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<p>Aula 3</p><p>Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet)</p><p>Legislação Acerca de Segurança da</p><p>Informação e Proteção de Dados para DATAPR...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Sumário</p><p>.......................................................................................................................................................................................</p><p>LEI Nº 12.965/2014 - MARCO CIVIL DA INTERNET ...........................................................................................</p><p>1) DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES..................................................................................................................................................................</p><p>2) DAS DISPOSIÇÕES GERAIS..............................................................................................................................................................................</p><p>3) DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS................................................................................................................................................</p><p>4) DA PROVISÃO DE CONEXÃO E DE APLICAÇÃO DE INTERNET.......................................................................................................................</p><p>5) DA PROTEÇÃO AOS REGISTROS, AOS DADOS PESSOAIS E ÀS COMUNICAÇÕES PRIVADAS.........................................................</p><p>6) GUARDA DE REGISTRO DE CONEXÃO............................................................................................................................................................</p><p>7) GUARDA DE REGISTRO DE ACESSO A APLICAÇÕES DE INTERNET NA PROVISÃO DE CONEXÃO.................................................................</p><p>8) GUARDA DE REGISTRO DE ACESSO A APLICAÇÕES DE INTERNET NA PROVISÃO DE APLICAÇÕES............................................................</p><p>9) RESPONSABILIDADE POR DANOS DECORRENTES DE CONTEÚDO GERADO POR TERCEIROS..........................................................</p><p>10) DA RESPONSABILIDADE POR DANOS DECORRENTES DE CONTEÚDO GERADO POR TERCEIROS...........................................................</p><p>11) ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO......................................................................................................................................................................</p><p>12) JURISPRUDÊNCIA CORRELATA.....................................................................................................................................................................</p><p>FIM.........................................................................................................................................................................................................................</p><p>LISTA DE QUESTÕES.....................................................................................................................................</p><p>GABARITO....................................................................................................................................................</p><p>QUESTÕES COMENTADAS............................................................................................................................</p><p>RESUMO DIRECIONADO................................................................................................................................</p><p>3</p><p>3</p><p>5</p><p>9</p><p>11</p><p>15</p><p>19</p><p>22</p><p>22</p><p>26</p><p>31</p><p>32</p><p>35</p><p>38</p><p>37</p><p>39</p><p>41</p><p>49</p><p>2 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Lei nº 12.965/2014 - Marco Civil da Internet</p><p>1) Das Disposições Preliminares</p><p>Desde já, precisamos deixar claro que o MCI é um marco inicial e não um Estatuto, ou seja, trata somente de</p><p>disposições gerais sobre internet.</p><p>Outro aspecto importante, é que o MCI também não traz disposições penais, como as contidas na Lei 12.737/2012, que</p><p>dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos, também conhecida como Lei Carolina Dieckmann.</p><p>Os debates sobre o uso da internet têm crescido de forma acelerada nos últimos tempos. Sabemos que a internet teve</p><p>suas origens no uso militar, mas hoje, é ferramenta do cotidiano de grande parte da população mundial. Certamente</p><p>que essa popularização tem um custo, que se apresenta mais pop do que acadêmica.</p><p>É visível os benefícios do amplo uso da internet, das telecomunicações, do transporte de massas, pois foram mudanças</p><p>que impulsionaram um “encurtamento” entre as distâncias, tornando possível que alguém do interior de partes longe</p><p>dos grandes centros se conectasse com o mundo. Para o bem e para o mal, as informações se tornaram céleres, até</p><p>mesmo de forma incontrolável.</p><p>A mudança é tão acelerada, que agora estamos entrando na “internet das coisas”. De uma forma bem simples, Internet</p><p>das Coisas é o modo como os objetos físicos estão conectados e se comunicando entre si e com o usuário, através de</p><p>sensores inteligentes e softwares que transmitem dados para uma rede. Como se fosse um grande sistema nervoso que</p><p>possibilita a troca de informações entre dois ou mais pontos.</p><p>Ok, mas qual o impacto real disso? O impacto um planeta mais inteligente e responsivo. Deste modo, podemos</p><p>entender melhor como essas coisas funcionam melhor, e como funcionam juntas para melhor nos servir.</p><p>Mas de que “coisa” estamos falando? A resposta é simples: qualquer coisa.</p><p>Essa mudança, que segue um ritmo acelerado, muitas vezes não é perfeitamente sentida no cotidiano das pessoas,</p><p>entretanto, tem consequências incomensuráveis. Por tudo isso, internet, em sua gênese, é muito difícil de ser</p><p>regulamentada. Debates sobre os limites da “liberdade” de atuação estão em plena cena. Até mesmo o debate sobre a</p><p>criação de uma personalidade digital permite que pessoas vivam vidas que não são as suas; É um verdadeiro paradoxo,</p><p>que se faz na seguinte forma: ao passo que há mais interação humana, repelimos um contato mais humano. Alguém</p><p>pode resolver isso?</p><p>Falando um pouco sobre regulamentação</p><p>Tendo em vista as amplas discussões que surgiram após o advento do Marco Civil da Internet no Brasil, quero destacar</p><p>alguns aspectos da regulamentação do uso da rede em outros países, para que possamos nos situar melhor no debate,</p><p>vejamos1:</p><p>Chile</p><p>Em 2010, o Chile foi pioneiro na aprovação de uma lei de regulamentação da internet</p><p>baseada no princípio da neutralidade.</p><p>As pessoas que se dedicaram à elaboração da lei detiveram-se no poder que as empresas de telecomunicação poderiam</p><p>ter na gestão do fluxo de conteúdos na rede, o que poderia implicar uma ameaça à inovação, ao compartilhamento, ao</p><p>direito à liberdade de informação e à privacidade dos dados.</p><p>Assim, a lei determinou diversas alterações nos fluxos de informações da rede e da relação entre os fornecedores de</p><p>serviços de internet e os usuários. A neutralidade, contudo, é imposta como direito à utilização de conteúdos e serviços</p><p>3 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>e ao desenvolvimento de atividades legais pela rede, o que não impede que a empresa provedora contrarie o princípio</p><p>da neutralidade em seus atos.</p><p>Espanha</p><p>A lei de regulamentação da internet da Espanha, conhecida como Lei Sinde-Wert, entrou em</p><p>vigor em 2012, como expressão do projeto político de economia sustentável do país.</p><p>A lei tratou da questão da propriedade intelectual para as empresas provedoras de internet, impondo sanções em caso</p><p>de violação a direitos autorais. Houve um aumento do controle pelo Estado sobre os conteúdos veiculados na rede, vez</p><p>que os provedores são obrigados a ceder ao Estado os dados necessários para a identificação do usuário.</p><p>A criação do diploma legal se deu com base no argumento de que a ausência de um controle das informações que</p><p>circulam na internet pode dificultar a exploração econômica da propriedade imaterial, prejudicando o desenvolvimento</p><p>do sistema de resultados de pesquisas e do URL indicado pelo</p><p>ofendido, tal providência encontra óbice no direito da coletividade à proteção</p><p>(AgRgnoAREsp730.119/RJ,Rel.MinistroJOÃOOTÁVIODE NORONHA, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/06/2016,</p><p>DJe 09/06/2016).</p><p>O STJ também entende que é necessário notificar judicialmente o provedor de conteúdo ou de hospedagem para</p><p>retirada de material apontado como infringente, com a indicação clara e específica da URL no pedido:</p><p>33 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>RECURSO ESPECIAL. OBRIGAÇÃO DE FAZER E REPARAÇÃO CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS.</p><p>PROVEDOR DE SERVIÇOS DE INTERNET. REDE SOCIAL "ORKUT". RESPONSABILIDADE SUBJETIVA.</p><p>CONTROLE EDITORIAL. INEXISTÊNCIA. APRECIAÇÃO E NOTIFICAÇÃO JUDICIAL. NECESSIDADE. ART. 19,</p><p>§ 1º, DA LEI Nº 12.965/2014 (MARCO CIVIL DA INTERNET). INDICAÇÃO DA URL. MONITORAMENTO DA</p><p>REDE. CENSURA PRÉVIA. IMPOSSIBILIDADE. 4. A jurisprudência do STJ, em harmonia com o art. 19, §1º, da</p><p>Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet), entende necessária a notificação judicial ao provedor de</p><p>conteúdo ou de hospedagem para retirada de material apontado como infringente, com a indicação clara e</p><p>específica da URL - Universal Resource Locator. 5. Não se pode impor ao provedor de internet que monitore o</p><p>conteúdo produzido pelos usuários da rede, de modo a impedir, ou censurar previamente, a divulgação de</p><p>futuras manifestações ofensivas contra determinado indivíduo (REsp 1568935/RJ, Rel. Ministro RICARDO</p><p>VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/04/2016, DJe 13/04/2016).</p><p>12- FAURGS / TJ-RS - 2018 (Adaptada).</p><p>A Lei Federal nº 12.965/2014, que disciplina o uso da internet no Brasil, tem entre seus fundamentos o</p><p>reconhecimento do caráter internacional de rede.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: CERTO</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 2º, I da Lei nº 12.965/2014:</p><p>art. 2º, inc. I: “A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de</p><p>expressão, bem como o reconhecimento da escala mundial da rede.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>13- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o direito de tratar da forma que lhe convier quaisquer</p><p>pacotes de dados, ainda que haja distinção por conteúdo, origem e destino e a discriminação ou a degradação do</p><p>34 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas da Agência Nacional de Telecomunicações.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: ERRADO</p><p>A questão está errada, nos termos do art. 9º da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 9º: “O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica</p><p>quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>14- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, a serviço, terminal ou aplicação e a</p><p>discriminação ou a degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da</p><p>República.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: CERTO</p><p>A questão está certa, nos termos do §1º, art. 9º da Lei nº 12.965/2014:</p><p>''art. 9º, §1º: “A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do</p><p>Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos</p><p>o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>15 - IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Considerando o disposto na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco Civil da Internet), sobre preservação e garantia</p><p>da neutralidade de rede</p><p>Trata-se de princípio implicitamente previsto.</p><p>35 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: ERRADO</p><p>A questão está errada, pois são princípios explícitos, nos termos do art. 3º, IV da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 3º, inc. IV: “A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios: preservação e garantia da</p><p>neutralidade de rede.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>FIM</p><p>Chegamos aqui ao fim da nossa aula.</p><p>Espero que que você tenha aproveitado ao máximo.</p><p>Use o Teste de direção para aprofundar seus conhecimentos. Mantenha suas revisões em dia e faça muitas, mas muitas</p><p>questões. “Esta é a chave da sua aprovação”, acredite. Não tenha receio em fazer e refazer várias vezes todas as</p><p>questões deste curso.</p><p>Mantenha seu foco e disciplina que a aprovação virá!</p><p>Qualquer dúvida que tiver, não hesite em me procurar no fórum de dúvidas ou em minhas redes sociais. Conte comigo.</p><p>Muito obrigado. Um forte abraço.</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>36 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Lista de questões</p><p>1- IBADE / PC-AC / 2017.</p><p>No que tange ao acesso ao conteúdo das mensagens de aplicativos como Whatsapp e o registro de chamadas</p><p>originadas e recebidas em aparelhos celulares apreendidos pela polícia por ocasião da prisão em flagrante,</p><p>segundo a jurisprudência do STJ é ilegal o acesso a mensagens e dados do aplicativo Whatsapp sem prévia</p><p>autorização judicial por se tratar de violação ao direito à intimidade do preso. As informações, ainda que</p><p>armazenadas nos dispositivos encontram proteção no Marco Civil da Internet.</p><p>2- MPT / MPT / 2017.</p><p>Sobre o Marco Civil da Internet, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, o</p><p>reconhecimento da escala mundial da rede, os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da</p><p>cidadania em meios digitais, a pluralidade e a diversidade, a abertura e a colaboração, a livre iniciativa, a livre</p><p>concorrência e a defesa do consumidor e a finalidade social da rede.</p><p>II - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como um de seus princípios a neutralidade da rede, que se trata da</p><p>vedação de sua utilização ou controle para fins políticos ou partidários.</p><p>III - São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem a garantia à privacidade e à liberdade de expressão</p><p>nas comunicações.</p><p>IV - Como meio de exercício de cidadania, não é permitida a suspensão da conexão à internet em virtude de débito</p><p>diretamente decorrente de sua utilização.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a. Apenas as assertivas II e IV estão incorretas.</p><p>b. Apenas as assertivas I e III estão incorretas.</p><p>c. Apenas a assertiva III está correta.</p><p>d. Todas as assertivas estão corretas.</p><p>3- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.</p><p>4- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>37 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Sobre</p><p>o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, nos</p><p>termos do regulamento, sendo vedada a manutenção de registros de conexão a terceiros.</p><p>5- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>É assegurado aos usuários dos serviços de internet, sendo essencial ao exercício da cidadania, dentre outros, os</p><p>seguintes direitos: inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou</p><p>moral decorrente de sua violação, inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem</p><p>judicial, na forma da lei.</p><p>6- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O uso de internet no Brasil é pautado pelos princípios da garantia da liberdade de expressão, proteção da privacidade;</p><p>proteção dos dados pessoais, preservação e garantia da neutralidade de rede, preservação da</p><p>estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades,</p><p>preservação da natureza participativa da rede; liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet.</p><p>7- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).</p><p>A garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal, assim como a proteção dos dados pessoais, na forma da lei, são princípios que estão contidos na disciplina do</p><p>uso da Internet no Brasil.</p><p>8- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).</p><p>Aos administradores de provedores de conexão à Internet cabe a responsabilidade de manter os registros de conexão,</p><p>em meio de armazenamento, pelo prazo de cinco anos, podendo esses registros ser mantidos em ambiente próprio ou</p><p>terceirizado.</p><p>38 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>9- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>o provedor de conexão à internet sempre será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado</p><p>por terceiros.</p><p>10- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>se após ordem judicial específica o provedor de aplicações de internet não tornar indisponível o conteúdo apontado</p><p>como infringente, poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes deste conteúdo gerado por terceiros.</p><p>11- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>as causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet</p><p>relacionados à honra ou à reputação só poderão ser apresentadas perante juizados superiores.</p><p>12- FAURGS / TJ-RS - 2018 (Adaptada).</p><p>A Lei Federal nº 12.965/2014, que disciplina o uso da internet no Brasil, tem entre seus fundamentos o</p><p>reconhecimento do caráter internacional de rede.</p><p>13- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o direito de tratar da forma que lhe convier quaisquer</p><p>pacotes de dados, ainda que haja distinção por conteúdo, origem e destino e a discriminação ou a degradação do</p><p>tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas da Agência Nacional de Telecomunicações.</p><p>14- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>39 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, a serviço, terminal ou aplicação e a discriminação ou</p><p>a degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República.</p><p>Gabarito</p><p>1. C 6. C 11. E</p><p>2. A 7. C 12. C</p><p>3. C 8. E 13. E</p><p>4. E 9. E 14. C</p><p>5. C 10. C</p><p>40 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Questões comentadas</p><p>1- IBADE / PC-AC / 2017.</p><p>No que tange ao acesso ao conteúdo das mensagens de aplicativos como Whatsapp e o registro de chamadas</p><p>originadas e recebidas em aparelhos celulares apreendidos pela polícia por ocasião da prisão em flagrante,</p><p>segundo a jurisprudência do STJ é ilegal o acesso a mensagens e dados do aplicativo Whatsapp sem prévia</p><p>autorização judicial por se tratar de violação ao direito à intimidade do preso. As informações, ainda que</p><p>armazenadas nos dispositivos encontram proteção no Marco Civil da Internet.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: C</p><p>O item está correto, como estabelece o STJ: “é ilícita a devassa de dados, bem como das conversas de whatsapp,</p><p>obtidas diretamente pela polícia em celular apreendido no flagrante, sem prévia autorização judicial. Em julgamento, o</p><p>STJ declarou a nulidade das provas obtidas no celular do paciente sem autorização judicial, e determinou o</p><p>desentramento autos. (RHC 51.531/RO, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe</p><p>09/05/2016)”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>2- MPT / MPT / 2017.</p><p>Sobre o Marco Civil da Internet, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, o</p><p>reconhecimento da escala mundial da rede, os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da</p><p>cidadania em meios digitais, a pluralidade e a diversidade, a abertura e a colaboração, a livre iniciativa, a livre</p><p>concorrência e a defesa do consumidor e a finalidade social da rede.</p><p>II - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como um de seus princípios a neutralidade da rede, que se trata da</p><p>vedação de sua utilização ou controle para fins políticos ou partidários.</p><p>III - São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem a garantia à privacidade e à liberdade de expressão</p><p>nas comunicações.</p><p>IV- Como meio de exercício de cidadania, não é permitida a suspensão da conexão à internet em virtude de débito</p><p>diretamente decorrente de sua utilização.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas.</p><p>b) Apenas as assertivas I e III estão incorretas.</p><p>c) Apenas a assertiva III está correta.</p><p>d) Todas as assertivas estão corretas.</p><p>41 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: A</p><p>O item I está correto, na literalidade do art. 2º, caput e incisos: “A disciplina do uso da internet no Brasil tem como</p><p>fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem como</p><p>o reconhecimento da escala mundial da rede; os direitos</p><p>humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em meios digitais; a pluralidade e a</p><p>diversidade; a abertura e a colaboração; a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e a finalidade</p><p>social da rede”.</p><p>O item II está incorreto, porque o art. 3º, inc. IV (“A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>preservação e garantia da neutralidade de rede”) se remete, indiretamente, ao art. 9º estabelece, em linhas gerais, o</p><p>que significa a neutralidade da rede: “O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar</p><p>de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou</p><p>aplicação”. Ou seja, a neutralidade nada tem a ver com “utilização ou controle para fins políticos ou partidários”.</p><p>O item III está correto, pela conjugação do art. 8º (“A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas</p><p>comunicações é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet”) com seu parágrafo único (“São nulas</p><p>de pleno direito as cláusulas contratuais que violem o disposto no caput”).</p><p>O item IV está incorreto, dada a permissão explícita do art. 7º, inc. IV: “O acesso à internet é essencial ao exercício da</p><p>cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos: não suspensão da conexão à internet, salvo por débito</p><p>diretamente decorrente de sua utilização”.</p><p>Portanto, gabarito A</p><p>3- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está correta, nos termos do art. 9º:</p><p>“O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica</p><p>quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>4- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>42 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, nos</p><p>termos do regulamento, sendo vedada a manutenção de registros de conexão a terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, pois o prazo será de um ano, nos termos do art. 13º:</p><p>“Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do</p><p>regulamento”.</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>5- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>É assegurado aos usuários dos serviços de internet, sendo essencial ao exercício da cidadania, dentre outros, os</p><p>seguintes direitos: inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou</p><p>moral decorrente de sua violação, inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem</p><p>judicial, na forma da lei.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 7º:</p><p>“O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos:</p><p>- inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente</p><p>de sua violação;</p><p>- inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da</p><p>lei”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>6- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O uso de internet no Brasil é pautado pelos princípios da garantia da liberdade de expressão, proteção da privacidade;</p><p>proteção dos dados pessoais, preservação e garantia da neutralidade de rede, preservação da estabilidade, segurança e</p><p>funcionalidade da rede, responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, preservação da natureza</p><p>participativa da rede; liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet.</p><p>43 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 3º:</p><p>“A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>- garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal;</p><p>- proteção da privacidade;</p><p>- proteção dos dados pessoais, na forma da lei;</p><p>- preservação e garantia da neutralidade de rede;</p><p>- preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os</p><p>padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;</p><p>- responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;</p><p>- preservação da natureza participativa da rede;</p><p>- liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios</p><p>estabelecidos nesta Lei”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>7- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).</p><p>A garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal, assim como a proteção dos dados pessoais, na forma da lei, são princípios que estão contidos na disciplina do</p><p>uso da Internet no Brasil.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está correta, trazendo dois dos princípios aplicáveis ao uso da internet no Brasil, nos termos do art. 3º, IV, da</p><p>Lei nº 12.965/2014:</p><p>“Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal;</p><p>II - proteção da privacidade;</p><p>III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;</p><p>IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;</p><p>44 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com</p><p>os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;</p><p>VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;</p><p>VII - preservação da natureza participativa da rede;</p><p>VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios</p><p>estabelecidos nesta Lei.</p><p>Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio</p><p>relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>8- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).Aos administradores de</p><p>provedores de conexão à Internet cabe a responsabilidade de manter os registros de conexão, em meio de</p><p>armazenamento, pelo prazo de cinco anos, podendo esses registros ser mantidos em ambiente próprio ou terceirizado.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, pois o prazo será de um ano e a manutenção dos registros não poderá ser terceirizada,</p><p>conforme previsto ao art. 13 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo o dever de manter os registros</p><p>de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano.</p><p>§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a terceiros.</p><p>§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer de forma cautelar que os registros de</p><p>conexão sejam guardados por prazo superior ao previsto. Se ocorrer essa situação, a autoridade requerente terá o prazo</p><p>de 60 (sessenta) dias, contados a partir do requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de acesso</p><p>aos registros.</p><p>§ 4º O provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação ao requerimento”.</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>9- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>o provedor de conexão à internet sempre será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado</p><p>por terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>45 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 18: “O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de</p><p>conteúdo gerado por terceiros.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>10- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>se após ordem judicial específica o provedor de aplicações de internet não tornar indisponível o conteúdo apontado</p><p>como infringente, poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes deste conteúdo gerado por terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 19 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 19: “Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet</p><p>somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem</p><p>judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo</p><p>assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>11- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>as causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet</p><p>relacionados à honra ou à reputação só poderão ser apresentadas perante juizados superiores.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, nos termos do §3º, art. 19 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 19, §3º “As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados</p><p>na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade, bem como sobre a</p><p>indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de internet, poderão ser apresentadas perante os</p><p>juizados especiais.”</p><p>46 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>12- FAURGS / TJ-RS - 2018 (Adaptada).</p><p>A Lei Federal nº 12.965/2014, que disciplina o uso da internet no Brasil, tem entre seus fundamentos o</p><p>reconhecimento do caráter internacional de rede.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: CERTO</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 2º, I da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 2º, inc. I: “A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem</p><p>como o reconhecimento da escala mundial da rede.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>13- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o direito de tratar da forma que lhe convier quaisquer</p><p>pacotes de dados, ainda que haja distinção por conteúdo, origem e destino e a discriminação ou a degradação do</p><p>tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas da Agência Nacional de Telecomunicações.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: ERRADO</p><p>A questão está errada, nos termos do art. 9º da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 9º: “O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica</p><p>quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>14- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Assinale a alternativa correta, considerando o disposto expressamente na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco</p><p>Civil da Internet), sobre a provisão de conexão e de aplicações de internet:</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, a serviço, terminal ou aplicação e a discriminação ou</p><p>a degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do Presidente da República.</p><p>Comentário:</p><p>47 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Gabarito: CERTO</p><p>A questão está certa, nos termos do §1º, art. 9º da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 9º, §1º: “A discriminação ou degradação do tráfego será regulamentada nos termos das atribuições privativas do</p><p>Presidente da República previstas no inciso IV do art. 84 da Constituição Federal, para a fiel execução desta Lei, ouvidos</p><p>o Comitê Gestor da Internet e a Agência Nacional de Telecomunicações.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>15- IBFC / Polícia Científica-PR - 2017 (Adaptada).</p><p>Considerando o disposto na Lei n° 12.965, de 23/04/2014 (Marco Civil da Internet), sobre preservação e garantia</p><p>da neutralidade de rede</p><p>Trata-se de princípio implicitamente previsto.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: ERRADO</p><p>A questão está errada, pois são princípios explícitos, nos termos do art. 3º, IV da Lei nº 12.965/2014:“art. 3º, inc. IV: “A</p><p>disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios: preservação e garantia da neutralidade de rede.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>48 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Resumo direcionado</p><p>O MCI estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e determina as</p><p>diretrizes para atuação do Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) em relação à matéria, deixa</p><p>claro já o art. 1º. A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamentos, prevê expressamente o art. 2º:</p><p>Mas quais princípios irão iluminar a legislação para o cumprimento desses fundamentos?</p><p>Nos termos do art. 3º, a disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios,</p><p>vejamos:</p><p>49 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Ressalte-se, ainda, que o parágrafo único do artigo 3º, expressamente prescreve que os princípios expressos no MCI</p><p>não excluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados</p><p>internacionais em que o Brasil seja parte.</p><p>Ainda no campo das diretrizes, o art. 4º deixa claro</p><p>que a disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a</p><p>promoção de:</p><p>O MCI encerra a parte das disposições gerais com uma série de conceitos que serão aplicados ao longo do</p><p>desenvolvimento do texto legal. De acordo com o art. 5º, para os efeitos da Lei, considera-se:</p><p>50 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>Internet</p><p>o sistema constituído do conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para uso</p><p>público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre terminais por meio</p><p>de diferentes redes;</p><p>Terminal o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;</p><p>Endereço de</p><p>protocolo de</p><p>internet</p><p>(endereço IP)</p><p>o código atribuído a um terminal de uma rede para permitir sua identificação, definido</p><p>segundo parâmetros internacionais;</p><p>Administrador</p><p>de sistema</p><p>autônomo</p><p>a pessoa física ou jurídica que administra blocos de endereço IP específicos e o respectivo</p><p>sistema autônomo de roteamento, devidamente cadastrada no ente nacional responsável</p><p>pelo registro e distribuição de endereços IP geograficamente referentes ao País;</p><p>Conexão à</p><p>internet</p><p>a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes de dados pela internet,</p><p>mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;</p><p>Registro de</p><p>conexão</p><p>o conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à</p><p>internet, sua duração e</p><p>o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados;</p><p>Aplicações de</p><p>internet</p><p>o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas por meio de um terminal</p><p>conectado à internet; e</p><p>Registros de</p><p>acesso a</p><p>aplicações de</p><p>internet</p><p>o conjunto de informações referentes à data e hora de uso de uma determinada aplicação</p><p>de internet a partir de um determinado endereço IP</p><p>O MCI reconhece que o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania. Por isso, o art. 7º</p><p>assegura ao usuário os seguintes direitos:</p><p>I - inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral</p><p>decorrente de sua violação;</p><p>II - inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei;</p><p>51 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>III - inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial;</p><p>IV - não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização;</p><p>V - manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;</p><p>VI - informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento sobre</p><p>o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de internet, bem como sobre</p><p>práticas de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade;</p><p>VII - não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações</p><p>de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei;</p><p>VIII - informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados</p><p>pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:</p><p>a) justifiquem sua coleta;</p><p>b) não sejam vedadas pela legislação; e</p><p>c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de aplicações de internet;</p><p>IX - consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que deverá</p><p>ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;</p><p>X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de internet, a seu</p><p>requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros</p><p>previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a proteção de dados pessoais;</p><p>XI - publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à internet e de aplicações de</p><p>internet;</p><p>XII - acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do</p><p>usuário, nos termos da lei; e</p><p>XIII - aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo realizadas na internet.</p><p>52 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>A discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de:</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento, é</p><p>vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados.</p><p>Esse regulamento foi feito dois anos depois da entrada em vigor do MCI, por meio do Decreto 8.771/2016, que já em</p><p>seu art. 4º estabelece o seguinte: a discriminação ou a degradação são medidas excepcionais, realizadas apenas</p><p>quando indispensáveis à prestação adequada de serviços e aplicações e desde que cumpridos os seguintes requisitos</p><p>técnicos:</p><p>Na hipótese de discriminação ou degradação do tráfego, o responsável pela transmissão:</p><p>53 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Exceção à necessidade de ordem judicial, os dados de qualificação pessoal (nome, profissão, estado civil), filiação</p><p>(nome dos pais) e endereço, poderão ser obtidos através mera requisição de autoridades administrativas. A discussão</p><p>se assenta em descobrir quem são essas autoridades, o que provavelmente será estabelecido através de regulamento.</p><p>Decreto regulamentará o procedimento para apuração de infrações</p><p>54 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Vimos que pode haver sanções cíveis, criminais e administrativas, incluindo as aplicáveis pelos órgãos</p><p>supramencionados (ANATEL, SNC e SBDC), o MCI ainda estabelece sanções próprias, que podem ser aplicadas de</p><p>forma isolada ou cumulativa:</p><p>55 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Proibições: na provisão de aplicações de internet, onerosa ou gratuita, sejam guardados:</p><p>56 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>O STJ ainda entende que o provedor de pesquisa não se responsabiliza, em regra. Porém, haverá responsabilidade</p><p>subjetiva do provedor de busca, quando:</p><p>57 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob pena de inadmissibilidade:</p><p>Segundo o art. 24, constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>no desenvolvimento da internet no Brasil:</p><p>I - estabelecimento de mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática,</p><p>com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica;</p><p>II - promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação do Comitê Gestor da</p><p>internet no Brasil;</p><p>III - promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo eletrônico, entre os</p><p>58 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o intercâmbio de informações e a celeridade de</p><p>procedimentos;</p><p>IV - promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre os diferentes âmbitos</p><p>federativos e diversos setores da sociedade;</p><p>V - adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;</p><p>VI - publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada;</p><p>VII - otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de armazenamento, gerenciamento</p><p>e disseminação de dados no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de</p><p>internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza participativa;</p><p>VIII - desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;</p><p>IX - promoção da cultura e da cidadania; e</p><p>X - prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente, simplificada e por</p><p>múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.</p><p>Ademais, as aplicações de internet de entes do poder público devem buscar, conforme aduz o art. 25:</p><p>59 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Já o art. 27 prevê que as iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como</p><p>ferramenta social devem:</p><p>60 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>econômico do país, além de criar barreiras à investigação de crimes cibernéticos.</p><p>A lei espanhola também se integrou ao marco regulatório da internet dos Estados-nações da Eurozona, o qual</p><p>determina que os Estados regulem a circulação de conteúdos na rede, podendo proceder à retirada, sem prévia</p><p>autorização judicial, do acesso do usuário que violar direitos autorais.</p><p>França</p><p>Em 2009, a França promulgou a Lei de Criação e Internet, conhecida como Lei Hadopi, a fim</p><p>de controlar a difusão de conteúdos ilegais na rede, passando a ser reconhecida no cenário</p><p>internacional como uma das legislações mais rígidas nessa matéria. O meio principal de controle previsto na lei é a</p><p>chamada Haute Autorité pour la Diffusion des Oeuvres et la Protection des Droits sur Internet (Hadopi – alta autoridade</p><p>para a difusão de obras e a proteção de direitos na internet), autoridade pública e autônoma de monitoramento dos</p><p>conteúdos da rede e de incentivo ao download legal.</p><p>Destaca-se também que a França foi um dos primeiros países do mundo a estabelecer políticas em favor da propriedade</p><p>intelectual.</p><p>EUA</p><p>Os Estados Unidos não possuem uma regulamentação única acerca das regras no uso da internet, mas há legislações</p><p>fragmentadas e iniciativas relacionadas ao controle de acesso à rede.</p><p>Alguns de seus principais diplomas legais que versam sobre a matéria são:</p><p>Communications Decency Act (1996), que teve o objetivo de coibir conteúdos indecentes acessíveis a menores de 18</p><p>anos na internet.</p><p>Digital Millennium Copyright Act (1998), que criminalizou a difusão de tecnologias que possibilitem a inobservância dos</p><p>mecanismos de proteção de direitos autorais, facilitando a ação contra a violação de tais direitos na internet.</p><p>4 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Children’s Online Privacy Protection Act (2000), aplicado ao conjunto de informações pessoais on-line de crianças com</p><p>menos de 13 anos de idade.</p><p>Todavia, tal sistema de leis apresenta um aspecto polêmico, vez que possibilita um controle mais amplo dos meios de</p><p>acesso à rede e que afetam diretamente seu caráter aberto e colaborativo.</p><p>Conforme destacado no estudo realizado por Rosemary Segurado, Carolina Silva Mandú de Lima e</p><p>CauêAmeni,“pordetrásdodiscursoemtornodagarantiadesegurançadaspopulações,dedefesadapropriedade intelectual e,</p><p>consequentemente, de combate à pirataria, iniciativas de congressistas buscam criar dispositivos para aumentar tanto</p><p>as formas de controle quanto o poder estadunidense na governança da internet.”</p><p>No âmbito internacional, o estudo suprecitado deu destaque, ainda, à Conferência Mundial de Telecomunicações</p><p>Internacionais, organizada pela União Internacional de Telecomunicações e realizada em dezembro de 2012, em Dubai.</p><p>A Conferência discutiu, dentre outras, a questão de uma possível regulamentação da internet por meio de um tratado e,</p><p>ainda, se tal regulamentação deveria ficar a cargo da ONU. Dos 152 países presentes, 89 países votaram a favor, 55</p><p>contra e oito países não se credenciaram para a votação. O bloco liderado pelos EUA, composto por França, Alemanha,</p><p>Japão, Índia, Quênia, Colômbia, Canadá e Reino Unido, entre outros, criticou duramente o teor das International</p><p>Telecommunication Regulations (ITRs – Regulações de Telecomunicações Internacionais). O bloco liderado por China,</p><p>Rússia, Irã e, até mesmo, Brasil, votou a favor do projeto das ITRs, o qual, segundo Ronaldo Lemos pode abrir as portas</p><p>para a censura, como um dispositivo sobre a chamada “inspeção profunda de pacotes”, técnica usada por países como</p><p>China e Irã para vigiar cidadãos.</p><p>Um pouco mais...</p><p>Há necessidade de regulamentação da internet? Certamente que sim. Mas, afora todas as dificuldades que já</p><p>implicitamente sugerimos, sem sequer citarmos o caso dos gigantes que operam até mesmo à margem da lei, ou que,</p><p>ainda que revestido de legalidade, dão liberdade sem precedentes de atuação.</p><p>Vejamos por exemplo o caso do navegador Tor, que permite ao usuário vasculhar a deep web praticamente sem deixar</p><p>rastros, ou ao menos, tornando difícil a detecção.</p><p>Outro caso é o do Bitcoin, que sacudiu um dos pilares da economia global, qual seja: o controle estatal da moeda. As</p><p>criptomoedas causam “temor e tremor” na regulação do mercado financeiro global.</p><p>Todos esses “gigantes” da era digital passaram a regular o mercado sobre o qual atuam, um recrudescimento da soft</p><p>law. O Estado começa a vir agora, primeiro com o MCI e, mais recentemente, com a Lei 13.709/2018, a Lei de Proteção</p><p>de Dados Pessoais – LPD. Mas essas regulações estatais são controversas. O Whatsapp é o arauto dessas discussões</p><p>com seu sistema de criptografia de ponta-a-ponta, em tese inquebrantável.</p><p>Feitas estas notas introdutórias, adentremos à literalidade da lei.</p><p>2) Das Disposições Gerais</p><p>O MCI estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil e determina as</p><p>diretrizes para atuação do Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) em relação à matéria, deixa</p><p>claro já o art. 1º. A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamentos, prevê expressamente o art. 2º:</p><p>5 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Mas quais princípios irão iluminar a legislação para o cumprimento desses fundamentos?</p><p>Nos termos do art. 3º, a disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios, vejamos:</p><p>Ressalte-se, ainda, que o parágrafo único do artigo 3º, expressamente prescreve que os princípios expressos no MCI</p><p>não excluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados</p><p>internacionais em que o Brasil seja parte.</p><p>6 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Ainda no campo das diretrizes, o art. 4º deixa claro que a disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a</p><p>promoção de:</p><p>O MCI encerra a parte das disposições gerais com uma série de conceitos que serão aplicados ao longo do</p><p>desenvolvimento do texto legal. De acordo com o art. 5º, para os efeitos da Lei, considera-se:</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>Internet</p><p>o sistema constituído do conjunto de</p><p>protocolos lógicos, estruturado em</p><p>escala mundial para uso público e</p><p>irrestrito, com a finalidade de</p><p>possibilitar a comunicação de dados</p><p>entre terminais por meio de</p><p>diferentes redes;</p><p>A palavra “Internet” tem origem inglesa, proveniente da</p><p>palavra “internacional” e “net” (ou rede, em português),</p><p>significando a existência de uma rede mundial de</p><p>computadores interligados, que possibilitam o acesso e</p><p>troca de informações em qualquer lugar do mundo.</p><p>Terminal</p><p>o computador ou qualquer</p><p>dispositivo que se conecte à internet;</p><p>Como exemplo, além dos computadores, também pode</p><p>ser considerado como “terminal”, todo e qualquer</p><p>smartfone, smartv ou tablet com acesso à internet.</p><p>Endereço de</p><p>protocolo de</p><p>internet</p><p>(endereço IP)</p><p>o código atribuído a um terminal de</p><p>uma rede para permitir sua</p><p>identificação, definido segundo</p><p>parâmetros internacionais;</p><p>Na Internet, cada terminal (computador, tablet e</p><p>smartfone) possui um endereço único que é o IP, sigla</p><p>para a expressão inglesa Internet Protocol. Através do IP,</p><p>os terminais conseguem se comunicar e trocar</p><p>informações. Grosso modo, o IP é similar ao endereço</p><p>residencial de pessoas físicas, onde recebem suas</p><p>correspondências.</p><p>No Brasil, o ente responsável pelo IP deverá ser</p><p>cadastrado no Registro de Endereçamento da Internet</p><p>para América Latina e Caribe (LACNIC).</p><p>7 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Administrador</p><p>de</p><p>sistema</p><p>autônomo</p><p>a pessoa física ou jurídica que</p><p>administra</p><p>blocos de</p><p>endereço IP específicos e o</p><p>respectivo sistema</p><p>autônomo de roteamento,</p><p>devidamente cadastrada</p><p>no ente nacional responsável pelo</p><p>registro e</p><p>O sistema autônomo (também</p><p>conhecido como AS) é um conjunto</p><p>de prefixos unidos por um IP, cujo</p><p>distribuição de</p><p>endereços IP</p><p>geograficamente referentes</p><p>ao País;</p><p>controle fica nas mãos de um administrador (pessoa física ou</p><p>jurídica).</p><p>Conexão</p><p>à internet</p><p>a habilitação de um terminal</p><p>para envio e recebimento de</p><p>pacotes de dados pela</p><p>internet, mediante a</p><p>atribuição ou autenticação de</p><p>um endereço IP;</p><p>É a forma como o computador, tablet ou celular se conectam à</p><p>internet. Desde o início da internet até hoje, foi notada uma</p><p>enorme evolução em termos de conexão: Dial Modem: chamada</p><p>de internet discada, iniciou o mundo virtual no Brasil – através da</p><p>linha telefônica era possível conectar o computador na rede.</p><p>xDSL: chamada de “banda larga” possibilitava o acesso à internet e</p><p>o uso do telefone ao mesmo tempo, porque, apesar de ainda</p><p>utilizar a linha telefônica, a conexão era feita através de um modem</p><p>externo.</p><p>Cabo: Com o avanço das televisões à cabo, as prestadoras</p><p>decidiram aliar o sinal da TV ao da Internet utilizando o mesmo</p><p>cabo, liberando a linha telefônica.</p><p>WiFi: conexão banda larga sem fio, distribuída através de um</p><p>roteador. Satélite: conexão possível em qualquer lugar do</p><p>mundo, sendo um dos métodos mais caros de se acessar a internet</p><p>– é o conhecido “roaming de dados”.</p><p>WiMax: versão mais potente do Wi-Fi em relação à velocidade e</p><p>cobertura, importante para atender localidades que não são</p><p>atendidas pela banda larga.</p><p>WAP: primeira conexão de celulares a internet – os celulares</p><p>só podiam acessar sites especialmente criados para esse tipo de</p><p>conexão. EDGE: segunda versão de acesso à internet para</p><p>celulares, trabalhando em uma velocidade baixa, porém já permite</p><p>o acesso a qualquer site.</p><p>8 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>3G: Tecnologia presente na maioria dos celulares e também</p><p>computadores através de modens externos, quando estes últimos</p><p>não tiverem acesso ao Wi-Fi.</p><p>4G: Versão avançada do 3G com maior velocidade e</p><p>cobertura.</p><p>5G: Em telecomunicações, o 5G é o padrão de tecnologia de</p><p>quinta geração para redes móveis e de banda larga, que as</p><p>empresas de telefonia celular começaram a implantar em</p><p>todo o mundo após o fim de 2018, e é o sucessor planejado</p><p>das redes 4G que fornecem conectividade para a maioria</p><p>dos dispositivos atuais.</p><p>Registro</p><p>de conexão</p><p>o conjunto de informações</p><p>referentes à data e hora de início e</p><p>término de uma conexão à internet,</p><p>sua duração e o endereço IP</p><p>utilizado pelo terminal para o envio e</p><p>recebimento de pacotes de dados;</p><p>O registro de conexão é o que permite identificar quais os</p><p>sites acessados, qual terminal foi utilizado e qual a data e a</p><p>hora do acesso – informações importantes principalmente</p><p>na repressão de crimes cibernéticos.</p><p>Aplicações</p><p>de internet</p><p>o conjunto de funcionalidades que</p><p>podem ser acessadas por meio de</p><p>um terminal conectado à internet; e</p><p>Diferentemente de um site, em que o usuário apenas</p><p>apreende informações dele, nas aplicações, os usuários</p><p>podem inserir informações que serão</p><p>processadas, como, por exemplo, um site de compras</p><p>online.</p><p>Registros de</p><p>acesso</p><p>a aplicações</p><p>de internet</p><p>o conjunto de informações</p><p>referentes à data e hora de uso de</p><p>uma determinada aplicação de</p><p>internet a partir de um determinado</p><p>endereço IP</p><p>O registro de conexão é o que permite identificar quais os</p><p>sites acessados, qual terminal foi utilizado e qual a data e a</p><p>hora do acesso – informações importantes principalmente</p><p>na repressão de crimes cibernéticos.</p><p>Para concluir esta parte, o art. 6º do MCI traz um critério interpretativo um tanto quanto diferente quando da</p><p>análise da legislação específica:</p><p>Assim, para além dos fundamentos, princípios e objetivos previstos, o intérprete deve levar em conta os elementos</p><p>supramencionados.</p><p>O fenômeno da internet evoluiu e tomou vida própria, com costumes e linguagem própria, situações essas que devem</p><p>ser respeitadas quando da análise da lei. Além disso, a interpretação desses artigos deve levar sempre à inclusão social</p><p>das pessoas, além do respeito aos ditames legais e constitucionais.</p><p>9 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>3) Dos Direitos e Garantias dos Usuários</p><p>O MCI reconhece que o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania. Por isso, o art. 7º assegura ao</p><p>usuário os seguintes direitos:</p><p>I - inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral</p><p>decorrente de sua violação;</p><p>II - inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei;</p><p>III - inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial;</p><p>IV - não suspensão da conexão à internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização;</p><p>V - manutenção da qualidade contratada da conexão à internet;</p><p>VI - informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento sobre o</p><p>regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de internet, bem como sobre</p><p>práticas de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade;</p><p>VII - não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive registros de conexão, e de acesso a aplicações</p><p>de internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei;</p><p>VIII - informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados</p><p>pessoais, que somente poderão ser utilizados para finalidades que:</p><p>a) justifiquem sua coleta;</p><p>b) não sejam vedadas pela legislação; e</p><p>c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de aplicações de internet;</p><p>IX - consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que deverá</p><p>ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;</p><p>X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de internet, a seu</p><p>requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de registros</p><p>previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a proteção de dados pessoais;</p><p>XI - publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à internet e de aplicações de</p><p>internet;</p><p>10 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>XII - acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do</p><p>usuário, nos termos da lei; e</p><p>XIII - aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo realizadas na internet.</p><p>A Lei 13.709/2018, a Lei Geral de proteção de dados pessoais – LGPD. Alterou o inc. X do art. 7º.</p><p>O usuário que deseje contratar com outra Prestadora poderá requisitar ao antigo provedor que não mantenha seus</p><p>dados pessoais nos registros, salvo os casos previstos nessa Lei em que o provedor é obrigado a manter os dados</p><p>durante o prazo mínimo de 1 (um) ano, mesmo que o usuário não seja mais seu cliente</p><p>ATENÇÃO!</p><p>A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas comunicações é condição para o pleno</p><p>exercício do direito de acesso à internet.</p><p>São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem o disposto no caput, tais como aquelas que:</p><p>I - impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações</p><p>privadas, pela internet; ou</p><p>II - em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção do foro brasileiro para</p><p>solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados no Brasil.</p><p>Os provedores responsáveis deverão proteger os registros, dados pessoais e as comunicações privadas dos usuários,</p><p>cuja finalidade é a preservação da intimidade, da privacidade, da honra e da imagem dos usuários, sendo que a</p><p>divulgação de tais informações se dará apenas através de ordem judicial, ressalvada a possibilidade das autoridades</p><p>administrativas obterem os dados cadastrais, na forma da lei.</p><p>O descumprimento desses deveres importará a aplicação das sanções previstas no art. 12 desta Lei, além das demais</p><p>previstas em outros diplomas legais, aplicáveis conforme a gravidade, a natureza da infração e os danos resultantes.</p><p>Além disso, será nula qualquer cláusula que prejudique o usuário no sentido de não garantir a inviolabilidade do sigilo,</p><p>ou não adote o foro brasileiro para proposição de possíveis ações judiciais que visem a responsabilizar as prestadoras.</p><p>1- IBADE / PC-AC / 2017.</p><p>No que tange ao acesso ao conteúdo das mensagens de aplicativos como Whatsapp e o registro de chamadas</p><p>originadas e recebidas em aparelhos celulares apreendidos pela polícia por ocasião da prisão em flagrante,</p><p>segundo a jurisprudência do STJ é ilegal o acesso a mensagens e dados do aplicativo Whatsapp sem prévia</p><p>autorização judicial por se tratar de violação ao direito à intimidade do preso. As informações, ainda que</p><p>armazenadas nos dispositivos encontram proteção no Marco Civil da Internet.</p><p>Comentário:</p><p>11 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Gabarito: C</p><p>O item está correto, como estabelece o STJ: “é ilícita a devassa de dados, bem como das conversas de whatsapp,</p><p>obtidas diretamente pela polícia em celular apreendido no flagrante, sem prévia autorização judicial. Em julgamento, o</p><p>STJ declarou a nulidade das provas obtidas no celular do paciente sem autorização judicial, e determinou o</p><p>desentramento autos. (RHC 51.531/RO, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 19/04/2016, DJe</p><p>09/05/2016)”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>4) Da Provisão de Conexão e de Aplicação de Internet</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.</p><p>Talvez a parte mais importante do MCI seja exatamente a neutralidade da rede. Objeto de intensa crítica por parte das</p><p>empresas de telecomunicações e objeto de aplauso dos defensores da rede livre, o art. 9º deixa claro que, pela</p><p>neutralidade da rede, o responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma</p><p>isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou</p><p>aplicação.</p><p>Este artigo diz respeito ao combate à discriminação. Por isso mesmo, os responsáveis não poderão escolher quais sites</p><p>serão acessados de forma mais rápida ou quais terão acesso mais dificultoso. Em outras</p><p>palavras,nãoépossívelpriorizarserviçospróprios,aomesmotempoemquediminuemavelocidadeouimpedem o acesso ao</p><p>serviço dos concorrentes.</p><p>1- MPT / MPT / 2017.</p><p>Sobre o Marco Civil da Internet, analise as seguintes afirmativas:</p><p>I - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento o respeito à liberdade de expressão, o</p><p>reconhecimento da escala mundial da rede, os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da</p><p>cidadania em meios digitais, a pluralidade e a diversidade, a abertura e a colaboração, a livre iniciativa, a livre</p><p>concorrência e a defesa do consumidor e a finalidade social da rede.</p><p>II - A disciplina do uso da internet no Brasil tem como um de seus princípios a neutralidade da rede, que se trata da</p><p>vedação de sua utilização ou controle para fins políticos ou partidários.</p><p>III - São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais que violem a garantia à privacidade e à liberdade de expressão</p><p>nas comunicações.</p><p>IV - Como meio de exercício de cidadania, não é permitida a suspensão da conexão à internet em virtude de débito</p><p>diretamente decorrente de sua utilização.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) Apenas as assertivas II e IV estão incorretas.</p><p>b) Apenas as assertivas I e III estão incorretas.</p><p>12 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>c) Apenas a assertiva III está correta.</p><p>d) Todas as assertivas estão corretas.</p><p>Gabarito: A</p><p>Comentário:</p><p>O item I está correto, na literalidade do art. 2º, caput e incisos: “A disciplina do uso da internet no Brasil tem como</p><p>fundamento o respeito à liberdade de expressão, bem como o reconhecimento da escala mundial da rede; os direitos</p><p>humanos, o desenvolvimento da personalidade e o exercício da cidadania em meios digitais; a pluralidade e a</p><p>diversidade; a abertura e a colaboração; a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e a finalidade</p><p>social da rede”.</p><p>O item II está incorreto, porque o art. 3º, inc. IV (“A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>preservação e garantia da neutralidade de rede”) se remete, indiretamente, ao art. 9º estabelece, em linhas gerais, o que</p><p>significa a neutralidade da rede: “O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de</p><p>forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou</p><p>aplicação”. Ou seja, a neutralidade nada tem a ver com “utilização ou controle para fins políticos ou partidários”.</p><p>O item III está correto, pela conjugação do art. 8º (“A garantia do direito à privacidade e à liberdade de expressão nas</p><p>comunicações é condição para o pleno exercício do direito de acesso à internet”) com seu parágrafo único (“São nulas</p><p>de pleno direito as cláusulas contratuais que violem o disposto no caput”).</p><p>O item IV está incorreto, dada a permissão explícita do art. 7º, inc. IV: “O acesso à internet é essencial ao exercício da</p><p>cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos: não suspensão da conexão à internet, salvo por débito</p><p>diretamente decorrente de sua utilização”.</p><p>Portanto, gabarito A</p><p>Aqui uma informação importante, eis que o próprio MCI abre, no §1º, a possibilidade de discriminação ou</p><p>degradação do tráfego, por meio de Regulamento, nos termos das atribuições privativas do Presidente da República</p><p>previstas no inciso IV do art. 84 da CF/1988. Para tanto, devem ser ouvidos o Comitê Gestor da Internet – CGIbr e a</p><p>Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.</p><p>De todo modo, a discriminação ou degradação do tráfego somente poderá decorrer de:</p><p>13 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>As exceções à não discriminação na rede serão estipuladas através de regulamento, levando em conta os incisos I e II</p><p>acima mencionados. Isso significa que poderá haver quebra da isonomia de rede quando forem necessários reparos</p><p>técnicos ou, ainda, quando a capacidade de rede for utilizada para priorizar serviços de emergência (a exemplo do que</p><p>acontece com os celulares que, mesmo sem sinal, ainda podem completar ligações emergenciais).</p><p>Na hipótese de discriminação ou degradação do tráfego, o responsável pela transmissão:</p><p>Além da abstenção de causar danos, deverá indenizar aqueles que foram efetivamente concretizados, segundo o artigo</p><p>927 do Código Civil.</p><p>Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.</p><p>Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos</p><p>especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por</p><p>sua natureza, risco para os direitos de outrem.</p><p>14 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Proporcionalidade: atuação equilibrada entre os meios utilizados e os fins pretendidos.</p><p>Transparência: ter atuação clara e responder aos usuários e autoridades toda e qualquer informação relevante que for</p><p>requisitada.</p><p>Isonomia: tratar todos os usuários da mesma forma, sem discriminações.</p><p>Corolário do princípio da transparência, o responsável deverá informar a velocidade de tráfego e a forma de</p><p>manutenção dessa velocidade utilizada pelo usuário, além dos meios cautelares de segurança de informações postadas</p><p>na internet antes mesmo da contratação dos serviços.</p><p>Este tópico diz respeito ao combate à discriminação. Por isso mesmo, os responsáveis não poderão escolher quais sites</p><p>serão acessados de forma mais rápida ou quais terão acesso mais dificultoso. Já tratamos sobre isso, portanto, sigamos.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Na provisão de conexão à internet, onerosa ou gratuita, bem como na transmissão, comutação ou roteamento,</p><p>é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados.</p><p>Esse regulamento foi feito dois anos depois da entrada em vigor do MCI, por meio do Decreto 8.771/2016, que já</p><p>em seu art. 4º estabelece o seguinte: a discriminação ou a degradação são medidas excepcionais, realizadas</p><p>apenas quando indispensáveis à prestação adequada de serviços e aplicações e desde que cumpridos os</p><p>seguintes requisitos técnicos:</p><p>Monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados significa ter acesso ao conteúdo das mensagens</p><p>trocadas, seja via texto, áudio, imagem ou vídeo, resultando em uma verdadeira quebra de sigilo das</p><p>comunicações, que só poderia ser realizada através de ordem do Poder Judiciário.</p><p>5) Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às</p><p>Comunicações Privadas.</p><p>O Marco Civil da Internet acaba por sedimentar a necessidade de respeito ao sigilo das comunicações e dados dos</p><p>usuários, referendando a Lei Federal nº 9.296 de 24 de julho de 1996 (lei do sigilo das comunicações).</p><p>Depois de esmiuçar a neutralidade da rede, o pilar fundamental do MCI, vejamos como a lei trata da proteção de</p><p>dados virtuais, nos termos do art. 10.</p><p>15 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>ATENÇÃO!</p><p>A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet reguladas pelo MCI,</p><p>bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da</p><p>intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas.</p><p>O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a disponibilizar esses registros de forma autônoma ou</p><p>associados a dados pessoais ou a outras informações que possam contribuir para a identificação do usuário ou do</p><p>terminal, mediante ordem judicial.</p><p>Por isso, em regra, esses dados são protegidos e não podem ser repassados a terceiros.</p><p>Igualmente necessária ordem judicial para que seja fornecido o conteúdo das comunicações privadas.</p><p>Desse modo, deixa de ter razão os questionamentos feitos em relação à necessidade de ordem judicial para a</p><p>disponibilização desses dados e de seu conteúdo, ou seja, somente através do Poder Judiciário é que os requerentes</p><p>podem ser acesso aos registros.</p><p>As autoridades administrativas que detenham competência legal podem requisitar o acesso aos dados cadastrais que</p><p>informem qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei, independentemente de autorização judicial.</p><p>Exceção à necessidade de ordem judicial, os dados de qualificação pessoal (nome, profissão, estado civil),</p><p>filiação (nome dos pais) e endereço, poderão ser obtidos através mera requisição de autoridades</p><p>administrativas. A discussão se assenta em descobrir quem são essas autoridades, o que provavelmente será</p><p>estabelecido através de regulamento.</p><p>Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, de dados pessoais ou de</p><p>comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em</p><p>território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os direitos à privacidade, à</p><p>proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas e dos registros.</p><p>O Artigo 11, é o que valida a soberania brasileira ao submeter à nossa legislação todo e qualquer ato de coleta,</p><p>armazenamento, guarda e tratamento de registros (endereço de IP, data e hora do acesso), dados pessoais (nome,</p><p>endereço, filiação, etc.) ou comunicações (via texto, áudio, ou vídeo).</p><p>MUITA ATENÇÃO, POIS FAREMOS REFERÊNCIA À ELE POIS FAREMOS REFERÊNCIA LOGO MAIS AO FALARMOS</p><p>DAS SANÇÕES. OK!</p><p>Mas vamos lá, como exemplos de leis brasileiras aplicáveis a esses casos, nós temos a Lei 9296/1996 (Lei do Sigilo das</p><p>Comunicações), a Lei 12.527/2011 (Regula o acesso a informações) e ainda, a Lei Geral de Proteção aos Dados Pessoais</p><p>(LGPD).</p><p>A legislação brasileira deve ser respeitada desde que essa corporação oferte serviço ao público brasileiro ou pelo</p><p>menos uma integrante do mesmo grupo econômico possua estabelecimento no Brasil.</p><p>Não importa se a pessoa jurídica que trata dos dados esteja sediada no exterior, como é bastante comum.</p><p>Aplica-se aos dados coletados em território nacional e ao conteúdo das comunicações, desde que pelo menos</p><p>um dos terminais esteja localizado no Brasil.</p><p>A lei brasileira somente é aplicada em relação às informações coletadas no Brasil, e desde que o computador, tablet ou</p><p>smartfone esteja em território nacional.</p><p>O Decreto Regulamentador, em seus arts. 13 e 14, também estabelece como os provedores de conexão e de aplicações</p><p>de internet devem prestar informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislação brasileira</p><p>acima mencionada. Igualmente fica a cargo do Decreto a regulamentação do procedimento para apuração de infrações</p><p>cometidas.</p><p>16 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Segundo os arts 17 a 21 do Decreto 8.771/2016, a fiscalização fica a cargo dos seguintes órgãos:</p><p>Decreto regulamentará o procedimento para apuração de infrações</p><p>O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é o conjunto de órgãos governamentais responsável pela</p><p>promoção de uma economia competitiva no Brasil. Atuação orientada pela lei 12.529/2011.</p><p>Vimos que pode haver sanções cíveis, criminais e administrativas, incluindo as aplicáveis pelos órgãos</p><p>supramencionados (ANATEL, SNC e SBDC), o MCI ainda estabelece sanções próprias, que podem ser aplicadas de</p><p>forma isolada ou cumulativa:</p><p>17 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>Importante mencionar ainda a fixação de hipótese de responsabilidade solidária entre a empresa estrangeira e sua</p><p>filial, sucursal, escritório ou estabelecimento situado no País pelo pagamento da multa mencionada. Lembre-se,</p><p>solidariedade não se presume, e o MCI expressamente a estabelece.</p><p>6) Guarda de Registro de Conexão.</p><p>O MCI coloca uma pá de cal no que diz respeito à obrigatoriedade ou não de manutenção dos registros de conexão. A</p><p>partir do artigo 10, todos os administradores deverão proceder à guarda dos dados dos usuários de internet registrados</p><p>pelos provedores, com o fito de se combater práticas ilícitas na rede, através da identificação de seus responsáveis.</p><p>No entanto, o acesso a tais dados só será concedido mediante autorização judicial.</p><p>O período mínimo de guarda é de 1 ano, podendo ser estendido a pedido da autoridade competente (policial,</p><p>administrativa ou Ministério Público).</p><p>Não é possível subcontratar empresas para realizar</p><p>a guarda dos registros – o próprio administrador do sistema deverá</p><p>ser responsável por isso.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança. O prazo de guarda é de um ano, nos</p><p>termos do Regulamento.</p><p>Isso está previsto ao art. 13. A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a</p><p>terceiros.</p><p>Como esses dados podem ser relevantes para a persecução penal, eventualmente, a destruição automática dos dados</p><p>após o prazo fixado poderia ser prejudicial às investigações. Por isso, é permitido que a autoridade policial ou</p><p>administrativa ou o MP podem requerer cautelarmente que os registros de conexão sejam guardados por prazo</p><p>superior ao previsto.</p><p>18 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>As autoridades que citei podem solicitar que os dados sejam guardados por prazo superior a um ano, mas não os</p><p>podem acessar, durante ou após esse prazo sem autorização judicial.</p><p>Atente-se, porque essas autoridades não podem acessar os dados diretamente; devem antes obter autorização judicial</p><p>para tanto.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Para evitar abusos por essas autoridades, o requerente terá o prazo de 60 dias, contados a partir do</p><p>requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de acesso aos registros.</p><p>Caso o pedido seja indeferido ou não tenha sido protocolado no prazo previsto, os dados podem ser descartados pelo</p><p>provedor responsável pela guarda sigilosa.</p><p>E se o provedor se negar a fornecer esses dados?</p><p>São aplicadas sanções, que devem considerar a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes, eventual</p><p>vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes, os antecedentes do infrator e a reincidência.</p><p>É aí que se vê, no cotidiano da mídia, provedores sendo condenados a pagar multas, como já ocorreu mais de uma vez</p><p>ao Facebook, ou tendo seus serviços interrompidos temporariamente, como o Whatsapp, que afirma não possuir os</p><p>dados solicitados pelo MP e chancelados por decisão judicial.</p><p>1- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica quaisquer</p><p>pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.</p><p>Comentário</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está correta, nos termos do art. 9º:</p><p>“O responsável pela transmissão, comutação ou roteamento tem o dever de tratar de forma isonômica</p><p>quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>19 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>2- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos, nos</p><p>termos do regulamento, sendo vedada a manutenção de registros de conexão a terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, pois o prazo será de um ano, nos termos do art. 13º:</p><p>“Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os</p><p>registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do</p><p>regulamento”.</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>3- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>É assegurado aos usuários dos serviços de internet, sendo essencial ao exercício da cidadania, dentre outros, os</p><p>seguintes direitos: inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou</p><p>moral decorrente de sua violação, inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem</p><p>judicial, na forma da lei.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 7º:</p><p>“O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao usuário são assegurados os seguintes direitos:</p><p>- inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral decorrente de</p><p>sua violação;</p><p>- inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>20 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>4- PGR / PGR / 2017 (adaptada).</p><p>Sobre o marco civil da internet, regulado pela lei nº 12.965/2014, julgue.</p><p>O uso de internet no Brasil é pautado pelos princípios da garantia da liberdade de expressão, proteção da privacidade;</p><p>proteção dos dados pessoais, preservação e garantia da neutralidade de rede, preservação da estabilidade, segurança e</p><p>funcionalidade da rede, responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, preservação da natureza</p><p>participativa da rede; liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 3º:</p><p>“A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>- garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal;</p><p>- proteção da privacidade;</p><p>- proteção dos dados pessoais, na forma da lei;</p><p>- preservação e garantia da neutralidade de rede;</p><p>- preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os</p><p>padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;</p><p>- responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;</p><p>- preservação da natureza participativa da rede;</p><p>- liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios</p><p>estabelecidos nesta Lei”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>7) Guarda de Registro de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de</p><p>Conexão.</p><p>Apenas para relembrarmos um importante conceito, vejamos:</p><p>VI - registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à</p><p>internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados;</p><p>O legislador vedou expressamente ao provedor de conexão guardar sob sigilo os registros de acesso a aplicações da</p><p>21 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>internet, ficando tal obrigação a cargo do provedor de aplicações, que deverá constituir pessoa jurídica regular e</p><p>manter os dados pelo prazo de 6 (seis) meses, conforme artigo 15 que iremos tratar adiante.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de internet.</p><p>8) Guarda de Registro de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de</p><p>Aplicações.</p><p>Falamos anteriormente sobre a provisão de CONEXÃO.</p><p>Apenas para relembrarmos um importante conceito, vejamos:</p><p>VII - aplicações de internet: o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas por meio de um terminal</p><p>conectado à internet;</p><p>Esses provedores de aplicações devem manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob</p><p>sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 6 meses, nos termos do Regulamento, conforme</p><p>definido no art. 15 do MCI.</p><p>Provedores de aplicações são pessoas jurídicas constituídas como fornecedores de funcionalidades acessíveis através</p><p>da internet, como, por exemplo, o Skype e o Facebook.</p><p>Atenção para não confundir a nomenclatura com “provedores de internet”.</p><p>No caso dos provedores de aplicações, as informações deverão ser guardadas pelo prazo de seis meses.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>O provedor de aplicações de internet deve ser pessoa jurídica, que exerça a atividade de forma organizada,</p><p>profissionalmente e com fins econômicos.</p><p>Mesmo os provedores de aplicações de internet que não estão sujeitos a essa regra podem, por ordem judicial,</p><p>ser obrigados a guardar registros de acesso a aplicações de internet, desde que se trate de registros relativos a fatos</p><p>específicos em período determinado.</p><p>Essa guarda, porém, deve ser feita por tempo certo, apenas.</p><p>A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderão requerer cautelarmente a qualquer provedor de</p><p>aplicações de internet que os registros de acesso a aplicações de internet sejam guardados, inclusive por prazo superior</p><p>ao previsto.</p><p>Como medida de salvaguarda, as autoridades previstas nesse parágrafo poderão pedir a qualquer provedor – não</p><p>necessariamente àqueles previstos no caput – que guardem as informações por prazo superior previsto inicialmente,</p><p>que é de 1 ano. Isso ocorre com a finalidade de evitar a perda de informações constantes de provedores não englobados</p><p>inicialmente no artigo em questão, combatendo uma possível fraude em razão de conluio entre provedores.</p><p>Ponto controvertido da previsão é a possibilidade das autoridades policiais, administrativas ou Ministério Público</p><p>procederem ao requerimento diretamente aos provedores, sem ordem judicial.</p><p>22 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>A opção por não guardar os registros de acesso a aplicações de internet não implica responsabilidade sobre danos</p><p>decorrentes do uso desses serviços por terceiros, ressalvadas as hipóteses previstas no MCI.</p><p>Proibições: na provisão de aplicações de internet, onerosa ou gratuita, sejam guardados:</p><p>7- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).</p><p>A garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal, assim como a proteção dos dados pessoais, na forma da lei, são princípios que estão contidos na disciplina do</p><p>uso da Internet no Brasil.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está correta, trazendo dois dos princípios aplicáveis ao uso da internet no Brasil, nos termos do art. 3º, IV, da</p><p>Lei nº 12.965/2014:</p><p>“Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:</p><p>I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento, nos termos da Constituição</p><p>Federal;</p><p>II - proteção da privacidade;</p><p>III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;</p><p>23 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;</p><p>V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas compatíveis com os</p><p>padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;</p><p>VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;</p><p>VII - preservação da natureza participativa da rede;</p><p>VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem com os demais princípios</p><p>estabelecidos nesta Lei.</p><p>Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no ordenamento jurídico pátrio</p><p>relacionados à matéria ou nos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”.</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>8- CEBRASPE / Profissional de Tecnologia da Informação / 2020.</p><p>Julgue o item a seguir, a respeito da Lei n.º 12.965/2014 (Marco Civil da Internet).</p><p>Aos administradores de provedores de conexão à Internet cabe a responsabilidade de manter os registros de conexão,</p><p>em meio de armazenamento, pelo prazo de cinco anos, podendo esses registros ser mantidos em ambiente próprio ou</p><p>terceirizado.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, pois o prazo será de um ano e a manutenção dos registros não poderá ser terceirizada,</p><p>conforme previsto ao art. 13 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo o dever de manter os registros</p><p>de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano.</p><p>§ 1º A responsabilidade pela manutenção dos registros de conexão não poderá ser transferida a terceiros.</p><p>§ 2º A autoridade policial ou administrativa ou o Ministério Público poderá requerer de forma cautelar que os registros de</p><p>conexão sejam guardados por prazo superior ao previsto. Se ocorrer essa situação, a autoridade requerente terá o prazo</p><p>de 60 (sessenta) dias, contados a partir do requerimento, para ingressar com o pedido de autorização judicial de acesso</p><p>aos registros.</p><p>§ 4º O provedor responsável pela guarda dos registros deverá manter sigilo em relação ao requerimento”.</p><p>Portanto: gabarito ERRADO</p><p>24 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>9) Responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado</p><p>por terceiros.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo</p><p>gerado por terceiros.</p><p>A jurisprudência do STJ vinha se fixando no sentido de que os provedores de aplicações, como o Facebook e o defunto</p><p>Orkut, se responsabilizariam pelos danos causados pelo conteúdo publicado. Em algumas situações, os próprios</p><p>provedores de conexão eram responsabilizados pelos tribunais.</p><p>O MCI acabou com algumas dessas disputas, especificamente quanto aos provedores de conexão de internet, ao deixar</p><p>claro, no art. 18, que o provedor de conexão à internet não se responsabiliza civilmente por danos decorrentes de</p><p>conteúdo gerado por terceiros.</p><p>O “Caso Cicarelli”</p><p>Vocês se lembram do “Caso Cicarelli”, ocorrido em 2007. Muito bem, este caso nos traz uma ideia de como os</p><p>magistrados poderiam, antes do MCI, extrapolar, e muito, o poder de cautela. Neste emblemático caso, foi postado um</p><p>vídeo íntimo da modelo, em que o Youtube, em um primeiro momento, nada fez para retirar o conteúdo do ar, alegando</p><p>que era apenas a plataforma de disponibilização do conteúdo, e não o produtor dele.</p><p>Entretanto, por decisão judicial, não apenas o vídeo postado no YouTube foi retirado do ar, como, após outros usuários</p><p>terem postado novos vídeos, alterando simplesmente o nome, mas mantendo o mesmo conteúdo, o próprio Youtube</p><p>ficou fora do ar. À época, a atitude do Judiciário foi altamente criticada, equiparando- se o Brasil a países</p><p>tradicionalmente conhecidos pela dura repressão à web, como a China e Irã.</p><p>Mas é importante destacar que, para que um conteúdo ofensivo seja retirado da rede, não é necessária ordem judicial.</p><p>O interessado pode simplesmente notificar o provedor do serviço para fazê-lo, se ele viola as políticas de privacidade,</p><p>por exemplo, o que é muito comum no Facebook e no Youtube.</p><p>No entanto, a notificação extrajudicial não obriga nem responsabiliza o provedor, que pode, a seu critério, acatar</p><p>o pedido e retirar o conteúdo do ar. Ao contrário, com ordem judicial, haverá sim obrigagação.</p><p>ATENÇÃO!</p><p>Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet</p><p>somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se,</p><p>após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e</p><p>dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas</p><p>as</p><p>disposições legais em contrário.</p><p>Para evitar “erros jurisprudenciais” do passado, é necessário que a a ordem judicial contenha, sob pena de nulidade,</p><p>identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do</p><p>material.</p><p>25 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>O STJ entende que para a aplicação desse dispositivo é necessário que o interessado providencie o URL – Uniform</p><p>Resource Locator, ou, em português, Localizador Uniforme de Recursos, qual seja o “endereço de rede no qual se</p><p>encontra algum recurso informático, como por exemplo um arquivo de computador ou um dispositivo periférico”, o</p><p>bom e velho www...</p><p>Atualmente, já há discussões a respeito das limitações sobre essa exigência. Isso porque o conteúdo se replica</p><p>rapidamente na rede (e o caso da Cicarelli é exemplar) e às vezes é praticamente impossível indicar dezenas, centenas</p><p>ou mesmo milhares de links. Igualmente, às vezes o próprio produtor do conteúdo, ao ter retirada a página do ar,</p><p>recoloca o conteúdo com outro “www” (isso acontece com o crime de rateio).</p><p>Os casos de infrações a direitos de autor ou a direitos conexos, que dependam de aplicação da regra supracitada,</p><p>dependem de previsão legal específica, respeitada a liberdade de expressão e demais garantias previstas no art. 5º da</p><p>CF/1988.</p><p>Entretanto, essa lei, até o momento, ainda não foi editada. Ficam, então, os direitos do autor ou conexos,</p><p>relativamente à internet, desprotegidos?</p><p>Não, já que o art. 31 estabelece que até a entrada em vigor da lei específica, a responsabilidade do provedor de</p><p>aplicações de internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando se tratar de infração a</p><p>direitos de autor ou a direitos conexos, continuará a ser disciplinada pela legislação autoral vigente. Trata-se da</p><p>lei 9.610/1998, a Lei de Direitos Autorais – LDA, que, obviamente, não previa o desmesurado desenvolvimento que a</p><p>internet teria anos depois.</p><p>Vejamos como será quando se tratar de ressarcimento por danos.</p><p>danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos</p><p>de personalidade, bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de</p><p>internet, poderão ser apresentadas perante os Juizados Especiais, permite o §3º do art. 19.</p><p>O magistrado pode, nesses casos, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial,</p><p>existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na</p><p>internet, desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de dano</p><p>irreparável ou de difícil reparação.</p><p>O STJ ainda entende que o provedor de pesquisa não se responsabiliza, em regra. Porém, haverá responsabilidade</p><p>subjetiva do provedor de busca, quando:</p><p>26 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>http://www/</p><p>Se o provedor de aplicações de internet tiver informações de contato do usuário diretamente responsável pelo</p><p>conteúdo acima referido deve comunicar-lhe os motivos e informações relativos à indisponibilização de conteúdo, com</p><p>informações que permitam o contraditório e a ampla defesa em juízo, salvo expressa previsão legal ou expressa</p><p>determinação judicial fundamentada em contrário. O parágrafo único do art. 20 estabelece que quando solicitado</p><p>pelo usuário que disponibilizou o conteúdo tornado indisponível, o provedor de aplicações de internet que exerce</p><p>essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos substituirá o conteúdo tornado</p><p>indisponível pela motivação ou pela ordem judicial que deu fundamento à indisponibilização.</p><p>O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros é subsidiariamente</p><p>responsável pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de seus participantes, de</p><p>imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado.</p><p>Isso ocorrerá quando, após o recebimento de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de</p><p>promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo,</p><p>deixa claro o art. 21.</p><p>A notificação deve conter, como as decisões judiciais, sob pena de nulidade, elementos que permitam a identificação</p><p>específica do material apontado como violador da intimidade do participante e a verificação da legitimidade para</p><p>apresentação do pedido.</p><p>Veja-se que essa situação específica, que envolve material com nudez ou ato sexual, diferencia- se da geral,</p><p>relativa aos demais casos, na qual o provedor só após determinação judicial. Aqui, basta a notificação do</p><p>interessado e a ausência de tomada de medidas pelo provedor de aplicações. A razão é bastante óbvia, dado o</p><p>caráter viral que esse tipo de material tem na rede.</p><p>Vejamos um quadro esquemático, mas antes necessário apenas duas importantes conceituações:</p><p>A responsabilidade solidária: é aquela em que o credor, ele pode exigir de um ou de todos os devedores ao mesmo</p><p>tempo a completude da obrigação devida.</p><p>A responsabilidade subsidiária: é aquela que o ordenamento jurídico impõe ao credor o respeito ao benefício de</p><p>ordem dos devedores.</p><p>27 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>9- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>o provedor de conexão à internet sempre será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado</p><p>por terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 18: “O provedor de conexão à internet não será responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo</p><p>gerado por terceiros.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>28 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>10 - FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>se após ordem judicial específica o provedor de aplicações de internet não tornar indisponível o conteúdo apontado</p><p>como infringente, poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes deste conteúdo gerado por terceiros.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Certo</p><p>A questão está certa, nos termos do art. 19 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 19: “Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet</p><p>somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem</p><p>judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo</p><p>assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário.”</p><p>Portanto, gabarito CERTO</p><p>11- FCC / DPE-RS – 2017 (Adaptada).</p><p>Uma das seções da Lei n° 12.965/2014, trata da responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado por</p><p>terceiros na internet. Nesta seção da Lei, afirma-se que</p><p>as causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet</p><p>relacionados à honra ou à reputação só poderão ser apresentadas perante juizados superiores.</p><p>Comentário:</p><p>Gabarito: Errado</p><p>A questão está errada, nos termos do §3º, art. 19 da Lei nº 12.965/2014:</p><p>“art. 19, §3º</p><p>“As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet</p><p>relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade, bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos</p><p>por provedores de aplicações de internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais.”</p><p>Portanto, gabarito ERRADO</p><p>29 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>10) Da Responsabilidade por danos decorrentes de conteúdo gerado</p><p>por terceiros.</p><p>Atualmente, os dados e registros de conexão e de acesso a aplicações de internet são bastante relevantes para os</p><p>processos judiciais, dado que é pela web que boa parte das pessoas acaba travando inúmeras relações jurídicas.</p><p>Nos termos do art. 22 do MCI, a parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo</p><p>judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável pela guarda o</p><p>fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de internet.</p><p>Vejamos aqui os requisitos legais necessários ao pedido que vimos anteriormente.</p><p>Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob pena de inadmissibilidade:</p><p>A partir desse requerimento, devidamente instruído, o juiz deve tomar as providências necessárias à garantia do sigilo</p><p>das informações recebidas e à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem do usuário, podendo</p><p>determinar segredo de justiça, inclusive quanto aos pedidos de guarda de registro.</p><p>11) Atuação do Poder Público.</p><p>Além do regramento acerca das noções gerais sobre a internet no Brasil e da provisão de conexões e aplicativos, o MCI</p><p>também trata da atuação do Poder Público na gestão da internet.</p><p>Segundo o art. 24, constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>no desenvolvimento da internet no Brasil:</p><p>I - estabelecimento de mecanismos de governança multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática,</p><p>com a participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da comunidade acadêmica;</p><p>II - promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet, com participação do Comitê Gestor da</p><p>internet no Brasil;</p><p>III - promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica dos serviços de governo eletrônico, entre os</p><p>30 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>diferentes Poderes e âmbitos da Federação, para permitir o intercâmbio de informações e a celeridade de</p><p>procedimentos;</p><p>IV - promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais diversos, inclusive entre os diferentes âmbitos</p><p>federativos e diversos setores da sociedade;</p><p>V - adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e livres;</p><p>VI - publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de forma aberta e estruturada;</p><p>VII - otimização da infraestrutura das redes e estímulo à implantação de centros de armazenamento, gerenciamento</p><p>e disseminação de dados no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a difusão das aplicações de internet,</p><p>sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza participativa;</p><p>VIII - desenvolvimento de ações e programas de capacitação para uso da internet;</p><p>IX - promoção da cultura e da cidadania; e</p><p>X - prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de forma integrada, eficiente, simplificada e por</p><p>múltiplos canais de acesso, inclusive remotos.</p><p>Apenas algumas informações adicionais para não restar dúvidas quanto à diretrizes estabelecidas no desenvolvimento</p><p>da internet no Brasil:</p><p>CGI.br FOI CRIADO EM 1995 (Tem como missão a governança e a coordenação da Internet no Brasil).</p><p>INTEROPERABILIDADE: é a capacidade de um sistema de se comunicar de forma transparente com outro sistema.</p><p>Ademais, as aplicações de internet de entes do poder público devem buscar, conforme aduz o art. 25:</p><p>31 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>http://cgi.br/</p><p>Já o art. 27 prevê que as iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de promoção da internet como</p><p>ferramenta social devem:</p><p>A revolução que a internet causou na educação, no entanto, é mais recente. Com o crescimento da moda DIY – Do it</p><p>yourself, ou faça você mesmo, o modo como se ensina e se aprende também se alterou profundamente. O ensino à</p><p>distância cresce vertiginosamente, mudando as bases do ensino e do aprendizado (esta aula por exemplo, é prova</p><p>disso).</p><p>Não à toa, o art. 26 diz que o cumprimento do dever constitucional do Estado na prestação da educação, em todos os</p><p>níveis de ensino, inclui a capacitação, integrada a outras práticas educacionais, para o</p><p>usoseguro,conscienteeresponsáveldainternetcomoferramentaparaoexercíciodacidadania,apromoção da</p><p>cultura e o desenvolvimento tecnológico. Igualmente, deve o Estado, periodicamente, formular e fomentar estudos,</p><p>bem como fixar metas, estratégias, planos e cronogramas, referentes ao uso e desenvolvimento da internet no País.</p><p>32 de 60 | www.direcaoconcursos.com.br</p><p>Legislação Acerca de Segurança da Informação e Proteção de D...</p><p>Prof. Gilson Maciel</p><p>Aula 3: Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil d...</p><p>12) Jurisprudência correlata.</p><p>O MCI inovou estabelecendo que o provedor não seria responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo</p><p>gerado por terceiros, contrariando o entendimento que vinha se firmando no STJ. No entanto, a Corte fixou que, a</p><p>despeito da previsão do art. 18, o MCI não seria aplicável a fatos pretéritos, subsistindo a responsabilidade do provedor,</p><p>nesses casos:</p><p>AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CIVIL. INTERNET. COMENTÁRIO OFENSIVO POSTADO EM</p><p>COMUNIDADE DO 'ORKUT'. IDENTIFICAÇÃO DO IP ('INTERNET PROTOCOL') DO USUÁRIO OFENSOR.</p><p>DEVER DO PROVEDOR DE HOSPEDAGEM. PRECEDENTES. INAPLICABILIDADE DA LEI 12.965/14 A FATOS</p><p>PRETÉRITOS. SUBSISTÊNCIA DA</p><p>OBRIGAÇÃO, MESMO APÓS A EXTINÇÃO DO ORKUT. 1. Responsabilidade do provedor de hospedagem por</p><p>postagens ofensivas realizadas por usuário na hipótese em que, devidamente notificado, com indicação da</p><p>URL, não providenciar a identificação do IP do autor da ofensa. 2. Inaplicabilidade da Lei 12.965/14, marco</p><p>civil da internet, a fatos pretéritos.</p><p>3. Subsistência da obrigação, não obstante a extinção da comunidade Orkut, por se tratar de impossibilidade</p><p>superveniente causada pelo próprio devedor (AgRg no REsp 1384340/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO</p><p>SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/05/2015, DJe 12/05/2015).</p><p>O STJ, pacificando a miríade de entendimentos das cortes inferiores, aclarou que os provedores de pesquisa não</p><p>podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados da busca de determinado termo ou expressão,</p><p>tampouco os resultados que apontem para foto ou texto específico, independentemente da indicação do URL</p><p>da página em que estiverem inseridos e independentemente de ser tecnicamente possível fazê-lo. Segundo a</p><p>Corte, nesses casos, o provedor não pode se tornar um “censor digital” subsumido ao direito ao esquecimento:</p><p>CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DO CPC/73. AGRAVO EM</p><p>RECURSO ESPECIAL. PROVEDOR DE PESQUISA. RESTRIÇÃO DOS RESULTADOS. NÃO CABIMENTO. 1. Os</p><p>provedores de pesquisa virtual não podem ser obrigados a eliminar do seu sistema os resultados da busca de</p><p>determinado termo ou expressão,</p><p>tampoucoosresultadosqueapontemparafotooutextoespecífico,independentementedaindicaçãodoURLdapágina</p><p>em que estiverem inseridos. 2. Configura obrigação impossível de ser cumprida o comando judicial que impõe ao</p><p>provedor de pesquisa a remoção, de seus sistemas, de resultados de buscas e do URL indicado pelo ofendido. 3.</p><p>Ainda que seja tecnicamente possível a remoção</p>