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<p>UNIBALSAS - CENTRO UNIVERSITÁRIO</p><p>ALUNO (A): GABRIELLA LORI WEIDLE</p><p>DISCIPLINA: PSICOLOGIA E SAÚDE</p><p>DOCENTE: RENATA FEITOSA C. MOTA</p><p>RESUMO - O PAPEL DA PSICOLOGIA DA SAÚDE NOS CENÁRIOS DE</p><p>ATENDIMENTO</p><p>BALSAS</p><p>2024</p><p>Capítulo 12 – O papel da psicologia da saúde nos cenários de atendimento à saúde.</p><p>Um evento que aconteceu há 30 anos traz reflexões acerca do porquê algumas pessoas</p><p>buscam um tratamento e outras não e como elas interagem com o sistema de saúde. O caso</p><p>em questão foi de Bruce, que levou uma bolada no olho e estava relutando em ir ao centro de</p><p>saúde, os amigos insistiram e o levaram para a emergência e logo após foi encaminhado ao</p><p>centro cirúrgico. Um cirurgião qualificado suturou uma ruptura em seu globo ocular e salvou</p><p>sua visão. Para que essas razões sejam explicadas o foco da intervenção será a secundária, ou</p><p>seja, de ações delineadas para prevenir doenças ou ferimentos para ações que visam a</p><p>identificar e tratar a doença no começo de seu curso. Os nossos contatos com os profissionais</p><p>e o sistema de saúde podem ser breves ou mais longos, dependendo do curso da patologia do</p><p>paciente. Este capítulo explora o papel da psicologia da saúde nas relações entre pacientes e o</p><p>sistema de saúde. Os fatores sociais e psicológicos têm impacto direto e indireto nessas</p><p>relações. Em primeiro lugar, esses fatores influenciam muito quando e como as pessoas</p><p>começam a aceitar que estão doentes. Em segundo, a confiança das pessoas nos profissionais</p><p>da saúde influencia sua satisfação com o tratamento e o quanto respondem a ele. Em terceiro,</p><p>o nível e a qualidade da comunicação entre pacientes e profissionais da saúde têm uma</p><p>influência indireta em quase todos os aspectos do atendimento de saúde, incluindo como os</p><p>pacientes decidem quando precisam de atenção médica, por que, às vezes, as pessoas ignoram</p><p>sintomas e por que elas, às vezes, seguem com cuidado as instruções do profissional, mas não</p><p>em outras ocasiões. Como resultado de nossa maior compreensão dessas influências</p><p>psicossociais, um número significativamente crescente de psicólogos hoje trabalha em</p><p>cenários de tratamento geral de saúde, e os currículos das faculdades de medicina contemplam</p><p>um foco maior nas ciências sociais e do comportamento (IOM, 2006). Além disso, um</p><p>número crescente de hospitais também encoraja o uso de atendimento cooperativo, no qual</p><p>médicos, psicólogos e outros profissionais da saúde juntam suas forças para melhorar o</p><p>atendimento ao paciente de forma harmoniosa (Daw, 2001a).</p><p>Reconhecendo e interpretando sintomas</p><p>Como e quando decidimos que estamos doentes? Os critérios que as pessoas usam para</p><p>reconhecer e interpretar sintomas variam imensamente. Todavia, certos fatores psicossociais</p><p>amplos desempenham um papel importante nesse processo.</p><p>Foco atencional, neuroticismo e saúde autoavaliada</p><p>O foco atencional influencia nossa percepção dos sintomas físicos (van Laarhoven et al.,</p><p>2010). Se tivermos um forte foco interno sobre nossos corpos, emoções e bem-estar geral,</p><p>teremos mais probabilidade de detectar sintomas e de relatá-los mais rapidamente do que se</p><p>possuirmos um foco mais externo. Pessoas isoladas do ponto de vista social, que estão</p><p>cansadas de seu trabalho e moram sozinhas têm mais propensão a desenvolver foco interno,</p><p>enquanto aquelas com vidas mais ativas estão sujeitas a mais distrações que afastam suas</p><p>mentes dos próprios problemas. Alguns fatores situacionais momentâneos têm impacto</p><p>substancial no fato de o sintoma ser percebido ou não. As pessoas tendem a ser mais</p><p>conscientes de sensações físicas quando estão aborrecidas do que quando estão</p><p>profundamente envolvidas em uma tarefa. Os indivíduos sensibilizadores são pessoas que</p><p>lidam com problemas de saúde e outros eventos adversos examinando seus corpos e o</p><p>ambiente em busca de informações. Em contrapartida, os indivíduos repressores são pessoas</p><p>que lidam com problemas de saúde e outros eventos adversos ignorando ou se afastando de</p><p>informações estressantes. O foco atencional enfatiza o papel importante que os fatores</p><p>pessoais desempenham na percepção de sintomas e na utilização do atendimento de saúde.</p><p>Representações da doença</p><p>A visão pessoal da saúde e da doença, chamada de representação da doença, também afeta a</p><p>saúde pelo menos de duas maneiras: influenciando o comportamento preventivo do indivíduo</p><p>e afetando a maneira como ele reage ao surgimento de sintomas. Pesquisadores estudaram</p><p>vários componentes da maneira como as pessoas representam as doenças. Cada componente</p><p>em si pode afetar substancialmente a motivação para buscar cuidado médico. Elas</p><p>subdividem-se em:</p><p>1 – Identidade da doença: seu rótulo e sintomas;</p><p>2 – Causas: atribuir os sintomas a fatores externos, como infecções ou ferimentos, ou a</p><p>fatores internos, como predisposição genética;</p><p>3 – Curso: a duração e velocidade do desenvolvimento da doença;</p><p>4 – Consequências: o impacto físico, social e econômico da doença.</p><p>5 – Grau de controle: crenças relacionadas com a possibilidade de a doença ser prevenida,</p><p>controlada e/ou curada. A chave para esses componentes é nossa percepção dos sintomas, em</p><p>vez dos fatos a respeito da doença.</p><p>Estilo explanatório e transtornos psicológicos</p><p>O estilo explanatório (otimista ou pessimista) e a saúde psicológica também influenciam a</p><p>maneira como o indivíduo relata seus sintomas. Pessoas que têm uma perspectiva mais</p><p>positiva sobre a vida geralmente relatam menos sintomas do que as que são mais negativistas</p><p>(Scheier e Bridges, 1995). Aqueles que têm um bom estado de humor também apresentam</p><p>maior saúde auto relatada e se consideram menos vulneráveis a doenças futuras do que</p><p>pessoas com mau humor (Winter et al., 2007). Dados do National Longitudinal Study of</p><p>Youth indicam que a saúde auto relatada é uma medida válida do bem-estar físico e emocional</p><p>do indivíduo e tende a ser estável da adolescência até a idade adulta jovem (Fosse e Haas,</p><p>2009). Existe uma comorbidade substancial entre transtornos psicológicos e distúrbios físicos,</p><p>significando que os sintomas e as condições físicas e psicológicas ocorrem de maneira</p><p>simultânea. Transtornos psicológicos como a ansiedade ou a depressão podem predispor a</p><p>distúrbios físicos por meio de vias biológicas, comportamentais, cognitivas e sociais.</p><p>Procurando tratamento</p><p>Variáveis sociais e demográficas, como normas culturais, idade, gênero e status</p><p>socioeconômico, também influenciam o indivíduo na decisão de procurar tratamento. Os</p><p>serviços de saúde, por vezes, podem ser utilizados em excesso ou subutilizados. O</p><p>comportamento de demora na busca de tratamento pode resultar de não percepção de sintomas</p><p>(demora na avaliação), recusa em acreditar que esteja realmente doente (demora na aceitação</p><p>da doença) ou que necessite de ajuda profissional (demora comportamental), procrastinação</p><p>para marcar uma consulta (demora na marcação da consulta) ou crença de que os benefícios</p><p>de procurar tratamento não valem os custos (demora no tratamento). Determinadas pessoas</p><p>usam os serviços de saúde quando não há necessidade real, seja por estarem fingindo a doença</p><p>(simulação) ou acreditando falsamente que tenham uma doença quando isso não é verdade</p><p>(hipocondria). Em outras, os sintomas corporais são uma expressão de estresse emocional.</p><p>Adesão do paciente ao tratamento</p><p>Adesão significa seguir corretamente a orientação de um profissional da saúde, o que menos</p><p>da metade dos pacientes faz. A adesão ao tratamento aumenta com: percepção de controle</p><p>(para aqueles que preferem ter controle), otimismo, bom humor, confiança no profissional,</p><p>relacionamento forte entre paciente e profissional, regime terapêutico simples e explicado de</p><p>forma clara, e apoio social.</p><p>O relacionamento entre paciente e profissional da saúde</p><p>Os elementos centrais do relacionamento entre o profissional da saúde e o paciente são a</p><p>continuidade do atendimento, a comunicação e a qualidade geral das consultas. A má</p><p>comunicação entre eles é comum, devido a pressões de tempo para o atendimento e porque os</p><p>profissionais podem não ter boas habilidades comunicativas. Outros fatores</p><p>envolvidos na má</p><p>comunicação incluem as atitudes e crenças de pacientes e profissionais em relação a seus</p><p>papéis, assim como diferenças de gênero, cultura e educação entre eles.</p><p>Hospitalização</p><p>Um dos problemas mais persistentes nos hospitais é a despersonalização dos pacientes como</p><p>resultado da necessidade de eficiência e de a equipe hospitalar distanciar-se emocionalmente</p><p>de suas experiências diárias estressantes. A maneira como o paciente se adapte-se à</p><p>hospitalização depende de vários fatores, incluindo a natureza do problema de saúde que está</p><p>sendo tratado, a idade, a presença de apoio emocional e o estilo cognitivo do indivíduo.</p><p>Também é notório que crianças e adultos utilizam estratégias de enfrentamento menos</p><p>eficazes para si mesmas do que recomendariam para um amigo que lidasse com estressores</p><p>semelhantes. Por fim, conclui-se que, as intervenções psicológicas preparadas para restaurar</p><p>ou aumentar o controle melhoram a adaptação à hospitalização e a procedimentos médicos</p><p>estressantes. Os benefícios das informações preparatórias, do treinamento de relaxamento, da</p><p>modelagem e da visualização guiada foram documentados.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>TRAUB, R. O. Psicologia da Saúde. [s.l.] Editora ARTMED, 2014.</p>

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