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<p>1</p><p>SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI</p><p>CURSO SUPERIOR DE FARMÁCIA</p><p>RELATÓRIO PARCIAL</p><p>ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA I</p><p>CAMILA BATISTA SOARES SOUZA ROECHLNING</p><p>ITUMBIARA – NOVEMBRO 2023</p><p>2</p><p>SOCIEDADE EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI</p><p>CURSO SUPERIOR DE FARMÁCIA</p><p>CAMILA BATISTA SOARES SOUZA ROECHLNING</p><p>HOSPITAL MUNICIPAL MODESTO DE CARVALHO – ITUMBIARA</p><p>Paloma Coelho</p><p>.</p><p>ITUMBIARA – NOVEMBRO/ 2023</p><p>Relatório Parcial de Estágio Curricular</p><p>Supervisionado, apresentado a Uniasselvi</p><p>- SC, como requisito para obtenção do</p><p>diploma.</p><p>3</p><p>DADOS DO ESTÁGIÁRIO</p><p>ALUNO: Camila Batista Soares Souza Roechlning</p><p>DATA DE NASCIMENTO: 24/06/ 1993</p><p>CONCLUSÃO DO CURSO: 2025</p><p>ENDEREÇO: R. 27: 277; Paranaíba</p><p>TELEFONE: (64) 99216-8785</p><p>CURSO: Bacharel em Farmácia</p><p>ENDEREÇO: Rua Monuelito Vilela, 20.</p><p>BAIRRO: Jardim Primavera</p><p>CIDADE: Itumbiara</p><p>CEP: 75524-575</p><p>FONE: (64) 3430-2002</p><p>DADOS DO ESTÁGIO</p><p>RAZÃO SOCIAL: Hospital Municipal Modesto de Carvalho – Itumbiara</p><p>ENDEREÇO: Rua João Henrique Duarte, nº 215</p><p>BAIRRO: Alto da Boa Vista</p><p>CIDADE: Itumbiara/ GO</p><p>ÁREA DE ATUAÇÃO DA EMPRESA: Saúde</p><p>NÚMERO DE EMPREGADOS: Aproximadamente 500 funcionários.</p><p>PERÍODO DE ESTÁGIO: 19/05 a 03/12</p><p>REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA: Coordenação Núcleo Interno de</p><p>Regulação – NIR e Diretoria Técnica</p><p>4</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 5</p><p>2. OBJETIVOS .....................................................................................................7</p><p>2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 7</p><p>2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 7</p><p>3. DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 8</p><p>3.1 FARMÁCIA CENTRAL..............................................................................10</p><p>3.2 CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO........................... 11</p><p>REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 30</p><p>5</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>Este relatório é o resultado do estágio supervisionado no Hospital Municipal</p><p>Modesto de Carvalho – Itumbiara / GO, durante esse estágio pude aplicar todos os</p><p>conhecimentos teóricos, adquirido ao longo dos períodos, com o objetivo no</p><p>aprofundamento dos princípios básicos da assistência e cuidado farmacêuticos. Onde</p><p>aconteceu também o primeiro contato com o mundo farmacêutico, ou seja, a realidade do</p><p>profissional do farmacêutico num Hospital.</p><p>A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica</p><p>e administrativa, em que se desenvolvem atividades voltadas à produção,</p><p>armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais</p><p>médico-hospitalares. É também responsável pela orientação de pacientes internos e</p><p>ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, racionalização dos custos,</p><p>voltando-se também para o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de</p><p>aprimoramento profissional.</p><p>A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade</p><p>Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. Segundo esta resolução</p><p>“Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um</p><p>profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades</p><p>hospitalares”.</p><p>A farmácia é um setor do hospital que necessita de elevados valoresorçamentário</p><p>s e o farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a assumir atividades clínico-</p><p>assistenciais, através de participação efetiva na equipe de saúde, contribuindo para a</p><p>racionalização administrativa com consequente redução de custos. Tem como principal</p><p>função garantir a qualidade da assistência prestada ao paciente, por meio do uso seguro e</p><p>racional de medicamentos e materiais médicos hospitalares, adequando sua aplicação à</p><p>saúde individual e coletiva, nos planos assistencial, preventivo, docente e investigativo.</p><p>De acordo com a lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que diz que “o estágio</p><p>como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que</p><p>visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário</p><p>formativo do educando e faz parte do projeto pedagógico do curso”.</p><p>Com base nisso, foi extremamente importante esse estágio, pois foi mais que um</p><p>cumprimento de atividade obrigatória, e sim uma experiência do que irei realizar no</p><p>futuro emprego em um campo de trabalho, pois tive possibilidade de aplicar os</p><p>6</p><p>conhecimentos práticos em assistência farmacêutica, atenção farmacêutica e as condutas</p><p>de um farmacêutico como exemplo a postura ética profissional.</p><p>A assistência farmacêutica é um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e</p><p>uso racional dos medicamentos que está totalmente voltada com a atenção farmacêutica</p><p>que é a relação direta entre farmacêutico e paciente, onde visa promover o uso racional</p><p>dos medicamentos e a manutenção de efetividade e segurança ao tratamento do indivíduo.</p><p>7</p><p>2. OBJETIVOS</p><p>2.1 OBJETIVO GERAL</p><p>O objetivo geral deste estágio é entender os princípios da administração hospitalar</p><p>e a estrutura organizacional da farmácia hospitalar, enfocando as funções e os recursos</p><p>utilizados para o desenvolvimento pleno das atividades farmacêuticas.</p><p>2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS</p><p> Conhecer as atribuições e as atividades desenvolvidas pela farmácia</p><p>hospitalar;</p><p> Executar atividades de farmácia clínica;</p><p> Aprender métodos de fracionamento de medicamentos (injetáveis, orais</p><p>líquidos, sólidos e semissólidos), o preparo de nutrição parenteral e/ou</p><p>quimioterápicos;</p><p> Desenvolver atividades relativas a suprimento de produtos de saúde e</p><p>medicamentos; seleção, aquisição, armazenamento, controle da qualidade,</p><p>controle de estoque e dispensação de medicamentos e produtos de saúde;</p><p> Participar de comissões de controle de infecção hospitalar, farmacovigilância</p><p>e farmacoterapêutica;</p><p> Realizar atividades de assistência farmacêutica e atenção farmacêutica na</p><p>farmácia hospitalar com a finalidade de conduzir ao uso seguro dos</p><p>medicamentos e seus correlatos;</p><p> Atuar em equipes multiprofissionais destinadas a planejar, coordenar,</p><p>supervisionar, implementar, executar e avaliar atividades na área de</p><p>assistência farmacêutica.</p><p>8</p><p>3. DESENVOLVIMENTO</p><p>3.1 FARMÁCIA CENTRAL - HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS DO</p><p>ESTABELECIMENTO</p><p>O Hospital Municipal Modesto de Carvalho, está localizado na Rua João Henrique</p><p>Duarte, nº 215, Bairro Alto da Boa Vista, Itumbiara.</p><p>Figura 1. Frente do HMMC.</p><p>Possui Convênio de Gestão com o Estado de Goiás sob Processo SEI nº</p><p>202100010008826, referente ao Plano de Fortalecimento da Atenção Especializada</p><p>Regionalizada do Estado de Goiás, com Plano de Trabalho, firmado com a Secretaria</p><p>Municipal de Saúde de Itumbiara, para unidade de saúde Hospital Municipal Modesto de</p><p>Carvalho, CNES 2789647, cujo objetivo é o estabelecimento de compromisso entre as</p><p>partes para a execução de internações clínicas para diárias de 10 (dez) leitos de Unidade</p><p>de Terapia Intensiva Adulto Tipo II, com foco na assistência universal e equânime aos</p><p>usuários de SUS.</p><p>O HMMC da assistência à população de aproximadamente 1.512.056 habitantes</p><p>da Macrorregião Centro-Sudeste, que é composta por 55 (cinquenta e cinco) municípios.</p><p>Além</p><p>da Macrorregião Centro-Sudeste, a Unidade poderá atender outros municípios de</p><p>acordo com necessidade discricionária da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás,</p><p>através da equipe médica reguladora do Complexo Regulador Estadual.</p><p>Serviço de Terapia Intensiva – UTI, com perfil de Clínico e oferta dos seguintes</p><p>recursos assistenciais aos pacientes internados nos leitos estaduais contratualidades:</p><p>9</p><p>especialidades médicas: neurologia, cardiovascular, ortopedia, urologia, gastrenterologia,</p><p>nefrologia, incluindo hemodiálise, hematologia, infectologia, ginecologia e assistência</p><p>em cirurgia geral.</p><p>Além dos serviços médicos também são ofertados serviços de assistência</p><p>nutricional, farmacêutica, serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e</p><p>assistência social.</p><p>Aos pacientes internados nos referidos leitos de UTI também consta</p><p>disponibilizados os Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico – SADT: laboratório</p><p>clínico, serviço de radiografia móvel, ultrassonografia portátil, serviço de endoscopia</p><p>digestiva alta e baixa, unidade de apoio transfusional; Diagnóstico por métodos gráficos</p><p>em cardiologia (eletrocardiograma).</p><p>A unidade de saúde Hospital Municipal Modesto de Carvalho oferta internação</p><p>em Leito de Terapia Intensiva – UTI referenciada/regulada para atendimentos de</p><p>urgência/emergência: Descompensação de doenças crônicas como Diabetes e</p><p>Hipertensão Arterial, Pneumonias e Doenças e/ou Insuficiências Respiratórias não Covid-</p><p>19, Insuficiência Cardíaca Congestiva – ICC, Insuficiência Renal Crônica – IRC,</p><p>Insuficiência Renal Aguda – IRA, Acidente Vascular Cerebral Isquêmico – AVCi e</p><p>demais patologias clínicas com perfil para UTI Geral Adulto Tipo II.</p><p>O hospital tem uma média mensal de 8 mil consultas, 5 mil atendimentos em</p><p>urgências e emergências e mais de mil internações. Conta com 200 funcionários, sendo</p><p>20 médicos, dos quais 5 compõe o quadro docente. Possui também 5 residentes em 5</p><p>especialidades médicas, além de médicos convidados da área de convênios privados e</p><p>atendimento particular. Por ano são formados 5 médicos residentes e muitos retornam:</p><p>80% dos 10 profissionais que integram o corpo clínico do HMMC são ex-residentes do</p><p>próprio Hospital.</p><p>O atendimento do hospital interage com o atendimento à população oferecido</p><p>pelas clínicas de Fisioterapia, Odontologia, Radiologia Odontológica, Fonoaudiologia,</p><p>Psicologia e Terapia Ocupacional, vinculadas às faculdades do entorno do Estado.</p><p>Também ocorre interação com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de</p><p>Itumbiara e cidades vizinhas.</p><p>10</p><p>Missão: prestar atendimento de qualidade na área de saúde e contribuir para a promoção</p><p>do conhecimento, considerando sua orientação cristã e seu caráter de Hospital público.</p><p>Visão: ser reconhecida como instituição de excelência no atendimento humanizado aos</p><p>pacientes, na qualificação de profissionais e que busca a autos sustentabilidade.</p><p>Valores: ética, responsabilidade social, conduta humanitária, competência técnico-</p><p>científica, aperfeiçoamento contínuo, realização dos colaboradores, satisfação do</p><p>cliente.</p><p>Política de Qualidade: promover ações de melhoria contínua em conformidade com os</p><p>fundamentos de Missão, Visão e Valores do Hospital.</p><p>A FARMÁCIA HOSPITALAR</p><p>Figura 2: Atribuições de uma farmácia hospitalar.</p><p>Farmácia hospitalar é a profissão que se esforça para manter e melhorar</p><p>continuamente o gerenciamento de medicamentos e os cuidados farmacêuticos dos</p><p>pacientes com os mais altos padrões em um ambiente hospitalar.</p><p>De acordo com a portaria 4.283 de 2010, a FH é a unidade clínico-assistencial,</p><p>técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência</p><p>farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura</p><p>11</p><p>organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades</p><p>administrativas e de assistência ao paciente.</p><p>O farmacêutico hospitalar é o líder e gestor dentro da farmácia hospitalar e seu</p><p>foco é direcionado à gestão dos processos de suprimentos, dispensação, equipe de</p><p>auxiliares e segurança ao paciente. Além da participação em todos os segmentos que</p><p>envolvem o medicamento dentro da estrutura hospitalar.</p><p>3.2 CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO</p><p>O farmacêutico hospitalar tem a sua função principal dentro da instituição que é</p><p>basicamente disponibilizar o medicamento ao paciente de forma segura e garantir a</p><p>compra, estoque e dispensação deste.</p><p>No entanto, a FH cresce diariamente e o farmacêutico hospitalar assume um lugar</p><p>de protagonismo ao que se refere aos medicamentos. Abaixo exemplo de locais e setores</p><p>da atuação do farmacêutico dentro do hospital:</p><p> Setor de compras</p><p> Setor de marketing</p><p> Controle de qualidade</p><p> Farmácia clínica</p><p> Almoxarifado e recebimento</p><p> Manipulação, unitarização e fracionamento de medicamentos</p><p> Dispensação</p><p> Comissões assistenciais e de gestão</p><p> Seleção e padronização</p><p> Automação</p><p> Farmacovigilância</p><p> Treinamentos às equipes assistenciais</p><p> Controle de estoques satélites</p><p>A Farmácia Hospitalar é responsável por toda jornada do medicamento desde sua</p><p>seleção e padronização até a dispensação ao paciente. O farmacêutico hospitalar está</p><p>presente em diversas comissões hospitalares. São exemplos:</p><p>12</p><p> CFT – comissão de farmacoterapêutica, responsável pela análise e avaliação dos</p><p>medicamentos padronizados, protocolos de tratamentos internos e assuntos</p><p>relacionados a medicamentos (reações adversas e usos Off Label), medicamentos</p><p>de alta vigilância</p><p> CCIH – Comissão de controle de infecção hospitalar</p><p> EMTN – Equipe multidisciplinar de terapia nutricional</p><p>A farmácia hospitalar tem a responsabilidade de garantir o acesso ao medicamento</p><p>de forma segura e no menor custo possível.</p><p>Na rotina do Serviço de Farmácia havia as atividades de:</p><p> Fracionamento: Fracionar os sólidos orais em suas embalagens primárias para a</p><p>entrega do medicamento ao paciente em sua menor unidade, ou seja, por</p><p>comprimido. Na unidade hospitalar de lotação do residente, a responsabilidade do</p><p>fracionamento é do residente de primeiro ano. Assim, anteriormente à chegada</p><p>dos estagiários ao fracionamento, o residente pega os medicamentos cujo</p><p>fracionamento é necessário na CAF, relaciona-os no livro de fracionamento, gera</p><p>etiquetas e coloca em gavetas para que os estagiários fracionem. O livro de</p><p>fracionamento é um livro ata onde são registrados os medicamentos que chegam</p><p>à sala de fracionamento e é atribuído a cada lote de medicamento um lote interno</p><p>do serviço de farmácia.</p><p> As etiquetas do fracionamento são geradas com auxílio de uma planilha do</p><p>Excel®, onde consta o nome do princípio ativo do medicamento, a concentração</p><p>desse princípio ativo, o lote interno desse medicamento e sua validade.</p><p> Ambulatório: Para os fins deste relato deve se entender ambulatório como um</p><p>espaço físico na farmácia onde ocorre a dispensação de medicamentos para</p><p>paciente que não estão internados no hospital. O ambulatório foca-se em dispensar</p><p>medicamentos do componente básico da assistência farmacêutica elencados na</p><p>RENAME (BRASIL, 2015), para pacientes em acompanhamento pré ou pós-</p><p>cirúrgico, munidos de receituário emitido pelo próprio hospital, salvo algumas</p><p>situações específicas (por exemplo, dispensação de Oseltamivir – Tamiflu®). Ao</p><p>serem designados para ficarem no ambulatório, os estagiários são formalmente</p><p>apresentados à técnica de enfermagem que trabalha no ambulatório da farmácia,</p><p>sendo ela a responsável pelo ambulatório quatro dias por semana. Ela apresenta</p><p>13</p><p>para os estagiários os medicamentos disponíveis para dispensação e explica como</p><p>era o processo para dispensação de medicamentos no ambulatório.</p><p> Distribuição: Refere-se à ação de separar os medicamentos em quantidade para</p><p>24 horas de tratamento para distribuição pelos setores do hospital. Nesta etapa do</p><p>processo, o auxiliar de farmácia, observando as quantidades descritas na PCCC</p><p>realiza a separação dessas quantidades para envio para a respectiva clínica. Assim</p><p>como no ambulatório, esta atividade também apresenta profissionais do próprio</p><p>serviço como responsáveis pelo treinamento do estagiário.</p><p> Triagem: A atividade de triagem engloba a impressão do censo ocupacional do</p><p>hospital, o recebimento e a conferência das prescrições com o censo e a</p><p>quantificação de terapia presente nas prescrições para 24h. Normalmente, os</p><p>médicos mandam imprimir as prescrições diretamente na farmácia em duas vias,</p><p>uma para colocarem nos prontuários nos andares e uma para a farmácia e, no</p><p>momento de irem buscar suas vias, eles, além de recolherem suas cópias, assinam</p><p>e carimbam a cópia da farmácia. As prescrições são agrupadas, então, pela clínica</p><p>a que pertencem. Sempre que se inicia um tratamento com antibiótico, o prescritor</p><p>envia à farmácia uma justificativa de uso de antibiótico. Após recebida essa</p><p>justificativa, o farmacêutico registrava o início do tratamento, duração e</p><p>posologia, visando programar todo o tratamento daquele antibiótico para o</p><p>paciente e garantir seu suprimento. Na pasta também fica sinalizada a quantidade</p><p>ainda disponível de antibiótico para abertura de novos tratamentos.</p><p> CAF: A Central de Abastecimento Farmacêutico é a unidade de assistência</p><p>farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e correlatos, onde são</p><p>realizadas atividades relativas à sua correta recepção, estocagem e distribuição</p><p>(ROSA; GOMES; REIS, 2006). Além disso, na unidade relatada, também é</p><p>imputada da responsabilidade de separar as cotas semanais e mensais das clínicas,</p><p>separar a parte do hospital na permuta de medicamentos e conferir a contraparte</p><p>que chega e manter os medicamentos em bom estado para utilização.</p><p>A experiência relatada traz a colaboração do residente como supervisor dos</p><p>estagiários. Suas ações foram fruto da sua observação do que o serviço poderia ofertar</p><p>para o melhor treinamento possível dos profissionais em formação, seu mapeamento de</p><p>atividades para inserção destes graduandos e do apontamento de possíveis intervenções</p><p>14</p><p>do próprio residente para que as atividades se apresentassem como oportunidade de</p><p>aprendizado e enriquecimento para os estagiários envolvidos. A observação, o</p><p>mapeamento e os potenciais de intervenção foram apresentados e autorizados pela chefia</p><p>do serviço antes de serem colocados em prática.</p><p>A condução da supervisão se deu muitas vezes de forma empírica, e, em função</p><p>do longo período da experiência, algumas atividades e comportamentos foram</p><p>modificados durante o processo, visando melhoria do estágio ofertado. Durante toda a</p><p>experiência relatada, o residente buscou conciliar posicionamentos experimentados nos</p><p>estágios da própria formação; expectativas de como deveria ser proporcionado o</p><p>fornecimento do conhecimento durante o estágio; e as demandas e desígnios da chefia do</p><p>serviço em relação as atividades executadas pelos graduandos.</p><p>Figura 3: CAF HMMC – Itumbiara.</p><p>O critério empregado na divisão dos setores foi técnico, levando em conta a</p><p>atividade a executar dentro do fluxo de processos do serviço de farmácia como um todo,</p><p>promovendo a entrega do medicamento ao paciente que dele precisasse. Era apresentado</p><p>ao estagiário, assim que o mesmo iniciava suas atividades na farmácia o trajeto que o</p><p>medicamento percorria do momento de sua chegada à CAF até o momento que chegava</p><p>ao paciente internado ou ambulatorial.</p><p>15</p><p>REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS</p><p>MATOSO, M.C.; DUBOIS, M.C.T. Orientações para apresentação de trabalhos</p><p>acadêmicos. 2.ed. Campinas, 2009.</p><p>CFF. Regulamenta o exercício profissional em Farmácia e unidade hospitalar, clínicas e</p><p>casa de saúde de natureza pública ou privada. Resolução nº 300, 30 de janeiro de 1997.</p><p>Resoluções do Conselho Federal de Farmácia, Brasília, p.742-743. Disponível em:</p><p><http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/300.pdf>. Acesso em: 10 novembro de</p><p>2023.</p><p>BONATTO, D.R. Relatório de Estágio em Farmácia Hospitalar. Ribeirão Preto: USP,</p><p>2009. Disponível em:<http://www.scribd.com/doc/24487624/Relatorio-Estagio-</p><p>Hospital-2>. Acesso em: 10 novembro de 2023.</p><p>BRASIL. Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993. Institui normas para licitações e contratos</p><p>da Administração Pública e dá outras providências Brasília; 1993. Disponível em:</p><p><http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm>. Acesso em 8 de novembro</p><p>de 2023.</p><p>______. Resolução CNS nº 338/2004. Aprova a Política Nacional de Assistência</p><p>Farmacêutica. Brasília, 2004b. Disponível em:</p><p><http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/338.pdf>. Acesso em 03 de</p><p>maio de 2017</p><p>BRASIL. Lei n. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes.</p><p>Brasília; 2008. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-</p><p>2010/2008/Lei/L11788.htm#art20> Acesso em 09 de novembro de 2023.</p><p>CFF. Magali Demoner Bermond et al.; [revisão, Tarcísio José Palhano]. Modelo</p><p>referencial de ensino para uma formação farmacêutica com qualidade. Brasília: Conselho</p><p>Federal de Farmácia, 2008. Disponível em:</p><p>16</p><p><http://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Modelo%20Referencial%20de%20Ensino.</p><p>pdf>. Acesso em 12 de novembro de 2023.</p><p>ROSA, M.B.; GOMES, M.J.V.M.; REIS, A.M.M. Abastecimento e Gerenciamento de</p><p>Materiais. In: GOMES, M.J.V.M.; REIS, A.M.M. Ciências Farmacêuticas: uma</p><p>abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2006. pt. II, cap. 21, p. 365386.</p>