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<p>Benedita de Fátima Delbono</p><p>2ª Edição | 2022</p><p>Impressão em São Paulo / SP</p><p>Editora</p><p>Legislacao e</p><p>Normatizacao Aplicada</p><p>Copyright © EaD KnowHow 2011</p><p>Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida por</p><p>qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.</p><p>Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353</p><p>2ª Edição: 20222ª Edição: 2022</p><p>1ª Edição: 20131ª Edição: 2013</p><p>Impressão em São Paulo/SP</p><p>Editora</p><p>Coordenação GeralCoordenação Geral</p><p>Coordenação De ProjetosCoordenação De Projetos</p><p>Professoras ResponsáveisProfessoras Responsáveis</p><p>Revisão OrtográficaRevisão Ortográfica</p><p>Projeto Gráfico e Projeto Gráfico e</p><p>DiagramaçãoDiagramação</p><p>Nelson Boni</p><p>Leandro Lousada</p><p>Benedita de Fátima Delbono</p><p>Vanessa Almeida</p><p>Erick Genaro</p><p>CapaCapa Wagner Boni</p><p>D344L Delbono, Benedita de Fátima.</p><p>Legislação e normatização aplicada. / Benedita de Fátima</p><p>Delbono. – São Paulo: Know How, 2013.</p><p>278 p.: 21 cm.</p><p>Inclui bibliografia</p><p>ISBN: 978-85-8065-211-6</p><p>1. Normatização. 2. Normas. 3. CLT. 4. Segurança do</p><p>trabalho. 5. Risco no ambiente de trabalho. I. Título.</p><p>CDD 344.8101</p><p>Prezados(as) Alunos(as),</p><p>Sejam bem-vindos ao estudo de Legislação</p><p>e Normatização Aplicada para o curso de Segurança</p><p>do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos.</p><p>O presente livro tem por finalidade assisti-</p><p>-los no estudo e compreensão da legislação vigente,</p><p>para que possam desenvolver as suas habilidades.</p><p>Cumpre informá-los que o conteúdo versa so-</p><p>bre: Normalização; Normas nacionais e estrangeiras;</p><p>Legislação. Consolidação das Leis Trabalhistas; Portarias</p><p>Normativas; Atribuições e responsabilidades dos profis-</p><p>sionais de segurança em face de legislação vigente; Con-</p><p>ceitos e hierarquia na normalização; Normas internacio-</p><p>nais, nacionais e regionais; Organismos normalizadores;</p><p>Conceitos de Lei, Decreto, Resolução, Portaria e Norma.</p><p>Lei 6.514, de 1978 e outras; Decretos; Portaria do Minis-</p><p>tério do Trabalho; Estrutura das NRs e Estudos de caso.</p><p>O conteúdo indicado será objeto de estudo</p><p>em capítulos específicos, os quais trataram o assunto</p><p>da seguinte maneira:</p><p>- Capítulo 1 - Direito, Normatização e Normas Na-</p><p>cionais e Estrangeiras</p><p>- Capítulo 2 - Normas Nacionais e Estrangeiras, Le-</p><p>gislação e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</p><p>- Capítulo 3 - Segurança do Trabalho, Prevenção e</p><p>Controle de Risco</p><p>- Capítulo 4 - Legislação Aplicada à Segurança, Pre-</p><p>venção e Controle de Risco no Ambiente do Trabalho</p><p>A importância do estudo de Legislação e</p><p>Normatização Aplicada para o curso de Segurança</p><p>do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos está no</p><p>fato de que o aluno poderá tomar conhecimento das</p><p>principais normas de aplicabilidade prática, além dos</p><p>conceitos básicos do direito, necessários ao profissio-</p><p>nal para que apreenda os principais procedimentos</p><p>jurídicos a fim de subsidiar a sua atuação profissional.</p><p>As normas jurídicas vistas aqui poderão ser</p><p>entendidas pela determinação do seu modo de apli-</p><p>cação no tempo e no espaço de uma forma clara e de</p><p>fácil entendimento para aqueles que não são opera-</p><p>dores do direito, a fim de que consigam aplicar esses</p><p>conhecimentos teóricos aos casos concretos.</p><p>O profissional da área de Segurança do</p><p>Trabalho precisa ter no mínimo os conhecimentos</p><p>básicos de legislação a fim de desempenhar seu pa-</p><p>pel e de garantir a sua integridade profissional, sendo</p><p>este um dos objetivos desta disciplina.</p><p>Além disso, as normas ora estudadas devem</p><p>ser colocadas em prática, pois o seu cumprimento</p><p>garantirá a integridade, a saúde e a qualidade de vida</p><p>de muitas pessoas, assegurando a preservação da</p><p>vida e do meio ambiente.</p><p>Este livro tem o intuito de servir de base</p><p>para o desenvolvimento dos conceitos morais, éticos</p><p>e legais com mote ao exercício profissional.</p><p>Sucesso a todos!</p><p>A Autora.</p><p>Sumario</p><p>Capítulo 1 – Direito e</p><p>Normatização ����������������������������� 13</p><p>1. Introdução ......................................... 13</p><p>1.2. Noções de Direito ............................. 14</p><p>1.2.1. Conceito de Direito ................... 14</p><p>1.2.2. Conceito de Justiça ................... 16</p><p>1.2.3. Princípios de Direito .................... 16</p><p>2.4. Fontes do Direito ................................ 20</p><p>2.5. Ramos do Direito ................................ 21</p><p>1.2.6. Norma Jurídica ............................ 23</p><p>1.2.7. Instituto Jurídico .......................... 23</p><p>1.2.8. Ordenamento Jurídico .............. 24</p><p>1.2.9. Hierarquia da Norma Jurídica ... 27</p><p>1.2.10. Decreto, Portaria, Norma</p><p>Regulamentadora (NR), Instrução</p><p>Normativa, Ordem de Serviço,</p><p>Regulamento Técnico ............................... 33</p><p>1.3. Normatização..................................... 45</p><p>1.3.1. Normalização .............................. 45</p><p>1.3.2. Normatização ............................. 52</p><p>Capítulo 2 – Normas Nacionais</p><p>e Estrangeiras, Legislação e</p><p>a Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho (CLT) ����������������������������� 59</p><p>1. Introdução .......................................... 59</p><p>2.2. Normas Nacionais e Estrangeiras ...... 60</p><p>2.2.1. Liberdade Sindical e</p><p>Direito à Negociação Coletiva .......... 62</p><p>2.2.1.1. A Liberdade Sindical e</p><p>Direito à Negociação Coletiva</p><p>Sob o Ponto de Vista Internacional .... 62</p><p>2.2.1.2. A Liberdade Sindical e</p><p>Direito à Negociação Coletiva</p><p>Sob o Ponto de Vista Nacional. ............... 63</p><p>2.2.2. Erradicação do Trabalho Infantil .. 65</p><p>2.2.2.1. A Erradicação do Trabalho</p><p>Infantil Sob o Ponto de Vista Internacional ..65</p><p>2.2.2.2. A Erradicação do Trabalho</p><p>Infantil Sob o Ponto de Vista Nacional .... 68</p><p>2.2.3. Eliminação do Trabalho Forçado ........71</p><p>2.2.3.1. A Eliminação do Trabalho</p><p>Forçado sob o ponto de vista internacional .71</p><p>2.2.3.2. A Eliminação do Trabalho</p><p>Forçado Sob o Ponto de Vista Nacional ...72</p><p>2.2.4. A Não Discriminação no</p><p>Emprego ou Ocupação ....................... 74</p><p>2.2.5. Convenções da OIT</p><p>Ratificadas no Brasil ............................. 81</p><p>2.3. Hierarquia e a Legislação Aplicada ..... 95</p><p>2.3.1. Conceito e Hierarquia na</p><p>Normatização ............................................ 95</p><p>2.3.2. Normas Aplicadas à</p><p>Segurança do Trabalho para</p><p>Prevenção e Controle de Risco .......... 98</p><p>2.3.2.1. Segurança no Trabalho ............. 102</p><p>2.3.2.2. Leis, Normas, Portarias e</p><p>Regulamentações ................................... 105</p><p>2.3.3.3 Organismos Normalizadores ....... 106</p><p>2.3.3. A Consolidação das Leis</p><p>do Trabalho e a Segurança do</p><p>Trabalho para a Prevenção e</p><p>Controle de Risco ............................... 110</p><p>Capítulo 3 – Segurança do</p><p>Trabalho, Prevenção e</p><p>Controle de Risco ��������������������� 115</p><p>1. Introdução ........................................ 115</p><p>3.2. Segurança Do Trabalho,</p><p>Prevenção e Controle de Risco ............. 116</p><p>3.2.1. Segurança do Trabalho ............ 116</p><p>3.2.2. Prevenção ................................ 117</p><p>3.2.2.1. Higiene do trabalho ................... 117</p><p>3.2.3. Controle de Risco...................... 121</p><p>3.2.3.1 Agentes físicos .............................. 122</p><p>3.2.3.2. Agentes Químicos ....................... 125</p><p>3.2.3.3. Agentes ergonômicos ................ 126</p><p>3.2.3.4. Agentes biológicos ..................... 126</p><p>3.2.4. Limite de Tolerância .................. 128</p><p>3.3. PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA</p><p>DO TRABALHO ......................................... 130</p><p>3.3.1. Atribuições dos Profissionais</p><p>de Segurança do Trabalho .................... 130</p><p>3.3.2. CIPA ........................................... 137</p><p>3.3.3. SIPATs ......................................... 142</p><p>3.3.4. Responsabilidade dos</p><p>Profissionais de Segurança do Trabalho ...144</p><p>3.3.4.1. Resolução CONFEA n.º 434/99 .. 148</p><p>Capítulo 4 – Legislação</p><p>Aplicada à Segurança,</p><p>Prevenção e Controle de</p><p>Risco no Ambiente do Trabalho ��� 155</p><p>4.1. INTRODUÇÃO .................................... 155</p><p>4.2. LEGISLAÇÃO APLICADA À</p><p>SEGURANÇA, PREVENÇÃO E CONTROLE</p><p>DE RISCO NO AMBIENTE DO TRABALHO ...........155</p><p>4.2.1. Organização Internacional</p><p>do Trabalho (OIT) .....................................</p><p>do adolescente far-se-á através</p><p>de um conjunto articulado de ações governamen-</p><p>tais e não-governamentais da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>70</p><p>O embasamento para a promoção e a prote-</p><p>ção dos direitos da criança e do adolescente, em al-</p><p>guns documentos internacionais apoiados pelas Or-</p><p>ganizações das Nações Unidas (ONU), é inspirado</p><p>no ECA, numa demonstração da importância deste</p><p>documento para o combate ao trabalho infantil.</p><p>Na sua demonstração de erradicar o traba-</p><p>lho infantil, as autoridades brasileiras têm participa-</p><p>do de forma exemplar, em eventos internacionais</p><p>sobre assunto.</p><p>O trabalho infantil ainda é um dado nacional</p><p>negativo para o Brasil. Contudo, o nosso país, nos en-</p><p>contros internacionais, tem sido referenciado pelos seus</p><p>projetos e ações na erradicação deste tipo de trabalho.</p><p>Importante ressaltar que programas sociais,</p><p>como o programa “Bolsa família”, o Programa de</p><p>Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) dentre ou-</p><p>tros, constituem-se de meios utilizados pelo Estado</p><p>para o combate e erradicação do trabalho infantil.</p><p>O Estado tem se assistido das Organizações</p><p>Internacionais e Organizações não governamentais</p><p>em defesa do Direito da Criança e do Adolescente.</p><p>71</p><p>2�2�3� Eliminação do Trabalho Forçado</p><p>2�2�3�1� A Eliminação do Trabalho Forçado</p><p>sob o ponto de vista internacional</p><p>No que se refere ao conceito de trabalho</p><p>escravo, é importante distinguir o conceito atual do</p><p>conceito do período colonial brasileiro, o qual tinha</p><p>a escravidão como ideia de propriedade, ideia de do-</p><p>mínio, no qual um homem dominava o outro.</p><p>Assim sendo, verifica-se nos instrumentos</p><p>internacionais a não utilização do termo “trabalho</p><p>escravo”, mas sim “trabalho forçado, formas con-</p><p>temporâneas ou análogas à escravidão.”19</p><p>Para ser escravo não era necessário ser de</p><p>outra raça: “a condição de escravo derivava do fato</p><p>de nascer de mãe escrava, de ser prisioneiro de guer-</p><p>ra, de condenação penal, de descumprimento de</p><p>obrigações tributárias, de deserção do exército, entre</p><p>outras razões.”20</p><p>O trabalho escravo contemporâneo pode</p><p>ser conceituado como:</p><p>19 - CASTILHO, Ela Wiecko V. de. Em busca de uma definição jurídico-</p><p>penal de trabalho escravo. In: Comissão Pastoral da Terra. Trabalho escravo</p><p>no Brasil contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1999. Pag. 83</p><p>20 - BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho, 2. ed. São</p><p>Paulo: LTr, 2006.pag. 50</p><p>72</p><p>O estado ou a condição de um indivíduo que</p><p>é constrangido à prestação de trabalho, em condições</p><p>destinadas à frustração de direito assegurado pela</p><p>legislação do trabalho, permanecendo vinculado, de</p><p>forma compulsória, ao contrato de trabalho mediante</p><p>fraude, violência ou grave ameaça, inclusive mediante</p><p>a retenção de documentos pessoais ou contratuais ou</p><p>em virtude de dívida contraída junto ao empregador</p><p>ou pessoa com ele relacionada. 21</p><p>A Organização do Trabalho (OIT) condena o</p><p>cerceamento da liberdade do trabalhador, notadamente:</p><p>com a apreensão de documentos pessoais; com a pre-</p><p>sença de guardas fortemente armados; com dívidas ile-</p><p>galmente impostas e em decorrência das condições geo-</p><p>gráficas do local de trabalho, que inviabilizam a fuga; tudo</p><p>isso atrelado a péssimas condições de higiene e saúde, nos</p><p>termos da Professora Sônia Mascaro do Nascimento.</p><p>2�2�3�2� A Eliminação do Trabalho</p><p>Forçado Sob o Ponto de Vista Nacional</p><p>No ordenamento jurídico pátrio, o crime de</p><p>redução à condição análoga à de escravo, tipificado</p><p>21 - SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Trabalho escravo: a abolição necessária:</p><p>uma análise da efetividade e da eficácia das políticas de combate à</p><p>escravidão contemporânea no Brasil. São Paulo:LTr, 2008.pag. 117-118</p><p>73</p><p>no artigo 149 do Código Penal, foi alterado substan-</p><p>cialmente com o advento da Lei n.º 10.803, de 11 de</p><p>dezembro de 2003, ampliando as formas e os meios</p><p>pelos quais o crime pode ser executado, trazendo</p><p>uma ideia do que se deve entender por condição</p><p>análoga à de escravo.</p><p>A citada Lei vem a reforçar a proteção pe-</p><p>nal ao prever que “quando a vítima for submetida</p><p>a ‘trabalhos forçados’ ou à ‘jornada exaustiva’, quer</p><p>sujeitando-o a condições degradantes de trabalho,</p><p>quer restringindo, por qualquer meio, sua locomo-</p><p>ção em razão de dívida contraída com o empregador</p><p>ou preposto” 22</p><p>O trabalho escravo contemporâneo é</p><p>uma realidade cruel que ainda assola o país, mos-</p><p>trando pessoas privadas de sua liberdade de di-</p><p>versos modos.</p><p>Aquele que escraviza não priva o trabalha-</p><p>dor apenas da liberdade, mas também não respeita</p><p>direitos mínimos que garantam a dignidade humana.</p><p>As condições, na maioria das vezes, são</p><p>piores do que as narradas nos livros que retratam a</p><p>era colonial no Brasil.</p><p>22 - BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte</p><p>especial, v. 2 – 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2007.pag 389</p><p>74</p><p>2�2�4� A Não Discriminação no</p><p>Emprego ou Ocupação</p><p>A aprovação na 42ª reunião da Conferência</p><p>Internacional do Trabalho, ocorrida em Genebra,</p><p>em 1958, deu ensejo a entrar em vigor no plano in-</p><p>ternacional em 15 de junho de 1960 a Convenção</p><p>111, que trata Discriminação em Matéria de Empre-</p><p>go e Ocupação.</p><p>E neste sentido, destaca-se o que diz Arnal-</p><p>do Süssekind:</p><p>A Conferência Geral da Organização In-</p><p>ternacional do Trabalho,</p><p>Convocada em Genebra pelo Conselho</p><p>de Administração da Repartição Internacional</p><p>do Trabalho e reunida a 4 de junho de 1958, em</p><p>sua quadragésima segunda sessão;</p><p>Após ter decidido adotar diversas disposi-</p><p>ções relativas à discriminação em matéria de em-</p><p>prego e profissão, assunto que constitui o quarto</p><p>ponto da ordem do dia da sessão;</p><p>Após ter decidido que essas disposições to-</p><p>mariam a forma de uma convenção internacional;</p><p>Considerando que a Declaração de Fila-</p><p>délfia afirma que todos os seres humanos, seja</p><p>qual for a raça, credo ou sexo, têm direito ao</p><p>progresso material e desenvolvimento espiritual</p><p>75</p><p>em liberdade e dignidade, em segurança econô-</p><p>mica e com oportunidades iguais;</p><p>Considerando, por outro lado, que a</p><p>discriminação constitui uma violação dos</p><p>direitos enunciados na Declaração Univer-</p><p>sal dos Direitos do Homem, adota neste vi-</p><p>gésimo quinto dia de junho de mil novecen-</p><p>tos e cinquenta e oito a convenção abaixo</p><p>transcrita que será denominada ‘Convenção</p><p>sobre a Discriminação (Emprego e Profis-</p><p>são), 1958’;</p><p>Art. 1 — 1. Para os fins da presente con-</p><p>venção o termo “discriminação” compreende:</p><p>a) toda distinção, exclusão ou preferência</p><p>fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião polí-</p><p>tica, ascendência nacional ou origem social, que</p><p>tenha por efeito destruir ou alterar a igualdade</p><p>de oportunidade ou de tratamento em matéria</p><p>de emprego ou profissão;</p><p>b) qualquer outra distinção, exclusão</p><p>ou preferência que tenha por efeito destruir</p><p>ou alterar a igualdade de oportunidades ou</p><p>tratamento em matéria de emprego ou pro-</p><p>fissão que poderá ser especificada pelo Mem-</p><p>bro interessado depois de consultadas as or-</p><p>ganizações representativas de empregadores</p><p>e trabalhadores, quando estas existam, e ou-</p><p>tros organismos adequados.</p><p>76</p><p>2. As distinções, exclusões ou prefe-</p><p>rências fundadas em qualificações exigidas</p><p>para um determinado emprego não são con-</p><p>sideradas como discriminação.</p><p>3. Para os fins da presente convenção</p><p>as palavras ‘emprego’ e ‘profissão’ incluem o</p><p>acesso à formação profissional, ao emprego e</p><p>às diferentes profissões, bem como às condi-</p><p>ções de emprego.</p><p>Art. 2 — Qualquer Membro para o</p><p>qual a presente convenção se encontre em</p><p>vigor compromete-se a formular e aplicar</p><p>uma política nacional que tenha por fim pro-</p><p>mover, por métodos adequados às circuns-</p><p>tâncias e aos usos nacionais, a igualdade de</p><p>oportunidades e de tratamento em matéria de</p><p>emprego e profissão, com o objetivo de eli-</p><p>minar toda discriminação nessa matéria.</p><p>Art. 3 — Qualquer Membro para o</p><p>qual a presente convenção se encontre em vi-</p><p>gor deve por métodos adequados às circuns-</p><p>tâncias e aos usos nacionais:</p><p>a) esforçar-se por obter a colaboração das</p><p>organizações de empregadores e</p><p>trabalhadores e</p><p>de outros organismos apropriados, com o fim de</p><p>favorecer a aceitação e aplicação desta política;</p><p>b) promulgar leis e encorajar os pro-</p><p>gramas de educação próprios a assegurar esta</p><p>77</p><p>aceitação e esta aplicação;</p><p>c) revogar todas as disposições legislati-</p><p>vas e modificar todas as disposições ou práticas</p><p>administrativas que sejam incompatíveis com a</p><p>referida política;</p><p>d) seguir a referida política no que diz res-</p><p>peito a empregos dependentes do controle dire-</p><p>to de uma autoridade nacional;</p><p>e) assegurar a aplicação da referida</p><p>política nas atividades dos serviços de orien-</p><p>tação profissional, formação profissional e</p><p>colocação dependentes do controle de uma</p><p>autoridade nacional;</p><p>f) indicar, nos seus relatórios anuais</p><p>sobre a aplicação da convenção, as medidas</p><p>tomadas em conformidade com esta política</p><p>e os resultados obtidos.</p><p>Art. 4 — Não são consideradas como</p><p>discriminação quaisquer medidas tomadas</p><p>em relação a uma pessoa que, individualmen-</p><p>te, seja objeto de uma suspeita legítima de se</p><p>entregar a uma atividade prejudicial à segu-</p><p>rança do Estado ou cuja atividade se encon-</p><p>tre realmente comprovada, desde que a refe-</p><p>rida pessoa tenha o direito de recorrer a uma</p><p>instância competente, estabelecida de acordo</p><p>com a prática nacional.</p><p>Art. 5 — 1. As medidas especiais de</p><p>78</p><p>proteção ou de assistência previstas em outras</p><p>convenções ou recomendações adotadas pela</p><p>Conferência Internacional do Trabalho não são</p><p>consideradas como discriminação.</p><p>2. Qualquer Membro pode, depois de</p><p>consultadas as organizações representativas</p><p>de empregadores e trabalhadores, quando</p><p>estas existam, definir como não discrimina-</p><p>tórias quaisquer outras medidas especiais que</p><p>tenham por fim salvaguardar as necessidades</p><p>particulares de pessoas em relação às quais</p><p>a atribuição de uma proteção ou assistência</p><p>especial seja, de uma maneira geral, reconhe-</p><p>cida como necessária, por motivos tais como</p><p>o sexo, a invalidez, os encargos de família ou</p><p>o nível social ou cultural.</p><p>Art. 6 — Qualquer membro que ratificar</p><p>a presente convenção compromete-se a aplicá-</p><p>-la aos territórios não metropolitanos, de acordo</p><p>com as disposições da Constituição da Organi-</p><p>zação Internacional do Trabalho.</p><p>Art. 7 — As ratificações formais da pre-</p><p>sente convenção serão comunicadas ao Diretor-</p><p>-Geral da Repartição Internacional do Trabalho</p><p>e por ele registradas.</p><p>Art. 8 — 1. A presente convenção não</p><p>obrigará senão aos Membros da Organização</p><p>Internacional do Trabalho cuja ratificação tenha</p><p>79</p><p>sido registrada pelo Diretor-Geral.</p><p>2. Ele entrará em vigor doze meses de-</p><p>pois que as ratificações de dois Membros tive-</p><p>rem sido registradas pelo Diretor-Geral.</p><p>3. Em seguida, esta convenção entra-</p><p>rá em vigor para cada Membro doze meses</p><p>depois da data em que sua ratificação tiver</p><p>sido registrada.</p><p>Art. 9 — 1. Todo Membro que tiver rati-</p><p>ficado a presente convenção poderá denunciá-la</p><p>no fim de um período de dez anos depois da</p><p>data da entrada em vigor inicial da convenção,</p><p>por ato comunicado ao Diretor-Geral da Repar-</p><p>tição Internacional do Trabalho e por ele regis-</p><p>trado. A denúncia não terá efeito senão um ano</p><p>depois de ter sido registrada.</p><p>2. Todo Membro que, tendo ratificado</p><p>a presente convenção, dentro do prazo de um</p><p>ano depois da expiração do período de dez</p><p>anos mencionado no parágrafo precedente,</p><p>não fizer uso da faculdade de denúncia pre-</p><p>vista no presente artigo, será obrigado por</p><p>novo período de dez anos e, depois disso, po-</p><p>derá denunciar a presente convenção no fim</p><p>de cada período de dez anos, nas condições</p><p>previstas no presente artigo.</p><p>Art. 10 — 1. O Diretor-Geral da Re-</p><p>partição Internacional do Trabalho notificará</p><p>80</p><p>a todos os Membros da Organização Inter-</p><p>nacional do Trabalho o registro de todas as</p><p>ratificações que lhe forem comunicadas pelos</p><p>Membros da Organização.</p><p>2. Notificando aos Membros da Orga-</p><p>nização o registro da segunda ratificação que</p><p>lhe for comunicada, o Diretor-Geral chamará</p><p>a atenção dos Membros da Organização para</p><p>a data em que a presente Convenção entrar</p><p>em vigor.</p><p>Art. 11 — O Diretor-Geral da Reparti-</p><p>ção Internacional do Trabalho enviará ao Se-</p><p>cretário-Geral das Nações Unidas, para fim de</p><p>registro, conforme o art. 102 da Carta das Na-</p><p>ções Unidas, informações completas a respeito</p><p>de todas as ratificações, declarações e atos de</p><p>denúncia que houver registrado conforme os</p><p>artigos precedentes.</p><p>Art. 12 — Cada vez que julgar necessário, o</p><p>Conselho de Administração da Repartição Inter-</p><p>nacional do Trabalho apresentará à Conferência</p><p>Geral um relatório sobre a aplicação da presente</p><p>Convenção e examinará se é necessário inscrever</p><p>na ordem do dia da Conferência a questão de sua</p><p>revisão total ou parcial.</p><p>Art. 13 — 1. No caso de a Conferência adotar</p><p>nova convenção de revisão total ou parcial da pre-</p><p>sente convenção, e a menos que a nova convenção</p><p>81</p><p>disponha diferentemente:</p><p>a) a ratificação, por um Membro, da nova</p><p>convenção de revisão acarretará, de pleno direito,</p><p>não obstante o art. 17 acima, denúncia imediata da</p><p>presente convenção quando a nova convenção de re-</p><p>visão tiver entrado em vigor;</p><p>b) a partir da data da entrada em vigor da nova</p><p>convenção de revisão, a presente convenção cessará</p><p>de estar aberta à ratificação dos Membros.</p><p>2. A presente convenção ficará, em qualquer</p><p>caso, em vigor, na forma e no conteúdo, para os</p><p>Membros que a tiverem ratificado e que não tiverem</p><p>ratificado a convenção de revisão.</p><p>Art. 14 — As versões em francês e em inglês</p><p>do texto da presente convenção fazem igualmente fé. 23</p><p>2�2�5� Convenções da OIT Ratificadas</p><p>no Brasil</p><p>A Organização Internacional do Trabalho</p><p>(OIT) apresenta as Convenções ratificadas pelo Bra-</p><p>sil, conforme se verifica a seguir:</p><p>23 - Convenções da OIT, 2ª edição, 1998. Pag.338</p><p>82</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>3</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>re</p><p>la</p><p>tiv</p><p>a</p><p>ao</p><p>Em</p><p>-</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>da</p><p>s</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>re</p><p>s</p><p>an</p><p>te</p><p>s</p><p>e</p><p>de</p><p>po</p><p>is</p><p>d</p><p>o</p><p>pa</p><p>rt</p><p>o</p><p>(P</p><p>ro</p><p>te</p><p>çã</p><p>o</p><p>à</p><p>M</p><p>at</p><p>er</p><p>ni</p><p>da</p><p>de</p><p>)</p><p>19</p><p>19</p><p>26</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>34</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>10</p><p>3</p><p>em</p><p>2</p><p>6.</p><p>07</p><p>.1</p><p>96</p><p>1.</p><p>4</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>re</p><p>la</p><p>tiv</p><p>a</p><p>ao</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>-</p><p>lh</p><p>o</p><p>N</p><p>ot</p><p>ur</p><p>no</p><p>d</p><p>as</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>re</p><p>s</p><p>19</p><p>19</p><p>26</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>34</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a</p><p>em</p><p>1</p><p>2.</p><p>05</p><p>.1</p><p>93</p><p>7</p><p>5</p><p>Id</p><p>ad</p><p>e</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>a</p><p>de</p><p>A</p><p>dm</p><p>is</p><p>sã</p><p>o</p><p>no</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>s</p><p>In</p><p>du</p><p>st</p><p>ri</p><p>ai</p><p>s</p><p>19</p><p>19</p><p>26</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>34</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>13</p><p>8</p><p>em</p><p>2</p><p>8.</p><p>06</p><p>.2</p><p>00</p><p>1.</p><p>6</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>N</p><p>ot</p><p>ur</p><p>no</p><p>d</p><p>os</p><p>M</p><p>en</p><p>o-</p><p>re</p><p>s</p><p>na</p><p>In</p><p>dú</p><p>st</p><p>ri</p><p>a</p><p>19</p><p>19</p><p>26</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>34</p><p>7</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>a</p><p>Id</p><p>ad</p><p>e</p><p>M</p><p>í-</p><p>ni</p><p>m</p><p>a</p><p>pa</p><p>ra</p><p>A</p><p>dm</p><p>is</p><p>sã</p><p>o</p><p>de</p><p>M</p><p>e-</p><p>no</p><p>re</p><p>s</p><p>no</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>o</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>e</p><p>m</p><p>1</p><p>93</p><p>6)</p><p>19</p><p>20</p><p>08</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>36</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>58</p><p>e</p><p>m</p><p>0</p><p>9.</p><p>01</p><p>.1</p><p>97</p><p>4</p><p>11</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>de</p><p>Si</p><p>nd</p><p>ic</p><p>al</p><p>iz</p><p>aç</p><p>ão</p><p>na</p><p>A</p><p>gr</p><p>ic</p><p>ul</p><p>tu</p><p>ra</p><p>19</p><p>21</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/395</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/395</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/396</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/396</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/397</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/397</p><p>83</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>12</p><p>In</p><p>de</p><p>ni</p><p>za</p><p>çã</p><p>o</p><p>po</p><p>r</p><p>A</p><p>ci</p><p>de</p><p>nt</p><p>e</p><p>do</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>n</p><p>a</p><p>A</p><p>gr</p><p>ic</p><p>ul</p><p>tu</p><p>ra</p><p>19</p><p>21</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>14</p><p>Re</p><p>po</p><p>us</p><p>o</p><p>Se</p><p>m</p><p>an</p><p>al</p><p>n</p><p>a</p><p>In</p><p>dú</p><p>st</p><p>ri</p><p>a</p><p>19</p><p>21</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>16</p><p>Ex</p><p>am</p><p>e</p><p>M</p><p>éd</p><p>ic</p><p>o</p><p>de</p><p>M</p><p>en</p><p>or</p><p>es</p><p>n</p><p>o</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>o</p><p>19</p><p>21</p><p>08</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>36</p><p>19</p><p>Ig</p><p>ua</p><p>ld</p><p>ad</p><p>e</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ta</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>(</p><p>In</p><p>-</p><p>de</p><p>ni</p><p>za</p><p>çã</p><p>o</p><p>po</p><p>r</p><p>A</p><p>ci</p><p>de</p><p>nt</p><p>e</p><p>de</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>)</p><p>19</p><p>25</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>21</p><p>In</p><p>sp</p><p>eç</p><p>ão</p><p>do</p><p>s</p><p>Em</p><p>ig</p><p>ra</p><p>nt</p><p>es</p><p>a</p><p>Bo</p><p>rd</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>N</p><p>av</p><p>io</p><p>s</p><p>19</p><p>26</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>22</p><p>Co</p><p>nt</p><p>ra</p><p>to</p><p>d</p><p>e</p><p>En</p><p>ga</p><p>ja</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>d</p><p>e</p><p>M</p><p>ar</p><p>in</p><p>he</p><p>iro</p><p>s</p><p>19</p><p>26</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>26</p><p>M</p><p>ét</p><p>od</p><p>os</p><p>d</p><p>e</p><p>Fi</p><p>xa</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>S</p><p>al</p><p>á-</p><p>ri</p><p>os</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>os</p><p>19</p><p>28</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>29</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>F</p><p>or</p><p>ça</p><p>do</p><p>o</p><p>u</p><p>O</p><p>br</p><p>ig</p><p>a-</p><p>tó</p><p>ri</p><p>o</p><p>19</p><p>30</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/399</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/400</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/400</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/inspe%C3%A7%C3%A3o-dos-emigrantes-bordo-dos-navios</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/inspe%C3%A7%C3%A3o-dos-emigrantes-bordo-dos-navios</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/447</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/447</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/448</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/448</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/449</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/449</p><p>84</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>41</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Re</p><p>la</p><p>tiv</p><p>a</p><p>ao</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>-</p><p>lh</p><p>o</p><p>N</p><p>oc</p><p>tu</p><p>rn</p><p>o</p><p>da</p><p>s</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>re</p><p>s</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>, 1</p><p>93</p><p>4)</p><p>19</p><p>34</p><p>08</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>36</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>89</p><p>e</p><p>m</p><p>2</p><p>4.</p><p>04</p><p>.1</p><p>95</p><p>7.</p><p>42</p><p>In</p><p>de</p><p>ni</p><p>za</p><p>çã</p><p>o</p><p>po</p><p>r</p><p>En</p><p>fe</p><p>rm</p><p>id</p><p>ad</p><p>e</p><p>Pr</p><p>ofi</p><p>ss</p><p>io</p><p>na</p><p>l (</p><p>re</p><p>vi</p><p>st</p><p>a)</p><p>19</p><p>34</p><p>08</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>36</p><p>45</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>de</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>re</p><p>s</p><p>no</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>s</p><p>Su</p><p>bt</p><p>er</p><p>râ</p><p>ne</p><p>os</p><p>da</p><p>s</p><p>M</p><p>in</p><p>as</p><p>19</p><p>35</p><p>22</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>38</p><p>52</p><p>Fé</p><p>ri</p><p>as</p><p>R</p><p>em</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>as</p><p>19</p><p>36</p><p>22</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>38</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>13</p><p>2</p><p>em</p><p>2</p><p>3.</p><p>09</p><p>.1</p><p>99</p><p>8.</p><p>53</p><p>Ce</p><p>rti</p><p>fic</p><p>ad</p><p>os</p><p>de</p><p>Ca</p><p>pa</p><p>ci</p><p>da</p><p>de</p><p>do</p><p>s</p><p>O</p><p>fic</p><p>ia</p><p>is</p><p>d</p><p>a</p><p>M</p><p>ar</p><p>in</p><p>ha</p><p>M</p><p>er</p><p>-</p><p>ca</p><p>nt</p><p>e</p><p>19</p><p>36</p><p>12</p><p>/1</p><p>0/</p><p>19</p><p>38</p><p>58</p><p>Id</p><p>ad</p><p>e</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>a</p><p>no</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>o</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>36</p><p>12</p><p>/1</p><p>0/</p><p>19</p><p>38</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>13</p><p>8</p><p>em</p><p>2</p><p>6.</p><p>06</p><p>.2</p><p>00</p><p>1.</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/451</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/451</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/521</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/522</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/522</p><p>85</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>80</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>A</p><p>rti</p><p>go</p><p>s</p><p>Fi</p><p>na</p><p>is</p><p>19</p><p>46</p><p>13</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>48</p><p>81</p><p>In</p><p>sp</p><p>eç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>n</p><p>a</p><p>In</p><p>-</p><p>dú</p><p>st</p><p>ri</p><p>a</p><p>e</p><p>no</p><p>C</p><p>om</p><p>ér</p><p>ci</p><p>o</p><p>19</p><p>47</p><p>11</p><p>/1</p><p>0/</p><p>19</p><p>89</p><p>88</p><p>O</p><p>rg</p><p>an</p><p>iz</p><p>aç</p><p>ão</p><p>do</p><p>Se</p><p>rv</p><p>iç</p><p>o</p><p>de</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>19</p><p>48</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>89</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>N</p><p>ot</p><p>ur</p><p>no</p><p>d</p><p>as</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>-</p><p>re</p><p>s</p><p>na</p><p>In</p><p>dú</p><p>st</p><p>ri</p><p>a</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>48</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>91</p><p>Fé</p><p>ri</p><p>as</p><p>R</p><p>em</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>as</p><p>d</p><p>os</p><p>M</p><p>ar</p><p>í-</p><p>tim</p><p>os</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>49</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>14</p><p>6</p><p>em</p><p>2</p><p>4.</p><p>09</p><p>.1</p><p>99</p><p>8.</p><p>92</p><p>A</p><p>lo</p><p>ja</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>de</p><p>Tr</p><p>ip</p><p>ul</p><p>aç</p><p>ão</p><p>a</p><p>Bo</p><p>rd</p><p>o</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>49</p><p>08</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>54</p><p>93</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>Sa</p><p>lá</p><p>ri</p><p>os</p><p>, D</p><p>u-</p><p>ra</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>a</p><p>Bo</p><p>rd</p><p>o</p><p>e</p><p>Tr</p><p>ip</p><p>ul</p><p>aç</p><p>ão</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>e</p><p>m</p><p>1</p><p>94</p><p>9)</p><p>19</p><p>49</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>A</p><p>C</p><p>on</p><p>ve</p><p>nç</p><p>ão</p><p>n</p><p>ão</p><p>e</p><p>nt</p><p>ro</p><p>u</p><p>em</p><p>vi</p><p>go</p><p>r.</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/456</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/457</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/457</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/458</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/458</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/459</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/459</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/460</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/460</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/461</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/461</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>86</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>94</p><p>Cl</p><p>áu</p><p>su</p><p>la</p><p>s</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>em</p><p>C</p><p>on</p><p>-</p><p>tr</p><p>at</p><p>os</p><p>c</p><p>om</p><p>Ó</p><p>rg</p><p>ão</p><p>s</p><p>Pú</p><p>bl</p><p>ic</p><p>os</p><p>19</p><p>49</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>95</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>Sa</p><p>lá</p><p>ri</p><p>o</p><p>19</p><p>49</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>96</p><p>Co</p><p>nc</p><p>er</p><p>ne</p><p>nt</p><p>e</p><p>ao</p><p>s</p><p>es</p><p>cr</p><p>itó</p><p>ri</p><p>os</p><p>re</p><p>m</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>os</p><p>d</p><p>e</p><p>em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>os</p><p>19</p><p>49</p><p>21</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>57</p><p>97</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ha</p><p>do</p><p>re</p><p>s</p><p>M</p><p>ig</p><p>ra</p><p>nt</p><p>es</p><p>(</p><p>Re</p><p>-</p><p>vi</p><p>st</p><p>a)</p><p>19</p><p>49</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>98</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>d</p><p>e</p><p>Si</p><p>nd</p><p>ic</p><p>al</p><p>iz</p><p>aç</p><p>ão</p><p>e</p><p>d</p><p>e</p><p>N</p><p>eg</p><p>oc</p><p>ia</p><p>çã</p><p>o</p><p>Co</p><p>le</p><p>tiv</p><p>a</p><p>19</p><p>49</p><p>18</p><p>/1</p><p>1/</p><p>19</p><p>52</p><p>99</p><p>M</p><p>ét</p><p>od</p><p>os</p><p>d</p><p>e</p><p>Fi</p><p>xa</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>S</p><p>al</p><p>ár</p><p>io</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>o</p><p>na</p><p>A</p><p>gr</p><p>ic</p><p>ul</p><p>tu</p><p>ra</p><p>19</p><p>51</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>10</p><p>0</p><p>Ig</p><p>ua</p><p>ld</p><p>ad</p><p>e</p><p>de</p><p>R</p><p>em</p><p>un</p><p>er</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>e</p><p>H</p><p>om</p><p>en</p><p>s</p><p>e</p><p>M</p><p>ul</p><p>he</p><p>re</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ha</p><p>-</p><p>do</p><p>re</p><p>s</p><p>po</p><p>r</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>d</p><p>e</p><p>Ig</p><p>ua</p><p>l</p><p>Va</p><p>lo</p><p>r</p><p>19</p><p>51</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>10</p><p>1</p><p>Fé</p><p>ri</p><p>as</p><p>R</p><p>em</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>as</p><p>n</p><p>a</p><p>A</p><p>gr</p><p>i-</p><p>cu</p><p>ltu</p><p>ra</p><p>19</p><p>52</p><p>25</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>57</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>13</p><p>2</p><p>em</p><p>2</p><p>3.</p><p>09</p><p>.1</p><p>99</p><p>8.</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/463</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/523</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/523</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/465</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/465</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/467</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/467</p><p>87</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>10</p><p>2</p><p>N</p><p>or</p><p>m</p><p>as</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>as</p><p>d</p><p>a</p><p>Se</p><p>gu</p><p>ri</p><p>da</p><p>-</p><p>de</p><p>S</p><p>oc</p><p>ia</p><p>l</p><p>19</p><p>52</p><p>15</p><p>/0</p><p>6/</p><p>20</p><p>09</p><p>10</p><p>3</p><p>A</p><p>m</p><p>pa</p><p>ro</p><p>à</p><p>M</p><p>at</p><p>er</p><p>ni</p><p>da</p><p>de</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>-</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>52</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>10</p><p>4</p><p>A</p><p>bo</p><p>liç</p><p>ão</p><p>d</p><p>as</p><p>S</p><p>an</p><p>çõ</p><p>es</p><p>P</p><p>en</p><p>ai</p><p>s</p><p>no</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>In</p><p>dí</p><p>ge</p><p>na</p><p>19</p><p>55</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>10</p><p>5</p><p>A</p><p>bo</p><p>liç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>F</p><p>or</p><p>ça</p><p>do</p><p>19</p><p>57</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>10</p><p>6</p><p>Re</p><p>po</p><p>us</p><p>o</p><p>Se</p><p>m</p><p>an</p><p>al</p><p>n</p><p>o</p><p>Co</p><p>m</p><p>ér</p><p>-</p><p>ci</p><p>o</p><p>e</p><p>no</p><p>s</p><p>Es</p><p>cr</p><p>itó</p><p>ri</p><p>os</p><p>19</p><p>57</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>10</p><p>7</p><p>Po</p><p>pu</p><p>la</p><p>çõ</p><p>es</p><p>In</p><p>dí</p><p>ge</p><p>na</p><p>s</p><p>e</p><p>Tr</p><p>ib</p><p>ai</p><p>s</p><p>19</p><p>57</p><p>18</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>65</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>16</p><p>9</p><p>em</p><p>2</p><p>5-</p><p>07</p><p>-2</p><p>00</p><p>2.</p><p>10</p><p>8</p><p>D</p><p>oc</p><p>um</p><p>en</p><p>to</p><p>s</p><p>de</p><p>Id</p><p>en</p><p>tid</p><p>ad</p><p>e</p><p>do</p><p>s</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>58</p><p>05</p><p>/1</p><p>1/</p><p>19</p><p>63</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a,</p><p>c</p><p>om</p><p>o</p><p>re</p><p>su</p><p>lta</p><p>do</p><p>da</p><p>r</p><p>ati</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>a</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>n.</p><p>º</p><p>18</p><p>5,</p><p>e</p><p>m</p><p>2</p><p>1.</p><p>01</p><p>.2</p><p>01</p><p>0</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/468</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/468</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/524</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/524</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/525</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/525</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/469</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/470</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/470</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/popula%C3%A7%C3%B5es-ind%C3%ADgenas-e-tribais</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/471</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/471</p><p>88</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>10</p><p>9</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>os</p><p>S</p><p>al</p><p>ár</p><p>io</p><p>s,</p><p>a</p><p>D</p><p>ur</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>a</p><p>B</p><p>or</p><p>-</p><p>do</p><p>e</p><p>a</p><p>s</p><p>Lo</p><p>ta</p><p>çõ</p><p>es</p><p>(</p><p>re</p><p>vi</p><p>st</p><p>a</p><p>em</p><p>19</p><p>58</p><p>)</p><p>19</p><p>58</p><p>30</p><p>/1</p><p>1/</p><p>19</p><p>66</p><p>A</p><p>C</p><p>on</p><p>ve</p><p>nç</p><p>ão</p><p>n</p><p>ão</p><p>e</p><p>nt</p><p>ro</p><p>u</p><p>em</p><p>vi</p><p>go</p><p>r.</p><p>11</p><p>0</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>as</p><p>Co</p><p>nd</p><p>i-</p><p>çõ</p><p>es</p><p>d</p><p>e</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>a-</p><p>lh</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>e</p><p>m</p><p>F</p><p>az</p><p>en</p><p>da</p><p>s</p><p>19</p><p>58</p><p>01</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>65</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a</p><p>em</p><p>2</p><p>8.</p><p>08</p><p>.1</p><p>97</p><p>0</p><p>11</p><p>1</p><p>D</p><p>is</p><p>cr</p><p>im</p><p>in</p><p>aç</p><p>ão</p><p>e</p><p>m</p><p>M</p><p>at</p><p>ér</p><p>ia</p><p>d</p><p>e</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>e</p><p>O</p><p>cu</p><p>pa</p><p>çã</p><p>o</p><p>19</p><p>58</p><p>26</p><p>/1</p><p>1/</p><p>19</p><p>65</p><p>11</p><p>3</p><p>Ex</p><p>am</p><p>e</p><p>M</p><p>éd</p><p>ic</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>Pe</p><p>sc</p><p>ad</p><p>o-</p><p>re</p><p>s</p><p>19</p><p>59</p><p>01</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>65</p><p>11</p><p>5</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>C</p><p>on</p><p>tr</p><p>a</p><p>as</p><p>R</p><p>ad</p><p>ia</p><p>çõ</p><p>es</p><p>19</p><p>60</p><p>05</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>66</p><p>11</p><p>6</p><p>Re</p><p>vi</p><p>sã</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>A</p><p>rti</p><p>go</p><p>s</p><p>Fi</p><p>na</p><p>is</p><p>19</p><p>61</p><p>05</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>66</p><p>11</p><p>7</p><p>O</p><p>bj</p><p>eti</p><p>vo</p><p>s</p><p>e</p><p>N</p><p>or</p><p>m</p><p>as</p><p>B</p><p>ás</p><p>ic</p><p>as</p><p>d</p><p>a</p><p>Po</p><p>líti</p><p>ca</p><p>S</p><p>oc</p><p>ia</p><p>l</p><p>19</p><p>62</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>69</p><p>11</p><p>8</p><p>Ig</p><p>ua</p><p>ld</p><p>ad</p><p>e</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ta</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>e</p><p>n-</p><p>tr</p><p>e</p><p>N</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>is</p><p>e</p><p>E</p><p>st</p><p>ra</p><p>ng</p><p>ei</p><p>ro</p><p>s</p><p>em</p><p>P</p><p>re</p><p>vi</p><p>dê</p><p>nc</p><p>ia</p><p>S</p><p>oc</p><p>ia</p><p>l</p><p>19</p><p>62</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>69</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/472</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/472</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/473</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/473</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/474</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/475</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/520</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/520</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>89</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>11</p><p>9</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>d</p><p>as</p><p>M</p><p>áq</p><p>ui</p><p>na</p><p>s</p><p>19</p><p>63</p><p>16</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>92</p><p>12</p><p>0</p><p>H</p><p>ig</p><p>ie</p><p>ne</p><p>n</p><p>o</p><p>Co</p><p>m</p><p>ér</p><p>ci</p><p>o</p><p>e</p><p>no</p><p>s</p><p>Es</p><p>-</p><p>cr</p><p>itó</p><p>ri</p><p>os</p><p>19</p><p>64</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>69</p><p>12</p><p>2</p><p>Po</p><p>líti</p><p>ca</p><p>d</p><p>e</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>19</p><p>64</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>69</p><p>12</p><p>4</p><p>Ex</p><p>am</p><p>e</p><p>M</p><p>éd</p><p>ic</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>A</p><p>do</p><p>le</p><p>sc</p><p>en</p><p>-</p><p>te</p><p>s</p><p>pa</p><p>ra</p><p>o</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>Su</p><p>bt</p><p>er</p><p>râ</p><p>-</p><p>ne</p><p>o</p><p>na</p><p>s</p><p>M</p><p>in</p><p>as</p><p>19</p><p>65</p><p>21</p><p>/0</p><p>8/</p><p>19</p><p>70</p><p>12</p><p>5</p><p>Ce</p><p>rti</p><p>fic</p><p>ad</p><p>os</p><p>de</p><p>Ca</p><p>pa</p><p>ci</p><p>da</p><p>de</p><p>do</p><p>s</p><p>Pe</p><p>sc</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>19</p><p>66</p><p>21</p><p>/0</p><p>8/</p><p>19</p><p>70</p><p>12</p><p>6</p><p>A</p><p>lo</p><p>ja</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>a</p><p>B</p><p>or</p><p>do</p><p>d</p><p>os</p><p>N</p><p>a-</p><p>vi</p><p>os</p><p>d</p><p>e</p><p>Pe</p><p>sc</p><p>a</p><p>19</p><p>66</p><p>12</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>94</p><p>12</p><p>7</p><p>Pe</p><p>so</p><p>M</p><p>áx</p><p>im</p><p>o</p><p>da</p><p>s</p><p>Ca</p><p>rg</p><p>as</p><p>19</p><p>67</p><p>21</p><p>/0</p><p>8/</p><p>19</p><p>70</p><p>13</p><p>1</p><p>Fi</p><p>xa</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>S</p><p>al</p><p>ár</p><p>io</p><p>s</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>os</p><p>,</p><p>Es</p><p>pe</p><p>ci</p><p>al</p><p>m</p><p>en</p><p>te</p><p>n</p><p>os</p><p>P</p><p>aí</p><p>se</p><p>s</p><p>em</p><p>D</p><p>es</p><p>en</p><p>vo</p><p>lv</p><p>im</p><p>en</p><p>to</p><p>19</p><p>70</p><p>04</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>83</p><p>13</p><p>2</p><p>Fé</p><p>ri</p><p>as</p><p>R</p><p>em</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>as</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>70</p><p>23</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>98</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/477</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/478</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/478</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/479</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/481</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/481</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/482</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/482</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/484</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/486</p><p>90</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>13</p><p>3</p><p>A</p><p>lo</p><p>ja</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>a</p><p>B</p><p>or</p><p>do</p><p>d</p><p>e</p><p>N</p><p>av</p><p>io</p><p>s</p><p>(D</p><p>is</p><p>po</p><p>si</p><p>çõ</p><p>es</p><p>Co</p><p>m</p><p>pl</p><p>em</p><p>en</p><p>ta</p><p>-</p><p>re</p><p>s)</p><p>19</p><p>70</p><p>16</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>92</p><p>13</p><p>4</p><p>Pr</p><p>ev</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>A</p><p>ci</p><p>de</p><p>nt</p><p>es</p><p>do</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>d</p><p>os</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>70</p><p>25</p><p>/0</p><p>7/</p><p>19</p><p>96</p><p>13</p><p>5</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>de</p><p>Re</p><p>pr</p><p>es</p><p>en</p><p>ta</p><p>nt</p><p>es</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>19</p><p>71</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>13</p><p>6</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>C</p><p>on</p><p>tr</p><p>a</p><p>os</p><p>R</p><p>is</p><p>co</p><p>s</p><p>da</p><p>In</p><p>to</p><p>xi</p><p>ca</p><p>çã</p><p>o</p><p>pe</p><p>lo</p><p>B</p><p>en</p><p>ze</p><p>no</p><p>19</p><p>71</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>93</p><p>13</p><p>7</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>P</p><p>or</p><p>tu</p><p>ár</p><p>io</p><p>19</p><p>73</p><p>12</p><p>/0</p><p>8/</p><p>19</p><p>94</p><p>13</p><p>8</p><p>Id</p><p>ad</p><p>e</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>a</p><p>pa</p><p>ra</p><p>A</p><p>dm</p><p>is</p><p>sã</p><p>o</p><p>19</p><p>73</p><p>28</p><p>/0</p><p>6/</p><p>20</p><p>01</p><p>13</p><p>9</p><p>Pr</p><p>ev</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>e</p><p>Co</p><p>nt</p><p>ro</p><p>le</p><p>d</p><p>e</p><p>Ri</p><p>s-</p><p>co</p><p>s</p><p>Pr</p><p>ofi</p><p>ss</p><p>io</p><p>na</p><p>is</p><p>C</p><p>au</p><p>sa</p><p>do</p><p>s</p><p>po</p><p>r</p><p>Su</p><p>bs</p><p>tâ</p><p>nc</p><p>ia</p><p>s</p><p>ou</p><p>A</p><p>ge</p><p>nt</p><p>es</p><p>C</p><p>an</p><p>-</p><p>ce</p><p>rí</p><p>ge</p><p>no</p><p>s</p><p>19</p><p>74</p><p>27</p><p>/0</p><p>6/</p><p>19</p><p>90</p><p>14</p><p>0</p><p>Li</p><p>ce</p><p>nç</p><p>a</p><p>Re</p><p>m</p><p>un</p><p>er</p><p>ad</p><p>a</p><p>pa</p><p>ra</p><p>E</p><p>s-</p><p>tu</p><p>do</p><p>s</p><p>19</p><p>74</p><p>16</p><p>/0</p><p>4/</p><p>19</p><p>92</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/488</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/488</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/489</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/489</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/491</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/492</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/494</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/494</p><p>91</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>14</p><p>1</p><p>O</p><p>rg</p><p>an</p><p>iz</p><p>aç</p><p>õe</p><p>s</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>ad</p><p>o-</p><p>re</p><p>s</p><p>Ru</p><p>ra</p><p>is</p><p>19</p><p>75</p><p>27</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>94</p><p>14</p><p>2</p><p>D</p><p>es</p><p>en</p><p>vo</p><p>lv</p><p>im</p><p>en</p><p>to</p><p>d</p><p>e</p><p>Re</p><p>cu</p><p>rs</p><p>os</p><p>H</p><p>um</p><p>an</p><p>os</p><p>19</p><p>75</p><p>24</p><p>/1</p><p>1/</p><p>19</p><p>81</p><p>14</p><p>4</p><p>Co</p><p>ns</p><p>ul</p><p>ta</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ip</p><p>ar</p><p>tit</p><p>es</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>N</p><p>or</p><p>m</p><p>as</p><p>In</p><p>te</p><p>rn</p><p>ac</p><p>io</p><p>na</p><p>is</p><p>d</p><p>o</p><p>Tr</p><p>a-</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>19</p><p>76</p><p>27</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>94</p><p>14</p><p>5</p><p>Co</p><p>nti</p><p>nu</p><p>id</p><p>ad</p><p>e</p><p>no</p><p>E</p><p>m</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>do</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>o</p><p>19</p><p>76</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>14</p><p>6</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Re</p><p>la</p><p>tiv</p><p>a</p><p>às</p><p>F</p><p>ér</p><p>ia</p><p>s</p><p>A</p><p>nu</p><p>ai</p><p>s</p><p>Pa</p><p>ga</p><p>s</p><p>do</p><p>s</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>76</p><p>24</p><p>/0</p><p>9/</p><p>19</p><p>98</p><p>14</p><p>7</p><p>N</p><p>or</p><p>m</p><p>as</p><p>M</p><p>ín</p><p>im</p><p>as</p><p>d</p><p>a</p><p>M</p><p>ar</p><p>in</p><p>ha</p><p>M</p><p>er</p><p>ca</p><p>nt</p><p>e</p><p>19</p><p>76</p><p>17</p><p>/0</p><p>1/</p><p>19</p><p>91</p><p>14</p><p>8</p><p>Co</p><p>nt</p><p>am</p><p>in</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>A</p><p>r,</p><p>Ru</p><p>íd</p><p>o</p><p>e</p><p>Vi</p><p>br</p><p>aç</p><p>õe</p><p>s</p><p>19</p><p>77</p><p>14</p><p>/0</p><p>1/</p><p>19</p><p>82</p><p>15</p><p>1</p><p>D</p><p>ire</p><p>ito</p><p>d</p><p>e</p><p>Si</p><p>nd</p><p>ic</p><p>al</p><p>iz</p><p>aç</p><p>ão</p><p>e</p><p>R</p><p>e-</p><p>la</p><p>çõ</p><p>es</p><p>d</p><p>e</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>n</p><p>a</p><p>A</p><p>dm</p><p>i-</p><p>ni</p><p>st</p><p>ra</p><p>çã</p><p>o</p><p>Pú</p><p>bl</p><p>ic</p><p>a</p><p>19</p><p>78</p><p>15</p><p>/0</p><p>6/</p><p>20</p><p>10</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/495</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/495</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/496</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/496</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/498</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/498</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/499</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/499</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/500</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/500</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>92</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>15</p><p>2</p><p>Se</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>e</p><p>H</p><p>ig</p><p>ie</p><p>ne</p><p>d</p><p>os</p><p>T</p><p>ra</p><p>-</p><p>ba</p><p>lh</p><p>os</p><p>P</p><p>or</p><p>tu</p><p>ár</p><p>io</p><p>s</p><p>19</p><p>79</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>15</p><p>4</p><p>Fo</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>à</p><p>N</p><p>eg</p><p>oc</p><p>ia</p><p>çã</p><p>o</p><p>Co</p><p>le</p><p>-</p><p>tiv</p><p>a</p><p>19</p><p>81</p><p>10</p><p>/0</p><p>7/</p><p>19</p><p>92</p><p>15</p><p>5</p><p>Se</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>e</p><p>Sa</p><p>úd</p><p>e</p><p>do</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>a-</p><p>lh</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>19</p><p>81</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>92</p><p>15</p><p>8</p><p>Té</p><p>rm</p><p>in</p><p>o</p><p>da</p><p>R</p><p>el</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>e</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>a-</p><p>lh</p><p>o</p><p>po</p><p>r</p><p>In</p><p>ic</p><p>ia</p><p>tiv</p><p>a</p><p>do</p><p>E</p><p>m</p><p>pr</p><p>eg</p><p>a-</p><p>do</p><p>r</p><p>19</p><p>82</p><p>05</p><p>/0</p><p>1/</p><p>19</p><p>95</p><p>D</p><p>en</p><p>un</p><p>ci</p><p>ad</p><p>a</p><p>em</p><p>2</p><p>0.</p><p>11</p><p>.1</p><p>99</p><p>6</p><p>15</p><p>9</p><p>Re</p><p>ab</p><p>ili</p><p>ta</p><p>çã</p><p>o</p><p>Pr</p><p>ofi</p><p>ss</p><p>io</p><p>na</p><p>l e</p><p>E</p><p>m</p><p>-</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>de</p><p>P</p><p>es</p><p>so</p><p>as</p><p>D</p><p>efi</p><p>ci</p><p>en</p><p>te</p><p>s</p><p>19</p><p>83</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>16</p><p>0</p><p>Es</p><p>ta</p><p>tís</p><p>tic</p><p>as</p><p>d</p><p>o</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>-</p><p>ta</p><p>)</p><p>19</p><p>85</p><p>02</p><p>/0</p><p>7/</p><p>19</p><p>90</p><p>16</p><p>1</p><p>Se</p><p>rv</p><p>iç</p><p>os</p><p>d</p><p>e</p><p>Sa</p><p>úd</p><p>e</p><p>do</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>19</p><p>85</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>16</p><p>2</p><p>U</p><p>til</p><p>iz</p><p>aç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>A</p><p>m</p><p>ia</p><p>nt</p><p>o</p><p>co</p><p>m</p><p>S</p><p>e-</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>19</p><p>86</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>19</p><p>90</p><p>16</p><p>3</p><p>Be</p><p>m</p><p>-E</p><p>st</p><p>ar</p><p>d</p><p>os</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>n</p><p>o</p><p>M</p><p>ar</p><p>e</p><p>n</p><p>o</p><p>Po</p><p>rt</p><p>o</p><p>19</p><p>87</p><p>04</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>97</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/502</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/502</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/503</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/503</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/504</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/504</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/506</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/506</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/507</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/508</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/508</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>93</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>16</p><p>4</p><p>Pr</p><p>ot</p><p>eç</p><p>ão</p><p>à</p><p>S</p><p>aú</p><p>de</p><p>e</p><p>A</p><p>ss</p><p>is</p><p>tê</p><p>n-</p><p>ci</p><p>a</p><p>M</p><p>éd</p><p>ic</p><p>a</p><p>ao</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ha</p><p>do</p><p>re</p><p>s</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>87</p><p>04</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>97</p><p>16</p><p>6</p><p>Re</p><p>pa</p><p>tr</p><p>ia</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>ad</p><p>or</p><p>es</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>87</p><p>04</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>97</p><p>16</p><p>7</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>a</p><p>Se</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>e</p><p>Sa</p><p>úd</p><p>e</p><p>na</p><p>C</p><p>on</p><p>st</p><p>ru</p><p>çã</p><p>o</p><p>19</p><p>88</p><p>19</p><p>/0</p><p>5/</p><p>20</p><p>06</p><p>16</p><p>8</p><p>Pr</p><p>om</p><p>oç</p><p>ão</p><p>d</p><p>o</p><p>Em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>e</p><p>Pr</p><p>o-</p><p>te</p><p>çã</p><p>o</p><p>Co</p><p>nt</p><p>ra</p><p>o</p><p>D</p><p>es</p><p>em</p><p>pr</p><p>eg</p><p>o</p><p>19</p><p>88</p><p>24</p><p>/0</p><p>3/</p><p>19</p><p>93</p><p>16</p><p>9</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>Po</p><p>vo</p><p>s</p><p>In</p><p>dí</p><p>ge</p><p>na</p><p>s</p><p>e</p><p>Tr</p><p>i-</p><p>ba</p><p>is</p><p>19</p><p>89</p><p>25</p><p>/0</p><p>7/</p><p>20</p><p>02</p><p>17</p><p>0</p><p>Se</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>no</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>co</p><p>m</p><p>Pr</p><p>od</p><p>ut</p><p>os</p><p>Q</p><p>uí</p><p>m</p><p>ic</p><p>os</p><p>19</p><p>90</p><p>23</p><p>/1</p><p>2/</p><p>19</p><p>96</p><p>17</p><p>1</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>N</p><p>ot</p><p>ur</p><p>no</p><p>19</p><p>90</p><p>18</p><p>/1</p><p>2/</p><p>20</p><p>02</p><p>17</p><p>4</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>a</p><p>Pr</p><p>ev</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>A</p><p>ci</p><p>de</p><p>nt</p><p>es</p><p>In</p><p>du</p><p>st</p><p>ri</p><p>ai</p><p>s</p><p>M</p><p>ai</p><p>o-</p><p>re</p><p>s</p><p>19</p><p>93</p><p>02</p><p>/0</p><p>8/</p><p>20</p><p>01</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/511</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/511</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/513</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/513</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/514</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/514</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/515</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>94</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Tí</p><p>tu</p><p>lo</p><p>A</p><p>do</p><p>çã</p><p>o</p><p>O</p><p>IT</p><p>Ra</p><p>ti</p><p>fic</p><p>aç</p><p>ão</p><p>Br</p><p>as</p><p>il</p><p>O</p><p>bs</p><p>er</p><p>va</p><p>çã</p><p>o</p><p>17</p><p>6</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>se</p><p>gu</p><p>ra</p><p>nç</p><p>a</p><p>e</p><p>sa</p><p>úd</p><p>e</p><p>na</p><p>s</p><p>m</p><p>in</p><p>as</p><p>19</p><p>95</p><p>18</p><p>/0</p><p>5/</p><p>20</p><p>06</p><p>17</p><p>8</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>Re</p><p>la</p><p>tiv</p><p>a</p><p>à</p><p>In</p><p>sp</p><p>e-</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>s</p><p>Co</p><p>nd</p><p>iç</p><p>õe</p><p>s</p><p>de</p><p>V</p><p>id</p><p>a</p><p>e</p><p>de</p><p>T</p><p>ra</p><p>ba</p><p>lh</p><p>o</p><p>do</p><p>s</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ha</p><p>do</p><p>-</p><p>re</p><p>s</p><p>M</p><p>ar</p><p>íti</p><p>m</p><p>os</p><p>19</p><p>96</p><p>21</p><p>/1</p><p>2/</p><p>20</p><p>07</p><p>18</p><p>2</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>Pr</p><p>oi</p><p>bi</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>s</p><p>Pi</p><p>or</p><p>es</p><p>F</p><p>or</p><p>m</p><p>as</p><p>d</p><p>e</p><p>Tr</p><p>ab</p><p>al</p><p>ho</p><p>In</p><p>fa</p><p>nti</p><p>l</p><p>e</p><p>A</p><p>çã</p><p>o</p><p>Im</p><p>ed</p><p>ia</p><p>ta</p><p>p</p><p>ar</p><p>a</p><p>su</p><p>a</p><p>El</p><p>im</p><p>in</p><p>aç</p><p>ão</p><p>19</p><p>99</p><p>02</p><p>/0</p><p>2/</p><p>20</p><p>00</p><p>18</p><p>5</p><p>Co</p><p>nv</p><p>en</p><p>çã</p><p>o</p><p>so</p><p>br</p><p>e</p><p>os</p><p>D</p><p>oc</p><p>u-</p><p>m</p><p>en</p><p>to</p><p>s</p><p>de</p><p>Id</p><p>en</p><p>tid</p><p>ad</p><p>e</p><p>da</p><p>g</p><p>en</p><p>-</p><p>te</p><p>d</p><p>o</p><p>m</p><p>ar</p><p>(R</p><p>ev</p><p>is</p><p>ta</p><p>)</p><p>20</p><p>03</p><p>21</p><p>/0</p><p>1/</p><p>20</p><p>10</p><p>Fo</p><p>nt</p><p>e:</p><p>h</p><p>ttp</p><p>:/</p><p>/w</p><p>w</p><p>w.</p><p>oi</p><p>tb</p><p>ra</p><p>sil</p><p>.o</p><p>rg</p><p>.b</p><p>r0</p><p>6a</p><p>go</p><p>st</p><p>o2</p><p>01</p><p>3à</p><p>s2</p><p>3h</p><p>34</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/516</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/516</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br06agosto2013às23h34</p><p>95</p><p>2�3� Hierarquia e a Legislação</p><p>Aplicada</p><p>2�3�1� Conceito e Hierarquia na</p><p>Normatização</p><p>A Constituição Federal brasileira dispõe:</p><p>Art. 165 - A constituição assegura aos tra-</p><p>balhadores os seguintes direitos, além de outros</p><p>que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua</p><p>condição social:</p><p>...</p><p>XVI - previdência social nos casos de</p><p>doença, velhice, invalidez e morte, seguro-</p><p>-desemprego, seguro contra acidentes do</p><p>trabalho e proteção da maternidade, me-</p><p>diante contribuição da União, do emprega-</p><p>dor e do empregado.</p><p>É claro que, ao destacar no texto constitu-</p><p>cional o seguro contra acidentes do trabalho, a ques-</p><p>tão é de suma importância para o Estado Brasileiro.</p><p>Neste sentido, cumpre destacar que a Cons-</p><p>tituição é:</p><p>96</p><p>a lei fundamental da organização política</p><p>duma nação soberana, que determina a sua forma</p><p>de governo, institui os poderes públicos, regula as</p><p>suas funções e estabelece os direitos e deveres es-</p><p>senciais do cidadão em relação ao Estado.</p><p>Assim sendo, sob ponto de vista da hierar-</p><p>quia das normas, não se pode ignorar que a Consti-</p><p>tuição Federal está acima de qualquer Lei neste País.</p><p>Portanto, todas as Leis (chamadas de Leis</p><p>Infraconstitucionais), colocam-se abaixo da Consti-</p><p>tuição Federal</p><p>e devem, para terem validade e serem</p><p>eficazes, estar em harmonia com a Constituição, as-</p><p>sim como, com os princípios que regem o País.</p><p>Como sabemos, há leis, decretos e portarias</p><p>federais, estaduais e municipais que se ocupam, di-</p><p>reta ou indiretamente, de higiene, segurança e medi-</p><p>cina do trabalho. Para o bom entendimento dessas</p><p>disposições legais e administrativas, é indispensável</p><p>certa familiaridade com os preceitos correlatos da</p><p>Constituição (também chamada de Carta Magna, Lei</p><p>Fundamental), assim vejamos:</p><p>Primeiramente, é importante considerar que</p><p>o Brasil constituiu-se com República Federativa, em</p><p>que a União, os Estados e os Municípios têm seus</p><p>campos de ação delimitados.</p><p>O artigo 8º da Constituição Federal reúne</p><p>97</p><p>tudo o que compete à União, inclusive o seu poder</p><p>de legislar sobre direito do trabalho, de seguro e pre-</p><p>vidência social e de defesa e proteção da saúde.</p><p>Razão pela qual as normas legais, relativas às</p><p>determinações aos empresários no sentido de preve-</p><p>nir acidentes do trabalho, estão colocadas na Consoli-</p><p>dação das Leis do Trabalho, cuja elaboração compete</p><p>à União, haja vista a determinação constitucional em</p><p>razão da matéria, ou seja, pelo fato de ser relacionada</p><p>ao Trabalhador, portanto, ao Direito do Trabalho.</p><p>O seguro de acidentes do trabalho, por força</p><p>do disposto na Lei n.º 5.316, de 14 de setembro de</p><p>1967, passou a integrar o sistema geral da Previdência</p><p>Social. Legislar sobre essa matéria também é de</p><p>competência da União.</p><p>Para o presente, faz-se necessário destacar o</p><p>parágrafo único do artigo 8º da Constituição, que</p><p>diz: «a competência da União exclui a dos Estados</p><p>para legislar supletivamente»</p><p>Assim sendo, a Constituição exclui o Estado</p><p>de legislar supletivamente sobre direito do trabalho,</p><p>bem como, sobre higiene e segurança do trabalho.</p><p>Contudo, muitas normas de proteção da saúde</p><p>pública são da lavra dos Estados, e muitas normas mu-</p><p>nicipais que disciplinam as obras urbanas apresentam</p><p>pontos de contato com certos aspectos da segurança,</p><p>higiene e medicina do trabalho, prevalecendo, em caso</p><p>de normas contraditórias, a proveniente da União.</p><p>98</p><p>2�3�2� Normas Aplicadas à</p><p>Segurança do Trabalho para Prevenção</p><p>e Controle de Risco</p><p>A história nos dá a noção exata da importân-</p><p>cia das normas aplicadas à Segurança do Trabalho</p><p>para prevenção e controle de riscos, e isso remonta</p><p>ao início com a Revolução Industrial, a qual permi-</p><p>tiu a organização das primeiras fábricas modernas, a</p><p>extinção das fábricas artesanais e o fim da escravatu-</p><p>ra, significando uma revolução econômica, social e</p><p>moral. Contudo, foi com o surgimento das primeiras</p><p>indústrias que os acidentes de trabalho e as doenças</p><p>profissionais se alastraram.</p><p>Assim, os acidentes de trabalho e as doenças</p><p>eram, em grande parte, provocados por substâncias</p><p>e ambientes inadequados com condições subumanas.</p><p>Também naquela oportunidade era grande o</p><p>número de doentes e também de mutilados.</p><p>Com o surgimento de trabalhadores espe-</p><p>cializados e melhor treinados para manusear equi-</p><p>pamentos complexos, que necessitavam de cuidados</p><p>especiais para garantir maior proteção e melhor qua-</p><p>lidade, verificou-se alguma melhora.</p><p>Até a Primeira Guerra Mundial, apenas ten-</p><p>tativas isoladas para controlar os acidentes e doenças</p><p>ocupacionais haviam sido feitas. Dando oportunidade</p><p>para, após a sua constatação, as primeiras tentativas</p><p>99</p><p>científicas de proteção ao trabalhador, com esforços</p><p>voltados ao estudo das doenças, das condições am-</p><p>bientais, do layout de máquinas, equipamentos e ins-</p><p>talações, bem como das proteções necessárias para</p><p>evitar a ocorrência de acidentes e incapacidades.</p><p>Durante a Segunda Grande Guerra, o mo-</p><p>vimento prevencionista realmente toma forma, pois</p><p>foi quando se percebeu que a capacidade industrial</p><p>dos países em luta seria o ponto crucial para deter-</p><p>minar o vencedor, capacidade esta mais facilmente</p><p>adquirida com um maior número de trabalhadores</p><p>em produção ativa e não acidentados ou doentes.</p><p>Neste momento, a Higiene e Segurança do</p><p>Trabalho ganhou destaque, firmando-se numa fun-</p><p>ção importante para os processos produtivos.</p><p>Nos países desenvolvidos, este conceito já é</p><p>popularizado, os países em desenvolvimento lutam</p><p>para implantá-lo.</p><p>Nos países da América Latina, a exemplo da</p><p>Revolução Industrial, a preocupação com os aciden-</p><p>tes do trabalho e doenças ocupacionais também ocor-</p><p>reu mais tardiamente, sendo que, no Brasil, os primei-</p><p>ros passos surgem no início da década de trinta sem</p><p>grandes resultados, tendo sido, inclusive, apontado na</p><p>década de setenta como o campeão em acidentes do</p><p>trabalho, contudo, evoluímos neste quesito.</p><p>A evolução se deu em razão, notadamente,</p><p>da melhora das condições de vida.</p><p>100</p><p>É importante considerar que, sob o aspecto</p><p>humano, a preservação da integridade física e mental</p><p>é um direito de toda a pessoa humana, portanto, de</p><p>todo trabalhador.</p><p>A evolução sobre Segurança do Trabalho</p><p>teve os seus marcos, quais sejam:</p><p>→ 1911: Começa-se a implementar com</p><p>maior amplitude o tratamento médico industrial;</p><p>→ 1919: Fundação da Organização Interna-</p><p>cional do Trabalho - OIT, em Genebra, na Suíça. Nes-</p><p>ta época, o Comitê da OIT estabelecido em Genebra,</p><p>estudando as condições de trabalho e vida dos traba-</p><p>lhadores no mundo, tornou-se obrigatória a constitui-</p><p>ção de Comissões, compostas de representantes do</p><p>empregador e dos empregados, com o objetivo de ze-</p><p>lar pela prevenção dos acidentes do trabalho, quando</p><p>as empresas tivessem 25 ou mais empregados.</p><p>→ No Brasil, simultaneamente, surge a</p><p>primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de n.º</p><p>3.724, de 15 de janeiro de 1919.</p><p>→ 1921: A Organização Internacional do</p><p>Trabalho – OIT organizou um Comitê para o Estu-</p><p>do de Assuntos referentes à Segurança e a Higiene</p><p>no Trabalho.</p><p>→ 1934: Tempos depois, em 10 de julho de</p><p>1934, foi promulgada a segunda Lei de Acidentes do</p><p>Trabalho através do Decreto n.º 24.637</p><p>101</p><p>→ 1943: Criação da Consolidação das Leis</p><p>do Trabalho – CLT</p><p>→ 944: Oficialmente instituída a criação da</p><p>CIPA - Comissão Interna Para Prevenção de Aciden-</p><p>tes, no Brasil: Getúlio Vargas, 21 anos após a reco-</p><p>mendação feita pela OIT, promulgou em 10.1.1944,</p><p>o Decreto – Lei n.º 7.036, fixando a obrigatoriedade</p><p>da criação de Comitês de Segurança em Empresas</p><p>que tivessem 100 ou mais empregados. O decreto</p><p>acima ficou conhecido como Nova Lei de Preven-</p><p>ção de Acidentes.</p><p>→ 1953: Em 27.01.1953, a Portaria 155 ofi-</p><p>cializava a sigla CIPA – Comissão Interna de Preven-</p><p>ção de Acidentes.</p><p>→ 1967: Em 26.02.1967, no Governo do</p><p>Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n.º 229 mo-</p><p>dificou o texto do Capítulo V, título I, da CLT, o qual</p><p>dispunha de assuntos de Segurança e de Higiene no</p><p>Trabalho. Com esta modificação, o artigo 164 da</p><p>CLT que tratava de assuntos referentes à CIPA foi</p><p>alterado e ficou conforme o seguinte texto:</p><p>→ Art. 164 – As empresas que, a critério</p><p>da autoridade competente em matéria de Segurança</p><p>e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em</p><p>condições estabelecidas nas normas expedidas pelo</p><p>Departamento Nacional de Segurança e Higiene do</p><p>Trabalho, deverão manter, obrigatoriamente, o Ser-</p><p>viço Especializado em Segurança e em Higiene do</p><p>102</p><p>Trabalho e constituir Comissões Internas de Preven-</p><p>ção de Acidentes – CIPAs.</p><p>→ § 1. 0 O Departamento Nacional</p><p>de Segurança e Higiene do Trabalho definirá</p><p>as características do pessoal especializado em</p><p>Segurança e Higiene do Trabalho, quanto às atri-</p><p>buições, à qualificação e à proporção relacionada</p><p>ao número de empregados das empresas com-</p><p>preendidas no presente artigo.</p><p>→ § 2. 0 As Comissões Internas de Prevenção de</p><p>Acidentes (CIPAS) serão compostas de representantes</p><p>de empregadores e empregados e funcionarão segundo</p><p>normas fixadas pelo Departamento Nacional de</p><p>Segurança e Higiene do Trabalho.</p><p>→ 1968: Portaria 3.456: - Em 29 de novem-</p><p>bro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de</p><p>100 para 50 empregados como o limite em que se tor-</p><p>na obrigatória a criação das CIPAs em cada Empresa.</p><p>2�3�2�1� Segurança no Trabalho</p><p>A Segurança do Trabalho pode ser entendi-</p><p>da como conjuntos de medidas que são adotadas,</p><p>visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças</p><p>ocupacionais, bem como proteger a integridade e a</p><p>capacidade de trabalho do trabalhador.</p><p>É composta por diversas disciplinas, tais</p><p>como: Introdução à Segurança, Higiene e Medicina</p><p>103</p><p>do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em</p><p>Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia</p><p>na Engenharia de Segurança, Comunicação e Trei-</p><p>namento, Administração aplicada à Engenharia de</p><p>Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho,</p><p>Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Le-</p><p>gislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e</p><p>Criminal, Perícias, Proteção do Meio Ambiente, Er-</p><p>gonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e</p><p>Explosões e Gerência de Riscos.</p><p>Contudo, a Segurança do Trabalho deve ser</p><p>entendida com prevenção e, para isto, a Indústria</p><p>deve se preocupar com a preservação da integridade</p><p>física do trabalhador e também precisa ser conside-</p><p>rada como fator de produção.</p><p>Os acidentes, provocando ou não lesão, in-</p><p>fluenciam na produção porque proporcionam:</p><p>→ eventuais perdas materiais;</p><p>→ diminuição da eficiência do trabalhador</p><p>acidentado ao retornar ao trabalho e de seus</p><p>companheiros, devido ao impacto provoca-</p><p>do pelo acidente;</p><p>→ aumento da renovação de mão de obra;</p><p>→ elevação dos prêmios de seguro de acidente;</p><p>→ aos trabalhadores abalo em sua moral;</p><p>→ sacrifício a qualidade dos produtos.</p><p>104</p><p>O quadro de Segurança do Trabalho de uma</p><p>empresa deve compor-se de uma equipe multidisci-</p><p>plinar contando com:</p><p>→ Técnico de Segurança do Trabalho;</p><p>→ Engenheiro de Segurança do Trabalho;</p><p>→ Médico do Trabalho;</p><p>→ Enfermeiro do Trabalho; e</p><p>→ Técnico de enfermagem do trabalho.</p><p>Estes profissionais formam o que chama-</p><p>mos de SESMT - Serviço Especializado em Enge-</p><p>nharia de Segurança e Medicina do Trabalho.</p><p>Pelos empregados da empresa, se constitui a</p><p>Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA),</p><p>que tem como objetivo a prevenção de acidentes e</p><p>doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar</p><p>compatível permanentemente o trabalho com a preser-</p><p>vação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.</p><p>A segurança do trabalho propõe-se a com-</p><p>bater os acidentes de trabalho, quer eliminando as</p><p>condições inseguras do ambiente, quer educando os</p><p>trabalhadores às medidas preventivas.</p><p>A Segurança do Trabalho é definida por</p><p>normas e leis específicas.</p><p>No Brasil, a Legislação de Segurança do</p><p>Trabalho compõe-se de Normas Regulamentado-</p><p>ras e outras leis complementares, como portarias e</p><p>105</p><p>decretos e também as convenções Internacionais da</p><p>Organização Internacional do Trabalho, ratificadas</p><p>pelo Brasil.</p><p>2�3�2�2� Leis, Normas, Portarias e</p><p>Regulamentações</p><p>No Brasil, os princípios básicos da Seguran-</p><p>ça do Trabalho são ditados e orientados pelas Nor-</p><p>mas Regulamentadoras – NRs.</p><p>A partir das NRs poderemos nos guiar e verifi-</p><p>car as situações de risco de uma determinada instalação.</p><p>Por sua vez, estas Normas Regulamentado-</p><p>ras – NRs apoiam-se e se relacionam com Normas</p><p>Técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos compe-</p><p>tentes, inclusive Normas Técnicas Internacionais.</p><p>A Segurança e Medicina do Trabalho atualmen-</p><p>te é regida por Leis, Normas e Portarias, quais sejam:</p><p>→ Constituição Federal de 1988;</p><p>→ Consolidação das Leis do Trabalho</p><p>– CLT, Capítulo V - Segurança e Medici-</p><p>na do Trabalho, (Decreto Lei n o 5.452 de</p><p>01.05.1943, atualizada pela Lei n.º 6.514, de</p><p>2 de janeiro de 1977)</p><p>→ Normas Regulamentadoras (NRs),</p><p>aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 08</p><p>de junho de 1978;</p><p>106</p><p>→ Decreto n.º 4.085, de 15 de janeiro de</p><p>2002, o qual promulgou a Convenção n.º</p><p>174 da OIT, bem como, a Recomendação</p><p>n.º 181 sobre a Prevenção de Acidentes In-</p><p>dustriais Maiores.</p><p>É muito importante também que sejam</p><p>seguidas as recomendações técnicas relativas à Segu-</p><p>rança do Trabalhador encontradas nos livros técnicos</p><p>que regem o assunto, nos manuais técnicos, nos trei-</p><p>namentos específicos, dentre outros.</p><p>2�3�3�3 Organismos Normalizadores</p><p>Os Organismos Normalizadores podem ser as</p><p>Instituições governamentais ligadas à Segurança e Medi-</p><p>cina do Trabalho e demais entidades não governamen-</p><p>tais que se dedicam ao tema, dentre elas destacamos:</p><p>→ Ministério do Trabalho e Emprego –</p><p>MTE e seus Órgãos Regionais do MTb;</p><p>→ Previdência Social;</p><p>→ Secretaria de Segurança e Saúde no Tra-</p><p>balho - SSST órgão de âmbito nacional com-</p><p>petente para coordenar, orientar, controlar e</p><p>supervisionar as atividades relacionadas com</p><p>a segurança e medicina do trabalho;</p><p>→ Secretaria de Segurança e Medicina do</p><p>107</p><p>Trabalho – SSMT;</p><p>→ SRTE, nos limites de sua jurisdição, ór-</p><p>gão regional competente para executar as</p><p>atividades relacionadas à segurança e medi-</p><p>cina do trabalho;</p><p>→ Órgãos Federais, Estaduais e Munici-</p><p>pais: Podem, ainda, ser delegadas a outros</p><p>Órgãos Federais, estaduais e municipais, me-</p><p>diante convênio autorizado pelo Ministro do</p><p>Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou</p><p>orientação às empresas, quanto ao cumpri-</p><p>mento dos preceitos legais e regulamentares</p><p>sobre segurança e medicina do trabalho.</p><p>→ Departamento de Segurança e Saúde</p><p>no Trabalho;</p><p>→ Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Fi-</p><p>gueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho</p><p>→ SOBES – Sociedade Brasileira de Enge-</p><p>nharia de Segurança</p><p>→ ABNT – Associação Brasileira de Nor-</p><p>mas Técnicas;</p><p>→ ANAMT – Associação Nacional de Me-</p><p>dicina do Trabalho;</p><p>→ ABMT – Associação Brasileira de Medi-</p><p>cina do Trabalho;</p><p>→ ABPA – Associação Brasileira para Pre-</p><p>venção de Acidentes;</p><p>→ ABHO - Associação Brasileira de</p><p>108</p><p>Higienistas Ocupacionais;</p><p>→ FENATEST - Federação Nacional dos</p><p>Técnicos de Segurança do Trabalho;</p><p>→ OMS/OPAS - Organização Mundial</p><p>da Saúde;</p><p>→ OIT – Organização Internacional do</p><p>Trabalho;</p><p>→ Abraphiset - Associação Brasileira dos</p><p>Profissionais de Higiene e Seg. do Trabalho;</p><p>→ Anent - Associação Nacional de Enfer-</p><p>magem do Trabalho;</p><p>→ Anest - Associação Nacional de Enge-</p><p>nharia de Segurança do Trabalho.</p><p>É importante considerar que a International Orga-</p><p>nization for Standardization (ISO), com a International Elec-</p><p>trotechnical Commission (IEC) formam os dois principais</p><p>fóruns de normalização internacional.24</p><p>As normas internacionais são reconhecidas</p><p>pela Organização Mundial do Comércio (OMC)</p><p>como a base para o comércio internacional, e o seu</p><p>cumprimento significa contar com as melhores con-</p><p>dições para ultrapassar eventuais barreiras técnicas.</p><p>A ISO foi fundada em 1945 por uma comissão</p><p>24 - http://rabci.org/rabci/sites/default/files/Trabalho_FINAL_</p><p>Normalizacao.pdf19agosto2013às02h45</p><p>109</p><p>de 25 países, incluindo o Brasil, eles queriam criar um</p><p>organismo mundial que tivesse o propósito de facilitar a</p><p>coordenação internacional e a harmonização de normas</p><p>industriais. Atualmente, é composta por 149 países, em</p><p>diversas regiões, incluindo desenvolvidos, subdesenvol-</p><p>vidos e em desenvolvimento. Tem aproximadamente</p><p>15000 padrões que promovem o alcance de benefícios</p><p>para quase todos os setores industriais, de negócios e tec-</p><p>nologia. A ISO elabora e difunde as normas internacio-</p><p>nais relativas a todos os domínios de atividades, deixando</p><p>a cargo da IEC as normas de teor eletroeletrônico.</p><p>No Brasil, tanto a IEC como a ISO são</p><p>representadas pela ABNT.</p><p>A ABNT é maior organização de regula-</p><p>mentação técnica do Brasil. Foi fundada em 1940,</p><p>“para fornecer a base necessária ao desenvolvimento</p><p>tecnológico brasileiro”.25</p><p>Dentre os vários objetivos, vale destacar o</p><p>principal que é a elaboração e o incentivo do uso de</p><p>normas técnicas, mantendo-as sempre atualizadas.</p><p>Para que uma nova norma seja aprovada, ela</p><p>precisa passar pelo comitê referente à área desejada</p><p>que irá analisar e formular um consenso entre con-</p><p>sumidores e produtores para, logo em seguida, en-</p><p>trar em votação nacional.</p><p>Com relação aos comitês, os dados mais</p><p>25 - ABNT, 1998, p.18.</p><p>110</p><p>recentes, encontrados no site da Associação, são os</p><p>que a ABNT possui 53 Comitês (ABNT/CB) e</p><p>3 Or-</p><p>ganismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS).</p><p>2�3�3� A Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho e a Segurança do Trabalho para</p><p>a Prevenção e Controle de Risco</p><p>O Procurador João Carlos Teixeira fez pu-</p><p>blicar artigo “A legislação de saúde do trabalhador</p><p>aplicável e vigente no Brasil” 26 do qual destacamos:</p><p>Hodiernamente, em nosso ordenamen-</p><p>to jurídico, a segurança, higiene e medicina do</p><p>trabalho, foi alçada a matéria de direito consti-</p><p>tucional, sendo direito social indisponível dos</p><p>trabalhadores, ou melhor, direito público subje-</p><p>tivo dos trabalhadores, exercerem suas funções</p><p>em ambiente de trabalho seguro e sadio, caben-</p><p>do ao empregador tomar as medidas necessá-</p><p>rias no sentido de reduzir os riscos inerentes ao</p><p>trabalho, por meio de normas de saúde, higiene</p><p>e segurança (inciso XXII do art. 7º).O direito à</p><p>saúde, ao trabalho, à segurança e à previdência</p><p>26 - TEIXEIRA. João Carlos A legislação de saúde do trabalhador</p><p>aplicável e vigente no Brasil http://www.pgt.mpt.gov.br/publicacoes/</p><p>pub48.html19agosto201302h24</p><p>111</p><p>social está previsto no art. 6º da Constituição da</p><p>República. Os arts. 196 a 200 da Carta Consti-</p><p>tucional dispõem que a Saúde é direito de todos</p><p>e dever do Estado, garantir e promover a efe-</p><p>tividade desse direito, mediante políticas, ações</p><p>e serviços públicos de saúde, organizados em</p><p>um sistema único, que podem ser complemen-</p><p>tados por outros serviços de assistência à saúde</p><p>prestados por instituições privadas. Tais ações</p><p>e serviços são de relevância pública, cabendo</p><p>ao Poder Público dispor, nos termos da lei, so-</p><p>bre sua regulamentação, fiscalização e controle,</p><p>devendo sua execução ser feita diretamente ou</p><p>através de terceiros e, também, por pessoa físi-</p><p>ca ou jurídica de direito privado.</p><p>É sabido, e reitera o citado Procurador,</p><p>que nos termos dos incisos II e VIII do art. 200</p><p>da CF/88, compete ao Sistema Único de Saúde,</p><p>entre outras coisas, executar as ações de vigilância</p><p>sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde</p><p>do trabalhador; e colaborar na proteção do meio</p><p>ambiente, nele compreendido o do trabalho.</p><p>O art. 225 da Magna Carta assegura o di-</p><p>reito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,</p><p>essencial à sadia qualidade de vida.</p><p>O meio ambiente de trabalho também</p><p>112</p><p>encontra proteção jurídica nesse dispositivo cons-</p><p>titucional, especificamente no inciso V do §1º, que</p><p>dispõe, in verbis:</p><p>§1º Para assegurar a efetividade desse direito,</p><p>incumbe ao Poder Público:</p><p>(...)</p><p>V - controlar a produção, a comercialização</p><p>e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que</p><p>comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o</p><p>meio ambiente; (nota: regulamentado pela Lei n°</p><p>8.974, de 05.01.95)</p><p>A interpretação sistemática do disposto nos</p><p>arts. 6º, 7º, XXII, 196 a 200 e art. 225, §1º, V da Cons-</p><p>tituição da República, não deixa dúvidas de que a</p><p>saúde do trabalhador e o meio ambiente do trabalho</p><p>foram também alçados a direito social de natureza</p><p>constitucional, cujo cumprimento é imposto por lei</p><p>ao empregador, conforme se verifica das prescrições</p><p>dos arts. 154 a 201 da CLT (com redação dada pela</p><p>Lei 6.514/77) e nas Portarias 3.214/78 e 3.067/88,</p><p>que tratam das normas regulamentares relativas à se-</p><p>gurança e medicina do trabalho, sendo certo que a</p><p>efetividade do direito requer a firme atuação do Po-</p><p>der Público, no sentido de exigir e fiscalizar o cumpri-</p><p>mento da lei.</p><p>113</p><p>Não se discute mais a normas regulamen-</p><p>tadoras de medicina e segurança no trabalho, esta-</p><p>belecidas em lei ou em Portarias do Ministério do</p><p>Trabalho e Emprego, haja vista serem plenamente</p><p>aplicáveis aos trabalhadores e às empresas, sujeitos</p><p>à relação de emprego regidas pela Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho, instituída pelo Decreto-lei n.º</p><p>5.452, de 1° de maio de 1943.</p><p>115</p><p>1� Introdução</p><p>Neste capítulo, será dada ênfase às Normas</p><p>de Segurança do Trabalho, prevenção e controle de</p><p>risco, o qual se desenvolverá pelo estudo de seus</p><p>conceitos, normas aplicáveis e os meios de preven-</p><p>ção e controle de risco.</p><p>Destacam-se, também neste capítulo, os</p><p>profissionais de segurança do trabalho essenciais</p><p>para a consecução da Segurança, prevenção e con-</p><p>trole de risco no Brasil.</p><p>As atribuições, bem como as responsabilida-</p><p>des desses profissionais, são de suma importância.</p><p>Capítulo 3 – Segurança do Trabalho, Preven-</p><p>ção e Controle de Risco</p><p>116</p><p>3�2� Segurança Do Trabalho,</p><p>Prevenção e Controle de Risco</p><p>3�2�1� Segurança do Trabalho</p><p>Para começarmos a falar em Segurança</p><p>do Trabalho, ou Segurança Laboral como é tra-</p><p>tada por alguns, torna-se necessário o conceito</p><p>que em regra geral é o conjunto de ciências e</p><p>tecnologias que tem o objetivo de promover a</p><p>proteção do trabalhador no seu ambiente ou lo-</p><p>cal de trabalho, visando a redução de acidentes</p><p>de trabalho e doenças ocupacionais.</p><p>É importante, ainda, considerar que se trata</p><p>de uma das áreas da segurança e saúde ocupacionais,</p><p>cujo objetivo é:</p><p>→ identificar,</p><p>→ avaliar e</p><p>→ controlar situações de risco,</p><p>→ proporcionar um ambiente de traba-</p><p>lho seguro</p><p>→ proporcionar um ambiente saudável</p><p>ao trabalhador</p><p>117</p><p>3�2�2� Prevenção</p><p>3�2�2�1� Higiene do trabalho</p><p>Para iniciarmos o assunto prevenção, é ne-</p><p>cessário trazer ao estudo a Higiene do Trabalho,</p><p>tendo em vista que cada organismo vivo está cons-</p><p>tantemente sujeito a inúmeras condições externas</p><p>que agem sobre seus sentidos e influenciam em seu</p><p>físico e psicológico.</p><p>O conjunto de todas essas influências cons-</p><p>titui o ambiente em que o organismo se encontra.</p><p>A título de Higiene do Trabalho são conside-</p><p>radas as influências relacionadas com o desempenho</p><p>de uma atividade que podem alterar as condições de</p><p>saúde de um trabalhador.</p><p>A American Industrial Hygiene Association traz</p><p>a definição dessa ciência traçando os seus objetivos.</p><p>Vejamos:</p><p>“Higiene do Trabalho é a ciência e a arte</p><p>que trata do reconhecimento, avaliação e contro-</p><p>le dos riscos ocupacionais”.</p><p>Em termos complementares, segue o con-</p><p>ceito também sobre higiene do trabalho:</p><p>118</p><p>“É o conjunto de normas e procedimen-</p><p>tos que visa a proteção da integridade física e</p><p>mental do trabalhador, preservando-o dos riscos</p><p>de saúde inerentes às tarefas do cargo e do am-</p><p>biente físico onde são executadas.”</p><p>Segundo Chiavenato, os objetivos da Higie-</p><p>ne do Trabalho são:</p><p>→ Eliminação das causas de doenças</p><p>profissionais;</p><p>→ Redução dos efeitos prejudiciais provo-</p><p>cados pelo trabalho em pessoas doentes ou</p><p>portadoras de defeitos físicos;</p><p>→ Prevenção do agravamento de doenças e</p><p>de lesões;</p><p>→ Manutenção da saúde dos trabalhadores;</p><p>→ Aumento da produtividade por meio de</p><p>controle do ambiente de trabalho.</p><p>É importante considerar que a higiene e a se-</p><p>gurança são duas atividades que estão intimamente liga-</p><p>das ao objetivo de garantir condições eficazes de traba-</p><p>lho, garantindo ao trabalhador a sua saúde e bem-estar.</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS)</p><p>faz a verificação de condições de Higiene e Seguran-</p><p>ça dizendo que consiste «num estado de bem-estar</p><p>119</p><p>físico, mental e social e não somente a ausência de</p><p>doença e enfermidade».</p><p>A proposta da Higiene do Trabalho como</p><p>ciência é o combate, sob o ponto de vista médico,</p><p>das doenças profissionais, identificando os fatores</p><p>que podem afetar o ambiente do trabalho e o tra-</p><p>balhador, visando eliminar ou reduzir os riscos pro-</p><p>fissionais, tais como: condições de insegurança do</p><p>trabalho que podem afetar não só a segurança, mas</p><p>também a saúde e o bem-estar do trabalhador.</p><p>A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</p><p>preceitua como obrigação de todos e notadamente</p><p>da empresa:</p><p>I - Cumprir e fazer cumprir as normas de</p><p>segurança e medicina do trabalho;</p><p>II - Instruir os empregados, através de or-</p><p>dens de serviço, quanto as preocupações a tomar no</p><p>sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças</p><p>ocupacionais;</p><p>III - Adotar medidas que lhes sejam deter-</p><p>minadas pelo órgão regional competente;</p><p>IV - Facilitar o exercício da fiscalização pela</p><p>autoridade competente</p><p>120</p><p>A Higiene do Trabalho tem seus fundamen-</p><p>tos em face da própria</p><p>história.</p><p>É importante retomar as ocorrências até</p><p>meados do século 20, cujas condições de trabalho</p><p>não eram levadas a sério.</p><p>Nessa época o que importava era a produtivida-</p><p>de mesmo que isso viesse a implicar em riscos de doença</p><p>ou de acidente ou, ainda, a morte de trabalhadores.</p><p>Acreditamos que o pensamento corrente da</p><p>época que pouco valorizava a vida dos trabalhadores</p><p>atrelada à ausência do Estado seriam os fatores de-</p><p>terminantes deste descaso em razão do trabalhador.</p><p>Contudo, a partir dos anos 50 e 60, tentati-</p><p>vas de adequação dos trabalhadores a atividades ade-</p><p>quadas às suas capacidades foram o primeiro movi-</p><p>mento em prol da saúde e segurança destes.</p><p>Para um programa de prevenção de ris-</p><p>cos laborais, as condições de segurança, higiene e</p><p>saúde são os requisitos mínimos para um progra-</p><p>ma de prevenção, e isso constitui patrimônio à</p><p>empresa por ter à sua disposição material huma-</p><p>no capaz de desenvolver suas atividades, propor-</p><p>cionando lucro e, consequentemente, aumentan-</p><p>do a produtividade e competitividade, bem como</p><p>a diminuição do sinistro em face de acidentes e</p><p>de doenças do trabalho.</p><p>É certo, pois, que a diminuição de produ-</p><p>tividade e o comprometimento da qualidade dos</p><p>121</p><p>produtos e serviços, além do desperdício, podem</p><p>ser causados pela indisposição e fadiga dos tra-</p><p>balhadores em face do horário excessivo e pelas</p><p>condições de trabalho inadequadas em seu am-</p><p>biente, como ausência de iluminação adequada,</p><p>ventilação, mobiliário, etc. Muito embora o cor-</p><p>po humano adéque com facilidade aos ambientes,</p><p>é certo que os ambientes adequados proporcio-</p><p>nam rendimento no trabalho muito maior do que</p><p>os desenvolvidos em ambientes inadequados.</p><p>3�2�3� Controle de Risco</p><p>Para o estudo do controle de riscos no am-</p><p>biente do trabalho, é importante identificar quais são</p><p>esses agentes ambientais que dão ensejo à doença ou</p><p>desconforto significativo que leva à ineficiência no</p><p>desenvolvimento da atividade laboral:</p><p>→ Agentes físicos: ruído, vibrações, calor,</p><p>radiações, frio e umidade.</p><p>→ Agentes químicos: poeira, gases e vapo-</p><p>res, névoas e fumos.</p><p>→ Agentes ergonômicos: levantamento,</p><p>transporte e descarga de materiais equipa-</p><p>mentos, condições ambientais.</p><p>→ Agentes biológicos: micro-organismos,</p><p>vírus e bactérias.</p><p>122</p><p>3�2�3�1 Agentes físicos</p><p>Dentre os agentes físicos, tais como: ruído, vi-</p><p>brações, calor, radiações, frio, e umidade, destacamos</p><p>o ruído que é qualquer sensação sonora indesejável.</p><p>O ruído excessivo tem vários efeitos sobre o</p><p>organismo humano, dentre eles o dano ao aparelho</p><p>auditivo, que pode levar à surdez permanente e é in-</p><p>capacitante para a comunicação.</p><p>A unidade de avaliação do ruído é o decibel</p><p>(dB) que é uma unidade não dimensional.</p><p>Importante é considerar que os níveis de</p><p>ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos</p><p>em decibéis (dB) com instrumento de nível de pres-</p><p>são sonora operando no circuito de compensação</p><p>“A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras</p><p>devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.</p><p>Os tempos de exposição aos níveis de ruído</p><p>não devem exceder os limites de tolerância em des-</p><p>taque no Anexo 1 da NR15.</p><p>Nível de Pressão</p><p>Sonora-NPSdB(A)</p><p>Máxima exposição</p><p>diária permissível</p><p>85 8 horas</p><p>86 7 horas</p><p>87 6 horas</p><p>88 5 horas</p><p>89 4 horas e 30 minutos</p><p>90 4 horas</p><p>123</p><p>Importante considerar também os agentes</p><p>físicos e a vibração que levam o trabalhador a:</p><p>→ Visão turva - as vibrações reduzem a</p><p>acuidade visual e torna a visão turva, ocor-</p><p>rendo a partir de 4 Hz.</p><p>→ Perda de equilíbrio - os indivíduos que</p><p>trabalham com equipamentos vibratórios de</p><p>operação manual, tais como: martelo pneu-</p><p>mático e motosserra, apresentam degenera-</p><p>ção gradativa do tecido muscular e nervoso.</p><p>91 3 horas e 30 minutos</p><p>92 3 horas</p><p>93 2 horas e 40 minutos</p><p>94 2 horas e 15 minutos</p><p>95 2 horas</p><p>96 1 hora e 45 minutos</p><p>98 1 hora e 15 minutos</p><p>100 1 hora</p><p>102 45 minutos</p><p>104 35 minutos</p><p>105 30 minutos</p><p>106 25 minutos</p><p>108 20 minutos</p><p>110 15 minutos</p><p>112 10 minutos</p><p>114 8 minutos</p><p>115 7 minutos</p><p>Fonte: Anexo 1 da NR 15, redação dada pela Portaria no 3.214, de 08/06/78</p><p>124</p><p>→ Falta de concentração.</p><p>→ Lesão permanente de determinados</p><p>órgãos do corpo - os efeitos aparecem na</p><p>forma de perda da capacidade manipuladora</p><p>e do controle do tato nas mãos, conhecido,</p><p>popularmente, por dedo branco. Essas do-</p><p>enças são observadas, principalmente, em</p><p>trabalhadores de minas e florestais (motos-</p><p>serras à 50-200 Hz). Os dedos mortos sur-</p><p>gem no máximo após seis meses de trabalho</p><p>com uma ferramenta vibratória.</p><p>A ISO 2631 apresenta valores máximos de</p><p>vibrações suportáveis para tempos de um minuto a</p><p>12 horas de exposição, abrangendo três critérios de</p><p>severidade: limite de conforto, sem maior gravidade</p><p>(ex: veículos de transporte coletivo); limite de fadi-</p><p>ga, provocando redução da eficiência dos trabalha-</p><p>dores (ex: máquinas que vibram); limite de exposi-</p><p>ção, correspondente ao limiar do risco à saúde. A</p><p>norma brasileira NR-15 estabelece níveis máximos</p><p>de vibração, utilizando os dados especificados pelas</p><p>recomendações da ISO 263.</p><p>No tocante ao calor, umidade e frio, ou</p><p>seja, a Ambientes Térmicos, razão pela qual a atenção</p><p>deve ser dada a temperatura, sendo ela a que merece</p><p>maior destaque ao se falar em adequação de condi-</p><p>ções de ambiente de trabalho, pois, a temperatura é</p><p>125</p><p>que transmite a sensação de conforto no ambiente.</p><p>O excesso ou a falta podem levar o trabalhador a</p><p>doenças laborais pela sua exposição em ambientes</p><p>de temperaturas extremas.</p><p>Os fatores que definem os ambientes térmi-</p><p>cos são os seguintes:</p><p>→ Temperatura do ar;</p><p>→ Umidade do ar;</p><p>→ Movimentação do ar;</p><p>→ Calor Radiante.</p><p>3�2�3�2� Agentes Químicos</p><p>Os agentes químicos são as diversas subs-</p><p>tâncias, compostos ou produtos que possam pene-</p><p>trar no organismo pela via respiratória, nas formas</p><p>de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapo-</p><p>res, ou que, pela natureza da atividade de exposição,</p><p>possam ter contato ou serem absorvidos pelo orga-</p><p>nismo por meio da pele ou por ingestão.</p><p>Assim como os agentes físicos, estes agen-</p><p>tes também necessitam de instrumentos específicos</p><p>para que sejam avaliados, embora, em alguns casos,</p><p>a atividade de campo restringe-se a coleta do agente</p><p>para que seja enviado a um laboratório especializado</p><p>que determinará a concentração do mesmo.</p><p>Nas atividades ou operações nas quais os</p><p>126</p><p>trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a</p><p>caracterização de insalubridade ocorrerá quando fo-</p><p>rem ultrapassados os limites de tolerância constantes</p><p>dos ANEXOS 11,12 e 13 da NR15.</p><p>3�2�3�3� Agentes ergonômicos</p><p>Os agentes ergonômicos, tais como: levan-</p><p>tamento, transporte e descarga de materiais, equipa-</p><p>mentos, condições ambientais do posto de trabalho</p><p>e à própria organização do trabalho, razão pela qual</p><p>são os considerados fora da condição de trabalho,</p><p>pois, pela sua natureza, estão em desacordo com as</p><p>características psicofisiológicas dos trabalhadores,</p><p>não proporcionando conforto, segurança e desem-</p><p>penho eficiente as tarefas dos trabalhadores.</p><p>Para a avaliação dos agentes ergonômicos,</p><p>faz-se necessária a utilização dos métodos de me-</p><p>dições definidos nos princípios da Ergonomia: me-</p><p>dições antropométricas, medições dos fatores dos</p><p>postos de trabalho, etc.</p><p>3�2�3�4� Agentes biológicos</p><p>Os agentes biológicos são micro-organismos</p><p>que podem contaminar o trabalhador e são, basica-</p><p>mente, as bactérias, os fungos, os bacilos, os parasi-</p><p>tas, os protozoários, os vírus, entre outros mais.</p><p>127</p><p>Os agentes biológicos perigosos estão orga-</p><p>nizados em quatro classes, nas quais a ordem crescen-</p><p>te do número indica um maior perigo, assim vejamos:</p><p>→ Classe 1 - contempla os agentes não pe-</p><p>rigosos, ou de um mínimo perigo, que não</p><p>exigem equipamentos ou profissionais ex-</p><p>perimentados para a sua manipulação, admi-</p><p>tindo-se o emprego de técnicas geralmente</p><p>aceitáveis para materiais não patógenos.</p><p>→ Classe 2 - está representada por agentes</p><p>de perigo potencial comum. Inclui os agentes</p><p>que podem provocar enfermidades com graus</p><p>variados de gravidade</p><p>como consequência de</p><p>inoculações acidentais, infecção ou outro me-</p><p>canismo de penetração cutânea, mas que ge-</p><p>ralmente podem ser controlados, de forma se-</p><p>gura e equilibrada, por técnicos de laboratório.</p><p>→ Classe 3 - inclui patógenos que reque-</p><p>rem condições restritivas especiais.</p><p>→ Classe 4 - são enquadrados os agentes</p><p>que requerem as condições restritivas mais</p><p>estreitas, por sua extrema periculosidade ou</p><p>porque podem causar epidemias.</p><p>A avaliação, geralmente, se dá em laboratórios</p><p>apropriados por meio da coleta de sangue, fezes, urina</p><p>ou outro meio de pesquisa, realizada nos trabalhadores.</p><p>128</p><p>3�2�4� Limite de Tolerância</p><p>O Reconhecimento dos riscos se dá quando,</p><p>por meio de inspeções preliminares, são levantados os</p><p>riscos potenciais em determinado local de trabalho.</p><p>A Avaliação é realizada por meio da utiliza-</p><p>ção de métodos específicos, avaliando-se qualitativa-</p><p>mente e quantitativamente os agentes prejudiciais.</p><p>O Controle refere-se às medidas a serem to-</p><p>madas com base nos dados obtidos pela avaliação e</p><p>reconhecimento detalhado do local de trabalho, tais</p><p>como: máquinas utilizadas, operações realizadas, en-</p><p>tre outras. Isto com a finalidade de eliminar ou redu-</p><p>zir os riscos, notadamente, à saúde do trabalhador.</p><p>Os procedimentos adotados para a Avalia-</p><p>ção de alguns agentes de risco estão dispostos na</p><p>Norma Regulamentadora NR15 que diz respeito</p><p>às Atividades e Operações Insalubres.</p><p>De acordo com a NR 15, o trabalhador não</p><p>deve exceder o limite de tolerância de exposição aos</p><p>agentes.</p><p>Para entendermos melhor o que quer dizer</p><p>a NR15 devemos nos ater ao que quis dizer sobre:</p><p>→ Limite de Tolerância</p><p>Limite de Tolerância trata da concentração</p><p>ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com</p><p>a natureza e o tempo de exposição ao agente, que</p><p>129</p><p>não causará dano à saúde durante a vida laboral.</p><p>É importante, ainda em face da NR15, as</p><p>considerações a respeito do exercício de trabalho em</p><p>condições de insalubridade, ou seja, realizado sob</p><p>exposição acima do limite de tolerância, assegurará</p><p>ao trabalhador a percepção de adicional, incidente</p><p>sobre o salário mínimo, equivalente a:</p><p>→ 40%, para insalubridade de grau máximo;</p><p>→ 20%, para insalubridade de grau médio;</p><p>→ 10%, para insalubridade de grau mínimo.</p><p>Observe-se, pois, que no caso de incidência</p><p>de mais de um fator de insalubridade, considera-se o</p><p>de grau mais elevado, para efeito de acréscimo sala-</p><p>rial, sendo vedada a percepção cumulativa.</p><p>A eliminação ou neutralização da insalubri-</p><p>dade determinará a cessação do pagamento do adi-</p><p>cional respectivo.</p><p>130</p><p>3�3� PROFISSIONAIS DE</p><p>SEGURANÇA DO TRABALHO</p><p>3�3�1� Atribuições dos Profissionais</p><p>de Segurança do Trabalho</p><p>A Portaria n.º 3.275/89 dispõe sobre as atri-</p><p>buições do Técnico de Segurança do Trabalho.</p><p>E dessa Portaria destaca-se:</p><p>Art.1º As atividades do Técnico de Segu-</p><p>rança do Trabalho são as seguintes:</p><p>I - informar o empregador, através de pa-</p><p>recer técnico, sobre os riscos existentes nos am-</p><p>bientes de trabalho, bem como orientá-lo sobre</p><p>as medidas de eliminação e neutralização;</p><p>II - informar os trabalhadores sobre os</p><p>riscos da sua atividade, bem como as medidas de</p><p>eliminação e neutralização;</p><p>III - analisar os métodos e os processos</p><p>de trabalho e identificar os fatores de risco de</p><p>acidentes do trabalho, doenças profissionais e</p><p>do trabalho e a presença de agentes ambientais</p><p>agressivos ao trabalhador, propondo sua elimi-</p><p>nação ou seu controle;</p><p>IV - executar os procedimentos de seguran-</p><p>ça e higiene do trabalho e avaliar os resultados al-</p><p>cançados, adequando-os as estratégias utilizadas de</p><p>131</p><p>maneira a integrar o processo prevencionista em</p><p>uma planificação, beneficiando o trabalhador;</p><p>V - executar programas de prevenção de</p><p>acidentes do trabalho, doenças profissionais e</p><p>do trabalho nos ambientes de trabalho com a</p><p>participação dos trabalhadores, acompanhando</p><p>e avaliando seus resultados, bem como sugerin-</p><p>do constante atualização dos mesmos e estabele-</p><p>cendo procedimentos a serem seguidos;</p><p>VI - promover debates, encontros, cam-</p><p>panhas, seminários, palestras, reuniões, treina-</p><p>mentos e utilizar outros recursos de ordem di-</p><p>dática e pedagógica com o objetivo de divulgar</p><p>as normas de segurança e higiene do trabalho,</p><p>assuntos técnicos, administrativos e prevencio-</p><p>nistas, visando evitar acidentes do trabalho, do-</p><p>enças profissionais e do trabalho;</p><p>VII - Executar as normas de segurança</p><p>referentes a projetos de construção, ampliação,</p><p>reforma, arranjos físicos e de fluxos, com vistas</p><p>à observância das medidas de segurança e higie-</p><p>ne do trabalho, inclusive por terceiros;</p><p>VIII - encaminhar aos setores e áreas</p><p>competentes normas, regulamentos, documen-</p><p>tação, dados estatísticos, resultados de análises e</p><p>avaliações, materiais de apoio técnico, educacio-</p><p>nal e outros de divulgação para conhecimento e</p><p>auto-desenvolvimento do trabalhador;</p><p>132</p><p>IX - indicar, solicitar e inspecionar equi-</p><p>pamentos de proteção contra incêndio, recursos</p><p>audiovisuais e didáticos e outros materiais consi-</p><p>derados indispensáveis, de acordo com a legislação</p><p>vigente, dentro das qualidades e especificações téc-</p><p>nicas recomendadas, avaliando seu desempenho;</p><p>X - cooperar com as atividades do meio</p><p>ambiente, orientando quanto ao tratamento e</p><p>destinação dos resíduos industriais, incentivando</p><p>e conscientizando o trabalhador da sua impor-</p><p>tância para a vida;</p><p>XI - orientar as atividades desenvolvidas</p><p>por empresas contratadas, quanto aos procedi-</p><p>mentos de segurança e higiene do trabalho pre-</p><p>vistos na legislação ou constantes em contratos</p><p>de prestação de serviço;</p><p>XII - executar as atividades ligadas à segu-</p><p>rança e higiene do trabalho utilizando métodos</p><p>e técnicas científicas, observando dispositivos le-</p><p>gais e institucionais que objetivem a eliminação,</p><p>controle ou redução permanente dos riscos de</p><p>acidentes do trabalho e a melhoria das condições</p><p>do ambiente, para preservar a integridade física e</p><p>mental dos trabalhadores.</p><p>XIII - levantar e estudar os dados es-</p><p>tatísticos de acidentes do trabalho, doenças</p><p>profissionais e do trabalho, calcular a frequên-</p><p>cia e a gravidade destes para ajustes das ações</p><p>133</p><p>prevencionistas, normas, regulamentos e outros</p><p>dispositivos de ordem técnica, que permitam a</p><p>proteção coletiva e individual;</p><p>XIV - articular-se e colaborar com os seto-</p><p>res responsáveis pelos recursos humanos, forne-</p><p>cendo-lhes resultados de levantamentos técnicos</p><p>de riscos das áreas e atividades para subsidiar a ado-</p><p>ção de medidas de prevenção a nível de pessoal;</p><p>XV - informar os trabalhadores e o em-</p><p>pregador sobre as atividades insalubres, perigo-</p><p>sas e penosas existentes na empresa, seus riscos</p><p>específicos, bem como as medidas e alternativas</p><p>de eliminação ou neutralização dos mesmos;</p><p>XVI - avaliar as condições ambientais de</p><p>trabalho e emitir parecer técnico que subsidie</p><p>o planejamento e a organização do trabalho de</p><p>forma segura para o trabalhador;</p><p>XVII - articular-se e colaborar com os ór-</p><p>gãos e entidades ligados a prevenção de acidentes</p><p>do trabalho, doenças profissionais e do trabalho;</p><p>XVIII - participar de seminários, treina-</p><p>mentos, congressos e cursos visando o inter-</p><p>câmbio e o aperfeiçoamento profissional.</p><p>Art. 2º As dúvidas suscitadas e os casos</p><p>omissos serão dirimidos pela Secretaria de Segu-</p><p>rança e Medicina do Trabalho.</p><p>134</p><p>O papel dos profissionais de segurança do</p><p>trabalho é fundamental à prevenção dos riscos ine-</p><p>rentes às atividades laborais, tanto na sua execução</p><p>quanto as advindas do próprio ambiente do trabalho.</p><p>A precípua função desses profissionais é a</p><p>gerência de risco.</p><p>Gerência de risco nada mais é do que pro-</p><p>mover, primeiramente, a ligação entre a empresa e</p><p>os trabalhadores no tocante ao risco iminente do</p><p>ambiente e da atividade laboral, para, consequente-</p><p>mente, mitigar e prevenir os riscos.</p><p>Segundo Barbosa Filho, a possibilidade de</p><p>eventos indesejados, previsíveis ou não, está sempre</p><p>presente no cotidiano das organizações. Para evitar</p><p>a ocorrência, o ideal é que</p><p>155</p><p>4.2.2. Controle Total de Perdas .............. 157</p><p>4.2.3. Lei 6.514 de 1978 ........................... 159</p><p>4.2.4. As Normas</p><p>Regulamentadoras (NRs) ........................ 163</p><p>4.3. ESTUDOS DE CASO ............................ 177</p><p>4.3.1. GESTÃO DE SEGURANÇA E</p><p>SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO</p><p>DE CASO EM UMA EMPRESA DE</p><p>TRANSPORTE DE PASSAGEIRO URBANO ...179</p><p>4.3.2. Estudo De Caso:</p><p>Trabalhador cai de andaime e</p><p>morre na cidade de Alfenas .............. 192</p><p>Referencias Bibliograficas ����������� 197</p><p>Anexos ����������������������������������������� 203</p><p>13</p><p>1� Introdução</p><p>Neste capítulo, veremos as noções e os</p><p>princípios do Direito, partindo do conceito de</p><p>Direito e Justiça.</p><p>Elaborou-se o estudo dos Princípios de</p><p>Direito, das Fontes do Direito; dos Ramos do</p><p>Direito; da Norma Jurídica; do Instituto Jurídico;</p><p>do Ordenamento Jurídico; da Hierarquia da Nor-</p><p>ma Jurídica; bem como, do Decreto, da Portaria,</p><p>da Norma Regulamentadora (NR), da Instrução</p><p>Normativa, da Ordem de Serviço, do Regula-</p><p>mento Técnico.</p><p>Ainda, diante ênfase, se dará a Legislação e</p><p>a Normatização Aplicada, com o desenvolvimen-</p><p>to do estudo não só do conceito de Normatização,</p><p>das Normas Nacionais e Estrangeiras, com enfoque</p><p>para aplicação à Segurança do Trabalho para preven-</p><p>ção e controle de risco.</p><p>Capítulo 1 – Direito E Normatização</p><p>14</p><p>1�2� Noções de Direito</p><p>1�2�1� Conceito de Direito</p><p>A palavra “direito” tem origem no latim</p><p>directus, que significa “reto” ou “colocado em linha</p><p>reta”. No latim clássico, ius era o termo usado para</p><p>designar o direito objetivo, o conjunto de normas, o</p><p>qual passou a ser designado por “direito”.</p><p>O termo “ius” (jus), por sua vez, deu origem</p><p>a palavras como justo, justiça.</p><p>O direito pode ser definido como o con-</p><p>junto de normas, que surgiu pela necessidade de o</p><p>homem estabelecer regras em suas relações, como</p><p>um mecanismo que tornasse possível o convívio em</p><p>sociedade, prevendo, inclusive, sanções para aqueles</p><p>que agissem em desacordo com essas regras, rece-</p><p>bendo a designação de Lei.</p><p>O fato social é sempre o ponto de partida</p><p>para a noção do Direito, pois, surge das necessidades</p><p>fundamentais das sociedades, que são reguladas por</p><p>ele como condição essencial de sobrevivência.</p><p>É no Direito que encontramos a segurança</p><p>das condições da vida humana, determinada pelas</p><p>normas que formam a ordem jurídica.</p><p>O significado de direito pode se referir à ci-</p><p>ência do direito ou ao conjunto de normas jurídicas</p><p>vigentes em um país, chamado de direito objetivo.</p><p>15</p><p>Também pode ter o sentido de reto, certo, de agir</p><p>de forma correta, com retidão, contudo, devemos</p><p>atentar ao conceito de ciência do direito, que é um</p><p>ramo das ciências sociais que estuda as normas obri-</p><p>gatórias que controlam as relações dos indivíduos</p><p>em uma sociedade.</p><p>Pode-se dizer que o direito se divide em:</p><p>→ Direito objetivo</p><p>→ Direito subjetivo</p><p>O conjunto de normas vigentes em um país</p><p>também é designado por direito, mais especificamen-</p><p>te como Direito Objetivo. Agora, a faculdade legal de</p><p>praticar ou não um determinado ato é designada por</p><p>direito subjetivo. Neste caso, o direito se refere ao po-</p><p>der que pertence a um sujeito ou grupo. Por exemplo,</p><p>o direito de receber aquilo pelo qual se pagou.</p><p>O direito como conjunto de normas tam-</p><p>bém se divide em:</p><p>→ Positivo</p><p>→ Natural</p><p>O direito positivo é um conjunto de nor-</p><p>mas criadas e postas em vigor pelo Estado; o direi-</p><p>to natural é formado por normas derivadas da na-</p><p>tureza, ou seja, são as leis naturais que orientam o</p><p>16</p><p>comportamento humano, como os direitos funda-</p><p>mentais. Exemplo: Vida.</p><p>1�2�2� Conceito de Justiça</p><p>A Deusa Themis é um dos símbolos do di-</p><p>reito. Neste símbolo, se verifica a deusa segurando</p><p>uma balança nas mãos, cujo significado entendemos</p><p>ser equilíbrio.</p><p>Ainda, a Deusa Themis conta com uma</p><p>venda nos olhos, simbolizando a imparcialidade.</p><p>Portanto, diante desse símbolo, a Justiça só</p><p>se faz com equilíbrio e imparcialidade.</p><p>1�2�3� Princípios de Direito</p><p>Os Princípios Gerais de Direito são enuncia-</p><p>dos normativos de valor universal, na maioria das vezes</p><p>orientam a compreensão do ordenamento jurídico no</p><p>tocante à elaboração, aplicação, integração, alteração</p><p>(derrogação) ou supressão (ab-rogação) das normas.</p><p>Representam o núcleo do sistema legal.</p><p>São, pois, as ideias de justiça, liberdade,</p><p>igualdade, democracia, dignidade etc., que serviram,</p><p>servem e continuarão servindo de alicerce para o do</p><p>Direito que está em permanente construção.</p><p>17</p><p>Os princípios que se destacam são:</p><p>→ Na área constitucional (chamadas nor-</p><p>mas principiológicas):</p><p>› Todos devem ser tratados como iguais</p><p>perante a lei, sem distinção de qualquer</p><p>natureza;</p><p>› Todos são inocentes até que se prove</p><p>o contrário;</p><p>› Ninguém deverá ser obrigado a fazer</p><p>ou deixar de fazer alguma coisa senão</p><p>em virtude de lei;</p><p>› Nenhuma pena deverá passar da pes-</p><p>soa do condenado;</p><p>› Aos acusados, em geral, devem ser asse-</p><p>gurados o contraditório e a ampla defesa;</p><p>› A propriedade deve cumprir sua fun-</p><p>ção social;</p><p>› Deve-se pugnar pela moralidade admi-</p><p>nistrativa; etc.</p><p>→ Na área civil:</p><p>› Ninguém deve descumprir a lei alegan-</p><p>do que não a conhece;</p><p>› Nas declarações de vontade, deverá ser</p><p>mais considerada a intenção do que o</p><p>sentido literal da linguagem;</p><p>› O enriquecimento ilícito deve ser proibido;</p><p>18</p><p>› Ninguém deve transferir ou transmitir</p><p>mais direitos do que tem;</p><p>› A boa-fé se deve presumir e a má-fé</p><p>deve ser provada;</p><p>› Deve ser preservada a autonomia da</p><p>instituição familiar;</p><p>› O dano causado por dolo ou culpa</p><p>deve ser reparado;</p><p>› As obrigações contraídas devem ser</p><p>cumpridas (pacta sunt servanda);</p><p>› Quem exercitar o próprio direito não</p><p>estará prejudicando ninguém;</p><p>› Deve haver equilíbrio nos contratos,</p><p>com respeito à autonomia da vontade e</p><p>da liberdade para contratar;</p><p>› Os valores essenciais da pessoa humana</p><p>são intangíveis e devem ser respeitados;</p><p>› A interpretação a ser seguida é aquela que</p><p>se revelar menos onerosa para o devedor;</p><p>› A pessoa deve responder pelos pró-</p><p>prios atos e não pelos atos alheios;</p><p>› Deve ser mais favorecido aquele que</p><p>procura evitar um dano do que aquele</p><p>que busca realizar um ganho;</p><p>› Ninguém deve ser responsabilizado</p><p>mais de uma vez pelo mesmo fato;</p><p>› Nas relações sociais se deve tutelar a</p><p>boa-fé e reprimir a má-fé; etc.</p><p>19</p><p>No que se refere à Saúde e Segurança do</p><p>Trabalho, destacam-se os seguintes princípios:</p><p>› Segurança do trabalho é prioridade</p><p>máxima, devendo ser tratado como par-</p><p>te integrante do negócio da empresa.</p><p>› A empresa para ser boa em qualidade,</p><p>produtividade e rentabilidade, tem que</p><p>ser boa em qualidade de vida no trabalho.</p><p>› Os acidentes e doenças do trabalho</p><p>acontecem onde a prevenção falha.</p><p>› Segurança do trabalho se faz com co-</p><p>nhecimento, comprometimento e atitu-</p><p>des integradas dos empregadores, traba-</p><p>lhadores e governos.</p><p>› Somente podemos afirmar a existência</p><p>de dignidade no trabalho na ausência da</p><p>insalubridade e risco iminente.</p><p>› A política de segurança do traba-</p><p>lho somente será socialmente justa</p><p>se aplicada com conceito da univer-</p><p>salização, assistindo de forma igual a</p><p>todos os trabalhadores, independen-</p><p>temente do tamanho da empresa e</p><p>regime de vínculo de trabalho.</p><p>› É importante a oferta de boa assis-</p><p>tência às vítimas de doenças e aci-</p><p>dentes do trabalho, porém, o mais</p><p>20</p><p>importante é evitar as ocorrências</p><p>praticando a prevenção.</p><p>› Segurança do Trabalho deve ser trata-</p><p>da como investimento e não custo; cada</p><p>real aplicado representa economia de</p><p>quatro reais, servindo de base para o ne-</p><p>gócio sustentado.</p><p>› O profissional de segurança tem como mis-</p><p>são promover saúde e segurança do traba-</p><p>lho, mas todos os profissionais da empresa</p><p>são também responsáveis pela segurança no</p><p>ambiente que trabalham, considerando que</p><p>os demais profissionais do SESMT são es-</p><p>pecializações e os cipeiros são fundamentais</p><p>para uma cultura de segurança na empresa,</p><p>porém, todos são importantes e indispensá-</p><p>veis, nas ações integradas e transversais.</p><p>› O sucesso da segurança</p><p>se busque a minimização</p><p>dos impactos danosos, com a adoção de uma série</p><p>de práticas de forma a reduzir o número de inciden-</p><p>tes, de acidentes e de perdas.</p><p>Para o desenvolvimento de hábitos desejá-</p><p>veis, a organização poderá adotar uma série de me-</p><p>didas, independentemente das obrigações formais,</p><p>CIPAS e/ou SESMT. Contudo, mais importante do</p><p>que orientar os trabalhadores sobre como agir em</p><p>determinada situação, com base em planos de in-</p><p>tervenção, é a correta definição da probabilidade de</p><p>ocorrência de cada acontecimento inoportuno aos</p><p>quais poderá estar sujeita a organização e de suas</p><p>dimensões sobre os mais variados aspectos, que</p><p>135</p><p>determinará uma prioridade de atenções.</p><p>Assim sendo, Gerência de Riscos pode ser</p><p>definida como:</p><p>o conjunto de técnicas que visa reduzir ao</p><p>mínimo os efeitos das perdas acidentais, enfo-</p><p>cando o tratamento correto de riscos que pos-</p><p>sam causar danos pessoais, materiais, ao meio</p><p>ambiente e à imagem da organização. Pode ser</p><p>definida como o Processo de Planejar, Organi-</p><p>zar, Dirigir e Controlar os Recursos Humanos</p><p>e Materiais de uma Organização, no sentido de</p><p>minimizar os efeitos dos riscos sobre essa orga-</p><p>nização, ao mínimo custo possível. 27</p><p>O Pós-Segunda Guerra Mundial marca a neces-</p><p>sidade de proteção das empresas em face dos riscos ine-</p><p>rentes às atividades desenvolvidas, por essa razão é deferi-</p><p>do afirmar que os primeiros estudos no tocante à gerên-</p><p>cia ou gerenciamento de risco, iniciaram-se nos Estados</p><p>Unidos da América (USA) e em alguns países da Europa.</p><p>Neste sentido:</p><p>Apesar da Gerência de Riscos não ser uma</p><p>prática constante nas organizações brasileiras,</p><p>27 - GEORGE HEAD – RIMS.</p><p>136</p><p>acredita-se que ele não onera o balanço final das</p><p>organizações, e as despesas incorridas não podem</p><p>ser comparadas aos benefícios que a organização</p><p>terá, tanto no tocante à otimização de custos de</p><p>seguros como na maior proteção dos recursos</p><p>humanos materiais, financeiros e ambientais. 28</p><p>Assim sendo, é importante para o presente</p><p>o conceito de:</p><p>→ Risco</p><p>Risco é «a chance de acontecer algo que cau-</p><p>sará impacto nos objetivos, é mensurado em termos</p><p>de consequências e probabilidade».29</p><p>Os riscos podem se apresentar como pro-</p><p>blemas ou desafios que necessitam ser encarados.</p><p>De modo sistemático, o risco pode ser visto</p><p>por três elementos:</p><p>→ Pelas causas geradoras, que neste caso é</p><p>o próprio risco.</p><p>→ Sobre quem pode incidir o risco ou su-</p><p>jeito do risco.</p><p>28 - ALBERTON, Anete. Uma Metodologia para auxiliar no</p><p>gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de investimentos</p><p>de segurança. Florianópolis, 1996. Dissertação (Mestrado em</p><p>Engenharia de Produção) - Programa de Pós-Graduação em</p><p>Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina.</p><p>29 - Australian Standard AZ/NZS 4360-1999</p><p>137</p><p>→ Os efeitos do risco sobre o sujeito.</p><p>Do exposto, podemos afirmar que é de</p><p>suma importância a observação da interface entre os</p><p>aspectos abaixo:</p><p>→ humano,</p><p>→ social,</p><p>→ político,</p><p>→ legal,</p><p>→ econômico,</p><p>→ empresarial,</p><p>→ técnico.</p><p>Dentre o desenvolvimento das atividades, a</p><p>atribuição expressiva dos Profissionais de Segurança do</p><p>Trabalho está no gerenciamento ou gerência do risco.</p><p>3�3�2� CIPA</p><p>A Comissão Interna de Prevenção de Aci-</p><p>dentes (CIPA) é um instrumento importante para os</p><p>trabalhadores, dispõem para tratar da prevenção de</p><p>acidentes do trabalho, das condições do ambiente do</p><p>trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saú-</p><p>de e segurança. A CIPA é regulamentada pela Con-</p><p>solidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos</p><p>162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5),</p><p>contida na portaria 3.214 de 08.06.78, baixada pelo</p><p>Ministério do Trabalho.</p><p>138</p><p>O objetivo básico da CIPA é fazer com que</p><p>empregadores e empregados trabalhem conjunta-</p><p>mente na tarefa de prevenir acidentes e melhorar a</p><p>qualidade do ambiente de trabalho. Confira a seguir</p><p>quais as principais atribuições de uma CIPA, requi-</p><p>sitos para sua formação e modo de funcionamento.</p><p>A organização da CIPA é obrigatória nos lo-</p><p>cais de trabalho seja qual for sua característica - comer-</p><p>cial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos,</p><p>filantrópica ou educativa e empresas públicas - desde</p><p>que tenham o mínimo legal de empregados regidos</p><p>pela CLT, conforme o quadro 1 da NR-5. A CIPA</p><p>é composta por representantes titulares do emprega-</p><p>dor e dos empregados, e seu número de participantes</p><p>deve obedecer às proporções mínimas na NR –5.</p><p>A CIPA não pode ter o seu número de re-</p><p>presentantes reduzidos nem pode ser desativada an-</p><p>tes do término do mandato, ainda que haja redução</p><p>de empregados na empresa.</p><p>Os representantes do empregador são de-</p><p>signados pelo próprio, enquanto os dos empregados</p><p>são eleitos em votação secreta, representando, obri-</p><p>gatoriamente, os setores de maior risco de aciden-</p><p>tes e com maior número de funcionários. A votação</p><p>deve ser realizada em horário normal de expediente</p><p>e tem que contar com a participação de, no mínimo,</p><p>a metade mais um do número de funcionários de</p><p>cada setor. A lista de votação assinada pelos eleitores</p><p>139</p><p>deve ser arquivada por um período mínimo de três</p><p>anos na empresa. A lei confere a SRTE como órgão</p><p>de fiscalização competente, o poder de anular uma</p><p>eleição quando for constatado qualquer tipo de irre-</p><p>gularidade na sua realização.</p><p>Os candidatos mais votados assumem a</p><p>condição de membros titulares. Em caso de em-</p><p>pate, assume o candidato que tiver maior tempo</p><p>de trabalho na empresa. Os demais candidatos</p><p>assumem a condição de suplentes, de acordo com</p><p>a ordem decrescente de votos recebidos. Os can-</p><p>didatos votados não eleitos como titulares ou su-</p><p>plentes devem ser relacionados na ata da eleição,</p><p>em ordem decrescente de votos, possibilitando</p><p>uma futura nomeação. A CIPA deve contar com</p><p>tantos suplentes quantos forem os titulares, sen-</p><p>do que estes não poderão ser reconduzidos por</p><p>mais de dois mandatos consecutivos.</p><p>A estrutura da CIPA é composta pelos se-</p><p>guintes cargos: Presidente (indicado pelo emprega-</p><p>dor); Vice-Presidente (nomeado pelos representan-</p><p>tes dos empregados, entre os seus titulares); Secre-</p><p>tário e suplente (escolhidos de comum acordo pelos</p><p>representantes do empregador e dos empregados).</p><p>Cabe ao Ministério do Trabalho, por meio</p><p>das Delegacias Regionais do Trabalho, fiscalizar a</p><p>organização das CIPAS. A empresa que não cumprir</p><p>a lei será autuada por infração ao disposto no artigo</p><p>140</p><p>163 da CLT, sujeitando-se à multa prevista no artigo</p><p>201 desta mesma legislação.</p><p>O mandato dos membros titulares da CIPA</p><p>é de um ano, e aqueles que faltarem a 5 reuniões</p><p>ordinárias, sem justificativa, perderão o cargo, sen-</p><p>do substituídos pelos suplentes. Não é válida, como</p><p>justificativa, a alegação de ausência por motivo de</p><p>trabalho. Os representantes dos empregados titula-</p><p>res da CIPA não podem sofrer demissão arbitrária</p><p>entendendo-se como tal a que não se fundamentar</p><p>em motivo disciplinar, técnico ou econômico. Esta</p><p>garantia no emprego é assegurada ao cipeiro desde</p><p>o momento em que o empregador tomar conheci-</p><p>mento da sua inscrição de candidatos às eleições da</p><p>CIPA e prolonga-se até um ano após o término do</p><p>mandato. Os cipeiros não podem também ser trans-</p><p>feridos para outra localidade, a não ser que concor-</p><p>dem expressamente. A reeleição deve ser convoca-</p><p>da pelo empregador, com um prazo mínimo de 45</p><p>dias antes do término do mandato e realizada com</p><p>antecedência de 30 dias em relação ao término do</p><p>atual mandato. Os membros da CIPA, eleitos e de-</p><p>signados para um novo mandato, serão empossados</p><p>automaticamente no primeiro dia após o término do</p><p>mandato anterior.</p><p>A CIPA tem por atribuição:</p><p>→ Investigar e analisar os acidentes</p><p>141</p><p>ocorridos na empresa.</p><p>→ Sugerir as medidas de prevenção de aci-</p><p>dentes julgadas necessárias por iniciativa</p><p>própria ou sugestão de outros empregados</p><p>e encaminhá-las ao presidente e ao departa-</p><p>mento de segurança da empresa.</p><p>→ Promover a divulgação e zelar pela ob-</p><p>servância das normas de segurança, ou ain-</p><p>da, de regulamentos e instrumentos</p><p>de ser-</p><p>viço emitidos pelo empregador.</p><p>→ Promover anualmente a Semana Interna</p><p>de Prevenção de Acidentes (SIPAT).</p><p>→ Sugerir a realização de cursos, palestras</p><p>ou treinamentos, quanto à engenharia de se-</p><p>gurança do trabalho, quando julgar necessá-</p><p>rio ao melhor desempenho dos empregados.</p><p>→ Registrar nos livros próprios as atas de</p><p>reuniões ordinárias e extraordinárias e enviar</p><p>cópia ao departamento de segurança.</p><p>→ Elaborar anualmente o Mapa de Riscos</p><p>da empresa.</p><p>O presidente da CIPA deve coordenar todas as</p><p>atribuições citadas anteriormente. Ele deve presidir as</p><p>reuniões e é responsável pela convocação dos cipeiros.</p><p>Pode determinar tarefas aos membros da co-</p><p>missão, isoladamente ou em grupos de trabalho. Além</p><p>disso, deve promover o bom relacionamento da CIPA</p><p>142</p><p>com o departamento de segurança e com os demais</p><p>setores da empresa. O vice-presidente, por sua vez,</p><p>deve executar as atribuições que lhe forem delegadas</p><p>e substituir o presidente em suas faltas ocasionais. Ao</p><p>secretário da CIPA, cabe elaborar as atas de eleições,</p><p>da posse e das reuniões e manter o arquivo e o fluxo</p><p>de correspondência atualizados. Os demais membros</p><p>da CIPA devem participar das reuniões, investigar e</p><p>analisar os acidentes ocorridos, sugerindo medidas</p><p>preventivas e realizar inspeções nos locais de traba-</p><p>lho. Além disso, têm a obrigação de promover a di-</p><p>vulgação de princípios e normas de segurança junto</p><p>aos demais trabalhadores e atuar como porta-vozes</p><p>dos problemas de segurança comunicados pelos em-</p><p>pregados. Para o empregador, a tarefa é simples: deve</p><p>prestigiar integralmente a CIPA.</p><p>3�3�3� SIPATs</p><p>Uma das principais atribuições da CIPA é pro-</p><p>mover anualmente a Semana Interna de Prevenção de</p><p>Acidentes (SIPAT). A maioria das empresas opta pela</p><p>realização das SIPATs no segundo semestre, pelo fato</p><p>de se possuir um maior número de informações sobre</p><p>as condições de segurança, como as estatísticas de aci-</p><p>dentes do ano anterior. Pelo menos 30 dias antes da</p><p>realização da Semana, uma comissão deve ser criada</p><p>para elaborar a programação a ser desenvolvida.</p><p>143</p><p>Simulações, competições esportivas e peças</p><p>de teatro são algumas das práticas que vêm sendo</p><p>utilizadas nas empresas para realizar SIPATs criati-</p><p>vas e realmente participativas.</p><p>O Diário Oficial da União, de 20 de agos-</p><p>to de 1992, publicou uma portaria do Departamen-</p><p>to Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador</p><p>(DNSST) implantando a obrigatoriedade da elabo-</p><p>ração de mapas de riscos pelas Comissões Internas</p><p>de Prevenção de Acidentes (CIPAS) nas empresas.</p><p>O mapa é um levantamento dos pontos de</p><p>risco nos diferentes setores das empresas. Trata-se de</p><p>identificar situações e locais potencialmente perigosos.</p><p>A partir de uma planta baixa de cada seção</p><p>são levantados todos os tipos de riscos, classifican-</p><p>do-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande.</p><p>Estes tipos são agrupados em cinco grupos, classifi-</p><p>cados pelas cores vermelho, verde, marrom, amarelo</p><p>e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente:</p><p>químico, físico, biológico, ergonômico e de acidente.</p><p>A ideia é que os funcionários de uma seção</p><p>façam a seleção apontando aos cipeiros os principais</p><p>problemas da respectiva unidade. Na planta da seção,</p><p>exatamente no local onde se encontra o risco (uma</p><p>máquina, por exemplo), deve ser colocado o círculo</p><p>no tamanho avaliado pela CIPA e na cor correspon-</p><p>dente ao grau de risco. O mapa deve ser colocado</p><p>em um local visível para alertar aos trabalhadores</p><p>144</p><p>sobre os perigos existentes naquela área. Os riscos</p><p>serão simbolizados por círculos de três tamanhos</p><p>distintos: pequeno, com diâmetro de 2,5 cm; médio,</p><p>com diâmetro de 5 cm; e grande, com diâmetro de</p><p>10 cm.</p><p>3�3�4� Responsabilidade dos Profissionais</p><p>de Segurança do Trabalho</p><p>É fato que a segurança do trabalho é uma</p><p>preocupação crescente levando, inclusive, as empre-</p><p>sas a definir padrões para garantir as melhores con-</p><p>dições dos trabalhadores em todos os processos.</p><p>Em face do fenômeno da globalização as</p><p>fusões e aquisições tem sido uma prática constante,</p><p>viabilizando a padronização.</p><p>A informação, portanto, passou a ser uma</p><p>ferramenta de precípua importância, não só para</p><p>disseminá-la, mas para orientar esse processo, a fim</p><p>de mitigar danos, inclusive ao próprio empregado.</p><p>Nas empresas de grande porte, cujo seg-</p><p>mento é o mais diversificado possível, a segurança</p><p>do trabalho tem que ser pauta em suas discussões</p><p>para implementação de procedimentos de preven-</p><p>ção, sendo, pois, uma das suas preocupações.</p><p>Os gestores são os responsáveis pelos trei-</p><p>namentos, monitoramento e -disseminação da cultu-</p><p>ra e dos padrões de segurança da empresa.</p><p>145</p><p>Além disso, os gestores por atribuição acom-</p><p>panham de perto os trabalhadores e devem identifi-</p><p>car os pontos que merecem maior atenção, sendo</p><p>certo, pois, que as campanhas internas dependem do</p><p>comprometimento gerencial.</p><p>Partindo do pressuposto que todo e qual-</p><p>quer acidente de trabalho pode ser evitado, as cam-</p><p>panhas de conscientização podem combinar comu-</p><p>nicação interna, ações de Recursos Humanos e do</p><p>Departamento de Segurança do Trabalho.</p><p>Nas empresas multinacionais, a recomenda-</p><p>ção é sempre avaliar as experiências de cada país e</p><p>divulgá-las para outras regiões, sendo possível adap-</p><p>tar soluções para problemas comuns.</p><p>Os profissionais de segurança do traba-</p><p>lho, têm a missão de supervisionar as atividades liga-</p><p>das à segurança do trabalho, visando assegurar condi-</p><p>ções que eliminem ou reduzam ao mínimo os riscos</p><p>de ocorrência de acidentes de trabalho, observando o</p><p>cumprimento de toda a legislação pertinente.</p><p>Portanto, é de sua responsabilidade:</p><p>→ Promover inspeções nos locais de tra-</p><p>balho, identificando condições perigosas,</p><p>tomando todas as providências necessárias</p><p>para eliminar as situações de riscos, bem</p><p>como treinar e conscientizar os funcionários</p><p>quanto a atitudes de segurança no trabalho.</p><p>146</p><p>→ Preparar programas de treinamento sobre</p><p>segurança do trabalho, incluindo programas</p><p>de conscientização e divulgação de normas</p><p>de segurança, visando ao desenvolvimento</p><p>de uma atitude preventiva nos funcionários</p><p>quanto à segurança do trabalho.</p><p>→ Determinar a utilização pelo trabalhador</p><p>dos equipamentos de proteção individu-</p><p>al (EPI), bem como indicar e inspecionar</p><p>equipamentos de proteção contra incêndio,</p><p>quando as condições assim o exigirem, vi-</p><p>sando à redução dos riscos à segurança e in-</p><p>tegridade física do trabalhador.</p><p>→ Colaborar nos projetos de modificações</p><p>prediais ou novas instalações da empresa, vi-</p><p>sando a criação de condições mais seguras</p><p>no trabalho.</p><p>→ Pesquisar e analisar as causas de doenças</p><p>ocupacionais e as condições ambientais em</p><p>que ocorreram, tomando as providências</p><p>exigidas em lei, visando evitar sua reincidên-</p><p>cia, bem como corrigir as condições insalu-</p><p>bres causadoras dessas doenças.</p><p>→ Promover campanhas, palestras e outras</p><p>formas de treinamento com o objetivo de</p><p>divulgar as normas de segurança e higie-</p><p>ne do trabalho, bem como para informar e</p><p>conscientizar o trabalhador sobre atividades</p><p>147</p><p>insalubres, perigosas e penosas, fazendo o</p><p>acompanhamento e avaliação das atividades</p><p>de treinamento e divulgação.</p><p>→ Supervisionar os serviços de cantina, vi-</p><p>gilância e portaria, visando garantir o bom</p><p>atendimento ao público interno e visitante.</p><p>→ Distribuir os equipamentos de proteção</p><p>individual (EPI), bem como indicar e ins-</p><p>pecionar equipamentos de proteção contra</p><p>incêndio, quando as condições assim o exigi-</p><p>rem, visando à redução dos riscos à seguran-</p><p>ça e integridade física do trabalhador.</p><p>→ Colaborar com a CIPA em seus progra-</p><p>mas, estudando suas observações e proposi-</p><p>ções, visando a adotar soluções corretivas e</p><p>preventivas de acidentes do trabalho.</p><p>→ Levantar e estudar estatísticas de aciden-</p><p>tes do trabalho, doenças profissionais e do</p><p>trabalho, analisando suas causas e gravidade,</p><p>visando à adoção de medidas preventivas.</p><p>→ Elaborar planos para controlar efeitos de</p><p>catástrofes, criando as condições para com-</p><p>bate a incêndios e salvamento de vítimas</p><p>de</p><p>qualquer tipo de acidente.</p><p>→ Preparar programas de treinamento, ad-</p><p>missional e de rotina, sobre segurança do tra-</p><p>balho, incluindo programas de conscientiza-</p><p>ção e divulgação de normas e procedimentos</p><p>148</p><p>de segurança, visando ao desenvolvimento</p><p>de uma atitude preventiva nos funcionários</p><p>quanto à segurança do trabalho.</p><p>→ Prestar apoio à SIPAT, organizando as</p><p>atividades e recursos necessários.</p><p>→ Avaliar os casos de acidente do trabalho,</p><p>acompanhando o acidentado para recebi-</p><p>mento de atendimento médico adequado.</p><p>→ Realizar inspeções nos locais de trabalho,</p><p>identificando condições perigosas, tomando</p><p>todas as providências necessárias para elimi-</p><p>nar as situações de riscos, bem como treinar</p><p>e conscientizar os funcionários quanto a ati-</p><p>tudes de segurança no trabalho.</p><p>3�3�4�1� Resolução CONFEA n�º 434/99</p><p>No tocante a outros profissionais da área de</p><p>Segurança do Trabalho, tais como Engenheiros, es-</p><p>pecialistas em Engenharia de Segurança do Trabalho</p><p>e a Resolução n.º 434/99, dispõe sobre a Anotação</p><p>de Responsabilidade Técnica (ART) relativa às suas</p><p>atividades.</p><p>O Conselho Federal de Engenharia, e Agro-</p><p>nomia (CONFEA) é claro na importância da ART</p><p>ao dispor na Resolução citada as suas considerações,</p><p>vejamos:</p><p>149</p><p>Considerando que, de acordo com o art. 1º</p><p>da Lei nº 6.496, de 05 de dezembro de 1977, todo</p><p>contrato para a execução de obras ou prestação de</p><p>quaisquer serviços profissionais referentes à En-</p><p>genharia e Agronomia, fica sujeito à Anotação de</p><p>Responsabilidade Técnica – ART;</p><p>Considerando que a Engenharia de Segu-</p><p>rança do Trabalho constitui uma especialização de</p><p>engenheiros, ao nível de pós-graduação lato sensu,</p><p>que gera atribuições profissionais;</p><p>Considerando que somente a ART pode-</p><p>rá definir quem, para os efeitos legais, são os res-</p><p>ponsáveis técnicos pelos serviços de Engenharia</p><p>de Segurança do Trabalho;</p><p>Considerando que, de acordo com o art.</p><p>4º do Decreto n.º 92.530, de 09 de abril de 1986,</p><p>as atividades dos Engenheiros, especializados</p><p>em Engenharia de Segurança do Trabalho serão</p><p>definidas pelo CONFEA;</p><p>Considerando que as atividades dos En-</p><p>genheiros especializados em Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho foram definidas pelo</p><p>CONFEA no art. 4º da Resolução nº 359, de 31</p><p>de julho de 1991;</p><p>Considerando o disposto na Resolução nº</p><p>425, de 18 de dezembro de 1998, do CONFEA,</p><p>que «dispõe sobre a Anotação de Responsabili-</p><p>dade Técnica e dá outras providências;</p><p>150</p><p>De seus dispositivos, destacamos:</p><p>§ 1º Os estudos, projetos, planos, rela-</p><p>tórios, laudos e quaisquer outros trabalhos ou</p><p>atividades relativas à Engenharia de Segurança</p><p>do Trabalho, quer público, quer particular, so-</p><p>mente poderão ser submetidos ao julgamento</p><p>das autoridades competentes, administrativas e</p><p>judiciárias, e só terão valor jurídico quando seus</p><p>autores forem Engenheiros, especializados em</p><p>Engenharia de Segurança do Trabalho e regis-</p><p>trados no Conselho Regional de Engenharia e</p><p>Agronomia – CREA.</p><p>§ 2º Os estudos, projetos, planos, relatórios,</p><p>laudos e quaisquer outros trabalhos ou atividades</p><p>de Engenharia de Segurança do Trabalho</p><p>referidos no parágrafo anterior, somente serão</p><p>reconhecidos como tendo valor legal se tiverem</p><p>sido objeto de ART no CREA competente.</p><p>Art. 2º Para os efeitos desta Resolução,</p><p>entende-se como Engenharia de Seguran-</p><p>ça do Trabalho:</p><p>I-a prevenção de riscos nas atividades de</p><p>trabalho com vistas à preservação da saúde e in-</p><p>tegridade da pessoa humana; e</p><p>II-a proteção do trabalhador em todas as uni-</p><p>dades laborais, no que se refere à questão de seguran-</p><p>ça, inclusive higiene do trabalho, sem interferência</p><p>151</p><p>específica nas competências legais e técnicas estabe-</p><p>lecidas para as diversas modalidades da Engenharia e</p><p>Agronomia, conforme o Parecer nº 19/87 do Con-</p><p>selho Federal de Educação.</p><p>Art. 3º Em consonância com o disposto</p><p>no artigo anterior, as atividades de Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho que serão objeto de ART,</p><p>são aquelas previstas nos itens 1 a 18 do art. 4º da</p><p>Resolução nº 359, de 1991, do CONFEA.</p><p>Parágrafo único. O profissional, ao preen-</p><p>cher o formulário de ART, especificará em qual</p><p>item do art. 4º da Resolução nº 359, de 1991, do</p><p>CONFEA, se enquadra o documento técnico e/</p><p>ou atividade técnica, objeto de Anotação de Res-</p><p>ponsabilidade Técnica.</p><p>Art. 4º Incluem-se entre as atividades de</p><p>Engenharia de Segurança do Trabalho, referidas</p><p>no art. 4º da Resolução nº 359, de 1991, a elabora-</p><p>ção e os seguintes documentos técnicos, previstos</p><p>na Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, que</p><p>regulamentou a Lei nº 6.514, de 22 de dezembro</p><p>de 1977, que alterou o Capítulo V, Título II da</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho – CLT:</p><p>I- programa de condições e meio am-</p><p>biente do trabalho na indústria da construção -</p><p>PCMAT, previsto na NR-18;</p><p>II- avaliação e controle das exposições</p><p>ocupacionais a agentes físicos, químicos e</p><p>152</p><p>biológicos, previsto na NR-09;</p><p>III-programa de conservação auditiva;</p><p>IV-laudo de avaliação ergonômica, pre-</p><p>visto na NR-17;</p><p>V-programa de proteção respiratória, pre-</p><p>visto na NR-06; e</p><p>VI-programa de prevenção da exposi-</p><p>ção ocupacional ao benzeno – PPEOB, pre-</p><p>visto na NR-15.</p><p>Importante ressaltar que, em 1990, o quadro</p><p>do Serviço Especializado em Engenharia de Segu-</p><p>rança e em Medicina do Trabalho e uma equipe de</p><p>profissionais da saúde (SESMT), estabelecida pela</p><p>NR 4, já havia sido atualizado.</p><p>O SESMT, a partir de então, é formado por:</p><p>→ Engenheiro de Segurança do Trabalho;</p><p>→ Médico do Trabalho;</p><p>→ Enfermeiro do Trabalho;</p><p>→ Técnico de Enfermagem do Trabalho;</p><p>→ Técnico em Segurança do Trabalho.</p><p>O SESMT foi estabelecido no artigo 162</p><p>da Consolidação das Leis do Trabalho e é regula-</p><p>mentado pela Norma Regulamentadora NR 04,</p><p>que disciplina que, dependendo da quantidade de</p><p>153</p><p>empregados e da natureza das atividades, o serviço</p><p>pode incluir os profissionais citados.</p><p>O SESMT foi criado em face do aumento</p><p>expressivo de acidentes do trabalho, a fim de re-</p><p>solver, mas, também e notadamente, prevenir, aler-</p><p>tando e dando instruções aos trabalhadores sobre</p><p>o aparecimento de novas doenças, esclarecimentos</p><p>sobre qualquer tipo de doença e também evitar que</p><p>pequenos acidentes de trabalho possam acontecer e</p><p>prejudicar tanto o empregado quanto o empregador.</p><p>154</p><p>155</p><p>4�1� INTRODUÇÃO</p><p>Neste capítulo, ênfase se dará à Legislação</p><p>aplicada à segurança, prevenção e controle de risco</p><p>no ambiente do trabalho.</p><p>Destacam-se, também neste capítulo, pre-</p><p>venção e controle de risco no Brasil; a OIT, o con-</p><p>trole total de perdas; a Lei 6.514, de 1978, as NRs</p><p>vigentes e dois estudos de caso.</p><p>4�2� LEGISLAÇÃO APLICADA</p><p>À SEGURANÇA, PREVENÇÃO E</p><p>CONTROLE DE RISCO NO AMBIENTE</p><p>DO TRABALHO</p><p>4�2�1� Organização Internacional do</p><p>Trabalho (OIT)</p><p>A Organização Internacional do Traba-</p><p>lho (OIT) foi fundada em 1919, com o objetivo de</p><p>Capítulo 4 – Legislação Aplicada à Segurança, Pre-</p><p>venção e Controle de Risco no Ambiente do Trabalho</p><p>156</p><p>promover a justiça social e, assim, contribuir para a</p><p>paz universal e permanente.</p><p>A OIT tem uma estrutura tripartite única en-</p><p>tre as agências do sistema das Nações Unidas, na qual</p><p>os representantes de empregadores e de trabalhadores</p><p>têm a mesma voz que os representantes de governos.</p><p>Ao longo dos anos, a OIT tem lançado, para</p><p>adoção por seus Estados-membros, convenções e</p><p>recomendações internacionais do trabalho.</p><p>Essas normas versam sobre liberdade de as-</p><p>sociação, emprego, política social, condições de tra-</p><p>balho, previdência social, relações industriais e admi-</p><p>nistração do trabalho, entre outras.</p><p>A OIT desenvolve projetos de cooperação</p><p>técnica e presta serviços de assessoria, capacitação e</p><p>assistência técnica a seus Estados-membros.</p><p>A estrutura da OIT compreende: Conferên-</p><p>cia Internacional do Trabalho, Conselho de Admi-</p><p>nistração e Secretaria Internacional do Trabalho.</p><p>A Conferência é um fórum mundial que se</p><p>reúne anualmente para discutir questões sociais e tra-</p><p>balhistas, adotar e rever normas internacionais do tra-</p><p>balho e estabelecer as políticas</p><p>gerais da Organização.</p><p>É composta por representantes de</p><p>governos e de organizações de empregadores e de</p><p>trabalhadores dos 178* Estados-membros da OIT.</p><p>Esses três constituintes estão também re-</p><p>presentados no Conselho de Administração, órgão</p><p>157</p><p>executivo da OIT, que decide sobre as políticas da</p><p>OIT.</p><p>A Secretaria Internacional do Trabalho, ór-</p><p>gão permanente sob o comando do Diretor-Geral, é</p><p>constituída por diversos departamentos, setores e por</p><p>extensa rede de escritórios instalados em mais de 40</p><p>países, mantém contato com governos e representa-</p><p>ções de empregadores e de trabalhadores e marca a</p><p>presença da OIT em todo o mundo do trabalho.</p><p>Dessas conferências da OIT muitas diretri-</p><p>zes são estabelecidas, influenciando diretamente a</p><p>edição de Leis desta qualidade em nosso país.</p><p>É pauta constante a segurança, prevenção e</p><p>controle de risco no ambiente do trabalho.</p><p>Um dos elementos precípuos é o controle</p><p>de perdas.</p><p>4�2�2� Controle Total de Perdas</p><p>O controle de perdas foi introduzido pela</p><p>ideia de John A. Fletcher nos anos 70, com uma vi-</p><p>são abrangente, a fim de reduzir ou eliminar os ris-</p><p>cos no ambiente do trabalho, tal como os acidentes</p><p>e doenças laborais.</p><p>O citado estudioso partiu do pressuposto</p><p>de que os acidentes que resultam em danos às ins-</p><p>talações, aos equipamentos e aos materiais têm as</p><p>mesmas causas básicas do que os que resultam em</p><p>158</p><p>lesões, sendo que o objetivo do Controle Total de</p><p>Perdas é o de reduzir ou eliminar todos os acidentes</p><p>que possam interferir ou paralisar o sistema.</p><p>Enquanto a segurança e medicina do traba-</p><p>lho tradicional se ocupavam da prevenção de lesões</p><p>pessoais, o Controle Total de Perdas envolve os dois</p><p>conceitos no que se refere aos acidentes com lesões</p><p>pessoais e danos à propriedade englobando ainda:</p><p>perdas provocadas por acidentes em relação a ex-</p><p>plosões, incêndios, roubo, sabotagem, vandalismo,</p><p>poluição ambiental, doença, defeito do produto etc.</p><p>Portanto, pode-se dizer que o Controle To-</p><p>tal de Perdas envolve:</p><p>→ Prevenção de lesões (acidentes que têm</p><p>como resultado lesões pessoais);</p><p>→ Controle total de acidentes (danos à pro-</p><p>priedade, equipamentos e materiais);</p><p>→ Prevenção de incêndios (controle de to-</p><p>das as perdas por incêndios);</p><p>→ Segurança industrial (proteção dos bens</p><p>da companhia);</p><p>→ Higiene e saúde industrial;</p><p>→ Controle da contaminação do ar, água e solo;</p><p>→ Responsabilidade pelo produto.</p><p>Assim sendo, o conceito de Controle Total</p><p>de Perdas:</p><p>159</p><p>desenvolveu-se e evoluiu, no pensamen-</p><p>to dos profissionais de segurança durante mui-</p><p>tos anos, com o fim de inverter a tendência as-</p><p>cendente do índice de lesões. Segundo ele, para</p><p>implantar-se um programa de Controle Total de</p><p>Perdas deve-se ir desde a prevenção de lesões ao</p><p>controle total de acidentes, para então chegar-se</p><p>ao Controle Total de Perdas. De acordo com o</p><p>mesmo autor, a implantação de um programa de</p><p>Controle Total de Perdas requer três passos bá-</p><p>sicos: determinar o que se está fazendo; avaliar</p><p>como se está fazendo e; elaborar planos de ação</p><p>que indiquem o que tem de ser feito. 30</p><p>4�2�3� Lei 6�514 de 1978</p><p>A Lei n.º 6.514/77 foi responsável pela alteração</p><p>do Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho, relativo à segurança e medicina do trabalho.</p><p>Alguns aspectos relacionados à seguran-</p><p>ça e medicina do trabalho no Brasil já tinham sido</p><p>superficialmente disciplinados em 1941 e 1942. A</p><p>ALBERTON, Anete. Uma Metodologia para auxiliar no</p><p>gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de investimentos</p><p>de segurança. Florianópolis, 1996. Dissertação (Mestrado em</p><p>Engenharia de Produção) - Programa de Pós-</p><p>160</p><p>legislação sobre a matéria deu-se efetivamente por</p><p>meio do Capítulo V do Título II da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-</p><p>-lei n.º 5.452, de 1º de maio de 1943.</p><p>A primeira modificação substancial sofrida</p><p>pela CLT, no que diz respeito à questão, ocorreu em</p><p>1967. Foram introduzidas algumas inovações, no-</p><p>tadamente as relativas à obrigatoriedade da organi-</p><p>zação, pelas empresas, do Serviço Especializado de</p><p>Segurança e Medicina do Trabalho.</p><p>Contudo, foi com a Lei n.º 6.514, de 22 de</p><p>dezembro de 1977 (publicada no D.O.U. de 23/12/1977,</p><p>Seção I - Parte I), que deu nova redação a todo o Capítu-</p><p>lo V do Título II da CLT, relativo à segurança e medicina</p><p>do trabalho, que se absorveu o conteúdo de vários diplo-</p><p>mas legais e destacaram-se a insalubridade e a periculosi-</p><p>dade dos ambientes de trabalho.</p><p>Convém ressaltar que essa modificação deu</p><p>nova cara à CIPA, estabeleceu a obrigatoriedade, es-</p><p>tabilidade, entre outros avanços.</p><p>A par dessa alteração na CLT, em 1978, hou-</p><p>ve a Criação das Normas Regulamentadoras (NRs),</p><p>aprovadas pela Portaria 3214, de 08/06/78 do MTE,</p><p>aproveitando e ampliando as portarias existentes e</p><p>Atos Normativos, adotados até na construção da Hi-</p><p>drelétrica Itaipu. Na ocasião, foram criadas 28 NRs.</p><p>Essa portaria representou um dos principais</p><p>impulsos dados à área de Segurança e Medicina do</p><p>161</p><p>Trabalho nos últimos anos.</p><p>Em 1979, em face da carência de profissionais</p><p>para compor o Serviço Especializado em Engenharia</p><p>de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), a</p><p>resolução n.° 262 regulamenta a criação de cursos em</p><p>caráter prioritário para esses profissionais.</p><p>Em 1983, a Portaria n.° 33 alterou a NR5,</p><p>introduzindo nela os riscos ambientais.</p><p>Já em 1985, a Lei n.° 7410, de 27/11/85,</p><p>oficializou a especialização em Engenharia de</p><p>Segurança do Trabalho e criou a categoria pro-</p><p>fissional de Técnico em Segurança do Trabalho,</p><p>até então os únicos profissionais prevencionis-</p><p>tas não reconhecidos legalmente.</p><p>Essa Lei deu prazo de 120 dias para o Mi-</p><p>nistério da Educação e Cultura (MEC) verificar os</p><p>currículos básicos do curso de especialização em</p><p>Técnico de Segurança do Trabalho.</p><p>Contudo, somente em 1987, por meio do</p><p>parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso</p><p>de formação de Técnico de Segurança do Trabalho</p><p>(TST), o qual se encontra em vigor.</p><p>Já em 1986, a Lei n.° 7498/86 regulamenta</p><p>as profissões Enfermeiro, Técnico em Enfermagem,</p><p>Auxiliar de Enfermagem e a Lei n.° 9235 de</p><p>09/04/86 regulamentou a categoria de Técnico de</p><p>Segurança do Trabalho. Que na década de 50 eram</p><p>chamados de “Inspetores de Segurança”.</p><p>162</p><p>Em 1990, o quadro do SESMT NR 4 é atua-</p><p>lizado, passando a ser formado por: Engenheiro de</p><p>Segurança do Trabalho; Médico do Trabalho; En-</p><p>fermeiro do Trabalho Técnico de Enfermagem do</p><p>Trabalho; Técnico em Segurança do Trabalho.</p><p>A Lei 8.213/91 veio para estabelecer o con-</p><p>ceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto e</p><p>nos artigos 19 a 21 e no artigo 22 também estabelece</p><p>a obrigação da empresa em comunicar os Acidentes</p><p>do Trabalho às autoridades competentes. Foi poste-</p><p>riormente alterado pelo Decreto n.º 611, de 21 de</p><p>julho de 1992.</p><p>Em 2001, entra em vigor a Portaria n.° 458,</p><p>de 4 de Outubro de 2001, e fica proibido, a partir de</p><p>então, o trabalho infantil no Brasil.</p><p>Somente em 2009 o termo Ato Inseguro</p><p>é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentado-</p><p>ra 1. E isso é motivo de comemoração para mui-</p><p>tos prevencionistas que reclamam que o termo</p><p>retirava em muitas vezes a responsabilidade do</p><p>empregador. Pois, era fácil rotular os acidentes</p><p>somente como Ato Inseguro, e isso dificultava</p><p>encontrar a verdadeira causa.</p><p>Em 2012, a Presidente do Brasil insti-</p><p>tuiu por meio da Lei n.º 12.645, de 16 de maio</p><p>de 2012, o dia 10 de outubro como o Dia Nacio-</p><p>nal de Segurança e de Saúde, notadamente, nas</p><p>Escolas com intuito de Educar nossas crianças e</p><p>163</p><p>adolescentes sobre o assunto.</p><p>4�2�4� As Normas Regulamentadoras (NRs)</p><p>Para promover o estudo relativo à segurança,</p><p>prevenção e controle de risco no trabalho seguem</p><p>em ordem cronológica as Normas Regulamentado-</p><p>ras (NRs) do Ministério do Trabalho:</p><p>A Portaria n.º 3.214/78 da Secretaria de</p><p>Segurança e Saúde no Trabalho (SSST), atualmente,</p><p>Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho</p><p>(DSST), do Ministério do Trabalho e Emprego dis-</p><p>põe que a NR 1, em suas</p><p>disposições gerais, deter-</p><p>mina que as normas regulamentadoras, relativas à</p><p>segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente,</p><p>deverão ser cumpridas por todas as empresas pri-</p><p>vadas e públicas, desde que possuam empregados</p><p>regidos de acordo com a CLT. Determina, também,</p><p>que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho –</p><p>SST é o órgão competente para coordenar, orientar,</p><p>controlar e supervisionar todas as atividades relacio-</p><p>nadas à Segurança do Trabalho.</p><p>A NR 2 foi revogada. Ela se referia à Ins-</p><p>peção Prévia, ou seja, determinava que todo estabe-</p><p>lecimento novo deveria solicitar aprovação de suas</p><p>instalações ao órgão regional do Ministério do Tra-</p><p>balho e Emprego, que emitiria o CAI – Certificado</p><p>de Aprovação de Instalações, por meio de modelo</p><p>pré-estabelecido no site do MTE.</p><p>164</p><p>A NR 3 diz respeito a Embargo ou Interdi-</p><p>ção. A SRTE poderá interditar/embargar o estabele-</p><p>cimento, as máquinas, setor de serviços se os mesmos</p><p>demonstrarem grave e iminente risco para o trabalha-</p><p>dor, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências</p><p>a serem adotadas para a regularização das irregularida-</p><p>des. Em caso de interdição ou embargo em um deter-</p><p>minado setor ou maquinários ou na empresa toda, os</p><p>empregados receberão os salários como se estivessem</p><p>trabalhando.</p><p>A NR4 refere-se aos Serviços Especiali-</p><p>zados em Engenharia de Segurança e em Medici-</p><p>na do Trabalho. Sendo certo que a implantação do</p><p>Serviço Especializado em Engenharia de Segurança</p><p>e em Medicina do Trabalho (SESMT) depende da</p><p>gradação do risco da atividade principal da empresa</p><p>(Classificação Nacional de Atividades Econômicas –</p><p>CNAE) e do número total de empregados do esta-</p><p>belecimento, estabelecido em seu Quadro 2.</p><p>Dependendo desses elementos, o SESMT</p><p>deverá ser composto por Engenheiro de Seguran-</p><p>ça do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro</p><p>do Trabalho, Técnico de Enfermagem do Trabalho,</p><p>Técnico de Segurança do Trabalho.</p><p>O SESMT tem por finalidade promover</p><p>ações de prevenção e correção dos riscos encontra-</p><p>dos para tornar o ambiente de trabalho um lugar se-</p><p>guro. Compatível com a preservação saúde, e com a</p><p>165</p><p>segurança do trabalho.</p><p>A NR 5 diz respeito à Comissão Interna</p><p>de Prevenção de Acidentes – CIPA. Determina que</p><p>todas as empresas privadas, públicas, sociedades de</p><p>economia mista, instituições beneficentes, coopera-</p><p>tivas, clubes, desde que possuam empregados cele-</p><p>tistas, dependendo do grau de risco da empresa e do</p><p>número mínimo de 20 empregados, são obrigadas a</p><p>manter a CIPA.</p><p>Este dimensionamento depende da Classifica-</p><p>ção Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, que</p><p>remete a outra listagem de número de empregados.</p><p>O objetivo é a prevenção de acidentes e doen-</p><p>ças decorrentes do trabalho, tornando compatível o</p><p>trabalho com a preservação da saúde do trabalhador.</p><p>A CIPA é composta de um representante da</p><p>empresa, ou seja, Presidente (designado) e represen-</p><p>tantes dos empregados, eleitos em escrutínio secre-</p><p>to, com mandato de um ano, e direito a uma reelei-</p><p>ção, e mais um ano de estabilidade.</p><p>Mesmo quando a empresa não precisar de</p><p>membros eleitos de acordo com o dimensionamen-</p><p>to previsto deverá ter um membro designado pelo</p><p>empregador. Esse membro responderá pelas ações</p><p>da CIPA na empresa.</p><p>A NR 6 dispõe sobre os Equipamentos de</p><p>Proteção Individual. As empresas são obrigadas a</p><p>fornecer aos seus empregados equipamentos de</p><p>166</p><p>proteção individual, destinados a proteger a saúde e</p><p>a integridade física do trabalhador. O Equipamento</p><p>de Proteção Individual (EPI) deve ser entregue gra-</p><p>tuitamente, e a entrega deverá ser registrada.</p><p>Todo equipamento deve ter o Certificado de</p><p>Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Empre-</p><p>go e a empresa que importa Equipamentos de Proteção</p><p>Individual (EPIs) também deverá ser registrada junto ao</p><p>Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, exis-</p><p>tindo para esse fim todo um processo administrativo.</p><p>A NR 7 diz respeito ao Programa de Con-</p><p>trole Médico de Saúde Ocupacional, estabelecendo</p><p>a obrigatoriedade de exames médicos (obrigatórios)</p><p>para as empresas, sendo eles: Exame admissional;</p><p>Exame periódico; Retorno ao trabalho; - Mudança</p><p>de função; Demissional; e Exames Complementares,</p><p>dependendo do grau de risco da empresa e agen-</p><p>tes agressores presentes no ambiente de trabalho, a</p><p>critério do médico do trabalho e dependendo dos</p><p>quadros na própria NR 7, bem como na NR 15 (In-</p><p>salubridade), existirão exames específicos para cada</p><p>risco que o trabalho possa gerar.</p><p>A NR 8 veio para tratar das Edificações. Esta</p><p>norma define os parâmetros para as edificações, obser-</p><p>vando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva</p><p>ou falta de insolação, enfim, busca estabelecer condi-</p><p>ções do conforto nos locais de trabalho. É importante</p><p>também no tange o assunto, observar as legislações</p><p>167</p><p>pertinentes a nível federal, estadual e municipal.</p><p>Já a NR 9 veio para determinar a avaliação</p><p>e controle das exposições ocupacionais a agentes fí-</p><p>sicos, químicos e biológicos. Estabelece a obrigato-</p><p>riedade da elaboração e implantação do PGR - Pro-</p><p>grama de Gestão de Riscos a todas as empresas que</p><p>admitam trabalhadores como empregados.</p><p>O PGR - Norma Regulamentadora - NR es-</p><p>tabelece os requisitos para a avaliação das exposições</p><p>ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos</p><p>quando identificados no Programa de Gerenciamen-</p><p>to de Riscos - PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-</p><p>-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos</p><p>ocupacionais.</p><p>O PGR é um programa dinâmico e se for</p><p>levado a sério desde a elaboração até a execução das</p><p>medidas preventivas, pode contribuir de forma bem</p><p>significativa para a organização das ações de Gestão</p><p>de Riscos dentro de cada empresa.</p><p>A NR 10 trata das Instalações e Serviços de</p><p>Eletricidade, a qual visa estabelecer condições mí-</p><p>nimas para garantir a segurança daqueles que tra-</p><p>balham em instalações elétricas, em suas diversas</p><p>etapas, incluindo projeto, execução, operação, ma-</p><p>nutenção, reforma e ampliação. Cobrir em nível pre-</p><p>ventivo usuários e terceiros.</p><p>A NR 11, que trata de Transporte, Movi-</p><p>mentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais,</p><p>168</p><p>veio para estabelecer medidas de prevenção à Ope-</p><p>ração de Elevadores, Guindastes, Transportadores</p><p>Industriais e Máquinas Transportadoras. Trata da</p><p>padronização dos procedimentos operacionais, e,</p><p>assim, busca garantir a segurança de todos os envol-</p><p>vidos na atividade.</p><p>A NR 12 refere-se às Máquinas e</p><p>Equipamentos. Por meio dela se determinam as ins-</p><p>talações e áreas de trabalho, distâncias mínimas en-</p><p>tre as máquinas. Os equipamentos; dispositivos de</p><p>acionamento, partida e parada das máquinas e equi-</p><p>pamentos. Em seus anexos vários equipamentos são</p><p>mostrados de forma bem detalhada, sempre busca</p><p>a padronização das medidas de prevenção a serem</p><p>adotadas, a fim de obtermos um trabalho mais segu-</p><p>ro com o maquinário.</p><p>A NR 13 diz respeito a Caldeiras e Vasos de</p><p>Pressão, vem estabelecer os procedimentos de segu-</p><p>rança que devem ser observados nas atividades re-</p><p>ferentes a projeto de construção, acompanhamento</p><p>de operação e manutenção, inspeção e supervisão de</p><p>inspeção de caldeiras e vasos de pressão.</p><p>Essa Norma exige treinamento específico</p><p>para os seus operadores, contendo várias classifica-</p><p>ções e categorias, nas especialidades, devido, princi-</p><p>palmente, ao seu elevado grau de risco.</p><p>A NR 14 dispõe sobre os Fornos. Por</p><p>meio dela, se têm definidos os parâmetros a serem</p><p>169</p><p>observados para a instalação de fornos, cuidados com</p><p>gases, chamas, líquidos. É importante observar as</p><p>legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e</p><p>municipal.</p><p>A NR 15 refere-se às Atividades e Opera-</p><p>ções Insalubres, por ela se obtém a definição desse</p><p>tipo de atividade, ou seja, a atividade é considerada</p><p>insalubre quando ocorre além dos limites de tole-</p><p>rância, isto é intensidade, natureza e tempo de ex-</p><p>posição ao agente, que não causará dano à saúde do</p><p>trabalhador, durante a sua vida laboral.</p><p>As atividades insalubres estão contidas nos</p><p>anexos dessa Norma e são considerados</p><p>os agentes:</p><p>Ruído contínuo ou permanente; Ruído de Impacto;</p><p>Tolerância para Exposição ao Calor; Radiações Ioni-</p><p>zantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.</p><p>Tanto a NR 15 quanto a NR 16 dependem</p><p>de perícia, a cargo do médico ou do engenheiro do</p><p>trabalho, devidamente credenciado junto ao Minis-</p><p>tério do Trabalho e Emprego.</p><p>A NR 16 refere-se às Atividades e Opera-</p><p>ções Perigosas. São atividades perigosas aquelas li-</p><p>gadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia Elétrica.</p><p>A NR 17 refere-se à Ergonomia, a qual es-</p><p>tabelece os parâmetros que permitam a adaptação</p><p>das condições de trabalho às características psico-</p><p>fisiológicas do homem. Máquinas, ambiente, comu-</p><p>nicações dos elementos do sistema, informações,</p><p>170</p><p>processamento, tomada de decisões, organização,</p><p>tudo isso gera consequências no trabalhador, e de-</p><p>vem ser avaliados, e, se necessário, reorganizado.</p><p>Observe-se que as Lesões por Esforços Re-</p><p>petitivos (LER) e as denominadas Doenças Osteo-</p><p>musculares (DORT) são relacionadas ao trabalho e</p><p>constituem o principal grupo de problemas de saú-</p><p>de, reconhecidas pelo seu vínculo laboral.</p><p>Importante considerar que o termo</p><p>DORT é muito mais abrangente do que o ter-</p><p>mo LER, constante hoje das relações de doenças</p><p>profissionais da Previdência.</p><p>A NR 18 refere-se às Condições e Meio</p><p>Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.</p><p>Destina, pois, a regulamentar o elenco de providên-</p><p>cias a serem executadas, em função do cronograma</p><p>de uma obra, levando-se em conta os riscos de aci-</p><p>dentes e doenças do trabalho e as suas respectivas</p><p>medidas de segurança.</p><p>A NR 19 trata dos Explosivos determinan-</p><p>do parâmetros para o depósito, manuseio e armaze-</p><p>nagem. Objetivando regulamentar medidas de segu-</p><p>rança para esse trabalho que é de alto risco.</p><p>A NR 20 refere-se à Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis. Define</p><p>os parâmetros para as atividades de extração, pro-</p><p>dução, armazenamento, transferência, manuseio e</p><p>manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.</p><p>171</p><p>A NR 21 trata do Trabalho a Céu Aberto,</p><p>por essa razão, define o tipo de proteção que deve</p><p>ser fornecida pela empresa aos trabalhadores que</p><p>trabalham sem abrigo, contra intempéries (insolação,</p><p>condições sanitárias, água, etc.).</p><p>A NR 22 veio para disciplinar a Segurança</p><p>e Saúde Ocupacional na Mineração. Estabelece nor-</p><p>mas para a segurança dos trabalhadores da indústria</p><p>da mineração. Objetivando a busca permanente por</p><p>um ambiente de trabalho seguro.</p><p>A mineração tem normas bem específicas. Al-</p><p>guns itens exclusivos da mineração são: Programa de</p><p>Gerenciamento de Risco (PGR), Comissão Interna de</p><p>Prevenção de Acidentes na Mineração (CIPAMIN).</p><p>A NR 23 trata da Proteção contra Incên-</p><p>dios. Todas as empresas devem possuir proteção</p><p>contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em</p><p>serviço e/ou público; pessoal treinado e equipamen-</p><p>tos. Recentemente, essa norma foi alterada e já não</p><p>tem muito a oferecer.</p><p>Todas as questões relacionadas a incêndios</p><p>devem ser resolvidas observando as legislações esta-</p><p>duais do Corpo de Bombeiros.</p><p>A NR 24 traz as Condições Sanitárias e de</p><p>Conforto nos Locais do Trabalho, vez que todo es-</p><p>tabelecimento deve atender às denominações desta</p><p>norma. Ele busca adequar banheiros, vestiários, re-</p><p>feitórios, alojamentos e outras questões de conforto.</p><p>172</p><p>Cabe à CIPA e/ou ao SESMT (onde hou-</p><p>ver), a observância e cumprimento desta norma. É</p><p>importante observar, também, se nas Convenções</p><p>Coletivas de Trabalho de cada categoria existe algum</p><p>item sobre o assunto.</p><p>A NR 25 refere-se aos Resíduos Industriais.</p><p>Trata da eliminação dos resíduos gasosos, sólidos,</p><p>líquidos de alta toxidade, periculosidade, risco bio-</p><p>lógico, radioativo, relativos ao trabalho. Busca evitar</p><p>acidentes como o caso Césio 137, em Goiás.</p><p>No caso de eliminação de resíduos, é impor-</p><p>tante consultar as normas específicas de acordo com</p><p>as peculiaridades de cada Estado e Município.</p><p>A NR 26 veio disciplinar a Sinalização de</p><p>Segurança. Determina, portanto, as cores a serem</p><p>observadas na segurança do trabalho como forma</p><p>de prevenção, evitando a distração, confusão e fa-</p><p>diga do trabalhador, bem como cuidados especiais</p><p>quanto a produtos e locais perigosos. Recentemente,</p><p>essa norma foi revista, e já não oferece muito. Qual-</p><p>quer dúvida sobre o tema deve ser esclarecida com</p><p>as normas estaduais e NBRs.</p><p>A NR 27 trata do Registro Profissional do</p><p>Técnico de Segurança. Apesar de ainda constar em</p><p>todos os livros de NR esta norma foi revogada.</p><p>A NR 28 veio para disciplinar a Fiscalização</p><p>e penalidades e para isso veio estabelecer os procedi-</p><p>mentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista</p><p>173</p><p>de segurança e medicina do trabalho, tanto a conces-</p><p>são de prazos às empresas para a correção de irregu-</p><p>laridades técnicas, como também, no que concerne</p><p>ao procedimento de autuação por infração as Nor-</p><p>mas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do</p><p>trabalho, e valores de multas.</p><p>A NR 29 refere-se à Norma Regulamenta-</p><p>dora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário e</p><p>tem por objetivo regulamentar a prevenção contra</p><p>acidentes e doenças profissionais, facilitar os primei-</p><p>ros socorros a acidentados e alcançar as melhores</p><p>condições possíveis de segurança e saúde aos traba-</p><p>lhadores portuários.</p><p>As disposições contidas nessa NR aplicam-</p><p>-se aos trabalhadores portuários em operações, tan-</p><p>to a bordo como em terra, assim como aos demais</p><p>trabalhadores que exerçam atividades nos portos or-</p><p>ganizados e instalações portuárias de uso privativo e</p><p>retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do</p><p>porto organizado.</p><p>A NR 30 veio para disciplinar a Segurança</p><p>e Saúde no Trabalho Aquaviário. Aplica-se aos tra-</p><p>balhadores de toda embarcação comercial utilizada</p><p>no transporte de mercadorias ou de passageiros, na</p><p>navegação marítima de longo curso, na cabotagem,</p><p>na navegação interior, no serviço de reboque em al-</p><p>to-mar, bem como em plataformas marítimas e flu-</p><p>viais, quando em deslocamento, e embarcações de</p><p>174</p><p>apoio marítimo e portuário.</p><p>A observância desta Norma Regulamenta-</p><p>dora não desobriga as empresas do cumprimento</p><p>de outras disposições legais com relação à matéria e</p><p>outras oriundas de convenções, acordos e contratos</p><p>coletivos de trabalho.</p><p>A NR 31 refere-se à Segurança e saúde no</p><p>Trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, ex-</p><p>ploração florestal, aquicultura, sendo este último</p><p>também conhecido como Aquacultura, ou seja, tra-</p><p>ta-se da produção de organismos aquáticos, como</p><p>a criação de peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios</p><p>e o cultivo de plantas aquáticas para uso humano.</p><p>A maricultura refere-se especificamente à aquicul-</p><p>tura marinha, enquanto a piscicultura refere-se ao</p><p>cultivo de peixes, principalmente, de água doce. Já a</p><p>carcinicultura é a criação de camarões. A conquicul-</p><p>tura refere-se à criação de moluscos bivalves, sendo</p><p>a ostreicultura a criação de ostras e a mitilicultura a</p><p>criação de mexilhões.</p><p>Estabelece os preceitos a serem observa-</p><p>dos na organização e no ambiente de trabalho,</p><p>de forma a tornar compatível o planejamento e o</p><p>desenvolvimento de quaisquer atividades da agri-</p><p>cultura, pecuária, silvicultura, exploração flores-</p><p>tal e aquicultura com a segurança e saúde e meio</p><p>ambiente do trabalho.</p><p>A NR 32 trata da Segurança e Saúde no</p><p>175</p><p>Trabalho em Serviços de Saúde. Tem por finalidade</p><p>estabelecer diretrizes básicas para a implementação</p><p>de medidas de proteção à segurança e à saúde dos</p><p>trabalhadores dos serviços de saúde, bem como da-</p><p>queles que exercem atividades de promoção e assis-</p><p>tência à saúde em geral. Norma bem específica para</p><p>regulamentar, inclusive, os programas de prevenção</p><p>que têm traços bem particulares nessa atividade.</p><p>A NR 33 refere-se à Segurança e Saúde nos</p><p>Trabalhos em Espaços Confinados, e tem por obje-</p><p>tivo estabelecer requisitos mínimos para a identifi-</p><p>cação de espaços confinados e o controle dos riscos</p><p>existentes, de forma a garantir, permanentemente, a</p><p>segurança e saúde dos trabalhadores que interagem</p><p>direta ou indiretamente nesses</p><p>espaços.</p><p>Entende-se por espaço confinado qualquer</p><p>área não projetada para ocupação humana, que tenha</p><p>meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação seja</p><p>insuficiente para remover os contaminantes, que possa</p><p>existir enriquecimento ou insuficiência de oxigênio exi-</p><p>gido para uma respiração natural.</p><p>A NR 34 trata das Condições e Meio Ambien-</p><p>te de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação</p><p>Naval e estabelece requisitos mínimos e as medidas de</p><p>proteção e segurança à saúde e ao meio ambiente de</p><p>trabalho nas atividades da indústria de construção e re-</p><p>paração naval. Englobam assuntos, como: Análise Pre-</p><p>liminar de Risco (APR), Diálogo Diário de Segurança</p><p>176</p><p>(DDS), Permissão de Trabalho (PT), Equipamento de</p><p>Proteção Individual (EPI), Equipamento de Proteção</p><p>Coletiva (EPC), dentre outros.</p><p>A NR 35 trata do Trabalho em Altura. Esta</p><p>Norma estabelece os requisitos mínimos e as medi-</p><p>das de proteção para o trabalho em altura, envolven-</p><p>do o planejamento, a organização, execução, treina-</p><p>mento de funcionários, de forma a garantir a segu-</p><p>rança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta</p><p>ou indiretamente com esta atividade.</p><p>Já a NR 36 trata da Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho em Empresas de Abate e Processamento</p><p>de Carnes e Derivados. O objetivo da Norma Regu-</p><p>lamentadora 36 é estabelecer os requisitos mínimos</p><p>para a avaliação, controle e monitoramento dos ris-</p><p>cos existentes nas atividades desenvolvidas na indús-</p><p>tria de abate e processamento de carnes e derivados</p><p>destinados ao consumo humano.</p><p>A NR 36 visa ao estabelecimento de formas</p><p>e procedimentos de trabalho, a fim de garantir, per-</p><p>manentemente, a segurança, a saúde e a qualidade de</p><p>vida no trabalho. Sem causar prejuízo da observância</p><p>do normatizado nas demais Normas Regulamenta-</p><p>doras – NRs do Ministério do Trabalho e Emprego.</p><p>NR 37 Segurança e saúde em plataformas</p><p>de petróleo tem por objetivo estabelecer os requi-</p><p>sitos de segurança, saúde e condições de vivência</p><p>no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em</p><p>177</p><p>operação nas Águas Jurisdicionais Brasileiras - AJB.</p><p>4�3� ESTUDOS DE CASO</p><p>O Método do Estudo de Caso é o método</p><p>das Ciências Sociais, que devem ser analisadas de</p><p>acordo com o problema apresentado as questões</p><p>devem respondidas, tomando o investigador o real</p><p>evento e de acordo com os fatos.</p><p>Há métodos para a elaboração de um estudo</p><p>de caso, contudo, o básico é o que segue:</p><p>1) Introdução</p><p>Define o problema a ser examinado e ex-</p><p>plica os parâmetros ou as limitações da situação;</p><p>deve despertar interesse e curiosidade.</p><p>2) Visão Geral/Análise</p><p>Onde/quando/por quê; fornece detalhes</p><p>sobre atores envolvidos e organizações; identi-</p><p>fica questões profissionais, técnicas ou teóricas</p><p>etc.; o caso deve ser rico em nuances contextu-</p><p>ais: cenários, personalidades, culturas, urgência</p><p>das questões etc.</p><p>3) Relato da Situação</p><p>Descreve as ações, pode incluir declara-</p><p>ções dos atores e suas relações; deve deixar claro</p><p>o período temporal ou a cronologia do caso; é</p><p>178</p><p>importante saber onde os eventos importantes</p><p>ocorrem, com a identificação clara de locais e</p><p>das instituições.</p><p>Problemas do caso</p><p>Geralmente, um ou dois problemas que</p><p>requerem análise para resolver uma questão</p><p>específica; devem ser apresentados de forma</p><p>clara; podem assumir três formas: a) apresen-</p><p>tam uma situação e perguntam aos alunos o</p><p>que fariam a seguir; b) definem uma tarefa,</p><p>como, por exemplo, pedir aos alunos para</p><p>elaborar relatório recomendando uma ação;</p><p>c) ilustram um cenário e pedem aos alunos</p><p>que analisem as falhas e recomendem como a</p><p>situação deveria ser abordada. 31</p><p>Nos demais itens, apresentaremos alguns es-</p><p>tudos de caso com ênfase na estrutura.</p><p>31 - http://casoteca.enap.gov.br/index.php?option=com_content&v</p><p>iew=article&id=27&Itemid=526ago201320h30</p><p>179</p><p>4�3�1� GESTÃO DE SEGURANÇA E</p><p>SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE</p><p>CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE</p><p>DE PASSAGEIRO URBANO</p><p>“...</p><p>Caracterização da Empresa</p><p>3.1. Dados Preliminares</p><p>A Empresa de Transportes Urbano “X”</p><p>está localizada na cidade de João Pessoa/Para-</p><p>íba, em um bairro popular. Foi fundada no ano</p><p>de 1972 e tem como forma jurídica responsa-</p><p>bilidade limitada, composta por três sócios: o</p><p>presidente, um diretor administrativo e um fi-</p><p>nanceiro. Atua na capital, oferecendo aos usu-</p><p>ários a prestação de serviço de transporte ur-</p><p>bano em sete linhas de sete bairros da capital.</p><p>Possui 195 funcionários, sendo distribuídos</p><p>da seguinte forma: 73 motoristas, 73 cobra-</p><p>dores, 08 agentes administrativos, 01 psicólo-</p><p>ga, 01 técnico em segurança do trabalho, 14</p><p>despachantes, 02 borracheiros, 01 eletricista,</p><p>01 pintor, 01 auxiliar de pintor, 01 lanterneiro,</p><p>01 auxiliar de lanternagem, 02 mecânicos, 08</p><p>auxiliares de mecânico, 01 abastecedor, 04 la-</p><p>vadores, 01 varredor e 02 porteiros.</p><p>180</p><p>3.2. Organização do Trabalho</p><p>Apesar de um número expressivo de fun-</p><p>cionários e diversidade de funções, a empresa</p><p>não possui um organograma estruturado. Quan-</p><p>to à gestão da mão de obra, esta possui uma jor-</p><p>nada de dois turnos, assim distribuídos:</p><p>Diurno: 08h00 – 12h00</p><p>Diurno: 14h00 – 18h00</p><p>Noturno: 18h00 – 24h00</p><p>Essa jornada é dirigida aos funcionários</p><p>em geral, de forma que há aqueles que trabalham</p><p>apenas no turno diurno, e outros, como o pessoal</p><p>da manutenção, que trabalham apenas no turno</p><p>noturno. Com relação à função de motoristas,</p><p>cobradores e despachantes, a jornada segue uma</p><p>rotina de serviço de sete horas e vinte minutos</p><p>trabalhados, com uma hora de descanso e uma</p><p>folga semanal, regulamentada pela Superinten-</p><p>dência de Transporte e Trânsito (STTrans). Cada</p><p>percurso de linha deve ter uma duração média</p><p>de 40 a 45 minutos, com uma margem de 5 mi-</p><p>nutos para mais ou menos.</p><p>Os funcionários obedecem a um regime</p><p>de trabalho fixo com carteira assinada, sem ho-</p><p>ra-extra estabelecida. A remuneração de pessoal</p><p>é quinzenal, apresentando níveis salariais de 1 a</p><p>5 salários mínimos, não havendo adicional de</p><p>181</p><p>produtividade. O índice de rotatividade é baixo</p><p>e a média de idade entre os funcionários gira em</p><p>torno dos 30 anos, e o nível de escolaridade, de</p><p>maneira geral, é o primeiro grau completo.</p><p>Para a seleção de pessoas, a empresa adota</p><p>o seguinte procedimento: entrevista inicial, apli-</p><p>cação de testes práticos específicos da função</p><p>e entrevista final, realizadas pela psicóloga, en-</p><p>quanto os testes práticos são aplicados por pes-</p><p>soas especializadas na função. De maneira geral,</p><p>os funcionários são disciplinados, comparecen-</p><p>do ao trabalho com regularidade, apresentando</p><p>baixo índice de absenteísmo, onde a supervisão</p><p>é realizada pela própria diretoria.</p><p>4.1. De acordo com as NRs</p><p>Foram selecionadas as NRs que se mos-</p><p>traram relevantes na empresa em questão, den-</p><p>tro da perspectiva de SST.</p><p>4.1.1. NR – 4:</p><p>A NR – 4 versa sobre os Serviços Espe-</p><p>cializados em Engenharia de Segurança e em</p><p>Medicina do Trabalho, cuja finalidade é de pro-</p><p>mover a saúde e proteger a integridade do traba-</p><p>lhador no local de trabalho.</p><p>Esta empresa está classificada, segundo a</p><p>Classificação Nacional de Atividades Econômicas,</p><p>182</p><p>como de transporte rodoviário de passageiros, re-</p><p>gular, urbano, e possui um grau de risco 3. Devi-</p><p>do a isso, e ao número de funcionários, a empresa</p><p>conta com um técnico de segurança do trabalho.</p><p>O SESMT está diretamente subordinado à direto-</p><p>ria administrativa, sendo formado por uma equipe</p><p>multiprofissional composta por uma enfermeira,</p><p>uma psicóloga, um médico do trabalho e um técni-</p><p>co de segurança. Os serviços realizados neste setor</p><p>funcionam em horário comercial, sendo que o téc-</p><p>nico trabalha em tempo integral, o médico uma vez</p><p>por semana e os demais em meio período. A sala</p><p>utilizada tem 25 m², é climatizada e funciona pró-</p><p>ximo ao setor de manutenção, no térreo. Existem</p><p>problemas com relação a este espaço, pois, quando</p><p>o atendimento individual é necessário, a psicólo-</p><p>ga precisa se deslocar a outro ambiente, o mesmo</p><p>ocorre com a visita semanal do médico, que precisa</p><p>ser realizada fora de seu local de</p><p>trabalho devido à</p><p>ausência de uma sala para atendimento. Na realiza-</p><p>ção anual da SIPAT, todos os funcionários traba-</p><p>lham nos dois períodos.</p><p>Com relação a palestras sobre AIDS e ou-</p><p>tras doenças sexualmente transmissíveis, estas são</p><p>realizadas pelo menos duas vezes ao ano. O téc-</p><p>nico em segurança também dá aos trabalhadores</p><p>noções de primeiros socorros, embora se tenha ve-</p><p>rificado que são bastante precárias e insuficientes.</p><p>183</p><p>Os acidentes de trabalho são tratados de</p><p>maneira inadequada: apenas os acidentes consi-</p><p>derados por eles de grande relevância são no-</p><p>tificados, é emitida a CAT e feito o registro no</p><p>livro de ata da CIPA. Os acidentes considerados</p><p>“leves, sem grande importância”, são notifica-</p><p>dos apenas no livro de ata da CIPA. O último</p><p>acidente no qual foi emitida a CAT ocorreu em</p><p>1998, sendo classificado como acidente de traje-</p><p>to. Este setor não colabora nos projetos de insta-</p><p>lações físicas e tecnológicas da empresa.</p><p>4.1.2. NR – 5:</p><p>A NR – 5 estabelece a Comissão Interna de</p><p>Prevenção de Acidentes - CIPA - e tem como ob-</p><p>jetivo a prevenção de acidentes e doenças decor-</p><p>rentes do trabalho, de modo a tornar compatível</p><p>permanentemente o trabalho com a preservação</p><p>da vida e a promoção da saúde do trabalhador.</p><p>A comissão da CIPA nesta empresa é</p><p>formada de 16 cipeiros, sendo o presidente um</p><p>despachante; o vice-presidente, cobrador; e a se-</p><p>cretária é a psicóloga da empresa. Destes, 8 são</p><p>representantes do empregado e 8 do emprega-</p><p>dor, seguindo os critérios de representatividade</p><p>dos setores de maior risco. Na visão do técni-</p><p>co de segurança, a função dos cipeiros é “jus-</p><p>tamente prevenir acidentes, (...) observar algum</p><p>184</p><p>fio descapado, aí ele comunica ao presidente da</p><p>CIPA, entendeu? (...)”, o que pode ser taxada de</p><p>no mínimo limitada.</p><p>A CIPA possui um calendário anual de</p><p>reuniões mensais, geralmente no último dia útil</p><p>de cada mês, sendo realizada no auditório da</p><p>empresa. O SESMT se relaciona com a CIPA</p><p>como intermediador da direção; também se reú-</p><p>ne para a realização de palestras, do curso para</p><p>os cipeiros e elaboração do mapa de risco. Este</p><p>existe, mas apenas no projeto, não sendo colo-</p><p>cado nas áreas de risco para visualização e con-</p><p>sequente conscientização do risco. Não possui</p><p>a estatística dos acidentes de trabalho, nem das</p><p>doenças do trabalho.</p><p>4.1.3. NR –6:</p><p>Esta norma aplica-se aos Equipamentos de</p><p>Proteção Individual – EPI, que é definido como</p><p>todo dispositivo de uso individual, de fabricação</p><p>nacional ou estrangeira, destinado a proteger a</p><p>saúde e a integridade física do trabalhador. Fica</p><p>a empresa obrigada a fornecer aos empregados,</p><p>sem custo adicional, EPI adequado ao risco e em</p><p>perfeito estado de conservação e funcionamento.</p><p>Os EPIs utilizados na empresa são: prote-</p><p>tor auricular, protetor ocular, máscaras, macacão</p><p>de brim, avental, luva de couro, botas. O local</p><p>185</p><p>onde o uso é exigido é na manutenção, nas ativi-</p><p>dades da mecânica, lanternagem, pintura, eletri-</p><p>cista e abastecimento.</p><p>Existe uma divergência considerável entre</p><p>o discurso do técnico de segurança e do cipeiro</p><p>entrevistado quando perguntados sobre a forma</p><p>de aquisição, distribuição e controle dos EPIs.</p><p>O primeiro relatou que quando percebe a ne-</p><p>cessidade de EPIs, solicita à diretoria de imedia-</p><p>to, que emite a ordem de compra e, assim, são</p><p>adquiridos e distribuídos em número suficiente</p><p>para todos; o segundo, pelo que pôde ser cons-</p><p>tatado mais verdadeiro através da própria obser-</p><p>vação efetuada falou que a maioria dos EPIs não</p><p>é individual, as quantidades são insuficientes e</p><p>não há manutenção e higienização periódica, o</p><p>que leva muitos a não usá-los com receio até de</p><p>contrair alguma doença. O cipeiro no seu dis-</p><p>curso também revelou a ineficácia das palestras</p><p>educativas para o uso dos EPIs; além da demora</p><p>em adquirir os equipamentos. Estes não são fis-</p><p>calizados com relação à qualidade e manutenção.</p><p>4.1.4. NR– 7:</p><p>A NR – 7 estabelece a obrigatoriedade da</p><p>elaboração e implementação, por parte de todos</p><p>os empregadores e instituições que admitam tra-</p><p>balhadores como empregados, do Programa de</p><p>186</p><p>Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCM-</p><p>SO, com a finalidade de promoção e preservação</p><p>da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.</p><p>O PCMSO existente foi coordenado pelo</p><p>médico contratado, e o responsável pela sua exe-</p><p>cução é o técnico de segurança supervisionado</p><p>pelo médico. Segundo o técnico, eles realizam</p><p>todos os exames requeridos no PCMSO.</p><p>4.1.6. NR – 12:</p><p>Nesta norma estão estabelecidos os prin-</p><p>cipais requisitos que dizem respeito às máquinas</p><p>e equipamentos, principalmente com relação a</p><p>instalações, área de trabalho, piso, distâncias re-</p><p>comendáveis entre outros.</p><p>As máquinas e equipamentos encontra-</p><p>dos na empresa dividem-se em um pequeno</p><p>número com estado de conservação bom e sua</p><p>maioria com estado de conservação de regular</p><p>a precário. As instalações não estão corretas: há</p><p>muitas “gambiarras”; a área de trabalho não é</p><p>bem higienizada e a distribuição dos equipamen-</p><p>tos e máquinas é aleatória, com a existência de</p><p>entulho em diversos locais.</p><p>4.1.7. NR – 17:</p><p>A NR – 17 visa estabelecer parâmetros que</p><p>permitam a adaptação das condições de trabalho</p><p>187</p><p>às características psicofisiológicas dos trabalhado-</p><p>res, de modo a proporcionar um máximo de con-</p><p>forto, segurança e desempenho eficiente.</p><p>A empresa não possui nenhum tipo de pla-</p><p>nejamento para prevenção de riscos ergonômicos,</p><p>embora esteja consciente da presença dos mesmos.</p><p>4.1.8. NR – 23:</p><p>Esta norma estabelece que todas as empre-</p><p>sas deverão possuir proteção contra incêndio; saí-</p><p>das suficientes para a rápida retirada do pessoal em</p><p>serviço, em caso de incêndio; equipamento sufi-</p><p>ciente para combater o fogo em seu início e pessoas</p><p>adestradas no uso correto desses equipamentos.</p><p>Segundo o técnico, o treinamento contra</p><p>incêndio é realizado a cada 6 meses, especialmen-</p><p>te, para a equipe de manutenção; mas, foi veri-</p><p>ficado que esse treinamento na realidade não é</p><p>extensivo aos motoristas, cobradores e demais</p><p>membros da empresa, com pouquíssimos deles</p><p>sabendo usar um extintor. Dois dias antes da vi-</p><p>sita, aconteceu um incêndio em um ônibus que</p><p>o destruiu por completo, na própria garagem da</p><p>empresa, e nenhuma atitude foi tomada de ime-</p><p>diato para cessar o fogo. Outras características</p><p>importantes para serem mencionadas são: ine-</p><p>xistência de sinalização, para indicar as saídas, e</p><p>de sistemas de alarme, com detecção e combate</p><p>188</p><p>automático; os dois reservatórios com capacidade</p><p>de 2.000 litros, localizados junto à bomba abaste-</p><p>cedora e borracharia são utilizados para lavagem</p><p>dos ônibus e as mangueiras são do tipo comum.</p><p>4.1.9. NR – 24:</p><p>A NR 24 versa sobre as condições sani-</p><p>tárias e de conforto nos locais de trabalho. Com</p><p>relação a esta norma, observou-se que as áre-</p><p>as destinadas ao vestuário e aos banheiros são</p><p>desorganizadas, sujas, com pouca iluminação;</p><p>o número de armários é insuficiente; os bebe-</p><p>douros não estão alocados nas áreas de maior</p><p>concentração de funcionários; o refeitório não</p><p>dispõe de mesas e cadeiras em número suficien-</p><p>te e as condições de higiene são precárias.</p><p>4.2. De acordo com a BS 8800 (De Cic-</p><p>co, 1996):</p><p>4.2.1. Organização:</p><p>As atividades prescritas com relação à</p><p>organização dizem respeito a: ter acesso ou ter</p><p>competência o suficiente em relação à SST; de-</p><p>finir a alocação de responsabilidades, inclusive</p><p>financeira; assegurar que as pessoas tenham a</p><p>autoridade necessária para cumprir suas respon-</p><p>sabilidades; alocar recursos adequados; identifi-</p><p>car as competências necessárias e organizar os</p><p>189</p><p>treinamentos pertinentes; tomar providências</p><p>para uma comunicação eficaz; adotar medidas</p><p>para obter o aconselhamento de especialistas</p><p>em SST e tomar providências eficazes para o en-</p><p>volvimento dos funcionários. Segundo o diretor</p><p>administrativo da empresa, o responsável pela</p><p>SST é o técnico de segurança e o departamento</p><p>específico para a SST é o SESMT. O controle</p><p>financeiro é feito apenas</p><p>pelo diretor financeiro</p><p>que não possui nenhuma ligação com a SST.</p><p>O envolvimento e apoio dos funcioná-</p><p>rios estão esquematizados da seguinte forma,</p><p>de acordo com o depoimento: “as informações</p><p>passam pelo técnico de segurança, ele escuta o</p><p>pessoal e passa para diretoria e a gente faz o que</p><p>achar conveniente, o que achar viável.”</p><p>O treinamento dos funcionários sobre SST</p><p>é precário, reduzido a um número mínimo e os di-</p><p>rigentes raramente participam. Existe um questio-</p><p>nário que é aplicado no final do ano para avaliação</p><p>da eficácia do treinamento, mas não são realizadas</p><p>ações em cima do que foi obtido no mesmo.</p><p>A empresa toma conhecimento de no-</p><p>vas legislações e publicações relacionadas à SST</p><p>através da revista da CIPA e repassa as infor-</p><p>mações aos funcionários através do técnico de</p><p>segurança nas reuniões da CIPA.</p><p>190</p><p>4.2.3. Avaliação de Riscos:</p><p>O processo de avaliação de riscos abrange</p><p>todos os perigos de SST. É melhor integrar ava-</p><p>liações para todos os perigos do que realizar ava-</p><p>liações separadas para perigos à saúde, manuseio</p><p>de materiais, perigos com máquinas, etc. Se as</p><p>avaliações são realizadas separadamente, usando</p><p>métodos diferentes, a ordenação das prioridades</p><p>para o controle de riscos é mais difícil. Avalia-</p><p>ções separadas podem também conduzir a uma</p><p>duplicação desnecessária.</p><p>A avaliação dos riscos é feita quando da</p><p>reformulação do PGR. O plano de ação utilizado</p><p>para controle dos riscos é através de palestras e</p><p>não há uma análise crítica para adequação deste</p><p>plano.</p><p>4.2.4. Mensuração de Desempenho:</p><p>Os principais itens a serem verificados são:</p><p>estabelecer meios para a medição quantitativa e</p><p>qualitativa do desempenho da SST; implementar</p><p>medidas pró-ativas e implementar medidas reativas.</p><p>A avaliação para verificar se os planos de</p><p>SST são implementados é feita no questionário</p><p>anual citado anteriormente. Os dados sobre aci-</p><p>dentes de trabalho e doenças ocupacionais são tra-</p><p>tados como foi citado no tópico da NR – 4A ins-</p><p>peção nos locais de trabalho é eventual, realizada</p><p>191</p><p>pela diretoria. A inspeção de máquinas e equipa-</p><p>mentos é precária. Foi mencionada apenas a inspe-</p><p>ção “anual dos compressores, que não há nem ne-</p><p>cessidade de fazer, só de cinco em cinco anos (...)”</p><p>4.2.5. Auditoria:</p><p>Esta é um exame sistemático para deter-</p><p>minar se o sistema existente está em conformi-</p><p>dade com padrões e normas definidos. Não são</p><p>realizadas auditorias na empresa em questão. O</p><p>que existe é a fiscalização do Ministério do Tra-</p><p>balho, que acontece cerca de três vezes ao ano.</p><p>5. Conclusão:</p><p>De acordo com o que foi observado e</p><p>relatado nas entrevistas e questionários pode-</p><p>-se verificar o desconhecimento sobre o que é,</p><p>como funciona e quem participa de um sistema</p><p>de gestão de segurança nesta empresa. O que</p><p>se procura realizar é o mero cumprimento da</p><p>legislação e, ainda assim, inadequadamente. A fal-</p><p>ta de envolvimento, compromisso e interesse da</p><p>alta gerência com a política de segurança e higie-</p><p>ne do trabalho ficou evidenciada nos discursos,</p><p>além do despreparo daquele que estava a frente</p><p>do SESMT, confirmando a teoria de que o em-</p><p>presariado está sempre pouco preocupado com</p><p>as ações desenvolvidas neste departamento, rele-</p><p>gando a este um papel secundário na organização.</p><p>192</p><p>A estrutura altamente verticalizada e buro-</p><p>crática favorece a permanência desse modelo de</p><p>organização, onde se procura beneficiar a empresa</p><p>e os trabalhadores ficam à margem desse processo.</p><p>Para a elaboração de um sistema de segu-</p><p>rança e higiene do trabalho nesta empresa, su-</p><p>gere-se que, primeiramente, tente cumprir pelo</p><p>menos a legislação vigente, para, a partir de en-</p><p>tão, realizar uma avaliação ambiental interna da</p><p>organização, buscando conhecer os pontos for-</p><p>tes e fracos em relação à segurança e saúde do</p><p>trabalho e, baseado nisto, efetuar o planejamen-</p><p>to estratégico, considerando também os fatores</p><p>ambientais externos, para que as ações sejam</p><p>planificadas de forma integrada e coerente.</p><p>Extraído do Estudo de Caso Fonte:</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENE-</p><p>GEP2001_TR45_0584.pdf 28ago201320h02</p><p>4�3�2� Estudo De Caso: Trabalhador cai</p><p>de andaime e morre na cidade de Alfenas</p><p>“Trabalhador cai de andaime e morre na</p><p>cidade de Alfenas” - Ministério do Trabalho</p><p>aguarda laudo</p><p>EPTV</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR45_0584.pdf</p><p>http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2001_TR45_0584.pdf</p><p>193</p><p>20/09/2006 20:56:00 - Um trabalhador</p><p>de 35 anos morreu nesta quarta-feira, (...) após</p><p>cair de uma altura de oito metros em uma cons-</p><p>trução civil no bairro Jardim Boa Esperança. O</p><p>funcionário chegou a ser socorrido pelo Corpo</p><p>de Bombeiros, mas não resistiu. Os bombeiros</p><p>confirmaram que ele usava equipamentos de se-</p><p>gurança. A empresa, que construía o galpão no</p><p>bairro, disse que dará apoio à família da vítima</p><p>de acidente de trabalho. O Ministério do Traba-</p><p>lho aguarda o laudo do acidente. «</p><p>Estudo de Caso – Os cuidados</p><p>Um método bom para utilizar no es-</p><p>tudo de caso é o método das falhas na Segu-</p><p>rança no Trabalho. Porém, alguns cuidados</p><p>são necessários para o estudo. Não deduzir</p><p>diretamente. Basear-se em instrumento</p><p>legal (leis, portarias, normas etc.). Verificar</p><p>a situação clínica (especialista). Não colocar</p><p>verdade sobre os fatos relatados.</p><p>Análise do modo de falhas e efeitos</p><p>Falha de omissão: quando não executa ou</p><p>executa apenas parcialmente uma intervenção,</p><p>tarefa, função ou passo.</p><p>Falha de missão: quando executa in-</p><p>corretamente uma intervenção, tarefa, fun-</p><p>ção ou passo.</p><p>194</p><p>Falha por ato estranho ou ação estranha:</p><p>quando executa uma intervenção, tarefa, função</p><p>ou passo que não deveria ter sido executado.</p><p>Falha sequencial: quando executa uma</p><p>intervenção, tarefa, função ou passo fora da se-</p><p>quência correta.</p><p>Falha temporal: quando executa uma in-</p><p>tervenção, tarefa, função ou passo fora do mo-</p><p>mento correto.</p><p>Extraído de 05-10-06 - Estudo de Caso.</p><p>Fonte http://www.grupos.com.br/blog/tecni-</p><p>coceduc/permalink/8584.html20ago1320h26</p><p>195</p><p>197</p><p>AROUCK, Osmar. Normas brasileiras de documen-</p><p>tação: uma introdução. Belém: Ed. UFPA, 1995.</p><p>BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do</p><p>Trabalho, 2. ed. São Paulo: LTr, 2006.</p><p>BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito</p><p>penal: parte especial, v. 2 – 7. ed. rev. e atual. São</p><p>Paulo: Saraiva, 2007.</p><p>BRASIL- Constituição (1988). PINTO, Antonio Luiz</p><p>de Toledo. WINDT, Márcia C. V. dos Santos. CÉS-</p><p>PEDES, Lívia. 40ª. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2007.</p><p>CASA CIVIL DA PRESIDENCIA DA REPU-</p><p>BLICA. Sub-chefia para assuntos jurídicos. http://</p><p>www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-1/de-</p><p>cretos-leis 04agosto de 2013 às22h34</p><p>CASTILHO, Ela Wiecko V. de. Em busca de uma</p><p>definição jurídico-penal de trabalho escravo. In:</p><p>Referencias Bibliograficas</p><p>http://www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-1/decretos-leis%2004agosto%20de%202013%20às22h34</p><p>http://www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-1/decretos-leis%2004agosto%20de%202013%20às22h34</p><p>http://www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-1/decretos-leis%2004agosto%20de%202013%20às22h34</p><p>198</p><p>Comissão Pastoral da Terra. Trabalho escravo no</p><p>Brasil contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1999</p><p>CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE RECURSOS</p><p>HUMANOS DO INSTITUTO NACIONAL DE</p><p>METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALI-</p><p>DADE INDUSTRIAL. História da normalização.</p><p>In: Encontro Nacional de docentes sobre normas</p><p>técnicas, 3, 1985, São Leopoldo. Trabalhos apresen-</p><p>tados. São Leopoldo: Inmetro, 1985.</p><p>CONSELHO TUTELAR http://canalconselho-</p><p>tutelar.wordpress.com/category/artigos-e-ponto-</p><p>-de-vista/trabalho-infantil-artigos-e-ponto-de-</p><p>-vista/07/082013às00h13</p><p>DE CICCO, Francesco. Manual sobre Sistemas de Ges-</p><p>tão da Segurança e Saúde no Trabalho, vol.II ed., 2000.</p><p>INMETRO.http://www.inmetro.gov.br/barreiras-</p><p>tecnicas/definicoes.asp 04/08/13às23h10</p><p>LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquemati-</p><p>zado. 16ªed. São Paulo Saraiva, 2012.</p><p>MANUAIS DE LEGISLAÇÃO ATLAS. Segurança</p><p>e Medicina do Trabalho. 46º</p><p>199</p><p>MARTINS, Sergio Pinto. CLT Universitária. 6ª. Ed.</p><p>– São Paulo: Atlas, 2007.</p><p>MEIRELLES. Hely Lopes. Direito Administrativo</p><p>Brasileiro - 39ª Edição – Malheiros. São Paulo 2013</p><p>MESQUITA, Luciana Sobreira de. Gestão da segu-</p><p>rança e saúde no trabalho: um estudo de caso em</p><p>uma empresa construtora. João Pessoa, 1999. Dis-</p><p>sertação (Mestrado em Engenharia de Produção) –</p><p>Universidade Federal da Paraíba.</p><p>MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional.</p><p>10ª ed. São Paulo: Atlas, 2001. 822</p><p>NASCIMENTO, Sonia Mascaro. A ques-</p><p>tão do Trabalho Escravo. Disponível em:</p><p>24 mar. 2009.</p><p>OIT http://www.oitbrasil.org.br/convention 06 de</p><p>agosto de 2013 às 23h17</p><p>OIT 2013 http://www.ilo.org 06 de agosto de 2013</p><p>às18h50</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/convention</p><p>200</p><p>PACHECO JÚNIOR, Waldemar et al. Gestão da se-</p><p>gurança e higiene do trabalho: contexto estratégico,</p><p>análise ambiental, controle e avaliação das estraté-</p><p>gias. São Paulo: Atlas, 2000.</p><p>PINTO, Antonio L. T. WINDT. Márcia C.V. dos</p><p>Santos. CÉSPEDES, Lívia. VADE MECUM, ECA,</p><p>São Paulo: Saraiva, 2006.</p><p>REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito.</p><p>22ªed.-São Paulo: Saraiva,1995.</p><p>RUSSO, Osvaldo, Artigo: Economia Familiar e Tra-</p><p>balho Infantil. 20/09/2006. Jornal do Brasil. www.</p><p>Planalto.gov.br.</p><p>SCHWARZ, Rodrigo Garcia. Trabalho escravo: a</p><p>abolição necessária: uma análise da efetividade e da</p><p>eficácia das políticas de combate à escravidão con-</p><p>temporânea no Brasil. São Paulo:LTr, 2008.</p><p>SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.</p><p>br04deagostode2013às16h22</p><p>SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.</p><p>br04deagostode2013às16h22</p><p>http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-normalizacao/BIA_13704</p><p>http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-normalizacao/BIA_13704</p><p>http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-normalizacao/BIA_13704</p><p>http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-normalizacao/BIA_13704</p><p>201</p><p>SILVA, Paulo Afonso Lopes da. Conceitos básicos</p><p>de normalização. In: Encontro Nacional de docentes</p><p>sobre normas técnicas, 3, 1985, São Leopoldo. Tra-</p><p>balhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985.</p><p>SINAFER http://www.sinafer.org.br 04 de agosto</p><p>de 2013, às16h22.</p><p>http://www.sinafer.org.br</p><p>203</p><p>Anexos</p><p>ANEXO I</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>3</p><p>Convenção rela-</p><p>tiva ao Emprego</p><p>das Mulheres an-</p><p>tes e depois do</p><p>parto (Proteção à</p><p>Maternidade)</p><p>1919 26/04/1934</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 103 em</p><p>26.07.1961.</p><p>4</p><p>Convenção rela-</p><p>tiva ao Trabalho</p><p>Noturno das Mu-</p><p>lheres</p><p>1919 26/04/1934</p><p>Denunciada em</p><p>12.05.1937</p><p>5</p><p>Idade Mínima de</p><p>Admissão nos Tra-</p><p>balhos Industriais</p><p>1919 26/04/1934</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 138 em</p><p>28.06.2001.</p><p>Convenções ratifiCadas pelo Brasil</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-emprego-das-mulheres-antes-e-depois-do-parto-prote%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-maternidade</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-noturno-das-mulheres</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/395</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/395</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/395</p><p>204</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>6</p><p>Trabalho Noturno</p><p>dos Menores na</p><p>Indústria</p><p>1919 26/04/1934</p><p>7</p><p>Convenção sobre</p><p>a Idade Mínima</p><p>para Admissão de</p><p>Menores no Tra-</p><p>balho Marítimo</p><p>(Revista em 1936)</p><p>1920 08/06/1936</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 58 em</p><p>09.01.1974</p><p>11</p><p>Direito de Sindica-</p><p>lização na Agricul-</p><p>tura</p><p>1921 25/04/1957</p><p>12</p><p>Indenização por</p><p>Acidente do Tra-</p><p>balho na Agricul-</p><p>tura</p><p>1921 25/04/1957</p><p>14</p><p>Repouso Semanal</p><p>na Indústria</p><p>1921 25/04/1957</p><p>16</p><p>Exame Médico de</p><p>Menores no Tra-</p><p>balho Marítimo</p><p>1921 08/06/1936</p><p>19</p><p>Igualdade de Tra-</p><p>tamento (Indeni-</p><p>zação por Aciden-</p><p>te de Trabalho)</p><p>1925 25/04/1957</p><p>21</p><p>Inspeção dos Emi-</p><p>grantes a Bordo</p><p>dos Navios</p><p>1926 18/06/1965</p><p>22</p><p>Contrato de Enga-</p><p>jamento de Mari-</p><p>nheiros</p><p>1926 18/06/1965</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/396</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/396</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/396</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-idade-m%C3%ADnima-para-admiss%C3%A3o-de-menores-no-trabalho-mar%C3%ADtimo-revista-em-1936</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/397</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/397</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/397</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/398</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/399</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/399</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/400</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/400</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/400</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/446</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/inspe%C3%A7%C3%A3o-dos-emigrantes-bordo-dos-navios</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/inspe%C3%A7%C3%A3o-dos-emigrantes-bordo-dos-navios</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/inspe%C3%A7%C3%A3o-dos-emigrantes-bordo-dos-navios</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/447</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/447</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/447</p><p>205</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>26</p><p>Métodos de Fi-</p><p>xação de Salários</p><p>Mínimos</p><p>1928 25/04/1957</p><p>29</p><p>Trabalho Forçado</p><p>ou Obrigatório</p><p>1930 25/04/1957</p><p>41</p><p>Convenção Rela-</p><p>tiva ao Trabalho</p><p>Nocturno das Mu-</p><p>lheres (Revista,</p><p>1934)</p><p>1934 08/06/1936</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 89 em</p><p>24.04.1957.</p><p>42</p><p>Indenização por</p><p>Enfermidade Pro-</p><p>fissional (revista)</p><p>1934 08/06/1936</p><p>45</p><p>Emprego de Mu-</p><p>lheres nos Traba-</p><p>lhos Subterrâneos</p><p>das Minas</p><p>1935 22/09/1938</p><p>52</p><p>Férias Remunera-</p><p>das</p><p>1936 22/09/1938</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>no trabalho</p><p>está vinculado aos princípios dos valo-</p><p>res humanos e respeito à vida, conside-</p><p>rando que o trabalho deve ser fonte de</p><p>realização e não de sofrimento.</p><p>2�4� Fontes do Direito</p><p>As fontes do Direito são: a lei, os princípios,</p><p>o costume, a jurisprudência, a equidade e a doutrina.</p><p>21</p><p>2�5� Ramos do Direito</p><p>Fazem parte do direito as normas jurídicas que</p><p>se destinam a regular diferentes esferas da vida social.</p><p>Por essa razão, costumam se formar subsis-</p><p>temas jurídicos, com princípios específicos e dota-</p><p>dos de uma estrutura interna que os define como</p><p>ramos autônomos.</p><p>Há múltiplas formas de classificar o direito</p><p>em ramos.</p><p>Numa primeira classificação, as normas do</p><p>direito dividem-se em dois grandes grupos:</p><p>→ Direito público</p><p>→ Direito privado</p><p>São de direito público aquelas normas e</p><p>atuações nas quais o estado ou entidades públicas</p><p>se acham presentes como tais, ou seja, exercendo</p><p>seu poder. As normas de direito público podem</p><p>regular ações dentro de um mesmo país, ou as re-</p><p>lações do país com indivíduos. O que caracteriza</p><p>essas normas é a especial presença do poder es-</p><p>tatal. Exemplo: o direito constitucional, o direito</p><p>penal, o direito processual, etc.</p><p>O direito privado se constitui das normas que</p><p>regulam as relações entre pessoas. Da mesma forma,</p><p>são de direito privado as ações em que o estado entra</p><p>22</p><p>como particular, sem usar sua condição de poder.</p><p>Exemplo: o direito civil e o direito empresarial.</p><p>Contudo, superada essa divisão, há de se re-</p><p>conhecer o que está entre o público e o privado, ra-</p><p>zão pela qual se cita o mais novo ramo do:</p><p>→ Direito difuso e coletivo</p><p>O direito difuso e coletivo contempla o Di-</p><p>reito Ambiental, o Direito do Consumidor, o Es-</p><p>tatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do</p><p>Idoso e o Direito do Trabalho.</p><p>Define-se como sendo afetos a vários su-</p><p>jeitos não considerados individualmente, mas sim</p><p>por sua qualidade de membro de comunidades ou</p><p>grupos. Exemplo: Os mutuários da SFH (Sistema</p><p>Financeiro da Habitação) – uma ilegalidade no con-</p><p>trato atinge a todos coletivamente.</p><p>Os interesses difusos diferenciam-se do Co-</p><p>letivo por ter seus titulares indetermináveis unidos</p><p>por fatos decorrentes de eventos naturalísticos, im-</p><p>possíveis de diferenciar na qualidade e separar na</p><p>quantidade de cada titular. Exemplo: Poluição do ar;</p><p>Fauna e Flora; Poluição sonora; Meio ambiente. Não</p><p>dá para precisar quem sofreará a lesão.</p><p>23</p><p>1�2�6� Norma Jurídica</p><p>Normas jurídicas são, essencialmente, regras</p><p>sociais, isso significa que a função das normas jurí-</p><p>dicas é disciplinar o comportamento social dos ho-</p><p>mens. Existem diversas outras normas que também</p><p>disciplinam a vida social.</p><p>Vejamos exemplos:</p><p>Normas Morais, as que se baseiam na consciên-</p><p>cia moral das pessoas, ou seja, num conjunto de valores e</p><p>princípios sobre o bem e o mal que orientam o compor-</p><p>tamento humano, numa determinada sociedade.</p><p>Normas Religiosas, as quais se baseiam na fé</p><p>revelada por uma religião ou crença.</p><p>Tanto as normas morais como as religiosas</p><p>se aplicam à vida em sociedade.</p><p>A norma jurídica é a conduta exigida ou o</p><p>modelo imposto de organização social, e pode-se di-</p><p>zer que a norma jurídica exerce justamente o papel</p><p>de ser o instrumento de definição da conduta exigida</p><p>pelo Estado, sob pena de sanção.</p><p>A Norma Jurídica se representa pela Lei.</p><p>1�2�7� Instituto Jurídico</p><p>Instituto Jurídico é a reunião de normas ju-</p><p>rídicas afins, que rege um tipo de relação social ou</p><p>24</p><p>interesse e que se identifica pelo fim que procura</p><p>realizar.</p><p>É uma parte da ordem jurídica e, como</p><p>esta, deve apresentar algumas qualidades: harmonia,</p><p>coerência lógica, unidade de fim.</p><p>Enquanto a ordem jurídica dispõe sobre a</p><p>generalidade das relações sociais, o instituto se fixa</p><p>apenas em um tipo de relação ou de interesse: ado-</p><p>ção, pátrio poder, naturalização, hipoteca, etc. con-</p><p>siderando-os análogos aos seres vivos, pois nascem,</p><p>duram e morrem, lhering chamou-os de corpos jurí-</p><p>dicos, para distingui-los da simples matéria jurídica.</p><p>Diversos institutos afins formam um ramo,</p><p>e o conjunto destes a ordem jurídica.</p><p>1�2�8� Ordenamento Jurídico</p><p>Todo país para reger seu povo que vive em</p><p>sociedade necessita de um conjunto de normas ju-</p><p>rídicas que se dá o nome de ordenamento, ou seja:</p><p>→ Ordenamento Jurídico</p><p>Assim, vale dizer que uma norma que per-</p><p>tence ao ordenamento é considerada válida e, por-</p><p>tanto, pode ser qualificada como jurídica. Já uma</p><p>norma que não pertence ao ordenamento é conside-</p><p>rada inválida e não jurídica.</p><p>25</p><p>Portanto, perguntar, sob o ponto de vista do</p><p>direito, se uma norma é válida, corresponde a per-</p><p>guntar se ela pertence ao ordenamento jurídico.</p><p>O ordenamento jurídico é um conjunto de</p><p>alta complexidade, ou seja, além das regras de per-</p><p>tencimento, indicando quais são seus elementos, há</p><p>outras regras estruturais que estabelecem relações</p><p>necessárias entre eles.</p><p>De um modo geral, podemos afirmar que</p><p>existem três grandes grupos de regras estrutu-</p><p>rais, as regras de:</p><p>→ coesão,</p><p>→ coerência e</p><p>→ completude.</p><p>As regras estruturais de coesão estabelecem</p><p>os limites do ordenamento jurídico e conferem a ele</p><p>sua forma específica.</p><p>Entre tais regras, encontra-se a validade, que</p><p>estabelece os requisitos de pertencimento ao conjunto.</p><p>Dela decorre outra regra de grande impor-</p><p>tância, a hierarquia, estabelecendo que existam nor-</p><p>mas jurídicas e, portanto, válidas, superiores e mais</p><p>fortes, e regras jurídicas inferiores e mais fracas.</p><p>A produção de novas normas jurídicas é or-</p><p>ganizada pela regra estrutural das fontes do direito,</p><p>estabelecendo requisitos para que se crie uma nova</p><p>26</p><p>norma válida.</p><p>A produção de efeitos das normas do or-</p><p>denamento é delimitada no tempo pela regra da ir-</p><p>retroatividade/retroatividade, especificando as situ-</p><p>ações em que uma norma pode regular situações no</p><p>passado ou não.</p><p>Ainda, podemos destacar a regra estrutural</p><p>da dinâmica do ordenamento, que estabelece os re-</p><p>quisitos para que uma norma deixe de fazer parte do</p><p>conjunto, tornando-se inválida e, logo, deixando de</p><p>ser jurídica.</p><p>A consistência do ordenamento jurídico é</p><p>obtida pela regra da coerência.</p><p>Em sendo o direito um conjunto de normas</p><p>que deve permitir a resolução de controvérsias com</p><p>o mínimo de perturbação social, não podem existir</p><p>duas normas que ofereçam, ao mesmo tempo, uma</p><p>solução contraditória.</p><p>Tal situação criaria uma antinomia, ou seja,</p><p>conflito de normas, e deixaria o operador do direito e</p><p>a população sem critérios para seus comportamentos.</p><p>As antinomias devem ser solucionadas com a</p><p>eliminação de uma das normas contraditórias, possibili-</p><p>tando ao direito oferecer uma solução única ao conflito.</p><p>De um modo geral, a coerência é obtida a</p><p>partir de outra regra estrutural citada, a hierarquia.</p><p>Embora haja exceções, podemos afirmar</p><p>que toda nova norma deve ser coerente com outras</p><p>27</p><p>normas jurídicas superiores, ou seja, uma norma in-</p><p>ferior não pode, em tese, contradizer outra superior.</p><p>O ordenamento se estrutura de modo com-</p><p>pleto, ou seja, há uma regra estrutural que pressupõe</p><p>sua capacidade para resolver todos os conflitos so-</p><p>ciais, ainda que seja necessária a criação de uma nor-</p><p>ma jurídica sentencial pelo juiz para suprir a ausência</p><p>de uma norma jurídica legal.</p><p>A regra estrutural da completude, assim, es-</p><p>tabelece que eventuais lacunas do ordenamento, pela</p><p>ausência de leis preexistentes que prevejam uma so-</p><p>lução para um conflito social, serão preenchidas pelo</p><p>juiz, caso a caso.</p><p>Por outro lado, sob o ponto de vista dos desti-</p><p>natários sociais do direito, a completude manifesta-se na</p><p>impossibilidade de alegação do desconhecimento da lei.</p><p>1�2�9� Hierarquia da Norma Jurídica</p><p>Outro importante aspecto do estudo do Di-</p><p>reito é a Teoria da:</p><p>→ Hierarquia das Normas Jurídicas</p><p>A teoria da hierarquia das normas jurídicas é</p><p>um sistema de escalonamento das normas, proposto</p><p>por Hans Kelsen, jurista alemão do século passado,</p><p>28</p><p>que também é chamada de “Pirâmide de Kelsen”.</p><p>No Brasil, a Pirâmide de Kelsen</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 132 em</p><p>23.09.1998.</p><p>53</p><p>Certificados de</p><p>Capacidade dos</p><p>Oficiais da Mari-</p><p>nha Mercante</p><p>1936 12/10/1938</p><p>58</p><p>Idade Mínima no</p><p>Trabalho Maríti-</p><p>mo (Revista)</p><p>1936 12/10/1938</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 138 em</p><p>26.06.2001.</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/448</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/448</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/448</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/449</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/449</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-ao-trabalho-nocturno-das-mulheres-revisada-1934</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/451</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/451</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/451</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/454</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/521</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/521</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/455</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/522</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/522</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/522</p><p>206</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>80</p><p>Revisão dos Arti-</p><p>gos Finais</p><p>1946 13/04/1948</p><p>81</p><p>Inspeção do Tra-</p><p>balho na Indústria</p><p>e no Comércio</p><p>1947 11/10/1989</p><p>88</p><p>Organização do</p><p>Serviço de Empre-</p><p>go</p><p>1948 25/04/1957</p><p>89</p><p>Trabalho Noturno</p><p>das Mulheres na</p><p>Indústria (Revista)</p><p>1948 25/04/1957</p><p>91</p><p>Férias Remunera-</p><p>das dos Marítimos</p><p>(Revista)</p><p>1949 18/06/1965</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 146 em</p><p>24.09.1998.</p><p>92</p><p>Alojamento de</p><p>Tripulação a Bor-</p><p>do (Revista)</p><p>1949 08/06/1954</p><p>93</p><p>Convenção sobre</p><p>Salários, Duração</p><p>de Trabalho a Bor-</p><p>do e Tripulação</p><p>(Revista em 1949)</p><p>1949 18/06/1965</p><p>A Convenção</p><p>não entrou em</p><p>vigor.</p><p>94</p><p>Cláusulas de Tra-</p><p>balho em Contra-</p><p>tos com Órgãos</p><p>Públicos</p><p>1949 18/06/1965</p><p>95</p><p>Proteção do Salá-</p><p>rio</p><p>1949 25/04/1957</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/456</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/456</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/457</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/457</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/457</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/458</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/458</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/458</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/459</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/459</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/459</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/460</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/460</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/460</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/461</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/461</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/461</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-bordo-e-tripula%C3%A7%C3%A3o-revista-em-1949</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/462</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/463</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/463</p><p>207</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>96</p><p>Concernente aos</p><p>escritórios remu-</p><p>nerados de em-</p><p>pregos</p><p>1949 21/06/1957</p><p>97</p><p>Trabalhadores Mi-</p><p>grantes (Revista)</p><p>1949 18/06/1965</p><p>98</p><p>Direito de Sindica-</p><p>lização e de Nego-</p><p>ciação Coletiva</p><p>1949 18/11/1952</p><p>99</p><p>Métodos de Fi-</p><p>xação de Salário</p><p>Mínimo na Agri-</p><p>cultura</p><p>1951 25/04/1957</p><p>100</p><p>Igualdade de Re-</p><p>muneração de</p><p>Homens e Mulhe-</p><p>res Trabalhadores</p><p>por Trabalho de</p><p>Igual Valor</p><p>1951 25/04/1957</p><p>101</p><p>Férias Remunera-</p><p>das na Agricultura</p><p>1952 25/04/1957</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resulta-</p><p>do da ratifica-</p><p>ção da Conven-</p><p>ção n.º 132 em</p><p>23.09.1998.</p><p>102</p><p>Normas Mínimas</p><p>da Seguridade So-</p><p>cial</p><p>1952 15/06/2009</p><p>103</p><p>Amparo à Mater-</p><p>nidade (Revista)</p><p>1952 18/06/1965</p><p>104</p><p>Abolição das San-</p><p>ções Penais no</p><p>Trabalho Indígena</p><p>1955 18/06/1965</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/464</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/523</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/523</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/465</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/465</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/465</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/466</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/445</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/467</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/467</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/468</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/468</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/468</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/524</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/524</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/525</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/525</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/525</p><p>208</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>105</p><p>Abolição do Tra-</p><p>balho Forçado</p><p>1957 18/06/1965</p><p>106</p><p>Repouso Semanal</p><p>no Comércio e</p><p>nos Escritórios</p><p>1957 18/06/1965</p><p>107</p><p>Populações Indí-</p><p>genas e Tribais</p><p>1957 18/06/1965</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resultado</p><p>da ratificação da</p><p>Convenção n.º</p><p>169 em 25-07-</p><p>2002.</p><p>108</p><p>Documentos de</p><p>Identidade dos</p><p>Marítimos</p><p>1958 05/11/1963</p><p>D e n u n c i a d a ,</p><p>como resultado</p><p>da ratificação</p><p>da Convenção</p><p>n.º 185, em</p><p>21.01.2010</p><p>109</p><p>Convenção sobre</p><p>os Salários, a Du-</p><p>ração do Trabalho</p><p>a Bordo e as Lota-</p><p>ções (revista em</p><p>1958)</p><p>1958 30/11/1966</p><p>A Convenção</p><p>não entrou em</p><p>vigor.</p><p>110</p><p>Convenção sobre</p><p>as Condições de</p><p>Emprego dos Tra-</p><p>balhadores em</p><p>Fazendas</p><p>1958 01/03/1965</p><p>Denunciada em</p><p>28.08.1970</p><p>111</p><p>Discriminação em</p><p>Matéria de Em-</p><p>prego e Ocupação</p><p>1958 26/11/1965</p><p>113</p><p>Exame Médico</p><p>dos Pescadores</p><p>1959 01/03/1965</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/469</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/469</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/470</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/470</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/470</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/popula%C3%A7%C3%B5es-ind%C3%ADgenas-e-tribais</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/popula%C3%A7%C3%B5es-ind%C3%ADgenas-e-tribais</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/471</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/471</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/471</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-os-sal%C3%A1rios-dura%C3%A7%C3%A3o-do-trabalho-bordo-e-lota%C3%A7%C3%B5es-revista-em-1958</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-condi%C3%A7%C3%B5es-de-emprego-dos-trabalhadores-em-fazendas</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/472</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/472</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/472</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/473</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/473</p><p>209</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>115</p><p>Proteção Contra</p><p>as Radiações</p><p>1960 05/09/1966</p><p>116</p><p>Revisão dos Arti-</p><p>gos Finais</p><p>1961 05/09/1966</p><p>117</p><p>Objetivos e Nor-</p><p>mas Básicas da</p><p>Política Social</p><p>1962 24/03/1969</p><p>118</p><p>Igualdade de</p><p>Tratamento en-</p><p>tre Nacionais e</p><p>Estrangeiros em</p><p>Previdência Social</p><p>1962 24/03/1969</p><p>119</p><p>Proteção das Má-</p><p>quinas</p><p>1963 16/04/1992</p><p>120</p><p>Higiene no Co-</p><p>mércio e nos Es-</p><p>critórios</p><p>1964 24/03/1969</p><p>122</p><p>Política de Empre-</p><p>go</p><p>1964 24/03/1969</p><p>124</p><p>Exame Médico</p><p>dos Adolescentes</p><p>para o Trabalho</p><p>Subterrâneo nas</p><p>Minas</p><p>1965 21/08/1970</p><p>125</p><p>Certificados de</p><p>Capacidade dos</p><p>Pescadores</p><p>1966 21/08/1970</p><p>126</p><p>Alojamento a Bor-</p><p>do dos Navios de</p><p>Pesca</p><p>1966 12/04/1994</p><p>127</p><p>Peso Máximo das</p><p>Cargas</p><p>1967 21/08/1970</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/474</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/474</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/475</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/475</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/520</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/520</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/520</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/476</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/477</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/477</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/478</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/478</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/478</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/479</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/479</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/480</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/481</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/481</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/481</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/482</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/482</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/482</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/484</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/484</p><p>210</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>131</p><p>Fixação de Salá-</p><p>rios Mínimos, Es-</p><p>pecialmente nos</p><p>Países em Desen-</p><p>volvimento</p><p>1970 04/05/1983</p><p>132</p><p>Férias Remunera-</p><p>das (Revista)</p><p>1970 23/09/1998</p><p>133</p><p>Alojamento a Bor-</p><p>do de Navios (Dis-</p><p>posições Comple-</p><p>mentares)</p><p>1970 16/04/1992</p><p>134</p><p>Prevenção de Aci-</p><p>dentes do Traba-</p><p>lho dos Marítimos</p><p>1970 25/07/1996</p><p>135</p><p>Proteção de Re-</p><p>presentantes de</p><p>Trabalhadores</p><p>1971 18/05/1990</p><p>136</p><p>Proteção Contra</p><p>os Riscos da Into-</p><p>xicação pelo Ben-</p><p>zeno</p><p>1971 24/03/1993</p><p>137</p><p>Trabalho Portuá-</p><p>rio</p><p>1973 12/08/1994</p><p>138</p><p>Idade Mínima</p><p>para Admissão</p><p>1973 28/06/2001</p><p>139</p><p>Prevenção e Con-</p><p>trole de Riscos</p><p>Profissionais Cau-</p><p>sados por Subs-</p><p>tâncias ou Agen-</p><p>tes Cancerígenos</p><p>1974 27/06/1990</p><p>140</p><p>Licença Remune-</p><p>rada para Estudos</p><p>1974 16/04/1992</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/485</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/486</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/486</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/487</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/488</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/488</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/488</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/489</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/489</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/489</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/490</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/491</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/491</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/492</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/492</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/493</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/494</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/494</p><p>211</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>141</p><p>Organizações de</p><p>Trabalhadores Ru-</p><p>rais</p><p>1975 27/09/1994</p><p>142</p><p>Desenvolvimento</p><p>de Recursos Hu-</p><p>manos</p><p>1975 24/11/1981</p><p>144</p><p>Consultas Triparti-</p><p>tes sobre Normas</p><p>Internacionais do</p><p>Trabalho</p><p>1976 27/09/1994</p><p>145</p><p>Continuidade no</p><p>Emprego do Ma-</p><p>rítimo</p><p>1976 18/05/1990</p><p>146</p><p>Convenção Relati-</p><p>va às Férias Anu-</p><p>ais Pagas dos Ma-</p><p>rítimos</p><p>1976 24/09/1998</p><p>147</p><p>Normas Mínimas</p><p>da Marinha Mer-</p><p>cante</p><p>1976 17/01/1991</p><p>148</p><p>Contaminação do</p><p>Ar, Ruído e Vibra-</p><p>ções</p><p>1977 14/01/1982</p><p>151</p><p>Direito de Sindi-</p><p>calização e Rela-</p><p>ções de Trabalho</p><p>na Administração</p><p>Pública</p><p>1978 15/06/2010</p><p>152</p><p>Segurança e Hi-</p><p>giene dos Traba-</p><p>lhos Portuários</p><p>1979 18/05/1990</p><p>154</p><p>Fomento à Nego-</p><p>ciação Coletiva</p><p>1981 10/07/1992</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/495</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/495</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/495</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/496</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/496</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/496</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/497</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/498</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/498</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/498</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0s-f%C3%A9rias-anuais-pagas-dos-mar%C3%ADtimos</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/499</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/499</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/499</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/500</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/500</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/500</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/501</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/502</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/502</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/502</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/503</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/503</p><p>212</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>155</p><p>Segurança e Saúde</p><p>dos Trabalhadores</p><p>1981 18/05/1992</p><p>158</p><p>Término da Rela-</p><p>ção de Trabalho</p><p>por Iniciativa do</p><p>Empregador</p><p>1982 05/01/1995</p><p>Denunciada em</p><p>20.11.1996</p><p>159</p><p>Reabilitação Pro-</p><p>fissional e Empre-</p><p>go de Pessoas De-</p><p>ficientes</p><p>1983 18/05/1990</p><p>160</p><p>Estatísticas do</p><p>Trabalho (Revista)</p><p>1985 02/07/1990</p><p>161</p><p>Serviços de Saúde</p><p>do Trabalho</p><p>1985 18/05/1990</p><p>162</p><p>Utilização do</p><p>Amianto com Se-</p><p>gurança</p><p>1986 18/05/1990</p><p>163</p><p>Bem-Estar dos</p><p>Tr a b a l h a d o r e s</p><p>Marítimos no Mar</p><p>e no Porto</p><p>1987 04/03/1997</p><p>164</p><p>Proteção à Saúde</p><p>e Assistência Mé-</p><p>dica aos Trabalha-</p><p>dores Marítimos</p><p>1987 04/03/1997</p><p>166</p><p>Repatriação de</p><p>Tr a b a l h a d o r e s</p><p>Marítimos</p><p>1987 04/03/1997</p><p>167</p><p>Convenção sobre</p><p>a Segurança e Saú-</p><p>de na Construção</p><p>1988 19/05/2006</p><p>168</p><p>Promoção do Em-</p><p>prego e Proteção</p><p>Contra o Desem-</p><p>prego</p><p>1988 24/03/1993</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/504</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/504</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/t%C3%A9rmino-da-rela%C3%A7%C3%A3o-de-trabalho-por-iniciativa-do-empregador</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/505</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/506</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/506</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/507</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/507</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/508</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/508</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/508</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/509</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/510</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/511</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/511</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/511</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-sobre-seguran%C3%A7a-e-sa%C3%BAde-na-constru%C3%A7%C3%A3o</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/512</p><p>213</p><p>Convenção Título</p><p>Adoção</p><p>OIT</p><p>Ratificação</p><p>Brasil</p><p>Observação</p><p>169</p><p>Sobre Povos Indí-</p><p>genas e Tribais</p><p>1989 25/07/2002</p><p>170</p><p>Segurança no Tra-</p><p>balho com Produ-</p><p>tos Químicos</p><p>1990 23/12/1996</p><p>171 Trabalho Noturno 1990 18/12/2002</p><p>174</p><p>Convenção sobre</p><p>a Prevenção de</p><p>Acidentes Indus-</p><p>triais Maiores</p><p>1993 02/08/2001</p><p>176</p><p>Convenção sobre</p><p>segurança e saúde</p><p>nas minas</p><p>1995 18/05/2006</p><p>178</p><p>Convenção Relati-</p><p>va à Inspeção das</p><p>Condições de Vida</p><p>e de Trabalho dos</p><p>Tr a b a l h a d o r e s</p><p>Marítimos</p><p>1996 21/12/2007</p><p>182</p><p>Convenção so-</p><p>bre Proibição das</p><p>Piores Formas de</p><p>Trabalho Infantil</p><p>e Ação Imediata</p><p>para sua Elimina-</p><p>ção</p><p>1999 02/02/2000</p><p>185</p><p>Convenção sobre</p><p>os Documentos</p><p>de Identidade da</p><p>gente do mar (Re-</p><p>vista)</p><p>2003 21/01/2010</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/513</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/513</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/514</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/514</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/514</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/515</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/517</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/516</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/516</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/516</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/content/conven%C3%A7%C3%A3o-relativa-%C3%A0-inspe%C3%A7%C3%A3o-das-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida-e-de-trabalho-dos-trabalhadores-mar%C3%ADtimo</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/518</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>http://www.oitbrasil.org.br/node/519</p><p>214</p><p>aneXo ii</p><p>ConvençÃo n.º 98</p><p>I — Aprovada na 32ª reunião da Conferên-</p><p>cia Internacional do Trabalho (Genebra — 1949),</p><p>entrou em vigor no plano internacional em 18.7.51.</p><p>II — Dados referentes ao Brasil:</p><p>a) aprovação = Decreto Legislativo n.º 49,</p><p>de 27.8.52, do Congresso Nacional;</p><p>b) ratificação = 18 de novembro de 1952;</p><p>c) promulgação = Decreto n.º33.196, de</p><p>29.6.53;</p><p>d) vigência nacional = 18 de novembro de</p><p>1953.</p><p>“A Conferência Geral da Organização Inter-</p><p>nacional do Trabalho,</p><p>Convocada em Genebra pelo Conselho de</p><p>Administração da Repartição Internacional do Tra-</p><p>balho e tendo-se reunido a oito de junho de 1949,</p><p>em sua trigésima segunda sessão.</p><p>Após ter decidido adotar diversas proposi-</p><p>ções relativas à aplicação dos princípios do direito de</p><p>organização e de negociação coletiva, questão que</p><p>215</p><p>constitui o quarto ponto na ordem do dia da sessão.</p><p>Após ter decidido que essas proposições to-</p><p>mariam a forma de uma convenção internacional,</p><p>adota, a primeiro de julho de mil novecentos e qua-</p><p>renta e nove, a convenção seguinte, que será deno-</p><p>minada ‘Convenção Relativa ao Direito de Organi-</p><p>zação e de Negociação Coletiva, 1949’;</p><p>Art. 1 — 1. Os trabalhadores deverão gozar</p><p>de proteção adequada contra quaisquer atos atenta-</p><p>tórios à liberdade sindical em matéria de emprego.</p><p>2. Tal proteção deverá, particularmente,</p><p>aplicar-se a atos destinados a:</p><p>a) subordinar o emprego de um trabalhador</p><p>à condição de não se filiar a um sindicato ou deixar</p><p>de fazer parte de um sindicato;</p><p>b) dispensar um trabalhador ou prejudicá-lo,</p><p>por qualquer modo, em virtude de sua filiação a um</p><p>sindicato ou de sua participação em atividades sin-</p><p>dicais, fora das horas de trabalho ou com o consen-</p><p>timento do empregador, durante as mesmas horas.</p><p>Art. 2 — 1. As organizações de trabalhado-</p><p>res e de empregadores deverão gozar de proteção</p><p>adequada contra quaisquer atos de ingerência de</p><p>umas e outras, quer diretamente quer por meio de</p><p>seus agentes ou membros, em sua formação, funcio-</p><p>namento e administração.</p><p>2. Serão particularmente identificados a</p><p>atos de ingerência, nos termos do presente artigo,</p><p>216</p><p>medidas destinadas a provocar a criação de organi-</p><p>zações de trabalhadores dominadas por um empre-</p><p>gador ou uma organização de empregadores, ou a</p><p>manter organizações de trabalhadores por outros</p><p>meios financeiros, com o fim de colocar essas or-</p><p>ganizações sob o controle de um empregador ou de</p><p>uma organização de empregadores.</p><p>Art. 3 — Organismos apropriados às condi-</p><p>ções nacionais deverão, se necessário, ser estabeleci-</p><p>dos para assegurar o respeito do direito de organiza-</p><p>ção definido nos artigos precedentes.</p><p>Art. 4 — Deverão ser tomadas, se necessá-</p><p>rio for, medidas apropriadas às condições nacionais,</p><p>para fomentar e promover o pleno desenvolvimento</p><p>e utilização dos meios de negociação voluntária en-</p><p>tre empregadores ou organizações de empregadores</p><p>e organizações de trabalhadores com o objetivo de</p><p>regular, por meio de convenções, os termos e condi-</p><p>ções de emprego.</p><p>Art. 5 — 1. A medida segundo a qual as ga-</p><p>rantias previstas pela presente Convenção se aplica-</p><p>rão às forças armadas e à polícia será determinada</p><p>pela legislação nacional.</p><p>2. De acordo com os princípios estabeleci-</p><p>dos no § 8 do art. 19 da Constituição da Organi-</p><p>zação Internacional do Trabalho, a ratificação desta</p><p>Convenção, por parte de um Membro, não deverá</p><p>ser</p><p>considerada como devendo afetar qualquer lei,</p><p>217</p><p>sentença, costume ou acordo já existentes que con-</p><p>cedem aos membros das forças armadas e da polícia</p><p>garantias previstas pela presente Convenção.</p><p>Art. 6 — A presente Convenção não trata da</p><p>situação dos funcionários públicos ao serviço do Es-</p><p>tado e não deverá ser interpretada, de modo algum,</p><p>em prejuízo dos seus direitos ou de seus estatutos.</p><p>Art. 7 — As ratificações formais da presente</p><p>convenção serão comunicadas ao Diretor-Geral da Re-</p><p>partição Internacional do Trabalho e por ele registradas.</p><p>Art. 8 — 1. A presente convenção não obri-</p><p>gará senão aos Membros da Organização Interna-</p><p>cional do Trabalho cuja ratificação tenha sido regis-</p><p>trada pelo Diretor-Geral.</p><p>2. Ele entrará em vigor doze meses depois</p><p>que as ratificações de dois Membros tiverem sido re-</p><p>gistradas pelo Diretor-Geral.</p><p>3. Em seguida, esta convenção entrará em</p><p>vigor para cada Membro doze meses depois da data</p><p>em que sua ratificação tiver sido registrada.</p><p>Art. 9 — Fica proibido qualquer desconto</p><p>dos salários cuja finalidade seja assegurar pagamento</p><p>direto ou indireto do trabalhador ao empregador, a</p><p>representante deste ou a qualquer intermediário (tal</p><p>como um agente encarregado de recrutar a mão-de-</p><p>-obra), com o fim de obter ou conservar um emprego.</p><p>Art. 10 — 1. O salário não poderá ser ob-</p><p>jeto de penhora ou cessão, a não ser segundo as</p><p>218</p><p>modalidades e nos limites prescritos pela legislação</p><p>nacional.</p><p>Art. 11 — 1. Todo Membro que tiver ratifi-</p><p>cado a presente convenção poderá denunciá-la no fim</p><p>de um período de dez anos depois da data da entrada</p><p>em vigor inicial da convenção, por ato comunicado</p><p>ao Diretor-Geral da Repartição Internacional do Tra-</p><p>balho e por ele registrado. A denúncia não terá efeito</p><p>senão um ano depois de ter sido registrada.</p><p>2. Todo Membro que, tendo ratificado a pre-</p><p>sente convenção, dentro do prazo de um ano depois</p><p>da expiração do período de dez anos mencionado</p><p>no parágrafo precedente, não fizer uso da faculdade</p><p>de denúncia prevista no presente artigo, será obri-</p><p>gado por novo período de dez anos e, depois disso,</p><p>poderá denunciar a presente convenção no fim de</p><p>cada período de dez anos, nas condições previstas</p><p>no presente artigo.</p><p>Art. 12 — 1. O Diretor-Geral da Reparti-</p><p>ção Internacional do Trabalho notificará a todos os</p><p>Membros da Organização Internacional do Traba-</p><p>lho o registro de todas as ratificações que lhe forem</p><p>comunicadas pelos Membros da Organização.</p><p>2. Notificando aos Membros da Organiza-</p><p>ção o registro da segunda ratificação que lhe for co-</p><p>municada, o Diretor-Geral chamará a atenção dos</p><p>Membros da Organização para a data em que a pre-</p><p>sente Convenção entrar em vigor.</p><p>219</p><p>Art. 13 — O Diretor-Geral da Repartição</p><p>Internacional do Trabalho enviará ao Secretário-Ge-</p><p>ral das Nações Unidas, para fim de registro, confor-</p><p>me o art. 102 da Carta das Nações Unidas, informa-</p><p>ções completas a respeito de todas as ratificações,</p><p>declarações e atos de denúncia que houver registra-</p><p>do conforme os artigos precedentes.</p><p>Art. 14 — Cada vez que julgar necessário, o</p><p>Conselho de Administração da Repartição Internacio-</p><p>nal do Trabalho apresentará à Conferência Geral um</p><p>relatório sobre a aplicação da presente Convenção e</p><p>examinará se é necessário inscrever na ordem do dia da</p><p>Conferência a questão de sua revisão total ou parcial.</p><p>Art. 15 — 1. No caso de a Conferência ado-</p><p>tar nova convenção de revisão total ou parcial da</p><p>presente convenção, e a menos que a nova conven-</p><p>ção disponha diferentemente:</p><p>a) a ratificação, por um Membro, da nova</p><p>convenção de revisão acarretará, de pleno direito,</p><p>não obstante o art. 17 acima, denúncia imediata da</p><p>presente convenção quando a nova convenção de</p><p>revisão tiver entrado em vigor;</p><p>b) a partir da data da entrada em vigor da</p><p>nova convenção de revisão, a presente convenção</p><p>cessará de estar aberta à ratificação dos Membros.</p><p>2. A presente convenção ficará, em qualquer</p><p>caso, em vigor, na forma e no conteúdo, para os</p><p>Membros que a tiverem ratificado e que não tiverem</p><p>220</p><p>ratificado a convenção de revisão.</p><p>Art. 16— As versões em francês e em inglês</p><p>do texto da presente convenção fazem igualmente fé.</p><p>[1] Texto extraído do livro “Convenções da</p><p>OIT”, de Arnaldo Süssekind, 2ª edição, 1998. 338p.</p><p>Gentilmente cedido pela Ed. LTR.</p><p>221</p><p>Sugestões para elaborar estudos de caso</p><p>Orientações preliminares</p><p>Os casos podem ser reais ou fictícios. Os</p><p>reais exigem muito cuidado na atribuição de decla-</p><p>rações, que devem ser devidamente documentadas.</p><p>Casos fictícios dão mais liberdade ao autor, mas isso</p><p>não significa que possam abordar situações irreais.</p><p>Ao contrário, o caso posto como fictício deve, de</p><p>fato, expressar situações já vividas por servidores</p><p>públicos no desempenho de suas funções.</p><p>Durante a escolha do tema, deve ser bem deli-</p><p>neado o problema, os atores envolvidos e onde se pas-</p><p>sa. Esse é o eixo inicial para a construção da narrativa.</p><p>O caso é essencialmente um instrumento</p><p>pedagógico que deve servir para o aprendizado de</p><p>como agir em situações reais e de quais podem ser</p><p>as consequências das ações.</p><p>Um caso não é um documento histórico</p><p>nem um texto puramente descritivo. Ele deve ser</p><p>capaz de suscitar questões para debate e ter elemen-</p><p>tos que permitam tomada de posição e definição de</p><p>cursos de ação.</p><p>ANEXO II</p><p>222</p><p>Desenvolvimento</p><p>Uma vez definidos o tema e o foco para o</p><p>caso, que deve estar colado ao objetivo de aprendi-</p><p>zagem do curso em que será utilizado, deve-se partir</p><p>para o trabalho bibliográfico e para a realização de</p><p>entrevistas, quando necessárias. A pesquisa biblio-</p><p>gráfica auxilia a entender melhor o tema a ser tra-</p><p>tado e as abordagens teóricas sobre ele, inclusive na</p><p>definição de atores relevantes para a fase de entrevis-</p><p>tas. Estas servem para elucidar diferentes pontos de</p><p>vista sobre o caso, reflexões e detalhes da história do</p><p>caso, bem como garantir a veracidade e a fidedigni-</p><p>dade das informações.</p><p>A escolha do entrevistado deve levar em</p><p>consideração o tipo de informação que se deseja ob-</p><p>ter. Muitas vezes, dirigentes sabem muito menos do</p><p>dia a dia das equipes do que um técnico mais envol-</p><p>vido no processo.</p><p>Possíveis perguntas para as entrevistas</p><p>• Perguntas de caráter descritivo, do tipo “o</p><p>que”, “quem”, “como” e “onde”. Principalmente o</p><p>como será o foco das entrevistas, que fornecerão in-</p><p>formações para o relato e para o alinhamento entre</p><p>questões teóricas e o caso em questão.</p><p>o Que contratempos surgiram/podem surgir?</p><p>o Quais são as áreas envolvidas?</p><p>o Quem são as pessoas envolvidas?</p><p>223</p><p>o Há conflitos?</p><p>o Como acontece/aconteceu o desenrolar</p><p>do processo?</p><p>o Quais são/foram os pontos críticos?</p><p>o Quais as facilidades?</p><p>o Quais as dificuldades?</p><p>Exemplo:</p><p>• Perguntas de caráter explicativo, do tipo</p><p>“por quê”, fornecerão subsídios para os objetivos da</p><p>aprendizagem.</p><p>o Por que a ação foi iniciada?</p><p>o Por que foi escolhido esse desenho?</p><p>• Nessa parte, a elaboração de perguntas de-</p><p>pende de conhecimento prévio da situação em ques-</p><p>tão e de dúvidas e informações que não tenham sido</p><p>esclarecidas por meio da descrição.</p><p>• Encerre indagando sobre quais outras pes-</p><p>soas poderiam ser consultadas e se há algum mate-</p><p>rial/documento que possa ser acessado.</p><p>OBS.: Essa é uma orientação geral sobre a</p><p>organização de perguntas a serem feitas durante as</p><p>entrevistas. O tipo de pergunta dependerá do tema</p><p>abordado e do conhecimento prévio de informações.</p><p>Escrevendo o caso</p><p>A redação do caso deve ser elaborada</p><p>de forma bastante neutra, apresentando fatos e</p><p>224</p><p>circunstâncias envolvidas. O caso é muito mais</p><p>um relato contextualizado, pois toda a análise de-</p><p>verá ser realizada pelos alunos. Abaixo uma es-</p><p>trutura possível a ser seguida ao elaborar a narra-</p><p>tiva principal do caso:</p><p>Que Estrutura Um Caso Pode Seguir?</p><p>1. Introdução</p><p>Define o problema a ser examinado e expli-</p><p>ca os parâmetros ou as limitações da situação; deve</p><p>despertar interesse e curiosidade.</p><p>2. Visão Geral/Análise</p><p>Onde/quando/por quê; fornece detalhes</p><p>sobre atores</p><p>envolvidos e organizações; identi-</p><p>fica questões profissionais, técnicas ou teóricas</p><p>etc.; o caso deve ser rico em nuances contextuais:</p><p>cenários, personalidades, culturas, urgência das</p><p>questões etc.</p><p>3. Relato da Situação</p><p>Descreve as ações, pode incluir declarações</p><p>dos atores e suas relações; deve deixar claro o perí-</p><p>odo temporal ou a cronologia do caso; é importante</p><p>saber onde os eventos importantes ocorrem, com a</p><p>identificação clara de locais e das instituições.</p><p>225</p><p>4. Problemas do caso</p><p>Geralmente um ou dois problemas que reque-</p><p>rem análise para resolver uma questão específica; de-</p><p>vem ser apresentados de forma clara; podem assumir</p><p>três formas: a) apresentam uma situação e perguntam</p><p>aos alunos o que fariam a seguir; b) definem uma ta-</p><p>refa, como, por exemplo, pedir aos alunos para elabo-</p><p>rar relatório recomendando uma ação; c) ilustram um</p><p>cenário e pedem aos alunos que analisem as falhas e</p><p>recomendem como a situação deveria ser abordada.</p><p>*Estrutura válida tanto para casos longos</p><p>como para casos curtos, guardadas as proporções e</p><p>a complexidade de cada possibilidade</p><p>Análise qualitativa de casos – Checklist</p><p>Quando escrevemos um estudo de caso, nos</p><p>deparamos com algumas dúvidas sobre a qualidade</p><p>do trabalho. Será que conseguimos alcançar o nosso</p><p>objetivo? Será que o leitor/aluno se envolverá com</p><p>a narrativa? Para ajudar nessa análise, desenvolve-</p><p>mos um checklist que pode auxiliar nessa constru-</p><p>ção. Não se trata de um rol exaustivo de aspectos</p><p>que precisam ser observados, nem se quer aqui di-</p><p>zer que, para que um caso seja bom, ele tenha que</p><p>responder de forma favorável todos os pontos. São</p><p>apenas dicas para se chegar a um caso mais bem es-</p><p>crito e adequado para aplicação em sala de aula.</p><p>226</p><p>1. Há um desafio colocado? Os problemas e</p><p>dilemas da situação foram contextualizados? Um bom</p><p>caso deve desafiar os alunos a criar uma solução com</p><p>uma ou mais decisões tomadas; os problemas não de-</p><p>vem ter resposta certa ou óbvia. Um bom caso deve</p><p>provocar os alunos a pensar sob várias perspectivas.</p><p>2. Que teorias ou conceitos pretendem ser</p><p>ensinados por meio do caso?</p><p>3. Os elementos políticos que influenciaram</p><p>na situação foram explicitados?</p><p>4. O caso se prestaria a uma abordagem de</p><p>ensino e aprendizagem interessante (ex.: encenações,</p><p>simulações)? Quais?</p><p>5. Para quais cursos ou outras abordagens o</p><p>caso poderia ser utilizado?</p><p>6. O caso deve ser tão breve quanto possível.</p><p>Um bom caso deve fornecer informações suficien-</p><p>tes para que os alunos possam analisar, de maneira</p><p>eficaz e eficiente, os fatos relevantes. O caso tem in-</p><p>formações suficientes para uma boa análise?</p><p>7. O caso não deve produzir qualquer</p><p>diagnóstico ou prognóstico. Não há resposta</p><p>certa, solução única.</p><p>8. Um bom caso deve promover habilida-</p><p>des tanto de análise como de síntese. O caso deve</p><p>ser orientado para decisões e movido para a ação.</p><p>Os alunos são motivados quando têm que converter</p><p>análise em ação.</p><p>227</p><p>9. Quais foram as fontes utilizadas? Elas foram</p><p>múltiplas? Houve entrevistas? Informantes-chave?</p><p>10. O caso identifica o ator ou atores que in-</p><p>fluenciaram nas ações, devem resolver o problema e/</p><p>ou devem tomar as decisões? O leitor poderá se ver no</p><p>papel do tomador de decisões ou em outros papéis?</p><p>11. Existe tensão dinâmica suficiente no</p><p>caso para produzir pontos de vista controversos e</p><p>competitivos?</p><p>12. O caso é atraente (contém um insight sur-</p><p>preendente; prazos fatais, conflitos, oportunidades e</p><p>ameaças atraem o leitor rapidamente para o caso)?</p><p>13. Um caso, especialmente aquele docu-</p><p>mente situações reais, não deve ser visto simples-</p><p>mente como autopromoção da parte do autor ou da</p><p>organização patrocinadora.</p><p>14. O caso possui uma nota pedagógica? Ela</p><p>está bem estruturada?</p><p>228</p><p>ANEXO IV</p><p>LEI Nº 6.514 - DE 22 DE DEZEMBRO</p><p>DE 1977 - DOU DE 23/12/77</p><p>Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do</p><p>trabalho e dá outras providências.</p><p>O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,</p><p>faço saber que o CONGRESSO NACIONAL</p><p>decreta e eu sanciono a seguinte Lei:</p><p>Art 1º - O Capítulo V do Titulo II da Con-</p><p>solidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo De-</p><p>creto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a</p><p>vigorar com a seguinte redação:</p><p>"CAPÍTULO V</p><p>DA SEGURANÇA E DA MEDICINA</p><p>DO TRABALHO</p><p>SEÇÃO I</p><p>Disposições Gerais</p><p>Art. 154 - A observância, em todos os locais</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>229</p><p>de trabalho, do disposto neste Capítulo, não desobri-</p><p>ga as empresas do cumprimento de outras disposi-</p><p>ções que, com relação à matéria, sejam incluídas em</p><p>códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Es-</p><p>tados ou Municípios em que se situem os respecti-</p><p>vos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas</p><p>de convenções coletivas de trabalho.</p><p>Art 155 - Incumbe ao órgão de âmbito na-</p><p>cional competente em matéria de segurança e medi-</p><p>cina do trabalho:</p><p>I - estabelecer, nos limites de sua compe-</p><p>tência, normas sobre a aplicação dos preceitos deste</p><p>Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;</p><p>II - coordenar, orientar, controlar e super-</p><p>visionar a fiscalização e as demais atividades rela-</p><p>cionadas com a segurança e a medicina do trabalho</p><p>em todo o território nacional, inclusive a Campanha</p><p>Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;</p><p>III - conhecer, em última instância, dos re-</p><p>cursos, voluntários ou de ofício, das decisões pro-</p><p>feridas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em</p><p>matéria de segurança e medicina do trabalho.</p><p>Art 156 - Compete especialmente às Delegacias</p><p>Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição:</p><p>230</p><p>I - promover a fiscalização do cumprimento</p><p>das normas de segurança e medicina do trabalho;</p><p>II - adotar as medidas que se tornem exi-</p><p>gíveis, em virtude das disposições deste Capítulo,</p><p>determinando as obras e reparos que, em qualquer</p><p>local de trabalho, se façam necessárias;</p><p>III - impor as penalidades cabíveis por des-</p><p>cumprimento das normas constantes deste Capítulo,</p><p>nos termos do art. 201.</p><p>Art 157 - Cabe às empresas:</p><p>I - cumprir e fazer cumprir as normas de se-</p><p>gurança e medicina do trabalho;</p><p>II - instruir os empregados, através de or-</p><p>dens de serviço, quanto às precauções a tomar no</p><p>sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças</p><p>ocupacionais;</p><p>III - adotar as medidas que lhes sejam deter-</p><p>minadas pelo órgão regional competente;</p><p>IV - facilitar o exercício da fiscalização pela</p><p>autoridade competente.</p><p>Art 158 - Cabe aos empregados:</p><p>I - observar as normas de segurança e medi-</p><p>cina do trabalho, inclusive as instruções de que trata</p><p>o item II do artigo anterior;</p><p>231</p><p>Il - colaborar com a empresa na aplicação</p><p>dos dispositivos deste Capítulo.</p><p>Parágrafo único - Constitui ato faltoso do</p><p>empregado a recusa injustificada:</p><p>a) à observância das instruções expedidas pelo</p><p>empregador na forma do item II do artigo anterior;</p><p>b) ao uso dos equipamentos de proteção in-</p><p>dividual fornecidos pela empresa.</p><p>Art 159 - Mediante convênio autorizado pelo</p><p>Ministro do Trabalho, poderão ser delegadas a outros</p><p>órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de</p><p>fiscalização ou orientação às empresas quanto ao cum-</p><p>primento das disposições constantes deste Capítulo.</p><p>SEÇÃO II</p><p>Da Inspeção Prévia e do Embargo ou</p><p>Interdição,</p><p>Art 160 - Nenhum estabelecimento poderá ini-</p><p>ciar suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das</p><p>respectivas instalações pela autoridade regional compe-</p><p>tente em matéria de segurança e medicina do trabalho.</p><p>§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando</p><p>ocorrer modificação substancial nas instalações, inclusive</p><p>232</p><p>equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar,</p><p>prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.</p><p>§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia</p><p>aprovação, pela Delegacia Regional do Trabalho, dos</p><p>projetos de construção e respectivas</p><p>instalações.</p><p>Art 161 - O Delegado Regional do Trabalho,</p><p>à vista do laudo técnico do serviço competente que</p><p>demonstre grave e iminente risco para o trabalha-</p><p>dor, poderá interditar estabelecimento, setor de ser-</p><p>viço, máquina ou equipamento, ou embargar obra,</p><p>indicando na decisão, tomada com a brevidade que</p><p>a ocorrência exigir, as providências que deverão ser</p><p>adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.</p><p>§ 1º - As autoridades federais, estaduais</p><p>e municipais darão imediato apoio às medidas</p><p>determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.</p><p>§ 2º - A interdição ou embargo poderão ser</p><p>requeridos pelo serviço competente da Delegacia</p><p>Regional do Trabalho e, ainda, por agente da</p><p>inspeção do trabalho ou por entidade sindical.</p><p>§ 3º - Da decisão do Delegado Regional do</p><p>Trabalho poderão os interessados recorrer, no prazo de</p><p>10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente</p><p>em matéria de segurança e medicina do trabalho, ao qual</p><p>será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.</p><p>§ 4º - Responderá por desobediência,</p><p>233</p><p>além das medidas penais cabíveis, quem, após</p><p>determinada a interdição ou embargo, ordenar ou</p><p>permitir o funcionamento do estabelecimento ou</p><p>de um dos seus setores, a utilização de máquina ou</p><p>equipamento, ou o prosseguimento de obra, se, em</p><p>consequência, resultarem danos a terceiros.</p><p>§ 5º - O Delegado Regional do Trabalho,</p><p>independente de recurso, e após laudo técnico do</p><p>serviço competente, poderá levantar a interdição.</p><p>§ 6º - Durante a paralisação dos serviços, em</p><p>decorrência da interdição ou embargo, os empre-</p><p>gados receberão os salários como se estivessem em</p><p>efetivo exercício.</p><p>SEÇÃO III</p><p>Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do</p><p>Trabalho nas Empresas</p><p>Art 162 - As empresas, de acordo com nor-</p><p>mas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho,</p><p>estarão obrigadas a manter serviços especializados</p><p>em segurança e em medicina do trabalho.</p><p>Parágrafo único - As normas a que se refere</p><p>este artigo estabelecerão:</p><p>a) classificação das empresas segundo o número</p><p>de empregados e a natureza do risco de suas atividades;</p><p>234</p><p>b) o número mínimo de profissionais espe-</p><p>cializados exigido de cada empresa, segundo o gru-</p><p>po em que se classifique, na forma da alínea anterior;</p><p>c) a qualificação exigida para os profissionais</p><p>em questão e o seu regime de trabalho;</p><p>d) as demais características e atribuições dos</p><p>serviços especializados em segurança e em medicina</p><p>do trabalho, nas empresas.</p><p>Art 163 - Será obrigatória a constituição</p><p>de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes</p><p>(CIPA), de conformidade com instruções expedidas</p><p>pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos</p><p>ou locais de obra nelas especificadas.</p><p>Parágrafo único - O Ministério do Trabalho</p><p>regulamentará as atribuições, a composição e o fun-</p><p>cionamento das CIPA (s).</p><p>Art 164 - Cada CIPA será composta de re-</p><p>presentantes da empresa e dos empregados, de acor-</p><p>do com os critérios que vierem a ser adotados na</p><p>regulamentação de que trata o parágrafo único do</p><p>artigo anterior.</p><p>§ 1º - Os representantes dos empregadores,</p><p>titulares e suplentes, serão por eles designados.</p><p>§ 2º - Os representantes dos empregados,</p><p>235</p><p>titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto,</p><p>do qual participem, independentemente de filiação</p><p>sindical, exclusivamente os empregados interessados.</p><p>§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA</p><p>terá a duração de 1 (um) ano, permitida uma reeleição.</p><p>§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não</p><p>se aplicará ao membro suplente que, durante o seu</p><p>mandato, tenha participado de menos da metade do</p><p>número de reuniões da CIPA.</p><p>§ 5º - O empregador designará, anualmente,</p><p>dentre os seus representantes, o Presidente da CIPA e</p><p>os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.</p><p>Art 165 - Os titulares da representação</p><p>dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer</p><p>despedida arbitrária, entendendo-se como tal a</p><p>que não se fundar em motivo disciplinar, técnico,</p><p>econômico ou financeiro.</p><p>Parágrafo único - Ocorrendo a despedida,</p><p>caberá ao empregador, em caso de reclamação à Jus-</p><p>tiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer</p><p>dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de</p><p>ser condenado a reintegrar o empregado.</p><p>SEÇÃO IV</p><p>Do Equipamento de Proteção Individual</p><p>236</p><p>Art 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos</p><p>empregados, gratuitamente, equipamento de proteção</p><p>individual adequado ao risco e em perfeito estado de</p><p>conservação e funcionamento, sempre que as medidas</p><p>de ordem geral não ofereçam completa proteção contra</p><p>os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.</p><p>Art 167 - O equipamento de proteção só po-</p><p>derá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do</p><p>Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.</p><p>SEÇÃO V</p><p>Das Medidas Preventivas de Medicina do</p><p>Trabalho</p><p>Art 168 - Será obrigatório o exame médico</p><p>do empregado, por conta do empregador.</p><p>§ 1º - Por ocasião da admissão, o exame</p><p>médico obrigatório compreenderá investigação</p><p>clínica e, nas localidades em que houver abreugrafia.</p><p>§ 2º - Em decorrência da investigação clínica</p><p>ou da abreugrafia, outros exames complementares</p><p>poderão ser exigidos, a critério médico, para</p><p>apuração da capacidade ou aptidão física e mental</p><p>do empregado para a função que deva exercer.</p><p>§ 3º - O exame médico será renovado, de seis</p><p>em seis meses, nas atividades e operações insalubres</p><p>237</p><p>e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será</p><p>repetida a cada dois anos.</p><p>§ 4º - O mesmo exame médico de que trata</p><p>o § 1º será obrigatório por ocasião da cessação</p><p>do contrato de trabalho, nas atividades, a serem</p><p>discriminadas pelo Ministério do Trabalho, desde</p><p>que o último exame tenha sido realizado há mais de</p><p>90 (noventa) dias.</p><p>§ 5º - Todo estabelecimento deve estar</p><p>equipado com material necessário à prestação de</p><p>primeiros socorros médicos.</p><p>Art 169 - Será obrigatória a notificação das</p><p>doenças profissionais e das produzidas em virtude</p><p>de condições especiais de trabalho, comprovadas ou</p><p>objeto de suspeita, de conformidade com as instru-</p><p>ções expedidas pelo Ministério do Trabalho.</p><p>SEÇÃO VI</p><p>Das Edificações</p><p>Art 170 - As edificações deverão obedecer</p><p>aos requisitos técnicos que garantam perfeita segu-</p><p>rança aos que nelas trabalhem.</p><p>Art 171 - Os locais de trabalho deverão ter,</p><p>no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito, assim con-</p><p>siderada a altura livre do piso ao teto.</p><p>238</p><p>Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mí-</p><p>nimo desde que atendidas as condições de iluminação e</p><p>conforto térmico compatíveis com a natureza do traba-</p><p>lho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão com-</p><p>petente em matéria de segurança e medicina do trabalho.</p><p>Art 172 - 0s pisos dos locais de trabalho não</p><p>deverão apresentar saliências nem depressões que</p><p>prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimen-</p><p>tação de materiais.</p><p>Art 173 - As aberturas nos pisos e paredes</p><p>serão protegidas de forma que impeçam a queda de</p><p>pessoas ou de objetos.</p><p>Art 174 - As paredes, escadas, rampas de</p><p>acesso, passarelas, pisos, corredores, coberturas e</p><p>passagens dos locais de trabalho deverão obedecer</p><p>às condições de segurança e de higiene do trabalho</p><p>estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-</p><p>-se em perfeito estado de conservação e limpeza.</p><p>SEÇÃO VII</p><p>Da Iluminação</p><p>Art 175 - Em todos os locais de trabalho de-</p><p>verá haver iluminação adequada, natural ou artificial,</p><p>apropriada à natureza da atividade.</p><p>239</p><p>§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente</p><p>distribuída, geral e difusa, a fim de evitar ofuscamento,</p><p>reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.</p><p>§ 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os</p><p>níveis mínimos de iluminamento a serem observados.</p><p>SEÇÃO VIII</p><p>Do Conforto Térmico</p><p>Art 176 - Os locais de trabalho deverão ter</p><p>ventilação natural, compatível com o serviço realizado.</p><p>Parágrafo único - A ventilação artificial será</p><p>obrigatória sempre que a natural não preencha as</p><p>condições de conforto térmico.</p><p>Art 177 - Se as condições de ambiente se tor-</p><p>narem desconfortáveis, em virtude de instalações ge-</p><p>radoras</p><p>de frio ou de calor, será obrigatório o uso de</p><p>vestimenta adequada para o trabalho em tais condições</p><p>ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento</p><p>térmico e recursos similares, de forma que os empre-</p><p>gados fiquem protegidos contra as radiações térmicas.</p><p>Art 178 - As condições de conforto térmico</p><p>dos locais de trabalho devem ser mantidas dentro</p><p>dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.</p><p>240</p><p>SEÇÃO IX</p><p>Das Instalações Elétricas</p><p>Art 179 - O Ministério do Trabalho disporá</p><p>sobre as condições de segurança e as medidas espe-</p><p>ciais a serem observadas relativamente a instalações</p><p>elétricas, em qualquer das fases de produção, trans-</p><p>missão, distribuição ou consumo de energia.</p><p>Art 180 - Somente profissional qualificado</p><p>poderá instalar, operar, inspecionar ou reparar insta-</p><p>lações elétricas.</p><p>Art 181 - Os que trabalharem em serviços</p><p>de eletricidade ou instalações elétricas devem estar</p><p>familiarizados com os métodos de socorro a aciden-</p><p>tados por choque elétrico.</p><p>SEÇÃO X</p><p>Da Movimentação, Armazenagem e Manu-</p><p>seio de Materiais</p><p>Art 182 - O Ministério do Trabalho estabe-</p><p>lecerá normas sobre:</p><p>I - as precauções de segurança na movimen-</p><p>tação de materiais nos locais de trabalho, os equi-</p><p>pamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as</p><p>241</p><p>condições especiais a que estão sujeitas a operação</p><p>e a manutenção desses equipamentos, inclusive exi-</p><p>gências de pessoal habilitado;</p><p>II - as exigências similares relativas ao manu-</p><p>seio e à armazenagem de materiais, inclusive quanto</p><p>às condições de segurança e higiene relativas aos re-</p><p>cipientes e locais de armazenagem e os equipamen-</p><p>tos de proteção individual;</p><p>III - a obrigatoriedade de indicação de carga</p><p>máxima permitida nos equipamentos de transporte,</p><p>dos avisos de proibição de fumar e de advertência</p><p>quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das</p><p>substâncias em movimentação ou em depósito, bem</p><p>como das recomendações de primeiros socorros e de</p><p>atendimento médico e símbolo de perigo, segundo</p><p>padronização internacional, nos rótulos dos materiais</p><p>ou substâncias armazenados ou transportados.</p><p>Parágrafo único - As disposições relativas ao</p><p>transporte de materiais aplicam-se, também, no que</p><p>couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.</p><p>Art 183 - As pessoas que trabalharem na mo-</p><p>vimentação de materiais deverão estar familiarizados</p><p>com os métodos raciocinais de levantamento de cargas.</p><p>SEçãO XI</p><p>Das Máquinas e Equipamentos</p><p>242</p><p>Art 184 - As máquinas e os equipamentos</p><p>deverão ser dotados de dispositivos de partida e</p><p>parada e outros que se fizerem necessários para a</p><p>prevenção de acidentes do trabalho, especialmente</p><p>quanto ao risco de acionamento acidental.</p><p>Parágrafo único - É proibida a fabricação, a im-</p><p>portação, a venda, a locação e o uso de máquinas e equi-</p><p>pamentos que não atendam ao disposto neste artigo.</p><p>Art 185 - Os reparos, limpeza e ajustes so-</p><p>mente poderão ser executados com as máquinas</p><p>paradas, salvo se o movimento for indispensável à</p><p>realização do ajuste.</p><p>Art 186 - O Ministério do Trabalho estabele-</p><p>cerá normas adicionais sobre proteção e medidas de</p><p>segurança na operação de máquinas e equipamentos,</p><p>especialmente quanto à proteção das partes móveis,</p><p>distância entre estas, vias de acesso às máquinas e</p><p>equipamentos de grandes dimensões, emprego de</p><p>ferramentas, sua adequação e medidas de proteção</p><p>exigidas quando motorizadas ou elétricas.</p><p>SEÇÃO XII</p><p>Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob</p><p>Pressão</p><p>243</p><p>Art 187 - As caldeiras, equipamentos e re-</p><p>cipientes em geral que operam sob pressão deverão</p><p>dispor de válvula e outros dispositivos de segurança,</p><p>que evitem seja ultrapassada a pressão interna de tra-</p><p>balho compatível com a sua resistência.</p><p>Parágrafo único - O Ministério do Trabalho</p><p>expedirá normas complementares quanto à seguran-</p><p>ça das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão,</p><p>especialmente quanto ao revestimento interno, à lo-</p><p>calização, à ventilação dos locais e outros meios de</p><p>eliminação de gases ou vapores prejudiciais à saúde,</p><p>e demais instalações ou equipamentos necessários à</p><p>execução segura das tarefas de cada empregado.</p><p>Art 188 - As caldeiras serão periodicamente</p><p>submetidas a inspeções de segurança, por engenhei-</p><p>ro ou empresa especializada, inscritos no Ministério</p><p>do Trabalho, de conformidade com as instruções</p><p>que, para esse fim, forem expedidas.</p><p>§ 1º - Toda caldeira será acompanhada de</p><p>“Prontuário”, com documentação original do fabricante,</p><p>abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos,</p><p>detalhes, provas e testes realizados durante a fabricação</p><p>e a montagem, características funcionais e a pressão</p><p>máxima de trabalho permitida (PMTP), esta última</p><p>indicada, em local visível, na própria caldeira.</p><p>244</p><p>§ 2º - O proprietário da caldeira deverá orga-</p><p>nizar, manter atualizado e apresentar, quando exigi-</p><p>do pela autoridade competente, o Registro de Segu-</p><p>rança, no qual serão anotadas, sistematicamente, as</p><p>indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos</p><p>e quaisquer outras ocorrências.</p><p>§ 3º - Os projetos de instalação de caldeiras,</p><p>fornos e recipientes sob pressão deverão ser subme-</p><p>tidos à aprovação prévia do órgão regional compe-</p><p>tente em matéria de segurança do trabalho.</p><p>SEÇÃO XIII</p><p>Das Atividades Insalubres ou Perigosas</p><p>Art 189 - Serão consideradas atividades ou</p><p>operações insalubres aquelas que, por sua natureza,</p><p>condições ou métodos de trabalho, exponham os</p><p>empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos</p><p>limites de tolerância fixados em razão da natureza e</p><p>da intensidade do agente e do tempo de exposição</p><p>aos seus efeitos.</p><p>Art 190 - O Ministério do Trabalho aprova-</p><p>rá o quadro das atividades e operações insalubres e</p><p>adotará normas sobre os critérios de caracterização</p><p>da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes</p><p>agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de</p><p>exposição do empregado a esses agentes.</p><p>245</p><p>Parágrafo único - As normas referidas neste</p><p>artigo incluirão medidas de proteção do organismo</p><p>do trabalhador nas operações que produzem aerodis-</p><p>persóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos.</p><p>Art 191- A eliminação ou a neutralização da</p><p>insalubridade ocorrerá:</p><p>I - com a adoção de medidas que conservem o</p><p>ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;</p><p>II - com a utilização de equipamentos de pro-</p><p>teção individual ao trabalhador, que diminuam a in-</p><p>tensidade do agente agressivo a limites de tolerância.</p><p>Parágrafo único - Caberá às Delegacias Re-</p><p>gionais do Trabalho, comprovada a insalubridade,</p><p>notificar as empresas, estipulando prazos para sua</p><p>eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.</p><p>Art 192 - O exercício de trabalho em con-</p><p>dições insalubres, acima dos limites de tolerância es-</p><p>tabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a</p><p>percepção de adicional respectivamente de 40% (qua-</p><p>renta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez</p><p>por cento) do salário-mínimo da região, segundo se</p><p>classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.</p><p>Art 193 - São consideradas atividades ou</p><p>246</p><p>operações perigosas, na forma da regulamentação</p><p>aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que,</p><p>por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem</p><p>o contato permanente com inflamáveis ou explosi-</p><p>vos em condições de risco acentuado.</p><p>§ 1º - O trabalho em condições de</p><p>periculosidade assegura ao empregado um adicional</p><p>de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os</p><p>acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou</p><p>participações nos lucros da empresa.</p><p>§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional</p><p>de insalubridade que porventura lhe seja devido.</p><p>Art 194 - O direito do empregado ao adi-</p><p>cional de insalubridade ou de periculosidade cessará</p><p>com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade</p><p>física, nos termos desta Seção e das normas expedi-</p><p>das pelo Ministério do Trabalho.</p><p>Art 195 - A caracterização e a classificação da</p><p>insalubridade e da periculosidade, segundo as normas</p><p>do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia</p><p>a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do</p><p>Trabalho, registrados</p><p>no Ministério do Trabalho.</p><p>§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos</p><p>das categorias profissionais interessadas requererem</p><p>247</p><p>ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em</p><p>estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de</p><p>caracterizar e classificar ou delimitar as atividades in-</p><p>salubres ou perigosas.</p><p>§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou pe-</p><p>riculosidade, seja por empregado, seja por Sindica-</p><p>to em favor de grupo de associado, o juiz designará</p><p>perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não</p><p>houver, requisitará perícia ao órgão competente do</p><p>Ministério do Trabalho.</p><p>§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores</p><p>não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do</p><p>Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.</p><p>Art 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes</p><p>do trabalho em condições de insalubridade ou pericu-</p><p>losidade serão devidos a contar da data da inclusão da</p><p>respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Mi-</p><p>nistro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11.</p><p>Art 197 - Os materiais e substâncias empre-</p><p>gados, manipulados ou transportados nos locais de</p><p>trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, de-</p><p>vem conter, no rótulo, sua composição, recomenda-</p><p>ções de socorro imediato e o símbolo de perigo cor-</p><p>respondente, segundo a padronização internacional.</p><p>Parágrafo único - Os estabelecimentos que</p><p>248</p><p>mantenham as atividades previstas neste artigo afi-</p><p>xarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou</p><p>cartazes, com advertência quanto aos materiais e</p><p>substâncias perigosos ou nocivos à saúde.</p><p>SEÇÃO XIV</p><p>Da Prevenção da Fadiga</p><p>Art 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas)</p><p>o peso máximo que um empregado pode remover</p><p>individualmente, ressalvadas as disposições especiais</p><p>relativas ao trabalho do menor e da mulher.</p><p>Parágrafo único - Não está compreendida na</p><p>proibição deste artigo a remoção de material feita</p><p>por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos,</p><p>carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecâ-</p><p>nicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais ca-</p><p>sos, fixar limites diversos, que evitem sejam exigidos</p><p>do empregado serviços superiores às suas forças.</p><p>Art 199 - Será obrigatória a colocação de</p><p>assentos que assegurem postura correta ao traba-</p><p>lhador, capazes de evitar posições incômodas ou</p><p>forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que</p><p>trabalhe sentado.</p><p>Parágrafo único - Quando o trabalho deva</p><p>249</p><p>ser executado de pé, os empregados terão à sua dis-</p><p>posição assentos para serem utilizados nas pausas</p><p>que o serviço permitir.</p><p>SEçãO XV</p><p>Das Outras Medidas Especiais de Proteção</p><p>Art 200 - Cabe ao Ministério do Trabalho</p><p>estabelecer disposições complementares às normas</p><p>de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculia-</p><p>ridades de cada atividade ou setor de trabalho, espe-</p><p>cialmente sobre:</p><p>I - medidas de prevenção de acidentes e os</p><p>equipamentos de proteção individual em obras de</p><p>construção, demolição ou reparos;</p><p>II - depósitos, armazenagem e manuseio de</p><p>combustíveis, inflamáveis e explosivos, bem como</p><p>trânsito e permanência nas áreas respectivas;</p><p>III - trabalho em escavações, túneis, galerias,</p><p>minas e pedreiras, sobretudo quanto à prevenção de</p><p>explosões, incêndios, desmoronamentos e soterra-</p><p>mentos, eliminação de poeiras, gases, etc. e facilida-</p><p>des de rápida saída dos empregados;</p><p>IV - proteção contra incêndio em geral e</p><p>as medidas preventivas adequadas, com exigên-</p><p>cias ao especial revestimento de portas e paredes,</p><p>construção de paredes contra-fogo, diques e outros</p><p>250</p><p>anteparos, assim como garantia geral de fácil circula-</p><p>ção, corredores de acesso e saídas amplas e protegi-</p><p>das, com suficiente sinalização;</p><p>V - proteção contra insolação, calor, frio,</p><p>umidade e ventos, sobretudo no trabalho a céu aber-</p><p>to, com provisão, quanto a este, de água potável, alo-</p><p>jamento profilaxia de endemias;</p><p>VI - proteção do trabalhador exposto a</p><p>substâncias químicas nocivas, radiações ionizantes</p><p>e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou</p><p>pressões anormais ao ambiente de trabalho, com</p><p>especificação das medidas cabíveis para eliminação</p><p>ou atenuação desses efeitos limites máximos quanto</p><p>ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de</p><p>seus efeitos sobre o organismo do trabalhador, exa-</p><p>mes médicos obrigatórios, limites de idade controle</p><p>permanente dos locais de trabalho e das demais exi-</p><p>gências que se façam necessárias;</p><p>VII - higiene nos locais de trabalho, com dis-</p><p>criminação das exigências, instalações sanitárias, com</p><p>separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários</p><p>e armários individuais, refeitórios ou condições de</p><p>conforto por ocasião das refeições, fornecimento</p><p>de água potável, condições de limpeza dos locais de</p><p>trabalho e modo de sua execução, tratamento de re-</p><p>síduos industriais;</p><p>VIII - emprego das cores nos locais de tra-</p><p>balho, inclusive nas sinalizações de perigo.</p><p>251</p><p>Parágrafo único - Tratando-se de radiações</p><p>ionizantes e explosivos, as normas a que se referem</p><p>este artigo serão expedidas de acordo com as resolu-</p><p>ções a respeito adotadas pelo órgão técnico.</p><p>SEÇÃO XVI</p><p>Das Penalidades</p><p>Art 201 - As infrações ao disposto neste Ca-</p><p>pítulo relativas à medicina do trabalho serão puni-</p><p>das com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor</p><p>de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único,</p><p>da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as con-</p><p>cernentes à segurança do trabalho com multa de 5</p><p>(cinco) a 50 (cinquenta) vezes o mesmo valor.</p><p>Parágrafo único - Em caso de reincidência,</p><p>embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de</p><p>artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a</p><p>lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.</p><p>Art 2º - A retroação dos efeitos pecuniários</p><p>decorrentes do trabalho em condições de</p><p>insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo</p><p>196 da Consolidação das Leis do Trabalho, com a</p><p>nova redação dada por esta Lei, terá como limite a</p><p>data da vigência desta Lei, enquanto não decorridos</p><p>2 (dois) anos da sua vigência.</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1975/6205.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>252</p><p>Art 3º - As disposições contidas nesta Lei</p><p>aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos,</p><p>as entidades ou empresas que lhes tomem o serviço</p><p>e aos sindicatos representativos das respectivas</p><p>categorias profissionais.</p><p>§ 1º - Ao Delegado de Trabalho Marítimo</p><p>ou ao Delegado Regional do Trabalho, conforme o</p><p>caso, caberá promover a fiscalização do cumprimen-</p><p>to das normas de segurança e medicina do trabalho</p><p>em relação ao trabalhador avulso, adotando as medi-</p><p>das necessárias inclusive as previstas na Seção II, do</p><p>Capítulo V, do Título II da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho, com a redação que lhe for conferida pela</p><p>presente Lei.</p><p>§ 2º - Os exames de que tratam os §§ 1º e 3º</p><p>do art. 168 da Consolidação das Leis do Trabalho,</p><p>com a redação desta Lei, ficarão a cargo do Instituto</p><p>Nacional de Assistência Médica da Previdência So-</p><p>cial - INAMPS, ou dos serviços médicos das entida-</p><p>des sindicais correspondentes.</p><p>Art. 4º - O Ministro do Trabalho relacionará</p><p>o artigos do Capítulo V do Título II da Consolida-</p><p>ção das Leis do Trabalho, cuja aplicação será fiscali-</p><p>zada exclusivamente por engenheiros de segurança e</p><p>médicos do trabalho.</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>253</p><p>Art 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de</p><p>sua publicação, ficando revogados os artigos 202 a 223</p><p>da Consolidação das Leis do Trabalho; a Lei nº 2.573,</p><p>de 15 de agosto de 1955; o Decreto-lei nº 389, de 26 de</p><p>dezembro de 1968 e demais disposições em contrário.</p><p>Brasília, em 22 de dezembro de 1977; 156º</p><p>da Independência e 89º República.</p><p>ERNESTO GEISEL</p><p>ARNALDO PRIETO</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/10/1943/5452.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1955/2573.htm</p><p>http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1955/2573.htm</p><p>_GoBack</p><p>Capítulo 1 – Direito E Normatização</p><p>1. Introdução</p><p>1.2. Noções de Direito</p><p>1.2.1. Conceito de Direito</p><p>1.2.2. Conceito de Justiça</p><p>1.2.3. Princípios de Direito</p><p>2.4. Fontes do Direito</p><p>2.5. Ramos do Direito</p><p>1.2.6. Norma Jurídica</p><p>1.2.7. Instituto Jurídico</p><p>1.2.8. Ordenamento Jurídico</p><p>1.2.9. Hierarquia da Norma Jurídica</p><p>1.2.10. Decreto, Portaria, Norma Regulamentadora (NR), Instrução Normativa, Ordem de Serviço, Regulamento Técnico</p><p>1.3. Normatização</p><p>1.3.1. Normalização</p><p>1.3.2. Normatização</p><p>Capítulo 2 – Normas Nacionais e Estrangeiras, Legislação e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</p><p>1. Introdução</p><p>2.2. Normas Nacionais e</p><p>Estrangeiras</p><p>2.2.1. Liberdade Sindical e Direito à Negociação Coletiva</p><p>2.2.1.1. A Liberdade Sindical e Direito à Negociação Coletiva Sob o Ponto de Vista Internacional</p><p>2.2.1.2. A Liberdade Sindical e Direito à Negociação Coletiva Sob o Ponto de Vista Nacional.</p><p>2.2.2. Erradicação do Trabalho Infantil</p><p>2.2.2.1. A Erradicação do Trabalho Infantil Sob o Ponto de Vista Internacional</p><p>2.2.2.2. A Erradicação do Trabalho Infantil Sob o Ponto de Vista Nacional</p><p>2.2.3. Eliminação do Trabalho Forçado</p><p>2.2.3.1. A Eliminação do Trabalho Forçado sob o ponto de vista internacional</p><p>2.2.3.2. A Eliminação do Trabalho Forçado Sob o Ponto de Vista Nacional</p><p>2.2.4. A Não Discriminação no</p><p>Emprego ou Ocupação</p><p>2.2.5. Convenções da OIT Ratificadas no Brasil</p><p>2.3. Hierarquia e a Legislação Aplicada</p><p>2.3.1. Conceito e Hierarquia na Normatização</p><p>2.3.2. Normas Aplicadas à Segurança do Trabalho para Prevenção e Controle de Risco</p><p>2.3.2.1. Segurança no Trabalho</p><p>2.3.2.2. Leis, Normas, Portarias e</p><p>Regulamentações</p><p>2.3.3.3 Organismos Normalizadores</p><p>2.3.3. A Consolidação das Leis do Trabalho e a Segurança do Trabalho para a Prevenção e Controle de Risco</p><p>Capítulo 3 – Segurança do Trabalho, Prevenção e Controle de Risco</p><p>1. Introdução</p><p>3.2. Segurança Do Trabalho, Prevenção e Controle de Risco</p><p>3.2.1. Segurança do Trabalho</p><p>3.2.2. Prevenção</p><p>3.2.2.1. Higiene do trabalho</p><p>3.2.3. Controle de Risco</p><p>3.2.3.1 Agentes físicos</p><p>3.2.3.2. Agentes Químicos</p><p>3.2.3.3. Agentes ergonômicos</p><p>3.2.3.4. Agentes biológicos</p><p>3.2.4. Limite de Tolerância</p><p>3.3. PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO</p><p>3.3.1. Atribuições dos Profissionais de Segurança do Trabalho</p><p>3.3.2. CIPA</p><p>3.3.3. SIPATs</p><p>3.3.4. Responsabilidade dos Profissionais de Segurança do Trabalho</p><p>3.3.4.1. Resolução CONFEA n.º 434/99</p><p>Capítulo 4 – Legislação Aplicada à Segurança, Prevenção e Controle de Risco no Ambiente do Trabalho</p><p>4.3. ESTUDOS DE CASO</p><p>4.3.1. GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIRO URBANO</p><p>4.3.2. Estudo De Caso: Trabalhador cai de andaime e morre na cidade de Alfenas</p><p>4.2. LEGISLAÇÃO APLICADA À SEGURANÇA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCO NO AMBIENTE DO TRABALHO</p><p>4.2.1. Organização Internacional do Trabalho (OIT)</p><p>4.2.2. Controle Total de Perdas</p><p>4.2.3. Lei 6.514 de 1978</p><p>4.2.4. As Normas Regulamentadoras (NRs)</p><p>4.1. INTRODUÇÃO</p><p>Referencias Bibliograficas</p><p>Anexos</p><p>é de fácil</p><p>visualização, haja vista como se estrutura o sistema</p><p>jurídico, qual seja:</p><p>→ Constituição Federal</p><p>→ Leis Complementares</p><p>→ Leis Ordinárias;</p><p>→ Medidas Provisórias</p><p>→ Leis Delegadas</p><p>→ Resoluções</p><p>A estrutura criada por Kelsen consagra a su-</p><p>premacia da Norma Constitucional e estabelece uma</p><p>dependência entre as normas escalonadas, já que a</p><p>norma de grau inferior sempre será válida se, e so-</p><p>mente se, fundar-se nas normas superiores.</p><p>Vejamos os conceitos de cada norma expos-</p><p>ta na Pirâmide de Kelsen.</p><p>A Constituição Federal tem seu fundamento</p><p>na Soberania Nacional, ou seja, na independência e</p><p>exclusividade de resolução de questões internas e or-</p><p>ganização político-jurídica do país.</p><p>Quanto aos assuntos de que trata a Consti-</p><p>tuição Federal, ela é a lei fundamental, já que organi-</p><p>za os elementos essenciais do Estado.</p><p>A Constituição Federal está no cume da</p><p>Pirâmide de Kelsen por ser a expressão do poder</p><p>29</p><p>organizacional, estatal que emana do povo e para ele</p><p>é feita, por seus representantes eleitos.</p><p>As Leis Complementares, por sua vez, têm um</p><p>processo de aprovação, no Congresso Nacional, mais</p><p>rigoroso, já que deverá ser aprovada mediante quórum</p><p>com a maioria absoluta, conforme o artigo 69 da própria</p><p>Constituição Federal; sobre sua matéria, está taxativa-</p><p>mente expressa na própria Constituição Federal, ou seja,</p><p>a própria Constituição Federal pede a Lei Complementar.</p><p>O importante é que não existirá Lei Com-</p><p>plementar sobre assunto que não seja pedido na</p><p>Constituição Federal.</p><p>As Leis Ordinárias têm como requisito de</p><p>aprovação quórum em maioria simples, desde que</p><p>presentes na sessão a maioria absoluta de membros,</p><p>nos termos do artigo 67 da Constituição Federal. Ela</p><p>só poderá tratar de assunto que tenha sido “deixado</p><p>de lado” pela Lei Complementar.</p><p>Aí o reforço do argumento de quem coloca</p><p>a Lei Ordinária abaixo da Complementar na Pirâ-</p><p>mide de Kelsen: ao passo que a Lei Complementar</p><p>tem rol de matérias expresso na Constituição Fede-</p><p>ral, para a Lei Ordinária designa-se o resíduo, “o que</p><p>sobrar”, num português mais coloquial.</p><p>Por outro lado, aqueles que defendem que</p><p>ambas estão no mesmo patamar de hierarquia, os ar-</p><p>gumentos são o de ser indiferente o quórum de vota-</p><p>ção, já que o órgão que as elabora é o mesmo, ou seja,</p><p>30</p><p>o Congresso Nacional, a cúpula do Poder Legislativo.</p><p>E, sobre a matéria da Lei Ordinária ser “resi-</p><p>dual” em face da matéria da Lei Complementar, diz-se</p><p>ser uma questão mais de praticidade que de importân-</p><p>cia. Sobre as Medidas Provisórias e as Leis Delegadas,</p><p>mais uma vez, há a discussão sobre haver hierarquia</p><p>ou não. Certo é que tanto Medidas Provisórias quanto</p><p>Leis Delegadas estão abaixo de Leis Ordinárias e Leis</p><p>Complementares, na hierarquia legal.</p><p>As Medidas Provisórias, nos termos do artigo</p><p>62 da Constituição Federal, constituem como sendo</p><p>atos do Presidente da República (Poder Executivo) e</p><p>serão feitas em caso de relevância e urgência.</p><p>As Medidas Provisórias terão força de lei e</p><p>serão submetidas ao Congresso Nacional (Poder Le-</p><p>gislativo) para que se tornem formalmente leis.</p><p>As Leis Delegadas, de conformidade com o</p><p>artigo 68 da Constituição Federal, ao contrário das</p><p>Medidas Provisórias, já nascem como leis, apesar</p><p>de serem elaboradas pelo Presidente da República</p><p>(Poder Executivo), contudo, somente são elabora-</p><p>das e publicadas quando houver a delegação, ou seja,</p><p>quando e, somente quando, o Congresso Nacional</p><p>delegar ao Presidente a função legislativa.</p><p>A Lei Delegada, por ser excepcional dentro</p><p>do sistema jurídico, tem - como a Medida Provisória</p><p>– por requisitos a relevância e a urgência. São es-</p><p>ses requisitos rígidos quanto à matéria sobre a qual</p><p>31</p><p>poderá dispor e estão capitulados no artigo 68 da</p><p>Constituição Federal e o elenco é taxativo.</p><p>O ponto em comum entre Medida Provisó-</p><p>ria e Lei Delegada é que emanam do Poder Execu-</p><p>tivo (Presidente da República) e, portanto, fruto de</p><p>“poder legiferante anômalo”.</p><p>O poder legiferante é o poder de fazer leis e</p><p>é próprio do Poder Legislativo.</p><p>O poder Executivo tem o encargo de adminis-</p><p>trar a Nação, enquanto o Poder Judiciário tem o poder</p><p>de, fazendo uso do que o Poder Legislativo produziu,</p><p>exercer a tutela dos direitos violados. São os três pode-</p><p>res da República independentes, mas harmônicos.</p><p>Em casos excepcionais, as funções do Legis-</p><p>lativo serão, então, em parcela mínima, transferidas</p><p>ao Poder Executivo, que fará, assim, Medidas Provi-</p><p>sórias e Leis Delegadas, por isso o nome “anômalo”</p><p>e por isso o baixo grau hierárquico.</p><p>Ademais, há sempre clara a dependência do</p><p>Poder Legislativo: o Poder ou delega a competência</p><p>para fazer a lei (Lei Delegada) ou tem o poder de não</p><p>transformar o ato feito (a Medida Provisória) numa lei.</p><p>Cada uma das Casas do Congresso Nacional</p><p>(Senado e Câmara) possui um rol especifico de atri-</p><p>buições que serão só suas, além das suas funções de</p><p>elaborar leis (legiferantes).</p><p>Estas atribuições não legiferantes também</p><p>estão descritas na CF, sendo, em sua maior parte,</p><p>32</p><p>nos art. 51, as da Câmara e art.52, as do Senado.</p><p>As Resoluções são os meios que serão usa-</p><p>dos para o exercício destas ações não legiferantes. É a</p><p>Resolução norma jurídica destinada a disciplinar assuntos</p><p>do interesse interno do Congresso Nacional sendo o re-</p><p>corrente à concessão de licenças ou afastamentos de de-</p><p>putados ou senadores, a atribuição de benefícios.</p><p>O § 2º do art. 68 da Constituição Federal diz</p><p>que a Resolução é a forma com a qual o Congresso</p><p>faz a delegação da Lei delegada em que passa parcela</p><p>de poder legiferante ao Presidente da República.</p><p>Por isso, sua posição como a parte mais baixa</p><p>da Pirâmide de Kelsen: são ações muito específicas, de</p><p>caráter restrito e sobre assuntos muito próprios, não pos-</p><p>suindo a abrangência que uma lei deve ter para ser lei.</p><p>Pirâmide de Kelsen</p><p>33</p><p>1�2�10� Decreto, Portaria, Norma</p><p>Regulamentadora (NR), Instrução Normativa,</p><p>Ordem de Serviço, Regulamento Técnico</p><p>É importante considerar outras normas, con-</p><p>tudo, da lavra do Poder Executivo (Poder não legife-</p><p>rante) razão pela qual não consta da hierarquia da nor-</p><p>ma, mas existem e devem ser respeitadas, tal como o:</p><p>→ Decreto</p><p>O decreto é uma ordem emanada de uma auto-</p><p>ridade superior ou órgão civil, militar, leigo ou eclesiás-</p><p>tico que determina o cumprimento de uma resolução.</p><p>No sistema jurídico brasileiro, os decretos são</p><p>atos administrativos da competência dos chefes dos po-</p><p>deres executivos: presidente, governadores e prefeitos.</p><p>O Decreto é usado pelo chefe do poder exe-</p><p>cutivo para fazer nomeações e regulamentações de</p><p>leis, dando-lhe cumprimento efetivo, entre outros.</p><p>Pode-se dizer que o Decreto é a forma de que</p><p>se revestem dos atos individuais ou gerais, emanados</p><p>do Chefe do Poder Executivo, Presidente da República,</p><p>Governador e Prefeito. Pode subdividir-se em decreto</p><p>geral e decreto individual. Esse a pessoa ou grupo e</p><p>aquele a pessoas que se encontram em mesma situação.</p><p>Possui como efeito o de regulamentar ou</p><p>de executar, ou seja, expedido com base no artigo</p><p>84, IV da CF, para fiel execução da lei, ou seja, o</p><p>34</p><p>decreto detalha a lei. Nunca poderá contrariá-la e</p><p>nem ir além ou aquém dela. É importante conhecer</p><p>a Emenda Constitucional n.º 32/01.</p><p>O Professor Hely Lopes Meirelles, define-o</p><p>da seguinte forma:</p><p>Decretos, em sentido próprio e restrito, são</p><p>atos administrativos da competência exclusiva dos</p><p>chefes do Executivo, destinados a prover situações</p><p>gerais ou individuais, abstratamente previstas de</p><p>modo expresso, explícito ou implícito pela legislação.</p><p>O Manual de Redação Oficial da Presidência</p><p>da República menciona três tipos de Decreto:</p><p>→ Decretos Singulares</p><p>→ Decretos Regulamentares</p><p>→ Decretos Autônomos</p><p>Os Decretos Singulares são aqueles que po-</p><p>dem conter regras singulares ou concretas (v. g., de-</p><p>cretos de nomeação, de aposentadoria, de abertura</p><p>de crédito, de desapropriação, de cessão de uso de</p><p>imóvel, de indulto de perda de nacionalidade, etc.).</p><p>Os Decretos Regulamentares são atos nor-</p><p>mativos</p><p>subordinados ou secundários.</p><p>A diferença entre a lei e o regulamento, no</p><p>35</p><p>Direito Brasileiro, não se limita à origem ou à supre-</p><p>macia daquela sobre este.</p><p>A distinção substancial reside no fato de que a</p><p>lei inova originariamente o ordenamento jurídico, en-</p><p>quanto o regulamento não o altera, mas fixa, tão so-</p><p>mente, as regras orgânicas e processuais destinadas a</p><p>pôr em execução os princípios institucionais estabeleci-</p><p>dos por lei, ou para desenvolver os preceitos constantes</p><p>da lei, expressos ou implícitos, dentro da órbita por ela</p><p>circunscrita, isto é, as diretrizes, em pormenor, por ela</p><p>determinadas. Não se pode negar que, como observa</p><p>Celso Antônio Bandeira de Mello, a generalidade e o</p><p>caráter abstrato da lei permitem particularizações grada-</p><p>tivas quando não têm como fim a especificidade de si-</p><p>tuações insuscetíveis de redução a um padrão qualquer.</p><p>Disso resulta, não raras vezes, margem de dis-</p><p>crição administrativa a ser exercida na aplicação da lei.</p><p>Não se há de confundir, porém, a discricionariedade</p><p>administrativa, atinente ao exercício do poder regula-</p><p>mentar, com delegação disfarçada de poder.</p><p>Na discricionariedade, a lei estabelece pre-</p><p>viamente o direito ou dever, a obrigação ou a res-</p><p>trição, fixando os requisitos de seu surgimento e os</p><p>elementos de identificação dos destinatários. Na de-</p><p>legação, ao revés, não se identificam, na norma re-</p><p>gulamentada, o direito, a obrigação ou a limitação.</p><p>Estes são estabelecidos apenas no regulamento.</p><p>Os Decretos Autônomos foram introduzidos</p><p>36</p><p>em nosso ordenamento com o advento da Emenda</p><p>Constitucional n.º 32, de 11 de setembro de 2001.</p><p>Decorre diretamente da Constituição, pos-</p><p>suindo efeitos análogos ao de uma lei ordinária. Tal</p><p>espécie normativa, contudo, limita-se às hipóteses</p><p>de organização e funcionamento da administração</p><p>federal, quando não implicar aumento de despesa</p><p>nem criação ou extinção de órgãos públicos, e de</p><p>extinção de funções ou cargos públicos, quando</p><p>vago, conforme o art. 84, VI, da Constituição.</p><p>E, há os:</p><p>→ Decretos Legislativos</p><p>Os Decretos Legislativos, conforme os arts. 49</p><p>e 62, § 3º, da Constituição Federal, têm como objeto</p><p>matérias apontadas como de competência exclusiva do</p><p>Congresso Nacional, por exemplo, as relações jurídicas</p><p>decorrentes de medida provisória não convertida em</p><p>lei; resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou</p><p>atos internacionais que acarretem encargos ou com-</p><p>promissos gravosos ao patrimônio nacional; autorizar</p><p>o Presidente da República a declarar guerra ou a cele-</p><p>brar a paz; ratificar atos internacionais, sustar atos nor-</p><p>mativos do presidente da República, julgar anualmente</p><p>as contas prestadas pelo chefe do governo, autorizar o</p><p>presidente da República e o vice-presidente a se ausen-</p><p>tarem do país por mais de 15 dias, apreciar a concessão</p><p>de emissoras de rádio e televisão, autorizar em terras</p><p>37</p><p>indígenas a exploração e o aproveitamento de recursos</p><p>hídricos e a pesquisa e lavra de recursos minerais.</p><p>E, por fim, os:</p><p>→ Decretos-Lei</p><p>Os Decretos-Lei têm força de lei e foram</p><p>expedidos por Presidentes da República em dois</p><p>períodos: de 1937 a 1946 e de 1965 a 1989. Nossa</p><p>atual Constituição não prevê essa possibilidade. Al-</p><p>guns Decretos-Lei ainda permanecem em vigor.1</p><p>Ademais, cabe ressaltar outro ato adminis-</p><p>trativo, que são as:</p><p>→ Portarias</p><p>→ Portarias Normativas</p><p>As Portarias são atos administrativos inter-</p><p>nos, expedidos pelos chefes de órgãos, ordenando a</p><p>seus subordinados providências para o bom funcio-</p><p>namento dos serviços públicos.</p><p>São interministeriais, quando expedidos por</p><p>vários ministérios.</p><p>Não têm força de lei sobre os não funcio-</p><p>nários, muito embora, em razão da burocracia, não</p><p>1 - CASA CIVIL DA PRESIDENCIA DA REPUBLICA. Sub-chefia</p><p>para assuntos jurídicos. http://www4.planalto.gov.br/legislacao/</p><p>legislacao-1/decretos-leis 04agosto de 2013 22h34</p><p>38</p><p>raro se valha desse expediente para impingir obriga-</p><p>ções, as quais só podem ser criadas por lei ou, com</p><p>as devidas restrições, por medida provisória.</p><p>As portarias invocam leis para se fundamen-</p><p>tarem porque a administração pública só pode fazer</p><p>o que a lei lhe permitir, ao contrário da atividade</p><p>privada, que pode fazer tudo o que a lei não proíbe.</p><p>As Portarias Normativas são portarias que esta-</p><p>belecem normas ou regras sobre procedimentos relacio-</p><p>nados às funções de regulação, avaliação ou supervisão.</p><p>E, ainda, dada a pertinência deste Livro, de-</p><p>vemos trazer as:</p><p>→ Normas Regulamentadoras</p><p>→ Instruções Normativas</p><p>→ Ordens de Serviço</p><p>→ Regulamentos Técnicos</p><p>As Normas Regulamentadoras (NR) são co-</p><p>mumente publicadas pelo Ministério do Trabalho</p><p>por meio da Portaria 3.214/79 para estabelecer os</p><p>requisitos técnicos e legais sobre os aspectos míni-</p><p>mos de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO).</p><p>Atualmente, existem 37 Normas</p><p>Regulamentadoras.</p><p>As NR são elaboradas e modificadas por</p><p>uma comissão tripartite composta por representan-</p><p>tes do governo, empregadores e empregados.</p><p>39</p><p>As NR são elaboradas e modificadas por meio</p><p>de Portarias expedidas pelo Ministério e é certo dizer</p><p>que nada nas NR “cai em desuso” sem que exista uma</p><p>Portaria identificando a modificação pretendida.</p><p>Importante considerar que as NR, relativas</p><p>à segurança e saúde ocupacional, são de observância</p><p>obrigatória para qualquer empresa ou instituição que</p><p>tem empregados regidos pela Consolidação das Leis</p><p>do Trabalho (CLT), incluindo empresas privadas e</p><p>públicas, órgãos públicos da administração direta e</p><p>indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legis-</p><p>lativo e Judiciário.</p><p>Ainda, os requisitos de Segurança e Saúde</p><p>Ocupacional (SSO) não estão somente presentes nas</p><p>NR. Há previsão necessária em: Leis, Decretos, De-</p><p>cretos-Lei, Medidas Provisórias, Portarias, Instru-</p><p>ções Normativas (Fundacentro), Resoluções (Cnen</p><p>e Agências do Governo), Ordens de Serviço (INSS),</p><p>Regulamentos Técnicos (Inmetro). A observância</p><p>das NR não desobriga as empresas do cumprimen-</p><p>to destas outras disposições contidas em códigos</p><p>de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou</p><p>municípios, e outras, oriundas de convenções e acor-</p><p>dos coletivos de trabalho.</p><p>A Secretaria de Segurança e Saúde no</p><p>Trabalho (SSST) é o órgão de âmbito nacional</p><p>competente em conduzir as atividades relacionadas</p><p>com segurança e saúde ocupacional. Essas atividades</p><p>40</p><p>incluem a Campanha Nacional de Prevenção de</p><p>Acidentes do Trabalho (CANPAT), o Programa de</p><p>Alimentação do Trabalhador (PAT) e ainda a fisca-</p><p>lização do cumprimento dos preceitos legais e regu-</p><p>lamentares sobre segurança e saúde ocupacional, em</p><p>todo o território nacional. Compete, ainda, à SSST</p><p>conhecer, em última instância, as decisões proferidas</p><p>pelos Delegados Regionais do Trabalho, em termos</p><p>de segurança e saúde ocupacional.</p><p>A competência das Delegacias Regionais do</p><p>Trabalho DRT, hoje substituídas pelas SRTE - Su-</p><p>perintendências Regionais do Trabalho e Emprego</p><p>nos limites de sua jurisdição, é executar as atividades</p><p>relacionadas com a segurança e saúde ocupacional.</p><p>Essas atividades incluem a Campanha Nacional de</p><p>Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o</p><p>Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e,</p><p>ainda, a fiscalização do cumprimento dos preceitos</p><p>legais e regulamentares sobre segurança e saúde ocu-</p><p>pacional. Compete, ainda, à SRTE, nos limites de</p><p>sua jurisdição: adotar medidas necessárias à fiel ob-</p><p>servância dos preceitos legais e regulamentares sobre</p><p>segurança e medicina do trabalho, inclusive orientar</p><p>os empregadores sobre a correta implementação das</p><p>NR; impor as penalidades cabíveis por descumpri-</p><p>mento dos preceitos legais e regulamentares sobre</p><p>segurança e saúde ocupacional; embargar obra, in-</p><p>terditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro</p><p>41</p><p>de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, má-</p><p>quinas e equipamentos; notificar as empresas, esti-</p><p>pulando prazos, para eliminação e/ou neutralização</p><p>de insalubridade; atender requisições judiciais para</p><p>realização de perícias sobre segurança e medicina</p><p>ocupacional nas localidades</p><p>onde não houver médi-</p><p>co do trabalho ou engenheiro de segurança do traba-</p><p>lho registrado no MTE.</p><p>As Instruções Normativas constituem atos</p><p>puramente administrativos. Podem ser consideradas</p><p>normas complementares administrativas, tão-somen-</p><p>te. Isto porque elas complementam o que está numa</p><p>Portaria de um superior hierárquico, num decreto pre-</p><p>sidencial, ou Portarias Interministeriais. Jamais uma</p><p>Instrução Normativa pode inovar um ordenamento</p><p>jurídico passando por cima do conteúdo de leis ou de-</p><p>creto, pois, na Constituição, somos obrigados a fazer</p><p>ou deixar de fazer algo em função da Lei.</p><p>Uma Instrução Normativa é expedida pelos</p><p>superiores dirigentes dos órgãos públicos, seja o re-</p><p>presentante maior do órgão, ou aquele que tem dele-</p><p>gação de poderes para emitir instruções normativas</p><p>sobre sua área. A Instrução Normativa (IN) diz o</p><p>que os agentes daquele órgão público devem seguir,</p><p>executar, fazer, etc.</p><p>A Instrução Normativa (IN) diz respeito às</p><p>atribuições que devem ser seguidas por aqueles parâ-</p><p>metros especificados naquele ato administrativo.</p><p>42</p><p>As Ordens de Serviços constituem-se num</p><p>documento para orientar e informar os trabalhado-</p><p>res da empresa, quais são os riscos que irá encontrar</p><p>no ambiente de trabalho e na execução de suas ativi-</p><p>dades, para que o mesmo possa ter alguns cuidados</p><p>e realizar procedimentos para sua proteção.</p><p>As Ordens de Serviços (OS) são elaboradas</p><p>com a finalidade de evitar qualquer cobrança relacio-</p><p>nada à Saúde e Segurança do Trabalho pelo trabalha-</p><p>dor, a fim de que este seja treinado e orientado dos</p><p>riscos, por meio da Ordem de Serviço.</p><p>A OS é um documento importantíssimo,</p><p>onde na hipótese de um acidente ou doença contraí-</p><p>da no trabalho, o trabalhador pode alegar que desco-</p><p>nhecia o risco, por falta de orientação.</p><p>Com a ordem de serviço emitida e protoco-</p><p>lada pelo trabalhador estará ele ciente dos riscos que</p><p>estará exposto, onde a empresa prova o cumprimen-</p><p>to desta obrigação legal prevista na CLT e na NR01,</p><p>de informar antecipadamente os riscos existentes</p><p>em suas instalações aos seus trabalhadores.</p><p>Conforme a NR01, o Ministério do Traba-</p><p>lho especificou alguns objetivos que devem conter</p><p>na Ordem de Serviço.</p><p>A Ordem de Serviço sobre Segurança do</p><p>Trabalho não deve se limitar à transcrição de textos</p><p>legais ou redações padrão, o ideal é que seja elabo-</p><p>rada conforme as instalações da empresa, arranjo</p><p>43</p><p>físico, máquinas, equipamentos, materiais e insumos</p><p>utilizados na produção.</p><p>A Ordem de Serviço sobre Segurança e</p><p>Medicina do Trabalho, emitida com base nos riscos</p><p>reais da empresa, é também um documento extre-</p><p>mamente útil na realização das integrações dos no-</p><p>vos colaboradores, podendo ser também utilizada</p><p>como material de apoio em treinamentos internos,</p><p>auditorias e fiscalização.</p><p>Os Regulamentos Técnicos constituem-se</p><p>em documento aprovado por órgãos governamentais</p><p>em que se estabelecem as características de um pro-</p><p>duto ou dos processos e métodos de produção com</p><p>eles relacionados, com inclusão das disposições admi-</p><p>nistrativas aplicáveis, cuja observância é obrigatória.</p><p>Também pode incluir prescrições em maté-</p><p>ria de terminologia, símbolos, embalagem, marcação</p><p>ou etiquetagem aplicável a um produto, processo ou</p><p>método de produção, ou tratar exclusivamente delas.</p><p>Os Regulamentos Técnicos2 não se</p><p>confundem com as Normas Técnicas, as quais se</p><p>constituem em documento aprovado por uma insti-</p><p>tuição reconhecida, que prevê, para um uso comum</p><p>e repetitivo, regras, diretrizes ou características para</p><p>os produtos ou processos e métodos de produção</p><p>3 - INMETRO. http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/definicoes.</p><p>asp 04agosto2013às23h10</p><p>44</p><p>conexos, cuja observância não é obrigatória.</p><p>Tanto normas quanto regulamentos técni-</p><p>cos referem-se às características dos produtos, tais</p><p>como: tamanho, forma, função, desempenho, eti-</p><p>quetagem e embalagem, ou seja, a grande diferença</p><p>entre eles reside na obrigatoriedade de sua aplicação.</p><p>As implicações no Comércio Internacio-</p><p>nal são diversas. Se um produto não cumpre as</p><p>especificações da regulamentação técnica perti-</p><p>nente, sua venda não será permitida, no entan-</p><p>to, o não cumprimento de uma norma, apesar</p><p>de não inviabilizar a venda, poderá diminuir sua</p><p>participação no mercado.</p><p>E, ainda, cabe ressaltar a definição de Ava-</p><p>liação da Conformidade que trata de todo procedi-</p><p>mento utilizado, direta ou indiretamente, para deter-</p><p>minar que se cumpram as prescrições pertinentes</p><p>dos regulamentos técnicos ou normas.</p><p>Os procedimentos para a avaliação da con-</p><p>formidade compreendem, entre outros, os de amos-</p><p>tragem, prova e inspeção; avaliação, verificação e ga-</p><p>rantia da conformidade; registro, acreditação e apro-</p><p>vação, separadamente ou em distintas combinações.</p><p>2 - AROUCK, Osmar. Normas brasileiras de documentação: uma</p><p>introdução. Belém: Ed. UFPA, 1995. 65p</p><p>45</p><p>1�3� Normatização</p><p>O conceito de normatização passa pela dis-</p><p>tinção entre Normalização e Normatização,</p><p>passando, então, ao conceito de Arouk3:</p><p>“normalizar é submeter algo a normas,</p><p>padronizar, enquanto normatizar é estabelecer</p><p>normas para alguma coisa, ação ou processo”.</p><p>1�3�1� Normalização</p><p>Tomando o conceito de normalizar, ou seja,</p><p>submeter algo a normas, padronizar, é importante</p><p>considerar que é indispensável o estabelecimento de</p><p>regras para garantir o padrão de qualidade não só</p><p>dos produtos, mas também dos processos, questão</p><p>essa de pouca importância no passado, sendo certo</p><p>que as pessoas passaram dificuldades por não terem</p><p>um padrão adequado ao que estavam consumindo</p><p>ou produzindo, fazendo com que, em razão do des-</p><p>perdício experimentado pelo produtor e pela inse-</p><p>gurança do consumidor, a normatização passe a ser</p><p>algo necessário.</p><p>Para a normalização, as palavras-chave são:</p><p>submeter à norma e padronizar.</p><p>A necessidade da normalização representada</p><p>46</p><p>como linguagem só teve a sua importância com o</p><p>início da produção e do consumo. Essa padroniza-</p><p>ção se representa, inicialmente, pela moeda, pelo</p><p>peso e medida.</p><p>Na medida em que fomos evoluindo, outros</p><p>padrões começaram a se fazer necessários.</p><p>Importante citar que a origem da normaliza-</p><p>ção vem desde remotas culturas e, neste sentido, vale</p><p>citar o artigo do Centro de Capacitação de Recursos</p><p>Humanos do Inmetro, vejamos:</p><p>Nos tempos antigos, a vida da comunidade era</p><p>governada pelos costumes e pelas regras comuns, adminis-</p><p>tradas por um chefe, o que fez surgir os primeiros padrões</p><p>de vida: costumes e regras comuns (família); linguagem</p><p>comum; escrita figurada; símbolos fonéticos; roupas e</p><p>abrigos; religião; divisão de tempo; forma e tamanho dos</p><p>artigos; dinheiro; pesos e medidas; leis; etc.4</p><p>As normas de medida estão entre as pri-</p><p>meiras a serem criadas, devendo seu início à épo-</p><p>ca em que o homem julgou necessário estimar</p><p>4 - CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DO</p><p>INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO</p><p>E QUALIDADE INDUSTRIAL. História da normalização. In:</p><p>Encontro Nacional de docentes sobre normas técnicas, 3, 1985, São</p><p>Leopoldo. Trabalhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985. p.1.</p><p>47</p><p>dimensões e distâncias.</p><p>Nesse momento, o homem começou a uti-</p><p>lizar-se de métodos um tanto quanto inadequados</p><p>para fazer as medições, tais como: utilizar os bra-</p><p>ços, dedos, pés, ou, quando tratavam de distâncias</p><p>maiores, era comum contarem os passos ou utilizar</p><p>a expressão “um dia de viagem”.</p><p>Esses tipos de medidas, mesmo sendo anti-</p><p>gos, ainda são utilizados em várias partes do mundo,</p><p>como na Índia, onde é comum usar o grão de cevada.</p><p>A mais antiga evidência de normalização da</p><p>antiguidade está nos vasos, adequadamente marca-</p><p>dos e certificados na Antiga Palestina.</p><p>Os padrões ou desenhos marcam e identificam</p><p>povos e culturas de diversas épocas. E essas caracterís-</p><p>ticas peculiares facilitam a identificação do momento e</p><p>das regras válidas para aquela época e cultura.</p><p>Gutenberg, no século XV, ao criar a Impren-</p><p>sa, não a fez de modo desordenado, como exemplo, os</p><p>móveis deveriam ser permutáveis entre si e</p><p>de mesma</p><p>altura para que se conseguisse imprimir algo, inclusi-</p><p>ve, as letras possuíam detalhes para que o tipógrafo</p><p>pudesse sentir ao toque que letra ela havia apertado.</p><p>No aspecto normalização são inúmeros os</p><p>exemplos, tais como: a arquitetura das pirâmides</p><p>egípcias; os mastros, as velas, os remos e os lemes</p><p>uniformizados dos venezianos no século XV; os</p><p>aquedutos do Imperador Nerva (100 a.C.), etc.</p><p>48</p><p>Em face da evolução se viu a necessidade</p><p>de independência entre as unidades de medida e de</p><p>grandezas, haja vista que ocorriam de forma compa-</p><p>rativa natural, ou seja, com base nos pés, mãos, dias</p><p>de viagem, etc.</p><p>Assim sendo, nascem novas regras de</p><p>padronização.</p><p>Para determinar essas novas regras, começa-</p><p>ram a fabricar bastões de medida normalizada, com</p><p>materiais duráveis, tais como: madeira, chumbo, cor-</p><p>das com nós no Egito, etc., os quais ficam deposita-</p><p>dos nos palácios e nas igrejas.</p><p>Com o advento da máquina a vapor e por</p><p>consequência o desenvolvimento da indústria mo-</p><p>derna é que se adotou o nosso atual sistema métrico.</p><p>Contudo, somente com a Segunda Guerra</p><p>Mundial que se tornou “mais evidente a importância de</p><p>uma normalização nacional e internacional, devido à di-</p><p>ficuldade de fornecimento de peças e sobressalentes e a</p><p>existência de diferentes normas nos diferentes países.” 5</p><p>Dessa forma, pode-se dizer que a normaliza-</p><p>ção, que teve seu início como um mero processo me-</p><p>cânico, evoluiu e tornou-se um meio para assegurar</p><p>5 - CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DO</p><p>INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO</p><p>E QUALIDADE INDUSTRIAL. História da normalização. In:</p><p>Encontro Nacional de docentes sobre normas técnicas, 3, 1985, São</p><p>Leopoldo. Trabalhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985. p.10</p><p>49</p><p>a intercambialidade de forma precisa e qualificável,</p><p>sendo uma técnica de simplificação e conservação de</p><p>recursos e capacidade produtiva.</p><p>É importante considerar que as normas</p><p>aumentam e mudam conforme necessidade e progresso.</p><p>Do exposto, temos que:</p><p>A normalização é baseada nos resultados</p><p>já consolidados da ciência, técnica e da experiên-</p><p>cia. Ela determina não só as bases para o presen-</p><p>te, mas também para o futuro, e deve acompa-</p><p>nhar o progresso da tecnologia e as mudanças de</p><p>padrões e as mudanças de consumidores.6</p><p>Não se pode negar que nossas vidas são</p><p>pautadas por normas, e claro, dizer que a normali-</p><p>zação é muito importante nas atividades industrial e</p><p>científica não é novidade.</p><p>As atividades nos dias atuais dependem dire-</p><p>tamente de normas precisas e de aplicabilidade.</p><p>Há vantagens consideráveis na normalização,</p><p>tanto para quem produz quanto para quem consome.</p><p>Do mesmo modo, sabemos que a necessidade</p><p>6 - SILVA, Paulo Afonso Lopes da. Conceitos básicos de normalização.</p><p>In: Encontro Nacional de docentes sobre normas técnicas, 3, 1985, São</p><p>Leopoldo. Trabalhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985. p.19.</p><p>50</p><p>de normas nas mais diversas situações (negociações</p><p>comerciais, indústria, intercâmbio entre informa-</p><p>ções, preservação do meio ambiente, etc.) é fator</p><p>determinante para a qualidade.</p><p>As normas brasileiras são resultantes de um</p><p>processo de consenso nos diferentes fóruns do Siste-</p><p>ma Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade</p><p>Industrial (Sinmetro), cujo universo abrange o governo,</p><p>o setor produtivo, o comércio e os consumidores.</p><p>Essas normas visam obter, segundo Silva7:</p><p>a) defesa dos interesses nacionais; b) racio-</p><p>nalização na fabricação ou produção e na troca de</p><p>bens ou serviços, por meio de operações sistemáti-</p><p>cas e repetitivas; c) proteção dos interesses do con-</p><p>sumidor; d) segurança de pessoas e bens; e) uni-</p><p>formidade dos meios de expressão e comunicação.</p><p>Os grandes objetivos das normas técnicas são:</p><p>→ a simplificação;</p><p>→ a intercambialidade;</p><p>→ a comunicação;</p><p>→ a adoção racional de símbolos e códigos;</p><p>→ a economia;</p><p>7 - SILVA, Paulo Afonso Lopes da. Conceitos básicos de normalização.</p><p>In: Encontro Nacional de docentes sobre normas técnicas, 3, 1985, São</p><p>Leopoldo. Trabalhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985. p.19.</p><p>51</p><p>→ a segurança;</p><p>→ saúde e proteção da vida;</p><p>→ o impedimento de barreira no comércio;</p><p>→ proteção do interesse do consumidor;</p><p>→ interesse da comunidade.</p><p>Ainda, para a normalização, é importante</p><p>considerar o que se chama de espaço da norma-</p><p>lização, que se divide em: a) Assuntos e Domínios:</p><p>toda norma aborda um assunto e como os assuntos</p><p>se encontram em número elevado agrupam-se eles</p><p>em domínios; b) Aspectos ou Tipos: requisitos e</p><p>condições que devem ser seguidos na elaboração da</p><p>norma; c) Níveis: entidades produtoras de normas.8</p><p>Os quais podem ser internacionais, regio-</p><p>nais, nacionais, associações, empresas ou empresa</p><p>individual. Porém, para a Associação Brasileira de</p><p>Normas Técnicas (ABNT) são apenas quatro níveis:</p><p>Internacional, Regional, Nacional e Empresarial.</p><p>A normalização nasceu da necessidade de a</p><p>população ter padrões que estabelecessem critérios</p><p>em aspectos da economia, da segurança ao consu-</p><p>midor, da melhoria na comunicação, da intercambia-</p><p>lidade, etc., evitando “a existência de regulamentos</p><p>8 - SILVA, Paulo Afonso Lopes da. Conceitos básicos de normalização.</p><p>In: Encontro Nacional de docentes sobre normas técnicas, 3, 1985, São</p><p>Leopoldo. Trabalhos apresentados. São Leopoldo: Inmetro, 1985. p.19</p><p>52</p><p>conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes</p><p>países, facilitando, assim, o intercâmbio comercial” 9</p><p>Assim sendo, faz-se necessária a presença</p><p>dos organismos responsáveis, tais como: a ISO,</p><p>IEC, ABNT, etc., continuamente criando, modi-</p><p>ficando e incentivando o uso de normas técnicas</p><p>nas mais diversas áreas de atuação, em nível na-</p><p>cional, regional e internacional.</p><p>1�3�2� Normatização</p><p>Tendo em vista o conceito de normatizar,</p><p>que é estabelecer normas, ação ou processo, temos</p><p>que considerar o conceito do SINAFER (Sindica-</p><p>to da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Fer-</p><p>ramentas em Geral no Estado de São Paulo), que</p><p>dá uma definição interessante sobre o que é</p><p>normatização, definindo-a da seguinte forma:</p><p>Atividade que estabelece, em relação a</p><p>problemas existentes ou potenciais, prescrições</p><p>destinadas à utilização comum e repetitiva com</p><p>vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em</p><p>um dado contexto.10</p><p>9 - ABNT, 2006, on-line.</p><p>10 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor</p><p>malizacao04deagostode2013 16h22</p><p>53</p><p>Para normatização, as palavras-chave são:</p><p>procedimento, processo, prescrição destinada à</p><p>utilização comum.</p><p>Para um melhor entendimento desse concei-</p><p>to é importante ter em mente que a normatização</p><p>nada mais é do que um conjunto de regras próprias a</p><p>respeito de um mesmo objeto, na definição, o objeto</p><p>para a regra única se daria a partir da identificação</p><p>dos problemas existentes e pontuais.</p><p>A prescrição, também apontada no con-</p><p>ceito, refere-se a uma regra única a fim de que</p><p>seja utilizada por todos (por isso comum e repe-</p><p>titiva) cuja finalidade seria a ordem para prevenir</p><p>os conflitos (por isso obtenção do grau ótimo de</p><p>ordem em um dado contexto).</p><p>A normatização refere-se às normas técnicas</p><p>que existem para estabelecer requisitos técnicos a se-</p><p>rem atendidos por um produto, processo ou serviço.</p><p>São estabelecidas por consenso e aprovadas por um</p><p>organismo reconhecido que visa à otimização de be-</p><p>nefícios para as empresas e para a comunidade.11</p><p>A forma de atuação da normatização se</p><p>dá pelo estabelecimento de requisitos de qualidade,</p><p>desempenho, segurança.</p><p>A normatização, no que se refere à segurança,</p><p>11- SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/</p><p>acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-</p><p>normalizacao/BIA_1370404deagostode2013 16h22</p><p>54</p><p>visa ao fornecimento; ao serviço ou uso/destinação</p><p>final do produto.</p><p>Também atua a normatização no esta-</p><p>belecimento de procedimentos, padronização</p><p>de formas, dimensões, tipos, usos; na fixação e</p><p>classificação fixar classificações, bem como, nas</p><p>terminologias e glossários. E, ainda, para definir</p><p>a maneira</p><p>de medir ou determinar as característi-</p><p>cas, como os métodos de ensaio.</p><p>As referidas normas técnicas, objeto da nor-</p><p>matização, possuem níveis, quais sejam:</p><p>→ Internacional (ISO, IEC);</p><p>→ Regional (Copant, MERCOSUL, etc.);</p><p>→ Nacional (ABNT, IRAN, BSI, AFNOR etc.)</p><p>→ Empresarial (de uso pela empresa)</p><p>A Normalização tem seus objetivos,</p><p>quais sejam:</p><p>→ Economia</p><p>→ Comunicação</p><p>→ Segurança</p><p>→ Proteção do Consumidor</p><p>→ Eliminação de Barreiras Técnicas e</p><p>Comerciais</p><p>→ E, incluímos a estes objetivos:</p><p>55</p><p>Promoção dos Negócios Internacionais</p><p>O SEBRAE/SC12 inclui a:</p><p>Simplificação</p><p>Esses objetivos se justificam, tendo em vista</p><p>que apontar como item a Economia significa dizer</p><p>que proporcionará a redução da crescente varieda-</p><p>de de produtos e procedimentos; a Comunicação,</p><p>porque proporciona meios mais eficientes na troca</p><p>de informação entre o fabricante e o cliente, melho-</p><p>rando a confiabilidade das relações comerciais e de</p><p>serviços; a Segurança, porque protege a vida huma-</p><p>na e a saúde; a Proteção do Consumidor, porque</p><p>promove a sociedade de meios eficazes para aferir</p><p>a qualidade dos produtos e serviços; a Eliminação</p><p>de Barreiras Técnicas e Comerciais, porque evi-</p><p>ta a existência de regulamentos conflitantes sobre</p><p>produtos e serviços em diferentes países, facilitando,</p><p>assim, o intercâmbio comercial13. Apontamos como</p><p>objetivo também a Promoção dos Negócios In-</p><p>ternacionais, exatamente porque com a eliminação</p><p>de regulamentos conflitantes os negócios internacio-</p><p>nais serão cada vez mais viáveis. E, a Simplificação,</p><p>12 - SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/</p><p>acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-</p><p>normalizacao/BIA_1370404deagostode2013 16h22</p><p>13 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor</p><p>malizacao04deagostode2013 16h22</p><p>56</p><p>porque reduz a crescente variedade de procedimen-</p><p>tos e tipos de produtos.</p><p>É importante considerar que, na prática, a</p><p>Normalização, conforme citado pelo referido Sindi-</p><p>cato, com o qual concordamos, está presente:</p><p>→ na fabricação dos produtos;</p><p>→ na transferência de tecnologia;</p><p>→ na melhoria da qualidade de vida por</p><p>meio de normas relativas à saúde; à seguran-</p><p>ça e à preservação do meio ambiente.</p><p>Neste diapasão, os benefícios apontados são</p><p>aqueles em que numa economia competitiva e acir-</p><p>rada, cujas exigências são crescentes e as empresas</p><p>dependem de sua capacidade de incorporação de</p><p>novas tecnologias de produtos, processos e serviços,</p><p>haja vista que a competição internacional entre as</p><p>empresas eliminou as tradicionais vantagens basea-</p><p>das no uso de fatores de abundância e custo baixo.</p><p>Assim sendo, a normalização é utilizado</p><p>cada vez mais como um meio para se alcançar a re-</p><p>dução de custo da produção e do produto final, sem</p><p>prejuízo da qualidade.</p><p>Os objetivos narrados constituem benefí-</p><p>cios e esses benefícios da Normatização, podem ser</p><p>escalonados em Qualitativos e Quantitativos.</p><p>57</p><p>Os Qualitativos14 permitem:</p><p>→ A utilização adequada dos recursos, tais</p><p>como: equipamentos, materiais e mão de obra;</p><p>→ A uniformização da produção;</p><p>→ A facilitação do treinamento da mão de</p><p>obra, melhorando seu nível técnico;</p><p>→ A possibilidade de registro do conheci-</p><p>mento tecnológico; e</p><p>→ Promover a melhora no processo de con-</p><p>tratação e venda de tecnologia.</p><p>Os Quantitativos15 permitem:</p><p>→ A redução do consumo de materiais e do</p><p>desperdício;</p><p>→ A padronização de equipamentos e</p><p>componentes;</p><p>→ A redução da variedade de produtos,</p><p>com a sua melhoria;</p><p>→ O fornecimento de procedimentos para</p><p>cálculos e projetos;</p><p>→ O aumento de produtividade;</p><p>→ A melhoria da qualidade; e,</p><p>14 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor</p><p>malizacao04deagostode2013 16h22</p><p>15 - SINAFER http://www.sinafer.org.br/site/index.php?page=nor</p><p>malizacao04deagostode2013 16h22</p><p>58</p><p>→ O controle de processos.</p><p>O processo de normalização visa, portan-</p><p>to, à consecução de normas com claras, objetivos</p><p>que assegurem o cumprimento dos requisitos e</p><p>padrões estabelecidos.</p><p>Esse processo contribui para que a tarefa</p><p>de pessoas e máquinas envolvidas na produção seja</p><p>simplificada e facilitada, resultando produtos com-</p><p>petitivos e de qualidade garantida. Tudo isso com o</p><p>propósito de satisfazer as expectativas de demanda</p><p>do mercado consumidor e as demandas ambientais</p><p>impostas pela sociedade.16</p><p>16 - SEBRAE/SC http://www.sebrae.com.br/customizado/inovacao/</p><p>acoes-sebrae/consultoria/normalizacao/137-04-saiba-mais-sobre-</p><p>normalizacao/BIA_13704 04deagostode2013 16h22</p><p>59</p><p>1� Introdução</p><p>Neste capítulo, ênfase se dada às Normas</p><p>Nacionais e Estrangeiras, a Legislação aplicada e</p><p>a Consolidação das Leis do Trabalho com vistas</p><p>à Segurança do Trabalho para prevenção e con-</p><p>trole de risco, cujos temas são: liberdade sindical</p><p>e direito à negociação coletiva; liberdade sindical</p><p>e direito à negociação coletiva sob o ponto de</p><p>vista internacional; liberdade sindical e direito à</p><p>negociação coletiva sob o ponto de vista nacio-</p><p>nal; erradicação do trabalho infantil; eliminação</p><p>do trabalho forçado; e a não discriminação no</p><p>emprego ou ocupação.</p><p>Destacam-se, também neste capítulo, as</p><p>Convenções da OIT Ratificadas no Brasil.</p><p>O estudo da hierarquia e as normas aplicadas</p><p>à Segurança do Trabalho para prevenção e controle</p><p>de risco é tema de estudo, também neste capítulo.</p><p>Capítulo 2 – Normas Nacionais e Estrangeiras, Legislação e a</p><p>Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)</p><p>60</p><p>2�2� Normas Nacionais e</p><p>Estrangeiras</p><p>Para podermos falar em Normas Nacionais</p><p>e Estrangeiras, devemos chamar a atenção para uma</p><p>das funções mais importantes da Organização Inter-</p><p>nacional do Trabalho (OIT), o qual estabelece e ado-</p><p>ta normas internacionais de trabalho sob a forma de:</p><p>→ Convenções</p><p>ou</p><p>→ Recomendações</p><p>Estes instrumentos são adotados pela Con-</p><p>ferência Internacional do Trabalho com a participa-</p><p>ção de representantes dos trabalhadores, emprega-</p><p>dores e dos governos.</p><p>As Convenções da OIT são consideradas:</p><p>→ Tratados Internacionais</p><p>Esses Tratados Internacionais, uma vez rati-</p><p>ficados pelos Estados Membros, passam a integrar a</p><p>legislação nacional.</p><p>A aplicação das normas pelos países é</p><p>examinada por uma Comissão de Peritos na Aplicação</p><p>de Convenções e Recomendações da OIT, que recebe e</p><p>61</p><p>avalia queixas, dando-lhes seguimento e produzindo rela-</p><p>tórios de memórias para discussão, publicação e difusão.</p><p>Em 1998, foi adotada a Declaração da OIT</p><p>sobre os Princípios e Direitos Fundamentais no Tra-</p><p>balho e seu Seguimento, que é uma reafirmação uni-</p><p>versal do compromisso dos Estados Membros e da</p><p>comunidade internacional em geral de respeitar, pro-</p><p>mover e aplicar um patamar mínimo de princípios e</p><p>direitos no trabalho, que são reconhecidamente fun-</p><p>damentais para os trabalhadores.</p><p>Esses princípios e direitos fundamentais</p><p>estão recolhidos em oito Convenções que cobrem</p><p>quatro áreas básicas:</p><p>→ Liberdade sindical e direito à negociação</p><p>coletiva</p><p>→ Erradicação do trabalho infantil,</p><p>→ Eliminação do trabalho forçado e</p><p>→ A não discriminação no emprego ou</p><p>ocupação.</p><p>62</p><p>2�2�1� Liberdade Sindical e Direito à</p><p>Negociação Coletiva</p><p>2�2�1�1� A Liberdade Sindical e Direito à</p><p>Negociação Coletiva Sob o Ponto de</p><p>Vista Internacional</p><p>A Organização Internacional do Traba-</p><p>lho (OIT) defende com unhas e dentes a liberda-</p><p>de sindical e negociação coletiva como direitos</p><p>humanos, conforme a fonte DIAP, publicado em</p><p>26/06/2008.17</p><p>Em 26 de junho de 2008, a Organização Inter-</p><p>nacional do Trabalho (OIT) divulgou o Relatório Global:</p><p>“A liberdade de associação e a liberdade sin-</p><p>dical na prática: lições aprendidas”.</p><p>Esse documento, no entendimento da pró-</p><p>pria OIT, proporciona uma visão panorâmica da</p><p>aplicação e do cumprimento efetivo dos princípios</p><p>e direitos universais relativos:</p><p>→ à liberdade de associação,</p><p>→ à liberdade sindical e</p><p>→ à negociação coletiva.</p><p>17 - http://www.oitbrasil.org.br/convention</p><p>63</p><p>A ratificação das convenções internacionais do</p><p>trabalho de número 87 e 98, relativas à liberdade sindi-</p><p>cal e à negociação coletiva, expressa</p><p>o compromisso de</p><p>implementar os princípios e direitos nelas plasmados.</p><p>O Relatório Global registra avanços na am-</p><p>pliação da ratificação dessas convenções pelos Esta-</p><p>dos-Membros da OIT, e indicam também que ainda</p><p>é necessário um maior esforço para atingir a ratifica-</p><p>ção universal de ambas as convenções, compromis-</p><p>so assumido pelos constituintes tripartites da OIT</p><p>há mais de dez anos, ao aprovar a Declaração sobre</p><p>os Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho.</p><p>Importante considerar que até 2007, de um</p><p>total de 182 Estados-Membros, 148 haviam ratifica-</p><p>do a Convenção n.º 87 e 158 ratificado a Convenção</p><p>n.º 98. O Relatório aponta que é preocupante o</p><p>fato de a Convenção n.º 87 ter se tornado a menos</p><p>ratificada das oito Convenções fundamentais.</p><p>2�2�1�2� A Liberdade Sindical e Direito à</p><p>Negociação Coletiva Sob o Ponto de</p><p>Vista Nacional�</p><p>O Brasil ratificou a Convenção n.º 98 em</p><p>novembro de 1952. Porém, o mesmo não aconteceu</p><p>até hoje com a Convenção n.º 87, sobre liberdade</p><p>sindical e direito de sindicalização, considerada um</p><p>dos mais importantes tratados multilaterais da OIT.</p><p>64</p><p>Todos os trabalhadores e empregadores têm</p><p>o direito de constituir as organizações que julgarem</p><p>convenientes e de afiliarem-se a elas, com o objetivo</p><p>de promover e defender seus respectivos interesses e</p><p>de celebrar negociações coletivas com a outra parte,</p><p>livremente e sem ingerência de umas sobre as outras,</p><p>nem intromissão do Estado.</p><p>Os direitos de sindicalização e de negocia-</p><p>ção coletiva permitem promover a democracia, uma</p><p>boa governança do mercado de trabalho e condições</p><p>de trabalho decentes.</p><p>O presente Relatório parte, como os outros</p><p>dois Relatórios Globais que foram publicados sobre</p><p>este tema em 2000 e 2004, respectivamente, da pre-</p><p>missa que para se conseguir o objetivo da OIT, um</p><p>trabalho decente para todas as mulheres e homens</p><p>deve abranger:</p><p>→ liberdade,</p><p>→ igualdade,</p><p>→ segurança</p><p>→ dignidade humana</p><p>E, que tenham a oportunidade de expressar-</p><p>-se sobre o que estes conceitos significam.</p><p>A liberdade sindical e de associação, o di-</p><p>reito de sindicalização e de negociação coletiva são</p><p>direitos humanos fundamentais, cujo exercício tem</p><p>65</p><p>grande transcendência nas condições de trabalho e</p><p>de vida, assim como o desenvolvimento e o progres-</p><p>so dos sistemas econômicos e sociais.</p><p>2�2�2� Erradicação do Trabalho Infantil</p><p>2�2�2�1� A Erradicação do Trabalho Infantil</p><p>Sob o Ponto de Vista Internacional</p><p>A Conferência Geral da Organização Inter-</p><p>nacional do Trabalho (OIT), convocada em Genebra</p><p>pelo Conselho de Administração da Secretaria Inter-</p><p>nacional do Trabalho e reunida em 1ª de junho de</p><p>1999, em sua 87ª Reunião, trata da Convenção sobre</p><p>proibição das piores formas de trabalho infantil e ação</p><p>imediata para eliminação, aprovada em 17/06/1999,</p><p>em versões inglês e francês, igualmente oficiais, foi</p><p>publicado em 19 de novembro a Convenção n.º 182</p><p>da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no</p><p>Brasil pelo Decreto 3597 de 12/09/2000.</p><p>As motivações se verificam nas suas consi-</p><p>derações preliminares que justificam a necessidade</p><p>precípua de efetividade para a proibição das piores</p><p>formas de trabalho infantil, senão vejamos:</p><p>Tendo em vista a necessidade de adotar no-</p><p>vos instrumentos para proibição e eliminação das</p><p>66</p><p>piores formas de trabalho infantil, como a prin-</p><p>cipal prioridade de ação nacional e internacional,</p><p>que inclui cooperação e assistência internacionais,</p><p>para complementar a Convenção e a Recomen-</p><p>dação sobre Idade Mínima para Admissão a Em-</p><p>prego, 1973, que continuam sendo instrumentos</p><p>fundamentais sobre trabalho infantil.</p><p>Considerando que a efetiva eliminação das</p><p>piores formas de trabalho infantil requer ação ime-</p><p>diata e global, que leve em conta a importância da</p><p>educação fundamental e gratuita e a necessidade de</p><p>retirar a criança de todos esses trabalhos, promo-</p><p>ver sua reabilitação e integração social e, ao mesmo</p><p>tempo, atender as necessidades de suas famílias;</p><p>Tendo em vista a resolução sobre a eli-</p><p>minação do trabalho infantil adotada pela Con-</p><p>ferência Internacional do Trabalho, em sua 83a</p><p>Reunião, em 1996.</p><p>Reconhecendo que o trabalho infantil é de-</p><p>vido, em grande parte, à pobreza e que a solução</p><p>a longo prazo reside no crescimento econômico</p><p>sustentado, que conduz ao progresso social, sobre-</p><p>tudo ao alívio da pobreza e à educação universal;</p><p>Tendo em vista a Convenção sobre os Di-</p><p>reitos da Criança, adotada pela Assembléia das</p><p>Nações Unidas, em 20 de novembro de 1989.</p><p>Tendo em vista a Declaração da OIT sobre</p><p>Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho e</p><p>67</p><p>seu Seguimento, adotada pela Conferência Interna-</p><p>cional do Trabalho em sua 86 a Reunião, em 1998;</p><p>Tendo em vista que algumas das piores for-</p><p>mas de trabalho infantil são objeto de outros instru-</p><p>mentos internacionais, particularmente a Conven-</p><p>ção sobre Trabalho Forçado, 1930, e a Convenção</p><p>Suplementar das Nações Unidas sobre Abolição da</p><p>Escravidão, do Tráfico de Escravos e de Instituições</p><p>e Práticas Similares à Escravidão, 1956;</p><p>Tendo-se decidido pela adoção de diver-</p><p>sas proposições relativas a trabalho infantil, ma-</p><p>téria que constitui a quarta questão da ordem do</p><p>dia da Reunião, e após determinar que essas pro-</p><p>posições se revestissem da forma de convenção</p><p>internacional, adota, neste décimo sétimo dia</p><p>de junho do ano de mil novecentos e noventa e</p><p>nove, a seguinte Convenção que poderá ser cita-</p><p>da como Convenção sobre as Piores Formas de</p><p>Trabalho Infantil, 1999.</p><p>Dos artigos da Convenção, destaque deve</p><p>ser dado ao seguinte:</p><p>Artigo 3º:</p><p>Para os fins desta Convenção, as piores for-</p><p>mas de trabalho infantil compreendem:</p><p>(a) todas as formas de escravidão ou práticas</p><p>68</p><p>análogas à escravidão, como venda e tráfico de crian-</p><p>ças, sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado</p><p>ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou</p><p>compulsório de crianças para serem utilizadas em</p><p>conflitos armados;</p><p>(b) utilização, demanda e oferta de criança</p><p>para fins de prostituição, produção de material por-</p><p>nográfico ou espetáculos pornográficos;</p><p>(c) utilização, demanda e oferta de criança</p><p>para atividades ilícitas, particularmente para a produ-</p><p>ção e tráfico de drogas conforme definidos nos trata-</p><p>dos internacionais pertinentes;</p><p>(d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas cir-</p><p>cunstâncias em que são executados, são susceptíveis de</p><p>prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.18</p><p>2�2�2�2� A Erradicação do Trabalho Infantil</p><p>Sob o Ponto de Vista Nacional</p><p>É importante ressaltar que diversos fatores</p><p>contribuíram para que o Brasil experimentasse a</p><p>violação da criança e do adolescente, explorando o</p><p>trabalho infantil. Dentre eles, temos os fatores his-</p><p>tóricos, políticos e sociais, independentemente de</p><p>18 - http://canalconselhotutelar.wordpress.com/category/artigos-e-ponto-</p><p>de-vista/trabalho-infantil-artigos-e-ponto-de-vista/07/082013às00h13</p><p>69</p><p>recursos naturais escassos, permitindo que alguns</p><p>segmentos aceitassem com naturalidade. A elite po-</p><p>lítica e econômica, composta de empresários sem</p><p>compromisso social e políticos ultraconservadores,</p><p>acabaram fomentando as injustiças sociais na maio-</p><p>ria do povo brasileiro, inclusive no tocante à criança</p><p>e ao adolescente.</p><p>Contudo, o Brasil tem sido apontado como</p><p>um dos países que mais avançou no combate ao</p><p>trabalho infantil, pelo seu conjunto que vem desde</p><p>1891, com a criação do Decreto 1.313, que definia</p><p>a jornada de trabalho mínima para os menores do</p><p>sexo masculino e feminino, passando pela Conso-</p><p>lidação das Leis Trabalhistas (CLT) respaldado pela</p><p>atual Constituição Federal e finalmente disciplinado</p><p>pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),</p><p>Lei 8.069/90, que traz inovações fundamentais.</p><p>Entre as mais diversas ações criadas pelo</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) está a</p><p>criação dos Conselhos Municipais, Estaduais e Fede-</p><p>rais, que fazem a defesa dos direitos da Criança e do</p><p>Adolescente, determinando que:</p><p>ECA-Art. 86: a política de atendimento dos</p><p>direitos da criança e</p>