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<p>Falar sobre a psicologia da educação, com seu movimento epistemológico, requer</p><p>refletir sobre a base que rege todo esse estudo, a filosofia. A ciência que estuda a</p><p>psicologia nasceu dos estudos filosóficos</p><p>TEMA 1 – PERÍODO ANTERIOR AO SÉCULO XVIII</p><p>Francis Bacon (1561-1626) foi o criador do método indutivo, que partia da observação</p><p>dos fatos</p><p>René Descartes (1596-1650), que com seus estudos difundiu o racionalismo e o</p><p>inatismo. A concepção inatista aponta que tudo que ocorre após o nascimento não é</p><p>essencial/importante para o desenvolvimento do indivíduo. Para essa concepção, cada</p><p>um já nasce com suas qualidades e capacidades básicas, o que inclui personalidade,</p><p>valores, hábitos e crenças, forma de pensar e até reações emocionais e sociais, que ao</p><p>longo da vida sofreriam quase nenhuma diferenciação. A concepção inatista aplicada</p><p>ao desenvolvimento humano não traz uma feliz interpretação, visto que não leva em</p><p>conta o impacto do ambiente em seu desenvolvimento, fator exemplificado com a</p><p>história das “meninas lobos.</p><p>Jan Amos Komensky (1592-1670), pensando a educação como uma arte, e que se deve</p><p>ensinar tudo para todos, escreve a Didática Magma, com ideias e reflexões sobre a</p><p>organização de escolas que atendessem alunos de 0 a 24 anos de idade. Sua obra reflete</p><p>sobre o ritmo da natureza; o desenvolvimento acontece de dentro para fora.</p><p>John Locke (1632-1704) afirmava que, quando a criança nasce, sua mente está em</p><p>branco; portanto, é o meio que irá compor seu crescimento e desenvolvimento. Sinaliza</p><p>que o nosso conhecimento é formado por estímulos e ensinamentos, com uma fonte</p><p>externa que se dá pela percepção que recebemos, de forma interna, do modo como</p><p>refletimos e organizamos nossos conteúdos. As pesquisas de Locke trouxeram grande</p><p>evolução para a escola. Ele defendia a educação formal e o treinamento físico com</p><p>fundamentais para o desenvolvimento da criança.</p><p>TEMA 2 – A PARTIR DO SÉCULO XVIII</p><p>Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi autor de obras de muito valor para a educação,</p><p>nas quais abordava o método natural de aprendizagem. O filósofo apontava que a</p><p>criança aprende pela experiência; sendo uma experiência boa, será um adulto bom;</p><p>caso tivesse uma experiência ruim, seu futuro estaria corrompido, pois para ele a</p><p>sociedade pode conturbar o desenvolvimento do indivíduo. A partir dos estudos de</p><p>Rousseau surgiu a grande delimitação entre a Pedagogia da Essência e a Pedagogia da</p><p>Existência. A Pedagogia da Essência teve como pressuposto uma pedagogia jesuítica,</p><p>na busca de alcançar a divindade.Já a Pedagogia da Existência, foco deste trabalho,</p><p>demanda uma formação preocupada com o processo da aprendizagem, as</p><p>experiências, a formação para a vida e a formação de cidadãos.</p><p>É nesse contexto que encontramos as ideias de Rousseau. Esse grande filósofo</p><p>apresenta uma visão social em que a origem da desigualdade humana não provém de</p><p>Deus, nem da natureza, mas sim da vaidade humana, em instituições políticas, sociais</p><p>e econômicas (Suchodolski, 2002).</p><p>Defende ainda que a educação ajuíza o homem, que deve formar o homem livre, e que a</p><p>aprendizagem deve partir das experiências. Em sua obra Emílio, apresenta dois tipos de</p><p>educação, Rousseau (1966). A primeira é a educação positiva: tendência de educar a</p><p>mente além da idade cronológica. É dar a criança o conhecimento dos deveres e valores</p><p>do homem. Vê o homem como um ser fragmentado.</p><p>A segunda é a educação negativa: dá ênfase na natureza, recusando a opinião moral. A</p><p>aprendizagem acontece com a experiência das coisas, e não com as palavras ou ideias.</p><p>Trata-se de intervir o menos possível na educação da criança, levando o aluno a</p><p>aprender por si mesmo. Respeita-se as etapas do desenvolvimento, com um preceptor</p><p>para cada aluno.</p><p>TEMA 3 – A PARTIR DO SÉCULO XIX</p><p>John Dewey foi um filósofo e educador cujas ideias tiveram um impacto significativo na</p><p>psicologia da educação. Sua abordagem revolucionou o entendimento sobre como o</p><p>aprendizado ocorre e a relação entre educação e desenvolvimento. Aqui alguns dos</p><p>principais pontos da contribuição de Dewey para a psicologia da educação</p><p>1. Teoria da Aprendizagem Experiencial</p><p>Dewey é amplamente conhecido por sua teoria da aprendizagem experiencial. Ele</p><p>acreditava que o aprendizado é mais eficaz quando está diretamente relacionado às</p><p>experiências dos alunos. Em vez de simplesmente memorizar informações, os alunos</p><p>devem estar envolvidos em experiências práticas que lhes permitam aplicar o</p><p>conhecimento de maneira concreta. Esse processo de "aprender fazendo" ajuda a</p><p>integrar a teoria com a prática e promove uma compreensão</p><p>2. Educação como Processo Social</p><p>Dewey via a educação como um processo social e interativo. Ele argumentava que a</p><p>escola deveria refletir a vida democrática e proporcionar experiências que preparassem</p><p>os alunos para participarem ativamente da sociedade. A educação deve, portanto,</p><p>envolver a colaboração e a comunicação entre alunos, professores e a comunidade, em</p><p>vez de ser um processo unidirecional de transmissão.</p><p>3. Desenvolvimento e Crescimento</p><p>Para Dewey, o desenvolvimento humano é um processo contínuo e dinâmico. Ele</p><p>acredita que a educação deve acompanhar e promover esse desenvolvimento,</p><p>adaptando-se às necessidades e interesses dos alunos em diferentes estágios de</p><p>crescimento. Em vez de seguir um currículo rígido, a educação deve ser flexível e</p><p>responder às mudanças nas necessárias</p><p>4. Importância da Reflexão</p><p>Dewey enfatizou a importância da reflexão crítica no processo de aprendizagem. Ele</p><p>acredita que a reflexão ajuda os alunos a analisar suas experiências e a pensar de forma</p><p>mais profunda sobre o que aprenderam. Essa reflexão é essencial para a formação do</p><p>pensamento crítico e para a capacidade de reflexão</p><p>5. Método Científico na Educação</p><p>Dewey acreditava que a teoria educacional deveria ser testada na prática, e a prática</p><p>educacional deveria informar o desenvolvimento teórico. Isso significa que as ideias</p><p>sobre como ensinar melhor devem ser experimentadas em salas de aula reais e</p><p>ajustadas com base nas observações e resultados práticos. A teoria e a prática, para</p><p>Dewey, estão interligadas</p><p>6. Educação para a Democracia</p><p>Dewey acreditava que a educação desempenha um papel crucial na formação de uma</p><p>sociedade democrática. Ele defende que a escola deve ensinar habilidades para a vida</p><p>em comunidade, como a cooperação, o respeito pelas opiniões dos outros e a</p><p>capacidade de participar de processos de tomada de decisão coletiva.</p><p>Essas contribuições ajudaram a moldar a psicologia da educação moderna,</p><p>influenciando a forma como entendemos o processo de ensino-aprendizagem e o papel</p><p>da escola na formação do indivíduo e da sociedade. A abordagem de Dewey continua a</p><p>ser relevante e influente na prática educacional e na pesquisa sobre como as pessoas</p><p>aprendem e se desenvolvem</p><p>Esse movimento chamado de Escola Nova ou Escolanovista abriu campo para vários</p><p>pesquisadores, que apresentaram metodologias baseadas em problematizações,</p><p>experiências e práticas, as quais os alunos fossem levados a experimentar. Afiliado ao</p><p>pensamento e às ideias de John Dewey, Anísio Teixeira</p><p>TEMA 4 – ABORDAGENS PARADIGMÁTICAS CONSERVADORAS</p><p>4.1 Visão tradicional</p><p>Na visão tradicional, o pensamento é cartesiano, com disciplina rígida, vertical, onde a</p><p>escola é transmissora do saber. O aluno é tido como receptor e reprodutor do</p><p>conhecimento; é passivo e não questiona. Nessa abordagem, o aluno não é levado à</p><p>reflexão, mas à repetição e acúmulo de conteúdo. o aluno é responsabilizado pelo</p><p>aproveitamento escolar.</p><p>O professor assume uma postura vertical com seus alunos. Seu objetivo é a transmissão</p><p>de conteúdos científicos. Precisa levar o aluno a repetir o que apresentou de conteúdo.</p><p>A gestão escolar é vertical. O espaço físico fortalece a ordem e divisão hierárquica.</p><p>4.2 Visão escolanovista ou humanística</p><p>Essa visão tem por base os estudos de Rogers, Dewey, Montessori e Piaget,</p><p>fundamentados na biologia</p><p>e psicologia, em um movimento chamado de Escola Nova.</p><p>O aluno é o foco da prática educativa. Valoriza-se a sua condição pessoal e psicológica.</p><p>É colocado como um sujeito ativo, que participa de todo processo,incluindo</p><p>planejamento, execução e resultado do conhecimento. Valoriza-se o trabalho em grupo,</p><p>mas reconhece as potencialidades individuais. Considera-se as experiências</p><p>individuais.O professor tem liberdade de desenvolver seu próprio repertório de</p><p>estratégias de ensino, desde que leve o aluno a aprender significativa e reflexivamente.</p><p>A metodologia estimula a curiosidade, a reflexão, o interesse, o autoconhecimento e a</p><p>crítica.</p><p>Na avaliação, o aluno precisa assumir responsabilidade pelas formas e pelo controle de</p><p>seu processo de aprendizagem. A autoavaliação compõe um quadro com esse padrão.</p><p>A gestão escolar é democrática, pois valoriza a demanda do sujeito. Para que seja</p><p>possível, as dependências da escola devem favorecer espaços de discussão e</p><p>coletividade, assim como experiências e pesquisas. Espaços ao ar livre e salas com</p><p>mesas redondas são ambos valorizados nesta abordagem.</p><p>4.3 Visão tecnicista ou comportamentalista</p><p>O aluno é um espectador e será sempre condicionado a dispor de respostas prontas e</p><p>corretas, sem criticidade. O professor é considerado planejador e analista dos</p><p>resultados de objetivos propostos. A gestão escolar é vertical. É necessário treinar os</p><p>alunos. Não se tem o objetivo de descobrir, mas de educar com controle. Promove-se</p><p>uma formação que seja pertinente à sociedade, ao mercado de trabalho.</p><p>5.1 Visão sistêmica/holística/ecológica</p><p>No aluno, valorizam-se as inteligências múltiplas, um ser complexo que vive num</p><p>mundo de relações, e que por isso vive coletivamente, mas respeitando a sua</p><p>individualidade e criticidade. O professor precisa de autonomia. Requer-se uma mescla</p><p>de sensibilidade artística e uma prática cientificamente embasada.</p><p>A escola tem visão ecológica. Deve proporcionar espaço e tempo que atendam às</p><p>necessidades individuais e do grupo.</p><p>5.2 Visão progressista</p><p>O aluno é capaz de transformar o conhecimento tendo como referência ações sociais.</p><p>O professor é mediador.</p><p>A metodologia é democrática; potencializa a comunicação dialógica, ação libertadora</p><p>A avaliação é contínua, processual e transformadora.</p><p>Aula 2</p><p>TEMA 1 – ABORDAGEM COMPORTAMENTALISTA</p><p>1.1 Skinner e a teoria behaviorista</p><p>Do inglês behavior, que significa comportamento, essa é a teoria da psicologia que</p><p>estuda o comportamento.</p><p>O objetivo dessa teoria é prever o controle do comportamento. Para Watson, o</p><p>comportamento é definido por unidades analíticas, as quais reagem aos estímulos</p><p>anteriores. Chamados de estímulos antecedentes, estes seriam a causa dos</p><p>comportamentos observáveis, por várias pessoas.</p><p>Bechterev foi o primeiro a propor a psicologia baseada no comportamento, chamada de</p><p>psicologia objetiva.</p><p>Pavlov foi o primeiro a propor o reflexo condicionado, que é um modelo de</p><p>condicionamento de comportamento.</p><p>Para Skinner, o princípio de reforço acontecia devido ao resultado das ações. Por</p><p>exemplo: se uma ação causasse uma consequência boa, ela poderia ser repetida, mas</p><p>se a ação causasse uma consequência ruim, a chance de ser repetida seria remota.</p><p>Suas ideias objetivavam a ciência do comportamento, e tinham a premissa da</p><p>colaboração na resolução dos grandes problemas culturais, em um sentido prático e</p><p>controlado das ações. Skinner privilegiava as ideias de controle e previsibilidade pessoal</p><p>e a educação partindo do meio para dentro do indivíduo.</p><p>TEMA 2 – TECNICISMO</p><p>O tecnicismo é a abordagem metodológica que nasceu da prática terapêutica</p><p>behaviorista para a educação. Segundo a teoria tecnicista, a educação estabelece</p><p>comportamentos que servirão ao indivíduo, potencializando sua vida em diversos</p><p>aspectos.</p><p>Para que os comportamentos sejam aprimorados são utilizados reforçadores artificiais,</p><p>os quais criam o condicionamento e fortalecem os indivíduos. São eles: o treino, o</p><p>exercício e a prática. Essa tendência educacional aperfeiçoa o sistema</p><p>capitalista como um alinhamento produtivo, que supre as necessidades do mercado de</p><p>trabalho.</p><p>São propostas técnicas e os recursos, o professor é detentor do saber, e precisa</p><p>fornecer resultados. Os recursos são manuais, livros, apostilas, módulos de ensino e</p><p>recursos audiovisuais, os quais devem auxiliar no alcance uniforme de resultados por</p><p>parte dos alunos.</p><p>TEMA 3 – ANTECEDENTES</p><p>Foi pela influência dos estudos de Watson que Skinner ampliou seus estudos na</p><p>psicologia.</p><p>Watson caracterizou o behaviorismo de metodológico, sendo também chamado de</p><p>behaviorismo clássico.</p><p>Watson refutou a discussão sobre a metafísica e, embora tenha estudado filosofia,</p><p>apontou que tais estudos foram básicos. A proposta dele era distanciar o pensamento e</p><p>o sentimento mudando o foco da psicologia, para que abrissem a observação do</p><p>comportamento.</p><p>Watson foi defensor da importância do meio na construção do indivíduo, apontando</p><p>que, se o meio tivesse estímulos corretos, poderia até definir a profissão do indivíduo.</p><p>O neobehaviorismo mediacional surgiu a partir de novas propostas de psicólogos aos</p><p>comportamentos que não se enquadravam ao estímulo-resposta. Destacou-se Edward</p><p>C. Tolman, que trouxe em sua pesquisa o estímulo –organismo – resposta</p><p>Tolman incluía os processos mentais em sua pesquisa. É considerado o precursor da</p><p>psicologia cognitiva.</p><p>No behaviorismo filosófico chamado também de analítico e lógico, os pesquisadores</p><p>que se destacaram foram Ryle e Wittgenstein, que afirmavam que o comportamento</p><p>estaria em toda família e analisaram os estados mentais intencionais e representativos.</p><p>Skinner, na literatura, é indicado como pai do behaviorismo radical e na análise do</p><p>comportamento.</p><p>TEMA 4 – CONCEITOS: TIPOS DE COMPORTAMENTOS</p><p>No comportamento respondente, um estímulo gera uma resposta; já no operante ele</p><p>descreverá a relação da resposta e sua consequência.</p><p>Nessa linha, seguimos com o exemplo: por que você escova os dentes?</p><p>1ª hipótese: porque a mãe ou qualquer pessoa importante em sua vida</p><p>escovava os dentes (comportamento imitativo);</p><p>2ª hipótese: falavam que você deveria escová-los, caso contrário, sofreria</p><p>uma punição (punitivo);</p><p>3ª hipótese: se escovasse teria mais saúde, não sofreria no dentista</p><p>(recompensador);</p><p>4ª hipótese: de alguma forma, você aprendeu (foi condicionado)</p><p>Os comportamentos respondentes podem ser desencadeados por um estímulo, não</p><p>aprendido; os comportamentos operantes ocorrem espontaneamente, sem estímulo.</p><p>Quando reforçamos um comportamento, ele tende a ser repetido e ampliado.</p><p>O reforço é um acontecimento que, quando executado, pode manter ou aumentar a</p><p>frequência de comportamentos.</p><p>Os tipos de reforço são:</p><p>não condicionado primário: são os que não precisam na aprendizagem o papel de</p><p>reforço. Exemplo: comida;</p><p>condicionado secundário: o reforço foi aprendido. Exemplo: elogio;</p><p>punição: consequência a algo desagradável;</p><p>o não condicionada primária: dor ou mal-estar físico; o condicionada secundária:</p><p>repreensão verbal</p><p>Aula 3</p><p>e Jean Piaget, ícone do estudo sobre o desenvolvimento da inteligência e das relações</p><p>biopsíquicas do indivíduo e sobre os instrumentos para a aprendizagem e os estágios de</p><p>desenvolvimento.</p><p>TEMA 1 – ABORDAGEM COGNITIVISTA</p><p>1.1 Educação da liberdade</p><p>A valorização dos interesses e das capacidades que cada indivíduo possui em</p><p>determinado momento de sua vida é fundamental no processo de aprender, e a escola</p><p>precisa levar em conta esse processo.</p><p>A educação da liberdade visa à busca de elementos reais para a compreensão dos</p><p>conceitos, cuja complexidade é motivo de reflexão e elaboração de novos mecanismos,</p><p>os quais levam ao aprimoramento cognitivo e o desenvolvimento do aluno. O prazer por</p><p>aprender está presente, visto que a busca é pelo interesse, pela pesquisa e pelo desejo</p><p>de superar desafios.</p><p>TEMA 2 – PIAGET: VIDA E OBRA</p><p>TEMA 3 – NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO</p><p>E AS RELAÇÕES COM O AMBIENTE</p><p>FÍSICO E SOCIAL</p><p>Para Piaget, a criança passa por estágios de desenvolvimento sensorial e seu</p><p>desenvolvimento cognitivo ocorre por meio da informação, percepção e experiência que</p><p>cada indivíduo tem na relação com conceitos e novas aprendizagens. Esse processo é</p><p>chamado de assimilação e acomodação.</p><p>Funciona da seguinte forma: o indivíduo recebe uma informação, a qual encaixa com as</p><p>suas estruturas cognitivas. Em seguida, irá compreender, ou melhor, assimilar a</p><p>informação. Se uma informação não encaixar com suas estruturas cognitivas, a</p><p>informação é rejeitada, mas caso haja prontidão de compreensão por parte do indivíduo,</p><p>então há modificação interna e acomodação da informação.</p><p>A assimilação consiste na capacidade de interpretar novas experiências, pelas</p><p>estruturas mentais, já existentes no indivíduo, sem que se alterem.</p><p>A acomodação é a capacidade de alterar as estruturas mentais para que integrem novas</p><p>experiências/conceitos. A essa estrutura mental, Piaget chamou de esquemas, os quais</p><p>seriam as possibilidades de processar a informação e modificar-se à medida que o</p><p>indivíduo vai crescendo e se desenvolvendo. Em seus estudos, definiu que os esquemas</p><p>seriam de dois tipos: os esquemas sensoriomotores (ações) e os esquemas cognitivos</p><p>(conceitos). Os esquemas ocorrem todas as vezes que contactamos com uma nova</p><p>informação ou experiência, o que, possivelmente, repercutirá em uma nova</p><p>aprendizagem.</p><p>Ao longo da vida, cada indivíduo vai realizando seu processo de assimilação e</p><p>acomodação. O equilíbrio entre as duas é chamado de equilibração, que, por sua vez,</p><p>favorece os esquemas mentais de cada indivíduo, sendo fundamental para que seu</p><p>processo de desenvolvimento cognitivo ocorra.</p><p>A equilibração cria a harmonia e adaptação, tornando cada vez mais estável e complexa</p><p>a inteligência.</p><p>Com base nesse conceito de desenvolvimento, fica claro que, para Piaget, a</p><p>aprendizagem é um processo de construção individual, com a formação da própria</p><p>interpretação pessoal e única de suas experiências.</p><p>3.1 Estágios de desenvolvimento mental</p><p>Os estágios definidos por Piaget possuem idade aproximada, mas podem variar de</p><p>indivíduo para indivíduo.</p><p>Estágio sensoriomotor (do nascimento aos 2 anos),</p><p>estágio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos),</p><p>estágio das operações concretas (dos 7 aos 11-12 anos)</p><p>e as operações formais (a partir dos 11-12 anos).</p><p>Em cada estágio são definidos comportamentos, como vamos ver a seguir:</p><p>Sensoriomotor: esse estágio vai desde o nascimento até aproximadamente os 2 anos.</p><p>É uma fase em que a criança vai superando os reflexos à imagem mental dos espaços e</p><p>situações. Tem crescente controle das coordenações, passando do rastejar, engatinhar</p><p>e andar. Percebe os objetos e os busca, havendo a invenção de novos meios, imagem</p><p>mental e a formação de símbolos;</p><p>Pré-operatório: esse estágio vai dos 2 anos a aproximadamente 7 anos. A criança</p><p>brinca com o faz de conta, acha que tudo é dela (egocêntrica). Seu pensamento é</p><p>mágico, desenvolve a linguagem e o desenho. Pensamento intuitivo, rígido e tem</p><p>dificuldade com a flexibilidade do pensamento;</p><p>Operações concretas: esse estágio vai dos 7 anos a aproximadamente 11 ou 12 anos.</p><p>Possui a capacidade da reversibilidade mental, a passagem da intuição à lógica</p><p>concreta. Compreende a ação sobre o real. É capaz de fazer operações mentais de</p><p>classificar, contar, medir, seriar. Compreende a conservação de matéria sólida, líquida,</p><p>peso e volume. É capaz de compreender a relação de tempo e velocidade;</p><p>Operações formais: esse estágio compreende a idade a partir dos 11-12 anos. O</p><p>pensamento abstrato é presente. Raciocínio hipotético dedutivo, define conceitos e</p><p>valores. É capaz de realizar um pensamento lógico, independente da ação.</p><p>TEMA 4 – MÉTODO CLÍNICO DE JEAN PIAGET</p><p>A característica é realizar um misto de ações pela experimentação e observação.</p><p>Quando o interrogador gera hipóteses e, com base na fala da criança, coloca condições</p><p>e situações para saber como a criança irá reagir. Na observação direta, percebe-se o</p><p>contexto mental e comportamental da criança, oscilando em deixar a criança conduzir</p><p>e em outro momento fazer a condução da situação.</p><p>Sobre a noção de pensamento, Piaget definiu três estágios:</p><p>1º estágio: idade média 6 anos, espontaneidade. As crianças acreditam que o</p><p>pensamento vem da boca, o pensamento é confundido com as coisas, e as palavras são</p><p>parte delas. Não há subjetividade no ato de pensar;</p><p>2º estágio: o pensamento se situa na cabeça, mas tem característica material. O</p><p>pensamento ainda não se diferencia das coisas, nem as palavras das coisas nomeadas.</p><p>A criança entra em conflito com o que pensa, já questiona, mistura suas ideias, algumas</p><p>são reais, outras figurativas;</p><p>3º estágio: idade média de 11-12 anos, compreende a noção do pensamento e da</p><p>matéria física. É capaz de localizar o pensamento e de perceber que é invisível;</p><p>consegue distinguir entre a palavra e o nome das coisas; embora localize os sonhos na</p><p>cabeça, compreende que se a abríssemos, eles não estariam lá, de forma visível.</p><p>As implicações da teoria piagetiana para a educação trouxeram grandes benefícios, os</p><p>quais corroboraram uma visão que valorizava o ser humano, suas tentativas e o prazer</p><p>por aprender, com o olhar construtivista, mais focado no processo de construção do</p><p>que no resultado final.</p><p>Aula 04</p><p>1.1 Vygotsky: vida e obra</p><p>Foi um pesquisador da intelectualidade da criança, e seu trabalho ganhou maior</p><p>relevância após a sua morte.</p><p>Seus estudos a partir de marcos históricos, que envolveram Karl Marx e Friedrich Engels,</p><p>o fizeram propor uma reorganização para a psicologia, de unificação das ciências</p><p>humanas, chamando-a de psicologia cultural-histórica.</p><p>Seu grande interesse eram as funções mentais superiores, a cultura, a linguagem e os</p><p>processos orgânicos cerebrais, temas que eram pesquisados conjuntamente com</p><p>neurofisiologistas russos como Luria e Leontiev. As contribuições provenientes dessas</p><p>pesquisas chegavam até o Instituto de Deficiências de Moscou, especificamente ao</p><p>departamento de educação especial</p><p>TEMA 2 – MEDIAÇÃO</p><p>Para Vygotsky (1991), a mediação tinha um papel relevante em toda a sua pesquisa. Ele</p><p>definiu os elementos mediadores, que são os instrumentos e os signos. Os instrumentos</p><p>ajudam as funcionalidades, facilitando a vida dos seres humanos, por exemplo: uma</p><p>jarra facilita o acúmulo de água. A linguagem é composta por signos, por exemplo: a</p><p>palavra mesa nos remete a um móvel; é possível imaginar uma imagem sem</p><p>necessariamente visualizar uma mesa, ou uma foto.</p><p>Para Vygotsky, o ser humano se constitui a partir das interações sociais, sendo moldado</p><p>psicologicamente pelo processo histórico-social que vive. As funções psicológicas</p><p>superiores se constituem a partir das relações histórica e social do ser humano, e</p><p>englobam a relação com o mundo na mediação com instrumentos e símbolos que são</p><p>desenvolvidos culturalmente.</p><p>Dessa forma, o desenvolvimento psicológico não pode dispor de estruturas fixas e</p><p>imutáveis, mas deve-se considerar o cérebro como um sistema aberto, de grande</p><p>plasticidade, cujos estrutura e funcionamento são moldados a partir de sua história.</p><p>Na exemplificação desse estudo, destacamos que as funções mentais não estão</p><p>localizadas em pontos específicos do cérebro ou em grupos de células, mas em ações</p><p>em que diversos elementos atuam de maneira articulada, cada qual desempenhando</p><p>seu papel em um sistema funcional complexo.</p><p>“Esses elementos podem estar localizados em áreas diferentes do cérebro,</p><p>frequentemente distantes umas das outras”</p><p>Para Vygotsky, é relevante a construção de instrumentos e símbolos providos de espaço</p><p>social, pois são eles os responsáveis pelas inúmeras possibilidades de funcionamento</p><p>cerebral que ocorrerão ao longo do desenvolvimento do indivíduo.</p><p>A ideia da mediação transcorre como processo sócio-histórica do desenvolvimento</p><p>humano. O indivíduo pode não ter</p><p>acesso diretamente ao objeto, mas um acesso a partir</p><p>de imaginação realizada pelo sistema simbólico com o suprimento de informações</p><p>sobre o objeto; trata-se de um acesso mediado. A capacidade de imaginar, ou de</p><p>substituir o real e o concreto, provoca projeções mentais que podem planejar o futuro,</p><p>libertar de limites dados pelo mundo físico e possibilidades motoras, ainda permitindo</p><p>a abstração e a generalização.</p><p>TEMA 3 – PENSAMENTO E LINGUAGEM</p><p>Para Vygotsky, a linguagem tem duas funções: de intercâmbio social e de pensamento</p><p>generalizante. A linguagem simplifica e generaliza a experiência, possibilitando a</p><p>classificação em uma categoria, uma ordem em ocorre o favorecimento de abstração e</p><p>generalização.</p><p>Vygotsky dividiu em estágios o pensamento infantil (Fonseca, 2008):</p><p>No primeiro estágio, a criança não formula conceitos, mas forma conjuntos agrupando</p><p>objetos com base em nexos vagos, subjetivos, de fatores perceptuais, como uma</p><p>ligação pela espacialidade, o que está mais próximo dela. A criança se orienta, por</p><p>exemplo, pela semelhança visual, utilizando uma fonte associativa.</p><p>No segundo estágio, chamado por Vygotsky de pensamento por complexos, as ligações</p><p>para a classificação são interligadas pela experiência e são diversas, concretas e</p><p>factuais. As ligações que criam um complexo não são formadas pela lógica abstrata,</p><p>podendo ocorrer de diferentes modos. Aqui, qualquer conexão pode levar a um</p><p>complexo. Já o conceito precisa levar em conta um atributo.</p><p>No terceiro estágio ocorre a formação de conceitos. Nessa fase, a criança busca um</p><p>único atributo para agrupar. É capaz de se utilizar da abstração para garantir</p><p>características isoladas.</p><p>Para Vygotsky, esses estágios não ocorrem de forma linear; tudo dependerá do meio a</p><p>que estão vinculados. É a linguagem cultural à qual criança está ligada que fará a</p><p>formação de conceitos.</p><p>• pseudoconceitos: a criança formula agrupamentos por um tipo único de conexão;</p><p>• conceitos: para conduzir as operações mentais, utiliza-se do signo ou palavra;</p><p>• conceitos cotidianos: são adquiridos de forma espontânea sem o meio escolar, em</p><p>seu dia a dia;</p><p>• conceitos científicos: são adquiridos formalmente no ensino-aprendizagem</p><p>O que destacamos é que há, necessariamente, uma junção de conceitos</p><p>espontâneos/cotidianos e científicos, em que a formação de conceitos se estabelece</p><p>de maneira ordenada, mas não estagnada, para que ocorra o desenvolvimento e o</p><p>aprimoramento da inteligência.</p><p>TEMA 4 – PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ESCOLARES POR MEIO DE PRESSUPOSTOS</p><p>TEÓRICOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL</p><p>As práticas pedagógicas que regem o pensamento Vygotskyano se destacam pela</p><p>possibilidade de convergência de interações sociais entre os alunos e seus projetos de</p><p>pesquisas mais aprofundados.</p><p>As interações ocorridas na escola, para Vygotsky, são relevantes, pois as relações</p><p>sociais fazem parte do ensino-aprendizagem, ou seja, o indivíduo experiente (professor)</p><p>e o indivíduo inexperiente (aluno) interagem em um processo social, relacional,</p><p>intencional e mediatizado.</p><p>O nível de desenvolvimento real ou efetivo (NDR) envolve conquistas, competências e</p><p>capacidades, funções já aprendidas pelo indivíduo e que não mais precisam da</p><p>intervenção de outra pessoa.</p><p>O nível de desenvolvimento proximal também se refere àquilo que a criança é capaz de</p><p>fazer, mas com medição, suporte ou ajuda de alguém mais experiente. É, portanto, a</p><p>possibilidade de realizar movimentos, processos mentais com o mediatizador.</p><p>A distância entre os níveis de desenvolvimento, seja proximal ou real, é chamada de</p><p>zona de desenvolvimento proximal ou potencial.</p><p>A visão interacionista na escola destaca a integração do sujeito social e sua</p><p>individualidade, valorizadas em teores iguais. Isso se aplica também à relação da</p><p>educação especial. Para Vygotsky, a escola necessariamente precisa oferecer</p><p>estratégias, espaços e recursos que se adéque a todos os indivíduos. Ele entende que</p><p>cada indivíduo tem seu tempo e é capaz de criar conceitos, mas, para isso, faz-se</p><p>necessário o reforço das áreas fortes, a compensação das áreas fracas e o trabalho na</p><p>expansão sistêmica das áreas fracas.</p><p>Aula 05</p><p>TEMA 1 – WALLON: VIDA E OBRA</p><p>Interessou-se pela psicologia e pelo desenvolvimento da aprendizagem.</p><p>Wallon envolveu-se durante sua vida em pesquisas sobre psicologia, neurologia,</p><p>psiquiatria, biologia e filosofia. Segundo ele, o meio interfere significativamente nos</p><p>processos de aprendizagem. Sua obra aponta que o processo de aprendizagem é</p><p>dialético, ou seja, está em movimento, não se podendo enrijecer os processos, pois</p><p>deve-se revitalizar possibilidade e novas direções.</p><p>TEMA 2 – EMOÇÕES: ENTRE O ORGÂNICO E O PSÍQUICO</p><p>Na obra de Wallon, destaca-se o fator orgânico para o desenvolvimento do pensamento.</p><p>Para Wallon, a influência do meio deve ser levada em consideração para o</p><p>desenvolvimento do pensamento. A formação do homem se dá com influências sociais</p><p>e fisiológicas, ambas com relevância para os estudos e apropriações científicas sobre o</p><p>desenvolvimento humano.</p><p>Destaca-se que o desenvolvimento é um processo que emerge da condição do indivíduo</p><p>no social, como determinante; a maneira como ocorre depende de fatores orgânicos.</p><p>Ele não acontece de maneira linear e contínua, mas com avanços e retrocessos,</p><p>dispondo de momentos conflituosos e não harmônicos.</p><p>Para Wallon, cada comportamento que se aprende é integrado ao posterior, tornando a</p><p>aprendizagem uma sucessão de elementos que vão se somando e se ajustando uns aos</p><p>outros.</p><p>Wallon delimita que a cognição está ligada a quatro categorias funcionais:</p><p>a afetividade, o movimento, a inteligência e a pessoa.</p><p>• Movimento: o movimento é o primeiro elemento que se desenvolve, servindo de base</p><p>para que os outros também se desenvolvam. Pode ser dividido em movimentos</p><p>instrumentais e movimentos expressivos. Ambos estão associados aos indivíduos. Os</p><p>movimentos instrumentais são ações como andar, correr, vestir, mastigar etc. Já os</p><p>movimentos expressivos têm ligação com a função comunicativa, como sorrir, falar,</p><p>gesticular; ou seja, estão relacionados a ações estabelecidas com outros indivíduos. O</p><p>movimento antecede à linguagem, e seu desenvolvimento é primordial ao momento de</p><p>aquisição da linguagem.</p><p>• Afetividade: é a primeira motivação do movimento, a interação com o meio ambiente.</p><p>A interação se dá pela afetividade, que é o elemento mediador das relações sociais, de</p><p>forma a diferenciar a criança do ambiente. A afetividade é a base da inteligência. A partir</p><p>do momento em que a criança tem acesso a emoções, ela vai aprendendo a lidar com a</p><p>sua inteligência e consigo mesma, em relação com o outro.</p><p>Inteligência: a inteligência, para Wallon, está relacionada a atividades cognitivas, como</p><p>raciocínio simbólico e linguagem. A partir do momento em que a criança começa a</p><p>pensar nos elementos, sejam pessoas ou objetos, longe de sua presença, ela acessa o</p><p>raciocínio simbólico. Esse é o início do pensamento abstrato.</p><p>• Pessoa: a pessoa é responsável pela formação da identidade; é a construção do “eu”.</p><p>Esse campo funcional é o que controla/coordena todos os outros, sendo o responsável</p><p>pelo desenvolvimento da consciência.</p><p>É relevante destacar que as relações entre esses campos funcionais não são</p><p>harmônicas. A organização e o desenvolvimento de cada campo variam de acordo com</p><p>o alinhamento individual de cada indivíduo, nos aspectos afetivo, cognitivo, social e</p><p>orgânico. A “pessoa” faz a integração entre todos os campos, mas não de maneira</p><p>absoluta.</p><p>TEMA 3 – ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR</p><p>Wallon aponta que a motricidade é a primeira estrutura de relação e correlação com o</p><p>meio, com o outro e depois com o objeto, edificando o psiquismo, sua expressão</p><p>emocional e de comportamento. A motricidade, em outras palavras, é a base de</p><p>interação fundamental do indivíduo, quando ocorre a expressão da vida psíquica.</p><p>É pela motricidade que a criança expressa seus conteúdos internos</p><p>de desejo e</p><p>necessidades, mesmo antes do surgimento da linguagem. Ela contém uma dimensão</p><p>psíquica, que engloba um processo evolutivo, em uma totalidade motora, afetiva e</p><p>cognitiva</p><p>há três formas essenciais:</p><p>• Deslocamentos passivos ou erógenos: são os movimentos do bebê, que ainda não</p><p>garantem sobrevivência; ele depende de um outro, havendo simbiose fisiológica. O bebê</p><p>comunica suas necessidades com irritabilidade e desconforto, mas não é capaz de ter</p><p>ações adequadas que as satisfaçam. A simbiose fisiológica é compensada pela relação</p><p>afetiva que o adulto estabelece com a criança; é uma relação que supre suas</p><p>necessidades e ancora as bases psicoafetivas da criança.</p><p>• Deslocamentos ativos ou autógenos: superada a fase de dependência do adulto, a</p><p>criança apresenta movimentos mais autônomos, ligados de forma endógena e</p><p>neurologicamente integrados. É a integração de posturas, movimentos,</p><p>reconhecimento de espaços, com o outro e com o objeto. A maturação do sistema</p><p>nervoso se dá pela aprendizagem das competências de equilíbrio, locomoção e</p><p>apreensão. Paralelamente, a criança vai ganhando confiança e construindo a tonicidade</p><p>de sua postura.</p><p>• Deslocamentos práxicos: são também chamados de deslocamentos dos segmentos</p><p>corporais, com respostas do corpo todo. A exploração serve para se descobrir e ganhar</p><p>conhecimento do mundo. Para Wallon, os movimentos são interrelacionados, de forma</p><p>afetiva, como o meio, consigo mesmo, com o objeto e com o outro.</p><p>Wallon apresenta os seguintes estágios de desenvolvimento psicomotor:</p><p>• Estágio impulsivo (recém-nascido) - O estágio impulsivo caracteriza a criança recém-</p><p>nascida; os movimentos e reflexos são descargas de energia muscular. As ações são</p><p>portadoras de carga afetiva, tanto de bem-estar como de mal-estar. Trata-se de uma</p><p>motricidade visceral, precisa e automática, como a sucção.</p><p>• Estágio tônico-emocional (dos 6 aos 12 meses) - A movimentação, a locomoção e a</p><p>exploração com o meio vão criando a aprendizagem motora, o fortalecimento muscular</p><p>e tônico, assim como a afetividade, partindo das relações estabelecidas com o adulto,</p><p>de modo a formular e reformular sensações a partir do retorno das ações.</p><p>• Estágio sensório-motor (dos 12 aos 24 meses) - São expressões de exploração motora,</p><p>visual e emocional, que ampliam as capacidades de ser e de se construir como sujeito.</p><p>Nessa fase, a linguagem ainda não está totalmente estruturada, mas o gesto materializa</p><p>a evolução do indivíduo.</p><p>• Estágio projetivo (dos 2 aos 3 anos) - No estágio projetivo, que compreende a criança</p><p>dos 2 aos 3 anos, aparece a capacidade de organização gestual e simbólica. Uma ação</p><p>deixa de ser pura execução de movimento ou expressão, para se realizar como fonte de</p><p>estímulos para a atividade mental. Com a atitude postural ganhando autonomia, a</p><p>criança passa a explorar os objetos corporal, tátil e cinestesicamente. É a fase do imitar.</p><p>A criança passa a utilizar o simbólico e a palavra como objeto de simbolismo.</p><p>• Estágio personalístico (dos 3 aos 4 anos) - , está voltado para a construção do eu.</p><p>Nessa fase, há a passagem do ato motor para o ato mental, que ocorre por uma</p><p>integração sensorial e perceptiva da experiência vivida, e que se materializa pela</p><p>motricidade.</p><p>• Estágio categorial (dos 6 aos 11 anos) - s. Seu elemento marcante é a diferenciação</p><p>entre eu e não-eu. É uma fase de maior controle e disciplina. A inibição motora aumenta,</p><p>assim como a concentração em termos atencionais e sensoriais. A influência dos</p><p>campos sociais em que a criança está inserida tem um espaço significativo. Ela imita e</p><p>valoriza hábitos culturais.</p><p>• Estágio da puberdade e da adolescência - caracteriza-se pela crise, quando ocorre a</p><p>passagem da infância à adolescência,com mudanças somáticas, biológicas,</p><p>psicológicas e sociais.O crescimento corporal e fisiológico desequilibra a imagem</p><p>corporal, fazendo oscilar entre situações emocionais mais vulneráveis, e podendo</p><p>apresentar situações indesejáveis, que modificam o humor.</p><p>Aula 6</p><p>TEMA 1 – PSICOLOGIA HUMANISTA</p><p>A psicologia humanista teve como referência os estudos principais de Carl Rogers e</p><p>Abraham Maslow, citados em alguns trabalhos. Tais estudos foram baseados no fato de</p><p>que cada indivíduo deve ser consciente de seu processo, seja na terapia, seja na escola,</p><p>isto é, o processo é centrado no indivíduo.</p><p>Abraham Harold Maslow desenvolveu a proposta de hierarquia de necessidades,</p><p>apresentada na pirâmide:</p><p>Segundo ele, reunir pessoas em grupo descongelava os padrões e expunha pontos de</p><p>vista, alicerçando a transparência das relações e ampliando possibilidades de</p><p>reorganizações relacionais. Chamava esses processos terapêuticos de tgroups, em que</p><p>o “t” significa training (formação). Maslow deu sua contribuição para a abordagem</p><p>humanista. Ambos criaram elementos que rompiam com as técnicas engessadas, e que</p><p>tinham como fonte o paciente como comandante de seu tratamento.</p><p>Três conceitos foram apresentados, os quais contribuíram com apsicologia:</p><p>1. congruência: transparecer o que sente, não mentir para si nem para os outros;</p><p>2. empatia: sentir o que o outro quer falar, compreendendo seus sentimentos;</p><p>3. aceitação incondicional: aceitar o outro da forma como ele se coloca, com defeitos,</p><p>medos e angústias.</p><p>TEMA 2 – CONCEITO: APRENDIZAGEM NA ABORDAGEM HUMANISTA pg5 aula 06</p><p>A aprendizagem na abordagem humanista perpetua como protagonista o próprio</p><p>sujeito como responsável por seu processo de aprender.</p><p>a aprendizagem se dá pelo contato, e é por isso que o professor é um facilitador da</p><p>aprendizagem, porque deve estar acessível aos alunos. Não se deve ter uma única</p><p>metodologia para facilitar o aprendizado, mas é necessário despertar o interesse</p><p>dos alunos em aprender.</p><p>TEMA 3 – VISÃO DE HOMEM E DE MUNDO NA ABORDAGEM HUMANISTA</p><p>Na abordagem humanista todos devem ser respeitados independentemente da</p><p>hierarquia. Em uma visão holística, ecológica,organísmica e sistêmica da pessoa,</p><p>todos são capazes de se autorregular, e por isso devem ter consciência de si, de suas</p><p>responsabilidades, desejos,ambivalências e, principalmente, de seu aprendizado.</p><p>Na visão humanista de mundo todos devem ser respeitados. Não deve haver divisão</p><p>de classes ou de capacidades, mas cooperação entre as pessoas, que devem ajudar</p><p>umas às outras em vez de competir.</p><p>TEMA 4 – ENSINO E APRENDIZAGEM CENTRADOS NA PESSOA</p><p>A visão de si é elevada no compromisso com o aprender, com a educação centrada</p><p>na pessoa. O protagonismo estabelece as responsabilidades para se alcançar os</p><p>objetivos definidos com o educador/professor. A principal meta é o percurso contínuo</p><p>da aprendizagem significativa.</p><p>Uma aprendizagem é considerada socialmente útil quando faz parte da vida do</p><p>indivíduo que está aberto e se dispõe a mudanças, idas e vindas, insistência e</p><p>resistência aos caminhos que precisam ser descobertos no aprender a aprender, sem</p><p>relutar contra mudanças internas. Isso só acontece se o aluno vivenciar experiências</p><p>pessoais e conseguir integrá-las, estando aberto e se permitindo.</p><p>TEMA 5 – CONTRIBUIÇÕES PARA A ESCOLA</p><p>Alguns princípios de aprendizagem são destacados na abordagem humanista.</p><p>• todos os seres humanos possuem potencialidades para aprender. Vai depender,</p><p>muitas vezes, das estratégias utilizadas para que ocorra o aprimoramento dos</p><p>conceitos básicos e das estruturas necessárias;</p><p>• a aprendizagem deve ser significativa e, nesse sentido, o aluno relaciona os</p><p>conteúdos com seus próprios objetivos;</p><p>• a aprendizagem envolve modificação interna, na própria organização de cada</p><p>pessoa, em que se amplia a percepção se si. Toda modificação tende a ser</p><p>ameaçadora e a suscitar reações;</p><p>• a aprendizagem ameaça o próprio indivíduo, mas é percebida e assimilada; assim,</p><p>as ameaças externas se reduzem significativamente;</p><p>• o indivíduo que está bem consigo mesmo sofre uma fraca ameaça, experiencia as</p><p>situações mais suavemente e a aprendizagem se eleva com qualidade;</p><p>• se aprende fazendo, e isso potencializa a significação da aprendizagem;</p><p>• o aprender é favorecido quando a aprendizagem se torna parte da responsabilidade</p><p>do aluno. A consciência por seu próprio processo amplia e dignifica suas</p><p>capacidades;</p><p>• a aprendizagem envolve tanto a pessoa que aprende quanto a que ensina, mas,</p><p>quando ela é autoiniciada, ou seja, quando a própria pessoa assume o seu processo,</p><p>incluindo seus sentimentos e sua inteligência, essa aprendizagem se torna mais</p><p>profunda e duradoura;</p><p>• a independência, a criatividade e a autoconfiança, quando o olhar está para dentro</p><p>de si, usa como base a autocrítica e a autoapreciação. A avaliação feita pelos outros</p><p>fica em segundo plano;</p><p>• o aprender social é mais útil, e o processo de aprendizagem deve estar ligado ao</p><p>social, pois abre-se a experiência e a apropriação dentro de si,como um processo</p><p>de mudança.</p><p>Aula 07</p><p>TEMA 1 – FREUD, PSICANÁLISE E CONCEITUAÇÃO</p><p>Estudos sobre a histeria, a obra inicial e antecessora à psicanálise. Freud percebia uma</p><p>melhora mais significativa quando suas pacientes falavam livremente após o fim da sessão.</p><p>Essas percepções de Freud fizeram com que ele abandonasse a hipnose e desse o ponta pé</p><p>inicial na psicanálise, criando o que ele chama de associação livre de ideias. Essa técnica busca</p><p>fazer com que o paciente fale e associe livremente suas ideias, sem que tenha interrupções.</p><p>Termo criado por Freud em 1896 para nomear um método particular de psicoterapia (ou</p><p>tratamento pela fala) proveniente do processo catártico (catarse) de Josef Breuer e pautado</p><p>na exploração do inconsciente, com a ajuda da associação livre, por parte do paciente, e da</p><p>interpretação, por parte do psicanalista.</p><p>A psicanálise, portanto, é um método interpretativo, uma disciplina científica que pode ser</p><p>utilizada como método de pesquisa e, ainda, um tratamento pensado dentro do contexto da</p><p>interpretação de ideias e associações do próprio paciente. Outro ponto que é interessante</p><p>mencionarmos é que a psicanálise utiliza como materiais únicos o divã e a fala do paciente.</p><p>TEMA 2 – INCONSCIENTE, CONSCIENTE E PRÉ-CONSCIENTE</p><p>Freud deu um nome muito interessante para uma de suas principais teorias: teoria</p><p>topográfica. A palavra topografia é oriunda de lugar, isto é, a teoria de Freud buscava</p><p>apresentar a mente humana dividida em instâncias psíquicas. Estas instâncias são</p><p>chamadas de inconsciente, pré-consciente e consciente. Outro nome dado à teoria é</p><p>primeira tópica freudiana, ou, ainda, aparelho psíquico.</p><p>A primeira estrutura é o consciente, como o nome já diz, é estar consciente, esta instância</p><p>não possui função de registro, mas sim de receber informações do mundo interno e do</p><p>externo. “a maior parte das funções perceptivo-cognitivas-motoras do ego – como as de</p><p>percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora etc.,</p><p>processam-se no sistema consciente”</p><p>o pré-consciente, fica entre a consciência e o inconsciente e funciona sobretudo como uma</p><p>barreira. O pré-consciente funciona como um pequeno arquivo de registros que é facilmente</p><p>acessado . funciona como uma espécie de peneira que seleciona aquilo que pode, ou não,</p><p>passar para o Consciente. Ademais, o pré-consciente também funciona como um pequeno</p><p>arquivo dos registros, de modo que a ele cabe sediar a fundamental função de conter as</p><p>“representações-palavra”.</p><p>O inconsciente, é a parte mais arcaica do aparelho psíquico, nele estão os medos, os</p><p>anseios, os conteúdos traumáticos que foram recalcados da consciência.</p><p>Alguns conteúdos podem fugir para a consciência, e costumam se manifestar em formato</p><p>de sonhos, chistes e atos falhos.</p><p>O inconsciente descritivo, conforme o nome já diz, é a forma como explicamos</p><p>descritivamente o inconsciente.O inconsciente sistêmico é definido como um sistema de</p><p>relações e interrelações de maneira complexa. O inconsciente dinâmico, como o nome diz,</p><p>relaciona-se à luta entre as pulsões, por exemplo, e, também, à perspectiva de que o</p><p>inconsciente não é estático, ele muda e se transforma, ele é atemporal. O inconsciente</p><p>econômico diz respeito à energia empregada para situações, por fim, o inconsciente ético</p><p>tem significado partindo da perspectiva da satisfação do desejo e a questão de nunca atingir</p><p>a satisfação plena</p><p>TEMA 3 – ID, EGO E SUPEREGO</p><p>teoria da personalidade. Freud dividiu a teoria em três estruturas, sendo elas o ID, o ego e o</p><p>superego, cada uma destas estruturas são regidas pelo que Freud denominou de princípios.</p><p>A primeira estrutura é chamada de ID, também conhecida como uma das partes mais arcaicas</p><p>do aparelho psíquico por ser uma instância inconsciente, o princípio regido pelo ID é o</p><p>princípio do prazer, desconhece regras e normas sociais, sempre está em busca de sua</p><p>satisfação.</p><p>O id foi concebido como um conjunto de conteúdos de natureza pulsional e de ordem</p><p>inconsciente, constituindo o polo psicobiológico da personalidade. É considerado a reserva</p><p>inconsciente dos desejos e impulsos de origem genética</p><p>A segunda instância criada por Freud é o ego, atua como um mediador entre o ID e o</p><p>superego, regido pelo princípio da realidade. Imagine uma balança que precisa sempre</p><p>estar equilibrada, pois bem, este é o ego.</p><p>[O ego] se desenvolve a partir da diferenciação das capacidades psíquicas em contato com a realidade</p><p>exterior. Sua atividade é, em parte, consciente (percepção e processos intelectuais) e, em parte, pré-</p><p>consciente e também inconsciente. É regido pelo princípio da realidade, que é o fator que se incumbe do</p><p>ajustamento ao ambiente e da solução dos conflitos entre o organismo e a realidade. O ego lida com a</p><p>estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Desempenha a função de obter</p><p>controle sobre as exigências das pulsões, decidindo se elas devem ou não ser satisfeitas, adiando essa</p><p>satisfação para ocasiões e circunstâncias mais favoráveis ou reprimindo parcial ou inteiramente as</p><p>excitações pulsionais. Assim, o ego atua como mediador entre o id e o mundo exterior, tendo que lidar</p><p>também com o superego, com as memórias de todo tipo e com as necessidades físicas do corpo.</p><p>A última estrutura é chamada de Superego, atua como um juiz, censurando as ações do ID</p><p>e do ego, ele não tolera frustrações, sobretudo em virtude do seu princípio, que se configura</p><p>pelo princípio do dever.</p><p>TEMA 4 – TEORIA DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA</p><p>PSICANALÍTICA</p><p>teoria do desenvolvimento psicossexual. Freud traz este assunto no seu livro Os três ensaios</p><p>sobre a teoria da sexualidade, em que ele menciona, ainda, que em nossa infância sempre</p><p>existem marcas importantes, e que tais marcas podem trazer elementos psicológicos</p><p>positivos e/ou, ainda, negativos, nos negativos podemos denominá-los de traumas.</p><p>A sexualidade da criança não acontece no intercurso sexual, ou no coito, mas sim por meio</p><p>da gratificação que acontece em cada um dos estágios, ou seja, a fonte da libido, perpassa</p><p>por diversas áreas do corpo, e essa energia e gratificação vai se modificando de área</p><p>conforme a criança vai sendo gratificada corretamente e novas aprendizagens vão</p><p>acontecendo.</p><p>Freud (1917/1963) dividiu o período infantil em três fases, de acordo com qual das três zonas erógenas</p><p>primá- rias cujo desenvolvimento é o mais relevante. A fase oral começa primeiro e é seguida, em ordem,</p><p>pela fase anal e pela fase fálica. Os três períodos infantis se sobrepõem uns aos outros, e cada um</p><p>continua após o início dos estágios posteriores.</p><p>A primeira, que é a fase oral, a zona erógena concentra-se na boca, ou seja, por meio da</p><p>sucção a criança busca se satisfazer, isto é, pela alimentação.</p><p>A fase anal inicia-se após a fase oral, a zona erógena é o ânus, e inicia-se nesta fase o</p><p>controle dos esfíncteres</p><p>Durante o período anal inicial, as crianças encontram satisfação destruindo ou perdendo objetos. Nessa</p><p>época, a natureza destrutiva do impulso sádico é mais forte do que a erótica, e as crianças, com</p><p>frequência,</p><p>se comportam agressivamente em relação a seus pais por frustrá-las com o treinamento</p><p>esfincteriano. Então, quando entram no período anal final, elas, por vezes, assumem um interesse</p><p>amistoso em relação a suas fezes, um interesse que provém do prazer erótico de defecar. Com</p><p>frequência, apresentam suas fezes aos pais como um presente valioso.</p><p>fase fálica, que se inicia por volta dos quatro anos, inicia-se neste momento as curiosidades</p><p>infantis, é a fase das descobertas e dos porquês, inicia-se também o entendimento</p><p>anatômico do sexo masculino e feminino.</p><p>Neste ínterim temos o que chamamos de período de latência, em que não existem agora as</p><p>zonas erógenas, a energia libidinal fica estagnada, a concentração neste período, que se</p><p>inicia aos seis anos, é a curiosidade das crianças pelo processo de socialização, este</p><p>período vai ao encontro do início da escolarização, portanto, muitos estímulos são</p><p>ofertados neste período. Por fim, temos a fase genital, iniciada pela puberdade e pela</p><p>adolescência, a procura por grupos de referência, relacionamentos amorosos, aceitação no</p><p>mundo dos adultos.</p><p>TEMA 5 – PSICANÁLISE, EDUCAÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS</p><p>a psicanálise pode ser utilizada como instrumento teórico e técnico para observação e</p><p>intervenção nas dificuldades de aprendizagem. Partindo do arcabouço psicanalítico</p><p>podemos entender a origem destas dificuldades, isto é, se é uma origem inconsciente</p><p>causada por um trauma ou, ainda, uma origem social.</p><p>mesmo sabendo que Freud desenvolveu a psicanálise para tratamento dos distúrbios</p><p>neuróticos, ele desenvolveu a transferência como o vínculo que acontece em paciente e</p><p>analista, em nosso contexto temos o vínculo entre aluno e professor.</p><p>Aula 08</p><p>Rogers, autor humanista preocupado com os aspectos afetivos e relacionais da</p><p>aprendizagem. David Ausubel, cognitivista, que enfatiza aspectos relacionados com a</p><p>aquisição, organização e consolidação do conhecimento.</p><p>TEMA 1 – TEORIA COGNITIVISTA: DAVID AUSUBEL</p><p>a estrutura cognitiva é o principal fator que influencia a aprendizagem. A aprendizagem é “o</p><p>conjunto de ideias presentes num indivíduo, bem como as suas propriedades</p><p>organizacionais, num assunto específico, num determinado momento”. Assim, ao dispor de</p><p>uma estrutura cognitiva organizada, a pessoa verá facilitada a aprendizagem de um assunto</p><p>novo.</p><p>Em busca de um significado capaz de justificar a ida do aluno à escola, Ausubel</p><p>desenvolveu a teoria da aprendizagem significativa.</p><p>A aprendizagem é significativa quando ocorre uma interação entre conhecimentos prévios</p><p>e conhecimentos novos. A aprendizagem significativa implica que os novos conteúdos</p><p>aprendidos pelo aluno serão organizados, formando uma hierarquia de conceitos que se</p><p>relacionam com o conhecimento previamente interiorizado pelos alunos.</p><p>Toda informação nova deve se ancorar nos conhecimentos já presentes na estrutura</p><p>cognitiva do aluno. Ou seja, é imprescindível tomar conhecimento do que o aluno já</p><p>sabe sobre um assunto e fundamentar os novos conhecimentos a partir deles. Esse</p><p>processo cria uma “bagagem” de conhecimentos, que vão sendo internalizados,</p><p>relacionando-se entre si e criando significados. Essa “bagagem” ancora-se em</p><p>conceitos e ideias relevantes preexistentes, como se fossem “ancoradouros”, o que</p><p>Ausubel chama de subsunçores, o ponto central de sua teoria.</p><p>O termo subsunçor pode ser entendido como o ponto cognitivo do aluno que dará sentido a</p><p>um novo conhecimento. Portanto, em aprendizagem significativa, os conceitos fazem parte</p><p>da estrutura cognitiva, sendo organizados de forma hierárquica, conectados e ancorados. A</p><p>partir disso, podemos formar alunos críticos e pensadores.</p><p>A estratégia facilitadora deve relacionar o que aluno está aprendendo na escola com o seu</p><p>dia a dia, estabelecendo uma ponte entre o conhecimento científico e o mundo em que vive</p><p>1.1 Estrutura mecânica</p><p>A aprendizagem mecânica (Ausubel; Novak; Hanesian, 1980) representa uma</p><p>incorporação não substantiva de novas informações. Ela ocorre por meio do repasse de</p><p>informações. Esse modelo de ensino está relacionado às metodologias mais</p><p>tradicionais, que defendem que o professor é o único detentor do conhecimento – por</p><p>isso, não pode ser contrariado e não traz significação ao aprendiz.</p><p>Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o aluno</p><p>precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo arbitrária e</p><p>literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido</p><p>tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente</p><p>significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o significado</p><p>psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos</p><p>conteúdos que têm significado ou não para si próprio.</p><p>A estratégia facilitadora deve relacionar o que aluno está aprendendo na escola com o</p><p>seu dia a dia, estabelecendo uma ponte entre o conhecimento científico e o mundo em</p><p>que ele vive</p><p>TEMA 3 – MODELO DE MAPEAMENTO CONCEITUAL</p><p>os “mapas conceituais são diagramas hierarquizados que procuram refletir a organização</p><p>conceitual de uma disciplina ou parte de uma disciplina". Com base na teoria da</p><p>Aprendizagem Significativa (AS) de David Ausubel, Novak definiu mapa conceitual como</p><p>uma representação gráfica, em duas dimensões, de determinado conjunto de conceitos,</p><p>construído forma que as relações entre eles sejam evidentes.</p><p>O mapa conceitual ajuda a estudar um conteúdo; apresentar um conteúdo; fazer síntese de</p><p>texto; organizar o conteúdo programático de uma disciplina; e avaliar a aprendizagem.</p><p>Mapas conceituais são diagramas que indicam a relação entre conceitos.</p><p>TEMA 4 – HUMANISMO DE CARL ROGERS</p><p>Carl Rogers (1902-1987) formulou uma psicologia voltada para o desenvolvimento da</p><p>pessoa, com base em conceitos como método não diretivo, estima positiva incondicional,</p><p>autoatualização e congruência.</p><p>teoria humanista enfatiza as relações interpessoais na construção da personalidade do</p><p>sujeito, com foco no ensino centrado no aluno, em suas perspectivas de composição e</p><p>coordenação pessoal da realidade, bem como em sua habilidade de operar como ser</p><p>integrado.</p><p>4.1 Aprendizagem significativa e ensino centrado no aprendiz</p><p>Rogers trouxe importantes contribuições para a educação, a partir de seus</p><p>pressupostos teóricos, com base no método não diretivo, em que o professor deixa de</p><p>ser o centro do processo de ensino-aprendizagem para se tornar um facilitador,</p><p>dinâmica em que o aluno, consequentemente, passa a ter mais autonomia.</p><p>Dessa forma, o estudante precisa ser compreendido pelo professor como sujeito de sua</p><p>própria aprendizagem.</p><p>TEMA 5 – MÉTODO NÃO DIRETIVO DE ROGERS: APRENDIZAGEM</p><p>SIGNIFICATIVA</p><p>Rogers explica que a própria pessoa é responsável pela sua cura, opondo-se à psicanálise</p><p>freudiana, segundo a qual o ser humano é fortemente comandado pelo inconsciente</p><p>A orientação não-diretiva, acredita-se que existe em todo ser humano um processo natural e permanente</p><p>de desenvolvimento, onde o indivíduo está em busca de sua autorrealização, autonomia e ajustamento.</p><p>Considera-se que a base necessária para mudanças desejáveis é a aceitação de si, aqui e agora: a partir</p><p>do que o indivíduo realmente é, os recursos atualmente existentes podem ser descobertos, reconhecidos</p><p>e utilizados para as mudanças necessárias numa direção mais construtiva.</p><p>Rogers entendia que as experiências infantis e os processos de aprendizagem poderiam</p><p>ajudar ou prejudicar a formação e a autotransformação da personalidade de cada sujeito.</p><p>Ainda assim, defendia a ideia de que a personalidade é moldada pelo presente e pela</p><p>maneira como o percebemos conscientemente.</p><p>Neste viés, o pré-requisito para o desenvolvimento de uma personalidade saudável é a</p><p>estima positiva incondicional na infância. Durante esse período, a mãe deve demonstrar</p><p>o seu amor e aceitação pela criança,</p><p>pouco importando o comportamento que a criança</p><p>apresente.</p><p>A criança que recebe essa estima positiva da mãe desenvolve uma espécie de autoestima,</p><p>chamada por Rogers de autoatualização, entendida como o nível mais alto de saúde</p><p>psicológica, que é alcançado por meio de um processo conhecido como funcionamento</p><p>pleno.</p><p>1. Teoria da Aprendizagem Experiencial</p><p>2. Educação como Processo Social</p><p>4. Importância da Reflexão</p><p>5. Método Científico na Educação</p><p>6. Educação para a Democracia</p>

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