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<p>MEDICINA LEGAL</p><p>Máscara equimótica de Morestin ou Cianose cervicofacial de Le Dentut - é caracterizada pela presença de milhares de petéquias arroxeadas na face, bem como hemorragia gengival e otorragia.</p><p>CIANOSE CÉRVICO-FACIAL OU MÁSCARA EQUIMÓTICA DE MORESTIN</p><p>Ela surge em razão de COMPRESSÃO DO TÓRAX (sufocação indireta)</p><p>Um objeto de massa considerável comprime o tórax, pressionando o coração contra a coluna vertebral impedindo que ele (coração) receba de volta o sangue que foi bombeado para a cabeça, resultando no acúmulo de sangue nos vasos sanguíneos. Em seguida, há o extravasamento, com a formação de Petéquias. A sua localização compreende a face, o pescoço e o terço superior do tórax.</p><p>A albumina é uma proteína que extravasa em momento no qual a pessoa está viva, caso contrário seria desnaturada pela morte , o que ocorre em uma acidose extremamente alta</p><p>3 zonas comuns - lesão perfúro -contundente - PAF</p><p>orla de escoriação</p><p>orla de enxugo</p><p>orla de equimose</p><p>Tiro a curta distância (queima-roupa)</p><p>3 zonas comuns +</p><p>zona de chamuscamento / queimadura</p><p>zona de esfumaçamento</p><p>zona de tatuagem</p><p>Tiro encostado</p><p>3 zonas comuns +</p><p>bordas evertidas</p><p>sinal de werkgaertner</p><p>câmara de mina de hoffmann (plano ósseo abaixo da pele)</p><p>funil de bonnet</p><p>sinal de benassi</p><p>Deslocamento da pele com aderência de partículas metálicas = metalização elétrica</p><p>No caso de Fenômeno Atmosférico (acontecimentos naturais), tratar-se-á do SINAL DE LITCHEMBERG, que terá, assim, um formato arboriforme, semelhante a uma "folha de samambaia". Surge em torno de 1 hora após a descarga e, quando sobrevive, desaparece em média de 24 horas. Observar: Fulminação (quando morrer). Fulguração (quando sobreviver).</p><p>Agora, no caso de Fenômeno Industrial (acontecimentos artificiais), relacionar-se-á ao SINAL DE JELLINEK, que será comumente de forma circular, estrelada, de cor branco-amarelada, tratando-se, ainda, de um sinal indolor. Observando-se, por fim, que será por Eletrocussão (quando morrer) ou por Eletroplessão (quando sobreviver).</p><p>Graus de queimaduras, segundo Lussena/Hofmann</p><p>Academicamente, fala-se em 4 graus de queimaduras:</p><p>(i) Queimadura de 1° grau � Há apenas a formação de eritema (uma simples vermelhidão) como característica. É passageira, deve desaparecer em 24 horas. A pele fica vermelha, pois no momento em que o local é queimado, ocorre um grande afluxo de sangue no local como resposta do corpo para esfriar a região que esta sendo queimada. Toda vez que há uma exposição leve formando o eritema será queimadura de primeiro grau. Apenas atinge a epiderme;</p><p>(ii) Queimadura de 2° grau - Há o flictema que são vesículas com líquido seroso, vulgarmente chamada de "bolhas". Geralmente há uma região de queimaduras de primeiro grau em torno da queimadura de segundo grau. Forma-se quando, com o calor, o sangue é direcionado para resfriar o local, e o soro � em razão do calor � extravasa das veias, formando a bolha.</p><p>(iii) Queimadura 3° grau - Há a perda da pele e tecidos subcutâneos. A lesão é chamada de escara, havendo a exposição do tecido subjacente podendo até haver a exposição do osso; há pedaços carbonizados. Geralmente ocorre pelo contato com objetos sólidos, que arrancam a pele. A escara pode ser classificada como lesão corporal gravíssima, pois atinge a proteção do corpo, ficando sujeito à germes no ambiente, o que explica o alto índice de mortes de queimados por septicemia (infecção generalizada). A cicatriz em geral é escura em forma de pergaminho (efeito de pergaminhamento da pele, pois há a perda da elasticidade da pele). O pergaminhamento ocorre porque a cicatrização é defeituosa. A cicatriz é acastanhada (é mais intensa quando a pigmentação da pele é muito forte), tem pergaminhamento, é radiada (indica um centro em que a pele foi repuxada).</p><p>(iv) Queimadura de 4° Grau - em razão da alta temperatura, o carbono presente no organismo se queima, criando uma lesão de tonalidade escura, a carbonização.</p><p>Pode ser total ou parcial:</p><p>a) Carbonização total - A carbonização é uma exposição da vítima por tanto tempo que provoca a combustão do elemento químico carbono presente no corpo, ou seja, a carbonização é a perda do elemento químico carbono no local em que a pessoa foi atingida. Há a desidratação intensa da pele, ocorrendo o seu repuxamento pela perda de água, retraindo os músculos, podendo ocasionar na vitima a posição de "boxeador" (braços repuxados); a boca abre e os dentes aprecem pelas queimaduras dos lábios dando a impressão que a pessoa morreu gritando; ocorrem fraturas espontâneas, e desprendimentos das genitálias masculinas;</p><p>b) Carbonização parcial - é possível que a pessoa sobreviva desde que a parte carbonizada seja muito pequena e tenha sido removida.</p><p>De acordo com França:</p><p>Mankof:contagem prévia do pulso radial, compressão do ponto doloroso e nova contagem do pulso;</p><p>Levi: percebido atavés das contrações e dilatações da pupila, quando se comprime o ponto doloroso;</p><p>Mulher: delimitado o ponto doloroso dentro de um círculo táctil, sem que o examinado olhe, cumprime-se com o dedo um local que não seja doloroso dentro do mesmo círculo e, imediatamente, passa-se a comprimir o ponto doloroso.</p><p>Imbert: quando a região dolorosa é um braço ou uma perna, coloca-se o paciente em repouso, contam-se as pulsaçoes radiais e, em seguida, manda-se que ele se apoie na perna dolorosa ou segure um peso com o braço ofendido. O aumento da pulsação leva a concluir pela existência da dor.</p><p>As provas de vida extrauterina podem ser pulmonares ou extra-pulmonares.</p><p>· Docimásia hidrostática pulmonar de Galeno: baseia-se na densidade do pulmão que respirou ou não. É composta por 4 fases. Não é a mais confiável, pois pode haver falsos positivos (cadáver iniciando o período de putrefação, em caso de tentativas de ressuscitação) ou falsos negativos.</p><p>· Docimásia de Bordas (ou radiológica de Bordas): Tem como fundamento a observação da maior opacidade dos raios X nas radiografias dos pulmões que não respiraram.</p><p>· Docimásia Histológica de Balthazard: É a mais fidedigna. Consiste no exame microscópico do pulmão. É conhecida como prova padrão ouro.</p><p>Teste de Middelorf nem existe (existe middeldorf, mas também não é uma prova de vida extrauterina). Teste SolaOrella-Gonzales é teste biológico de gravidez. Reação de Baecchi é prova de conjunção carnal. Cristais de Westenhoffer-Rocha-Valverde aparecem no sangue putrefeito (se formam no sangue do cadáver a partir do 3º dia de morte). Teste de Allen é um teste usado para avaliar o suprimento sanguíneo da mão. Circulação (se tivessem inserido o póstuma aqui, iam facilitar kkk) de Brouardel é a vascularização evidente na pele, pela produção de gases da putrefação por ação bacteriana no interior dos vasos sanguíneos.</p><p>Sistema dactiloscópico de Vucetich</p><p>O que é dactiloscopia?</p><p>É a ciência que tem como objeto a identificação de pessoas por meio das impressões digitais ou reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas papilares das pontas dos dedos.</p><p>Sem dúvida, dentre todos os métodos existentes, a dactiloscopia é o mais fácil, econômico e seguro. A identificação datiloscópica é uma das mais importantes técnicas de investigação já que garante certeza sobre a relação entre a impressão digital e seu possuidor, pois cada conjunto de características é uno, perene e imutável, sendo impossível a negativa por parte do suspeito quanto à sua relação com a impressão deixada.</p><p>MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO</p><p>PRIMÁRIOS</p><p>• Necropapiloscopia</p><p>• Análise de DNA</p><p>• Odontologia Legal</p><p>SECUNDÁRIOS</p><p>• Reconhecimento Facial</p><p>• Roupas</p><p>• Próteses e outros</p><p>· A esganadura é um tipo de asfixia mecânica provocada pela constrição do pescoço COM O USO DAS MÃOS que obstrui a passagem de ar pelas vias respiratórias até os pulmões.</p><p>· A diferença fundamental em relação ao enforcamento e ao estrangulamento é que na esganadura a asfixia é implementada pelo utilização das mãos no pescoço da vítima.</p><p>· É sempre de natureza homicida.</p><p>· Outro detalhe importante é que a esganadura vem quase sempre acompanhada de outras lesões traumáticas externas como equimoses ao redor da</p><p>boca e escoriações no corpo da vítima decorrentes da luta para tentar se libertar (lesões de defesa) do agressor.</p><p>· Dos sinais externos locais os mais importantes são os deixados pelas unhas do agente denominados de ESTIGMAS UNGUEAIS que podem aparecer em ambos os lados do pescoço ou somente em um dependendo da mão utilizada pelo algoz.</p><p>· Já quanto aos sinais locais profundos podemos encontrar infiltrações hemorrágicas das estruturas profundas do pescoço e lesões do aparelho laríngeo por fraturas de cartilagens como a tireoide e cricoide e também do famoso osso hioide.</p><p>· Obviamente a esganadura vai apresentar também os mesmos sinais externos e internos da asfixias em geral.</p><p>TIPOS DE ASFIXIAS</p><p>a. ESGANADURA – apertar o pescoço com as mãos. Não se aplica quando ocorre o “mata-leão”, pois o antebraço funciona como laço. Portanto é estrangulamento.</p><p>b. ESTRANGULAMENTO – apertar o pescoço através de um laço. OBS: pode ser com um braço (mata leão)</p><p>c. ENFORCAMENTO – o laço aperta o pescoço em virtude do peso do corpo da vítima. Pode ser:</p><p>Típico – nó situação a trás do pescoço</p><p>Atípico – nó ao lado ou à frente do pescoço.</p><p>Completo - quando o corpo está totalmente suspenso</p><p>Incompleto - quando o corpo está “escorado” em algum anteparo.</p><p>d. AFOGAMENTO – A troca do meio gasoso por meio líquido durante a respiração.</p><p>e. SOTERRAMENTO – A troca do meio gasoso por meio sólido (poeira) durante a respiração.</p><p>f. CONFINAMENTO – é a troca de um ambiente gasoso respirável por outro, porém não respirável.</p><p>SINTESE;</p><p>Asfixia pura : sufocação e submersão</p><p>Asfixia Complexa: Enforcamento e estrangulamento</p><p>Asfixia Mista: Esganadura.</p><p>Classificação de Afrânio Peixoto</p><p>Asfixias Puras - são manifestadas pela anoxemia e hipercapneia</p><p>1. Asfixias em ambientes por gases irrespiráveis:</p><p>>. Confinamento;</p><p>>. Asfixia por monóxido de carbono;</p><p>>. Asfixias por outros vícios de ambiente.</p><p>2. Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias:</p><p>>. Sufocação direta (obstrução da boca e das narinas pelas mãos ou das vias aéreas mais inferiores);</p><p>>. Sufocação indireta (compressão do tórax);</p><p>3. Transformação do meio gasoso em meio líquido (afogamento);</p><p>4. Transformação do meio gasoso em meio sólido (soterramento).</p><p>Asfixias Complexas - interrupção primária da circulação cerebral, anoxemia, hipercapneia; inibição por compressão dos elementos nervosos do pescoço</p><p>1. Constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo (enforcamento).</p><p>2. Constrição ativa do pescoço exercida pela força muscular (estrangulamento).</p><p>Asfixias Mistas - graus variados dos fenômenos respiratórios, circulatórios e nervosos (esganadura)</p><p>ENFORCAMENTO INCOMPLETO -> O corpo toca o chao com alguma de suas partes.</p><p>ENCOFORCAMENTO COMPLETO -> O corpo fica totalmente suspenso.</p><p>ENFORCAMENTO TIPICO -> O nó fica atrás da cabeca.</p><p>ENFORCAMENTO ATIPICO -> O nó aparece em outra posição.</p><p>a) rotura das camadas interna e externa das artérias carótidas. Errado. É sinal de estrangulamento.</p><p>b) fratura do osso hioide. Errado. Osso hioide fica no pescoço. É mais comum no enforcamento.</p><p>c) petéquias subpleurais e subepicárdicas. Errado. Essa alternativa fala das manchas de Tardieu, comuns às asfixias em geral.</p><p>d) máscara equimótica ou equimose cérvico-facial. Certo. A máscara equimótica de Morestin é um tipo de equimose, em que aparece uma mancha arroxeada em todo o rosto (conjunto de milhares de petéquias). Indica que alguma coisa pesou em cima do tórax. Aparece muito nas mortes por asfixia por compressão do tórax, uma vez que o sangue não consegue sair da cabeça, daí começam a surgir manchas no rosto, até ficar todo roxo.</p><p>e) cogumelo de espuma eliminado pelos orifícios da face. Errado. Sinal externo de afogamento, que se caracteriza por ser uma mistura de água, ar e muco, geralmente de cor branca, encontrada na boca e na narina</p><p>Pra não esquecer:</p><p>1. Tardieu: sufocação direta; presença de petéquias disseminadas e equimoses viscerais;</p><p>2. Paltauf: cogumelo de espuma; característico de mortes por afogamento;</p><p>3 Morestin: sufocação indireta; máscara equimótica (cianose cérvico-facial).</p><p>De acordo com Delton Croce (5ª Edição 2004 - Manual de Medicina Legal), são estes os sinais de morte por asfixia:</p><p>1) SINAIS EXTERNOS:</p><p>A) Cianose da face.</p><p>b) Espuma.</p><p>c) Procidência da língua.</p><p>d) Equimoses externas.</p><p>e) Livor cadavérico.</p><p>2) SINAIS INTERNOS:</p><p>a) Os caracteres do sangue (cor e fluidez).</p><p>b) Equimoses viscerais ou petéquias (também chamadas de manchas de tardieu).</p><p>c) Congestão polivesceral.</p><p>CLASSIFICAÇÃO (classificação de Afrânio Peixoto): a) PURAS– nas quais não existe a constricção do pescoço; encontramos anoxemia e hipercapnéia:</p><p>1 – confinamento</p><p>2 – monóxido de carbono</p><p>3 – outros gases irrespiráveis (de iluminação, de esgoto e fossas, de pântano ou qualquer outro gás puro ou em alta concentração)</p><p>4 – sufocação (obstrução das vias respiratórias)</p><p>4.1 – direta – obstrução da boca, das narinas ou da parte condutora por corpo estranho;</p><p>4.2 – indireta – çompressão do tórax ou do abdome</p><p>5 – afogamento – transformação do meio gasoso em líquido</p><p>6 – soterramento – transformação do meio gasoso em sólido pulverulento</p><p>b) COMPLEXAS – existe constricção do pescoço em uma linha, ocorrendo anoxemia, excesso de gás carbônico, interrupção da circulação cerebral e inibição nervosa, que podem ser distinguidos no estudo em profundidade das estruturas do pescoço:</p><p>1 – enforcamento – constricção passiva</p><p>2 – estrangulamento – constricção ativa</p><p>c) MISTAS– constricção do pescoço em uma área, na qual se confundem os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervosos:</p><p>1 – esganadura</p><p>ENFORCAMENTO:</p><p>1. sulco único, oblíquo e ascendente</p><p>2. variável segundo a zona do pescoço</p><p>3. heterogêneo e descontínuo</p><p>4. profundidade desigual</p><p>5. no alto, acima do osso da hioide</p><p>6. sulco mais marcado</p><p>ESTRANGULAMENTO:</p><p>1. sulco múltiplo, horizontal</p><p>2. uniforme em toda periferia do pescoço</p><p>3. homogêneo e contínuo</p><p>4. profundidade uniforme e constante</p><p>5. abaixo do osso da hioide</p><p>6. sulco menos marcado</p><p>ESGANADURA:</p><p>1. PETÉQUIAS NA FACE: PONTO DE SANGRAMENTO</p><p>2. MARCA DE FRANÇA: MARCA DE FORMA DE MEIO LUA OU SEMILUNARES</p><p>3. ESTIGMAS UNGUENAIS: MARCA DE UNHA DO AGRESSOR</p><p>Para Hygino o soterramento pode se dar em sentido estrito e amplo.</p><p>· Estrito >> Asfixia mecânica por obstrução das vias aéreas por terra ou substâncias pulverulentas (substituição do ar pela terra).</p><p>· Amplo >> Série de mecanismos múltiplos (4) que não se restringe à respiração da terra/poeira:</p><p>1. Sufocação direta > presença de terra obstruindo a via aérea</p><p>2. Sufocação indireta > tórax comprimido pelos dejetos, escombros lama pesada;</p><p>3. Confinamento > bolsão de ar permitiu que a vítima respirasse por um tempo antes de falecer (ocorreu em brumadinho).</p><p>4. Lesões traumáticas contusas > fratura craniana, torácica e em outros membros em razão da queda dos escombros.</p><p>** vícios do ambiente são gases irrespiráveis (asfixias puras)</p><p>No estrangulamento a causa predominante é o homicídio. O acidente e o suicídio são mais raros, o que não significa que nunca podem ocorrer. No entanto, nestas últimas hipóteses, deve haver algum mecanismo específico para manter a força, como nos casos dos torniquetes (pois a vítima perde a consciência).</p><p>O afogamento branco de parrot (afogamentos secos) ocorre quando ao tocar na água, o indivíduo morre por inibição. No entanto, não se acha água/ explicação para o afogamento, uma vez que não há qualquer sinal de asfixia, sem qualquer penetração de líquidos nas vias respiratórias. ex: choques térmicos.</p><p>No afogado branco ocorre um quadro anatomopatológico em que não se acha qualquer sinal capaz de comprovar a aspiração do líquido. Pode ocorrer também a existência de uma síndrome de imersão, ou hidrocussão, que é uma parada cardíaca que ocorre quando uma pessoa mergulha em água a temperatura de 5° abaixo da corporal. Esse choque térmico é tão mais frequente quanto menor for a temperatura da água.</p><p>ENFORCAMENTO – CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO por LAÇO ACIONADO PELO PESO DA PRÓPRIA VÍTIMA.</p><p>O nó do laço geralmente é POSTERIOR ou LATERAL e a cabeça pende para o lado oposto do nó.</p><p>Sulco de enforcamento = MARCA provocada na pele pelo BARAÇO. Fica entre o osso HIOIDE e a LARINGE. A característica do sulco no enforcamento é que tende a ser oblíquo, descontínuo, desigualmente profundo, interrompido no nó e fica POR CIMA da cartilagem tireóide. A tonalidade da pele é pálida/azulada ou pardo-escura.</p><p>ESTRANGULAMENTO – asfixia se dá pela CONSTRIÇÃO DO PESCOÇO por LAÇO TRACIONADO POR QUALQUER FORÇA que NÃO SEJA O PESO da própria vítima. Geralmente HOMICIDA, mas pode ser suicida ou acidental. Sulco distinto do enforcamento, pois costuma ser HORIZONTAL, podendo ser único ou múltiplo, com PROFUNDIDADE UNIFORME e SEM DESCONTINUIDADE, por BAIXO da cartilagem tireoide.</p><p>ATENÇÃO! Existe também o estrangulamento ante braquial, em que ocorre a constrição do pescoço pela ação do braço e do antebraço sobre a laringe, conhecido como “golpe de gravata”. Há autores (Hygino e França) que consideram o golpe de gravata como estrangulamento antebraquial e há autores (minoria) que o consideram como esganadura.</p><p>Fases de putrefação:</p><p>Cromática ou coloração Gasosa Liquidação ou coliquativa Esqueletização</p><p>1- Fase cromática ou coloração:</p><p>Afora os livores, aparecerão outros tipos de manchas, verdes.</p><p>A mancha verde aparece porque as bactérias que estavam no corpo da pessoa, e que não lhe faziam mal, começam a se reproduzir no intestino, avançam para o sistema circulatório e lá com o sulfohemo– lobina produzem mancha verde.</p><p>Aparece com um ponto e depois formam linhas até ficar todo verde. Sempre aparece primeiro no abdômem, exceto nos casos de afogamento em que aparecerá primeiro no tórax.</p><p>2- Fase Gasosa:</p><p>A ação bacteriana produzirá muitos gases e o cadáver flutuará. Como se estabelece o sexo do cadáver afogado? Pela existência de útero ou próstata.</p><p>3 – Fase de Liquefação:</p><p>Na pele se formam os liquitemas, com material necrótico dentro e mal cheiroso. Esse liquistema irá se romper. Pode ocorrer a contaminação do lençol freático, pois a chuva lavará o cadáver e acabará em referido lençol.</p><p>4- Fase da Esqueletização:</p><p>Todo esse processo dura em torno de 24 meses. A esqueletização encerra o processo de putrefação.</p><p>Fases da putrefação</p><p>1. Período de coloração / cromático: há formação de uma mancha verde inicialmente na região abdominal.</p><p>2. Período gasoso/ enfisematoso: inicia no gasoso a circulação póstuma de “Brouardel” é o acumulo de sangue já em decomposição, nos tecidos mais superficiais da pelo, formando uma espécie de tatuagem na pele, desenhando os vasos sanguíneos.</p><p>3. Período coliquativo: período de desintegração progressiva dos tecidos mais moles, fazendo com que o corpo reduza seu tamanho e sua forma.</p><p>4. Período de esquelitizaçao / liquefativo: os tecidos se desintegram por total, permanecendo apenas os ossos que aos poucos vão se tornando frágeis e esfarelados.</p><p>Mancha verde na parte inferior do pescoço caracteriza AFOGAMENTO</p><p>Maceração: Processo especial de trasnformação que sofre o cadáver do feto no útero materno do sexto ao nono mês de gravidez.</p><p>Os fetos retirados post mortem dos corpos das mães sofrem maceração asséptica. Os cadáveres mantidos em meio líquido sob ação de germes, como os afogados, marcham para maceração séptica.</p><p>Radiologicamente apresentam algun sinais interessantes:</p><p>Sinal de Spalding: cavalgamento dos ossos da abóbada craniana.</p><p>Sinal de Hartley: Perda da configuração da coluna vertebral</p><p>Sinal de Spangler: achatamento da abóboda craniana.</p><p>Sinal de Damel: halo pericraniano translúcido.</p><p>Sinal de Brakeman: Queda do maxilar inferior- sinal da boca aberta.</p><p>Corificação: É um sinal transformativo conservador muito raro, presente geralmente em cadáveres colhidos em urnas metálicas, principalmente de zinco, por isso o corpo é preservado da decomposição.</p><p>Mumificação: É um processo transformativo conservador do cadáver, podendo ser produzido por meio natural , artificial ou misto.</p><p>Saponificação ou adipocera: É processo conservador que caracteriza pela transformação do cadáver em substância de consistência untosa, mole e quebradiça, de tonalidade amarela escura, dando uma aparência de cera ou sabão. Muito comum em cadáveres obesos. percebe-se sua presença em covas coletivas.</p><p>Docimásias pulmonares:</p><p>Docimásia Hidrostática pulmonar de Galeno</p><p>Docimásia Diafragmática de Ploquet:</p><p>Docimásia Óptica ou Visual de Bouchut</p><p>Docimásia Táctil De Nerio Rojas</p><p>Docimásia Óptica De Icard</p><p>Docimásia Radiológica De Bordas</p><p>Docimásias Hidrostáticas De Icard</p><p>Docimásia Histológica De Balthazard</p><p>Docimásia Epimicrocópica Pneumo-Arquitetônica De Hilário Veiga De Carvalho</p><p>Docimásia Química De Icard</p><p>Docimásias extrapulmonares:</p><p>Docimásia Gastrintestinal De Breslau</p><p>Docimásia Auricular De Vreden, Wendt e Gelé</p><p>Docimásia Hematopneumo-Hepática De Severi</p><p>Docimásia Siálica De Souza-Dinitz</p><p>Docimásia Plêurica De Placzek</p><p>Docimásia Traqueal De Martin</p><p>Docimásia Hematopulmonar De Zalesk</p><p>Docimásia Ponderal De Pulcquet</p><p>Docimásia Do Volume D’Água Deslocado De Bernt</p><p>Docimásia Alimentar De Beoth</p><p>Docimásia Bacteriana De Malvoz</p><p>Docimásia Úrica De Budin-Ziegler</p><p>Docimásia Do Nervo Óptico De Mirto</p><p>Contéudo estomacal</p><p>período de digestão:</p><p>refeição pesada - 5 a 7h</p><p>refeição média - 3 a 4h</p><p>refeição leve - 1h30m a 2h</p><p>se encontrar alimentos plenamente reconheciveis - fase inicial da digestão - a pessoa faleceu de 1 a 2hs após a última refeição</p><p>Morte natural causa interna, morte suspeita causa externa</p><p>Morte súbita</p><p>Sao os casos onde a morte sobrevem mais ou menos rapidamente, em alguns segundos, algumas horas, ou mesmo dias, mas de modo imprevisto, atingido, sem causa aparente um indivíduo até então de boa saúde ou que não apresentava se não ligeiros distúrbios ou que, pelo menos, assim parecia às pessoas que o circundavam.</p><p>Morte lenta ou agônica</p><p>Aquela que, em geral, vem de maneira esperada, devagar, significando a culminação de um estado mórbido, isto é, de uma doença ou da evolução de um traumatismo por ex.</p><p>Morte natural</p><p>E aquela que sobrevem como conseqüência de um processo esperado e previsível. Por exemplo, nos casos de envelhecimento natural, com esgotamento progressivo das funções orgânicas. E m outros casos, o óbito é u m</p><p>corolário de um a doença interna, aguda ou crônica, a qual pode ter acontecido e transcorrido sem intervenção ou uso de qualquer fator externo ou exógeno. É evidente que strictu senso, a causa do óbito não é "natural" e, sim, patológica. Todavia, habitual do termo considera o tipo de morte como natural.</p><p>Morte violenta</p><p>Um dos objetivos primordiais do estudo da Tanatologia médico legal é estabelecer o diagnóstico da causa jurídica de morte na busca de determinar as hipóteses de homicídio, suicídio ou acidente. A violência do latim violentia e vis,força, é um fenômeno no qual interveio a força externa como causa desencadeante.</p><p>PsicoLEpticas: LErdo, deixa o agente LErdo!</p><p>PsicoANlépticas: ANima o sujeito.</p><p>PsicoDISlépticas: DIstorce a realidade</p><p>Classificação das drogas de acordo com a atuação no sistema nervoso central:</p><p>Perturbadoras (alucinógenas ou psicodislépticas): desviam a atividade mental, alteram o nível de consciência, provocando despersonalização (delírios e alucinações). Não causam dependência física (e, portanto, não provocam sintomas de abstinência). Mas causam dependência psicológica.</p><p>· Naturais: maconha, haxixe, santo-daime, cáctus e cogumelos.</p><p>· Sintéticas: LSD, Ecstasy.</p><p>· Anticolinérgicos: artane, akineton.</p><p>Estimulantes (ou psicoanalépticas): aumentam a atividade cerebral (estado de alerta exagerado), diminuindo apetite, insônia, fadiga.</p><p>· Cocaína (e crack), Nicotina, Anfetaminas, Cafeína.</p><p>Cocaína (e crack) causa dependência psicológica.</p><p>Nicotina, anfetaminas e cafeína causam dependência física.</p><p>Depressoras (ou psicolépticas): diminuem a atividade cerebral, dificultando o processamento de mensagens enviadas ao cérebro. Diminuem a dor e a fadiga.</p><p>· Álcool, barbitúricos, benzodiazepínico, ansiolíticos, hipnóticos, opiáceos ou narcóticos (morfina, codeína, heroína, metadona, meperidina, propoxifeno, buprenorfina), cola,</p><p>solventes e aerossóis.</p><p>Miose -> contração da pupila</p><p>Midríase -> dilatação da pupila</p><p>Sinal de Forcipressão Química de Icard, que é uma técnica utilizada para a verificação de ocorrência da autólise por meio da verificação o nível de acidez com o uso de PAPEL AZUL DE TORNASSOL</p><p>O Litopédio (Lito – pedra; pedio – criança) está relacionado ao fenômeno</p><p>conservativo da CALCIFICAÇÃO, e está relacionado ao depósito de Cálcio (Ca++) nos tecidos do feto morto, que acaba possuindo o aspecto de uma pedra.</p><p>A corificação, por sua vez, relaciona-se aos casos em que os cadáveres apresentam aspecto de couro. Ocorrem geralmente em cadáveres que foram enterrados em urnas/caixões metálicos de zinco hermeticamente fechados.</p><p>Manchas de PaltAUF: "AUFogados".</p><p>Manchas de Tardieu: são equimoses na superfície do coração (equimoses subepicardicas) e no pulmão (equimoses subpleurais), tratando-se de uma característica interna da asfixia.</p><p>Manchas de Paltauf: são equimoses encontrada tão somente no pulmão, sendo um sinal interno característico do afogamento.</p><p>Observação: tanto na de Tardieu quanto na de Paltauf, tratam-se, em tese, de um sinal TÍPICO e PROVÁVEL, todavia, não é patognomônico (sinal específico que ocorre somente em determinada situação)</p><p>"Com todas essas alterações fisiológicas, é possível se estabelecer um cronograma, estabelecendo-se suas diversas fases da asfixia com o aparecimento das manifestações clínicas:</p><p>1ª fase- Fase cerebral</p><p>Surgimento de enjoos, vertigens, sensação de angústia e lipotimias. Em cerca de um minuto e meio, ocorre a perda do conhecimento de forma brusca e rápida, surgindo bradipnéia taquisfigmia.</p><p>2ª fase- Fase de excitação cortical e medular</p><p>Caracterizada convulsões generalizadas e contração dos músculos respiratórios e faciais, além de relaxamento dos esfíncteres com emissão de matéria fecal e urina devido aos movimentos peristálticos do intestino e da bexiga. Há também a presença de bradicardia e aumento da pressão arterial.</p><p>3ª fase - Fase respiratória</p><p>Verifica-se lentidão e superficialidade dos movimentos respiratórios e insuficiência ventricular direita, o que contribui para acelerar o processo de morte.</p><p>4ª fase - Fase cardíaca</p><p>sofrimento do miocárdio, quando os batimentos do coração são lentos, arrítmicos e quase imperceptíveis ao pulso, embora possam persistir por algum tempo até a parada dos ventrículos em diástole e somente as aurículas continuam com alguma contração, mas incapazes de impulsionar o sangue."</p><p>Fases da asfixia - mneomônico:</p><p>CERCA</p><p>1° Cerebral</p><p>2° Excitação</p><p>3° Respiratória</p><p>4° CArdiaca</p><p>SINAIS COMUNS NO ENFORCAMENTO:</p><p>- SINAL DE AMUSSAT- ruptura da túnica íntima da carótida (ou interna);</p><p>-SINAL DE FRIEDBEG- equimose da túnica externa da carótida;</p><p>-SINAL DE DOTTO- ruptura da bainha de mielina do nervo vago;</p><p>-SINAL DE BONNET- ruptura das cordas vocais;</p><p>-LINHA ARGÊNTICA (fica na cor prata)- escoriação da pele por laços duros e depois a desidratação da pele (ex.: arame, corda).</p><p>Agua Doce - Hemodiluição</p><p>Agua Salgada - Hemoconcentração</p><p>Fiz um resumo por questões para facilitar nossas vidas:</p><p>AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE: a água é HIPOTÔNICA em relação ao plasma, por isso é RAPIDAMENTE ABSORVIDA PELOS ALVÉOLOS, o que resulta na HEMODILUIÇÃO DO SANGUE (diluição do sangue pelo volume de água, sobrecarga do trabalho cardíaco) e a HIPERvolemia (aumento súbito do volume sanguíneo).</p><p>MORTE por: FIBRILAÇÃO VENTRICULAR, devido à hiperpotassemia (o conteúdo de potássio das células é liberado para a corrente sanguínea) causada pela hemólise (as hemácias vão inchando até se romperem, com a grande entrada de água na circulação). NÃO POR ASFIXIA.</p><p>AFOGAMENTO EM ÁGUA SALGADA: a água é HIPERTÔNICA em relação ao plasma, o líquido ocupa os alvéolos e há aumento da osmolaridade do sangue.</p><p>MORTE por: HIPOvolemia, HEMOCONCENTRAÇÃO DO SANGUE e EDEMA PULMONAR. POR ASFIXIA.</p><p>Lembrar que no enforcamento, a cabeça fica voltado para o lado CONTRÁRIO ao nó, pendida para diante, com o queixo encostado o tórax.</p><p>a) Nos afogamentos e outros tipos de asfixia, as equimoses das mucosas são encontradas na conjuntiva palpebral e ocular, nos lábios, e, comumente, na mucosa nasal. (ERRADA)</p><p>França afirma que as equimoses são raramente encontradas na mucosa nasal.</p><p>b) O cogumelo de espuma que se forma quando a água entra no interior das vias respiratórias é um sinal patognomônico dos afogados e surge principalmente nas pessoas que reagiram ao afogamento na massa líquida. (ERRADA)</p><p>Não há sinal patognomônico (sinal específico de determinada situação médica, só aparece naquela situação) em se tratando de asfixias. O autor assevera que o cogumelo de espuma é mais comum nos afogados, mas que pode surgir em outras formas de asfixia mecânica.</p><p>d) A incapacidade de coagulação sanguínea, explicada pelo excesso de gás carbônico sanguíneo, é um dos fatores que contribuem para que a coloração do sangue dos afogados e de vítimas de outros tipos de asfixia tenha tonalidade vermelha clara e fluidez acentuada. (ERRADA)</p><p>Em geral, a tonalidade do sangue é negra, escura, porém fluida.</p><p>e) A congestão da face é o sinal mais constante nos afogados, devido às manchas de hipóstase por posições especiais dos cadáveres, principalmente quando permanecem de cabeça para baixo, se submersos. (ERRADA)</p><p>Sem muitos comentários a respeito, França diz que a congestão da face é encontrada de forma mais constante em determinados tipos de asfixia, como na hipótese de compressão torácica. Mas o autor explica que deve-se fazer a diferença entre congestão da face e manchas de hipóstase por posições especiais do cadáver, como nos afogados que, submersos, ficam de cabeça pra baixo.</p><p>NÃO É FATOR PATOGNÔMICO: característica atribuída apenas a uma determinada doença ou tipo de morte. O cogumelo de espuma não se apresenta apenas no afogamento; por ex., pode ocorrer em casos de enforcamento.</p><p>Características Gerais das Asfixias Mecânicas:</p><p>Características que podem originar um diagnóstico se verificadas em conjunto. No entanto, os sinais verificados não são constantes, tampouco patognomônico. Em outras palavras, as características são abundantes e variáveis, sendo divididas de acordo com a situação, em internas e externas.</p><p>Sinais internos:</p><p>- Equimoses viscerais (ou Manchas de Tardieu): Equimoses puntiformes dos pulmões e do coração. São pequenas e localizam-se geralmente sobre a pleura visceral, no pericárdio, no pericrânio e, em crianças, no timo. São manchas de tonalidade violácea, de número variável, esparsas ou em aglomerações. São mais comuns na infância e na adolescência.</p><p>- Aspectos do sangue: Tonalidade do sangue negra, exceto quando a morte se deu por monóxido de carbono, na qual a tonalidade será acarminado. Não é encontrado no coração coágulos cruóricos (negros) ou fibrinosos (brancos) e a fluidez, embora de alto valor do diagnóstico, não constitui sinal patognomônico.</p><p>- Congestão polivisceral: Os órgãos que se apresentam mais congestos são o fígado e o mesentério, sendo que o baço, na maioria das vezes, se mostra com pouco sangue devido as suas contrações durante a asfixia (Sinal de Étienne Martin). (ALTERNATIVA E)</p><p>- Distensão e edema dos pulmões: Presença de quantidade relativa de sangue líquido espumoso nos pulmões.</p><p>Sinais externos:</p><p>- Manchas de hipóstase: Precoces, abundantes e de tonalidade escura, variando essa tonalidade, nas asfixias por monóxido de carbono.</p><p>- Congestão da face: Sinal constante e frequente em tipos especiais de asfixia, especialmente na compressão torácica, ocasionando a máscara equimótica da face, por estase mecânica da veia cava superior.</p><p>- Equimoses da pele e das mucosas: Arredondadas e de pequenas dimensões, formando agrupamentos em determinadas regiões, principalmente na face, no tórax e pescoço, tomando tonalidade mais escura nas áreas de declive. As equimoses das mucosas são encontradas mais frequentemente na conjuntiva palpebral e ocular, nos lábios e, mais raramente, na mucosa nasal.</p><p>- Fenômenos cadavéricos: Livores de decúbito mais extensos, escuros e precoces. O esfriamento do cadáver se verifica em proporção mais</p><p>lenta; a rigidez cadavérica, ainda que mais lenta, mostra-se intensa e prolongada e a putrefação é muito mais precoce mais acelerada que nas demais causas de morte.</p><p>- Cogumelo de espuma: Formado por uma bola de finas bolhas de espuma que cobre a boca e as narinas que continua pelas vias aéreas inferiores.</p><p>- Projeção da língua e exoftalmia: Verificados comumente nas asfixias mecânicas. No entanto, podem ser verificados os sinais em cadáveres por causa diversa.</p><p>Exame toxicológico de cocaína:</p><p>Intra vivam = Urina, fígado, rim, sangue.</p><p>Post mortem = olhos (humo vítreo).</p><p>O humor vítreo, também conhecido por corpo vítreo do olho ou simplesmente por vítreo, é a substância gelatinosa e viscosa, formada por uma substância amorfa semilíquida, fibras e células, que se encontra no segmento posterior, entre o cristalino e a retina, sob pressão, de modo a manter a forma esférica do olho. As amostras colhidas para análise de toxicologia forense rotineiramente incluem, além de amostras de tecido de sangue e urina, a partir do fígado, cérebro, rins e humor vítreo (uma ''geleia" encontrada na câmara de globo ocular).</p><p>A sensação é basicamente uma resposta de um receptor sensorial a estímulos externos, ou seja, é uma resposta fisiológica do organismo</p><p>A percepção, por outro lado, é o julgamento dado pelo sujeito com base nas informações das sensações.</p><p>A 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu a ordem de Habeas Corpus para absolver um homem condenado pelo roubo a uma churrascaria em Tubarão (SC) exclusivamente com base no reconhecimento feito por meio de foto feito pelas vítimas.</p><p>A prática não observou o disposto no artigo 226 do Código de Processo Penal, que traz duas premissas objetivas: que a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento descreva a pessoa que deva ser reconhecida; e que o suspeito seja colocado, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la.</p><p>Antes os tribunais entendiam que o art. 226 do CPP era mera recomendação. Atualmente, entendem que é uma obrigação, sob pena de invalidade.</p><p>1. O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no artigo 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se encontra na condição de suspeito da prática de um crime</p><p>2. À vista dos efeitos e dos riscos de um reconhecimento falho, a inobservância do procedimento descrito na referida norma processual torna inválido o reconhecimento da pessoa suspeita e não poderá servir de lastro a eventual condenação, mesmo se confirmado o reconhecimento em juízo</p><p>3. Pode o magistrado realizar, em juízo, o ato de reconhecimento formal, desde que observado o devido procedimento probatório, bem como pode ele se convencer da autoria delitiva a partir do exame de outras provas que não guardem relação de causa e efeito com o ato viciado de reconhecimento</p><p>4. O reconhecimento do suspeito por mera exibição de fotografia(s), ao reconhecer, a par de dever seguir o mesmo procedimento do reconhecimento pessoal, há de ser visto como etapa antecedente a eventual reconhecimento pessoal e, portanto, não pode servir como prova em ação penal, ainda que confirmado em juízo</p><p>HC 598.886 - 27/10/2020</p><p>Métodos científicos disponíveis para devolver a identidade aos cadáveres não identificados:</p><p>1º) estado de conservação das papilas dérmicas presentes na superfície dos dedos das mãos e dos pés das vítimas. (PAPILOSCÓPICO)</p><p>Quando a condição não é favorável,</p><p>2º) identificação feita por odontologistas através da arcada dentária. (ANTROPOLÓGICO)</p><p>Em última instância,</p><p>3º) DNA. (GENÉTICO)</p><p>Os métodos de identificação dividem-se em primários (Necropapiloscopia, Análise de DNA e Odontologia Legal) e secundários (reconhecimento facial, roupas, próteses e outros),</p><p>MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO</p><p>PRIMÁRIOS (GRAVA ESSES TRÊS E VAI POR EXCLUSÃO, COM O TEMPO ACABA DECORANDO TODOS)</p><p>• Necropapiloscopia</p><p>• Análise de DNA</p><p>• Odontologia Legal</p><p>SECUNDÁRIOS</p><p>• Reconhecimento Facial</p><p>• Roupas</p><p>• Próteses e outros</p><p>CONCEITOS IMPORTANTES</p><p>1 - Balística Interna : que estuda os fenômenos físicos e químicos e os elementos que caracterizam o movimento do Projétil de Arma de Fogo - PAF - desde a iniciação da carga de lançamento até a saída do cano da arma;</p><p>2 - Balística Externa : que estuda a trajetória do Projétil de Arma de Fogo - PAF - fora do cano da arma até o alvo; e</p><p>3 - Balística Terminal : que estuda os efeitos sobre o Projétil de Arma de Fogo - PAF - e sobre o alvo após o impacto.</p><p>TRAJETÓRIA E TRAJETO EM BALÍSTICA FORENSE</p><p>4 - Trajetória : Percurso percorrido pelo Projétil de Arma de Fogo - PAF - da saída do cano da arma, após a combustão, até a chegada de um corpo.</p><p>5 - Trajeto : Percurso do Projétil de Arma de Fogo - PAF - no interior (dentro) do corpo.</p><p>Ex: A atira em B com um revólver .38, taurus, magnum AP. O projétil que sai da arma de A atinge a cabeça de B.</p><p>Com base nos conceitos supramencionados, temos como trajetória do Projétil de Arma de Fogo - PAF - o caminho percorrido do cano arma de A até o atingimento da cabeça de B, e como trajeto o caminho que o Projétil de Arma de Fogo - PAF - percorreu dentro da cabeça de B.</p><p>•TrajetO = dentrO;</p><p>•TrejatóriA = forA.</p><p>-> PSICOLÉPTICAS -> LENTIDÃO (retardam, depressoras). Ex.: Ópio e seus derivados (morfina, codeína etc.) e barbitúricos.</p><p>-> PSICOANALÉPTICAS -> ACELERAM. Ex.: cocaína e seus derivados (merla, oxidato etc.) e anfetaminas.</p><p>-> PSICODISLÉPTICAS -> DETURPAM (ALUCINAM). Ex.: maconha, santo daime, LSD, metanfetamina, feniciclidina.</p><p>Lembre-se, falou em energia externa remeta-se ao conceito de trauma.</p><p>Falou em alteração estrutural ligue ao conceito de lesão.</p><p>PsicoLépticos = deixa Lesado (depressora) deixa a pessoa B.O.B.A: Barbitúrico, Opiáceo, Benzidiazepínicos (ansiolíticos) e Alcool etílico.</p><p>PsicoAnalépticos = deixa em Alerta (estimulante) Anfetamina.</p><p>PsicoDislépticos = fica Doidão/vê Duende (alucinógeno). Causam o M.A.L: Maconha, Ayhuasca, LSD.</p><p>A embriaguês alcoólica é comumente dividida em 3 fases:</p><p>FASE DE EXCITAÇÃO: é a fase de euforia, quando o indíviduo demonstra vivacidade, humor, animação, gracejamento, desinibição;</p><p>FASE DE CONFUSÃO: é denominada de fase médico-legal, sendo a de maior importância pelo aparecimento das perturbações neurológicas e psiquicas, turbulência, agressividade, irritabilidade, tendência a praticar atos violentos;</p><p>FASE DE SONO ou FASE COMATOSA: é o período de sonolência em que o individuo se torna inconsciente, não reagindo aos estímulos normais.</p><p>CONTEÚDO ESTOMACAL E TEMPO DA MORTE</p><p>Período de digestão:</p><p>refeição leve - 1h30m a 2h</p><p>refeição média - 3 a 4h</p><p>refeição pesada - 5 a 7h</p><p>Tempo aproximado da morte após a refeição:</p><p>Alimentos reconhecíveis: Morte entre 1 a 2h após a refeição</p><p>Fase final de digestão: Morte entre 4 a 7h após a refeição</p><p>Estômago vazio: Morte há mais de 7h após a refeição.</p><p>Tristeza materna, blues puerperal ou baby blues: É um estado mais leve causado pelas mudanças hormonais que ocorrem nesta fase. A mulher pode apresentar choro fácil, se sentir triste e irritada, e esses sintomas podem se intercalar com momentos de alegria e satisfação;</p><p>Psicose pós parto ou psicose puerperal: é um transtorno psiquiátrico que atinge algumas mulheres após cerca de 2 ou 3 semanas do parto. Esta doença causa sinais e sintomas como confusão mental, nervosismo, choro excessivo, além de delírios e visões e o tratamento deve ser feito em um hospital psiquiátrico, com supervisão e uso de medicamentos para controlar estes sintomas. Geralmente, é causada devido às alterações hormonais que a mulher apresenta neste período, mas também é muito influenciada pela mistura de sentimentos devido às mudanças com a chegada da criança, que pode provocar tristeza e depressão pós parto;</p><p>Depressão pós-parto: é uma doença que aparece após a gestação e pode surgir até o primeiro ano de vida do bebê. É caracterizada como um quadro depressivo que envolve o sentimento de tristeza, pessimismo, diminuição da disposição, tendência a olhar para as coisas de uma forma negativa, sem saída,</p><p>além da falta de vontade de cuidar do bebê ou excesso de proteção, entre outros. Raramente, a situação pode se complicar e evoluir para uma forma mais grave, conhecida como psicose pós-parto.</p>