E-book de Mentoria de Resolução de Questões

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<p>1</p><p>2</p><p>Olá, pessoal!</p><p>Me chamo Luiz Henrique Dutra e sou professor Ceisc na</p><p>disciplina de Direito Material do Trabalho e resolução de</p><p>questões, compondo o time com a Professora Cleize Kohls,</p><p>que ministra as aulas de Direito Processual do Trabalho e</p><p>resolução de peças.</p><p>Na aula de hoje resolveremos 4 questões autorais, padrão</p><p>FGV. Analisaremos ponto a ponto e discutiremos sobre a</p><p>matéria constante em cada uma delas.</p><p>Mas antes disso veremos um passo a passo de como</p><p>identificar as respostas nas questões discursivas.</p><p>Vem comigo!</p><p>Prof. Me. Luiz Henrique Dutra</p><p>@prof.luiz.henrique</p><p>3</p><p>2ª FASE OAB | TRABALHO | 38º EXAME</p><p>Como resolver questões discursivas</p><p>Prof. Me. Luiz Henrique Dutra</p><p>SUMÁRIO</p><p>Como resolver questões discursivas......................................................................... 4</p><p>QUESTÃO 01............................................................................................................. 11</p><p>QUESTÃO 02............................................................................................................. 13</p><p>QUESTÃO 03............................................................................................................ 15</p><p>QUESTÃO 04............................................................................................................ 17</p><p>Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para</p><p>a 2ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso,</p><p>recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.</p><p>Bons estudos, Equipe Ceisc.</p><p>Atualizado em maio de 2023.</p><p>4</p><p>Como resolver questões discursivas</p><p>Prof. Me. Luiz Henrique Dutra</p><p>@prof.luiz.henrique</p><p>PASSO A PASSO PARA IDENTIFICAR A RESPOSTA</p><p>DAS QUESTÕES DISCURSIVAS:</p><p> PASSO 01: Leitura e identificação das matérias de conteúdo;</p><p> PASSO 02: Identificar as partes; se você já o representa (se há alguma ação judicializada)</p><p>ou irá representá-lo (ação a ser judicializada) ou se é apenas uma ‘consulta jurídica’, onde</p><p>você apenas passará a informação;</p><p> PASSO 03: Identificar as palavras-chave da questão;</p><p> PASSO 04: Identificar, no índice remissivo da sua CLT Organizada, as palavras-chave a</p><p>fim de encontrar o fundamento legal da sua resposta</p><p> PASSO 05: Responder à questão, dividindo sua resposta em 3 partes:</p><p>a) responda o questionamento feito ao final da questão e/ou dê o valor afirmativo (sim) ou</p><p>o negativo (não);</p><p>b) justifique de forma precisa o valor que você deu, contendo a palavra-chave identificada</p><p>no enunciado – evitando a transcrição do artigo e;</p><p>c) indique o fundamento legal.</p><p>Questão Modelo | Questão 01 do XXVII Exame de Ordem</p><p>Vitor e Vitória trabalham como vigilantes na mesma agência do Banco Cifrão S.A. Ele é vigilante</p><p>terceirizado e ela é vigilante contratada diretamente pelo banco. Ambos trabalham em escala de</p><p>12 x 36 horas, conforme acertado na convenção coletiva da categoria. De acordo com a situação</p><p>apresentada e com os termos da CLT, responda aos itens a seguir.</p><p>a) Os empregados citados integram a categoria dos bancários? Justifique.</p><p>b) Em eventual reclamação trabalhista, com pedido de adicional de periculosidade não pago a</p><p>ambos os empregados durante o contrato, deveria ser realizada prova pericial? Justifique.</p><p>5</p><p>Passo 01: Leitura e identificação das matérias do conteúdo</p><p>Enunciado</p><p>Vitor e Vitória trabalham como vigilantes na mesma agência do Banco Cifrão S.A. Ele é vigilante</p><p>terceirizado e ela é vigilante contratada diretamente pelo banco. Ambos trabalham em escala de</p><p>12 x 36 horas, conforme acertado na convenção coletiva da categoria. De acordo com a situação</p><p>apresentada e com os termos da CLT, responda aos itens a seguir.</p><p>a) Os empregados citados integram a categoria dos bancários? Justifique.</p><p>b) Em eventual reclamação trabalhista, com pedido de adicional de periculosidade não pago a</p><p>ambos os empregados durante o contrato, deveria ser realizada prova pericial? Justifique.</p><p>Analisando, vemos que se trata de Direito Coletivo do Trabalho, ou seja, há regras e</p><p>princípios para regulamentar as atividades representativas de empregadores e empregados,</p><p>visto que a questão deixa claro que há uma ‘convenção coletiva da categoria’.</p><p>Também consta a informação que ambos trabalhavam em uma escala 12x36, ou seja,</p><p>trata-se de matéria de Jornada de Trabalho.</p><p>Ademais, tem-se a informação sobre adicional de periculosidade, que está contido no</p><p>conteúdo de Adicionais.</p><p>Por fim, vemos o conteúdo de Provas, quando a questão menciona “prova pericial”.</p><p>Passo 02: Identificar as partes; se você já o representa (se há alguma</p><p>ação judicializada) ou irá representá-lo (ação a ser judicializada) ou se é</p><p>apenas uma ‘consulta jurídica’, onde você apenas passará a informação</p><p>Enunciado</p><p>Vitor e Vitória trabalham como vigilantes na mesma agência do Banco Cifrão S.A. Ele é vigilante</p><p>terceirizado e ela é vigilante contratada diretamente pelo banco. Ambos trabalham em escala de</p><p>12 x 36 horas, conforme acertado na convenção coletiva da categoria. De acordo com a situação</p><p>apresentada e com os termos da CLT, responda aos itens a seguir.</p><p>a) Os empregados citados integram a categoria dos bancários? Justifique.</p><p>6</p><p>b) Em eventual reclamação trabalhista, com pedido de adicional de periculosidade não pago a</p><p>ambos os empregados durante o contrato, deveria ser realizada prova pericial? Justifique. (Valor:</p><p>0,60)</p><p>Partes: Vitor, Vitória e Banco Cifrão S.A.</p><p>A questão deixa claro que não há reclamação trabalhista ajuizada ainda, portanto</p><p>devemos considerar como uma ‘consulta jurídica’.</p><p>Passo 03: Identificar as palavras-chave da questão</p><p>Enunciado</p><p>Vitor e Vitória trabalham como vigilantes na mesma agência do Banco Cifrão S.A. Ele é vigilante</p><p>terceirizado e ela é vigilante contratada diretamente pelo banco. Ambos trabalham em escala de</p><p>12 x 36 horas, conforme acertado na convenção coletiva da categoria. De acordo com a situação</p><p>apresentada e com os termos da CLT, responda aos itens a seguir.</p><p>a) Os empregados citados integram a categoria dos bancários? Justifique.</p><p>b) Em eventual reclamação trabalhista, com pedido de adicional de periculosidade não pago a</p><p>ambos os empregados durante o contrato, deveria ser realizada prova pericial? Justifique. (Valor:</p><p>0,60)</p><p>Procure por palavras que descrevem a matéria trazida na questão.</p><p>Passo 04: Identificar, no índice remissivo da sua CLT Organizada, as</p><p>palavras-chave a fim de encontrar o fundamento legal da sua resposta</p><p>Palavras-chave que temos: vigilantes, bancários, escala de 12x36, adicional de</p><p>periculosidade e prova pericial.</p><p>Como nas questões A e B o questionamento é sobre categoria e prova pericial sobre o</p><p>adicional, desconsideramos as palavras-chave que não são da matéria. Assim temos apenas:</p><p>vigilantes, bancários, adicional de periculosidade e prova pericial.</p><p>7</p><p>Na sua CLT Organizada há um índice alfabético remissivo onde você procurará essas</p><p>palavras-chave, vamos à primeira:</p><p>Vigilantes</p><p>Já nesta palavra-chave temos a resposta e o</p><p>fundamento da questão A.</p><p>Bancários</p><p>Aqui temos a complementação da resposta A.</p><p>Periculosidade</p><p>A palavra ‘periculosidade’ no índice remissivo remete à</p><p>expressão ‘atividades perigosas’.</p><p>8</p><p>Atividades Perigosas</p><p>Em ‘atividades perigosas’ tem-se o conceito constante</p><p>no artigo 193 da CLT, que ao ler ele de forma integral,</p><p>encontramos a resposta ao questionamento realizado</p><p>na questão B.</p><p>Encontrados os fundamentos, partimos para o próximo passo:</p><p>Passo 05: Responder a questão, dividindo sua resposta em 3 partes: a)</p><p>responda o questionamento</p><p>feito ao final da questão e/ou dê o valor</p><p>afirmativo (sim) ou o negativo (não); b) justifique de forma precisa o valor</p><p>afirmativo que você deu, contendo a palavra-chave que você identificou</p><p>no enunciado – evitando a transcrição do artigo e; c) indique o</p><p>fundamento legal.</p><p>Legenda:</p><p>a)</p><p>b)</p><p>c)</p><p>Resposta questão A:</p><p>a) Não, nenhum deles é bancário, tendo em vista o vigilante integrar categoria profissional</p><p>diferenciada, possuindo convenção coletiva própria, conforme dispõe nos Art. 511, § 3º, da CLT</p><p>e a Súmula 257 do TST.</p><p>9</p><p>Resposta questão B:</p><p>b) Não deveria ocorrer a realização de perícia, porque o vigilante tem direito ao adicional de</p><p>periculosidade em razão de preceito legal, ou seja, o adicional de periculosidade é atribuído de</p><p>forma presumida, conforme o Art. 193, inciso II, da CLT e Anexo III da NR 16, incluído pela</p><p>Portaria 1.855/2013.</p><p>Seguindo esses passos, você está pronto(a) para resolver as questões discursivas!</p><p>10</p><p>Na imagem: Resolução das</p><p>Questões</p><p>11</p><p>QUESTÃO 01</p><p>Enunciado Questão 01</p><p>Katia e Bruna possuem um relacionamento amoroso através de uma união estável homoafetiva</p><p>regularmente reconhecida. Através do Poder Judiciário, o casal adotou conjuntamente, Cristiano,</p><p>com três anos de idade. Neste caso, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, no tocante</p><p>à licença-maternidade:</p><p>a) Indique se ambas terão direito a licença maternidade?</p><p>b) Caso a adoção tenha ocorrido com uma criança recém-nascida, seria possível a concessão</p><p>do intervalo para amamentação?</p><p>Espaço para resolução</p><p>Padrão Resposta</p><p>a) A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas</p><p>um dos adotantes ou guardiães, empregado ou empregada, nos termos do §5º do art. 392-A da</p><p>CLT.</p><p>b) Nos termos do art. 396 da CLT, para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção,</p><p>até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de</p><p>trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia hora cada um.</p><p>12</p><p>ARTIGOS DA QUESTÃO</p><p>Art. 392-A da CLT. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança será</p><p>concedida licença-maternidade nos termos do art. 392.</p><p>§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou</p><p>guardiã.</p><p>§ 5º A adoção ou guarda judicial conjunta ensejará a concessão de licença-maternidade a apenas um dos</p><p>adotantes ou guardiães empregado ou empregada.</p><p>Art. 396 da CLT. Para amamentar seu filho, inclusive se advindo de adoção, até que este complete 6 (seis)</p><p>meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais de meia</p><p>hora cada um.</p><p>§ 1º Quando o exigir a saúde do filho, o período de 6 (seis) meses poderá ser dilatado, a critério da autoridade</p><p>competente.</p><p>§ 2º Os horários dos descansos previstos no caput deste artigo deverão ser definidos em acordo individual entre</p><p>a mulher e o empregador.</p><p>COMPREENDENDO O CONTEÚDO</p><p>Dos Direitos da Empregada Mulher</p><p>A empregada mulher tem alguns direitos específicos, os quais podemos destacar o</p><p>artigo 391-A da CLT que informa que a gestante terá estabilidade da confirmação da gravidez</p><p>até 5 (cinco) meses após o nascimento da criança, já o §1º do artigo 391-A da CLT estende</p><p>a estabilidade para quem adotar uma criança.</p><p>O artigo 392 da CLT garante a licença-maternidade de no mínimo 120 dias às gestantes</p><p>e o artigo 392-A da CLT confere o mesmo direito a quem adotar uma criança. Em caso de</p><p>falecimento durante a licença maternidade, o artigo 392-B da CLT garante a licença-</p><p>maternidade ao cônjuge.</p><p>A CLT, no artigo 392-A, §5º, garante a licença-maternidade a apenas um dos adotantes</p><p>ou guardiões, empregado ou empregada. Sendo assim, na hipótese de uma relação</p><p>homoafetiva entre duas mulheres, somente uma delas perceberá a licença-maternidade.</p><p>Além disto, é garantido a mulher, durante o período de gestação (até 6 meses após o</p><p>nascimento da criança), dois intervalos de 30 (trinta) minutos para amamentação, nos termos</p><p>do artigo 396 da CLT.</p><p>13</p><p>QUESTÃO 02</p><p>Enunciado Questão 02</p><p>Jair trabalha como estivador no Porto de Santos. Patrícia foi contratada para trabalhar em uma</p><p>loja de shopping na época do Natal, pois nessa época há excesso extraordinário de serviços, e</p><p>Ana presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa na residência de Lúcia.</p><p>a) Qual o enquadramento do serviço prestado por Lúcia?</p><p>b) Qual o enquadramento do serviço prestado por Jair?</p><p>Espaço para resolução</p><p>Padrão Resposta</p><p>a) Lúcia será enquadrada como empregada doméstica nos termos do art. 1 da Lei 150/2015.</p><p>b) Jair será considerado como trabalhador avulso, nos termos do art. 7, XXXIV da CF ou art. 1º</p><p>da lei 12.023/09.</p><p>14</p><p>ARTIGOS DA QUESTÃO</p><p>Art. 1º da Lei 150/2015. Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma</p><p>contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito</p><p>residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.</p><p>Parágrafo único. É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho</p><p>doméstico, de acordo com a Convenção no 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e com</p><p>o Decreto no 6.481, de 12 de junho de 2008.</p><p>Art. 7º da CF. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua</p><p>condição social:</p><p>XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.</p><p>Art. 1º da Lei 12.023/2009. As atividades de movimentação de mercadorias em geral exercidas por trabalhadores</p><p>avulsos, para os fins desta Lei, são aquelas desenvolvidas em áreas urbanas ou rurais sem vínculo empregatício,</p><p>mediante intermediação obrigatória do sindicato da categoria, por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de</p><p>Trabalho para execução das atividades.</p><p>Parágrafo único. A remuneração, a definição das funções, a composição de equipes e as demais condições de</p><p>trabalho serão objeto de negociação entre as entidades representativas dos trabalhadores avulsos e dos</p><p>tomadores de serviços.</p><p>COMPREENDENDO O CONTEÚDO</p><p>Do Empregado Doméstico</p><p>O empregado doméstico tem sua regulamentação na Lei nº 150/2015 e é aquele que</p><p>presta serviços de finalidade não lucrativa à pessoa ou família, mais de duas vezes na</p><p>semana, não podendo ser menor de 18 anos, conforme dispõe o artigo 1º da referida lei.</p><p>Além disso, poderá o empregado doméstico ser contratado em regime de tempo parcial,</p><p>não excedendo 25 horas semanais, com seu salário será proporcional a sua jornada (art. 11</p><p>da LC 150/2015). Ainda, o empregado doméstico que concordar poderá acompanhar o seu</p><p>chefe em viagens, contando como tempo de serviço somente as horas efetivamente</p><p>trabalhadas na viagem, com o valor/hora acrescido de 25% (art. 11 da LC 150/2015).</p><p>Do Trabalhador Avulso</p><p>O Trabalhador Avulso está regulamentado na Lei nº 12.023/2009 e, apesar de não ser</p><p>empregado, possui igualdade de direitos com o trabalhador com vínculo empregatício (art.</p><p>7º, XXXIV da CF). Eventual conflito entre o trabalhador avulso e seu contratante, será</p><p>analisado pela Justiça do Trabalho, conforme artigo 643 da CLT.</p><p>15</p><p>QUESTÃO 03</p><p>Enunciado Questão 03</p><p>Após alguns anos de serviço prestado a empresa Seguradora Beta S/A o empregado Pedro</p><p>passou a exercer função de confiança em razão da licença maternidade da empregada Joana.</p><p>Seis meses após, Joana voltou ao trabalho e Pedro foi revertido ao cargo efetivo anteriormente</p><p>ocupado, deixando o exercício da função de confiança.</p><p>a) Analise se é válido</p><p>o retorno de Pedro ao cargo de origem?</p><p>b) Informe se durante o período de substituição, Pedro deveria ter ganho o mesmo salário de</p><p>Joana?</p><p>Espaço para resolução</p><p>Padrão Resposta</p><p>a) Sim é possível, visto que o §1º do art. 468 da CLT, deixa claro essa possibilidade de reversão</p><p>ao cargo de origem.</p><p>b) Durante o período de substituição, Pedro deveria ter ganho o mesmo salário que Joana nos</p><p>termos do inciso I da Súmula 159 do TST.</p><p>16</p><p>ARTIGOS DA QUESTÃO</p><p>Art. 468 da CLT. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por</p><p>mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado,</p><p>sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.</p><p>§1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado</p><p>reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Redação dada</p><p>pela Lei nº 13.467, de 2017)</p><p>Súmula nº 159 do TST. SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO</p><p>(incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005</p><p>I - Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o</p><p>empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. (ex-Súmula nº 159 - alterada pela Res.</p><p>121/2003, DJ 21.11.2003)</p><p>II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salário igual ao do</p><p>antecessor. (ex-OJ nº 112 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)</p><p>COMPREENDENDO O CONTEÚDO</p><p>Da Alteração Contratual | Princípio da Proteção</p><p>O Princípio da Proteção garante a manutenção da condição mais benéfica ou</p><p>inalterabilidade contratual in pejus. Ou seja, somente é possível a alteração do contrato se</p><p>for uma condição mais benéfica ao empregado, conforme artigos 468 e 469 da CLT.</p><p>Além disso, importa destacar que não é considerada alteração contratual a reversão de</p><p>um empregado no cargo de confiança ao seu cargo original, sendo que nessa situação, além</p><p>de perder o cargo, o empregado também perderá sua gratificação de função,</p><p>independentemente do prazo que a ficou recebendo (§§2º e 3º do art. 468 da CLT).</p><p>Substituição de caráter não eventual e Vacância do Cargo</p><p>A Súmula nº 159 do TST dispõe que quando houver uma substituição temporária ou</p><p>definitiva o empregado substituto faz jus ao salário do substituído. Também diz que, estando</p><p>vago o cargo em definitivo, o empregado que o ocupa não tem direito a salário igual ao do</p><p>antecessor.</p><p>Por fim, menciona-se que não pode servir como paradigma o empregado readaptado</p><p>em razão de questões pessoais.</p><p>17</p><p>QUESTÃO 04</p><p>Enunciado Questão 04</p><p>A Consolidação das Leis do Trabalho prevê a possibilidade de uma variação de horário no</p><p>registro de ponto que não será descontado nem computado como jornada extraordinária. Nesse</p><p>sentido,</p><p>a) Indique quantos minutos é permitida a variação na jornada de trabalho?</p><p>b) O período de deslocamento da residência de uma empresa até a empresa, deve ser</p><p>computado na jornada de trabalho?</p><p>Espaço para resolução</p><p>Padrão Resposta</p><p>a) A variação permitida é de 5 minutos na entrada e na saída, conforme previsto no §1º do art.</p><p>58 da CLT.</p><p>b) O deslocamento não deve ser computado na jornada de trabalho, conforme previsão no §2º</p><p>do art. 58 da CLT.</p><p>18</p><p>ARTIGOS DA QUESTÃO</p><p>Art. 58 da CLT. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá</p><p>de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.</p><p>§1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de</p><p>ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários.</p><p>§2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho</p><p>e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador,</p><p>não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador.</p><p>COMPREENDENDO O CONTEÚDO</p><p>Jornada de Trabalho</p><p>A Jornada de Trabalho em regra é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo</p><p>haver uma variação de 5 minutos para mais ou para menos na jornada, conforme o artigo 58</p><p>da CLT.</p><p>As horas in itinere conforme dispõe o §2º do artigo 58 da CLT, para contratos de</p><p>trabalho posteriores a Reforma Trabalhista, não existem mais, isso quer dizer que o período</p><p>de deslocamento do empregado da sua casa até a empresa e vice-versa, não serão</p><p>considerados como tempo a disposição do empregador.</p><p>19</p><p>Olá, pessoal!</p><p>Como resolver questões discursivas</p><p>Passo 01: Leitura e identificação das matérias do conteúdo</p><p>Passo 02: Identificar as partes; se você já o representa (se há alguma ação judicializada) ou irá representá-lo (ação a ser judicializada) ou se é apenas uma ‘consulta jurídica’, onde você apenas passará a informação</p><p>Passo 03: Identificar as palavras-chave da questão</p><p>Passo 04: Identificar, no índice remissivo da sua CLT Organizada, as palavras-chave a fim de encontrar o fundamento legal da sua resposta</p><p>Passo 05: Responder a questão, dividindo sua resposta em 3 partes: a) responda o questionamento feito ao final da questão e/ou dê o valor afirmativo (sim) ou o negativo (não); b) justifique de forma precisa o valor afirmativo que você deu, contendo a ...</p><p>QUESTÃO 01</p><p>QUESTÃO 02</p><p>QUESTÃO 03</p><p>QUESTÃO 04</p>