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<p>ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS E CULTURAIS: ALIMENTAÇÃO</p><p>Prof: Josicléia Santos</p><p>Aspectos biológicos, psicossociais, socioeconômicos e culturais das escolhas alimentares.</p><p>Compreender os determinantes das escolhas alimentares envolve considerar uma ampla gama de fatores que influenciam</p><p>o que?, quando?, como? e por que? as pessoas escolhem certos alimentos. Esses determinantes podem ser classificados em:</p><p>Biológicos,</p><p>Psicossociais,</p><p>Socioeconômicos e culturais.</p><p>DETERMINANTES BIOLÓGICOS</p><p>Necessidades Nutricionais Individuais: As escolhas alimentares podem ser influenciadas pela necessidade de satisfazer requerimentos nutricionais básicos, como a necessidade de energia (calorias), proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais.</p><p>Preferências de Paladar: As preferências inatas por sabores, como a preferência por alimentos doces ou gordurosos, são influenciadas geneticamente. Isso pode moldar o apetite e a atração por certos tipos de alimentos.</p><p>Regulação de Fome e Saciedade: Hormônios como grelina, leptina e insulina regulam a fome e a saciedade e influenciam a ingestão alimentar.</p><p>referem-se às inclinações naturais que os indivíduos têm por determinados sabores, como doce, salgado, amargo, azedo e umami (saboroso). Essas preferências são influenciadas tanto por fatores genéticos quanto por experiências anteriores, e desempenham um papel fundamental nas escolhas alimentares.</p><p>PREFERÊNCIAS DE PALADAR</p><p>FATORES GENÉTICOS</p><p>Genética e Sensibilidade ao Sabor: A genética desempenha um papel na determinação da sensibilidade e preferência por certos sabores. Por exemplo, algumas pessoas possuem variações nos genes que afetam os receptores gustativos, o que pode torná-las mais ou menos sensíveis a certos sabores. Um exemplo clássico é a diferença na percepção do sabor amargo, que pode ser desagradável para algumas pessoas, mas menos perceptível para outras devido a variações no gene TAS2R38, que codifica receptores de gosto amargo na língua.</p><p>O coentro é um exemplo das diferentes percepções de sabor.</p><p>Para D’Ávila (2018) cita um experimento feito com mais de mil indivíduos, em que se pode perceber diferenças genéticas relacionadas ao sabor do coentro em diferentes grupos étnicos e entre os gêneros feminino e masculino.</p><p>Alguns indivíduos relatam sentir gosto de sabão, de detergente, gosto parecido com o de insetos, gosto de coisa pútrida e gasolina. Os apreciadores dessa erva consideram que ela tem um sabor fresco e cítrico.</p><p>FATORES GENÉTICOS</p><p>Em um estudo feito com quase 1.400 pessoas de diversas origens, observou-se que entre os hispânicos, os sul-asiáticos e os indivíduos do Oriente Médio, de 3% a 7% da amostra sentem esses sabores e cheiros desagradáveis do coentro. Já entre as pessoas do Leste Europeu, os caucasianos europeus e os africanos, esse percentual aumentou e ficou entre 14% e 21%. Porém, é preciso mencionar o dado cultural: em locais onde a erva é mais usada, ela tende também a provocar mais reações negativas.</p><p>Outro dado: as mulheres são mais propensas a sentir o sabor de sabão do que os homens. Entretanto, esse tema é pouco estudado e são necessárias pesquisas suplementares para que se possa esclarecer toda a sua complexidade.</p><p>FATORES GENÉTICOS</p><p>Preferências Genéticas e Comportamento Alimentar: Indivíduos com uma predisposição genética para preferir sabores doces ou gordurosos podem ter maior propensão a consumir alimentos ricos em açúcar e gordura, como doces, chocolates, alimentos fritos e fast food. Esses comportamentos alimentares influenciados geneticamente podem moldar o apetite e a atração por certos tipos de alimentos ao longo da vida.</p><p>Embora as preferências de paladar tenham uma base genética, elas também são moldadas pelo ambiente. A exposição a certos alimentos durante a infância, hábitos culturais, experiências de alimentação repetidas e até o ambiente alimentar (como a disponibilidade de certos tipos de alimentos) podem influenciar e modificar essas preferências ao longo do tempo. Por exemplo, uma pessoa pode inicialmente não gostar de alimentos amargos, mas com repetidas exposições, especialmente quando associadas a experiências positivas, pode desenvolver um gosto por eles.</p><p>INTERAÇÃO COM O AMBIENTE</p><p>REGULAÇÃO DE FOME E SACIEDADE</p><p>A regulação da fome e saciedade é um processo complexo que envolve a interação de vários hormônios que sinalizam o estado energético do corpo, influenciando o apetite e o comportamento alimentar. Os hormônios grelina, leptina e insulina desempenham papéis essenciais nesse sistema de regulação, funcionando como mensageiros que comunicam ao cérebro a necessidade de ingestão de alimentos ou a sensação de saciedade.</p><p>Produção e Função: A grelina é um hormônio produzido principalmente no estômago e, em menor grau, no intestino. Ela é conhecida como o "hormônio da fome" porque seus níveis aumentam antes das refeições, estimulando o apetite e a ingestão alimentar. A grelina age sobre o hipotálamo, uma região do cérebro que regula a fome, incentivando a busca por comida.</p><p>Efeitos na Ingestão Alimentar: Quando os níveis de grelina estão altos, o apetite aumenta, levando a um maior consumo de alimentos. Após a ingestão, os níveis de grelina caem, ajudando a reduzir a fome. No entanto, em condições como a privação de sono ou dietas rigorosas, os níveis de grelina podem permanecer elevados, levando a um aumento da fome e a possíveis excessos alimentares.</p><p>GRELINA: O HORMÔNIO DA FOME</p><p>Produção e Função: A leptina é um hormônio produzido principalmente pelas células adiposas (gordura) e, em menor quantidade, pelo tecido da placenta e do estômago. É conhecida como o "hormônio da saciedade" porque sinaliza ao cérebro que o corpo tem energia suficiente armazenada, reduzindo o apetite e promovendo a sensação de saciedade.</p><p>Efeitos na Ingestão Alimentar: Quando os níveis de leptina estão altos, ela envia sinais ao hipotálamo para inibir a fome e reduzir a ingestão alimentar. No entanto, em casos de obesidade, pode ocorrer resistência à leptina, em que o cérebro não responde adequadamente aos sinais de saciedade, levando a um aumento no consumo de alimentos, mesmo quando há reservas de energia suficientes.</p><p>LEPTINA: O HORMÔNIO DA SACIEDADE</p><p>INSULINA: O REGULADOR DE AÇÚCAR NO SANGUE E FOME</p><p>I</p><p>Produção e Função: A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e é fundamental para a regulação dos níveis de glicose no sangue. Ela permite que as células do corpo absorvam glicose do sangue para serem usadas como energia ou armazenadas como gordura.</p><p>Efeitos na Ingestão Alimentar: A insulina também desempenha um papel na regulação do apetite e na saciedade. Após uma refeição, os níveis de glicose no sangue aumentam, o que estimula a liberação de insulina. A insulina atua no cérebro, particularmente no hipotálamo, para promover a saciedade e reduzir o apetite. No entanto, em condições de resistência à insulina (como em muitos casos de obesidade e diabetes tipo 2), o efeito da insulina sobre a saciedade pode ser comprometido, resultando em uma ingestão alimentar excessiva.</p><p>INTERAÇÃO ENTRE GRELINA, LEPTINA E INSULINA</p><p>Esses hormônios interagem de forma complexa para manter o equilíbrio energético:</p><p>Antes das Refeições: A grelina aumenta, sinalizando ao cérebro que é hora de comer.</p><p>Após as Refeições: A leptina e a insulina aumentam, indicando ao cérebro que o corpo está nutrido e que a ingestão alimentar deve cessar.</p><p>Em Situações de Excesso ou Deficiência Energética: A comunicação entre esses hormônios e o cérebro é ajustada para regular o apetite e a saciedade. Por exemplo, em períodos de jejum prolongado ou perda de peso, os níveis de leptina diminuem e a grelina aumenta, estimulando o apetite para recuperar a energia perdida</p><p>DETERMINANTES SOCIOECONÔMICOS</p><p>Renda e Acessibilidade: A capacidade financeira afeta a disponibilidade e o acesso a alimentos saudáveis. Em muitos casos, alimentos processados de baixa qualidade podem ser mais acessíveis e baratos do que opções mais saudáveis.</p><p>Educação e Conhecimento Nutricional: O nível de educação e o conhecimento sobre nutrição</p><p>influenciam a compreensão das necessidades alimentares e as escolhas de alimentos.</p><p>Ambiente de Varejo Alimentar: A disponibilidade de lojas de alimentos, supermercados e mercados de agricultores nas proximidades pode influenciar o acesso a uma variedade de opções alimentares.</p><p>DETERMINANTES CULTURAIS</p><p>Tradições e Práticas Culturais: As tradições alimentares culturais e os costumes influenciam significativamente as escolhas alimentares. Por exemplo, certos alimentos são consumidos apenas em ocasiões específicas ou em celebrações.</p><p>Normas Sociais e Pressão do Grupo: As escolhas alimentares podem ser influenciadas pelas normas sociais e pelo desejo de se conformar ao comportamento alimentar de um grupo.</p><p>Simbologia e Significado dos Alimentos: Em muitas culturas, certos alimentos têm significados simbólicos e são associados a práticas religiosas, status social ou identidade cultural.</p><p>DETERMINANTES PSICOSSOCIAIS</p><p>Emoções e Estado Psicológico: Ansiedade, estresse, depressão e outros estados emocionais podem afetar as escolhas alimentares. Algumas pessoas podem buscar conforto em certos alimentos, como os altamente calóricos, durante momentos de estresse (alimentação emocional).</p><p>Hábitos e Comportamentos Aprendidos: Os hábitos alimentares estabelecidos na infância, frequentemente influenciados pelos pais ou cuidadores, tendem a persistir ao longo da vida. Esses hábitos podem ser tanto positivos quanto negativos.</p><p>Atitudes e Crenças: A percepção de alimentos "saudáveis" ou "não saudáveis", influenciada pela mídia, educação e experiências pessoais, pode moldar as escolhas alimentares.</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>Emoções e Estado Psicológico: Ansiedade, estresse, depressão e outros estados emocionais podem afetar as escolhas alimentares. Algumas pessoas podem buscar conforto em certos alimentos, como os altamente calóricos, durante momentos de estresse (alimentação emocional).</p><p>Hábitos e Comportamentos Aprendidos: Os hábitos alimentares estabelecidos na infância, frequentemente influenciados pelos pais ou cuidadores, tendem a persistir ao longo da vida. Esses hábitos podem ser tanto positivos quanto negativos.</p><p>Atitudes e Crenças: A percepção de alimentos "saudáveis" ou "não saudáveis", influenciada pela mídia, educação e experiências pessoais, pode moldar as escolhas alimentares.</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>SILVA, RIBEIRO E CARDOSO (2008) COMENTAM QUE TANTO O HUMOR NEGATIVO COMO O POSITIVO INFLUENCIAM NA INGESTÃO DE ALIMENTOS, MAS TAMBÉM A DIETA PODE INFLUENCIAR NO HUMOR. AS DIETAS RESTRITIVAS COM FREQUÊNCIA ALTERAM O HUMOR. SITUAÇÕES DE FADIGA E DEPRESSÃO PODEM IGUALMENTE CAUSAR COMPULSÃO POR ALIMENTOS GORDUROSOS E RICOS EM CARBOIDRATOS.</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>SILVA, RIBEIRO E CARDOSO (2008) COMENTAM QUE TANTO O HUMOR NEGATIVO COMO O POSITIVO INFLUENCIAM NA INGESTÃO DE ALIMENTOS, MAS TAMBÉM A DIETA PODE INFLUENCIAR NO HUMOR. AS DIETAS RESTRITIVAS COM FREQUÊNCIA ALTERAM O HUMOR. SITUAÇÕES DE FADIGA E DEPRESSÃO PODEM IGUALMENTE CAUSAR COMPULSÃO POR ALIMENTOS GORDUROSOS E RICOS EM CARBOIDRATOS.</p><p>DIFERENTES TIPOS DE FOME</p><p>EM UMA PESQUISA SOBRE ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA EM RESTAURANTES A QUILO, JOMORI ET AL. (2008B) OBSERVARAM QUE AS MULHERES ESCOLHIAM SEUS ALIMENTOS COM BASE NA SAÚDE, NO VALOR NUTRICIONAL E NA QUESTÃO ESTÉTICA, ENQUANTO OS HOMENS COMPUNHAM SEUS PRATOS BASEADOS NOS ALIMENTOS QUE LHES TRARIAM MAIS PRAZER. A CONCLUSÃO DESSE ESTUDO É DE QUE A MULHER SE PREOCUPARIA MAIS COM A SAÚDE PELO FATO DE, HISTORICAMENTE, EM MUITAS CULTURAS, ELA TER OCUPADO O PAPEL DE FORNECEDORA DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA A FAMÍLIA.</p><p>OUTRO FATOR É ESTÉTICA.</p><p>MÍDIAS</p><p>AS MÍDIAS INFLUENCIAM BASTANTE AS NOSSAS ESCOLHAS ALIMENTARES: IMPÕEM PADRÕES DE BELEZA, NOS ATRAEM PARA UM PRODUTO ULTRAPROCESSADO COM UM MANTO DE TRADIÇÃO E SAÚDE, NOS OFERECEM PRODUTOS DELICIOSOS E BARATOS EM EMBALAGENS VIBRANTES, MAS QUE NÃO TRAZEM NENHUM APORTE NUTRICIONAL E PODEM SER DANOSOS PARA A SAÚDE.</p><p>OS DIGITAL INFLUENCERS, QUE NOS OFERECEM DICAS DE SAÚDE E BELEZA NAS REDES SOCIAIS. SOMOS AFETADOS DE FORMA INCONSCIENTE PELAS MAIS DIFERENTES MÍDIAS.</p><p>MÍDIAS</p><p>AS MÍDIAS INFLUENCIAM BASTANTE AS NOSSAS ESCOLHAS ALIMENTARES: IMPÕEM PADRÕES DE BELEZA, NOS ATRAEM PARA UM PRODUTO ULTRAPROCESSADO COM UM MANTO DE TRADIÇÃO E SAÚDE, NOS OFERECEM PRODUTOS DELICIOSOS E BARATOS EM EMBALAGENS VIBRANTES, MAS QUE NÃO TRAZEM NENHUM APORTE NUTRICIONAL E PODEM SER DANOSOS PARA A SAÚDE.</p><p>OS DIGITAL INFLUENCERS, QUE NOS OFERECEM DICAS DE SAÚDE E BELEZA NAS REDES SOCIAIS. SOMOS AFETADOS DE FORMA INCONSCIENTE PELAS MAIS DIFERENTES MÍDIAS.</p><p>EXPERIÊNCIA</p><p>QUAIS SÃO OS SABORES?</p><p>QUAIS SABORES FORAM MAIS FÁCEIS OU MAIS DIFÍCEIS DE IDENTIFICAR?</p><p>Houve algum sabor que surpreendeu o grupo?</p><p>Quais foram as diferenças nas preferências pessoais?</p><p>THANKS YOU</p><p>HEALTHY FOOD</p><p>image1.jpeg</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.png</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.jpeg</p><p>image11.jpeg</p><p>image12.jpeg</p><p>image13.jpeg</p><p>image14.jpeg</p><p>image15.jpeg</p><p>image16.jpeg</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p>