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<p>SANEAMENTO AMBIENTAL</p><p>AULA 6 – Sistema de Tratamento de Esgoto</p><p>Objetivo desta aula:</p><p>1. Conceituar os sistemas de tratamento de esgotos sanitários;</p><p>2. Descrever os tipos de tratamentos de esgotos;</p><p>3. Identificar os conceitos e aproveitamentos das águas residuais, exemplificando-os;</p><p>4. Discutir sobre alguns aspectos legais referentes ao tratamento dos esgotos sanitários;</p><p>5. Analisar as normas relativas ao controle da contaminação e da poluição das águas.</p><p>· Introdução</p><p>O planejamento e gerenciamento dos sistemas de águas residuárias requerem o conhecimento de suas características quantitativas e qualitativas, associadas a variáveis ambientais, sociais, econômicas e legais relativas à bacia hidrográfica</p><p>A revisão sobre os conceitos relacionados aos sistemas de tratamento de esgotos sanitários, assim como sobre os tipos de tratamentos são importantes para a comparação entre sistemas de tratamento e sua importância para o meio urbano tanto sob o ponto de vista do abastecimento, pela nossa necessidade básica de água no consumo doméstico, quanto como parte dos processos produtivos em que estão envolvidos.</p><p>A forma com que as águas residuais podem ser aproveitadas e também os procedimentos, conceitos e exemplos de seus diferentes aproveitamentos, permitem uma nova perspectiva sobre o uso da água dando subsídios inclusive, para que possamos analisar as normas de controle de contaminação e poluição, propor novas ideias e questioná-las em situações específicas.</p><p>A melhoria da qualidade de vida da população humana desde o início do século XX foi possível em grande parte, pela melhoria da qualidade das condições sanitárias, onde destacamos a importância do tratamento da água de abastecimento.</p><p>A melhoria da qualidade de vida observada mais fortemente após a Segunda Guerra Mundial tomou caminhos diferentes nos países desenvolvidos em relação aos em desenvolvimento.</p><p>· Nos países desenvolvidos o aumento da qualidade de vida das pessoas estava associado a um conjunto de fatores econômicos, sociais e ambientais que respeitavam as pessoas e os serviços ambientais fornecidos pela natureza.</p><p>· Já nos países em desenvolvimento, a procura por alternativas de crescimento econômico seguia por diferentes caminhos. No Brasil, as medidas tomadas pelos governos colocaram em primeiro lugar a busca pelo desenvolvimento econômico à custa de grandes impactos econômicos, sociais e ambientais, que provocaram uma excessiva concentração de renda e riqueza em uma parcela pequena da sociedade, aumentando as diferenças sociais e regionais no país e desrespeitando o meio ambiente.</p><p>O aumento da expectativa de vida de crianças e diminuição da taxa de mortalidade são exemplos da melhoria da qualidade de vida das pessoas, assim como o aumento do consumo de água per capita. Este aumento no consumo de água nos permite reconhecer um ciclo da água no meio urbano um pouco diferente do que o observado em sistemas naturais.</p><p>Até o momento da chegada da água potável na torneira dos consumidores, ela passa por vários processos, com já vimos anteriormente.</p><p>· Ciclo da Água e do Saneamento</p><p>Podemos identificar o início do ciclo urbano da água em sua captação, que pode ocorrer em diferentes fontes, como cursos de água superficiais ou águas subterrâneas. A partir de sua captação, a água será submetida a tratamentos que irão permitir que ela esteja em condições particulares para seu consumo pelos seres humanos e outros animais.</p><p>As águas rejeitadas nesta fase, no entanto, após a utilização pelos consumidores vão de novo para o meio ambiente. É indispensável que elas sejam tratadas em conformidade com os requisitos do meio ambiente onde foram descartadas, de forma que o ambiente e a saúde da população sejam também preservadas.</p><p>· Água contaminada: Quando esta água circulante neste ciclo hospeda organismos, ou microorganismos potencialmente patogênicos ou contém substâncias tóxicas que a tornam perigosa para saúde humana e animal, são chamadas de águas contaminadas e, portanto, imprópria para o consumo humano ou uso doméstico.</p><p>· Água poluída: é aquela que contém substâncias de tal carácter, e em maiores quantidades permitidas, que a sua qualidade é alterada de modo a prejudicar a sua utilização ou a torná-la ofensiva aos sentidos da vista, paladar e olfato.</p><p>· Água poluída pontual: Quando esta água poluída ocorre a partir de um ponto específico, são de fácil identificação e monitoramento.</p><p>· Água poluída difusa: Mas quando possuem múltiplos pontos de origem e de escoamento e espalham-se por grandes áreas, são chamadas de difusas. Nestes casos sua identificação é mais difícil, assim como seu monitoramento e tratamento.</p><p>· Formas de Poluição que afetam as Reservas de Água</p><p>As formas de poluição que afetam as características organolépticas, física, química e microbiológica da água são várias e abordaremos algumas delas abaixo.</p><p>Considera-se poluição biológica quando se identifica a presença de micro-organismos patogênicos em locais com risco de contato humano e animal e, especialmente, quando isso ocorre na água potável.</p><p>Considera-se poluição térmica, o despejo de grandes volumes de água aquecida em rios e oceanos porque estas ações provocam a diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido, já que a concentração de oxigênio na água é inversamente proporcional à sua temperatura. Este tipo de poluição também é responsável pelo tempo de vida de algumas espécies aquáticas, assim como aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água, ao mesmo tempo que potencializa a ação nociva dos poluentes.</p><p>Substâncias tóxicas cuja presença na água não é de fácil identificação nem de remover, em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para ser sentidos. Entre os poluentes mais comuns das águas estão os fertilizantes agrícolas, os esgotos doméstico e industrial, os compostos orgânicos sintéticos, petróleo, metais pesados, entre outros.</p><p>· Controle da Poluição</p><p>Necessidade urgente de despoluição do meio ambiente, isto é, ampliar o alcance do tratamento de efluentes gerados por esgotos domésticos, agricultura e indústrias, através de medidas como:</p><p>- Ter consciência da necessidade de diminuir o volume de detritos gerados.</p><p>- Proteger áreas de mananciais da ocupação humana.</p><p>- Implantar métodos mais eficientes de irrigação minimizando o desperdício da água utilizada na agricultura.</p><p>· Saneamento</p><p>Conjunto de medidas que tem como objetivo:</p><p>1. Preservar as condições do meio ambiente.</p><p>2. Evitar a proliferação de doenças entre as pessoas.</p><p>3. Melhorar as condições de saúde pública.</p><p>O saneamento básico é a parte onde estão incluídos o abastecimento de água e a disposição dos esgotos.</p><p>· Lodo do Esgoto</p><p>As águas residuais, após passarem pelas estações de tratamento de esgoto (ETEs) podem ser lançadas novamente nos efluentes com segurança. O processo de tratamento de esgoto remove a maior parte de seus poluentes, mas neste processo produz uma substância, chamada de lodo de esgoto. Esta substância é um rejeito que apresenta risco à saúde porque reteve em si vários elementos que anteriormente poluiam a água como microorganismos patogênicos, metais pesados e são muito ricos em material orgânico.</p><p>Por conta de todas as substâncias encontradas neste lodo do esgoto, sua disposição final, após ser retirada da ETE, deve ser adequada. Uma das alternativas para o destino final deste lodo poderia ser sua utilização na agricultura e em agroflorestas, pois como este lodo é rico em matéria orgânica, possui muitos nutrientes importantes para as plantas como nitrogênio, por exemplo.</p><p>Na legislação brasileira, existem duas resoluções que tratam diretamente deste tema que são as resoluções CONAMA no 302, (20/03/2002) e no 375, (29/8/2006), indicando que a utilização do lodo para fins agrícolas deverá cumprir especificações determinadas de redução patógenos, assim como apresenta limites máximos de concentração de metais pesados, e características gerais do solo dos locais que poderão recebê-lo.</p><p>No Brasil a adoção desta prática de utilização do lodo de esgoto para fins agrícolas ainda é pouco</p><p>de até 1,5 vezes, vazão média do período de atividade diária do agente poluidor.</p><p>· Óleos e graxas: óleos minerais até 20 mg/l; óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/l</p><p>· Ausência de materiais flutuantes</p><p>· Valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:</p><p>h) Tratamento especial, caso venham de hospitais e outros estabelecimentos nos quais haja despejos infectados com microorganismos patogênicos.</p><p>Não será permitida a diluição de efluentes industriais com águas poluídas, tais como água de abastecimento, água do mar e água de refrigeração.</p><p>Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos ou emissões individualizadas, os limites constantes desta regulamentação serão aplicados a cada um deles, ou ao conjunto, após mistura a critério do órgão competente.</p><p>Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características em desacordo com o seu enquadramento nos termos desta resolução.</p><p>Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor, demonstrado por estudo de impacto ambiental realizado pela entidade responsável pela emissão, o órgão competente poderá autorizar lançamento acima dos limites estabelecidos, fixando o tipo do tratamento e as condições para esse lançamento.</p><p>· Na próxima aula você reconhecerá os parâmetros associados à coleta, tratamento e disposição final do lixo e identificará as características da coleta seletiva. Estes conceitos, associados à saúde pública.</p><p>TELETRANSMITIDA</p><p>Legislação Ambiental e Qualidade da Água</p><p>· Legislação ambiental e controle da poluição hídrica.</p><p>· Classes e padrões de qualidade.</p><p>· Legislação Ambiental</p><p>O objetivo do direito do meio ambiente passa pela característica de preservação da natureza e leva, fundamentalmente, à proteção do homem, que em consequência, possui um direito à conservação da natureza, em complemento aos outros direitos garantidos aos indivíduos.</p><p>A legislação ambiental brasileira nem sempre contemplou a essa questão de preservação do ambiente, todas as legislações que são anteriores a década de 80 – anterior a Constituição de 1988 – era fundamentada no desenvolvimento do Estado brasileiro, apoiado na exploração de matérias primas e isso porque naquela ocasião deve-se destacar a importância do crescimento do país. Então houve uma intensa explosão demográfica e uma busca pelo desenvolvimento, assim eram valorizados não aqueles proprietários rurais que mantinham as suas florestas de pé, mas aqueles proprietários que aumentavam a sua produção agrícola, que expandiam, que traziam novos imigrantes e com isso aumentava a produção brasileira.</p><p>Infelizmente não estamos falando do um passado muito remoto, mas de uma característica que ainda permeia muito as nossas gerações presentes. E por isso hoje nós temos muitas discussões a respeito do que chamamos de ruralistas e ambientalistas, que não deveriam ser vistos como uma antítese, mas sim como 2 conceitos que deveriam caminhar juntos.</p><p>A legislação brasileira é realmente uma legislação de vanguarda, traz muitos pontos positivos que levam a preservação do ambiente, no entanto, ela não era uma legislação muito bem implantada com relação aos instrumentos de fiscalização.</p><p>Lei n.º 4.771 de 1965 – Código Florestal: Instrumento de vanguarda na proteção das florestas e demais formas de vegetação e, em consequência, da diversidade biológica e genética nacional.</p><p>Lei n° 5.197 de 1967 – Código de caça-proteção à fauna: Proibição da caça profissional. Proibição do comércio de espécimes da fauna silvestre bem como de produtos e objetos que impliquem na caça.</p><p>Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA): “Meio Ambiente”: “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.</p><p>Constituição de 1988</p><p>Avanços: a legislação contempla tanto os deveres dos cidadãos quanto das empresas, instituições e o próprio governo.</p><p>Críticas: quanto à sua aplicação, devido a impunidade.</p><p>Lei nº 8.974 de 1995 – Lei de Biossegurança.</p><p>Lei n.º 9.279 de 1996 – Lei da Propriedade Industrial ou Propriedade Intelectual, mais conhecida como Lei de Patentes</p><p>Lei nº 9.795 de 1999 – institui a Política Nacional de Educação Ambiental.</p><p>Lei nº 12.651 de 2012 – Novo Código Florestal: Grande discussão a respeito da redução das áreas de APPs e anistia a crimes ambientais.</p><p>· Legislação Ambiental e Recursos Hídricos</p><p>· Aspectos institucionais</p><p>Dentro dessas questões das legislações voltadas para os recursos hídricos, algumas são interessantes para destacar:</p><p>Código das águas: 1934 (Decreto n. 24.643) – Toda a instituição das leis mais voltadas justamente para a administração dos recursos hídricos, mas na mão do ministério da agricultura.</p><p>Ministério da agricultura: competência para administrar os recursos hídricos. – E essa competência para que eles pudessem administrar fez com que todo o seu uso estivesse voltado justamente para o setor agrícola.</p><p>Uso agrícola da água – Logo, podemos afirmar que houve um privilégio para este setor, para o uso indiscriminado dessa água sem que tivesse algum controle quantitativo e qualitativo.</p><p>Década 50: em função da intensificação do parque industrial, a competência para geração e uso da água passou para as mãos do:</p><p>· Ministério de Minas e Energia: competência para geração de energia elétrica (hidroelétricas) e administrar os recursos hídricos. – Com isso, mais uma vez não tivemos uma preocupação com o meio ambiente, mas sim para geração de energia elétrica e por isso que nós tivemos nesse mesmo período a grande difusão e construção de diversas usinas hidrelétricas que no caso era o setor que administrava o uso desse recurso.</p><p>· Política Nacional de Recursos Hídricos</p><p>Lei das Águas - Janeiro de 1997 (Lei Federal n. 9.433)</p><p>· Introdução de conceitos sobre aproveitamento dos recursos hídricos</p><p>· Classificação da água como um bem de domínio público</p><p>· Descentralização do seu gerenciamento sai das mãos do ministério da agricultura e do ministério de minas e energia e passa agora para um bem comum, identificando a importância da água para o seu diferentes usos e contemplando a importância do estudo na bacia hidrográfica.</p><p>· Criação da cobrança pelo seu uso pois só através dessa ferramenta que nós realmente teríamos uma maior preocupação e uma melhora da disponibilidade do recurso.</p><p>· Bacia hidrográfica: unidade básica de planejamento dos recursos hídricos</p><p>· Planejamento: de acordo com as vocações e/ou peculiaridades municipais e ordenamento territorial</p><p>· Importância nas Parcerias entre municípios e Estados pois a água não pode ser vista como um bem municipal, devemos ter em mente que essas água percorre por diversos estados, muitas vezes a água divide geograficamente alguns estados, então seu uso e toda a sua regulamentação deve ser vista pelos estados e municípios.</p><p>· Incentivo à participação da sociedade nas questões hídricas</p><p>· Distribuição da água, levando-se em conta as necessidades sociais</p><p>· Fiscalização das fontes poluidoras</p><p>· Promoção da educação ambiental</p><p>Vídeo da ANA – Planos de Recursos Hídricos:</p><p>Planos de Recursos hídricos e o Enquadramento de Corpos D’água</p><p>Os rios são uma de nossas maiores riquezas, são fundamentais para nossa qualidade de vida. Nossas mais importantes necessidades dependem da qualidade dos rios que cortam nossos campos, florestas e cidades, mesmo quando não prestamos atenção a isso. Cuidar da preservação e recuperação de nossas águas é uma obrigação de todos nós.</p><p>Mas para isso, é preciso planejar e conciliar os mais diferentes interesses, necessidades e usos: de empresas de saneamento a indústrias, de associações de pescadores a hidrelétricas, da agricultura ao turismo, de comunidades ribeirinhas a grandes centros urbanos, num país de enormes proporções e com grandes diferenças regionais.</p><p>E o primeiro passo para isso é aprender a enxergar e compreender os nossos rios de uma forma abrangente.</p><p>Imagine que cada rio pode ser visto com três olhares diferentes: o rio que temos, o que queremos e o</p><p>que podemos ter.</p><p>· Rio que temos: é a constatação da realidade atual do rio. Precisamos conhecer a fundo, cada corpo d’água. Suas características originais, as diversas formas como é utilizado, as comunidades que serve. E principalmente seus estados: atual de preservação – ou de degradação.</p><p>· Rio que queremos: representa a visão da sociedade para o futuro que deseja para os cursos d’água. Ou seja, é a expressão de um desejo, de um quadro idealizado, mas muitas vezes impossível.</p><p>· Rio que podemos ter: representa uma mediação entre a vontade e a realidade. Uma possibilidade concreta. Uma projeção realista, objetiva, do melhor resultado possível levando em conta os limites técnicos, socais e econômicos existentes.</p><p>A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), a Lei das Águas do Brasil, contempla esses 3 pontos de vista ao apontar dois instrumentos fundamentais para a gestão das águas de nosso país:</p><p>1. O Enquadramento dos Corpos de Águas em Classes segundo seus Usos Preponderantes:</p><p>É uma ferramenta de planejamento que estabelece metas de qualidade de água, a partir das suas utilizações. (Classe especial, classe 1, 2, 3, 4) Parte da mais exigente, que reúne as melhores condições possíveis que um corpo d’água pode ter à menos exigente, onde são admitidos os níveis mais elevados de poluição.</p><p>Ele se baseia nos níveis de qualidade que os corpos d’água deveriam possuir (Classe de Enquadramento) para atender às diferentes necessidades de uso estabelecidas pela sociedade.</p><p>Por exemplo, o grau mais elevado de exigência se aplica a áreas de preservação ambiental e de proteção a comunidade aquáticas. Enquanto isso, para a navegação, o grau de exigência é muito menor.</p><p>O Enquadramento é referência para o planejamento da gestão das águas e do meio ambiente, embasando diversas condutas e decisões, como a Outorga de Direito de Uso da Água, definição da Cobrança por esse uso, Licenciamento e monitoramento ambiental.</p><p>2. Os Planos de Recursos Hídricos:</p><p>Devem ser elaborados segundo 3 abordagens: da Bacia Hidrográfica, do Estado, ou para o País. Estes planos combinam uma ampla análise das condições atuais, de projeções das possibilidades futuras, e da realidade socioeconômica da região em que se localiza cada corpo d’água. Ou seja, um diagnóstico preciso que combina o real, a vontade e o possível, permitindo estabelecer um conjunto de objetivos e ações de curto, médio e longo prazo para solucionar os problemas existentes e prevenir problemas futuros relacionados à água.</p><p>Um planejamento inteligente, participativo, que concilie os múltiplos interesses e necessidades da sociedade com a melhor gestão de nossos recursos hídricos.</p><p>· O Controle da Poluição</p><p>Formas estatais de controle da poluição:</p><p>· Princípio de comando</p><p>· Princípio de controle</p><p>· Padrões: normas regulamentadoras, a fim de serem atingidas metas de despoluição, por meio da fiscalização e da aplicação de multas.</p><p>· Licenciamento ambiental: busca reduzir os impactos e degradação ambiental de empreendimentos potencialmente poluidores.</p><p>· Zoneamento ambiental: instrumento de ordenamento e organização territorial.</p><p>Resultados de instrumentos de gestão-aspectos técnicos:</p><p>· Maior efetividade nas fontes de poluição pontuais: de origem industrial.</p><p>· Menor eficácia para a gestão de fontes difusas: geradas por vários pequenos empreendedores.</p><p>Resultados de instrumentos de gestão-aspectos político-institucionais:</p><p>· Dificuldade de implantação em países em desenvolvimento.</p><p>· Pode prejudicar o desenvolvimento econômico.</p><p>· Ausência de recursos humanos e estrutura de apoio.</p><p>· Menor alocação de recursos financeiros.</p><p>· Classes e Padrões de Qualidade</p><p>· Portaria do Ministério do Interior n. 0013 de 15/01/1976: regulamentou a classificação dos corpos de água superficiais, com os respectivos.</p><p>Padrões de qualidade Qualidade considerada normal</p><p>Padrões de emissão para efluentes Condições permitidas de emissão</p><p>· Decreto n. 8.468, de 08/09/1976, que regulamentou a Lei n. 997: classificação da água de acordo com os usos preponderantes, fixando as classes de acordo com o grau decrescente de qualidade - 1 a 4.</p><p>· Estabelecimento dos valores que enquadram os corpos de águas nessas classes de qualidade.</p><p>· Decreto n. 8.468, de 08/09/1976, que regulamentou a Lei n. 997: Padrões de qualidade para emissão de efluentes de qualquer natureza nos corpos de água.</p><p>· Não pode conferir ao corpo receptor características em desacordo com a sua classe de uso.</p><p>Legislação SP:</p><p>· Decreto n. 10.755, de 22/11/1977: especifica a Bacia Hidrográfica em que se encontra o corpo de água e descreve parte do seu trecho que está enquadrado em determinada classe.</p><p>· Decreto n. 10.755, de 22/11/1977: O enquadramento não significa, necessariamente, que esse seja o nível de qualidade que ele apresenta, mas sim aquele que se busca alcançar ou manter ao longo do tempo.</p><p>· Decreto n. 10.755, de 22/11/1977: Qual a classificação dos corpos de água que não são contemplados?</p><p>· Estabelecimento a partir da Resolução CONAMA n. 20/1986, onde temos 9 classes segundo seus usos preponderantes.</p><p>Resolução CONAMA n. 357/2005: Classificação e Diretriz para Enquadramento</p><p>Relação parcial dos padrões ambientais estabelecidos pela Resolução CONAMA 357 para as várias classes de usos dos corpos de água doce:</p><p>Podemos observar analisando outros parâmetros que para o Cloreto, ou para o Sulfato total nós vamos tendo algumas restrições maiores para corpos d’água Classe 1 e uma maior permissividade para corpos d’água Classe 4. Isso garante a qualidade da água e facilita o estudo inclusive para enquadramento dos efluentes que vão ser lançados nesses locais.</p><p>Então, a restrição é justamente para melhora da qualidade do nosso recurso hídrico.</p><p>ATIVIDADES</p><p>1) Quais as maiores dificuldades no Brasil da implantação de sistemas de gestão dos recursos hídricos?</p><p>R: Dificuldades da gestão dos recursos hídricos:</p><p>· Descentralização da sua gestão.</p><p>· Dificuldade de implantação- recursos humanos, estrutura de apoio e dimensão territorial.</p><p>· Reduzida alocação de recursos.</p><p>· Alinhar desenvolvimento com sustentabilidade.</p><p>· Disponibilidade em muitas regiões.</p><p>· Cultura do desperdício.</p><p>2) Quais as formas de controle da poluição dos recursos hídricos?</p><p>· Cobrança pelo uso da água.</p><p>· Parcerias entre o setor público e o privado.</p><p>· Programas de educação ambiental efetivos.</p><p>· Aplicação da legislação e fiscalização nas indústrias e municípios.</p><p>· Monitoramento contínuo dos recursos hídricos.</p><p>AULA 10 – Coleta, Tratamento e Disposição Final do Lixo</p><p>Objetivo desta aula:</p><p>1. Reconhecer aspectos dos sistemas de coleta, tratamento e disposição final do lixo.</p><p>2.Identificar as características do sistema de coleta seletiva e das novas tecnologias de reciclagem.</p><p>3.Relacionar estes conceitos à saúde pública.</p><p>· Introdução</p><p>Depois de 21 anos de tramitação no Congresso Nacional, a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi sancionada no dia 2 de agosto de 2010 pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.</p><p>A importância desta lei, a partir da sanção da PNRS, o país passou a ter um marco regulatório na área de Resíduos Sólidos. Esta lei faz a distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito (o que não é passível de reaproveitamento), além de se referir a todo tipo de resíduo: doméstico, industrial, da construção civil, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, da área de saúde e também de resíduos perigosos.</p><p>· A Lei nº 3.890, de 07 de julho de 2006, do Distrito Federal.</p><p>· A Lei n° 1.200, de 25 de agosto de 1995, do Município de Rio Branco.</p><p>· A Lei nº 3.517, de 27 de dezembro de 2004, sobre a coleta seletiva de lixo nos órgãos e entidades do poder público, no âmbito do Distrito Federal.</p><p>· A Lei nº 12.528/2007, que torna obrigatória a coleta seletiva em condomínios residenciais com mais de 50 apartamentos no Estado de São Paulo.</p><p>Os novos pensamentos sobre</p><p>a disposição e destino dos resíduos vêm crescendo à medida que as pessoas passam a ver os resíduos, antes chamados de lixo, como uma fonte de renda e uma forma de evitar problemas relacionados à saúde pública e à preservação do meio ambiente.</p><p>· Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>A sanção da Lei 6.938/81, mais conhecida como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), representa um ato extremamente positivo da política em benefício da população, sob o ponto de vista da educação, da saúde, do meio ambiente e da economia.</p><p>Sob a nova visão da PNRS, os resíduos passam a ter nova importância econômica e social em nossa sociedade porque deixam de ser algo desprezível, sem valor e passam a ser valorizados voltando direta ou indiretamente para a cadeia produtiva.</p><p>De acordo com o Dicionário Houaiss, lixo é qualquer material sem valor, utilidade ou detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais que se joga fora. Já a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) entende como lixo os “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo se apresentar no estado sólido, semissólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”.</p><p>Em ambas as definições, fica claro que quem descarta tem o lixo como algo inútil e sem valor, mas os novos conceitos da sociedade expostos na PNRS mostram que muitas coisas, consideradas por alguns como elementos sem valor, podem ser reaproveitadas e gerar renda. Ainda apresentam valor agregado, aumentando o rendimento do produto no sistema. Em alguns casos como o do vidro, que é um produto 100% reciclável, pode ser reciclado infinitamente no sistema. Isso permite melhorar a economia da retirada de matéria-prima da natureza.</p><p>Alguns dos objetivos da PNRS são:</p><p>· A não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos</p><p>· A destinação final, ambientalmente adequada dos rejeitos</p><p>· A diminuição do uso dos recursos naturais (água e energia, por exemplo) no processo de fabricação de novos produtos</p><p>· Intensificação de ações de educação ambiental</p><p>· Aumento dos processos de reciclagem no país</p><p>· Racionalização do uso do solo, subsolo, água e ar</p><p>· Promoção da inclusão social</p><p>· Geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis</p><p>· Logística Reversa</p><p>A PNRS institui ainda o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, que é uma forma de repensar os ciclos já conhecidos e na abrangência das responsabilidades a ele agregadas.</p><p>Por este princípio, todos são responsáveis pelo destino final de um produto: desde os fabricantes, os importadores, os distribuidores, comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.</p><p>A tecnologia atualmente conhecida como logística reversa é um dos pontos importantes da nova lei. Ela é assim chamada porque compõe um conjunto de ações que têm o objetivo de redirecionar os resíduos de volta para os seus geradores, isto é, quem os produziu e não quem os comprou (consumidores finais).</p><p>Assim, os produtores são responsáveis pelo destino final de seus produtos, seja para novos tratamentos, reaproveitamento ou descarte adequado.</p><p>De acordo com as novas regras, os envolvidos na cadeia de comercialização dos produtos, desde a indústria até as lojas, deverão estabelecer um consenso sobre as responsabilidades de cada parte e, assim, tudo deve ficar acordado entre as partes prévia e claramente.</p><p>As empresas terão até o fim de 2011 para apresentar propostas de acordo - quem perder o prazo ficará sujeito à regulamentação federal. Atualmente, a logística reversa já funciona com pilhas, pneus e embalagens de agrotóxicos, mas é pouco praticada pelo setor de eletroeletrônicos, que foi um dos que mais contestaram tal ponto do projeto.</p><p>A velocidade com que a tecnologia avança neste ramo faz com que as indústrias gerem uma grande quantidade de materiais.</p><p>Eles ficam obsoletos em pouco tempo, às vezes mesmo sem estarem quebrados ou inúteis.</p><p>Este fenômeno é conhecido como obsolescência perceptível, isto é, a cada temporada surgem novos aparelhos que despertam nos consumidores o desejo de comprar novos produtos sem que os produtos similares que já possuem estejam quebrados ou inoperantes. Desta forma, o produto novo substitui o “antigo”, que ainda está em perfeitas condições de uso.</p><p>Dada à grande diversificação dos produtos que podem compor o lixo e suas diferentes formas de transporte, armazenamento e disposição final, existem várias formas de sua classificação. A ABNT apresenta várias normas para os diferentes procedimentos. Veremos algumas delas a seguir.</p><p>· Normas de Classificação do Lixo segundo a ABNT</p><p>De acordo com a norma de ABNT, NBR10004, quanto à sua origem podemos classificar os resíduos como:</p><p>· Lixo urbano: Resíduos sólidos em áreas urbanas, incluindo os resíduos domésticos, efluentes industriais domiciliares e resíduos comerciais.</p><p>· Lixo domiciliar: Resíduos sólidos de atividades residenciais. Exemplo: matéria orgânica, plástico, lata, vidro.</p><p>· Lixo comercial: Resíduos sólidos, resíduos gerados em estabelecimentos comerciais cujas características dependem da atividade ali desenvolvida e os gerados nas atividades de limpeza urbana.</p><p>· Lixo público: Resíduos sólidos e produtos de limpeza pública. Exemplo: areia, papéis, folhagem, poda de árvores.</p><p>· Lixo especial: Resíduos geralmente industriais, que merecem tratamento, manipulação e transporte especial. Exemplos: pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis e de remédios.</p><p>· Lixo industrial: Nem todos os resíduos produzidos por indústrias podem ser designados como lixo industrial. São resíduos muito variados que podem apresentar características muito diversificadas, de acordo com o que cada fábrica produz. Por isso, são estudados caso a caso e é adotada a classificação de resíduos apresentada na norma NBR 10.004 da ABNT, que será apresentada mais a frente.</p><p>· Lixo de serviço de saúde: Estes resíduos são todos aqueles gerados nas instituições destinadas à preservação da saúde da população, como hospitais e etc. Para eles também existe uma norma específica, a NBR 12.808, da ABNT. Ela classifica os resíduos de saúde em três categorias:</p><p>· Classe A ou resíduos infectantes.</p><p>· Classe B ou resíduos especiais.</p><p>· Classe C ou resíduos comuns, que não se enquadram nas Classes A e B e se assemelham aos resíduos domésticos, não oferecendo riscos à saúde pública.</p><p>· Lixo atômico: Resultante da queima de composto de urânio enriquecido com isótopo atômico 235.</p><p>· Lixo espacial: Restos dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de aproximadamente 28 mil quilômetros por hora.</p><p>· Lixo radioativo: Resíduo tóxico e venenoso, formado por substâncias radioativas, resultante do funcionamento de reatores nucleares. Como não há um lugar seguro para armazenar esse lixo radioativo, a alternativa recomendada pelos cientistas foi colocá-lo em tambores ou recipientes de concreto impermeáveis e à prova de radiação, enterrados em terrenos estáveis no subsolo.</p><p>Outra forma de classificação é de acordo com a sua classe. A mesma norma ABNT, NBR 10.004 de 2004, classifica os resíduos sólidos em:</p><p>· Classe I ou perigosos: São aqueles que, em função de suas características intrínsecas, apresentam riscos à saúde pública por provocar aumento da mortalidade ou da morbidade, provocar efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada. As características intrínsecas destacadas são referentes à sua: Inflamabilidade; Corrosividade; Reatividade; Toxicidade; Patogenicidade.</p><p>· Classe II ou não-perigosos:</p><p>Classe II A (não-inertes): São os resíduos que podem apresentar características de combustão, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde e ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos.</p><p>Classe II B (inertes): Compõem esta classe aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem</p><p>riscos à saúde e ao meio ambiente. Para caracterizar que os resíduos realmente não ofereçam estes riscos eles devem ser amostrados adequadamente, isto é, de acordo com a norma NBR 10.007, e submetidos ao contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, de acordo com a norma NBR 10.006 e, neste caso, não podem apresentar qualquer de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água (NBR 10.004), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.</p><p>Nem todos os resíduos produzidos por indústrias podem ser designados como lixo industrial. São resíduos muito variados que podem apresentar características muito diversificadas, de acordo com o que cada fábrica produz. Por isso, são estudados caso a caso e é adotada a classificação de resíduos apresentada na norma NBR 10.004 da ABNT, que será apresentada mais a frente.</p><p>· Padrão e Simbologia</p><p>O conceito de reciclagem que ficou mundialmente famoso e que é atualmente cada vez mais utilizado é o de reaproveitamento de materiais que já foram anteriormente beneficiados a partir de suas matérias-primas, para a produção de um novo produto. O símbolo internacional da reciclagem são três setas indicando um movimento cíclico, mas existem outros símbolos mais específicos empregados em diferentes países. Da mesma forma, os recipientes para recebimento de produtos recicláveis podem ser de cores diferentes de acordo com cada país. No Brasil, alguns símbolos além do internacional, assim como cores, são utilizados para indicar locais e produtos para reciclagem.</p><p>Alguns dos principais símbolos relacionados aos produtos com possibilidade de reciclagem são apresentados abaixo:</p><p>Identifique se em seu bairro ou condomínio é realizado o programa de reciclagem de resíduos e proponha esta iniciativa como opção para geração alternativa de renda para melhorias locais.</p><p>TELETRANSMITIDA</p><p>Resíduos Sólidos:</p><p>· Caracterização dos resíduos</p><p>· Gerenciamento de resíduos</p><p>· Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>· Logística Reversa</p><p>Resíduos produzidos diariamente no mundo: 5 milhões de toneladas</p><p>Resíduos produzidos diariamente no Brasil: 210 mil toneladas</p><p>Geração ao ano no Brasil: 76,3 milhões ton.</p><p>Cidades com até 200 mil habitantes: 450 a 700 g/habitante</p><p>Cidades com mais de 200 mil habitantes: 800 e 1.200 g/habitante</p><p>Isso se deve em função da maior industrialização dos produtos, nas cidades pequenas ainda se tem o hábito da geração menor de resíduos, o costume de ter as coisas plantadas em casa. Então, a maior urbanização faz com que procuramos uma maior facilidade, como produtos prontos, já embalados.</p><p>· Os Tipos de Resíduos de acordo com sua Origem</p><p>Resíduos sólidos urbanos: os provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, da varrição, de podas e da limpeza de vias, logradouros públicos e sistemas de drenagem urbana passíveis de contratação ou delegação a particular, nos termos de lei municipal.</p><p>Resíduos industriais: provenientes de atividades de pesquisa e de transformação de matérias-primas e substâncias orgânicas ou inorgânicas em novos produtos, por processos específicos, bem como os provenientes das atividades de mineração e extração, de montagem e manipulação de produtos acabados e aqueles gerados em áreas de utilidade, apoio, depósito e de administração das indústrias e similares, inclusive resíduos provenientes de Estações de Tratamento de Água - ETAs e Estações de Tratamento de Esgoto – ETEs.</p><p>Resíduos de serviços de saúde: os provenientes de qualquer unidade que execute atividades de natureza médico-assistencial humana ou animal; os provenientes de centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde; medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados; os provenientes de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal; e os provenientes de barreiras sanitárias.</p><p>Resíduos da construção civil: os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras, compensados, forros e argamassas, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações e fios elétricos, comumente denominados entulhos de obras, caliça ou metralha. Importante destacar que existe vários projetos e planos de gestão desses resíduos embora. Quando falamos em fios e de outros materiais, ainda que se tenha pedaços não deixa de ser uma matéria prima que pode ser reutilizada.</p><p>Resíduos de atividades rurais: embalagens dos agrotóxicos, restos de material orgânico.</p><p>Resíduos provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, postos de fronteira e estruturas similares. (Categoria especial)</p><p>Caracterização dos resíduos de acordo com sua natureza física:</p><p>· seco</p><p>· molhado</p><p>Por sua composição química:</p><p>· orgânico (ou biodegradável)</p><p>· inorgânico (ou não biodegradáveis)</p><p>· Classificação por sua periculosidade:</p><p>· classe I – perigosos: ex.: baterias, pilhas, óleo usado, resíduo de tintas e pigmentos, resíduo de serviços de saúde, resíduo inflamável, etc.</p><p>· classe II A – não inertes: ex.: restos de alimentos, resíduo de varrição não perigoso, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas, materiais cerâmicos, etc.</p><p>· classe II B – inertes: ex.: rochas, tijolos, vidros, entulho/construção civil, luvas de borracha, isopor, etc.</p><p>Gerenciamento de Resíduos: Coleta</p><p>Coleta seletiva: Separação de materiais recicláveis tendo em vista sua coleta e o encaminhamento para a reciclagem.</p><p>Representam cerca de 30% da composição do lixo domiciliar brasileiro é reciclável.</p><p>· 62% dos municípios brasileiros registraram alguma iniciativa de coleta seletiva.</p><p>· 17% dos 62% municípios operam programas estruturados de coleta seletiva.</p><p>Iniciativas de Coleta Seletiva nos Municípios em 2013, por regiões. Fonte: ABRELPE (2013).</p><p>Evolução dos custos da coleta seletiva versus a coleta convencional nas cidades brasileiras:</p><p>Educação ambiental: importante na conscientização e sensibilização.</p><p>Fonte: CEMPRE (2015).</p><p>· Tratamento e Disposição Final do Lixo</p><p>A disposição final deveria ser restrita somente ao rejeito, isto é, à parte inaproveitável dos resíduos sólidos.</p><p>A forma mais comum de disposição final de resíduos sólidos no Brasil é a disposição em aterros.</p><p>Vídeo: Usina de tratamento de resíduo sólido urbano em Umuarama, Paraná.</p><p>Fonte: ABRELPE (2013).</p><p>· Aterros Sanitários</p><p>O aterro sanitário é uma das formas mais utilizadas que prevê o acondicionamento dos resíduos em camadas e isso é feito de maneira organizada. Então existe um dreno de chorume, drenos que coleta o gás fazendo com que nós possamos, inclusive no futuro, reaproveitar essa área.</p><p>· Aterros Controlados</p><p>Intermediário entre o Aterro Sanitário e o Lixão – são valas abertas onde o lixo é jogado e o solo depositado em cima.</p><p>· Ocorre cobertura dos resíduos com uma camada de material inerte na conclusão de cada jornada de trabalho.</p><p>· Não há impermeabilização de base (comprometendo a qualidade do solo e das águas subterrâneas).</p><p>· Não há coleta e tratamento do chorume.</p><p>· Não há extração e queima controlada dos gases gerados.</p><p>Aterro controlado Lixão, depósitos de lixo a céu aberto</p><p>· Tratamento do Lixo: a forma correta</p><p>Compostagem: Matéria orgânica composto orgânico.</p><p>Incineração - acima de 800º C: Matéria orgânica energia.</p><p>Pirólise - decomposição química por calor na ausência de oxigênio (entre 500 e 1.000 °C): Matéria orgânica separação de compostos.</p><p>· Política Nacional de Resíduos Sólidos</p><p>· Instituída por intermédio da Lei 12.305 de 2010.</p><p>· Agosto de 2014: prazo limite para destinação final ambientalmente adequada dos resíduos e rejeitos.</p><p>· Realidade: discreta melhora, nem todas as cidades conseguiram se adequar e acompanhar em função da dificuldade de operacionalização.</p><p>Um dos instrumentos da PNRS é a logística reversa que prevê o aumento</p><p>utilizada, sendo sua disposição final geralmente o aterro sanitário. Este destino provoca um elevado custo que pode chegar a até 50% do custo operacional de uma ETE, além de que a disposição destes resíduos com elevada carga orgânica no aterro, podem agravar ainda mais os problemas relacionados à deposição de lixo urbano.</p><p>Considerando o aumento da população e o fato de que cada vez mais cidades têm implantado ETEs, o volume produzido de lodo do esgoto tende a aumentar e devemos procurar alternativas sustentáveis para seu destino.</p><p>· Na próxima aula, estudaremos o sistema de esgoto sanitário, seus benefícios e tipos de tratamento.</p><p>TELETRANSMITIDA</p><p>· Tratamento de Esgotos</p><p>· Características dos esgotos</p><p>· Tipos de tratamento</p><p>· Características dos esgotos</p><p>Quantitativas:</p><p>Vazões</p><p>Principais fontes:</p><p>· Esgotos domésticos: predomina o contaminante orgânico</p><p>· Esgotos industriais: em função do produto produzido</p><p>· Esgotos especiais-hospitais, shopping e aeroportos</p><p>Cálculo da vazão: em função do consumo de água de abastecimento da localidade.</p><p>Variações que vão ocorrer de acordo com:</p><p>· Clima local</p><p>· Cultura</p><p>· Padrão de vida</p><p>· Atividades econômicas locais</p><p>Vazão de retorno: 80% da quantidade de água distribuída. Ou seja, 80% do abastecimento de água retorna na forma de esgoto. A diferença é perdida como água de irrigação, de jardim, ou até mesmo vazamentos que não retorna diretamente para a rede de esgoto.</p><p>· A cada 100L água abastecido = 80L retorna na forma de esgoto</p><p>Qualitativas</p><p>O esgoto corresponde a 99% água e apenas 0,1% sólidos. É importante destacar porque na verdade as ETEs funcionam para atender este 0,1% de sólidos presente na água. E então por que é tão oneroso?</p><p>Porque infelizmente uma gota de gordura, ou a presença de um esgoto doméstico acaba contaminando uma grande quantidade de água que demanda o seu tratamento.</p><p>· Sólidos orgânicos</p><p>· Sólidos inorgânicos</p><p>· Micro-organismos</p><p>Impactos:</p><p>· Coloração</p><p>· Odor</p><p>· Redução oxigênio</p><p>· Efeitos tóxicos</p><p>· Eutrofização</p><p>· Doenças de veiculação hídrica</p><p>· Níveis de Tratamento</p><p>Conjunto de processos de tratamento</p><p>· Preliminar: gradeamento</p><p>· Primário: remoção sólidos suspensos sedimentáveis</p><p>· Secundário: remoção matéria orgânica</p><p>· Terciário: remoção nutrientes- etapa química por exemplo</p><p>Não necessariamente todas as ETEs vão apresentar todos esses tipos de tratamento, em geral, o terciário é usado para indústrias.</p><p>· Sistema de Tratamento de Esgotos</p><p>Objetivos:</p><p>· Sanitário: eficiência no tratamento.</p><p>· Estético: redução eutrofização.</p><p>· Socioeconômico: melhorar indicadores de agravo à saúde.</p><p>· Tipos de Tratamento de Esgotos</p><p>a. Sistema Unitário: envolve grandes projetos que necessariamente precisam ser dimensionados, prevendo eventos de a cada 20 a 30 anos de grandes enchentes e grandes cheias. Isso porque no sistema unitário, toda água, toda rede de esgoto e inclusive a água pluvial é direcionada para a estação de tratamento de esgoto. Isso tem um ponto positivo, que é em função da economia das tubulações, no entanto, para as cidades que tem uma alta pluviosidade, temos como efeito negativo a contaminação da água de chuva com o efluente. Neste caso, ele não é um sistema usual utilizado aqui no Brasil.</p><p>b. Sistema Separador Absoluto: este já um um sistema mais difundido. Nele temos uma tubulação de esgoto e uma tubulação pra rede pluvial, a vantagem evidentemente desse segundo sistema é que nós conseguimos tratar o esgoto de certa forma mais concentrado, evitando com que a água das chuvas sejam contaminadas pelo esgoto. No entanto esse sistema é mais caro, porque envolve duas tubulações distintas.</p><p>Partes de um Sistema Separador Absoluto:</p><p>· Condutos: correspondem as tubulações que afastam o esgoto desde uma casa, passando por vários emissários.</p><p>· Poços de visita: aonde são feitos os monitoramentos afim de se evitar entupimentos e vazamentos desse efluente para córregos e rios no município.</p><p>· Estações elevatórias: são bombas que vão colocar esse esgoto em um nível. Imagine que uma cidade tenha vários morros, e a estação de tratamento esteja em uma cota superior a um determinado bairro, por exemplo. Então esse esgoto tem que ser colocado numa caixa, e esta bombear através dessas estações elevatórias o esgoto novamente para um ponto em que ele vai -pela gravidade- para a ETE.</p><p>· Estações de tratamento</p><p>· Projeto da Estação de Tratamento de Esgotos</p><p>Qual tecnologia deve ser selecionada?</p><p>· Diagnóstico prévio que identifique o tamanho da população e a previsão do crescimento da população. (taxa de natalidade, estímulos para urbanização)</p><p>· Análise de viabilidade social, técnica e ambiental: regiões aonde o valor da terra é muito caro, não é interessante uma estação que ocupe grandes dimensões, porque estaríamos perdendo em valor de terra, no entanto nós temos eu pensar na dimensão social e técnica para verificar se aquele é um processo realmente adequado</p><p>· Centralização ou descentralização das estações: em função da topografia pode ser que tenha algumas cidades que seja necessário estabelecimento de 3, 4 estações de tratamento e cada uma com funcionamento totalmente distinto. Em outras regiões pode ser interessante a centralização, uma operando com o mesmo sistema, aí compensa colocar uma estação elevatória, por exemplo.</p><p>Exemplo de um fator decisivo: Geração de Lodo</p><p>· Tratamento aeróbio (lodos ativados): produz um volume muito grande por habitante: 2 L/ hab / dia</p><p>· Tratamento anaeróbio: 0,5 L/ hab /dia, caso o município não tenha um aterro sanitário. Pois de nada adiantaria tratar o esgoto e depois não ter aonde lançar o resíduo sólido gerado durante o tratamento, que no caso é um composto que pode ser aplicado na agricultura, mas como o Brasil tem uma certa restrição/dificuldade de aplicação desse lodo na agricultura (técnica, viabilidade financeira, consciência – internalização pelos agricultores de que esse é um produto passível de utilização).</p><p>*Tratamento aeróbio: Maior custo operacional se não houver aterro sanitário.</p><p>· Tratamento de Esgoto</p><p>Realizado por meio de:</p><p>· Operações físicas unitárias:</p><p>· Gradeamento (grades que removem os sólidos grosseiros, que acabam entrando no sistema de tratamento, materiais que são lançados através dos emissários), mistura, sedimentação, flotação e filtração.</p><p>· Processos químicos: Adição de produtos químicos, desinfecção e precipitação.</p><p>· Processos biológicos: Dependem das condições em que se realiza a atividade biológica. Basicamente são duas: aeróbio quando se adiciona o ar para que se desenvolvam os micro-organismos aeróbios e o sistema será mais eficiente só que vai gerar mais lodo. Ou os processos anaeróbios, ausência de oxigênio, a decomposição da matéria orgânica ocorre sem oxigênio. É um processo mais lento, no entanto é um processo que gera uma menor quantidade de lodo. Então essa decisão é em função das características do local.</p><p>Sistemas Biológicos: tratamento de águas residuárias, com elevada matéria orgânica:</p><p>entrada de água> gradeamento (processo físico) > caixa de areia que remove material sólido que vai estar precipitando > medidor de vazão, nesse ponto que temos a análise de quanto efluente aquele ambiente/estação vai estar tratando > decantador primário vai remover o material que é sedimentado e aí sim nós temos o filtro biológico, é o coração da ETE, só depois que os micro-organismos fizeram a decomposição daquele material é que o efluente vai para o decantador secundário, e o que vai para esse decantador secundário é uma água/efluente tratado por micro-organismos mas sobra nesse processo uma grande quantidade de lodo que deve ter o seu destino correto, depois essa água pode ser tanto reutilizada quanto ser direcionada para um corpo receptor.</p><p>Sistemas Físico-químicos: tratamento de efluentes tóxicos ou de baixa degradabilidade:</p><p>Não envolve micro-organismos e é bem específico para industrias. A grande diferença é que ao invés de ter um tratamento biológico que envolve micro-organismo, tem a floculação e a decantação em função da adição de agentes químicos, da mesma forma tem o lodo gerado que precisa ser tratado,</p><p>e a água pode ser para reuso ou ir para um corpo receptor.</p><p>Processos de tratamento biológico aeróbio e anaeróbio:</p><p>· Tanque séptico e filtro anaeróbio: muito empregado em sistemas rurais, para famílias de 4, 5 pessoas e podendo ser ampliado com a adição de novos tanques</p><p>· Nível de tratamento: primário</p><p>· Eficiência remoção de DBO: 70 a 80%</p><p>· Aplicação: áreas rurais</p><p>· Vantagem: operação simples e baixa manutenção</p><p>Nesse sistema temos a entrada do esgoto, que fica por um período de tempo em um tanque de decantação aonde ocorre toda a decomposição anaeróbia e depois esse efluente direciona-se por um filtro que chamamos de filtro anaeróbio, onde nele apresenta-se britas que são revestidas por micro-organismos que fazem o tratamento final até que esse efluente sai. Não é um tipo de sistema que pode ser aplicado para uma cidade inteira, pois seria necessário grandes tanques.</p><p>· Lodo ativado</p><p>· Nível de tratamento: secundário</p><p>· Eficiência remoção de DBO: 80 a 90%. Essa variação ocorre da própria diluição do tratamento, características do sistema e também do efluente. Se entrar um efluente industrial poderá afetar as populações de micro-organismos dos tanques biológicos e de certa forma afetar totalmente o sistema e reduzir a sua eficiência.</p><p>· Filtro biológico</p><p>Se baseia numa estrutura chamada de biofilme. Os biofilmes são micro-organismos que vão se desenvolver aderidos a algumas superfícies, eles vão ocupando algum substrato, esse substrato pode ser rochas (primeira imagem) ou pode ser um material plástico.</p><p>O princípio é ter um substrato por onde esse esgoto passe e os micro-organismos vão removendo a carga orgânica.</p><p>· Nível de tratamento: secundário.</p><p>· Eficiência remoção de DBO: 80 a 93%.</p><p>· Princípio: tratamento por biofilmes.</p><p>· Lagoas de estabilização: Empregado em pequenas cidades</p><p>· Nível de tratamento: secundário.</p><p>· Eficiência remoção de DBO: 80 a 93%.</p><p>· Princípio: lagoas artificiais rasas.</p><p>· Vantagem: baixo custo, simplesmente é necessárias grandes áreas para que sejam colocadas esse esgoto e nessas lagoas facultativas parte do efluente é degradado de forma aeróbia (a parte da superfície) e outra parte de forma anaeróbia pelos microorganismos.</p><p>· Desvantagem: grande área requerida.</p><p>Eficiência:</p><p>· DBO (%) 70 – 85</p><p>· N (%) 30 – 50 elevada capacidade da remoção de nitrogênio e fósforo, nutriente para as algas</p><p>· P (%) 20 – 60</p><p>· Coliformes (%) 60 – 9</p><p>· Requisito de área (m2/hab) 20 – 50</p><p>· Custos de implantação (U$/hab) 10 – 50</p><p>· Tratamento no solo / Disposição no solo: muito usado para áreas rurais</p><p>· Nível de tratamento: secundário.</p><p>· Eficiência remoção de DBO: 80 a 95%.</p><p>· Princípio: aplicação no solo com vegetação através de infiltração lenta ou rápida, ou por escoamento superficial. Não pode ser lançada uma grande quantidade, se não a vegetação também não consegue tolerar, necessariamente é importante colocar uma planta resistente ao efluente e em baixas concentrações de forma que tenha uma lenta infiltração no solo por escoamento superficial.</p><p>Evidentemente que não podemos usar esse sistema para hortaliças, pois temos contatos direto, e sim para florestas ou até mesmo para frutas onde a colheita é feita diretamente da arvore e não com o solo.</p><p>Escoamento subsuperficial:</p><p>Escoamento superficial:</p><p>· Reuso da Água</p><p>Reutilização direta ou indireta da água residual tratada, seja por meio de ações planejadas ou não.</p><p>Reuso indireto: ocorre quando a água utilizada no ciclo urbano é descartada nos rios, córregos ou nas águas subterrâneas e depois é utilizada novamente à jusante, de forma diluída.</p><p>Reuso direto: refere-se à utilização planejada de efluentes tratados (na irrigação na agricultura, no uso industrial para resfriamento e na recarga de aquíferos subterrâneos).</p><p>ATIVIDADE</p><p>1) Indique a alternativa que corresponda aos equipamentos utilizados no tratamento primário de um efluente.</p><p>a) Grades, peneiras e reator biológico.</p><p>b) Desarenador, sedimentador, e tanque de equalização.</p><p>c) Sedimentador, leito de secagem e grades.</p><p>d) Filtro de carvão ativo, reator biológico e peneiras.</p><p>e) Grades, flotador e resinas de troca iônica.</p><p>2) Grade numa estação de tratamento de esgotos, tem a finalidade de:</p><p>a) remover sólidos graúdos sedimentáveis.</p><p>b) remover sólidos grosseiros em suspensão.</p><p>c) remover materiais miúdos em suspensão.</p><p>d) remover substâncias orgânicas dissolvidas.</p><p>3) Nos dias chuvosos a vazão afluente numa estação de tratamento de esgotos pode aumentar consideravelmente. Este fato está relacionado a:</p><p>a) facilidade de infiltração quando a tubulação é de ferro fundido.</p><p>b) ligações clandestinas de água pluvial na rede coletora de esgotos.</p><p>c) contribuição de esgotos que reduz consideravelmente.</p><p>d) ligações efetuadas na rede sem autorização.</p><p>4) O tratamento terciário, também conhecido como tratamento avançado, consiste numa série de processos destinados a melhorar a qualidade dos efluentes. Assinale, entre os processos listados a seguir, aquele que NÃO faz parte desta etapa.</p><p>a) Processos de separação com membranas.</p><p>b) Gradeamento.</p><p>c) Filtração.</p><p>d) Sistemas de troca iônica.</p><p>e) Processos avançados de oxidação.</p><p>AULA 7 – Saneamento Ambiental</p><p>Objetivo desta aula:</p><p>1. Identificar mais algumas características sistema de coleta, tratamento e disposição dos esgotos sanitários.</p><p>· Introdução</p><p>O aumento da população humana no planeta e sua maior concentração nas cidades provocam a elevação do consumo de água, por isso os seres humanos há séculos já desenvolveram técnica para sua captação, transporte, armazenamento e tratamento. Obviamente todos estes processos interferem no ciclo hidrológico e geram um ciclo artificial ou ciclo urbano da água, como já vimos anteriormente.</p><p>A maior parte da água aproveitada nos processos acima descritos para o abastecimento público são águas superficiais que, após o tratamento são distribuídas para as residências e indústrias. Os esgotos gerados neste ciclo são coletados e transportados para uma estação para tratamento (ETE), anterior à sua disposição final.</p><p>Nem todas as cidades brasileiras contam com ETEs, mas mesmo os métodos convencionais utilizados nestas estações promovem, apenas, uma recuperação parcial da qualidade da água original.</p><p>Parte da purificação da água ainda continua sendo realizada pelos serviços ambientais como a diluição e aeração nos corpos de água. Entretanto, a próxima cidade a jusante, isto é, a cidade que fica logo rio abaixo, provavelmente também irá captar água para seu abastecimento municipal antes mesmo que ocorra a recuperação completa. Essa cidade, por sua vez, capta e trata a água novamente e dispõe mais esgoto.</p><p>O rápido crescimento da população, associado aos rápidos avanços dos processos industriais e tecnológicos, assim como a crescente urbanização das sociedades têm produzido repercussões sem precedentes sobre o ambiente humano e sobre o planeta e cabe aos técnicos da atualidade solucionar estes problemas.</p><p>· Reuso</p><p>Desde suas nascentes os rios sofrem o processo de captação de suas águas e posterior devolução, por sucessivas cidades, ao longo de toda a bacia hidrográfica.</p><p>Este processo repetitivo também pode ser considerado como um procedimento de reuso indireto da água por isso, durante os períodos de estações do ano com menores índices de chuvas, a manutenção da vazão mínima, em muitos rios pequenos, depende do retorno destas descargas de esgotos efetuadas a montante (rio acima), para que o rio continue existindo e desta forma o ciclo urbano continue integrado ao ciclo hidrológico natural.</p><p>O reuso da água, que é uma atividade ambientalmente positiva traz junto consigo o problema dos sólidos dissolvidos que foram anteriormente gerados; este problema poderia ser solucionado com métodos avançados de tratamento, mas o custo disso é muito elevado. Veremos agora, detalhes dos processos de tratamento que são utilizados nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).</p><p>· Processos de Tratamento</p><p>O processo de tratamento consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora,</p><p>de forma que elas possam ser dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.</p><p>· Imitando a natureza: Com relação à matéria orgânica, as ETEs reproduzem a capacidade que os cursos d’água têm naturalmente de decompor a matéria orgânica, porém num menor espaço e tempo.</p><p>· Agentes de tratamento: As bactérias aeróbias ou anaeróbias, quando encontram condições favoráveis, se reproduzem em grande quantidade, degradando a matéria orgânica presente nos esgotos, por isso são conhecidas como agentes de tratamento.</p><p>· Condições para o tratamento: As condições para o tratamento do esgoto dependem de planejamento prévio, dimensionamento das instalações, assim como de alguns outros fatores que são citados abaixo como:</p><p>· A carga orgânica presente.</p><p>· A classificação das águas do rio que receberá o efluente tratado.</p><p>· A capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado.</p><p>· A disponibilidade de área e energia elétrica.</p><p>· O tratamento do esgoto sanitário ocorre em um processo de vários níveis responsáveis por separação ou eliminação de diferentes substâncias.</p><p>· Níveis de Tratamento de Esgotos Sanitários</p><p>· Tratamento Preliminar</p><p>Neste primeiro nível são retirados do esgoto os sólidos grosseiros, como sacos e garrafas plásticas, folhas e areia. Este procedimento preliminar permite que a eficiência dos próximos seja mantida.</p><p>Processo: os processos utilizados para esta separação física mais grosseira são gradeamento, peneiramento e a sedimentação.</p><p>· Tratamento Primário</p><p>Tem como objetivo reduzir parte da matéria orgânica presente nos esgotos removendo os sólidos em suspensão sedimentáveis e sólidos flutuantes.</p><p>Processo:</p><p>Nesta fase, o esgoto ainda contém sólidos em suspensão, não os mais grosseiros, porque já ficaram retidos no tratamento preliminar. Como estes sólidos ainda presentes são mais pesados que a parte líquida, eles sedimentam, indo para o fundo dos decantadores, formando o lodo primário bruto. Esse lodo é retirado do fundo do decantador, através de raspadores mecanizados, tubulações ou bombas. O processo é anaeróbico, pois ocorre através da fermentação, na ausência de oxigênio. Vamos conhecer os tipos mais comuns:</p><p>a. Sistema fossa séptica – filtro anaeróbio:</p><p>Este é um sistema ecologicamente correto de eliminação do esgoto; é muito usado no Brasil, no meio rural e em comunidades de pequeno porte.</p><p>Ele é uma alternativa economicamente viável de tratamento de esgotos destinado a receber o esgoto de um ou mais domicílios e com capacidade de dá-los um grau de tratamento simples e de baixo custo.</p><p>Ele se apresenta de acordo com a legislação federal, Lei 9.782/99 que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária e recebe outras especificações em alguns municípios do país como Santos/SP (Lei 3.529/68) e Raposos/MG (977/06), além de ser normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pelas normas NBR 7229 e NBR 13969.</p><p>Por este sistema, os sólidos em suspensão se sedimentam no fundo da fossa séptica e formam o lodo, que será onde ocorrerá a digestão anaeróbia.</p><p>O líquido se encaminha para o filtro anaeróbio que possui bactérias que crescem aderidas a uma camada suporte formando a biomassa, que reduz a carga orgânica dos esgotos.</p><p>b. Sistema – Filtro biológico:</p><p>O sistema de filtro biológico é o mais comum dos tratamentos biológicos aeróbios.</p><p>A concepção inicial deste sistema baseou-se nos filtros de contato, que eram tanques preenchidos com pedras em que o esgoto permanecia em contato este material de enchimento por um período determinado.</p><p>Os filtros biológicos modernos utilizam suportes bastante permeáveis, em geral pedras, ou material plástico, onde micro-organismos se fixam e por onde o esgoto percola.</p><p>Os micro-organismos aderidos nas superfícies de contato utilizam a matéria orgânica como alimento, degradando-a.</p><p>É importante que este sistema seja bem dimensionado para que o tempo de passagem da metéria orgânica permita que todo material seja retido e degradado.</p><p>· Tratamento Secundário</p><p>Remove a matéria orgânica e os sólidos em suspensão através de processos biológicos, utilizando reações bioquímicas, realizadas por microorganismos – bactérias aeróbias, aeróbias facultativas, protozoários e fungos.</p><p>Processo: No processo aeróbio os microorganismos presentes nos esgotos se alimentam da matéria orgânica ali também presente, convertendo-a em gás carbônico, água e material celular. Esta decomposição biológica do material orgânico requer a presença de oxigênio e outras condições ambientais adequadas como temperatura, pH, tempo de contato, etc. Vamos conhecer os tipos mais comuns:</p><p>a. Lagoas de estabilização (ou lagoas de oxidação) e suas variantes.</p><p>São lagoas construídas de forma simples, onde os esgotos entram em uma extremidade e saem na oposta. A matéria orgânica, na forma de sólidos em suspensão, fica no fundo da lagoa, formando um lodo que vai aos poucos sendo estabilizado.</p><p>O processo da lagoa de estabilização aeróbia se baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: as algas existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese. Esse oxigênio dissolvido (OD) é utilizado pelas bactérias aeróbias (respiração) para se alimentarem da matéria orgânica em suspensão e dissolvida presente no esgoto. O resultado é a produção de sais minerais – alimento das algas - e de gás carbônico (CO2).</p><p>b. Lodos ativados e suas variantes</p><p>É composto, essencialmente, por um tanque de aeração (reator biológico), um tanque de decantação (decantador secundário) e uma bomba de recirculação do lodo.</p><p>Processo: O princípio do sistema é a recirculação do lodo do fundo de uma unidade de decantação para uma de aeração. Em decorrência da recirculação contínua de lodo do decantador e da adição contínua da matéria orgânica, ocorre o aumento da biomassa de bactérias, cujo excesso é descartado periodicamente.</p><p>c. Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB)</p><p>Inicialmente os UASBs foram nomeados de digestor anaeróbio de fluxo ascendente (DAFA), quando desenvolvidos na Holanda, para clarificação de águas residuais industriais concentradas.</p><p>Processo: Neste sistema, a biomassa cresce dispersa no meio, e não aderida, como nos filtros biológicos. Esta biomassa, ao crescer, forma pequenos grânulos, que por sua vez, tende a servir de meio suporte para outras bactérias. O fluxo do líquido é ascendente e são formados gases – metano e carbônico, resultantes do processo de fermentação anaeróbia.</p><p>O reator do tipo UASB contém em sua coluna ascendente, um leito de lodo, uma zona de sedimentação, e o separador de fase, cuja finalidade é dividir a parte inferior que é a zona de digestão, da superior (zona de sedimentação).</p><p>Neste sistema a água residuária segue uma trajetória ascendente passando primeiro pelo lodo e depois para a zona de sedimentação. Ao passar pelo lodo, a água residuária incorpora a ele, seus sólidos orgânicos, que serão biodegradados e digeridos em um processo anaeróbico que resultará na produção de biogás, que tem trajetória ascendente com o líquido e depois é eliminado, e no crescimento da biomassa bacteriana.</p><p>Vantagens:</p><p>· Baixo custo de implantação e operação</p><p>· Baixa produção de lodo</p><p>· Baixo consumo de energia</p><p>· Sistema compacto</p><p>· Necessidade de pouco espaço para sua implantação e funcionamento</p><p>Desvantagens:</p><p>· Possibilidade de emanação de maus odores</p><p>· Baixa capacidade do sistema para tolerar cargas tóxicas</p><p>· Muito tempo para a partida do sistema</p><p>d. Tratamento aeróbio com biofilme</p><p>Neste sistema, o esgoto é aplicado sobre um leito de material grosseiro, como pedras e ripas ou material plástico, e percola em direção a drenos no fundo.</p><p>Este fluxo do esgoto permite o crescimento de bactérias na superfície do leito, formando uma película de microorganismos aeróbicos. O ar circula nos espaços vazios entre as pedras ou ripas, fornecendo oxigênio para os microorganismos decomporem a matéria orgânica.</p><p>· Tratamento Terciário</p><p>Remove poluentes específicos (micronutrientes e patogênicos), além de outros poluentes não retidos no tratamento primário e secundário. Este tratamento</p><p>é utilizado quando se deseja obter um tratamento de qualidade superior para os esgotos.</p><p>Processo: Neste tratamento se remove compostos como nitrogênio e fósforo, além da remoção completa da matéria orgânica. Este processo utiliza procedimentos como radiação ultravioleta e outros produtos químicos.</p><p>a. Tratamento do lodo</p><p>Todos os processos de tratamento de esgoto resultam em subprodutos: o material gradeado, areia, espuma, lodo primário e lodo secundário, que devem ser tratados para poder ser lançados adequadamente, sem que provoque prejuízos ao meio ambiente.</p><p>O tratamento do lodo é parte integrante do processo de lodo ativado, para isso ele deve passar por diferentes etapas; algumas das principais estão explicadas abaixo:</p><p>Lodo não estabilizado:</p><p>· Adensamento, para remoção da umidade.</p><p>· Estabilização, para remoção da matéria orgânica.</p><p>· Condicionamento, para preparar para a desidratação.</p><p>· Desidratação, nesta fase o lodo perde mais umidade e há redução do volume, ocorre em leitos de secagem, lagoas de lodo ou com auxílio de equipamentos mecânicos.</p><p>· Disposição final em aterros sanitários, aplicação no solo etc.</p><p>Lodo estabilizado:</p><p>· Nesta fase, o lodo já estabilizado pode ser disposto em aterros sanitários ou aplicado como fertilizante na agricultura, após tratamento adequado.</p><p>ATIVIDADE</p><p>1) Sobre os métodos de tratamento vistos, selecione as alternativas verdadeiras:</p><p>(X) O Sistema de fossa séptica é um sistema ecologicamente correto de eliminação do esgoto; é muito usado no Brasil, no meio rural e em comunidades de pequeno porte. Ele é uma alternativa economicamente viável de tratamento de esgotos destinado a receber o esgoto de um ou mais domicílios e com capacidade de dá-los um grau de tratamento simples e de baixo custo.</p><p>(X) O processo da lagoa de estabilização aeróbia se baseia nos princípios da respiração e da fotossíntese: as algas existentes no esgoto, na presença de luz, produzem oxigênio que é liberado através da fotossíntese.</p><p>(X) No sistema Reator Anaeróbio de Manta de Lodo (UASB) aágua residuária segue uma trajetória ascendente passando primeiro pelo lodo e depois para a zona de sedimentação. Ao passar pelo lodo, a água residuária incorpora a ele, seus sólidos orgânicos, que serão biodegradados e digeridos em um processo anaeróbico que resultará na produção de biogás, que tem trajetória ascendente com o líquido e depois é eliminado, e no crescimento da biomassa bacteriana.</p><p>· Na próxima aula, conheceremos: Você estudará os sistemas de drenagem pluvial urbana.</p><p>TELETRANSMITIDA</p><p>Saneamento ambiental: corresponde a uma série de medidas que envolvem a preocupação com o meio ambiente e a saúde da população. Mas para que isso funcione de maneira integrada é necessário dividir as diferentes atividades e implementações que devem ser feitas nas cidades. De forma que os municípios e também a população consigam administrar e resolver esses problemas de maneira a atender a todos.</p><p>· Sistemas de saneamento ambiental</p><p>· Saneamento e saúde pública</p><p>· Controle de qualidade das águas</p><p>· Sistemas de Saneamento Ambiental</p><p>Quando falamos em sistemas de saneamento ambiental é importante compreender que corresponde aos serviços públicos de controle ambiental.</p><p>Objetivo: resolver os problemas gerados na infraestrutura das cidades.</p><p>Consequência: promove a qualidade e a melhoria do meio ambiente, contribui para a saúde pública e o bem-estar da população.</p><p>Esse sistema de saneamento pode ser dividido em vários outros tópicos:</p><p>· Abastecimento de água: água que chega encanada e potável – ou deveria chegar</p><p>· Coleta, tratamento e disposição final de esgotos: como a água é retirada das residências</p><p>· Drenagem pluvial: corresponde toda a água que é encaminhada/dirigida, que cai através da chuva nas cidades ou na bacia hidrográfica, e como ela é destinada para os corpos d’águas</p><p>· Coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos</p><p>· Controle ambiental do uso do solo: bem como o planejamento, as diretrizes, aonde serão áreas verdes, aonde serão áreas residenciais, comerciais, industriais</p><p>· Macrodrenagem: organiza e direciona a água que cai nas bacias hidrográficas</p><p>· Controle de vetores de doenças e de emissões atmosférica</p><p>· Saneamento e Saúde Pública</p><p>· Abastecimento de água</p><p>· Esgotamento sanitário</p><p>· Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos</p><p>· Drenagem de águas pluviais urbanas</p><p>Entre 1990 e 2012:</p><p>· 2,3 bilhões de pessoas no mundo tiveram acesso à água potável.</p><p>· Caiu de 1,5 milhões para pouco mais de 600.000 o número de crianças que morreram de diarreia, doenças associadas com a falta de água, saneamento e higiene.</p><p>· 1/3 da população mundial - representa cerca de 2,5 bilhões de pessoas - vivem sem instalações sanitárias básicas.</p><p>· 1 bilhão de pessoas lançam seus esgotos a céu aberto.</p><p>· 748 milhões de pessoas não têm acesso à água potável.</p><p>· 1,8 bilhão de pessoas usam uma fonte de água para o consumo que está contaminada com fezes.</p><p>Número estimado de mortes devido ao saneamento inadequado no ano de 2012:</p><p>· Brasil: 2.141 (aproximadamente 0,001% da população).</p><p>· Argentina: 265 (aproximadamente 0,0006% da população).</p><p>· Brasil: um dos países com o índice mais alto de pessoas que não possuem banheiro – cerca de 7 milhões de habitantes. Ou seja, o esgoto é lançado a céu aberto, ou então caem em valetas ou até mesmo fossas que podem acabar contaminando a água subterrânea, o que é algo extremamente ruim do ponto de vista de saneamento, inclusive diante da imagem do Brasil para o mundo, que acaba sendo deteriorada no que dificulta para eventuais recebimentos de verbas e outras oportunidades de desenvolvimento social.</p><p>Para que a gente possa entender um pouco mais essas questões, em como esses números interferem nas nossas políticas temos que compreender:</p><p>· Morbidade: portador de determinada doença, em determinado local e em determinado momento.</p><p>Vai servir como indicador que permite avaliar o impacto do sistema de abastecimento de água nas doenças de veiculação hídrica.</p><p>Não é interessante contabilizar o número de mortes, mas sim o número de pessoas que são portadoras. Ou seja, antes que venha a se agravar e levar a óbito, é interessante utilizar um indicador para que possamos solucionar de maneira mais pontual.</p><p>Doenças relacionadas com a ausência de saneamento:</p><p>· Doenças de baixa letalidade, mas de alta endemicidade;</p><p>· Atingem principalmente crianças abaixo de 5 anos - principal causa de internação;</p><p>· Afetam o desenvolvimento devido a desnutrição.</p><p>Percentual dos municípios brasileiros por regiões que coletam e tratam o esgoto – 2008:</p><p>Com isso fica claro que os esgotos estão sendo afastados das casas, mas continua alcançando os corpos d’água, contaminando nossas águas superficiais, e na outra ponta, as cidades que usam para seu abastecimento, estão coletando água e abastecendo – caso as ETAs não funcione perfeitamente – com água contaminada.</p><p>Percentual de domicílios abastecidos por água de rede geral por regiões – 2000 e 2008:</p><p>78% dos domicílios e 98% da população brasileira tem acesso à água para o consumo (média)</p><p>· 85 de 102 agravos à saúde e traumatismo - atribuídos ao saneamento ambiental deficiente. (WHO, 2006)</p><p>· 24% das enfermidades e 23% das mortes prematuras - resultam da exposição a ambientes insalubres e sem atenção sanitária. (WHO, 2006)</p><p>· 90,5% das mortes por diarreia aguda, em países em desenvolvimento, atingem população menor de 15 anos de idade.</p><p>Classificação ambiental unitária das infecções relacionadas com o saneamento (água e excretas):</p><p>a. Doenças do tipo feco-oral (transmissão hídrica ou relacionada com a higiene)</p><p>Ex.: Hepatite A, E e F, poliomielite, cólera, disenteria bacilar, amebíase, diarreia por Escherichia coli e rotavírus, febre tifóide, giardíase e ascaridíase.</p><p>b. Doenças do tipo não feco-oral (relacionadas com a higiene)</p><p>Ex.: doenças infecciosas da pele e dos olhos e febre transmitida por pulgas.</p><p>c. Helmintíases do solo</p><p>Ex.: Ascaridíase e Ancilostomose</p><p>d. Teníases</p><p>Ex.: Teníases</p><p>e. Doenças baseadas na água</p><p>Ex.: Leptospirose e Esquistossomose</p><p>f. Doenças transmitidas por inseto vetor</p><p>Ex.: Malária, dengue, febre amarela, filariose e infecções transmitidas por baratas e moscas relacionadas com excretas.</p><p>g. Doenças relacionadas com vetores roedores</p><p>Ex.: Leptospirose e doenças transmitidas por vetores roedores.</p><p>Sobre o vídeo: Agencia Nacional de Águas (ANA) – Recursos Hídricos</p><p>Objetivo da ANA: Monitorar e avaliar a água de rios e lagos para garantir a qualidade dos recursos hídricos no país.</p><p>A rede nacional de monitoramento de qualidade das águas vai analisar a água em rios e lagos de todo o território nacional com parâmetros e equipamentos padronizados, a avaliação vai permitir comparar de forma segura a situação das águas do Brasil para ajudar na gestão dos recursos hídricos.</p><p>Cada vez mais nós estamos percebendo que em um país tão complexo e extenso como o Brasil, a gestão dos recursos hídricos tem que ser feita e compartilhada entre a União e os Estados. E um dos aspectos importantes nessa gestão é conhecer a qualidade dos nossos rios, para que os usos – principalmente o abastecimento urbano – esteja adequado a essa qualidade dos nossos mananciais.</p><p>Para isso, a ANA vai investir quase 10 milhões de reais em medidores de vasão, sonda para medir a qualidade das águas, entre outros.</p><p>Qualquer dimensão do desenvolvimento passa pelo uso da água – seja agricultura, indústria – então nós temos que fazer com que essa água seja retirada, promova o desenvolvimento, mas que seja retornada aos mananciais em qualidade, para que se possa manter a dimensão ecológica. Esse é o grande desafio para a gestão dos recursos hídricos.</p><p>O monitoramento é fundamental para garantir a qualidade da água que é abastecida, mas sobretudo, a melhora do sistema sanitário de coleta e tratamento do esgoto, visa reduzir justamente a contaminação e poluição das águas superficiais.</p><p>· Desenvolvimento Social e Ambiental</p><p>Análise de indicadores ambientais, de desenvolvimento social e econômico, demográficos e de saúde - através do IBGE.</p><p>Indicadores:</p><p>· taxa de mortalidade infantil (TMI)</p><p>· proporção de pobres</p><p>· taxa de analfabetismo entre as pessoas com 18 ou mais anos de idade</p><p>· taxa de cobertura de água encanada</p><p>Taxa de Mortalidade Infantil por 1000 nascidos vivos (nv) nos municípios brasileiros:</p><p>Proporção (%) de pessoas que vivem em domicílios com água canalizada para um ou mais cômodos, nos municípios brasileiros:</p><p>Alguns dos problemas da ausência de saneamento básico:</p><p>· Compromete o equilíbrio dos ecossistemas - eutrofização e/ou poluição</p><p>· Provoca doenças pela má qualidade ou pela ausência</p><p>· Impede o desenvolvimento socioeconômico</p><p>· Planejamento Ambiental Urbano</p><p>Planejamento urbano: Associado ao planejamento ambiental</p><p>· Monitoramento através de indicadores socioambientais</p><p>· Melhora nos sistemas de saneamento</p><p>· Melhora da qualidade de vida da população brasileira nos últimos 20 anos Busca do Desenvolvimento Sustentável</p><p>Dificuldades da integração e aplicação de políticas de gestão e planejamento ambiental sustentáveis:</p><p>· reconhecimento da importância das ações ambientais;</p><p>· despreparo dos órgãos públicos de gestão;</p><p>· acesso a dados integrados da situação social, econômica e ambiental;</p><p>· reversão dos processos de degradação ambiental.</p><p>Conclusão: Água, saneamento e o ciclo da pobreza</p><p>ATIVIDADE</p><p>1) Quais os efeitos à saúde pública e ao meio ambiente da implementação do sistema de água e esgoto?</p><p>Produção e Tratamento de Água para Abastecimento</p><p>· Alteração do regime hidrológico do manancial: isso acontece porque em muitos casos, para garantir o abastecimento da água numa determinada localidade é necessário fazer um barramento/represamento e isso altera o fluxo da água, o que antes era uma água de corrente torna-se represada, que pode também esta passando por alguns processos de transformações hidrológicas.</p><p>· E no caso de tratamento da água em ETAs nós temos a geração de lodo, e a disposição errada desse lodo pode provocar uma contaminação do solo e água.</p><p>Distribuição de Água Potável</p><p>· Risco da contaminação de água: até a interrupção do abastecimento pode gerar problemas caso a água que está ao redor do solo entre no conduto de água tratada, se a água suja entra no conduto de água tratada eu começo a ter um abastecimento de uma água com menor qualidade.</p><p>AULA 8 – Sistema de Drenagem Urbana</p><p>Objetivo desta aula:</p><p>1. Utilizar alguns termos básicos de saneamento ambiental relacionados à drenagem da água urbana.</p><p>2. Identificar as principais causas dos alagamentos em áreas urbanas.</p><p>3. Identificar a importância e os objetivos do sistema de drenagem urbana.</p><p>· Introdução</p><p>O sistema de drenagem urbana é uma importante parte do sistema de saneamento de uma cidade, pois é a partir dele que se organizam diversos fatores relacionados tanto à coleta de água (água bruta), quanto seu despejo (águas residuais).</p><p>O serviço de saneamento de uma cidade deve exercer funções específicas em cada uma das fases para manutenção da qualidade de vida da população e para saúde pública.</p><p>De acordo com a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, também conhecida como a Lei de Saneamento Básico, os serviços de drenagem e de manejo das águas pluviais que sejam adequados à saúde pública, à segurança da vida, ao patrimônio público e privado são parte de seus princípios fundamentais.</p><p>Vejamos de que forma esta lei se concretiza nas cidades e quais as terminologias utilizadas na área sobre o assunto.</p><p>· Terminologias</p><p>Para entendermos melhor a lógica do trabalho de saneamento básico, no controle das chuvas e enchentes, é necessário que tenhamos em mente sua terminologia. Conheça alguns dos termos mais utilizados, classificados pela Agência Nacional de Águas (ANA). Muitos já são de uso comum de todos, mas como nem todos são é importante tê-los classificados para evitar confusões que atrapalhem estudos futuros.</p><p>· Greide: linha do perfil correspondente ao eixo longitudinal da superfície livre da via pública.</p><p>· Guia: conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do passeio com o leito viário, constituído geralmente de peças de granito argamassadas.</p><p>· Sarjeta: canal longitudinal, em geral triangular, situado entre a guia e a pista de rolamento e destinado a coletar e conduzir as águas de escoamento superficial até os pontos de coleta.</p><p>· Sarjetões: canal de seção triangular situado nos pontos baixos ou nos encontros dos leitos viários das vias públicas destinados a conectar sarjetas ou encaminhar efluentes destas para os pontos de coleta.</p><p>· Bocas coletoras: também denominadas de bocas-de-lobo, são estruturas hidráulicas para captação das águas superficiais transportadas pelas sarjetas e sarjetões. Em geral, situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta.</p><p>· Galerias: condutos destinados ao transporte das águas captadas nas bocas coletoras até os pontos de lançamento. Tecnicamente denominadas de galerias, tendo em vista serem construídas com diâmetro mínimo de 400 mm.</p><p>· Condutos de ligação: denominados de tubulações de ligação, são destinados ao transporte da água coletada nas bocas coletoras até as galerias pluviais.</p><p>· Poços de visita: câmaras visitáveis situadas em pontos previamente determinados, destinadas a permitir a inspeção e limpeza dos condutos subterrâneos.</p><p>· Trecho de galeria: parte da galeria situada entre dois poços de visita consecutivos.</p><p>· Caixas de ligação: denominadas de caixas mortas, são caixas subterrâneas feitas de alvenaria e não visitáveis com finalidade de reunir condutos de ligação ou estes à galeria.</p><p>· Bacias de drenagem: área contribuinte para a seção em estudo.</p><p>· Drenagem</p><p>Dentro do conceito de saneamento ambiental, entende-se como drenagem as obras ou instalações destinadas a escoar o excesso de água seja em rodovias na Zona Rural ou na malha urbana.</p><p>A drenagem urbana não se restringe aos aspectos puramente técnicos, impostos pelos limites restritos à engenharia, pois compreende o conjunto de todas as medidas a serem tomadas que visem à atenuação dos riscos e dos prejuízos decorrentes de inundações.</p><p>O caminho percorrido pela água da chuva sobre</p><p>uma superfície pode ser topograficamente bem definido ou não. Após a implantação de uma cidade, o percurso caótico das enxurradas passa a ser determinado pelo traçado das ruas e acaba se comportando, tanto quantitativa como qualitativamente, de maneira bem diferente de seu comportamento original. O calçamento das ruas também colabora para o aumento da velocidade e volume de água das enxurradas, pois diminui sua absorção pela terra e cria “canais” de condução mais rápidos (Neto, Agência Nacional de Águas).</p><p>· Causas e Alagamentos Urbanos</p><p>· Ocupação urbana desordenada</p><p>· Atividades de mineração e beneficiamento de carvão</p><p>· Edificações e ruas construídas à margem do rio</p><p>· Subdimensionamento do sistema de micro e macrodrenagem</p><p>· Obstrução do sistema de micro e macrodrenagem</p><p>· Falta de rede de coleta e tratamento de esgoto doméstico</p><p>· Saneamento Básico</p><p>É o serviço público que compreende os sistemas de abastecimento de água, de coleta e tratamento de esgoto, resíduos líquidos industriais e agrícolas, acondicionamento, coleta, transporte e/ou destino final dos resíduos sólidos, coleta de águas pluviais e controle de empoçamentos e inundações. Estes serviços prestados pelo poder público são assegurados pela Lei nº 11.445/07.</p><p>· Sistemas de Drenagem Pluvial</p><p>Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas dimensões em sistemas de microdrenagem, também denominados de sistemas iniciais de drenagem e de macrodrenagem.</p><p>O sistema de microdrenagem inclui a coleta e afastamento das águas superficiais ou subterrâneas através de pequenas e médias galerias. Já o de macrodrenagem inclui, além da microdrenagem, as galerias de grande porte (com diâmetros maiores que 1,5 m) e os corpos receptores, tais como canais e rios canalizados.</p><p>· Objetivos dos Sistemas de Drenagem</p><p>Os sistemas de drenagem urbana são, essencialmente, sistemas preventivos de inundações, principalmente nas áreas mais baixas das comunidades sujeitas a alagamentos ou marginais de cursos naturais de água, podendo agravar em função da urbanização desordenada.</p><p>Todo plano urbanístico de expansão deve conter um plano de drenagem urbana, visando delimitar as áreas mais baixas potencialmente inundáveis, a fim de diagnosticar a viabilidade ou não da ocupação destas áreas do ponto de vista de expansão dos serviços públicos.</p><p>· Os Benefícios do Sistema de Drenagem</p><p>· Desenvolvimento de um sistema viário mais eficiente.</p><p>· Redução de gastos com manutenção das vias públicas.</p><p>· Valorização das propriedades existentes na área beneficiada.</p><p>· Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o tráfego por ocasião das precipitações.</p><p>· Eliminação da presença de águas estagnadas e lamaçais.</p><p>· Rebaixamento do lençol freático.</p><p>· Recuperação de áreas alagadas ou alagáveis.</p><p>· Segurança e conforto para a população habitante ou transeunte pela área de projeto.</p><p>· Causas da modificação do regime hidrológico</p><p>· Impermeabilização do solo devido às edificações.</p><p>· Retirada da cobertura vegetal nas áreas de encostas.</p><p>· Colocação de revestimento asfáltico nas ruas.</p><p>· Aterramento das áreas de várzeas.</p><p>· Plano Diretor de Drenagem Urbana</p><p>Para implementar medidas sustentáveis na cidade, é necessário considerar:</p><p>· Os novos desenvolvimentos não podem aumentar a vazão máxima de jusante.</p><p>· Planejamento e controle dos impactos existentes devem ser elaborados, considerando a bacia como um todo.</p><p>· O horizonte de planejamento deve ser integrado ao plano diretor da cidade.</p><p>· O controle dos efluentes deve ser avaliado de forma integrada com o esgotamento sanitário e com os resíduos sólidos.</p><p>No Brasil, a infraestrutura de microdrenagem está diretamente ligada, a princípio, ao município e este define as ações de manutenção e ampliação locais. À medida que os sistemas se ampliam, eles adquirem maior relevância. Como as questões passam ao nível de área de macrodrenagem, podem passar a ser da competência dos governos estadual ou federal. Isto é, deve ser da competência da administração municipal (Prefeitura), os serviços de infraestrutura urbana básica, relativos à microdrenagem e serviços correlatos – incluindo terraplenagens, guias, sarjetas, galerias de águas pluviais, pavimentações e obras de contenção de encostas para minimização de risco à ocupação urbana.</p><p>Quanto à macrodrenagem, existem vários e trágicos exemplos de situações críticas ocasionadas por cheias urbanas e agravadas pelo crescimento desordenado das cidades, como a ocupação de várzeas, encostas e fundos de vales. De um modo geral, nas cidades brasileiras a infraestrutura pública em relação à drenagem, como em outros serviços básicos, ainda se apresenta insuficiente, apesar da melhora já identificada em pesquisas como as do IBGE nos últimos anos. Os estudos mostram que ainda há necessidade não somente de melhoria do serviço de saneamento, mas também de fiscalização e vigilância para evitar ocupações em áreas de risco.</p><p>Nesta aula, você:</p><p>· Relembrou alguns termos básicos de saneamento ambiental relacionado à drenagem da água urbana.</p><p>· Identificou as principais causas dos alagamentos em áreas urbanas.</p><p>· Identificou a importância e os objetivos do sistema de drenagem urbana.</p><p>Na próxima aula, conheceremos:</p><p>· Os aspectos relevantes da educação sanitária relacionados à higiene doméstica e industrial.</p><p>TELETRANSMITIDA</p><p>· Controle da qualidade das águas.</p><p>· Sistema de drenagem urbana.</p><p>· Planejamento de drenagem urbana.</p><p>· Controle da Qualidade das Águas</p><p>Quando falamos em qualidade da água estamos tratando também o controle da fonte de poluição dos recursos hídricos. E isso é feito através da aplicação de mecanismos regulatórios, de forma a preservar a qualidade dos corpos d’água.</p><p>Estado: metas de despoluição, fiscalização e aplicação de multas.</p><p>Formas de controle:</p><p>· Padrões: normas regulamentadoras que visam estabelecer limites de emissão, de poluentes presentes na água. Temos a resolução do CONAMA que estabelece alguns parâmetros e classes para as águas superficiais, de forma que possamos ter sempre uma busca de melhora na qualidade da água. E isso é importante não só do ponto de vista ambiental como também do ponto de vista da água que vai ser capitada para o tratamento e abastecimento, pois isso diferencia como deve ser operada e quais os parâmetros para serem tratados numa ETA;</p><p>· Licenciamento ambiental: busca a redução dos impactos de empreendimentos potencialmente poluidores. O licenciamento não deve ser visto como uma forma de barrar o crescimento, mas sim de organizar o crescimento e as atividades industriais de forma que possa ser melhor controlada esses efluentes;</p><p>· Zoneamento ambiental: importante instrumento para ordenamento territorial das atividades (industriais/residenciais) que possam degradar o ambiente.</p><p>No entanto há uma série de dificuldade do estabelecimento dos padrões. Isso acontece porque essas normas já foram feitas há algumas décadas e tende a não contemplar a produção de novos poluentes que estão presentes na água (ex: disruptores endócrinos - hormônios), substâncias desconhecidas presentes que acabam sendo formadas posteriormente ao lançamento – substancias secundárias. Efeitos à saúde humana.</p><p>Hoje temos mais de 100.000 substâncias poluentes no meio ambiente. Logo, imagina uma análise de água para abastecimento – um monitoramento que seja feito diário pra análises de aproximadamente 100 mil substâncias, infelizmente isso não é possível, torna-se inviável e muito onerosa e para isso fazemos o uso de alguns indicadores como oxigênio dissolvido (OD), DBO, DQO – para indicar a presença de alguns contaminantes orgânicos e inorgânicos na água.</p><p>Afim de controlar a poluição é preciso saber como a mesma alcança os corpos d’águas.</p><p>1. Poluição pontual (local específico e identificável). É a poluição que chega através das tubulações, por exemplo. No caso de poluição atmosférica, são através das chaminés.</p><p>2. Poluição difusa (proveniente de vários locais específicos ou da extensão de um terreno, nesse caso é a quantidade de defensivos agrícolas que são aplicados na agricultura através dos pulverizadores onde a</p><p>água da chuva arrasta e vai alcançar em diferentes velocidades e momentos o corpo d’água, nós não temos uma fonte específica).</p><p>Estão associadas ao tipo de uso e ocupação do solo.</p><p>· Sistema de Drenagem Urbana</p><p>População urbana brasileira (2010): 84,35% o resultado dessa intensa urbanização e falta de planejamento:</p><p>· Alteração da circulação da água no ambiente urbano.</p><p>· Confluência/drenagem da água para um leito único.</p><p>· Ocorrência de inundações</p><p>O estudo de drenagem corresponde ao estudo de vários procedimentos de escoamento das águas pluviais (chuvas) nas cidades através de:</p><p>· Obs: no Brasil nós temos a maior parte dos nossos sistemas de coleta de esgoto separados das águas pluviais, então isso faz com que tenhamos um sistema de esgoto e um outro sistema de águas pluviais.</p><p>· Tubos: tubulações que drenam, coletam a água de chuva de diferentes pontos</p><p>· Túneis: vão canalizar essa água até um ponto de cota mais baixo – próximo ao leito do rio</p><p>· Canais: recebem a água drenada</p><p>· Valas</p><p>· Fossos</p><p>Em todo esse sistema o objetivo é drenar a água, retirar a água da superfície: O sistema de drenagem visa remover a água através das bocas de lobo – e as sarjetas são propositalmente inclinadas. Nós temos no meio da rua um ponto mais alto e a partir do poço de visita nós temos o direcionamento dessa agua para o meio fio e consequentemente para as bocas de lobo. Das bocas de lobo nós temos o destino dessa água até um ponto no centro da rua – poço de visita, justamente para a remoção de alguns resíduos e essa vala mais funda, de maior diâmetro drena a água para outros locais. O propósito é que essa água drenada diminua sua velocidade e não impacte no ponto mais baixo nos córregos, para evitar problemas de erosão.</p><p>· Tipos de Canais</p><p>· Naturais: rios e córregos seguem o curso natural</p><p>· Artificiais: concreto armado ou simples, são mais comuns nas cidades em função do próprio crescimento urbano, nas margens uma maior dificuldade de desapropriação para permitir as matas ciliares.</p><p>Para isso, deve-se planejar o assentamento e a expansão das cidades, considerar a natureza dos cursos d’água e considerar a planície de inundação dos rios e conservar as áreas verdes permeáveis, responsáveis pela infiltração das águas pluviais. Uma das áreas verdes que ocorrem naturalmente ao longo dos sistemas hídricos é a mata ciliar, que evita erosão e consequentemente o assoreamento dos rios (deposição de solos e sedimentos que vão diminuindo a profundidade e vasão das águas).</p><p>Assistir vídeo: O córrego indomado. USP/CDCC</p><p>· Micro e Macrodrenagem</p><p>É interessante dividir a drenagem em micro e macrodrenagem.</p><p>Microdrenagem de águas pluviais: Unidades e dispositivos hidráulicos como guia, sarjeta, bocas de lobo, bueiros, galerias, condutos de ligação, poços de visita, trecho de galeria, caixas de ligação, condutos forçados e estações de bombeamento.</p><p>Problemas na Microdrenagem no Brasil:</p><p>· utilização para afastamento de esgotos domésticos clandestinos;</p><p>· entupimento por resíduos sólidos e sedimentos transportados pela água.</p><p>Macrodrenagem de águas pluviais:</p><p>· corresponde a toda a implantação de microdrenagem, galerias de grande porte (diâmetro superior a 1,5m) e os corpos receptores como canais e rios canalizados;</p><p>· função: escoamento final das águas escoadas superficialmente.</p><p>· Problemas de drenagem urbana:</p><p>· impermeabilização das ruas e construções;</p><p>· remoção da vegetação – ela impede a velocidade das águas;</p><p>· movimentação de solo em grandes obras – o solo funciona como filtro, com essa movimentação nós temos o assoreamento;</p><p>· canalização de córregos – a sinuosidade favorece a deposição de partículas e diminui a velocidade da água, uma vez que esses córregos são transformados em linhas retas, a velocidade da água aumenta juntamente com os impactos causados;</p><p>· lançamento de poluentes na água;</p><p>· deposição irregular de resíduos sólidos.</p><p>No que diz respeito a micro e macrodrenagem:</p><p>Alterações Quantitativas:</p><p>· Impermeabilização das ruas e lotes, gera uma:</p><p>· Maior velocidade de escoamento da água, onde vamos ter uma:</p><p>· Concentração de água nos canais principais, causando então:</p><p>· Alagamentos e enchentes</p><p>Alterações Qualitativas:</p><p>· Poluentes atmosféricos são depositados no solo impermeabilizado e acabam sendo arrastados, e são escoados:</p><p>· Escoamento pelas galerias- início das chuvas</p><p>· Poluentes de esgotos domésticos e industriais</p><p>· Assoreamento dos rios e córregos devido a erosão do solo</p><p>· Planejamento de Drenagem Urbana</p><p>· Ferramenta fundamental de gestão da água urbana.</p><p>· Planejamento integrado segundo a bacia hidrográfica e não somente considerando a abrangência de um município.</p><p>Medidas de um sistema de drenagem:</p><p>· Estruturais</p><p>· Canalização de trechos do córrego que apresentem maiores riscos de desmoronamento.</p><p>· Adoção de pavimentos permeáveis.</p><p>· Implantação do sistema de esgotamento sanitário.</p><p>· Delimitação de áreas onde possam ser instaladas bacias de retenção de água.</p><p>· Adequação das estruturas de drenagem e recuperação da mata ciliar ao longo do córrego com vegetação nativa.</p><p>· Não estruturais</p><p>· Fixar critérios técnicos para a execução de projetos de drenagem.</p><p>· Fiscalização para o cumprimento de leis de ocupação do solo urbano.</p><p>· Estabelecimento de leis de manutenção de áreas permeáveis nos lotes para retenção de água.</p><p>· Elaborar sistemas de alerta nos casos de enchentes.</p><p>· Elaborar trabalhos de educação ambiental na bacia.</p><p>· Gerenciamento de Águas Urbanas</p><p>· Monitoramento das fontes de contaminação.</p><p>· Mapeamento da bacia hidrográfica</p><p>· SIG como ferramenta de informações</p><p>Aplicações de SIG – Sistema de Informações Geográficas:</p><p>O SIG pode ser utilizado como uma sobreposição de informações, como por exemplo:</p><p>· Atividades industriais</p><p>· Cobertura e uso do solo – como o solo é ocupado em diferentes locais</p><p>· Resultados de qualidade da água</p><p>· Restrição ou não do uso do recurso</p><p>· Indicar o lançamento de poluentes</p><p>· Análise da ocupação urbana</p><p>· Estabelecimento de medidas de controle e gerenciamento dos recursos hídricos na bacia hidrográfica</p><p>Mapa do potencial natural de erosão na bacia hidrográfica do rio Mogi-Guaçu (SP) utilizando-se o programa de SIG IDRISI 32:</p><p>ATIVIDADES</p><p>1) Quais as formas de controle da poluição dos recursos hídricos?</p><p>· Cobrança pelo uso da água;</p><p>· Parcerias entre o setor público e o privado;</p><p>· Programas de educação ambiental efetivos;</p><p>· Aplicação da legislação e fiscalização nas indústrias e municípios;</p><p>· Monitoramento contínuo dos recursos hídricos.</p><p>2) Como o planejamento ambiental urbano pode contribuir para a recuperação dos recursos naturais em uma bacia hidrográfica?</p><p>· Através da gestão quantitativa e qualitativa dos recursos hídricos.</p><p>· Através do monitoramento contínuo da qualidade dos recursos hídricos.</p><p>· Interagindo com a gestão ambiental dos municípios.</p><p>· Resolução de problemas ambientais de forma a melhorar a qualidade de vida da população.</p><p>AULA 9 – Legislação Ambiental e Controle da Poluição Hídrica</p><p>Objetivo desta aula:</p><p>1. Identificar alguns aspectos importantes da legislação ambiental, mais especificamente a Política Nacional de Meio Ambiente.</p><p>2. Identificar as formas de controle da poluição hídrica.</p><p>3. Reconhecer as formas e parâmetros de avaliação da qualidade das águas.</p><p>· Introdução</p><p>A Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, além de outras providências relevantes ao tema. Esta lei, em seu segundo artigo, apresenta como objetivos a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar no país condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.</p><p>A PNMA cria o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) que congrega os órgãos e instituições ambientais da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.</p><p>Hierarquicamente, apresenta-se o conselho de governo, órgão superior de assessoria ao Presidente da República, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e, em terceiro nível, o</p><p>Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Depois surgem os órgãos estaduais e municipais, que são responsáveis pela execução de programas, projetos, controle e fiscalização das atividades responsáveis por degradar o meio ambiente.</p><p>· Legislação Ambiental</p><p>A legislação ambiental tem por objetivo principal assegurar a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, como um bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presente e futura gerações (Constituição Federal - Cap. VI, Art. 225).</p><p>Partindo desta premissa, a legislação deve buscar, através de seus instrumentos, a compatibilização do desenvolvimento econômico e social com a preservação da qualidade ambiental em níveis que garantam o equilíbrio ecológico, ou seja, um desenvolvimento sustentável.</p><p>Um dos pontos básicos no desenvolvimento do projeto de uma nova unidade industrial, do ponto de vista do meio ambiente, diz respeito ao seu enquadramento dentro dos limites impostos pela legislação vigente em sua área de implantação. Os fatores que influenciam a implantação de uma indústria em um determinado local são:</p><p>· Concepção e características básicas da unidade industrial</p><p>· Planejamento e zoneamento da cidade</p><p>· Espaço necessário</p><p>· Necessidade de recursos naturais próximos (rios, lagos, florestas etc)</p><p>A partir da análise detalhada do empreendimento, serão determinados parâmetros que enquadrarão a legislação que surgem os parâmetros básicos que permitem conceituar, definir e orçar os seus sistemas de proteção ambiental.</p><p>A legislação ambiental vigente no Brasil, além do previsto em capítulo específico da Constituição Federal, compreende uma série de diplomas legais disseminados (Código de Águas, Código Florestal, Código de Mineração e outros) e um conjunto promulgado diretamente pelos órgãos de meio ambiente, em datas mais recentes, a partir da década de 80.</p><p>· Instrumentos da PNMA (Lei 6.938/81)</p><p>Normas e padrões de qualidade ambiental.</p><p>· Zoneamento ambiental.</p><p>· Licenciamento ambiental.</p><p>· Incentivos à produção e instalação de equipamentos e criação ou absorção de tecnologias, voltadas para a melhoria da qualidade ambiental.</p><p>· Penalidades ao descumprimento das medidas necessárias à preservação ou recuperação da qualidade ambiental.</p><p>· Controle da poluição hídrica</p><p>A legislação sobre poluição da água no Brasil esteve dispersa em diplomas como o Código de Águas, Normas de Saúde Pública e outros até 1976, quando foram estabelecidos os primeiros padrões nacionais de controle da poluição hídrica.</p><p>Em 18/6/86, foi promulgada a Resolução CONAMA 020/86, que estabelece:</p><p>· A Classificação das Águas Nacionais em Doces, Salobras e Salinas (uso preponderante).</p><p>· ÁGUAS DOCES: águas com salinidade igual ou inferior a 0,50 %o.</p><p>· ÁGUAS SALOBRAS: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 %o. e 30 %o.</p><p>· ÁGUAS SALINAS: águas com salinidade igual ou superior a 30 %o.</p><p>· Fixa os padrões de qualidade da água para cada classe.</p><p>· Fixa os padrões de emissão para efluentes líquidos.</p><p>ÁGUAS DOCES</p><p>Destinadas:</p><p>a) Ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção.</p><p>b) À preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.</p><p>Classe 1 - Águas destinadas:</p><p>a) Ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado.</p><p>b) À proteção das comunidades aquáticas.</p><p>c) À recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho).</p><p>d) À irrigação de hortaliças que são consumidas cruas, de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película.</p><p>e) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.</p><p>Classe 2 - Águas destinadas:</p><p>a) Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional.</p><p>b) À proteção das comunidades aquáticas.</p><p>c) À recreação de contato primário (esqui aquático, natação e mergulho).</p><p>d) À irrigação de hortaliças e plantas frutíferas.</p><p>e) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.</p><p>Classe 3 - Águas destinadas:</p><p>a) Ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional.</p><p>b) À irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras.</p><p>c) À dessedentação de animais.</p><p>Classe 4 - Águas destinadas:</p><p>a) À navegação.</p><p>b) À harmonia paisagística.</p><p>c) Aos usos menos exigentes.</p><p>ÁGUAS SALINAS</p><p>Classe 5 - Águas destinadas:</p><p>a) À recreação de contato primário.</p><p>b) À proteção das comunidades aquáticas.</p><p>c) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.</p><p>Classe 6 - Águas destinadas:</p><p>a) À navegação comercial.</p><p>b) À harmonia paisagística.</p><p>c) À recreação de contato secundário.</p><p>ÁGUAS SALOBRAS</p><p>Classe 7 - Águas destinadas:</p><p>a) À recreação de contato primário.</p><p>b) À proteção das comunidades aquáticas.</p><p>c) À criação natural e/ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.</p><p>Classe 8 - Águas destinadas:</p><p>a) À navegação comercial.</p><p>b) À harmonia paisagística</p><p>c) À recreação de contato secundário.</p><p>· Padrões de Qualidade</p><p>Padrões de qualidade das águas superficiais são as concentrações máximas permitidas para cada poluente nos corpos d'água e visam preservar a qualidade. Desta forma, podem ser tratadas por métodos convencionais para produzir água potável a um custo razoável e continuar a sustentar o ecossistema aquático.</p><p>A função dos órgãos responsáveis pelo controle da poluição é evitar que sejam lançados poluentes nos rios a ponto das concentrações ultrapassarem os valores permitidos pelos padrões de qualidade da classe correspondente, bem como executar programas de recuperação da qualidade para as águas cuja condição não corresponda à sua classificação.</p><p>· Parâmetros para Avaliação da Qualidade das Águas</p><p>· Materiais flutuantes, inclusive espumas, não naturais e virtualmente ausentes</p><p>· Óleos e graxas virtualmente ausentes</p><p>· Substâncias que apresentem gosto e odor virtualmente ausentes</p><p>· Corantes artificiais virtualmente ausentes</p><p>· Substâncias que formem depósitos objetáveis virtualmente ausentes</p><p>· Coliformes</p><p>· DBO5</p><p>· OD</p><p>· Turbidez até 40 unidades nefelométricas de turbidez (UNT)</p><p>· Nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/l</p><p>· Ph</p><p>· Substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos)</p><p>Os padrões estabelecidos para a qualidade das águas constituem-se em limites para cada substância. As águas não poderão apresentar efeitos letais e de alteração de comportamento, reprodução ou fisiologia da vida ao considerarmos as eventuais ações sinérgicas entre as mesmas ou entre outras não especificadas.</p><p>SAIBA +:</p><p>Padrões de Emissão</p><p>De acordo com a resolução 020/086 do CONAMA, padrões de emissão de efluentes líquidos são concentrações máximas permitidas às indústrias que despejam resíduos nos cursos d’água.</p><p>Nas águas de Classe Especial não são tolerados lançamentos de águas residuais, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes, mesmo tratados. Caso sejam utilizadas para o abastecimento doméstico deverão ser submetidas a uma inspeção sanitária preliminar.</p><p>Não é permitido o lançamento de poluentes nos mananciais subsuperficiais. Nas águas das Classes 1 a 8 são tolerados lançamentos de despejos desde que, além de atenderem aos padrões de emissão, não venham a fazer com que os limites de qualidade estabelecidos para as respectivas classes sejam ultrapassados.</p><p>Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água desde que obedeçam aos seguintes limites ou padrões de emissão:</p><p>· Ph entre 5 e 9</p><p>· Temperatura inferior a 40°C, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3°C.</p><p>· Materiais sedimentáveis até 1ml/litro em teste de 1 hora em cone imhoff. Para o lançamento em lagos e lagoas cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes.</p><p>· Regime de lançamento com vazão máxima</p>e o retorno dos rejeitos ao seu ponto de origem.
· Logística Reversa
· Instrumento de desenvolvimento socioeconômico e de gerenciamento ambiental.
· Objetivo: reaproveitamento de produtos visando a não geração de rejeitos.
Artigo 33 da PNRS: obrigatoriedade de estruturar e implementar sistemas de logística reversa dos seguintes produtos:
· agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;
· baterias e pilhas;
· pneus;
· óleos lubrificantes, seus resíduos e suas embalagens;
· lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e de vapor de sódio e de luz mista;
· produtos eletroeletrônicos e suas peças.
ATIVIDADE
1) Os dados da ABRELPE (2013) mostram que dos 5.565 municípios brasileiros, somente 58,3% destinam os resíduos em aterros sanitários, enquanto que 24,3% vão para aterros controlados e 17,4% para lixões. 
Quais os riscos à saúde pública e ao meio ambiente devido à destinação irregular dos resíduos sólidos urbanos?
· Proliferação de organismos vetores de doenças- ratos e insetos
· Risco de contaminação com micro-organismos patogênicos
· Infiltração do chorume no solo e contaminação da água
· Comprometimento da qualidade do solo
· Emissão de gás metano- intensificando o efeito estufa
· Depreciação da área e do entorno
2) Quais os principais fatores que limitam a implantação de sistemas de gestão dos resíduos sólidos nos municípios brasileiros?
· Recurso financeiro
· Projeto
· Políticas públicas
· Fiscalização
· Corpo técnico
· Disponibilidade de área
	
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