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<p>1) De acordo com o Código Civil, ocorrendo óbito da pessoa, sua herança</p><p>Alternativas</p><p>a) transmite-se, desde logo, aos herdeiros, legítimos e testamentários, independentemente da realização ou conclusão do inventário.</p><p>R- Com a abertura da sucessão, Art. 1.784 do CC, a herança é transmitida desde logo aos herdeiros legítimos e aos testamentários. O que corresponde ao princípio da Saisine, um conceito jurídico do direito de sucessões que determina que os herdeiros passam a ser proprietários dos bens do falecido imediatamente após a sua morte. Ou seja, esse princípio se trata de uma ficção jurídica que garante a transmissão automática do patrimônio do falecido para os seus herdeiros, sem a necessidade de qualquer ato por parte deles.</p><p>b) passa a ser de titularidade do Estado enquanto não ultimado o inventário.</p><p>c) é transmitida apenas aos herdeiros necessários indicados por lei, sendo ineficaz a indicação de qualquer outra pessoa feita pelo autor da herança em vida.</p><p>d) transmite-se, desde logo, apenas aos herdeiros testamentários, ao passo que, em relação aos legítimos, a transmissão da herança depende da conclusão do inventário.</p><p>e) transmite-se, desde logo, apenas aos herdeiros legítimos, ao passo que, em relação aos testamentários, a transmissão da herança depende da conclusão do inventário.</p><p>2) Maria, divorciada e com três filhos de seu casamento anterior, iniciou uma convivência pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituição de família, com Daniela. Elas firmaram uma escritura pública de união estável, onde adotaram o regime da comunhão parcial de bens. Maria faleceu e deixou os seguintes bens: i) um apartamento adquirido antes do início da união estável; ii) uma casa adquirida após a união estável, onde residia com sua companheira Daniela. Pode-se afirmar corretamente que Daniela</p><p>Alternativas</p><p>A) em relação à casa, terá direito apenas à meação, bem como em relação ao apartamento, sucederá recebendo quinhão igual ao recebido por cada filho de Maria.</p><p>R- Considerando que Maria deixou bem particular (apartamento), que Maria deixou 3 filhos e que o regime é parcial, tem direito à meação, com relação à casa e ao quinhão igual aos dos filhos, com relação ao apartamento. E o que prescreve o Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694)I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.</p><p>B) não terá qualquer direito à herança relativamente ao apartamento e terá direito à metade da casa, se provar o esforço comum na aquisição do imóvel.</p><p>C) sucederá exclusivamente em relação à casa, recebendo metade do quinhão atribuído a cada um dos filhos de Maria.</p><p>D) em relação à casa, terá direito apenas à meação, bem como em relação ao apartamento, sucederá recebendo metade do valor atribuído aos filhos de Maria.</p><p>E) receberá um quarto da casa e do apartamento, tendo em vista que, por ter formalizado a união estável por meio de escritura pública, é herdeira de pleno direito.</p><p>3) J. falece e deixa vários bens para seus filhos Bernadete, Howard, Penny e Winston. Um de seus filhos, Howard, veio a falecer deixando Martius e Cassandra como seus herdeiros. Nos termos das regras do Código Civil, os herdeiros de Howard receberão a herança de J. pelo denominado direito de:</p><p>Alternativas</p><p>A) coligação</p><p>B) graduação</p><p>C) assunção</p><p>D) representação</p><p>R- Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse.</p><p>4) A respeito da sucessão legítima:</p><p>I. Concorrendo com ascendentes, ao cônjuge caberá a metade da herança. II. Em concorrência com os descendentes, caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. III. Se concorrerem à herança sobrinhos e tios (parentes consanguíneos, na linha colateral, do terceiro grau), todos herdarão em partes iguais. IV. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que cada um daqueles herdar.</p><p>Com base nessas assertivas, assinale a alternativa que corresponda às afirmativas verdadeiras: Alternativas</p><p>A) I e IV.</p><p>B) II e III.</p><p>C) I e II.</p><p>D) II e IV.</p><p>R- Item II – CC, Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança. E</p><p>Item IV – CC, Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.</p><p>5) João vivia com José em união estável homoafetiva. João faleceu, deixando, como único bem, um apartamento adquirido antes do início da união estável com José. Maria e Joana são filhas de João. Sobre a partilha dos bens de João, assinale a alternativa correta.</p><p>Alternativas</p><p>A) José tem direito a receber um quarto da herança.</p><p>B) José tem direito a receber 50% do valor da herança.</p><p>C) José, Maria e Joana irão receber o mesmo quinhão da herança deixada por João.</p><p>R - Item IV – CC, Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Apesar de induzir a essa conclusão, à essa situação não se aplica reserva da quarta parte, pois os filhos não são comuns.</p><p>D) José receberá metade do valor atribuído aos filhos de João.</p><p>E) José não participará da sucessão de João, tendo em vista a inexistência de bens adquiridos durante a união estável.</p><p>6) São herdeiros necessários, além dos descendentes, apenas</p><p>Alternativas</p><p>A) os ascendentes.</p><p>B) o cônjuge.</p><p>C) os ascendentes e o cônjuge.</p><p>R- É o que prescreve o CC no Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.</p><p>D) os ascendentes, o cônjuge e os colaterais até o terceiro grau.</p><p>E) o cônjuge e os colaterais até o quarto grau.</p><p>7) Mário e Joana, casados pelo regime da comunhão parcial de bens, têm 2 (dois) descendentes (filhos) comuns, Lucas e Joaquim. Lucas tem apenas uma filha, Renata. Lucas faleceu em 10/01/2019 e Mário faleceu em 20/01/2019. Considerando que Mário tem patrimônio total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), integralmente adquirido na constância do casamento, de forma onerosa, é correto afirmar que:</p><p>Alternativas</p><p>A) à Joana caberão R$ 90.000,00, sendo R$ 60.000,00 a título de meação e R$ 30.000,00, a título de herança; ao Joaquim caberão R$ 15.000,00 a título de herança; e à Renata caberão R$ 15.000,00, a título de herança.</p><p>B) à Joana caberão R$ 60.000,00, a título de meação; ao Joaquim caberão R$ 30.000,00, a título de herança; e à Renata caberão R$ 30.000,00, a título de herança.</p><p>R - Ninguém herda o que já é seu, logo, como no caso da questão haviam somente bens comuns, a cônjuge receberá apenas o valor da MEAÇÃO.</p><p>Regras para: Convivente x Regimes de bens: meeiro e herdeiro</p><p>· Convivente x comunhão universal de bens: É meeiro. Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x comunhão parcial de bens, havendo bens particulares do falecido. É meeiro. É herdeiro.</p><p>· Convivente x comunhão parcial de bens, não havendo bens particulares do falecido: É meeiro. Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x separação obrigatória de bens: Não é meeiro (Sim, se houver esforço comum - sumula 377 STF). Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x separação voluntaria de bens: Não é meeiro. É herdeiro.</p><p>· Convivente x participação final dos aquestos: É meeiro. É herdeiro.</p><p>C) à Joana caberão R$ 60.000,00, a título de meação, e ao Joaquim caberão R$ 60.000,00, a título de herança.</p><p>D) à Joana caberão R$ 75.000,00, sendo R$ 60.000,00 a título de meação e R$ 15.000,00, a título de herança; ao Joaquim caberão R$ 30.000,00, a título de herança; e à Renata caberão R$ 15.000,00, a</p><p>título de herança.</p><p>8) Marcos e Joana são casados sob o regime de separação total de bens. Marcos é pai de Felipe, e Joana, mãe de Carolina, ambos os filhos concebidos com outros genitores, antes de seu casamento. O casal possui, ainda, uma filha em comum, Patrícia. Em razão do temperamento agressivo de Marcos, o casal se separa de fato e, após 6 (seis) meses de tal evento, mas antes de tomarem medidas voltadas para a dissolução conjugal, Marcos falece, deixando vasto patrimônio.</p><p>Quanto à sucessão do patrimônio de Marcos, é correto afirmar que:</p><p>Alternativas</p><p>A) Joana haverá um quarto e o restante será dividido igualmente entre Felipe e Patrícia;</p><p>B) Patrícia haverá três quartos dos bens, e Felipe, um quarto;</p><p>C) Joana, Felipe e Patrícia receberão os bens igualmente;</p><p>R - Separação total é aquele em que o casal voluntariamente escolhe, ao passo que o separação legal é obrigatório, ou seja, a lei impõe em determinadas hipótese.</p><p>Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:</p><p>I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;</p><p>Regras para: Convivente x Regimes de bens: meeiro e herdeiro</p><p>· Convivente x comunhão universal de bens: É meeiro. Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x comunhão parcial de bens, havendo bens particulares do falecido. É meeiro. É herdeiro.</p><p>· Convivente x comunhão parcial de bens, não havendo bens particulares do falecido: É meeiro. Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x separação obrigatória de bens: Não é meeiro (Sim, se houver esforço comum - sumula 377 STF). Não é herdeiro.</p><p>· Convivente x separação voluntaria de bens: Não é meeiro. É herdeiro.</p><p>· Convivente x participação final dos aquestos: É meeiro. É herdeiro.</p><p>D) Joana e Felipe receberão, cada qual, metade do patrimônio deixado;</p><p>E) Joana receberá metade dos bens, sendo o restante partilhado entre Felipe e Patrícia.</p><p>9) João, filho de Daniel, não deseja receber a herança de seu pai. Considerando essa situação e que Daniel ainda está vivo João quer saber se pode firmar o termo de renúncia, desde já, renunciando a eventual herança que vier a ser deixada por seu pai, Daniel. Responda o questionamento de João, apresentando a devida justificativa jurídica.</p><p>R- Não poderá firmar tal termo, pois não se transige herança de pessoa viva. Tal transação é proibida no Brasil. Trata do pacto corvina, que é um acordo ou pacto sucessório e que tem como objetivo a herança de uma pessoa ainda viva. A expressão "pacta corvina" vem do latim e significa "acordo do corvo", em referência ao hábito alimentar da ave de esperar a morte de suas vítimas para se alimentar dos seus restos mortais. Trata se de contrato bilateral que é feito entre duas ou mais pessoas, o que é proibido pelo Código Civil, no artigo 426.</p>