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<p>ESPORTES</p><p>INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA</p><p>Prof. Deybson Rogerio Biondo</p><p>ESPORTES</p><p>INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>Marília/SP</p><p>2022</p><p>“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma</p><p>ação integrada de suas atividades educacionais, visando à</p><p>geração, sistematização e disseminação do conhecimento,</p><p>para formar profissionais empreendedores que promovam</p><p>a transformação e o desenvolvimento social, econômico e</p><p>cultural da comunidade em que está inserida.</p><p>Missão da Faculdade Católica Paulista</p><p>Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.</p><p>www.uca.edu.br</p><p>Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma</p><p>sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria,</p><p>salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a</p><p>emissão de conceitos.</p><p>Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5</p><p>SUMÁRIO</p><p>CAPÍTULO 01</p><p>CAPÍTULO 02</p><p>CAPÍTULO 03</p><p>CAPÍTULO 04</p><p>CAPÍTULO 05</p><p>CAPÍTULO 06</p><p>CAPÍTULO 07</p><p>CAPÍTULO 08</p><p>CAPÍTULO 09</p><p>CAPÍTULO 10</p><p>CAPÍTULO 11</p><p>CAPÍTULO 12</p><p>CAPÍTULO 13</p><p>CAPÍTULO 14</p><p>08</p><p>16</p><p>24</p><p>32</p><p>40</p><p>49</p><p>57</p><p>65</p><p>74</p><p>83</p><p>92</p><p>100</p><p>108</p><p>116</p><p>HISTÓRIA DO ATLETISMO</p><p>ÉTICA E VALORES NO ATLETISMO</p><p>PROGRAMA DE PROVAS DE ATLETISMO</p><p>PROVAS DE PISTA – CORRIDAS</p><p>CORRIDAS DE MEIO FUNDO, FUNDO E</p><p>MARATONA</p><p>CORRIDAS DE REVEZAMENTO E COM</p><p>BARREIRAS</p><p>CORRIDAS DE RUA, COM OBSTÁCULO E</p><p>MARCHA ATLÉTICA</p><p>PROVAS DE CAMPO SALTOS HORIZONTAIS</p><p>PROVAS DE CAMPO – SALTOS VERTICAIS</p><p>AULA DE PROVAS DE CAMPO: ARREMESSO</p><p>DE PESO E LANÇAMENTO DO MARTELO</p><p>PROVAS DE CAMPO – LANÇAMENTO DE</p><p>DARDO E DISCO</p><p>PROVAS COMBINADAS – HEPTATLO E</p><p>DECATLO</p><p>ATLETISMO PARALÍMPICOS</p><p>ATLETISMO INICIANTES, PRINCÍPIOS</p><p>DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS PARA ENSINO DO</p><p>ATLETISMO</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6</p><p>SUMÁRIO</p><p>CAPÍTULO 15 125PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO NO</p><p>ATLETISMO: A IMPORTÂNCIA DA</p><p>PERIODIZAÇÃO</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Na disciplina de esportes individuais atletismo, no decorrer de nossas aulas vamos</p><p>trabalhar o atletismo como um todo, desde seus conceitos históricos, as características</p><p>técnicas como as provas e especificidade da modalidade. Vamos trabalhar com ênfase</p><p>essa modalidade tendo em vista que é o esporte de base para os outros, falando de</p><p>metodologias de treinamento para atuar em escolas, clubes, projetos sociais.. Temos</p><p>como objetivo da disciplina procedimentos técnicos e pedagógicos das corridas, saltos</p><p>e lançamentos.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8</p><p>CAPÍTULO 1</p><p>HISTÓRIA DO ATLETISMO</p><p>ATLETISMO NO BRASIL ORGANIZAÇÃO</p><p>A história do atletismo se confunde com a da humanidade, pois desde o período</p><p>dos homens das cavernas já necessitavam desenvolver o atletismo aperfeiçoando as</p><p>habilidades motoras para sobreviver, por exemplo, correndo, saltando, arremessando</p><p>e lançando para caçar e fugir dos animais ferozes da época. Segundo Rojas (2017),</p><p>o atletismo surgiu como uma modalidade organizada, com regras definidas na Grécia</p><p>antiga, existem relatos de que a primeira corrida de velocidade com data de 1496 a.c.</p><p>Figura 1 – Homem da era primitiva caçando utilizando a lança</p><p>Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/search/homem-das-cavernas</p><p>Na imagem acima mostra o homem da época utilizando a lança como ferramenta</p><p>de caça, muito parecido com lançamento dardo que é uma das provas do atletismo,</p><p>assim podemos ressaltar que o homem primitivo tinha que ter eficiência em suas</p><p>atividades motoras com o saltar, correr, arremessar e lançar para ter sua sobrevivência.</p><p>O atletismo, segundo Matthiesen (2017) tem uma ligação muito forte com as</p><p>olimpíadas, pois foi com essa modalidade que surge na Grécia antiga os Jogos Olímpicos,</p><p>hoje o maior evento esportivo do mundo. A prática das corridas, saltos, arremessos e</p><p>lançamentos, ou seja, as provas do atletismo juntamente com as lutas faziam parte</p><p>do cotidiano das antigas cidades gregas e tinha como objetivo a preparação para a</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9</p><p>guerra, com essa prática cotidiana haviam vários festivais por toda a Grécia, o mais</p><p>famoso era em Olímpia, onde tinha como um dos objetivos homenagear Zeus, que</p><p>apesar de caráter religioso tinha várias características esportivas, como treinamento,</p><p>local apropriado para sua prática.</p><p>Figura 2: Vaso com cena de carrera</p><p>Fonte: https://www.efdeportes.com/efd169/jogos-olimpicos-gregos-discussoes-historicas.htm</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Durante o século V a.C. ocorreram vários conflitos entre os gregos e o Império Persa.</p><p>Eles disputavam o controle da região da Jônia, na Ásia Menor. O confronto eclodiu</p><p>quando as colônias gregas de Mileto tentaram se livrar do domínio persa que havia sido</p><p>imposto na região. O aumento da tensão levou à Primeira Guerra Médica.</p><p>Durante a guerra, houve um evento que ganhou grande repercussão histórica e que foi</p><p>fundamental para os rumos dos conflitos. Sabendo que os persas desembarcariam</p><p>para o confronto com os gregos, Milcíades, um general nascido em Atenas, preparou a</p><p>frente ateniense enquanto um informante foi enviado a Esparta para solicitar ajuda. O</p><p>nome desse enviado era Fidípides e ele percorreu cerca de 200 quilômetros correndo</p><p>em menos de um dia. Os espartanos confirmaram o auxílio, mas alegara que, por</p><p>questões religiosas, a ajuda militar só seria enviada dentro de seis dias, tempo que</p><p>Milcíades não poderia esperar. Assim, ele comandou o ataque dos atenienses contra os</p><p>persas.</p><p>Os atenienses não chegavam a 15 mil combatentes, enquanto os persas poderiam</p><p>totalizar 100 mil soldados e 600 barcos. Os atenienses tentaram de todas as formas</p><p>possíveis para evitar que os persas fizessem uso da cavalaria, forçando o combate</p><p>corpo a corpo. A estratégia grega neutralizou o uso de arcos e de espadas dos persas,</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 10</p><p>que foram oprimidos por longas lanças e por defesas em couraças. Ainda assim, pelo</p><p>próprio contingente, os persas ofereceram grande resistência e, em alguns momentos,</p><p>conseguiram vencer as defesas gregas. No entanto, os gregos se reagruparam e</p><p>forçaram os persas a recuarem até onde haviam desembarcado.</p><p>A Batalha de Maratona foi vencida pelos atenienses, que oprimiram os persas no</p><p>território de combate. Eles capturaram sete barcos inimigos e mataram cerca de 6 mil</p><p>persas. Os invasores foram derrotados e massacrados, forçados a voltar para a Ásia.</p><p>A batalha também encerrou a Primeira Guerra Médica, em 490 a.C.. Porém não seria o</p><p>fim definitivo dos confrontos, pois uma nova guerra começaria alguns anos depois.</p><p>A Batalha de Maratona faz parte da cultura popular em função da ordem seguida por</p><p>Fidípides, que seguiu as instruções de Milcíades correndo mais 42 Km entre Maratona e</p><p>Atenas para informar sobre a vitória grega. A lenda diz que, logo após informar a vitória,</p><p>Fidípedes teria caído morto de cansaço . É por causa desta batalha que existem hoje as</p><p>famosas provas de corrida de longa distância chamadas de maratona.</p><p>Fonte: https://www.infoescola.com/grecia-antiga/batalha-de-maratona/</p><p>A influência da Grécia antiga não ficou apenas nos jogos olímpicos ou no atletismo,</p><p>como se isso fosse pouco, o símbolo do profissional de educação física, a escultura</p><p>do Discóbolo, que retrata o atleta da Grécia antiga fazendo o lançamento de disco,</p><p>desde 2002 foi escolhido pelo CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) como</p><p>o símbolo do profissional e educação física.</p><p>Figura 3 – Discóbolo símbolo da educação física</p><p>Fonte: https://www.wikiart.org/pt/ancient-greek-painting/discobolus-after-myron--450</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 51</p><p>Para Matthiesen (2017), o treinamento temos que lembrar da especificidade de</p><p>cada prova, que o atleta do revezamento de 4x100m deve ser um bom atleta de 100m,</p><p>pois é a distância que vai percorrer com detalhe importante, dois do meu revezamento</p><p>vão correr em curva, isso deve ser destacado, já no 4x400m os atletas devem ser</p><p>corredores de 400m, para ambas as provas devemos treinar muito a passagem de</p><p>bastão, pois uma condição primordial para toda a prova, passar na zona de passagem,</p><p>pois se caso isso não ocorra sou desclassificado e como tática sempre deixar meu</p><p>melhor atleta para ser o que fecha o revezamento.</p><p>O Brasil já subiu ao pódio na prova de revezamento 4x100m, foi nas olímpiadas de</p><p>Sydney na Austrália em 2000, com os atletas Vicente Lenílson, Edson Luciano, André</p><p>Domingos e Claudinei Quirino e um bronze e a outra medalha do revezamento parece</p><p>uma novela depois de onze anos de uma espera que chegou ao fim. O Brasil recebeu a</p><p>medalha de bronze do revezamento 4x100m rasos masculino da Olimpíada de Pequim</p><p>2008, herdada após o doping do jamaicano Nesta Carter. Em cerimônia na sede do Comitê</p><p>Olímpico Internacional, na cidade suíça de Lausanne, José Carlos “Codó” Moreira, Sandro</p><p>Viana e Bruno Lins entraram para o seleto grupo de brasileiros medalhistas olímpicos, e</p><p>Vicente Lenílson colocou no peito sua segunda medalha - ele foi prata também no 4x100m</p><p>de Sydney 2000.</p><p>Figura 21: equipe brasileira de revezamento 4x100m medalha de prata em Sydney 2000.</p><p>Fonte: https://globoesporte.globo.com/atletismo/noticia/revezamento-celebra-20-anos-da-prata-de-sydney-e-relembra-fim-de-briga-de-egos-por-grupo-</p><p>vencedor.ghtml</p><p>Quando falamos em regras o ato de derrubar o bastão desclassifica a equipe, na</p><p>seção #ISTO ESTÁ NA REDE# relata por meio de uma reportagem o fato da equipe de</p><p>revezamento 4X100 m feminino derrubando o bastão no mundial e atletismo em 2013.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 52</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Depois de começo forte, Brasil derruba bastão na final dos 4x100m feminino e</p><p>encerra Mundial de Moscou sem medalhas</p><p>Uma das principais esperanças do Brasil para obter medalha, o revezamento</p><p>4x100m feminino não conseguiu completar a final no Mundial de Moscou. Depois</p><p>de um começo muito forte, as brasileiras derrubaram o bastão na última passagem</p><p>e foram desclassificadas na decisão.A Jamaica levou o ouro com o tempo de 41.29,</p><p>com a França em segundo, com 42.73s, e com os Estados Unidos em terceiro, com</p><p>42.75s.</p><p>O revezamento brasileiro se alinhou com uma formação diferente após uma ótima</p><p>corrida na semifinal. Para a corrida final, Vanda Gomes substituiu Rosângela Santos</p><p>e correu ao lado de Ana Claudia Lemos, Franciela Krasucky e Evelyn dos Santos. E</p><p>foi justamente com Vanda, que não correu nenhuma prova no Mundial de Atletismo</p><p>antes da final do 4x100m, que a infelicidade ocorreu. Fechando o revezamento, ela</p><p>não conseguiu agarrar o bastão na passagem com Franciela Krasucki. O Brasil,</p><p>naquele momento, estava na segunda colocação da prova.</p><p>Após a decisão, Ricardo D’Angelo, chefe da equipe Brasil em Moscou, explicou</p><p>que foi uma decisão da comissão técnica substituir Rosângela por Vanda. “A</p><p>comissão técnica fez uma avaliação na última semana de 120m e a diferença</p><p>entre a Rosângela e a Vanda era muito pequena nos 100m finais. Então, se optou</p><p>por colocar a Rosângela na semifinal e a Vanda na final”, disse ele, em entrevista</p><p>ao Sportv. Pivô da queda do bastão, Vanda fez um desabafo depois do resultado</p><p>final. “O resultado dentro da pista vem fora da pista também. A gente não treinou</p><p>tanto. Temos que compensar isso com treino e não priorizando outras coisas. Dei</p><p>meu melhor, comendo mal, dormindo mal”, disse. Principal velocista brasileira, Ana</p><p>Claudia Lemos analisou como inadmissível o que ocorreu em Moscou:”É uma coisa</p><p>que não dá para explicar, não dá para admitir. O sonho ficou para 2016 mais uma</p><p>vez”, concluiu.</p><p>Fonte: http://www.espn.com.br/noticia/349680_depois-de-comeco-forte-brasil-derruba-bastao-na-final-dos-4x100m-feminino-e-encerra-mundial-de-</p><p>moscou-sem-medalhas</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 53</p><p>Corridas com barreiras</p><p>As provas com barreiras são o 110m com barreiras o masculino com total de 10</p><p>barreiras e 100 m no feminino, na prova dos 400m com barreiras para ambos o sexo</p><p>e também com 10 barreiras alterando a altura da barreira para masculino e feminina.</p><p>Regras das provas de barreiras:</p><p>Altura masculina: 1,067 m. para 110 metros e 0,914 m. para os 400 metros. -Altura</p><p>feminina: 0,840 m. para 100 metros e 0,762 m. de altura para os 400 metros.</p><p>Figura 22: Barreiras do atletismo</p><p>Fonte: https://www.azulesportes.com.br/barreira-aco-feilu-taishan.html</p><p>Um competidor que passar seu pé ou perna abaixo do plano horizontal da parte</p><p>superior de alguma barreira, no momento da passagem, ou ultrapassar 22 uma barreira</p><p>fora de sua raia ou se na opinião do Árbitro Geral derruba-a deliberadamente com o</p><p>pé ou mão, será desqualificado.</p><p>Exceto no caso anterior, a queda de barreiras não resultará em desqualificação do</p><p>atleta nem o impede de estabelecer um recorde.</p><p>Qualquer competidor que fizer uma saída falsa deverá ser advertido. Se um competidor</p><p>for responsável por duas saídas falsas ou três, no caso do Heptatlo ou do Decatlo</p><p>será desclassificado.</p><p>Segundo Radicliffe (2017), é uma prova de origem inglesa, onde a pular a barreira</p><p>passou por grandes modificações na técnica do “pular” e hoje temos até o termo</p><p>correto é transpor a barreira com uma perna de ataque, mas vamos falar através das</p><p>fases dessa prova:</p><p>Posição de saída: usa-se uma posição de saída idêntica a dos velocistas com</p><p>um ajuste individual dos tacos. O pé de ataque à barreira deve ser colocado no taco</p><p>traseiro e o pé de impulso no dianteiro.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 54</p><p>Figura 23: perna de ataque na corria de barreiras</p><p>Fonte: http://alunos.aeffl.pt/21038/corrida_de_barreiras.htm</p><p>Aproximação da primeira barreira: a eficiência da passagem da barreira está</p><p>determinada pela forma que se dá impulsão. A perna de ataque é elevada e projetada</p><p>para diante com o joelho bem flexionado, como se fosse executar um passo de corrida</p><p>exagerado, ao mesmo tempo em que a perna de ataque se eleva rapidamente, o braço</p><p>oposto vai estendido para frente e para baixo para equilibrar o movimento da perna</p><p>de ataque. Isto leva o tronco para frente, que se flexiona sobre a perna de ataque.</p><p>Enquanto um braço é levado adiante, o outro permanece flexionado junto do corpo,</p><p>numa posição normal de corrida.</p><p>Passagem da barreira: enquanto a perna de ataque realiza a passagem sobre a</p><p>barreira estendida ou semiflexionada, a perna de trás (perna de impulsão) se deslancha</p><p>atrasada, mas velozmente, durante a passagem da barreira, a perna traseira faz um</p><p>ângulo reto com a perna de ataque, paralelo ao solo. Quando o quadril alcançar a</p><p>barreira, a perna de ataque baixa em direção ao solo e neste momento a perna traseira</p><p>passa sobre a barreira, o braço oposto permanece á frente e paralelo em todo momento</p><p>á perna de ataque.</p><p>Corrida entre as barreiras: utiliza-se 3 ou 4 passadas entre as barreiras Final da</p><p>corrida: após passar a última barreira, deve-se correr este pequeno espaço restante</p><p>da corrida o mais veloz possível parecido com a chegada dos 100 metros.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 55</p><p>Figura 24: fases da corrida de barreiras</p><p>Fonte: https://docplayer.com.br/122408810-Capitulo-03-corridas-introducao.html</p><p>Para as provas de 400m com barreiras temos que ressaltar que cada barreira está</p><p>com uma distância maior entre elas, assim o número de passadas devem ser maior.</p><p>Como forma de treinamento é o mesmo dos corredores velocistas com um detalhe</p><p>importante a passagem na barreira que dever ser treinada as fases descritas</p><p>acima</p><p>de forma intensa para obter grandes resultados.</p><p>Figura 25: técnica de transpor a barreira</p><p>Fonte: https://sites.google.com/site/edfisicaempic/educacao-fisica-corpo-e-mente/atletismo</p><p>O treinamento para as provas de corrida de barreiras ocorre dividindo em 2 partes,</p><p>a parte de corrida de velocidade, já vista em capítulos anteriores e a parte técnica</p><p>de passagem pela barreira, um trabalho também exclusivo de flexibilidade é indicado</p><p>devido a exigência para passagem da barreira.</p><p>Como fato inusitado da modalidade vamos trazer reportagem que fala do corredor</p><p>com barreiras brasileiro João Vitor Oliveira que nas olímpiadas do Rio em 2016, deu</p><p>um peixinho para conseguir a classificação na final da prova dos 110m com barreiras.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 56</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Brasileiro dá ‘peixinho’ e garante vaga nas semifinais dos 110 m</p><p>O brasileiro João Vitor de Oliveira, o João das Barreiras, garantiu sua vaga para</p><p>as semifinais dos 110 m com barreira dos Jogos do Rio, de forma inusitada:</p><p>escorregou na pista molhada do Engenhão nos metros finais da prova, mas</p><p>conseguiu deslizar de barriga para baixo até a linha de chegada.</p><p>Com direito a ‘peixinho’, paulista de 24 anos completou a prova em 13 segundos</p><p>e 63 segundos, sua melhor marca do ano, e conseguiu a classificação por ter</p><p>terminado em quarto lugar da sua bateria, o 18º tempo entre os semifinalistas.</p><p>Outro brasileiro, Éder Antônio de Souza, também avançou, na quarta posição da</p><p>quinta e última bateria, com 13.61, 16º tempo geral.</p><p>O mais rápido das séries foi o jamaicano Omar McLeod (13.27), campeão mundial</p><p>indoor dos 60 m com barreiras neste ano.</p><p>A programação das provas de atletismo chegou a ser suspensa por quase 20</p><p>minutos por causa da forte chuva que castigou a região do estádio olímpico no</p><p>início da sessão.</p><p>Fonte: https://esportes.yahoo.com/noticias/brasileiro-d%C3%A1-peixinho-garante-vaga-nas-semifinais-dos-004424442--spt.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 57</p><p>CAPÍTULO 7</p><p>CORRIDAS DE RUA,</p><p>COM OBSTÁCULO E</p><p>MARCHA ATLÉTICA</p><p>Corridas de rua</p><p>As corridas de rua deve ser um capítulo à parte do atletismo, por tudo que representa</p><p>atualmente essa modalidade, a corrida pode ser realizada em qualquer lugar, de modo</p><p>geral, não necessita de equipamento específico e por não ser um esporte coletivo,</p><p>não depende de outros para o sucesso da prática. Por ser uma modalidade de fácil</p><p>acesso, qualquer pessoa saudável é capaz de praticá-la. Além disso, os exercícios</p><p>aeróbios, incluindo a corrida, têm sido considerados como um importante componente</p><p>de estilo de vida saudável.</p><p>Com o crescimento da prática da corrida de rua no país surgiu um novo ramo onde</p><p>os profissionais de educação física pudessem atuar. Ao longo dos anos foram surgindo</p><p>assessorias de corrida, onde o principal foco é auxiliar na prática esportiva. Hoje a</p><p>grande procura por grupos de corrida é um nicho muito importante para educação</p><p>física, com foco em saúde, os profissionais de educação física usam o esporte (corrida)</p><p>e a competição para obter êxito.</p><p>Para Rojas (2017), a corrida de rua se popularizou nos anos 90 e ficou mais conhecida</p><p>através da tradicional Corrida de São Silvestre, que fora idealizada pelo jornalista Casper</p><p>Líbero, do periódico jornal “A Gazeta”, no início do século XX. Hoje a corrida de São</p><p>Silvestre é uma prova internacional e tradicional encerrando o ano no 31 de dezembro</p><p>com participação de milhares de pessoas onde sua maioria apenas com o prazer de</p><p>correr e conseguir chegar até o final, onde que os atletas de elite que podem vencer</p><p>é proporcionalmente pequenos perto da grande massa.</p><p>É uma características das corridas de rua, um grande público, tanto que o número</p><p>de provas cresceu de maneira rápida nos últimos anos no Brasil uma prova onde</p><p>falamos acima a maioria vai apenas para completar a prova e o prazer de chegar,</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 58</p><p>ganhar a camiseta do evento, um evento da família, resumindo uma festa do estilo</p><p>de vida saudável.</p><p>Figura 26: “mar” de gente na corrida de São Silvestre</p><p>Fonte: olhavitoria.com.br/esportes/blogs/corridaderua/2019/08/15/sao-silvestre-esta-com-inscricoes-abertas/</p><p>A permanência de pessoas praticando a corrida de rua está pautada na motivação,</p><p>seja ela a dimensão de controle do estresse, da questão da saúde de se sentir bem, da</p><p>sociabilidade, competitividade, estética e do prazer todas essas dimensões amplamente</p><p>contempladas com a prática regular de atividade física.</p><p>Como treinamento podemos usar a técnica fartlek já descrita no capítulo da maratona,</p><p>usar de percorrer longas distâncias, mas não devo esquecer na minha rotina de treinos</p><p>do fortalecimento da musculatura, através de exercícios resistidos para que consiga</p><p>uma maior eficiência com o praticante. Uma boa periodização é importante para que</p><p>possa obter resultados melhores. Podemos dizer ainda que a corrida rua durante a</p><p>pandemia se tronou uma forma de praticar exercícios físicos de forma segura, barata</p><p>e eficiente pois com as restrições de parques, clubes e academia correr na rua ficou</p><p>como uma opção.</p><p>Para futuros profissionais de educação física a organização de corridas de rua</p><p>bem como treinamento para grupos específicos de corredores de rua, no sentido de</p><p>prescrição de treinamento é uma ramo da educação física muito promissor, para a</p><p>organização e eventos o profissional deve conhecer as questões fisiológicas inclusa</p><p>na corrida, como por exemplo hidratação no percurso, oficialização das autoridades</p><p>de trânsito, o aparato de suporte médico enfim está tudo legalizado para que a prova</p><p>aconteça sem nenhuma intercorrência.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 59</p><p>Figura 27:Hidratação nas corridas de rua</p><p>Fonte: e.globo.com/pi/circuito-clube-corrida-de-rua/noticia/circuito-clube-pontos-de-hidratacao-serao-colocados-a-cada-2km-do-percurso.ghtml</p><p>Lembrando que os pontos de hidratação são importantes além da reposição de</p><p>líquidos nos corredores, também tem o papel de controlar o aquecimento excessivo</p><p>corporal, um exemplo clássico é a atleta suíça Gabrielle Andersen nas olímpiadas de</p><p>Los Angeles em 1984 que terminou a maratona literalmente cambaleando e tendo</p><p>espasmos musculares e risco a saúde.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>A impressionante história de superação da maratonista Gabriela Andersen-Schiess</p><p>Na primeira edição da maratona feminina dos Jogos Olímpicos, a atleta suíça</p><p>protagonizou uma das imagens mais marcantes da história</p><p>Gabriela Andersen-Schiess. Você pode não conhecer esse nome, mas muito</p><p>possivelmente conhece o feito dessa suíça. A imagem da chegada de Gabriela</p><p>na maratona dos jogos olímpicos de 1984, em Los Angeles, virou um símbolo de</p><p>perseverança, amor ao esporte e espírito esportivo.</p><p>As Olimpíadas de 1984 marcaram a primeira edição da maratona feminina no</p><p>principal palco esportivo do mundo. Antes de Los Angeles, as mulheres eram</p><p>proibidas de competir em provas de longas distâncias, a maior era os 1500 metros</p><p>rasos.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 60</p><p>Gabriela Andersen-Schiess era uma das primeiras 50 mulheres a disputar a mais</p><p>dura prova de atletismo dos jogos e terminou na 37ª posição, com 24 minutos a</p><p>mais que a campeã Joan Benoit. Mas não foi o resultado que marcou a história de</p><p>Andersen-Scheiss em Los Angeles.</p><p>Gabriela entrou no estádio olímpico para passar pela linha de chegada após mais de</p><p>2 horas e 40 minutos de prova. Mas o desgaste dos 42km de percurso cobrava um</p><p>alto preço. A suíça mal conseguia se manter em pé e rapidamente os médicos se</p><p>aproximaram para ajudá-la. Mas ela recusou, queria passar pela linha de chegada</p><p>sem ajuda para não ser eliminada.</p><p>Mesmo cambaleante, a corredora se manteve de pé e seguiu caminhando até a</p><p>linha de chegada, sendo</p><p>ovacionada pelo Estádio Olímpico de Los Angeles durante</p><p>todo o percurso na pista de atletismo do estádio.</p><p>Fonte: https://ge.globo.com/olympicchannel/noticia/a-impressionante-historia-de-superacao-da-maratonista-gabriela-andersen-schiess.ghtml</p><p>Corrida com obstáculo</p><p>As corridas de obstáculos fazem parte do programa horário das olimpíadas. O</p><p>objetivo deste tipo de corrida que possui barreiras no percurso é fazer o atleta saltar. A</p><p>corrida de obstáculos surgiu na Grécia Antiga e possui provas de 2 mil e 3 mil metros</p><p>(feminino e masculino respectivamente) com obstáculos. Em cada volta na pista o</p><p>praticante terá que saltar em quatro obstáculos e em um fosso de água.</p><p>Os obstáculos possuem 91,4 cm para as provas masculinas, e 76,2 cm para disputas</p><p>femininas. Eles devem ter 3,94m de largura e entre 80 kg a 100 kg de peso. E o fosso</p><p>3,66m de largura e estar fixado ao solo. O fosso é uma pequena piscina de superfície</p><p>com o fundo inclinado e com a profundidade máxima de 76cm, que vai diminuindo</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 61</p><p>gradativamente até chegar ao nível do solo. Os obstáculos podem saltar diferente das</p><p>barreira que vou transpor, posso ainda até esbarrar o obstáculo que não vou cair pois</p><p>o mesmo é fixo e bem pesado.</p><p>Essa mobilidade de corrida testa a velocidade e a habilidade do salto dos atletas. Os</p><p>praticantes precisam de muita coordenação motora, pois os obstáculos são colocados</p><p>com o objetivo de dificultar a corrida dos atletas.</p><p>Figura 28: salto do fosso de água na corrida de obstáculo</p><p>Fonte: http://www.dicionarioolimpico.com.br/atletismo/cenario/corridas-com-obstaculos</p><p>O biótipo físico de um atleta fundista é clássico, individuo com pernas cumpridas,</p><p>magros e com grande capacidade cardiorrespiratória, com um elevado VO2 máximo.</p><p>Os maratonistas têm predominância de fibras musculares vermelhas, de contração</p><p>lenta, muito resistentes</p><p>Figura 29: Corredor de fundo</p><p>Fonte: https://www.webrun.com.br/desafio-de-completar-bem-uma-maratona-passa-pelo-correto-biotipo/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 62</p><p>Marcha atlética</p><p>Marcha atlética se originou de competições de caminhadas comumente realizadas</p><p>na Inglaterra entre os séculos XVII e XIX. Embora fosse inicialmente considerada uma</p><p>modalidade estranha à população, foi tornando-se atrativa e ganhando popularidade</p><p>nesse período. Assim, a modalidade adquiriu caráter esportivo e estreou nos Jogos</p><p>Olímpicos de Londres 1908.</p><p>Figura 30: atleta Caio Bonfim marchador do Brasil</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/atletismo/171205-caio-bonfim-viviane-lyra-quarto-marcha-atletica-50km/</p><p>Nessa modalidade, o atleta deve caminhar em formato de marcha durante todo o percurso</p><p>da prova. Para isso, a técnica da caminhada apresenta, como princípio, a manutenção</p><p>do contato constante com o solo. Para isso, a cada passo do atleta, a perna que avança</p><p>deve estar completamente estendida. Desse modo, é necessária uma técnica de quadril</p><p>(“requebrar”) para que o deslocamento ocorra da forma adequada às regras da modalidade.</p><p>Vejamos agora algumas regras:</p><p>• Percurso: as provas são disputadas em ruas e estradas por homens e mulheres,</p><p>com distâncias de 10 km, 20 km e 50 km.</p><p>• Juízes: os juízes são distribuídos ao longo do percurso da prova e possuem placas</p><p>amarelas e vermelhas para sinalizar as infrações dos competidores.</p><p>• Gravação oficial: sempre que possível, deve ser feita a gravação oficial em vídeo das</p><p>provas, para satisfação do Delegado Técnico e do Árbitro de Vídeo, assegurando o</p><p>cumprimento das regras.</p><p>• Infrações: se um atleta retirar os dois pés do chão, ele é advertido com uma placa</p><p>amarela. Caso receba três advertências amarelas é desclassificado (advertência</p><p>vermelha).</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 63</p><p>• Classificação: os atletas são classificados por ordem de finalização do percurso</p><p>da prova, ao cruzarem a linha de chegada. Assim, conforme a ordem de chegada,</p><p>é constituído o placar indicando a colocação e o tempo de prova de cada atleta,</p><p>sendo o pódio composto pelos três primeiros atletas que concluírem a prova.</p><p>Figura 31: passada do corredor de marcha atlética</p><p>Fonte: http://www.posugf.com.br/noticias/todas/2197-o-que-ea-marcha-atletica</p><p>Apesar de ser um esporte de resistência pela distância, também trabalho força e</p><p>velocidade na marcha atlética a força é um aspecto inerente à modalidade, sendo</p><p>aprimorada com o envolvimento do atleta nos treinamentos. Isso porque o envolvimento</p><p>com o treinamento, além da resistência, também desenvolve a capacidade de economia</p><p>de trabalho, a tonificação muscular e a eficiência do gesto motor da corrida. Outro</p><p>aspecto considerado como vantagem da prática da marcha atlética é a velocidade.</p><p>Esse benefício também está intimamente relacionado ao aprimoramento técnico, por</p><p>meio do qual a eficiência do movimento é melhorada.</p><p>Algumas curiosidades sobre a marcha atlética:</p><p>• Os atletas de marcha atlética são chamados de marchadoras.</p><p>• Os recordes mundiais da modalidade são atribuídos aos seguintes atletas,</p><p>conforme suas categorias: ao austríaco Nathan Deakes e à chinesa Liu Hong</p><p>na prova de 50 km, com tempos de 3h25min47s e 3h59min15s, respectivamente;</p><p>ao atleta equatoriano Jefferson Pérez e à russa Olimpiada Ivanova na prova de</p><p>20 km, com tempos de 1h67min21s e 1h25min41s, respectivamente.</p><p>• É comum, entre os(as) marchadores(as), o uso de vaselina nas regiões dos</p><p>olhos, das axilas e das virilhas. Com isso, os(as) atletas protegem essas áreas</p><p>sensíveis durante uma corrida, evitando possíveis fissuras e sangramentos –</p><p>situações comumente identificadas entre os praticantes da modalidade.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 64</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Um grande deslocamento para cima (pulo) é proibido. Por isso, o competidor tem que</p><p>usar as estratégias para se manter no chão e uma delas é deslocar a pelve para baixo</p><p>A marcha atlética é uma modalidade olímpica em que o atleta tem que se</p><p>movimentar o mais rápido possível, mas dentro de algumas regras que o impedem</p><p>de correr. A principal exigência desse esporte é que não exista fase de voo, ou seja,</p><p>um dos pés deve estar sempre em contato com o chão.</p><p>E essa fase de voo é exatamente o que distingue a corrida de uma caminhada: na</p><p>corrida há uma fase de voo, e na caminhada não. Portanto, os atletas marchadores</p><p>têm que conseguir atingir uma velocidade de corrida mantendo características de</p><p>movimento mais parecidas com a caminhada, o que leva a gestos esportivos a</p><p>princípio estranhos aos olhos, como o “rebolado” de cada passada.</p><p>Melhore a biomecânica da corrida e turbine seu treino em duas semanas</p><p>A fase de voo pode ser entendida como um salto em que o corpo se desloca para</p><p>frente e para cima. Quando caminhamos o corpo oscila pouco para cima e para</p><p>baixo, mas conforme vamos aumentando a velocidade esse deslocamento tende</p><p>a aumentar. Como na marcha atlética um grande deslocamento para cima (pulo)</p><p>é proibido, o atleta tem que usar estratégias para de se manter no chão e uma</p><p>delas é deslocar a pelve para baixo, o que gera o “rebolado”. Movimentar a pelve</p><p>dessa forma abaixa o centro de gravidade do corpo e permite que o atleta marche</p><p>mais rápido, sem precisar de uma fase voo para cima. Mas não seria mais fácil</p><p>dobrar mais o joelho e assim manter o centro de gravidade mais baixo? Seria sim,</p><p>mas esse movimento também é proibido na marcha atlética. O marchador deve</p><p>manter o joelho totalmente esticado do momento em que pisa o chão até o instante</p><p>em que a perna começa a ir para trás do corpo. Essa regra também gera um</p><p>movimento incomum aos olhos, que é a extensão exagerada dos joelhos. Mesmo</p><p>com todas essas dificuldades os atletas marchadores são bem rápidos, sendo o</p><p>atual recorde mundial masculino na prova de 20km de 1h16m.</p><p>Fonte: http://ge.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2016/08/por-que-os-atletas-parecem-rebolar-na-marcha-atletica-fisioterapeuta-explica.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 65</p><p>CAPÍTULO 8</p><p>PROVAS DE CAMPO</p><p>SALTOS HORIZONTAIS</p><p>Salto triplo</p><p>A prova de salto triplo também deveria ser um capítulo à parte no atletismo brasileiro,</p><p>pelo grande destaque de nossos atletas e conquistas, começando com Adhemar Ferreira</p><p>da Silva que participou das edições de 1948 a 1960, conquistando 2 medalhas de ouro em</p><p>1952 Helsinque e 1956 Melborne, eternizou no esporte com a criação da volta olímpica</p><p>em 1952 e ainda durante sua carreira bateu em 5 oportunidades o recorde mundial. Outro</p><p>atleta de destaque é Nelson Prudência com mais duas medalhas olímpicas: prata em</p><p>1968 no México e bronze em 1972 Monique, finalizamos esse trio de medalhistas com</p><p>João do Pulo tri campeão mundial e com duas medalhas de bronze 1976 Montreal e 1980</p><p>Moscou em decisão polêmica da arbitragem, em 1982, um acidente automobilístico teve</p><p>uma perna amputada, conforme assevera Rojas (2017).</p><p>Figura 32: Adhemar Ferreira da Silva Saltando</p><p>Fonte: https://www.cbat.org.br//noticias/noticia.asp?news=10226</p><p>Falando sobre a história do salto triplo, coube aos celtas, há mais de 2000 anos, o</p><p>privilégio de serem os primeiros a praticar o salto triplo competitivamente em suas festas</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 66</p><p>populares. Nos primeiros anos da era moderna do atletismo, irlandeses e escoceses</p><p>dominavam os primeiros postos no cenário mundial nesta prova, muito embora não</p><p>houvesse uma padronização da técnica de execução entre os praticantes naquela</p><p>época. Desde 1896, com o início dos Jogos olímpicos da Era Moderna, passou-se a</p><p>exigir para as competições internacionais as normas que determinavam a sequência do</p><p>primeiro e segundo saltos com geração de impulso em uma mesma perna, independente</p><p>de com qual das pernas o salto fosse iniciado.</p><p>Com relação à dinâmica do salto triplo é uma combinação de três saltos (hop,</p><p>step e jump) sucessivos que terminam com a queda numa caixa de areia. A prova é</p><p>dividida em fases:</p><p>Fase inicial com uma corrida de impulsão</p><p>Fase do primeiro salto (hop) após a corrida de impulsão realiza o primeiro salto</p><p>com a escolha do atleta a preferência de que perna realiza.</p><p>Fase do segundo salto (step) nessa fase o atleta repete o primeiro salto (hop)</p><p>inclusive com a perna de contato ao solo, nessa fase a perna de impulsão sofre uma</p><p>grande pressão (6 vezes o peso do atleta).</p><p>Fase da chamada (patada) é o terceiro salto o jump, onde o atleta faz um movimento</p><p>brusco para cima e pra trás, com a perna contrária dos primeiros saltos para realizar</p><p>efetivamente o salto na caixa de areia.</p><p>Fase de voo, após a impulsão fina, temos a fase aérea onde o atleta deve atingir a</p><p>maior distância horizontal possível e preparar o corpo para a queda, com rotação dos</p><p>braços a frente do corpo e extensão das perna no movimento carpado.</p><p>Fase final queda uma fase tão importante, pois é nela que finalizo meu salto assim</p><p>deve sempre ao tocar a areia com o corpo a frente.</p><p>Figura 32: Fases do salto triplo</p><p>Fonte: https://www.dicaseducacaofisica.info/salto-triplo-atletismo/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 67</p><p>Outro detalhe importante é quando a realização do último salto o atleta deve utilizar</p><p>toda a tábua de impulsão, pois no alto rendimento centímetros é a diferença para</p><p>conquista da medalha.</p><p>Figura 33: força na tábua de impulsão</p><p>Fonte: https://www.todoestudo.com.br/educacao-fisica/salto-em-distancia</p><p>Com relação às regras o atleta tem 3 tentativas de saltos, com a contagem da</p><p>marca do melhor salto, como regra a ordem dos saltos (hop, step e jump) sempre</p><p>observando sequência dos saltos, no último salto a utilização da tábua de impulsão</p><p>o cuidado para pisar na demarcação assim anulando o salto, a distância do salto</p><p>será medido na parte do corpo que tocar a caixa de areia mais próxima a tábua de</p><p>impulsão assim a necessidade de sempre colocar o corpo a frente na queda.</p><p>Como característica de um bom saltador, ele de ter velocidade, assim os treinamentos</p><p>e técnicas de velocidade devem fazer parte do treino do triplista, trabalho de forção, pois</p><p>já relatado acima os saltos exercem grande pressão e técnica pois é uma prova mista</p><p>de força, velocidade e técnica. Uma metodologia interessante para os treinamentos é</p><p>dividir as fases do salto e trabalhar separadas e juntando todo o movimento conforme</p><p>vai aprimorando a técnica.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 68</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Após 40 anos, bronze de João do Pulo ainda gera mágoa</p><p>João do Pulo subiu sorridentemente ao pódio do estádio Lenin, em Moscou, há 40</p><p>anos, para receber sua segunda medalha de bronze olímpica no salto triplo. Brincou</p><p>com os soviéticos dos degraus de cima e chegou a pisar no topo da estrutura para</p><p>uma foto com Jaak Uudmäe e Viktor Saneyev. Abraçou em seguida o técnico Pedro</p><p>Henrique de Toledo e chorou de tristeza. O atleta boa-praça de 26 anos fez questão</p><p>de ser simpático com aqueles que haviam ficado à sua frente naqueles Jogos de</p><p>1980. Mas não se conformou com o resultado ou com o fato de ter botado os pés</p><p>no patamar mais alto do tablado de premiação meramente como um convidado</p><p>--mágoa que levou até a sua morte, em 1999.</p><p>Toledo, o treinador do brasileiro, hoje com 80 anos, ainda carrega o ressentimento.</p><p>Ele não tem dúvida de que João tenha sido deliberadamente prejudicado para que</p><p>um representante da União Soviética ficasse com o ouro. Foi a única explicação que</p><p>encontrou para as faltas apontadas em 4 dos 6 saltos do então recordista mundial.</p><p>“O que atrapalhou o João foi ele ter sido roubado”, resume à reportagem Pedrão,</p><p>como sempre foi conhecido o técnico. “Ele fez saltos, acredito, acima dos 18</p><p>metros. Com certeza, ele ganhou a prova. Mas eles davam ‘foul’ para ele. Foi um</p><p>episódio muito triste para os brasileiros e para mim, amigo e técnico do João.”</p><p>O salto que valeu o bronze foi de 17,22 m, na terceira das seis tentativas de João</p><p>Carlos de Oliveira. A primeira registrara 16,96 m. Todas as outras investidas dele na</p><p>direção da caixa de areia acabaram com a bandeira vermelha erguida, indicação de</p><p>que teria sido ultrapassado o limite da tábua para o primeiro pulo.</p><p>Após uma delas, o paulista de Pindamonhangaba chegou a abrir seu largo e</p><p>característico sorriso, certo de que havia concluído o salto da vitória, talvez do novo</p><p>recorde mundial. Logo, porém, o semblante se desfez.</p><p>“Na segunda tentativa, saltou com muita disposição e foi tão longe que se levantou</p><p>e gesticulou com as mãos vibrando de alegria, enquanto o público aplaudia. Mas</p><p>o salto estava anulado”, relatou o jornal Folha de S.Paulo na edição do dia seguinte</p><p>àquele 25 de julho, em texto intitulado “João queimou 4 saltos e 4 anos de luta”.</p><p>Ele havia chegado a Moscou com forte expectativa de brigar pelo primeiro lugar.</p><p>Era uma caminhada sólida, com recorde mundial estabelecido em 1975 (17,89</p><p>m, marca imbatível por dez anos) e bronze na Olimpíada de 1976, em Montreal,</p><p>competição que disputou contundido e contra a vontade do próprio treinador.Em</p><p>1980, o cenário era duplamente diferente: João do Pulo estava no auge da forma,</p><p>e os Jogos tinham outra cara. Se o atleta brasileiro vivia o pico de sua condição</p><p>atlética, também havia crescido a tensão entre Estados Unidos e União Soviética no</p><p>contexto da Guerra Fria.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 69</p><p>A invasão russa ao Afeganistão foi a justificativa do presidente norte-americano,</p><p>Jimmy Carter, para liderar um boicote ocidental à Olimpíada. A competição</p><p>esportiva ganhou importância geopolítica, e, do lado soviético, acumular medalhas</p><p>virou mais do que nunca uma arma na disputa ideológica.</p><p>João era um obstáculo para esse projeto, uma ameaça à tentativa de Viktor</p><p>Saneyev -vencedor do salto triplo em 1968, 1972 e 1976- de obter um espetacular</p><p>tetracampeonato olímpico. O clima hostil ficou evidente antes da disputa, quando o</p><p>brasileiro precisou passar por exames, já em Moscou, por causa de uma lesão na</p><p>perna esquerda.</p><p>“Existia um centro médico da União Soviética para atender os atletas da Olimpíada.</p><p>O João fez uma radiografia e voltou para buscar o resultado, todos sabiam quem</p><p>ele era. Disseram que o caso era grave, que talvez ele precisasse ser operado.</p><p>Jogaram uma pressão médica em cima dele. Tentaram pegar o João de toda</p><p>maneira”, conta Edgard Alves. Hoje colunista da Folha de S.Paulo, Alves era um dos</p><p>repórteres enviados pelo jornal para a cobertura daqueles Jogos. Ele observou, na</p><p>vila olímpica, a guerra de nervos ligada à luta de João do Pulo para findar o reinado</p><p>olímpico de Saneyev.</p><p>“Havia um grande refeitório. O João ia almoçar sempre cheio de gente do lado, era</p><p>o principal atleta do Brasil na Olimpíada, o mais popular. Na hora em que o João</p><p>entrava no restaurante, o Saneyev entrava também e se sentava de frente para ele.</p><p>O Saneyev pegava o prato e ficava comendo sozinho, olhando para o João, que</p><p>estava com aquele entourage. Ele comia e ia embora. Mostrava força sozinho, com</p><p>o outro cercado de gente”, recorda o jornalista.</p><p>Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/esportes/noticia/2020/07/apos-40-anos-bronze-de-joao-do-pulo-ainda-gera-magoa-e-questionamentos-</p><p>ckd1wkpoz002m01esf2oq6lit.html</p><p>Salto em distância</p><p>Rojas (2017) como história do salto em distância onde seu início nos remete aos</p><p>Jogos Olímpicos da Antiguidade (776 a. C.–392 a. C.), em que era disputado como</p><p>uma das provas do Pentatlo. No entanto, diferentemente do formato moderno, os</p><p>atletas desse período saltavam em uma espécie de escavação, chamada “Skamma”,</p><p>atualmente, utiliza-se a caixa de areia para compor o local de queda.</p><p>No salto em distância, o atleta percorre uma pista com comprimento de 40 metros</p><p>para adquirir velocidade e saltar em uma caixa de areia com 10 metros de comprimento.</p><p>Nessa modalidade, portanto, vence o atleta que saltar a maior distância, marcada do</p><p>local do salto (tábua de precisão) ao da queda.</p><p>As fases do salto em distância é muito parecido com o salto triplo, obviamente</p><p>sem os três saltos característicos do salto triplo, assim a s fases são:</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 70</p><p>• Corrida de impulsão: o atleta percorre uma distância a ser definida pelo mesmo</p><p>e busca atingir uma velocidade máxima para realizar a técnica do salto.</p><p>• Impulsão: nessa fase onde o atleta escolhe uma perna de apoio e realiza a</p><p>impulsão na tábua para realizar um salto horizontal, fase onde a pressão na</p><p>perna de apoio é muito grande requer muita força.</p><p>• Fase voo: quando atleta sai do solo e está na fase aérea, deve levar seus braços</p><p>e perna a frente do corpo para a queda.</p><p>• Fase queda: sempre realizando o movimento carpado caindo e projetando o</p><p>corpo à frente para não influencia em sua marca.</p><p>Figura: 34: Fases do salto em distância</p><p>Fonte: https://sites.google.com/site/edfisicaempic/educacao-fisica-corpo-e-mente/atletismo?tmpl=%2Fsystem%2Fapp%2Ftemplates%2Fprint%2F&showPrintDi</p><p>alog=1</p><p>As regras também se assemelham a do salto triplo, o atleta tem 3 tentativas de</p><p>saltos, com a contagem da marca do melhor salto, como regra a impulsão na tábua</p><p>de demarcação deve ser respeitada para não anular o salto.</p><p>Para Rojas (2017), uma característica marcante no saltador é ser um velocista, pois</p><p>o atleta precisa transformar a maior velocidade possível (chamamos de velocidade</p><p>ideal) em força no salto horizontal atingindo a maior distância possível. Com relação</p><p>a essa específica característica o americano Carl Lewis é um fenômeno foi eleito pelo</p><p>Comitê Olímpico Internacional (COI) o maior atleta do século XX, fato por causa de</p><p>suas conquistas e marcas pois são nove medalhas de ouro em Jogos Olímpicos foram</p><p>conquistadas por Carl Lewis em Los Angeles-1984 (100 m, 200 m, revezamento 4 ×</p><p>100 m e salto em distância), Seul-1988 (100m e salto em distância), Barcelona-1992</p><p>(revezamento 4 x 100 m e salto em distância) e Atlanta-1996 (salto em distância). Ele</p><p>também foi prata nos 200 m em Seul.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 71</p><p>Figura 35: Carl Lewis realizando salto em distância</p><p>Fonte: https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/carl-lewis-5602</p><p>Força muscular nas provas de saltos no atletismo</p><p>Força Muscular é uma expressão que tem sido usada para definir a capacidade do</p><p>músculo esquelético, produzir tensão, força e torque máximos a uma dada velocidade.</p><p>A tensão gerada pelo músculo tende a provocar alguma mudança em seu comprimento</p><p>e, consequentemente, a alteração dos ângulos articulares, possibilitando assim o</p><p>movimento. É um fator do desempenho nos saltos, e dependendo de sua interação</p><p>com velocidade ou resistência, pode se manifestar de maneiras muito diferentes. Nas</p><p>provas de saltos, as manifestações mais importantes são chamadas de força explosiva</p><p>e força reativa, embora níveis adequados de resistência de força e de força máxima</p><p>também devam ser desenvolvidos em determinados períodos de treinamento, seja</p><p>para fornecer os pré-requisitos para o posterior desenvolvimento das manifestações</p><p>especiais, seja atuando preventivamente contra o aparecimento de lesões.</p><p>Figura 36: Força de impulsão</p><p>Fonte: https://ge.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/atleta-da-regiao-obtem-indice-no-salto-em-distancia-para-o-pan-americano-sub-20-na-costa-</p><p>rica.ghtml</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 72</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>A incrível volta por cima de Maurren Maggi em Pequim-2008</p><p>Há 12 anos, o Estádio Ninho do Pássaro viu a consagração da primeira brasileira</p><p>campeã olímpica no atletismo, após sofrer com a punição por doping</p><p>As Olimpíadas são pródigas em construir histórias de superação, que</p><p>caberiam perfeitamente em um roteiro de cinema. Os Jogos Olímpicos</p><p>de Pequim-2008 deram ao esporte brasileiro um destes enredos perfeitos em um</p><p>22 de agosto, como neste sábado. Após amargar dois anos de suspensão por</p><p>doping, a paulista Maurren Maggi dava a volta por cima na China, ao tornar-se a</p><p>primeira mulher brasileira campeã olímpica no atletismo, com o ouro no salto em</p><p>distância.</p><p>Para quem só se recorda do momento da festa, do choro de Maurren enrolada com</p><p>a bandeira brasileira após a confirmação da vitória, com direito a um salto perfeito</p><p>de 7,04 m, é importante relembrar o desafio que foi para conseguir chegar até ali.</p><p>Menos de uma década antes do ouro em Pequim, o atletismo brasileiro viu</p><p>despontar um novo talento. Natural de São Carlos, interior de São Paulo, Maurren</p><p>Maggi explodiu de vez para o grande público nos Jogos Pan-Americanos</p><p>de Winnipeg-1999 (CAN). Foram duas medalhas de ouro na ocasião, uma no salto</p><p>em distância e outra nos 100 m com barreiras, prova que costumava competir.</p><p>Mas já antes do Pan, o fã mais atento do atletismo já sabia bem quem ela era.</p><p>Inclusive, um mês antes ela conquistou aquele que foi o melhor resultado de sua</p><p>carreira: um salto de 7,26 m no Sul-Americano de Bogotá (COL), marca que até hoje</p><p>é o recorde do continente no salto em distância.</p><p>Uma participação opaca na nos Jogos de Sydney-2000, quando não conseguiu</p><p>passar pela qualificação ao sofrer uma lesão em plena prova, chegou a criar uma</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 73</p><p>dúvida sobre seu real potencial. Mas em 2002 e 2003, estava saltando bem, tendo</p><p>seus melhores resultados acima de 7 metros (7,02 m e 7,06 m respectivamente).</p><p>Em março de 2003, ela havia conquistado a medalha de bronze no Mundial indoor</p><p>(pista coberta) em Birmingham (ING).</p><p>Até que veio o polêmico episódio da pomada.</p><p>Poucas semanas antes do Pan de Santo Domingo, em 2003, Maurren Maggi teve</p><p>revelado o resultado positivo de um exame antidoping feito durante o Troféu Brasil</p><p>de atletismo. A substância encontrada foi</p><p>clostebol, um esteroide que aumenta</p><p>força muscular. A justificativa apresentada pela atleta é que uma pomada usada</p><p>como cicatrizante após uma sessão de depilação definitiva continha cloestebol.</p><p>Na primeira competição na volta da suspensão, Maurren Maggi foi ouro no Pan do</p><p>Rio-2007</p><p>A alegação de falta de intenção não foi o bastante para impedir sua condenação</p><p>no caso. Pegou uma pena de dois anos. Não foram poucos que apostavam no fim</p><p>da carreira. Em 2006, já liberada para competir, procurou o técnico Nélio Moura e</p><p>retomou os treinos. No ano seguinte, o primeiro sinal de que estava retomando a</p><p>antiga forma, com o ouro no Pan do Rio-2007, com um salto de 6,84 m.</p><p>Maureen Maggi chegou à Olimpíada de Pequim animada com uma série de vitórias</p><p>em provas internacionais disputadas no Brasil, mas sem criar uma expectativa</p><p>excessiva. Mas logo no primeiro salto da final veio aquele 7,04 m. Foi justamente a</p><p>distância que lhe garantiu o ouro, pois a russa Tatyana Lebedeva, que anos depois</p><p>foi eliminada da prova por doping, marcou 7,03 m no último salto.</p><p>Final dramático para um roteiro com final feliz. Nem em seus sonhos mais</p><p>otimistas Maurren Maggi imaginaria uma volta por cima daquela maneira, naquele</p><p>22 de agosto de 2008.</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/laguna-olimpico/260820-maureen-maggi-ouro-pequim-2008/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 74</p><p>CAPÍTULO 9</p><p>PROVAS DE CAMPO</p><p>– SALTOS VERTICAIS</p><p>Salto em altura</p><p>As provas de salto em altura é uma das provas de campo que faz parte do programa</p><p>horário do atletismo nas olímpiadas, para pessoas comuns (não atletas) analisando</p><p>o atleta de elite dessa modalidade parece ser uma coisa surreal, a altura que esses</p><p>atletas saltam sem utilizar um equipamento, somente com técnica força.</p><p>No salto em altura é realizado de costas aumentando ainda mais as dificuldades.</p><p>Neste salto, há um sarrafo (obstáculo feito em fibra de vidro ou alumínio) suportado por</p><p>dois postes laterais. O objetivo dos competidores é superar a maior altura do sarrafo,</p><p>Matthiesen (2017). Cada um possui três tentativas para superar uma determinada</p><p>altura. Veja algumas regras e informações sobre esta prova:</p><p>• A altura mínima do sarrafo é determinada pelos juízes. Mas cada atleta pode</p><p>escolher a altura inicial para seu primeiro salto, desde que respeite a altura</p><p>mínima determinada pelos juízes.</p><p>• Durante a corrida – que geralmente é de 40 metros – o atleta pode abortar o</p><p>salto, mas terá um minuto para voltar e fazer a corrida e o salto novamente.</p><p>Caso não respeite este tempo, o salto será invalidado.</p><p>• A cada avanço dos atletas a barra é, geralmente, erguida de três a cinco</p><p>centímetros por vez, mas os atletas podem fazer diferente se quiserem.</p><p>• Para fins de desempate, será considerado vencedor aquele que tiver alcançado</p><p>determinada marca com menos tentativas.</p><p>Figura: Salto em altura estilo tesoura</p><p>Fonte: https://bigslam.pt/destaques/atletismo-salto-em-altura-nambauane-de-victor-pinho/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 75</p><p>O estilo da técnica que conhecemos hoje nas provas de salto em altura, passou</p><p>por uma mudança radical e graças ao atleta americano que nas olímpiadas de 1968</p><p>no México o estilo “flop” como é conhecido apareceu para o mundo.</p><p>Richard (Dick) Fosbury (USA), começou a experimentar o novo método de Salto em</p><p>Altura quando tinha 16 anos. Já que não conseguia se adaptar ao estilo convencional</p><p>(conhecido como estilo tesoura), ele teve que criar um novo estilo de salto: o “Fosbury</p><p>Flop” (Estilo Fosbury). O Fosbury Flop consiste em chegar correndo em grande velocidade</p><p>até a barra e “decolar” com o pé esquerdo, passando a barra primeiramente com a</p><p>cabeça virada para cima, seguida do salto de costas.</p><p>A estreia internacional do Salto não podia ter sido em melhor palco: os Jogos</p><p>Olímpicos de 1968, na Cidade do México. Quando Fosbury executou o salto pela</p><p>primeira vez, os treinadores ficaram incrédulos com o que viam, assim como o público</p><p>nas arquibancadas. Na competição Fosbury passou em todas as alturas chegando</p><p>até 2,22 sem nenhum erro. Quando então, após dois erros, deu o salto que valeu o</p><p>ouro Olímpico, em 2,24m. A prata ficou com Edward Caruthers (USA) e o bronze foi</p><p>para Valentin Gavrilov (URS).</p><p>Figura 26: Dick Fosbury em seu salto histórico nas olímpiadas do México 1968</p><p>Fonte: https://www.surtoolimpico.com.br/2014/10/surto-historia-o-fosbury-flop-e-o-dia.html</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Revolucionário para salto em altura, Dick Fosbury torce por mais inovações</p><p>Americano foi o criador da técnica de ultrapassagem do sarrafo com a barriga</p><p>para cima e, décadas após enfrentar desdém de rivais, é admirado por atletas e</p><p>torcedores</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 76</p><p>A técnica hoje é padronizada: corrida em trajetória curva, impulso em um movimento</p><p>giratório, passagem pelo sarrafo com a barriga virada para cima. A sequência de</p><p>ações, vistas em qualquer disputa do salto em altura, nem sempre obedeceu a essa</p><p>lógica. Até a década de 1960, os atletas pulavam de frente. Coube a um adolescente</p><p>americano, cansado de ser só mais um competidor mediano, introduzir no esporte</p><p>de alto rendimento a inovação que revolucionaria uma das provas mais tradicionais</p><p>do atletismo.</p><p>Richard Fosbury, ou Dick, como ficou conhecido, se considerava um atleta competitivo</p><p>quando criança. Mas a adolescência o fez conhecer o sabor da derrota. Alto demais</p><p>para o padrão dos saltadores da época, com 1,93m, Dick percebeu que não tinha</p><p>futuro seguindo os padrões tradicionais. Conseguia ultrapassar o sarrafo no máximo</p><p>a 1,5m, marca mínima para inscrição em torneios nacionais estudantis. Até que, em</p><p>uma certa noite de maio de 1963, uma ideia inusitada se apresentou como solução</p><p>para uma guinada.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 77</p><p>Eu tinha muitos problemas e estava ficando bem pra trás dos outros. O problema é</p><p>que odeio perder. Eu sabia que precisava fazer algo diferente. Era uma noite linda, boa</p><p>temperatura. Olhei para o céu e decidi ali saltar de um jeito diferente, olhando para cima</p><p>mesmo. E consegui minha melhor marca pessoal, 1,71 metros. Aumentaram a barra</p><p>novamente, e consegui de novo. Naquele dia, aterrissando de costas, melhorei 20cm</p><p>nos meus saltos, algo incrível. E aí percebi que criei um estilo próprio. No começo, a</p><p>proposta de Dick Fosbury foi recebida com descrédito de rivais, público e imprensa.</p><p>Mas, com fundamento científico, ela se provou eficaz. A trajetória curva durante a fase</p><p>da corrida permitia maior eficiência na transformação da velocidade em impulso, e</p><p>o arco formado pelo corpo durante o salto de costas exigia do atleta menos esforço</p><p>do que o movimento executado por quem pulava de frente.</p><p>A evolução de Fosbury foi notável, mas técnicos e adversários só começaram a</p><p>se render à nova técnica nos Jogos da Cidade do México, em 1968. Com 21 anos, o</p><p>americano era o único na prova olímpica a saltar de costas. Acertou todas as tentativas</p><p>até o sarrafo chegar a 2,24m. Era o suficiente para consagrá-lo como medalhista de</p><p>ouro e recordista olímpico. Foi um salto limpo, perfeito. Eu sempre me recordo do ar</p><p>que existia entre mim e a barra. Eu saltei demais. Campeão e recordista olímpico. Foi</p><p>uma experiência para toda a vida.</p><p>Dali em diante, a concorrência se rendeu. Nos Jogos de Munique, quatro anos</p><p>depois, 28 dos 40 competidores adotaram a técnica. Nos Jogos de Los Angeles, em</p><p>1984, 13 dos 16 finalistas saltaram de costas. Hoje absolutamente todos os atletas</p><p>de elite saltam como Fosbury propôs.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 78</p><p>São 48 anos, muito tempo. Vi gerações e gerações passarem. E assisti-los, usando</p><p>minha técnica, foi algo muito legal. Eu nunca imaginei que seria algo universal.</p><p>Hoje Dick Fosbury tem 69 anos.</p><p>Enfrenta limitações físicas que não o permitem</p><p>mais praticar o esporte. Mas, a cada visita a um local de competição, revive o ambiente</p><p>competitivo com o assédio de fãs e atletas. Gosta de conversar sobre o nível atual do</p><p>salto em altura e sobre eventuais mudanças na forma como a modalidade é praticada.</p><p>Se outra revolução como a que provocou nos anos 1960 é possível, o americano</p><p>não sabe. Mas se coloca à disposição para conversar com quem tiver este espírito</p><p>inovador. Esse é um quebra-cabeça que eu adoraria resolver. E eu tenho algumas ideias</p><p>sobre novas técnicas, sobre uma nova revolução. Mas eu preciso agora encontrar um</p><p>atleta para testar, não posso mais saltar eu mesmo. Eu acho que pode acontecer</p><p>uma grande mudança. Então, quem sabe? Se houver um garoto por aí, querendo ser</p><p>diferente, basta me dar um telefonema.</p><p>Fonte: http://ge.globo.com/atletismo/noticia/2016/05/revolucionario-para-o-salto-em-altura-dick-fosbury-torce-por-mais-inovacoes.html</p><p>Para Rojas (2017), prova de salto em altura exige uma corrida em curva um apoio,</p><p>o salto e a queda e para melhor compreender vamos a essas fases:</p><p>Corrida de aproximação: essa corrida é feita em “J” com a primeira parte em reta</p><p>(onde o atleta deve inclinar para frente para acelerar), a segunda em curva (atleta deve-se</p><p>inclinar para o lado de dentro da curva), a velocidade deve aumentar progressivamente</p><p>até atingir a velocidade ótima.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 79</p><p>Chamada: o atleta deve fazer o apoi ativo do pé no solo, num movimento de patada,</p><p>esse apoio deve ser realizado na linha da trajetória da corrida, com a perna de impulsão</p><p>em extensão completa.</p><p>Voo: na primeira parte da fase de voo, enquanto o atleta está subindo, os braços</p><p>do atleta devem estar ao lado das pernas lançado acima paralelamente ao sarrafo.</p><p>Ao passar por cima do sarrafo o atleta deve arquear as costas e baixar as pernas e</p><p>a cabeça, tentando ficar o mais descontraído possível.</p><p>Queda: é realizada no colchão de segurança e tem como objetivo de evitar lesões.</p><p>Os recordes na prova de salto em altura masculino e feminino são marcas de muito</p><p>tempo parecendo ainda difíceis de serem alcançadas. No masculino com o cubano</p><p>Javier Sotomayor saltou 2,45 m em 1993 na Espanha e no feminino a búlgara Stefka</p><p>Kostadinova que em 1987 saltou 2,09 m recorde ainda mais longevo.</p><p>Figura: Cubano batendo recorde mundial do salto com vara</p><p>Fonte: http://jornalismojunior.com.br/a-incessante-busca-pelo-recorde-das-alturas/</p><p>Salto com vara</p><p>Segundo Rojas (2017), o salto com vara possui diferentes exigências para execução,</p><p>pois nele está presente quase todas as capacidades motoras, tanto coordenativas</p><p>básicas como as complexas, por isso são consideradas muito complexo. O salto com</p><p>vara também é conhecido pelas características de habilidades gímnicas podemos</p><p>verificar essas características através da fase área vendo a primeira vista comparação</p><p>com aparelhos de Ginástica. Houve um tempo que as federações de atletismo e</p><p>ginástica se envolveram numa “batalha”, para saber quem administraria as competições</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 80</p><p>de salto com vara, em 1929 que foi decidido a favor da federação internacional de</p><p>atletismo pelo comitê Olímpico de internacional.</p><p>No salto com vara tem objetivo de transpor uma fasquia, após uma corrida de</p><p>aproximação, saltando o mais alto possível com a ajuda de uma vara que se apoia</p><p>numa caixa de apresentação situada no fim do corredor da corrida de aproximação. O</p><p>saltador tem que ter a especialidade de alcançar a máxima suspenso numa alavanca</p><p>( vara), realizando o seu próprio impulso, e ao mesmo tempo realizar uma perfeita</p><p>sincronia de movimentos técnicos, preestabelecidos e muito ensaiados nos treinos.</p><p>Técnicas e fases do salto em altura:</p><p>• Empunhadura: o atleta deve carregar a vara na horizontal, com a ponta levemente</p><p>elevada, posicionando-a na altura do quadril. Assim, na empunhadura, a palma</p><p>da mão posterior deve estar voltada para cima, enquanto a da mão anterior se</p><p>posiciona para baixo, com o braço um pouco à frente do corpo.</p><p>• Corrida de aproximação: durante a corrida, a vara deve ser mantida do lado</p><p>contrário ao da perna de impulsão do atleta e a velocidade deve ser progressiva.</p><p>Desse modo, as passadas devem ser ritmadas e o atleta deve abaixar a vara</p><p>aos poucos durante o percurso, preparando-a para o encaixe. Encaixe: durante</p><p>o contato com o pé de impulsão no solo, na última passada do atleta, o atleta</p><p>também deve realizar o encaixe da vara na caixa de apoio, utilizando-a, portanto,</p><p>para impulsionar o salto.</p><p>• Impulsão e pêndulo: a impulsão deve ser realizada pela perna correspondente à</p><p>mão da frente do atleta. Desse modo, nesse momento, o atleta utiliza a energia</p><p>elástica adquirida com a deformação da vara para formar um pêndulo que gerará</p><p>uma força propulsora, impulsionando-o para cima e para a frente.</p><p>• Elevação e giro: com a impulsão, o atleta adquire a posição de “verticalização</p><p>invertida”, ou seja, ele fica de ponta cabeça e de costas para o sarrafo. Assim,</p><p>ao atingir essa postura deve realizar um giro de 180°, de modo a ficar de frente</p><p>para o sarrafo e o transpor.Transposição e queda: a transposição corresponde</p><p>ao momento em que o atleta passa as pernas por cima do sarrafo, seguido</p><p>da região do quadril. Com isso, desloca o centro de gravidade acima da barra,</p><p>assumindo uma posição curvada que possibilita ultrapassá-la. Desse modo, a</p><p>movimentação deve ser completada puxando os braços e o tórax para trás/</p><p>cima e preparando-se para a queda.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 81</p><p>Figura: Fases do salto em altura</p><p>Fonte: https://olimpiadasdebeijing.wordpress.com/2008/08/20/entendendo-o-salto-com-vara/</p><p>Os movimentos apesar de serem descritos por fase na prática se torna um movimento</p><p>único, como curiosidade o material que é construído a vara é a fibra de carbono</p><p>resistente flexível para tingir os resultados, e ressaltamos que tem uma vara para</p><p>cada atleta (tamanho e peso) e altura que vão saltar</p><p>Figura : Atleta Fabiana Murer realizando o salto com vara</p><p>Fonte: genciabrasil.ebc.com.br/rio-2016/noticia/2016-08/decepcionada-murer-chora-apos-ficar-em-ultimo-no-salto-com-vara</p><p>Como não poderíamos deixar de apresentar o nosso atual medalhista olímpico</p><p>Thiago Braz, que no Estádio do Engenhão, junto com Renaud Lavillenie, da França,</p><p>travaram um duelo até o fim pela medalha de ouro no salto com vara nos Jogos</p><p>Olímpicos do Rio. No fim, só o brasileiro superou a marca de 6,03 m e ficou com o</p><p>lugar mais alto do pódio.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 82</p><p>Figura 28: Thiago Bráz com medalha de ouro no salto com vara Rio 2016</p><p>Fonte: https://www.abcdacomunicacao.com.br/ouro-de-thiago-braz-no-rio-completa-um-ano/</p><p>Dando sequência aos resultados de sucesso, Thiago conquista medalha de bronze</p><p>nas olímpiadas de Tókio em 2021, desbancando mais uma vez seu rival o Francês</p><p>Lavillenie e marcado de vez seu nome na história do esporte Brasileiro.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Thiago Braz chega ao pódio e faz história nas Olimpíadas. Veja fotos do medalhista de</p><p>bronze!</p><p>Thiago Braz já fez história nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, quando</p><p>conquistou o a medalha de ouro no salto com vara e ainda bateu o recordo olímpico. E,</p><p>nesta terça-feira, 3 de julho, ele voltou a fazer história, ganhando a medalha de bronze</p><p>em Tóquio 2020.</p><p>Porém, a parte de fazer história não fica apenas com a medalha e o fato de manter o</p><p>recorde olímpico. O brasileiro é o nono na história do salto com vara em Olimpíadas a</p><p>somar duas medalhas no evento. Os outros foram os norte-americanos Bob Richards</p><p>e Bob Seagren, o francês Renaud Lavillenie, o polonês Tadeusz Ślusarski, o japonês</p><p>Shuhei Nishida e os soviéticos Igor Trandenkov e Maksim Tarasov.</p><p>Figura: Pódio nas olímpiadas de Tókio</p><p>2021</p><p>Fonte: https://www.ofuxico.com.br/noticias/thiago-braz-chega-ao-podio-e-faz-historia-nas-olimpiadas-veja-fotos-do-medalhista-de-bronze/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 83</p><p>CAPÍTULO 10</p><p>AULA DE PROVAS DE CAMPO:</p><p>ARREMESSO DE PESO E</p><p>LANÇAMENTO DO MARTELO</p><p>Arremesso de peso</p><p>Para Matthiesen (2017), o arremesso de peso é uma modalidade olímpica de atletismo,</p><p>onde os atletas competem para arremessar uma bola de metal o mais longe possível.</p><p>As qualidades principais do atleta campeão são a força e a aceleração. Ao contrário</p><p>do lançamento de dardo, lançamento de martelo e lançamento de disco, este esporte</p><p>é chamado oficialmente de arremesso devido ao fato do peso ser empurrado e os</p><p>demais serem projetados com características diferentes.</p><p>Com relação à história do arremesso de peso, e já relatamos nas aulas anteriores</p><p>o ato de arremessar algo faz parte dos movimentos naturais do homem e arremessar</p><p>pedra já fazia parte dos movimentos utilizados por nossos ancestrais, mas na Grécia</p><p>antiga Homero menciona competições de arremessos de pedras, não há registros de</p><p>uma prova como está nos Jogos Olímpicos da Antiguidade.</p><p>Figura: Mandala dos Jogos olímpios Grécia antiga</p><p>Fonte: https://www.turismogrecia.info/guias/grecia/os-jogos-olimpicos-na-grecia-antiga</p><p>Por muito tempo a técnica usada foi a tradicional, onde o atleta vinha de costas</p><p>para o campo e fazia um movimento único girando o corpo 180º para realizar o</p><p>arremesso. Presente desde a primeira edição olímpica, o arremesso de peso teve como</p><p>seu primeiro campeão o americano Robert Garrett, com 11,22 m, longe do recorde</p><p>mundial da época, de 14,32 m. Na edição seguinte, em Paris-1900, a marca já evoluiu</p><p>bastante e o americano Richard Sheldon venceu com 14,10 m.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 84</p><p>Figura : arremesso de peso nos primeiros jogos olímpicos da era moderna</p><p>Fonte: https://www.basefitness.com.br/arremesso-de-peso/</p><p>As regras oficiais do arremesso de peso onde a bola oficial masculina tem</p><p>uma massa de 7,26 kg e é geralmente feita de bronze ou ferro fundido e chumbo,</p><p>possuindo cerca de 12 cm de diâmetro. Na categoria feminina ela pesa 4 kg e o seu</p><p>diâmetro é de 9 cm aproximadamente.</p><p>O arremessador tem uma área restrita circular de diâmetro 2,135 m (7 pés) para</p><p>se locomover, com um anteparo semicircular de concreto ou madeira de 10 cm de</p><p>altura no limite frontal dela; no início do lançamento, o peso deve estar colocado</p><p>entre o ombro e o pescoço do atleta e arremessado com as pontas dos dedos, e não</p><p>com a palma da mão. Durante o lançamento, o atleta deve rodar sobre si mesmo e</p><p>arremessar (técnica com giro). A marca obtida em cada arremesso é medida a partir</p><p>do primeiro lugar onde o peso bate no chão, dentro de um setor pré-determinado</p><p>com 35° de abertura; o atleta não pode tocar no anteparo do chão, nem ultrapassá-lo</p><p>com o pé e o arremesso deve ser sempre feito numa linha acima do ombro. Caso ele</p><p>deixe o círculo antes do peso tocar o solo ou se retirar dele pela frente ou pelo lado,</p><p>o arremesso é invalidado. Em competições oficiais, se houver até oito competidores</p><p>participando, cada atleta tem direito a seis lançamentos. Quando há mais de oito,</p><p>cada um tem direito a três lançamentos e somente os oito primeiros fazem mais</p><p>três lançamentos. A posição na classificação é determinada pela distância obtida no</p><p>maior arremesso válido; em, caso de empate, vale a segunda maior marca do atleta.</p><p>Segundo Rojas (2017), a técnica do giro, a mais usada atualmente, em que o atleta faz</p><p>o movimento giratório com o corpo semelhante ao lançamento de disco conseguindo</p><p>maior impulsão, foi primeiramente usada pelo soviético Aleksandr Baryshnikov no</p><p>começo da década de 1970, depois de criada por seu técnico Viktor Alexeyev; com</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 85</p><p>ela, Baryshnikov conquistou o recorde mundial da modalidade em 1976, fazendo a</p><p>marca de 22,00 metros. Outra técnica utilizada é inventado pelo americano Willian</p><p>Parry O’Brien conhecida como técnica do coice.</p><p>Figura: Mostra os dois estilos de arremesso de peso</p><p>Fonte: https://prezi.com/p7ccfpjqoqzu/arremesso-de-peso/</p><p>A primeira participação brasileira na prova foi em Paris-1924. José Galimberti foi</p><p>25º com 11,30 m e Octávio Zani ficou sem marca, queimando suas tentativas. Antônio</p><p>Lira competiu em Los Angeles-1932, mas queimou suas três tentativas, ficando sem</p><p>marca. Carmine Giorgi também estava inscrito, mas não competiu nesta prova, apenas</p><p>no lançamento de martelo. Lira voltou em Berlim-1936, mas não pegou vaga na final.</p><p>O Brasil só voltou a competir na prova na Rio-2016 com Darlan Romani, que na</p><p>qualificação bateu o recorde brasileiro com 20,94 m. Na decisão, Darlan abriu com</p><p>21,02 m, novamente recorde nacional. Ele fez uma ótima final, mas não melhorou a</p><p>marca e acabou na 5ª colocação.</p><p>Figura 33: Darlan Romani arremesso de peso</p><p>Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016/noticia/2016-08/darlan-roman-fica-em-quinto-e-quebra-recorde-brasileiro-no-arremesso-de</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 86</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Darlan Romani teve covid, treinou em terreno baldio na pandemia e teve Kombi</p><p>reformada por Luciano Huck</p><p>Darlan Romani ficou na quarta colocação do arremesso de peso nos Jogos</p><p>Olímpicos de Tóquio e não alcançou a tão sonhada medalha. O brasileiro teve seis</p><p>tentativas e conseguiu um 21,88m como melhor marca. O ciclo olímpico do atleta</p><p>foi marcado por muitas dificuldades e por uma exposição nacional fora do esporte,</p><p>tudo com o objetivo de homenagear o pai.</p><p>Darlan tinha o sonho de reformar uma Kombi para homenagear o pai, que não está</p><p>mais vivo. O sonho, porém, esbarrava na dificuldade financeira. Romani penou para</p><p>conseguir desembolsar R$ 3 mil para comprar uma kombi velha e não teve dinheiro</p><p>para poder fazer a reforma.</p><p>- Falei (pro vendedor: ‘Mano, eu não tenho dinheiro, você passa cartão de crédito?’.</p><p>Fui lá e passei R$ 3 mil, parcelei em dez vezes, mas ela não tinha motor, não tinha</p><p>embreagem - disse ele, no ‘Caldeirão do Huck’.</p><p>Com isso, Romani escrevia para o quadro ‘Lata-Velha’ do programa de Luciano</p><p>Huck, e conseguiu realizar o sonho da reformar através do departamento de</p><p>jornalismo da Globo, que levou a história para o apresentador. O programa foi</p><p>exibido em 2020 e reexibido no mês passado, antes dos Jogos Olímpicos. Para ter</p><p>o carro de volta, o atleta teve que cantar Michel Teló.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 87</p><p>Fonte: https://esportes.yahoo.com/noticias/darlan-romani-teve-covid-treinou-111717400.html</p><p>Como treinamento devemos entender a prova, quais são os movimentos</p><p>trabalhados, a técnica e musculatura envolvidas, assim um perfil desse atleta é de</p><p>uma pessoa de grande estatura e grande massa muscular em membros superiores,</p><p>pois a força em conjunto com a técnica é determinante para bons resultados, assim</p><p>treinamentos de força e potência são excelentes para esses atletas e não devemos</p><p>excluir trabalho de peronas, pois o equilíbrio e peronas forte também são muito</p><p>utilizadas nessa prova.</p><p>Figura: exercícios com pesos são indicados para esses atletas.</p><p>Fonte: https://www.basefitness.com.br/arremesso-de-peso/</p><p>Lançamento de martelo</p><p>Lançamento de martelo é uma prova na qual o chamado martelo na verdade é</p><p>uma esfera de metal – geralmente aço inoxidável ou bronze – com 7,26 kg de peso</p><p>no masculino e 4 kg no feminino. Ela é presa a um cabo de aço na ponta do qual</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 88</p><p>existe uma manopla, onde a atleta segura para o lançamento. O conjunto esfera, cabo</p><p>e manopla formam uma unidade de comprimento máximo de 1,2 m.</p><p>Como a história do lançamento de martelo tem como origem no século XV da</p><p>Escócia e a prova</p><p>estreou nos Jogos na sua segunda edição, em Paris-1900, quando</p><p>foi vencida pelo britânico naturalizado americano John Flanagan com 51,01 m. Ele</p><p>se tornou o primeiro tricampeão olímpico numa mesma prova (ao lado de Ray Ewry</p><p>nas descontinuadas provas de saltos sem corrida) ao vencer também St. Louis-1904</p><p>com 51,23 m e em Londres-1908 com 51,92 m. Os americanos seguiram vencendo</p><p>nas 3 Olimpíadas seguintes no martelo.</p><p>O Brasil no lançamento de martelo iniciou-se as participação nos jogos olímpicos</p><p>com Octávio Zani foi o primeiro brasileiro a competir no lançamento de martelo. Em</p><p>Paris-1924, Zani competiu no arremesso de peso, dois dias depois no martelo e três dias</p><p>depois no disco. No martelo, acabou em 14º com 33,895 m. Carmine Giorgi representou</p><p>o Brasil em Los Angeles-1932 ficando em 13º com 36,45 m. Em Berlim-1936, Assis</p><p>Naban também participou dos Jogos, mas ficou na qualificação, não passando para</p><p>a final.</p><p>Fases do lançamento de martelo:</p><p>Fonte: https://jornal.usp.br/ciencias/cientistas-desvendam-a-fisica-por-tras-da-performance-dos-atletas/</p><p>Após um hiato de 80 anos, o Brasil voltou a ter um atleta na prova, em casa.</p><p>Wagner Domingos competiu na Rio-2016 e conseguiu um belo resultado. Ele foi 9º na</p><p>qualificação com 74,17 m e disputou a final. Mas sem melhorar sua marca, acabou</p><p>em 12º com 72,28 m.</p><p>O Brasil não tem tradição nessa prova dominadas principalmente por atletas do</p><p>leste europeu.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 89</p><p>Figura 34: atleta brasileiro realizando o lançamento de martelo</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/lancamento-de-martelo-masculino/</p><p>As regras do lançamento de martelo tem como regras e setor de lançamento na</p><p>pista é feito com o atleta posicionado dentro de uma base de concreto circular de</p><p>2,135 metros de diâmetro (7 pés), com um anel metálico ressaltado marcando o</p><p>diâmetro limite. Para que a distância seja medida, o lançamento precisa ser feito de</p><p>maneira a que o implemento caia dentro de uma área marcada num ângulo de 34,92°</p><p>à frente e o atleta não pode sair do círculo antes que o martelo toque o chão após o</p><p>voo e sempre pela parte traseira dele.</p><p>O setor onde se realiza o lançamento de martelo é envolto por três lados por</p><p>uma gaiola (geralmente revestida por redes), de cerca de dez metros de altura, que</p><p>protege os espectadores e demais atletas de um lançamento mal sucedido. Após a</p><p>chamada e permissão do árbitro, o atleta deve adentrar no setor e realizar o movimento</p><p>de lançamento. O lançamento será invalidado: se os pés do atleta tocarem fora do</p><p>círculo de 2,135 m, ou sobre a parte superior da borda metálica que o envolve; se</p><p>o atleta demorar mais de 1 minuto para iniciar o movimento de lançamento; se o</p><p>implemento for lançado fora do ângulo demarcado junto à grama; se, após realizar o</p><p>lançamento, o atleta deixar o setor pela metade da frente do círculo. Como nas demais</p><p>competições de lançamentos, vence quem lançar o implemento a maior distância.</p><p>Geralmente os atletas fazem dois ou três rodopios antes de lançá-lo para ganhar mais</p><p>impulsão. Cada atleta tem três tentativas e, após realizá-las, ficam apenas oito atletas</p><p>com os melhores resultados para realizar mais três lançamentos. Como resultado final,</p><p>considera-se a melhor marca entre os seis lançamentos feitos. Em caso de empate,</p><p>vale a segunda melhor marca do atleta.</p><p>Como treinamento seguimos a base do arremesso e peso descrito na aula anterior</p><p>mas com detalhes sobre os movimentos da prova.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 90</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Polonesa quebra recorde mundial do lançamento de martelo e é ouro no Rio</p><p>Anita Wlodarczyk já havia batido o recorde olímpico na prova e depois cravou</p><p>82,29m</p><p>A sessão matinal desta segunda-feira estava longe de ter o mesmo público da</p><p>final dos 100m masculino da véspera. Mas os torcedores que compareceram ao</p><p>Engenhão puderam presenciar uma atuação de gala de Anita Wlodarczyk. Favorita</p><p>na final do lançamento de martelo feminino, a polonesa primeiro quebrou o recorde</p><p>olímpico (80,40m). Na tentativa seguinte, conseguiu se superar. Alcançou 82,29m,</p><p>quebrando o próprio recorde mundial. Antes de selar o título, fez ainda a segunda</p><p>melhor marca da história da prova. Conquistou o ouro com mais de cinco metros a</p><p>mais do que a distância alcançada pela chinesa Wanxiu Zhang, que levaria a prata</p><p>(76,75m). Sophie Hitchon quebrou o recorde britânico com 74,54m e completou o</p><p>pódio.</p><p>- Eram condições extremamente difíceis, mega quente. Eu tive que usar água fria na</p><p>cabeça durante a competição. O resultado é fantástico nessas condições. Depois</p><p>do recorde mundial eu senti uma explosão de felicidade. Agora estou extremamente</p><p>cansada, mas foi o melhor dia da minha vida. É incrível que tivesse tanta torcida</p><p>durante o lançamento de martelo. Foi aniversário da minha mãe, então foi um</p><p>grande presente tê-la aqui comigo - disse a campeã.</p><p>Em quatro dia de disputas do atletismo no Engenhão, já foram quebrados três</p><p>recordes mundiais. Os dois primeiros foram dos 10.000m feminino, com a etíope</p><p>Almaz Ayana, que anotou a marca de 29m17s45, e o dos 400m rasos masculino,</p><p>obtido por Wayde van Niekerk, da África do Sul, com o tempo de 43s03.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 91</p><p>O favoritismo de Wlodarczyk, líder do ranking mundial na temporada, se fez valer</p><p>ainda no primeiro lançamento, quando alcançou 76,35m e assumiu a liderança. Dali</p><p>não sairia mais. Na segunda tentativa, ficou observando o implemento voar pelo</p><p>Estádio Olímpico até cair no gramado. Vibrou demais por quebrar o então vigente</p><p>recorde dos Jogos, estabelecido pela russa Tatyana Beloborodova em Londres 2012</p><p>(78,18m).</p><p>Na terceira tentativa, a polonesa foi além. Superou a si mesma mais uma vez. A</p><p>execução perfeita foi premiada pela marca de 82,29m, mais de dois metros superior</p><p>ao recorde que ela mesma havia estabelecido há pouco mais de um ano, no</p><p>Mundial de Pequim: 81,08m. Ao ver à distância onde o martelo havia caído, saltou</p><p>feito criança pela área de lançamento.</p><p>A felicidade foi tanta que pode ter atrapalhado sua concentração. Queimou a</p><p>quarta tentativa, que àquela altura não faria falta alguma. Mas na quinta chance,</p><p>Wlodarczyk encontraria a perfeição novamente. Os 81,74m representavam a</p><p>segunda melhor marca de todos os tempos. O sexto arremesso seria só para</p><p>cumprir tabela. Nenhuma adversária ousava acreditar que tiraria o ouro da</p><p>polonesa. Tinha sido uma manhã dos sonhos.</p><p>Fonte: http://ge.globo.com/olimpiadas/atletismo/noticia/2016/08/polonesa-quebra-recorde-mundial-do-lancamento-de-martelo-na-final-no-rio.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 92</p><p>CAPÍTULO 11</p><p>PROVAS DE CAMPO</p><p>– LANÇAMENTO DE</p><p>DARDO E DISCO</p><p>Lançamento de dardo</p><p>Lançamento de dardo é uma modalidade olímpica do atletismo existente desde</p><p>a Grécia Antiga. Uma das mais nobres modalidades por sua antiguidade, integra</p><p>o heptatlo e o decatlo, além de ter sua própria prova individual. Assim como o lançamento</p><p>de martelo e lançamento de disco, este esporte é chamado oficialmente de lançamento.</p><p>Somente o arremesso de peso é chamado de arremesso, devido ao fato do peso ser</p><p>empurrado e os demais serem projetados com características diferentes.</p><p>Para Rojas (2017), o dardo faz parte da história do homem desde a antiguidade,</p><p>pois o dardo era uma ferramenta de sobrevivência para caçar e defesa, mas a prova só</p><p>começou sua participação em 1908, tendo a domínio dos europeus da Escandinávia.</p><p>Figura: Homem das cavernas usando da lança para caçar</p><p>Figura: https://www.istockphoto.com/br/foto/o-homem-da-caverna-de-primeval-que-desgasta-a-pele-animal-prende-a-lan%C3%A7a-derrubada-de-</p><p>gm1194512812-340165366</p><p>O dardo é um objeto em forma de lança, feito de metal, fibra de vidro ou fibra</p><p>de carbono. Seu tamanho, tipo, peso mínimo</p><p>e centro de gravidade foram definidos</p><p>pela World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) e variam do homem</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 93</p><p>para a mulher. O homem usa um dardo de 2,7 metros de comprimento, pesando</p><p>800 gramas. A mulher usa um dardo um pouco mais leve, 600 gramas, e tem 2,3</p><p>metros de comprimento. Os dois modelos têm uma empunhadura feita de corda</p><p>localizada no centro de gravidade.</p><p>Figura: Dardo de competição</p><p>Figura: https://www.pistaecampo.com.br/dardo-de-aco-inox-500g-viking-iaaf-nordic.html</p><p>Como regras para a prova o atleta corre para tomar impulso e usa uma pista de</p><p>corrida e lançamento com 34,9 metros de comprimento e 4 metros de largura, fazendo</p><p>um giro rápido com o corpo para lançar. O dardo costuma sair das mãos do atleta</p><p>com uma velocidade de 100 km/h. Após o voo, ele aterra numa zona relvada que</p><p>costuma ocupar a zona central dos estádios de atletismo. A marca obtida pelo atleta</p><p>é medida pelos oficiais, desde o limite da zona de lançamento até ao primeiro ponto</p><p>onde o dardo tocou no chão, obrigatoriamente dentro de um setor pré-marcado no</p><p>campo com um ângulo de 29°.</p><p>Ao contrário das outras modalidades de lançamento (martelo, peso e disco), a técnica</p><p>do dardo tem regras próprias ditadas pela IAAF e lançamentos “não-ortodoxos” não</p><p>são permitidos; o dardo precisa ser seguro pela empunhadura e lançado por cima do</p><p>braço levantado ou dos ombros; além disso é proibido ao atleta se virar completamente</p><p>de maneira a que seu rosto fique em direção contrária ao lançamento, técnica que é</p><p>muito usada, por exemplo, no lançamento de disco.</p><p>Figura: As fases do lançamento de dardo</p><p>Fonte: https://drpesteves.wordpress.com/about/atletismo/lancamento-do-dardo/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 94</p><p>O lançador é desclassificado se sair da zona de lançamento antes, durante ou</p><p>depois do lançamento, ou se o dardo tocar no solo sem ser pela ponta dianteira dele.</p><p>As competições de lançamento de dardo iniciam-se com três rondas de lançamentos</p><p>para cada atleta. Após esta fase, os oito melhores resultados são apurados para</p><p>realizar mais três lançamentos. Ao fim da prova, o atleta que obtiver a maior distância</p><p>num lançamento legítimo é declarado vencedor. No caso de um empate, vence aquele</p><p>com a segunda melhor marca.</p><p>Figura : Atleta brasileira no lançamento de dardo</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/lancamento-de-dardo-feminino/</p><p>O Brasil nas olímpiadas só começou a participar com o atleta Willy Seewald em</p><p>Paris-1924, que terminou em 18º com 49,39 m. Heitor Medina competiu em Los</p><p>Angeles-1932 terminando em 11º com 58,00m. O país só voltou a ter um competidor</p><p>na prova em casa. Júlio César de Oliveira tinha batido o recorde nacional em 2015</p><p>com 83,67 m e atingiu o índice para os Jogos da Rio-2016. Na qualificação ele marcou</p><p>80,49 m, terminando em 16º lugar e sem vaga na final.</p><p>O Brasil não tem boas perspectivas para essa prova, pois desde a aposentadoria de</p><p>Júlio César de Oliveira em 2017, nenhum brasileiro conseguiu um grande resultado.</p><p>Em 2019, a melhor marca foi de 74,51 m, com Luiz Maurício da Silva, que em 2020</p><p>marcou 73,45 m. Estas marcas, contudo, ainda muito longe do índice de 85,00 m.</p><p>O favoritismo em Tóquio 2021 no dardo masculino é o alemão Johannes Vetter.</p><p>Quarto na Rio-2016, o alemão venceu o Mundial de 2017 e foi bronze no de 2019.</p><p>Vetter tem atualmente cinco das 15 melhores marcas da história e, em setembro de</p><p>2020, fez 97,76 m em prova na Polônia, a segunda melhor marca da história, atrás</p><p>apenas do recorde do checo Jan Zelezny, 72 cm melhor.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 95</p><p>As fases do lançamento de dardo:</p><p>• Preparação: essa fase corresponde ao momento de empunhadura ou pega.</p><p>• Corrida de balanço: essa fase é subdividida nas fases frontal e lateral.</p><p>• Lançamento: nessa fase ocorre o posicionamento do pé esquerdo (de apoio) no</p><p>solo de modo firme, estabelecendo a base do lançamento. Com isso, há uma</p><p>movimentação em efeito de desdobramento, partindo do quadril para o peito,</p><p>em que o atleta mobiliza o corpo para a ação. Com isso, o braço lançador é o</p><p>último a ser acionado, mantendo-se estendido até a soltura do dardo, dando</p><p>continuidade à ação.</p><p>• Recuperação: ao finalizar a ação de lançamento, com a soltura do dardo, o atleta</p><p>deve travar o movimento, evitando passar o limite de lançamento.</p><p>Como treinamento devemos entender a técnica e dividir o movimento da prova</p><p>trabalhando separadamente cada movimento como a pegada, corrida, o lançamento</p><p>e diferente do arremesso de peso e lançamento de martelo o atleta do lançamento</p><p>de dardo tem mais mobilidade característica da prova.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Atleta francês é ferido por dardo na Itália</p><p>Salim Sdiri foi ferido nas costas durante o Golden Gala, em Roma.</p><p>O dardo foi lançado na direção errada pelo finlandês Tero Pitkamaki.</p><p>O atleta francês Salim Sdiri foi ferido acidentalmente por um dardo nesta sexta-feira</p><p>(13), durante a liga de atletismo do Golden Gala, em Roma.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 96</p><p>Sdiri foi ferido nas costas pelo dardo lançado pelo finlandês Tero Pitkamaki, do outro</p><p>lado da arena montada no Estádio Olímpico. Ele foi socorrido no local antes de ser</p><p>levado ao hospital.</p><p>“Ele foi ferido do lado direito. Ele está consciente, mas ainda não sabemos a</p><p>profundidade nem a gravidade do ferimento”, disse Giuseppe Fischetto, médico da</p><p>Federação Italiana de Atletismo.</p><p>Em setembro de 2006, a árbitra Lia Mara Lourenço teve o pé esquerdo perfurado</p><p>por um dardo durante prova no Troféu Brasil de Atletismo, competição disputada no</p><p>Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo.</p><p>Sem equilíbrio</p><p>Pitkamaki havia perdido o equilíbrio na hora de fazer o lançamento, o que fez com</p><p>que o dardo desviasse sua rota e caísse no saltador francês. O finlandês ficou</p><p>em choque quando viu o que havia acontecido. Sdiri estava em quarto lugar na</p><p>competição de salto em distância no momento em que o acidente aconteceu. Ele</p><p>havia saltado 7,88 metros em sua primeira tentativa. As competições de salto em</p><p>distância e lançamento de dardo aconteciam simultaneamente.</p><p>Fonte: https://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL69397-5602,00 ATLETA+FRANCES+E+FERIDO+POR+DARDO+NA+ITALIA.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 97</p><p>Lançamento de disco</p><p>Lançamento de disco é uma modalidade esportiva olímpica do atletismo. O objetivo</p><p>da prova consiste em lançar um disco de metal à maior distância possível, superando</p><p>os demais competidores. Assim como o lançamento de martelo e o lançamento de</p><p>dardo, esses esportes são chamados oficialmente de lançamento.</p><p>Nas regras oficiais o disco usado é um prato de metal com a forma de um círculo</p><p>com o diâmetro de 22 cm. Na prova masculina, o disco mede entre 219 e 221 mm</p><p>de diâmetro e de 44 a 46 mm de espessura e pesa 2 kg. Na modalidade feminina,</p><p>mede entre 180 e 182 mm de diâmetro e de 37 a 39 mm de espessura, pesando 1 kg.</p><p>Figura: Disco de atletismo</p><p>Fonte: http://www.casasenna.com/pt/comprar-disco-lancamento-de-competicao-aprovado-iaaf-9354</p><p>Para Rojas (2017), o lançamento de disco tem sua origem nos Jogos da Antiguidade</p><p>e fazia parte do pentatlo. A prova como conhecemos hoje tem suas origens na década</p><p>de 1870, na Alemanha. No início, o disco era lançado apenas com meia rotação do</p><p>corpo e o primeiro campeão em Atenas-1896 foi o americano Robert Garrett com</p><p>29,15 m. No dia seguinte, Garrett também venceria o arremesso de peso.</p><p>Os primeiros brasileiros a competirem no disco foram José Galimberti e Octávio</p><p>Zani em Paris-1924. Galimberti foi 20º na qualificação com 36,52 m e Zani 23º com</p><p>35,72 m. O Brasil só voltou a competir na prova em Londres-2012, com Ronald Julião,</p><p>que terminou em 41º e último</p><p>ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11</p><p>Segundo Rojas (2017), os jogos olímpicos foram proibidos pelo império Romano</p><p>após conquistarem a Grécia por volta do século IV, o atletismo como várias outras</p><p>modalidades esportivas foram sucumbidas na Idade Média por uma cultura que</p><p>valorizava o lado espiritual e ações “carnais” ficavam em segundo plano, o atletismo</p><p>ressurge no século XIX para integrar os sistemas nacionais de educação de vários</p><p>países da Europa, onde a modalidade é a base desse aprendizado, figurando assim</p><p>no sistema educacional, a modalidade se estruturou com regras e torneios e voltou a</p><p>se tornar uma modalidade olímpica em 1896 na primeira olímpiadas da era moderna</p><p>em Atenas na Grécia.</p><p>Figura 4: Corrida de 100 metros em abril de 1896 em Atenas</p><p>Fonte: https://www.dw.com/pt-br/1896-primeiros-jogos-ol%C3%ADmpicos-da-era-moderna/a-490534</p><p>O atletismo é considerado por muitos autores como Barbante (1997) o esporte</p><p>de base ou esporte pai, pois correr, saltar, lançar e arremessar ações motoras do</p><p>atletismo, também são habilidades motoras necessárias para várias outras modalidades</p><p>esportivas.</p><p>ATLETISMO NO BRASIL E SEUS HERÓIS</p><p>No Brasil, o atletismo não figura como uma das modalidades esportivas com maior</p><p>número de participantes, talvez por alguns motivos como: falta de investimentos,</p><p>visibilidade na mídia, falta de grandes atletas de renome internacional entre outros.</p><p>As provas de atletismo são trazidas para o Brasil pelos imigrantes ingleses por volta</p><p>de 1850 e começa a ter visibilidade em publicações em jornais da época do Rio de</p><p>Janeiro, segundo Matthiesen (2017).</p><p>A participação do atletismo brasileiro nas Olímpiadas deu início em 1924 em Paris,</p><p>mas as primeiras medalha olímpicas foram conquistadas em 1952 (Helsinque na</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 12</p><p>Finlândia), conquistada por Adhemar Ferreira da Silva e José Telles da Conceição, no</p><p>salto triplo medalha de ouro com Adhemar e medalha de bronze com José Telles no</p><p>salto em altura. O feito de Adhemar é muito maior, pois obteve medalha de ouro em</p><p>1952 (Helsinque na Finlândia) e em 1956 (Melbourne, na Austrália) no salto triplo, sendo</p><p>o único brasileiro a participar do Hall da Fama da IAAF (Associação Internacional e</p><p>federações de atletismo). Para Rojas (2017), a prova de salto triplo o Brasil sempre</p><p>tiveram grandes nomes que alavancaram a modalidade, além de Adhemar Ferreira</p><p>da Silva bi campeão olímpico, Nelson Prudêncio medalhista olímpico de prata em</p><p>1968 (México) e medalha de bronze em 1972 (Munique na Alemanha), João Carlos</p><p>de Oliveira conhecido como João do Pulo que conquistou duas medalhas de bronze</p><p>em Montreal no Canadá (1976) e Moscou antiga União Soviética (1980).</p><p>Figura 5: Adhemar Ferreira da Silva – saltando</p><p>Fonte: http://www.cbat.org.br/noticias/noticia.asp?news=16011</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Quem vê o distintivo do São Paulo Futebol Clube se impressiona com a presença de</p><p>nada menos do que cinco estrelas – três vermelhas, ao centro, e duas douradas, nos</p><p>lados, perfazendo uma espécie de triângulo. É um caso único entre clubes brasileiros:</p><p>em geral, nosso times escolhem uma estrela para cada título importante. Alguns, como</p><p>o Grêmio, representam cada grupo de títulos com uma estrela: uma em bronze, para os</p><p>títulos brasileiros; uma em prata, para os títulos continentais; e uma em ouro, para os</p><p>mundiais. Cinco estrelas são,contudo, exclusividade dos são-paulinos. Por quê?</p><p>Primeiro, concentremos atenção nas estrelas do meio – as três, em vermelho. São uma</p><p>referência aos três títulos mundiais conquistados pelo clube, em 1992, 1993 e 2005. As</p><p>duas das pontas têm uma origem extra-futebolística: homenageiam o atleta Ademar</p><p>Ferreira da Silva e suas duas medalhas de ouro no salto triplo em Helsinque (1952) e</p><p>em Melbourne (1956). Ademar era, na época, atleta do São Paulo, que tinha uma equipe</p><p>de atletismo.</p><p>Até onde sei, é o único clube de futebol brasileiro a fazer algo parecido. E merece</p><p>aplausos: uma justíssima homenagem a um dos maiores atletas que o Brasil já teve,</p><p>em um país que, tradicionalmente, dá um pouco espaço para outros esportes que não</p><p>o futebol.</p><p>Fonte: https://perspectivaonline.com.br/2018/04/30/as-cinco-estrelas-no-escudo-do-sao-paulo/</p><p>O Brasil obteve várias medalhas no atletismo ao longo das olímpiadas desde sua</p><p>primeira participação em 1924, destacamos acima o salto triplo, mas em outras provas</p><p>também tivemos medalhistas, conforme Rojas (2017) segue tabela abaixo:</p><p>Ano Atleta Prova Medalha</p><p>1952 Adhemar Ferreira da Silva</p><p>José Telles da Conceição</p><p>Salto triplo</p><p>Salto em altura</p><p>Ouro</p><p>Bronze</p><p>1956 Adhemar Ferreira da Silva Salto triplo Ouro</p><p>1968 Nelson Prudêncio Salto triplo Prata</p><p>1972 Nelson Prudêncio Salto triplo Bronze</p><p>1976 José Carlos de Oliveira Salto triplo Bronze</p><p>1980 José Carlos de Oliveira Salto triplo Bronze</p><p>1984 Joaquim Cruz 800 metros Ouro</p><p>1988 Joaquim Cruz</p><p>Robson Caetano</p><p>800 metros</p><p>200 metros</p><p>Prata</p><p>Bronze</p><p>1996</p><p>Vicente Lenilson</p><p>Edson Luciano</p><p>André Domingues</p><p>Claudinei Quirino</p><p>Revezamento 4X100 m Bronze</p><p>2000</p><p>Vicente Lenilson</p><p>Edson Luciano</p><p>André Domingues</p><p>Claudinei Quirino</p><p>Revezamento 4X100 m Prata</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 14</p><p>2004 Vanderlei Cordeiro Maratoma Bronze</p><p>2008</p><p>Maurren Higa Maggi</p><p>Rosemar Coelho Neto</p><p>Lucimar de Moura</p><p>Thaissa Presti</p><p>Rosângela Santos</p><p>Salto em distância</p><p>Revezamento 4X100 m</p><p>Ouro</p><p>Bronze</p><p>2016 Thiago Braz da Silva Salto com vara Ouro</p><p>Quadro1 de medalhas do atletismo brasileiro nas Olímpiadas</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>Como já falamos no decorrer do texto, a atletismo Brasileiro se iniciou no final do</p><p>século XIX com os imigrantes ingleses e se propagou para todo o país participando pela</p><p>primeira vez em uma olímpiada em 1924 Paris, nosso país era filiado a IAAF (Associação</p><p>Internacional e federações de atletismo) entidade na qual organiza o atletismo mundial,</p><p>no Brasil como entidade organizadora tínhamos o CBD (Confederação Brasileira de</p><p>Desporto) até o ano de 1977 a partir desse ano é criado a CBAt (Confederação Brasileira</p><p>de Atletismo) que tem como objetivo promover, disseminar e organizar o atletismo</p><p>em nosso país. A importância de uma entidade organizadora própria da modalidade</p><p>no caso é CBAt é padronizar regras de acordo com a IAAF, oferecer treinamento de</p><p>aprimoramento aos técnicos, estimular as categorias menores, organizar torneios</p><p>e campeonatos e organizar as seleções do Brasil em todas as categorias. Para os</p><p>graduandos em Educação Físico e futuros profissionais da área, conhecer a organização</p><p>da modalidade é de grande relevância, pois consigo nortear meu trabalho, desde</p><p>a classificação das categorias menores e até mesmo direcionar para projetos de</p><p>rendimento possíveis talentos.</p><p>Para compreender esse fluxo de organização do atletismo nacional, podemos resumir</p><p>que é um esporte olímpico, histórico como visto nesse capítulo que tem sua maior</p><p>entidade organizadora mundial a IAAF (Associação Internacional e federações de</p><p>atletismo), no Brasil a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), em cada estado</p><p>da federação a entidade responsável pela organização, e os clubes.</p><p>Todos os atletas nacionais que almejam uma competição e nível internacional,</p><p>como copa do mundo de atletismo olímpiadas, deve estar regulamente inscrito na</p><p>CBAt, que por sua vez segue as regras internacionais colocadas pela IAAF, e todo o</p><p>evento de atletismo deve ter a chancela da federação local para sua organização,</p><p>exemplo disso são as corridas de rua.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 15</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Site da IAAF: https://worldathletics.org/</p><p>Site CBAt: https://www.cbat.org.br/novo/</p><p>Site dos estados, exemplo estado de São Paulo:</p><p>https://atletismopaulista.com.br/</p><p>Como organizadora do campeonato mundial de atletismo a IAAF, “a copa do</p><p>na qualificação, com 56,20 m. Infelizmente em Tóquio</p><p>o nenhum atleta conseguiu índice para participar das olímpiadas.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 98</p><p>Figura : Atleta Ronald Julião nosso último representante em olímpiadas</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/lancamento-de-disco-masculino/</p><p>O favoritismo para Tóquio é o sueco Daniel Stahl. Ele competiu no Rio-2016, após</p><p>um 5º lugar no Mundial de 2015 e do Europeu de 2016, mas ficou em 14º na quali e</p><p>nem chegou à final. Após isso, Stahl evoluiu muito, foi prata no Mundial de 2017, no</p><p>europeu do ano seguinte e levou o ouro no Mundial de Doha-2019. O sueco é dono</p><p>de 12 das 15 melhores marcas do 2019, incluindo três acima dos 70 m. Em 2020,</p><p>Stahl seguiu em boa fase, lançando duas vezes para mais de 70 m e fazendo 6 das</p><p>10 melhores marcas. Tem ainda 4 das 20 melhores marcas da história.</p><p>Figura: Daniel Stahl destaque do atletismo mundial</p><p>Figura: https://www.gettyimages.pt/detail/fotografia-de-not%C3%ADcias/daniel-stahl-of-team-sweden-competes-in-the-fotografia-de-</p><p>not%C3%ADcias/1331617952</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 99</p><p>O lançamento é feito de dentro de um círculo de 2,5 m de diâmetro no chão, margeado</p><p>por um anteparo de concreto de 2 cm de altura. O atleta segura o disco plano contra os</p><p>dedos da mão e o antebraço do lado do lançamento, gira sobre si mesmo rapidamente</p><p>e lança o disco ao ar estendendo o braço. Para melhorar a pegada é permitido o uso</p><p>de uma substância adequada nas mãos e pode ser usado um cinturão para proteger</p><p>a coluna.</p><p>Figura: Fases do lançamento do disco</p><p>Figura: http://www.casasenna.com/pt/comprar-disco-lancamento-de-competicao-aprovado-iaaf-9354</p><p>Para a medição da distância lançada, o disco precisa aterrar dentro de uma área</p><p>pré-marcada e o atleta não pode deixar o círculo antes do disco cair, e sempre pela</p><p>metade traseira do círculo. Caso pise fora dele durante o lançamento ou antes do disco</p><p>tocar o solo, o lançamento é impugnado. Normalmente, os atletas dão uma volta e</p><p>meia com o corpo como impulso e em cada competição são feitos entre quatro e seis</p><p>lançamentos. No caso de empate, o desempate é feito pela segunda maior marca e</p><p>assim sucessivamente.</p><p>Também é umas provas do atletismo que requer muita técnica pois o lançamento</p><p>de disco é feito através de giros sobre o próprio eixo de forma rápida para lançar o</p><p>mais distante possível, assim treinamento da técnica de lançamento é indicado.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 100</p><p>CAPÍTULO 12</p><p>PROVAS COMBINADAS –</p><p>HEPTATLO E DECATLO</p><p>Prova combinada por redundância do nome combina provas de campo e pista em</p><p>dois dias de competição é a prova onde os atletas são os “super heróis”, pois são</p><p>considerados os mais completos do atletismo. Heptatlo é feminino com sete provas</p><p>e decatlo é masculino com dez provas.</p><p>Segundo Matthiesen (2017), o heptatlo voltada para as mulheres, que inclui no total</p><p>sete provas de atletismo que são divididas em dois dias. No primeiro dia de competição,</p><p>as atletas realizam os 100 metros com barreiras, salto em altura, lançamento de peso</p><p>e os 200 metros rasos. Para o segundo dia ficam o salto em distância, lançamento</p><p>de dardo e os 800 metros rasos.</p><p>Para cada prova é necessária uma marca para tingir 100 pontos, no quadro a seguir</p><p>segue as marcas para heptatlo.</p><p>Figura: Mostra a pontuação do heptatlo</p><p>Fonte: https://sites.google.com/site/educopediaedfisica/atletismo/decatlo-e-pentatlo</p><p>Em 1964 foi implantado o pentatlo como modalidade feminina nas Olimpíadas. Ele</p><p>durou por 20 anos, até ser substituído pelo heptatlo, em 1984, ao contrário que no</p><p>masculino é desde 1912.</p><p>Aída dos Santos foi a primeira brasileira a competir em uma prova combinada,</p><p>quando disputou o pentatlo na Cidade do México-1968. Quarta colocada no salto em</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 101</p><p>altura na edição anterior, ela acabou na 20ª colocação no pentatlo, indo mal inclusive</p><p>na sua principal prova, marcando 1,59 m, longe do 1,74 m dos Jogos anteriores.</p><p>Conceição Geremias disputou a última aparição do pentatlo nos Jogos em</p><p>Moscou-1980, terminando em 14º lugar com 4.263 pontos. Ela também competiu</p><p>na estreia do heptatlo em Los Angeles-1984, mas teve problemas no lançamento</p><p>de dardo, ficando sem marca e desistiu de disputar os 800 m. Já em Seul-1988, a</p><p>brasileira conseguiu terminar, mas ficou na 22ª posição com 5.508 pontos.</p><p>Lucimara da Silva esteve em Pequim-2008, após ser bronze no Pan do Rio-2007.</p><p>Ela ficou em 16º com 6.076 pontos, conseguindo mais de 1.000 em duas provas, mas</p><p>pecando no peso e no dardo.</p><p>Vanessa Chefer competiu no Rio-2016, onde ficou na 23ª posição geral com 6.024</p><p>pontos. Teve os 200 m como sua melhor performance.</p><p>Figura 37: Heptatlo as provas</p><p>Fonte: https://rioandlearn.com/pt-br/atletismo-em-portugues/</p><p>As regras do heptatlo são as seguintes</p><p>• A mesma atleta é quem deve cumprir as sete provas dos dois dias de heptatlo,</p><p>caso contrário, não pode ser considerada como participante dessa modalidade.</p><p>• Na maioria das vezes, há um intervalo de meia hora entre as provas realizadas</p><p>no dia, no entanto, esse tempo pode variar.</p><p>• Para cumprir as provas de lançamento de peso, lançamento de dardo, salto em</p><p>distância e salto em altura, a atleta tem três chances.</p><p>• A conduta desonesta de uma competidora em relação às suas oponentes,</p><p>quando detectada, gera punições, que vão desde a redução dos pontos até a</p><p>desclassificação do heptatlo.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 102</p><p>• Quem vence a modalidade do heptatlo é a participante que somar o maior</p><p>número de pontos em todas as provas.</p><p>• Os pontos das provas são dados com base em tempo ou distância, dependendo</p><p>de cada prova. Eles são calculados após a realização de cada prova, mas a</p><p>pontuação final, obviamente, é calculada ao final do segundo dia de competição.</p><p>Atual recordista brasileira na prova, com 6.188 pontos, Vanessa Chefer Spíndola é</p><p>o principal nome do Brasil no heptatlo, mas está um pouco longe do índice de 6.420</p><p>pontos, mais de 250 pontos acima de seu recorde brasileiro. Como são apenas 24</p><p>vagas para os Jogos de Tóquio no heptatlo, será difícil ela conseguir.</p><p>Figura 38: Atleta Vanessa Chefer Spíndola</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/heptatlo/</p><p>Decatlo</p><p>Segundo Matthiesen (2017), decatlo é uma competição de atletismo composta</p><p>por dez provas exclusiva para homens. Os atletas inscritos competem num programa</p><p>de dois dias que inclui as seguintes modalidades: 100 metros rasos; salto em</p><p>distância, arremesso de peso, salto em altura, 400 metros rasos (1º dia); 110 metros</p><p>com barreiras, lançamento de disco, salto com vara, lançamento de dardo, 1500</p><p>metros (2º dia). A especial importância do decatlo deve-se a que o vencedor dessa</p><p>modalidade é considerado “o atleta mais completo do mundo”, por causa do conjunto</p><p>de provas que a modalidade exige, ao mesmo tempo, resistência extraordinária e o</p><p>desenvolvimento harmônico de diferentes aptidões físicas.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 103</p><p>Para cada prova é necessária uma marca para tingir 100 pontos, no quadro a seguir</p><p>segue as marcas para Decatlo..</p><p>Figura: Provas do decatlo</p><p>Fonte: https://sites.google.com/site/educopediaedfisica/atletismo/decatlo-e-pentatlo</p><p>Embora tenha se tornado modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos de 1912, o</p><p>decatlo tem suas origens nos jogos que eram praticados na Grécia Antiga. A diferença é</p><p>que naquela época, era um pentatlo, composto por salto em comprimento, lançamento</p><p>de disco, lançamento de dardo, uma corrida e uma luta. Esse pentatlo começou a ser</p><p>praticado em 708 a.C.</p><p>Figura : Decatlo as provas</p><p>Fonte:</p><p>https://rioandlearn.com/pt-br/atletismo-em-portugues/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 104</p><p>Até 1908, a modalidade olímpica ainda era o pentatlo. Depois ficou fora dos jogos</p><p>até 1912, quando voltou já estava reformulado como decatlo. Um dos recordistas</p><p>mundiais mais importantes do decatlo é o norte-americano Ashton Eaton, que em 2012</p><p>superou os concorrentes atingindo a maior pontuação mundial: 9039 pontos. Ashton</p><p>foi o grande vencedor dessa modalidade nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.</p><p>Uma modalidade que exige velocidade, força, concentração e todas as características</p><p>necessárias para os atletas que se dispõem a participar de uma competição de nível</p><p>tão elevado quanto essa.</p><p>O Brasil no decatlo em olímpiadas iniciou com Carlos Woebcken, nascido na Alemanha,</p><p>foi o primeiro brasileiro a competir no decatlo olímpico, em Los Angeles-1932, mas ele</p><p>não terminou os 100 m, a primeira prova das dez, e ficou sem pontuação. Pedro da</p><p>Silva voltou a colocar o país na disputa olímpica em Barcelona-1992. Ele fez um bom</p><p>primeiro dia, com destaque para um 2,06 m no salto em altura, mas no lançamento</p><p>de disco errou as três tentativas e abandonou a prova.</p><p>Figura: Atletas brasileiros das primeiras olímpiadas</p><p>Fonte: esearchgate.net/profile/Katia Rubio/publication/281178503_Atletas_Olimpicos_Brasileiros/links/5735c24a08ae298602e08d0a/Atletas-Olimpicos-</p><p>Brasileiros.pdf</p><p>Em Pequim-2008, Carlos Chinin conseguiu o índice e competiu pelo Brasil, mas</p><p>queimou as três tentativas no arremesso de peso, a 3ª prova do decatlo. Ele ainda</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 105</p><p>competiu nas duas provas seguintes, mas desistiu do segundo dia e ficou sem marca</p><p>final. Luiz Alberto Araújo esteve em Londres-2012 e se tornou o primeiro brasileiro a</p><p>terminar o decatlo nos Jogos, ficando em 19º com 7.849 pontos. No Rio-2016, ele</p><p>voltou a competir, começando muito bem nos 100 m com a 6ª marca, seguiu bem</p><p>no salto em distância e no arremesso de peso. Após três provas, ele estava em 4º no</p><p>geral. Mas despencou para 12º após um fraco salto em altura. Foi bem nos 400 m</p><p>e encerrou o 1º dia de disputas em 9º no geral. No 2º dia, Luiz Alberto estava em 7º</p><p>após os 110 m com barreiras, o disco e o salto com vara. No dardo, sua pior prova,</p><p>caiu para 10º, mantendo a posição após os 1.500 m. Acabou na ótima 10ª posição</p><p>com 8.315 pontos.</p><p>Nosso representante em Tóquio é Felipe Vinícius dos Santos que assegurou o</p><p>índice olímpico no decatlo, com a marca de 8.364 pontos no Troféu Brasil de 2020. É o</p><p>segundo melhor brasileiro na história da prova, atrás apenas de Carlos Chinin. Em uma</p><p>temporada de poucas competições, a marca de Santos foi a quarta melhor de 2020.</p><p>Figura 40: Decatleta Felipe dos Santos</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/toquio-2020/jogos-olimpicos/atletismo/decatlo/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 106</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Conheça Jefferson Santos, o Super-Homem do decatlo brasileiro no Pan</p><p>Para disputar dez provas em dois dias, o atleta equilibra treinamentos intensos com</p><p>alimentação restrita na preparação para Lima 2019</p><p>No atletismo, não há desafio maior que as provas combinadas. No decatlo, os</p><p>atletas devem demonstrar versatilidade e bom desempenho no maior número de</p><p>modalidades em apenas dois dias de competição. Nos Jogos Pan-Americanos</p><p>2019, que acontecem em Lima, no Peru, entre os dias 26 de julho a 11 de agosto,</p><p>um dos representantes do país no esporte é o tricampeão brasileiro e bicampeão</p><p>sul-americano Jefferson Santos.</p><p>Aos 23 anos, o atleta do Esporte Clube Pinheiros é um verdadeiro super-herói. E</p><p>se prepara como tal. Em um esporte que tanto exige do atleta, a rotina de treinos</p><p>somada a uma dieta estruturada é essencial para o alto rendimento. “O desgaste</p><p>energético na minha prova é muito alto, por isso procuro sempre estar em dia com</p><p>alimentação, evitando comidas gordurosas e com muitas calorias, por isso tenho</p><p>acompanhamento de uma nutricionista”, contou Jefferson.</p><p>“De manhã, consumo o suficiente para me manter durante os treinamentos,</p><p>com alimentos como pão, cereais, frutas, iogurtes, ovos. Já no almoço mesclo</p><p>verduras, carnes e o básico como arroz e feijão. Durante o dia como frutas, cereais,</p><p>amendoim e castanhas. De noite, procuro comer coisas leves, mas ricas em</p><p>proteínas”, disse.</p><p>No entanto, mesmo com todo o esforço, o decatleta sabe que é difícil equilibrar</p><p>o mesmo desempenho em todas as provas. “Meus pontos fracos são as provas</p><p>de velocidade, por não ser muito rápido perco um pouco. Mas nas provas como</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 107</p><p>arremesso de peso, salto em altura, lançamento do disco e salto com vara, que são</p><p>provas mais técnicas, acredito que sejam meus pontos fortes”, comentou o atleta.</p><p>Além de todo sacrifício e preparação, Jefferson é mais um atleta que sofre com um</p><p>problema comum no esporte: a falta de apoio e, principalmente, patrocínio. “É difícil.</p><p>Precisamos de ajuda.”</p><p>Inspiração que corre nas veias</p><p>Jefferson começou no esporte aos sete anos. Mas foi somente aos 15 que o atleta</p><p>viu aonde poderia chegar, sempre buscando o alto rendimento. “Diariamente assistia</p><p>vídeos para aprender as técnicas mais difíceis das prova. De vez em quando me</p><p>reunia com meus primos para assistir às competições internacionais, e, sempre que</p><p>havia alguma competição em São Paulo, não perdia uma sequer. Na chuva ou no</p><p>sol, eu estava lá aprendendo. Algumas pessoas falavam que eu não conseguiria ser</p><p>um atleta devido à minha baixa estatura, mas cresci e mostrei onde posso chegar”,</p><p>relatou o decatleta.</p><p>Fonte: https://recordtv.r7.com/pan-lima-2019/conheca-jefferson-santos-o-super-homem-do-decatlo-brasileiro-no-pan-19072019</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 108</p><p>CAPÍTULO 13</p><p>ATLETISMO PARALÍMPICOS</p><p>Nos dias de hoje onde o termo inclusão das pessoas portadoras de necessidades</p><p>especiais é amplamente discutido em todos os setores da sociedade, obviamente</p><p>o esporte não poderia ficar de fora assim o atletismo adaptado oferece inclusão</p><p>e oportunidade as pessoas portadoras de necessidades especiais. Segundo Rojas</p><p>(2017) o esporte adaptado e incluímos o atletismo surge no final das duas guerras</p><p>mundiais onde o número de pessoas que tiveram limitações físicas cresceram muito</p><p>assim a necessidade de programas esportivos como forma de terapia e recreação para</p><p>essas pessoas. Atualmente o esporte Paralímpicos cresceu de maneira exponencial</p><p>assim sua organização em todas os níveis de competição se faz necessária, inclusive</p><p>na paralimpíadas onde a organização é de responsabilidade do Comitê Paralímpico</p><p>Internacinal.</p><p>Figura: Logotipo do Comitê Paralímpico Internacinal</p><p>Fonte: https://bestswimming.swimchannel.net/2022/02/24/nota-oficial-do-comite-paralimpico-internacional-a-8-dias-antes-dos-jogos-beijing-2022/</p><p>Como história dos esporte Paralímpicos,tudo começou com o médico Ludwing</p><p>Guttmann conhecido como o pai do paradesporto começou a desenvolver eventos</p><p>na Inglaterra e paralelamente nos Estados Unidos essa nova concepção também</p><p>ganhava força, assim graças e esses esforços em 1960 acontece os primeiros jogos</p><p>Paraolímpicos em Roma na Itália.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 109</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Guttmann: o pai do paradesporto</p><p>Filho mais velho de uma família judia ortodoxa de Tost, na Alemanha (atualmente</p><p>na Polônia), Ludwig Guttmann nasceu em 1899 e teve três irmãs. Com 18 anos,</p><p>apresentou-se como enfermeiro voluntário no Hospital para Acidentes com Mineiros,</p><p>depois de testemunhar um acidente e ficar impressionado. Foi nesse hospital que</p><p>se interessou pelo caso de um paciente que deu entrada com lesão nas costas e</p><p>paralisia abaixo da cintura, morto semanas depois por infecção urinária</p><p>que evoluiu</p><p>para septicemia.</p><p>Com 19 anos, em 1918, Guttmann começou a estudar Medicina na Universidade</p><p>de Breslau, hoje Wroclaw, na Polônia, onde passou cinco anos. Após uma inclinação</p><p>para a área de Pediatria, acabou se especializando em Neurologia e Neurocirurgia.</p><p>Na década de 1930, já era diretor do hospital da cidade e reconhecido no país por</p><p>seu trabalho, até que Adolph Hitler se tornou chanceler, em 1933. Impedido de</p><p>trabalhar livremente pelas pressões exercidas sobre os judeus, Guttmann aceitou</p><p>convite do governo britânico e mudou-se em 1939 para Oxford com a mulher, Else,</p><p>e dois filhos pequenos, Dennis e Eva. Lá,e desenvolveria projetos de pesquisas.</p><p>Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial em 1939, o governo britânico decidiu</p><p>se preparar para um contingente maior de soldados que certamente voltariam ao</p><p>país com ferimentos graves, principalmente depois das investidas de 1944 contra</p><p>as forças alemãs. Para os feridos, seria organizada uma ala hospitalar especializada</p><p>em lesões de medula, para funcionar em regime de prontidão. As opções para a</p><p>unidade eram as cidades de Basingstoke ou Stoke Mandeville.</p><p>Ludwig Guttmann foi o pioneiro do movimento paraolímpico</p><p>Em setembro de 1943, Guttmann foi convidado a dirigir essa ala, onde iria desenvolver</p><p>métodos de tratamento para casos de paraplegia. A decisão foi por Stoke Mandeville e</p><p>o médico assumiu seu posto em 1944 como diretor dessa ala, chamada inicialmente</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 110</p><p>de Enfermaria X (Ward X, em inglês) e dotada de 26 leitos para mutilados de guerra e</p><p>pacientes paralíticos. A unidade iria se tornar o Centro Nacional de Lesões da Coluna, no</p><p>Hospital de Stoke Mandeville.</p><p>De acordo com artigo do cardiologista Lauro Arruda, publicado no site do Hospital do</p><p>Coração, de São Paulo, Guttmann estudava e ajudava as pessoas que ficavam presas</p><p>a camas ou cadeiras e que em três anos chegaram a um índice de mortalidade de 18%</p><p>por conta de escaras, infecções ou de depressão. Foi quando, além de começar a usar a</p><p>fisioterapia no tratamento, Guttmann pensou também em usar o esporte para motivar esses</p><p>pacientes, começando por arremessos de bola, para exercitar os membros superiores. Os</p><p>reflexos da iniciativa produziram um aumento de resistência física e de auto-estima.</p><p>Um veterano da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que havia passado 26 anos</p><p>na cama, em seis meses passou a andar apoiado em bengalas, com os novos</p><p>métodos implantados por Guttmann. Entre esses métodos estavam, além da prática</p><p>de exercícios físicos, o desenvolvimento de novos modelos de cadeiras de rodas.Nos</p><p>Jogos Olímpicos de Londres-1948, o médico organizou competições de arco e flecha</p><p>e basquete em cadeiras de rodas para seus 16 atletas (14 homens e duas mulheres)</p><p>portadores de deficiências. Em 1952, esses Jogos de Stoke Mandeville organizados</p><p>por Guttmann já tinham caráter internacional, com mais de 130 inscritos. Em 1960, a</p><p>competição iniciada por Guttmann foi disputada em Roma, na Itália, já sob o nome de</p><p>Jogos Paraolímpicos. Foram 400 inscritos, de 23 países, participando de oito esportes,</p><p>dos quais seis seguem no programa paraolímpico até hoje (tênis de mesa, tiro com</p><p>arco, basquete, natação, esgrima e atletismo).Guttmann ainda fundou a Federação</p><p>Inglesa de Esportes para Portadores de Deficiência em 1961, ano em que também</p><p>assumiu a presidência da Sociedade Médica Internacional de Paraplegia (atualmente</p><p>Sociedade Internacional de Medula Espinhal). Em sua homenagem, Barcelona, na</p><p>Espanha, fundou o Instituto Guttmann em 1965 – foi o primeiro hospital especializado</p><p>em neurorreabilitação de portadores de lesão medular e danos cerebrais.Ludwig</p><p>Guttmann morreu de infarto no miocárdio em 1989. Nos Jogos Paraolímpicos de</p><p>Londres-2012, com participação de 4.200 inscritos, Eva Guttmann foi indicada como</p><p>prefeita da Vila Paraolímpica, em homenagem ao pai.</p><p>Fonte: http://rededoesporte.gov.br/pt-br/conteudo/guttmann-o-pai-do-paradesporto</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 111</p><p>No atletismo adaptado existem regras e adaptações específicas para cada prova,</p><p>dependendo da classificação funcional de cada atletas que é um processo que atesta</p><p>que deficiência ou comprometimento do atleta é relevante para seu desempenho</p><p>esportivo. O atleta é dividido em três grandes grupos de necessidades especiais:</p><p>visual, físico e intelectual e todos os níveis de cada grupo.</p><p>Nas provas de atletismo adaptada o CPB (Comitê paraolímpico Brasileiro) utilizando</p><p>da classificação funcional dividem seus atletas de acordo os dois grandes grupos,</p><p>provas de pista e campo, conforme tabela a seguir:</p><p>Pista (track – T) Campo (field – F) Característica</p><p>T11 a T13 F11 a F13 Deficientes visuais</p><p>T20 F20 Deficientes intelectuais</p><p>T31 a T34 F31 a F34 Paralisados cerebrais caminhantes</p><p>T35 a T38 F35 a F38 Paralisados cerebrais cadeirantes</p><p>F40 e F41 Anões</p><p>T42 a T44 F42 a F44</p><p>Amputados ou com deficiência em membros</p><p>superiores</p><p>T51 a T54 F51 a F54</p><p>Competem na cadeira de rodas: sequelas de</p><p>poliomielite, lesões medulares e amputações</p><p>Tabela: classificação funcional das provas do atletismo</p><p>Fonte: CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro)</p><p>Atualmente as Paraolimpíadas são realizadas na mesma sede das Olímpiadas</p><p>no mês seguinte, o Brasil obtém resultados em números de medalhas melhores nas</p><p>paraolimpíadas do que nas olímpiadas, podemos destacar alguns atletas medalhistas</p><p>na última paraolimpíada: Daniel Martins (atletismo), Daniel dias e Daniel Brasil (natação),</p><p>Terezinha Guilhermina (atletismo) e modalidades coletivas futebol de 5, vôlei sentado.</p><p>Enfim na edição das paraolimpíadas Rio 2016 o Brasil terminou na 8º colocação no</p><p>quadro de medalhas, enquanto no quadro de medalhas final nas olímpiadas Rio 2016 o</p><p>Brasil ficou na 13ª colocação. Em Tókio no Japão em 2021, o Brasil ficou com a posição</p><p>7º colocado no quadro de medalhas das Paralímpiadas e nas Olímpiadas convencionais</p><p>ficou na posição 12º colocado.</p><p>No Brasil a organização, planejamento, eventos e administração dos esportes</p><p>paraolímpicos fica a cargo do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), entidade criada em 1995</p><p>onde o atletismo é uma das modalidades administradas pela entidade, que realiza eventos,</p><p>suporte técnico aos clubes e organiza as seleções e atletas para eventos internacionais.</p><p>Os avanços tecnológicos fazem parte também do paradesporto, as corridas podem</p><p>ser realizadas pelos cadeirantes que utilizam cadeiras de rodas próprias para corridas, que</p><p>são triciclos que utilizam de tecnologia na confecção de sua estrutura, rodas e acentos</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 112</p><p>para proporcionar ao paratleta as condições ideais para terem a maior velocidade possível</p><p>nas corridas. Para os paratletas que utilizam de próteses nos membros inferiores para a</p><p>corrida, essa próteses devidamente regulamentada e autorizada pela IAAF, são autorizadas</p><p>dando a paratleta a oportunidade de corre alta velocidade, Rojas (2017).</p><p>Figura 8: cadeira de rodas especial para atletismo</p><p>Fonte: https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3066/conheca-os-tipos-de-cadeiras-de-rodas-utilizadas-no-esporte-paralimpico</p><p>Um caso emblemático no atletismo mundial foi do sul africano Oscar Pistorius,</p><p>paratleta corredor que utilizava das próteses especiais nas provas de velocidade,</p><p>sendo um mito na esporte paraolímpico com quebras de recordes e vitórias em</p><p>torneios mundiais, em 2007 Oscar solicitou a IAAF que gostaria de corre as provas</p><p>convencionais e não mais as adaptadas, assim foi proposto um estudo para investigar</p><p>se as próteses davam vantagem ao atleta perante aos outros, nesse estudo o resultado</p><p>foi inconclusivos, no mesmo ano Rojas (2017) relata que as próteses foram submetidas</p><p>a outro estudo em provas de 400 metros, onde foi verificado que esse implemento</p><p>daria sim vantagens de Oscar aos seus adversários com pernas naturais, Oscar</p><p>não</p><p>ficando satisfeito com o resultado e que seus resultados com as próteses o credenciava</p><p>para participar em uma olímpiada tradicional, recorreu a outro estudo para provar que</p><p>não tinha vantagem sobre os outros, esse estudo não consegue prova a vantagem</p><p>de Oscar para com os outros atletas, assim de 2008 a 2012 a IAAF autoriza Oscar a</p><p>participar das competições tradicionais, isso se culmina que em 2012 nas olímpiadas</p><p>de Londres Oscar participa da prova dos 400 metros defendendo a bandeira. Sul</p><p>africana. A discussão desse tema se finaliza com uma reflexão proposta.</p><p>“Não há dúvidas sobre possibilidade de desempenho de atletas que</p><p>utilizam próteses, mas a discussão continua. É importante refletir,</p><p>portanto, sobre essa discussão: O auxílio mecânico para desenvolver</p><p>um resultado significa inclusão ou vantagem?” Rojas (2017 p.80)</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 113</p><p>Figura: Oscar Pistorius competindo</p><p>Fonte: https://www.cpb.org.br/noticia/detalhe/3066/conheca-os-tipos-de-cadeiras-de-rodas-utilizadas-no-esporte-paralimpico</p><p>Quando falamos em promoção social, o atletismo não é diferente de outros esportes</p><p>sendo uma oportunidade para muitos terem sucesso, conhecerem muitos lugares e</p><p>conquistarem bens. Assim o esporte e ao atletismo especialmente é uma importante</p><p>ferramenta de inclusão social para as pessoas com necessidades especiais, então</p><p>quando tivermos algum aluno ou atleta com essa característica temos que incentivar</p><p>a praticar esporte e porque não ser um atleta de ato rendimento. Com relação a</p><p>promoção social se gue na “está na rede” a história do atleta Mariliense Daniel Martins</p><p>medalhista de ouro na prova dos 400 metros nas Paraolimpíadas do Rio 2016.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Daniel Martins: o corredor que não sabe o que é derrota</p><p>Tricampeão do mundo, Campeão paralímpico e dos Jogos Parapan-americanos e</p><p>recordista mundial, atleta da classe T20 contou em live do OTD um pouco da sua história</p><p>Brasileiro é o atual recordista mundial da classe nos 400 m (Divulgação/CPB)</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 114</p><p>Natural de Marília, no interior de São Paulo, Daniel Martins não gosta de perder</p><p>em nada. A chegada no atletismo se deu meio que por acaso, mas os resultados</p><p>não negam que o caminho escolhido foi o certo. Maior nome da classe T20, para</p><p>deficientes intelectuais, o brasileiro sabe porque não para de correr. “Se eu não</p><p>correr, quem vai correr por mim?”.</p><p>Daniel Martins é o nome a ser batido nos 400 m rasos no mundo. Desde 2015, o</p><p>brasileiro foi ouro em qualquer competição que participou. Sobre a sequência de</p><p>vitórias, Daniel é claro sobre como pensa sobre as conquistas.</p><p>“Os resultados me dão uma responsabilidade muito grande. Sou tricampeão</p><p>mundial, campeão paralímpico, campeão parapan-americano e recordista</p><p>mundial e eu falo que eu tenho medo de perder, porque não gosto de perder, em</p><p>absolutamente nada”.</p><p>Brasileiro é o melhor nome do mundo na classe nos 400 m (Divulgação CPB)</p><p>“Pelo que eu lembro, o top 8 do ranking mundial no último ano foi todo de atletas</p><p>da América do Sul e com uma galera mais vindo. Isso me fez abrir o olho e pensar</p><p>que precisava ficar esperto, porque eu quero manter essa sequência de conquistas”,</p><p>completou.</p><p>O ouro paralímpico quase não veio</p><p>“Quase ninguém sabe, mas eu estava machucado na Rio-2016”. Sim, o ouro</p><p>paralímpico de Daniel Martins quase não aconteceu. Segundo o próprio atleta,</p><p>existia uma ordem médica para que ele não fosse para os jogos do Brasil, mas a</p><p>vontade do atleta foi o que decidiu.</p><p>“Eu estava com o tornozelo estourado na Rio-2016. Tive uma lesão grave e o</p><p>médico falou que eu não competiria na paralimpíada e eu bati de frente. Falei que</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 115</p><p>iria de qualquer jeito e fui. Na semifinal fizeram uma botinha e deu mais confiança e</p><p>eu conquistei o ouro. Depois da paralimpíada eu cuidei porque ficou bem ruim”.</p><p>Segundo Daniel, a “sorte” foi que a sapatilha obriga os atletas a correrem na ponta</p><p>do pé, porque se tivesse que apoiar o no tornozelo não seria possível correr.</p><p>Questionado se valeu a pena todo o esforço e o risco, a resposta vem quase no</p><p>mesmo segundo. “Valeu a pena. Se for preciso eu arrebento tudo de novo, me</p><p>quebro, me desmonto todo, a medalha paralímpica vale a pena”.</p><p>Desconhecimento e preconceito</p><p>A história de Daniel Martins no esporte paralímpico não começou há muito tempo.</p><p>Em 2012 foi comprovada a deficiência intelectual e ele ingressou no atletismo</p><p>paralímpico. Contudo, não foi fácil o entendimento do que seria competir na classe</p><p>T20. “Eu tinha um certo preconceito. A minha categoria é de deficiente intelectual e</p><p>não queria ficar no meio dos doidos, mas hoje eu sou um dos doidos”.</p><p>Mas o começo não foi fácil. Daniel não esconde que existiram dias ruins, em que</p><p>chegou aos treinos chorando por ter ouvido coisas que não é preciso lembrar neste</p><p>texto. Entretanto, o tempo fez bem para o atleta entender onde estava.</p><p>“Eu já pensei e falei coisas não tão legais e sei disso. Eu amadureci muito. Tenho</p><p>uma cabeça mais aberta, sei que vai ter preconceito, sei que vão falar, mas tento</p><p>fazer com que entre por um ouvido e sair pelo outro. Busco ser exemplo no que eu</p><p>faço e ser exemplo para as pessoas”, finaliza Daniel Martins.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 116</p><p>CAPÍTULO 14</p><p>ATLETISMO INICIANTES,</p><p>PRINCÍPIOS DIDÁTICOS</p><p>PEDAGÓGICOS PARA</p><p>ENSINO DO ATLETISMO</p><p>Nas nossas aulas anteriores compreendemos a atletismo como um todo (regras,</p><p>provas, treinamentos, históricos e outros) nesta aula vamos falar da atuação nas</p><p>escolas nas nossa aulas de educação física e para iniciantes em treinamento em</p><p>clubes, escolinhas, projetos ligados ao atletismo, por toda a importância já falada do</p><p>atletismo por ser o esporte de base a importância da diversificação e da quebra da</p><p>monocultura do futebol, assim atletismo deve ser amplamente trabalhados nas escolas.</p><p>Figura: Representa o futebol como único esporte</p><p>Fonte: http://giroabcjornal.com.br/brasil-precisa-mudar-sua-monocultura-esportiva/</p><p>Para Matthiesen (2005), a Educação Física Escolar e a iniciação esportiva, utilizando</p><p>o atletismo como meio, tem por finalidade democratizar e gerar cultura pelo movimento</p><p>de expressão do indivíduo em ação como manifestação social e o exercício crítico da</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 117</p><p>cidadania, evitando a exclusão e a competitividade violenta. Assim, o professor, ao</p><p>trabalhar o esporte-educação, além de proporcionar aos alunos a vivência de diferentes</p><p>modalidades, deve levá-los a refletir de forma crítica, não só sobre os problemas</p><p>que envolvem o esporte na sociedade, (tais como a utilização de drogas ilícitas para</p><p>melhoria do desempenho, a corrupção e violência), mas também sobre seus aspectos</p><p>positivos, (como a geração de empregos, o desenvolvimento de pesquisas científicas,</p><p>tanto no tocante a novas tecnologias, como na área médica).</p><p>Uma realidade de muitas escolas e espaços públicos pelo Brasil é a falta de estrutura</p><p>física o atletismo é um esporte que na maioria das vezes é negligenciado na Educação</p><p>Física Escolar e em projetos esportivos.</p><p>Figura : Alunos praticando o atletismo na escola</p><p>Fonte: http://www.presidenteprudente.sp.gov.br/site/noticias.xhtml?cod=23834</p><p>Outro grande problema sobre o ensino do ensino do atletismo na universidade e na</p><p>escola, prioriza-se, principalmente, desenvolver as provas atléticas com base no esporte</p><p>institucionalizado, observando suas regras e normas oficiais de competição, tornando-o</p><p>pouco atrativo e interessante, especialmente para aqueles que são caracterizados</p><p>como “menos habilidosos”.</p><p>Apesar de ser considerado como um dos conteúdos clássicos da Educação Física, o</p><p>atletismo é ainda muito pouco difundido nas escolas e clubes</p><p>brasileiros. Infelizmente,</p><p>essa triste realidade vem se mantendo inalterada ao longo dos anos. Entre outros</p><p>problemas, a indisciplina escolar, as dificuldades de aprendizagem, o desinteresse e</p><p>apatia de alguns, a agressividade de outros, revelam aspectos próprios da realidade</p><p>escolar.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 118</p><p>Segundo Koch (2013), o atletismo proporciona uma riqueza de habilidades motoras</p><p>que vão desde os movimentos humanos básicos de correr, saltar e arremessar, até</p><p>os movimentos mais complexos de destrezas motoras, equilíbrio estático e dinâmico</p><p>que é construído através da interação com o meio e de suas próprias realizações.</p><p>O movimento é suporte que auxilia o aluno a adquirir o conhecimento do mundo</p><p>que lhe rodeia através de seu corpo e de sua percepção. É importante que o aluno</p><p>acumule o maior número de experiências motoras satisfatórias, o que o tornará mais</p><p>consciente da posição de seu corpo no espaço e da imagem dele em relação ao</p><p>ambiente, capacitando-o a fazer os ajustes corporais necessários, baseado em sua</p><p>interpretação do ambiente</p><p>Nossas aulas de educação física e iniciação esportiva têm que ser tornar atrativas</p><p>para todos, tenho que utilizar a contextualização, o lúdico como táticas de incentivar</p><p>todos meus alunos, isso fica um pouco mais difícil no ensino fundamental anos finais</p><p>e ensino médio onde ficamos focados em técnicas e esquecemos de planejar com</p><p>mais cuidado nossas aulas.</p><p>Falado exclusivamente sobre a modalidade de atletismo existe inúmeras formas</p><p>de se trabalhar movimentos ligadas as provas do atletismo de maneira lúdica, como</p><p>por exemplo uma simples brincadeira de pega pega, onde trabalhamos a velocidade</p><p>de maneira lúdica.</p><p>Também devo ter conhecimentos das divisões de categorias do atletismo de acordo</p><p>com a idade, e as especificidade de cada prova, como distância, altura da barreira,</p><p>peso de disco, dardo e martelo para cada idade. Todas essas informações consigo</p><p>de maneira fácil através do site oficial da Federação Paulista de atletismo (FPA) e</p><p>Confederação Brasileira de atletismo (CBAT).</p><p>Figura : Alunos adaptando uma barreira</p><p>Fonte: https://tribunademinas.com.br/noticias/esportes/13-07-2018/escola-promove-aula-de-educacao-fisica-com-materiais-adaptados-e-reciclados.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 119</p><p>Uma característica marcante em um profissional de educação física é capacidade</p><p>de adaptação a sua realidade, exemplos como não tenho barreira para treinamento,</p><p>utilizo cone com corda, não tenho bastões de revezamento, utilizo cabo de vassoura</p><p>cortado entre outros exemplos.</p><p>Para Koch (2013), o currículo de educação física passou por mudanças, conforme</p><p>mudanças na sociedade tivemos já de caráter militar, higienista, esportivo, hoje falamos</p><p>do currículo cultural, onde valorizo os conhecimentos de meus alunos e apresento de</p><p>forma mais contextualizada cinco unidades significativas presentes na educação física</p><p>escolar: esporte, dança, lutas, brincadeiras, ginásticas e práticas corporais de aventura.</p><p>Por experiência profissional quando os alunos falam seus conhecimentos prévios</p><p>sempre ficam focados no futebol, como dissemos uma monocultura esportiva, assim</p><p>a responsabilidade do professor de educação física aumenta e muito, a questão da</p><p>contextualização utilizando as tecnologias como vídeos e imagens, a valorização</p><p>de nossos atletas de possível apresentar uma atleta aos alunos, e sempre deixar a</p><p>modalidade mais atrativa deve ser as estratégias de nós professores.</p><p>Vejamos alguns exemplos de atividades lúdicas que trabalham princípios do</p><p>atletismo. (KOCH, 2013).</p><p>Jogos dos obstáculos</p><p>Alunos dispostos em equipes. Ao sinal do professor todos de uma única equipe,</p><p>deverão correr durante três minutos ao redor da quadra, transpondo obstáculos</p><p>distribuídos pelo percurso. Vencerá a equipe que conseguir, dentro do tempo estipulado,</p><p>percorrer o maior número de voltas.</p><p>Estafeta dos obstáculos</p><p>Alunos dispostos em duas equipes, divididas em duas colunas de frente para o</p><p>circuito formado por dois cones nos quais estão amarrados cordas numa altura que</p><p>propicie a transposição (simulando as três barreiras); quatro arcos colocados no chão</p><p>em forma de ziguezague e um caixote de madeira (ou tampa do plinto). Ao sinal, o</p><p>primeiro aluno de cada equipe iniciará a corrida a partir da posição de saída baixa</p><p>em direção aos obstáculos, retornando à sua equipe por meio de uma corrida de</p><p>velocidade rasa, tocando o ombro do próximo componente. Vencerá a equipe que</p><p>concluir todo o circuito primeiro.</p><p>Alcance o companheiro</p><p>Dispor os alunos em dois grupos, sendo um posicionado na linha de fundo da</p><p>quadra e o outro na linha central em colunas com numero igual de alunos. Dado o</p><p>sinal, os alunos da linha de fundo posicionados em saída baixa ou alta correrão em</p><p>direção ao seu companheiro da coluna central. Quando seus pés tocarem a linha de</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 120</p><p>3 metros do voleibol, o companheiro da coluna central arranca para tentar ultrapassar</p><p>a linha de chegada antes de ser tocado. Depois trocar as posições.</p><p>Ziguezague</p><p>Colocar 5 cones a uma distância de mais ou menos 1 metro. Dividir a turma em 3</p><p>equipes, ao sinal do professor os alunos devem sair em ziguezague pelo cone e volta</p><p>pela lateral dos mesmos para tocar a mão do colega liberando o mesmo. Vence a</p><p>coluna que terminar a tarefa por primeiro.</p><p>Corrida de obstáculos</p><p>Prepare dois campos um ao lado do outro com três arcos (bambolês) em seguida</p><p>uma corda esticada, três cones, mais uma corda esticada e a bola. Dividir dois grupos em</p><p>duas colunas com número igual de alunos. Deixar os alunos escolherem seus grupos.</p><p>As colunas ficarão atrás da linha demarcada. Ao sinal, o primeiro de cada coluna sairá</p><p>correndo tocando os pés dentro dos arcos espalhados. Em seguida, saltará sobre a</p><p>corda, continuará correndo fazendo ziguezague entre os cinco cones, saltará sobre</p><p>um obstáculo, pegará a bola que estará em cima de um cone e retornará fazendo o</p><p>mesmo percurso com a bola na mão. Quando chegar, entregará ao companheiro que</p><p>deverá repetir o percurso, só que levando a bola e deixando-a sobre o cone para que</p><p>o próximo venha buscá-la. Caso o aluno não cumpra alguma etapa, deverá retornar</p><p>e refazer a sequência correta. Será considerado vencedor o grupo que completar a</p><p>prova por primeiro.</p><p>Revezamento de velocidade com barreiras</p><p>Para essa atividade é necessário montar duas raias de mais ou menos 40m, uma</p><p>raia com barreiras e a outra sem barreiras, a primeira a ser corrida é a com barreira,</p><p>em seguida os membros da equipe correm a raia de velocidade como um revezamento</p><p>normal. A prova é completada uma vez que toda a equipe tenha corrido tanto a distância</p><p>com velocidade como a de barreira. O revezamento é conduzido de forma que a troca</p><p>de bastão seja feira com a mão esquerda</p><p>Figura: Apresenta aprendendo o atletismo brincando</p><p>Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/8561/pequenos-campeoes</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 121</p><p>Princípios didáticos pedagógicos para ensino do atletismo</p><p>O Atletismo na sua prática tem particularidades, pois possui algumas especificidades</p><p>que são consideradas como base para os esportes, assim, a sua compreensão e clareza</p><p>permitem algumas possibilidades metodológicas para ação docente nos aspectos que</p><p>serão aqui elencados como didático pedagógicos que ainda são limitados, entretanto,</p><p>o mesmo é apresentado no cenário social por meio dos jogos olímpicos, quando</p><p>ocorre uma maior visibilidade na mídia, porém em termos práticos ainda são poucas</p><p>os trabalhos que incentivam as ações didáticas de ensino do atletismo.</p><p>Segundo Rojas (2017), o atletismo se apresenta como um esporte com possibilidades</p><p>metodológicas de se trabalhar uma diversidade ampla as capacidades do</p><p>ser humano.</p><p>Essas possibilidades são possíveis porque desde sua concepção o ser humano realiza</p><p>movimentos considerados básicos como o andar, correr e saltar para sua sobrevivência.</p><p>Diante disso, é claro que a prática de atletismo sofreu mudanças com a esportivização.</p><p>Com esse olhar, ao se analisar as metodologias de ensino do atletismo, não se pode</p><p>descartar a importância de se ensinar a como competir, pois as competições podem</p><p>trazer experiências enriquecedoras nos processos de ensino-aprendizagem, mas</p><p>deixando bem claro que o competir faz parte do processo e não o objetivo do processo.</p><p>Figura: professor de educação física trabalhando o atletismo com seus alunos</p><p>Fonte: http://www.vale.com/brasil/pt/aboutvale/news/paginas/projeto-miniatletismo-leva-a-cidades-mineiras-atividades-f%C3%ADsicas-com-uso-de-materiais-</p><p>reciclados.aspx</p><p>O atletismo de forma geral em sua prática, tanto no contexto do rendimento, como</p><p>no âmbito escolar (do esporte da escola), ou até mesmo em sua prática em ginásios</p><p>esportivos como o esporte participação, precisam, estar embasados em estratégias</p><p>de ensino aprendizagem para que todos compreendem independentemente do nível</p><p>do meu aluno, desde iniciação até o alto rendimento.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 122</p><p>Para que a prática ocorra de maneira integral seguimos 3 princípios didático –</p><p>pedagógico do ensino do atletismo:</p><p>Princípio da inclusão: nesse sentido, as tematizações das práticas corporais do</p><p>atletismo deverão ser pautadas pela inclusão de todos os seus praticantes, como o</p><p>atletismo é um esporte democrático com várias provas que trabalham movimentos e</p><p>capacidades diferentes, são inúmeras as possibilidades. Quando falamos inclusão e</p><p>já discutimos em aulas anteriores, as pessoas portadoras de necessidades especiais</p><p>devem estar inclusos, participando e competindo, pois a atletismo paraolímpico é um</p><p>dos esportes que mais traz medalhas nas Paraolimpíadas. A avaliação diagnóstica</p><p>(testes) do rendimento na corrida, no salto e no lançamento se baseia nos padrões</p><p>objetivos que são fixados pelos resultados em forma de listagem, acontecendo a</p><p>hierarquização da modalidade, essa prática deve ser excluída para que esse fenômeno</p><p>de a melhor marca é o melhor atleta.</p><p>Para que isso não ocorra, a criatividade passa a ter protagonismo no desenvolvimento</p><p>de uma didática segura e objetiva, no trabalho do profissional de educação física,</p><p>ancorada em conceituações educacionais e técnicas visando atender essa negativa</p><p>realidade.</p><p>Princípio da diversidade: a diversidade de conteúdo nas aulas de educação física é</p><p>garantida por normas, na prática do atletismo isso fica mais evidente, pois apesar de</p><p>atletismo ser uma modalidade única, suas provas (corrida, arremessos, lançamentos</p><p>e saltos) e suas variações garante essa diversidade, inclusive na prática de gêneros</p><p>pois se trabalha pouco arremesso e lançamento com meninas. A partir deste princípio</p><p>é possível analisar que o cenário de diversidades práticas deverá ser agregado como</p><p>métodos norteadores da Educação Física, dentro do contexto das práticas corporais</p><p>das modalidades do atletismo.</p><p>Figura: diversidade do atletismo</p><p>Fonte: https://www.promoview.com.br/categoria/geral/12-de-outubro-dia-do-atletismo.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 123</p><p>Princípio da complexidade: os conteúdos temáticos que forem selecionados para</p><p>o trabalho com o atletismo deverão adquirir complexidade crescente com o decorrer</p><p>das habilidades motoras e esportivas a serem trabalhadas, respeitando a faixa etária</p><p>dos seus participantes, tanto do ponto de vista do desenvolvimento motor, que são</p><p>de fato as habilidades básicas, o refinamento dessas habilidades e as habilidades</p><p>especializadas, assim como as de caráter cognitivo, na qual a capacidade de análise, de</p><p>crítica, o processamento de informação e as tomadas de decisões durante as vivências</p><p>práticas são trabalhadas continuamente durante o processo de ensino oferecido pelo</p><p>professor. Esses conceitos de respeito a fase de cada aluno também devemos seguir</p><p>para o ensinar de outros esportes, pois apenas compreender a técnica da modalidade</p><p>não é passaporte para o ensina do atletismo, por isso que o professor de educação</p><p>física paras ser um bom profissional não precisa ser um atleta de alto rendimento,</p><p>que existem inúmeras variáveis no processo de ensino aprendizagem do atletismo.</p><p>Princípio da adequação ao aluno: esse princípio traz a abordagem orientativa em</p><p>que todas as etapas processuais de ensino serão abordadas pelas considerações das</p><p>características, de potencial e a disposição do aluno para aprendizagem, nos aspectos</p><p>cognitivos, social, motor e afetivo, ou seja o meu “andar” no processo de ensino do</p><p>atletismo depende fundamentalmente da resposta que o aluno vai me posicionar quanto</p><p>a sua aprendizagem, resumindo o processo ensino aprendizagem caminham juntos.</p><p>Nas próximas aulas vamos trabalhar com princípios de treinamento que serve para</p><p>todas as modalidades esportivas e tem um princípio que fundamenta a existência da</p><p>educação física, que é o princípio da individualidade biológica, ou seja, cada pessoa</p><p>tem uma resposta diferente ao estímulo, onde mesmo variantes como sexo, idade,</p><p>nível de condicionamento físico as reposta ao estímulo físico são diferentes, isso é a</p><p>base do trabalho do profissional de educação física, e esse conceito devo levar para</p><p>todo meu trabalho na educação física.</p><p>Figura: individualidade biológica</p><p>Fonte: http://professorromario.blogspot.com/2016/02/principio-da-individualidade-biologica.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 124</p><p>Quando consigo atender os princípios citados acima o processo de ensino</p><p>aprendizagem se torna muito mais fácil, tanto para professor quanto para os alunos</p><p>e que não existe uma receita pronta para trabalhar o atletismo ou qualquer outra</p><p>modalidade, que esse norteadores são facilitadores e que sempre o profissional deve</p><p>ter evidencias do aprendizado de seus alunos para isso na educação física temos uma</p><p>ligação muito forte com prática.</p><p>Assim, podemos também apontar para um planejamento prévio que envolva uma</p><p>unidade didática, a sistematização dos conteúdos nas três dimensões e suas aplicações,</p><p>a colocação do participante no centro do processo de aprendizagem, oportunizando</p><p>experiências de autonomia, a construção das regras pelos próprios participantes para</p><p>que estes possam compreendê-las e respeitá-las, além de se possibilitar a vivência</p><p>entre diferentes papéis, favorecendo a pluralidade de possibilidades no envolvimento</p><p>com o atletismo e, principalmente, fazer com que os participantes aprendam a conviver.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 125</p><p>CAPÍTULO 15</p><p>PRINCÍPIOS DE TREINAMENTO</p><p>NO ATLETISMO: A IMPORTÂNCIA</p><p>DA PERIODIZAÇÃO</p><p>Para atingir os objetivos na modalidade de atletismo é preciso muito treino nos seus</p><p>diversos aspectos que passam pelos aspectos fisiológicos, psiscossociais, educacionais,</p><p>culturais dentre outros. Muitas das provas necessitam de uma determinada capacidade</p><p>a ser desenvolvida, pois são muitas as provas de atletismo e cada uma com sua</p><p>especificidade. E isso faz com que o técnico ou treinador detenha de muita atenção</p><p>e cuidado quando iniciar o processo de planejamento e elaboração dos treinamentos</p><p>para os atletas de qualquer categoria.</p><p>O treinamento esportivo é um processo organizado de aperfeiçoamento,</p><p>que é conduzido com base em princípios científicos, estimulando</p><p>modificações funcionais e morfológicas no organismo, influindo</p><p>significativamente na capacidade de rendimento do esportista.</p><p>(RADCLIFFE, 2017, p.68)</p><p>Mas afinal o que é periodização? A periodização do treinamento refere-se à</p><p>manipulação de variáveis presentes no treinamento físico. E tem como objetivo</p><p>principal realizar ajustes durante o ciclo a fim</p><p>de melhorar o desempenho, prevenir</p><p>o excesso de treinamento e diminuir o risco de lesões, resumindo é o planejamento</p><p>dos treinamentos para melhor resultado.</p><p>A periodização foi criada para treinamento de atletas de alto rendimento, mas esse</p><p>planejamento é indicado para todos os níveis desde a iniciação esportiva, para trabalhos</p><p>de condicionamento físico ou programas de exercícios que visam a qualidade de</p><p>vida, assim o planejamento estruturado dos treinamentos são importantes aliados</p><p>do profissional de educação física para obtenção de resultados, pois manipulamos</p><p>variáveis importantes como intensidade e volume de treino.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 126</p><p>Figura 49: Ilustrando a periodização</p><p>Fonte: https://amni.org.br/aprenda-periodizacao-de-treino-e-alcance-seus-resultados/</p><p>Para se colocar em prática uma periodização em treinamento do atletismo, além</p><p>dos conceitos técnicos da modalidade (trabalhados nas aulas anteriores) deve estar</p><p>de maneira muito clara os princípios de treinamento, pois são eles que vão nortear</p><p>todo o nosso planejamento, novamente utilizado para todos os níveis e objetivos do</p><p>treinamento.</p><p>Esses princípios variam de nomenclatura para alguns autores, mas com mesmo</p><p>objetivo e são definidos da seguinte maneira:</p><p>Princípio da individualidade biológica: “chama-se individualidade biológica o fenômeno</p><p>que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com</p><p>que não existam pessoas iguais entre si.”(RADCLIFFE 2017, p. 79). Cada ser humano</p><p>é único e indivisível, com respostas diferentes aos estímulos físicos.</p><p>Figura: Ilustra princípio da individualidade biológica</p><p>Fonte: https://revistafoco.com.br/corpo-e-mente/individualidade-biologica-por-que-e-importante-conhecer-seu-corpo/</p><p>Princípio da adaptação: podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da</p><p>natureza. Não fosse a capacidade de adaptação, que se mostra de diferentes modos e</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 127</p><p>intensidades, várias espécies de vida não teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver</p><p>por longos tempos e em diferentes ambientes. Trazendo esse conceito para treinamento</p><p>de atletismo é onde seu aluno/atleta se adapta aos estímulos (treinos) apresentados,</p><p>assim devo sempre mudar o estímulo em meus atletas.</p><p>Figura: Ilustra princípio da adaptação</p><p>Fonte: https://coach-francesco-mastrapasqua.mozello.com/blog/params/post/2145134/quem-muda-deus-ajuda-principio-da-sobrecarga-progressiva</p><p>Princípio da sobrecarga: para Radcliffe 2017 os princípios se relacionam entre si,</p><p>quando falamos em sobrecarga é a quantificação do estímulo aplicado ao atleta, pois</p><p>cada vez que manipulo a carga de trabalho o atleta tende a adaptar a essa intensidade,</p><p>assim a necessidade de dosar cada intensidade de treinamento.</p><p>Figura: Ilustra princípio da sobrecarga</p><p>Fonte:http://aquabarra.com.br/educacao_fisica/3_Ano_2020_Unidade_I_Aula_04.pdf</p><p>Princípio da continuidade: esse princípio está ligada a adaptação, para Radcliffe 2017,</p><p>pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente,</p><p>se adaptar.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 128</p><p>Figura: Ilustra princípio da continuidade</p><p>Fonte: https://portalatualidade.com.br/coluna/42/principios-da-educacao-fisica-reversibilidade</p><p>Princípio da interdependência volume – intensidade: este princípio está intimamente</p><p>ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores</p><p>que melhora a performance. Este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à</p><p>intensidade, segundo Radcliffe 2017. Cabe ressaltar que este princípio que trabalhamos</p><p>volume e intensidade é um dos mais importantes para o êxito em meus treinamentos.</p><p>Figura: Ilustra: princípio da interdependência volume – intensidade</p><p>Fonte: https://blogrecorrido.com/2020/03/11/quanto-correr-antes-dos-42km-parte-4/</p><p>Princípio da especificidade: esse princípio parece ser óbvio, mas muitas vezes</p><p>são esquecidos na prescrição do treinamento, posso definir que se deve trabalhar a</p><p>especificidade do movimento esportivo escolhido no caso o atletismo, para Radcliffe</p><p>2017 tem que ter isso muito bem claro no treinamento.</p><p>Figura: Ilustra princípio da especificidade</p><p>Fonte: https://sommerfitsite.wordpress.com/2015/11/27/treinamento-principio-da-especificidade/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 129</p><p>Princípio da variabilidade: como vimos em outros princípios o corpo tem o poder</p><p>de adaptação aos estímulos, assim a variação de movimentos, cargas e volumes de</p><p>treinos são de extrema importância para mudar a adaptação do corpo.</p><p>Figura: Ilustra princípio da variabilidade</p><p>Figura: http://professorromario.blogspot.com/2018/03/principio-da-variabilidade-no.html</p><p>Princípio da saúde: esse princípio está ligado ao próprio objetivo maior de uma</p><p>atividade física que vise à saúde, assim cuidados e equipes multiprofissionais são</p><p>importantes para êxito.</p><p>Figura: Ilustra princípio da saúde</p><p>Fonte: https://www.e-sanar.com.br/aluno/mural-post/517,lei-organica-da-saude.html</p><p>Princípio da inter-relação dos princípios: cada princípio, considerado individualmente,</p><p>possui seu valor e função próprios, entretanto, a integração entre esses princípios</p><p>adquire inestimável importância, relata Radcliffe (2017).</p><p>Figura: Ilustra princípio da inter-relação dos princípios</p><p>Fonte: http://genjuridico.com.br/2019/11/22/norma-principio-regra/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 130</p><p>Conhecidos esses princípios precisamos colocar em prática na nossa periodização</p><p>que como dissemos é um planejamento estruturado para obtenção de melhores</p><p>resultados em meu treinamento, existem vários tipos de modelos de periodização, um</p><p>dos mais conhecidos é chamada de periodização em ciclos que vamos ver a seguir.</p><p>Os ciclos partem do princípio de que nosso corpo funciona regido por dois fatores</p><p>específicos:</p><p>• aptidão física (força e habilidade).</p><p>• fadiga (cansaço e desgaste).</p><p>Cada metabolismo trabalha de uma forma diferente, com necessidades distintas</p><p>de estimulação e recuperação. Cada corpo tem um tempo diferente para responder</p><p>às atividades físicas.</p><p>Para uma boa periodização preciso compreender exatamente o meu objetivo, onde</p><p>quero chegar e quando quero chegar, dessa maneira essa prescrição do treino se trona</p><p>mais concreta como um exemplo de um aluno que começa seus treinamentos em</p><p>janeiro de um ano e tem como objetivo uma competição escolar em outubro daquele</p><p>ano, assim meu objetivo é de que em outubro meu aluno tenha sua melhor condição</p><p>técnica, tática e física para aquela determinada prova</p><p>Temos 3 tipos de ciclos com objetivos definidos para cada um deles, que devem</p><p>serem definidos pelo professor com conjunto com seu aluno / atleta.</p><p>• Macrociclo: o macrociclo é um plano de periodização que organiza o treino a</p><p>longo prazo, podendo ser anual, bianual ou olímpico, com a duração de 4 anos.</p><p>• Mesociclo: é o conjunto de microciclos, ou seja, o agrupamento de treinos</p><p>menores. Cada mesociclo pode ter de 1 a 12 microciclos.</p><p>• Microciclo: é a menor unidade do treinamento, sendo composto de 1 até 4</p><p>semanas de treino. Caso essa periodização se estenda por 6 semanas, será</p><p>chamada de microciclo extensivo.</p><p>Figura: Ilustra periodização e ciclos</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 131</p><p>Claro que é muito mais complexo do que isso, mas é assunto para outra disciplina,</p><p>mas não poderia deixar de citar e falarmos sobre periodização que vai nortear todo</p><p>o trabalho do professor de educação física.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Periodização do treino: entenda o que é e qual a sua importância</p><p>A periodização do treino é fundamental para quem busca a evolução constante</p><p>do corpo, tanto no caso dos que procuram a hipertrofia quanto para atletas</p><p>que</p><p>precisam atingir o seu auge quando vão disputar competições.</p><p>É uma situação que já aconteceu com muita gente: depois de meses ou até anos</p><p>de treino pesado, o corpo alcança um platô que parece impossível de ser superado</p><p>e os resultados estão estagnados. Mesmo com uma combinação de dieta rigorosa,</p><p>descanso disciplinado e exercícios puxados, a evolução parece ter chegado em um</p><p>limite.</p><p>Com a periodização do treino, é possível evitar esse tipo de problema e garantir o</p><p>desenvolvimento do corpo no longo prazo. Neste artigo, vamos explicar melhor o</p><p>que é a periodização, para que serve e como ela pode ser feita da maneira correta.</p><p>O que é a periodização do treino?</p><p>A periodização é a organização do treinamento em um calendário com variações</p><p>nos estímulos ao corpo com o objetivo de evitar que a adaptação natural do</p><p>organismo humano impeça o desenvolvimento na musculação e em outras práticas</p><p>físicas.</p><p>E isso não é o mesmo que apenas variar os aparelhos e exercícios ao longo do</p><p>tempo. A periodização envolve criar rotinas em ciclos que impedem que o corpo “se</p><p>acostume” com o treinamento e continue se desenvolvendo.</p><p>A periodização é algo planejado pelo profissional que orienta o desenvolvimento do</p><p>atleta, geralmente com base em modelos consolidados que foram desenvolvidos</p><p>por cientistas da área de educação física.</p><p>Por que manter o treino por muito tempo é ruim?</p><p>A adaptação do corpo humano é algo impressionante. Se nos primeiros dias</p><p>na academia de musculação os praticantes se queixam de algumas dores e</p><p>desconfortos, mesmo se estiverem seguindo um treinamento ideal, a tendência é</p><p>que em poucas semanas os músculos estejam completamente adaptados àqueles</p><p>estímulos e realizando os exercícios sem dificuldade.</p><p>Quando isso acontece, o usual é intensificar a atividade com mais cargas ou</p><p>repetições, de acordo com os objetivos do treinamento. Porém, apenas essa</p><p>progressão linear não é o bastante para o pleno desenvolvimento do corpo.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 132</p><p>A tendência é que, após alguns meses, o ritmo de evolução seja reduzido até</p><p>eventualmente parar.</p><p>Além disso, sem a variação de estímulos o atleta tende a intensificar apenas cargas</p><p>e repetições, o que aumenta as chances de lesões e do overtraining — esgotamento</p><p>causado pelo excesso de treino. Ou seja, colocar mais pesos nos halteres não</p><p>é uma fórmula mágica de evolução, mas sim um caminho para se machucar</p><p>treinando.</p><p>Ao intercalar períodos de treinamento com exercícios diferentes e intensidades</p><p>variadas, o atleta sempre oferece ao corpo estímulos novos, o que força a</p><p>adaptação em dimensões diferentes.</p><p>Quais os principais formas de periodização utilizadas?</p><p>Existem relatos de periodização de treinamento desde a Grécia Antiga, com</p><p>métodos desenvolvidos de forma empírica, pela tentativa e erro. Porém, ao fim</p><p>do século XIX e no começo do século XX novos métodos de periodização mais</p><p>avançados começaram a surgir, com destaque para a pesquisa do cientista russo</p><p>Lev Pavlovitch Matveev nos anos 50, que é uma referência para os modelos</p><p>modernos de periodização.</p><p>No modelo clássico de Matveev, um macrociclo de treinamento é dividido em</p><p>três mesociclos: período de preparação, período de competição e período de</p><p>transição. Na preparação, o atleta treina até atingir uma condição física adequada,</p><p>aprimorando força e resistência, além de habilidades específicas de cada esporte.</p><p>Já o período de competição é quando o atleta atingirá o seu auge, com uma certa</p><p>estabilização dos resultados para que ele performe em alto nível durante toda essa</p><p>etapa. A ideia é que esse pico seja um momento extremo, que permitirá alcançar o</p><p>melhor desempenho possível.</p><p>Por fim, o período de transição é a recuperação do corpo com treinamentos</p><p>regenerativos de menor intensidade.</p><p>Similar ao modelo clássico, o modelo modular de Vorobjev é uma variação com</p><p>ênfase em treinamentos específicos para os objetivos do atleta, reduzindo a</p><p>intensidade no desenvolvimento de habilidades gerais de força e resistência.</p><p>Outra variação do modelo de Matveev é o modelo pendular, sugerido pelos</p><p>cientistas russos Arosiev e Kalinin. Nesse sistema, não existem três grandes</p><p>períodos, mas sim pequenos microciclos alternados que permitem uma evolução</p><p>regular e uma condição competitiva por todo macrociclos.</p><p>O sistema pendular é utilizado por muitos atletas que precisam competir por quase</p><p>todo ano. O contraponto aqui é que a chance de estabilização de resultados é maior.</p><p>E, por fim, o modelo por blocos, proposto por Yuri Verkhoshanski, considerava que a</p><p>periodização tradicional era inadequada para o calendário esportivo moderno. Nesse</p><p>sistema, os blocos são ciclos que trabalham de forma temática as características</p><p>físicas, técnicas e táticas dos atletas.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 133</p><p>Esses blocos não são isolados: eles se sobrepõem na transição, o que permite que</p><p>o atleta aproveite os ganhos do treino anterior.</p><p>Como fazer a periodização do treino de maneira correta?</p><p>Para realizar a periodização do treino, a recomendação é sempre contar com o</p><p>suporte de um profissional de educação física que compreenda as demandas do</p><p>atleta e os momentos em que ele deve atingir picos de performance para competir.</p><p>Dependendo dos objetivos e do calendário de competições do atleta, pode ser mais</p><p>ou menos interessante optar por um ou outro modelo de periodização. Algumas</p><p>pessoas, por diversas razões fisiológicas, alcançam picos de desempenho em</p><p>relativamente pouco tempo, o que pode impactar a escolha e adaptação do modelo.</p><p>Além disso, lesões ou competições especialmente exigentes também podem</p><p>demandar variações e ajustes nos tempos de transição e descanso.</p><p>Não existe uma fórmula de periodização perfeita que funcione para qualquer um.</p><p>Cada corpo e cada modalidade pede detalhes específicos e, a medida que o atleta</p><p>se desenvolve, pode ser necessário mudar o planejamento e alterar as etapas</p><p>previstas no calendário.</p><p>O mais importante é entender que, para quebrar o platô e continuar se</p><p>desenvolvendo, é fundamental que exista uma variação de estímulos e ciclos e,</p><p>claro, avaliações constantes para medir os resultados alcançados pelo treinamento.</p><p>Fonte: https://blog.gsuplementos.com.br/periodizacao-do-treino/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 134</p><p>CONCLUSÃO</p><p>Reconhecer a importância do atletismo para a educação física é de grande</p><p>importância para os futuros profissionais, pois como deixamos claro no decorrer das</p><p>aulas o atletismo é a modalidade base, essencial para praticamente todas as outras</p><p>modalidades pois trabalha o movimento humano como um todo, e mostramos que o</p><p>ato de correr apesar de parecer simples tem todo uma técnica e pode fazer a diferença</p><p>nos esportes. Apresentamos todo o contexto histórico do atletismo e sua ligação</p><p>com as olímpiadas, detalhamos provas e ressaltamos ídolos e deixamos claro que é</p><p>possível e de grande relevância o “ensinar” atletismo na escola, desde os anos iniciais.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 135</p><p>ELEMENTOS COMPLEMENTARES</p><p>FILME</p><p>Título: Raça</p><p>Ano: 2016</p><p>Sinopse: A história de Jesse Owens, atleta</p><p>americano que superou o racismo e não só</p><p>participou dos Jogos Olímpicos de Berlim</p><p>em 1936, em pleno regime nazista, como</p><p>conquistou quatro medalhas de ouro.</p><p>LIVRO</p><p>Título: Jadel Gregório – Pare de arrumar</p><p>desculpas</p><p>Autor: Samara Gregório</p><p>Editora: BOK2</p><p>Comentário: O Livro retrata um pouco da</p><p>história de Jadel Gregório. A visão, a versão,</p><p>as lembranças vividas e agora narradas. “Que</p><p>prazer ter vivido tudo isto, que prazer ter uma</p><p>história para contar. Todos os passos que tracei</p><p>para ser o que sempre quis ser: respeitado.</p><p>E consegui, através do esporte Salto Triplo”,</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 136</p><p>disse em sua</p><p>página em Rede Social. Natural de Jandaia do Sul (PR), Jadel passou</p><p>a morar em Marília quando jovem. No final de sua adolescência, mudou-se para São</p><p>Paulo e passou a treinar no Ibirapuera na modalidade salto em altura. Foi descoberto</p><p>pelos técnicos Tânia e Nélio Moura que o fizeram sair do salto em altura e se dedicar</p><p>ao salto triplo e salto em distância. Logo nas primeiras provas, ele demonstrou ter</p><p>acertado na escolha. Aos 20 anos já era um dos principais nomes da equipe brasileira</p><p>de atletismo. Tentou se classificar para os jogos Olímpicos de Sydney 2000, mas</p><p>sofreu uma contusão e não pôde participar.</p><p>https://www.cbat.org.br/novo/</p><p>Site da Confederação Brasileira de Atletismo, órgão máximo do atletismo nacional, que</p><p>tem como objetivo organizar a modalidade, as seleções e as regras em nosso pais.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 137</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Básicas</p><p>MATTHIESEN, Sara Quenzer. Fundamentos de educação física no ensino superior</p><p>- Atletismo - Teoria e Prática. São Paulo: Guanabara Koogan, 2017. [Minha Biblioteca].</p><p>PULEO, Joe, MILROY, Patrick. Anatomia da corrida: guia ilustrado de força, velocidade</p><p>e resistência para corrida. Barueri: Manole, 2011. [Minha Biblioteca].</p><p>ROJAS, Paola Neiza Camacho. Aspectos pedagógicos do atletismo. Curitiba:</p><p>Intersaberes, 2017. [Biblioteca Virtual Universitária].</p><p>Complementares</p><p>DANIELS, Jack. Fórmula de corrida de Daniels. São Paulo: ArtMed, 2013. [Minha</p><p>Biblioteca].</p><p>KOCH, Karl. Pequenos jogos esportivos. Barueri: Manole, 2010. [Biblioteca Virtual</p><p>Universitária].</p><p>MATTHIESEN, Sara Quenzer - Atletismo se aprende na Escola . Jundiaí, SP: Editora</p><p>Fontoura, 2005. (pdf)</p><p>RADCLIFFE, James C. Treinamento funcional para atletas de todos os níveis. São</p><p>Paulo: ArtMed, 2017. [Minha Biblioteca].</p><p>SOVNDAL, Shannon. Anatomia do ciclismo. Barueri: Manole, 2010. [Minha Biblioteca].</p><p>mundo</p><p>do atletismo” que em 2022 será sede na cidade de Eugene no Oregon nos Estados</p><p>Unidos, com destaques brasileiros para Thiago Brás (salto com vara), Alison Santos</p><p>(400 m rasos) e Darlan Romani (arremesso de peso), o mundial de atletismo é</p><p>termômetro para as olimpíadas de Paris em 2024.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 16</p><p>CAPÍTULO 2</p><p>ÉTICA E VALORES</p><p>NO ATLETISMO</p><p>Nos dias atuais trabalhar valores em nossas aulas é uma temática mais do que</p><p>importante e atual, o esporte contribui muito para isso, pois valores que o esporte</p><p>trás como o fair play (jogo limpo) se as pessoas o seguissem esse valor ao praticar</p><p>tenho certeza que o mundo seria um lugar melhor. Vamos falar de atletismo e seus</p><p>valores, como já dissemos em aulas anteriores o atletismo se confunde com os jogos</p><p>olímpicos da Grécia antiga e era moderna que foi idealizado pelo Barão Pierre de</p><p>Coubertin, onde criou o olímpismo, que é uma filosofia de vida que os Jogos olímpicos</p><p>devem propagar que utilizam o esporte como instrumento para a promoção da paz,</p><p>da união, do respeito por regras e adversários.</p><p>As diferenças culturais, étnicas e religiosas são de grande importância nesta forma</p><p>de pensar baseada na combinação entre esporte, cultura e meio ambiente. O objetivo</p><p>é contribuir na construção de um mundo melhor, sem qualquer tipo de discriminação,</p><p>e assegurar a prática esportiva como um direito de todos.</p><p>Figura 6: Atleta saudita de véu e calça seguindo sua orientação de religião</p><p>Fonte: https://placar.abril.com.br/esporte/de-veu-e-calca-atleta-da-arabia-saudita-completa-os-800m/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17</p><p>Segundo Rojas (2017), a educação, a integração cultural e a busca pela excelência</p><p>através do esporte são ideais a serem alcançados. O Olimpismo tem como princípios</p><p>a amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o “fair play” (jogo</p><p>limpo). Mais que uma filosofia esportiva, o Olimpismo é uma filosofia de vida. A ideia é</p><p>que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie</p><p>a vida de todos.</p><p>Para os professores de educação física que atuam no âmbito escolar, a BNCC</p><p>(Base Nacional Comum Curricular) trazem várias competências e habilidades, hoje</p><p>com destaque as habilidades sociemocionais tão discutidas e trabalhadas a fundo</p><p>nos valores olímpicos.</p><p>Quando os valores fala em amizade, discutimos o respeito às pessoas, em realizar</p><p>o jogo limpo, respeitar as regras e saber que as pessoas não conseguem se realizar</p><p>por completa sozinha. Quando falamos em respeito é respeitar toda a diversidade, de</p><p>gênero, religião, etnia, sexualidade, enfim compreender, respeitar e se articular com</p><p>todos e por fim a excelência é que tudo que vou realizar na vida devo fazer o melhor</p><p>possível sempre em excelência.</p><p>Figura7: Arcos símbolo do COI (Comitê olímpico internacional)</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/curiosidades-olimpicas/243199-coi/</p><p>Para falarmos em ética a entidade que administra e organiza o atletismo no Brasil</p><p>CBAT (Confederação Brasileira de Atletismo) tem o código de ética estabelecido que</p><p>define os princípios de conduta que devem pautar as atividades esportivas em todo</p><p>o pais, mas o que é ética no esporte?</p><p>Talvez você já tenha ouvido a expressão “o esporte forma caráter”. Porém, já parou</p><p>para se perguntar de onde ela vem? Por que alguém ligaria o esporte ao caráter, a</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18</p><p>moral, a uma postura ética, em primeira instância? Para chegar a esse entendimento,</p><p>o ideal é começar definindo as razões para a ética e para o esporte. A ética tem como</p><p>sentido a condução da vida e tem seu propósito maior na conquista da felicidade. Já</p><p>o esporte tem seu sentido na saúde e bem-estar, e, para o seu propósito, a formação</p><p>do sujeito ético.</p><p>O esportista busca a felicidade através da vitória, acima de tudo - o que já é o fim</p><p>ético por si só. Porém, ele ainda é uma pessoa que tem seu meio de vida dentro de</p><p>regras de conduta, trabalho em equipe, respeito aos adversários e torcida, ou seja,</p><p>um comportamento que o leva à vitória de forma justa e coerente com as regras que</p><p>escolheu seguir. Essas são as características de um sujeito ético, em quem o esporte</p><p>acaba por potencializar a busca pela felicidade intrínseca ao indivíduo.</p><p>Olhando dessa forma, ética e esporte são extremamente ligados. O esporte é</p><p>realmente um potente construtor do caminho ético. De acordo com os primeiros</p><p>filósofos gregos, o ser humano nasce vicioso, com uma conduta baseada no erro, e,</p><p>a partir disso, os pais, mestres, professores, ou treinadores, nesse caso, têm o dever</p><p>de identificar e corrigir esses erros de conduta. Temos no esporte um meio prático,</p><p>coerente e potencializador desse aprendizado. Através da prática esportiva, o professor</p><p>incute a boa conduta no indivíduo vicioso, tornando essa atividade extremamente</p><p>importante na formação, sobretudo nos primeiros anos de vida.</p><p>Figura 8: Atletas se apoiando em um prova</p><p>Fonte: https://tribunaexpresso.pt/modalidades/2019-11-23-Braima-Dabo-recebe-premio-fair-play-da-federacao-internacional-de-atletismo</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 19</p><p>Dentro do campo (ou da quadra, da piscina, tatame etc.), o desafio não se limita a</p><p>superar o(s) adversário(s), mas implica com igual importância a luta contra a conduta</p><p>que só pensa em si mesma, que abandona o outro e só busca o lucro pessoal, seja ele</p><p>financeiro ou desportivo: a vitória “de qualquer jeito”, através de atalhos ou trapaças. É</p><p>o que acontece quando um atleta se aproveita de um erro de arbitragem, simula uma</p><p>falta, induzindo a arbitragem em erro, ou se beneficia de qualquer infração das regras da</p><p>modalidade desportiva. A conduta ética ideal é a da autocorreção, mesmo que haja um</p><p>prejuízo desportivo imediato na disputa. Por exemplo, um jogador pode “cavar” um pênalti</p><p>inexistente, e, com essa marcação incorrerá, ser beneficiado, potencialmente ganhando</p><p>vantagem decisiva em um jogo difícil; ou prezar pela conduta ética correta e buscar a</p><p>vitória sem esse artifício, assumindo o risco da derrota.</p><p>O peso do dilema ético é uma dificuldade do esportista, tanto quanto treinar seu corpo.</p><p>Treinar sua mente e conduta é igualmente desafiador, pois só assim ele se desvincula de</p><p>valores errados, perpetuados em uma sociedade falha e busca através de seu modelo,</p><p>incentivar uma conduta superior no jovem: aqueles que veem o atleta como exemplo e</p><p>querem praticar a mesma modalidade desportiva, ou aqueles que torcem pelo êxito do</p><p>atleta. O caso é que, atualmente, a própria sociedade tem buscado uma proximidade maior</p><p>em relação à conduta nobre dentro do esporte, e, cada vez mais, cobra-se dos esportistas</p><p>que se siga esse modelo positivo. É uma mostra da mudança social que vai de fora do</p><p>esporte para ele, e vice-versa.</p><p>Temos alguns exemplos no atletismo de questões que não tiveram uma conduta ética,</p><p>a amis comum é o doping que é o uso de substâncias proibidas para obter vantagem, um</p><p>dos mais famosos é do corredor canadense Ben Jhonson onde assombrou o mundo</p><p>com sua velocidade e quantidade de músculos nas olímpiadas de 1988 em Seul, em 48</p><p>horas perdeu toda essa fama e foi banido do esporte tempos depois por reincidência.</p><p>Figura 9: Bem Jhonson na largada dos 100m</p><p>Fonte: https://www.lance.com.br/rio2016/nos-jogos-1988-ben-johnson-choca-mundo-com-caso-doping.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 20</p><p>A emoção e a legitimidade do esporte que fomenta a potência de praticar e torcer,</p><p>está ligada à imprevisibilidade do resultado desportivo, que só é total e real quando</p><p>as condutas são éticas, quando há igualdade de oportunidades agindo para que</p><p>chances sejam igualmente adequadas em ambos os lados de uma competição. Assim,</p><p>o esportista</p><p>realmente melhor preparado é quem tem chances de vitória, mesmo</p><p>com o acaso agindo como intensificador da emoção de se acompanhar o esporte.</p><p>A espontaneidade não surge de um cenário onde há o vício agindo para trapacear. A</p><p>verdadeira vitória está em justamente se superar os obstáculos competitivos dentro</p><p>das regras da modalidade desportiva. O vencedor só é realmente vencedor se ele</p><p>enfrenta de igual para igual seu adversário. O lucro maior está aí.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>IAAF mantém suspensão de atletismo russo devido a escândalo de doping</p><p>DOHA (Reuters) - A Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf)</p><p>decidiu manter a suspensão da federação de atletismo da Rússia devida à prática</p><p>de doping, dizendo nesta segunda-feira que ainda espera dados coletados por</p><p>Moscou e uma indenização financeira por suas investigações. A federação de</p><p>atletismo da Rússia (Rusaf) está suspensa desde 2015 em função de um relatório</p><p>da Agência Mundial Antidoping (Wada) que revelou indícios de doping generalizado</p><p>no esporte. O conselho administrativo da Iaaf debateu a possibilidade de revogar</p><p>a suspensão em uma reunião realizada em Doha no domingo e nesta segunda-</p><p>feira, mas Rune Andersen, chefe da força-tarefa da Iaaf para a Rússia, disse que</p><p>Moscou ainda não cumpriu todas as exigências. As autoridades russas negaram</p><p>que o programa de doping tivesse patrocínio estatal, mas reconheceram que</p><p>funcionários graduados se envolveram no fornecimento de substâncias proibidas</p><p>a atletas, interferindo em procedimentos antidoping ou acobertando exames</p><p>positivos. A reabilitação da Rússia foi rejeitada várias vezes pela Iaaf nos últimos</p><p>três anos. A Iaaf é a única grande organização esportiva que ainda manterá o país</p><p>em suspensão ao menos pelos próximos meses. Tanto a Wada quanto o Comitê</p><p>Olímpico Internacional (COI) revogaram suas suspensões contra a Rússia, e o</p><p>Comitê Paralímpico Internacional disse que reabilitará os russos em 15 de março.</p><p>O Ministério dos Esportes russo não respondeu de imediato a um pedido de</p><p>comentário da Reuters.</p><p>Fonte: https://esportes.yahoo.com/noticias/iaaf-mant%C3%A9m-suspens%C3%A3o-atletismo-russo-devido-esc%C3%A2ndalo-</p><p>doping-142045200--spt.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuZ29vZ2xlLmNvbS5ici8&guce_referrer_</p><p>sig=AQAAAEU0LJOypz4W4G9B6NB0LRodEVHK4AAHsst3CsfYOEXyze8mEVcfz0_eghfAZ0SrYt9r4fGZ_0WPKPWvZfsjwuoBZYZkfZ6lYNSimXUinoBSCinA</p><p>bsPVMB3Icyiy-YAolT2EQG6q1TKBQ2y08udffdCgrzcWAknc-3EPw87nIHZI</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 21</p><p>PRECONCEITO DE GÊNERO NO ATLETISMO</p><p>Para tratarmos do assunto de gênero no atletismo devemos relembrar que as</p><p>mulheres já eram admitidas no sistema educacional na Europa, mas a participação em</p><p>competições internacionais foi uma grande luta, se analisarmos que o atletismo esteve</p><p>na primeira olímpiada da era moderna em 1896 em Atenas (Grécia) e somente 40 anos</p><p>depois em 1936 Berlim (Alemanha), essa autorização pela federação internacional de</p><p>atletismo IAAF foi por meio de movimento organizado para inserção da mulher no</p><p>atletismo, outro passo importante foi em 1995 quando mulheres assumem pelo voto,</p><p>pela primeira vez participação no conselho da IAAF, para Rojas (2017 p. 44), “inserção</p><p>das mulheres na instituição que gerência o atletismo internacional foi a relutância na</p><p>aceitação de mulheres no meio esportivo, um estigma social que durou muito tempo.”</p><p>Figura 10: Atletas feminino</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/lima-2019/atletismo/3000m-com-obstaculos-feminino/</p><p>Podemos destacar outro ponto importante que Rojas (2017) ressalta que na período</p><p>que as mulheres foram aceitas em competições internacionais em meados da década</p><p>de 30, a sociedade da época aceitava a mulher participar de esporte competitivo, mas</p><p>não acreditavam que a mulheres poderia fazer isso sem perder a feminilidade e postura</p><p>esperada, assim ser atleta era pertencer a uma categoria social inferior. Uma história</p><p>emblemática trazida por Rojas (2017) é da atleta holandesa Francisca Balbkers-Koen</p><p>conhecida como Fanny que participou das olímpiadas de 1936 sem grande destaque,</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 22</p><p>mas com um futuro promissor no atletismo, pois tinha apenas 18 anos, infelizmente</p><p>nas duas olímpiadas seguintes 1940 e 1944 não foram realizadas em virtude da</p><p>Segunda Guerra Mundial assim Fanny seguiu os caminhos que a sociedade da época</p><p>esperava, se casar e ter filhos e assim o fez, mas nas olímpiadas de 1948 Fanny deu</p><p>uma aula para quebra de estigmas quando retornou as pistas conquistando quatro</p><p>medalhas de ouro e alando a boca daqueles que diziam que o lugar dela era em casa</p><p>cuidando dos filhos.</p><p>Figura 11: Francisca Balbkers-Koen, conhecida como Fanny em competição</p><p>Fonte: http://www.bbc.co.uk/history/british/modern/olympics_1948_gallery_06.shtml</p><p>Importante pontuar que a educação física, o esporte e exclusivamente o atletismo</p><p>tiveram apenas uma olhar em elementos biológico, talvez aí se explica esse preconceito</p><p>de gênero, isso começa a mudar quando em 1990 começamos a discutir as questões</p><p>sociais em nossa práticas como a de gênero que estamos falando.</p><p>Para Rojas (2017), no atletismo brasileiro não temos apenas notícias ruins com</p><p>relação a gênero, pois tivemos grandes avanços nesse tema e como marca a primeira</p><p>medalha de ouro conquistada nas olímpiadas de 2008 em Pequim (China) por Maurren</p><p>Maggi na prova de salto em distância hoje o grande problema não é a inserção e o</p><p>preconceito, mas sim a falta de visibilidade na mídia do atletismo feminino, deixando</p><p>assim de mostrarmos exemplos para nossa meninas.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 23</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Mulheres no esporte e Desigualdade de Gênero</p><p>A desigualdade de gênero diz respeito às diferenças de poder e oportunidades entre</p><p>homens e mulheres. Ela existe desde muito cedo na nossa sociedade.</p><p>Dizemos que a nossa sociedade é patriarcal, onde os homens possuem mais</p><p>poder de decisão e mais oportunidades que as mulheres, e até mesmo uma certa</p><p>autoridade.</p><p>Confira agora as precursoras entre as mulheres no esporte, as brasileiras nas</p><p>olimpíadas, e depois veja sobre A Divisão Social do Trabalho, o Movimento</p><p>Feminista, e as mudanças e conquistas.</p><p>Mulheres no esporte, só no final do Século XIX</p><p>A ideia de que esporte não é para mulher é bem antiga. Desde a Grécia Antiga,</p><p>considerada o berço dos esportes e das competições, acreditava-se que mulheres</p><p>não poderiam praticar esportes pois isso as deixava masculinizadas.</p><p>E a entrada das mulheres no esporte foi muito lenta e demandou de mulheres</p><p>muito fortes para que isso acontecesse. Até o final do século XIX, pouquíssimas</p><p>mulheres praticavam esportes.</p><p>Para que isso mudasse, algumas mulheres, e, diga-se de passagem, mulheres</p><p>muito fortes, precisaram tomar frente. Vamos conhecer quem foram as principais</p><p>atletas que viabilizaram a prática esportiva feminina.</p><p>As precursoras do esporte</p><p>Em 1896, quando as mulheres ainda eram proibidas de participarem dos Jogos</p><p>Olímpicos, a grega Stamati Revithi fez um protesto. Ela realizou a prova de</p><p>maratona, porém do lado de fora do estádio e acabou a prova mais rápido que</p><p>muitos homens.</p><p>Outro grande nome a nível internacional é Alice Melliat. Alice juntou-se a um grupo</p><p>de 10 mulheres e reivindicaram a suas participações na primeira edição dos Jogos</p><p>Olímpicos Modernos. Isso ocorreu em Paris no ano de 1900, quando o grupo</p><p>liderado por Alice simplesmente entrava nas provas e participava junto com os</p><p>homens, sem pedir licença.</p><p>A primeira mulher a conquistar uma medalha foi Charlotte Cooper, nas duplas</p><p>mistas, na Olimpíada de 1900, ao lado de um homem, claro. Após sucessivos</p><p>protestos e pressões, o Comitê Olímpico Internacional (COI) só começa a</p><p>reconhecer oficialmente as mulheres como atletas olímpicas em 1936!</p><p>Fonte: https://blogdoenem.com.br/as-mulheres-no-esporte-ficaram-3-mil-anos-proibidas-nas-olimpiadas/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 24</p><p>CAPÍTULO 3</p><p>PROGRAMA DE</p><p>PROVAS DE ATLETISMO</p><p>As provas do atletismo se dividem em dois grandes grupos: as provas de pista que</p><p>são as corridas e as provas de campo que são compostas pelos saltos, arremessos</p><p>e lançamentos. Em uma olímpiada que como já relatamos tem no atletismo como</p><p>modalidade tradicional com o seguinte programa de provas:</p><p>Área Grupo Provas</p><p>Pista Corridas de velocidade</p><p>100 m</p><p>200m</p><p>400m</p><p>Pista Corridas de meio fundo 800 m</p><p>1500m</p><p>Pista Corridas de fundo 500 m</p><p>10.000 m</p><p>Pista Revezamentos Revezamento 4 x 100m</p><p>Revezamento 4 x 400m</p><p>Campo Saltos</p><p>Salto em altura</p><p>Sato com vara</p><p>Salto em distância</p><p>Salto triplo</p><p>Campo Arremessos e lançamentos</p><p>Arremesso de peso</p><p>Lançamento de dardo</p><p>Lançamento de martelo</p><p>Lançamento de disco</p><p>Pista e campo Provas combinadas Decatlo</p><p>Heptatlo</p><p>Pista e rua Marcha Atlética 20 km marcha atlética</p><p>50 km marcha atlética</p><p>Rua Corridas de rua Meia maratona (21 km)</p><p>Maratona (42,195 km)</p><p>Quadro 2 – As provas do atletismo</p><p>Nesse esporte de tanta tradição foram criados os “super heróis” do atletismo, que</p><p>são os recordistas mundiais de cada prova, onde conseguimos verificar o máximo</p><p>da eficiência do movimento humano, como por exemplo o homem e a mulher mais</p><p>rápido (ganhadores da prova dos 100 m rasos), na tabela a seguir apresenta todos os</p><p>recordes mundiais das provas com as marcas, os atletas no masculino e no feminino</p><p>e qual pais representa.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 25</p><p>Prova Marca Atleta masculino País Marca Atletas femino Pais</p><p>100 metros 9.58 (0.9) Usain Bolt JAM 10.49 (0.0) Florence Griffith Joyner USA</p><p>200 metros 19.19 (-0.3) Usain Bolt JAM 21.34 (1.3) Florence Griffith Joyner USA</p><p>400 metros 43.03 Wayde Van Niekerk RSA 47.60 Marita Koch GDR</p><p>800 metros 1.40.91 David Lekuta Rudisha KEN 1.53.28 Jarmila Kratochvilová TCH</p><p>1.000 metros 2.11.96 Noah Ngeny KEN 2.28.98 Sdetlena Masterkova RUS</p><p>1.500 metros 3.26.00 Hicham El Guerrouj MAR 3.50.07 Genzebe Dibaba ETH</p><p>1 milha 3.43.13 Hicham El Guerrouj MAR 8.06.11 Junxia Wang CHN</p><p>2.000 metros 4.44.79 Hicham El Guerrouj MAR 14.06.62 Letesenbet Gidey ETH</p><p>3.000 metros 7.20.67 Daniel Komen KEN 29.01.03 Letesenbet Gidey ETH</p><p>5.000 metros 12.35.36 Joshua Cheptegei UGA 8.44.32 Beatrice Chepkoech KEN</p><p>10.000 metros 26.11.00 Joshua Cheptegei UGA 12.20 (0.3) Kendra Harrison USA</p><p>110 metros com barreiras 12.80 (0.3) Aries Merritt USA 51.46 Sydney Mclaughlin USA</p><p>400 metros com barreiras 45.94 Karsten Warholm NOR 2.09 Stefka Kostadinova BUL</p><p>3.000 metros com obstáculos 7.53.63 Saif Saaeed Shaheen QAT 5.06 Yelena Isinbayeva RUS</p><p>Salto em Altura 2.45 Javier Sotomayor CUB 7.52 (1.4) Galina Christyakova URS</p><p>Salto com Vara 6.18 (I) Armand Duplantis SWE 15.50 (0.9) Inessa Kravets UKR</p><p>Salto em Distância 8.95 (0.3) Mike Powell USA 22.63 Natalia Lisovskaya URS</p><p>Salto Triplo 18.29 (1.3) Jonathan Edwards GBR 76.80 Gabriele Reinsch GDR</p><p>Arremesso do Peso 23.37 Ryan Crouser USA 82.98 Anita Wlodarczyk POL</p><p>Lançamento do Disco 74.08 Jürgen Schult GDR 72.28 Barbora Spotáková CZE</p><p>Lançamento do Martelo 86.74 Yuri Sedykh URS 7.291 Jackie Joyner-Kersee USA</p><p>Lançamento do Dardo 98.48 Jan Zelezný CZE 41.56.23 Nadezhda Ryashkina RUS</p><p>Decatlo 9.126 Kevin Mayer FRA 1:26.52.3 Olimpiada Ivanova RUS</p><p>20km Marcha Atlética 01:16.36 Yusuke Suzuki JPN 01:23.49 Jiayu Yang CHN</p><p>30.000 metros marcha atlética -</p><p>pista</p><p>2:01.44.1 Maurizio Damilano ITA 3:59.15 Hong Liu CHN</p><p>50.000m Marcha Atlética - CM 3:35.27.2 Yohann Diniz FRA 40.82 Equipe Estados Unidos USA</p><p>50km Marcha Atlética 3:32.33 Yohann Diniz FRA 1.27.46 Equipe dos Estados Unidos - Azul USA</p><p>Revezamento 4x100 metros 36.84 Equipe da Jamaica JAM 3.15.17 Equipe União Soviética URS</p><p>Revezamento 4x200 metros 1.18.63 Equipe da Jamaica JAM 3.09.34 Equipe dos Estados Unidos USA</p><p>Revezamento 4x400 metros 2.54.29 Equipe dos Estados Unidos USA 1:05.16 (Wo) Peres Jepchirchir KEN</p><p>Maratona 02:01.39 Eliud Kipchoge KEN 1:04.31 (Mx) Ababel Yeshaneh ETH</p><p>Ultra Maratona 100 km 6:09.14 Nao Kazami JPN 2:14.04 (Mx) Brigid Kosgei KEN</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 26</p><p>Quando analisamos os dados da tabela fica claro a diferença entre as marcas do</p><p>atleta masculino em comparação com a atleta feminino, comprovando a diferença</p><p>biológica entre os gêneros, mas sem que em nenhum momento deve mostrar uma</p><p>desigualdade entre os gêneros.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>A prova dos 100 metros rasos, considerada por muitos a mais nobre dos Jogos</p><p>Olímpicos, está no calendário desde a primeira edição da Era Moderna, em</p><p>1896. Naquele ano, o americano Thomas Burke levou a medalha de ouro em 12</p><p>segundos, 2,37s mais lento do que Usain Bolt em Londres-2012. A seguir, confira</p><p>um pouco da evolução do tempo dos 100 metros rasos através da história. O</p><p>começo</p><p>Quatro anos depois do ouro de Burke, outro americano, Frank Jarvis, subiu ao</p><p>lugar mais alto do pódio com o tempo de 11 segundos – a maior queda de</p><p>tempo na linha histórica. Nas edições seguintes, até a década de 1920, os tempos</p><p>não evoluíram muito. Para se ter uma ideia, 28 anos depois, em Amsterdam, o</p><p>canadense Percy Williams também precisou de 11s para ser o campeão.</p><p>Usain Bolt nas edições olímpicas a partir da década de 1990, o profissionalismo</p><p>gerou um avanço técnico e tecnológico em diversos esportes. Nos 100 metros</p><p>rasos, isso ficou claro pelos tempos dos medalhistas de ouro desde Barcelona-92:</p><p>todos abaixo da casa dos 10 segundos. Mas foi nos dois últimos Jogos Olímpicos</p><p>que um jamaicano surgiu para cravar o seu nome na história e para impor um novo</p><p>patamar na modalidade. Em Pequim-2008, Usain Bolt foi campeão com o tempo de</p><p>9,69s e, quatro anos mais tarde, conseguiu o bicampeonato com um tempo ainda</p><p>melhor: 9,63s. No Rio-2016, o “raio” tentará quebrar seu recorde olímpico e se tornar</p><p>o primeiro tricampeão na prova mais rápida do atletismo.A prova dos 100 metros</p><p>rasos feminina só começou a ser disputada em Amsterdam-28 e a americana</p><p>Elizabeth Robinson foi a primeira campeã com o tempo de 12,2 segundos. A</p><p>marca de 11 segundos só foi baixada em Los Angeles-84, quando outra americana,</p><p>Evelyn Ashford, cravou 10,97s. Quatro anos depois, em Seul, o mundo conheceu o</p><p>fenômeno Florence Griffith-Joyner, que bateu o recorde olímpico com o tempo de</p><p>10,54s. Nenhuma outra mulher conseguiu superá-la desde então. Nem mesmo a</p><p>jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, que, assim como seu compatriota Usain Bolt,</p><p>dominou os 100 metros em 2008 e 2012, conseguiu bater Flo-Jo – seu melhor</p><p>tempo foi 10,75s, em Londres.</p><p>Fonte: https://gq.globo.com/GQ-no-podio/noticia/2016/06/evolucao-do-tempo-dos-100-metros-rasos-nos-jogos-olimpicos-na-historia.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 27</p><p>Diagrama de pista</p><p>Para definição de regras e provas do atletismo fica a reponsabilidade à cargo da IAAF</p><p>(Associação Internacional de Federação de Atletismo), bem como as certificações das</p><p>pistas de atletismo, em nosso país deve ter o aval da CBAt (Confederação Brasileira</p><p>de Atletismo). Uma pista para ser considerada oficial deve ser de forma ovalada e</p><p>ter uma distância de 400 metros em uma volta completa da primeira raia e conter</p><p>8 raias de 1,22 metros de largura cada, além dos outros setores para as provas de</p><p>arremessos e lançamentos, conforme figura a seguir:</p><p>Figura 12 : diagrama de pista de atletismo oficial</p><p>Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-5-Pista-oficial-de-Atletismo_fig15_274779446</p><p>Para Rojas (2017), a pista de atletismo oficial tem essa formatação autorizada pelo</p><p>IAAF e CBAt, onde é contemplado as provas de pista e campo e suas combinações. As</p><p>regras pode ser flexibilizadas e adaptadas de acordo com a necessidade do esporte</p><p>contemporâneo, os árbitros devem ser treinados e credenciados pelas federações locais</p><p>no caso do Brasil pela CBAt. A construção de uma pista de atletismo deve</p><p>seguir o</p><p>manual de instalação da IAAF, com normas específicas de tipo de piso, marcações,</p><p>espaços destinados a cada prova para que o atleta tenha possibilidade de desenvolver</p><p>seu melhor desempenho. Segue tipos de piso de pista de atletismo.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 28</p><p>Piso de tartan emborrachado essa é o piso de maior tecnologia no momento, onde</p><p>auxilia o atleta no máximo desempenho.</p><p>Piso de carvão (pó de brita) é o mais utilizado pois seu valor é baixo, mas para</p><p>grandes competições não é o indicado, principalmente com as provas para cadeirantes</p><p>ele não se torna ideal.</p><p>Também encontramos os pisos das pistas de atletismo de asfalto, concreto que</p><p>também não são “oficiais” para competições oficiais.</p><p>Além da pista para corrida temos os setores para complementar o atletismo, que</p><p>são eles os setores de saltos, arremessos e lançamentos como veremos agora.</p><p>Setor de salto triplo e distância</p><p>Composto por uma pista para aceleração e uma caixa de areia para realizar o salto.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 29</p><p>Setor de salto em altura</p><p>Essa modalidade de salto o atleta realiza uma corrida em curva como característica</p><p>da prova.</p><p>Setor do salto com vara</p><p>Essa prova o atleta tem uma pista para ter velocidade e todo um aparato de</p><p>segurança quando realiza o salto com um colchão de grande espessura pois alguns</p><p>atletas atingem quase 6 metros.</p><p>Setor de lançamento do martelo e disco</p><p>Esse setor tem uma característica especial o atleta faz o lançamento dentro de</p><p>uma proteção conhecida como gaiola, pois o peso oficial masculino com mais de 7</p><p>quilos atingir alguém pode ser fatal.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 30</p><p>Setor do arremesso de peso</p><p>Esse setor contém um circulo delimitado por uma sapata de onde o atleta faz o</p><p>lançamento.</p><p>Setor de lançamento de dardo</p><p>Esse setor contém uma pista onde o atleta faz sua corrida para realizar os</p><p>lançamentos.</p><p>Para que os atletas atinjam suas melhores marcas são necessárias, sapatos</p><p>apropriados para o atletismo, são as chamadas sapatilha de atletismo, com diferença</p><p>para cada prova de acordo com sua especificidade.</p><p>Sapatilha de velocidade, também utilizada para salto triplo e distância.</p><p>Essa sapatilha temos travas apenas na parte anterior em virtude da técnica da</p><p>corrida de velocidade.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 31</p><p>Sapatilha de salto em altura</p><p>Existe uma diferença com a sapatilha de velocidade pois temos travas por toda o</p><p>solado.</p><p>Sapatilha para meio fundo</p><p>Existe ainda travas, mas com um amortecimento em todo o solado pois o atleta</p><p>usará mais tempo, utilizada também para salto com vara.</p><p>Sapatilha para arremessos e lançamentos</p><p>Sapatilha sem travas, apenas com ranhuras no solado para evitar escorregar.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 32</p><p>CAPÍTULO 4</p><p>PROVAS DE PISTA – CORRIDAS</p><p>Como correr</p><p>Para muitos leigos o ato de correr apesar de ser um movimento básico do homem,</p><p>como já relatamos em capítulos anteriores, não é bem assim, o ato de correr requer</p><p>técnica e muita vivência motora.</p><p>Quando inicio um trabalho com categorias menores observo que a maioria das</p><p>crianças “não sabem” correr de forma eficiente principalmente pelo fator vivência</p><p>motora, hoje as crianças não tem mais a liberdade de brincar na rua, subir em árvores,</p><p>brincar de pega pega enfim a geração atual não brinca como outras gerações por</p><p>causa de mudanças que ocorreram na sociedade e podemos listar algumas:</p><p>• Falta de segurança em brincar na rua</p><p>• Crianças com vários compromissos sem tempo de brincar</p><p>• Pais trabalhando em tempo integral</p><p>• Brincadeiras novas como os games</p><p>Figura 13: Criança jogando celular</p><p>Fonte: https://clinicaroisman.com.br/2021/01/18/problemas-nos-olhos-causados-pelo-uso-excessivo-de-celular-em-criancas/</p><p>Partindo dessa situação o profissional de educação física que atua com o atletismo</p><p>de base e isso deveria ser para outras modalidades onde a corrida é movimento básico,</p><p>deve treinar a técnica de corrida aos seus alunos isso vale para a escola, clube, projetos</p><p>enfim para todas as crianças iniciantes. Para isso temos os chamados educativos</p><p>de corrida que valem tanto para iniciantes quanto alto rendimento obviamente com</p><p>a variação da intensidade.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 33</p><p>Para que toda esses movimentos corporais da corrida ocorram de maneira</p><p>harmoniosa, Mathiesen (2017), relata a importância de uma estratégia de treinamento</p><p>com bons resultados para todos os tipos de corrida, são os chamados educativos</p><p>de corrida, que tem como objetivo aprimorar a técnica e a eficácia da corrida, esse</p><p>educativos são:</p><p>• Dribbling: destaque a frequência da passada na corrida</p><p>• Skipping: objetivo a elevação dos joelhos e movimento de braços</p><p>• Anfersen: objetivo a flexão dos joelhos</p><p>• Hopserlauf: objetivo a impulsão vertical através de deslocamentos com saltos</p><p>Esses educativos de corrida são os mais tradicionais, mas o olhar técnico do</p><p>profissional de educação física para com seu aluno/atleta no sentido de identificar</p><p>seus erros nos movimentos e aplicar as correções necessárias para uma melhor</p><p>eficiência da corrida.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>5 EDUCATIVOS DE CORRIDA PARA MELHORAR A SUA TÉCNICA</p><p>Com estes cinco exercícios de corrida, concentre-se no contato rápido com o solo,</p><p>na postura ereta, no uso eficiente dos braços e na ativação de diferentes músculos</p><p>de corrida durante os exercícios.</p><p>EDUCATIVO 1 E 2: CAMINHADAS E CORRIDAS COM OS JOELHOS ALTOS</p><p>Muitos corredores têm dificuldades em levantar os joelhos com</p><p>eficiência. Caminhadas e corridas com os joelhos altos preparam você para a</p><p>elevação do joelho na corrida. Esses são movimentos básicos, e você também terá</p><p>tempo para pensar na cooperação de braços e das pernas durante o exercício.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 34</p><p>Faça o exercício de 10 a 20 metros por vez, da forma mais eficiente possível.</p><p>Concentre-se em plantar o pé abaixo do seu centro de massa e certifique-se de</p><p>avançar lentamente, mas com alta frequência e contato curto com o solo! Lembre-</p><p>se de manter seus braços controlados e em movimento.</p><p>EDUCATIVO 3: PASSOS RÁPIDOS E CURTOS</p><p>Um excelente exercício para melhorar a frequência do passo e a mobilidade do</p><p>tornozelo. Concentre-se em usar os braços com eficiência e manter a amplitude</p><p>de movimento correta. Quando suas pernas começarem a responder melhor,</p><p>adicione velocidade aos braços e às pernas. Busque a amplitude de movimento</p><p>certa primeiro no lugar e depois prossiga pouco a pouco. Faça o exercício de 10 a</p><p>20 metros de cada vez e recupere-se por um momento antes de fazer uma nova</p><p>repetição.</p><p>EDUCATIVO 4: AFUNDO</p><p>Um ótimo exercício de fortalecimento que também pode ser utilizado como</p><p>movimento de alongamento ou para melhorar a técnica de corrida. Você pode fazer</p><p>o afundo como um único movimento ou pausando o movimento na posição de pé,</p><p>mantendo um bom equilíbrio e uma posição de corrida. Execute os movimentos</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 35</p><p>com cuidado durante as primeiras vezes e aumente o volume gradualmente. No</p><p>começo, 4-5 vezes por perna é uma série ideal.</p><p>EDUCATIVO 5: SKIPPING</p><p>Um bom exercício para melhorar o salto, treinar a elevação dos joelhos e também</p><p>para trabalhar o impulso. Concentre-se em dar um impulso para frente para que o</p><p>pé se endireite com eficiência durante a fase de impulsão. Depois de elevar o joelho,</p><p>concentre-se no pouso efetivo do pé no solo sob o centro da massa. Faça de 20 a</p><p>30 metros por vez, seguidos de uma recuperação cuidadosa.</p><p>Fonte: https://www.polar.com/blog/br/5-exercicios-educativos-de-corrida-para-correr-melhor/?gclid=CjwKCAjw5s6WBhA4EiwACGncZa-</p><p>ZvC1jpzzYfWpAVPmHwQc7WYyylcicOPH-tqg5-awObYrhp_FTHhoCfX4QAvD_BwE</p><p>Corridas de velocidade</p><p>As corridas de velocidade são as provas de curtas distâncias (100m, 200m ou 400m)</p><p>onde sua largada é chamada “saída baixa” ou a largada usando o bloco de partida</p><p>como apoio, partindo após o sinal sonoro no caso o “tiro”, trabalhando a velocidade</p><p>de reação do atleta.</p><p>Figura 14: atleta no bloco de partida</p><p>Fonte: https://criacao681.wixsite.com/blogpistaecampo/single-post/2018/04/17/t%C3%A9cnicas-para-sa%C3%ADda-com-bloco-de-partida</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 36</p><p>O bloco de partida é adaptado ao tamanho das pernas do atleta e pode diferenciar</p><p>de material de fabricação, onde os mais simples podem ser produzidos de madeira,</p><p>até os mais tecnológicos de alumínio, todos são fixados ao chão e são responsáveis</p><p>em dar o arranque inicial da corrida. Outra característica importante das corridas de</p><p>velocidade é que as provas são sempre no sentido anti-horário e sempre tem o mesmo</p><p>local de chegada, onde o que muda é a largada dependendo da distância em virtude</p><p>do escalonamento da pista já citado em aulas anteriores.</p><p>Apesar de serem corridas de velocidade tem característica bem definidas de acordo</p><p>com a prova, onde por exemplo, na prova de 100 metros, a prova acontece em uma</p><p>única reta da pista de atletismo, onde o atleta atinge uma velocidade máxima pois</p><p>lembramos os tempos dos atletas são abaixo de 10 segundos já na prova de 200</p><p>metros acontece com uma curva e uma reta, ressaltando que quando o atleta corre</p><p>em curva precisa se adaptar a força centrípeta que tende a empurrar o atleta para</p><p>fora da pista e para finalizar as provas de velocidade na corrida 400 metros onde</p><p>tenho duas curvas e duas retas para percorrer que é uma das provas mais difíceis do</p><p>atletismo pelo seu desgaste. Todas essas provas exigem treinamentos específicos e</p><p>o corpo realiza ações fisiológicas específicas da prova também.</p><p>Figura 15: corredor na curva da pista</p><p>Fonte: https://www.scielo.br/pdf/rbef/v34n2/v34n2a09.pdf</p><p>Para falarmos velocidade não poderíamos deixar de destacar o jamaicano Usain</p><p>Bolt, o atual recordista dos 100 e 200 m rasos, literalmente uma lenda das pistas</p><p>que mudou toda o perfil do velocista, onde um atleta de estatura elevada comparado</p><p>com média dos velocistas, média de 1,82 m e Bolto 1,96 m se formos mais longe o</p><p>campeão olímpico dos 100 m das olimpíadas de 1928 era 26 cm menor que Bolt com</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 37</p><p>1,70, isso tornou uma vantagem pois tem as passadas maiores, menos passos para</p><p>completar a prova. Outro detalhe importante é o fato de Bolt atingir 44 km/h como</p><p>sua velocidade máxima na prova, graças a um treinamento e um aparato genético e</p><p>enfim a dedicação ao treinamento.</p><p>Figura 16: Usain Bolt com recorde mundial nos 100 m rasos</p><p>Fonte: https://ge.globo.com/atletismo/noticia/dez-anos-dos-9s58-sem-bolt-recorde-dos-100m-vira-realidade-bem-distante-no-mundial-de-doha.ghtml</p><p>Para Rojas (2017), as corridas são constituídas por quatro fases: partida, aceleração,</p><p>manutenção de velocidade e perda de velocidade. Na partida, por sua vez, podemos</p><p>distinguir quatro momentos diferentes, que estão associados aos comandos do juiz</p><p>de partida: aos seus lugares, pronto, a reação ao sinal sonoro e a aceleração. A partida</p><p>que é a velocidade reação ao sinal sonoro, dá-se uma forte impulsão dos membros</p><p>inferiores com a extensão da perna da frente, o corpo está inclinado a frente onde</p><p>o atleta vai realizar o máximo de força na sua aceleração, dizemos que parece um</p><p>avião quando vai decolar. Na fase de aceleração temos que usar de toda a técnica</p><p>de corrida para atingir a velocidade máxima, com relação a frequência, amplitude e</p><p>velocidade das passadas, após acelerar o máximo preciso manter essa velocidade,</p><p>assim novamente um corredor mais técnico com a postura certa, uso dos braços, as</p><p>passadas tem mais chance de manter o maior tempo possível, como somos humanos</p><p>e não máquinas essa super velocidade tende a diminuir assim novamente a técnica</p><p>do corredor prevalece para que a perda seja menor.</p><p>Compreendendo melhor o quanto correr 100 metros abaixo de 10 segundos é um</p><p>número mágico, vamos analisar a evolução dos tempos dos atletas campeões olímpicos</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 38</p><p>que correram abaixo dos 10 segundos, isso ocorreu em 1987 com o americano Carl</p><p>Lewis com marca de 9’’93, passados 22 anos e com todo o avanço tecnológico nos</p><p>treinamentos e jamaicano Usain Bolt em 2009 crava 9’’58 como novo recorde mundial</p><p>melhorando o resultados em apenas 35 milésimos de segundos, esse tempo minúsculo</p><p>para nós pessoas normais é uma eternidade para os atletas de alto rendimento, assim</p><p>milésimo podem decidir uma medalha no mundial.</p><p>Figura 17: quadro de resultados na prova do 100m</p><p>Fonte: https://www.efdeportes.com/efd143/100-metros-rasos-campeonato-mundial-de-atletismo.htm</p><p>Para finalizar as corridas de velocidade de regra básica cada corredor compete</p><p>na sua respectiva raia, caso haja a invasão da raia de outro corredor a punição é</p><p>desclassificação, também com a desclassificação ocorre quando o atleta “queima”</p><p>largada ou seja, sai antes do sinal sonoro, também é eliminado.</p><p>Quando pensamos em treinamento para velocistas devo compreender quais fontes</p><p>energéticas e a dinâmica está envolvida na corrida de velocidade para que os treinos</p><p>sejam eficazes, por ser uma prova de explosão tem basicamente a energia vinda</p><p>do metabolismo anaeróbia aláctica ATP-CP, assim todo meu treinamento físico para</p><p>esse corredores tem que estar focado em exercícios de explosão e curta duração,</p><p>por isso esse atletas tem uma grande massa muscular, além obviamente do trabalho</p><p>técnico da corrida e tático da prova. Para isso também necessário uma periodização</p><p>do treinamento que veremos nas próximas aulas.</p><p>Focando na prática de treinamento, dissemos no inicio desse capítulo que educativos</p><p>de corrida servem também para o alto rendimento, aumentando a intensidade, fazemos</p><p>isso aumentando a velocidade de execução do exercício, a própria carga com auxílio</p><p>de pesos extras e resistência.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 39</p><p>Figura 18: atleta correndo com paraquedas</p><p>Fonte: https://actualsports.net/paraquedas/</p><p>Figura19: Aumentando a carga da corrida</p><p>Fonte: https://pt.dreamstime.com/corrida-no-frio-que-puxa-um-tren%C3%B3-tornado-mais-pesado-image111317479</p><p>Infelizmente a estrutura de equipamentos esportivos principalmente de pistas de</p><p>atletismo no Brasil são precárias, assim provavelmente não vou ter uma pista de tartan, ou</p><p>equipamento de ponta para treinos, mas posso adaptar a minha realidade, um campinho,</p><p>uma rua, um terreno e para treinamento posso aumentar a carga puxando pneu.</p><p>Figura 20: atleta puxando pneu</p><p>Fonte: https://www.canstockphoto.com.br/pneus-car-atleta-puxando-68569852.html</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 40</p><p>AULA 5</p><p>CORRIDAS DE MEIO FUNDO,</p><p>FUNDO E MARATONA</p><p>Corridas de meio fundo</p><p>As corridas de meio fundo são as provas de 800 metros e 1500 metros, nessas</p><p>provas ao contrário das de velocidade a largada é “alta”, ou seja, não existe o apoio</p><p>do bloco de partida, e as provas são semi raiadas, onde o atleta corre cada um sua</p><p>determinada raia por alguns metros e depois todos podem escolher e por questões</p><p>matemáticas de distância todos na raia mais interna a número 1, escalonamento</p><p>nada mais é do que a equalização das distâncias percorridas pelos atletas nas provas</p><p>acima de 100 metros e vai variar conforme a distância.</p><p>Figura 17: Escalonamento de pista de atletismo</p><p>Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/200_metros_rasos</p><p>As Corridas diferenciam-se umas das outras pela sua duração, e pelo controle de</p><p>duas variáveis principais: a amplitude, ou seja, o tamanho da</p><p>passada e a frequência</p><p>da passada, na interação dessas duas questões que está o sucesso na prova.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 41</p><p>Figura 18: Passada da corrida</p><p>Fonte: https://www.istockphoto.com/pt/fotos/corrida-de-rua</p><p>Técnica do Meio Fundo.</p><p>Na procura de tornar a corrida mais eficiente segue algumas considerações:</p><p>• Quando comparada com as corridas de velocidade, a ação dos joelhos é menos</p><p>pronunciada, de modo a poupar energia e a passada é mais suave e curta, com</p><p>menor amplitude.</p><p>• A passada é natural, procurando uma distância de passo ótima, de acordo com</p><p>as características do atleta.</p><p>• O pé́ é colocado sobre o solo com toda a sua superfície e de forma rápida e</p><p>reativa.</p><p>• Os movimentos dos braços são reduzidos à medida que vamos aumentando</p><p>as distâncias de competição.</p><p>• Os braços movem-se com um suave balançar, num angulo ligeiramente mais</p><p>aberto, com os ombros relaxados e as mãos ligeiramente abertas.</p><p>• O angulo de inclinação do corpo para a frente também é menos pronunciado,</p><p>devido à redução de velocidade.</p><p>• As oscilações verticais são quase imperceptíveis, não existindo oscilações</p><p>laterais.</p><p>Segundo Puelo e Milroy (2011), o perfil da prova diferente da velocidade, onde preciso</p><p>ressaltar o ritmo como velocidade as corridas de meio fundo tem o seguinte biótipo</p><p>ideal de atleta é o com grande resistência e velocidade, capaz de manter velocidades</p><p>altas por um longo período, assim os treinamentos dos corredores de meio fundo</p><p>segue as seguintes orientações:</p><p>• Realizar um exercício durante longo período de tempo.</p><p>Preciso treinar em meu aluno / atleta a resistência para correr.</p><p>• Realizar ações de elevada intensidade de forma repetida.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 42</p><p>Tiros de velocidade de distâncias maiores, por exemplos tiros de 400 m metros</p><p>também são interessantes para treinar resistência de velocidade</p><p>• Realizar ações de elevada potência mantendo precisão e eficácia.</p><p>Durante os treinos se aproximar o máximo possível da realidade e característica</p><p>da prova</p><p>• Capacidade para recuperar rapidamente.</p><p>Diminuir os intervalos durante a sessões de tiros</p><p>• Treinar taticamente a prova,</p><p>Figura 15: corrida de meio fundo</p><p>Fonte: https://knoow.net/desporto/atletismo/provas-meio-fundo-fundo/</p><p>Regras básicas, como são provas semi raiadas e de saída em pé, a largada é em</p><p>formato de arco, como é uma prova não raiada os atletas correm praticamente todos</p><p>na raia 1, com as ultrapassagens caso haja um contato e algum atleta caia o arbitro</p><p>pode desclassificar o atleta por prejudicar outros.</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>Nas Olímpiadas de Tóqui em 2021 a atleta holandesa Sifan Hassan na prova dos</p><p>1500 m tropeçou na queniana Edina Jebitok, mas se levantou a tempo de voltar a</p><p>correr e cruzar a linha de chegada em primeiro. Ela foi cumprimentada pelas rivais</p><p>após o feito</p><p>Segue vídeo onde acontece o fato literalmente uma super atleta.</p><p>https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/holandesa-sofre-queda-se-levanta-e-vence-</p><p>eliminatoria-dos-1500m-em-toquio.ghtml</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 43</p><p>Corridas de fundo</p><p>No programa das olímpiadas as provas de fundo são as distâncias de 5.000</p><p>metros e 10.000 metros, provas essa ocorridas na pista de atletismo de 400 metros</p><p>de comprimento, onde todos os atletas largam em saída alta (em pé) em uma prova</p><p>sem raia definida para cada competidor.</p><p>Como citamos acima as características de um bom corredor de fundo é necessário</p><p>a condição genética principalmente na constituição de fibras musculares, a capacidade</p><p>cardiorrespiratória, eficiência nas funções termorreguladores, mas a necessidade de</p><p>anos de treinamento para manter velocidade por um longo período de tempo. Para</p><p>Rojas (2017), existem vários métodos focados na especificidade da prova um dele</p><p>muito conhecido e trabalho é o método fartlek de origem sueca com significado de</p><p>“jogo da velocidade”, nesse tipo de treinamento, o corredor determina a velocidade e</p><p>a distância dos estímulos, conforme a sua percepção de esforço e condição física,</p><p>percorrendo percursos variados com aclives, declives e obstáculos naturais, em meio</p><p>aos bosques e trilhas pelas florestas. Os estímulos fortes são intercalados com pausas</p><p>onde o corredor realiza uma corrida lenta ou até mesmo uma caminhada, para a sua</p><p>recuperação. A frequência cardíaca apresentará variações entre 140-180 batidas por</p><p>minuto nesse tipo de treinamento, podemos orientar nosso atleta por fases de fartlek</p><p>conforme o desenvolvimento do meu atleta.</p><p>• fartlek tradicional, sendo que o corredor decide em que ritmos deve correr, quais</p><p>as distâncias e / ou duração do estímulo e o tipo de terreno (de preferência, com</p><p>muitas variações, ou seja, grama, terra, asfalto, areia, aclives, declives, planos</p><p>etc.), tudo de acordo com a sua disposição do momento. A duração do treino</p><p>deve estar compreendida entre 40min a 2 horas. Pode ser utilizado como recurso</p><p>pedagógico para a quebra da rotina e para promover a recuperação do corredor</p><p>após períodos de grande acúmulo de fadiga física ou mental, pois permite a</p><p>execução do treino sem compromissos com tempo / distância;</p><p>• fartlek orientado, onde as variações de distância e ritmo são orientadas pelo</p><p>treinador, sendo utilizado nas semanas iniciais da preparação do atleta. Exemplo:</p><p>2 km corrida lenta + 4 séries de 1000m x 800m x 600m x 400m x 200m em ritmo</p><p>acelerado intercaladas com 200-400m de corrida lenta + 2 km de corrida lenta;</p><p>• fartlek especial, onde há uma combinação de corridas de diferentes distâncias</p><p>e ritmos, com exercícios especiais (saltos, educativos etc.). Exemplo: 3 km</p><p>corrida lenta + exercícios educativos intercalados com 50m de corrida lenta +</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 44</p><p>seqüência de saltos intercalados com 50-100m de corrida lenta + acelerações</p><p>de 100-200m intercaladas com 50-100m de corrida lenta + acelerações de</p><p>400m-800m intercaladas com 200m corrida lenta + exercícios para resistência</p><p>de força muscular intercalados com 50-100m de corrida lenta + acelerações</p><p>de 1000-2000m intercaladas com 400-800m corrida lenta + 3 km corrida lenta;</p><p>• fartlek líder, pela formação de grupos de corredores do mesmo nível de</p><p>condicionamento, onde um deles será o responsável pelas acelerações</p><p>intermediárias, sendo que os demais deverão ultrapassá-lo. O treinador deverá</p><p>orientar em relação às distâncias utilizadas ou a duração do estímulo e aos</p><p>momentos de aceleração. O objetivo do trabalho é condicionar os corredores</p><p>às acelerações intermediárias que ocorrem durante as competições esportivas.</p><p>Exemplo: 3 km corrida lenta + 12 km intercalando 800-1200m corrida acelerada</p><p>com simulações táticas com 400-800m corrida recuperativa + 3 km corrida lenta.</p><p>O fartlek, conforme a sua orientação, pode ser realizado na pista de atletismo, em</p><p>trilhas pelos campos e bosques e em terrenos variados, sendo os percursos em meio</p><p>à natureza aqueles que oferecem maiores atrativos aos corredores.</p><p>Figura 19: fartlek a moda queniana</p><p>Fonte: http://www.coelhodeprograma.com.br/materias/fartlek-moda-queniana-167.html</p><p>Maratona</p><p>A prova de maratona é um capítulo à parte do atletismo, pois é a prova mais</p><p>tradicional de uma olímpiadas que fecha o maior evento esportivo do mundo, a prova</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 45</p><p>tem um percurso de 42.195 metros pelas ruas da cidade sede das olímpiadas e se</p><p>encerra no estádio olímpico, talvez tenha toda essa representatividade por causa de</p><p>sua história desde a Grécia antiga. Segundo a lenda, em 490 a.C., um soldado teria</p><p>corrido 40 quilômetros com o objetivo de chegar em Atenas para dar a notícia da vitória</p><p>dos gregos sobre os persas na Batalha de Maratona. Outro fato da história diz que a</p><p>maratona teve seu percurso aumentado em 2.195</p><p>metros, tornando-se 42.195 metros</p><p>no total, por solicitação da rainha da Inglaterra, em uma edição dos jogos olímpicos</p><p>na Inglaterra. A maratona é considerada uma prova olímpica desde a primeira edição</p><p>dos Jogos, realizado em Atenas no ano de 1896. O sucesso da corrida de maratona</p><p>incentivou a febre da corrida de rua que vamos tratar mais à frente.</p><p>Figura 16: soldado correndo para avisar a vitória na batalha de maratona</p><p>Fonte: https://www.acidadeon.com/on-run/NOT,0,0,1536412,maratona-mais-que-corrida-um-aula-de-historia.aspx</p><p>Para Mattihiesen (2017), quando analisamos os corredores de fundo e maratonistas</p><p>temos características comuns:</p><p>• Elevado taxa de consumo de oxigênio (VO2max).</p><p>• Alta capacidade para mobilizar ácidos graxos para a produção da energia para</p><p>a ação muscular de longa duração.</p><p>• Maiores reservas musculares de glicogênio.</p><p>• Eficiência nas funções termorreguladoras do organismo.</p><p>• Menor acúmulo de lactato em ritmos de corrida mais elevados.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 46</p><p>• Melhor padrão de recrutamento das fibras musculares para o desempenho de</p><p>longa duração.</p><p>• Manutenção econômica de um elevado ritmo de corrida (menor gasto energético).</p><p>• Maior resistência psicológica à dor e ao sofrimento.</p><p>Um grande destaque brasileiro da maratona é Vanderlei Cordeio de Lima foi um grande</p><p>corredor pois há 17 anos, Vanderlei conquistou a medalha de bronze na maratona nos</p><p>Jogos Olímpicos de Atenas-2004, na Grécia. O brasileiro liderava a prova quando</p><p>sofreu uma interferência externa de um manifestante. Mesmo assim, o atleta persistiu</p><p>e subiu ao pódio. Vanderlei passou a integrar um grupo de heróis olímpicos devido às</p><p>particularidades que teve que superar em Atenas-2004.</p><p>Figura 17: Atleta Vanderlei Cordeiro de Lima na chegada final da maratona das olímpiadas de aténs- 2004.</p><p>Fonte: https://www.olimpiadatododia.com.br/atletismo/262721-vanderlei-cordeiro-de-lima-16-anos-atenas/</p><p>Ele foi vítima de um ex-padre irlandês que, de surpresa, surgiu do espaço destinado</p><p>aos espectadores e adentrou o local da prova, agarrou e empurrou o brasileiro para fora</p><p>do trajeto. O atleta conseguiu voltar ao percurso por causa da ajuda do grego Polyvios</p><p>Kossivas que também assistia a maratona. Além do pódio, Vanderlei foi premiado</p><p>também com uma das maiores honrarias do esporte olímpico. O brasileiro recebeu a</p><p>medalha Pierre de Coubertain, a maior condecoração de cunho humanitário-esportivo</p><p>concedida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). Mais adiante, foi escolhido como</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 47</p><p>personagem principal na abertura dos Jogos Olímpicos Rio-2016. Coube a ele acender</p><p>a pira olímpica no estádio do Maracanã.</p><p>Outro grande atleta que ainda tem o melhor tempo de brasileiro numa prova de</p><p>maratona é Ronaldo da Costa com o tempo de 2 horas 6’05” minutos conseguido na</p><p>maratona de Berlim na Alemanha em setembro de 1998.</p><p>Figura 18: Ronaldo da Costa maratona de Berlim 1998, melhor de tempo de um brasileiro</p><p>Fonte: https://esportes.estadao.com.br/blogs/corrida-para-todos/ronaldo-da-costa-celebra-os-22-anos-da-quebra-do-recorde-mundial-da-maratona/</p><p>ISTO ESTÁ NA REDE</p><p>A emoção de ser escolhido em cima da hora para acender a pira olímpica</p><p>O maratonista, medalha de bronze em Atenas-2004, condecorado com a medalha</p><p>Barão Pierre de Coubertin do COI (Comitê Olímpico Internacional), esteve fora de</p><p>cogitação na bolsa de apostas informal sobre quem acenderia a pira na ausência</p><p>de Pelé. O Comitê-2016 avisara que aqueles atletas que haviam conduzido a tocha</p><p>durante o longo (e sinuoso) revezamento pelo Brasil estavam descartados. A</p><p>alegação – que caiu por terra mais tarde – era de que só seria permitido carregar</p><p>o fogo olímpico uma única vez. Vanderlei o fizera, em momento de grande emoção,</p><p>dentro da belíssima Catedral Metropolitana de Brasília, desenhada pelo ateu Oscar</p><p>Niemeyer, em 3 de maio, data do desembarque da chama no Brasil.</p><p>Essa honraria é concedida aos grandes atletas mundiais e grandes feitos ao esporte</p><p>e apesar de não ter conquista o ouro olímpico Vanderley mostrou todo o verdadeiro</p><p>esporte olímpico após o fato já descrito ocorrido.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 48</p><p>Fonte: https://blogdobrito.blogosfera.uol.com.br/2016/11/11/a-emocao-de-ser-escolhido-em-cima-da-hora-para-acender-a-pira-olimpica/</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 49</p><p>AULA 6</p><p>CORRIDAS DE REVEZAMENTO</p><p>E COM BARREIRAS</p><p>Corridas de revezamento</p><p>As corridas de revezamento na são as provas do 4x100 e 4x400 onde cada atleta</p><p>percorre um trecho de 100m e 400m dependendo do revezamento, ambas realizadas</p><p>na pista de atletismo e provas raiadas, ou seja, cada atleta em sua determinada raia,</p><p>podendo ser desclassificada a equipe que invadir a raia adversária.</p><p>Para Daniels (2013), a história da corrida de revezamento voltamos a Grécia antiga</p><p>nesse período, os atletas carregavam na verdade tochas e não bastões. O procedimento</p><p>da corrida era muito semelhante ao que acontece hoje com a tocha olímpica, que é</p><p>carregada por longas distâncias, alternando os atletas e, por fim, chegando ao seu</p><p>ponto de destino. Voltando à Grécia, os atletas se revezavam em distâncias definidas</p><p>carregando a tocha e, então, após chegar ao destino especificado, passavam ela para</p><p>outro atleta, e assim até chegar ao altar da deusa Atena, onde uma grande fogueira</p><p>era feita em forma de prestar homenagens a ela. Vale lembrar que nesta época, a</p><p>equipe vencedora tinha, na verdade, uma vitória simbólica, onde a honra de acender a</p><p>fogueira em homenagem à deusa era o que fazia toda a diferença, não sendo necessário</p><p>assim a entrega de outros tipos de prêmios, tais como as medalhas que conhecemos</p><p>hoje em dia.</p><p>Na corridas de revezamento cada atleta percorre 100m ou 400m dependendo da</p><p>prova em cada uma das situações, há uma preparação diferente por parte dos atletas,</p><p>pois o esforço exigido em cada uma das modalidades é diferente. Na corrida de 4 x</p><p>100, o objetivo é uma explosão de velocidade. Como tal, os atletas tentam conseguir</p><p>um alto desempenho por um curto período de tempo. Nesta modalidade, o foco é os</p><p>tiros, que embora curtos, são capazes de proporcionar alta velocidade. Já na corrida de</p><p>4 x 400 é preciso que o atleta poupe um pouco mais seu fôlego. Como tal, a explosão</p><p>já não é tão importante quanto a capacidade de manter um ritmo fixo, garantindo</p><p>assim o mínimo de variação de velocidade com o máximo de desempenho.</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p><p>FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 50</p><p>Como regra das provas de revezamento segue que cada equipe tem uma raia</p><p>que deve ser respeitada. A única exceção que permite que eles saiam é o caso do</p><p>bastão cair. Ainda assim, o caminho nunca poderá ser menor do que o especificado</p><p>na competição. No fim de cada circuito, os atletas têm um espaço de 20 metros para</p><p>entregar o bastão. Esse momento é delicado, pois uma entrega incorreta pode gerar</p><p>a desclassificação. O mesmo vale para o caso de o bastão não ser entregue neste</p><p>raio de 20 m.</p><p>Figura 19: Bastão utilizado nos revezamentos</p><p>Fonte: https://www.mercadao.com.br/produto/bastao-de-revezamento-p-atletismo-espumado-30cm-ax-esportes-peca-preto.html</p><p>As regras da corrida de revezamento valorizam o fair play. Desta forma, o que</p><p>pode desclassificar uma equipe é: perda do bastão, troca de bastão realizada de</p><p>modo impróprio, duas falsas largadas, alcançar outro competidor inadequadamente,</p><p>impedir que outro competidor passe e bloqueá-lo propositadamente, cruzar o percurso</p><p>inadequadamente, ou de qualquer outra maneira interferir com o outro competidor.</p><p>Figura 20: revezamento brasileiro na passagem de bastão</p><p>Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=23431</p><p>ESPORTES INDIVIDUAIS</p><p>ATLETISMO</p><p>PROF. DEYBSON ROGERIO BIONDO</p>