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<p>Internato de Pediatria – 6º ano</p><p>Universidade Salvador – UNIFACS</p><p>2022</p><p>Neonatologia</p><p>Principais agravos</p><p>Profa.: Fernanda Jesuino</p><p>Caso clínico 1</p><p>Mãe 27 anos, primigesta, sem comorbidades prévias. Fez 6 consultas de pré natal com início no 2o mês de gestação. Sorologias adequadas e ultrassonografias morfológicas sem alterações (apenas peso fetal acima do P95%). Cultura para Estreptococos do grupo B colhida porém ainda sem resultado. Apresentou diabetes gestacional e fez uso de metformina no inicio da gestação e posteriormente de insulina. Nega uso de drogas ilícitas, tabagismo e uso de álcool. Idada gestacional estimada pela data da última menstruação de 35 semanas. Rompeu bolsa amniótica com líquido claro há 19h e como não evoluiu com trabalho de parto foi indicado parto cesárea.</p><p>Caso clínico 1</p><p>Nasceu hipotônico, sem chorar e com respiração irregular. Necessitou de aspiração de VAS e 1 ciclo de VPP na sala de parto para melhora. Após a reanimação apresentou frequência respiratória de 75 ipm e foi mantido em observação por 2h em berçário com monitorização. Manteve SatO2 adequada e evoluiu com FR de 55 ipm sendo encaminhado para alojamento conjunto e aleitamento materno. PN= 3930g.</p><p>Atendimento ao RN</p><p>Lista de problemas</p><p>Hipóteses diagnósticas</p><p>Condutas</p><p>Hipoglicemia neonatal</p><p>A glicose é a fonte de energia preferencial do neurônio.</p><p>Elevada taxa de utilização de glicose: massa cerebral proporcionalmente maior com relação ao tamanho corporal.</p><p>Distúrbio metabólico mais comum no período neonatal (15% dos RNs de risco)</p><p>Hipoglicemia neonatal</p><p>Causas:</p><p>Suporte inadequado de glicose</p><p>Estoque inadequado de glicogênio:</p><p>Prematuridade</p><p>RCIU/PIG</p><p>Dificuldade na produção da glicose (glicogenes, gliconeogenes, etc):</p><p>Erros inatos do metabolismo</p><p>Disturbios endócrinos</p><p>Aumento da utilização da glicose</p><p>Hiperinsulinismo:</p><p>Filhos de mãe com diabetes</p><p>Outras causas:</p><p>Grande para idade gestacional (GIG)</p><p>Policitemia</p><p>Hipoglicemia neonatal</p><p>Definição: controversa</p><p>Quadro clínico:</p><p>Assintomático</p><p>Sintomático:</p><p>Hipoglicemia neonatal</p><p>Diagnóstico:</p><p>Glicemia capilar X glicemia plasmática (diferença de 10-15%)</p><p>Triagem: Início após primeira dieta ou entre 1,5h e 2h de vida; manutenção 3/3h ou 6/6h por 24-48h.</p><p>Sintomáticos:</p><p>Menos de 48hv: < 50mg/dl</p><p>Mais de 48hv: < 60mg/dl</p><p>Assintomáticos:</p><p>< 4hv: < 25mg/dl</p><p>4-24h: < 35mg/dl</p><p>24-48hv: < 50mg/dl</p><p>>48hv: < 60mg/dl</p><p>Sintomáticos:</p><p>Bolo de glicose: 200mg/kg (2ml/kg SG10%)</p><p>Infusão contínua de 6-8 mg/kg/min</p><p>Assintomáticos:</p><p>Dieta: LM/Fórmula</p><p>Se não corrigir: Infusão contínua de 6-8 mg/kg/min</p><p>Tratamento</p><p>Taquipnéia Transitória do Recém Nascido - TTRN</p><p>Edema pulmonar resultado do atraso da reabsorção e eliminação do fluido alveolar fetal.</p><p>Causa mais comum de síndrome de desconforto respiratório perinatal</p><p>(incidência 5,7 casos por cada 1000 nascidos vivos).</p><p>Fatores de risco:</p><p>cesárea eletiva/ausência de trabalho de parto</p><p>diabetes materna</p><p>RN PIG ou GIG</p><p>Sexo masculino</p><p>mãe com asma</p><p>Obesidade materna</p><p>Taquipnéia Transitória do Recém Nascido - TTRN</p><p>Quadro clínico:</p><p>Início logo após o nascimento até 2h de vida</p><p>Taquipnéia (FR> 60ipm)</p><p>Sinais de desconforto respiratório (gemência, tiragens, batimento de asa nasal</p><p>Aumento do diâmetro antero posterior</p><p>Cianose/dessaturação</p><p>Taquipnéia Transitória do Recém Nascido - TTRN</p><p>Diagnóstico:</p><p>Gasometria arterial: leve hipóxia e hipercapnia -> acidose respiratória</p><p>Rx de tórax:</p><p>Diagnóstico diferencial:</p><p>Pneumonia</p><p>Cardiopatia</p><p>Membrana hialina</p><p>Taquipnéia Transitória do Recém Nascido - TTRN</p><p>Tratamento - Suporte clínico</p><p>Nutrição/Aporte hídrico</p><p>Oxigênio</p><p>Sepse neonatal precoce</p><p>Sepse neonatal precoce</p><p>Sepse neonatal precoce</p><p>Mãe 19 anos, G2P0A1. Gestação não planejada nem desejada. Não realizou pré natal pois tentou esconder a gestação da família. Fez uso esporádico de álcool. Nega uso de drogas ilícitas e tabagismo. Idada gestacional estimada pela data da última menstruação de 40 semanas e 2 dias. Deu entrada no hospital em trabalho de parto. Rompeu bolsa na admissão com LA claro com grumos. Realizados testes rápidos maternos para HIV (não reagente), Sífilis e hepatite B (ainda sem resultado). Evoluiu para parto vaginal sem intercorrências. RN nasceu vigoroso sem necessidade de reanimação. Aleitamento materno na primeira hora de vida e encaminhamento para alojamento conjunto.</p><p>Caso clínico 2</p><p>Primeiro exame físico com 20 horas de vida:</p><p>Caso clínico 2</p><p>Aleitamento materno exclusivo sem dificuldade.</p><p>Dados antropométricos: PN= 2400g PC= 33cm Est=47cm.</p><p>Ballard: 40 semanas</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança exposta à sífilis:</p><p>Exame físico detalhado.</p><p>RN nascidos de mãe com diagnóstico de sífilis durante a gestação (independentemente do histórico de tratamento materno): teste não treponêmico periférico.</p><p>O sangue de cordão umbilical não deve ser utilizado.</p><p>Teste não treponêmico periférico da criança simultâneo com o da mãe no pós parto imediato = melhor.</p><p>Um título maior que o materno em pelo menos duas diluições = infecção congênita. A ausência desse achado não exclui a possibilidade do diagnóstico = acompanhar 1,3 e 6 meses.</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança com sífilis congênita:</p><p>Precoce: pode surgir até o segundo ano de vida.</p><p>Tardia: sinais e sintomas surgem > 2 anos.</p><p>Quando a mãe não foi tratada ou foi tratada de forma não adequada = criança com sífilis congênita (independentemente dos resultados da avaliação clínica ou de exames complementares).</p><p>Crianças com resultado de teste não treponêmico > mãe em pelo menos duas diluições = caso de sífilis congênita (independentemente do histórico de tratamento materno).</p><p>Todas as crianças com sífilis congênita devem ser submetidas a uma investigação completa, incluindo punção lombar e análise do líquor.</p><p>As crianças com manifestação clínica, alteração liquórica ou radiológica de sífilis congênita E teste não treponêmico reagente = sífilis congênita (independentemente do histórico materno quanto ao tratamento e das titulações dos testes não treponêmicos).</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança com sífilis congênita precoce - Exame físico:</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança com sífilis congênita precoce - Exame físico:</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança com sífilis congênita precoce - Exame físico:</p><p>Sífilis - Infecção congênita</p><p>Criança com sífilis congênita precoce - Exame físico:</p><p>Hiperbilirrubinemia</p><p>98%</p><p>Direta</p><p>Indireta</p><p>Fisiológica</p><p>Patológica</p><p>Icterícia Neonatal</p><p>Mecanismos fisiológicos que reduzem a passagem da bilirrubina indireta através da barreira hematoencefálica:</p><p>coligação com a albumina plasmática</p><p>conjugação</p><p>liberação hepática.</p><p>Hiperbilirrubinemia</p><p>significativa</p><p>IG 35-36</p><p>Irmão</p><p>Incompatibilidade</p><p>ABO</p><p>Incompatibilidade Rh</p><p>Icterícia <24hv</p><p>Perda de peso > 7%</p><p>Descendência asiática</p><p>Cefalohematoma ou equimoses</p><p>Deficiência de G6PD</p><p>Fatores de risco</p><p>Icterícia Neonatal</p><p>Hiperbilirrubinemia indireta</p><p>Exames laboratoriais:</p><p>Bilirrubina total e frações</p><p>Hemoglobina</p><p>Hematócrito</p><p>Reticulócitos</p><p>Tipagem sanguínea</p><p>Diagnóstico – Escala de Kramer</p><p>Diagnóstico</p><p>Fototerapia</p><p>Tratamento</p><p>Exanguíneotransfusão</p><p>Tratamento</p><p>BHUTANI</p><p>Acompanhamento</p><p>Recommended Follow-up</p><p>Hyperbili Risk Level	Interval</p><p>Lower Risk</p><p>(>= 38 weeks and well)	If discharge age <72 hours, follow-up according to age and other clinical concerns</p><p>Medium Risk</p><p>(>=38 weeks + hyperbili</p><p>risk factors OR 35 to 37 6/7 weeks and well)	If discharge age <72 hours, follow-up within 48 hours</p><p>Higher Risk</p><p>(35 to 37 6/7 weeks and hyperbili risk factors)	If discharge age <72 hours, follow-up within 48 hours, consider TcB/TSB at follow-up</p><p>Icterícia neonatal: Colestase</p><p>Atresia de Vias Biliares</p><p>Doença idiopática, progressiva e fibro-proliferativa da árvore biliar extra hepatica</p><p>Incidência: 1: 10000-20000 RNs.</p><p>70-85% sem associação com outra malformação.</p><p>Etiologias prováveis: viral, tóxica, genética e imunológica.</p><p>Causa mais comum de colestase neonatal e de transplante hepático na infância.</p><p>Atresia de Vias Biliares</p><p>Clínica:</p><p>Colestase: icterícia + hipo/acolia fecal + colúria + prurido + xantomas</p><p>Aspecto “saudável”</p><p>Tardiamente: hepatoesplenomegalia</p><p>Laboratório: aumento da BD, das enzimas canaliculares GGT e fosfatase alcalina, dos ácidos biliares e do colesterol.</p><p>Imagem: US, cintilografia hepatobiliar</p><p>Cirurgia:</p><p>Bióspia</p><p>Laparotomia exploradora com colangiografia direta.</p><p>Kasai: hepatoportoenterostomia</p><p>Transplante hepático: 60-80%</p><p>BIBLIOGRAFIA</p><p>Tratado de Pediatria - Nelson</p><p>Icterícia no recém- nascido com idade gestacional >= 34 semanas – SBP. Disponível em www.sbp.com.br/src/uploads/2015/02/Ictericia_sem-DeptoNeoSBP-11nov12.pdf</p><p>Portal de boas práticas: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido</p><p>Uptodate: Pathogenesis, screening, and diagnosis of neonatal hypoglycemia. Management and outcome of neonatal hypoglycemia.</p><p>Uptodate: Transient tachypnea of the newborn.</p><p>SBP: Colestase em lactentes: Um tema do Pediatra</p><p>Obrigada!</p><p>image1.png</p><p>image3.png</p><p>image13.png</p><p>image4.png</p><p>image19.png</p><p>image2.png</p><p>image20.png</p><p>image11.png</p><p>image24.png</p><p>image6.png</p><p>image5.png</p><p>image8.png</p><p>image10.png</p><p>image17.png</p><p>image12.png</p><p>image18.png</p><p>image16.png</p><p>image33.png</p><p>image27.png</p><p>image40.png</p><p>image26.png</p><p>image23.png</p><p>image25.png</p><p>image29.png</p><p>image34.gif</p><p>image39.png</p><p>image30.png</p><p>image38.png</p><p>image43.png</p><p>image36.png</p><p>image42.png</p><p>image28.png</p><p>image37.png</p><p>image41.png</p><p>image14.png</p>

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