Prévia do material em texto
<p>Sumário</p><p>Sobre a autoraSobre a autora ............................................................................. .............................................................................pág. 03pág. 03</p><p>Introdução .................................................................................... ....................................................................................pág. 04</p><p>Corionicidade, amnionicidade e zigozidade pág. 06</p><p>Como diagnosticar e classificar .............................. ..............................pág. 08</p><p>Conclusão .......................................................................................... ..........................................................................................pág. 14</p><p>Confira nosso guia e clique para ir</p><p>para a página que você quer</p><p>Sobre a autora</p><p>Larrie Laporte</p><p>Médica pela Escola Bahiana de Medicina e</p><p>Saúde Pública. Estatística pela Universidade</p><p>Salvador. Formação em pesquisa clínica</p><p>pela Harvard T.H. Chan School of Public</p><p>Health. Possui interesse em medicina</p><p>intensiva, cuidados paliativos, bioestatística</p><p>e metodologia científica.</p><p>Introdução</p><p>A importância de uma boa avaliação na gestação gemelar</p><p>A gestação gemelar é uma condição cada</p><p>vez mais comum na obstetrícia moderna.</p><p>Embora as gravidezes múltiplas sejam</p><p>um grande desafio para os profissionais</p><p>de saúde, a avaliação adequada</p><p>da corionicidade e amnionicidade é</p><p>fundamental para a gestão clínica eficaz</p><p>desses casos.</p><p>A corionicidade é determinada pelo número</p><p>de membranas coriônicas (placentas)</p><p>que envolvem os fetos em uma gravidez</p><p>múltipla. Gravidez monocoriônica significa</p><p>que todos os gêmeos compartilham</p><p>apenas uma membrana, já na gravidez</p><p>dicoriônica temos duas membranas</p><p>e na gravidez tricoriônica, temos três</p><p>membranas.</p><p>Por sua vez, a amnionicidade é o número</p><p>de âmnios (membranas internas) que</p><p>envolvem os fetos em uma gravidez</p><p>múltipla. Gravidez monoamniótica é</p><p>quando temos um âmnio, gravidez</p><p>diamniótica é quando temos dois âmnios e</p><p>gravidez triamniótica é quando temos três</p><p>âmnios.</p><p>Entender a amniocidade e corionicidade</p><p>é fundamental na gestão de gestações</p><p>gemelares porque gêmeos monocoriônicos</p><p>compartilham a mesma circulação</p><p>fetoplacentária. Isso aumenta o risco de</p><p>complicações graves como a síndrome</p><p>de transfusão feto-fetal, anemia</p><p>policitemia dos gêmeos, restrição</p><p>seletiva do crescimento fetal e perfusão</p><p>arterial reversa dos gêmeos. Além disso,</p><p>gêmeos monoamnióticos estão em risco</p><p>de enovelamento do cordão umbilical</p><p>e serem siameses. Por causa dessas</p><p>complicações, gestações monocoriônicas e</p><p>monoamnióticas são monitoradas de forma</p><p>diferente do que gestações dicoriônicas.</p><p>Para ajudar, elaboramos esse eBook, para</p><p>que sirva como um guia nessa classificação</p><p>e na melhor condução de gestações</p><p>gemelares.</p><p>Corionicidade,</p><p>amnionicidade e</p><p>zigozidade</p><p>Os pares de gêmeos dizigóticos, ou</p><p>“fraternos”, são gerados a partir da</p><p>ovulação e fertilização de dois óvulos,</p><p>resultando em duas placentas distintas e</p><p>uma placenta dicoriônica/diaminiótica.</p><p>Por outro lado, os gêmeos monozigóticos,</p><p>ou “idênticos”, surgem da ovulação e</p><p>fertilização de um único óvulo, seguida</p><p>de divisão do zigoto. A placentação é</p><p>geralmente determinada pelo momento</p><p>da divisão do óvulo. Para facilitar, confira</p><p>o esquema abaixo:</p><p>Fonte: George Nikolopoulos Clinic</p><p>Fluxograma retirado do protocolo “Rotinas Assistenciais</p><p>da Maternidade-Escola da UFRJ”</p><p>Como diagnosticar</p><p>e classificar</p><p>A corionicidade e amniocidade podem</p><p>ser determinadas com precisão por</p><p>ultrassonografia no primeiro trimestre entre</p><p>7 a 14 semanas, com uma sensibilidade</p><p>superior a 98%. A amnionicidade</p><p>especificamente pode ser estabelecida a</p><p>partir de 8 semanas.</p><p>A precisão é menor, mas ainda aceitável,</p><p>no início do segundo trimestre, com uma</p><p>sensibilidade superior a 90%. No terceiro</p><p>trimestre, a avaliação ultrassonográfica</p><p>das membranas fetais é mais difícil e</p><p>menos precisa, especialmente em casos de</p><p>oligoidrâmnio.</p><p>Primeiramente, a identificação de duas</p><p>placentas ou sacos gestacionais separados</p><p>é um indicador altamente confiável de</p><p>gêmeos dicoriônicos. É importante ressaltar</p><p>que esse parâmetro é mais útil no início</p><p>da gestação, pois as placentas separadas</p><p>podem aparecer fundidas mais tarde. No</p><p>entanto, a presença de uma única massa</p><p>placentária não é diagnóstica de uma</p><p>gravidez monocoriônica, pois placentas</p><p>separadas podem aparecer fundidas no</p><p>início da gestação. Em casos raros, uma</p><p>placenta monocoriônica com lobo bilobado</p><p>ou succenturiado pode dar a aparência de</p><p>duas placentas separadas.</p><p>Gestação gemelar dicoriônica/diamniótica com duas</p><p>placentas separadas</p><p>Fonte: Constantine, Sarah & Wilkinson, Chris. (2012). Double</p><p>Trouble: “There is NO diagnosis of twins”</p><p>Monocoriônico/monoamniótico</p><p>O diagnóstico de gêmeos monocoriônicos/</p><p>monoamnióticos é feito pela visualização de</p><p>cordões umbilicais entrelaçados em modo M,</p><p>com duas frequências cardíacas diferentes</p><p>em voltas adjacentes do cordão.</p><p>Gêmeos monocoriônicos/monoamnióticos com</p><p>emaranhamento de cordão. Fonte: Radiopaedia</p><p>Gêmeos monocoriônicos/monoamnióticos com</p><p>emaranhamento de cordão. Fonte: Radiopaedia</p><p>No início da gestação (antes de 10 semanas),</p><p>a membrana intergemelar pode ser perdida e</p><p>levar a um diagnóstico impreciso de gêmeos</p><p>monoamnióticos. A avaliação do número</p><p>de sacos vitelínicos é útil nesses casos, pois</p><p>gêmeos monoamnióticos geralmente têm</p><p>apenas um único saco vitelino.</p><p>Dicoriônico/diamniótico</p><p>Para identificar se os gêmeos são</p><p>dicoriônicos/diamnióticos, deve-se observar</p><p>a membrana intergemelar. Se houver um</p><p>sinal “lambda (λ)”, isso indica que os gêmeos</p><p>são dicoriônicos. Esse sinal é uma projeção</p><p>triangular de tecido que se estende entre</p><p>as camadas da membrana intergemelar a</p><p>partir de uma placenta dicoriônica fundida.</p><p>Esse sinal é melhor visualizado entre 10 e</p><p>14 semanas e pode desaparecer após 20</p><p>semanas de gestação.</p><p>Sinal lambda na gravidez gemelar. Fonte: Wu, T.W.J., Li, YL.</p><p>& Wong, KH. The lambda (twin peak) sign. Abdom Radiol</p><p>43, 1841 (2018)</p><p>Outra indicação de que os gêmeos são</p><p>dicoriônicos é que a membrana intergemelar</p><p>é mais espessa do que a de gestações</p><p>monocoriônicas. A membrana dicoriônica/</p><p>diamniótica consiste em quatro camadas,</p><p>enquanto a membrana intertwin em uma</p><p>gestação monocoriônica/diamniótica</p><p>Monocoriônica/diamniótica</p><p>Um saco gestacional único com dois</p><p>embriões em seu interior com a presença do</p><p>sinal “T” indica uma placenta monocoriônica/</p><p>diamniótica. Esse sinal se refere à aparência</p><p>da fina membrana entre os gêmeos</p><p>composta por dois âmnios, enquanto se</p><p>desprende da placenta em um ângulo</p><p>de 90°. O ultrassom deve ser feito entre a</p><p>16ª e a 24ª semana de gestação, usando</p><p>imagens ampliadas e de alta resolução</p><p>com a membrana perpendicular ao feixe de</p><p>ultrassom.</p><p>Sinal T e sinal lambda na gravidez gemelar. Fonte: A. Khalil</p><p>et al. ISUOG Practice Guidelines: role of ultrasound in twin</p><p>pregnancy. Ultrasound Obstet Gynecol, 47: 247-263</p><p>consiste apenas de duas camadas (apenas</p><p>âmnio). A identificação de fetos de sexo</p><p>diferente também é um meio altamente</p><p>confiável de confirmar uma gravidez</p><p>dicoriônica após o primeiro trimestre.</p><p>Embora a gestação gemelar possa ser</p><p>desafiadora para os profissionais de saúde,</p><p>um diagnóstico preciso da corionicidade</p><p>e amnionicidade pode ajudar a prevenir</p><p>complicações e a tomar decisões</p><p>informadas sobre o manejo clínico.</p><p>É importante que os obstetras e</p><p>outros profissionais de saúde estejam</p><p>familiarizados com as opções de</p><p>diagnóstico disponíveis e saibam como</p><p>interpretar os resultados para fornecer o</p><p>melhor cuidado possível aos pacientes.</p><p>Esperamos que este ebook tenha sido útil</p><p>para aqueles que trabalham com gestação</p><p>gemelar, fornecendo informações valiosas</p><p>sobre diagnóstico e manejo.</p><p>Conclusão</p><p>A Pós-Graduação em Ultrassonografia</p><p>Obstétrica, Morfológica e Doppler do Cetrus</p><p>tem como foco proporcionar conhecimento</p><p>teórico-prático aprofundado na área,</p><p>com</p><p>ampla carga prática e atendimento a</p><p>Ganhe autonomia para fazer estas</p><p>e outras classificações!</p><p>Clique aqui e saiba mais!</p><p>pacientes reais. Só nesse curso você:</p><p>• Prática as técnicas aprendidas em hands</p><p>on em pacientes reais</p><p>• Acompanha suas pacientes até o final do</p><p>curso</p><p>• Tem a oportunidade de realizar os exames</p><p>diversas vezes ao longo dos módulo,</p><p>fixando melhor o aprendizado e ganhando</p><p>autonomia e segurança</p><p>Saiba mais em nosso site</p><p>www.cetrus.com.br</p>