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<p>NOME: Ivan Luis da Silva – RA: 11202131323</p><p>1) Tendo como referência a notícia acima, faça um breve resumo de como os autores Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx, John M. Keynes e Celso Furtado descrevem e problematizam a questão do desemprego.</p><p>Adam Smith – Em A Riqueza das Nações (An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations) Adam Smith cita que salários de eficiência (salários acima do nível de mercado) diminuem a rotatividade e aumentam a produtividade dos empregados. Stanley L. Brue nos ajuda a deduzir que salários de eficiência ajudam a explicar o desemprego friccional e cíclico. Brue diz: “Os salarios de eficiencia atraem mais candidatos aos empregos do que os empregadores querem contratar. Mas, em vez de arrumar empregos diferentes, esses candidatos preferem continuar desempregados ate que os empregos que pagam os salarios de eficiencia se tornem disponíveis por meio do desgaste normal. Portanto, o desemprego esperado acontece e o desemprego friccional aumenta”. Outra maneira de abordar o desemprego em Adam Smith é deduzindo as implicações lógicas de sua teoria de harmonia social (mão invisível) onde uma pessoa é direcionada a oferecer seus serviços ao melhor pagador e os empresários são direcionados, em função da maximização dos lucros, a contratar os melhores empregados pelo menor preço. Estabelece-se a oferta e demanda no mercado de fatores onde a um baixo salário a poucos dispostos a oferecer sua mão de obra e a altos salários muitos.</p><p>David Ricardo – Malthus argumentava que os capitalistas apenas acumulam e investem suas economias em bens de capital, sugerindo que se não fossem os proprietários de terras gastarem suas fortunas com bens de consumo haveria uma superprodução que acarretaria em desemprego para os trabalhadores. Ricardo contra argumenta que embora existam crises no capitalismo o pleno emprego dos fatores é a situação típica do capitalismo. Adianta-se ainda a lei de Say afirmando com as palavras próprias que a oferta cria sua própria demanda, ou seja que um capitalista gera renda ao pagar seus empregados. Porém, em seu Principles of political economy and taxation, afirma a possibilidade de desemprego tecnológico, pois ainda que os trabalhadores se beneficiem num primeiro momento com melhorias tecnológicas, vale a pena lembrar que salários e lucros, em Ricardo, são competidores e um maior investimento em bens de capital resultaria em maior desemprego. Cabe ainda ressaltar que para ele não é função do governo determinar coisa alguma na relação empregado/patrão, já que um salário mínimo acima do preço de equilíbrio pode gerar desemprego, devendo logo ser flexível.</p><p>Karl Marx – Para Marx, existe um exército de mão de obra desempregada que contribui para que os salários permaneçam próximos da subsistência. Ou o trabalhador aceita qualquer trabalho por esse salário ou fará parte deste exécito.</p><p>John Maynard Keynes – Para Keynes o pleno emprego é apenas uma das possibilidades para uma economia, mas não pode ser afirmado como lei geral e necessária dos mercados. Poderia haver equilíbrio entre demanda agregada e oferta agregada com desemprego. Keynes porém não apenas não limita o papel do Estado, como o posiciona centralmente e condição de corrigir desequilíbrios parciais. J. P. Rosseti explicando Keynes afirma: “A causa central do desemprego em uma economia de mercado, na macroeconomia keynesiana, um insuficiência de procura agregada, quando um estado de procura insuficiente se estabelece, ele pode conduzir, por uma espécie de efeito multiplicador negativo, à generalização do desemprego”.</p><p>Celso Furtado –</p><p>2) Analisando a situação acima e pensando como um economista adepto do modelo Liberal, explique as razões para este tipo de situação. Qual seria sua sugestão, mantendo-se dentro do pensamento Liberal, para solucioná-la? Justifique sua resposta em no mínimo 10 linhas. Cite referências bibliográficas.</p><p>A acumulação de capital, responsável pela geração de renda ficou prejudicada pela pandemia e pelo baixo incentivo aos investimentos por parte do setor público, no que tange o setor creditício. A procura por emprego tende a se concentrar em setores que não precisam de qualificação, como serviços e alguns cargos da indústria. Há evidentemente muita mão de obra para quantidade muito menor de empregos. As regras para contratação no mercado de fatores não diferem tanto assim daquelas do mercado de produtos (lei da oferta e demanda), então uma recomendação seria a de que os salários fossem tornados flexíveis (sem salário mínimo) para que o mercado pudesse ser capaz de alocar sozinho toda mão de obra possível. É claro que isso não é possível atualmente, assim como existem políticas governamentais (interferências) no plano econômico que visam estimular a procura agregada (mais precisamente consumo e investimento, além dos gastos do governo) e tornam, portanto, quase inexistentes economias plenamente liberais, subsistindo economias mistas orientadas para o neoliberalismo. Ref. Bibliográficas: Introdução a Economia, J. P. Rosseti</p><p>3) Analisando a situação acima e pensando como um economista adepto do modelo Socialista Marxista, explique as razões para este tipo de situação. Qual seria sua sugestão, mantendo-se dentro do pensamento Socialista Marxista, para solucioná-la? Justifique sua resposta em no mínimo 10 linhas. Cite referências bibliográficas.</p><p>A situação pode ser explicada pela manutenção imposta pelos capitalistas e governo burguês de um exército de mão de obra reserva que força o preço dos salários para próximo da subsistência. A acumulação, pautada pela evolução técnica, tende a substituir trabalhadores por capital, produzindo desemprego. Há duas soluções possíveis para marxistas: desapropriação dos meios de produção da classe dominante pela classe oprimida e estímulo ao trabalho livre da competição, com meios de produção próprios (contrariando o fluxo produtivo da alienação). Contra-argumentando em prol do liberalismo, basta lembrar que um país de economia planificada tem sérios problemas de alocação, e que decisões sobre o que produzir, quanto, como e para quem foram questões-chave na derrocada da URSS. Ref. Bibliográficas: Introdução a Economia, J. P. Rosseti e Introdução ao Pensamento Econômico, S. L. Brue.</p><p>4) Analisando a situação acima e pensando como um economista adepto do pensamento histórico-estruturalista latino-americano, explique as razões para este tipo de situação. Qual seria sua sugestão, mantendo-se dentro do pensamento Histórico-Estruturalista latino-americano, para solucioná-la? Justifique sua resposta em no mínimo 10 linhas. Cite referências bibliográficas.</p><p>5) Analisando a situação acima e pensando como um economista adepto do modelo Keynesiano, explique as razões para este tipo de situação. Qual seria sua sugestão, mantendo-se dentro do pensamento Keynesiano, para solucioná-la? Justifique sua resposta em no mínimo 10 linhas. Cite referências bibliográficas.</p><p>Keynes contraria as proposições clássicas liberais de que “a oferta cria sua própria demanda” e que uma economia de mercado tende a permanecer próxima do pleno emprego. Há também situações de equilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada com desemprego, além das posições de desequilíbrio entre oferta agregada e demanda agregada. Esse desequilíbrio seria a razão do desemprego, não apenas de jovens, como de todos os trabalhadores. Uma proposta de solução keynesiana seria a implementação de políticas de estímulo aos investimentos e a procura agregada, como queda na taxa de juros e operações de compra de títulos da divida pública (operações de mercado aberto) onde a população com mais dinheiro investiria em bens de capital e em bens de consumo, aquecendo a economia, que seria estimulada a contratar e operar mais próxima do pleno emprego. Ref. Bibliográficas: Introdução a Economia, J. P. Rosseti e Introdução ao Pensamento Econômico, S. L. Brue.</p><p>1) Assista ao documentário Commanding Heights Episódio 01, 02 e 03 e responda as seguintes perguntas:</p><p>1. O que são os Altos Comandos na Economia?</p><p>Quem desenvolveu esse conceito?</p><p>Os altos comandos da economia são as indústrias pesadas de base como siderúrgicas e metalúrgicas, envolvidas com a extração de minérios de ferro, produção de aço, extração de carvão e outras. Esse conceito foi desenvolvido por Lênin.</p><p>1. Segundo o documentário qual foi o grande embate dos ideais econômicos no século XX? Quais eram os principais autores? Quais escolas econômicas eles fundaram? Quando eles fundaram? Quais os principais preceitos de cada escola?</p><p>O grande embate teórico econômico no século XX foi entre o keynesianismo e o pensamento da escola austríaca. O principal autor do keynesianismo foi John Maynard Keynes, já a Escola Austríaca era representada por Friedrich Hayek e Ludwig Von Mises. A Escola Austríaca surgiu no século XIX em Viena, com Carl Menger como artífice, e desenvolveu ao longo do tempo o pensamento liberal que seria a continuação dos escritos ingleses, onde o Estado tem uma faixa de atuação bastante limitada. Muitos de seus escritos, principalmente Menger, foram incluídos na síntese neoclássica. Já o pensamento keynesiano surge com J. M. Keynes no século XX, mais precisamente em 1936, com a publicação de A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, e afirma uma posição mais atuante do Estado e representa basicamente um rompimento com o Laissez Faire. Por ideário presente também no século XX podemos citar o Comunismo, que a partir das ideias de Karl Marx e V. Lênin, serviu de estopim para três grandes revoluções no século XX (Russa, Cubana e Chinesa) e afirmava que o capitalismo era um sistema de alienação e exploração de uma classe sobre outra e que após sucessivas crises este entraria em colapso ou poderia ser revolucionado.</p><p>1. O que é a Agonia da Reforma?</p><p>A agonia da reforma foi o período do século XX em que as economias que em função do crash da bolsa, do comunismo, e das leituras dependentistas, tinham se pautado por uma presença mais maciça do governo nos assuntos econômicos passaram por reformas para aderir ao neoliberalismo que tinha R. Reagan e M. Thatcher como porta-vozes. A busca por maior eficiência e maior poder de alocação fez com que no mundo todo houvesse uma corrida em prol da reafirmação dos valores econômicos liberais.</p>