Abolição da Escravidão e Queda do Império

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<p>Lm São Paulo, centro da produção cafeeira naquela altura, crescia a atuação dos caifazes Sob liderança do advogado abolicionista Antonio movimento estimulava a fuga em massa de escravizados, radicalizando a campanha abolicionista na A formação de quilombos ganhou novo fôlego no quilombo do em Santos Clube do Cupim, no Recife do na então capital imperial, surgiram próximo a centros urbanos, demonstrando uma nova forma de organização dessas Ao mesmo tempo que movimento abolicionista crescia, o governo imperial também se Por um lado, havia uma demanda econômica e social, e, por outro, era preciso controlar radicalização do processo de abolição da Nesse sentido, o adotou leis que da acabavam gradativamente com a Confederação Em foi aprovada a Lei do Ventre A proposta estabelecia que filhos de mulheres escravizadas a partir da data teriam direito a não era tão simples: a criança redigido do And teria de ficar em posse do senhor até os 8 anos de idade, quando o proprietário escolheria entre Rebouças Aristi utilizar os serviços dela até os 21 anos ou libertá-la mediante uma indenização do Se, na publicado com teoria, era um passo significativo, na prática, produziu pouco efeito. de determinar Na década seguinte, em 1885, foi aprovada a Lei dos A lei libertava os escravi- diretrizes da zados maiores de 60 anos e criava bases para a abolição gradual da escravidão com indenizações. Essas ações eram tentativas do governo imperial de impedir a radicalização do pro- cesso Entretanto, à medida que discurso abolicionista crescia, a situação dos proprietários de escravizados e do próprio governo imperial ficava mais Con- MANIFESTO forme Império cedia às pressões, a insatisfação das elites escravocratas aumentava. Foi nesse contexto que projeto de abolição da escravidão sem indenizações foi enviado ao projeto foi aprovado por larga maioria e sancionado, no CONFEDERAÇÃO ABOLICIO dia 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel, filha de dom Pedro 11, que ocupava a regência do país durante uma viagem do pai ao exterior. Naquele momento, a maioria RIO DE JANE da população negra já não era escrava no Brasil. A abolição representava, assim, um gesto fundamentalmente É importante lembrar que fim da escravidão não veio acompanhado de políticas públicas voltadas à população negra. Não houve esforços de inserção social ou apoio para a subsistência dos Somando isso ao projeto branqueador iniciado com a vinda de para Brasil, temos um quadro de aprofundamento do preconceito e da desigualdade A queda do Império A atitude do Império de abolir a escravidão sem indenizações fez perder o apoio dos ca- feicultores do Vale do Paraíba, os barões do Em decadência econômica, eles ainda se do poder e da riqueza que a escravidão garantia. Sem ela, passaram a ocupar um papel secundário nos rumos do Assim, abandonaram Império e alguns passaram também a defender a república os chamados republicanos de última hora. Em resumo, existia um cenário bastante desfavorável ao Império no final da década de 1880, que desagradava Exército, os cafeicultores do Oeste paulista e as camadas médias urbanas. Foi nesse contexto que os grupos republicanos civis e militares se articularam para derrubá-lo. No início de novembro de 1889, os membros do Clube Militar reuniram-se para definir os pas- necessários para a Sob a liderança do Benjamin Constant, decidiu-se preparar um movimento para dia 20 daquele mês. A partir disso, civis e militares vinculados ao movimento republicano procuraram marechal Deodoro da Fonseca para que a derrubada do</p>