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<p>ÁREA DE GESTÃO</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>Criado por: Eng. Deyvid Souza.</p><p>MÓDULO II – PLANEJAMENTO</p><p>DA MANUTENÇÃO</p><p>CURSO DE</p><p>PLANEJAMENTO E</p><p>CONTROLE DE</p><p>MANUTENÇÃO -</p><p>PCM</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>Do Autor:</p><p>Este curso foi desenvolvido com o objetivo de capacitar os</p><p>profissionais da área industrial a executarem o planejamento e controle</p><p>da manutenção. Por ser um curso de gestão, aplica-se a todos os</p><p>envolvidos com manutenção, produção, gestão, engenharias, técnicos e</p><p>também da segurança do trabalho. Será explorado os conceitos de</p><p>manutenção e inspeção, fluxo de Ordens de Serviço e Indicadores de</p><p>manutenção, com foco em Planejamento e Controle. Após ler o E-Book</p><p>faça a E-Aula para cada módulo e aprofunde seu conhecimento.</p><p>Somos muito gratos por você escolher a MODULAR para se</p><p>profissionalizar em PCM. Estamos sempre à disposição para atendê-lo.</p><p>Desejamos um bom curso e seja muito bem-vindo.</p><p>INFORMAÇÕES</p><p>CURSO: Planejamento e Controle de Manutenção</p><p>MÓDULO: II</p><p>ÁREA: Gestão</p><p>PRODUZIDO POR: Modular Cursos Online</p><p>DATA: março de 2020</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>Sumário</p><p>RESUMO: ................................................................................................ 4</p><p>O Planejamento da Manutenção ............................................................ 4</p><p>CONCEITO 1: Tipos de Manutenção ....................................................... 5</p><p>1. A manutenção Corretiva ............................................................. 5</p><p>2. A manutenção preventiva ......................................................... 13</p><p>3. Manutenção preditiva .............................................................. 24</p><p>CONCEITO 2: INSPEÇÃO ........................................................................ 38</p><p>CONCEITO 3: LUBRIFICAÇÃO ................................................................ 52</p><p>CONCEITO BÔNUS: LIMPEZA ................................................................ 61</p><p>REVISÃO: .............................................................................................. 62</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>O Planejamento da Manutenção</p><p>Para entender como fazer o planejamento de manutenção,</p><p>primeiramente será necessário entender e definir conceitos fundamentas do</p><p>planejamento de manutenção, como você pode ver a seguir.</p><p>➢ Conceito 1: tipos de manutenção.</p><p>➢ Conceito 2: inspeções.</p><p>➢ Conceito 3: lubrificação.</p><p>Com esses três conceitos, teremos a base para começar o processo de</p><p>planejamento de manutenção. Entendendo a fundo cada um deles, podemos</p><p>começar a estabelecer o modo como será feito o planejamento da manutenção</p><p>de forma mais específica.</p><p>RESUMO:</p><p>Mostraremos neste módulo como fazer o planejamento de cada</p><p>tipo de manutenção, que são: manutenções corretivas, preventivas,</p><p>preditivas e inspeções de rota. Para cada uma delas, são considerados</p><p>aspectos de planejamento diferentes e formas específicas de elaborar sua</p><p>execução. Além disso, abordaremos as lubrificações e como planejar esse</p><p>tópico fundamental na gestão da manutenção. O ponto chave deste</p><p>módulo é entender profundamente os tipos de manutenção e como</p><p>planejar cada uma delas, entendendo todas as variáveis envolvidas.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>CONCEITO 1: Tipos de Manutenção</p><p>É impossível fazer um bom planejamento de manutenção sem saber</p><p>quais são os tipos de manutenção que vamos planejar, é como ser um médico</p><p>sem conhecer as doenças. Na sequência, mostraremos cada um dos tipos de</p><p>manutenção. E para isso vamos usar o roteiro a seguir.</p><p>Tipos de manutenção</p><p>➢ Corretiva</p><p>o Não planejada</p><p>▪ Emergencial (com parada)</p><p>▪ Crítica (sem parada)</p><p>o Planejada</p><p>➢ Preditiva</p><p>➢ Preventiva</p><p>1. A manutenção Corretiva</p><p>Definição: manutenção corretiva ocorre quando é executado um serviço</p><p>de reparação, ou de correção. Usualmente, após detectado um problema, é</p><p>feita uma manutenção corretiva para que o problema seja resolvido, e o objeto</p><p>volte a operar normalmente.</p><p>Exemplo 1: quando o pneu do carro fura, é feita a correção com a troca</p><p>do pneu furado por um pneu novo, ou com o conserto do furado.</p><p>Exemplo 2: quando uma máquina de corte a laser para de funcionar</p><p>devido a uma queima de relé, é feita a correção com a troca do relé.</p><p>A manutenção corretiva é a mais comum e conhecida, é aquela</p><p>inevitável. Porém, como ela é a mais comum, ela também é a que tem maior</p><p>variação. Veja:</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>I. Corretiva programada (planejada)</p><p>Definição: manutenção corretiva programada ocorre quando é</p><p>executado um serviço de reparação, ou de correção de forma planejada.</p><p>Usualmente, após detectado um problema, é feita uma manutenção corretiva</p><p>para que o problema seja resolvido, e o objeto volte a operar normalmente.</p><p>Exemplo 1: é possível trocar o pneu porque ele está ruim, mas não</p><p>necessariamente porque ele estourou, ou seja, pode ser uma corretiva</p><p>planejada, uma correção que está dentro do planejado, e pode até ser colocada</p><p>dentro de um cronograma para ser executada.</p><p>Exemplo 2: uma tubulação apresenta desgaste nas junções, podendo</p><p>ocasionar um vazamento, por isso deve ser trocada. Assim, é preciso programar</p><p>um dia e um horário para realizar a troca da junção, ou seja, deve ser feita uma</p><p>manutenção corretiva programada.</p><p>Diferentemente da corretiva, a corretiva programada, como o nome já</p><p>diz, é programada, ou seja, é planejada com antecedência, por isso leva em</p><p>conta um planejamento prévio para ser executada. Esse planejamento deve</p><p>considerar vários fatores, os quais serão apresentamos mais tarde, ao final</p><p>desta sessão.</p><p>II. Corretiva emergencial (não programada)</p><p>Definição: manutenção corretiva emergencial ou não programada</p><p>ocorre quando é executado um serviço de reparação, ou de correção de forma</p><p>emergencial, sem tempo de haver um planejamento. Usualmente, após ocorrer</p><p>um problema, é feita uma manutenção corretiva o quanto antes, a fim de evitar</p><p>maiores problemas e que objeto volte a operar normalmente o quanto antes.</p><p>Exemplo 1: no caso do carro, se o pneu furou, ele deve ser trocado</p><p>imediatamente, pois, em caso contrário, o carro não vai mais poder se</p><p>locomover, perdendo sua função básica. Assim, a corretiva emergencial é</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a7</p><p>necessária para poder corrigir o problema o quanto antes. Nesse caso, podendo</p><p>até ser guinchado.</p><p>Exemplo 2: uma esteira transportadora de lona que faz o transporte de</p><p>produtos em um centro de distribuição para de funcionar porque houve um</p><p>superaquecimento no motor. Nesse caso, se não for corrigido o problema o</p><p>quanto antes, produtos vão ficar parados na esteira, atrasando a entrega para</p><p>a transportadora e, por sua vez, atrasando a entrega ao cliente. Nesse caso,</p><p>deve ser feita</p><p>se torna inviável</p><p>uma inspeção completa e satisfatória.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>3</p><p>➢ Inspeção de rota: é a inspeção roteirizada, ou seja, o inspetor deve seguir</p><p>uma rota e um cronograma preestabelecido em uma sequência</p><p>específica para que seja feita a inspeção de forma homogênea e padrão.</p><p>A inspeção de rota busca a otimização do deslocamento do colaborador</p><p>e do arranjo físico da empresa.</p><p>✓ Exemplo: ainda no exemplo da esteira, pense que agora existe</p><p>mais uma esteira ao lado da esteira atual, o que forma um</p><p>corredor entre as duas esteiras. Em vez de inspecionar uma esteira</p><p>inteira, e depois inspecionar a outra, talvez seria mais fácil</p><p>inspecionar as duas ao mesmo tempo, vendo os detalhes do lado</p><p>direito de uma e esquerdo da outra.</p><p>➢ Inspeção pré-manutenção: é a inspeção feita antes de uma manutenção</p><p>corretiva, preventiva ou preditiva. Tem por objetivo verificar e registrar</p><p>o estado atual da máquina antes da intervenção ser feita, e assim ter um</p><p>parâmetro de comparação após o término da manutenção. Isso em</p><p>muitos casos é importante para a verificação de uma melhoria causada</p><p>pela corretiva, ou a não interferência de uma preventiva no</p><p>funcionamento da máquina, ou a ausência de danos em algum</p><p>parâmetro técnico/operacional após uma preditiva. Caso haja alguma</p><p>inconformidade, a inspeção feita pré-manutenção apontará o estado</p><p>anterior, podendo haver comparação ou até mesmo ser possível voltar</p><p>ao estado inicial.</p><p>✓ Exemplo: será feita uma manutenção preventiva na esteira de</p><p>lona. Para isso, a lona será retirada, os roletes serão limpos, e</p><p>depois a lona será recolocada. A inspeção pré-manutenção</p><p>realizada acusou um furo na esteira de lona. Assim, é registrado</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>4</p><p>que esse furo não aconteceu durante a manutenção, e claro que</p><p>isso é um problema a ser resolvido.</p><p>➢ Inspeção pós manutenção: é a inspeção feita após uma manutenção</p><p>corretiva, preventiva ou preditiva. Tem por objetivo verificar e registrar</p><p>o estado atual da máquina (estado após a intervenção ser feita), e assim</p><p>ter um parâmetro para a comparação do antes e depois do término da</p><p>manutenção. Em muitos casos, é importante o registro da melhoria</p><p>causada pela corretiva, ou a não interferência de uma preventiva no</p><p>funcionamento da máquina, ou a ausência de danos de algum parâmetro</p><p>técnico/operacional após uma preditiva. Caso haja alguma</p><p>inconformidade, a inspeção feita após a manutenção apontará o estado</p><p>atual da máquina com o problema encontrado, podendo, assim, ter</p><p>provas de que houve alguma falha durante o processo de manutenção,</p><p>ou que o erro não foi corrigido de forma satisfatória, ou até se existem</p><p>serviços pendentes a serem feitos numa próxima manutenção.</p><p>✓ Exemplo: será feita uma manutenção preventiva na esteira de</p><p>lona. Para isso, a lona deve ser retirada, os roletes serão limpos, e</p><p>depois a lona recolocada, assim como vimos no exemplo anterior.</p><p>A inspeção após a manutenção foi realizada e acusou que foi</p><p>consertado o furo da esteira de lona, porém a lona ficou muito</p><p>frouxa, causando deslizamento por falta de atrito com os roletes.</p><p>Assim, fica registrado que esse furo realmente foi consertado pela</p><p>manutenção e que nesse processo um novo problema surgiu: a</p><p>esteira ficou frouxa. Nesse caso, pode ser requisitada uma nova</p><p>manutenção. Note que: ao comparar os registros feitos pela</p><p>inspeção pré-manutenção, pela manutenção preventiva e pela</p><p>inspeção pós-manutenção, é possível ter um quadro, uma visão,</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>5</p><p>de tudo que ocorreu durante esse processo. E em casos de</p><p>desacordo, esses registros servem como provas dos fatos. Vamos</p><p>detalhar melhor esse processo no módulo 3.</p><p>➢ Inspeção pré-operação: é a inspeção feita antes de começar a operar a</p><p>máquina, ou seja, é semelhante à inspeção pré-manutenção, porém aqui</p><p>o objetivo é verificar o estado atual da máquina antes de começar a</p><p>produzir, com o objetivo de detectar se algum problema veio a ocorrer</p><p>durante o processo operacional.</p><p>✓ Exemplo: antes de iniciar a operação da esteira de lona, é feita a</p><p>inspeção, e foi constatado que não há nenhuma anormalidade.</p><p>Contudo, após 2 horas de operação, a esteira se rompeu. Assim,</p><p>com a inspeção pré-operação, ficou verificado que não era um</p><p>problema que vinha se formando, mas foi um problema que</p><p>ocorreu durante aquelas 2 horas de operação. E será mais fácil</p><p>identificar o problema e a solução.</p><p>➢ Inspeção pós-operação: é inspeção feita após o término do uso</p><p>operacional da máquina, ou seja, é exatamente igual à inspeção pós-</p><p>manutenção. Contudo, aqui o objetivo é verificar o estado atual da</p><p>máquina após a produção, com o objetivo de detectar se algum</p><p>problema veio a ocorrer durante o processo operacional.</p><p>✓ Exemplo: após o término da operação da esteira de lona, é feita a</p><p>inspeção, e constata-se que não há nenhuma anormalidade. Se</p><p>comparado à primeira inspeção, vamos ver que não foi</p><p>apresentada nenhuma anormalidade, nem pré nem pós-operação.</p><p>Nesse caso, entende-se que o problema ocorreu durante a</p><p>operação e que a equipe de manutenção já executou a correção</p><p>antes do fim das atividades da máquina.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>6</p><p>Agora que vimos os tipos de inspeções e que precisamos usar nossos</p><p>sentidos e ferramentas específicas para realizá-las, vamos ver quais são os</p><p>principais pontos de inspeção:</p><p>o parafusos, porcas, junções e conexões;</p><p>o partes com contato, impacto e atrito;</p><p>o sistemas elétricos, eletrônicos e automação;</p><p>o sistemas de rede, softwares e sinais;</p><p>o sistemas de transmissão;</p><p>o partes móveis e girantes;</p><p>o sistemas hidráulicos;</p><p>o sistemas pneumáticos;</p><p>o sistemas de lubrificação;</p><p>o sistemas de aquecimento ou refrigeração;</p><p>o partes com componentes químicos;</p><p>o inspeção de pontos estruturais;</p><p>o inspeção de pontos funcionais da máquina.</p><p>É claro que, dependendo de cada equipamento, os itens de inspeção</p><p>devem variar. Contudo, vale a pena ressaltar que o item mais importante para</p><p>ser verificado é sempre o ponto crítico de operação. Mas o que é o ponto</p><p>crítico?</p><p>O ponto crítico é aquele problema específico em um ponto exato que já</p><p>se sabe previamente (por manuais, seja especificações técnicas,</p><p>experimentação, simulação etc.) e que pode causar danos relevantes à</p><p>máquina ou à operação. Nesse ponto, devemos introduzir um conceito muito</p><p>importante sobre falhas. Temos quatro famílias de falhas, como você pode ver</p><p>a seguir.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>7</p><p>1) Baixa Frequência e Baixo Impacto: são falhas ou problemas que ocorrem</p><p>raramente e causam um problema banal, ou seja, devem ser</p><p>desconsiderados. Por exemplo: ferrugem em um aço galvanizado usado</p><p>no pé de mesa, no setor de corte de uma madeireira.</p><p>2) Baixa Frequência e Alto Impacto: são falhas ou problemas que ocorrem</p><p>raramente e causam um grande problema, ou seja, devem ser</p><p>considerados devido a seu alto impacto, e é preciso agir para minimizar</p><p>o impacto, já que é quase</p><p>impossível minimizar ainda mais a frequência.</p><p>Então, monta-se um plano de ação (plano de contingência) pós-</p><p>problema, de modo a agir o mais rápido e certeiro possível, seguindo</p><p>esse planejamento preestabelecido no plano de contingência. Por</p><p>exemplo: desastres naturais, fundir o cabeçote de um motor, derreter a</p><p>fiação dentro de um equipamento etc.</p><p>3) Alta Frequência e Baixo Impacto: são falhas ou problemas que sempre</p><p>ocorrem e causam um problema banal. Esse tipo de problema costuma</p><p>passar desapercebido, pois seu baixo impacto acaba não chamando a</p><p>atenção. Contudo, quando analisamos com mais clareza, descobrimos</p><p>que se somarmos a frequência com que ocorre, o dano que era</p><p>irrelevante começa a se mostrar crítico. Isso indica que devem ser</p><p>considerados, pois devido à sua alta frequência, o problema acaba sendo</p><p>frequente, e se não consertado pode vir a se tornar maior, ou continuar</p><p>frequente causando pequenos danos que se somados podem ser um</p><p>grande problema. Nesse caso, é preciso agir para minimizar a frequência</p><p>do problema. Por exemplo: pequenas batidas que tiram tinta de uma</p><p>superfície metálica.</p><p>4) Alta Frequência e Alto Impacto: são falhas ou problemas que ocorrem</p><p>com grande frequência e causam um grande problema. Esse tipo de falha</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>8</p><p>costuma ser o mais facilmente notado, e também o que deve ser mais</p><p>rapidamente resolvido, atuando na diminuição da frequência do</p><p>problema ou no seu impacto. Há uma tendência natural a combater</p><p>instintivamente esses problemas, pois caso contrário pode representar</p><p>um total colapso do sistema no qual estamos inseridos. Exemplo: surtos</p><p>ou epidemias mortais.</p><p>A frequência e o impacto devem ser o foco para definir o ponto crítico de</p><p>inspeção. Cada máquina, em cada tipo de ambiente, operada por cada</p><p>indivíduo diferente, em ritmos de produção variados, vai ter pontos críticos</p><p>distintos, mesmo sendo a mesma máquina. Por isso, é importante ter</p><p>informações corretas a respeito de cada máquina. Um bom planejamento da</p><p>manutenção e um bom controle vão ajudar você a atingir o nível de informação</p><p>e conhecimento desejados.</p><p>Assim, as inspeções devem ser planejadas de acordo com as</p><p>necessidades. O que é muito comum em muitas empresas é estabelecer um</p><p>padrão sem nenhum embasamento técnico, apenas se baseando no “que dá</p><p>para fazer”. Outros se baseiam em informações de equipamentos em outras</p><p>empresas ou em operação em outros lugares, ou até mesmo em manuais, mas</p><p>desconsideram que as condições mudam, com isso, as inspeções também</p><p>mudam. O ponto que deve ficar claro é: “quem estabelece os parâmetros de</p><p>inspeção e manutenção são os equipamentos, e quem deve traduzir isso para</p><p>o mundo real é o PCM.”</p><p>Então cada máquina terá sua própria receita de inspeção. O que deve ser</p><p>levado em consideração para fazer um bom planejamento de uma inspeção?</p><p>Vamos ver alguns tópicos.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>9</p><p>1) Qual é o ponto crítico?</p><p>2) Quais são os pontos a serem considerados na inspeção dessa máquina?</p><p>3) Quais tipos de inspeção devem ser realizados?</p><p>4) Quais pontos de inspeção deverão ser feitos em cada tipo de inspeção?</p><p>5) Qual é a frequência das inspeções?</p><p>6) Qual é a duração das inspeções? Qual é a sequência das atividades?</p><p>7) Existe risco de acidentes? Quais? Há necessidade de Segurança do</p><p>Trabalho?</p><p>8) Quais são os parâmetros padrões a serem seguidos?</p><p>9) Quais equipamentos, ferramentas e materiais serão usados?</p><p>10) Os materiais estão disponíveis em estoque ou no almoxarifado?</p><p>11) Quem deverá executar a inspeção? Há mão de obra qualificada</p><p>disponível?</p><p>12) Quando será executada? Em que período, hora ou dia da semana,</p><p>ou mês etc.?</p><p>13) Qual é o custo da inspeção?</p><p>14) Como essa inspeção interfere no processo produtivo?</p><p>Ao responder a essas perguntas básicas, teremos uma boa base para o</p><p>planejamento da inspeção. Lembrando que muitas outras perguntas podem e</p><p>devem ser feitas de forma a abranger todos os aspectos necessários.</p><p>Como as inspeções variam de acordo com o equipamento e também de</p><p>acordo com o tipo de inspeção, podem ser planejadas inspeções com diferentes</p><p>frequências. Por exemplo:</p><p>➢ inspeção de máquina rodando: inspecionar itens A, B, C – mensal;</p><p>➢ inspeção de máquina parada: inspecionar itens A, D, E, F – semestral;</p><p>➢ inspeção de rota: inspecionar itens G, H – semanal;</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>0</p><p>Com isso, consegue-se atender a todos os pontos, dentro do prazo a</p><p>serem inspecionados, distribuídos ao longo do tempo e provavelmente</p><p>gerando menos custo do que se fosse feito tudo em uma única inspeção, ou se</p><p>todos fossem semanais, por exemplo.</p><p>Uma grande vantagem das inspeções, assim como acontece com as</p><p>manutenções preditivas e preventivas, é a recorrência. Uma vez feito o</p><p>planejamento, a recorrência será a mesma para todas as próximas inspeções.</p><p>Isso é uma grande ajuda ao PCM, pois uma vez planejadas as inspeções, basta</p><p>repeti-las de forma sistemática e atuar principalmente nos ajustes do</p><p>planejamento, dando cada vez mais eficiência e eficácia na execução da</p><p>atividade.</p><p>A empresa Águas Limpas S.A é uma companhia de água e esgoto. Há</p><p>inúmeras unidades dessa companhia espalhadas pela cidade a fim de levar água</p><p>com qualidade a todos os moradores locais, ou seja, mais de 60 mil habitantes.</p><p>Uma das unidades operacionais da empresa é a Estação de Elevatória de Esgoto</p><p>(EEE). Nessa estação, há um quadro de comando no qual é realizado o</p><p>acionamento dos motores conforme os sensores de nível do reservatório e da</p><p>pressão da rede. Nesse painel, há contatores, disjuntores, reles, inversores e</p><p>telemetria.</p><p>Foi levantado que:</p><p>o Contatores: queima da bobina. Ocorre a cada mês, e quando</p><p>queima, o motor não funciona mais;</p><p>o Disjuntores: nunca apresentam falhas;</p><p>o Relés: queimam a cada 3 meses, e quando o relé queima, o sistema</p><p>não consegue identificar o nível do reservatório;</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>1</p><p>o Inversoras: quando há queda de energia, elas resetam, há pelo</p><p>menos duas quedas de energia por semana.</p><p>Vamos montar a inspeção desse quadro?</p><p>➢ Inspeção semanal: verificar se as contatores estão queimadas (5</p><p>minutos) e se o inversor está resetado (2 minutos). Usar</p><p>multímetro e visão crítica. Relatar falhas. Ver e agir se possível. Há</p><p>material em estoque. Apenas os técnicos eletricistas estão</p><p>capacitados para essa operação. Custo de R$100,00. Deve ser</p><p>executado nas terças-feiras entre às 9 e 10 horas.</p><p>➢ Inspeção mensal: verificar se os relés queimaram (10 minutos).</p><p>Usar multímetro e visão crítica. Relatar falhas. Ver e agir se</p><p>possível. Não há relés em estoque para troca, deve-se fazer a</p><p>compra. Apenas os técnicos eletricistas estão capacitados para</p><p>essa operação. Custo de R$150,00. Deve ser executado na primeira</p><p>semana de cada mês, nas sextas-feiras entre às 9 e 10 horas.</p><p>➢ Inspeção anual: verificar se os disjuntores estão funcionando (8</p><p>minutos). Usar multímetro e visão crítica. Relatar falhas. Ver e agir</p><p>se possível. Há material em estoque. Qualquer técnico está</p><p>habilitado para essa atividade. Custo de R$120,00. Deve ser</p><p>executado no mês de junho,</p><p>na terceira semana, na quinta-feira</p><p>entre às 13 e 14 horas.</p><p>Agora, para cada uma dessas inspeções, deve-se montar um roteiro com</p><p>o padrão desejado e como executar a inspeção.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>2</p><p>CONCEITO 3: LUBRIFICAÇÃO</p><p>Por que essa inspeção da lubrificação, ou rota, não está inserida no</p><p>conceito anterior de inspeções? Simples, devido a sua importância. Por isso, a</p><p>rota de lubrificação merece um tópico só para ela.</p><p>Mas o que é lubrificação? O objetivo da lubrificação é diminuir o atrito</p><p>causado pelo contato de duas superfícies, nesse caso, superfícies rígidas. Assim,</p><p>a lubrificação atenua o efeito do atrito. E isso é importante porque o atrito age</p><p>contra o movimento, fazendo com que seja gasta maior energia para executar</p><p>o mesmo movimento. Então ao eliminar o atrito, o movimento fica mais</p><p>eficiente (note que a energia resultante é dissipada em outras formas, como</p><p>ruído e calor). Quando pensamos em máquinas, isso se torna um ponto de total</p><p>atenção, pois a maioria dos equipamentos que executam algum tipo de</p><p>movimento acaba sofrendo com o atrito, por exemplo: motores, mancais,</p><p>engrenagens, redutores, roletes, rolos, sistemas de transmissão, rolamentos,</p><p>ventoinhas, rotores etc.</p><p>Com isso, deve ser feito um plano de rota de lubrificação que contemple</p><p>os pontos de atrito, de forma a minimizar os efeitos do atrito e melhorar a</p><p>operação da máquina, e isso, por sua vez, impactará na vida útil da máquina.</p><p>O plano de lubrificação deve conter:</p><p>1. ponto correto de lubrificação;</p><p>2. lubrificante adequado;</p><p>3. quantidade certa de lubrificantes;</p><p>4. momento exato;</p><p>5. melhor forma de fazer a lubrificação.</p><p>Vamos agora detalhar um pouco melhor cada um desses tópicos.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>3</p><p>1. Ponto correto de lubrificação</p><p>Devemos deixar bem claro aqui que a seguinte frase apresenta graves</p><p>erros: “Deve ser feita a lubrificação do motor 123”.</p><p>Por que essa frase está incorreta? Porque o ponto de lubrificação não é</p><p>o motor, mas sim o rolamento do motor 123. Assim, a frase correta deveria ser:</p><p>“Deve ser feita a lubrificação do rolamento ABC do motor 123”.</p><p>Então o primeiro passo a ser feito é definir qual componente será</p><p>lubrificado, e não qual máquina, conjunto (sistema) ou equipamento. Mas qual</p><p>é a diferença?</p><p>o Máquina: avião.</p><p>o Conjunto (sistema): propulsão.</p><p>o Equipamento: motor.</p><p>o Componente: hélice.</p><p>A máquina é a macro função, indo até o componente, que é a micro</p><p>função. Assim, na verdade, quando falamos do plano de lubrificação de uma</p><p>máquina, queremos dizer quais componentes de cada equipamento e conjunto</p><p>devem ser lubrificados. Esse sistema de árvore de estrutura é muito utilizado</p><p>para dar o detalhamento necessário ao plano. A árvore de estrutura é</p><p>normalmente usada em até oito níveis, como você pode ver a seguir.</p><p>1) PLANTA: é a fábrica em si, a planta industrial.</p><p>2) ÁREA: ou setor da fábrica, onde é executada uma etapa de</p><p>produção.</p><p>3) SUB-ÁREA: é onde se executa determinada atividade dentro da</p><p>etapa de uma área.</p><p>4) LINHA: é o conjunto de máquinas que executa determinada</p><p>atividade dentro de uma subárea.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>4</p><p>5) MÁQUINA: é o maquinário em si, a parte robótica, mecânica, que</p><p>é capaz de executar a atividade.</p><p>6) CONJUNTO/SISTEMA: é uma das partes vitais da máquina e que</p><p>fazem parte do seu funcionamento.</p><p>7) EQUIPAMENTO: é o equipamento em si, a parte isolada do</p><p>conjunto, ou seja, o equipamento sozinho não executa nenhuma</p><p>função.</p><p>8) COMPONENTE: é uma peça ou parte integrante do equipamento.</p><p>Usar ou não esses oito níveis, vai depender do nível de detalhamento</p><p>desejado e dos tipos de máquinas. Por exemplo, podemos começar com o nível</p><p>1 sendo a máquina, ou seja, há motor (1), rolamento (2), esfera (3), estrutura</p><p>de aço (4), ligação química molecular (5) etc., indo até o nível desejado para</p><p>cada tipo de análise.</p><p>No planejamento de manutenção, de forma geral, trata-se os níveis de</p><p>máquina até componente. Sendo o plano de lubrificação mais relacionado ao</p><p>componente, pois é ele que será o ponto de lubrificação e receberá os óleos,</p><p>graxas ou fluidos.</p><p>Com o detalhamento dos níveis da arvore de estrutura usado, deve-se</p><p>identificar os pontos de lubrificação, por exemplo:</p><p>o rolamentos;</p><p>o acoplamentos;</p><p>o engrenagens;</p><p>o redutores de velocidade;</p><p>o coroas;</p><p>o sistemas hidráulicos;</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>5</p><p>o correntes;</p><p>o correias;</p><p>o cabos de aço;</p><p>o multiplicadores de velocidades;</p><p>o eixos cardans;</p><p>o pinos e buchas;</p><p>o compressores de ar;</p><p>o geradores de energia;</p><p>o motores elétricos;</p><p>o motores estacionários.</p><p>Note que lubrificar uma correia é diferente de lubrificar um rolamento,</p><p>ou seja, para cada componente deve ser identificada a maneira como deve ser</p><p>feita a lubrificação. Por isso, podemos dividir os componentes/pontos de</p><p>lubrificação em três grupos: grupo 1, lubrificação com graxa; grupo 2,</p><p>lubrificação com óleo lubrificante; e grupo 3: sistemas hidráulicos.</p><p>2. Lubrificante adequado</p><p>Óleos, graxas e lubrificantes são fabricados especificamente para cada</p><p>tipo de uso e para cada tipo de componente. Existem lubrificantes que têm</p><p>características para suportar altas ou baixas temperaturas, para suportar alta e</p><p>baixa pressão, contato com água, contato com energia elétrica, alto atrito etc.</p><p>Assim, os lubrificantes devem ser escolhidos devido ao uso. Por isso, não há um</p><p>melhor ou pior, mas sim o mais adequado para cada tipo de componente e cada</p><p>tipo de ambiente e forma de uso. Com isso, verifique as especificações técnicas,</p><p>consulte o fornecedor do componente e do lubrificante, observe os manuais e</p><p>só depois disso escolha o lubrificante.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>6</p><p>Obs.: desengripantes não são lubrificantes. O desengripante é um tipo</p><p>de óleo de proteção de peças metálicas, e suas principais funções são limpar e</p><p>proteção contra corrosão, ferrugem, maresia e umidade. Quando usado em</p><p>spray e devido a sua densidade, o desengripante penetra nas ranhuras dos</p><p>materiais, auxiliando na limpeza dessas ranhuras, o que acaba colaborando</p><p>para retirada de parafusos, pinos, porcas e engrenagens. De forma geral, o</p><p>desengripante não deve ser misturado a outras graxas ou óleos, pois suas</p><p>composições químicas são diferentes e quando colocadas juntas em um</p><p>material acabam agindo negativamente. Ainda, é necessário salientar que os</p><p>desengripantes não devem ser usados como desengraxantes, para isso use</p><p>desengraxantes específicos.</p><p>Existem, de forma geral, alguns tipos de lubrificantes, como você pode</p><p>ver a seguir.</p><p>➢ Graxa</p><p>A graxa é um material pastoso que atua como lubrificante, é composto</p><p>de um espessante emulsionado com óleo mineral ou sintético. Tem por</p><p>objetivo ser usada em componentes que podem ser lubrificados com pouca</p><p>frequência, ou quando o uso do óleo não for adequado. Uma vantagem da</p><p>graxa é sua capacidade de impedir a penetração de água e mecanismos que</p><p>podem ser lubrificados com pouca frequência e onde um óleo lubrificante não</p><p>permaneceria na posição. Ela também atua como selante para impedir a</p><p>entrada de água e fluidos de densidade constante.</p><p>As graxas são compostas por 3 materiais:</p><p>o óleo lubrificante: mineral ou sintético, corresponde a 90% da</p><p>composição da graxa, e é o responsável direto pela lubrificação;</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>7</p><p>o espessante: sabão metálico ou não sabão, usado para absorver o</p><p>óleo, e ao começar a trabalhar passa a liberar o óleo;</p><p>o aditivos: componentes que deixam o lubrificante mais resistente a</p><p>intempéries.</p><p>As graxas, de modo geral, também são mais baratas do que os óleos, e</p><p>sua aplicação pode ser feita com graxeiras, bombas de graxas, trinchas (pincel),</p><p>estopas ou gotejadores.</p><p>➢ Óleo lubrificante</p><p>O óleo é um material líquido que atua como lubrificante, pode ser</p><p>composto de origem orgânica (óleos graxos), mineral ou sintética. Tem como</p><p>objetivo a lubrificação de pontos nos quais pode haver escorrimento,</p><p>cotejamento, onde é necessário o bombeamento de óleo por meio de</p><p>mangueiras ou tubulações, ou em pontos dentro de reservatórios nas</p><p>máquinas. As principais características dos óleos são: a densidade e a</p><p>viscosidade (e índice de viscosidade).</p><p>A viscosidade é a propriedade de se manter sem gotejamento, ou seja, o</p><p>escorrimento é uniforme, então quanto mais viscoso for um lubrificante, mais</p><p>difícil será seu escorrimento. Essa característica é fundamental para fazer com</p><p>que o óleo fique parado em determinado ponto. Contudo, essa viscosidade</p><p>varia com a temperatura e a pressão. Assim, o índice de viscosidade mede a</p><p>variação da viscosidade em relação à temperatura. Já a densidade é a relação</p><p>entre a massa e o volume de óleo, ou seja, quanto mais denso, mais firme e</p><p>pastoso fica o óleo. Além disso, a densidade também varia sob determinada</p><p>temperatura.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>8</p><p>Além desses fatores, é necessário considerar alguns fatores. O primeiro</p><p>é o ponto de derrame, que é o ponto mínimo de temperatura em que o óleo</p><p>ainda mantém sua característica de escorrimento, ou derrame. O segundo é o</p><p>ponto de oxidação e corrosão, que é quando ocorrerá a oxidação e corrosão do</p><p>óleo após a exposição ao oxigênio, variações de temperatura e impurezas.</p><p>Oxidação e corrosão podem afetar as características do óleo, fazendo com que</p><p>ele se torne obsoleto. E o terceiro são os pontos de combustão, que é quando</p><p>o óleo é submetido a altas temperaturas, podendo entrar em ignição ao entrar</p><p>em contato com uma faísca externa, ou autoignição, ou quando o vapor vem a</p><p>sofrer ignição de uma fonte externa. Esse ponto é importante para saber o</p><p>limite de temperaturas em que o óleo pode trabalhar.</p><p>Tanto os óleos quanto as graxas são especificados pelos fabricantes, por</p><p>isso é fundamental fazer essa análise antes de escolher um tipo de lubrificante.</p><p>3. A Quantidade certa de lubrificantes</p><p>Um dos maiores problemas em um plano de lubrificação é o excesso de</p><p>lubrificação. Isso ocorre com muita frequência, geralmente causado pelo</p><p>pensamento de que “é melhor sobrar do que faltar”. Mas como a lubrificação</p><p>deve ser feita de maneira exata, o excesso de lubrificação pode trazer muitos</p><p>problemas. Por exemplo: o excesso de graxa em um motor elétrico pode levar</p><p>à queima da bobina.</p><p>Assim, a quantidade de graxa depende do tamanho do componente que</p><p>será lubrificado. Por isso, mais uma vez é necessário consultar o manual, os</p><p>fornecedores, os fabricantes e como o componente está sendo usado.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a5</p><p>9</p><p>4. O momento exato</p><p>O momento exato de lubrificação, ou a frequência em que deve haver a</p><p>lubrificação dos pontos, deve ser definido observando os tópicos a seguir.</p><p>➢ Velocidade de trabalho: a velocidade influencia na vida útil do</p><p>lubrificante. Altas velocidades tendem a desgastar o lubrificante</p><p>rapidamente. Assim, se houver componentes que operam em alta</p><p>velocidade, deve haver mais atenção.</p><p>➢ Temperatura de trabalho: a temperatura, como vimos, altera as</p><p>propriedades dos lubrificantes, podendo levar até a combustão.</p><p>Por isso, a temperatura deve ser levada em consideração para a</p><p>frequência de lubrificação ou até mesmo para a troca completa do</p><p>lubrificante.</p><p>➢ Potência do motor: quanto maior for a potência do motor, maior</p><p>será o motor, maior será seu trabalho, com isso, necessitará de</p><p>mais lubrificação.</p><p>➢ Regime de trabalho: o regime de trabalho pode ser contínuo ou</p><p>intermitente (com paradas). Quando o regime é contínuo, não há</p><p>tempo do lubrificante entrar em estado de relaxamento (voltando</p><p>a suas características iniciais), causando maior desgaste no</p><p>lubrificante. Quando o regime é intermitente, geralmente o</p><p>lubrificante tem um tempo de relaxamento, fazendo com que ele</p><p>volte à sua temperatura normal, assim como viscosidade e</p><p>densidade. Esse período de relaxamento (quando não se torna um</p><p>período de ociosidade muito longo) ajuda a manter as</p><p>características do lubrificante e aumenta sua vida útil.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>0</p><p>➢ Tipo de acoplamento: podem ser dos mais variados tipos, desde</p><p>aço até plástico, desde engrenagens até correias. Assim, cada tipo</p><p>de acoplamento vai gerar um desgaste diferente no lubrificante.</p><p>Então se tivermos um componente que trabalha em altas velocidades,</p><p>com temperatura elevada, em regime de trabalho contínuo, sabemos que esse</p><p>componente deve ser lubrificado com maior frequência.</p><p>5. A melhor forma de fazer a lubrificação</p><p>Esse tópico é importante para lembrar que cada equipamento ou</p><p>componente requer uma forma de lubrificação bem específica.</p><p>➢ Lubrificação com máquina rodando: é feita com a máquina em</p><p>operação, isso ocorre para que o próprio movimento (função) da</p><p>máquina auxilie na lubrificação. Por exemplo: para lubrificar uma</p><p>corrente de determinada máquina, é necessário deixar a máquina</p><p>em operação para que a corrente continue circulando, e assim</p><p>manter-se a mesma posição (ponto) de lubrificação. Mas a</p><p>corrente vai passando pelo ponto e sendo inteiramente</p><p>lubrificada. Em caso contrário, apenas uma parte da corrente</p><p>receberia o lubrificante, ficando todo o resto da corrente seca.</p><p>➢ Lubrificação com máquina parada: é feita com a máquina não</p><p>operando. Por exemplo: um reservatório de lubrificante dentro de</p><p>uma máquina em operação fica muito quente. Com isso, para abrir</p><p>esse reservatório e completar com lubrificante, é necessário</p><p>primeiro esperar o resfriamento do óleo já existente e só depois</p><p>colocar mais lubrificante.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>1</p><p>➢ Lubrificação externa: ocorre quando é necessário desmontar o</p><p>componente ou peça e fazer a lubrificação dele fora da máquina.</p><p>Muitas vezes, é necessário levar a peça até uma oficina ou</p><p>laboratório para que seja desmontada, lubrificada e remontada;</p><p>ou então é necessário fazer a limpeza dos lubrificantes antigos</p><p>antes de fazer a reposição do lubrificante novo.</p><p>Então a forma de lubrificação será definida de acordo com o</p><p>equipamento.</p><p>CONCEITO BÔNUS: LIMPEZA</p><p>Esse conceito não foi mencionado antes, pois parte do princípio de que</p><p>é um conceito básico e deve ser executado em todos os aspectos e sentidos de</p><p>nossa vida. É obrigatório para o bom funcionamento de qualquer operação ter</p><p>um ambiente limpo e organizado. Então, é impossível ter uma boa</p><p>manutenção, um bom planejamento e controle se não houver limpeza e</p><p>organização. Por isso, desenvolva em sua empresa a cultura de limpeza e</p><p>organização, e isso envolve não apenas limpar e manter, mas principalmente</p><p>não sujar e não desorganizar. Para isso, desenvolva políticas, formas e maneiras</p><p>para que isso seja feito.</p><p>Considerações Finais</p><p>Como conclusão, vimos que o planejamento de uma rota de lubrificação</p><p>deve conter o ponto correto de lubrificação, lubrificante adequado, quantidade</p><p>certa de lubrificantes, momento exato e melhor forma de fazer a lubrificação.</p><p>Com isso, o plano de manutenção de lubrificação deixará claro cada um desses</p><p>tópicos, de forma que o profissional que for fazer a lubrificação não tenha</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>2</p><p>margens para dúvidas ou erros. É função do PCM estabelecer, analisar e fazer</p><p>funcionar esses pontos que vimos até agora. Uma vez feito o plano de</p><p>lubrificação, basta replicá-lo ao longo do tempo e observar se tudo está</p><p>adequado.</p><p>Assim, o planejamento de manutenção é feito por meio do levantamento</p><p>de todas as informações necessárias para a execução da manutenção, como:</p><p>a. informações sobre os processos produtivos e operacionais do</p><p>setor;</p><p>b. informações técnicas e de funcionamento dos equipamentos,</p><p>máquinas, linhas e componentes;</p><p>c. informações sobre os materiais e ferramentas necessários para a</p><p>manutenção;</p><p>d. informações sobre as qualificações técnicas dos colaboradores que</p><p>realizarão as atividades;</p><p>e. informações sobre risco, segurança do trabalho e acidentes;</p><p>f. informações sobre os custos de manutenção;</p><p>g. informações sobre frequência, periodicidade e momento de</p><p>manutenção;</p><p>h. informações sobre os pontos críticos de manutenção;</p><p>i. informações sobre os objetivos de cada tipo de manutenção.</p><p>Fica clara a grande quantidade de informações que o PCM deve levantar</p><p>a fim de fazer um bom planejamento, e é claro que isso vai gerar um grande</p><p>esforço e muito tempo investido nesses levantamentos. Por isso, muitas</p><p>empresas acabam simplificando o planejamento e passam direto para a fase de</p><p>execução da manutenção. Isso acaba gerando graves problemas, desde</p><p>paradas desnecessárias de produção até quebra de maquinário por falta ou</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>3</p><p>manutenção errada, gerando graves prejuízos para a empresa. Mais uma vez é</p><p>importante salientarmos que o setor de manutenção não é suporte</p><p>operacional, mas sim parte integrante e inerente do processo produtivo.</p><p>Como vimos, exceto o planejamento das corretivas programadas, todas</p><p>as outras manutenções são periódicas e repetitivas, seguindo o mesmo padrão.</p><p>Assim, um planejamento bem-feito das manutenções preventivas, preditivas,</p><p>inspeções e lubrificações deixará o PCM com mais disponibilidade para planejar</p><p>as corretivas programadas. As corretivas programadas têm origem nos</p><p>problemas inesperados, com isso, devem ser planejadas caso a caso. As</p><p>corretivas emergenciais, por sua vez, devem ser flexíveis em relação ao</p><p>planejamento, pois devem ser executadas o quanto antes em caráter de</p><p>urgência, por isso não há muito tempo para o planejamento. Por causa disso, é</p><p>necessário ter um plano de contingência, ou seja, um passo a passo de como</p><p>agir em caso de emergência. E esse plano emergencial é geralmente genérico e</p><p>amplo e deve ser feito conforme as características da empresa, os tipos de</p><p>maquinários, as qualificações da mão de obra, a disponibilidade de material e</p><p>orçamento.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a6</p><p>4</p><p>REVISÃO:</p><p>Vimos que as manutenções corretivas têm como base o concerto;</p><p>as preventivas existem para evitar que ocorram falhas; as preditivas</p><p>trabalham na predição de falhas por meio de estudos e análises dos</p><p>equipamentos; e as inspeções são checagens periódicas do estado do</p><p>equipamento com o objetivo de notar pequenas alterações e atuar</p><p>antecipadamente na resolução. Além disso, as lubrificações devem ser</p><p>feitas para o bom funcionamento das máquinas e dependem de fatores</p><p>físicos e químicos dos lubrificantes e das condições de operação do</p><p>equipamento. O tagueamento é uma ferramenta importante para a</p><p>identificação dos pontos de manutenção e auxiliam no planejamento.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>uma corretiva emergencial para que o problema seja resolvido o</p><p>quanto antes e não gere ainda mais problemas para a operação.</p><p>No caso da corretiva emergencial, o grande problema é o fato de se</p><p>tornar prioridade quando ocorre, e isso acontece sem nenhum planejamento.</p><p>Logo, isso gera um grande impacto no setor de manutenção, mas também em</p><p>todos os setores da empresa que têm relação com o ocorrido.</p><p>Como planejar uma manutenção corretiva?</p><p>Ao programar uma manutenção é necessário observar alguns fatores.</p><p>Usaremos aqui uma série de perguntas que vão precisar de respostas do PCM,</p><p>como você pode ver a seguir.</p><p>1) Qual material será usado?</p><p>2) O material está disponível?</p><p>3) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>4) Houve parada de produção?</p><p>5) O quanto esse problema tem afetado a produção?</p><p>6) Há riscos para quem vai executar o serviço? A Segurança do Trabalho</p><p>será necessária?</p><p>7) Qual é o tempo de execução?</p><p>8) O que deve ser feito?</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a8</p><p>9) Por que deve ser feito?</p><p>10) Quando deve ser feito?</p><p>11) E se não for feito?</p><p>12) Quanto custa?</p><p>Obs.: motivos do problema e como agir com base nos problemas serão</p><p>considerados nos módulos a seguir.</p><p>Vamos montar juntos o planejamento de uma manutenção corretiva,</p><p>veja o exemplo por meio do estudo de caso a seguir.</p><p>A empresa FlexPlast produz itens de plástico. A fábrica é composta por</p><p>diversas máquinas, como injetoras, cortadoras, refiladoras, impressoras 3D,</p><p>prensas e embaladoras. A empresa trabalha 24 horas por dia, 6 dias por semana</p><p>para poder dar conta da demanda e entregar os produtos em dia, aliás, a</p><p>entrega rápida é o grande diferencial da FlexPlast.</p><p>Certo dia, a máquina embaladora teve um problema e parou de</p><p>funcionar. Além disso, a máquina de corte também está apresentando</p><p>problemas no bico de laser. O supervisor de produção acionou o setor de</p><p>manutenção para que seja feita uma manutenção corretiva e a máquina</p><p>embaladora volte a funcionar.</p><p>É responsabilidade do PCM organizar e planejar para que o serviço seja</p><p>executado. Rapidamente, devem ser verificadas as perguntas que foram</p><p>sugeridas acima de modo a conseguir as respostas de forma rápida e acurada.</p><p>Vejamos o que pode ser feito.</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a9</p><p>Primeiro, vamos identificar os tipos de manutenção.</p><p>a. Máquina de embalar: é uma corretiva emergencial pois a máquina parou,</p><p>e isso vai gerar prejuízos para a produção.</p><p>b. Máquina de corte: é uma corretiva programada, pois a máquina</p><p>apresenta defeito, mas ainda não está impactando na produção, só que</p><p>deve ser feita uma reparação, ou seja, essa corretiva pode ser planejada</p><p>ou programada.</p><p>Agora que identificamos o tipo de manutenção, vamos buscar as</p><p>respostas necessárias para que possamos fazer a manutenção.</p><p>1) Qual material será usado?</p><p>a. Máquina de Embalar: como foi uma emergência, não há</p><p>possibilidade verificar o problema e o que será trocado.</p><p>b. Máquina de Corte: o problema é o bico de laser. E para consertá-</p><p>lo, será necessário fazer a troca.</p><p>2) O material está disponível?</p><p>a. Máquina de Embalar: foi verificado que no estoque estão</p><p>disponíveis alguns materiais para troca, como correia dentada,</p><p>borracha de vedação, disjuntores, contatores e rolamentos. Assim,</p><p>já sabemos o que há no almoxarifado que poderá ser usado.</p><p>b. Máquina de Corte: foi verificado que há ainda 10 picos de laser.</p><p>Assim, será possível programar a manutenção. Em caso contrário,</p><p>deveria ser providenciada a compra do bico.</p><p>3) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>a. Máquina de Embalar: sim, o técnico de manutenção está</p><p>disponível e é capaz de consertar essa máquina.</p><p>b. Máquina de Corte: não. O técnico que faz essa troca está de férias.</p><p>Nesse caso, será necessário chamar um profissional terceirizado.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>0</p><p>4) Houve parada de produção?</p><p>a. Máquina de Embalar: sim. Como a máquina de embalar é o último</p><p>processo, tudo que está sendo produzido não poderá ser</p><p>embalado, causando um elevado volume de produtos</p><p>semiacabados e atrasos na entrega.</p><p>b. Máquina de Corte: não. A máquina apresenta defeito, mas isso</p><p>não está impactando na produção. Porém, deve ser feito com</p><p>agilidade, pois em um futuro próximo vai acabar quebrando, o que</p><p>pode levar a uma parada de produção.</p><p>5) O quanto esse problema afeta a produção?</p><p>a. Máquina de Embalar: a cada 1 hora parada, a máquina deixa de</p><p>entregar 200 mil reais em produto, além de atrasar as entregas e</p><p>afetar negativamente a imagem da empresa, a satisfação dos</p><p>clientes e o aumento do custo de entrega.</p><p>b. Máquina de Corte: ainda não está causando nenhum problema na</p><p>produção, mas é um potencial problema de parada de produção.</p><p>Se essa máquina parar, vai causar um prejuízo de 10 mil reais por</p><p>hora.</p><p>6) Há riscos para quem vai executar o serviço? A Segurança do Trabalho é</p><p>necessária?</p><p>a. Máquina de Embalar: não. É uma máquina simples e com poucos</p><p>riscos.</p><p>b. Máquina de Corte: sim. É preciso seguir os procedimentos de</p><p>segurança, pois essa máquina, se mal manuseada, pode causar</p><p>lesões ao trabalhador. Por isso, é necessário usar os equipamentos</p><p>de proteção individual (EPI), e a liberação do trabalho é feita pela</p><p>Segurança do Trabalho.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>1</p><p>7) Qual é o tempo de execução?</p><p>a. Máquina de Embalar: como o problema ocorrido é recorrente,</p><p>sabemos para verificar e resolver o problema são necessários, em</p><p>média, 30 minutos, pois esse é o tempo médio para consertar essa</p><p>mesma máquina nas últimas 12 vezes que houve o problema.</p><p>b. Máquina de Corte: trocar a peça leva de 3 a 5 horas, pois primeiro</p><p>é necessário resfriar o bico, depois fazer a troca, além de</p><p>esquentar o bico novamente e fazer as calibragens.</p><p>8) O que deve ser feito?</p><p>a. Máquina de Embalar: como o problema é emergencial, o técnico</p><p>de manutenção deve primeiro observar e descobrir o problema.</p><p>Ele pode fazer isso ao conversar com os operadores, ao ver as</p><p>características do defeito, usar um checklist ou manual. Após isso,</p><p>deve atuar na recuperação da máquina.</p><p>b. Máquina de Corte: trocar o bico de laser.</p><p>9) Por que deve ser feito?</p><p>a. Máquina de Embalar: deve ser feito para que a produção volte a</p><p>operar ou produzir.</p><p>b. Máquina de Corte: deve ser feito para evitar que a máquina</p><p>quebre e pare de funcionar.</p><p>10) Quando deve ser feito?</p><p>a. Máquina de Embalar: o mais rápido possível, é urgente, uma</p><p>emergência.</p><p>b. Máquina de Corte: deve haver planejamento para fazer a troca</p><p>com certa pressa, a fim de evitar maiores problemas.</p><p>11) E se não for feito?</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>2</p><p>a. Máquina de Embalar: vai continuar com a produção parada e</p><p>acumulando prejuízos.</p><p>b. Máquina de Corte: pode quebrar e causar maiores prejuízos.</p><p>12) Quanto custa?</p><p>a. Máquina de Embalar: para fazer toda a manutenção deve ser</p><p>levado em consideração o valor das peças e da mão de obra.</p><p>b. Máquina de Corte: para fazer toda</p><p>a manutenção deve ser levado</p><p>em consideração o valor das peças e da mão de obra.</p><p>Quando o PCM mantém um bom controle e está acostumado a seguir um</p><p>planejamento, toda essa análise que fizemos pode facilmente ser feita em</p><p>poucos minutos. Em caso contrário, essa análise pode levar horas, e ainda assim</p><p>pode ficar incompleta. Mas qual é o problema de ficar incompleta ou até</p><p>mesmo de não ser feito esse tipo de análise?</p><p>Bem, sem essa análise não for feita, é possível facilmente ocorrer</p><p>enganos, por exemplo: planejar uma manutenção sem ter o material necessário</p><p>em estoque; não dar a devida importância a uma corretiva emergencial; deixar</p><p>de fazer uma corretiva, pois a peça parece cara, sem se dar conta do prejuízo</p><p>na produção; levar a um acidente com o colaborador por permitir uma</p><p>manutenção perigosa; além de impactar negativamente vários processos</p><p>produtivos por parar um maquinário sem ter planejamento e, assim, causar</p><p>danos à produção.</p><p>Você consegue perceber a importância do planejamento? Sem ela, a</p><p>execução fica frágil, fica passível de erros. Por isso, o PCM é fundamental para</p><p>um bom funcionamento e desemprenho operacional.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>3</p><p>Assim, a manutenção corretiva pode ser dividida em dois tipos: corretiva</p><p>emergencial (aquela que ocorre para consertar um problema imediatamente);</p><p>e corretiva programada ou planejada (aquela que ocorre para consertar um</p><p>possível problema, que já foi constatado anteriormente, mas ainda há tempo</p><p>de planejar a execução do serviço, de forma a minimizar os riscos). O objetivo</p><p>da manutenção corretiva é atuar para corrigir um problema. Para planejá-la, é</p><p>necessário ver tudo o que está envolvido, desde peças no almoxarifado até</p><p>impacto na produção.</p><p>2. A manutenção Preventiva</p><p>Definição: a manutenção preventiva ocorre quando é feita de forma a</p><p>prevenir um futuro problema. Tem por objetivo reduzir ou evitar que ocorram</p><p>falhas. E é realizada por meio de um plano previamente elaborado, com</p><p>frequência preestabelecida, critérios técnicos e com níveis de detalhamento de</p><p>acordo com a necessidade.</p><p>Exemplo 1: a troca de óleo do carro a cada 5 mil quilômetros é uma forma</p><p>de manutenção preventiva. A periodicidade é de 5 mil Km e tem como objetivo</p><p>reduzir ricos de falhas no motor. O plano preventivo, nesse caso, é a forma de</p><p>fazer a troca e o tipo de óleo que será usado. Os critérios técnicos dependem</p><p>de: tipos de óleo, tipo do carro, tipo de uso do carro etc. Assim, cada carro terá</p><p>sua manutenção preventiva com o objetivo de prevenir futuros problemas.</p><p>Exemplo 2: em uma fábrica de alimentos, o técnico de manutenção deve</p><p>a cada 10 dias limpar a parte interna da cabine de comando (quadro elétrico de</p><p>acionamento) da máquina misturadora, pois pequenas partículas de farinhas</p><p>usadas no processo de fabricação dos alimentos acabam entrando pelos furos</p><p>de refrigeração da cabine; e se não for limpo com frequência, pode causar</p><p>danos aos equipamentos eletrônicos que estão dentro da cabine. Nesse caso,</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>4</p><p>a limpeza é a manutenção preventiva do equipamento. Foi observado que a</p><p>cada 10 dias fica acumulada uma quantidade de sujeira que começa a causar</p><p>problemas nos componentes, por isso deve ser feita a limpeza. Então, foi</p><p>definido que a frequência de limpeza da cabine deve ser de 10 dias. O objetivo</p><p>dessa manutenção preventiva é evitar que a sujeira cause danos ainda maiores</p><p>aos equipamentos eletrônicos que estão dentro da cabine. Os critérios técnicos</p><p>para a limpeza são os tipos de materiais: pano, balde, trincha pequena (pincel</p><p>pequeno), álcool isopropílico, limpa contato, desengripante e água com</p><p>desinfetante. E os níveis de detalhamento do planejamento podem ser: desligar</p><p>o disjuntor, começar a limpeza pela tela de monitoramento, depois pela placa</p><p>de controle, depois fundo da cabine etc.</p><p>Note que nos dois exemplos o objetivo é prevenir, pois historicamente o</p><p>acúmulo na omissão de manutenção pode causar falhas ainda mais graves.</p><p>Também, no primeiro exemplo, a frequência (periodicidade) é dada em</p><p>quilômetros, pois medir em Km é mais interessante e fácil de controlar. Já no</p><p>caso da limpeza da cabine de controle, fica mais fácil medir a frequência</p><p>(periodicidade) pelo tempo, pois a fábrica está sempre produzindo e gerando</p><p>resíduos (sujeira) que se espalham pelo ar, sendo inevitável que suje o</p><p>ambiente. Sendo assim, é mais fácil controlar e medir pelo tempo (contando</p><p>em dias) para planejar a manutenção preventiva, definindo então um intervalo</p><p>fixo de dias entre as manutenções preventivas.</p><p>Mas pode surgir a pergunta: por que não isolar completamente a cabine</p><p>de controle de forma a não permitir que entre sujeira? A resposta é simples: os</p><p>furos de ventilação são importantes para não permitir que os equipamentos</p><p>dentro do quadro superaqueçam e venham a ter defeitos. Agora, pode surgir a</p><p>seguinte pergunta: por que não colocar uma refrigeração forçada em cima da</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>5</p><p>cabine de controle, como um ar-condicionado? Agora a resposta depende de</p><p>quanto a empresa tem de recursos para investir. Vamos analisar isso juntos.</p><p>➢ Um ar-condicionado de 12.000 Btus custa em média R$1.800,00, mais</p><p>uma instalação de R$700,00, e um custo médio de R500,00 por mês de</p><p>energia elétrica, e um custo de R$100,00 reais por mês de manutenção.</p><p>Em um ano de operação, esse ar-condicionado custou R$9,700,00.</p><p>➢ O técnico de manutenção custa (salário + encargo + benéficos + taxas)</p><p>cerca de R$5.000,00 por mês, ou seja, ele custa R$28,41 por hora de</p><p>trabalho. Sendo que ele demora 15 minutos para limpar a cabine de</p><p>controle, o custo da limpeza da cabine é igual a 15 minutos do custo de</p><p>trabalho do técnico de manutenção, ou seja, é de R$7,10. Como a</p><p>manutenção deve ser feita a cada 10 dias, ou seja, 3 vezes por mês, o</p><p>custo mensal dessa manutenção é de R$21,30 por mês. Logo, será de</p><p>R$255,69 por ano.</p><p>➢ O custo do material usado na manutenção é de R$35,00 por</p><p>manutenção. Como são 3 manutenções por mês, o custo é de R$105,00</p><p>mensalmente e R$1.260,00 por ano.</p><p>Assim, vemos que o custo por ano com material mais mão de obra é de</p><p>R$1.515,69, enquanto o ar-condicionado custou R$9.700,00. Com o técnico</p><p>limpando, a economia é de R$8.185,00 por ano, ou seja, uma economia de 84%</p><p>no primeiro ano. No segundo ano, considerando que a compra e a instalação</p><p>do ar-condicionado já foram pagas, o custo anual fica por volta de R$7.200,00.</p><p>Nesse caso, o técnico de manutenção continua sendo mais vantajoso, com uma</p><p>economia de R$5.684,00 por ano, ou seja, uma economia de 81% ao ano ao</p><p>manter apenas a limpeza do técnico.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>6</p><p>Após essa explicação, o que é mais vantajoso? Você consegue ver a</p><p>importância do planejamento de manutenção? Consegue ver quão vantajoso é</p><p>fazer um bom plano de manutenção preventiva?</p><p>A manutenção preventiva não só previne futuros problemas, mas</p><p>também tende a gerar uma redução de custo para a empresa.</p><p>Como planejar uma manutenção preventiva?</p><p>Ao programar uma manutenção preventiva, é necessário observar alguns</p><p>fatores. Usaremos aqui uma série de perguntas</p><p>que vão precisar de respostas</p><p>do PCM, como você pode ver a seguir.</p><p>1) Qual é o objetivo dessa manutenção preventiva?</p><p>2) Qual é o custo dessa manutenção?</p><p>3) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>4) Será necessário parar a produção? Qual será o efeito?</p><p>5) Quais materiais serão usados? Estão disponíveis?</p><p>6) Há riscos para quem vai executar o serviço? A Segurança do Trabalho é</p><p>necessária?</p><p>7) Qual é o tempo de execução?</p><p>8) Qual é a periodicidade de execução?</p><p>9) Quando deve ser feita?</p><p>Vamos montar juntos o planejamento de uma manutenção preventiva.</p><p>Veja o exemplo por meio do estudo de caso a seguir.</p><p>A empresa Goods&Foods produz comida embalada. A fábrica é composta</p><p>por diversas máquinas, como refrigeradores, fornos, bancadas de corte de</p><p>temperos, misturadores, processadores, prensas, esteiras e embaladoras. A</p><p>ESTUDO DE CASO</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>7</p><p>empresa trabalha 8 horas por dia, das 8 às 17 horas durante 5 dias por semana</p><p>para poder dar conta da demanda e fazer produtos de excelente qualidade,</p><p>aliás, a qualidade é o grande diferencial da Goods&Foods.</p><p>O PCM é responsável por organizar e garantir que o serviço seja</p><p>executado, ou seja, deverá realizar o planejamento de manutenção preventiva</p><p>para as máquinas. Após conversar com os supervisores de produção, consultar</p><p>os manuais do fabricante, investigar os processos produtivos e levantar os</p><p>últimos problemas nas máquinas, a atual condição de operação, o PCM estará</p><p>preparado para começar seu planejamento preventivo.</p><p>Suas anotações foram as apontadas a seguir.</p><p>a. Refrigeradores: o principal problema é a queda da eficiência do</p><p>resfriamento, e é necessário fazer a recarga do gás com frequência.</p><p>b. Fornos: as resistências elétricas, que fazem o aquecimento dos fornos,</p><p>ficam sujas com o uso, o que acaba gerando uma crosta por cima da</p><p>resistência, diminuindo a vida útil da mesma.</p><p>c. Bancadas de corte de temperos: essa bancada nunca apresentou defeito</p><p>nem problemas.</p><p>d. Misturadores: é necessário fazer a troca das lâmias quando elas quebram.</p><p>e. Processadores: é necessário fazer a lubrificação dos motores e a limpeza</p><p>do quadro elétrico.</p><p>f. Prensas: com o movimento da prensa, os parafusos afrouxam.</p><p>g. Esteiras: limpeza das esteiras.</p><p>h. Embaladoras: ocorrem muita corrosão e ferrugem no maquinário devido</p><p>ao modo de uso da máquina.</p><p>Primeiro, vamos identificar os tipos de manutenção.</p><p>a. Refrigeradores: manutenção preventiva.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>8</p><p>b. Fornos: manutenção preventiva.</p><p>c. Bancadas de corte de temperos: não necessita de manutenção.</p><p>d. Misturadores: manutenção corretiva. Já estudamos esse tópico, como a</p><p>quebra é normal no processo, a troca é algo comum, ou seja, a correção</p><p>faz parte do processo de manutenção, não sendo necessário fazer a</p><p>preventiva (por motivos de custo, técnicos etc.).</p><p>e. Processadores: manutenção preventiva.</p><p>f. Prensas: manutenção preventiva.</p><p>g. Esteiras: manutenção preventiva.</p><p>h. Embaladoras: manutenção preventiva.</p><p>Agora que identificamos o tipo de manutenção, vamos buscar as</p><p>respostas necessárias para que possamos fazer a manutenção.</p><p>1) Qual é o objetivo dessa manutenção preventiva?</p><p>a. Refrigeradores: evitar perda da eficiência de refrigeração e, com isso,</p><p>diminuir custos de energia e evitar queda na qualidade dos produtos</p><p>refrigerados.</p><p>b. Fornos: limpeza das resistências para evitar desgaste rápido e custo</p><p>com a troca das resistências.</p><p>e. Processadores: limpeza dos quadros elétricos para evitar curtos-</p><p>circuitos e lubrificação dos motores para evitar ruídos, trepidação e</p><p>desgaste das conexões.</p><p>i. Prensas: é preciso apertar os parafusos para que nada se solte, de</p><p>modo a evitar risco de acidentes e quebra do equipamento.</p><p>j. Esteiras: limpeza das esteiras, pois ocorrem quedas de alimentos, e o</p><p>objetivo é evitar que o acúmulo de resíduos na esteira traga</p><p>problemas de saúde e desgaste nas roldanas.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a1</p><p>9</p><p>f. Embaladoras: deve-se lixar e pintar as corrosões a fim de manter o</p><p>maquinário em boas condições e uso.</p><p>2) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>Sim, todas as atividades podem ser executadas pelos operadores</p><p>das máquinas ou pelos técnicos de manutenção.</p><p>3) Será necessário parar a produção? Qual será o efeito disso?</p><p>a. Refrigeradores: não é necessário desligar a máquina para fazer a</p><p>manutenção. Nenhum efeito será causado à produção.</p><p>b. Fornos: o desligamento e o resfriamento do forno são obrigatórios</p><p>para que o técnico possa fazer a manutenção. Por isso, esse tipo de</p><p>manutenção é crítico, visto que haverá grande tempo de máquina</p><p>parada.</p><p>e. Processadores: limpeza dos quadros elétricos para evitar curtos-</p><p>circuitos e lubrificação dos motores para evitar ruídos, trepidação e</p><p>desgaste das conexões.</p><p>f. Prensas: não é necessário fazer parada. O parafuso pode ser</p><p>apertado com a máquina em produção.</p><p>g. Esteiras: a parada da esteira é obrigatória, e sem a esteira, os</p><p>produtos ficam parados no setor do formo.</p><p>h. Embaladoras: a máquina deve estar parada, pois não pode haver</p><p>operadores e alimentos ao mesmo tempo em que há uso de tintas</p><p>para pintura.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>0</p><p>4) Quais materiais serão usados? Estão disponíveis?</p><p>a. Refrigeradores: será usado conjunto de chaves e gás para o</p><p>refrigerador. As chaves estão disponíveis, e o gás deve ser</p><p>comprado.</p><p>b. Fornos: abrasivos para limpeza de aço, escova e buchas.</p><p>e. Processadores: para a limpeza do quadro, serão necessários</p><p>trinchas (pincel), panos, álcool, limpa contato, água e desinfetante.</p><p>Para a lubrificação dos motores, deverão ser usados óleo</p><p>lubrificante e bomba de graxa. Todos os itens estão em estoque no</p><p>almoxarifado.</p><p>f. Prensas: é preciso utilizar somente chave de boca, que será usada</p><p>por um dos técnicos mecânicos.</p><p>g. Esteiras: serão necessários material de limpeza, escovas, abrasivos,</p><p>panos e lubrificantes.</p><p>h. Embaladoras: devem ser usados lixas, pincéis e tinta. Todos devem</p><p>ser comprados.</p><p>5) Há riscos para quem vai executar o serviço? Preciso da Segurança do</p><p>trabalho?</p><p>Nenhum dos serviços deve ser feito sozinho. E é necessário seguir</p><p>os procedimentos de segurança, como desligar a energia elétrica, e</p><p>partes móveis devem estar paradas. Deve-se esperar o resfriamento dos</p><p>locais com alta temperatura e entrar com roupa especial nos locais de</p><p>resfriamento. Se necessário, deve estar presente o técnico de Segurança</p><p>do Trabalho, ou o documento de permissão para trabalho (PT)</p><p>devidamente assinado pelo técnico de Segurança do Trabalho, ou outro</p><p>profissional qualificado para dar essa permissão.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>1</p><p>6) Qual tempo de execução?</p><p>a. Refrigeradores: cerca de 20 minutos.</p><p>b. Fornos: cerca de 5 horas.</p><p>e. Processadores: cerca de 1 hora.</p><p>f. Prensas: 15 minutos.</p><p>g. Esteiras: 45 minutos.</p><p>h. Embaladoras: 3 horas.</p><p>7) Qual é a periodicidade de execução?</p><p>a. Refrigeradores:</p><p>a cada 300 dias.</p><p>b. Fornos: a cada 80 ciclos de produção.</p><p>e. Processadores: a cada 120 horas de operação.</p><p>f. Prensas: uma vez por mês (mensal).</p><p>g. Esteiras: a cada semestre (semestral).</p><p>h. Embaladoras: a cada bimestre (bimestral).</p><p>8) Quando deve ser feita?</p><p>a. Refrigeradores: durante o período de almoço da fábrica para evitar</p><p>pessoas no local durante a manutenção.</p><p>b. Fornos: executar na sexta-feira após o meio-dia, quando o forno é</p><p>desligado, e os processos são finalizados para o final de semana.</p><p>e. Processadores: executar essa manutenção nas primeiras horas do dia</p><p>enquanto o processador ainda não precisa ser ligado.</p><p>f. Prensas: pode ser realizada a qualquer momento.</p><p>g. Esteiras: fazer junto com o forno, pois quando o forno para a esteira</p><p>também para.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>2</p><p>h. Embaladoras: deve ser feita aos finais de semana, pois não pode</p><p>estar em produção, devido aos produtos químicos utilizados (tintas,</p><p>por exemplo).</p><p>9) Quanto custa?</p><p>Nesse caso, é necessário fazer um levantamento de todos os</p><p>custos que estão envolvidos para: (i) fazer a manutenção; (ii) melhorias</p><p>nas máquinas; (iii) novas máquinas; (iv) serviços de terceiros; (v) custo</p><p>com a parada de produção; (vi) custo (administrativo e operacional) se</p><p>houver um problema mais grave decorrente do que foi apontado; e (vii)</p><p>custo da preventiva. Para esse exemplo, considere que os custos de</p><p>manutenção são mais baratos, por isso valem a pena serem executados.</p><p>Agora que foi feito todo o levantamento das informações, e sabemos o</p><p>que deve ser feito, basta montar um cronograma, ou uma agenda, para que a</p><p>manutenção possa ser feita regularmente. Vamos detalhar melhor esse</p><p>assunto no módulo de controle.</p><p>Bem, sem essa análise, é possível facilmente cometer alguns enganos,</p><p>por exemplo: planejar uma manutenção sem ter o material necessário em</p><p>estoque; fazer paradas de produção para manutenção em momentos</p><p>impróprios, causando ainda maior custo; levar a um acidente com o</p><p>colaborador por permitir uma manutenção perigosa; deixar de fazer alguma</p><p>preventiva devido à falta de informação da importância e da periodicidade</p><p>dessa manutenção; diminuição do tempo de vida dos equipamentos; e redução</p><p>da qualidade dos produtos e dos processos devido ao desgaste natural dos</p><p>equipamentos sem manutenção preventiva.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>3</p><p>Note que a manutenção preventiva está associada também a fatores de</p><p>saúde e engajamento, não só ao fator produtivo. Por exemplo: pintar a</p><p>embaladora é essencial para evitar degradações naturais e a ocorrência de</p><p>ferrugem. E em consequência desse bom estado de conservação, evita-se que</p><p>um colaborador ao entrar em contato com uma superfície enferrujada venha a</p><p>se machucar devido às partículas soltas por meio do processo de oxidação do</p><p>ferro. E também uma máquina bem pintada, limpa e bem cuidada faz com que</p><p>os colaboradores tenham maior cuidado com ela, o que pode também</p><p>influenciar na vontade de trabalhar (no engajamento) dos colaboradores,</p><p>podendo levar a um aumento de produção e a um clima organizacional melhor.</p><p>Note que um ambiente limpo, organizado, bem iluminado gera um</p><p>sentimento de segurança e de bem-estar nas pessoas que usam esses</p><p>ambientes; enquanto sujeira, escuridão e bagunça são sinônimos de</p><p>insegurança e desânimo. E a imagem positiva da empresa é importante tanto</p><p>para os próprios funcionários quanto para os clientes. Enquanto os funcionários</p><p>se sentem estimulados com um ambiente bem cuidado, os clientes ou pessoas</p><p>que visitam a empresa ficam com boas impressões e tendem a ter mais</p><p>confiança no negócio e no produto, o que acaba aumentando a credibilidade</p><p>da empresa. E em sentido interno, isso aumenta a produtividade dos</p><p>funcionários ao passo que eles sentem que estão dando bons resultados. No</p><p>geral, um bom ambiente de trabalho traz inúmeros benefícios, e de certa forma</p><p>é responsabilidade de todos manter um ambiente assim. Contudo, pertencem</p><p>ao setor de manutenção a iniciativa e a visão de fazer o ambiente ser adequado.</p><p>Você consegue notar a importância do planejamento das manutenções</p><p>preventivas? Sem ela, o custo pode aumentar, e a quantidade de corretivas e</p><p>emergenciais pode ser muito grande, causando impactos negativos na</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>4</p><p>produção. Por isso, o PCM é fundamental para um bom planejamento de</p><p>preventivas, e isso deve estar alinhado ao cronograma do setor produtivo</p><p>(produção, fábrica, construção etc.) para que o tempo seja otimizado.</p><p>Assim, a manutenção preventiva é baseada na periodicidade, nas</p><p>condições atuais, na forma de uso, no ambiente e nas características técnicas</p><p>dos equipamentos. Deve ser planejada basicamente com um cronograma bem</p><p>definido e quais atividades devem ser feitas para assegurar que a manutenção</p><p>realmente previna problemas causados pelo desgaste e tempo de uso. O</p><p>objetivo da manutenção preventiva é atuar para prevenir um problema. Para</p><p>planejá-la, é necessário ver tudo o que está envolvido, desde conhecimento</p><p>sobre a máquina, fornecedores, peças e manuais até como minimizar o impacto</p><p>no cronograma da produção.</p><p>3. Manutenção Preditiva</p><p>Definição: a manutenção preditiva ocorre quando é feita de forma a</p><p>prever (predizer) a necessidade de uma manutenção, seja corretiva, seja</p><p>preventiva. Ela tem por objetivo se antecipar aos problemas por meio de</p><p>embasamento estatístico e agir pontualmente de forma técnica e perita.</p><p>Exemplo 1: no carro, as pastilhas de freio geralmente duram 25 mil Km.</p><p>Em uma cidade pacata, com pouco trânsito, e apesar do carro ser usado para</p><p>locomoção dentro da cidade, o freio é pouco usado, e são raros os momentos</p><p>em que se freia bruscamente. Isso indica que, mesmo após rodar os 25 mil Km,</p><p>provavelmente a pastilha de freio ainda estará em condições de uso, e não será</p><p>necessário fazer a troca preventiva. Então com base em testes, ruídos, teste de</p><p>frenagem, análise técnica, é verificado que a pastilha de freio realmente ainda</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>5</p><p>está boa e suporta mais 10 mil Km de uso. Ao ser feita essa análise, podemos</p><p>notar que foi uma forma de manutenção preditiva no veículo.</p><p>Exemplo 2: uma máquina de Impressão UV (ultravioleta) de mesa faz</p><p>impressões em chapas de aço. Essa máquina tem na sua cabeça de impressão</p><p>duas lâmpadas UV que auxiliam na secagem da tinta. Esse processo ocorre</p><p>através da emissão da luz UV e do aquecimento da lâmpada. Por causa isso, o</p><p>ambiente deve ser mantido refrigerado e limpo. Pelo manual da empresa</p><p>fornecedora, a troca da lâmpada deve ocorrer a cada 2.500 horas de uso, e sua</p><p>manutenção preventiva, a cada 500 horas de uso. Contudo, dentro da fábrica</p><p>há refrigeração, e o ambiente é cheio de partículas de poeira. Nesse caso, a</p><p>manutenção preditiva vai tentar prever com base em análises do</p><p>funcionamento da lampa qual é a vida útil nesse ambiente e como deverão ser</p><p>feitas as preventivas.</p><p>Assim, a manutenção preditiva faz o acompanhamento, o</p><p>monitoramento e a inspeção das máquinas com o objetivo de prever suas</p><p>condições de funcionamento, levando em consideração o ambiente, as</p><p>condições atuais da máquina,</p><p>a operação e as características técnicas do</p><p>equipamento. Para poder fazer uma previsão, é necessário ter conhecimento</p><p>das variáveis às quais a máquina está submetida. Ao fazer essa previsão, o</p><p>objetivo é agir antes de uma falha, de forma a aumentar a vida útil dos</p><p>equipamentos, aumentar a produtividade e manter a máquina disponível e</p><p>confiável.</p><p>Em linhas gerais, a manutenção preditiva é a mais indicada na prevenção</p><p>e na previsão de falhas, gerando melhores resultados quanto à manutenção da</p><p>máquina. Porém, dependendo do processo produtivo e do tipo de máquinas, a</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>6</p><p>manutenção preditiva pode exigir um alto nível de complexidade para fazer a</p><p>análise das máquinas.</p><p>Mas como fazer uma manutenção preditiva?</p><p>A manutenção preditiva usa ferramentas e métodos para fazer um</p><p>diagnóstico das máquinas, ou seja, temos que analisar os sinais que ela pode</p><p>fornecer. Vamos ver os mais comuns a seguir.</p><p>➢ Análise de vibrações: vibrações são trepidações ou oscilações que se</p><p>repetem ao longo do tempo. Há muitas máquinas que em funcionamento</p><p>produzem essas vibrações, e tal comportamento é normal, só que em</p><p>longo prazo levam a um processo de deterioração. Primeiro, então, é</p><p>necessário fazer um registro das vibrações normais da máquina. O</p><p>segundo passo é manter uma análise constante para captar alterações</p><p>nos níveis de ruído. Por meio dessa análise, é possível saber o real estado</p><p>da máquina, além de poder prever o tempo de vida, a qualidade da</p><p>operação e quais são as necessidades de manutenção preventiva e</p><p>corretiva. Existem várias formas de monitorar as vibrações, por exemplo,</p><p>pode-se usar tato, visão e audição. No entanto, existem também</p><p>métodos e ferramentas mais sofisticadas que dão resultados mais</p><p>precisos, como medidores e sensores de vibração. Ao colocar os</p><p>captadores em pontos específicos, pode-se ter um bom parâmetro do</p><p>estado da máquina. A análise de vibração mostra resultados como:</p><p>defeitos, folgas, desalinhamento, desbalanceamento, dilatação, ajustes</p><p>mal executados (apertos demasiados ou muito frouxos), peças</p><p>trancadas, problemas hidráulicos (com água) e até mesmo cavitação. As</p><p>principais peças a apresentarem defeitos são: rolamentos, mancais,</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>7</p><p>engrenagens, acoplamentos, rotores, vínculos, eixos, buchas, conexões,</p><p>extensores, bases de fixação e partes móveis em geral.</p><p>➢ Análise de temperatura: a temperatura, ou calor, é parâmetro</p><p>importante, pois todos os materiais sofrem alterações ao serem expostos</p><p>a variações de temperatura, causando dilatação ou retração. Há</p><p>máquinas que são feitas para aquecer ou esfriar, como no caso de fornos</p><p>e geladeiras. Porém, outras acabam liberando calor devido a seu</p><p>processo operacional, por exemplo: um disjuntor que está operando com</p><p>uma alta corrente elétrica apresenta aquecimento devido à energia</p><p>liberada pelo fluxo da corrente elétrica. Então, o primeiro passo é fazer</p><p>um registro das variações normais de temperatura da máquina. E o</p><p>segundo passo é manter uma análise constante da máquina para captar</p><p>alterações nos níveis de temperatura. Por meio dessa análise, é possível</p><p>saber o real estado da máquina, além de poder prever o tempo de vida,</p><p>a qualidade da operação e quais são as necessidades de manutenção</p><p>preventiva e corretiva. Existem várias formas de monitorar a</p><p>temperatura, por exemplo, pode-se usar o tato ou até um simples</p><p>termômetro. No entanto, existem também métodos e ferramentas mais</p><p>sofisticadas que dão resultados mais precisos, como sensores de</p><p>temperatura digitais, termômetro laser, multímetros, entre outros. Ao</p><p>medir as temperaturas em pontos específicos e observar as variações,</p><p>pode-se ter um bom parâmetro do estado da máquina. A análise de</p><p>temperatura mostra resultados como: superaquecimento ou</p><p>resfriamento; fugas de calor; excesso de atrito; falta de ventilação;</p><p>dimensionamento equivocado de materiais; e obsolescência de peças.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>8</p><p>➢ Análise de ruídos: ruídos são sons emitidos por algum tipo de fonte</p><p>sonora, por exemplo, uma máquina. Note que o ruído se propaga em</p><p>diferentes meios, como gasoso, aquoso e sólido. O som é uma forma de</p><p>troca de energia com o meio, ou seja, um rolamento trancado vai gerar</p><p>muito atrito, parte das energias desse atrito será dissipada em forma de</p><p>calor e ruído, logo, é possível identificar uma falha no rolamento pelo</p><p>ruído. O ruído então é um processo normal e natural de quase todas as</p><p>máquinas, assim como também há aquelas que têm por objetivo gerar</p><p>ruído (alto-falante) ou prevenir o ruído (isolamento acústico). O som diz</p><p>muito sobre o status de um equipamento, por exemplo: pelo ruído</p><p>sabemos se um motor de um carro está ligado e desligado, e pelo ruído</p><p>do motor sabemos também se ele é um carro popular ou um esportivo</p><p>turbo. Para fazer a análise de ruído, primeiro é necessário fazer um</p><p>registro das variações normais do ruído da máquina. O próximo passo é</p><p>manter uma análise constante para captar alterações nos níveis de ruído.</p><p>Por meio dessa análise, é possível saber o real estado do equipamento,</p><p>além de poder prever o tempo de vida, a qualidade da operação e quais</p><p>são as necessidades de manutenção preventiva e corretiva. Existem</p><p>várias formas de monitorar, por exemplo, pode-se usar apenas a audição</p><p>ou até um simples microfone. Contudo, existem também métodos e</p><p>ferramentas mais sofisticadas que dão resultados mais precisos, como</p><p>sensores de som, decibelímetros, dosímetros, calibradores acústicos,</p><p>entre outros. Ao medir os ruídos em pontos específicos, e observar as</p><p>variações, pode-se ter um bom parâmetro do estado da máquina. A</p><p>análise de ruídos mostra resultados como: defeitos, folgas,</p><p>desalinhamento, desbalanceamento, dilatação, ajustes mal executados,</p><p>peças trancadas, falta de lubrificação, fim da vida útil etc.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a2</p><p>9</p><p>➢ Análise dos óleos e fluidos: óleos e fluidos são usados de forma geral</p><p>para refrigeração, lubrificação, redução do ruído, redução do atrito e</p><p>para sistemas hidráulicos. Alguns óleos também são usados como</p><p>isolantes elétricos, como no caso de transformadores. As características</p><p>dos óleos e fluidos pode mostrar muitos detalhes a respeito do estado</p><p>atual da máquina. O primeiro passo é definir quais são as características</p><p>normais dos óleos e lubrificantes de forma a estabelecer um padrão, e</p><p>então fazer análises contínuas por meio de amostragens para</p><p>acompanhar a evolução do estado dos óleos e lubrificantes. A análise dos</p><p>óleos e fluidos pode ser feita de forma simples, por exemplo, coletando</p><p>uma amostra e observando a viscosidade, coloração, odor e volume nos</p><p>reservatórios. Também pode ser feita por meio de técnicas de</p><p>laboratório. Essas técnicas são geralmente feitas em laboratórios e usam</p><p>reagentes, solventes, viscosímetros, centrífugas, fotômetro de chama,</p><p>peagâmetros, espectrômetros, microscópios, entre outros. Com a</p><p>análise, pode-se chegar a várias conclusões, como saturação, se está</p><p>havendo sobreaquecimento, se os filtros estão funcionando</p><p>corretamente, se o óleo usado está sendo eficiente, se há desgaste de</p><p>alguma parte interna se houver partículas misturadas ao óleo, se o óleo</p><p>ainda mantém as propriedades físicas e químicas que o equipamento</p><p>requer, o tempo de vida do óleo etc. Com isso, a manutenção preditiva</p><p>determina o melhor momento para a troca e a renovação dos óleos, ou</p><p>seja, é possível prever possíveis defeitos, quando deve ser feita uma</p><p>preventiva e se será necessário fazer uma corretiva. Isso otimiza o tempo</p><p>de vida útil do equipamento, previne possíveis defeitos e traz</p><p>conhecimento para a equipe de manutenção, que pode planejar ainda</p><p>melhor suas atividades e materiais.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>0</p><p>➢ Análise do estado das superfícies: as superfícies das máquinas podem</p><p>variar muito, mas, em geral, são divididas em: partes de proteção</p><p>(carcaças, chapas, plásticos etc.); partes de operação (botões, teclados,</p><p>alavancas, esteiras etc.); e partes funcionais (motores, elétrica,</p><p>hidráulica, pneumática, gases, partes móveis etc.). O estado dessas</p><p>superfícies pode revelar problemas internos (ou seja, as falhas que estão</p><p>ocorrendo na parte interna da máquina e está refletindo na superfície</p><p>externa) ou problemas externos (ou seja, o meio ambiente em volta da</p><p>máquina pode estar causando problemas na superfície). Primeiramente,</p><p>é preciso definir quais são as características normais das superfícies de</p><p>forma a estabelecer um padrão, e então fazer análises contínuas para</p><p>acompanhar a evolução do estado das superfícies. Pode-se usar técnicas</p><p>simples para analisar superfícies, como o tato e a visão, porém existem</p><p>métodos mais eficientes, como: endoscopia, holografia, estroboscopia,</p><p>molde de impressão, uso de lupas, microscópio, uso de reagentes, ou</p><p>fotos em alta resolução. Essa análise pode levar a descobrir rachaduras,</p><p>trincas, desgastes, corrosões, infiltrações ou vazamentos, perdas de</p><p>propriedades mecânicas, peças frouxas, peças se colidindo ou atrito</p><p>indevido. Com essa análise, é possível controlar o nível de manutenção</p><p>que será necessário e a prevenção ou descoberta de falhas ou problemas.</p><p>➢ Análise estrutural: ao contrário da análise superficial, a análise estrutural</p><p>leva em conta a parte interna de um material, ou seja, mesmo que a parte</p><p>externa de uma chapa de aço esteja perfeita, a análise estrutural vai</p><p>analisar como está o estado interno dessa chapa de aço, isto é, como está</p><p>a estrutura do material entre as superfícies. Inicialmente, deve-se definir</p><p>quais são as características normais das estruturas de forma a</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>1</p><p>estabelecer um padrão, e então fazer análises para acompanhar a</p><p>evolução do estado dos óleos e lubrificantes. Para fazer a análise de</p><p>estrutura não há muitas formas simples, por isso devemos recorrer a</p><p>técnicas mais especializadas, como: interferometria, ultrassonografia,</p><p>holografia, radiografia, gamagrafia e ecografia. Outra forma (mas essa</p><p>causa danos irreversíveis à estrutura) é a análise por ensaio de estresse.</p><p>Nesse caso, é coletada uma pequena amostra da estrutura, e essa</p><p>amostra é submetida a ensaios de estresse (quebra, corte, derretimento,</p><p>congelamento, pressão etc.). Com essas análises, é possível detectar</p><p>problemas ou falhas complexas.</p><p>➢ Análise funcional: a análise funcional está associada ao funcionamento</p><p>propriamente dito da máquina, ou seja, se a máquina está executando o</p><p>seu trabalho de forma satisfatória e normal. Por exemplo, verificar se</p><p>uma máquina de desfiação de tecido está desfiando o tecido</p><p>corretamente. Essa análise funcional é muito importante, pois muitas</p><p>vezes o problema da máquina pode aparecer no produto em</p><p>processamento. Se a desfiadora produz 30 kg de tecido desfiado por</p><p>hora, e agora está fazendo somente 3 kg de tecido por hora, isso é um</p><p>forte indicativo de problema. Assim, analisar as funcionalidades da</p><p>máquina e agir em variações é muito eficaz. Esse tipo de análise é o mais</p><p>simples, mais barato e mais facilmente aplicável em qualquer tipo de</p><p>indústria ou produção. Além disso, a análise funcional pode ser</p><p>facilmente feita pelo próprio operador da máquina, o que traz ainda mais</p><p>benefícios para toda a operação.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>2</p><p>Como vimos, essas análises podem ser simples e irem até um nível bem</p><p>específico de complexidade, necessitando não apenas de ferramentas</p><p>pontuais, mas também de mão de obra qualificada. Muitas vezes, essas análises</p><p>são demoradas, envolvendo desde planejamento, ida até a máquina, medições,</p><p>observações, pesquisas, resultados e plano de ação. E outras vezes será</p><p>necessário contratar empresas especializadas para que seja feito esse serviço.</p><p>Tudo isso envolve muitos custos, tornando muitas vezes esse tipo de</p><p>manutenção não muito usual e comum.</p><p>Contudo, vimos que a manutenção preditiva traz muitos benefícios, por</p><p>exemplo: antecipar-se a falhas; reduzir o tempo com manutenção; evitar</p><p>corretivas emergenciais; melhorar a execução de manutenções preventivas;</p><p>facilitar muito a gestão de falhas e riscos; gerar conhecimento ao time de</p><p>manutenção e operação; e aumentar a vida útil do equipamento.</p><p>Como planejar uma manutenção preditiva?</p><p>Ao programar uma manutenção preditiva, é necessário observar alguns</p><p>fatores. Usaremos aqui uma série de perguntas que vão precisar de respostas</p><p>do PCM, como as apontadas a seguir.</p><p>1) Qual ou quais análises de manutenção preditiva devem ser usadas?</p><p>2) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>3) Será necessário parar a produção? Qual será o efeito?</p><p>4) Quais materiais serão usados? Estão disponíveis?</p><p>5) Há riscos para quem vai executar o serviço? É necessária a Segurança do</p><p>Trabalho?</p><p>6) Qual tempo de execução?</p><p>7) Qual é a periodicidade de execução?</p><p>8) Quando deve ser feita?</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>3</p><p>Vamos montar o planejamento de uma manutenção preditiva, veja o</p><p>estudo de caso a seguir.</p><p>A empresa Água da Vida produz água mineral em garrafas de 1 L, e seu</p><p>processo é basicamente de captação de água mineral, tratamento e</p><p>enriquecimento da água, envasamento e distribuição. Por isso, a fábrica conta</p><p>com inúmeras motobombas, tubulações, além de reservatórios, misturadores</p><p>e esteiras de transporte para as garrafas plásticas. As motobombas que</p><p>pressurizam a tubulação responsável pelo envasamento das garrafas de água</p><p>ficam operando ininterruptamente e são o ponto crítico da operação. Sabendo</p><p>disso, o diretor operacional pediu total dedicação e cuidado com as</p><p>motobombas. O PCM deve fazer sua parte e planejar a manutenção preditiva</p><p>dessas máquinas.</p><p>Então, vamos responder às perguntas básicas para o planejamento</p><p>apresentadas a seguir.</p><p>1) Qual ou quais análises de manutenção preditiva devem ser usadas?</p><p>Vamos ver um a um.</p><p>a. Análise de vibração: aplica-se porque a motobomba vibra muito e</p><p>fica suspensa em local alto, presa na estrutura metálica por</p><p>parafusos.</p><p>b. Análise de temperatura: não se aplica, pois, a água que vem do</p><p>reservatório é fria e já faz a refrigeração do motor.</p><p>c. Análise de ruídos: aplica-se, pois a moto bomba produz bastante</p><p>ruído, e o ambiente no qual essa motobomba está também</p><p>produz muitos ruídos, assim é difícil ouvir alterações no ruído</p><p>ESTUDO</p><p>DE CASO</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>4</p><p>normal do motor. Nesse caso, cabe uma análise mais detalhada</p><p>dos ruídos.</p><p>d. Análise de óleo e fluidos: não se aplica, pois, esse modelo de</p><p>motobomba não usa óleos e fluidos.</p><p>e. Análise de superfícies: aplica-se, pois, a vibração causa alguns</p><p>desgastes, e como fica em local de difícil acesso, é igualmente</p><p>difícil de ver falhas na superfície externa da motobomba.</p><p>f. Análise de estrutura: não se aplica, pois, a estrutura interna é</p><p>pouco exigida e praticamente não existem registros de falhas</p><p>desse tipo.</p><p>g. Análise funcional: não se aplica, pois, a única função da bomba é</p><p>bombear água, ou seja, qualquer erro funcional será facilmente</p><p>identificado pela operação. Além disso, os níveis de pressão,</p><p>vazão e consumo de energia já são monitorados em tempo real</p><p>pela fábrica, o que ocasiona um diagnóstico do funcionamento da</p><p>máquina. Seria o caso de o setor de manutenção ter acesso a</p><p>essas informações.</p><p>Assim, será feita manutenção preditiva de ruídos, vibrações e</p><p>superfícies.</p><p>2) Há disponibilidade de mão de obra qualificada?</p><p>Para a análise de ruídos e vibrações, deverá ser contratada</p><p>empresa terceirizada especializada. Já para a análise de superfícies, o</p><p>técnico de manutenção com o auxílio de uma lupa poderá executar essa</p><p>atividade de forma satisfatória.</p><p>3) Será necessário parar a produção? Qual será o efeito?</p><p>Para a análise de ruídos e vibração, a máquina precisa estar</p><p>operando, por isso não vai afetar a produção. Já para a análise de</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>5</p><p>superfície, o técnico deverá observar a superfície com a máquina parada</p><p>para poder observar os detalhes, uma vez que a vibração vai atrapalhar.</p><p>4) Quais materiais serão usados? Estão disponíveis?</p><p>Para as análises de ruído e vibração, a empresa contratada trará</p><p>todo o material. Para a análise de superfície, será necessário usar</p><p>escada, equipamento de segurança (cinto, cordas, mosquetões,</p><p>ancoramento, talabarte etc.), uma lupa para análise, e uma câmera para</p><p>tirar fotos da superfície de forma a deixar registrado o estado atual do</p><p>equipamento.</p><p>5) Há riscos para quem vai executar o serviço? É necessária a Segurança do</p><p>Trabalho?</p><p>Sim, pois é trabalho em altura.</p><p>6) Qual é o tempo de execução?</p><p>A análise de ruídos e vibrações deverá ser feita em 1 hora para</p><p>cada um. Já para a análise de superfícies, o técnico de manutenção terá</p><p>disponível 30 minutos de máquina parada.</p><p>7) Qual é a periodicidade de execução?</p><p>Ficou definido junto a empresa contratada, junto com o diretor</p><p>operacional que liberou a verba para fazer esse investimento, junto as</p><p>especificações do fabricante da motobomba que a análise de vibração e</p><p>ruído serão feitos a cada quatro meses. E a análise de superfície a cada</p><p>dois meses de forma intercalada com as outras análises.</p><p>8) Quando deve ser feita?</p><p>A análise de ruído e vibração será feita ao mesmo tempo, de</p><p>forma que o diagnóstico das duas servirão como base para comparação,</p><p>como a produção não precisa parar, a manutenção preditiva poderá ser</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>6</p><p>executada a qualquer momento. Já a análise de superfície deverá ser</p><p>feita antes do início da operação na segunda-feira.</p><p>Agora que foi feito todo o levantamento das informações, e sabe-se o</p><p>que deve ser feito, basta montar um cronograma, ou uma agenda, para que a</p><p>manutenção possa ser feita regularmente. Vamos detalhar melhor esse</p><p>assunto no módulo de controle.</p><p>Note que a manutenção preditiva está associada também a fatores de</p><p>qualidade, não só ao fator produtivo ou de custo. Por exemplo: identificar</p><p>indícios de futuros problemas e agir de forma antecipada, com bom</p><p>planejamento, faz com que a máquina tenha um tempo de vida maior e</p><p>operando sempre em um nível de serviço estável e satisfatório. Isso impacta</p><p>diretamente na qualidade do produto, evitando falhas ou defeitos nos</p><p>materiais processados nas máquinas em questão.</p><p>Atualmente, muitas máquinas possuem sistemas de</p><p>automonitoramento, por exemplo, máquinas que fazem análise de</p><p>temperatura automaticamente, ou análise de defeitos funcionais, ou até</p><p>mesmo de vibração. Essas máquinas normalmente possuem algum mostrador</p><p>(luzes coloridas, setas, alarmes sonoros), IHM (Interação Homem Máquina), e</p><p>outras têm todos esses dados registrados de forma digital, em que é possível</p><p>acessar um banco de dados com todas as informações que a própria máquina</p><p>coleta e armazena em sua memória (podendo ser um computador local ou</p><p>remoto). Essa facilidade tecnológica deve sempre ser levada em consideração</p><p>como um facilitador e fator motivador para implementar uma manutenção</p><p>preditiva.</p><p>Você consegue perceber a importância do planejamento das</p><p>manutenções preditivas? Sem ele, o custo pode aumentar, a quantidade de</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>7</p><p>manutenções preventivas, corretivas e emergenciais pode ser muito grande,</p><p>causando grave impacto na produção. Por isso, o PCM é fundamental para um</p><p>bom planejamento de preditivas, e isso alinhado ao cronograma do setor</p><p>produtivo e aos custos associados a esses processos</p><p>Assim, a manutenção preditiva é baseada na análise e nos diagnósticos</p><p>técnicos dos equipamentos, por meio do uso de ferramentas e métodos</p><p>precisos. Ela deve ser planejada basicamente com um cronograma bem</p><p>definido e quais tipos de análise devem ser feitas para assegurar que a</p><p>manutenção realmente consiga prever ou predizer problemas futuros</p><p>causados pelo desgaste e pelo tempo de uso. Para planejá-la, é necessário ver</p><p>tudo o que está envolvido, desde conhecimento sobre a máquina,</p><p>fornecedores, peças e manuais até como minimizar o impacto no cronograma</p><p>a produção. Além disso, os relatórios gerados pelas análises devem ser usados</p><p>como fonte de conhecimento e ferramenta para a tomada de decisão.</p><p>RESUMO DOS CONCEITOS DE MANUTENÇÃO</p><p>Manutenção corretiva: tem por finalidade corrigir um problema. Pode</p><p>ser emergencial ou programada.</p><p>Manutenção preventiva: tem por finalidade prevenir um problema.</p><p>Baseia-se nas informações técnicas dos equipamentos e na forma de uso.</p><p>Manutenção preditiva: tem por finalidade predizer (prever) um futuro</p><p>problema para fazer somente intervenções certeiras e aumentar o tempo de</p><p>vida do equipamento. Baseia-se em análises e diagnósticos precisos dos</p><p>equipamentos.</p><p>Planejamento de manutenção: tem por finalidade fazer um</p><p>cronograma detalhado, com frequência, duração, objetivos, materiais,</p><p>pessoas, processos, impactos da produção, custos etc. De forma a minimizar</p><p>os custos e gastos, bem como maximizar o tempo de vida da máquina e seu</p><p>nível de serviço.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>8</p><p>CONCEITO 2: INSPEÇÃO</p><p>Inspeções são verificações, ou checagens, que têm como objetivo</p><p>observar o equipamento de forma a verificar se ele está operando de forma</p><p>adequada, se suas especificações estão satisfatórias e se seu uso está conforme</p><p>o especificado pelo fabricante, e se não há nenhuma alteração aparente do</p><p>equipamento.</p><p>Como o objetivo é inspecionar o equipamento, o mais comum é</p><p>primeiramente fazer um levantamento considerando que tudo que é</p><p>realmente necessário deve ser inspecionado, elaborando, assim, um checklist</p><p>(uma lista de itens para ser inspecionado). Ao fazer a inspeção com o checklist,</p><p>deve ser feito também um registro dos problemas identificados, e a partir disso</p><p>há duas situações.</p><p>1) Problema simples detectado: agir para corrigir imediatamente e</p><p>fazer o registro do problema e da solução.</p><p>2) Problema médio ou complexo detectado: registrar o problema e</p><p>providenciar uma manutenção adequada (corretiva, preventiva ou</p><p>preditiva).</p><p>Mas pode surgir a seguinte pergunta: qual é a diferença entre a inspeção</p><p>e a preditiva?</p><p>É possível afirmar que inspeções e preditivas têm o mesmo objetivo:</p><p>prever problemas futuros. Para isso, ambas também fazem as análises de</p><p>vibração, temperatura, ruído, estrutural, funcional etc. A principal diferença</p><p>está no grau de precisão e no custo. Manter manutenções preditivas com alta</p><p>frequência pode gerar custos elevados, uma vez que já vimos que a</p><p>manutenção preditiva precisa de mão de obra especializada e ferramentas</p><p>específicas para que possa ser dado o melhor diagnóstico possível. Já as</p><p>inspeções têm por objetivo serem mais simples e rápidas, de forma que sejam</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a3</p><p>9</p><p>necessárias poucas ferramentas e também pouca experiência do colaborador</p><p>que estará executando essa atividade. Enquanto que numa manutenção</p><p>preditiva o colaborador vai precisar identificar o problema pelo tipo de</p><p>vibração, na inspeção ele apenas deverá identificar que existe uma vibração</p><p>anormal e, depois disso, deve indicar ao PCM essa observação. Enquanto numa</p><p>manutenção preditiva o colaborador vai usar sensores e até softwares de</p><p>simulação para chegar ao melhor resultado de sua análise, na inspeção o</p><p>simples fato do toque com as mãos no equipamento pode ser o suficiente para</p><p>o colaborador sentir as anormalidades.</p><p>O que queremos dizer é que a inspeção, no geral, é mais barata, e mais</p><p>genérica, tendo seu maior foco em problemas perceptíveis, podendo e</p><p>devendo então ser feita com mais frequência. Enquanto a manutenção</p><p>preditiva é mais cara, e mais específica, com maior foco em problemas</p><p>imperceptíveis e muito técnicos, podendo então ser feita com menor</p><p>frequência. Lembrando sempre que a frequência é definida visando ao bom</p><p>funcionamento da máquina.</p><p>Costuma-se usar como referência para a inspeção a utilização dos 5</p><p>sentidos da inspeção, que são os apontados a seguir.</p><p>➢ Visão crítica: ou seja, treinar seus olhos para ver e achar os</p><p>problemas. É necessário realmente dar atenção a cada detalhe,</p><p>pois os problemas às vezes podem parecer normais, ou até simples</p><p>demais para gerar uma preocupação, mas de fato a maioria dos</p><p>grandes problemas começam pequenos. Por isso, ter uma visão</p><p>crítica é fundamental para uma boa inspeção.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>0</p><p>➢ Ouvido afinado: significa treinar nossos ouvidos para ouvir o ruído</p><p>normal e o ruído anormal. Saber se algo está bom às vezes é mais</p><p>fácil do que ouvir se algo está ruim, por isso o ouvido afinado deve</p><p>reconhecer não só o que está errado, mas também os ruídos que</p><p>mostram que a máquina está operando de forma correta.</p><p>➢ Tato técnico: ou seja, treinar nosso tato, nossas mãos, a serem</p><p>uma ferramenta técnica. Nossas mãos são muito sensíveis e</p><p>podem facilmente identificar vibrações, anormalidades em</p><p>superfícies e diferenças de temperatura. E devem ser técnicas, pois</p><p>não se pode colocar as mãos em algo que possa vir a causar</p><p>ferimentos ou fraturas. Assim, as mãos devem ter a habilidade</p><p>técnica de saber onde tocar, como tocar e como identificar as</p><p>anormalidades.</p><p>➢ Olfato treinado: ou seja, treinar nosso olfato a colaborar com os</p><p>outros sentidos. Podemos ver que há uma mancha em uma placa</p><p>metálica, ao aproximar as mãos sentimos que está quente, e ao</p><p>sentir o cheiro, identifica-se o cheiro de queimado, o que leva a um</p><p>diagnóstico mais completo. Em uma inspeção, podemos</p><p>facilmente nos treinar a sentir cheiros de queimado, vazamentos</p><p>de gazes ou fluidos, saturações de óleos e fluidos, entre outros.</p><p>➢ Língua comprometida: ou seja, falar ou transmitir as informações</p><p>levantadas nas inspeções, de forma a se mostrar comprometido</p><p>com a resolução dos problemas encontrados. Sem a comunicação</p><p>eficaz entre os responsáveis, dificilmente haverá resolução dos</p><p>problemas.</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>1</p><p>Como resumo, veja a figura a seguir.</p><p>Figura 1 - Os 5 sentidos da inspeção</p><p>Para que seja feita a inspeção, não basta apenas o uso dos 5 sentidos,</p><p>mas, acima de tudo, na inspeção é necessário exercer a proatividade, pois a</p><p>inspeção é uma busca incansável por problemas. É como se o inspetor fosse um</p><p>verdadeiro detetive das máquinas, buscando solucionar o caso do desgaste</p><p>natural. Agora deixando as comparações de lado, o inspetor deve ser um</p><p>profissional qualificado, treinado, preparado e com o perfil certo. Só assim a</p><p>inspeção terá reais chances de ser eficiente.</p><p>Além das características do inspetor, um bom planejamento das</p><p>inspeções é imprescindível. Mas antes vamos ver quais são os tipos de</p><p>inspeções que temos disponíveis.</p><p>Visão crítica:</p><p>encontrar os</p><p>problemas</p><p>Ouvido</p><p>afinado: ouvir</p><p>o certo e o</p><p>errado.</p><p>Tato técnico:</p><p>sentir os</p><p>problemas</p><p>Olfato</p><p>treinado:</p><p>auxiliar no</p><p>diagnóstico</p><p>Língua</p><p>comprometida:</p><p>comunicação</p><p>eficaz</p><p>Nome: Fábio Poli Maretto Freitas</p><p>Cpf: 166.832.087-86</p><p>CURSO DE PCM – MÓDULO 2: O Planejamento da Manutenção</p><p>ÁREA DE GESTÃO INDUSTRIAL</p><p>MODULAR CURSOS ONLINE</p><p>contato@modularcursos.com</p><p>35.847.456/0001-76</p><p>P</p><p>ág</p><p>in</p><p>a4</p><p>2</p><p>➢ Inspeção de máquina rodando: é a inspeção feita quando a máquina</p><p>está em operação, pois algumas inspeções só fazem sentido com a</p><p>máquina em operação, como vibrações e ruídos. A inspeção de máquina</p><p>rodando também é usualmente feita para observar o funcionamento</p><p>operacional da máquina, não só do ponto de vista mecânico e elétrico,</p><p>mas também do ponto de vista produtivo e de uso da máquina.</p><p>✓ Exemplo: há em uma fábrica uma esteira transportadora de lona,</p><p>onde são transportados os itens saindo do setor de solda para o</p><p>setor de pintura. Para inspecionar o estado da lona, é necessário</p><p>que a máquina esteja rodando, assim a esteira pode ir circulando,</p><p>e o inspetor pode observar toda a extensão da esteira ao passo</p><p>que ela está em movimento. Se ela estiver desligada, não será</p><p>possível ver a lona que está pela parte de baixo da esteira.</p><p>➢ Inspeção de máquina parada: é a inspeção feita quando a máquina não</p><p>está em operação, pois algumas inspeções só fazem sentido com a</p><p>máquina parada, como botões, alavancas, contatos elétricos e inspeções</p><p>de partes móveis. A inspeção de máquina parada também é muito</p><p>utilizada para garantir a segurança do trabalhador, permitindo acessar</p><p>ou observar locais impossíveis de serem verificados quando a máquina</p><p>está em operação.</p><p>✓ Exemplo: no mesmo caso da esteira de lona, se agora for desejado</p><p>que seja feito a inspeção da emenda da lona, será necessário fazer</p><p>a análise com a máquina parada para que sejam verificados</p><p>detalhadamente o estado da emenda, identificando se há alguma</p><p>ruptura, laceamento (estiramento), desgaste etc. Com a esteira</p><p>rodando, a emenda ficaria passando, e passando</p>

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