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tecnica da produção de feno para produção de leite

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<p>TÉCNICAS DE FENAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE LEITE</p><p>Magno José Duarte Cândido1</p><p>José Antonio Alves Cutrim Junior2</p><p>Rodrigo Gregório da Silva2</p><p>Rebeca Magda da Silva Aquino3</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A estacionalidade na produção de forragem é uma realidade recorrente em todos os</p><p>sistemas de produção animal em pastejo, trazendo sérios prejuízos para o produtor com o</p><p>fenômeno da safra e entressafra. Na maior parte do Nordeste do Brasil, esse fato é</p><p>agravado pela curta estação chuvosa, em média de quatro meses, havendo escassez de</p><p>forragem no restante do ano. Para minimizar tais problemas há a necessidade de se</p><p>conservar forragem para a época da seca, na forma de feno ou silagem. A produção de</p><p>feno no Nordeste, por meio da técnica da fenação, apresenta grande potencial, devido à</p><p>sua alta insolação, altas temperaturas e umidade relativa do ar baixa nessa região.</p><p>A fenação constitui-se em uma das alternativas recomendáveis, especialmente pela</p><p>possibilidade de estar associada ao programa de manejo das pastagens, aproveitando para</p><p>fenar o excedente de pasto produzido no período das águas.</p><p>A fenação ocupa importante papel no manejo das pastagens, permitindo o</p><p>aproveitamento dos excedentes de forragem ocorridos em períodos de crescimento</p><p>acelerado de forrageiras, visto que alterações da carga animal são geralmente difíceis de</p><p>serem realizadas.</p><p>O princípio básico da fenação resume-se na conservação do valor nutritivo da</p><p>forragem através da rápida desidratação, uma vez que a atividade respiratória das plantas,</p><p>bem como a dos microrganismos é paralisada. Assim, a qualidade do feno está associada a</p><p>fatores relacionados com as plantas que serão fenadas, às condições climáticas ocorrentes</p><p>durante a secagem e ao sistema de armazenamento empregado (REIS et al., 2001)</p><p>A fenação é uma técnica de conservação de forragens extremamente versátil, pois</p><p>desde que o feno seja armazenado adequadamente, apresenta as seguintes vantagens: pode</p><p>ser armazenado por longos períodos com pequenas alterações no valor nutritivo, grande</p><p>número de espécies forrageiras podem ser usadas no processo, pode ser produzido e</p><p>utilizado em grande e pequena escala, pode ser colhido armazenado e fornecido aos</p><p>animais manualmente ou num processo inteiramente mecanizado e pode atender o</p><p>1 Prof. Adjunto, Departamento de Zootecnia/UFC. Pesquisador do CNPq. E-mail: mjdcandido@gmail.com</p><p>2 Doutorando do Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia-PDIZ/UFC/UFPB/UFRPE</p><p>3 Graduanda do curso de Zootecnia da UFC.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>2</p><p>requerimento nutricional de diferentes categorias animais (Reis et al., 2001). Como</p><p>desvantagens podemos citar: o elevado custo de aquisição de máquinas adequadas e</p><p>elevado custo com mão-de-obra por quilo de feno produzido em pequenas propriedades.</p><p>O feno pode ser definido como a forragem que sofreu processo de desidratação até</p><p>atingir o teor de umidade que permite se manter estável nas condições ambientais. O teor</p><p>de umidade normalmente está na faixa de 10 a 20%, o que, na prática significa estar em</p><p>equilíbrio com a umidade relativa do ar. A conservação de forragens na forma de feno</p><p>depende da prevenção dos processos biológicos, tais como crescimento de fungos e</p><p>fermentação, em razão da baixa quantidade de água disponível.</p><p>2. FORRAGEIRAS INDICADAS PARA FENAÇÃO</p><p>Para escolha da planta a ser fenada devemos levar em consideração a sua</p><p>produtividade, tolerância ao corte, capacidade de rebrotação, qualidade, além da facilidade</p><p>de secagem (GOMIDE, 1980).</p><p>Ao escolher a forrageira a ser fenada, deve-se observar a sua composição químico-</p><p>bromatológica, destacando-se os teores de fósforo, cálcio e a digestibilidade da matéria</p><p>seca. O valor nutritivo varia com a espécie botânica, idade da planta, fertilidade do solo.</p><p>Em geral, as leguminosas são mais ricas em proteína e cálcio que as gramíneas. À medida</p><p>que a planta se desenvolve, ocorre redução do valor nutritivo em função da diminuição das</p><p>percentagens de proteína, fósforo, digestibilidade e consequentemente, do consumo. A</p><p>influência da fertilidade do solo reflete-se nos teores de proteína, fósforo, potássio,</p><p>digestibilidade e consumo, sendo importante a sua manutenção que, além disso, garante</p><p>maior produtividade por unidade de área.</p><p>Algumas plantas dificultam o trabalho da segadeira, devido às suas características</p><p>estruturais, ou ao seu hábito de crescimento. Neste caso, são mais fáceis de serem cortadas</p><p>as plantas cespitosas, quando comparadas às estoloníferas e decumbentes. No entanto, a</p><p>maioria dos capins cespitosos é mais vulnerável ao corte rente ao solo, sendo uma das</p><p>principais exceções o capim-elefante, que possui rizomas (colmos subterrâneos com</p><p>gemas viáveis).</p><p>O potencial de produção talvez seja o fator mais importante a ser considerado na</p><p>escolha da espécie forrageira. Esse fato pode ter influência na diminuição dos custos de</p><p>produção, visto que na mesma área pode-se obter uma maior quantidade de feno.</p><p>A facilidade de secagem é influenciada pela relação folha/haste, cerosidade das</p><p>folhas, teor de umidade ao tempo de corte, número e abertura dos estômatos. Em geral,</p><p>forrageiras mais folhosas são mais fáceis de serem fenadas. No entanto, quando não é</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>3</p><p>possível a utilização destas, a solução para uma rápida secagem consiste no uso de</p><p>segadeira condicionadora.</p><p>A rebrotação depende das condições de fertilidade e umidade do solo, bem como do</p><p>grau de tolerância das forrageiras ao corte. Um fator de extrema importância na</p><p>determinação da capacidade de rebrotação refere-se à precocidade do alongamento do</p><p>caule da forrageira (gramínea), que é dado pela elevação do meristema apical acima do</p><p>solo, tornando-se exposto à eliminação. Gramíneas cespitosas, que têm elevação rápida do</p><p>meristema apical, têm menor velocidade de rebrotação após o corte, isto é, em relação a</p><p>gramíneas estoloníferas, porém mais fáceis de serem cortadas.</p><p>Atualmente é possível fenar todo tipo de forrageira, bastando para isso utilizar</p><p>métodos e equipamentos adequados ao processamento da planta, embora algumas espécies</p><p>forrageiras apresentem maior facilidade, principalmente quanto à velocidade de</p><p>desidratação, atingindo o ponto de feno mais rapidamente e expondo a forragem a menos</p><p>risco de perdas.</p><p>O feno de gramíneas tropicais é geralmente inadequado como única fonte de</p><p>alimento para suprir os requerimentos nutricionais de manutenção exigidos pelos animais.</p><p>Todavia, algumas espécies dos gêneros Pennisetum (capim-elefante), Panicum (tanzânia,</p><p>mombaça, aruana, colonião etc.), Cynodon (tifton-85, coast-cross etc.), Cenchrus (capim-</p><p>búffel), quando desenvolvidas em boas condições de fertilidade e manejo, oferecem</p><p>oportunidades para confecção de feno de qualidade aceitável.</p><p>Segundo Lima e Maciel (1996) citados por Paz et al.(2000) e Camurça et al. (2002),</p><p>o capim-elefante pode ser considerado uma importante forrageira na produção de</p><p>volumoso para pecuária no Semi-Árido Brasileiro. Tal fato deve-se ao seu alto potencial</p><p>produtivo quando manejado intensivamente e à sua adaptabilidade a amplas condições de</p><p>fertilidade e de umidade no solo (excetuando-se condições de encharcamento).</p><p>Várias são as forrageiras passível de serem fenadas, as mais adequadas são: capim-</p><p>rhodes, estrela africana, coast cross, tifton-85, jaraguá, pangola, colonião, tanzânia, buffel,</p><p>kikuio, capim-elefante, braquiárias entre outras que podem ser cultivadas para este fim.</p><p>Ainda podemos citar a soja perene, feijão-guandu, centrosema, alfafa, leucena, maniçoba,</p><p>parte aérea da mandioca, sabiá e mata-pasto e diversas outras plantas da Caatinga (ver</p><p>Tabela 4).</p><p>3. O PROCESSO DE FENAÇÃO</p><p>O processo de fenação, tradicionalmente, abrange três etapas principais: corte,</p><p>Nacional dos Estudantes de</p><p>Zootecnia. Anais... PEREIRA, A.L. et al (eds). Viçosa – MG: Associação Mineira dos</p><p>Estudantes de Zootecnia, 63-92p, 1998.</p><p>RAYMOND, F., SHEPPERSON, G., WALTHAM, R. Forage Conservation and</p><p>Feeding. Farming Press Limited. Wharfedale Road Ipswich, Sulfolk. 3º ed. 208 p. 1991.</p><p>REIS, R. A. Processamento e Conservação de Fenos. Workshop sobre o potencial</p><p>forrageiro do gênero Cynodon, 1996, Juiz de Fora. Anais...Juiz de Fora : EMBRAPA-</p><p>CNPGL, 1996. p. 57-68.</p><p>REIS, R. P. Como calcular o custo de produção. Lavras: Bioex-café, 1999. 15 p.</p><p>(Informativo Técnico do Café, 3).</p><p>REIS, R.A., MOREIRA, A.L., PEDREIRA, M.S. Técnicas para produção e conservação de</p><p>fenos de forrageiras de alta qualidade. In: Simpósio Sobre Produção e Utilização de</p><p>Forragens Conservadas. Anais do Simpósio Sobre Produção e Utilização de Forragens</p><p>Conservadas. JOBIM, C. C.; CECATO,U.; DAMASCENO, J. C.; SANTOS, G. T. dos.</p><p>(eds) – Maringá : UEM/CCA/DZO, 2001. 319P.</p><p>ROTZ, C. A.; MUCH, R. E. Change in forage quality during harnest and storage. In:</p><p>FORAGE quality, evaluation, and utilization. Madison: ASA/CSSA, 1994. p. 828-868.</p><p>SBZ; A produção animal na visão dos Brasileiros / Wilson Roberto Soares Matos et al.;</p><p>Piracicaba – SP; FEALQ, 2001, 927p.</p><p>SIMPÓSIO SOBRE NUTRIÇÃO DE BOVINOS. Anais: alimentação suplementar /</p><p>Aristeu Mendes Peixoto et al.; Piracicaba – SP : FEALQ, 1999. 195p.</p><p>SOUZA, L. de S. Fenação. UFV, Viçosa – MG. 19p. 2000.</p><p>VAN SOEST, P.J. Nutritional ecology of the ruminant, ed., New York: Cornell</p><p>University Press, 476p. 1994.</p><p>VILELA, H. Feno e Fenação. Disponível em: . (s/d) Acessado em 15/03/2008.</p><p>ZANINE, M. A; DINIZ, D. Qualidade, conservação, método de cura, relação folha:colmo</p><p>e consumo de feno de gramíneas tropicais. Revista Electrónica de Veterinária-</p><p>REDVET, ISSN 1695-7504, Vol. VII, nº 10, 2006.</p><p>desidratação ou secagem e armazenamento. Em cada etapa deve-se adotar procedimento</p><p>user</p><p>Realce</p><p>4</p><p>correto, em função do tipo de maquinário utilizado, da espécie forrageira e das condições</p><p>climáticas, para que o feno produzido apresente qualidade satisfatória. O processo consiste</p><p>basicamente na desidratação da forragem verde com 65- 85% de umidade para 10 a 20%.</p><p>A desidratação é mais acentuada logo após o corte, diminuindo à medida que atinge</p><p>valores abaixo de 65% de umidade, até atingir o ponto ideal. A rapidez com que o ponto</p><p>de feno é obtido concorre para menores perdas de princípios nutritivos nesta fase.</p><p>3.1. Corte da Forragem</p><p>O período mais indicado para prática da fenação é a estação das águas, isto é, de</p><p>Fevereiro a Maio, no caso do Ceará, ou o ano todo, quando houver possibilidade de</p><p>irrigação. Com o solo úmido (devido à chuva ou ao uso da irrigação), as forrageiras</p><p>apresentam uma elevada concentração de nutrientes, além de um bom rendimento de</p><p>forragem. Isso ocorre geralmente ainda no estádio vegetativo, quando é maior a proporção</p><p>de folhas, a porção mais nutritiva da planta (PAZ et al., 2000).</p><p>A produção acumulada de matéria seca cresce com a idade da planta enquanto, o</p><p>valor nutritivo decresce quando a planta passa da fase de crescimento vegetativo para</p><p>reprodutivo. Cortes no início da fase de crescimento vegetativo trariam como</p><p>desvantagens, menor rendimento forrageiro e ainda alto teor de umidade da forrageira,</p><p>Cortes durante a fase de crescimento reprodutivo teriam como desvantagens, maior</p><p>lignificação das células e menor digestibilidade da proteína e energia. A época ideal de</p><p>corte seria aquela em que a forrageira estaria com o maior equilíbrio entre quantidade e</p><p>qualidade. Portanto esta época não pode ser definida em termos somente de crescimento</p><p>ou de datas de cortes pré-fixadas, mas sim em períodos de descanso da cultura, condições</p><p>locais do meio, aspectos econômicos, etc. Convém, portanto, enfatizar que a qualidade da</p><p>forragem à época do corte é de importância primária na qualidade do feno.</p><p>A ocorrência de chuva é o fator mais prejudicial à produção de feno. Resulta em</p><p>maior tempo de permanência da forragem no campo, em prejuízo à qualidade do feno e</p><p>em maiores riscos de perdas totais. Este fato determina a necessidade de o produtor</p><p>manter-se atento à previsão do tempo e às primeiras indicações de mudanças tomar as</p><p>providências adequadas para proteger o feno.</p><p>Ao estabelecer o manejo de corte, deve-se também levar em conta as condições que</p><p>asseguram a persistência da forrageira, tais como a freqüência e a altura de corte.</p><p>As plantas forrageiras têm características morfofisiológicas que demandam</p><p>diferentes alturas de corte. De maneira geral, os capins de crescimento prostrado como</p><p>aqueles dos gêneros Brachiaria e Digitaria podem ser cortados de 10 a 15 cm, do gênero</p><p>5</p><p>Cynodon de 5 a 10 cm (Figura 1), enquanto que plantas de crescimento ereto como Avena,</p><p>Hyparrhenia, Panicum e Pennisetum as alturas de corte são de 10 a 20 cm. Em termos de</p><p>leguminosas, a altura de corte normalmente utiliza-se 8 a 10 cm do nível do solo. Outro</p><p>parâmetro fisiológico que pode ser utilizado facilmente para determinar o momento de</p><p>corte é a contagem do número de folhas vivas/perfilho ou mesmo o número de entrenós da</p><p>planta. Para o capim-tifton 85, em condições de Nordeste e adubado com nitrogênio na</p><p>dose equivalente a 600 kg/ha x ano, irrigado em sistema de baixa pressão, preconiza-se o</p><p>corte quando a planta atingir entre 8,5 e 10,5 folhas vivas/perfilho. Para o capim-elefante,</p><p>recebendo a mesma dose de nitrogênio e na mesma região, é possível utilizá-lo para feno</p><p>quando apresentar entre 8 e 10 entrenós.</p><p>Figura 1 - Altura do capim-tifton 85 no momento do corte (esquerda), após o corte (direita ) e altura de corte do capim-</p><p>elefante (abaixo). Fotos: Cutrim Junior.</p><p>É possível ainda fazer o uso da altura, em conjunto com outras variáveis, para</p><p>determinar o momento do corte. O capim-tifton 85, deve apresentar entre 45 a 50cm de</p><p>altura (Figura 1) no momento do corte para alcançar rendimentos satisfatórios, o que</p><p>corresponde ao intervalo do número de folhas vivas/perfilho preconizado. Acima desse</p><p>1,80 cm</p><p>6</p><p>valor é possível se observar diminuição no valor nutritivo, devido à diminuição na relação</p><p>folha/haste que se acentua com o alongamento das hastes. Para o capim-elefante,</p><p>verificou-se altura uma altura média de corte de 1,80cm, o que corresponde ao intervalo</p><p>do número de entrenós preconizado (Figura 1).</p><p>As condições ambientais estão ligadas ao momento do corte. É importante realizar os</p><p>cortes em dias ensolarados, pouca nebulosidade, baixa umidade relativa do ar, ocorrência</p><p>de ventos e temperaturas elevadas.</p><p>O corte pode ser manual ou mecânico e, deve ser feito nas primeiras horas da manhã,</p><p>após o orvalho, pois facilita o corte e possibilita maior desidratação ao final do dia. Caso a</p><p>planta ainda contenha o orvalho no momento do corte, haverá um acúmulo de água na</p><p>massa depositada sobre o solo, requerendo um maior número de revolvimento mecânico</p><p>necessário a secagem, que por sua vez aumentará os custos com mão-de-obra e</p><p>hora/máquina. (Souza, 2000). A quantidade de material a ser cortado depende da</p><p>capacidade de processamento, observada a disponibilidade de máquina e/ou mão-de-obra.</p><p>O corte manual pode ser feito empregando-se alfange, foice ou roçadeira costal</p><p>(Figuras 1 e 2, respectivamente).</p><p>Figura 2 - Corte do capim-tifton 85 usando roçadeira costal. Foto: Cutrim Junior.</p><p>O corte mecânico propriamente dito é feito com segadeira de barra, segadeira de</p><p>tambor, segadeira condicionadora ou colhedeira de forragem. Cada maquinário tem altura</p><p>de corte regulável, largura de corte variável de acordo com o modelo e rendimento.</p><p>Pereira (1998) relatou que quando se trabalha com uma forrageira com alta relação</p><p>folha/haste (ex.: Brachiaria, Tanzânia), ou colmos mais grossos (ex.: capim-elefante), é</p><p>adequado o uso de segadeira de barra ou condicionadora para promover secagem mais</p><p>rápida e uniforme, reduzindo os riscos de perda.</p><p>7</p><p>Por muitos anos, as segadeiras de barra têm sido utilizadas, principalmente pôr</p><p>serem máquinas simples e baratas. A desvantagem desse equipamento é que apresenta</p><p>baixa velocidade de operação além de promover dilaceração do caule, o que prejudica a</p><p>rebrotação das plantas, reduzindo a persistência do dossel (ROTZ, 2001).</p><p>As segadeiras de disco giratório (Figura 3) desenvolvem maior velocidade, sendo</p><p>que o seu desempenho é limitado pela habilidade do operador. A desvantagem desta</p><p>máquina é o seu alto custo de operação, pois requer quatro vezes mais potência para</p><p>operação. Portanto, um trator mais potente deve ser utilizado e mais combustível pode ser</p><p>consumido. Por outro lado, com o trabalho desenvolvido em maior velocidade tem-se</p><p>menor tempo de operação e de utilização do trator.</p><p>Figura 3 - Segadeira de disco em operação. Fotos: Ferreira (2006).</p><p>Segadeiras com tambores giratórios apresentam algumas desvantagens comparadas</p><p>às demais, pois requer duas vezes mais potência comparada com as de disco. Além disto,</p><p>em decorrência do corte desuniforme, tem-se secagem heterogênea nas leiras.</p><p>Mini-tratores com lâminas frontais (Figura 4) também podem ser utilizados para o</p><p>corte da forrageira. Eles apresentam um elevado rendimento, fácil manuseio e baixo custo</p><p>operacional, promovendo um corte uniforme e um espalhamento da forragem em toda</p><p>área, facilitando a secagem.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>8</p><p>Figura 4 - Mini-trator com lâmina frontal em operação na unidade demonstrativa de produção de feno do</p><p>Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura–NEEF (projeto financiado pelo FUNDECI/BNB). Foto:</p><p>Cutrim Junior.</p><p>Outro tipo de implemento que pode ser empregado é a colhedeira de forragem tipo</p><p>"faca-boba", principalmente quando</p><p>vai fenar leguminosas ou gramíneas de talos grossos,</p><p>porque dilacera os talos, colmos e folhas, permitindo uma desidratação mais rápida e</p><p>uniforme. O inconveniente na utilização desta máquina é que os colmos das gramíneas que</p><p>permanecem nas touceiras ficam rachados, comprometendo a rebrotação futura sendo,</p><p>portanto recomendado o uso desta máquina apenas uma vez ao ano.</p><p>Uma avaliação geral evidencia que nenhum dos tipos de segadeira apresenta uma</p><p>vantagem acentuada sobre outra, portanto qualquer delas pode ser usada na fenação, sendo</p><p>o fator de decisão o custo de aquisição e manutenção das mesmas (ROTZ, 2001).</p><p>3.2. Secagem</p><p>Esta fase implica na evaporação de grande quantidade de água - duas a três toneladas</p><p>de água para cada tonelada de feno produzido, no menor tempo possível. As condições</p><p>ambientais que favorecem a secagem são: dias ensolarados, pouca nebulosidade, baixa</p><p>umidade relativa do ar, ocorrência de ventos e temperaturas elevadas. O processo de</p><p>secagem a campo pode ser dividido em três fases (Figura 5):</p><p>• 1ª Fase – Inicia-se após o corte e espalhamento da planta forrageira no campo.</p><p>Normalmente esta fase é rápida e envolve intensa perda de água. Nesta fase, os</p><p>estômatos permanecem abertos, (cerca de duas a três horas), após o corte. E o teor de</p><p>umidade que se encontra em torno de 70 a 90%, cai ficando em uma faixa de 60 a</p><p>65%.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>9</p><p>• 2ª Fase – Nesta fase a perda de água é mais lenta e o teor de umidade, no qual se</p><p>encontra em torno de 60 a 65%, cai para uma faixa de 45% de umidade. Os estômatos</p><p>já se encontram fechados e a perda de água ocorre via cutícula foliar.</p><p>Figura 5 - Curva de secagem de plantas forrageiras em condições ambientais uniformes (Jones e Harris,</p><p>1979, citados por REIS et al., 2001).</p><p>• 3ª Fase - Inicia-se quando a planta apresenta cerca de 45% de umidade. É o momento</p><p>em que a planta é mais susceptível às condições climáticas (Moser, 1995), observando-</p><p>se maiores perdas na qualidade do material fenado quando há grandes oscilações</p><p>climáticas (chuvas, aumento da umidade do ar). É nesta fase que a forragem torna-se</p><p>mais susceptível aos danos causados pelo processamento, onde as folhas apresentam-</p><p>se mais quebradiças, com o caule apresentando alto teor de umidade. Nesta fase, a</p><p>perda de umidade ocorre através da plasmólise celular, até atingir o ponto definido do</p><p>feno que é em torno de 15 a 20% de umidade.</p><p>A taxa de secagem é favorecida pela presença de maior proporção de folhas e de</p><p>caules finos. O adequado processamento da forragem, espalhamento, viragem e</p><p>enleiramento, contribuem para acelerar e uniformizar a desidratação da planta. Nessas</p><p>condições e com tempo bom, dois ou três dias serão suficientes para se produzir um feno</p><p>de boa qualidade, desde que a forrageira seja colhida no momento ideal.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>10</p><p>As folhas perdem água mais rapidamente que o caule ou partes grossas da planta,</p><p>atingindo o ponto de feno primeiro. A partir deste ponto é recomendável que a forragem</p><p>seja mantida enleirada, para se obter uma secagem uniforme.</p><p>O ritmo de desidratação a campo pode ser acelerado de três a quatro vezes, nas</p><p>etapas iniciais, se a forragem for submetida a tratamento para afofar e virar, permitindo a</p><p>entrada de ar, vento e raios solares, reduzindo à quantidades mínimas as perdas nesta fase.</p><p>Na secagem da forragem colhida, o conteúdo de umidade da planta, em geral</p><p>variando de 75% a 80% no momento do corte, deve ser reduzido para níveis inferiores a</p><p>20%, no ponto de feno. Isso implica a evaporação de grande quantidade de água, duas a</p><p>três toneladas de água para cada tonelada de feno produzido, no menor tempo possível.</p><p>Em forragens com maior quantidade de colmo a picagem é fundamental para</p><p>facilitar a desidratação da planta (Figura 6). Deve ser feita em máquina picadeira</p><p>adequada, com lâminas devidamente afiadas para proporcionar um tamanho de partícula</p><p>ideal (entre 2,5 e 3,0 cm) tanto para a secagem quanto para otimizar os processos de</p><p>ruminação do animal. O material picado deve ser colocado sobre uma lona plástica</p><p>(Figura 7) ou solários de cimento liso em camadas não superiores a 10 cm, virando sempre</p><p>que possível.</p><p>Figura 6 - Picagem do capim-elefante para facilitar a desidratação. Foto: Cutrim Junior.</p><p>A viragem do material dever iniciar logo após o corte e, ser repetida tantas vezes</p><p>quanto possível. Pode ser feita manualmente ou com o uso de ancinhos de tração mecânica</p><p>de vários tipos que, dependendo da regulagem, podem realizar também as práticas de</p><p>enleiramento e espalhamento.</p><p>11</p><p>Figura 7 - Reviragens do capim-tifton 85 (esquerda) e capim-elefante (direita) para alcançar o ponto de feno.</p><p>Fotos: Cutrim Junior.</p><p>Se o material permanecer no campo por mais de um dia, este deverá ser enleirado à</p><p>tarde e esparramado no dia seguinte, evitando assim o efeito do orvalho e melhorando</p><p>homogeneidade da desidratação.</p><p>Ocorrendo chuva durante o dia, o material também deverá estar enleirado, voltando</p><p>ao processo de viragens após enxugar os espaços entre as leiras, onde o material é</p><p>espalhado novamente. O maior número de reviragens no dia acelera o processo de</p><p>desidratação, fazendo com que a forragem passe um menor tempo no campo secando.</p><p>No instante do corte, a forragem contém aproximadamente 85% de umidade. Com as</p><p>sucessivas viragens e afofamentos, ela vai sendo secada, até atingir 12-15% de umidade,</p><p>que é o chamado "ponto de feno". A determinação do ponto de feno pode ser feita por</p><p>equipamentos adequados ou por maneiras práticas, sendo que a umidade final deverá estar</p><p>entre 10 e 20%. Dentre as maneiras práticas de verificação podemos citar o processo de</p><p>torcer um feixe de forragem e observar: se surgir umidade e, ao soltar, o material voltar à</p><p>posição inicial rapidamente, ainda não está no ponto; se houver rompimento das hastes,</p><p>passou do ponto e, se não eliminar umidade e, ao soltar o material voltar lentamente à</p><p>posição inicial, sem rompimento de hastes, está no ponto. Com a prática, pelo tato e cor, a</p><p>pessoa identifica o ponto do feno. Deve-se também cravar a unha nos nós dos talos, de</p><p>onde saem as folhas: o nó deve apresentar consistência de farinha, sem umidade. Nesse</p><p>ponto, o feno já está pronto, restando enfardá-lo e armazená-lo em local ventilado, a salvo</p><p>da chuva. Em caso de plantas que precisam ser picadas antes de serem desidratadas, o</p><p>ponto de feno é dado esfregando-se um pouco do material entre as mãos e caso este se</p><p>desprenda facilmente da palma da mão, temos ai o momento em que o feno deve ser</p><p>ensacado.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>12</p><p>A umidade ao final da desidratação é responsável pelo êxito ou fracasso da fenação</p><p>e, em alguns casos quando em excesso, ocorre também grande elevação de temperatura</p><p>que pode chegar até a combustão.</p><p>A desidratação da forragem se processa até que a umidade do feno entre em</p><p>equilíbrio com a umidade do ar, conforme a Tabela 1.</p><p>Tabela 1 - Relações entre umidade relativa do ar e a umidade de equilíbrio do feno</p><p>Umidade relativa do ar (%) Umidade do feno (%)</p><p>95 35,0</p><p>90 30,0</p><p>80 21,5</p><p>77 20,0</p><p>70 16,0</p><p>60 12,5</p><p>Fonte: Raymond et al., 1991.</p><p>A umidade relativa do ar varia durante o dia, sendo menor à tarde e elevada à noite,</p><p>pelo que se justifica manter a forragem com baixa umidade, enleirado-a a noite e</p><p>removendo as leiras durante o dia. O enleiramento durante a noite evita o re-</p><p>umedecimento.</p><p>A desidratação final é feita em pequenas leiras, proporcionando a obtenção da</p><p>umidade desejada mais uniformemente e facilitando o recolhimento do material pelas</p><p>enfardadeiras.</p><p>3.3. Armazenamento</p><p>O feno pode ser armazenado, solto ou enfardado em locais ventilados e livres de</p><p>umidade. Podem ser aproveitadas as construções já existentes ou construir galpões rústicos</p><p>no campo, levando-se em consideração as facilidades encontradas na propriedade e o</p><p>tempo que o feno deverá permanecer armazenado. As formas de armazenamento mais</p><p>comuns são o armazenamento solto (medas) e em forma de fardos.</p><p>No armazenamento solto, o feno é levado a galpões reservados para este fim ou para</p><p>as chamadas "medas", que são montes de feno organizados no próprio campo de produção,</p><p>forma de armazenamento mais indicada para criações extensivas ou semi-extensivas.</p><p>Escolhido um local nivelado, coloca-se o mastro ou tutor; marca-se uma</p><p>circunferência de acordo com a área da base ao redor deste tutor e, inicia-se a colocação</p><p>do feno em camadas bem compactadas, abrindo o diâmetro até 2/3 da altura, voltando a</p><p>13</p><p>fechar a partir daí até ao topo da meda, onde deverá ser feita uma espécie de chapéu de</p><p>sapé, lona plástica ou similares, que evite a penetração de água das chuvas.</p><p>Uma vez pronta a meda, o acesso dos animais à esta deve ser impedido por cercas,</p><p>para permitir o consumo somente no momento oportuno.</p><p>É necessário construir uma pequena canaleta ao redor da meda, para proteção contra</p><p>as enxurradas. Para melhor estabilidade da meda, recomenda-se construí-la com altura</p><p>equivalente, no máximo, a uma vez e meia do diâmetro da base. De maneira geral, as</p><p>medas têm por diâmetro da base entre 4 a 6 metros, altura de 6 a 9 metros e capacidade de</p><p>6 a 12 toneladas.</p><p>Como principais vantagens deste sistema, podemos citar o menor custo no</p><p>armazenamento; não necessita de abrigos, reduz o transporte e tem fácil cesso para o gado.</p><p>As desvantagens são as perdas por lavagem, contribuindo para um menor valor</p><p>nutritivo e também, ocorrem desperdícios pelos animais no momento da utilização.</p><p>Na forma de fardos, o armazenamento pode ser feito em galpões especiais ou a</p><p>campo, cobertos com lona ou sapé. O material enfardado ocupa menor espaço, tem melhor</p><p>conservação, facilita o transporte e possibilita o controle da disponibilidade de feno.Este</p><p>método requer enfardadeira que pode ser manual ou mecânica, arame ou cordão</p><p>apropriado para amarrio, sendo, portanto, mais caro e trabalhoso do que o armazenamento</p><p>do feno solto.</p><p>O enfardamento pode ser feito de forma manual ou mecânica automática. O</p><p>enfardamento manual é feito utilizando-se enfardadeiras que usam o sistema de prensa</p><p>manual diferenciado, que reduz consideravelmente o esforço do operador durante a</p><p>produção dos fardos. Tal equipamento produz fardos de 13 a 15 kg medindo 40cm de</p><p>altura, 45cm de largura e 65cm de comprimento (Figura 8), tendo uma produção média de</p><p>100 fardos por dia com o uso de 3 operadores.</p><p>As enfardadeiras mecânicas automáticas captam a forragem enleirada, fazem a</p><p>prensagem dos fardos em dimensões variáveis. As enfardadoras podem ser classificadas</p><p>em convencionais ou prensas-enfardadoras, que produzem fardos prismáticos com</p><p>dimensões de 40 a 60 cm de largura x 30 a 40 cm de altura x 50 a 130 cm de</p><p>comprimento, ou ainda rotoenfardadoras, que produzem fardos cilíndricos com largura de</p><p>1,50 m a 1,70 m e diâmetro de 1,60 m a 1,80 m (Boller, 2002). Em 1 m³ de feno</p><p>corretamente enfardado, armazenam-se aproximadamente 90-100 kg de material.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>14</p><p>Figura 8 - Produção de fardos de feno de capim-tifton 85 feito com enfardadeira manual. Fotos: Cutrim</p><p>Junior.</p><p>Uma forma alternativa para enfardamento do feno é o uso da prensa manual de</p><p>madeira para fenação, idealizada e desenvolvida na Embrapa Tabuleiros Costeiros</p><p>(Figura 9). Essa prensa pode ser construída com a própria madeira já existente em todas as</p><p>propriedades rurais, o que sem dúvida, onera menos ainda a sua fabricação, aliado ao fato</p><p>de ser tarefa de fácil execução.</p><p>Figura 9 - Produção de fardos de feno feito com prensa manual. (Fotos: Embrapa Tabuleiros Costeiros).</p><p>Os fardos prensados pesam de 13 a 15 kg e pode ser prensado por qualquer</p><p>trabalhador dentro da propriedade e apenas um homem pode confeccionar</p><p>aproximadamente 150 fardos por dia.</p><p>Seu custo é barato se comparado com a prensa confeccionada em ferro. Em caso de</p><p>ser construída dentro da propriedade a mesma se tornará barata, acessível e sem</p><p>15</p><p>dificuldade alguma na sua construção. A prensa é de grande utilidade ao pequeno produtor</p><p>rural, pois minimiza os problemas gerados pela seca, que tanto prejudica ao mesmo em</p><p>seu labor, pois o armazenamento de alimentos volumosos é indispensável para atravessar</p><p>o período seco.</p><p>Uma outra forma de armazenamento é feita em sacos de sarrapilho, prática muito</p><p>usada para armazenar fenos que são previamente picados para facilitar o processo de</p><p>secagem, haja vista a dificuldade de enfardar tal material. Esses sacos são colocados sobre</p><p>estrados que podem ficar em diversos locais (fenil), sendo preferível próximo ao local de</p><p>fornecimento aos animais (Foto 10). O ensacamento torna-se um método mais prático e</p><p>menos oneroso, mas apresenta uma maior dificuldade de acomodação e maiores perdas</p><p>armazenados por longo período.</p><p>Figura 10 - Sacos de feno armazenados no paiol do Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura – NEEF</p><p>Fotos: Cutrim Junior.</p><p>Quando comparado com a silagem o feno apresenta como vantagens uma maior</p><p>versatilidade de armazenamento, transporte e comercialização e como desvantagens baixa</p><p>densidade (106 kg MS/m³ do feno e 148 kg MS/m³ da silagem) e uso de muito maquinário</p><p>quando em grande escala.</p><p>Segue abaixo um exemplo de cálculo de uma área necessária para armazenar fardos</p><p>de feno de capim-tifton 85 produzidos em uma área de 1250 m² com uma produção de</p><p>529 kg MS e perda de 10% no processo de fenação, assim como o número de ovinos a</p><p>serem alimentados com tal produção:</p><p>Produção = 529 kg MS – 10% = 476 kg feno ÷ 13,5 kg/fardo = 35 fardos</p><p>Área do galpão: 476 kg MS de feno ÷ 106 kg MS/m³ = 4,5 m³</p><p>Rebanho:</p><p>Consumo = 4% Peso Vivo (PV) = 0,04</p><p>1 ovino 25 kg PV x 0,04: Consumo = 1,0 kg/dia</p><p>1,0 kg/dia de feno consumido + 5% sobra = 1,05 kg/(ovino x dia) x 30 dias =31,5 kg</p><p>feno/mês ÷ 13,5 kg/fardo = 2,3 fardos</p><p>user</p><p>Realce</p><p>16</p><p>476 kg MS de feno ÷ 31,5 kg de feno/ovino x mês = 15 ovinos</p><p>Ração com 50% volumoso = 15 ovinos x 2 = 30 ovinos</p><p>O mesmo cálculo para 1 ha temos:</p><p>Piquete: 1 ha</p><p>Produção = 4232 kg MS – 10% = 3809 kg feno ÷ 13,5 kg/fardo = 282 fardos</p><p>Área do galpão: 4232 kg MS de feno ÷ 106 kg MS/m³ = 40 m³</p><p>Rebanho:</p><p>Consumo = 4% Peso Vivo (PV) = 0,04</p><p>1 ovino 25 kg PV x 0,04: Consumo = 1,0 kg/dia</p><p>1,0 kg/dia de feno consumido + 5% sobra = 1,05 kg/(ovino x dia) x 30 dias = 31,5 kg</p><p>feno/mês ÷ 13,5 kg/fardo = 2,3 fardos</p><p>4232 kg MS de feno ÷ 31,5 kg de feno/ovino x mês = 134 ovinos</p><p>Ração com 50% volumoso = 134 ovinos x 2 = 268 ovinos</p><p>4. QUALIDADE E VALOR NUTRITIVO DE FENOS</p><p>A colheita no momento certo, a secagem rápida e uniforme da forrageira, e o seu</p><p>recolhimento com a umidade adequada, são condições fundamentais para a produção de</p><p>feno de boa qualidade, independentemente do processo adotado.</p><p>O feno de boa qualidade é proveniente de uma forragem cortada no momento</p><p>adequado. Promovendo uma rápida desidratação na forragem, é possível a conservação do</p><p>seu valor nutritivo, uma vez que a atividade respiratória das plantas, bem como a dos</p><p>microorganismos, é paralisada. A qualidade do feno está associada a fatores relacionados</p><p>com as plantas a serem fenadas, às condições climáticas durante a secagem a campo e ao</p><p>sistema de armazenamento empregado. Feno de boa qualidade apresenta cor verde</p><p>característica, maciez ao tato e excelente aroma.</p><p>Uma característica importante para a obtenção de feno de alto valor nutritivo,</p><p>consiste na observação da proporção folha/haste, devido a uma interação positiva entre</p><p>consumo, digestibilidade e a porcentagem de folha no feno (Tabela 2). O aumento da</p><p>idade da plante, promove uma elevação da relação folha/haste, em decorrência da</p><p>intensificação do processo de alongamento dos caules,</p><p>que diferenciam quimicamente das</p><p>folhas devido ao alto teor de fibra e baixo de proteína e fósforo. Assim, apesar de maior</p><p>rendimento forrageiro com o avanço da idade da planta, é conveniente o corte mais</p><p>freqüente, ainda que isto resulte em menor produção por área (GOMIDE, 1980).</p><p>Dentre os fatores que influem na qualidade e valor nutritivo dos fenos, citam-se:</p><p>• Espécie forrageira,</p><p>• Fertilidade do solo para produção da forrageira</p><p>• Disponibilidade de água para produção da forrageira (chuva ou irrigação)</p><p>• Idade da planta no momento do corte,</p><p>17</p><p>• Condições climáticas na ocasião da fenação</p><p>• Rapidez na desidratação,</p><p>• Umidade na ocasião do armazenamento,</p><p>• Forma de armazenamento.</p><p>Tabela 2 - Características físicas de fenos de leguminosas e gramíneas de diferentes</p><p>padrões de qualidade</p><p>Tipos de fenos Qualidade Mínimo de</p><p>folhas (%)</p><p>Mínimo de cor</p><p>verde (%)</p><p>Máximo de</p><p>impureza (%)</p><p>Alta 40 60 5</p><p>Regular 25 35 10 Fenos de leguminosas</p><p>Baixa 10 10 15</p><p>Alta 45 40 10</p><p>Regular 30 30 15 Fenos de gramíneas</p><p>Baixa 15 10 20</p><p>Fonte: Vilela (s/d).</p><p>Como características de um bom feno podemos citar:</p><p>• Coloração verde;</p><p>• Cheiro agradável;</p><p>• Ter boa quantidade de folhas, alta relação folha/haste;</p><p>• Apresentar caules finos e macios;</p><p>• Ausência de mofo</p><p>• Livre de impurezas</p><p>Como a espécie forrageira afeta qualidade do feno, as famílias de plantas também.</p><p>Assim, as leguminosas de modo geral, permitem a obtenção de feno de melhor qualidade</p><p>que as gramíneas (Tabela 3).</p><p>Na Tabela 4 são apresentadas características químico-bromatológicas do feno de</p><p>diversas espécies de importância forrageira.</p><p>18</p><p>Tabela 3 - Interpretação da análise da amostra de fenos</p><p>Intervalos esperados na composição químico-</p><p>bromatológica final dos fenos Componentes</p><p>Gramínea Leguminosa</p><p>Umidade (%) 20 - 15 18 - 15</p><p>Proteína bruta* 8-16 15 - 24</p><p>Fibra em detergente neutro* 78 - 66 54 - 38</p><p>Fibra em detergente ácido* 43 - 30 44 - 28</p><p>Cinzas* 9 - 6.1 10.2 - 8.9</p><p>Cálcio* 0.26 - 0.4 1.25 - 2.3</p><p>Fósforo* 0.18 - 0.27 0.20 - 0.35</p><p>Magnésio* 0.13 - 0.21 0.30 - 0.50</p><p>Potássio* 1.3 - 1.2 1.7 - 2.25</p><p>Lignina* 7-4 -</p><p>NDT estimado % 43 - 61 54 - 76</p><p>*Percentagem (%) na Matéria Seca (MS)</p><p>Fonte: Costa e Resende (s/d)</p><p>Trabalhos financiados pelo FUNDECI/Banco do Nordeste e realizados no Núcleo de</p><p>Ensino e Estudos em Forragicultura-NEEF/DZ/CCA/UFC, demonstraram o valor nutritivo</p><p>superior do feno de capim-tifton 85, em comparação ao do capim-elefante (Tabela 5).</p><p>Observa-se redução no teor de proteína bruta do feno de capim-tifton 85 com o avançar da</p><p>idade de 24 a 40 dias. Neste caso específico, a redução no teor de proteína bruta aos 40</p><p>dias deveu-se à ocorrência de chuvas durante a desidratação, o que se comprova pelo teor</p><p>de matéria seca estar bem abaixo do ponto de feno. Portanto, sob condições adequadas,</p><p>recomenda-se o corte do capim tifton-85 para produção de feno em idades entre 30 e 40</p><p>dias. O corte aos 24 dias, embora produza forragem de excelente qualidade, acarreta</p><p>menor produtividade (3,8 t/ha, contra 4,9 t/ha do corte aos 30 dias).</p><p>Por sua vez, o feno de capim-elefante apresenta valor nutritivo inferior, mas nem por</p><p>isso deve ser negligenciado seu potencial de uso. Para animais que estão em mantença, ou</p><p>para animais que recebem uma dieta contendo também concentrado eles podem ser</p><p>utilizados. Ovinos alimentados com dietas contendo feno de capim-elefante e concentrado,</p><p>numa relação volumoso:concentrado de 40:60, apresentaram ganho médio diário superior</p><p>a 200 g, num período de confinamento de 70 dias (Vieira, dados não publicados).</p><p>19</p><p>Tabela 4 - Composição químico-bromatológica de diversos fenos</p><p>PB NDT FDN FDA Ca P Feno MS (%) % da Matéria Seca (MS)</p><p>Soja 89,0 15,9 56,6 64,85 47,00 1,33 0,32</p><p>Capim-jaraguá 90,1 4,35 53,1 77,34 46,54 0,52 0,14</p><p>Mandioca (folhas) 69,8 26,9 63,1 - - 4,23 1,06</p><p>Mandioca (parte aérea) 90,3 12,1 59,9 53,80 38,47 0,60 0,26</p><p>Maniçoba 88,56 12,71 62,10 45,88 31,43 - -</p><p>Alfafa 89,12 19,08 57,5 47,59 37,09 1,29 0,30</p><p>Capim-gordura 87,5 3,49 22,30 81,79 53,63 0,36 0,10</p><p>Bananeira (folhas) 96,7 16,6 - - -</p><p>Capim-colonião 93,5 6,70 48,9 75,27 43,27 0,47 0,26</p><p>Capim-tobiatã 90,0 7,80 55,3 1,00 0,25</p><p>Capim-buffel 92,7 7,90 48,6 82,05 - - -</p><p>Capim-elefante 89,1 6,36 52,49 79,99 50,31 0,29 0,18</p><p>Capim-elefante (FEVC2) 81,96 6,27 - 86,97 - - -</p><p>Elefante Paraíso 90,6 14,6 65,6 - - 1,10 0,35</p><p>Ponta da cana 88,4 4,10 57,5 - -</p><p>Sorgo 90,6 4,20 49,7 68,90 42,31 0,30 0,15</p><p>Green-Panic 86,0 4,30 - - -</p><p>Grama-africana 86,6 8,30 - 88,94 45,49 - -</p><p>Capim-Guiné 84,7 4,82 - 79,12 54,69 - -</p><p>Coast-cross 88,9 8,39 52,69 79,18 39,84 0,47 0,21</p><p>Capim-Rhodes 90,62 6,05 48,33 - - 0,40 017</p><p>Capim-Setária 86,83 5,78 - - - - -</p><p>Catingueira 92,65 12,38 - 42,42 22,55 - -</p><p>Mata-pasto 88,56 9,15 - 43,02 34,00 1,75 0,12</p><p>Capim-andropogon 90,75 4,43 - - - 0,44 0,12</p><p>Capim-tanzânia 86,81 7,65 - 70,65 40,01 0,60 0,04</p><p>Capim-tifton 85 84,25 15,40 59,12 80,91 39,83 0,51 0,20</p><p>Capim-tifton 85 (NEEF1) 83,72 14,28 - 70,01 37,46 - -</p><p>Aveia preta 85,50 8,79 - 80,94 50,98 - -</p><p>Leucena 91,20 20,97 52,12 65,05 29,11 1,56 0,21</p><p>Sabiá 91,55 13,95 - 47,95 27,50 - -</p><p>Gramão 91,82 12,86 - 51,77 23,58 - -</p><p>Centrosema 91,08 20,23 - - 41,40 - -</p><p>Azevém 90,76 10,60 - 64,40 39,50 - -</p><p>Jurema preta 90,47 14,30 - 35,70 15,77 - -</p><p>Milheto 86,59 9,88 50,30 66,52 46,05 - -</p><p>Cunha 90,24 18,31 - 57,14 44,69 0,43 0,18</p><p>Grama estrela 89,5 11,53 - 71,54 38,66 - -</p><p>Brachiaria decumbens 86,8 4,90 - 80,22 48,68 0,27 0,14</p><p>Brachiaria brizantha 84,9 4,95 40,3 77,91 43,86 - -</p><p>Feijão-guandu 85,2 15,3 - 67,17 43,91 0,76 0,18</p><p>Capim-urocloa 85,10 6,86 - 83,27 - - -</p><p>Capim-milhã roxa 84,95 8,91 - 10,38 - - -</p><p>1Feno obtido no Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura–NEEF/ /DZ/CCA/UFC, em Fortaleza – CE;</p><p>2Feno obtido no campo avançado do NEEF na Fazenda Experim. Vale do Curú-FEVC/CCA/UFC, em Pentecostes/CE;</p><p>Fonte: (Valadares Filho, 2001), (Camurça et al., 2002), (Aguiar et al., 2006), (Vilela, s/d), (Ataíde Junior, 1997)</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>user</p><p>Realce</p><p>20</p><p>Tabela 5 - Composição químico-bromatológica de feno de capim-tifton 85 e capim-</p><p>elefante, em diferentes idades de corte</p><p>Composição químico-bromatológica</p><p>PB FDN Feno</p><p>Idade de</p><p>corte</p><p>(dias) MS (%)</p><p>% da Matéria Seca (MS)</p><p>Produção</p><p>(ton/ha)</p><p>24 91,01 15,05 65,95 3,8</p><p>30 85,34 15,69 70,10 4,9 Tifton 85</p><p>40 78,75 12,12 70,19 3,6</p><p>Capim-elefante 60 89,10 6,00 79,70 9,9</p><p>PB – Proteína Bruta; FDN – Fibra em Detergente Neutro</p><p>Apesar das perdas causadas por problemas durante a secagem, cuidados como o</p><p>enleiramento do material no fim da tarde com a colocação de lonas de proteção permitem</p><p>minimizar os prejuízos e ainda obter um feno de boa qualidade, conforme se observa na</p><p>Tabela 5 com o feno de capim-tifton 85 cortado aos 40 dias e desidratado sob tempo</p><p>chuvoso.</p><p>5. PERDAS DURANTE O PROCESSO DE FENAÇÃO</p><p>5.1 Perdas durante a secagem</p><p>É possível que ocorra grandes perdas durante o processo de fenação, caso não seje</p><p>adotado um manejo adequado, mesmo com o uso de equipamentos específicos para o</p><p>processo.</p><p>Durante a secagem as perdas podem ser atribuídas pelo dilaceramento de folhas e</p><p>caules, no momento do corte, considerando que essas frações não seram recolhidas para</p><p>serem enfardadas. Em leguminosas, há perdas das folhas durante a secagem em detrimento</p><p>da manipulação da forragem, principalmente no final do processo de secagem devido a</p><p>maior fragilidade das mesmas (Reis, 1996). Para reduzir tais perdas, é recomendável que a</p><p>viragem/enleiramento não seje efetuada com níveis de umidade da forragem abaixo de</p><p>40% (COLLINS, 1995)</p><p>Em caso de secagem muito prolongada, as perdas são em função da fermentação que</p><p>pode ocorrer, devido às condições climáticas, uma vez que este feno deve ficar coberto por</p><p>uma</p><p>lona, promovendo assim alterações indesejáveis no valor nutritivo da planta.</p><p>As maiores perdas do feno secado a campo podem ser atribuídas pela ocorrência de</p><p>chuvas, podendo chegar a 30% (Rotz e Muck, 1994). As perdas por lixiviação estão</p><p>user</p><p>Realce</p><p>21</p><p>relacionadas com a intensidade e duração das chuvas. As chuvas na parte final da secagem</p><p>causam as maiores perdas do que aquelas que ocorrem no início da fenação, devido à</p><p>perda de permeabilidade que a membrana celular sofre com o decorrer do processo de</p><p>secagem. Da mesma forma o condicionamento da forragem resulta em maiores perdas</p><p>devido a ocorrência de chuvas.</p><p>5.2 Perdas durante o armazenamento</p><p>As perdas durante o armazenamento são atribuídas ao crescimento de</p><p>microorganismos e ao aquecimento subseqüente, provocado pelo armazenamento de feno</p><p>com alto teor de umidade (acima de 15%).</p><p>O feno que não desidratou o suficiente tem o risco de intoxicar os animais que o</p><p>consomem devido à ingestão de fungos patogênicos, tais como Aspergillus glaucus,</p><p>Aspergillus fIa v us, Aspergillus fumigatus, actinomicetos e termoactinomicetos que</p><p>causam transtornos digestivos e aborto nos animais. Desta maneira, há quem diga que "é</p><p>preferível perder por secagem excessiva do que por umidade excessiva". A secagem</p><p>artificial leva à obtenção de feno de qualidade superior e com perdas bastante baixas,</p><p>podendo ser feita através de ventilação forçada ou utilizando ar quente em secadores</p><p>especiais, porém estes processos somente são viáveis nos casos de produtores de feno em</p><p>grande escala ou com o uso de secadores que proporcionem a secagem de outros produtos.</p><p>O aquecimento do feno é sempre associado com a atividade microbiológica,</p><p>principalmente se a forragem for enfardada com umidade um pouco elevada (acima de</p><p>20%). Segundo Van Soest (1994) quando os fardos são pequenos e o local é bem</p><p>ventilado, o calor produzido ajuda a eliminar o excesso de umidade, auxiliando na</p><p>preservação da forragem. No entanto, quando o calor é excessivo induz à reações não</p><p>enzimáticas (Reações de Maillard) com conseqüente perdas de carboidratos e proteínas</p><p>digestíveis. Essas reações normalmente provocam escurecimento da forragem e odor</p><p>desagradável, reduzindo a sua palatabilidade. Fardos grandes (redondos ou retangulares) e</p><p>com alta densidade são mais susceptíveis aos danos pelo aquecimento.</p><p>O armazenamento do feno em galpões é um método altamente eficiente, no entanto,</p><p>podem ocorrer perdas de 5-10% da matéria seca, para fenos armazenados com umidade</p><p>abaixo de 20%. Entretanto, o armazenamento no campo resulta em perdas de até 40% da</p><p>matéria seca. A maior parte das perdas ocorre na camada externa do fardo e na superfície</p><p>de contato deste com o solo.</p><p>user</p><p>Realce</p><p>22</p><p>5.3 Perdas durante o fornecimento</p><p>O processamento do feno pode ser feito para maximizar o uso do mesmo pelos</p><p>animais. A picagem e a moagem facilitam o manuseio, promove um maior consumo</p><p>destes pelos animais e reduz as perdas. O consumo voluntário de feno pode aumentar de</p><p>10 a 30% com a moagem, quando comparado com fenos de fibra longa ou picado.</p><p>As perdas durante a alimentação podem ocorrer em qualquer que seja o sistema</p><p>usado e a magnitude destas varia com o sistema (Tabela 6). O principal objetivo é</p><p>estabelecer práticas de manejo que possibilitem aos animais consumirem a maior parte do</p><p>feno a eles ofertada.</p><p>Tabela 6 - Previsão de perdas (%), durante o processo de fenação em diferentes condições</p><p>de secagem no campo</p><p>Ótimas Normais Adversas Fonte de perdas P C P C P C</p><p>Forragem cortada 100 100 100</p><p>Corte/condicionamento 5 95 10 90 20 80</p><p>Respiração 5 90 10 81 15 68</p><p>Ancinho 5 86 10 73 20 54</p><p>Lixiviação 0 86 10 66 15 46</p><p>Enfardamento 5 81 10 59 20 37</p><p>Armazenamento 5 77 10-20 53-47 30 26</p><p>Manuseio 5 74 10 48-43 30 18</p><p>Forragem consumida 74 48-44 18</p><p>P – Perdido (%); C – Conservado (%).</p><p>Fonte: Macdonald e Clark (1987) citados por Reis (1996).</p><p>As perdas na alimentação incluem pisoteio, queda de folhas, deterioração química e</p><p>física, contaminação fecal e rejeição. Bal et al (s/d) determinaram que as perdas de feno na</p><p>alimentação são inferiores a 2%, em condições de bom manejo, e superiores a 60%, em</p><p>situações de manejo deficitário. É aceitável perdas de 3 a 6% na maioria do sistema de</p><p>alimentação.</p><p>6. USO DO FENO PELOS ANIMAIS</p><p>A maior razão para a utilização do feno na alimentação animal é prover energia para</p><p>mantença, produção de leite e carne, trabalho e outras funções. Feno também provê</p><p>proteínas, vitaminas e minerais para manutenção da condição corporal adequada para</p><p>alcançar níveis de produção adequados (ZANINE e DINIZ, 2006).</p><p>O feno é um alimento complementar, podendo ser ministrado junto com o pasto, ou</p><p>com o capim verde-picado, ou com a silagem, e suplementado com concentrados. Quando</p><p>23</p><p>fornecido na proporção de 0,5 ou 1,0 kg por 100 kg de peso vivo, além da silagem à</p><p>vontade, tem-se observado que as vacas em lactação ingerem maior quantidade de</p><p>alimentos (matéria seca) e produzem mais leite, em comparação como o uso de silagem</p><p>como único volumoso (EVANGELISTA et al. s/d).</p><p>Com relação ao tipo de alimento volumoso a ser usado na alimentação de bezerros, a</p><p>recomendação de ordem geral é que bons fenos são melhores que bons alimentos verde-</p><p>picados, que, por sua vez são melhores que boas silagens. A quantidade de feno em dieta</p><p>exclusiva (sem suplementação) deverá ser fornecida na base de 2,5% do peso vivo do</p><p>animal, em se tratando de bovinos de corte (MICKENHAGEN, 1996).</p><p>Para ovinos, Camurça et al. (2002) verificaram que os fenos de capim-elefante,</p><p>capim-buffel, capim-urochloa e capim-milhã roxa promoveram um aumento no ganho de</p><p>peso médio diário (GMD), podendo assim, serem utilizados na alimentação de ovinos</p><p>confinados, porém deve-se elevar a porcentagem de concentrado na dieta, bem como</p><p>utilizar animais mais jovens para se obterem melhores desempenhos. Os maiores ganhos</p><p>de peso foram verificados para ovinos machos alimentados com feno de capim-milhã</p><p>roxa, apresentando 129 g/dia de ganho. Este resultado mostra também o excelente valor</p><p>nutritivo do feno de plantas nativas da Caatinga, como capim-milhã roxa, cuja forragem</p><p>pode ser conservada na forma de feno, se for não utilizada na época chuvosa pelos animais</p><p>e se não for necessário deixar chegar à fase reprodutiva para recuperar o banco de</p><p>sementes da área.</p><p>Em trabalho realizado no Núcleo de Ensino e Estudos em Forragicultura-NEEF,</p><p>observou-se elevado ganho médio diário no peso de ovinos alimentados com dietas à base</p><p>de feno de capim-tifton 85 mostrou-se eficiente em dietas consumidas por ovinos</p><p>confinados, promovendo ganhos satisfatórios (Tabela 7).</p><p>As fêmeas alimentadas com feno de capim-elefante mostraram um menor ganho de</p><p>peso médio diário (g/dia) quando comparado com os demais tratamentos. Tal fato é devido</p><p>a qualidade do feno de capim-elefante ser inferior ao feno de capim-tifton 85 e a menor</p><p>capacidade das fêmeas para ganho de peso em confinamentos em longo prazo.</p><p>Os animais machos dessa pesquisa eram animais mestiços Morada Nova (oriundos</p><p>do rebanho do NEEF) x SPRD (Sem padrão de raça definida) e animais SPRD. Já as</p><p>fêmeas eram apenas animais mestiços. A média de ganho de peso diário dos machos</p><p>mestiços alimentados com feno de capim-tifton 85 foi de 193 g/dia, bem superior da</p><p>média obtida na média geral do tratamento (mestiços e SPRD), o que demonstra um maior</p><p>potencial de animais mestiços, devido a sua maior heterose, para confinamentos.</p><p>24</p><p>Tabela 7 - Médias de ganho de peso e D12 para ovinos machos e fêmeas alimentados com</p><p>dietas contendo feno de capim-tifton 85 e de capim-elefante</p><p>Ganho de peso (g/dia) D12* (dias)</p><p>Fenos</p><p>Macho Fêmea</p><p>Média</p><p>Macho Fêmea</p><p>Média</p><p>Tifton 85 0,167 aA 0,153 aA 0,160 a 77,4 bA 78,77 bB 78,1 b</p><p>Capim-elefante 0,145 aA 0,112 bB 0,128 b 84,6 bA 109,66 aA 97,1 a</p><p>Média 0,156 A 0,132 B</p><p>81,0 A 94,3 B</p><p>*Número de dias necessário para o abate ou venda.</p><p>Médias seguidas de letras distintas maiúsculas nas colunas e minúsculas nas linhas, diferem (P</p><p>sendo que destas os desembolsos com mão-de-obra,</p><p>barbante e lona para cobertura do feno, corresponderam à 55,43% do total.</p><p>A avaliação do desempenho bio-econômico da produção de feno de capim-tifton é</p><p>apresentada na Tabela 10. Os dados referem-se à produção de feno em área de 0,125 ha.</p><p>A produção do capim-tifton 85 verificada no estudo foi de aproximadamente 510 kg</p><p>de feno por corte (30 dias), em área de 1.250 m2. Essa produção representou uma</p><p>produtividade de 0,406 kg/m2. No caso do capim-elefante o valor verificado foi de 0,740</p><p>kg/m2, com cortes realizados a cada 60 dias.</p><p>O COE do quilo de feno de capim-tifton foi de R$ 0,35, valor esse bem superior ao</p><p>observado (R$ 0,16) para o capim Elefante. Esse comportamento se deveu ao menor</p><p>volume de desembolsos diretos observados para a produção do feno de capim-elefante.</p><p>O COT do quilo de feno de capim-tifton foi de R$ 0,36. Quando se realizou a</p><p>comparação dessa variável com o observado com o feno de capim-elefante, verificou-se</p><p>novamente valor bem inferior (R$ 0,17). Da mesma forma que na variável COE, o menor</p><p>valor da variável em estudo, deveu-se ao menor valor de desembolsos diretos, como</p><p>28</p><p>também da maior produtividade verificada nas áreas de produção de feno de capim</p><p>elefante.</p><p>Tabela 9 – Despesas de custeio necessárias para produção de feno de capim-tifton, em</p><p>área de 0,125 ha</p><p>Despesas de custeio</p><p>Valor total (R$/0,125 ha)</p><p>MÃO-DE-OBRA 60,00</p><p>Mão-de-obra 60,00</p><p>Mão-de-obra familiar 0,00</p><p>COMBUSTÍVEL 30,50</p><p>Gasolina 27,00</p><p>Óleo 2 T 3,50</p><p>DIVERSOS 54,00</p><p>Barbante 14,00</p><p>Lona para cobertura 40,00</p><p>MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 5,76</p><p>Manutenção de máquinas 4,80</p><p>Óleos e graxas 0,96</p><p>TRATOS CULTURAIS 26,42</p><p>Herbicida 3,75</p><p>Inseticida e formicida 6,00</p><p>Fertilizantes (uréia) 16,67</p><p>CUSTO ECONÔMICO 24,24</p><p>Remuneração do capital investido 24,24</p><p>Total 200,92</p><p>Tabela 10 - Avaliação bio-econômica da produção de feno e de capim-tifton, em área de</p><p>0,125 ha</p><p>Análise Econômica (Área de 0,125 ha)</p><p>Produção (kg) 507,50</p><p>Área utilizada (ha) 0,125</p><p>Capital total investido (R$) 4.039,95</p><p>Produtividade da terra (kg FENO/m2*corte) 0,406</p><p>Custo total da atividade - CT (R$) 242,05</p><p>Participação do custo de Mão-de-obra no COE (%) 33,96</p><p>Custo operacional efetivo por quilo de feno (R$/kg) 0,348</p><p>Custo total por quilo de feno (R$/kg) 0,477</p><p>Investimento em relação à produção de feno (R$/kg*mês) 7,96</p><p>Já quando se avalia o CT, o valor referente à produção do feno de capim-elefante</p><p>permanece inferior (R$ 0,26), mas mais próximo do CT verificado na produção do feno de</p><p>capim-tifton 85 (R$ 0,48).</p><p>Da junção de menores desembolsos e maior produtividade, na produção do feno de</p><p>capim-elefante, se verificou os menores valores de COE, COT e CT desse feno em relação</p><p>ao feno de capim-tifton 85.</p><p>29</p><p>Na Tabela 11, são apresentados os valores referentes aos investimentos necessários</p><p>para a terminação de borregos, em lotes compostos por 32 animais, por ciclo.</p><p>Tabela 11 – Investimentos necessários para terminação de borregos, por sexo e por origem</p><p>dos animais (machos), consumindo feno e de capim-tifton, com produção de feno de uma</p><p>área de 0,125 ha</p><p>Despesas com investimentos Machos setor Fêmeas setor Machos Externo</p><p>Valor total (R$/ha) Valor total (R$/ha) Valor total (R$/ha)</p><p>Área coberta 768,00 768,00 768,00</p><p>Cocho 225,15 225,15 225,15</p><p>Cerca 240,00 240,00 240,00</p><p>Bebedouro 50,00 50,00 50,00</p><p>Saleiro 25,00 25,00 25,00</p><p>Total 1.308,15 1.308,15 1.308,15</p><p>Em média, os investimentos necessários para montagem da estrutura utilizada na</p><p>terminação dos animais foi de R$ 1.308,15. O item mais representativo foi o da área</p><p>coberta (58,71%). Vale salientar que esses custos poderão variar em função do</p><p>aproveitamento de materiais, valor dos insumos no local de sua implantação, capacidade</p><p>de gestão de compras, entre outros.</p><p>Os valores referentes ao custeio da terminação de borregos, em função do sexo e da</p><p>origem dos machos, são apresentados na Tabela 12.</p><p>Os valores de desembolsos foram superiores para o caso das fêmeas (R$ 517,40) em</p><p>relação aos dois grupos de macho (R$ 484,69). Os valores referentes aos custos com</p><p>concentrado, feno e sal mineral representaram 82,62% do total. No caso das fêmeas esse</p><p>valor foi superior em aproximadamente 8,0%. Já nos animais alimentados com feno de</p><p>capim-elefante, a alimentação representou 81,31%</p><p>Como visto, a alimentação foi o maior custo de produção, independente do tipo de</p><p>volumoso avaliado, devendo ser observado e constituir-se em fonte de estudos na busca</p><p>por alternativas de diminuição de seus valores, possibilitando melhorias no desempenho</p><p>econômico dos sistemas.</p><p>Os indicadores de desempenho técnico e econômico da teminação de ovinos</p><p>alimentados com feno de capim-tifton 85, são apresentados na Tabela 13.</p><p>O ganho em peso dos animais machos oriundos do NEEF foram superiores ao das</p><p>fêmeas e o dessas superiores ao dos machos adquiridos, independente do tipo de</p><p>volumosos estudado. Esse comportamento denota maior potencial de ganho em peso dos</p><p>animais com composição genética selecionada, com menor variação de sua composição e</p><p>30</p><p>que tiveram manejo pré-desmama adequado em relação a animais sem padrão genético, de</p><p>idade desconhecida e de manejo pré-desmama desconhecido (machos adquiridos).</p><p>Tabela 12 – Valores referentes ao custeio necessário para a terminação de borregos, por</p><p>sexo e por origem dos animais (machos), consumindo feno de capim-tifton, com produção</p><p>de feno de uma área de 0,125 ha</p><p>Despesas de custeio Machos setor Fêmeas setor Machos Externo</p><p>Valor total (R$/ha) Valor total (R$/ha) Valor total (R$/ha)</p><p>MÃO DE OBRA 40,00 40,00 40,00</p><p>Mão-de-obra terceiros 40,00 40,00 40,00</p><p>Mão de obra familiar 0,00 0,00 0,00</p><p>ALIMENTOS 400,44 433,15 400,44</p><p>Feno 129,69 140,29 129,69</p><p>Concentrado 248,70 269,02 248,70</p><p>Sal mineral 22,05 23,85 22,05</p><p>MEDICAMENTOS 6,40 6,40 6,40</p><p>Diversos (vermífugo, vacinas, etc.) 6,40 6,40 6,40</p><p>DIVERSOS 30,00 30,00 30,00</p><p>Geral 30,00 30,00 30,00</p><p>CUSTO ECONÔMICO 7,85 7,85 7,85</p><p>Remuneração do capital investido 7,85 7,85 7,85</p><p>Total 484,69 517,40 484,69</p><p>Nesse sentido, salienta-se a necessidade de utilização de animais com elevado</p><p>potencial de ganho quando da decisão de se implementar um sistemas de terminação de</p><p>borregos.</p><p>Da combinação dos desempenhos com os animais e das despesas, têm-se os valores</p><p>referentes aos COE, COT e CT, MB e ML por quilo de peso vivo (PV).</p><p>Os COE, dos animais alimentados com feno de capim-tifton 85, variaram de R$ 2,56</p><p>a R$ 3,50 para os animais machos oriundos do NEEF e os adquiridos, respectivamente. Já</p><p>as fêmeas tiveram custo intermediário (R$ 3,28). Quando se avalia os animais alimentados</p><p>com feno de capim-elefante o comportamento permanece com tendência similar, mas com</p><p>magnitude e valores diferentes além de haver similaridade dos valores de COE entre as</p><p>fêmeas (R$ 3,56) e os machos adquiridos (R$ 3,56), continuando os machos do NEEF</p><p>com o menor COE (R$ 2,77).</p><p>Como forma de realizar a análise das margens bruta e líquida, tomou-se o valor do</p><p>quilo de peso vivo de R$ 3,00.</p><p>A margem bruta é obtida pelo cálculo da diferença entre o preço de venda e o custo</p><p>operacional efetivo. Já a margem bruta (dados não apresentados) é obtida pela diferença</p><p>entre o preço de venda e o custo operacional total. Foram calculados os dois indicadores.</p><p>31</p><p>Somente os animais machos de origem conhecida (NEEF) apresentaram ML positiva</p><p>(R$ 0,27/kg PV), enquanto as fêmeas tiveram valor de R$ -0,50kg PV e os machos sem</p><p>origem com R$ -0,74/kg PV, para o feno de capim-tifton 85. Observando os mesmo</p><p>índices dos lotes alimentados com capim elefante, verificou-se valores de R$ 0,02, -0,82 e</p><p>-0,83/kg PV para machos de origem conhecida (NEEF), fêmeas e machos sem origem</p><p>conhecida, respectivamente.</p><p>Quando se avalia o lucro (dados não apresentados), o único grupo que apresentou</p><p>viabilidade (R$ 0,16/kg PV) foi o composto por animais machos, de origem conhecida e</p><p>alimentados com feno de</p>Nacional dos Estudantes de 
Zootecnia. Anais... PEREIRA, A.L. et al (eds). Viçosa – MG: Associação Mineira dos 
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