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<p>Conteudista: Prof.ª Dra. Tábata de Paula Facioli Marinheiro</p><p>Revisão Textual: Esp. Laryssa Fazolo</p><p>Objetivos da Unidade:</p><p>Compreender o funcionamento fisiológico básico do sistema digestório;</p><p>Conhecer as principais respostas desse sistema diante das exigências</p><p>físicas.</p><p>📄 Contextualização</p><p>📄 Material Teórico</p><p>📄 Material Complementar</p><p>📄 Referências</p><p>Fisiologia do Sistema Digestório</p><p>A Fisiologia do Sistema Digestório, tópico abordado nesta unidade, dedica-se a estudar os</p><p>mecanismos que o corpo humano utiliza para absorver nutrientes a partir de alimentos</p><p>complexos para a utilização e bom funcionamento do organismo. O entendimento desse sistema</p><p>em repouso e também diante de situações de maiores exigências físicas, como durante a</p><p>prática de exercício físico, é relevante. Durante o exercício físico, por exemplo, necessitamos</p><p>de um maior aporte energético para manutenção do desempenho atlético, o que está</p><p>diretamente relacionado ao sistema digestório. E, além disso, atualmente, devido à maior</p><p>incidência de obesidade na população, o entendimento de como o sistema digestório funciona</p><p>em repouso vem apresentando uma maior relevância, principalmente pelo fato de a obesidade</p><p>estar relacionada ao desenvolvimento de outras doenças graves.</p><p>A obesidade ocorre quando a ingestão calórica é maior que o dispêndio de energia. Duas</p><p>ferramentas são essenciais no combate à obesidade: a reeducação alimentar e a prática</p><p>de exercício físico. Nesse sentido, tanto o sedentarismo quanto um desequilíbrio na</p><p>alimentação, mas também a presença de doenças metabólicas como, por exemplo, diabetes tipo</p><p>II e dislipidemia, que podem ser decorrentes da obesidade, exigem um trabalho</p><p>multiprofissional da área da saúde, a fim de combater os fatores que estão relacionados à</p><p>obesidade e proporcionar uma melhora na qualidade de vida e controle das doenças. Portanto,</p><p>ao final desta unidade, entenderemos como o corpo absorve nutrientes, as quantidades diárias</p><p>necessárias e como o exercício físico pode regular a ingestão calórica.</p><p>Página 1 de 4</p><p>📄 Contextualização</p><p>Introdução ao Sistema Digestório</p><p>Há muitos e muitos anos, muito antes de comida congelada, micro-ondas e fast food existirem,</p><p>o ato de se alimentar era um dos maiores desafios dos seres humanos. Era preciso caçar,</p><p>preparar e criar métodos para conservar os alimentos, tendo disponíveis poucos utensílios. A</p><p>fome e a necessidade de se alimentar fez com que os seres humanos primitivos criassem</p><p>utensílios que tornariam o ato de se alimentar menos difícil. Com o desenvolvimento de novas</p><p>armas, foi mais fácil prover alimentos, as comunidades puderam se desenvolver e se organizar</p><p>melhor. A necessidade de se alimentar também estipulava os locais que seriam habitados, as</p><p>pessoas procuravam locais onde a disponibilidade de alimentos era maior. Uma das maiores</p><p>revoluções, durante o desenvolvimento dos humanos, foi a técnica de cultivo. Eles perceberam</p><p>que, se plantassem e cuidassem daquela semente, mais alimento estaria disponível.</p><p>E é por meio da alimentação que conseguimos energia para manter o funcionamento dessa</p><p>poderosa máquina que é o organismo humano. Sem a energia que é obtida por meio da</p><p>alimentação, nenhum outro sistema conseguiria realizar suas funções fisiológicas</p><p>adequadamente. Além de todos os processos de transformação que acontecem quando o</p><p>alimento é transformado em energia, o sistema digestório também tem importante papel em</p><p>manter o balanço entre fome e saciedade. A sensação de fome é um poderoso mecanismo para a</p><p>conservação da vida, assim como a sensação de saciedade. Nesse sentido, a alimentação é a base</p><p>para se ter uma vida saudável. Porém, hoje em dia, com a vida moderna, está cada vez mais difícil</p><p>manter uma alimentação saudável e equilibrada e, consequentemente, manter esse poderoso</p><p>sistema funcionando adequadamente.</p><p>Página 2 de 4</p><p>📄 Material Teórico</p><p>Organização do Sistema Digestório</p><p>Quando nos alimentamos, estamos ingerindo diferentes substâncias necessárias para o bom</p><p>funcionamento do organismo, tais como vitaminas, aminoácidos, íons, açúcares. Para que essas</p><p>substâncias sejam absorvidas pelo organismo, é necessário que o alimento seja processado. O</p><p>sistema digestório é o sistema responsável pelo processamento, absorção e excreção dos</p><p>alimentos. Diferente de outros sistemas do organismo humano, como o respiratório, que só</p><p>compreende um órgão, o sistema digestório envolve muitos órgãos e todos precisam estar em</p><p>perfeito funcionamento para que os alimentos sejam devidamente digeridos.</p><p>Os principais órgãos do sistema digestório são: boca, esôfago, estômago, intestino delgado e</p><p>grosso. De forma geral, o sistema digestório pode ser divido em três partes funcionais:</p><p>A boca e o esôfago são responsáveis pelo transporte do alimento até o estômago, onde ele</p><p>começará a ser digerido e quebrado em partículas menores. Após ser processado, o alimento se</p><p>transforma em macromoléculas e depois micromoléculas que serão digeridas e absorvidas no</p><p>intestino. Por outro lado, o que não for necessário para o corpo será excretado.</p><p>As principais macromoléculas ingeridas por meio da alimentação são os carboidratos</p><p>(polissacarídeos), as gorduras e as proteínas. São essas moléculas que sofrerão ação de enzimas</p><p>digestivas e se tornarão micromoléculas. Além disso, para que o alimento seja processado, são</p><p>necessárias diferentes substâncias e enzimas, que variam de acordo com o tipo de alimento</p><p>ingerido. Essas substâncias são produzidas por outros órgãos, acessórios do sistema digestório,</p><p>como o pâncreas, o fígado, a vesícula biliar e as glândulas parótida e salivar (Figura 1).</p><p>Transporte dos alimentos;</p><p>Digestão;</p><p>Absorção e excreção.</p><p>Figura 1 – Visão geral do sistema digestório</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Boca</p><p>A principal função da boca é, por meio dos dentes, quebrar o alimento em partes menores. Além</p><p>da trituração exercida pelos dentes, a boca também tem a função de umedecer o bolo alimentar.</p><p>As glândulas parótidas e salivares secretam a saliva, que irá umedecer o bolo alimentar,</p><p>ajudando no transporte através do esôfago. A saliva contém uma enzima chamada amilase</p><p>salivar (chamada também de ptialina) que tem como função converter o amido em maltose,</p><p>atuando assim na digestão de polissacarídeos (carboidratos). Os polissacarídeos são as únicas</p><p>macromoléculas que têm a digestão iniciada ainda na boca.</p><p>Faringe/Esôfago</p><p>A deglutição envolve diversos mecanismos que são importantes para que o alimento passe da</p><p>cavidade bucal para a faringe e, em seguida, para o esôfago, sem que a respiração seja</p><p>atrapalhada ou que haja o refluxo do alimento para o nariz e para traqueia. Os principais</p><p>envolvidos nesse mecanismo são os receptores epiteliais da deglutição, que estimulam as</p><p>contrações musculares faríngeas automáticas, os nervos vago, trigêmeo, glossofaríngeo e a</p><p>epiglote (Figura 2).</p><p>De forma resumida, a deglutição começa com o fechamento da traqueia, seguido pela abertura</p><p>do esfíncter superior do esôfago. Então, a onda peristáltica criada pelos nervos da faringe</p><p>empurra o bolo alimentar para a parte superior do esôfago. O processo todo, em média, dura</p><p>apenas 2 segundos.</p><p>Você Sabia?</p><p>Para secretar saliva, as glândulas não precisam do estímulo mecânico</p><p>da mastigação, apenas o estímulo visual e olfativo de ver e sentir o</p><p>cheiro do alimento já é suficiente para fazer as glândulas secretarem</p><p>saliva. É o famoso “isso me deu água na boca”!</p><p>Figura 2 – Mecanismo da deglutição</p><p>Glossário</p><p>Deglutição: ato de engolir os alimentos; é uma ação automática</p><p>comandada pelo tronco cerebral e que visa a transportar o bolo</p><p>alimentar da boca para o esôfago.</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Esôfago</p><p>O esôfago mede aproximadamente 25 centímetros de comprimento e 3 centímetros de diâmetro.</p><p>Para realizar sua função de transportar o bolo alimentar da cavidade bucal até o estômago, o</p><p>esôfago exerce o movimento de peristaltismo, esse movimento acontece graças à camada</p><p>muscular ali presente. No primeiro</p><p>terço do órgão, o tecido muscular é composto pelo músculo</p><p>estriado, seus movimentos são controlados por fibras nervosas dos nervos glossofaríngeo e</p><p>vago. Por sua vez, a porção restante do esôfago apresenta tecido muscular composto por</p><p>músculo liso, que é controlado pelos nervos vagos.</p><p>Na porção superior do esôfago, existe uma estrutura chamada esfíncter, que se abre quando o</p><p>bolo alimentar precisa passar da cavidade bucal para o esôfago e fecha assim que o bolo adentra</p><p>o órgão, evitando que o alimento retorne para a cavidade bucal. A mesma estrutura também está</p><p>presente na parte inferior do esôfago e impede que o alimento retorne do estômago para o</p><p>esôfago. Porém, por estar muito perto do diafragma, a atividade do esfíncter inferior pode ser</p><p>prejudicada caso haja disfunções no diafragma.</p><p>Estômago</p><p>O estômago é divido em duas partes principais, o corpo e o antro (Figura 3), e possui duas</p><p>funções principais: armazenar o bolo alimentar e começar a digestão desse formando o quimo</p><p>(mistura semilíquida formada no interior do estômago), que será liberado lentamente para o</p><p>próximo órgão do tubo digestório. Em situações fisiológicas normais, o estômago tem a</p><p>capacidade de armazenar de 0,8 a 1,5 litros. Ademais, na parede do corpo do estômago, estão</p><p>presentes as glândulas gástricas, responsáveis pela secreção de suco gástrico o qual, em</p><p>conjunto com os movimentos peristálticos do estômago, transforma o bolo alimentar no</p><p>quimo.</p><p>Figura 3 – Anatomia do Estômago</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Intestinos</p><p>O intestino delgado é dividido em três partes:</p><p>O quimo sai do estômago e adentra o intestino delgado pelo piloro, responsável por liberar o</p><p>quimo, pouco a pouco, para o duodeno (porção inicial do intestino delgado). Após, o quimo sai</p><p>Duodeno;</p><p>Jejuno;</p><p>Íleo.</p><p>do intestino delgado e vai para o intestino grosso pela parte ilíaca. O íleo, assim como nas outras</p><p>estruturas terminais dos órgãos do sistema digestório, também possui um mecanismo para</p><p>evitar o refluxo, a válvula ileocecal. O intestino grosso também é dividido em três partes, elas são</p><p>denominadas cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente (Figura 4). As principais</p><p>funções dos intestinos são digerir o quimo e absorver as micromoléculas presentes nele. Porém</p><p>o que não é interessante para o organismo é misturado com água e formará o bolo fecal, que</p><p>sairá do intestino e chegará ao ânus, local de excreção, através do reto.</p><p>Figura 4 – Anatomia do intestino delgado e intestino</p><p>grosso</p><p>Fonte: Adaptado de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Motilidade do Trato Gastrointestinal</p><p>O trato gastrointestinal possui seu próprio sistema nervoso, denominado sistema nervoso</p><p>entérico. Esse sistema atua principalmente no controle dos movimentos e das secreções</p><p>gastrointestinal, sendo a primeira função controlada principalmente pelo plexo mioentérico, e a</p><p>segunda pelo plexo submucoso (que também controla o fluxo sanguíneo). Ambos os plexos</p><p>podem receber estímulos do sistema nervoso simpático e do sistema nervoso parassimpático</p><p>(Fig. 5). As funções motoras do intestino ocorrem por meio da estimulação das diferentes</p><p>camadas musculares do intestino (Figura 6) que são excitadas por atividade elétrica, geradas</p><p>pelos neurônios entéricos. Existem dois tipos básicos dessa atividade elétrica: ondas lentas e</p><p>potenciais em ponta. Porém as ondas lentas, sozinhas, não geram contração muscular. Por</p><p>outro lado, potenciais em ponta são verdadeiros potenciais de ação e podem, de fato, causar</p><p>contração muscular.</p><p>Glossário</p><p>Plexo: redes de vasos ou nervos.</p><p>Você Sabia?</p><p>A quantidade de neurônio no sistema nervoso entérico é de cerca de 100</p><p>milhões, quase a mesma quantidade da medula espinhal.</p><p>Figura 5 – Controle do Sistema Nervoso no intestino</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Figura 6 – Corte transversal do tecido intestinal,</p><p>mostrando as diferentes camadas musculares</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Existem dois tipos de movimentos gastrointestinais: o de propulsão-peristaltismo, responsável</p><p>por transportar o bolo alimentar através do tubo digestório, e o movimento de mistura,</p><p>responsável por misturar o bolo alimentar com as secreções enzimáticas que fazem a digestão.</p><p>Esses movimentos podem ser regulados por diferentes mecanismos, sendo um deles a liberação</p><p>de neurotransmissores. O neurotransmissor acetilcolina, por exemplo, age estimulando a</p><p>atividade gastrointestinal, enquanto a norepinefrina quase sempre inibe essa atividade. Os</p><p>sistemas nervoso simpático e parassimpático também podem exercer essa regulação. O sistema</p><p>nervoso simpático atua ativando ainda mais a atividade do trato gastrointestinal, enquanto o</p><p>sistema parassimpático atua inibindo a atividade gastrointestinal.</p><p>Durante o processo de digestão, diversos hormônios são secretados e se ligam a receptores</p><p>específicos em diferentes tipos celulares. Essa ligação hormônio-receptor desencadeia uma</p><p>série de sinais nas células específicas, as quais respondem de diferentes formas. Por exemplo,</p><p>após o estímulo oriundo de produtos da digestão de gordura, as células I, da porção jejuno do</p><p>Importante!</p><p>Lembre-se de que a principal diferença entre o sistema nervoso</p><p>simpático e o parassimpático é que o primeiro atua estimulando ações</p><p>perante estímulos de “estresse”, enquanto o parassimpático atua</p><p>estimulando ações perante estímulos de “calma”.</p><p>Você Sabia?</p><p>O “frio na barriga” que sentimos quando estamos com medo é uma</p><p>resposta do sistema nervoso simpático que restringe a circulação</p><p>sanguínea das vísceras (causando queda na temperatura) e manda o</p><p>fluxo para o músculo que precisa de maior fluxo sanguíneo para</p><p>“correr e fugir do perigo”.</p><p>intestino delgado, secretam CCK (colecistocinina), um hormônio que consegue inibir</p><p>moderadamente as contrações do estômago, retardando a saída do quimo do estômago. A CCK</p><p>também tem a capacidade de contrair fortemente a vesícula biliar, aumentando a liberação da</p><p>bile. Outros hormônios, como a gastrina e secretina, também podem atuar na regulação de</p><p>movimentos peristálticos.</p><p>Digestão</p><p>Secreção Gástrica</p><p>Quando o bolo alimentar chega ao estômago, já existe ali um microambiente propício para</p><p>iniciar a digestão alimentar. Na mucosa gástrica, há dois tipos de glândulas: as glândulas</p><p>oxínticas, que produzem e secretam ácido clorídrico (HCl - o qual a produção pode ser</p><p>estimulada pelo hormônio gastrina, que é liberado quando há presença de proteína no</p><p>estômago), pepsinogênio (forma inativa da enzima pepsina) e muco, e as glândulas pilóricas,</p><p>que secretam muco (para proteger a mucosa gástrica do ácido clorídrico) e gastrina. O HCl, as</p><p>enzimas e o muco presentes no estômago formam uma substância chamada suco gástrico. Além</p><p>disso, a principal função do HCl é ajudar na digestão de proteínas e ele exerce essa função de</p><p>duas formas diferentes:</p><p>Ademais, além de atuar na digestão das proteínas, o HCl também atua controlando o</p><p>crescimento bacteriano.</p><p>Na ativação de pepsinogênio que, na presença de HCl, se torna a enzima ativa</p><p>pepsina (enzima que digere proteínas); e</p><p>No pH extremamente ácido do HCl, que também ajuda na digestão das proteínas.</p><p>Secreção Pancreática</p><p>Por sua vez, as enzimas necessárias para a digestão dos carboidratos e da gordura são</p><p>produzidas pelo pâncreas, mais especificamente pelos ácinos pancreáticos. Os ácinos</p><p>pancreáticos também produzem grande quantidade de bicarbonato de sódio e de enzimas que</p><p>atuam na digestão de proteínas (tripsina é a mais abundante). As enzimas e o bicarbonato de</p><p>sódio são depositados no ducto pancreático e depois são drenados para o ducto hepático,</p><p>chegando, em seguida, ao jejuno. A enzima pancreática que digere carboidratos é a amilase</p><p>pancreática, que hidrolisa os polissacarídeos para formar carboidratos menores, chamados de</p><p>Importante!</p><p>Apesar de ser essencial para a digestão do bolo alimentar, o HCl pode</p><p>causar danos à mucosa do estômago, e é por isso que a sua produção e</p><p>secreção precisam ser extremamente controladas.</p><p>Saiba Mais</p><p>Existem milhares de bactérias</p><p>colonizando o estômago e os intestinos.</p><p>Essas bactérias são chamadas de bactérias comensais e ajudam na</p><p>digestão de determinados alimentos, os quais o nosso trato digestório</p><p>não daria conta sozinho.</p><p>dissacarídeos. Além disso, a amilase também hidrolisa amido e glicogênio. Por outro lado, para a</p><p>digestão de gordura, o pâncreas produz três enzimas: a lipase pancreática, colesterol esterase e a</p><p>fosfolipase.</p><p>Glossário</p><p>Hidrolisar: quebra de uma substância pela ação da água.</p><p>Importante!</p><p>As enzimas que digerem proteína são secretadas na forma inativa e só</p><p>se tornam enzimas ativas no intestino. Se elas fossem secretadas já</p><p>ativas, elas seriam capazes de digerir o próprio pâncreas.</p><p>O pâncreas também produz insulina, mas as células responsáveis por</p><p>essa produção são as células de Langerhans. A insulina não é secretada</p><p>no ducto pancreático, e sim no sangue.</p><p>Assim como a motilidade gastrointestinal, a secreção das enzimas pancreáticas também pode</p><p>ser regulada por diversos mecanismos. Há três estímulos básicos para a secreção das enzimas</p><p>pancreáticas: a acetilcolina, liberada pelas terminações nervosas parassimpáticas; a CCK,</p><p>liberada pelas células da mucosa duodenal e do jejuno quando há presença de quimo no</p><p>intestino delgado; e a secretina, liberada pelas mesmas células quando há presença de alimentos</p><p>muito ácidos.</p><p>Secreção de Bile pelo Fígado</p><p>Outro órgão acessório do sistema digestório, o fígado, produz e secreta a bile, importante para a</p><p>digestão e absorção de gordura no intestino. Diferentemente do suco pancreático, a bile não</p><p>contém nenhuma enzima digestiva. Os sais presentes na bile ajudam a emulsificar partículas</p><p>grandes de gordura, tornando-as menores e mais suscetíveis à ação da lipase. A bile também</p><p>ajuda na absorção dos produtos finais da digestão da gordura. A vesícula biliar esvazia no</p><p>duodeno seus sais biliares após estimulação da CCK, que é liberada em resposta a alimentos</p><p>gordurosos.</p><p>Glossário</p><p>Emulsificar: mistura de uma substância gordurosa com uma não</p><p>gordurosa.</p><p>Digestão de Carboidratos</p><p>Há três principais fontes de carboidrato no organismo:</p><p>Esses sacarídeos maiores são digeridos por enzimas liberadas no intestino delgado</p><p>denominadas, lactase, sacarase, maltase e α-dextrinase. A lactase hidrolisa a lactose, gerando</p><p>uma molécula de galactose e uma de glicose. A sacarose hidrolisa a sacarase, formando uma</p><p>molécula de frutose e uma de glicose, a maltose se divide em inúmeras moléculas de glicose. Os</p><p>produtos finais são monossacarídeos e podem finalmente ser absorvidos.</p><p>Importante!</p><p>A bile é constantemente secretada pelo fígado e permanece</p><p>armazenada na vesícula biliar.</p><p>Sacarose, um dissacarídeo encontrado na cana;</p><p>Lactose, dissacarídeo encontrado no leite; e</p><p>Amido, polissacarídeo presente em alimento que não seja de origem animal (batata,</p><p>por exemplo).</p><p>Digestão de Proteínas</p><p>No estômago, a enzima pepsina reduz as proteínas (por meio de hidrólise, quebrando as</p><p>ligações peptídicas entre os aminoácidos), para proteosas, peptonas e polipepitídeos. As</p><p>enzimas presentes no suco pancreático reduzem essas moléculas para moléculas ainda</p><p>menores, denominadas dipeptídeo e tripeptídeo. Os enterócitos, células presentes na parte</p><p>duodenal e do jejuno, apresentam bordas em escova, que consistem em milhares de</p><p>microvilosidades projetadas na superfície da célula. Nessas microvilosidades, há peptidades,</p><p>enzimas que hidrolisam os maiores polipeptídeos remanescentes e os reduzem para di e</p><p>tripeptídeos que poderão então ser absorvidos.</p><p>Digestão de Gorduras</p><p>A principal fonte de gordura são os triglicerídeos, um tipo de gordura neutra. O triglicerídeo é</p><p>formado por três moléculas de ácidos graxos e uma de glicerol esterificado. A digestão da</p><p>gordura começa com a emulsão que ocorre no estômago. Os movimentos peristálticos do</p><p>estômago misturam a gordura com as secreções gástricas. A gordura passa, então, a ser</p><p>Saiba Mais</p><p>Alergia à lactose e intolerância à lactose são duas condições distintas.</p><p>A primeira acontece por um processo alérgico em que o sistema imune</p><p>assume que a molécula de lactose é perigosa para o organismo e</p><p>começa a atacá-las. A intolerância é uma incapacidade de produzir a</p><p>enzima lactase. Quem tem intolerância à lactose pode tomar um</p><p>comprimido que contém a lactase antes de ingerir alimentos ricos em</p><p>lactose e, assim, minimizar a falta da lactase.</p><p>quebrada em moléculas menores, que sofrerão a ação das enzimas digestivas. Quando o quimo</p><p>chega ao duodeno, a emulsão se torna ainda mais ativa com a presença dos sais biliares. O</p><p>principal sal biliar presente na bile é a lecitina, que irá, sob agitação, quebrar os glóbulos</p><p>gordurosos e os tornar pequenos fragmentos. Em resumo, a bile, em conjunto com a agitação,</p><p>transforma a gordura em gordura emulsificada e, então, a lipase transforma a gordura</p><p>emulsificada em ácidos graxos. A maior parte do colesterol está associada a uma molécula de</p><p>ácido graxo; a enzima hidrolase de éster colesterol digere essa molécula. Os fosfolipídeos</p><p>também estão conjugados a uma molécula de ácido graxo, mas são digeridos por outra a enzima,</p><p>a fosfolipase A2.</p><p>Absorção</p><p>Após a digestão do bolo alimentar, as micromoléculas estão prontas para serem absorvidas pelo</p><p>organismo. Para absorver as micromoléculas, o intestino delgado possui uma superfície</p><p>característica. Para aumentar a área de superfície do intestino, as células da mucosa intestinal</p><p>possuem várias pregas denominadas válvulas coniventes. Essas pregas se estendem até 8</p><p>milímetros no lúmen intestinal (Figura 7). A capacidade de absorção do intestino delgado é de</p><p>100 gramas ou mais de gordura, 50 a 100 gramas de aminoácidos e íons, muitas gramas de</p><p>carboidrato e de 7 a 8 litros de água. O intestino grosso pode absorver ainda mais água e íons,</p><p>mas poucos nutrientes.</p><p>Figura 7 – Corte longitudinal do intestino, mostrando as</p><p>projeções da mucosa que têm como função aumentar a</p><p>superfície de absorção</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>A absorção da água presente no quimo acontece no intestino delgado, por meio de osmose. Já os</p><p>íons, como o sódio, são absorvidos pelas células da mucosa intestinal por transporte ativo. Em</p><p>condições fisiológicas normais, apenas cerca de 0,5% do sódio não é absorvido pelo organismo</p><p>e é excretado por meio das fezes. Por sua vez, a glicose, principal monossacarídeo da digestão de</p><p>carboidratos, é absorvida pelas células epiteliais através do cotransporte com o sódio. Uma</p><p>molécula de sódio se liga à proteína transportadora que só irá fazer o transporte quando uma</p><p>molécula de glicose estiver ligada a ela também. É dessa mesma forma que a galactose também é</p><p>absorvida. Por outro lado, a frutose é transportada por difusão facilitada. Dentro da célula</p><p>epitelial, a frutose será transformada também em glicose.</p><p>Para a absorção das micromoléculas peptídicas, o transporte utilizado também é cotransporte</p><p>com o sódio. Existem cinco diferentes tipos de proteínas transportadoras e essa variação é</p><p>importante por causa da variação das propriedades químicas dos aminoácidos e peptídeos. Os</p><p>monoglicerídeos e ácidos graxos provenientes da digestão da gordura se ligam à membrana das</p><p>células epiteliais e entram nessas células. Em resumo, a absorção de nutrientes no intestino</p><p>delgado acontece por meio dos diferentes tipos de transporte celular, que fazem com que as</p><p>micromoléculas saiam do lúmen do intestino e adentrem as células epiteliais. Depois, essas</p><p>micromoléculas são transportadas para o sangue, que levará o suprimento para todos os outros</p><p>órgãos.</p><p>Glossário</p><p>Osmose: é a passagem de uma substância para dentro de uma célula</p><p>por diferença de concentração. Por exemplo, se houver mais água no</p><p>espaço extracelular e menos nas células, a água entrará na célula até</p><p>essa concentração se igualar.</p><p>Transporte ativo: transporte de uma substância do meio menos</p><p>concentrado para o mais concentrado, com gasto de energia.</p><p>Difusão facilitada: transporte de uma substância do meio mais</p><p>concentrado para o menos concentrado</p><p>por meio de moléculas</p><p>transportadoras, sem gasto de energia.</p><p>Quando o quimo chega ao intestino grosso, há pouquíssima quantidade de substâncias para ser</p><p>absorvida. Nessa parte do tubo digestório, o que não foi absorvido se mistura à água e formará o</p><p>bolo fecal (fezes). As fezes são compostas por 75% de água e 25% de matéria seca, sendo 30% de</p><p>bactérias mortas, 10 a 20% de gordura, 10 a 20% de matéria inorgânica, 2 a 3% de proteínas e</p><p>30% de restos ingeridos de alimentos. A consistência do bolo fecal varia de acordo com a porção</p><p>do intestino em que ele se encontra (Figura 8). A motilidade no intestino grosso é importante</p><p>para a consistência das fezes; se há muitos movimentos, o bolo fecal passa mais rapidamente</p><p>pelo intestino, gerando fezes diarreicas ou fezes moles. Por outro lado, se há comprometimento</p><p>da motilidade, isso resulta em maior absorção, gerando fezes duras e causando constipação.</p><p>Figura 8 – Consistência do bolo alimentar ao longo do</p><p>intestino grosso</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>Fome e Saciedade</p><p>A ingestão de alimentos é essencial para a manutenção do organismo, entretanto essa ingestão</p><p>precisa ser controlada para que ela não ocorra em excesso. Se ingerirmos mais alimentos que o</p><p>necessário para a manutenção do nosso organismo (essa quantidade varia de indivíduo para</p><p>indivíduo e dos tipos de atividades físicas praticadas), os nutrientes, principalmente a gordura,</p><p>se acumularão no organismo, podendo causar diversas doenças, como a obesidade, pressão alta,</p><p>diabetes. Contudo o organismo tem formas de controlar a ingestão de alimentos por meio da</p><p>saciedade.</p><p>Você Sabia?</p><p>A cor marrom das fezes é devido à presença de estercobilina e</p><p>urobilina, derivadas da bilirrubina presente na bile. O odor é causado</p><p>por metabólitos da ação bacteriana e pode variar de pessoa para</p><p>pessoa, porque cada indivíduo tem uma flora bacteriana diferente.</p><p>Importante!</p><p>Fome e apetite não são a mesma coisa. Apetite é o desejo por comer</p><p>No hipotálamo, há uma área denominada núcleos laterais, que atua como o centro da fome, em</p><p>contrapartida, os núcleos ventromediais do hipotálamo atuam como o centro da saciedade. Se o</p><p>centro da saciedade não está ativado, ele estimulará o centro da fome, por outro lado, se o centro</p><p>da saciedade estiver ativado, ele inibirá o da fome. Nesse sentido, diferentes substâncias</p><p>secretadas por órgãos que compõem o tubo digestório podem ativar o centro da saciedade</p><p>(Figura 9).</p><p>determinados alimentos, fome é necessidade energética. Excesso de</p><p>apetite é denominado gula.</p><p>Figura 9 – Substâncias que podem regular o centro da</p><p>fome, localizado no hipotálamo</p><p>Fonte: Adaptada de GUYTON; HALL, 2011</p><p>As substâncias que inibem o centro da fome podem ser subdivididas em fatores pré-absortivos e</p><p>pós-absortivos. A estimulação do nervo vago causada pela distensão gástrica estimula o centro</p><p>da saciedade, inibindo o centro da fome. Quando o quimo adentra o duodeno, o hormônio CCK é</p><p>produzido, este hormônio, por meio da corrente sanguínea, ativará o centro da saciedade. De</p><p>forma contrária, ou seja, estimulando a fome, ocorre a produção do hormônio grelina pelo</p><p>estômago, quando este está vazio ou quando há rápida perda de peso. A grelina chega ao</p><p>hipotálamo pela corrente sanguínea e inibe o centro da saciedade. Porém, quando a glicose é</p><p>absorvida e cai na corrente sanguínea, há uma diferença de concentração de glicose no sangue</p><p>arterial e venoso (sangue arterial fica com concentração superior ao sangue venoso), e essa</p><p>diferença causa ativação do centro da saciedade.</p><p>No controle da saciedade e da fome, existem também os fatores não nutricionais, sendo a</p><p>leptina, hormônio secretado pelo tecido adiposo, um dos principais fatores não nutricionais.</p><p>Quando nos alimentamos, o tecido adiposo aumenta, aumentando, assim, a liberação de leptina.</p><p>A leptina age estimulando a liberação de hormônio liberador de corticotrofina, que ativa o centro</p><p>da saciedade. O neuropeptídeo Y (NPY) atua de forma contrária, ele tem a capacidade de inibir o</p><p>Você Sabia?</p><p>A temperatura corpórea também pode regular o centro da saciedade.</p><p>Quando a temperatura está elevada, ela ativa o centro da saciedade, por</p><p>isso tendemos a comer mais durante o frio e não sentir fome quando</p><p>estamos em estado febril.</p><p>centro da fome. A Tabela 1 sumariza as substâncias que estimulam o aumento e a diminuição da</p><p>ingestão de alimentos.</p><p>Tabela 1 – Substâncias Liberadas pelo Tubo Digestório que podem agir Aumentando ou</p><p>Diminuindo a Ingestão de Alimentos</p><p>Glossário</p><p>Tecido adiposo: tecido conjuntivo que tem uma célula chamada</p><p>adipócito, o qual tem a capacidade de guardar pequenas gotículas de</p><p>lipídeo no seu citoplasma.</p><p>Saiba Mais</p><p>Substâncias endocanabinoides estimulam o hipotálamo a liberar NPY,</p><p>inibindo o centro da saciedade. É por isso que pessoas que fumam</p><p>cannabis tendem a sentir fome após o uso.</p><p>Diminuem a Ingestão de</p><p>Alimentos (Anorexígenos)</p><p>Aumentam a Ingestão de</p><p>Alimentos (Orexígenos)</p><p>Hormônio Estimulante do α-</p><p>MSH)</p><p>Neuropeptídeo Y</p><p>Leptina</p><p>Proteína Relacionada à Agouti</p><p>(AGRP)</p><p>Serotonina</p><p>Hormônio Concentrador de</p><p>Melanina (MCH)</p><p>Norepinefrina Orexinas A e B</p><p>Hormônio Liberador da</p><p>Corticotropina</p><p>Endorfinas</p><p>Insulina Gelanina (GAL)</p><p>Colecistocinina</p><p>Aminoácidos (Glutamato e</p><p>ácido γ-aminobutírico)</p><p>Peptídeo Semelhante ao</p><p>Glucagon (GLP)</p><p>Cortisol</p><p>Transcrito Regulado pela</p><p>Cocaína e pela Anfetamina</p><p>(CART)</p><p>Grelina</p><p>Peptídeo YY (PYY) Endocanabinoides</p><p>Fonte: Adaptada GUYTON; HALL, 2011</p><p>Nutrição e Efeitos da Atividade Física no Sistema</p><p>Vídeos</p><p>Sistema Digestório</p><p>Que tal ilustrarmos, de forma rápida, um pouco do que foi falado até</p><p>aqui? Para isso, assista ao vídeo a seguir. Bom vídeo!</p><p>SISTEMA DIGESTÓRIOSISTEMA DIGESTÓRIO</p><p>Digestório</p><p>Os alimentos que ingerimos são as nossas fontes de energia, vitaminas e nutrientes essenciais</p><p>para o bom funcionamento do nosso organismo. Os nutrientes atuam no funcionamento</p><p>fisiológico dos sistemas e na prevenção de uma série de patologias. Nas últimas décadas,</p><p>cientistas do mundo inteiro têm estudado a relação da alimentação com a saúde. A junção de</p><p>uma alimentação saudável com a prática de exercícios físicos tem provado ser a melhor maneira</p><p>de prolongar, de forma saudável, a vida. Nesse sentido, o sistema digestório tem papel</p><p>fundamental nesse processo, pois, se qualquer um dos seus órgãos não funcionar</p><p>corretamente, o organismo ficará sem essas micromoléculas essenciais para a vida.</p><p>Os nutrientes podem ser divididos em macro e micronutrientes. Os macronutrientes são os</p><p>carboidratos, as proteínas e os lipídios. Os carboidratos podem ser do tipo monossacarídeos e</p><p>dissacarídeos (os chamados açúcares) ou polissacarídeos, conhecidos como carboidratos</p><p>complexos. Como função geral, os carboidratos são os nutrientes que irão gerar a glicose,</p><p>combustível principal para a energia celular. Já as proteínas são formadas por aminoácidos, e</p><p>elas podem ser classificadas como completas ou de alto valor biológico (contém grande</p><p>quantidade de aminoácidos essenciais) e incompletas ou de baixo valor biológico (quantidade</p><p>pequena, ou nenhum, de aminoácidos essenciais). As proteínas ingeridas a partir da</p><p>alimentação são essenciais para a manutenção da produção das nossas próprias proteínas,</p><p>especialmente do tecido muscular. Por sua vez, os micronutrientes são as vitaminas e minerais.</p><p>As vitaminas estimulam diversos processos no organismo, desde o crescimento de cabelos e</p><p>unhas, assim como na manutenção da saúde óssea (vitamina D). De forma geral, todos esses</p><p>nutrientes têm um papel fundamental na manutenção da homeostase do organismo, sendo</p><p>indispensáveis.</p><p>Importante!</p><p>Mesmo os nutrientes sendo importantes para a saúde, o seu excesso,</p><p>assim como a falta, pode ser prejudicial. É importante manter o</p><p>Dessa forma, o balanço energético corresponde à quantidade de energia de alimentos que deve</p><p>ser ingerida para a manutenção do organismo, massa e composição corporal, considerando a</p><p>ingestão calórica em relação à quantidade de dispêndio energético,</p><p>incluindo atividades diárias e</p><p>a prática esportiva. Nesse caso, a nutrição se torna ainda mais importante pois, quando um</p><p>indivíduo pratica com regularidade algum exercício físico, principalmente exercícios de alta</p><p>intensidade (incluindo atletas de elite), as recomendações nutricionais são essenciais para um</p><p>bom desempenho físico. Quando um nutricionista avalia um atleta, por exemplo, ele leva em</p><p>consideração diferentes variáveis, como o tipo de treino, a modalidade esportiva praticada, a</p><p>intensidade do treinamento e o planejamento e objetivos a curto e longo prazo a partir da</p><p>periodização. Variáveis do indivíduo como o peso, altura, força muscular, assim como seus</p><p>objetivos: aumento da massa magra, da força muscular, aumento do metabolismo, também são</p><p>importantes na prescrição. Somente após uma análise completa, as recomendações serão</p><p>passadas, assim como a necessidade de suplementos nutricionais.</p><p>Além do controle no balanço energético, o exercício físico também tem efeitos importantes no</p><p>sistema digestório. Dentre esses efeitos, podemos citar a inibição do processo digestório de</p><p>digestão e absorção dos nutrientes durante a prática de exercícios, especialmente os intensos.</p><p>Isso se deve à necessidade de aporte energético para manutenção do desempenho, assim como</p><p>a ativação do sistema nervoso simpático, que inibe ações digestórias e privilegia processos que</p><p>disponibilizem energia para os membros da periferia, especialmente o tecido muscular</p><p>esquelético.</p><p>equilíbrio da ingestão dos diversos tipos alimentares, nas porções</p><p>recomendadas.</p><p>Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:</p><p>Vídeos</p><p>O Cérebro no seu Intestino</p><p>Página 3 de 4</p><p>📄 Material Complementar</p><p>Heribert Watzke: The brain in your gutHeribert Watzke: The brain in your gut</p><p>Suplementação Esportiva do Tubo de Ensaio à Medalha de</p><p>Ouro – Parte 1</p><p>Suplementação Esportiva do Tubo de Ensaio à Medalha de</p><p>Ouro – Parte 2</p><p>Sistema Nervoso Entérico e Inervação do TG</p><p>Sistema Nervoso Entérico e inervação do TGSistema Nervoso Entérico e inervação do TG</p><p>GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.</p><p>PITHON-CURI, T. C. Fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.</p><p>Página 4 de 4</p><p>📄 Referências</p>