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<p>1</p><p>João Faustino Neto</p><p>MÉTODOS E AVALIAÇÃO</p><p>EM EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>http://cienciadotreinamento.com.br/wp-content/uploads/2015/11/Avalia%C3%A7%C3%A3o-Postural.jpg</p><p>2018</p><p>Adaptado de: Prof. MSc André L. Estrela</p><p>2</p><p>MÉTODOS E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>A obtenção de dados, sua avaliação e metodologia aplicada torna se de fato o norte</p><p>para o profissional que deseja atuar de forma eficaz e produtiva frente as necessidades de um</p><p>indivíduo.</p><p>Conceituação e objetivos:</p><p>A medição leva em conta os fatores metodológicos intrínsecos e extrínsecos da avaliação para</p><p>a obtenção de valores e dados fidedignos para utilização plena.</p><p>Tendo como base as premissas de avaliação é necessário entender os questionamentos</p><p>que o avaliador dever fazer e responder antes de qualquer inicio.</p><p>1- O que medir?</p><p>2- Por quê medir?</p><p>3- Como medir?</p><p>AVALIAÇÃO:</p><p>Determina a importância ou o valor da informação coletada. Classifica os testados.</p><p>... é um processo pelo qual, utilizando as medidas, se pode subjetiva e objetivamente,</p><p>exprimir e comparar critérios.</p><p>Ex.: O percurso realizado pelo aluno é classificado como bom.</p><p>O testado é classificado como sendo de estatura alta, média ou baixa.</p><p>TESTE:</p><p>É um instrumento, procedimento ou técnica usada para se obter uma informação.</p><p>Forma: escrito, observação e “performance”.</p><p>Ex.: O teste de Cooper, teste de RM...</p><p> Teste de cooper, vide: < https://www.mundoboaforma.com.br/como-e-o-teste-de-</p><p>cooper/>.</p><p> Teste 1 RM, vide: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-</p><p>fisica/teste-de-forca/53497>.</p><p>3</p><p>TIPOS DE AVALIAÇÃO:</p><p>AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: Nada mais é do que uma análise dos pontos fortes e</p><p>fracos do indivíduo ou da turma, em relação a uma determinada característica. Esse tipo de</p><p>avaliação, comumente efetuado no início do programa, ajuda o profissional a calcular as</p><p>necessidades dos indivíduos e, elaborar o seu planejamento de atividades, tendo como base</p><p>essas características ou, então, a dividir a turma em grupos (homogêneos ou heterogêneos)</p><p>visando facilitar o processo de assimilação da tarefa proposta.</p><p>AVALIAÇÃO FORMATIVA: Esse tipo de avaliação informa sobre o progresso dos</p><p>indivíduos, no decorrer do processo ensino-aprendizagem, dando informações tanto para os</p><p>indivíduos quanto para os profissionais, indica ao profissional se ele está ensinando o</p><p>conteúdo certo, da maneira certa, para as pessoas certas e no tempo certo.</p><p>A avaliação é realizada quase que diariamente. Quando a performance do indivíduo é obtida e</p><p>avaliada, em seguida é feita uma retroalimentação, apontando e corrigindo os pontos fracos</p><p>até ser atingido o objetivo proposto.</p><p>AVALIAÇÃO SOMATIVA: É a soma de todas as avaliações realizadas no fim de</p><p>cada unidade do planejamento, com o objetivo de obter um quadro geral da evolução do</p><p>indivíduo.</p><p>OBJETIVOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES NA EDUCAÇÃO FÍSICA:</p><p>- Avaliar o estado do indivíduo ao iniciar a programação;</p><p>- Detectar deficiências, permitindo uma orientação no sentido de superá-la;</p><p>- Auxiliar o indivíduo na escolha de uma atividade física que, além de motiva-lo possa</p><p>desenvolver suas aptidões;</p><p>- Impedir que a atividade seja um fator de agressão;</p><p>- Acompanhar o progresso do indivíduo;</p><p>- Selecionar elementos de alto nível para integrar equipes de competição;</p><p>- Desenvolver pesquisa em Educação Física;</p><p>- Acompanhar o processo de crescimento e desenvolvimento dos nossos alunos.</p><p>4</p><p>PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES:</p><p>- Para se avaliar, efetivamente, todas as medidas devem ser</p><p>conduzidas com os objetivos do programa em mente.</p><p>Antes de se administrar testes, é preciso determinar os objetivos do programa para se</p><p>poder avaliar os resultados advindos de acordo com os objetivos propostos.</p><p>- Deve-se lembrar sempre a relação existente entre teste, medida e avaliação.</p><p>A avaliação inclui testes e medidas. Entretanto, avaliar é muito mais amplo do que</p><p>simplesmente testar e medir. A avaliação é uma tomada de decisão.</p><p>- Devem ser conduzidos e supervisionados por pessoas treinadas.</p><p>Não é qualquer pessoa que pode administrar efetivamente um programa de medida e</p><p>avaliação, que é um assunto sério para ser desenvolvido por alguém não treinado na área.</p><p>Além do mais, as decisões poderão afetar importantes aspectos da vida de um indivíduo.</p><p>- Os resultados devem ser interpretados em termos do indivíduo como um todo:</p><p>social, mental, física e psicologicamente.</p><p>Se um indivíduo vai mal num teste, o profissional consciente irá verificar quais as razões</p><p>que levaram a tal resultado e, na medida do possível e se necessário, prover assistência à</p><p>pessoa.</p><p>- Tudo que existe pode ser medido.</p><p>Em outras palavras, qualquer assunto incluído em um programa de Educação Física deve</p><p>ser medido. Existem, naturalmente, áreas da Educação Física que ainda não são bem</p><p>definidas e por esta razão ainda não foram desenvolvidas testes para medi-las (ex.:</p><p>sociologia do esporte). Mesmo algumas capacidades físicas ainda necessitam o</p><p>desenvolvimento de testes mais eficazes ou reformulação de alguns testes já existentes.</p><p>- Nenhum teste ou medida é perfeito.</p><p>Os profissionais, ás vezes, depositam tanta confiança nos testes e medidas que acabam</p><p>acreditando que eles são infalíveis. Deve-se usar sempre o melhor, mais atual e adequado</p><p>a população, teste possível, mas ter sempre em mente que podem existir erros.</p><p>- Não há teste que substitua o julgamento profissional.</p><p>Se não houvesse lugar para o julgamento em medidas e avaliação, então o profissional</p><p>poderia ser substituído por uma máquina ou um técnico. Por outro lado, julgamentos feitos</p><p>sem dados substanciais são sempre inaceitáveis. As medidas fornecem os dados que levam</p><p>o profissional a fazer um melhor julgamento ou tomar uma melhor decisão.</p><p>5</p><p>CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE TESTES:</p><p>BATERIA DE TESTES: Conjunto de testes destinados a quantificar as variáveis de</p><p>desempenho.</p><p>CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE CIENTÍFICA:</p><p>- VALIDADE: O teste mede o que é destinado a medir. Se estabelecermos</p><p>uma correlação entre o resultado de um teste válido realizado por uma pessoa</p><p>e, o resultado colhido em um teste que queremos validar com a mesma</p><p>pessoa, o coeficiente de correlação deve ser elevado.</p><p>- CONFIABILIDADE OU FIDEDIGNIDADE: Está ligada a consistência da</p><p>medição. A medida repetida duas ou mais vezes dentro de um curto intervalo</p><p>de tempo, sem que tenha havido, entre os testes, atividades que possam</p><p>alterar a resposta, devem apresentar os mesmos resultados ou serem</p><p>altamente correlacionados.</p><p>- OBJETIVIDADE: O teste deve produzir resultados consistentes quando</p><p>usado por diversos testadores; não pode depender de uma única pessoa.</p><p>PRECISÃO DAS MEDIDAS</p><p>A precisão das medidas depende, em primeiro lugar, da exatidão dos</p><p>instrumentos. Quanto mais refinado ele for melhor será o resultado da medida.</p><p>VARIÁVEIS DE PERFORMANCE</p><p>- VARIÁVEL PSÍQUICA: Ansiedade</p><p>Motivação</p><p>Inteligência</p><p>Personalidade</p><p>- VARIÁVEL METABÓLICA Sistema Aeróbico</p><p>Sistema Anaeróbico</p><p>- VARIÁVEL NEUROMUSCULAR Força</p><p>Resistência</p><p>Velocidade</p><p>Flexibilidade</p><p>Coordenação</p><p>- VARIÁVEL CINEANTROPOMÉTRICA Composição Corporal</p><p>Somatotipo</p><p>Proporcionalidade</p><p>Cresc. e desenvolvimento</p><p>6</p><p>POR QUE FAZER UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?</p><p> Condição inicial do aluno, atleta ou cliente;</p><p> Obtenção de dados para a prescrição adequada da atividade;</p><p> Para obter dados para incluir, excluir e indicar uma atividade física;</p><p> Para programar o treinamento;</p><p> Para acompanhar a progressão do aluno durante o treinamento;</p><p> Para verificar se os resultados estão sendo atingidos.</p><p>QUANDO FAZER UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?</p><p> Início de qualquer programa de atividade física;</p><p> No decorrer do período de treinamento;</p><p> Ao final de um ciclo de treinamento ou quando for necessária</p><p>uma reformulação</p><p>do mesmo.</p><p>PONTOS IMPORTANTES</p><p> Instrumentos: A escolha correta garantirá êxito nas medidas, escolher instrumentos</p><p>válidos, fidedignos e adequados;</p><p> Comparação de dados: se formos comparar dados, devemos observar se foram</p><p>coletados pelo mesmo avaliador e se foi utilizado o mesmo método.</p><p> Seguir rigorosamente as indicações, normas e padrões dos testes.</p><p>POR ONDE COMEÇAR UMA AVALIAÇÃO FÍSICA?</p><p>Torna se imprescindível o objetivo do indivíduo que procura o serviço, tendo como</p><p>foco o objetivo desejado, deve ser inicialmente proceder uma anamnese detalhada com os</p><p>seguintes pontos:</p><p> Diagnósticos clínicos;</p><p> Exames físicos e clínicos anteriores;</p><p> Histórico de sintomas;</p><p> Enfermidades recentes;</p><p> Problemas ortopédicos;</p><p> Uso de medicamentos</p><p> Alergias</p><p> Outros hábitos (atividade física, profissão, dieta, consumo de álcool, fumo...)</p><p> Histórico Familiar.</p><p>Como questionário pode se utilizar o Par-Q = Prontidão para atividade física.</p><p>(Physical Activity Readiness Questionnaire).</p><p>Disponível em: < http://www.bang.com.br/download/par-q.pdf> .</p><p>http://www.bang.com.br/download/par-q.pdf</p><p>7</p><p>3 2</p><p>1 4</p><p>TESTES DE AGILIDADE</p><p>É uma variável neuro-motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas</p><p>de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo o corpo ou de</p><p>parte dele.</p><p>A agilidade é uma capacidade que requer uma magnífica combinação entre força e</p><p>coordenação para que todo o corpo possa se mover de uma posição para a outra. O que</p><p>determina o grau de dificuldade baseia-se nos seguintes fatores: 1) manejo do centro de</p><p>gravidade em relação à altura; 2) manejo do centro de gravidade em relação à distância; 3)</p><p>troca na direção do movimento do corpo; 4) troca de ritmo. Onde 1 e 2 requerem força e 3 e 4</p><p>requerem coordenação. A combinação destes quatro elementos leva a uma variedade de</p><p>padrões de movimento e de posições que são a forma mais avançada para o desenvolvimento</p><p>da agilidade.</p><p>Com relação a importância da agilidade, Sobral (1988) afirma que essa capacidade</p><p>física é de suma importância em disciplinas esportivas como boxe, tênis, ginástica, handball,</p><p>basquete, futebol, entre outros.</p><p>SALTO EM QUADRANTE</p><p>salto.</p><p>Objetivo: medir a agilidade na mudança da posição do corpo através de um</p><p>Resultado: é dado pelo número de vezes que o testando aterriza nas zonas</p><p>corretas, no espaço de dez segundos. É computado o melhor resultado de duas tentativas</p><p>executadas.</p><p>Penalidades: o testando é penalizado em meio ponto cada vez que aterriza sobre as</p><p>linhas ou no quadrante errado.</p><p>Início</p><p>8</p><p>2Z</p><p>TESTE DE AGILIDADE DE “SEMO”</p><p>Objetivo: medir a agilidade geral do corpo movendo-se para frente, para trás e</p><p>lateralmente.</p><p>Resultado: é computado o melhor resultado das duas tentativas executadas pelo</p><p>testando.</p><p>Pontos adicionais: o testando não pode cruzar os membros inferiores durante a</p><p>corrida lateral; na corrida de costas o testando deve permanecer assim até cruzar pelo cone;</p><p>são dadas tantas tentativas quanto necessárias para que o testando execute o teste dentro do</p><p>padrão estabelecido. É dad a cada testando uma tentativa de prática para familiarização com o</p><p>teste.</p><p>4 2</p><p>D</p><p>5 3</p><p>B A</p><p>1 Início</p><p>6</p><p>Equipamento: área de 3.60 por 5.80 metros, quatro cones dispostos nos cantos do</p><p>retângulo, cronômetro.</p><p>Direções: o testando inicia o teste na posição em pé, atrás da linha de partida, de</p><p>costas para o cone “A”. Ao ser dado o comando “VAI” , ele desloca-se lateralmente até o</p><p>cone “B”, passando por fora do cone e corre, de costas, até o cone “D”, dando a volta por</p><p>dentro desse. A seguir, corre de frente até o cone”A”, passando por fora, corre depois de</p><p>costas até o cone “C”, passando por dentro. Depois, corre de frente, do cone “C” até o cone</p><p>“B”, passando por fora e finalmente corre lateralmente do cone “B” até a linha de partida.</p><p>C</p><p>9</p><p>RESISTÊNCIA MUSCULAR</p><p>Resistência muscular é a capacidade de um grupo muscular executar contrações</p><p>repetidas por período de tempo suficiente para causar a fadiga muscular, ou manter</p><p>estaticamente uma percentagem específica de CVM por um período de tempo prolongado.</p><p>Teste de Resistência Abdominal (Sit up)</p><p>Este teste é um tanto controverso, pois sua execução não utiliza somente os</p><p>músculos abdominais, mas também os flexores do quadril, ainda assim ele é muito utilizado.</p><p>O teste consiste em executar o maior número de repetições em 1 minuto. O</p><p>avaliado deve deitar em um colchonete, joelhos flexionados, pés apoiados no solo a uma</p><p>distância de 30 a 45cm dos glúteos, as mão apoiam a nuca ou cotovelos flexionados sobre o</p><p>peito (braços em x), o avaliador segura os pés do avaliado. O movimento deve ser completo,</p><p>até os cotovelos encostarem nas coxas. Só serão validadas as repetições que foram completas.</p><p>Padrões de Teste “Abdominal” em 1 minuto para homens</p><p>CONCEIT</p><p>O</p><p>Idade Excelente Bom Regular Fraco Deficiente</p><p>20-29 40-44 35-39 30-34 0-29</p><p>30-39 32-36 27-31 22-26 0-21</p><p>40-49 26-31 21-25 17-20 0-16</p><p>50-59 23-28 17-22 12-16 0-11</p><p>60-69 19-24 13-18 9-12 0-8</p><p>Padrões de Teste “Abdominal” em 1 minuto para mulheres</p><p>CONCEIT</p><p>O</p><p>Idade Excelente Bom Regular Fraco Deficiente</p><p>20-29 35-39 30-34 26-29 0-25</p><p>30-39 30-34 25-29 21-24 0-20</p><p>40-49 25-29 20-24 16-19 0-15</p><p>50-59 20-24 15-19 11-14 0-10</p><p>60-69 15-19 10-14 6-9 0-5</p><p>10</p><p>Teste do Apoio de Frente sobre o Solo</p><p>Este teste consiste em executar o maior número de repetições em 1 minuto. A posição</p><p>inicial varia para homem e mulher. A mulher pode apoiar os joelhos no solo. Os cotovelos</p><p>devem estender completamente na volta para a posição inicial e devem flexionar até próximo</p><p>ao solo. Só serão válidas as repetições executadas corretamente.</p><p>Padrões de Teste de flexão de braço para homens</p><p>CONCEIT</p><p>O</p><p>Idade Excelente Bom Regular Fraco Deficiente</p><p>20-29 40-49 30-39 17-29 0-16</p><p>30-39 31-39 22-30 14-21 0-13</p><p>40-49 27-34 18-26 11-17 0-10</p><p>50-59 24-29 15-23 8-14 0-7</p><p>60-69 17-24 10-16 5-9 0-4</p><p>Padrões de Teste de flexão de braço para mulheres</p><p>CONCEIT</p><p>O</p><p>Idade Excelente Bom Regular Fraco Deficiente</p><p>20-29 27-37 16-26 7-15 0-6</p><p>30-39 24-34 13-23 5-12 0-4</p><p>40-49 21-31 10-20 4-9 0-3</p><p>50-59 18-28 8-17 3-7 0-2</p><p>60-69 13-19 6-12 2-5 0-1</p><p>11</p><p>FLEXIBILIDADE</p><p>É uma capacidade física que pode ser relacionada à saúde e ao desempenho desportivo</p><p>e descreve a Amplitude de Movimento que uma articulação pode realizar.</p><p>MANIFESTAÇÃO DA FLEXIBILIDADE</p><p>A flexibilidade pode se manifestar de maneira ativa ou passiva.</p><p>ATIVA: A maior amplitude de movimento possível, que o indivíduo pode realizar devido à</p><p>contração da musculatura agonista.</p><p>PASSIVA: A maior amplitude de movimento possível que o indivíduo pode alcançar sob ação</p><p>de forças externas.</p><p>A flexibilidade passiva é sempre maior que a ativa</p><p>RESERVA DE FLEXIBILIDADE</p><p>É a diferença entre a flexibilidade passiva e a ativa, Ela explica a possibilidade de</p><p>melhora da flexibilidade ativa através do fortalecimento da musculatura agonista e pela maior</p><p>capacidade de alongamento dos antagonistas.</p><p>12</p><p>FATORES LIMITANTES DA MOBILIDADE ARTICULAR</p><p>FATORE ENDÓGENOS:</p><p>a) Idade</p><p>b) Sexo</p><p>c) Estado do condicionamento físico</p><p>d) Respiração</p><p>e) Concentração</p><p>FATORES EXÓGENOS:</p><p>a) Hora do dia</p><p>b) Temperatura ambiente</p><p>c) Exercício</p><p>MEDIDA E AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE</p><p>Os métodos para medida e avaliação da flexibilidade podem ser classificados em</p><p>função das unidades de mensuração dos resultados em três tipos principais: angulares, lineares</p><p>e adimensionais.</p><p>Testes Angulares</p><p>Os testes angulares são aqueles que possuem os seus resultados expressos em ângulos</p><p>(formados entre os dois segmentos corporais que se opõem na articulação). A medida dos</p><p>ângulos é denominada GONIOMETRIA.</p><p>Testes Lineares</p><p>Os testes lineares se caracterizam por expressar os resultados em uma escala de</p><p>distância, tipicamente em centímetros ou polegadas. Eles se utilizam primariamente de fitas</p><p>métricas, réguas ou trenas para a mensuração dos resultados. Um importante teste linear é o</p><p>sentar-e-alcançar descrito originalmente por Wells e Dillon, avaliando o componente ativo da</p><p>flexibilidade. Neste teste mede- se a distância entre a ponta dos maiores dedos e o apoio</p><p>utilizado para apoiar os pés na posição sentada com as pernas estendidas, sendo a</p><p>extensibilidade das musculaturas posteriores da coxa e das pernas o principal fator limitante.</p><p>13</p><p>FLEXITESTE</p><p>O método consiste na medida e avaliação da mobilidade passiva de 20</p><p>movimentos articulares corporais (36 se considerarmos bilateralmente). Cada um dos</p><p>movimentos é medido em uma escala crescente e descontínua de números inteiros</p><p>de 0 a 4, perfazendo um total de cinco valores possíveis. A medida é feita através da</p><p>realização lenta do movimento até a obtenção do ponto máximo da amplitude</p><p>articular. Habitualmente, o ponto máximo da amplitude de movimento é detectado</p><p>com facilidade pela grande resistência mecânica à continuação do movimento e/ou</p><p>pelo surgimento de desconforto local no avaliado. A atribuição dos valores se dá de</p><p>acordo com a comparação com os mapas de análise. Não existem valores</p><p>fracionários ou intermediários, ficando o valor determinado de acordo com o ângulo</p><p>articular já alcançado.</p><p>As medidas são avaliadas de acordo com a seguinte escala: 0-muito pequena,</p><p>1-pequena, 2-média, 3-grande, 4-muito grande. Dessa forma, muito embora a</p><p>análise do flexiteste possa ser realizada para cada um dos movimentos, é válido</p><p>somar os resultados obtidos no 20 movimentos isolados e obter um índice global de</p><p>flexibilidade denominado FLEXÍNDICE.</p><p>De acordo com os dados obtidos na pesquisa podemos concluir que:</p><p>a) A flexibilidade é bastante semelhante entre meninos e meninas até os seis ou</p><p>sete anos de idade, daí por diante, os indivíduos do sexo masculino tendem a</p><p>ser mais flexíveis do que os do sexo masculino;</p><p>b) A flexibilidade é rapidamente reduzida na puberdade em ambos os sexos.</p><p>c) O ritmo de redução na flexibilidade global é significativamente reduzido dos</p><p>16 aos 40 anos em ambos os sexos;</p><p>d) Após os 40 anos de idade, há novamente uma aceleração na perda da</p><p>flexibilidade, que é bastante influenciada por outros fatores, tais como padrão</p><p>de atividade física e nível de saúde;</p><p>e) A hipermobilidade (mais de 70 pontos no flexíndice) é mais freqüente em</p><p>mulheres do que em homens e muito mais comum na infância;</p><p>f) O treinamento físico específico de flexibilidade provoca melhora na mobilidade</p><p>específica e global em qualquer faixa etária;</p><p>g) Um alto grau de mobilidade em determinados movimentos articulares</p><p>favorece o aprendizado ou aperfeiçoamento de alguns atos motores</p><p>desportivos;</p><p>h) Existe uma maior variabilidade na flexibilidade global de indivíduos adultos do</p><p>que em crianças;</p><p>i) O aquecimento físico melhora a amplitude máxima passiva fisiológica de</p><p>alguns movimentos, especialmente aqueles em que há uma restrição</p><p>primariamente muscular.</p><p>14</p><p>CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA</p><p>Capacidade cardiorrespiratória é definida como a capacidade de realizar</p><p>exercício dinâmico de intensidade moderada a alta, com grande grupo muscular, por</p><p>períodos longos. A realização de tal exercício depende do estado funcional dos</p><p>sistemas respiratório, cardiovascular e musculoesquelético.</p><p>CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO – VO2máximo</p><p>O consumo máximo de O2 significa, em fisiologia do exercício, o máximo de</p><p>oxigênio que as células de uma pessoa são capazes de captar, transportar e utilizar</p><p>durante um exercício de intensidade máxima.</p><p>O tradicional critério de avaliação da capacidade cardiorrespiratória é a medida</p><p>direta do consumo máximo de O2. Mas podemos medi-lo indiretamente também, e os</p><p>resultados são consistentes.</p><p>Para a avaliação da capacidade cardiorrespiratória os valores de VO2 máx. são</p><p>expressos com relação ao peso corporal ml x (kgxmin-1) ou ml/kg/min) Tabelas de</p><p>referência ANEXO I.</p><p>COMO UTILIZAR ESSA UNIDADE METABÓLICA, O VO2máx.?</p><p>Como vimos, o VO2max pode ser utilizado de forma absoluta e relativa. As</p><p>fórmulas utilizadas nos protocolos dos testes apresentam ambos resultados, e</p><p>podemos transforma-los.</p><p>Exemplo 1:</p><p>Peso = 80 kg VO2max = 35 ml (kg.min)–1</p><p>Qual o valor relativo?</p><p>VO2máx l.min –1 = Peso kg x VO2max ml (kg.min)-1</p><p>1000</p><p>VO2máx = 80 x 35 = 2800 = 2,8 l.min-1</p><p>1000 1000</p><p>Exemplo 2:</p><p>Peso = 55 kg VO2máx = 3,5 l.min-1</p><p>Qual o VO2 áx em ml(kg.min)-1</p><p>VO2máx = 1000 x VO2máx l.min -1</p><p>Peso</p><p>VO2</p><p>máx = 1000 x 3,5 = 3500 = 63,6 ml (kg.min)-1</p><p>55 55</p><p>App Android: Calculadora Funcional Trainer (Assessoria Esportiva) Gratuito.</p><p>15</p><p>1.1 – Teste de Caminhada de 3 km</p><p>População alvo: indivíduos de baixa aptidão [VO2máx inferior a 30 ml (kg.min)</p><p>-</p><p>1</p><p>. Normalmente encontramos neste grupo, pessoas idosas, obesas, indivíduos pós cirurgia e</p><p>pacientes cardíacos.</p><p>Metodologia: o indivíduo deverá caminhar sempre no plano horizontal registrando o</p><p>tempo necessário para caminhar 3 km. Fórmula (Leite, 1985):</p><p>VO2máx ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>= 0,35 x V</p><p>2</p><p>(km/h) + 7,4 ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>Exemplo:</p><p>Peso = 58 kg, mulher, tempo gasto= 27 minutos.</p><p>Uniformizar Unidades:</p><p>3 km = 3000 m ÷ 27 = 111,11 m/min x 60 = 6666 ÷ 1000 = 6,66 km/h</p><p>Empregaremos a fórmula:</p><p>VO2máx ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>= 0,35 x (6,66)² + 7,4 = 22,92 ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>1.2 – Teste de Caminhada de 1600 do Canadian Aerobic Fitness Test</p><p>População alvo: mesma citada no teste anterior. Ideal para quem não faz atividade física</p><p>há algum tempo.</p><p>Metodologia: antes da aplicação do teste deve-se coletar os dados de peso e</p><p>idade.</p><p>Aplicação: o teste inclui em uma caminhada de 1600 metros com tempo</p><p>cronometrado. Depois de encerrado o teste, deve-se, o mais rápido possível, fazer a contagem</p><p>de freqüência cardíaca (FC) durante 15 segundos; o resultado é</p><p>multiplicado por 4, e se obtém a FC do minuto. Com todos os dados apurados,</p><p>aplica-se a fórmula (Pollock & Wilmore, 1993):</p><p>VO2máx = 6,952 + (0,0091 x P) – (0,0257 x I) + (0,5955 x S) – (0,2240 x TI) – (0,0115 x</p><p>FC)</p><p>Onde:</p><p>P = libra (peso em libras = peso em kg x 2,205) I =</p><p>idade (ano mais próximo)</p><p>S = (1) masculino ou (0) feminino TI</p><p>= tempo gasto na caminhada</p><p>FC = freqüência cardíaca da última volta</p><p>Exemplo:</p><p>P = 90 kg x 2,205 = 198,45lb, S = masculino, FC = 135, I = 45 anos, TI = 17min VO2máx =</p><p>6,952 + (0,0091 x 198,45) – (0,0257 x 45) + (0,5955 x 1) – (0,2240 x 17)</p><p>– (0,0115 x 135)</p><p>VO2máx = 6,952 + (1,805) – (1,156) + (0,595) – (3,808) – (1,552)</p><p>VO2máx = 2,836 l.min</p><p>–1</p><p>16</p><p>1.3 – Teste de Corrida de 2,400 metros (Cooper)</p><p>População alvo: de 13 a 60 anos, para homens e mulheres. O ideal que o testado esteja</p><p>familiarizado com a prática de atividade física regular. Para atletas também é conveniente.</p><p>Metodologia: o teste consiste em cronometrar o tempo gasto pelo avaliador para</p><p>percorrer a distância de 2,400 metros.</p><p>VO2máx ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>= (D x 60 x 0,2) + 3,5 ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>Duração em segundos</p><p>Onde:</p><p>D = distância em metros.</p><p>Exemplo:</p><p>Um indivíduo correu 2,400 metros em 11 minutos.</p><p>VO2máx = (2,400 x 60 x 0,2) + 3,5 = 43,6 ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>660</p><p>OBSERVAÇÃO:</p><p>Para transformar minutos em segundos, basta aplicar uma regra de três.</p><p>1 minuto........................ 60 segundos</p><p>11 minutos ............................ x</p><p>x = 11 x 60</p><p>x = 660</p><p>1.4 – Teste de Andar e correr 12 minutos (Cooper)</p><p>População alvo: pessoas de baixo condicionamento e atletas, idade entre 10 e 70 anos,</p><p>ambos os sexos.</p><p>Metodologia: o avaliado deve correr ou caminhar sem interrupção o tempo de 12</p><p>minutos, será computado a distância percorrida nesse tempo. O ideal é aplicar esse teste em</p><p>pista</p><p>já demarcada.</p><p>Fórmula para Cooper</p><p>VO2máx. = (D - 504) / 45</p><p>D = distância percorrida</p><p>Exemplo:</p><p>Distância percorrida = 3,000 metros VO2máx</p><p>ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>= 3000 – 504 = 55,47</p><p>45</p><p>17</p><p>1.5 - Teste de corrida de Balke</p><p>População alvo: Pessoas já condicionadas ou atletas, pois o tempo de duração</p><p>do teste é razoavelmente longo, podendo ser aplicado em indivíduos de 15 a 50 anos de</p><p>ambos os sexos.</p><p>Metodologia: Basicamente a mesma do teste de Cooper, com um tempo um pouco</p><p>maior. Com o resultado apurado, deve-se calcular a velocidade expressa em metros por</p><p>minuto, utilizando a seguinte fórmula.</p><p>Vm/min= distância percorrida (m) tempo (15 min) VO2max</p><p>ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>= 33 + 0,178 (v – 133)</p><p>Exemplo:</p><p>Distância percorrida: 4000m V</p><p>= 4000/15 = 266,67 m/min</p><p>VO2max ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>= 33 + 0,178 (266,67 – 133)</p><p>VO2max = 56,79 (kg.min)</p><p>-1</p><p>1.6 - Teste de Corrida de Ribisl & Kachodorian</p><p>População alvo: Indivíduos com amplo nível de aptidão física e faixa etária bem</p><p>variável, pois na fórmula de cálculo de VO2 são levados em consideração a idade e o tempo</p><p>gasto na realização do teste.</p><p>Metodologia: Basicamente iguais as dos dois testes anteriores. Entretanto, o que o</p><p>diferencia dos demais protocolos relaciona-se com a fixação da distância a ser percorrida, no</p><p>caso 3200 m, com o tempo gasto para a realização da tarefa registrado em segundos e por</p><p>levarem em consideração, para o cálculo do VO2max, o fator idade e o peso corporal. Para isso</p><p>utiliza-se a fórmula:</p><p>VO2máx = 114,496 – 0,04689 (X1) – 0,37817 (X2) – 0,15406 (X3)</p><p>ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>Onde:</p><p>X1 = tempo gasto para percorrer os 3200m, em segundos. X2 =</p><p>Idade em anos.</p><p>X3 = Peso corporal em kilos.</p><p>Exemplo:</p><p>Idade: 25 anos, Peso: 70 kg, Tempo: 12min = 720 seg.</p><p>VO2máx = 114,496 – 0,04689 (X1) – 0,37817 (X2) – 0,15406 (X3)</p><p>ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>VO2máx = 114,496 – 0,04689 (720) – 0,37817 (25) – 0,15406 (70) ml(kg.min)</p><p>-1</p><p>VO2máx = 114,496 – 33,7608 – 9,45425 – 10,7842</p><p>VO2máx = 60,49 ml (kg.min)</p><p>-1</p><p>18</p><p>150 kgm/mim</p><p>(0,5 kg)</p><p>2-Protocolos submáximo em cicloergômetro</p><p>2.1- Protocolo da YMCA para bicicleta ergométrica</p><p>FC < 80 FC 80-89 FC 90-100 FC > 100</p><p>2ª Fase 750 kgm/min</p><p>(2,5 kg)</p><p>600 kgm/min</p><p>(2,0 kg)</p><p>450 kgm/min</p><p>(1,5 kg)</p><p>300 kgm/min</p><p>(1,0 kg)</p><p>3ª Fase 900 kgm/min</p><p>(3,0 kg)</p><p>750 kgm/min</p><p>(2,5 kg)</p><p>600 kgm/min</p><p>(2,0 kg)</p><p>450 kgm/min</p><p>(1,5 kg)</p><p>4ª Fase 1.050 kgm/min</p><p>(3,5 kg)</p><p>900 kgm/min</p><p>(3,0 kg)</p><p>750 kgm/min</p><p>(2,5 kg)</p><p>600 kgm/min</p><p>(2,0 kg)</p><p>Orientações:</p><p>1- Ajustar a primeira taxa de trabalho em 150 kgm/min (0,5 kg a 50 rpm). 2- Se a</p><p>FC no terceiro minuto da fase for:</p><p> Menor que 80, ajustar a segunda fase em 750 kgm/min (2,5 kg a 50 rpm);</p><p> 80-90 ajustar a segunda fase em 600kgm/min. (2,0 kg a 50 rpm)</p><p> 90-100 ajustar a segunda fase em 450 kgm/min (1,5 kg a 50 rpm)</p><p> maior do que 100 ajustar a segunda fase a 300 kgm/min (1kg a 50 rpm).</p><p>3- Ajustar a terceira e quarta fase (se necessário) de acordo com as taxas de trabalho nas</p><p>colunas abaixo da segunda fase.</p><p>O teste destina-se a aumentar a frequência cardíaca, de um estado estável do indivíduo</p><p>para 110 a 150 bpm, por dois estágios consecutivos. Um ponto importante a ser lembrado é</p><p>que duas medidas consecutivas da frequência cardíaca devem ser obtidas na variação de 110 a</p><p>150 bpm para prever o consumo máximo de O2. No protocolo da YMCA, cada taxa de</p><p>trabalho é realizada por 3 minutos, com FC registradas nos 15 e 30 segundos finais do</p><p>segundo e terceiro minutos. Se essas FCs não estiverem em 5 batimentos/minuto cada uma,</p><p>então se mantém a taxa de trabalho por mais um minuto. A FC medida no último minuto de</p><p>cada fase é demarcada contra taxa de trabalho. A pressão arterial deve ser monitorada na</p><p>última etapa de cada estágio.</p><p>1ª</p><p>Fase</p><p>19</p><p>CÁLCULO:</p><p>Valor absoluto (ml/min):</p><p>VO2máx. = SM2 + b (HR máx. - HR2)</p><p>Onde:</p><p>SM2 = Trabalho referente ao último estágio. SM1 =</p><p>Trabalho referente ao penúltimo estágio. HR1 = FC</p><p>atingida no penúltimo estágio.</p><p>HR2 = FC atingida no último estágio.</p><p>HRmáx. = 220-idade= FCmáx.</p><p>Para encontrar b:</p><p>b = SM2 - SM1 / HR2 - HR1</p><p>Para encontrar SM2:</p><p>SM2 = (carga do último estágio Kgm x 1,9) + (3,5 x peso) + 260 (ml/min)</p><p>Para encontrar SM1:</p><p>SM1 = (carga do penúltimo estágio kgm x 1,9) + (3,5 x Peso) + 260 (ml/min)</p><p>VO2 relativo = VO2 ml/min. / Peso VO2</p><p>em Mets = VO2 relativo / 3,5</p><p>20</p><p>OBSERVAÇÃO:</p><p>Foi desenvolvida uma pesquisa que contou com 351 estudos de 492 grupos,</p><p>com um número amostral avaliado de 18,712 indivíduos entre 18 e 81 anos. Este estudo foi</p><p>conduzido por Douglas Seals e Hirofumi Tanaka na Universidade do Colorado - USA.</p><p>A nova fórmula: FCmáx. = 208 - (0,7 x idade)</p><p>TABELA DE REFERÊNCIA DE VO2máx.</p><p>HOMENS</p><p>Idade</p><p>18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 >65</p><p>Excelente</p><p>>60 >56 >51 >45 >41 >37</p><p>Bom</p><p>52-60 49-56 43-51 39-45 36-41 33-37</p><p>Acima da</p><p>média</p><p>47-51 43-48 39-42 35-38 32-35 30-31</p><p>Média</p><p>42-46 40-42 35-38 32-35 30-31 25-28</p><p>Abaixo da</p><p>média 37-41 35-39 31-34 29-31 26-29 22-25</p><p>Baixo</p><p>34-36 30-34 26-30 25-28 22-25 20-21</p><p>Muito</p><p>baixo</p><p><30</p><p><30</p><p><26</p><p><25</p><p><22</p><p><20</p><p>TABELA DE REFERÊNCIA DE VO2máx.</p><p>MULHERES</p><p>Idade</p><p>18-25 26-35 36-45 46-55 56-65 >65</p><p>Excelente</p><p>>56 >52 >45 >40 >37 >32</p><p>Bom</p><p>47-56 45-52 38-45 34-40 32-37 28-32</p><p>Acima da</p><p>média 42-46 39-44 34-37 31-33 28-31 25-27</p><p>Média</p><p>38-41 35-38 31-33 28-30 25-27 22-24</p><p>Abaixo da</p><p>média 33-37 31-34 27-30 25-27 22-24 19-22</p><p>Baixo</p><p>28-32 26-30 22-26 20-24 18-21 17-18</p><p>Muito</p><p>baixo</p><p><28</p><p><26</p><p><22</p><p><20</p><p><18</p><p><17</p><p>21</p><p>Definição em Km/h e m/min do que vem a ser andar, trotar e correr (Cooper</p><p>1982).</p><p>Atividade Distância</p><p>Andar</p><p>7,1km/h (118,33 m/min) ou menos</p><p>Andar/trotar</p><p>7,12 km/h (118,0 m/min) à</p><p>8,24 km/h (137m/min)</p><p>Trotar</p><p>8,25 km/h (137,5 m/min) à</p><p>11,22 km/h (186 m/min)</p><p>Correr</p><p>11,23 km/h (187,16 m/min) ou</p><p>mais</p><p>Fórmulas para cálculo de Freqüência cardíaca máxima (FCM)</p><p>Autores Fórmula</p><p>Karvonen (1957) FCM = 220 – idade</p><p>Jones (1975) FCM = 210 – (0,65 x idade)</p><p>Sheffield (1965) Destreinado FCM = 205 – (0,41 x</p><p>idade)</p><p>Treinado FCM = 198 – (0,41 x idade)</p><p>Seals e Tanaka (2001) FCM = 208 – (0,7 x idade)</p><p>22</p><p>CINEANTROPOMETRIA</p><p>* 400 a.C. Hipócrates faz as primeiras referências ao conceito de estrutura humana,</p><p>foi um dos primeiros a classificar os indivíduos segundo sua morfologia.</p><p>- tísicos ou delgados com predomínio do eixo longitudinal.</p><p>- apopléticos ou musculosos com predomínio do eixo transversal.</p><p>* século XVII Elsholtz emprega pela 1ª vez o termo “antropometria” em uma série</p><p>de estudos morfológicos realizados na Universidade de Pádua.</p><p>* 1930 desenvolve-se um “compasso”, similar a uma pinça que permitia medir a</p><p>gordura em determinadas partes do corpo.</p><p>* 1972 pela primeira vez usa-se o termo “cineantropometria” num artigo de</p><p>Willian Ross na revista científica belga Kinanthrpologie.</p><p>* 1976 no Congresso Científico Olímpico, celebrado em Quebec por motivo dos</p><p>Jogos Olímpicos de Montreal e denominado “International Congress of Physical Activity</p><p>Sciences”. A cineantropometria foi apresentada pela primeira vez como uma especialidade</p><p>emergente e de grande aplicabilidade na área da atividade física, nutrição e alto rendimento.</p><p>Na conferência principal deste simpósio, William Ross desenvolveu o conceito de</p><p>cineantropometria como sendo “o uso da medida no estudo do tamanho, forma,</p><p>proporcionalidade, composição e maturação do corpo humano, com o objetivo de</p><p>ampliar a compreensão do comportamento humano em relação ao crescimento, à</p><p>atividade física e ao estado nutricional” [DER 84].</p><p>23</p><p>* Em 1978 ocorreu o reconhecimento da Cineantropometria como ciência pela</p><p>“International Council of Sport and Physical</p><p>Education”. Foi realizado o 1</p><p>o</p><p>Congresso</p><p>Internacional de Cineantropometria.</p><p>Apesar do Brasil ser considerado como o principal pólo de desenvolvimento da</p><p>cineantropometria na América Latina, o tema é ainda hoje pouco discutido e estudado no país.</p><p>Nossa produção bibliográfica e nossas pesquisas na área são ainda bastante escassas, quase a</p><p>totalidade da bibliografia encontrada é estrangeira.</p><p>CINEANTROPOMETRIA</p><p>Palavra de origem grega que significa: “Medir o homem em movimento”</p><p>KINEIN: o sufixo significa “movimento” e reflete o estudo do movimento, das</p><p>trocas que ocorrem no homem. É o símbolo da vida, da evolução e do desenvolvimento do ser</p><p>humano.</p><p>ANTHROPOS: o tema central cujo significado é “homem” o qual vamos medir, o</p><p>objeto principal do nosso estudo.</p><p>METREIN: o sufixo que tem um significado de fácil compreensão, “medida”.</p><p>Somente através de uma análise de cada um dos componentes que constituem o corpo</p><p>humano - gordura, ossos, músculos e outros tecidos - de forma isolada e em relação ao próprio</p><p>peso corporal total, é que se torna possível observar as alterações produzidas pelos programas</p><p>de atividades motoras e pelas dietas alimentares no organismo de uma pessoa, oferecendo</p><p>valiosas informações quanto a sua eficiência ou, possivelmente, indicando reformulações em</p><p>seus princípios.</p><p>Um dos primeiros estudos a demonstrar a inadequação da utilização do peso corporal</p><p>total na avaliação dos efeitos dos programas de atividades motoras no organismo foi realizado</p><p>por WELHAM & BEHNKE (1942) que utilizando-se de 25 jogadores profissionais de futebol</p><p>americano, dos quais 17 foram recusados para o serviço militar por terem sido considerados</p><p>obesos, observaram um peso corporal médio em torno de 24,6% acima dos padrões esperados</p><p>para os homens de mesma idade e estatura, o que os enquadrariam numa faixa de obesidade.</p><p>41</p><p>MÉTODOS CINEANTROPOMÉTRICOS</p><p>Radiologia convencional: A utilização de raios-x permite, com a</p><p>adequada duração e nível de intensidade de exposição, delimitar bastante</p><p>claramente o tecido subcutâneo, muscular e ósseo. Ainda que utilizada até princípios</p><p>dos anos 70 por significativos autores como Tanner e Behnke, sua falta de contraste</p><p>para com os tecidos macios e especialmente seu perigo de radiação, propiciaram seu</p><p>declínio.</p><p>Densitometria: A densitometria constitui sem dúvida alguma, o método</p><p>de laboratório mais amplamente utilizado para a estimativa da massa de gordura e</p><p>da massa livre de gordura.</p><p>Considerado o método padrão por excelência em que todos os demais</p><p>devem buscar validação científica, a densitometria está baseada no modelo de “2</p><p>componentes”: massa de gordura e massa magra.</p><p>Impedância bio-elétrica: Existe uma correlação entre o conteúdo total de</p><p>água corporal (TBW “total body water”) e a impedância elétrica do organismo, ou o</p><p>que é igual, a resistência que os diversos componentes corporais oferecem a</p><p>passagem de uma corrente alternada de baixa intensidade e freqüência elevada.</p><p>Coloca-se quatro eletrodos superficiais nas mãos e nos pés do estudado, através dos</p><p>quais circula uma corrente elétrica.</p><p>Resulta evidente que, se levarmos em conta que a resistência a passagem</p><p>de uma corrente elétrica de baixa intensidade e alta freqüência está diretamente</p><p>relacionada com o volume do condutor (em nosso caso massa magra e gordura), o</p><p>fator que limitará realmente a capacidade condutiva de nosso organismo será o</p><p>número de eletrólitos de água, ou seja os índices de hidratação e desidratação</p><p>influenciam grandemente no resultado do teste.</p><p>Antropometria: A técnica antropométrica, através das medidas de</p><p>circunferências, diâmetros e espessuras de dobras cutâneas tem sido um recurso</p><p>freqüentemente utilizado no estudo da composição corporal, devido à:</p><p>O ser humano pode ser descrito com grande precisão através de medidas de</p><p>42</p><p>sua morfologia externa, tais como alturas, diâmetros, perímetros e dobras cutâneas.</p><p>O uso da dobra cutânea é um dos mais práticos e hábeis métodos na avaliação</p><p>corporal em populações adultas entre 20 e 50 anos de idade, isto porque 50% à</p><p>70% da gordura corporal total está localizada subcutâneamente. No entanto alguns</p><p>cuidados devem ser tomados, a dobra cutânea deve ser usada somente em adultos</p><p>que apresentem um percentual de gordura entre 10% à 40% do peso corporal total,</p><p>acima de 40% pode ocorrer uma subestimativa no percentual de gordura.</p><p>CUIDADOS GERAIS :</p><p> O local destinado ao estudo deve ser amplo e com regulação de temperatura</p><p>para torná-lo confortável ao estudado.</p><p> A pessoa estudada deverá estar descalça e com a menor roupa possível.</p><p> Os aparelhos deverão estar calibrados.</p><p> Todas as medidas deverão ser tomadas no lado direito, mesmo que este não seja</p><p>seu lado dominante.</p><p> Antes de iniciar a tomada das medidas, marca-se os pontos anatômicos com lápis</p><p>dermográfico.</p><p>MATERIAIS E MÉTODOS:</p><p>- Estadiometro - Fita métrica</p><p>- Antropômetro - Paquímetro</p><p>- Balança (precisão 100g) - Compasso de dobras</p><p>O indivíduo estudado deverá estar inicialmente em posição anatômica,</p><p>marca-se primeiramente todos os pontos anatômicos, somente depois iniciam-se as</p><p>medidas pela parte superior do corpo.</p><p>PONTOS ANATÔMICOS</p><p>TRONCO</p><p>MESOESTERNAL: Situado no corpo do esterno ao nível da 4ª costela. Esta estará</p><p>localizada no espaço intercostal entre a 4ª e 5ª costelas.</p><p>ACROMIAL: Situado no bordo superior e externo do acrômio.</p><p>Localizar primeiro o ponto superior e posteriormente o ponto mais</p><p>lateral do acrômio. Para localização pode-se ir apalpando ao longo do</p><p>43</p><p>processo espinhoso da escápula.</p><p>SUBESCAPULAR: Situado no bordo do ângulo inferior da escápula.</p><p>XIFOIDAL: Situado na extremidade inferior do processo xifóide.</p><p>ILEOCRISTAL: Ponto mais lateral da crista ilíaca. Sobre a linha axilar média.</p><p>Deve-se sempre usar as duas mãos para fazer a localização deste ponto, pois</p><p>caso contrário o avaliado ficara totalmente desequilibrado. Utiliza-se a face</p><p>palmar dos dedos para fazer a localização deste ponto.</p><p>ILEOESPINHAL: Localizada na espinha ilíaca ântero-superior, no seu extremo</p><p>inferior (não na superfície mais frontal).</p><p>MEMBRO SUPERIOR</p><p>RADIAL: Bordo superior e lateral da cabeça do rádio.</p><p>Para sua localização deve-se apalpar para baixo na porção mais baixa</p><p>da fossa lateral do cotovelo. Uma ligeira pronação/supinação do antebraço</p><p>provoca um movimento de rotação na cabeça do rádio.</p><p>ESTILÓIDE: Ponto mais distal da processo estilóide do rádio.</p><p>MEMBRO INFERIOR</p><p>TROCANTÉRICO: Localizado no ponto mais superior do trocânter maior do fêmur</p><p>(não é o ponto mais lateral).</p><p>Deve-se estabilizar o estudado com a mão oposta ao lado no qual se</p><p>vai realizar a apalpação, apalpa-se na zona lateral dos músculos do glúteo,</p><p>pode realizar uma pequena oscilação lateral(direita/esquerda) com o sujeito</p><p>estudado para que fique mais fácil localizar o ponto. Após localizar-se o ponto</p><p>mais lateral do trocânter, apalpa-se para cima a fim de localizar o ponto</p><p>superior do trocânter maior do fêmur.</p><p>TIBIAL MEDIAL: Localizado no ponto superior do bordo medial do côndilo medial</p><p>da tíbia.</p><p>Pode facilmente ser localizado, estando o estudado sentado, cruzando a</p><p>44</p><p>perna direita sobre a esquerda com a tíbia paralela ao solo.</p><p>TIBIAL LATERAL: Localizado no ponto superior do bordo lateral do côndilo lateral</p><p>da tíbia.</p><p>Ponto de difícil localização em função, principalmente dos ligamentos</p><p>localizados nesta região do joelho. Deve ser localizado com o avaliado</p><p>flexionando e estendendo o joelho.</p><p>Procedimento técnico de medida da dobra cutânea: O compasso</p><p>deve ser tomado na mão direita e o gatilho do compasso manuseado com o</p><p>dedo indicador, com a mão esquerda pinçamos o tecido adiposo subcutâneo</p><p>entre o polegar e o indicador, cuidando para que o músculo não seja pinçado</p><p>junto, na dúvida solicita-se uma leve contração e posterior relaxamento do</p><p>músculo. A</p><p>prega deve ser pinçada no ponto determinado, as extremidades do</p><p>compasso são ajustadas perpendicularmente a prega 1 cm abaixo dos dedos,</p><p>aguarda-se dois segundos antes de efetuar a leitura. São realizadas três</p><p>medidas de cada prega cutânea, utilizando-se para os cálculos o valor</p><p>mediano. Se ocorrerem duas medidas com valores iguais toma-se a moda,</p><p>sendo estas as duas primeiras não é necessário que se faça uma terceira. As</p><p>dobras cutâneas são tomadas sempre do lado direito, independente se este é</p><p>o lado dominante, devendo o indivíduo estar com a musculatura relaxada.</p><p>Procedimento técnico para medida dos diâmetros: As ramas do</p><p>paquímetro ou do antropômetro devem estar colocadas entre os dedos polegar</p><p>e indicador, utiliza-se o dedo médio para localizar o ponto anatômico desejado</p><p>quando da utilização do paquímetro. Deve-se aplicar uma pressão firme sobre</p><p>as ramas para minimizar o espessamento dos tecidos como músculos e</p><p>gordura.</p><p>Procedimento técnico para medida dos perímetros: Tomar a fita</p><p>métrica na mão direita e a extremidade livre na mão esquerda. Deve-se ter o</p><p>cuidado de manter a fita formando um ângulo reto com o eixo do osso ou com</p><p>o segmento que se está medindo. A fita passa ao redor do local onde se vai</p><p>realizar a medida, cuidando para não comprimir a pele.</p><p>Existem três pilares que formam a praxis da cineantropometria:</p><p>45</p><p> Estudo da proporcionalidade: Permite que se faça comparações de</p><p>indivíduos com o Phanton, entre indivíduos, um indivíduo com um grupo.</p><p> Estudo do somatotipo: Estuda as formas do corpo humano. Utiliza-se</p><p>três cifras que quantificam os três componentes primários do corpo humano.</p><p>- Componente Endomórfico: se refere a quantidade relativa de gordura.</p><p>- Componente Mesomórfico: se refere ao desenvolvimento relativo</p><p>músculo-esquelético.</p><p>- Componente Ectomórfico: se refere a relativa linearidade, ao predomínio</p><p>de medidas longitudinais sobre as transversais.</p><p>SOMATOTIPO</p><p>Descrição numérica da configuração morfológica de um indivíduo no momento</p><p>de ser estudado.</p><p>Medidas necessárias para calcular o somatotipo:</p><p> Estatura em centímetros.</p><p> Peso em Kg.</p><p> Prega cutânea do tríceps em mm.</p><p> Prega cutânea subescapular em mm.</p><p> Prega cutânea supra-espinhal em mm.</p><p> Prega cutânea da panturrilha em mm.</p><p> Diâmetro do úmero em cm</p><p> Diâmetro do fêmur em cm.</p><p> Perímetro do braço flexionado em cm.</p><p> Perímetro da perna em cm.</p><p>Obs: Como calcular o somatotipo:</p><p>< http://crossbridges.synthasite.com/resources/TAREFA_3.pdf> .</p><p>App Androide: Body Composition – Museumis - Gratuito</p><p>http://crossbridges.synthasite.com/resources/TAREFA_3.pdf</p><p>46</p><p>Rotação</p><p>Bibliografia:</p><p> Antropometria – Técnicas e Padronizações. Petroski, E. L. (Organizador), Porto</p><p>Alegre: Pallotti, 1999.</p><p> Advances in Body Composition Assessment. Lohman,T.G., Champaign: Human</p><p>Kinetics, 1992.</p><p> Anthropometrica. Norton, K., Olds, T. Sydney: University of South Wales Press,</p><p>1996.</p><p> Applied Body Composition Assessment. Heyward, V. H., Stolarczyk, L.M.</p><p>Champaign: Human Kinetics, 1996.</p><p> Avaliação da Composição Corporal Aplicada. Heyward, V. H., Stolarczyk, L.M. São</p><p>Paulo: Manole, 2000.</p><p> Cineantropometria, Educação Física e Treinamento Desportivo. De Rose, E. H., Et</p><p>al. Rio de Janeiro: FAE, 1984.</p><p> Composição Corporal: Princípios, técnicas e aplicações. Guedes, D. P. Londrina:</p><p>APEF, 1994.</p><p> Crescimento, Composição Corporal e Desenvolvimento Motor de Crianças e</p><p>Adolescentes. Guedes, D. P., Guedes, J. E. R. P. São Paulo: Balieiro, 1997.</p><p> Fisiologia del Deporte - Composicion del cuerpo, nutricion y rendimiento. Fox, E. L.</p><p>Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana, 1989, cap. 9.</p><p> Human Body Composition. Roche, A . F., Heymsfield, S. B., Lohman, T. G.</p><p>Champaign: Human Kinetics, 1996.</p><p> Libro Olimpico de la Medicina del Deporte. Dirix, A ., Knuttgem, H. G., Tittel, K.</p><p>Barcelona: Doyma, 1998.</p><p> Manual de Cineantropometria. Ros, F. E. Espanha: GREC, 1993.</p>