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<p>aula 6</p><p>Sujeitos do contrato de Trabalho</p><p>EMPREGADOR</p><p>TERCEIRIZAÇÃO</p><p>Conceito – a terceirização pode ser entendida como a</p><p>transferência da execução de serviços de uma empresa a</p><p>outra</p><p>Na terceirização, o empregado possui vínculo de</p><p>emprego com a prestadora, mas executa serviços para a</p><p>tomadora</p><p>A relação jurídica é triangular, existindo entre a empresa</p><p>tomadora e a prestadora um contrato regido pelas leis do</p><p>Direito Civil, de evidente prestação de serviços. Entre a</p><p>empresa prestadora e o trabalhador há um contrato de</p><p>trabalho.</p><p>Espécies: (ANTES DA LEI 13.467/2017)</p><p>• Lícita: *Trabalho temporário (lei 6019/74)</p><p>*Serviços de vigilância e transporte</p><p>de valores (lei 7102/83)</p><p>*Súm. 331,TST</p><p>Efeito: responsabilidade subsidiária</p><p>• Ilícita – atividade fim da empresa</p><p>Efeito: forma-se vínculo com a empresa</p><p>tomadora</p><p>Responsabilidade solidária.</p><p>COM O ADVENTO DA LEI 13.467/2017</p><p>A definição legal da terceirização decorre do art. 4º-A da</p><p>Lei 6.019/197, com redação dada pela Lei 13.467/2017,</p><p>consistindo na transferência feita pela contratante da</p><p>execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua</p><p>atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado</p><p>prestadora de serviços que possua capacidade</p><p>econômica compatível com a sua execução.</p><p>Como se percebe, a lei admite a terceirização ampla, ou</p><p>seja, de qualquer tipo de atividade da empresa</p><p>contratante, principal ou secundária.</p><p>Antes da reforma trabalhista, porém, à falta de</p><p>previsão legal, a jurisprudência do Tribunal</p><p>Superior do Trabalho era harmônica no sentido de</p><p>permitir a terceirização tão somente das</p><p>atividades-meio da empresa contratante, tais</p><p>como os serviços de vigilância, conservação e</p><p>limpeza (Súmula 331, III do TST).</p><p>Frise-se, portanto, que a partir da reforma</p><p>trabalhista, a terceirização pode recair sobre a</p><p>atividade principal (atividade-fim) e a atividade</p><p>secundária (atividade-meio) da empresa</p><p>contratante.</p><p>PECULIARIDADES:</p><p>• A prestadora de serviços deve, obrigatoriamente,</p><p>ser uma pessoa jurídica de direito privado,</p><p>• a qual competirá dirigir e remunerar o trabalho de</p><p>seus trabalhadores, ou subcontratar empresas para</p><p>a realização desses serviços*** (art. 4º-A, § 1º da</p><p>Lei 6.019/1974, com redação dada pela Lei</p><p>13.467/2017).</p><p>• Exclusão da possibilidade de formação de vínculo</p><p>de emprego entre a empresa contratante – a</p><p>tomadora, e os trabalhadores da prestadora de</p><p>serviços.</p><p>Obs.: QUARTEIRIZAÇÃO***</p><p>O art. 4º-B da Lei 6.019 (acréscimo pela Lei 13.429), indica os</p><p>requisitos para o funcionamento da empresa de prestação de</p><p>serviços a terceiros:</p><p>(a) prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica</p><p>(CNPJ);</p><p>(b) registro na Junta Comercial;</p><p>(c) capital social compatível com o número de empregados,</p><p>observando-se os seguintes parâmetros: (1) até dez</p><p>empregados – capital mínimo de R$ 10.000,00; (2) mais de dez</p><p>e até vinte empregados – capital mínimo de R$ 25.000,00; (3)</p><p>mais de vinte e até cinquenta empregados – capital mínimo de</p><p>R$ 45.000,00; (4) com mais de cinquenta e até cem</p><p>empregados – capital mínimo de R$ 100.000,00; (5) mais de</p><p>cem empregados – capital mínimo de R$ 250.000,00.</p><p>De acordo com o art. 5º-A (Lei 6.019, com a redação da Lei</p><p>13.429), quanto à empresa tomadora tem-se que:</p><p>(a) contratante é a pessoa física ou jurídica que celebra contrato</p><p>com empresa de prestação de serviços determinados e</p><p>específicos (art. 5º-A, caput).</p><p>A disposição legal não exige que a empresa tomadora tenha</p><p>atividade comercial distinta da realizada pela prestadora,</p><p>contudo, não é possível que se tenha o desvio da mão-de-obra</p><p>contratada, visto que é vedada à contratante a utilização dos</p><p>trabalhadores em atividades distintas daquelas que foram objeto</p><p>do contrato com a empresa prestadora de serviços (art. 5º-A, § 1º.</p><p>Essa ressalva também consta da IN 3/97. Se houver o desvio,</p><p>haverá o vínculo de emprego com a tomadora;</p><p>(b) os serviços contratados poderão ser executados nas</p><p>instalações físicas da empresa contratante ou em outro</p><p>local, de comum acordo entre as partes (art. 5º-A, § 2º).</p><p>(c) é responsabilidade da contratante garantir as</p><p>condições de segurança, higiene e salubridade dos</p><p>trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas</p><p>dependências ou local previamente convencionado em</p><p>contrato (art. 5º-A, § 3º)</p><p>Estendem-se aos trabalhadores terceirizados as</p><p>mesmas condições sanitárias, de medidas de proteção à</p><p>saúde e de segurança no trabalho e de instalações</p><p>adequadas à prestação do serviço</p><p>(d) ao contrário do trabalho temporário (art. 9º, § 2º,</p><p>Lei 6.019, com a redação dada pela Lei 13.429), a</p><p>contratante poderá estender ao trabalhador da empresa</p><p>de prestação de serviços o mesmo atendimento médico,</p><p>ambulatorial e de refeição destinado aos seus</p><p>empregados, existente nas dependências da contratante,</p><p>ou local por ela designado (art. 5º-A, § 4º).</p><p>Não é uma obrigação para a empresa tomadora e sim</p><p>uma liberalidade. Do ponto de vista do sistema de</p><p>proteção, é injustificável essa diferenciação de</p><p>tratamento entre o trabalho terceirizado e o trabalho</p><p>temporário.</p><p>Responsabilidade – subsidiária</p><p>O art. 5º-A, § 5º (Lei 6.019, com a redação dada</p><p>pela Lei 13.429), fixa a responsabilidade</p><p>subsidiária pelas obrigações trabalhistas</p><p>referentes ao período em que se beneficiou da</p><p>prestação dos serviços, sendo que o recolhimento</p><p>das contribuições previdenciárias deve observar o</p><p>art. 31, Lei 8.212/91 (retenção de 11% pela</p><p>empresa tomadora do valor bruto da nota fiscal ou</p><p>fatura de prestação de serviços).</p><p>Outras normas importantes impõem requisitos obrigatórios</p><p>para que a terceirização se dê de forma lícita:</p><p>1 – Proíbe-se que figure como prestadora de serviços a pessoa</p><p>jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito</p><p>meses, prestado serviços à contratante na qualidade de</p><p>empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto</p><p>se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. (Art. 5º-</p><p>A,Lei 6019/74 com redação dada pela Lei 13.467/2017).</p><p>Com isso, busca-se evitar fraude à relação de emprego</p><p>quando o empregado constitui pessoa jurídica para prestar os</p><p>serviços. (Pejotização* - contratação de empregados sob a</p><p>forma de pessoa jurídica)</p><p>2 - impede que o empregado demitido preste</p><p>serviços à mesma empresa na qualidade de</p><p>empregado da empresa prestadora antes do</p><p>decurso do prazo de dezoito meses de sua</p><p>demissão (arts. 5º-C e 5º-D da Lei 6.019/1974,</p><p>com redação dada pela Lei 13.467/2017).</p><p>Logo, a lei busca impedir que o empregado</p><p>seja demitido com a finalidade de ser</p><p>novamente admitido na condição de</p><p>terceirizado.</p>

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