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<p>Apostila de</p><p>Diagnóstico</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Interpretação radiográfica</p><p>Esmalte</p><p>É identificado como um alo radiopaco bem</p><p>marcante. A capa de esmalte</p><p>caracteristicamente aparece mais radiopaca</p><p>que os outros tecidos por ser naturalmente a</p><p>substância mais densa que ocorre no corpo.</p><p>Dentina</p><p>Lisa e homogênea devido à sua morfologia</p><p>uniforme, menos radiopaca que o esmalte,</p><p>apresenta variações no aspecto radiográfico.</p><p>Cemento</p><p>o cemento não é visível radiograficamente</p><p>em função de o seu contraste com a dentina</p><p>ser muito baixo e a camada de cemento ser</p><p>muito fina (Camada delgada).</p><p>Cavidade pulpar</p><p>A polpa de um dente normal é composta de</p><p>tecido mole e aparece radiotransparente. As</p><p>câmaras e os canais radiculares que contêm</p><p>a polpa se estendem do interior da coroa até</p><p>o ápice das raízes.</p><p>ESMALTE</p><p>DENTINA</p><p>CEMENTO</p><p>CÂMARA</p><p>PULPAR</p><p>CONDUTO</p><p>RADICULAR</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Lâmina dura</p><p>Camada radiopaca, uniforme contínua com a</p><p>sombra da cortical óssea na crista alveolar,</p><p>ligeiramente mais densa e não mais</p><p>mineralizada que as trabéculas do osso</p><p>medular da região.</p><p>Crista Alveolar</p><p>A margem gengival do processo alveolar que</p><p>se estende entre os dentes se apresenta na</p><p>radiografia como uma linha radiopaca, a crista</p><p>alveolar.</p><p>A lâmina dura continua-se sem interrupção</p><p>para formar a crista alveolar.</p><p>Osso medular</p><p>Fica no meio das placas corticais em ambos</p><p>os maxilares. É composto de finas trabéculas</p><p>radiopacas que circundam diversas e</p><p>pequenas bolsas medulares</p><p>radiotransparentes.</p><p>Espaço do ligamento periodontal</p><p>Devido ao ligamento periodontal ser</p><p>composto principalmente por colágeno, ele</p><p>aparece como um espaço radiotransparente</p><p>entre o dente e a lâmina dura.</p><p>Inicia-se na crista alveolar, estende se em volta</p><p>das raízes retorna à crista alveolar do lado</p><p>oposto do dente.</p><p>LÂMINA</p><p>DURA</p><p>CRISTA</p><p>ALVEOLAR</p><p>OSSO</p><p>MEDULAR</p><p>ESPAÇO DO</p><p>LIGAMENTO</p><p>PERIODONTAL</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Sutura intermaxilar</p><p>Aparece na radiografia intraoral periapical</p><p>como uma fina linha radiotransparente na linha</p><p>média, entre as duas porções da pré-maxila.</p><p>Espinha nasal anterior</p><p>É vista como uma projeção de um “V”</p><p>opaco a partir da linha média no assoalho da</p><p>fossa nasal.</p><p>Localizado na linha média, ela aparece 1,5 a 2</p><p>cm sobre a crista alveolar, geralmente na</p><p>altura ou um pouco abaixo da junção entre a</p><p>margem inferior do septo nasal e a margem</p><p>inferior da fossa nasal.</p><p>Fossa nasal</p><p>Na radiografia periapical de incisivos, a borda</p><p>inferior da fossa apresenta-se como uma linha</p><p>radiopaca estendendo-se bilateralmente</p><p>através da base da espinha nasal anterior.</p><p>Acima desta linha está o espaço</p><p>radiotransparente da porção inferior da fossa.</p><p>Forame incisivo</p><p>Situa-se na linha média do palato atrás dos</p><p>incisivos centrais, aproximadamente na</p><p>junção das suturas incisiva e palatina mediana.</p><p>Aparece como uma radiotransparência oval</p><p>entre as raízes dos incisivos centrais.</p><p>SUTURA</p><p>INTERMAXILAR</p><p>ESPINHA NASAL</p><p>ANTERIOR</p><p>FOSSA NASAL</p><p>ASSOALHO</p><p>ANTERIOR DA</p><p>FOSSA NASAL</p><p>FORAME</p><p>INCISIVO</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Seio Maxilar</p><p>É uma cavidade contendo ar revestida por</p><p>uma membrana mucosa. Pode ser</p><p>considerado uma pirâmide de três lados.</p><p>Seus três lados são: (1) a parede superior, que</p><p>forma assoalho da órbita, (2) a parede</p><p>anterior, que se estende sobre os pré-</p><p>molares, e (3) a parede posterior sobre os</p><p>molares e a tuberosidade da maxila.</p><p>As bordas dos seios maxilares aparecem na</p><p>radiografia periapical como uma linha</p><p>radiopaca fina, delicada e tênue (na verdade</p><p>uma fina camada de osso cortical).</p><p>Processo zigomático</p><p>Aparece como uma linha radiopaca em forma</p><p>de U com sua extremidade aberta direcionada</p><p>superiormente. Esta extensão arredondada é</p><p>projetada na região do ápice dos primeiro e</p><p>segundo molares.</p><p>Forame mentoniano</p><p>Aparece como uma radiotransparência oval</p><p>próxima ao ápice do segundo pré-molar.</p><p>Sua imagem é muito variável, e ele pode ser</p><p>identificado somente na metade das vezes</p><p>devido à abertura do canal ser direcionada</p><p>superior e posteriormente.</p><p>PAREDE</p><p>ANTERIOR</p><p>PAREDE</p><p>POSTERIOR</p><p>PROCESSO</p><p>ZIGOMÁTICO</p><p>FORAME</p><p>MENTONIANO</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Canal mandibular</p><p>É uma sombra linear escurecida, com finas</p><p>bordas radiopacas superior e inferior envoltas</p><p>por lamelas ósseas que se ligam ao canal</p><p>Canais nutrícios</p><p>Transportam o feixe neurovascular e</p><p>aparecem como linhas radiotransparentes</p><p>com largura razoavelmente uniforme.</p><p>Base da mandíbula</p><p>Caracterizasse como uma larga faixa de osso</p><p>radiopaco e denso.</p><p>Linha miloióidea</p><p>A linha miloióidea é uma crista óssea</p><p>ligeiramente irregular na superfície lingual do</p><p>corpo da mandíbula.</p><p>A imagem radiográfica segue um trajeto</p><p>diagonal para baixo e para a frente a partir da</p><p>área do terceiro molar para região do pré-</p><p>molar, aproximadamente ao nível dos ápices</p><p>dos dentes posteriores.</p><p>Linha oblíqua externa</p><p>Caracteristicamente, em radiografias</p><p>periapicais de dentes posteriores, é projetada</p><p>acima da linha miloióidea, com a qual</p><p>apresenta seu curso quase paralelo.</p><p>CANAL</p><p>MANDIBULAR</p><p>CANAIS</p><p>NUTRÍCIOS</p><p>BASE DA</p><p>MANDÍBULA</p><p>LINHA</p><p>MILOIÓIDEA</p><p>LINHA</p><p>OBLÍQUA</p><p>EXTERNA</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Radiografia panorâmica</p><p>A radiografia panorâmica é uma técnica que</p><p>produz uma única imagem tomográfica das</p><p>estruturas faciais que inclui ambos os arcos</p><p>dentários, maxilar e mandibular, e suas</p><p>estruturas de suporte.</p><p>VANTAGENS</p><p>• Ampla visibilidade dos ossos faciais e</p><p>dentes;</p><p>• Baixa dose de radiação ao paciente;</p><p>• Não causa desconforto ao paciente;</p><p>• Possibilidade de ser realizada em</p><p>pacientes com dificuldades de</p><p>abertura de boca;</p><p>• Curto tempo necessário para realizar</p><p>a radiografia;</p><p>• Facilidade de compreensão das</p><p>radiografias panorâmicas pelo</p><p>paciente, tornando-as um útil auxílio</p><p>visual na educação do paciente e</p><p>apresentação de casos clínico.</p><p>Radiografias panorâmicas são mais úteis</p><p>clinicamente para o diagnóstico de problemas</p><p>que requerem ampla visualização dos</p><p>maxilares.</p><p>Exemplos comuns incluem avaliação de</p><p>traumatismo, localização de terceiros molares,</p><p>patologias extensas, lesões grandes</p><p>conhecidas ou suspeitadas, desenvolvimento</p><p>dentário (em especial na dentição mista),</p><p>retenção de dentes ou ápices radiculares</p><p>(em pacientes edêntulos) e anomalias de</p><p>desenvolvimento.</p><p>As radiografias panorâmicas são comumente</p><p>usadas como a imagem inicial de uma</p><p>avaliação por permitir adequada visualização</p><p>ou auxiliar na indicação de outras radiografias.</p><p>A principal desvantagem da radiografia</p><p>panorâmica é que as imagens não</p><p>apresentam um detalhe das estruturas</p><p>anatômicas tão bom quanto o das radiografias</p><p>periapicais intraorais.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Anatomia panorâmica</p><p>Concha</p><p>nasal</p><p>Septo</p><p>nasal Palato duro</p><p>Seio</p><p>Maxilar Côndilo</p><p>Canal</p><p>mandibular</p><p>Processo</p><p>Coronóide</p><p>Incisura</p><p>mandibular</p><p>Forame</p><p>mentual</p><p>Ângulo da</p><p>mandíbula</p><p>Forame</p><p>Incisivo</p><p>Vertebras</p><p>Saco</p><p>folicular</p><p>Assoalho</p><p>da órbita</p><p>Assoalho</p><p>do seio</p><p>Tuber da</p><p>maxila</p><p>Canino</p><p>permanente</p><p>Cavidade</p><p>pulpar</p><p>Dentina Esmalte</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Cárie dentária</p><p>A radiografia é um exame complementar</p><p>valioso para a detecção de cáries durante um</p><p>exame clínico intraoral.</p><p>A lesão é vista em uma radiografia com uma</p><p>zona radiolúcida (rasa) na área</p><p>desmineralizada do dente.</p><p>É possível realizar um exame clínico</p><p>cuidadoso para avaliar a atividade da cárie nas</p><p>superfícies lisas e, em alguma extensão, nas</p><p>superfícies oclusais. Entretanto, quando</p><p>a</p><p>superfície está clinicamente íntegra, até</p><p>mesmo a análise mais meticulosa pode não</p><p>revelar a desmineralização abaixo da</p><p>superfície de lesões oclusais e proximais,</p><p>lesões estas que permaneceriam</p><p>indetectáveis sem tais exames.</p><p>Exames radiográficos para</p><p>detectar cáries</p><p>A projeção interproximal é o exame</p><p>radiográfico mais útil para detectar cáries. As</p><p>radiografias periapicais são úteis</p><p>principalmente para a detecção de alterações</p><p>no osso periapical.</p><p>O uso de um posicionador com dispositivo</p><p>para orientação do feixe de raios X reduz o</p><p>número de pontos de contato dentários</p><p>sobrepostos e melhora a qualidade da</p><p>imagem, minimizando, dessa forma, erros de</p><p>interpretação.</p><p>Filmes periapicais “adultos” n° 2 são usados</p><p>para incidências radiográficas interproximais</p><p>aproximadamente a partir da idade de 7 ou 8</p><p>anos em diante. Em crianças pequenas, os</p><p>filmes nº 0 ou infantil devem ser usados.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Superfícies interproximais</p><p>A forma de uma lesão radiotransparente</p><p>inicial no esmalte é classicamente um</p><p>triângulo com sua base volta à para a</p><p>superfície do dente, estendendo-se através</p><p>dos prismas de esmalte.</p><p>Quando a desmineralização alcança a junção</p><p>amelodentinária (JAD), ela se alastra pela</p><p>mesma, frequentemente formando a base de</p><p>um outro triângulo com ápice voltado para a</p><p>câmara pulpar. Esse triângulo tem</p><p>normalmente uma base maior que aquele</p><p>que se forma no esmalte e cresce em</p><p>direção à polpa, seguindo a direção dos</p><p>túbulos dentinários.</p><p>Uma lesão que vista na radiografia se estende</p><p>até a dentina pode ser mais fácil de ser</p><p>detectada. Algumas vezes, a desmineralização</p><p>do esmalte não é óbvia e a lesão em dentina</p><p>não é identificada.</p><p>Superfícies oclusais</p><p>Lesões cariosas em crianças e adolescentes</p><p>ocorrem mais frequentemente nas</p><p>superfícies oclusais dos dentes posteriores.</p><p>O processo de desmineralização se origina</p><p>em sulcos e fissuras do esmalte, onde há</p><p>acúmulo de placa bacteriana. A lesão se</p><p>expande ao longo dos prismas de esmalte e,</p><p>se não for controlada, penetra na junção</p><p>amelodentinária, onde pode ser vista como</p><p>uma linha radiotransparente delgada entre o</p><p>esmalte e a dentina.</p><p>Lesões iniciais são vistas clinicamente como</p><p>descolorações brancas foscas, amareladas,</p><p>acastanhadas ou pretas nas fissuras oclusais.</p><p>Achados como fissuras descoloridas em uma</p><p>superfície oclusal clinicamente íntegra</p><p>sugerem que um exame radiográfico é</p><p>indicado para determinar se existe ou não</p><p>lesão de cárie.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Superfícies vestibular e lingual</p><p>As lesões de cárie vestibular e lingual</p><p>ocorrem mais frequentemente nos sulcos e</p><p>fissuras do esmalte. Quando pequenas, estas</p><p>lesões são normalmente redondas; à medida</p><p>que crescem, vão se tornando elípticas ou</p><p>semilunares. Elas apresentam bordas</p><p>proeminentes e bem definidas.</p><p>Pode ser difícil fazer uma diferenciação entre</p><p>cáries vestibulares e linguais em uma</p><p>radiografia.</p><p>A lesão vestibular ou lingual pode estar</p><p>sobreposta na junção amelodentinária e ser</p><p>confundida com cárie oclusal. No entanto,</p><p>lesões oclusais, de um modo geral, são mais</p><p>extensas que cáries vestibulares ou linguais e</p><p>suas bordas não são tão bem definidas.</p><p>Superfícies radiculares</p><p>As lesões de superfícies radiculares envolvem</p><p>o cemento e a dentina e estão associadas à</p><p>retração gengival. O cemento exposto é</p><p>relativamente mole e normalmente apresenta</p><p>apenas 20 a 50 μm de espessura próximo a</p><p>junção cemento-esmalte, de forma que ele é</p><p>rapidamente degradado por atrição, abrasão</p><p>e erosão.</p><p>As cáries de raiz devem ser detectadas</p><p>clinicamente e normalmente radiografias não</p><p>são necessárias para o diagnóstico.</p><p>As lesões verdadeiras de cárie podem ser</p><p>distinguidas das superfícies íntegras</p><p>principalmente por uma descontinuidade da</p><p>imagem da superfície radicular e pelo</p><p>surgimento de uma borda interna redonda</p><p>difusa onde a estrutura dentária foi perdida.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Associada a restauração</p><p>A lesão de cárie que se desenvolve na</p><p>margem de uma restauração preexistente</p><p>pode ser denominada cárie secundária ou</p><p>recorrente. Deve ser observado, entretanto,</p><p>que essa lesão que se desenvolve em uma</p><p>superfície restaurada é muito</p><p>frequentemente uma nova desmineralização</p><p>primária, causada por falhas no contorno e na</p><p>extensão da restauração, levando ao acúmulo</p><p>de placa.</p><p>Uma lesão próxima à restauração pode estar</p><p>mascarada pela imagem radiopaca da</p><p>restauração. Por isso, a detecção de cáries</p><p>secundárias depende também de um exame</p><p>clínico cuidadoso.</p><p>Lesões recorrentes nas margens mesio e</p><p>distogengivais são mais comumente</p><p>detectadas radiograficamente.</p><p>Associada a radioterapia</p><p>Pacientes que receberam radioterapia nas</p><p>regiões de cabeça e pescoço podem sofrer</p><p>perda da função de glândulas salivares, o que</p><p>leva à xerostomia (boca seca). Se não tratado,</p><p>esse quadro induz a destruição rampante dos</p><p>dentes, denominada cárie de radiação.</p><p>A destruição começa, tipicamente, na região</p><p>cervical e pode envolver o dente de forma</p><p>agressiva, causando a perda de toda a coroa</p><p>e deixando somente remanescentes</p><p>radiculares nos ossos maxilares.</p><p>As imagens radiográficas de cáries de</p><p>radiação são bem características: sombras</p><p>radiotransparentes nas regiões cervicais dos</p><p>dentes, mais evidentes nas áreas mesial e</p><p>distal.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Anomalias dentárias</p><p>Anomalias dentárias incluem variações da</p><p>normalidade em:</p><p>• Número</p><p>• Tamanho</p><p>• Erupção</p><p>• Morfologia</p><p>Dentes supranumerários</p><p>Dentes supranumerários são aqueles que se</p><p>desenvolvem além do número normal de</p><p>dentes. A morfologia do dente pode ser</p><p>normal ou anormal.</p><p>Apesar da causa ser desconhecida, existe</p><p>uma tendência familiar. A maioria dos casos é</p><p>poligenética e representa uma mutação</p><p>genética espontânea inicial.</p><p>Os dentes supranumerários presentes entre</p><p>os incisivos centrais superiores são os</p><p>mesiodentes, aqueles presentes na área de</p><p>molares são chamados paramolares. Aqueles</p><p>que irrompem atrás de um terceiro molar</p><p>são denominados distodente e distomolares.</p><p>Dentes supranumerários que irrompem em</p><p>posição ectópica, tanto na vestibular quanto</p><p>na lingual de um arco normal, são conhecidos</p><p>como peridentários.</p><p>Dentes supranumerários ocorrem em 1% a</p><p>4% da população. Ainda que possam estar</p><p>presentes nas 2 dentições, são mais comuns</p><p>na dentição permanente.</p><p>Dentes isolados são mais comuns na região</p><p>anterior de maxila (mesiodente) e na região</p><p>de molares superiores.</p><p>Dentes supranumerários são 2 vezes mais</p><p>comuns em homens e têm maior incidência</p><p>em asiáticos e índios americanos.</p><p>Normalmente não irrompem na boca e são</p><p>descobertos em exames radiográficos.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS</p><p>O tamanho é variável, mas o supranumerário</p><p>normalmente é menor que a dentição normal</p><p>adjacente. O dente supranumerário é</p><p>facilmente identificado ao contarmos e</p><p>identificarmos todos os dente.</p><p>Ele pode interferir com a erupção normal dos</p><p>demais dentes e, por isso, a radiografia, não</p><p>raro revela um dente permanente incluso em</p><p>proximidade com um dente supranumerário.</p><p>Além do exame intraoral periapical, as</p><p>radiografias oclusais são úteis na</p><p>determinação da localização e do número de</p><p>dentes supranumerários não erupcionados.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Depende de vários fatores, normalmente o</p><p>tratamento inclui intervenção cirúrgica.</p><p>Dentes ausentes</p><p>As expressões referentes ao não</p><p>desenvolvimento dentário podem variar</p><p>desde a falta de um ou alguns dentes</p><p>(hipodontia), à falta de vários elementos</p><p>(oligodontia) e até mesmo na falha do</p><p>desenvolvimento e, consequentemente,</p><p>ausência de todos os dentes (anodontia).</p><p>A hipodontia na dentição permanente, com</p><p>exceção dos terceiros molares, é encontrada</p><p>em 3% a 10% da população.</p><p>Embora a ausência de dentes decíduos seja</p><p>relativamente incomum, quando há falta de</p><p>um dente, este normalmente é um incisivo</p><p>superior.</p><p>Os dentes mais comumente acometidos são</p><p>os terceiros molares, segundos pré-molares,</p><p>incisivos laterais superiores e incisivos centrais</p><p>inferiores. A ausência pode ser uni ou bilateral.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Macrodontia</p><p>Na macrodontia os dentes são maiores que o</p><p>normal. Quando os dentes têm tamanhos</p><p>normais, mas estão localizados em ossos</p><p>maxilares menores que o normal, essa</p><p>condição é denominada macrodontia relativa.</p><p>A macrodontia raramente pode afetar toda a</p><p>dentição e, de um modo geral, envolve um</p><p>grupo específico de dentes, dentes</p><p>contralaterais correspondentes ou um único</p><p>elemento.</p><p>O tamanho aumentado de um dente é</p><p>detectável no exame clínico. Apinhamento,</p><p>má-oclusão ou impactação dentária podem</p><p>ocorrer.</p><p>Microdontia</p><p>Na microdontia os dentes envolvidos são</p><p>menores que o normal. Assim como na</p><p>macrodontia, a microdontia pode envolver</p><p>todos os dentes ou estar limitada a um único</p><p>elemento ou a um grupo específico de</p><p>dentes.</p><p>A microdontia generalizada é extremamente</p><p>rara, embora ocorra em pacientes com</p><p>nanismo pituitário. Dentes supranumerários</p><p>frequentemente são microdentes.</p><p>Incisivos laterais superiores e terceiros</p><p>molares, que muitas vezes não se</p><p>desenvolvem, também podem apresentar</p><p>tamanhos pequenos.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Transposição</p><p>A transposição é a condição na qual dois</p><p>dentes trocaram de posição entre si.</p><p>s dentes mais comumente acometidos por</p><p>transposição são os caninos permanentes e</p><p>os primeiros pré-molares (mais frequente</p><p>que os incisivos laterais).</p><p>Na dentição decídua a transposição ainda não</p><p>foi relatada. Ela pode acontecer</p><p>concomitantemente com a hipodontia, com</p><p>dentes supranumerários ou com a retenção</p><p>prolongada de dentes decíduos.</p><p>TRATAMENTO</p><p>Quando o dente apresenta alguma limitação</p><p>funcional é necessário intervenção. Os dentes</p><p>com transposição são, de um modo geral,</p><p>modificados proteticamente para melhorar a</p><p>função e a estética.</p><p>Fusão</p><p>A fusão de dentes é consequência da união</p><p>de 2 germes dentários adjacentes, resultando</p><p>no desenvolvimento conjunto dos dentes.</p><p>A base genética para a anomalia</p><p>provavelmente é autossômica dominante</p><p>com baixa penetrância. Homens e mulheres</p><p>apresentam fusão na mesma proporção.</p><p>A fusão normalmente leva a um número</p><p>reduzido de dentes no arco. Ela ocorre em</p><p>dentições decídua ou permanente, embora</p><p>seja mais comum em dentes decíduos.</p><p>A fusão pode ser total ou parcial,</p><p>dependendo do estágio de odontogênese e</p><p>da proximidade dos dentes em</p><p>desenvolvimento.</p><p>Pode haver a formação de uma coroa bífida,</p><p>ou 2 dentes distintos podem estar unidos pela</p><p>dentina ou pelo esmalte.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>As radiografias mostram a forma ou tamanho</p><p>incomum do dente inteiro. A verdadeira</p><p>natureza e extensão da união são</p><p>frequentemente mais evidentes na radiografia</p><p>do que no exame clínico. Os dentes</p><p>fusionados podem apresentar uma</p><p>conformação incomum da câmara pulpar,</p><p>canal radicular ou coroa.</p><p>Concrescência</p><p>A concrescência ocorre quando raízes de 2</p><p>ou mais dentes estão unidas pelo cemento.</p><p>Pode envolver dentes decíduos ou</p><p>permanentes. Embora a causa ainda seja</p><p>desconhecida, muitos autores suspeitam que</p><p>restrição de espaço durante o</p><p>desenvolvimento, trauma local, força oclusal</p><p>excessiva ou infecção local após o</p><p>desenvolvi mento dentário podem</p><p>desempenhar um papel importante.</p><p>Os molares superiores são os dentes mais</p><p>frequentemente envolvidos, especialmente o</p><p>terceiro molar e um dente supranumerário.</p><p>Dentes envolvidos podem não erupcionar ou</p><p>irromper incompletamente. Não há</p><p>predileção por sexo.</p><p>O exame radiográfico nem sempre distingue</p><p>entre concrescência e dentes que estão em</p><p>íntimo contato ou simplesmente sobrepostos.</p><p>Quando existe a suspeita, e a extração de</p><p>um dos dentes está sendo cogitada,</p><p>projeções adicionais em ângulos diferentes</p><p>devem ser obtidas.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Geminação</p><p>A geminação é uma anomalia rara que</p><p>aparece quando o botão dentário de um</p><p>único dente tenta se dividir. A consequência</p><p>pode ser uma invaginação da coroa com</p><p>divisão parcial ou, em casos raros, com divisão</p><p>completa por toda a coroa e raiz, formando</p><p>estruturas idênticas. A completa geminação</p><p>resulta em um dente normal e um dente</p><p>supranumerário no arco. A causa é</p><p>desconhecida, mas existe alguma evidência</p><p>de que tenha caráter familiar.</p><p>A geminação afeta mais frequentemente os</p><p>dentes decíduos, mas pode acontecer em</p><p>ambas as dentições, geralmente na região</p><p>dos incisivos. A frequência em homens e</p><p>mulheres é aproximadamente a mesma. O</p><p>esmalte ou a dentina dos dentes geminados</p><p>podem ser hipoplásicos ou hipocalcificados.</p><p>Taurodontia</p><p>Dentes com taurodontia possuem câmaras</p><p>pulpares maiores no sentido longitudinal. A</p><p>coroa possui forma e tamanho normais, mas</p><p>o corpo é alongado e as raízes são curtas. A</p><p>câmara pulpar se estende de uma posição</p><p>normal na coroa até toda a extensão do</p><p>corpo do dente aumentado, levando a uma</p><p>distância aumentada entre a junção</p><p>cemento-esmalte e a região de furca.</p><p>Pode acometer tanto a dentição decídua</p><p>quanto a permanente, normalmente suas</p><p>características típicas estão totalmente</p><p>presentes em molares e menos</p><p>frequentemente em pré-molares.</p><p>Dentes isolados ou múltiplos podem</p><p>apresentar características de taurodontia, de</p><p>forma uni ou bilateral e em qualquer grupo</p><p>de dentes ou quadrante.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Dilaceração</p><p>A dilaceração é um distúrbio de formação</p><p>que produz uma curvatura acentuada ou</p><p>suave no dente. Um dos conceitos mais</p><p>antigos é de que a dilaceração ocorra</p><p>provavelmente em consequência de um</p><p>trauma mecânico na porção calcificada de um</p><p>dente parcialmente formado.</p><p>Embora isso possa ocorrer, especialmente</p><p>nos incisivos superiores, a maioria dos casos</p><p>possivelmente decorre de anomalias de</p><p>desenvolvimento verdadeiras. A distorção</p><p>angular pode ocorrer em qualquer lugar da</p><p>coroa ou da raiz.</p><p>A maior parte dos casos de dilaceração</p><p>radicular não é identificada clinicamente. As</p><p>radiografias são os melhores meios para</p><p>detectar uma dilaceração radicular. A</p><p>condição ocorre mais frequentemente em</p><p>pré-molares superiores. Um ou mais dentes</p><p>podem estar afetados. Se as raízes estão</p><p>inclinadas para mesial ou distal, a condição é</p><p>claramente visível em uma radiografia</p><p>periapical.</p><p>Se a dilaceração for tão pronunciada de</p><p>modo que o dente não erupcione, a única</p><p>manifestação clínica será a ausência de um</p><p>dente. Essa alteração pode acometer a cora</p><p>de um dente irrompido, sendo facilmente</p><p>reconhecida como uma distorção angular.</p><p>TRATAMENTO</p><p>A dilaceração radicular normalmente não</p><p>requer tratamento porque ela tem uma</p><p>inserção óssea adequada. Se for necessário</p><p>extraí-la por qualquer razão, sua remoção</p><p>pode ser complicada, especialmente se o</p><p>cirurgião dentista não tiver à mão uma</p><p>radiografia pré-operatória.</p><p>Por sua vez, coroas dentárias dilaceradas são</p><p>frequentemente restauradas com coroas</p><p>protéticas unitárias para melhorar a estética e</p><p>a função.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p><p>Dens in dente</p><p>Dens in dente é consequência de uma</p><p>invaginação da superfície externa do dente.</p><p>Isso pode ocorrer tanto na coroa quanto na</p><p>raiz durante o desenvolvimento dentário e</p><p>pode envolver a câmara pulpar ou o canal</p><p>radicular, resultando em deformidade na sua</p><p>morfologia. Essas anomalias são encontradas</p><p>mais frequentemente nas coroas.</p><p>A maior parte dos casos de dens in dente é</p><p>descoberta radiograficamente. A invaginação</p><p>de tecido de esmalte é mais radiopaca que a</p><p>estrutura dental circundante e pode ser</p><p>facilmente identificada.</p><p>Os defeitos podem variar em forma e</p><p>tamanho, desde pequenos e superficiais até</p><p>grandes e profundos, especialmente os que</p><p>acometem a coroa.</p><p>REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA</p><p>White SC, Pharoah MJ. Radiologia Oral:</p><p>Princípios e Interpretação. 7 ed. St. Louis:</p><p>Mosby; 2015.</p><p>Freitas A, Rosa JE, Souza IC. Radiologia</p><p>Odontológica. 6a Edição. Editora Artes</p><p>Médicas, 2004.</p><p>Conteúdo licenciado para Isabella Maria -</p>