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<p>FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO</p><p>Prof. Ms. Mauricio Pichiliani</p><p>E-mail: mauriciopichiliani@hotmail.com</p><p>Aula 2 - Direito não europeu - Grécia Antiga</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>2 – DIREITO HINDU</p><p>O povo hindu é originário da Índia, e possui forte tradição religiosa.</p><p>Os primeiros registros de uma civilização na região da India remontam a 3 pequenas cidades-estado próximas ao Rio Indo.</p><p>Essa cultura foi destruída por volta de 1.500 a. C., provavelmente devido à invasão de um grupo étnico que se auto identificava como "ariano" e falava sânscrito.</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>Durante a Dinastia Mauria (séculos IV a. C. - III a. C.) foi estabelecido o assim denominado Primeiro Império Hindu, considerada a dinastia que marca o apogeu da cultura clássica hindu, sobretudo devido às suas realizações políticas, artísticas e científicas.</p><p>Dentre as contribuições dessa cultura, destaca-se o Direito Hindu.</p><p>A primeira e mais importante característica do direito hindu é que ele se constitui num direito de substrato religioso, muito embora não seja um direito advindo de uma "fé revelada", como é o direito muçulmano.</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>O direito hindu assenta-se numa visão hierarquizada da sociedade e, por via de consequência, os princípios legais que regem tal sistema jurídico não estabelecem tratamento jurídico-legal igualitário.</p><p>Crescido e desenvolvido ao longo de milênios em toda a Índia — e outros lugares do mundo —, o Hinduísmo, de forma geral, centra-se no conceito de Dharma.</p><p>O Dharma pode ser conceituado como o dever moral de um indivíduo dentro de sua posição social, de se portar, suportar e caminhar, podendo ser também o universal ao qual sujeita-se a humanidade; relevam umas da moral, outras do direito, outras ainda da religião, do ritual ou da civilidade.</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>Na lição de René David, “mais que um direito, o Dharma é um simples modelo que se adapta às derrogações e pede mesmo certas adaptações, dentro do espírito de realismo e, mais ainda, de tolerância, que constitui a marca instintiva do Hinduísmo.”</p><p>O Direito Hindu, tradicional da Índia e aplicado pelos e aos adeptos do Hinduísmo, não se confunde com o direito indiano, que possui natureza soberana por emanar do Estado para sua população, independente de credo e religião — direito territorial positivado e redigido.</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>O Direito Hindu caracteriza-se como um direito tipicamente consuetudinário, lastreado em atos ou costumes cotidianos praticados dentro do caminho ou tradição hindu do Dharma, variando conforme os ritos religiosos das diversas comunidades, famílias e castas indianas.</p><p>Dentre as diversas fontes além do Dharma, o Direito Hindu possui como fonte os Dharmaśāstras, que são interpretações — concebidas entre os anos de 300 e 500 A.C. — dos Vedas (hinos tradicionais introduzidos pelos arianos), elaboradas por um sábio hindu.</p><p>z</p><p>DIREITO HINDU</p><p>As Leis de Manu são o Dharmaśāstra mais importante e antigo na tradição do Hinduísmo, ao passo que o Nāradasmṛti tem sido chamado de texto jurídico por excelência por desconsiderar os caminhos de virtude espiritual e pecaminosidade. Vishnu Smriti é um dos últimos Dharmaśāstra e foca somente no bhakti marga, ou o caminho da devoção.</p><p>O direito hindu subsiste até hoje, apesar de inúmeros historiadores afirmarem que o Dharmaśāstra é, acima de tudo, uma tradição escolástica, constituindo-se definitivamente em Dharma e não lei.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>3 - DIREITO CHINÊS</p><p>O direito chinês é distinto das tradições jurídicas ocidentais, e se encontra mais próximo de modelos como o do direito hindu (dharma).</p><p>Uma das características mais marcantes desta tradição era o sistema inquisitorial, em que o juiz conduzia uma investigação pública, diferentemente do sistema em que representantes da acusação e da defesa se enfrentam (os chineses antigos viam estas figuras como "parasitas que tentavam lucrar com a dificuldade dos outros“).</p><p>Diferentemente de outras civilizações, em que era atribuído ao Direito origem divina, o Direito chinês era a princípio puramente secular.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>Império Zhou</p><p>É a partir do Império Zhou, que perdurou dos anos 1122 a 222 a.C) que se estabelece um primeiro modelo escrito, em que é possível identificar uma nova ideologia: mandato do Céu (para além dos descendentes)</p><p>O Soberano (Tian Zi) é o Filho do Céu, e tem como tarefa preservar a harmonia.</p><p>Os senhores deveriam preservar a manutenção do clã.</p><p>A estrutura social seguia a modelo feudal</p><p>Nesse período é identificada a primeira aparição de uma estrutura administrativa com encargos hereditários: 4 + 2 ministros (terra, guerra, justiça, obras + Estado e rituais).</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>Na China primitiva, havia duas ordens legais: li (禮, "costume") governava a conduta dos nobres enquanto xing (刑, "punição") governava a conduta dos comuns e dos escravos.</p><p>Isto se estendeu para os procedimentos legais reforçados durante a dinastia Zhou, e igualmente para os reinos na qual esta se fragmentou no século VI a.C., que as codificariam. Notavelmente, isto atraiu críticas do importantíssimo filósofo Confúcio, que se opunha à distinção entre o "nobre" e a "base".</p><p>A vitória da dinastia Qin sobre seus rivais no século III a.C. foi marcada pela implementação de sanções penais severas e de um legalismo (filosofia chinesa) estrito, influenciado pelos filósofos Han Fei e Shang Yang. Métodos cruéis de pena capital, mutilação, castração e trabalho compulsório marcaram este período. O legalismo ainda sobreviveu à dinastia Han, ainda que de forma diluída.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>O Direito durante a dinastia Tang foi marcado por uma crescente influência do confucionismo, fazendo com que, em acordo com esta escola filosófica, o objetivo do Direito não mais fosse punir, mas manter a ordem social pela educação moral daqueles que se afastam da Lei.</p><p>Do ponto de vista confuciano, as regras da Lei apenas são necessárias para aqueles que saíram dos limites do comportamento civilizado, enquanto espera-se que os civilizados observem os ritos apropriados.</p><p>Entre os documentos deste período, destaca-se o Código Tang, compilado por Xuanling, conselheiro do Imperador Taizong.</p><p>O confucionismo, assim como o neoconfucionismo (sua forma revisada) ainda perduraram pelas dinastias Song, Ming e Qing.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>Escola dos legistas</p><p>Nesta época, a escola de pensamentos dos legistas falava sobre a necessidade de obedecer às prescrições das leis. As teorias dos legistas afirmavam a necessidade de leis permanentes e que os indivíduos deveriam estar submetidos a elas e saber seu papel na sociedade.</p><p>Essa concepção é parecida com a que prevalece no Ocidente. Porém, essas ideias acabaram sendo mal vistas pelos chineses, uma vez que afastava muito das ideias e concepções da civilização.</p><p>Sendo retomado sob a Dinastia dos Han, o confucionismo voltou a dominar todo o pensamento chinês, tornando a lei apenas um complemento para a sociedade que já possuía seu próprio meio de viver, seguindo seus ritos acima de qualquer direito posto. Com isso, os códigos que foram criados a partir da Dinastia Han, tratavam somente de assuntos de ordem administrativa ou criminal.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>A introdução de temas jurídicos ocidentais na China começou ainda no período Qing, com a tradução de textos ocidentais para a língua chinesa por Lin Zexu em 1839. Estas traduções foram particularmente importantes entre os anos de 1896 e 1932, em que os chineses efetivamente absorveram e codificaram o Direito ocidental.</p><p>Estes esforços foram empreendidos especialmente em espelho do Direito alemão, em parte pela vitória alemã na guerra franco-prussiana, em parte por inspiração do exemplo japonês. Dada a modernização que já havia sido iniciada pelos dinastas, houve pouca mudança de tendências após a Revolução Xinhai e a abdicação de Puyi.</p><p>z</p><p>DIREITO CHINÊS</p><p>Após a revolução comunista chinesa, no entanto, o Direito passou por grandes transformações no país, com uma série de novas constituições e de conflitos</p><p>internos que impediam o reforço de um Direito nacional.</p><p>Em 1979, Deng Xiaoping expressou preocupações de que se compusesse uma constituição que coibisse os abusos de autoridade e os excessos revolucionários do regime, culminando na constituição de 1982, respaldada na tradição jurídica marxista e na soberania da classe operária, guiada pelo Partido Comunista Chinês.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>4 – DIREITO JAPONÊS</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>É possível dividir o direito japonês em 4 fases distintas: a fase da dominação chinesa, a fase monárquica, o direito japonês feudal e o período contemporâneo, este último caracterizado pela abertura do Japão à cultura ocidental e à democratização da nação.</p><p>Ultrapassada a primeira fase, em que dominava o direito chinês no Japão, tem início a fase da monarquia, aproximadamente no século IV d. C. Os reis justificavam o seu poder apoiando-se no shintoismo, (a religião japonesa), na qual o rei era considerado como um dos “dei” e o filho da deusa do sol Amaterasu.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>A forma do Estado japonês foi completada no século VII (principalmente após a revolução de 645) tomando como base o modelo chinês.</p><p>As primeiras normas japonesas também se inspiraram no direito chinês, cuja codificação acontece sob a influência do confucionismo e dos legalistas: o código administrativo (ling) e o código penal (lü), junto com o agrupamento dos decretos provisórios (ge) e das normas relativas à aplicação dos códigos, são as primeiras normas chinesas.</p><p>O código penal chinês (1 ª edição em 624, 2ª edição em 651), com o objetivo de excluir a possibilidade de uma repressão penal arbitrária, continha um elenco de 445 figuras de crimes e penas correspondentes; foi prevista também a diminuição da pena em razão do status social e do sexo do réu, da modalidade de execução do crime, dos motivos do réu e de seus argumentos de defesa.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>Com base nesses códigos chineses, o imperador japonês promulgou o código penal</p><p>(ritsu) e o código administrativo (ryô).</p><p>O código penal baseou-se quase textualmente na lei chinesa, enquanto o código administrativo, que regulava a ordem dos funcionários e dos monges, o pagamentos dos impostos, o sistema do exército, refletia a tradição japonesa.</p><p>A norma penal inspirada pelo modelo chinês foi aos poucos perdendo eficácia, dado que a introdução de um sistema que não era costume entre os japoneses e não refletia a realidade social.</p><p>Embora o ritsuryô tivesse formalmente ficado em vigor até a metade do século XIX, perdeu pouco a pouco a sua real eficácia, prevalecendo os costumes japoneses sobre a norma escrita.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>O PERÍODO FEUDAL</p><p>O feudalismo começou em 1192 e durou até 1868. Esse sistema político foi</p><p>fundado no shôgun, o chefe militar. Ainda que o shôgun devesse ser formalmente nomeado pelo imperador, este não tinha praticamente mais nenhum poder político.</p><p>A relação feudal baseava-se sobre o serviço dos vassalos ("samurai") e sobre a recompensa dos senhores, através da concessão da posse dos feudos, da carica (carga/função) pública e do domínio sobre o campo de arroz, sobre os quais vinham as cobranças dos impostos.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>Na primeira metade do período feudal (era de kamakura e de muromachi)</p><p>desenvolvem-se os costumes que faziam frente às exigências do sistema feudal e</p><p>derrogavam o regulamento do ritsuryô, emanado do imperador e sustentado pela</p><p>aristocracia.</p><p>Durante o regime feudal da kamakura, em 1231, foi formado, por iniciativa do shôgun, um código com 51 artigos (goseibai shikimoku), recolhendo os costumes dos samurai e os precedentes judiciários.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>Todavia, o shôgun e, depois da sua perda de poder a partir da segunda metade do século XV, os feudatários particulares independentes promulgarão as leis que</p><p>disciplinavam a relação entre o senhor e os vassalos, a aquisição dos feudos, as relações familiares dos vassalos, etc.</p><p>Essas leis, porém, não foram sistemáticas como ritsuryô, mas só específicas e parciais, de modo que a maior parte do "direito" existia sob forma de costume.</p><p>A importância dos costumes continuou na segunda metade-do período</p><p>feudal, a era edo (1603-), ainda que o shôgun dessa época tenha promulgado algumas leis importantes, em 1615 e 1742.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>A RECEPÇÃO DO DIREITO OCIDENTAL</p><p>No final da era edo, em 1853, quatro navios americanos chegaram de surpresa no</p><p>Japão.</p><p>Certamente já havia muitos ocidentais no Japão antes daquela época: os primeiros foram portugueses, que chegaram em 1543 e transmitiram a técnica da espingarda; após, em 1549, chegaram os missionários jesuítas para evangelizar os japoneses em plena contra-reforma.</p><p>Porém, a partir de 1633, o regime feudal edo, com medo de uma invasão, rejeitou</p><p>o contato com os Estados estrangeiros - com exceção da China e dos Países Baixos-, até 1853, quando chegaram os americanos</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>O Japão cedeu ao pedido dos americanos de abrir os portos e concluiu Tratados "não paritários" em 1858 com os Estados Unidos, e após com o Reino Unido, a Rússia, a França e os Países Baixos.</p><p>Segundo essas convenções, o Japão devia admitir a jurisdição extraterritorial do cônsul e renunciar ao direito exclusivo de fixar os impostos.</p><p>Após a revolução de meiji, em 1868, através da qual o imperador retomou</p><p>nas mãos o poder político, o governo japonês esforçou-se para ab-rogar estes tratados não paritários. Para atingir essa meta era necessário "modernizar" completamente o sistema jurídico, de modo que os Estados estrangeiros, negociando com os japoneses, estivessem seguros que os litígios entre os particulares fossem julgados num tribunal moderno, por um juiz que aplicasse normas jurídicas certas e sistemáticas.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>Assim, começou-se a recepcionar apressadamente, o sistema jurídico ocidental. Foram convidados professores de Direito, ou da França ou da Alemanha, e foram mandados alguns juristas japoneses ao exterior.</p><p>O Código Penal de 1880 foi redigido por Boissonade, um professor francês que se</p><p>fixou no Japão entre 1873 e 1895, com base no direito francês e considerando a doutrina alemã; o artigo 2 declarava a "legalidade das penas", isto é, o princípio enunciado no artigo 8 da "Déclaration des droits de l'homme et du citoyen" de 1789, e abolia, fundando-se na igualdade dos indivíduos, quase todas as distinções dos crimes segundo o status social do réu.</p><p>O Código Penal foi reformado em 1907, com a introdução, sob a influência da doutrina alemã, dos conceitos do subjetivismo e do finalismo das penas; esse código está, com algumas modificações, ainda hoje em vigor.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>CONSTITUIÇÃO</p><p>A Constituição japonesa tomou a alemã como modelo porque a forma de Estado alemã, na qual o imperador (Kaiser) tinha fortes poderes com relação ao</p><p>parlamento, parecia ajustada ao império japonês.</p><p>Segundo a Constituição japonesa, promulgada pelo próprio imperador, toda a soberania era concentrada em suas mãos.</p><p>O "governo" era colocado sob o controle do Conselho da Coroa (súmitsu-in), e os poderes do parlamento eram limitados seja sob o ponto de vista da legislação (a aprovação do governo era necessária), seja sob o ponto de vista da redação e do reconhecimento do orçamento (a aprovação do governo era necessária).</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>DIREITO JAPONÊS NA ATUALIDADE</p><p>Após a segunda guerra mundial, os Estados Unidos ocuparam o Japão e</p><p>democratizaram e liberalizaram o sistema social e econômico: foram</p><p>liberados os consórcios monopolistas e foram divididos os bens imóveis dos grandes proprietários (latifundiários).</p><p>Foi redigida uma nova Constituição em 1947, e mantido o imperador. que tem o papel de "símbolo do Japão e da nação japonesa“.</p><p>No campo do Direito Civil, o direito de família foi completamente modificado; o sistema da família patriarcal foi ab-rogado e o matrimônio foi considerado pela primeira vez como uma comunidade do homem e da mulher, tendo como base a paridade entre os sexos.</p><p>z</p><p>DIREITO JAPONÊS</p><p>No direito comercial e econômico, a influência</p><p>do direito americano foi</p><p>marcante: o sistema do conselho de administração e do conselho fiscal das sociedades por ações seguiu o modelo dos Estados Unidos.</p><p>Atualmente se percebe pouca influência do direito chinês no direito japonês, e ainda há muitos traços da tradição e dos costumes japoneses, uma vez que já havia uma consciência jurídica.</p><p>A consciência jurídica dos japoneses era suficientemente desenvolvida já no período edo porque havia muitas causas privadas; somente devido à falta de um sistema judiciário, os japoneses estavam habituados a resolver os conflitos entre eles, por via extrajudicial, o que explica a utilização da arbitragem e de outras formas de solução atualmente utilizadas.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>5 – DIREITO NA GRÉCIA ANTIGA</p><p>Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.</p><p>Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis.</p><p>Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Política</p><p>No Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as artes da música, pintura, arquitetura, escultura, etc.</p><p>Com isso, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-comum. Estava lançada, assim, a democracia.</p><p>A democracia era o governo exercido pelo povo, ao contrário dos impérios que eram liderados por dirigentes que eram considerados deuses, como foi o caso do Egito dos Faraós.</p><p>A democracia desenvolveu-se principalmente em Atenas, onde os homens livres tinham oportunidade de discutir questões políticas em praça pública.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Sociedade</p><p>Cada polis tinha sua própria organização social e algumas, como Atenas, admitiam a escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas possuíam os servos estatais, que pertenciam ao governo espartano.</p><p>Ambas as cidades tinham uma oligarquia rural que os governava.</p><p>Também em Atenas verificamos a figura dos estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão quem nascia na cidade e por isso, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Economia</p><p>A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio.</p><p>Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas.</p><p>Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de pequeno porte.</p><p>O comércio ocorria entre as cidades gregas, nas margens do Mediterrâneo e afetava toda sociedade grega. Para realizar as trocas comerciais se usava a moeda "dracma".</p><p>Havia tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local, quanto o grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Religião</p><p>A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas, semideuses e heróis que eram cultuados tanto em casa como publicamente.</p><p>As histórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para justificar atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e, praticamente, havia uma deidade para cada função.</p><p>Se um grego tivesse uma dúvida em relação a qual atitude tomar, poderia consultar o oráculo de Delfos. Ali, uma pitonisa entraria em transe a fim de tomar contato com os deuses e responderia à questão. Como essa era dada de forma enigmática, um sacerdote se encarregaria de interpretá-la ao cliente.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Cultura</p><p>A cultura grega está intimamente ligada à religião, pois a literatura, a música e o teatro contavam os feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo.</p><p>As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu espaço cênico (chamado orquestra) onde eram encenadas as tragédias e comédias. A música era importante para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os principais instrumentos eram a flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar os poetas a recitarem suas obras.</p><p>Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança entre as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Direito Grego</p><p>Os gregos não conhecia a palavra “Direito”, ou “Ciência do Direito”, mas viviam uma espécie de “Experiência do Direito”.</p><p>Isso porque quando filósofos e oradores discursavam publicamente, sobretudo nos tribunais, e faziam menção à palavra Νόκνο (Lei), não estavam se referindo às diversas fontes de direito – precedentes jurisprudenciais, costumes, equidade, decretos, interpretações dos juristas etc. – mas sim à Norma grega, como um conjunto de λόκνη (normas) que construíam cidade.</p><p>Os gregos desenvolveram sobretudo a filosófica, com constantes debates e discussões sobre inúmeros temas, inclusive as qualidades das leis.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Uma possível noção de direito, ou melhor, de “experiência jurídica” só começa a</p><p>aparecer propriamente dita com as reformas do séc. VI a.C., quando a democracia</p><p>lentamente começa a se impor e a noção de λόκνο (norma) vai ganhando contornos mais definidos.</p><p>Não há como deixar de reconhecer que na Grécia já havia, desde tempos anteriores à democracia, um emaranhado de normas e formas de percepção de comportamentos sociais que se singularizavam enquanto “jurídico”. Os jogos, os rituais e as maldições, entendidas como castigos divinos, correspondem à origem dos processos gregos e do direito.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>A passagem do pré-direito ao direito, toca inevitavelmente no debate da virada do</p><p>séc. VI ao séc. V a.C. em torno da necessidade, sobretudo sofística, de distinguir o novo conteúdo normativo, o λόκνο (norma) da força intrínseca da θύζηο (natureza), e, consequentemente, do seu diálogo com as normas morais e religiosas.</p><p>Uma obra de Ésquilo, Oréstia, estória em trilogia de Agamenon, Céforas e Eumênides, que, em poucas linhas, representa o trágico incidente de Oreste, que mata a sua mãe e é julgado por um tribunal, é apontada como marco do fim do pré direito na Grécia.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>A passagem do pré-direito ao direito representa o conflito da norma humana com</p><p>natureza, de modo que a “palavra mítica”, de forte cunho moral e religioso, transforma-se na “palavra dialogada”, razão pela qual os argumentos se robustecem e a justificação da decisão se torna um imperativo.</p><p>A cultura jurídica grega, conquanto longe da sistematicidade demonstrada pelos</p><p>romanos, presenciou o aparecimento da “lei” no sentido jurídico-político, criando um novo espaço institucional nas relações interpessoais.</p><p>É com a experiência normativa desenvolvida a partir do séc. VI a.C. que a lei nasce entre os gregos como produto de uma convenção humana ou dos costumes, e não apenas, como o era no mundo judaico, de uma revelação divina.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Leis e normas</p><p>A partir desse período, a norma se torna objeto de orgulho entre os gregos, à medida que lentamente começam a definir suas condutas no espaço público a partir da obediência à lei.</p><p>Como fundamento de oposição à anarquia e à desordem, expurgando a violência do contato pessoal, a selvageria da ausência de uma norma é o símbolo que os diverge, naquele momento crucial, dos Persas.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Ao lado da noção de lei, intimamente ligada ao fenômeno político, a difusão da escrita também contribui para que as normas transformem-se em chave indispensável para fixar a emancipação política, e evitar a tradição da velha monarquia ateniense e seus resquícios autoritários.</p><p>A própria condição da democracia grega, e sua forma primitiva da igualdade, não poderia ter se fundado senão na escritura política das leis. Escritas, as leis tornam-se também o próprio instrumento da política.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>Por isso, inúmeros legisladores aparecerem, e iniciam o seu processo de construir a cidade pela lei.</p><p>Exemplo maior é Licurgo, que pela lei geral, espécie de constituição, regula Esparta ainda no início do séc. VIII a.C.</p><p>Outros também se destacaram: Zaleucos, legislador de Locres, e Charondas, legislador de Charondas, por volta do início do séc. VII a.C., e, sobretudo em Atenas, Dracon e Sólon nos sécs. VII a.C. e VI a.C., respectivamente.</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>É no desdobramento da democracia que a norma deixa de ser mera expressão divina, de princípios universais, ou sanções específicas de cunho eminentemente moral, para se transformar, devidamente fundamentada no debate coletivo, na autoridade democrática em regular os aspectos da vida privada e pública.</p><p>Ultrapassada a argumentação sobre a existência da norma em seu sentido político, e a delimitação de seu plexo semântico, ao menos no período especificado entre os sécs. IV e IV a.C. e seu escorço histórico, moveram-se os jusfilósofos clássicos num caminho singularizado pela reflexão entre esse estado de norma e a ideia por oposição ou por confirmação de natureza.</p><p>O sustentado problema da jusfilosofia em suas mais diversas acepções se tornava naquele momento um problema essencialmente filosófico, e acompanhava o desenvolvimento das discussões sobre a divergência entre o ser e a aparência</p><p>z</p><p>GRÉCIA ANTIGA</p><p>A partir desse ponto, as reflexões sobre o direito estão presentes também nos escritos dos filósofos pré-socráticos e socráticos, como Platão e Aristóteles.</p><p>Dentre as discussões registradas, a ideia de Direito Natural e Direito Imposto pelo Homem é central, desde Antifonte, Cálicles, Parmênides até Platão e Aristóteles.</p><p>De qualquer forma, havia normas e regulamentos na vida pública grega, originárias de tradições e costumes familiares, e também processos e julgamentos públicos, que foram posteriormente incorporados ao direito romano.</p><p>z</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.jpg</p><p>image5.jpg</p><p>image6.png</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.jpg</p><p>image9.JPG</p><p>image10.jpg</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpg</p><p>image15.jpg</p><p>image16.jpg</p><p>image17.png</p><p>image18.jpg</p><p>image19.jpeg</p><p>image20.jpeg</p>

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