>A PONTE JAPONESA. Disponível em: <http://bit.ly/2L90gc7>.</p><p>Acesso em: 29 jan. 2018.</p><p>JANISCh, heinz. A ponte. Tradução de José Feres Sabino. São Paulo:</p><p>Escarlate, 2013.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NUNES,</p><p>Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo Ferreira;</p><p>CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas (orgs.). Livros</p><p>infantis: acervos, espaços e mediações. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 7, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia. Alfabetização e letramento em classes de</p><p>crianças menores de sete anos. In: DALBEN, Ângela et al. (org.). Con-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>192</p><p>vergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente:</p><p>alfabetização e letramento. Belo horizonte: Autêntica, 2010.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SARAIVA, Juracy Assmann (org.). Literatura e alfabetização: do pla-</p><p>no do choro ao plano da ação. Porto Alegre: Artmed, 2001.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>193</p><p>4. propoStAS pedAgógiCAS</p><p>Com CriAnçAS de 5 AnoS</p><p>e A gente só começA A desvendAr o</p><p>mundo à nossA voltA quAndo, reAlmente,</p><p>Aprende A ver!</p><p>obra literária: O menino que aprendeu a ver</p><p>Autora: Ruth Rocha</p><p>sinopse</p><p>O conhecimento é algo mesmo encantador. João, meni-</p><p>no muito esperto e curioso, andava pela cidade com sua mãe,</p><p>compreendendo apenas alguns sinais apresentados em muros,</p><p>placas e fachadas. Não entendia tudo. Depreendia as figuras.</p><p>Mas, e aqueles outros sinais que sempre estavam juntos? Foi</p><p>na escola, por intermédio de sua professora, que João apren-</p><p>deu a ver o mundo, contemplando a grafia que, para ele, era</p><p>incompreensível até então.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Manipulação e emprego de cola, papel e tesoura;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>194</p><p>• Criação e construção de formas plásticas e visuais;</p><p>• Pintura, desenho, recorte e colagem;</p><p>• Construção de brinquedo com materiais reutilizáveis;</p><p>• Criatividade, inventividade e imaginação usando deferen-</p><p>tes materiais.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Expressão e manifestações de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos em situações cotidianas;</p><p>• Comunicação e interação em atividades e brincadeiras;</p><p>• Participação ativa em brincadeiras de imitação, faz de con-</p><p>ta e outras;</p><p>• Disponibilidade em confecção e construção de brinquedos;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita, sem medo de errar – o</p><p>aprender exige a passagem por tentativas, erros e acertos;</p><p>• Aquisição de consciência cidadã: não maltratar animais e</p><p>nem pessoas;</p><p>• habilidades e competências pessoais;</p><p>• Percepção e reconhecimento de habilidades e competên-</p><p>cias, assim como a aceitação dos limites emocionais, intelectuais</p><p>e afetivos.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas,</p><p>anseios e sentimentos;</p><p>• Importância do silêncio e da escuta;</p><p>• Relato de observações das experiências vividas, obedecen-</p><p>do à sequência temporal dos fatos;</p><p>• Descrição de objetos e lugares;</p><p>• Participação nas situações em que o professor(a) lê textos</p><p>de diferentes gêneros como: rótulos e panfletos, narrativa, mapa;</p><p>• Leitura e compreensão de textos não verbais e verbais;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto em vários porta-</p><p>dores de texto tais como: rótulos, embalagens, panfletos e pla-</p><p>cas de identificação;</p><p>• Observação, manuseio e leitura de materiais impressos:</p><p>panfleto, propaganda e rótulo;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>195</p><p>• Leitura e escrita de letras e palavras;</p><p>• Reconhecimento da necessidade de comunicação por</p><p>meio da escrita;</p><p>• Coordenação motora fina: recortes e colagens;</p><p>• Coordenação motora global;</p><p>• Identificação e escrita do primeiro nome.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Tamanho: maior/menor, grande/pequeno, mesmo tamanho;</p><p>• Comparação, classificação e seriação (do menor para o</p><p>maior);</p><p>• Noção de ordinalidade: primeiro, segundo, terceiro... último;</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Apresentação, leitura, identificação e registro de numerais;</p><p>• Correspondência entre numeral e quantidade;</p><p>• Resolução de situações-problema envolvendo fatos reais.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Apreciação de diferentes estilos musicais;</p><p>• Expressão corporal e fisionômica;</p><p>• habilidades manuais;</p><p>• Apresentação dos cantores e compositores das músicas;</p><p>• Desenvolvimento de atitudes de respeito e cooperação,</p><p>principalmente ao sair, entrar na sala e ao caminhar pela escola.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Socialização e interação com adultos e crianças e com o</p><p>ambiente;</p><p>• Introdução a cartografia: mapas;</p><p>• Prevenção e riscos à saúde: materiais de limpeza;</p><p>• Unidade de ensino: localização e identificação de todas as</p><p>dependências;</p><p>• Conhecimento e valorização aos profissionais da unidade</p><p>escolar;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>196</p><p>• Expressão de ideias por meio das artes plásticas, cênicas e</p><p>comunicação oral;</p><p>• Valorização de material reciclável/reutilizável pensando na</p><p>natureza;</p><p>• Participação ativa, conhecimento, reconhecimento e</p><p>atendimento às regras e ou instruções em brincadeiras e demais</p><p>propostas;</p><p>• Regras de boa convivência e de conduta;</p><p>• Argumentação crítica e escolhas conscientes;</p><p>• Tratamento respeitoso, cordial e gentil dispensados a todos</p><p>e a todas.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Formar uma coleção de rótulos e embalagens. Armazene</p><p>rótulos e embalagens na sala de aula com a colaboração das</p><p>crianças, e a partir dessa coleção, proponha a identificação de</p><p>letras do alfabeto; a leitura de imagens; a descrição de conte-</p><p>údos contidos em tais embalagens ou rótulos; leitura e escrita</p><p>de palavras; comparação, ordenação e classificação do menor</p><p>para o maior; contagem significativa e contextualizada; apre-</p><p>sentação de numerais relacionados à atividade. (Professor(a),</p><p>nessa proposta, lembre-se de solicitar rótulos e embalagens com</p><p>antecedência. É pertinente, também, que você providencie em-</p><p>balagens de produtos de limpeza e explore, intencionalmente,</p><p>a prevenção e risco de intoxicação de crianças por produtos de</p><p>limpeza. E não se esqueça da identificação dos trabalhos, nesse</p><p>sentido, o registro dos nomes é imprescindível).</p><p>✓ Construir brinquedos com material reciclável. O menino</p><p>João, da história proposta na unidade, percorria o trajeto de casa</p><p>para a escola de ônibus. Retome a leitura da história e proponha</p><p>a construção de um ônibus utilizando embalagens de creme den-</p><p>tal. Crie uma situação de faz de conta, elabore trajetos para o pe-</p><p>queno ônibus percorrer. Identifique cada um dos ônibus produ-</p><p>zidos; assim, o registro do nome será mais uma vez trabalhado.</p><p>✓ Elaborar um panfleto com rótulos – como aqueles de pro-</p><p>paganda dos supermercados. Leve o panfleto de supermercado,</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>197</p><p>oriente a proposta e solicite que a criança identifique apenas</p><p>gêneros alimentícios ou produtos de limpeza; a partir daí, recor-</p><p>tará, colará e fará a escrita espontânea dos nomes dos produtos.</p><p>Após a confecção, cada criança apresenta o seu panfleto aos co-</p><p>legas. Nesse momento, pertinente se faz conversar com as crian-</p><p>ças sobre a importância do silêncio e da escuta. (Professor(a),</p><p>posteriormente, trabalhe os preços das mercadorias escolhidas</p><p>e identificadas pelas crianças).</p><p>✓ Promover uma caminhada exploratória pela escola. Essa</p><p>atividade tem a finalidade de observar as placas de identificação</p><p>usadas no ambiente escolar, a partir dessas placas, promova a</p><p>identificação de letras do alfabeto conforme o menino João, fazia</p><p>no livro literário proposto nessa unidade. Ao retornarem para a</p><p>sala de aula, produza um texto coletivo registrando os ambientes</p><p>pelos quais passaram e identificaram; nesse momento, é perti-</p><p>nente contemplar a ordem dos acontecimentos de maneira inten-</p><p>cional – primeiramente, visitamos a biblioteca, em seguida a visita</p><p>foi à secretaria e, assim por diante. (Professor(a), você pode en-</p><p>riquecer essa atividade, explorando a utilidade de cada um desses</p><p>ambientes escolares. Caso a unidade escolar possua uma bibliote-</p><p>ca, adentre esse ambiente e explore-o detalhadamente, pois esse</p><p>deve ser um dos lugares mais amados pelas crianças).</p><p>✓ Confeccionar um mapa. Retome a leitura do livro pro-</p><p>posto na atividade, esclareça a ideia do percurso que João fa-</p><p>zia entre seu lar e a escola. Nesse momento, apresente para</p><p>a turma, diferentes mapas, ressaltando sua funcionalidade. A</p><p>partir daí, proponha a confecção de um mapa da escola, le-</p><p>vando as crianças ao pátio.</p><p>✓ Redigir uma tabela de palavras. Partindo da música “Abe-</p><p>cedário da Xuxa”, proceder às seguintes atividades: leve as</p><p>crianças ao pátio para a audição da música e cantá-la. Todas</p><p>as crianças terão, em mãos, uma letra do alfabeto, assim que</p><p>essa letra for mencionada na música, a criança portadora da</p><p>letra mencionada, erguerá a ficha e mostrará aos demais co-</p><p>legas. Ao retornarem à sala, faça uma tabela com a turma e</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>198</p><p>afixe a letra música na parede, deixando-a exposta na sala de</p><p>aula. Essa tabela, será dividida em três colunas: a primeira delas,</p><p>contemplará a letra; a segunda, a palavra correspondente à letra</p><p>mencionada na música e, a terceira, mais palavras, citadas pelas</p><p>crianças, que comecem com a mesma letra da primeira coluna.</p><p>Disponibilize o alfabeto móvel para que as crianças formem e</p><p>ditam algumas palavras usando-o, enquanto você as escreve.</p><p>Apresente os artistas que compuseram a música: a cantora e</p><p>o(a) compositor(a), pois as crianças devem saber que as pes-</p><p>soas são, também, criadoras desse tipo de arte. (Professor(a),</p><p>antes da saída ao pátio, não se esqueça de reiterar as regras de</p><p>boa convivência e conduta. E na construção da tabela, deixe que</p><p>todos e todas que se sentirem capazes, colaborem e participem).</p><p>referência</p><p>ROChA, Ruth. o menino que aprendeu a ver. São Paulo: Salaman-</p><p>dra, 2013.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BORTONI-RICARDO, Stella Maris; SOUSA, Maria Alice Fernandes</p><p>de. Falar, ler e escrever de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri. O processo de alfabetização</p><p>e a produção do sentido no discurso escrito. Filologia e linguística</p><p>portuguesa,</p><p>São Paulo, v. 17, n. 2, p. 495-508, jul./dez. 2015.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>199</p><p>vento, tempestAde, bicho pApão,</p><p>monstros, fAntAsmAs? medo, medo... de</p><p>quê? por quê?</p><p>obra literária: Dentro deste livro moram dois crocodilos</p><p>Autora: Cláudia Sousa</p><p>sinopse</p><p>O medo instabiliza emocionalmente, dá calafrios, sufoca,</p><p>angustia, desespera... espera aí, espera aí. Já sei que é algo que</p><p>nos inspira cuidados. Mas é algo invencível? Não se consegue</p><p>superá-lo ou vencê-lo? Leia a obra de Cláudia Sousa e tire suas</p><p>próprias conclusões. Segundo a autora, é só não deixar o medo</p><p>crescer e se agigantar dentro da gente... Será mesmo? Como e</p><p>por quê, então, “Dentro deste livro moram dois crocodilos”?</p><p>Este é mais um enigma a ser resolvido. Descubra, imediatamen-</p><p>te, não perca nem mais um segundo, leia o livro.</p><p>eixos temáticos e conteúdos abordados:</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Autoestima e autoconhecimento;</p><p>• Identificando qualidades e dificuldades; importância de ter</p><p>e manter amigos;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>200</p><p>• Expressão e manifestações de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos em situações cotidianas;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras e propostas;</p><p>• Participação em brincadeiras de imitação e faz de conta;</p><p>• Características pessoais: gostos, preferências e aversões;</p><p>• Percepção e reconhecimento de habilidades e competências.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Análise, observação, crítica e comunicação verbal;</p><p>• Experimentação da leitura e da escrita e compreensão da</p><p>língua escrita;</p><p>• Reconhecimento de leitura como fonte de prazer, de en-</p><p>tretenimento, de comunicação e informação;</p><p>• Coordenação motora fina;</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas, anseios e sentimentos;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto;</p><p>• Audição, identificação de sons;</p><p>• Identificação dos nomes dos colegas;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Elaboração de narrativas a partir de imagens;</p><p>• Escrita de textos coletivos oriundos do texto oral (profes-</p><p>sor é o escriba);</p><p>• Leitura de palavras e expressões;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Desenvolvimento da oralidade como prática social;</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>argumentar suas ideias e pontos de vista;</p><p>• Observação, manuseio e leitura de materiais impressos;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Percepção, identificação e expressão das sensações;</p><p>• Desenvolvimento das habilidades musicais;</p><p>• Jogos e brincadeiras que envolvem músicas infantis;</p><p>• Expressão corporal e fisionômica;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>201</p><p>• Jogos simbólicos;</p><p>• Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se cor-</p><p>poralmente.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• A Arte como expressão e comunicação dos indivíduos;</p><p>• Criação e construção de formas plásticas e visuais por</p><p>meio do desenho, pintura, recortes e colagens;</p><p>• Decomposição e composição de imagem (quebra-cabeça);</p><p>• Leitura de textos não verbais: gravuras;</p><p>• Releitura de imagens: obra de arte;</p><p>• Organização de exposição e apreciação das produções</p><p>artísticas;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>• Pintura, desenho e modelagem e recortes;</p><p>• Respeito e valorização de toda produção artística;</p><p>• Ilustração.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Comparação, classificação, representação e correspon-</p><p>dência numeral e quantidade;</p><p>• Noções de tamanho;</p><p>• Noções de altura;</p><p>• Contagem significativa e contextualizada.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Animais: espécies, características, habitat, modo de vida;</p><p>• Diversidade: reconhecimento, respeito e aceitação às dife-</p><p>renças pessoais;</p><p>• Amizade, companheirismo e afeto;</p><p>• Expressão de ideias por meio das artes plásticas, cênicas e</p><p>da comunicação oral;</p><p>• Sistematização das descobertas, dados e informações e</p><p>conclusões de modo convencional (escrita do professor e tenta-</p><p>tivas de escritas das crianças) e não convencional (traços, dese-</p><p>nhos e outros tipos de notação).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>202</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Preparar o espaço para a leitura da obra selecionada para</p><p>o dia. Suscite o tema da aula, a partir da apresentação à tur-</p><p>ma de uma caixa, e ou uma sacola, e ou uma pasta contendo</p><p>gravuras, réplicas de animais, coisas e ou objetos que possam</p><p>provocar alguma espécie de receio ou medo - animais ferozes,</p><p>monstros, fantasmas, facões, palhaços, etc. Instigue as crianças</p><p>com perguntas, dando continuidade e direcionamento ao diálo-</p><p>go na roda de conversa a respeito do que lhes provoca receio,</p><p>medo, insegurança, desespero, angústia. Peça que elas pensem</p><p>num medo ou nos medos que têm ou já tiveram, e ilustrem com</p><p>desenhos ou recortes e colagens.</p><p>✓ Apresentar a obra Dentro deste livro moram dois crocodi-</p><p>los, de Claúdia Sousa e ilustrações de Ionit Zilberman. Forneça</p><p>dados sobre a autora do livro e do ilustrador, elucidando o pro-</p><p>pósito da história: tratar sobre o medo.</p><p>✓ Brincar de ilustrador(a). Convide a classe para se posi-</p><p>cionar como ilustrador(a) de uma composição própria, a partir</p><p>da elaboração de outra capa para a obra, expondo, posterior-</p><p>mente, todas as produções. Segue uma sugestão de comanda</p><p>para a atividade:</p><p>voCÊ iLUstrAdor(A)</p><p>VOCÊ, AGORA, SERÁ UM ILUSTRADOR (A) E A CAPA TERÁ</p><p>COMO TÍTULO:</p><p>medos qUe CABem no meU Livro.</p><p>AUTOR(A) E ILUSTRADOR(A): ________________________________</p><p>✓ Ler a história Dentro deste livro moram dois crocodilos.</p><p>Confronte o medo da autora com os demais medos citados pela</p><p>turma e discuta outras possibilidades, além da que a autora</p><p>propõe, para enfrentá-los e, porque não, derrotá-los. Insista na</p><p>importância do enfrentamento do que se tem receio para conse-</p><p>guir afastá-lo ou destruí-lo.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>203</p><p>✓ Encenar a história. Convide as crianças para que “en-</p><p>trem em cena” como artistas. Proponha a elas que represen-</p><p>tem, por meio de encenação, o que as incomodam. Podem</p><p>lançar mão de objetos, tecidos, réplicas de animais e ou, sim-</p><p>plesmente, empregar gestos e mímicas. Inicie a apresentação</p><p>por você e estimule, ainda mais, a “moçadinha”. Lance mão</p><p>de sonoplastia para marcar a apresentação de cada uma e en-</p><p>corajá-las a enfrentar suas demandas pessoais. Mas, enfatize</p><p>que sentir medo pode ser algo positivo para a vida, pois nos</p><p>leva a refletir e a pensar melhor em atitudes e ações que po-</p><p>dem e ou poderão nos prejudicar.</p><p>✓ Tornar a convidar a classe para uma nova produção, cujo</p><p>título continuará sendo “Você ilustrador(a)”, só que, a ilus-</p><p>tração, dessa vez, corresponderá ao que a autora reportou na</p><p>história. Para isso, transcreva partes da história da autora que</p><p>componham uma cena possível de ilustração:</p><p>1. E SEMPRE QUE OLhO PARA UM</p><p>CROCODILO, NA TV, NO JORNAL OU</p><p>NO ZOOLóGICO, TENhO PESADELOS</p><p>À NOITE.</p><p>2. MUITA GENTE TEM MEDO DE</p><p>TUBARÃO, DE DRAGÃO-DE-kOMODO,</p><p>DE COBRA, ATÉ DE DINOSSAURO,</p><p>QUE NÃO EXISTE MAIS.</p><p>3. TEM GENTE QUE TEM MEDO DE</p><p>PALhAÇO, DE ESTOURO DE BALÃO,</p><p>DE ESCURO, DE ANDAR DE AVIÃO OU</p><p>DE BICICLETA.</p><p>✓ Compreender a história. Elucide e esclareça a compreensão</p><p>do texto, a partir da releitura de alguns períodos da história para</p><p>que, juntos, reflitam e digam o seu entendimento, numa sessão</p><p>que também poderá se intitular: TROCANDO EM MIÚDOS!</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>204</p><p>Compreendendo Bem A históriA “dentro deste</p><p>Livro morAm dois CroCodiLos”.</p><p>O QUE VOCÊ ENTENDEU QUANDO A AUTORA</p><p>MENCIONOU:</p><p>MEDO TREMENDO</p><p>GARRAS AGUDAS</p><p>OLhOS AMEAÇADORES</p><p>COISA PAVOROSA</p><p>ANIMAIS MAIS hORRENDOS</p><p>MORRO DE MEDO</p><p>...</p><p>(Professor(a), complemente, com outras expressões e signi-</p><p>ficados, a fala das crianças).</p><p>✓ Trabalhar a escrita, apresentando outra sessão “curiosi-</p><p>dades sobre a escrita”. Desafie a turma à exploração e à utili-</p><p>zação do alfabeto móvel. Prossiga, orientando e estimulando as</p><p>crianças: será que temos uma boa audição? Alguém na sala tem</p><p>dificuldade para ouvir? Vamos testar a nossa audição perceben-</p><p>do melhor os sons de algumas palavras? Destaque, descrevendo</p><p>no quadro, a brincadeira “O intruso”. Prossiga, dizendo: o que</p><p>posso lhes adiantar é que, numa das palavras, aparecerá um in-</p><p>truso, qual será? Determine o início dos trabalhos começando</p><p>com a formação da palavra GENTE e continue com a forma-</p><p>ção das demais palavras: SENTE, DENTRO, GRANDÕES e</p><p>TEMPO. Componha cada palavra, ao mesmo tempo, que as</p><p>crianças, letra a letra. Aguarde a formação de cada uma usando</p><p>o alfabeto móvel para dar a continuidade às reflexões: o que</p><p>perceberam? Mudemos, agora. Retiremos a letra N nas palavras</p><p>e pronunciemos. Leia em voz alta e evidencie o som nasalado</p><p>do n, insista na descoberta de que o intruso é o m na palavra</p><p>tempo, mas que ele possui o mesmo som do n. (Professor(a),</p><p>caso as crianças tenham muita dificuldade em montar palavras,</p><p>trabalhe apenas três, incluindo a que possui o INTRUSO e con-</p><p>textualize, ainda mais, a proposta, escrevendo os períodos do</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>205</p><p>texto nos quais as palavras estão inseridas, como em: MUITA</p><p>gente TEM MEDO DE TUBARÃO; DENTRO DESTE LI-</p><p>VRO MORAM DOIS CROCODILOS GRANDÕES).</p><p>✓ Propor outro desafio em complementação à proposta an-</p><p>terior, solicitando que pesquisem, na galeria de nomes, algum</p><p>nome no qual a letra n aparece, como nesses casos. Se não</p><p>existir nenhum nome na galeria, escreva outros e sublinhe-os</p><p>como em ALESSAnDRO, SAMAnTA, AMAnDA, SAnDRO.</p><p>✓ Promover atividades, partindo do título da obra, tais como:</p><p>1. DENTRO DESSE LIVRO MORAM DOIS CROCODILOS</p><p>GRANDÕES. REPRESENTE-OS.</p><p>2. DESENhE, TAMBÉM, OUTROS ANIMAIS GRANDÕES</p><p>QUE VOCÊ CONhECE OU JÁ VIU EM FIGURAS E FILMES E/OU</p><p>JÁ OUVIU FALAR.</p><p>3. DESENhE ANIMAIS PEQUENOS, VISTOS OU NÃO</p><p>POR VOCÊ, MAS QUE TENhA OUVIDO FALAR.</p><p>✓ Planejar situações-problema, envolvendo alguns dos</p><p>animais presentes na história como o crocodilo, o tubarão, o</p><p>dragão-de-komodo, a cobra e também objetos, como livro, bici-</p><p>cleta, avião, TV. Elabore questões classificatórias e comparativas</p><p>para que as crianças realizem a distinção entre diversos tama-</p><p>nhos, empregando as noções matemáticas: pequeno; grande;</p><p>maior que; menor que; mesmo tamanho.</p><p>✓ Orientar as crianças para realizarem a correspondência en-</p><p>tre quantidade e numeral, dizendo: suponha que, no livro da Clau-</p><p>dia Sousa, coubessem 7 CROCODILOS, 5 CROCODILOS, 15</p><p>CROCODILOS, 3 CROCODILOS, 10 CROCODILOS, como</p><p>você representaria cada grupo de crocodilos? Solicite a represen-</p><p>tação de cada quantidade, primeiramente com o uso de material</p><p>manipulável e, depois, registrando no papel, no quadro, no piso</p><p>da sala utilizando giz. Aproveite para realizar, mais vezes, a com-</p><p>paração entre quantidades, assinalando os grupos com mais e ou</p><p>menos crocodilos e a representação de mesmas quantidades, res-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>206</p><p>pectivas a 10, a 15 e a 3 crocodilos, por exemplo. (Professor(a),</p><p>ao propiciar a escrita no piso você estará proporcionando novas</p><p>experiências e sensações, contudo, ao final da atividade, combine</p><p>com algumas crianças a limpeza do ambiente. Isso também é con-</p><p>teúdo e faz parte da educação. Lembrando que, nunca, deverão</p><p>ser as mesmas crianças as responsáveis pela limpeza do ambiente;</p><p>todos e todas precisam participar efetivamente).</p><p>✓ Promover outras contagens significativas e contextuali-</p><p>zadas, por meio da participação efetiva das próprias crianças,</p><p>solicitando-lhes a presença, em grupos de quantidades prede-</p><p>finidas, em situações, como: formemos neste canto, um grupo</p><p>composto de cinco crianças. Vamos conferir a quantidade con-</p><p>tando? Faça o mesmo processo, com o número oito. Isto mes-</p><p>mo, formamos dois grupos, um possui cinco crianças e o outro</p><p>oito, mas agora, surgiu uma dúvida: qual dos grupos possui o</p><p>maior número de crianças - mais crianças? Quem, do primei-</p><p>ro grupo, pode mostrar, na sala, o numeral cinco? E o oito?</p><p>(Professor(a), para ir além no estabelecimento de comparações</p><p>de quantidades, providencie uma caixa de contagem contendo:</p><p>palitos de picolé, argolas, fichas de EVA coloridas, réplicas e ou</p><p>miniaturas de colheres, copos plásticos, pirex e pires plásticos,</p><p>tampinhas de PET, dentre outros).</p><p>✓ Incitar uma pesquisa sobre um animal citado na história.</p><p>Inicie a atividade, indagando sobre qual dos animais que apa-</p><p>receram na história elas gostariam de descobrir algo mais: sua</p><p>alimentação, suas características como e onde vivem. Colete as</p><p>opiniões, faça uma eleição e, na aula seguinte, leve imagens e in-</p><p>formações sobre o animal eleito, montando um cartaz sobre ele.</p><p>Também, proponha às crianças a montagem desse animal em</p><p>forma de quebra-cabeça, recortando-o e colando-o em papel à</p><p>parte, como nos modelos, que seguem:</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>207</p><p>FigUrA 12</p><p>modeLos de qUeBrA-CABeçA</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>Fonte: Pesquisa em sites da internet, mencionados nas Referências.</p><p>✓ Integrar a família às atividades já realizadas nas aulas</p><p>anteriores, sugerindo à classe, para a próxima aula, a seguinte</p><p>proposta:</p><p>SERÁ QUE TODOS TÊM OU JÁ TIVERAM MEDO DE ALGO, DE</p><p>ALGUÉM OU DE ALGUMA COISA? E NOSSOS FAMILIARES?</p><p>PERGUNTE A UM(A) DELES(AS) E, TAMBÉM, FAÇA UMA</p><p>REPRESENTAÇÃO COM DESENhOS OU COM GRAVURAS</p><p>PARA MOSTRÁ-LOS(AS) À TURMA.</p><p>✓ Relacionar o tema medo a outros artistas, que não os da</p><p>escrita, e sim, aos do mundo das artes como o artista Edvard</p><p>Munch que evidencia na obra Grito, Ansiedade e Desespero</p><p>suas inquietações. Apresente réplicas das mesmas para a turma</p><p>e disponibilizá-las para o manuseio e análise. Informe sobre o</p><p>artista e suas obras em destaque:</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>208</p><p>FigUrA 13</p><p>oBrAs de edvArd mUnCh</p><p>“Ansiedade”, “Desespero” e</p><p>-Edvard Munch.</p><p>“Grito”</p><p>Fonte: Disponível em <http://www.fotolog.com/sephirah/>. Acesso 01</p><p>de fev. 2018.</p><p>✓ Promover o Ateliê da arte na sala de aula e ou, se possível,</p><p>no pátio, para que as crianças tenham mais liberdade e ganhem</p><p>mais inspiração à produção artística. Selecione, organize e dis-</p><p>ponibilize materiais plásticos, como giz de cera, tinta guache,</p><p>pincéis, canetinhas hidrográficas, lápis de cor para que o mo-</p><p>mento seja bastante rico em manuseio e experimentação de ma-</p><p>teriais diversos. Priorize, primeiramente, tela “Grito”, tecendo</p><p>comentários sobre ela, tais como: o que levou o pintor a criar</p><p>essa obra, os motivos para o uso específicos de determinadas</p><p>cores e não de outras - tratar sobre cores frias - e o que elas</p><p>representam na composição da obra e chamar a atenção sobre</p><p>as linhas que dão movimento à obra.</p><p>✓ Entregar a cada criança, papéis de cores frias, para que,</p><p>exponham, sentimentos como o da raiva, o da tristeza, mágoa,</p><p>dor, preocupação, reportando-se, mais uma vez,às demais obras</p><p>de Edvard Munch: Ansiedade e Desespero. Solicite o registro</p><p>dos sentimentos, emoções e sensações por meio do jogo de co-</p><p>res, expondo, por fim, cada obra no ambiente extraclasse. So-</p><p>licite à equipe gestora que exponha um convite em cartaz, na</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>209</p><p>entrada da escola, convidando os pais e ou responsáveis para,</p><p>ao final do dia, ao buscar a criança, visite e aprecie a exposição.</p><p>✓</p><p>Trabalhar a memória, recordando, com a turma, a fábu-</p><p>la de Chapeuzinho Vermelho: vocês se recordam da história</p><p>da Chapeuzinho Vermelho? Na história, ela canta uma músi-</p><p>ca referindo-se ao seu maior medo, o lobo mau. Como é essa</p><p>música? Alguém deseja cantá-la? Após a apresentação, a gosto</p><p>da moçadinha, convide-as: vamos relembrá-la, ouvindo e can-</p><p>tando? Coloque, em aparelho de som e ou notebook e ou outro</p><p>recurso audiovisual, as Cantigas de “Chapeuzinho Vermelho”,</p><p>de Braguinha:</p><p>“Pela estrada afora eu vou bem sozinha</p><p>Levar esses doces para a vovozinha</p><p>Ela mora longe e o caminho é deserto</p><p>E o lobo mau passeia aqui por perto</p><p>Mas à tardinha, ao sol poente</p><p>Junto à mamãezinha dormirei contente...”</p><p>✓ Criar uma paródia empregando parte dessa letra, mas es-</p><p>crevendo na presença das crianças, como em:</p><p>Pelo CAminho afora eu vou visitAr</p><p>Levar esses pães/BisCoitos/BoLos para a</p><p>mAdrinhA (viZinhA, AmigUinhA)</p><p>Ela mora longe e o caminho é Longo (demorAdo)</p><p>e o meU medo (insegUrAnçA) passeia aqui por</p><p>perto</p><p>Mas Logo, Logo</p><p>Junto À FAmÍLiA (Aos meUs pAis, A qUem me</p><p>AmA)</p><p>Dormirei contente.</p><p>✓ Promover mais um momento cultural na sala, “O Mo-</p><p>mento do Cinema”. Reflita, ainda, sobre a presença de animais</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>210</p><p>na literatura e quais deles, geralmente, representam a malda-</p><p>de. Pergunte, então, se existem histórias em que os dragões,</p><p>leões e outros animais ameaçadores podem representar algo</p><p>bom, como solidariedade, companheirismo, amizade, proteção</p><p>e amor. Apresente vídeos numa sessão cinema, com sinopses de</p><p>filmes nos quais evidenciam-se tais animais como personagens,</p><p>por exemplo, em “Como Treinar o seu dragão” – Direção: Dean</p><p>deBlois; Chris Sanders. Estados unidos, 2010; o “Rei Leão”,</p><p>“Madagascar” dentre vários, que elucidam essa questão. Res-</p><p>salte que a criação humana não tem fronteiras. O fantástico, a</p><p>fantasia e o maravilhoso têm asas nas mãos de um escritor e de</p><p>um roteirista e podem representar tanto o bem quanto o mal.</p><p>✓ Finalizar essa unidade, retomando a seguinte questão com</p><p>as crianças: além do que a autora propõe para vencer o medo,</p><p>que outras formas você indicaria para vencer o seu medo? Ami-</p><p>gos, pessoas e ou bichinhos como um ursinho de pelúcia, bo-</p><p>necas, animais, como o cachorro, podem nos ajudar a superar</p><p>nossos medos? Convide, então, a classe para que sentados, ou-</p><p>çam a música do Ursinho Pimpão – Balão Mágico e apreciem o</p><p>vídeo em data show. Depois, de pé, em círculo, ouçam e cantem</p><p>a música novamente, seguindo o ritmo com o corpo. Ao final da</p><p>cantoria, um a um grita “XÔ” para o medo, referindo-se a ele e</p><p>expulsando-o com valentia (XÔ, XÔ, fantasma! XÔ, XÔ, bicho</p><p>papão! XÔ, XÔ, tubarão! XÔ, dragão! Escuro, tristeza, soli-</p><p>dão...). E dê um abraço e ou um aperto de mão num(a) colega.</p><p>referências</p><p>BRAGUINhA. Cantigas de “Chapeuzinho Vermelho”. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2h3NzNc>. Acesso em: 25 jan. 2018.</p><p>CORES FRIAS E CORES QUENTES. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2srL8yN>. Acesso em: 29 jan. 2018.</p><p>CORES QUENTES E CORES FRIAS - MANOBRAS - GOOGLE</p><p>SITES. Disponível em: <http://bit.ly/2kyBkPT>. Acesso em: 30</p><p>jan. 2018.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>211</p><p>OBRAS DE EDVARD MUNCh. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2xpNe7X>. Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>QUEBRA-CABEÇAS DE ANIMAIS SELVAGENS. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2J3tzME>. Acesso em: 26 jan. 2018.</p><p>SOUZA, Cláudia. dentro deste livro moram dois crocodilos. São</p><p>Paulo: Instituto Callis, 2011.</p><p>TEMPERATURA DAS CORES – CORES QUENTES E FRIAS. Dis-</p><p>ponível em: <http://bit.ly/2LJ1zzB>. Acesso em: 29 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser docente na educação infantil: entre o ensinar e o apren-</p><p>der. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 1, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>kRAMER, Sônia (Consultora). o papel da educação infantil na for-</p><p>mação do leitor. Trabalho encomendado pelo MEC/SEB. Diretoria</p><p>de concepções e orientações curriculares da Educação Básica. 2009.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>212</p><p>A má-criAção nuncA É bem-vindA! legAl</p><p>mesmo É ser cortês e cultivAr Amigos!</p><p>obra literária: O elefantinho malcriado</p><p>Autora: Ana Maria Machado</p><p>sinopse</p><p>Um elefantinho, que vivia em um jardim zoológico com</p><p>sua família, era tão malcriado que acabou perdendo a atenção</p><p>de todos os seus amigos. A má-criação deixou-o sozinho e o</p><p>fez refletir sobre quais comportamentos são desejados para se</p><p>viver bem com todos e cultivar as amizades. Essa lição, vale a</p><p>pena aprender!</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Rabisco, desenho e pintura usando partes do corpo (dedo,</p><p>mãos e pés) e materiais industrializados;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Modelagem e escultura;</p><p>• Criação e construção de formas plásticas e visuais: maque-</p><p>te, desenhos, pintura, máscaras, recortes, colagens, plaquinhas</p><p>de sentimentos, cartazetes.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>213</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• A família: constituição, hábitos, costumes;</p><p>• Desejo de conquistar, de manter e de reconquistar amigos;</p><p>• Interação com as pessoas com as quais se relaciona e o</p><p>meio;</p><p>• Descrição do comportamento positivo e negativo: autoa-</p><p>valiação diária;</p><p>• Capacidade de fazer e justificar suas escolhas;</p><p>• habilidades e competências pessoais;</p><p>• Expressão e manifestações de necessidades, desejos e sen-</p><p>timentos;</p><p>• Identificação de sentimentos e emoções, reconhecendo-os</p><p>em si;</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Participação em brincadeiras de imitação, faz de conta;</p><p>• Confecção e construção de jogos, brincadeiras e textos orais;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita, sem medo de errar;</p><p>• Articulação de braços, pernas e demais partes com desen-</p><p>voltura, destreza e segurança nos movimentos que executa;</p><p>• Manutenção de atenção e de concentração ao ouvir, ao dia-</p><p>logar, ao assistir filmes e ou apreciar apresentações dos colegas.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Importância do silêncio e da escuta;</p><p>• Desenvolvimento da oralidade como prática social;</p><p>• Descrição de objetos, lugares, imagens e animais;</p><p>• Reconhecimento da leitura como fonte de prazer, de en-</p><p>tretenimento, de comunicação e informação;</p><p>• Identificação dos nomes dos colegas em listas e crachás;</p><p>• Escrita de textos coletivos oriundos de texto oral;</p><p>• Identificação e escrita do primeiro nome;</p><p>• Identificação das letras do alfabeto em diferentes portado-</p><p>res textuais;</p><p>• Sons onomatopaicos: vozes dos animais;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>214</p><p>• Identificação da letra inicial de palavras e escrita de outras</p><p>palavras com a mesma letra;</p><p>• Exploração de textos verbais (narração, biografia, texto in-</p><p>formativo, convite, listas) e textos não verbais (gravuras, cenas</p><p>de filmes, desenhos);</p><p>• Produção de</p><p>convite e placas com emoticons.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Tamanho: maior/menor, grande/pequeno/mesmo tama-</p><p>nho;</p><p>• Altura: mais alto que/mais baixo que/mesma altura;</p><p>• Massa: Mais pesado que, mais leve que;</p><p>• Instrumento de medida: balança;</p><p>• Sistema de numeração: leitura, identificação e registro;</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Resolução de situações-problema com registros conven-</p><p>cionais e não convencionais;</p><p>• Estimativa;</p><p>• Classificação e comparação.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogos simbólicos: a imitação e a dramatização;</p><p>• Estilos musicais diversos: Caetano Veloso;</p><p>• Expressão corporal e fisionômica;</p><p>• Audição e memorização musical;</p><p>• Criação de movimentos e gestos seguindo o ritmo;</p><p>• Desinibição.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Respeito mútuo, expressões de gentileza, cumprimento e</p><p>despedida;</p><p>• Diálogo interativo e resolução de conflitos;</p><p>• A importância e a grandiosidade do amor ao próximo e</p><p>aos animais;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>215</p><p>• Reflexão sobre os maus tratos aos animais;</p><p>• Constituição familiar: hábitos, costumes e valores;</p><p>• Análise, observação, crítica e comunicação verbal;</p><p>• Tratamento respeitoso, cordial e gentil dispensado a todos;</p><p>• Animais: espécies, características, habitat, modo de vida;</p><p>• Preservação da vida e do meio ambiente.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Confeccionar uma maquete do zoológico com a finali-</p><p>dade de realizar um estudo sobre os animais. Na obra literária</p><p>proposta, há animais vivendo em zoológico, a discussão sobre o</p><p>assunto é inevitável, abranja as condições em que os animais vi-</p><p>vem na maioria dos zoológicos do mundo, apresente, em vídeo,</p><p>esse ambiente e ressalte a importância dos animais viverem em</p><p>seu habitat natural. Proponha a confecção de convites para que</p><p>as outras turmas venham conhecer o trabalho e ouvir sobre ele.</p><p>Convide as crianças para apresentarem os trabalhos aos colegas,</p><p>que os visitarão.</p><p>✓ Dramatizar a obra contemplando a produção coletiva das</p><p>falas de cada animal, os sons onomatopaicos de cada um, a produ-</p><p>ção de máscaras pelas crianças, a relação familiar do elefantinho,</p><p>seus modos, suas atitudes, seu desejo de reconquistar os amigos.</p><p>Reflita sobre os sentimentos que as situações vividas na obra e no</p><p>dia a dia provocam, aborde também as relações familiares.</p><p>✓ Ouvir, apreciar e explorar músicas. Apresente as músi-</p><p>cas: 1 – Elefante Trombinha – Para adormecer um elefante e</p><p>2 – O Leãozinho, de Caetano Veloso. Enriqueça a proposta</p><p>lendo a biografia de Caetano Veloso, grande exemplo de pro-</p><p>dução musical nacional. Convide as crianças a memorizarem</p><p>as músicas cantando e criando movimentos e gestos ao acom-</p><p>panharem os ritmos.</p><p>✓ Proporcionar uma sessão de cinema. Crie um ambiente</p><p>propício para a exibição de um filme, inicie retomando a história</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>216</p><p>proposta nesta unidade. Retome, ainda, a discussão sobre as</p><p>condições em que os animais vivem na maioria dos zoológicos</p><p>do mundo. Exiba um trecho do filme “Madagascar”. Após a</p><p>sessão, solicite que as crianças produzam, em duplas, cartazetes</p><p>com os animais vistos no filme, e que façam o registro por meio</p><p>da escrita imitativa de suas espécies. Solicite, também, a escrita</p><p>espontânea de novas palavras que contemplem as letras iniciais</p><p>dos animais registrados. Atente-se para o registro dos nomes</p><p>dos alunos em todos os trabalhos realizados.</p><p>✓ Elaborar plaquinhas de sentimentos. Identifique os senti-</p><p>mentos percebidos na história proposta na unidade e discuta so-</p><p>bre os momentos em que esses sentimentos nos são familiares.</p><p>Construa, com a participação das crianças, as plaquinhas com</p><p>emoticons – muito usados em mensagens virtuais, colorindo-</p><p>-as com tinta guache e pincel, giz de cera ou lápis de cor, cada</p><p>criança fará a escolha do material a ser usado. Em uma roda de</p><p>conversa, leia trechos do livro e peça para que levantem as pla-</p><p>quinhas pertinentes aos sentimentos mencionados na narrativa.</p><p>✓ Conduzir a apropriação de noção de massa: leve e pesa-</p><p>do. Deixe que as crianças manipulem, inicialmente, os materiais</p><p>escolares e de uso comum que têm em sala de aula. A partir</p><p>desses materiais, introduza os conceitos de leve e de pesado.</p><p>Leve para sala de aula produtos alimentícios embalados e crie</p><p>situações-problema envolvendo suas massas, suscitando esti-</p><p>mativas. Utilize a balança para pesar os materiais escolares, os</p><p>de uso comum e brinquedos estabelecendo comparação entre</p><p>eles, solicitando que a turma aponte qual o mais leve e qual o</p><p>mais pesado justificando sua resposta. Anote os resultados das</p><p>medidas e solicite a classe que, também, registre os valores en-</p><p>contrados. Finalmente, explore o sistema de numeração e reto-</p><p>me os personagens da obra, criando novas situações-problema</p><p>que envolvam além da noção de massa, a de tamanho.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>217</p><p>referências</p><p>ELEFANTE TROMBINhA / PARA ADORMECER UM ELEFAN-</p><p>TE – MÚSICAS E CANÇÕES PARA CRIANÇAS. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2spr289>. Acesso em: 24 jan. 2018.</p><p>CAETANO VELOSO, MARIA GADÚ – O LEÃOZINhO. Disponível</p><p>em: <http://bit.ly/2IWlWvr>. Acesso em: 24 jan. 2018.</p><p>MAChADO, Ana Maria. o elefantinho malcriado. São Paulo:</p><p>Moderna, 2008.</p><p>MADAGASCAR DUBLADO – MELhORES MOMENTOS. Disponí-</p><p>vel em: <http://bit.ly/2somzmg>. Acesso em: 24 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser criança na educação infantil: infância e linguagem. Bra-</p><p>sília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 2, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na</p><p>cibercultura. educação e sociedade, Campinas, v. 23, n. 81, p. 143-</p><p>160, dez. 2002.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>218</p><p>crescer, crescer. A nAturezA humAnA É</p><p>quem diz!</p><p>obra literária: Gabriel tem 99 centímetros</p><p>Autores: Annette huber e Manuela Olten</p><p>sinopse</p><p>Olten apresenta, de uma forma divertida e interessante, o</p><p>paradoxo de ser grande e ser pequeno, numa fase em que o</p><p>mundo de possibilidades se agiganta diante de uma pessoinha</p><p>em plena etapa de desenvolvimento: Gabriel. Ao longo da</p><p>narrativa, ressalta vantagens e desvantagens do crescer em</p><p>todos os sentidos e tece uma história bem semelhante às nossas</p><p>experiências infantis. Confira, ao ler a obra, o quanto se tem</p><p>para discutir e aprender sobre essas e outras questões.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ matemática:</p><p>• Noção de altura: mais alto que, mais baixo que, mesma</p><p>altura;</p><p>• Noção de massa: mais leve que; mais pesado que, mesma</p><p>massa;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>219</p><p>• Nomeação de instrumentos utilizados na medição da altura</p><p>e massa corporal.</p><p>• Noção de posição: de frente, de costas, de lado;</p><p>• Noção de tamanho: maior que, menor que, tão grande</p><p>quanto; mesmo tamanho;</p><p>• Noção temporal: calendário-dia, mês e ano do nascimento;</p><p>• Ordenação de imagens de acordo com desenvolvimento</p><p>humano;</p><p>• Resolução de situações-problema</p><p>significativos e con-</p><p>textualizados.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Importância do silêncio e da escuta;</p><p>• Comunicação clara de ideias, opiniões, comentários e co-</p><p>nhecimentos que já possui e que está adquirindo;</p><p>• Demonstração de compreensão das histórias narradas e</p><p>assistidas em recurso audiovisual;</p><p>• Demonstração de entendimento de comandas propostas;</p><p>• Audição e reconto de história;</p><p>• Leitura de textos verbais e não verbais;</p><p>• Percepção, emissão e produção de sons com as mesmas</p><p>terminações;</p><p>• Formação de palavras com uso do alfabeto móvel;</p><p>• Identificação de sons iniciais e finais de prenomes;</p><p>• Identificação de sons finais de palavras;</p><p>• Percepção e reconhecimento de rimas em cantigas infantis;</p><p>• Escrita convencional do prenome e não convencional de</p><p>palavras diversas;</p><p>• Palavras e nomes iniciados pela letra G e outras que se</p><p>originam do nome GABRIEL;</p><p>• Narração e letra musical.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Participação ativa por meio de comunicação direta de opi-</p><p>niões, críticas e da compreensão, ou não, do que está em estudo;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>220</p><p>��� Interação com as pessoas com as quais se relaciona;</p><p>• Interação ao participar de atividades diversas;</p><p>• Identidade pessoal e coletiva: características físicas, in-</p><p>cluindo a massa corporal e a altura;</p><p>• Iniciativa em fazer uso da escrita, sem o medo de errar (o</p><p>aprender exige a passagem por tentativas, erros e acertos, faz</p><p>parte do processo);</p><p>• Articulação de braços, pernas e demais partes do corpo com</p><p>desenvoltura, destreza e segurança nos movimentos que executa;</p><p>• habilidades já adquiridas e reconhecimento das que ainda</p><p>serão conquistadas;</p><p>• Reportar experiências reativando a memória.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Criação e construção de formas plásticas e visuais: dese-</p><p>nho e pintura;</p><p>• Seleção, recorte e colagem de gravuras;</p><p>• Ordenação de gravuras obedecendo um critério estabe-</p><p>lecido;</p><p>• Ilustração de trechos narrativos;</p><p>• Registros por meio de desenhos livres;</p><p>• Confecção de cartazete.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se corpo-</p><p>ralmente;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>• Percepção de rimas e cadência de ritmo;</p><p>• Canto, dança, criação de movimentos e gestos acompa-</p><p>nhando um ritmo musical.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Cidadania e justiça: Declaração de Nascidos Vivos e Re-</p><p>gistro de Nascimento, CPF; Identidade;</p><p>• Direitos das crianças;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>221</p><p>• Instituições e leis (ECA) de proteção e amparo às crianças;</p><p>• Independência na realização de ações no âmbito escolar:</p><p>organizar e conservar os pertences e higienizar o ambiente;</p><p>• Percepção do desenvolvimento humano na Linha do Tempo;</p><p>• Pesquisa sobre a origem do nome;</p><p>• Interação com a família a partir da realização de propostas;</p><p>• Pesquisa e debate sobre os assuntos em pauta.</p><p>Atividades propostas:</p><p>✓ Preparar o momento que antecede a leitura da obra: “Ga-</p><p>briel tem 99 centímetros”. Organize, sobre uma mesa grande e</p><p>no meio da sala, objetos e instrumentos relacionados a medi-</p><p>das convencionais – fita métrica, trena, régua, balança – e não</p><p>convencionais – palmos, representados por mãos recortadas</p><p>em papel; passos, representados pelos pés recortados em papel;</p><p>cordão, fita larga de tecido, fita larga de papel, dentre outros.</p><p>Exponha esse material, um dia que anteceda ao escolhido para</p><p>a leitura da história, para que aguce ainda mais o interesse e a</p><p>curiosidade da criançada. Possibilite a manipulação e a experi-</p><p>mentação de tudo. No dia seguinte, recepcione as crianças com</p><p>perguntas sobre tudo o que está à vista e investigue o que sabem</p><p>e o que desconhecem. Intervenha, dando dicas, sobre como uti-</p><p>lizar corretamente os instrumentos de medidas, inclusive as po-</p><p>sições adequadas ao se coletar a altura de objetos da sala, como</p><p>a do armário, a da parede, da porta, dos pés das mesas, dentre</p><p>várias. Mostre imagens de unidades de medida da antiguidade,</p><p>mensurando a evolução humana, no que tange à criação de al-</p><p>ternativas e instrumentos de medidas mais práticos e eficientes</p><p>ao longo do tempo para facilitar a vida moderna.</p><p>✓ Iniciar a leitura da obra selecionada para o dia, estabe-</p><p>lecendo ligações mais reais entre os instrumentos explorados</p><p>e a história lida com os seguintes apontamentos: além de tudo</p><p>o que vocês viram e observaram, apresento-lhes o Gabriel, um</p><p>menino muito parecido com cada um de vocês. Vamos conhe-</p><p>cê-lo e descobrir os motivos pelos quais esses instrumentos</p><p>permaneceram na sala?</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>222</p><p>✓ Compreender a narrativa. Instigue a classe com questões</p><p>relacionadas à vida de Gabriel discorridas pela autora, como as</p><p>vantagens e desvantagens em ser grande e ser pequeno; a expec-</p><p>tativa de crescimento ou não, apresentada por Gabriel; o conhe-</p><p>cimento das crianças sobre a existência de algum outro persona-</p><p>gem conhecido e famoso nas histórias infantis, que não aceitava</p><p>crescer e tornar-se um adulto. Prossiga o debate, perguntando</p><p>sobre essa possibilidade no mundo real: temos o poder da deci-</p><p>são de não crescermos e não nos tornarmos adultos? Por quê?</p><p>✓ Convidar para uma sessão cinema. Apresente a sinopse da</p><p>história de “Peter Pan”, em um recurso audiovisual, e ou realize</p><p>a leitura dela com amostragem de imagens num livro. Estabele-</p><p>ça, finalmente, uma analogia entre os dois textos, enaltecendo</p><p>as principais diferenças entre as histórias – aceitação do cresci-</p><p>mento num processo natural do ser humano X o descontenta-</p><p>mento e a aversão ao fato de ser adulto.</p><p>✓ Montar um gráfico com o tema “ALTURA E MASSA</p><p>CORPORAL DAS CRIANÇAS DA TURMA” num cartaz e afi-</p><p>xá-lo na parede da sala.</p><p>✓ Tornar a falar da medição da altura, referindo-se à obra de</p><p>Olten, a partir de citações da autora, como em: “Eu me chamo</p><p>Gabriel e, hoje de manhã, minha mãe tirou minha medida. Ago-</p><p>ra, eu tenho 99 centímetros”. Solicite a cada criança a escrita do</p><p>nome em um cartão, afixando-o no cartaz, de modo a configu-</p><p>rar a estrutura do gráfico. Suscite, na criança, o desejo de saber</p><p>a própria altura. Então, convide-a para ficar de pé, uma de cos-</p><p>tas para a outra e, nessa posição, compare e chegue à conclusão</p><p>de quem é a mais alta e ou a mais baixa. Entregue-lhe uma tira</p><p>de papel para que, com ajuda do(a) colega, meça a sua altura e</p><p>corte-a de acordo com seu comprimento. Oriente a turma para</p><p>colar a sua tira abaixo do seu nome. Posteriormente, numa roda</p><p>de conversa, reapresente a fita métrica e, juntos, façam a medi-</p><p>ção de sua tira, registrando os comprimentos no gráfico.</p><p>✓ Aferir a massa corporal. Reporte-se, outra vez, à fala da</p><p>mãe de Gabriel, que reclama do seu peso, comparando-o ao de</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>223</p><p>um engradado de refrigerantes e afirmando que alguns adultos</p><p>crescem para os lados. Reafirme para as crianças as diferenças</p><p>dos instrumentos empregados para aferição da altura e da massa</p><p>corporal, explorando a funcionalidade dos mesmos. Em seguida,</p><p>apresente uma balança e realize a medida de massa das crianças.</p><p>Retorne ao gráfico e anote a respectiva massa corporal de cada</p><p>uma. Leia com a turma os dados registrados, enfatizando quais</p><p>valores equivalem à altura e quais correspondem à massa cor-</p><p>poral. (Professor(a), sugere-se registrar, ao lado das medições,</p><p>o dia, o mês e o ano da realização das mesmas, dizendo à classe</p><p>que, durante o ano letivo, mais medições irão acontecer).</p><p>✓ Propor problemáticas quanto à altura e massa corporal.</p><p>Elabore situações-problema, a partir dos dados obtidos no gráfi-</p><p>co, ressaltando as noções: mais alto que, mais baixo que; mesma</p><p>altura; mais pesado que, mais leve que; mesma massa corporal.</p><p>✓ Representar, por meio de desenhos, algumas</p><p>falas do per-</p><p>sonagem Gabriel. Apresente trechos da narrativa para que as</p><p>crianças façam as suas interpretações desenhando:</p><p>1. MINhA MÃE É MUITO mAior qUe eU.</p><p>2. DE QUE TAMANhO EU VOU SER? mAior qUe</p><p>UM CÃO ENORME, PORÉM menor qUe Um</p><p>ELEFANTE.</p><p>3. grAnde o BAstAnte PARA VIAJAR NUM NA-</p><p>VIO PIRATA DE VERDADE.</p><p>✓ Pesquisar a altura de membros da família. Integre os fa-</p><p>miliares às atividades da escola, direcionando as crianças a pes-</p><p>quisarem a altura de três pessoas da família e concluírem qual</p><p>é a mais alta e qual é a mais baixa. Solicite que, os familiares,</p><p>registrem as respectivas alturas numa ficha preparada e enviada</p><p>a eles, previamente. De volta à sala de aula, leia e releia-as com</p><p>a classe, reproduzindo-as no quadro.</p><p>✓ Cantar e movimentar seguindo ritmo. Organize as cartei-</p><p>ras em um grande círculo, assessorado(a) pelas crianças, para</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>224</p><p>a dança e a execução de movimentos ritmados e livres. Conver-</p><p>se, novamente, sobre o crescimento de uma pessoa para juntos,</p><p>cantarem, encenarem a música de Bia Dedram: “Eu era assim”.</p><p>✓ Apreciar a música “Já sabe”, do Grupo Musical Palavra</p><p>Cantada, que trata de habilidades conseguidas e a serem adqui-</p><p>ridas à medida que se cresce. Exponha a música em vídeo, opor-</p><p>tunize movimentação prazerosa e converse sobre as habilidades</p><p>já conquistadas por cada criança, até o momento.</p><p>✓ Apresentar uma das letras musicais no cartaz. Realize a</p><p>leitura apontada, fale sobre a estrutura textual da letra da mú-</p><p>sica chamando a atenção para a repetição de sons e palavras</p><p>que dão cadência e ritmo à música. Assinale, com pincel, sons</p><p>que se repetem e ou rimam. Sistematize a proposta com a cria-</p><p>ção de ilustrações para a música, usando recortes de diferentes</p><p>materiais impressos.</p><p>✓ Produzir uma linha de tempo que faça referência às fa-</p><p>ses do desenvolvimento humano. Disponibilize, inicialmen-</p><p>te, gravuras de pessoas em diferentes fases de crescimento:</p><p>bebê, criança, adolescente, adulto(a), idoso(a). Convide duas</p><p>crianças para organizarem as gravuras na ordem cronológica</p><p>da vida, afixando-as no quadro. Ressalte, nesse momento, a</p><p>importância do trabalho em equipe, explicando que os cole-</p><p>gas podem auxiliar na realização da proposta. Por fim, peça o</p><p>registro da linha de tempo no caderno por meio de desenhos e</p><p>desafie as crianças a escreverem as palavras, nomeando cada</p><p>fase do desenvolvimento.</p><p>✓ Pesquisar e debater para saber: eu e minha cidadania.</p><p>Continue a análise da história envolvendo as crianças em ques-</p><p>tões voltadas à cidadania e à justiça, retomando-a com pergun-</p><p>tas do tipo: conhecemos a história de qual menino? Gabriel é</p><p>o nome do menino, certo? Vocês sabem que, para as leis de</p><p>um país, uma pessoa será considerada cidadã, se tiver sido re-</p><p>gistrada num cartório? O que você sabe sobre esse assunto?</p><p>Alguém já lhe mostrou um Registro de Nascimento? Quem?</p><p>Continue a conversa e passe de mão em mão, réplicas de Re-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>225</p><p>gistro de Nascimento para apreciação e análise. Continue com</p><p>o assunto: sabem que hoje em dia, quando nasce um bebê, já</p><p>se faz, além do Registro de Nascimento, outro documento cha-</p><p>mado CPF? Explique o que é e distribua réplicas. Sabem que</p><p>antes disso, ainda, no hospital, o bebê já tem um documento,</p><p>chamado declaração de nascido vivo? Querem conhecê-lo?</p><p>Jogue imagens da Declaração de Nascido Vivo em data show</p><p>ou prossiga mostrando réplicas do documento. (Professor(a),</p><p>você pode também ir até a secretaria da escola e combinar com</p><p>a secretária para que, durante a aula, ela leve o Registro de Nas-</p><p>cimento, que está arquivado na pasta de documento de cada</p><p>criança, oportunizando-lhe o contato mais real e significativo).</p><p>✓ Compor uma réplica de Carteira de Identidade Mirim.</p><p>Solicite à turma, anteriormente, algumas informações sobre si:</p><p>nome do pai; nome da mãe; cidade e data de nascimento. Já</p><p>com os dados em mãos, na sala, colete as digitais de cada crian-</p><p>ça, fazendo uso de almofada de carimbo ou tinta guache. À me-</p><p>dida que o documento fique pronto, cada criança aprecia o seu.</p><p>✓ Confeccionar cartazetes sobre os direitos da criança. En-</p><p>volva a turma em outras questões relacionadas à cidadania e</p><p>à justiça, a partir de considerações, tais como: o que a auto-</p><p>ra nos contou sobre Gabriel? Descobrimos que ele vive com a</p><p>mãe e que tem uma vida como qualquer outra criança deveria</p><p>ter: é respeitada, amada, recebe cuidados e orientações de uma</p><p>pessoa adulta. Mas será que, na realidade, toda criança tem</p><p>essa possibilidade? Criança tem direitos? Direito a quê? O que</p><p>você sabe sobre isso? Existem instituições que podem ajudar as</p><p>crianças que são desrespeitadas e maltratadas? Leia e discuta os</p><p>principais direitos da criança discorridos pelo eCA:</p><p>DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE;</p><p>DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À</p><p>DIGNIDADE;</p><p>DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E CO-</p><p>MUNITÁRIA;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>226</p><p>DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ES-</p><p>PORTE E AO LAZER; CAPÍTULO V - DO DIREITO À</p><p>PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO TRA-</p><p>BALhO;</p><p>TÍTULO III - DA PREVENÇÃO.</p><p>Convide as crianças a confeccionarem cartazetes sobre os</p><p>direitos, em pequenos grupos de três em três, selecionando,</p><p>recortando e colando gravuras, providenciadas anteriormente.</p><p>Cada cartazete terá um direito da criança transcrito para ser</p><p>ilustrado. Ao final da execução da proposta, as crianças visitam</p><p>colegas de outras turmas da escola e divulgam esses direitos.</p><p>✓ Emitir e produzir sons. Pergunte: você sabe que as letras</p><p>têm e representam sons? Pronunciemos o nome do GABRIEL.</p><p>Na galeria de nomes da classe há algum outro nome que termina</p><p>como o de GABRIEL? Em seguida, incentive a “moçada” a falar</p><p>outras palavras de campos semânticos diferentes, circulando a</p><p>terminação de cada uma, tais como: MEL, CÉU, CASCAVEL,</p><p>CRUEL, FIEL, ANEL, CORDEL, VÉU - enfatize o som aberto.</p><p>Peça que as registre no caderno.</p><p>✓ Pesquisar sobre o próprio nome. Retome o nome do Ga-</p><p>briel, e leia a pesquisa de alguns significados dados para esse</p><p>nome: Gabriel que significa: “homem de Deus”, “homem forte</p><p>de Deus”, “fortaleza de Deus”, “mensageiro de Deus”. Pergun-</p><p>te às crianças, se elas sabem explicar o porquê de seus nomes.</p><p>Aos que não souberem, solicite uma pesquisa em casa, entre-</p><p>gando-lhes a atividade descrita. Deixe claro a proposta refor-</p><p>çando questões do tipo: muitos nomes recebidos por nós têm</p><p>um significado, assim como o nome do Gabriel. Você sabe o sig-</p><p>nificado do seu nome? Pesquise em casa qual motivo da escolha</p><p>do seu nome. Organize, no dia seguinte, uma Roda de Conversa</p><p>para a apresentação da pesquisa. Aproveite o momento e explo-</p><p>re o nome do GABRIEL, formando a palavra com o alfabeto</p><p>móvel, escrevendo no caderno e buscando, na galeria de nomes,</p><p>outros nomes com a letra G.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>227</p><p>referências</p><p>CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2slIz0U>. Acesso em: 31 jan. 2018.</p><p>ESCOLINhA DE FERRAMENTAS DO MANNY: COMO MEDIR</p><p>AS COISAS. Disponível em: <http://bit.ly/2xqGpmh>. Acesso em:</p><p>31 jan. 2018.</p><p>ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2LG6ZLw>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>hOJE TENhO ESSE TAMANhO. Disponível em: <http://bit.</p><p>ly/2spZqzR>. Acesso em: 31 jan. 2018.</p><p>hUBER, Annette; OLTEN, Manuela. gabriel tem 99 Centímetros.</p><p>Tradução hedi Gnädinger. São Paulo: Saber e Ler, 2013.</p><p>UNIDADES DE MEDIDA AO LONGO DA hISTóRIA. Disponível</p><p>em: <http://bit.ly/2L6lzLb>. Acesso em: 31 jan. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia;</p><p>COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Linguagem oral e linguagem escrita na educação infantil:</p><p>práticas e interações. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 3, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>228</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri. Letramento e modos de ser le-</p><p>trado: discutindo a base teórico-metodológica de um estudo. revista</p><p>Brasileira de educação, Rio de Janeiro, v. 11 n. 33, set./dez. 2006.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>A imAginAção É umA dAs mAneirAs de criAr</p><p>umA novA reAlidAde, comprove!</p><p>obra literária: O grúfalo</p><p>Autores: Axel Scheffler e Julia Donaldson</p><p>sinopse</p><p>Um ratinho, pequeno e frágil, na floresta, usa de astúcia</p><p>para conseguir sobreviver. Ao deparar-se com cada possível</p><p>predador, descreve o amigo imaginário pelo qual espera para</p><p>um encontro: grande, assustador, violento e muito perigoso. Os</p><p>predadores fogem. Até que em um momento, para seu espanto,</p><p>depara-se com sua imaginação personificada.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Apresentação, manipulação e emprego de materiais plásti-</p><p>cos como tinta e pincel;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>229</p><p>• Apresentação, manipulação e emprego de materiais, como</p><p>folhas, sementes e flores;</p><p>• Releitura de imagens: obras de arte de artista nacional;</p><p>• Criatividade artística e plástica.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Características físicas (apreciação de si mesmo) e carac-</p><p>terísticas pessoais (gostos, preferências, aversões) e as singula-</p><p>ridades pessoais;</p><p>• Gostar de si mesmo, identificando qualidades e dificuldades;</p><p>• Uso contínuo de palavras e expressões de cumprimento,</p><p>afetividade e gentileza, agradecimento e despedida;</p><p>• Participação em brincadeiras de imitação, faz de conta e</p><p>em outras brincadeiras que exijam a formação e a execução em</p><p>equipe;</p><p>• Atitudes de autocuidado.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas, anseios e sentimentos;</p><p>• Relato de observações das experiências vividas, obedecen-</p><p>do à sequência temporal dos fatos;</p><p>• Audição, contação de casos e relatos (fatos);</p><p>• Audição, contação e reconto de fábulas;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos de</p><p>diferentes gêneros como contos e notícias de jornal informativo;</p><p>• Coordenação motora fina: ordenação de cenas;</p><p>• Leitura, interpretação e releitura de imagens;</p><p>• Escrita de texto coletivo oriundo de texto oral.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Comparação, classificação e seriação (do mais baixo para</p><p>o mais alto);</p><p>• Na frente/atrás/entre/no meio de;</p><p>• Primeiro/segundo/terceiro... último;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>230</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Correspondência entre numeral e quantidade.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Expressão corporal e fisionômica;</p><p>• Percepção de estruturas rítmicas para expressar-se cor-</p><p>poralmente;</p><p>• Percepção, identificação e expressão das sensações, limi-</p><p>tes, potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo;</p><p>• Participação em brincadeiras e jogos que envolvam a corrida,</p><p>a subida, a descida, a dança, o pendurar-se para ampliar, gradual-</p><p>mente, o conhecimento e o controle sobre o corpo e o movimento;</p><p>• Equilíbrio ao andar, ao movimentar-se em diferentes rit-</p><p>mos, ao correr, ao saltar;</p><p>• Habilidades corporais;</p><p>• Limites corporais;</p><p>• Sons onomatopaicos;</p><p>• Desenvolvimento das habilidades cênicas e musicais.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Autoestima e autoconhecimento: características físicas,</p><p>afetivas, emocionais, intelectuais, morais; criatividade artística</p><p>e plástica; habilidades corporais; limites corporais;</p><p>• Autocuidado;</p><p>• Jogos e brincadeiras: participação ativa, conhecimento,</p><p>reconhecimento e atendimento às regras e ou instruções, pro-</p><p>posição e ou reformulação de regras;</p><p>• Sistematização das descobertas, dados e informações e</p><p>conclusões de modo convencional (escrita do(a) professor(a)</p><p>e tentativa de escrita das crianças) e não convencional (traços,</p><p>desenhos e outros tipos de notação);</p><p>• Plantas;</p><p>• Preservação da vida e do meio ambiente.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>231</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Instigar a curiosidade por meio da exposição de um cartaz,</p><p>contendo apenas a capa do livro proposto na unidade. Explore</p><p>o título do livro e os autores. Questione sobre a possibilidade de</p><p>alguma criança conhecer a obra. E, se houver alguma afirmati-</p><p>va, peça para que essa criança discorra sobre suas lembranças.</p><p>Convide cada criança a desvendar os seguintes mistérios: o que</p><p>é um Grúfalo? Como você o imagina? Ao observar a capa do</p><p>livro, onde você acha que ocorre a história?</p><p>✓ Explorar a sinopse do livro. Retome os questionamentos</p><p>propostos na atividade anterior. Em seguida, afixe um cartaz –</p><p>com a sinopse, que fique acessível – e faça a leitura. Conceda</p><p>tempo para que todos façam suposições acerca da história que</p><p>será, posteriormente, contada. Inicie uma roda de conversa com</p><p>os seguintes questionamentos: você sabe o que significa a pa-</p><p>lavra astúcia? O que é um predador? Se você fosse o ratinho</p><p>da história e encontrasse com um animal grande e assustador,</p><p>o que faria? O que é um amigo imaginário? Você tem um? Ao</p><p>encerrar a discussão sugerida por todos os questionamentos an-</p><p>teriores, dê continuidade à atividade: todas as crianças deverão</p><p>estar de posse de seus crachás, assim, cada uma delas, usando</p><p>lápis de cor, canetinha ou giz de cera, irá até o cartaz, identifica-</p><p>rá e circulará as letras de seu nome que, nele, aparecem.</p><p>✓ Contar a história. Observe qual a cena narrada em que as</p><p>crianças terão maior prazer em ouvir. (Professor(a), prepare-se</p><p>para esse momento, lembre-se de que são as histórias contadas</p><p>com encantamento que levam as crianças ao mundo imaginário</p><p>que a leitura propicia).</p><p>✓ Dramatizar cenas de maior encantamento. Eleja as cenas</p><p>contadas que causaram maior euforia, reproduza-as em carta-</p><p>zetes em sequência temporal e promova um momento de apre-</p><p>ciação dessas cenas. Convide as crianças a fazerem a dramati-</p><p>zação das mesmas, utilizando diálogos e sons onomatopaicos.</p><p>Com a ajuda delas prepare o cenário com folhas secas, gravetos</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>232</p><p>e aromatizador. (Professor(a), a dramatização fica sempre mais</p><p>rica com uso de recursos visuais, tais como máscaras, roupas,</p><p>pintura na face).</p><p>✓ Explorar sentimentos e valores que aparecem na narração</p><p>em roda de conversa. há questões que podem preceder essa</p><p>atividade, tais como: o que você achou da atitude do ratinho pe-</p><p>rante os outros animais? Quando é que o pequeno pode vencer</p><p>o grande? O ratinho foi inteligente? É preciso usar a força para</p><p>resolver conflitos? Encerre a abordagem acerca dos persona-</p><p>gens e volte à discussão para o âmbito pessoal, propondo o uso</p><p>de um espelho. Cada criança verá sua imagem refletida nele e</p><p>responderá aos seguintes questionamentos: como você se vê?</p><p>Quais são suas qualidades? Você tem algo a melhorar? Como</p><p>você resolve</p><p>suas situações de conflito?</p><p>✓ Fazer uma lista de personagens. Retome a história e seus</p><p>personagens. A criança deve listar os personagens presentes na</p><p>história experimentando a escrita a seu modo. Em seguida, cada</p><p>uma representará, por meio de desenhos, os personagens lista-</p><p>dos e apresentará aos colegas o seu trabalho.</p><p>✓ Classificar os personagens. Retome a história recontando-</p><p>-a. Às crianças devem ser oferecidas imagens dos personagens.</p><p>De posse dessas imagens, classifique-os quanto à altura. Em se-</p><p>guida, explore a sequência em que os animais aparecem na histó-</p><p>ria, de modo a abordar os conceitos de: na frente, atrás, entre, no</p><p>meio de, primeiro, segundo, terceiro e, assim, sucessivamente,</p><p>trabalhando exaustivamente.</p><p>✓ Fazer uma releitura de obra de arte. Nessa atividade, ex-</p><p>por, na sala, a pintura “Floresta” de Tarsila do Amaral. Apre-</p><p>sente o vídeo “Tarsila do Amaral” produzido pela TV Cultura</p><p>– Traçando Arte. Relacione com o ambiente da história proposta</p><p>na unidade e inclua, aqui, questionamentos do tipo: as florestas</p><p>são parecidas? O que há de diferente em cada uma delas? Na</p><p>pintura de Tarsila do Amaral aparecem animais? Em seguida,</p><p>proponha a releitura da obra de Tarsila do Amaral, que deve ser</p><p>realizada da seguinte maneira: sem o conhecimento das crian-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>233</p><p>ças, afixe com uma fita adesiva uma folha de papel A4 sob a</p><p>cadeira de cada uma delas. Distribua pincel, tinta e pergunte:</p><p>onde pintaremos? Deixe que surjam ideias e comente cada uma.</p><p>Depois, peça que todos deitem sob as cadeiras, descubram onde</p><p>farão sua pintura e iniciem a produção artística.</p><p>✓ Realizar um gráfico com o tema “AMIGO IMAGINÁRIO”.</p><p>Retome a história proposta na unidade e amplie a discussão so-</p><p>bre amigos imaginários com os seguintes questionamentos: você</p><p>tem um amigo imaginário? Como ele é? O que fazem juntos?</p><p>Aborde, com a turma, o fato de muitas crianças terem um amigo</p><p>imaginário e a normalidade disso, nessa faixa etária. Faça um le-</p><p>vantamento, por meio de tabela, de quantas crianças têm e quan-</p><p>tas não têm um amigo imaginário. Para isso, use o registro não</p><p>convencional e material concreto – tampinhas pet de duas cores</p><p>distintas. Combine a representação da legenda com a turma, por</p><p>exemplo: tampinhas vermelhas para o registro de quem tem um</p><p>amigo imaginário e verdes para quem não o tem. Em seguida,</p><p>faça um gráfico de coluna transferindo as tampinhas para a re-</p><p>presentação das quantidades apuradas na tabela. Nessa oportu-</p><p>nidade, problematize os resultados obtidos: há mais crianças que</p><p>possuem amigos imaginários ou que não os possuem? Quantas</p><p>crianças faltam para igualar o resultado do gráfico? (Professor(a),</p><p>mostre quantas crianças ainda faltam para igualar o resultado do</p><p>gráfico, afixando tampinhas de uma terceira cor).</p><p>✓ Brincar de futebol, cantar e dançar. Apresente o vídeo</p><p>Pipo – meu amigo imaginário – estreia. Dance e cante com as</p><p>crianças a música sugerida no vídeo e, em seguida, convide-as</p><p>para jogar futebol no pátio:</p><p>“Eu tenho um novo amigo que se chama Ventania</p><p>Joga bola comigo e é um supercampeão</p><p>É um grande goleiro, jogador e artilheiro</p><p>Voa como um foguete e no campo é tão contente</p><p>Gol, gol, gol, vamos, vamos Ventania</p><p>Gol, gol, gol, nossa equipe está vencendo</p><p>Gol, gol, gol, juntos nós vamos ganhar</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>234</p><p>Gol, gol, gol, ninguém pode nos parar</p><p>Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô</p><p>Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô</p><p>Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô</p><p>Gol, gol, gol, vamos, vamos Ventania</p><p>Gol, gol, gol, nossa equipe está vencendo</p><p>Gol, gol, gol, juntos nós vamos ganhar</p><p>Gol, gol, gol, ninguém pode nos parar”</p><p>✓ Escrever um texto. Retome a história e questione quais</p><p>foram os ensinamentos dela extraídos. Deixe que as crianças</p><p>escrevam esses ensinamentos, a seu modo, e em seguida, repro-</p><p>duzam por meio de desenho a capa do livro – que ainda estará</p><p>exposta em sala de aula, no cartaz. A fim de encerrar a unidade,</p><p>proporcione um momento no qual cada criança apresentará a</p><p>sua produção aos colegas.</p><p>referências</p><p>DONALDSON, Julia; Axel, SChEFFLER. o grúfalo. Tradução</p><p>Gilda de Aquino. São Paulo: Brinque-Book, 2017.</p><p>PIPO – MEU AMIGO IMAGINÁRIO – ESTREIA. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2LJvUy3>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>TARSILA DO AMARAL – TV Cultural Digital. Disponível em:</p><p><http://bit.ly/2srkjdQ>. Acesso em: 02 fev. 2018.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). Bebês como leitores e autores. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 4, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>235</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2IYoPaR>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>SOARES, Magda. Alfabetização e letramento na Educação Infantil. pá-</p><p>tio – educação infantil. Belo horizonte, ano VII, n. 20, jul./out. 2009.</p><p>eis A questão: ser ou não ser um coelho</p><p>de páscoA?</p><p>obra literária: O coelhinho que não era de páscoa</p><p>Autora: Ruth Rocha</p><p>sinopse</p><p>Coelhos especialistas em Páscoa e nada mais? É isso mesmo</p><p>que acontece nesta história tão surpreendente. Até que... surge</p><p>um coelhinho corajoso e determinado, que só! Ele não perde</p><p>tempo e corre atrás do seu ideal, respeitando suas habilidades e o</p><p>seu coração. Quer saber como ele supera o padrão estabelecido</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>236</p><p>de geração em geração? Leia a obra de Ruth Rocha e apaixone-</p><p>se por Vivinho. Um coelhinho que está à frente do seu tempo.</p><p>eixos temáticos e conteúdos a serem abordados:</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Profissões;</p><p>• Páscoa;</p><p>• Escola;</p><p>• Regras da boa convivência e de etiquetas;</p><p>• Cidadania e justiça: cuidados e zelo dispensados aos animais</p><p>de estimação; valorização, respeito e admiração aos mais idosos;</p><p>• Cidadania: campanha na escola e na família para que</p><p>amem e cuidem dos animais;</p><p>• Família: relações parentais;</p><p>• A importância e a grandiosidade do amor ao próximo e</p><p>aos animais;</p><p>• Animais: espécies, características, habitat, modo de vida</p><p>(ficha técnica);</p><p>• Exploração de ingredientes de um doce;</p><p>• Satisfação em retribuir a atenção, os cuidados e o carinhos</p><p>das pessoas com as quais se relaciona;</p><p>• Experimentação de outros alimentos: doces (degustação);</p><p>• Pesquisa e construção de ficha informativa sobre os coelhos.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Desenvolvimento de atitudes de respeito e cooperação;</p><p>• Cidadania, ética, valores e regras de convívio social;</p><p>• Características físicas e pessoais;</p><p>• Regras de boa convivência, comportamento e de etiqueta;</p><p>• Data comemorativa: páscoa;</p><p>• Percepção de si mesmo e do outro, bem como às diferenças</p><p>(linguagem, etnia, cor, família...) e o reconhecimento do dever</p><p>em respeitá-las.</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Comunicação clara de ideias, críticas, comentários;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>237</p><p>• Importância do silêncio e da escuta;</p><p>• Participação em situações que envolvem a necessidade de</p><p>argumentar ideias e expor pontos de vista;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Compreensão de expressões da história lida;</p><p>•</p><p>se direciona. A linguagem em forma</p><p>de discursos é composta por enunciados que se estendem, des-</p><p>tinam-se a outrem, ou seja, a elaboração do discurso submete-</p><p>-se ao destinatário e, ao mesmo tempo, este é arrebatado pelas</p><p>palavras evocadas e pela resposta recebida. Nesse movimento,</p><p>temos a concepção dialógica da linguagem, em que todos os</p><p>enunciados se constituem no processo de comunicação.</p><p>Para Bakhtin (2006) há uma dialogização interna da pala-</p><p>vra em que é perpassada pela palavra do outro, o que ouvimos,</p><p>comentamos, silenciamos, expressamos está impregnado por</p><p>dizeres de outros. Para o autor, a centralidade e a organiza-</p><p>ção de toda a expressão provém da exterioridade, de modo que,</p><p>segundo Fiorin (2006, p. 19) “[...] todo discurso é ocupado,</p><p>atravessado pelo discurso alheio. O dialogismo são as relações</p><p>de sentido que se estabelecem entre dois enunciados”.</p><p>O dialogismo é compreendido tanto pela esfera de que</p><p>nossos enunciados estão envoltos de outros enunciados, como</p><p>também pela esfera da ação responsiva, por provocar, no inter-</p><p>locutor, uma resposta frente ao enunciado dado, como afirma</p><p>Bakhtin (2006, p. 300), por ser “[...] o elo na cadeia da comu-</p><p>nicação discursiva e não pode ser separado dos elos precedentes</p><p>que o determinam tanto de fora e quanto de dentro, gerando</p><p>nele atitudes responsivas e ressonâncias dialógicas”.</p><p>Assim, entendemos que o texto, verbal e não verbal, é uma</p><p>expressão da linguagem discursiva, por provocar no leitor uma</p><p>ação responsiva. Não ficamos alheios ao que lemos ou ao que</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>26</p><p>nos é lido, reagimos a essa leitura, seja de modo a compreendê-</p><p>-la, a apreciá-la ou a refutá-la.</p><p>Nessa perspectiva, a atividade de leitura ganha uma com-</p><p>preensão mais alargada quando vista como ação dialógica, por</p><p>“convocar o sujeito a tomar a sua palavra. Ter a palavra, possuir</p><p>voz é, antes de tudo, munir-se para fazer-se menos indecifrá-</p><p>vel”, segundo nos mostra Queirós (2012, p. 90). Trata-se de</p><p>uma conversa impulsionada pela expressividade, pelo espontâ-</p><p>neo, movida pelos dizeres do outro, que se volta para si mesmo</p><p>em busca de respostas, quando “[...] ler é cuidar-se, rompendo</p><p>com as grades do isolamento”, ao percorrer e aventurar-se com</p><p>e nas palavras alheias, sem anular-se, no “[...] evadir-se com o</p><p>outro sem, contudo, perder-se nas várias faces da palavra”. Por-</p><p>que a leitura como ação dialógica constitui-se no vai e vem do</p><p>outro para si mesmo, e vice-versa, num ato dinâmico e fluído,</p><p>não estático, mas instável, efêmero, em uma experiência única e</p><p>inusitada ao atribuir sentidos, pode-se perceber que “[...] ler é</p><p>encantar-se com as diferenças. Ler é deixar o coração no varal.</p><p>É desnudar-se diante do texto”. (QUEIRóS, 2012, p. 90).</p><p>Quando estamos diante de um texto, seja este oralizado, en-</p><p>cenado, declamado, impresso ou virtual, o leitor se entrega e</p><p>integra à narrativa, deixa-se envolver. É nessa cumplicidade que</p><p>Cosson (2014, p. 35) apresenta o ato de ler como momentos de</p><p>aproximação em busca de se “[...] produzir sentidos por meio</p><p>de um diálogo, uma conversa”. Um diálogo que se estabelece</p><p>com o texto, que, de forma inicial, pode até ser uma confabula-</p><p>ção conturbada, confusa, com ideias esparsas. Mas que, em um</p><p>segundo momento, quando a leitura é retomada, o diálogo se</p><p>consolida, por isso o ato de revisitar o lido é ressignificado pelo</p><p>leitor, visto que “[...] nele eu me encontro com o outro e travo</p><p>relações com ele por meio dos sinais inscritos em algum lugar</p><p>que é o objeto físico da leitura” (COSSON, 2014, p. 35).</p><p>No reencontro ou na releitura é que se estabelece um diá-</p><p>logo com o texto, uma relação entre o presente – o que se lê</p><p>– e o passado – o que fora lido, adquirido em experiências –</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>27</p><p>somam-se. Isso porque a compreensão decorre de uma ação</p><p>mais integrada entre as partes dos textos e entre momentos</p><p>diferentes em que se lê determinado texto, quando entendemos</p><p>que “[...] ler é dar sentido de conjunto, uma globalização e uma</p><p>articulação aos sentidos produzidos pelas sequências”, definida</p><p>por Goulemot (1996, p. 108).</p><p>Em um terceiro momento, a aproximação se materializa em</p><p>afetos, quando a leitura, em um diálogo com o passado ou com</p><p>as leituras passadas, cria vínculos, estabelece laços entre o leitor</p><p>e o material de leitura, o mundo que o cerca ou com outros lei-</p><p>tores, encerra Cosson (2014).</p><p>É nesse sentido que a leitura aproxima experiências, torna-</p><p>-se ato de compartilhamento, seja com as leituras anteriores,</p><p>seja com a exterioridade corporal. O “fora-do-texto”, conforme</p><p>descreve Goulemot (1996), pode trazer uma história tanto cole-</p><p>tiva quanto pessoal, compreendido como aquilo que nos consti-</p><p>tui, aquilo que nos conecta ao mundo atual, nos impulsionando</p><p>e agindo para além das palavras lidas.</p><p>Nesses movimentos, sugeridos por Cosson (2014), e na</p><p>expressividade do “fora-do-texto”, defendido por Goulemot</p><p>(1996), a leitura é compreendida como ação de construção</p><p>de sentidos do texto. Em que o que foi lido relaciona-se ao</p><p>contexto de produção. Assim, “não lemos o que queremos, mas</p><p>o que nos é dado a ler. Não lemos como queremos, mas como</p><p>nos é permitido ler”, ressalta Cosson (2014, p. 38), visto que a</p><p>questão não se resume em ler sozinho ou acompanhado, mas</p><p>em ler conforme as condições e possibilidades oferecidas ou</p><p>favorecidas pelo contexto histórico-social.</p><p>Uma história, muitas ideias: fonte inesgotável ao</p><p>(in)imaginável</p><p>Como vimos, a leitura pode ser compreendida como uma</p><p>atividade mais alargada do que simplesmente a decodificação</p><p>de signos gráficos, é vista como movimento intenso de produ-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>28</p><p>ção de sentidos (GOULEMOT, 1996). A partir da capacidade</p><p>de apreender o que está a sua volta, ressignificando palavras,</p><p>gestos, ações, imagens, signos, um olhar, uma postura, um sor-</p><p>riso, uma história, enfim, a criança atua e interatua com as</p><p>múltiplas linguagens que a cercam.</p><p>Atribuindo, dessa forma, “[...] a sua palavra”, diria Freire</p><p>(2001, p. 45), numa relação de curiosidade com e sobre os ob-</p><p>jetos dados ou a serem conhecidos, explorados e vivenciados,</p><p>em que a linguagem se mostra em imagens, situações, na posi-</p><p>ção do corpo, em olhares, num movimento interdiscursivo, con-</p><p>siderado, aqui, como um ato de leitura.</p><p>Assim, o ato de compreender o mundo é um processo ativo</p><p>(JOBIN; SOUSA, 1994), ou seja, uma forma de diálogo, é uma</p><p>leitura – como discutido na seção anterior – que se faz presente</p><p>em todas as atividades humanas. O que é possível observar na ex-</p><p>periência de leitura de mundo, realizada na infância, descrita por</p><p>Freire (1994, p. 14), em que relata que foi “[...] buscando a com-</p><p>preensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia,</p><p>permitiram-me repetir, re-crio, re-vivo, no texto que escrevo, a</p><p>experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra”.</p><p>De modo semelhante, Dominique Rateau (2015, p. 27), de-</p><p>fine que o ato de “[...] ler poderia ser, primeiramente, e sempre,</p><p>descobrir e interpretar o mundo! Ler em livros seria descobrir e</p><p>interpretar a representação que um artista faz do mundo. Atra-</p><p>vés de suas obras, os artistas nos acompanham em nosso modo</p><p>de olhar o mundo”. O autor compara o papel desempenhado</p><p>pelos autores de obras literárias com o papel da luneta astroló-</p><p>gica de Galileu, pelo esforço em mostrar algo, em que o ato de</p><p>ver apenas não é o suficiente, solicita um trabalhoso esforço,</p><p>empenho e dedicação, pois os sentidos são construídos, em que</p><p>“[..] o trabalho de leitura demanda engajamento na leitura, en-</p><p>gajamento em sua interpretação”.</p><p>As atividades de contação de histórias e de leitura</p><p>Produção de texto coletivo;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto;</p><p>• Observação, manuseio e leitura de materiais impressos: o</p><p>jornal e a revista;</p><p>• Audição e contação de histórias;</p><p>• Reconto de histórias;</p><p>• Identificação de sons finais de palavras;</p><p>• Escrita imitativa de letras, palavras e texto coletivo;</p><p>• Formação de palavras usando o alfabeto móvel a partis da</p><p>palavra COELhO;</p><p>• Palavras derivadas envolvendo o Lh;</p><p>• Noção de feminino e masculino;</p><p>• Narrativa, lista e biografia;</p><p>• Encenação;</p><p>• Leitura de imagem: capa, ilustrações da narrativa;</p><p>• Receitas, letra musical, ficha técnica e textos não verbais.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Contagem significativa e contextualizada;</p><p>• Classificação e comparação de quantidades;</p><p>• Noção de quantidade: mais que/menos que; maior que/</p><p>menor que; mesma quantidade;</p><p>• Medidas de grandeza: massa e volume;</p><p>• Noção de adição;</p><p>• Situações-problema significativas e contextualizadas en-</p><p>volvendo os conteúdos citados acima.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Canto;</p><p>• Expressão corporal;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>238</p><p>• Jogo Simbólico: o faz de conta;</p><p>• Percepção de estruturas rítmicas para expressão corporal;</p><p>• Desenvolvimento das habilidades cênicas e musicais</p><p>(cantos e cantigas infantis);</p><p>• Exposição oral de músicas infantis (cantos, cantigas).</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Criação e construção de formas plásticas e visuais;</p><p>• habilidades manuais: pintura, desenho, modelagem e</p><p>recortes;</p><p>• A Arte como expressão e comunicação dos indivíduos;</p><p>• Respeito e cuidado com os objetos produzidos individual-</p><p>mente e em grupo;</p><p>• Leitura e releitura de réplicas de obras de arte;</p><p>• Exposição das obras produzidas pelas crianças.</p><p>Atividades propostas:</p><p>✓ Listar profissões a partir da obra literária selecionada para</p><p>o dia. Discuta com as crianças sobre as profissões que seus pais</p><p>e ou responsáveis executam. Anote a lista sendo o(a) escriba</p><p>e integre essa conversação à obra literária “O coelho que não</p><p>era de Páscoa”: vocês viram, que existem inúmeras profissões?</p><p>Quantas vocês mencionaram? Vamos contá-las? Ah, mas na his-</p><p>tória que irei ler, hoje, não se espantem, existe apenas uma, a de</p><p>coelho de Páscoa. Será que nenhum outro coelho desejou nessa</p><p>história, ter ocupação diferente? Vamos descobrir o que, de fato,</p><p>aconteceu? Antes, porém, digam bem depressa: o que é Páscoa?</p><p>E por que o ovo é um símbolo da Páscoa? Ao complementar as</p><p>respostas dadas, leia a obra literária com gosto e satisfação. Ex-</p><p>plore, também, a capa, refira-se à biografia da autora e da ilus-</p><p>tradora para, só então, iniciar o momento tão esperado: a leitura.</p><p>✓ Interpretar a narrativa e ampliar o vocabulário. Ao finalizar</p><p>a leitura, discuta numa roda de conversa: quem era Vivinho; o</p><p>que ele fazia todos os dias; o que aprendia na escola; qual era a</p><p>profissão de todos os outros coelhos da sua família; por que seus</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>239</p><p>pais ficaram escandalizados; quem eram os amiguinhos dele;</p><p>qual era a profissão da sua melhor amiga, a abelhinha; se Vivinho</p><p>desistiu de aprender outra profissão que não, a de Páscoa; o que</p><p>aconteceu para que Vivinho pudesse mostrar suas habilidades de</p><p>doceiro; como os seus pais reagiram depois que descobriram a</p><p>outra vocação de Vivinho; qual foi a atitude dele diante dos pais</p><p>e se agiu corretamente. E as crianças, pensam em alguma profis-</p><p>são para exercê-la quando se tornarem um adulto(a). Prossiga,</p><p>refletindo sobre o vocabulário e as expressões da narrativa, obje-</p><p>tivando maior compreensão da obra. Transcreva, então, no qua-</p><p>dro, trechos da história que considera de difícil entendimento, e</p><p>esclareça-os: “A MÃE DE VIVINhO SE esCAndALiZoU”;</p><p>“ONDE É QUE VAMOS PARAR COM ESSA vAdiAção?”;</p><p>“OS PAIS DE VIVINhO SE ABorreCiAm”. Torne a consul-</p><p>tar a classe, se há algum outro trecho da história que não enten-</p><p>deu muito bem e esclareça-o.</p><p>✓ Formar palavras, descobrindo as letras que faltam. Num</p><p>cartazete, transcreva o trecho da narrativa, respectivo às ca-</p><p>racterísticas do coelho: VIVINhO ERA UM COELhINhO</p><p>BRANCO, REDONDO, FOFINhO. Leia e releia-o, destacan-</p><p>do as letras iniciais das palavras: V, C, B, R, F. Solicite, que</p><p>algumas crianças mostrem as letras no alfabetário e as regis-</p><p>trem no papel. Depois, apague as vogais e leia uma palavra</p><p>por vez, solicitando a turma que descubra o que está faltando,</p><p>desse modo: COELhO – C__ELh__. O QUE FALTA NESSA</p><p>PALAVRA, ALGUÉM PODE ME MOSTRAR E OU DIZER?</p><p>V__V__NhO. E, AGORA, QUAIS LETRAS ESTÃO FALTAN-</p><p>DO? E assim, sucessivamente: RED__ND__: F__FINh___.</p><p>✓ Descobrir características físicas e pessoais. Proponha ati-</p><p>vidade de leitura, escrita e identificação de letras, empregando a</p><p>mesma oração anterior. Inicie, escrevendo o seu nome no qua-</p><p>dro e, ao lado dele, anote algumas de suas características. Leia</p><p>e releia-as com a participação da classe, como no exemplo: MA-</p><p>RIA É UMA PROFESSORA AMOROSA, AMIGA, NEGRA.</p><p>Prossiga, registrando nomes de algumas crianças e, junto a eles,</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>240</p><p>as características apontadas por elas, como em: CELSO – ALE-</p><p>GRE, PEQUENO, GENTIL; MARIA – ESPERTA, BONITA,</p><p>MORENA. Mais uma vez, peça que identifiquem a letra inicial</p><p>de cada palavra, sublinhem, apontem-nas no alfabeto móvel e</p><p>registrem-nas no caderno. Complemente a atividade anterior,</p><p>escrevendo somente palavras iniciadas pela letra C, com a co-</p><p>laboração de todos(as). Realize a leitura e solicite a escrita das</p><p>mesmas no caderno. Continue promovendo propostas diversi-</p><p>ficadas com as demais letras que formam a palavra COELhO.</p><p>Retome a galeria de nomes para que, as crianças destaquem</p><p>todos os nomes que iniciam com a letra C.</p><p>✓ Explorar o som final da palavra COELhO. Liste e leia</p><p>com a turma e peça anotações, no caderno, por meio da escri-</p><p>ta imitativa, de palavras que possuam o som final LhO, como</p><p>em: OLhO, MOLhO, FILhO, VELhO, MILhO, PIOLhO,</p><p>GALhO, JOELhO, REPOLhO. Continue o trabalho com o</p><p>Lh em palavras derivadas, como nas palavras que seguem:</p><p>ABELhA, ABELhUDO; ORELhA, ORELhUDO; TELhA,</p><p>TELhADO; MALhA, MALhADA; BILhETE, BILhETERIA.</p><p>✓ Confeccionar obras de arte sobre a Páscoa. Anuncie que</p><p>cada criança é um artista mirim e suscite o desejo de trabalhar e</p><p>manipular diversos materiais propondo a representação da Pás-</p><p>coa, de acordo com os saberes de cada uma e das discussões e</p><p>aprendizado do dia. Organize um espaço agradável disponibili-</p><p>zando material diversificado, incluindo revistas e outros suportes</p><p>para recorte e colagem. A produção mirim poderá ser desenhada</p><p>e ou ilustrada com imagem e gravuras, ficando ao gosto e a cri-</p><p>tério do artista. Esse momento é de pura criatividade e inventi-</p><p>vidade, por isso não apresente nenhum modelo, possibilitando,</p><p>de fato, plena liberdade expressiva. Exponha as obras no varal</p><p>da sala. Logo depois, mostre à criançada réplicas de telas que</p><p>trazem o coelho como protagonista da obra e passe-as de mão</p><p>em mão para análise, crítica e apreciação.</p><p>✓ Vivenciar cidadania. Promova escrita imitativa a partir da</p><p>palavra PAI e MÃE. Explore, inicialmente as palavras oriundas</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>241</p><p>da palavra AVÔ, que são apresentadas na obra literária: BISA-</p><p>VÔ, TRISAVÔ, TETRAVÔ, solicitando às crianças, a formação</p><p>dessas palavras com o alfabeto móvel, a identificação dos sons</p><p>finais e a escrita das mesmas no papel. Comente a relação pa-</p><p>rental que existe na família de Vivinho e, nas da turma, também:</p><p>PAI, AVÔ, BISAVÔ, TRISAVÔ E TETRAVÔ. Aproveite, con-</p><p>sulte e descubra se há alguém, na sala, que conviva, ainda, com</p><p>um deles, principalmente, o bisavô e o trisavô. Escreva a palavra</p><p>MÃE, e, faça o mesmo trabalho com as palavras, envolvendo o</p><p>parentesco: BISAVó, TRISAVó,</p><p>literária</p><p>são movidas e promovidas por ações em que o ato de “[...]</p><p>compreender a enunciação de outra pessoa requer uma orien-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>29</p><p>tação específica do ouvinte em relação a ela; além disso, é pre-</p><p>ciso que o interlocutor encontre o lugar dessa enunciação no</p><p>contexto de suas significações anteriores”, conforme ressalta</p><p>Jobin e Souza (1994, p. 108).</p><p>Quando Lobo e Goulart (2017) apresentam uma pesquisa</p><p>com professores alfabetizadores numa discussão sobre os</p><p>projetos de leitura literária, desenvolvidos nas escolas públicas,</p><p>trazem uma ponderação a respeito das ações e das relações</p><p>construídas para a execução de cada projeto. Apontam que as</p><p>ações docentes estão repletas de marcas da intencionalidade</p><p>pedagógica, em que há um esforço, também, em saber o que</p><p>ler e como ler, por isso as atividades são pensadas, planejadas</p><p>e desenvolvidas, com a finalidade de uma aproximação entre</p><p>crianças e o mundo imaginário.</p><p>Na pesquisa, Lobo e Goulart (2017), percebem que nos</p><p>enunciados dos professores estão presentes preocupações</p><p>de como, o que, quem e onde se realizam as atividades de</p><p>leitura; aparecem nas falas dos docentes inquietações, tanto</p><p>em relação ao processo de elaboração e planejamento, quanto</p><p>aos interesses dos alunos, aos materiais de leitura que serão</p><p>utilizados; indicam um professor-leitor atento e envolvido com</p><p>o processo de formação da leitura literária, que se caracteriza</p><p>pela singularidade de percepções.</p><p>O estudo realizado pelas autoras sinaliza que a centralidade</p><p>das propostas de contação de histórias e da leitura literária</p><p>está na (re)configuração do aluno-leitor, mas que, ao mesmo</p><p>tempo, o protagonismo do professor-leitor é determinante</p><p>na articulação entre a arte narrativa e seus interlocutores.</p><p>Isso pelo fato de que o ato de ler insere tanto o aluno-leitor,</p><p>quanto professor-leitor na arte de criar, haja vista que “[...]</p><p>todo ato criador é cheio de infância” (QUEIRóS, 2012, p. 66),</p><p>mesmo para os adultos que assumem a criança interior na arte</p><p>narrativa. Porque “[...] ler é fazer-se ler e dar-se a ler”, como</p><p>descreve Goulemot (1996, p. 116). A infância se estabelece por</p><p>apresentar elementos, como a espontaneidade, a fantasia e a</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>30</p><p>inventividade, o que coloca a criança e o adulto em inteira e</p><p>intensa relação com a arte, (LOBO; GOULART, 2017).</p><p>Desse modo, temos a literatura como arte cativante, envolven-</p><p>te e disparadora de ações, ao produzir um efeito estético e gratuito</p><p>que induz a atenção, o envolvimento de seus interlocutores, con-</p><p>sentindo o adentrar-se, o interagir e o compartilhar uma experiên-</p><p>cia com o jogo de palavras que lhe são oferecidas, sejam elas lidas,</p><p>encenadas, oralizadas ou silenciadas. (COLOMER, 2005).</p><p>Para Colomer (2001), da capacidade da literatura para</p><p>conduzir uma descoberta, uma produção dos sentidos de uma</p><p>dada realidade, por meio da linguagem, sobressaem-se qualida-</p><p>des formativas no sujeito, descritas pela autora como estéticas,</p><p>cognitivas, afetivas, linguísticas, etc. Além da inserção, da apro-</p><p>priação de uma cultura social e de um imaginário social que é</p><p>construído e compartilhado em textos verbais e não verbais.</p><p>Para Colomer (2001), esse aspecto formativo da literatu-</p><p>ra deve conduzir, direcionar as ações educativas e práticas pe-</p><p>dagógicas nas instituições escolares. A objetivação do trabalho</p><p>educativo com a leitura para crianças pode ser pensado a partir</p><p>de três aspectos referentes à literatura: o primeiro, pela capaci-</p><p>dade de formação da pessoa que oferece, uma formação que é</p><p>indissociável “[...] a la construcción de la sociabilidad y realiza-</p><p>da a través de la confrontación con textos que explicitan la for-</p><p>ma en la que las generaciones anteriores y las contemporáneas</p><p>han abordado y abordan la valoración de la actividad humana a</p><p>través del lenguaje” (COLOMER, 2001, p. 4).</p><p>Em segundo, pela capacidade de estabelecer relações e de</p><p>confrontar, entre uma diversidade de textos literários, situações</p><p>variadas, no enredo das histórias, que propiciam às crianças-lei-</p><p>toras uma possibilidade de aproximação da diversidade social</p><p>e cultural, de refletir sobre questões ainda complexas a serem</p><p>– ou já – vivenciadas, questões de ordem filosófica, de ordem</p><p>moral, cultural, religiosa, etc. E em terceiro, pela capacidade de</p><p>formação da compreensão linguística textual, ou seja, o conta-</p><p>to com a leitura literária aproxima de práticas de uma cultura</p><p>material escrita, das complexidades que envolvem o texto escri-</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>31</p><p>to, sua estrutura textual, conectivos utilizados, contato com as</p><p>características de determinados gêneros discursivos e textuais.</p><p>Sem dúvida, os primeiros contatos com a literatura se con-</p><p>figuram, em sua maior parte, pela oralidade, guiada pela voz</p><p>narradora ou leitora que a embala e a conduz, pois “[...] a leitu-</p><p>ra se desenrola sobre o pano de fundo do barulho de voz que a</p><p>impregna”, segundo descreve Zumthor (2014, p. 60).</p><p>Da voz, tem-se sua materialização, o que nos direciona aos</p><p>gestos e à ação do corpo, à performance, que para Zumphor</p><p>(2014), torna-se a concretização do ato de leitura, situa num con-</p><p>texto, exige compreensão, assume uma conduta autoral e de alte-</p><p>ridade, pois comunica e deixa as marcas da singularidade, afeta.</p><p>Outro contato com literatura se dá pela recepção de his-</p><p>tórias visuais em aplicativos de contação de histórias, uma li-</p><p>teratura infantil digital em ascendência, conforme demonstra a</p><p>pesquisa de Laudares (2018). Contudo, os livros impressos de</p><p>literatura infantil ainda são uma revelação na produção edito-</p><p>rial, que atraem crianças ainda bem pequenas.</p><p>Segundo Colomer (2005, p. 204), a leitura de livros de li-</p><p>teratura pode ser compreendida pela função que exerce: a pri-</p><p>meira por permitir à criança o adentrar ao imaginário social,</p><p>visto que “[...] estas imágenes, temas y motivos literarios per-</p><p>miten que los indivíduos puedan utilizarlos para dar forma a</p><p>sus sueños, encarrilar sus pulsiones o adoptar diferentes pers-</p><p>pectivas sobre la realidad”.</p><p>A segunda função da literatura, para a autora, é a apresenta-</p><p>ção e a possibilidade da aprendizagem de modelos de narrativas</p><p>literárias, pois quando “[...] los niños inmersos en un entorno</p><p>literariamente estimulante progresan mucho más rápidamente</p><p>en el dominio de las diferentes posibilidades de estructurar una</p><p>narración o el ritmo de unos versos, en las expectativas sobre</p><p>lo que se puede esperar de los diferentes tipos de personajes”.</p><p>Colomer (COLOMER, 2005, p. 205).</p><p>Uma terceira função da literatura descrita por Colomer</p><p>(2005, p. 206) consiste no diálogo que se propicia entre a rea-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>32</p><p>lidade social e a criança, que busca diminuir as distâncias en-</p><p>tre a complexidade do real e a capacidade de compreensão dos</p><p>pequenos, em diferentes tempos “[...] la literatura ha cumplido</p><p>esta función socializadora simplemente porque habla y reflexio-</p><p>na sobre los humanos, es decir, porque nos permite ver con</p><p>los ojos de los demás y desde perspectivas distintas cómo pue-</p><p>den sentirse las personas, la forma en que valoran los sucesos,</p><p>los recursos con los que se enfrentan a sus problemas o lo que</p><p>significa seguir las normas y las consecuencias de trasgredirlas</p><p>según las variables de cada situación”.</p><p>A partir dessa abordagem da leitura literária descrita por</p><p>Colomer (2005), podemos perceber o quanto as atividades de</p><p>mediação da leitura e de propostas de contação de histórias</p><p>tornam-se uma tônica para o cotidiano escolar, de modo espe-</p><p>cífico, para a educação infantil.</p><p>Em estudos anteriores, sobre a leitura e escrita na</p><p>educação</p><p>infantil, Goulart (2015, p. 59) apresenta uma discussão sobre o</p><p>trabalho pedagógico, na perspectiva dos letramentos, e descreve</p><p>que as atividades de ler e escrever envolvem a criação de</p><p>espaços em que as linguagens estão em articulação e conexão,</p><p>denominados pela autora de espaço de expressividade, de</p><p>convivência e interatividade e de práticas de letramentos. Esses</p><p>espaços se configuram em formas diversas de manifestação,</p><p>que “[...] possibilitam a construção da identidade do sujeito,</p><p>da percepção enquanto um ser social, por meio de um processo</p><p>dialógico, interativo e interdiscursivo” (GOULART, 2015,</p><p>p. 59). Para a autora, propiciar a vivência desses espaços, na</p><p>educação infantil, é integrar a criança na própria cultura letrada.</p><p>Nessa perspectiva, o que temos é um delineamento da leitura</p><p>literária na educação infantil para além de uma leitura deleite.</p><p>Para isso, vale destacar que a prática formativa não pode resumir-</p><p>se, apenas, como atividade de descanso, de complemento a um</p><p>tempo vago ou tempo de ociosidade – o que não a impede de</p><p>ser um momento de fruição – mas não se abrevia a isso. Por ser</p><p>formativa, aciona capacidades da potencialidade da linguagem,</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>33</p><p>da expressividade, da afetividade e da criação imaginária. Com</p><p>isso, tem-se o papel do professor contador e mediador da</p><p>leitura como determinante, visto que “[...] a literatura exige do</p><p>leitor uma mudança, uma transferência movida pela emoção.</p><p>Não importa o que o autor diz, mas o que o leitor ultrapassa.</p><p>E a literatura é feita de palavras, e é necessário um projeto</p><p>de educação capaz de despertar o sujeito para o encanto das</p><p>palavras”. (QUEIRóS, 2012, p. 67).</p><p>da contação de histórias aos mediadores da leitura: um</p><p>ponto de exclamação!</p><p>A definição de leitura se adjetiva como desafiante, quase in-</p><p>decifrável, talvez por razões da imprecisão: em que o texto traz</p><p>como marca constitutiva o fato de ser plural, não somente por</p><p>carregar em si a característica da polissemia, mas por realizar</p><p>o próprio plural dos sentidos, segundo Barthes (2004, p. 70),</p><p>“[...] não é coexistência de sentidos, mas passagem, travessia;</p><p>não pode, pois, depender-se de uma interpretação, ainda que</p><p>liberal, mas de uma explosão, de uma disseminação”.</p><p>Assim, nessa travessia de sentidos múltiplos, intentamos</p><p>descrever uma concepção de leitura como processo dialógi-</p><p>co, porque, ao ler, nos inserimos no texto, nos apropriamos</p><p>e criamos algo para além do escrito, visto ou ouvido, pois a</p><p>leitura pode ser compreendida como um jogo, em que o leitor</p><p>tenta seguir as regras impostas, mas acaba por criar outras,</p><p>quando a leitura permite convocar o sujeito a tomar sua pró-</p><p>pria palavra. (QUEIRóS, 2012).</p><p>Possibilitar que cada leitor assuma sua própria palavra frente</p><p>ao lido é processo constante na atuação de um professor-leitor.</p><p>Esse é um aspecto que descrevo como o ponto de exclamação</p><p>para as atividades de leitura literária e de contação de histórias</p><p>na educação infantil. Porque, ao considerarmos que o ato de ler</p><p>exige uma mudança, um posicionamento do leitor, preciso des-</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>34</p><p>tacar que o primeiro leitor de qualquer texto a ser oferecido às</p><p>crianças nas instituições escolares, é o próprio professor.</p><p>Pelas ações e motivações para a leitura direcionadas pelo</p><p>professor-leitor é possível atingir outro ponto a ser exclamado:</p><p>os projetos de leitura. Vistos, aqui, como ações que precisam</p><p>ser pensadas num movimento que revitalize a obra, devido à</p><p>singularidade das percepções, à intencionalidade pedagógica, à</p><p>relação construída entre os sujeitos leitores e a obra literária, e</p><p>entre sujeitos-leitores e os narradores-contadores. Considera-</p><p>mos, dessa forma, que o revitalizar de uma obra literária, deve</p><p>promover uma aventura ao fantástico, ao encantamento pro-</p><p>vocado pela leitura, a partir do qual o sujeito-leitor se constrói</p><p>como sujeito social, cultural e histórico.</p><p>Outra exclamação está no ponto de vista da fruição decor-</p><p>rente de práticas espontâneas da leitura, que tem no professor-</p><p>-leitor ou no aluno-leitor, sua culminância. A fruição implica,</p><p>irremediavelmente, a presença do outro. Independentemente de</p><p>ser este outro uma instituição, uma pessoa mediadora da leitura</p><p>literária ou contadora de histórias.</p><p>Desse modo, tem-se, na exclamação, ações determinantes</p><p>que partem desde a escolha da obra, do local, do momento, do</p><p>texto a ser encenado, da palavra a ser pronunciada, a leitura</p><p>como performance – palavra em movimento – ações demarca-</p><p>das em primeira instância por um professor-leitor.</p><p>A leitura realizada em forma dialógica pelo professor-leitor é</p><p>capaz de encontrar respostas às questões impostas a esse texto:</p><p>o que ler? Como ler? Por que ler para crianças pequenas? Ou</p><p>de evocar outras tantas questões ainda por serem pensadas.</p><p>Porque a leitura emana da sensibilidade leitora, da capacidade</p><p>criativa e inventiva do ser humano. Quando lemos, também nos</p><p>colocamos à leitura, transitamos da autoria à arte leitora, pois</p><p>o protagonismo encontra-se nos dois lados do palco, tanto no</p><p>artista que encena quanto na plateia que aplaude, somos atores na</p><p>atividade de leitura. Isso decorre da ação dialógica, dos sentidos</p><p>produzidos e da mudança impulsionada pela compreensão do</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>35</p><p>lido, da mudança de concepção, de olhares, de posição, de tons e</p><p>de vestes, quando “[...] cada palavra remete o leitor ou o ouvinte</p><p>para além de si mesma”. (QUEIRóS, 2012, p. 68).</p><p>referências</p><p>BAkhTIN, Mikhail. marxismo e filosofia da linguagem. Tradução</p><p>Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 10. ed. São Paulo: hucitec, 2012.</p><p>______. estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. 4. ed.</p><p>São Paulo: Martins Fontes, 2006.</p><p>BARThES, Roland. o rumor da língua. Tradução Mario Laranjeira.</p><p>2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p. 462.</p><p>CERTEAU, Michel. A invenção do Cotidiano. Artes de fazer. Tradução</p><p>Ephraim Ferreira. Petrópolis: Vozes, 2007.</p><p>ChARTIER, Roger (org.). práticas da leitura. Tradução Cristiane</p><p>Nascimento. São Paulo: Estação da Liberdade, 1996.</p><p>COLOMER, T. El desenlace de los cuentos como ejemplo de las</p><p>funciones de la literatura infantil y juvenil. revista de educación,</p><p>núm. Extraordinário, p. 203-216, 2005.</p><p>______. La ensinanza de la literatura como producion del sentido.</p><p>periodico Lectura y vida. año 22, n.1, p. 1-22, 2001.</p><p>COSSON, R. Círculos de leitura e letramento literário. São Paulo:</p><p>Contexto, 2014.</p><p>FREIRE, Paulo. o ato de ler. São Paulo: Cortez, 2001.</p><p>GERALDI, João Wanderley. O texto nos processos de aquisição da</p><p>escrita. revista Brasileira de Alfabetização. ABAlf, Vitória, ES, vol.,</p><p>n. 5, p. 152-162, jan./jun. 2017.</p><p>GOULART, Ilsa do Carmo Vieira. Para além das palavras: espaços</p><p>de inclusão da criança na cultura letrada. revista Brasileira de</p><p>Alfabetização, ABAlf, Vitória, vol. 1, n. 2, p. 48-62, jul./dez. 2015.</p><p>GOULEMOT, Jean Marie. Da leitura como produção de sentidos. In:</p><p>ChARTIER, Roger (org.). práticas da leitura. São Paulo: Estação da</p><p>Liberdade, 1996. 107-116p.</p><p>JOBIM E SOUZA, Solange. infância e linguagem: Bakhtin, Vygotsky</p><p>e Benjamim. Campinas: Papirus, 1994.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>36</p><p>LAUDARES, Ellen Maira Alcântara. Literatura infantil digital: um</p><p>estudo dos aplicativos de contação de histórias. 2018. 118f. Dissertação</p><p>(Mestrado em Educação). Programa de Pós-graduação em Educação.</p><p>Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2018.</p><p>LOBO, Dalva de Souza; GOULART, Ilsa do Carmo Vieira. O leitor e a</p><p>leitura literária: do projeto à fruição. In: GOULART, I. C. V.; MASIERO,</p><p>M. das D. S.; CARVALhO, S. A. S. de. Leitura, escrita</p><p>e Alfabetização:</p><p>a pluralidade das práticas. Campinas: Leitura Crítica, 2017.</p><p>MAChADO, Regina. Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte</p><p>de contar histórias. São Paulo: DCL, 2004.</p><p>QUEIRóS, Bartolomeu Campos de. sobre ler, escrever e outros</p><p>diálogos. Belo horizonte: Autêntica, 2012.</p><p>RATEAU, Dominique. Ler com crianças pequenas. BATISTA, Monica</p><p>Correia; et al., (org.). Literatura na educação infantil: acervos,</p><p>espaços e mediações. Brasília: MEC, 2015. 13-30 p.</p><p>SISTO, Celso. textos e pretextos sobre a arte de contar histórias. 3.</p><p>Ed. Belo horizonte, 2012.</p><p>ZUMThOR, Paul. performance, recepção e leitura. Tradução Jerusa</p><p>Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo: Cosac Naify, 2014.</p><p>37</p><p>2. propoStAS pedAgógiCAS Com</p><p>CriAnçAS de 3 AnoS</p><p>A gAlinhA ruivA e As delíciAs do milho!</p><p>Autora: Elsa Fiúza</p><p>obra literária: A Galinha Ruiva</p><p>sinopse</p><p>O que acontece quando uma galinha encontra um grão de</p><p>milho na fazenda onde mora? Uma história cheia de delícias,</p><p>uma galinha cozinheira, trabalhadeira e com amigos muito</p><p>preguiçosos, que aprendem uma grande lição para nunca</p><p>mais dizerem não.</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>√ Linguagem Oral e Escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Nomeação e descrição de objetos, pessoas, fotografias,</p><p>gravuras;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulações de con-</p><p>clusões respectivas ao que se vê e ouve;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>38</p><p>• Aquisição e ampliação de vocabulário;</p><p>• Audição, contação e reconto de histórias;</p><p>• Apreciação e localização de fontes sonoras “lendo”, de</p><p>modo próprio, as letras do alfabeto, listas de nomes;</p><p>• Percepção de situações nas quais se faz necessário o uso</p><p>da leitura e da escrita, tais como, confecção de um alimento,</p><p>ficha técnica, etc.;</p><p>• Coordenação motora fina: rabiscos, desenhos, composição</p><p>de álbuns com figuras de animais, ilustrações de textos lidos por</p><p>meio de gravuras/figuras...;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros como histórias, receitas, ficha técnica,</p><p>rótulos;</p><p>• Observação e identificação de imagens diversas;</p><p>• Representação da escrita por rabiscos, garatujas, desenhos,</p><p>(o(a) professor(a) descreve a representação das palavras e letras</p><p>escritas por cada criança).</p><p>✓ matemática:</p><p>• Cores primárias;</p><p>• Noções de medidas e grandezas;</p><p>• Leitura, reconhecimento e experimentação da escrita</p><p>(escrita não convencional dos números);</p><p>• Correspondência de quantidade e numeral;</p><p>• Sistematização empregando os registros não convencionais</p><p>(riscos, traços, desenhos);</p><p>• Contagem de materiais concretos;</p><p>• Situações-problema: noção de mais (adição) e menos</p><p>(subtração) em situações concretas e mais significativas e reais;</p><p>• Leitura e interpretação de gráficos.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Alimentação saudável;</p><p>• higienização dos alimentos;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>39</p><p>• A vida dos animais da fazenda;</p><p>• Aprendendo e conhecendo a cultura local: o milho;</p><p>• Exploração e manuseio de alimentos.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Exploração de diferentes posturas corporais;</p><p>• Exploração de sensações e ritmos corporais por meio de</p><p>gestos, mímicas, posturas, da linguagem oral e da dança;</p><p>• Jogos Simbólicos: o faz de conta e jogos imitativos;</p><p>• Movimento e o ritmo;</p><p>• Movimentos livres e coordenados;</p><p>• Jogos e brincadeiras, envolvendo o movimento corporal,</p><p>brincadeira dirigida;</p><p>• Dança;</p><p>• Audição e canto de músicas infantis.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Criação espontânea e direcionada: rabiscar, desenhar, co-</p><p>lori e pintar;</p><p>• Cores;</p><p>• Ilustração;</p><p>• Apreciação da obra “Os Girassóis”, de Van Gogh;</p><p>• Releitura de imagem: obra de arte de Van Gogh.</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Comunicação e interação nas brincadeiras;</p><p>• Participação ativa em brincadeiras de imitação, de dança,</p><p>de dramatização, de contação e reconto de história;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras;</p><p>• Organização e proposição de jogos e brincadeiras, bem</p><p>como participar ativamente.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>40</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Ornamentar a sala, fazendo referência à história que será</p><p>contada. Prepare o ambiente com figuras dos personagens da</p><p>história e uma bela caixa com o livro a ser trabalhado, dentro.</p><p>✓ Promover uma roda de conversa para falar sobre os per-</p><p>sonagens que estão na sala: quem são esses personagens? De</p><p>onde será que eles vêm? Será que estão em alguma história que</p><p>vocês conhecem? O que será que tem dentro desta caixa?</p><p>✓ Fazer a contação da história proposta, usando como re-</p><p>curso: varas, fantoches, dedoches e, até mesmo, as crianças.</p><p>✓ Dramatizar a história com as crianças, fazendo votação</p><p>para escolha do personagem de cada um e, depois, fazendo</p><p>trocas do personagem.</p><p>✓ Experimentar a escrita do nome do personagem escolhi-</p><p>do pela criança. (Professor(a), deixe a criança escrever, ao seu</p><p>modo, o nome do seu personagem).</p><p>✓ Refletir sobre a história, levantando alguns pontos im-</p><p>portantes com as crianças: quais os personagens da história?</p><p>Onde a história se passa? Quem era a Galinha Ruiva? O que</p><p>a Galinha Ruiva queria muito fazer? Será que o bolo feito por</p><p>ela ficou gostoso? De que era feito o bolo? De onde vem o</p><p>milho? É fácil fazer todo o trabalho da Galinha Ruiva sozinho?</p><p>Por que os outros animais não quiseram ajudá-la? E você aju-</p><p>daria a Galinha Ruiva? Você acha que a atitude dos amigos</p><p>da Galinha Ruiva foi bacana? É importante ajudar os amigos?</p><p>Você já ajudou um amigo? Dialogue com as crianças sobre a</p><p>importância de ajudar um amigo.</p><p>✓ Propor uma atividade com a cantiga popular “A Galinha</p><p>do Vizinho”. Confeccione um cartaz com as crianças. Explo-</p><p>re os numerais, pedindo para que elas, em grupo, montem o</p><p>cartaz fazendo a relação de quantidade e numeral. Considere</p><p>as hipóteses elaboradas pelas crianças, fazendo as intervenções</p><p>necessárias de forma tranquila.</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>41</p><p>FigUrA 1</p><p>A gALinhA do viZinho</p><p>Fonte: Acervo pessoal dos autores.</p><p>✓ Explorar a escrita do cartaz, circulando a palavra GA-</p><p>LINhA. Nesse momento, reveja, com as crianças, a galeria de</p><p>nomes para verificar se o nome de algum colega começa com a</p><p>mesma letra da palavra GALINhA.</p><p>✓ Trabalhar a cor amarela, listando tudo o que a criança co-</p><p>nhece que tem a cor citada. Leve uma caixa surpresa para sala</p><p>com imagens, objetos que tenham a cor amarela, inclusive o grão</p><p>de milho encontrado pela galinha. Faça um passeio pela unidade</p><p>escolar, identificando o que a turma vê e possui a cor amarela.</p><p>Peça-lhes que desenhem, de forma livre, o que viram no passeio.</p><p>✓ Apresentar a obra de arte “OS GIRASSóIS” de Vicente</p><p>Van Gogh. Leve para sala uma flor de girassol e converse com</p><p>as crianças se conhecem uma, e se há semelhança entre a flor</p><p>e a obra de Van Gogh. Explore-a com as crianças – cor pre-</p><p>dominante. Faça a releitura da obra com elas. (Professor(a), a</p><p>releitura pode ser feita individual ou coletiva.).</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>42</p><p>✓ Refletir com as crianças: qual a cor dos grãos de milho?</p><p>Qual a cor do girassol da fazenda? E o bolo de milho de que cor é?</p><p>✓ Trabalhar a receita do bolo de milho. Apresente um cartaz</p><p>com a receita escrita. Prepare o bolo, junto às crianças, fazendo</p><p>a leitura da receita e explorando as unidades de medida. Deixe</p><p>a criança ser protagonista da ação, permita que ela coloque a</p><p>mão na “massa”. Realize um piquenique, incentivando todos a</p><p>comerem o bolo de milho. Promova uma roda</p><p>de conversa so-</p><p>bre outros alimentos derivados do milho, reforçando que nossa</p><p>região é forte no que diz respeito à produção de milho.</p><p>✓ Construir um gráfico com o tema “ALIMENTO PREFE-</p><p>RIDO DERIVADO DO MILhO”. Estimule as crianças a fala-</p><p>rem sobre suas preferências, pode ser por meio de desenho e,</p><p>depois, experimentação da escrita. Escreva a lista convencio-</p><p>nalmente, ressalte também, nesse momento, a primeira letra de</p><p>cada palavra buscando-a na galeria de nomes. Utilize tampinhas</p><p>de PET na confecção do gráfico. Em um cartaz, junto com as</p><p>crianças, cole uma tampinha para cada voto. Explore o gráfico</p><p>refletindo: qual alimento preferido da turma? Qual recebeu me-</p><p>nos votos? Quantos votos o campeão teve a mais que o menos</p><p>votado? Solicite que as crianças façam a experimentação da es-</p><p>crita dos numerais apresentados no gráfico.</p><p>✓ Explorar os animais que aparecem na história. Cante e</p><p>brinque com a música do “Seu Lobato”. Leve a música escrita</p><p>em cartaz. Destaque, com as crianças, quais animais da música</p><p>também aparecem na história. Peça-lhes que escrevam, ao seu</p><p>modo, o nome dos animais e explore a primeira letra, conte quan-</p><p>tas letras tem, qual nome possui mais letras e o que possui menos.</p><p>✓ Brincar de Ciranda dos Bichos da Palavra Cantada – em</p><p>roda, as crianças cantam a canção e imitam os animais citados</p><p>na música. (Professor(a), inserir, na letra da música, os animais</p><p>da história da Galinha Ruiva).</p><p>✓ Confeccionar ficha técnica de um dos animais da história</p><p>“Galinha Ruiva” junto às crianças. Peça-lhes que recortem, de</p><p>jornais e/ou revistas, imagens do animal eleito. Faça a escrita da</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>43</p><p>ficha técnica junto a elas – texto coletivo. Chame a atenção das</p><p>crianças para a primeira letra do nome desse animal. Solicite</p><p>que elas observem se, na galeria de nomes, há alguma criança</p><p>cujo nome também inicia com essa letra.</p><p>✓ Realizar a festa do milho. Peça a colaboração dos pais e</p><p>responsáveis para que cada um leve um prato derivado do mi-</p><p>lho. Promova apresentações artísticas durante a festa do milho.</p><p>Divida a turma em grupos, cada grupo fará uma apresentação,</p><p>pode-se apresentar a história “Galinha Ruiva”, a música “Seu</p><p>Lobato” e a brincadeira “Ciranda dos Bichos”.</p><p>referências</p><p>CIRANDA DOS BIChOS. Disponível em: <http://bit.ly/2kxqQAd>.</p><p>Acesso em: 25 jan. 2018.</p><p>FIÚZA, Elza. A galinha ruiva. São Paulo: Editora Moderna, 2014.</p><p>sugestões de leitura</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; LOPEZ, María Emilia; ALMEIRA JU-</p><p>NIOR, José Simões de. Bebetecas nas instituições de educação infan-</p><p>til: espaços do livro e da leitura para crianças menores de seis anos.</p><p>educação em Foco, Juiz de Fora, v. 19, p. 107-123, 2016.</p><p>BAPTISTA, Mônica Correia; NEVES, Vanessa Ferraz Almeida; NU-</p><p>NES, Maria Fernanda Rezende; BARRETO, Angela Maria Rabelo</p><p>Ferreira; CORSINO, Patrícia; COELhO, Rita de Cássia Freitas</p><p>(orgs.). ser docente na educação infantil: entre o ensinar e o apren-</p><p>der. Brasília: MEC/SEB, 2016.</p><p>Esse livro é o caderno 1, de 8 volumes que compõem o Projeto Leitura</p><p>e Escrita na Educação Infantil. Todos os volumes podem ser acessados</p><p>pelo link: <http://bit.ly/2IXZAWb>.</p><p>GLOSSÁRIO CEALE. Disponível em: <http://bit.ly/2LGQajN>.</p><p>Acesso em: 01 fev. 2018.</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; SOUZA, Marta Lima de (orgs.).</p><p>Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais.</p><p>Campinas: Papirus, 2015.</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>44</p><p>GOULART, Cecilia Maria Aldigueri; WILSON, Victoria (orgs.).</p><p>Aprender a escrita, aprender com a escrita. São Paulo: Summus, 2013.</p><p>SMOLkA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita:</p><p>a alfabetização como processo discursivo. Campinas: Cortez, 2008.</p><p>o mundo mágico dos três porquinhos: A</p><p>Arte de se expressAr!</p><p>obra literária: Os três Porquinhos</p><p>sinopse</p><p>Em uma família, o que mais predomina é a diferença. E, nessa</p><p>família de porquinhos, não é diferente. Os três porquinhos é</p><p>uma história que retrata bem a individualidade, as características</p><p>e as consequências das escolhas de cada um. Uma história</p><p>envolvente, com abordagem sobre preguiça, coragem, trabalho,</p><p>amizade e companheirismo. Vamos conhecê-la?</p><p>eixos temáticos e os conteúdos abordados:</p><p>✓ Linguagem oral e escrita:</p><p>• Conversação, comunicação e narração de vivências;</p><p>• Participação em atividades que envolvem leitura de canções;</p><p>• Visualização e identificação do alfabeto;</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>45</p><p>• Tentativa e experimentação da escrita das letras e do seu</p><p>nome;</p><p>• Reconhecimento da escrita do próprio nome dentre vários;</p><p>• Participação em situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros;</p><p>• Participação em situações cotidianas nas quais o educador</p><p>utiliza a escrita de maneira contextualizada;</p><p>• Expressão de ideias e opiniões;</p><p>• Interação comunicativa nas diversas situações do cotidiano;</p><p>• Percepção da leitura como fonte de informação,</p><p>entretenimento e prazer;</p><p>• Aquisição e ampliação do vocabulário;</p><p>• Elaboração de perguntas, críticas e formulação de conclu-</p><p>sões respectivas ao que se vê, toca, analisa, observa;</p><p>• Leitura e dramatização de contos;</p><p>• Participação nas situações em que os adultos leem textos</p><p>de diferentes gêneros, como contos;</p><p>• Leitura de imagens como fonte de comunicação e expressão</p><p>de ideias;</p><p>• Interpretação de narrativas;</p><p>• Criação de textos orais a partir de uma obra literária e</p><p>registro pelo adulto (escriba).</p><p>✓ identidade e Autonomia:</p><p>• Vínculo afetivo;</p><p>• Expressão e manifestação de suas necessidades, desejos e</p><p>sentimentos em situações cotidianas;</p><p>• Comunicação e interação em brincadeiras.</p><p>✓ Artes visuais:</p><p>• Apresentação, manipulação e emprego de inúmeros</p><p>suportes, instrumentos, técnicas e materiais plásticos como</p><p>tinta, pincéis, cola, palha, material reutilizável, etc.;</p><p>• Construção com embalagens e caixas de diversos tamanhos;</p><p>Juliano Guerra Rocha, Ayane Carolina de L. Buso, Elaine Martins Silva,</p><p>Elenice Ribeiro S. Costa, Franciele Oliveira de A. Nogueira, Poliana Boel Ferreira</p><p>Raquel S. Faria Vieira, Tatiana Mortosa F. Silva</p><p>46</p><p>• Desenho, pintura, recorte e colagem;</p><p>• Respeito e valorização de toda a produção artística.</p><p>✓ natureza e sociedade:</p><p>• Organização do ambiente: espaço físico e materiais;</p><p>• Moradias;</p><p>• Ações de responsabilidade e democracia no ambiente no</p><p>qual está inserido.</p><p>✓ movimento e música:</p><p>• Jogos simbólicos: o faz de conta – dramatização e faz de</p><p>conta;</p><p>• Locomoção e destreza progressiva no espaço ao correr;</p><p>• Jogos e brincadeiras;</p><p>• Audição de música;</p><p>• Conhecimento, aceitação e respeito às regras de jogos e</p><p>brincadeiras.</p><p>✓ matemática:</p><p>• Comparação de quantidades;</p><p>• Construção das primeiras ideias matemáticas: textura; or-</p><p>denação temporal – cenas, figuras; posição de objetos – dentro</p><p>de/fora de; noção de posição – primeiro, segundo, terceiro;</p><p>• Comunicação de quantidades, utilizando a linguagem oral</p><p>e ou registros não convencionais;</p><p>• Leitura, reconhecimento e experimentação da escrita dos</p><p>numerais;</p><p>• Correspondência entre quantidade e numeral.</p><p>propostas de atividades:</p><p>✓ Fazer a contação do conto “Os três porquinhos”. Dispo-</p><p>nibilize imagens, sem contar às crianças que as cenas fazem re-</p><p>ferência ao conto citado. Para isso, use um dos seguintes recur-</p><p>sos: varal de imagens, datashow, avental de histórias, cartão com</p><p>Leitores e Escritores na Educação Infantil</p><p>47</p><p>imagens. Explore a imaginação das crianças em relação às ima-</p><p>gens socializadas. Questione se as cenas observadas lembram al-</p><p>guma história que já conhecem. Com atenção, ouça as hipóteses</p><p>e, em seguida, inicie a contação do conto “Os três porquinhos”,</p><p>fazendo a entonação que corresponde a cada personagem.</p><p>✓ Realizar roda de conversa sobre o conto, fazendo</p><p>questionamentos que auxiliem as crianças quanto à interpretação.</p><p>Seguem algumas sugestões: qual o nome do conto? Quais são</p>

Mais conteúdos dessa disciplina