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<p>Anais da XXIV FETEC</p><p>Feira do Conhecimento Tecnológico e Científico</p><p>29, 30 e 31 de agosto de 2023.</p><p>EFEITO DE BIOINSUMOS NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DE HÍBRIDOS DE</p><p>BRACHIARIA</p><p>Artur Adilson Gaulke 1; Oscar Emilio Ludtke Harthmann2</p><p>1Estudante do Curso Técnico Integrado em Agropecuária, IFC - campus Rio do Sul. E-mail: gaulkebr@gmail.com</p><p>2 Orientador, Professor EBTT, IFC - campus Rio do Sul. E-mail: oscar.harthmann@ifc.edu.br</p><p>RESUMO</p><p>O presente trabalho buscou entender o efeito da utilização de bioinsumos na produtividade</p><p>de forrageiras híbridas do gênero Urochloa (Brachiarias). O trabalho foi conduzido no campo</p><p>agrostológico do Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul, com Latitude:</p><p>27º11’07’’ S e Longitude: 49º39’39’’ W, altitude 655 metros acima do nível do mar. As</p><p>forrageiras utilizadas foram os híbridos de brachiarias MAVUNO® e MULATO, implantadas</p><p>em novembro de 2019. Os tratamentos com bioinsumos foram os seguintes: T1 - Pastagem</p><p>MAVUNO® sem aplicação de inoculantes; T2 - Pastagem MAVUNO® com aplicação do</p><p>inoculante PASTOMAX® Protege, Hober Azos® e PASTOMAX PK®; T3 - Pastagem</p><p>MULATO 2® sem aplicação de inoculantes; T4- Pastagem MULATO 2® com aplicação dos</p><p>inoculantes PASTOMAX Protege®, Hober Azos® e PASTOMAX PK®. Foram utilizadas duas</p><p>repetições por tratamento, totalizando 8 parcelas de 2,4m2. A dose de inoculantes</p><p>PASTOMAX Protege®, Hober Azos® e PASTOMAX PK® utilizadas foi equivalente a</p><p>100ml.ha-1, e foi aplicada com a utilização de um regador nos dias 23/11/2022 e 08/12/2022.</p><p>As avaliações foram realizadas nos dias 16/03/2023 e 28/04/2023. Nas avaliações, foi</p><p>realizada a medição da altura média das plantas com o auxílio de uma régua, do nível do</p><p>solo até a altura média da massa de folhas. O corte para avaliação de massa seca foi feito</p><p>seguindo a altura recomendada para pastejo pelo bastão da EPAGRI-SC, que indica o</p><p>momento ideal para entrada e saída dos animais na pastagem, utilizando um quadro com</p><p>0,25 m2. As amostras foram colocadas em estufa para a secagem, durante 3 dias a uma</p><p>temperatura de 65°C, para obtenção da massa seca. Após a realização dos cortes e</p><p>avaliações, os dados foram tabulados e calculados as médias. A cultivar Mavuno apresentou</p><p>valores de altura média das plantas de 36,8 (testemunha) e 35,8 cm (com bioinsumos). A</p><p>cultivar Mulato apresentou valores de altura média das plantas de 33,5 (testemunha) e 31,3</p><p>cm (com bioinsumos). A altura das plantas foi menor para as duas cultivares quando</p><p>pulverizadas com bioinsumos. A cultivar Mavuno apresentou valores de massa seca de</p><p>3.679 kg.ha-1 (testemunha) e 3.809 kg.ha-1 (com bioinsumos). A cultivar Mulato apresentou</p><p>valores de massa seca de 3.440 kg.ha-1 (testemunha) e 4.109 kg.ha-1 (com bioinsumos). A</p><p>produção de massa seca, média de duas avaliações, foi maior para as duas cultivares</p><p>quando pulverizadas com bioinsumos. Observou-se resposta diferente das cultivares em</p><p>relação ao efeito dos bioinsumos, com destaque para cultivar Mulato com 669 kg.ha-1 de</p><p>massa seca nas parceladas com bioinsumos.</p><p>Palavras-chave: Bioinsumos. Manutenção. Melhoramento.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>No Brasil a área de pastagem total é de 159 milhões de hectares, dos quais</p><p>63,5% (101 milhões de ha) estão com sinais de degradação (Embrapa, 2023). Há</p><p>diversas formas de recuperarmos estas pastagens, ou melhorar as que já estão em</p><p>Anais da XXIV FETEC</p><p>Feira do Conhecimento Tecnológico e Científico</p><p>29, 30 e 31 de agosto de 2023.</p><p>boas condições, uma das alternativas é a utilização de inoculantes, é uma forma de</p><p>baixo custo e aumento moderado na produção. Burak et al. (2021) relatam que os</p><p>processos biológicos apresentam grande potencialidade de contribuir nas práticas</p><p>para recuperação das pastagens degradadas e são amplamente estudados dentro</p><p>da perspectiva dos insumos biológicos.</p><p>Os bioinsumos são produtos de origem biológica que substituem total ou</p><p>parcialmente os de origem sintética no processo produtivo agropecuário (Brasil,</p><p>2020). Apresentam adicionalmente potencial em diminuir a dependência por</p><p>fertilizantes minerais (sintetizados quimicamente) e agrotóxicos que apresentam</p><p>custos expressivos, alinhando-se à modelos de produção agrícola de maior</p><p>sustentabilidade social, econômica e ambiental (Stadnik et al., 2017).</p><p>O presente trabalho buscou entender o efeito da utilização de bioinsumos na</p><p>produtividade de forrageiras híbridas do gênero Urochloa (Brachiarias), cultivares</p><p>Mavuno e Mulato.</p><p>PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS</p><p>O trabalho foi conduzido no campo agrostológico do Instituto Federal</p><p>Catarinense – Campus Rio do Sul, com Latitude: 27º11’07’’ S e Longitude: 49º39’39’’</p><p>W, altitude 655 metros acima do nível do mar. As forrageiras utilizadas foram a</p><p>MAVUNO® da empresa Wolff e MULATO 2® da empresa Brarenbrug, implantadas</p><p>em novembro de 2019. Foram utilizadas 8 parcelas de 1,2 x 2,0. Os tratamentos</p><p>com bioinsumos foram os seguintes: T1 - Pastagem MAVUNO® sem aplicação de</p><p>inoculantes; T2 - Pastagem MAVUNO® com aplicação do inoculante PASTOMAX®</p><p>Protege, Hober Azos® e PASTOMAX PK®; T3 - Pastagem MULATO 2® sem</p><p>aplicação de inoculantes; T4- Pastagem MULATO 2® com aplicação dos inoculantes</p><p>PASTOMAX Protege®, Hober Azos® e PASTOMAX PK®.</p><p>A dose de inoculantes PASTOMAX Protege®, Hober Azos® e PASTOMAX</p><p>PK® utilizadas foi equivalente a 100ml/ha, e foi aplicada com a utilização de um</p><p>regador de nos dias 23/11/2022 e 08/12/2022. As avaliações foram realizadas nos</p><p>dias 16/03/2023 e 28/04/2023. Nas avaliações, foi realizada a medição da altura</p><p>média das plantas com o auxílio de uma régua, do nível do solo até a altura média</p><p>da massa de folhas. O corte para avaliação de massa seca foi feito seguindo a altura</p><p>recomendada para pastejo pelo bastão da EPAGRI-SC, que indica o momento ideal</p><p>para entrada e saída dos animais na pastagem. As amostras foram colocadas em</p><p>estufa para a secagem, durante 3 dias a uma temperatura de 65°C, para obtenção</p><p>da massa seca. Após a realização dos cortes e avaliações, os dados foram</p><p>tabulados e calculados as médias.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Na Figura 1, apresentam os resultados das avaliações para os parâmetros</p><p>altura de planta (cm) e produção de massa seca em kg.ha-1.</p><p>A cultivar Mavuno apresentou valores de altura média das plantas de 36,8</p><p>(testemunha) e 35,8 cm (com bioinsumos). A cultivar Mulato apresentou valores de</p><p>altura média das plantas de 33,5 (testemunha) e 31,3 cm (com bioinsumos). A altura</p><p>das plantas foi menor para as duas cultivares quando pulverizadas com bioinsumos.</p><p>Anais da XXIV FETEC</p><p>Feira do Conhecimento Tecnológico e Científico</p><p>29, 30 e 31 de agosto de 2023.</p><p>A cultivar Mavuno apresentou valores de massa seca de 3.679 kg.ha-1</p><p>(testemunha) e 3.809 kg.ha-1 (com bioinsumos). A cultivar Mulato apresentou valores</p><p>de massa seca de 3.440 kg.ha-1 (testemunha) e 4.109 kg.ha-1 (com bioinsumos). A</p><p>produção de massa seca, média de duas avaliações, foi maior para as duas</p><p>cultivares quando pulverizadas com bioinsumos. Observou-se resposta diferente das</p><p>cultivares em relação ao efeito dos bioinsumos, com destaque para cultivar Mulato</p><p>com 669 kg.ha-1 de massa seca nas parceladas com bioinsumos. Burak et al. (2021)</p><p>concluiram que os bioinoculantes/bioinsumos necessitam de um nível mínimo de</p><p>qualidade do solo para que a comunidade microbiana inserida atue efetivamente na</p><p>recuperação da qualidade do solo em pastagens degradadas. Conforme os autores,</p><p>resultados em casa de vegetação não foram reprodutíveis a campo, onde os</p><p>bioinoculantes tiveram menor desempenho em virtude do alto nível de degradação</p><p>dos solos.</p><p>Figura 1: Produtividade de massa seca média (kg.ha-1) e altura de plantas (cm) de híbridos</p><p>do gênero Urochloa cultivares Mavuno e Mulato, quando pulverizadas com bioinsumos em</p><p>dois momentos 23/11/2022 e 08/12/2022, determinadas em duas avaliações, 16/03/2023 e</p><p>28/04/2023, no Instituto Federal Catarinense Campus Rio do Sul.</p><p>Fonte: Autores.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A altura das plantas foi menor para as duas cultivares quando pulverizadas</p><p>com bioinsumos. A cultivar Mavuno apresentou valores de massa seca de 3.679</p><p>Anais da XXIV FETEC</p><p>Feira</p><p>do Conhecimento Tecnológico e Científico</p><p>29, 30 e 31 de agosto de 2023.</p><p>kg.ha-1 (testemunha) e 3.809 kg.ha-1 (com bioinsumos). A cultivar Mulato apresentou</p><p>valores de massa seca de 3.440 kg.ha-1 (testemunha) e 4.109 kg.ha-1 (com</p><p>bioinsumos). A produção de massa seca, média de duas avaliações, foi maior para</p><p>as duas cultivares quando pulverizadas com bioinsumos. Observou-se resposta</p><p>diferente das cultivares em relação ao efeito dos bioinsumos, com destaque para</p><p>cultivar Mulato com 669 kg.ha-1 de massa seca nas parceladas com bioinsumos.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Decreto n° 10.375, 26</p><p>de maio de 2020. Institui o programa nacional de Bioinsumos e o Conselho</p><p>Estratégico Nacional de Bioinsumos. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília,</p><p>DF, ed. 100, p. 105, 26 maio de 2020.</p><p>BURAK, Diego Lang et al. Insumos biológicos na recuperação de pastagens</p><p>degradadas da região sul do estado do Espírito Santo. In: Sistemas Integrados</p><p>de Produção: pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. 2021. DOI:</p><p>10.37885/210705290. Pag. 304-326. Capítulo 15. Disponível em:</p><p><https://downloads.editoracientifica.org/articles/210705290.pdf.> Acesso em: 01 ago.</p><p>2023.</p><p>EMBRAPA, 2023. Pastagens, Embrapa. Disponível em:</p><p><https://www.embrapa.br/agrobiologia/pesquisa-e-desenvolvimento/pastagens.></p><p>Acesso em: 10 jul.2023.</p><p>STADNIK M. J.; ASTOLFI P.; FREITAS M. B. Bioestimulantes: uma perspectiva</p><p>global e desafios para a américa latina. In: I SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO</p><p>SOBRE BIOESTIMULANTES NA AGRICULTURA, 2017, Florianópolis. Anais[...]</p><p>Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2017. p. 18-23. Disponível</p><p>em: <</p><p>http://www.bioestimulantes.ufsc.br/files/2017/11/Anais-I-Simp%C3%B3sio-Latino-Am</p><p>ericano-sobre-Bioestimulantes-na-Agricultura-SLABA-2017.pdf >. Acesso em: 01</p><p>ago. 2023.</p><p>https://downloads.editoracientifica.org/articles/210705290.pdf.%3e%20Acesso</p>