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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO 
PETIÇÃO INICIAL
Livro Eletrônico
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Apresentação ................................................................................................................................... 3
Petição Inicial ................................................................................................................................... 4
1. Petição Inicial: Como Fazer? O Passo a Passo ...................................................................... 4
2. Petição Inicial: Como já Foi Cobrado na Prova da OAB? ..................................................... 6
3. Petição Inicial: Resolução de uma Prova já Cobrada na Prova da OAB ........................... 8
4. Petição Inicial: Peça Inédita e Dicas de Resolução ............................................................ 14
5. Direito Material: a Relação de Emprego e Dicas Doutrinárias Essenciais para 
Revisão e para Auxiliar na Resolução de Provas Subjetivas ................................................21
6. Resolução de Questões da Prova de 2021 ...........................................................................34
7. Enunciado das Questões da Prova Prática Processual de 2019 ..................................... 37
8. Resolução de Questões da Prova de 2022 .......................................................................... 39
9. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de 
2021.2 ...............................................................................................................................................43
10. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de 
2022 ................................................................................................................................................. 45
11. Resolução da Prova do XXXVII Exame de Ordem Unificado (Prova Aplicada em 
30/04/2023) ..................................................................................................................................48
12. O Papel do Preposto no Processo do Trabalho para as Provas Subjetivas ................ 52
13. Resolução das Questões da 2ª Fase do XXXVIII Exame de Ordem Unificado 
(Setembro/2023) .......................................................................................................................... 53
Resumo ............................................................................................................................................ 57
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 59
Referências .....................................................................................................................................60
Sumário
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JANAINA DA SILVEIRA BILHALVA RODRIGUES - 01082576069, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá!
Tudo bem contigo? Estudando firme e forte?
Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente sou Juíza do Tra-
balho no TRT 7a Região, doutoranda em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto 
em Portugal, professora de preparatórios e faculdades aqui no Ceará, “a Terra do Sol” e faço 
parte do Time do GRAN CURSOS.
Registro que estou muito feliz em estar aqui escrevendo esse livro digital para você atingir 
o sucesso na carreira que sonha, pois a advocacia é uma belíssima carreira para os fortes.
O mais importante da minha apresentação é para te dizer que eu entendo sua dor e pressa 
para ser aprovado na OAB. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios e que quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances 
da legislação. Veio ao lugar certo. Isso porque a maioria não tem muito tempo para estudar, 
seja porque trabalha, faz estágio, tem aulas na faculdade, aquela preocupação com o TCC etc. 
Eu te parabenizo por você estar lendo este material, pois isso significa que você foi aprova-
do na 1ª fase da OAB. Então, você já está com 50% da vitória. Vamos nos dedicar mais um pou-
co com a leitura dos nossos materiais, pois vai dar certo se houve compromisso e empenho.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercícios, 
respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você sur-
preenda a Banca examinadora e não, o contrário.
Nesse ponto, esse material vai te ajudar a chegar ao êxito final e já estou feliz e motivada 
em elaborar isso para você. Sendo assim, estude a matéria de direito do trabalho num formato 
diferente.
E acredite: saber direito do trabalho é imprescindível para a sua aprovação. Não é possível 
ir para as provas sem ler esse material. Então, aproveite!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca 
texto, a caneta e se programe para ler tudo que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Por gentileza, se você curtiu essa aula, dê um feedback positivo lá no Fórum do Aluno. Se 
tiver críticas construtivas, também use o fórum para melhorarmos o material, ok?
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
PETIÇÃO INICIAL
1. petição iniciAl: como FAzer? o pAsso A pAsso
A petição inicial é o instrumento da demanda e é ato inicial do processo. Portanto, precisa 
preencher alguns requisitos obrigatoriamente. Na prova da OAB e na sua vida prática, é prefe-
rível apenas citar fontes e dispositivos, sem transcrições desnecessárias.
A redação deve ser mais clara e de fácil acesso. É preciso apontar os fatos realmente im-
portantes com os pedidos correlatos. Como requisitos devemos constar:
1. Endereçamento da petição inicial. A petição inicial deve indicar o juízo, o órgão ao qual 
é dirigida no artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC. Aqui também você firma a competência 
do juízo. Então o direcionamento, a depender da competência, pode ser direcionado ao juiz de 
primeiro grau ou de tribunal. É preciso conhecer a competência originária.
2. Qualificação das partes. Deve indicar os dados pessoais mais importantes. Caso o autor 
não dispuser dos dados de qualificação do reu, deve requerer ao juiz as diligências necessárias 
a sua obtenção.
3. Exposição dos fatos e formulação de pedidos com os fundamentos jurídicos. É essen-
cial que apresente os fatos que embasam o pedido. O pedido deve ser formulado com as suas 
especificações, nos termos do artigo 840 da CLT e artigo 319 do CPC.
4. Assinatura. Não pode constar a sua assinatura, sob pena de zerar a prova. Você deve 
constar apenas o nome ADVOGADO.
O PULO DO GATO
Não assine na prova! Não ponha seu nome em nenhum lugar da prova! O caderno de textos de-
finitivos da prova prático-profissional não poderá ser assinado, rubricado e/ou conter qualquer 
palavra e/ou marca que o identifique em outro local que não o apropriado (capa do caderno), 
sob pena de ser anulado. Assim, a detecção de qualquer marca identificadorano espaço des-
tinado à transcrição dos textos definitivos acarretará a anulação da prova prático-profissional 
e a eliminação do examinando. Ao texto que contenha outra assinatura, será atribuída nota 0 
(zero), por se tratar de identificação do examinando em local indevido.
Na peça processual, não assine a prova. O que fazer? Quando da realização das provas prá-
tico-profissionais, caso a peça profissional e/ou as respostas das questões discursivas exijam 
assinatura, o examinando deverá utilizar apenas a palavra “ADVOGADO...”.
5. Valor da causa. Aqui observar sobre a liquidação dos pedidos. Isso porque o valor da cau-
sa corresponde ao benefício econômico que o autor pretende obter. Em caso de vários pedidos 
como é a regra trabalhista, deve-se somar todos os valores para fixação do valor da causa.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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6. Requerimentos de provas e citação. O artigo 319 do CPC determina que a inicial deve 
constar a indicação das provas para demonstrar a verdade dos fatos. No entanto, a CLT dispen-
sa esse requerimento.
7. Documentos indispensáveis à propositura: normas coletivas por exemplo. Isso está pre-
visto no artigo 787 da CLT e artigos 320 e 321 do CPC. A petição inicial deve ser acompanhada 
dos documentos em que se fundar.
8. Tutela provisória. Se houver urgência no pedido, deve-se abrir um tópico para fins de pe-
dir seja a tutela de urgência ou de evidência, observando no momento da prova a inteligência 
do artigo 311 do CPC.
Obs.: � Acerca das situações em que, na petição inicial, pode ter pedido de tutela de urgência 
ou de evidência, podemos dar como exemplos: liberação do FGTS e seguro desem-
prego; reintegração em caso de garantia provisória de emprego. Também pode ser no 
caso de reintegração em caso de dispensa discriminatória. Também pode pedir multa 
diária ou astreintes. No pedido de tutela, você deve demonstrar se preenche os requi-
sitos legais. Não pode simplesmente colocar o dispositivo e requerer. Deve ser algo 
mais concreto até para o examinador saber que você consegue aplicar a teoria com 
a prática.
9. Requerimento de gratuidade judicial. Lembre-se da Reforma Trabalhista, principalmente, 
observando o valor da remuneração do trabalhador, para fins de encaixar com o direito de gra-
tuidade inferior a 40% do maior benefício pago pelo INSS. Aqui se observa o teor do Art. 790, 
§ 3º, da CLT.
10. Deverá ser requerido o pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-A da 
CLT. No caso, pode exigir o percentual máximo, principalmente, diante da Reforma Trabalhista.
Dicas para a sua petição inicial:
1. Frases curtas.
2. Frases diretas.
3. Detalhar todos os fatos.
4. Fazer a correspondência dos fatos e dos pedidos.
5. Evitar transcrição dos dispositivos legais, bastando para o examinador apenas citar e 
fazer o correspondente com a Súmula ou OJ do TST. O examinador não se importa com a 
transcrição.
6. Fazer sempre referência à CF/88 quando houver previsão do tema.
7. Em processo do trabalho, você pode aplicar subsidiariamente o CPC. Então sempre ficar 
com ele por perto.
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Petição Inicial
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Com base nisso, vamos acompanhar com o mapa mental:
REQUISITOS DA 
PETIÇÃO INICIAL
Qualificação das partes
Endereçamento do juízo 
Não assine a peça processual
Documentação essencial
Se existe pedido de tutela provisória - 
narrativa dos pressupostos
Correspondente dispositivo legal e 
súmulas / OJ do TST
Narrativa dos fatos em frases curtas, 
diretas e objetivas
Pedidos
Citação
2. petição iniciAl: como já Foi cobrAdo nA provA dA oAb?
Posicionei abaixo as peças que foram cobradas nos últimos sete certames da OAB para 
que você perceba a repetitividade das cobranças:
EXAME PEÇA
2021 CONTESTAÇÃO
2020 RECURSO ORDINÁRIO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2019 CONTESTAÇÃO
2019 PETIÇÃO INICIAL
2018 RECURSO ORDINÁRIO
2018
CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO (PEÇA 
UNIFICADA)
Assim, passo a analisar duas provas já cobradas pela OAB, mas a resolução veremos no 
próximo capítulo. Perceba que no ano de 2019, foi cobrada em duas ocasiões.
O examinador, na peça processual, narra fatos e quer que o candidato, primeiramente, 
aponte qual a peça processual cabe na situação e, após, desenvolva a redação sobre a temáti-
ca, abordando os temas importantes.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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No XXX Exame Unificado, o examinando deverá formular uma petição Inicial de reclamação 
trabalhista dirigida ao juízo da Vara do Trabalho de Parauapebas /PA, qualificando as partes 
envolvidas. Deverá requerer gratuidade de justiça, pois está desempregado atualmente, na for-
ma do Art. 790, § 3º, da CLT.
No caso da prova prática, deverá postular a integração das gorjetas espontaneamente con-
cedidas pelos clientes à remuneração, na forma do Art. 457 da CLT e Súmula 354 TST. Veja que 
aqui basta narrar na prova o correspondente legal e sumulado do TST. Não há necessidade de 
transcrição. Entre os pedidos, deverá requerer a retificação de sua carteira profissional para 
que conste a média das gorjetas recebidas, conforme prevê o Art. 29, § 1º, da CLT. Deverá re-
querer a devolução do desconto de contribuição sindical efetuado no mês de março, porque 
não autorizado pelo trabalhador, em violação aos artigos 545, 578, 579 e 582, todos da CLT. 
Novamente, basta fazer as devidas anotações dos dispositivos da CLT.
Deverá requerer o pagamento de horas extras pelo excesso de 8 horas diárias ou 44 horas 
semanais previstas no Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e no Art. 58 da CLT. Deverá requerer o 
pagamento de 20 minutos diários pela pausa alimentar concedida parcialmente, conforme o 
Art. 71, § 4º, da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional noturno na jornada realizada a 
partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Deverá requerer a reintegração no emprego pela estabilidade não observada em razão 
do acidente do trabalho, conforme o Art. 118 e o Art. 21, inciso II, alínea a, ambos da Lei n. 
8.213/91, e Súmula 378, I e II, do TST. Deverá requerer a tutela de urgência ou evidência ou pro-
visória para a reintegração imediata do trabalhador, na forma do art. 294 ou 300 ou 311 CPC 
(tutela provisória).
Deverá requerer o pagamento de indenização pelo gasto com a vacina antirrábica (dano 
emergente), conforme o Art. 186, Art. 927 e 949, do CC. Deverá requerer o pagamento de inde-
nização por dano moral pelo acidente do trabalho, conforme os artigos 186 e 927 do CC e os 
artigos 223-B, 223-C e 223-G, todos da CLT. Deverá requerer o pagamento do adicional de peri-
culosidade por trabalhar com motocicleta, na forma do Art. 193, § 4º, da CLT. Deverá requerer 
o pagamento de honorários advocatícios, conforme Art. 791-A da CLT, principalmente, após 
a Reforma Trabalhista, em que você pode pleitear, no caso, o percentualmáximo. Formular o 
encerramento da peça, reiterando a tutela de urgência ou evidência ou provisória para a rein-
tegração imediata do trabalhador e a procedência dos pedidos, com indicação de data, local, 
advogado(a) e OAB. Sem assinar, por favor!
No ano de 2019, no exame XXVII, também foi exigido que o candidato redigisse uma peti-
ção inicial. Deverá ser redigida uma Petição Inicial de Reclamação Trabalhista endereçada ao 
juízo do Trabalho de Sete Lagoas/MG. As partes deverão ser qualificadas.
No caso prática, o candidato deveria requerer a anulação da justa causa porque o trabalha-
dor não cometeu nenhuma das irregularidades previstas no Art. 482 da CLT, sendo da empresa 
o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, conforme Arts. 818, II, da CLT e 
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373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o pagamento das verbas resilitórias 
típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, formulá-
rios para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS.
Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de 
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e 58 da CLT.
Lembre-se que se houver correspondência da matéria na CF/88, deve constar, necessa-
riamente, o dispositivo constitucional. Deverá ser requerido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 
4º, da CLT.
Deverá ser requerido o pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida 
a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT. Deverá ser requerida a retificação da CTPS para 
constar a verdadeira função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 
105 do TST, além da diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de 
serviços gerais, conforme previsto na norma coletiva da categoria.
Deverá ser requerida indenização por dano moral pela anotação de penalidade na CTPS do 
autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41 do Ministério do Trabalho.
Deverá ser requerida a devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do 
empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da 
CRFB/88. Deverá ser requerido o pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência dos pedidos, a indicação das provas que a parte 
pretende produzir e o valor atribuído à causa.
Não assine a prova. Faça o fechamento o mais formal possível.
3. petição iniciAl: resolução de umA provA já cobrAdA nA provA dA oAb
No capítulo acima, abordamos dois exames. Nesse ponto do nosso livro, trarei aqui a ques-
tão e a forma como podemos resolver, bem como uma ideia de como seria a redação da peti-
ção inicial para que você tenha uma noção geral de como elaborar.
Questão da prova prática Pontos a serem desenvolvidos
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), 
afirmando que foi empregado da sociedade 
empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada 
em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a 
função de técnico de informática.
Nelson informa que foi despedido por justa 
causa, apesar de não ter feito nada de errado, 
não recebendo qualquer indenização, mas 
apenas o saldo salarial do último mês; que 
a empresa não integrava, para fim algum, 
o salário-família que Nelson recebia; que 
trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h 
às 5h,
1) Juízo competente e direcionar: Sete 
Lagoas/MG
2) Qualificar as partes
3) Abrir um tópico: DOS FATOS/SINOPSE 
FÁTICA: abordar os pontos da questão em 
resumo, narrando, principalmente, os pontos 
mais importantes do contrato de emprego, 
como data de admissão, dispensa, salário, 
jornada e função.
4) Observe se existe discussão quanto 
à modalidade de término da relação de 
emprego. No caso da prova em perspectiva, 
temos a situação da justa causa.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
com intervalo de 20 minutos para refeição; que 
o local de trabalho era de difícil acesso e não 
servido por transporte público regular, pelo 
que a empresa fornecia o transporte para ir ao 
trabalho e voltar dele, de forma que Nelson 
demorava uma hora no trajeto de ida e outra 
uma hora no de volta; que realizou exame 
médico na admissão; que Nelson tem uma irmã 
que trabalha na mesma sociedade empresária, 
exercendo a função de programadora de 
jogos digitais. O trabalhador exibe cópias 
dos contracheques, nos quais há, na parte de 
crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma cota de 
salário-família; já na parte de descontos, há 
INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson ainda 
exibiu sua CTPS, na qual consta admissão 
em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, 
na função de auxiliar de serviços gerais; na 
parte de anotações gerais, há anotação de 
que o empregado foi dispensado por justa 
causa em razão de conduta inadequada. 
Em pesquisa pela Internet, você localiza a 
convenção coletiva da categoria de Nelson, 
com os pisos normativos para todas as funções 
desempenhadas na sociedade empresária Alfa, 
dentre elas os seguintes: auxiliar de serviços 
gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: 
R$ 1.800,00; programador: R$ 3.500,00; e 
engenheiro de computação: R$ 6.000,00.
Elabore a peça prático-profissional que melhor 
defenda os interesses de Nelson, sem usar 
dados ou informações que não estejam no 
enunciado. (Valor: 5,00)
5) Na jornada apontada, verifique se existe 
supressão do intervalo intrajornada ou 
interjornada ou ambos. Verifica se ultrapassa 
as 8 horas diárias e as 44 horas semanais 
para ver se é o caso de pedido de pagamento 
de horas extras. Lembre que a Reforma 
Trabalhista suprimiu as horas in itinere.
6) Veja que provas documentais são 
mencionadas na abordagem do examinador, 
principalmente, para fins de fundamentar os 
seus pedidos. No caso da prova, o examinador 
trouxe os contracheques do obreiro autor 
e, ainda, da existência de uma convenção 
coletiva de trabalho. No caso de negociação 
coletiva, observe se são normas/regras mais 
favoráveis, aplicando o princípio da aplicação 
da norma/condição mais benéfica.
7) Veja se é o caso de discussão de dispensa 
por justa causa, na medida em que esse tema 
é cobrado com certa frequência pela OAB. 
Observe se essa discussão da dispensa por 
justa causa vem acompanhada de pedido de 
danos morais, como no caso de anotação 
indevida do motivo da dispensa.
8) Atenha-se ao que foi mencionado pelo 
examinador. Não crie situações que não 
existem, pois isso pode te prejudicar.
9) Veja que o examinador vem colocando 
pontos relacionados com os descontos que 
são feitos no contracheque do trabalhador. 
Deverá ser requerida a devolução do 
desconto de FGTS, pois se trata de obrigação 
do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei 
n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, 
inciso III, da CRFB/88.
10) Deverá ser requerido o pagamento de 
honorários advocatícios, conforme o Art. 791-
A da CLT. Deverá ser requerida a procedência 
dos pedidos, a indicação das provas que a 
parte pretende produzir e o valor atribuído à 
causa.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Sete Lagoas/MG (DIRECIO-
NAMENTO DO JUÍZO)
Nelson Aviz, brasileiro, casado, desempregado, CPF X, Rg Y, domiciliado e residente no seguin-
te endereço (…), com procuração anexada aos autos, interpõe RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
em face da ré Alfa Ltda, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está loca-
lizada no endereço (….) em Sete Lagoas/MG. (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
I – SINOPSE FÁTICA
O reclamante foi empregado da sociedade empresária Alfa Ltda, no período de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática.
O término da relação foi dispensa por justa causa aplicada indevidamente pelo empregador, 
haja vista que o autor não fez nada de errado e quando da dispensa, não recebeu qualquer inde-
nização, mas apenas o saldo salarial do último mês.
Além da injusta dispensa por justa causa, verifica-se na CTPS do trabalhador anotação inde-
vida relacionada ao suposto motivo da justa causa, pois consta admissão em 17/12/2017 
e saída em 28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais, e não na função realmen-
te desempenhada pelo trabalhador. Na parte de anotações gerais, conforme documento em 
anexo, há anotação de que o empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta 
inadequada, havendo uma exposição abusiva do trabalhador.
A empresa ré cometia irregularidades quando do pagamento dos valores, principalmente, 
porque, nos termos dos contracheques anexados com a petição inicial, a empresa não integra-
va, para fim algum, o salário-família que recebia e ainda não fazia os devidos pagamentos das 
horas extras trabalhadas.
O reclamante trabalhava de segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minu-
tos para refeição, em contrariedade com a legislação em vigente.
Além da anotação indevida, o empregador não anotou corretamente a função e o salário do 
autor, na medida em que há uma convenção coletiva da categoria, com os pisos normativos 
para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre elas os seguin-
tes: auxiliar de serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; programador: 
R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: R$ 6.000,00.
A função desempenhada do reclamante é diversa do que consta na anotação, o que deve ser 
retificado com as devidas alterações salariais e da base de cálculo. Com isso, em afronta ao 
princípio da primazia da realidade sobre a forma, as irregularidades devem ser supridas por 
prejudiciais ao trabalhador, importando enriquecimento indevido do empregador.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Primeiramente, destaca-se o abuso do poder diretivo do empregador que incorreu em erro 
grave ao encerrar o pacto laboral com o reclamante pela justa causa. Não há razão, pois não 
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preenchidos os requisitos legais, bem como a anulação da justa causa é a medida mais corre-
ta a ser feita pelo Judiciário, porque o trabalhador não cometeu nenhuma das irregularidades 
previstas no Art. 482 da CLT.
Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa, 
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente, deve ser postulado o 
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o 
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que havia 
extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao recebimento 
de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação de jorna-
da. Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de 
jornada, das 20.00 às 5.00 h, conforme os Arts. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e pelo artigo 58 da 
CLT. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não pode o 
empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro. O intrajornada 
também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diários com adicio-
nal de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da CLT.
Como a jornada do obreiro extrapolava o previsto na CF/88, ainda se observa que avançava 
pela noite, concedendo ao obreiro o adicional noturno, pois a jornada avançava as 22 h. Dever 
a ré proceder ao pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada cumprida a partir das 
22.00h, conforme o Art. 73 da CLT.
Pelo princípio da primazia da realidade sobre a forma, e, ainda, pelo princípio da proteção e a 
súmula 12 do TST, nota-se que a atividade realmente desempenhada pelo obreiro não corres-
pondia ao que era anotado na CTPS. 
E, com isso, deve a ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar a verdadeira 
função exercida, conforme o Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da dife-
rença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, confor-
me previsto na norma coletiva da categoria. Afinal, com a juntada da CCT, nota-se o equívoco 
da anotação, prejudicando o trabalhador no que tange à sua função e à sua remuneração.
Como a medida de justa causa aplicada pelo empregador foi indevida, o RH da empresa ainda 
cometeu o grave erro de fazer anotações desabonadoras da conduta do obreiro e escrever tex-
tualmente a modalidade de ruptura contratual, o que gera um dano in re ipsa ao obreiro, geran-
do prejuízos de ordem moral e, ainda, um abuso do poder diretivo, ferindo frontalmente a CLT.
Diante desse cenário, reque-se o pagamento de indenização por dano moral pela anotação de 
penalidade na CTPS do autor, conforme o Arts. 29, § 4º, da CLT, 223-C, CLT e 8º da Portaria 41 
do Ministério do Trabalho.
Além dos sucessivos erros e afrontas à legislação trabalhista, a parte ré ainda fez descontos 
indevidos no salário do obreiro, conforme se observa claramente na prova documentação em 
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anexo com essa petição inicial relacionada aos contracheques. Por isso, é justificado o pedido 
de devolução do desconto de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os 
Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88.
E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado 
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honoráriosadvocatícios sucumbenciais, conforme 
o Art. 791-A da CLT.
III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o examina-
dor entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado por 
ele): que seja declarada nula a dispensa por justa causa e a real jornada do trabalhador, bem 
como a sua função e salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro 
foi sem justa causa, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta moda-
lidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das benesses 
da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja retificada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio 
indenizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificada a função e o salário do 
obreiro, conforme o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retifica-
ção no prazo determinado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do 
trabalhador, sem prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição 
de alvarás para o obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro 
desemprego. (aqui se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS 
e do seguro desemprego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando, 
pelo fato do obreiro estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as 
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais 
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, das 20.00 às 5.00 h; 
pagamento de 40 minutos diários com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespei-
tado, conforme o Art. 71, § 4º, da CLT; pagamento do adicional noturno de 20% sobre a jornada 
cumprida a partir das 22.00h, conforme o Art. 73 da CLT e planilha em anexo; pagamento da 
diferença salarial entre as funções de técnico de informática e auxiliar de serviços gerais, con-
forme previsto na norma coletiva da categoria;indenização por dano moral pela anotação de 
penalidade na CTPS do autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); devolução do descon-
to de FGTS, pois se trata de obrigação do empregador, conforme os Arts. 15 da Lei n. 8.036/90, 
27 Decreto 99684/90 e 7º, inciso III, da CRFB/88; pagamento de honorários advocatícios, con-
forme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os pedidos condenatórios, não precisando colocar a 
liquidação exata de todos os valores correspondentes).
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Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração 
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que 
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
pendentemente de intimação. Requer o recebimento da prova documental anexada com a pre-
sente peça e o deferimento de juntada de provas posteriores relacionadas a fatos novos ou 
supervenientes.
Requer o deferimento da gratuidade judicial, tendo em vista o salário do obreiro na época em 
que laborava e, pela atual conjuntura, encontrar-se desemprego, sem recursos.
Requer a procedência de todos os pedidos (não se diz procedência da ação), com a condena-
ção da ré em pagar tudo que está na planilha do PJE em anexo, além das custas processuais 
e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação líquida (é sobre a condenação 
líquida e, não bruta).
Requer que sejam recolhidos todos os encargos previdenciários e fiscais pelo empregador, ora 
ré no processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Dá-se à causa, nos termos da planilha, o importe de R$30.000,00 (imprescindível colocar o 
valor da causa).
Localidade, data.
ADVOGADO (não coloque seu nome na peça)
Para ficar mais fácil ainda de fixar vamos criar um mapa mental sobre o que não se 
pode esquecer:
ELABORAÇÃO DA 
PETIÇÃO INICIAL
valor da causa tem que 
constar 
raciocionar o que é pedido 
declaratório, obrigação de 
fazer e pedido condenatório
capricho nas provas que o examinador já 
te proporciona no enunciado da questão
cuidado com os endereçamentos
pedidos: pedir a procedência dos pedidos. 
Não se pede procedência da ação.
fundamentação jurídica: usar 
corretamente os dispositivos 
constitucionais, da CLT, da legislação e 
das súmulas dos Tribunais Superiores
sinospe fática: trazer os fatos principais
pedir gratuidade judicial e honorárrios 
advocatícios
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4. petição iniciAl: peçA inéditA e dicAs de resolução
Nesse capítulo do nosso livro, trago uma questão nova/inédita para abordagens de assun-
tos atuais para ajudar a revisão da matéria, bem como já passar como seria a elaboração da 
petição inicial no caso. Vou reproduzir aquele mesmo esquema do capítulo anterior. Vamos no 
passo a passo que eu acho ser fundamental na sua aprendizagem:
Caso/questão inédita (2021): Rui da Silva foi contratado pela empresa SO MEDICOS e teve 
seu contrato de trabalho devidamente assinado na data correta antes da pandemia, na data de 
01.01.2019, porém com o salário a menor do que consta no acordo coletivo de trabalho que ele 
levou ao seu escritório, junto com todos os contracheques do pacto laboral. Como enfermeiro 
na época de COVID 19, Rui precisou trabalhar em plantões seguidos sendo que não foi conce-
dido intervalo para suas refeições e descansos e nem obedecida a jornada 12 x 36. Apesar da 
situação pandêmica, o hospital não teve o cuidado de estabelecer um banco de horas ou de 
compensação de jornada. Além disso, Rui batia o ponto manualmente em jornada britânica. 
Rui só tinha 10 min de intrajornada e laborava, na prática, 24 horas folgando 24 horas. O ponto 
clímax foi quando o hospital se recusou a trocar as máscaras N95 e oferecer luvas adequadas. 
Temendo pela própria vida e contaminação de COVID 19 sendo que sua mãe de 85 anos mora-
va com ele, deixou de trabalhar na data de 01.02.2021, procurando um advogado para ver seus 
direitos. O hospital fica localizado em Barreirinhas/MA.
Questão inédita/2021 Pontos a serem desenvolvidos
Rui foi contratado pela empresa SO MEDICOS 
e teve seu contrato de trabalho devidamente 
assinado na data correta antes da pandemia, 
na data de 01.01.2019, porém com o salário 
a menor do que consta no acordo coletivo de 
trabalho que ele levou ao seu escritório, junto 
com todos os contracheques do pacto laboral. 
Como enfermeiro na época de COVID 19, 
Rui precisou trabalhar em plantões seguidos 
sendo que não foi concedido intervalo para 
suas refeições e descansos e nem obedecida a 
jornada 12 x 36. Apesar da situação pandêmica, 
o hospital não teve o cuidado de estabelecer um 
banco de horas ou de compensação de jornada. 
Além disso, Rui batia o ponto manualmente 
em jornada britânica. Rui só tinha 10 min de 
intrajornada e laborava, na prática, 24 horas 
folgando 24 horas.O ponto clímax foi quando o 
hospital se recusou a trocar as máscaras N95 e 
oferecer luvas adequadas. Temendo pela própria 
vida e contaminação de COVID 19 sendo que 
sua mãe de 85 anos morava com ele, deixou de 
trabalhar na data de 01.02.2021, procurando um 
advogado para ver seus direitos.
1) Nesse caso, a questão trata de uma 
rescisão indireta do contrato de trabalho. 
Deve-se desenvolver a situação de que 
o empregador descumpriu regras básicas 
trabalhistas como entregar EPI adequado 
para o desenvolvimento das atividades, 
principalmente, sendo atividade de risco do 
trabalhador que é um enfermeiro num hospital 
privado atendendo pacientes com COVID 19. 
E, com isso, deve-se pleitear todos os direitos 
trabalhistas nesta modalidade, inclusive, 
aviso prévio indenizado, proporcional, com 
a devida projeção na CTPS do trabalhador 
e anotação de baixa, com as liberações do 
FGTS e do seguro desemprego.
2) Também deve ser abordado que o salário 
do obreiro Rui está sendo pago de forma 
irregular, o que lhe assiste o direito de 
pagamento de diferenças salariais e ainda 
anotação na CTPS mediante retificação. 
Observe que há prova documental referente 
ao ACT, aplicando-se o princípio da aplicação 
da condição mais benéfica.
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3) Outro ponto importante é que, muito 
embora, Rui seja da área da saúde e laborou em 
situação pandêmica, sob a égide de medidas 
provisórias, o hospital réu não teve o máximo 
de cuidado no que tange ao regime de banco 
de horas ou compensação de jornada e que 
descumpriu totalmente o regime de labor 12 
x 36, na medida em que ele passou a laborar 
em regime de 12x12, sendo devidas as horas 
extras que extrapolam a jornada de 44 horas 
semanais com percentual de 50% e reflexos 
em todas as verbas rescisórias.
4) Deve-se pedir também a concessão 
de gratuidade judicial e a condenação em 
honorários advocatícios.
5) Pode pedir danos morais pelas péssimas 
condições de trabalho e pela exposição 
excessiva ao risco na negativa de fornecimento 
de EPI para fins de realização das atividades.
6) Diante da jornada excessiva em que foi 
descaracterizado o regime de 12 x 36 pode 
pleitear também dano existencial.
7) Pedir a inversão do ônus da prova, haja 
vista a jornada britânica nos cartões de 
pontos anotados pelo Rui durante o pacto 
laboral.
8) Pedir a citação do réu e a produção de 
todos os meios de provas.
9) Ainda pode pedir aqui a aplicação das 
multas dos artigos 467 e 477 da CLT.
10) As retificações na CTPS do obreiro, com 
a devida baixa, pedindo desde logo aplicação 
de multa caso o hospital se recuse a cumprir 
a ordem judicial.
Como poderíamos, em síntese, elaborar a peça processual? Acompanhe um passo a passo:
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Juiz (a) da _____ Vara do Trabalho de Barreirinhas/Maranhão 
(DIRECIONAMENTO DO JUÍZO)
Rui da Silva, brasileiro, casado, desempregado, CPF X, Rg Y, domiciliado e residente no seguinte 
endereço (…), com procuração anexada aos autos, interpõe RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em 
face da ré SÓ MÉDICOS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ ABC, cuja sede está loca-
lizada no endereço (….) em Barreirinhas/MA. (QUALIFICAÇÃO DAS PARTES)
I – SINOPSE FÁTICA
O reclamante foi empregado da sociedade empresária SÓ MÉDICOS, no período de 01/01/2019 
a 01/02/2021, tendo exercido, na prática, a função de enfermeiro. Na data de 01/02/2021, o 
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reclamante teve seu último dia de trabalho, não conseguindo mais desempenhar suas ativi-
dades, haja vista a recusa do empregador em fornecer EPI para o labor, observando-se que a 
atividade do reclamante se insere em alto risco, trabalhando em hospital que atende pacientes 
com COVID 19.
Diante da recusa da ré em oferecer condições mínimas de trabalho, como máscaras N 95 e 
luvas, o autor não mais retornou às suas atividades, com medo de adoecer, haja vista que sua 
mãe de 85 anos mora com ele e esse fato era de conhecimento do empregador.
O término da relação foi a rescisão indireta, nada recebendo em relação às verbas rescisórias 
até o presente momento, e, com isso, encontra-se desempregado.
Além rescisão indireta mediante o descumprimento reiterado do empregador em atender os 
diversos comandos legais e constitucionais, verifica-se na CTPS do trabalhador que não foi 
anotada a devida baixa. 
A empresa ré cometia irregularidades quando do pagamento dos valores, principalmente, 
porque, nos termos dos contracheques anexados com a petição inicial, o hospital descumpria 
as regras impostas no acordo coletivo quanto ao valor do salário do enfermeiro e, ainda, des-
caracterizou a jornada de 12x36, quando, na verdade, o obreiro fazia jornada de 24x24, diverso 
do que consta na CTPS e, com isso, a ré não fazia os devidos pagamentos das horas extras 
trabalhadas.
O reclamante trabalhava com intervalo de 10 minutos para refeição, em contrariedade com 
a legislação em vigente, verificando-se que além de extrapolar o regime do pacto de 12 x 36, 
ainda, não se concedia sequer o intervalo de 1 hora, sobrecarregando o reclamante em jornada 
extenuante, ocasionando-lhe um cansaço contínuo, acarretando diversos prejuízos nas varia-
das esferas de sua vida. 
Além da anotação indevida do salário do reclamante, o empregador não anotou corretamente 
o salário do autor, na medida em que há acordo coletivo de trabalho categoria, com os pisos 
normativos para todas as funções desempenhadas no hospital. Com isso, em afronta ao prin-
cípio da primazia da realidade sobre a forma, as irregularidades devem ser supridas por preju-
diciais ao trabalhador, importando enriquecimento indevido do empregador.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Primeiramente, destaca-se o abuso do poder diretivo do empregador que incorreu em erro 
grave no descumprimento de fornecimento de EPI para que o autor pudesse desempenhar 
suas funções, recaindo clara situação de rescisão indireta, com a justificada resistência do 
autor em permanecer nessa situação empregatícia abusiva.
Nesse azo, atrai-se a aplicação da rescisão indireta, pois, além de não fornecer condições 
de trabalho, o réu cometeu diversas irregularidades como pagamento a menor de salários e, 
sobretudo, descumprindo a jornada inicial pactuada de 12 x 36.
Além dos prejuízos financeiros, ainda se constata prejuízos morais, o que leva à compreensão 
de clara situação de rescisão indireta, proporcionando ao obreiro o pagamento das verbas refe-
rentes ao aviso prévio indenizado, com a devida projeção na baixa da CTPS, a multa de 40% do 
FGTS e liberação do seguro desemprego.
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Ressalte-se que o ônus de comprovar a falta grave praticada pelo empregado, é da empresa, 
conforme Arts. 818, II, da CLT e 373, II, do CPC e, consequentemente,deve ser postulado o 
pagamento das verbas resilitórias típicas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias pro-
porcionais acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o 
FGTS. Observa-se que o obreiro agiu corretamente em suas atividades e, ainda, o comporta-
mento do empregador feriu a razoabilidade e a proporcionalidade exigidas.
Acerca da jornada do trabalhador no caso em comento, conforme narrado, percebe-se que 
havia extrapolamento da jornada constitucionalmente permitida, o que leva ao direito ao rece-
bimento de horas extras, na medida em que não há nenhum banco de horas ou compensação 
de jornada.
No caso em comento, apesar da situação pandêmica que admite certa flexibilização da jor-
nada, nota-se que a ré não cumpria uma jornada que ela mesma pactuou como 12 x 36, e não 
concedia intervalo para o trabalhador fazer suas refeições, salvo 10 minutos.
Na realidade, o obreiro laborava em jornada 24 x 24, diverso do pactuado e não consta em 
nenhum momento banco de horas ou compensação de jornada, sendo a anotação do horário 
realizado de forma manual, sendo todos britânicos, invertendo o ônus da prova mais uma vez 
em desfavor do Hospital demandado. E, portanto, aplica-se o teor da Súmula 338 do TST.
Deverá ser requerido o pagamento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jor-
nada, e, ainda, deve ser considerado o abuso do poder diretivo, ocasionando um dano excessi-
vo ao obreiro, o que fundamenta o pedido de dano existencial pelo excesso de jornada 24 x 24, 
destacadamente, em situação de stress ocasionado pela pandemia.
Sugere-se o pagamento de indenização pelo dano existencial o importe de dez mil reais. A 
submissão habitual do empregado à jornada excessiva, por si só, caracterizava o dano existen-
cial, “que dispensa comprovação da existência e da extensão, sendo presumível em razão do 
fato danoso. A fundamentação jurídica está atrelada à narrativa fática desenvolvida. Logo, não 
pode o empregador enriquecer indevidamente com o labor extraordinário do obreiro, seja pela 
supressão do intrajornada, seja pela descaracterização da jornada que fixou anteriormente e, 
sobretudo, pelo cansaço ao obreiro sem precedentes, gerando diversos transtornos psicológi-
cos e em sua vida pessoal.
O intrajornada também foi descumprido, e, portanto, é devido o pagamento de 40 minutos diá-
rios com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, 
da CLT.
Nos termos do Acordo Coletivo do Trabalho juntado em anexo, nota-se que os pagamentos 
salariais do obreiro eram inferiores ao piso fixado à função de enfermeiro. E, com isso, deve a 
ré proceder com a devida retificação da CTPS para constar o verdadeiro salário, conforme o 
Art. 29 da CLT e o Precedente Normativo 105 do TST, além da diferença salarial da função de 
enfermeiro, conforme previsto na norma coletiva da categoria – o acordo coletivo de trabalho.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para JANAINA DA SILVEIRA BILHALVA RODRIGUES - 01082576069, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Como o reclamante foi submetido a risco de sua própria vida e integridade, além de colocar 
em risco de morte sua mãe de 85 anos que mora com ele, verifica-se o comportamento ina-
propriado e injusto do empregador em não fornecer sequer o EPI ao obreiro, gerando um risco 
de morte de uma doença nefasta como a COVID 19. Diante desse cenário, reque-se o paga-
mento de indenização por dano moral nos termos do artigo 223-C, CLT, sugerindo-se o valor de 
R$10.000,00.
E, ainda, pelo exercício do direito de ação e diante da Reforma Trabalhista, deve o reclamado 
arcar com os créditos trabalhistas e, ainda, honorários advocatícios sucumbenciais, conforme 
o Art. 791-A da CLT.
O reclamante está desempregado e é arrimo de família, razão pela qual requer que seja deferi-
da a gratuidade judicial.
III – DOS PEDIDOS
Diante da argumentação fática e jurídica requer-se ao douto juízo:
Pedidos declaratórios (é importante quando dividimos no raciocínio e também para o exami-
nador entender que temos uma lógica argumentativa e plena da prova e do que foi solicitado 
por ele): que seja declarada a rescisão indireta no caso concreto e a real jornada do trabalha-
dor, bem como o salário realmente devidos. Que seja declarada que a dispensa do obreiro foi 
mediante rescisão indireta, com o direito ao recebimento de todas as verbas rescisórias nesta 
modalidade. Que seja declarada a situação de pobre na forma da lei, com a concessão das 
benesses da gratuidade judicial.
Obrigação de fazer: que seja anotada a data da dispensa, fazendo constar o aviso prévio inde-
nizado proporcional, com a devida projeção, bem como retificado o salário do obreiro, confor-
me o princípio da primazia da realidade sobre a forma. Se não fizer a retificação no prazo deter-
minado pelo juízo, já requer a aplicação da multa de R$5.000,00 em prol do trabalhador, sem 
prejuízo da anotação pela Secretaria da Vara. Requer também a expedição de alvarás para o 
obreiro movimentar sua conta vinculada do FGTS e receber o devido seguro desemprego. (aqui 
se poderia colocar como pedido de tutela provisória a liberação do FGTS e do seguro desem-
prego pela peculiar situação pandêmica em que o mundo está passando, pelo fato do obreiro 
estar desempregado, ser arrimo de família etc.)
Obrigação de pagar: que a ré seja condenada a pagar, com juros e correção monetária, as 
seguintes obrigações trabalhistas: aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais 
acrescidas de 1/3, formulários para saque do FGTS e indenização de 40% sobre o FGTS; paga-
mento de horas extras com adicional de 50% pelo excesso de jornada, declarando-se a jornada 
do obreiro, desde o começo do pacto laboral, como 24 x 24; pagamento de 50 minutos diários 
com adicional de 50% pelo intervalo intrajornada desrespeitado, conforme o Art. 71, § 4º, da 
CLT; pagamento da diferença salarial, conforme previsto na norma coletiva da categoria e refle-
xos em todas as verbas rescisórias;indenização por dano moral pelo dano existencial sofrido 
pelo autor no importe de R$10.000,00 (dez mil reais); indenização pela situação de risco que 
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a empresa colocou o trabalhador com a recusa de EPI no importe de R$10.000,00 (dez mil 
reais); pagamento de honorários advocatícios, conforme o Art. 791-A da CLT. (colocar todos os 
pedidos condenatórios, não precisando colocar a liquidação exata de todos os valores corres-
pondentes).
Requer a citação da ré para responder no prazo legal e, na sua inércia, já requer a declaração 
dos efeitos da revelia e da confissão ficta. Requer a realização de audiência, ocasião em que 
produzirá todos os meios de provas orais, comprometendo-se a trazer as testemunhas inde-
pendentemente de intimação. Requer o recebimento da prova documental anexada com a pre-
sente peça e o deferimento de juntada de provas posteriores relacionadas a fatos novos ou 
supervenientes.
Requer o deferimento da gratuidade judicial, tendo em vista o salário do obreiro na época em 
que laborava e, pela atual conjuntura, encontrar-se desemprego, sem recursos.
Requer a procedência de todos os pedidos (não se diz procedência da ação), com a condena-
ção da ré em pagar tudo que está na planilha do PJEem anexo, além das custas processuais 
e honorários advocatícios em 15% sobre o valor da condenação líquida (é sobre a condenação 
líquida e, não bruta).
Requer que sejam recolhidos todos os encargos previdenciários e fiscais pelo empregador, ora 
ré no processo.
Nestes termos, pede deferimento.
Dá-se à causa, nos termos da planilha, o importe de R$50.000,00 (imprescindível colocar o 
valor da causa).
Localidade, data.
ADVOGADO (não coloque seu nome na peça)
Sugere-se, ainda, como dicas:
a) não use palavras ou expressões agressivas por mais grave e “revoltante” a situação fáti-
ca trazida pelo examinador. Mantenha-se numa linha ZEN, embora sua obrigação é pedir tudo;
b) diga o valor da indenização por danos morais;
c) analise fato por fato trazido pelo examinador para analisar se existe a afronta a alguma 
legislação;
d) sempre fique atento para qual modalidade de ruptura contratual é o caso trazido pelo 
examinador;
e) não esqueça de pedir a projeção do aviso prévio com o pagamento das verbas;
f) no caso de verbas rescisórias ou verbas complementares, peça também os reflexos. 
Muito cuidado com as gorjetas;
g) procure saber e expor de quem é o ônus da prova.
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O PULO DO GATO
Devemos fazer uma observação relevante. No caso em comento, temos que se exigia 10 obrei-
ros por estabelecimento para fins de ser obrigatório o controle de ponto. Houve mudança na 
CLT para 20 obreiros por estabelecimento. Ocorre que a Súmula 338 do TST ainda está com 
base na CLT antes da alteração legislativa e, sendo assim, ainda não foi cancelada a Súmula 
ou alterada pelo TST, mas na questão de prova, deve ser feita a observação mencionada, des-
tacando-se, no entanto, que há Súmula do TST em sentido diverso da legislação e que ainda é 
fomentada na prática trabalhista. Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, 
mencione e revise a seguinte súmula do TST: Nº 338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. 
ÔNUS DA PROVA. É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o regis-
tro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada 
dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a 
qual pode ser elidida por prova em contrário. II -A presunção de veracidade da jornada de tra-
balho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. 
III -Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos 
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser 
do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de 
dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical 
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um 
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada 
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030.
O PULO DO GATO
Na questão inédita acima, como tratei de jornada britânica, mencione e revise o conceito de 
dano existencial, conforme notícia do TST: em 2020, a Subseção I Especializada em Dissídios 
Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho excluiu da condenação imposta à Tropical 
Transportes Ipiranga Ltda., de Ourinhos (SP), o pagamento de indenização de R$ 15 mil a um 
motorista de caminhão por dano existencial. Por maioria, o colegiado entendeu que o empre-
gado não conseguiu comprovar prejuízo familiar ou social em razão da jornada considerada 
extenuante. Processo n. E-RR-402-61.2014.5.15.0030
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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5. direito mAteriAl: A relAção de emprego e dicAs doutrináriAs essen-
ciAis pArA revisão e pArA AuxiliAr nA resolução de provAs subjetivAs
Já tratamos que a relação de trabalho é gênero e a relação de emprego é espécie. A relação 
de emprego está caracterizada nos artigos 2 e 3 da CLT, bem como confere nessa relação ao 
empregado os direitos que já estudamos no artigo 7 da CF/88. A relação de emprego cria a 
relação contratual entre as partes – empregado e empregador.
Por sua vez, o contrato de trabalho pode ser escrito ou verbal, expresso ou tácito e, com 
isso, é válido pata todos os fins, e a falta de assinatura da CTPS leva às sanções administra-
tivas pela Secretaria do Ministério do Trabalho, pois foi extinto o Ministério do Trabalho. Por 
isso, muito cuidado nas provas em não confundir o gênero com a espécie.
Veja a diferença nesse quadro:
Relação de Trabalho (gênero) Relação de emprego (espécie)
É uma expressa ampla, abrangendo não só 
quem tem CTPS (Carteira de Trabalho e 
Previdência Social) assinada, mas também 
todos que prestam serviços de alguma 
forma. Exemplos: cooperativos, autônomos, 
prestadores de serviços, a diarista, os 
estagiários, portuários avulsos etc. Aqui 
temos os trabalhadores.
Aqui é um exemplo de relação de trabalho. 
É a espécie, como o caso de quem tem 
todos os requisitos dos artigos 2º e 3º da 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho). 
É aquele que tem CTPS assinada ou que 
preenche os requisitos legais como não 
eventualidade, onerosidade, pessoalidade, 
subordinação jurídica. A exclusividade não é 
requisito essencial. Exemplo: a doméstica, o 
assalariado etc. Aqui temos os empregados.
Para caracterização da relação de emprego é preciso reunir CUMULATIVAMENTE alguns 
requisitos que chamamos de elementos fáticos jurídicos que a lei enumera em cinco e do qual 
você deve ter em mente para fins de resolver as questões de provas:
A) prestação por PESSOA FÍSICA (ou pessoa natural). Podem, na prática, utilizarem uma 
situação de pejotização para mascarar a realidade de uma relação de emprego, como uma 
espécie de fraude. Nesse sentido, muitas empresas, em algumas situações, exigem que em-
pregados constituam Pessoas Jurídicas para emitirem notas fiscais, mas que, na prática, são 
empregados, aplicando-se, com isso os efeitos da CLT: Art. 9º – Serão nulos de pleno direito 
os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos 
contidos na presente Consolidação. Logo, a essência do direito do trabalho na condição de 
empregado é que seja PESSOA FÍSICA/OU NATURAL.
O PULO DO GATO
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual 
a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não haverá distinções relativas 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técni-
co e manual.
B) PESSOALIDADE DO TRABALHADOR: confere uma natureza de infungibilidade no que 
tange ao trabalhador. Para o empregador, pode haver mudança da sua situação societária ou 
até sucessão trabalhista. Mas o empregado deve realizar a sua função, sendo possível, excep-
cionalmente, a sua substituição quando houve consentimento das partes para uma situação 
provisória ou eventual, ou nas substituições previstas em lei ou por negociação coletiva. A re-
lação entre as partes desempenhada pelo empregado deve ser pessoal, ou seja, intuito perso-
nae, na medida em que o trabalhador não passa suas funções obrigacionais para terceiros ou 
seus sucessores. Nesse sentido, GODINHO (2019;339) afirma e, na sequência, existe a Súmula 
151 do TST:
Há, contudo, situações ensejadoras de substituição do trabalhador sem que se veja 
suprimida a pessoalidade inerente à relação empregatícia. Em primeiro lugar, citem-se as 
situações de substituição propiciadas pelo consentimento do tomador de serviços: uma 
eventual substituição consentida (seja mais longa, seja mais curta no tempo), por exem-
plo, não afasta, necessariamente, a pessoalidade em relação ao trabalhador original.
Súmula n. 159 do TST
SUBSTITUIÇÃO DE CARÁTER NÃO EVENTUAL E VACÂNCIA DO CARGO
I – Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive 
nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído.
II – Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocupá-lo não tem direito a salá-
rio igual ao do antecessor.
O PULO DO GATO
Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa deve 
realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se, excep-
cionalmente, o empregador concordar. Substituições eventuais com o consentimento do em-
pregador ou substituições previstas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como, por 
exemplo, férias, licença gestante, são válidas e não afastam a característica da pessoalidade;
C) NÃO EVENTUALIDADE: traduz a ideia de continuidade da relação empregatícia. Ou seja, 
há a ideia de que o trabalhador pretende continuar no desempenho de suas funções (princí-
pio da continuidade da relação de emprego). Existem diversas teorias que regulamentam a 
não eventualidade, há diversas teorias que explicam, mas no direito do trabalho para analisar 
esse pressuposto, pode-se levar em consideração os fins do empreendimento que emprega; 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
a teoria do evento e a teoria da fixação jurídica. A teoria dos fins do empreendimento analisa 
a não eventualidade de acordo com seus negócios jurídicos, os fins normais da empresa. A 
teoria do evento leva em consideração determinado EVENTO/FATO. A teoria da fixação jurídica 
leva em consideração se o trabalho se fixa ou não a uma fonte de trabalho, ou seja, a questão 
da exclusividade. Essas teorias apenas são o ponto de partida para tratar da eventualidade 
na relação de emprego. Cuidado que na LEI COMPLEMENTAR que regulamenta o doméstico, 
existe norma específica da não eventualidade que, no artigo 1, caput, da LC 150/2015 dispõe 
ao doméstico (e se aplica somente a eles) o seguinte:
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subor-
dinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial 
destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei.
PEGADINHA DA BANCA
Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, 
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito 
residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. OU 
SEJA, A PARTIR DE 3 DIAS SEMANAIS JÁ CONFIGURA RELAÇÃO DE EMPREGO. Não se esque-
ça: pela lei tem possuir 18 anos, no mínimo.
D) mediante SUBORDINAÇÃO JURÍDICA: na relação de emprego, há subordinação jurídica 
do empregado ao empregador, ou seja, a relação de dependência decorre do fato de que o 
empregado transfere ao empregador o poder de direção e este assume os riscos da atividade 
econômica, passando a estabelecer os contornos da organização do trabalho do emprega-
do (poder de organização), a fiscalizar o cumprimento pelo empregado das ordens dadas no 
exercício do poder de organização (poder de controle), podendo, em caso de descumprimento 
pelo empregado das determinações, impor-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico 
(poder disciplinar). Para fins de identificação da subordinação jurídica, os meios telemáticos e 
informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam aos meios pessoais e diretos 
de comando, controle e supervisão.
Sobre esse assunto, destaque-se a posição de GODINHO (2019;354):
Desse modo, o novo preceito da CLT permite considerar subordinados profissionais que realizem 
trabalho a distância, submetidos a meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão. Esclarece a regra que os “meios telemáticos e informatizados de comando, controle e su-
pervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos do coman-
do, controle e supervisão do trabalhador alheio. Ora, essa equiparação se dá em face de dimensões 
objetiva e também estrutural que caracterizam a subordinação, já que a dimensão tradicional (ou 
clássica) usualmente não comparece nessas relações de trabalho à distância.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
a subordinação é um conceito dinâmico. Logo, a subordinação que importa para a configu-
ração da relação de emprego é a SUBORDINAÇÃO JURÍDICA. Nesse ponto, a subordinação, 
atualmente, atinge o trabalho home office, por meios telemáticos, serviços de trabalho externo, 
que se pode controlar por todos os meios, inclusive, é possível falar em subordinação estru-
tural em que vários empregados estão na estrutura produtiva, como ocorreu, por exemplo, em 
casos de “facções de empresas de roupas” que revendiam para as grandes marcas.
Importante destacar a ideia de subordinação ESTRUTURAL, em que GODINHO (2019;352-
353) aborda a inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, independen-
temente de receber ou não as ordens diretas, mas acolhendo a estrutura de sua dinâmica de 
organização e funcionamento. Aqui temos a influência do direito italiano e aqui surge também 
os PARASSUBORDINADOS, que são aqueles inseridos nessa subordinação em rede.
Um caso clássico temos aqui na condenação da ZARA e as demais facções “de fundo de 
quintal” que forneciam a matéria-prima mediante mão de obra mais barata e sem vínculos for-
mais e documentais. Aqui temos a tal da subordinação RETICULAR. Destaque-se essa citação 
abaixo de JOSIANE RODRIGUES JALES BATISTA:
Essa subordinação se justifica, na medida em que se acredita que a nova organizaçãoprodutiva 
faça nascer a empresa rede, que desenvolve uma forma correlata de subordinação, ou seja, de 
empresas interligadas em rede, que, ao final, irão beneficiar uma empregadora. Logo, havendo a 
subordinação econômica entre a empresa prestadora de serviços com a tomadora, esta será tam-
bém responsável pelos empregados daquela, o que configura a subordinação reticular. Para seus 
idealizadores, esta modalidade de subordinação poderá alcançar vários casos de alguns trabalha-
dores em situações especiais, estendendo a eles os direitos celetistas.
E) em que o trabalho deve ser pago – ONEROSIDADE. Significa o ponto econômico da força 
de trabalho (contrapartida econômica pela prestação do serviço feito pelo trabalhador). Ora, se 
o contrato de trabalho é bilateral implica concessões e obrigações recíprocas, razão pela qual 
o trabalhador oferece sua mão de obra em troca de uma contraprestação econômica. O que 
importa não é o quantum a ser pago, mas, sim, o pacto. Significa que existirá um pagamento 
pelo serviço prestado. A forma e o tempo de pagamento são acertados pelas partes, podendo 
ser quinzenal, semanal, mensal. Na verdade, não ultrapassa, geralmente, o mês. O pagamento 
é “MEDIANTE SALÁRIO”.
Lembre-se que, para fins de caracterização do contrato de trabalho, as anotações da CTPS 
geram apenas presunção juris tantum, ou seja, relativa. Isso significa que as anotações ali pre-
sentes, podem ser elididas (descaracterizadas) por prova contrária, nos termos da Súmula 12 
do TST, nos seguintes termos:
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Súmula n. 12 do TST
CARTEIRA PROFISSIONAL (mantida)
As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram 
presunção juris et de jure”, mas apenas juris tantum”.
O PULO DO GATO
Alteridade que é justamente o risco do empreendimento é uma característica do EMPREGA-
DOR e, não, do empregado. A exclusividade na realização do trabalho também não é requisito 
essencial para a caracterização do emprego. Cuidado com isso, porque é frequente em provas 
cobrarem esses dois nomes: alteridade (risco do empreendimento) e exclusividade.
O trabalhador eventual é aquele que não preenche o requisito que tratamos acima da não 
eventualidade.
Nesse caso, para desconfigurar a relação de emprego, o trabalho eventual é aquele que 
não possui ânimo definitivo de continuar laborando, não se fixa a uma fonte de trabalho, de-
sempenha atividades de curto prazo, geralmente, laborando para um determinado evento e não 
possui, em regra, relação com os fins do empreendimento.
Mas é preciso não confundir com o trabalhador intermitente que possui relação de empre-
go. Ele foi trazido pela Reforma Trabalhista, e, atualmente, ultrapassadas a MP 808, a literalida-
de para as provas é a seguinte na CLT:
Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especi-
ficamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo 
ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em 
contrato intermitente ou não
§ 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de servi-
ços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
§ 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, 
presumindo-se, no silêncio, a recusa.
§ 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho inter-
mitente.
§ 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, 
pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração 
que seria devida, permitida a compensação em igual prazo
§ 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o 
trabalhador prestar serviços a outros contratantes.
§ 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato 
das seguintes parcelas:
I – remuneração;
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
II – férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III – décimo terceiro salário proporcional;
IV – repouso semanal remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma 
das parcelas referidas no § 6º deste artigo.
§ 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo 
de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e 
fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.
§ 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, 
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo 
empregador.
O PULO DO GATO
TRABALHADOR INTERMITENTE tem direitos trabalhistas e é regulamentado na CLT.
Nesse ponto, temos a reunião dos cinco elementos primordiais: PRESTAÇÃO DE TRABA-
LHO POR PESSOA FÍSICA; COM PESSOALIDADE; NÃO EVENTUALIDADE; ONEROSIDADE E SU-
BORDINAÇÃO.
Em continuidade, as partes devem ser capazes, o objeto do contrato de trabalho deve 
ser lícito, possível, determinado ou determinável; forma contratual prescrita em lei e vonta-
de das partes em continuar juntas no desempenho de uma atividade mediante recebimento 
de salários.
Dispõe a CF/88 no artigo 7, XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre 
a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos.
Além disso, é preciso tratar do objeto, que pode deve ser lícito. Com isso, já adianto uma 
matéria muito importante: trabalho ilícito x trabalho proibido.
Há uma peculiaridade que já abordei antes e que preciso enfatizar pela frequência da co-
brança em provas: POLICIAL MILITAR que, inclusive, deixei ao fim do material uma notícia 
importante do TST. (Por coincidência até julguei um caso parecido quando estava no TRT 14).
Então, veja lá no anexo de jurisprudências. Não se esqueça da Súmula n. 386 do TST:
POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA 
PRIVADA
Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de 
emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabi-
mento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Trabalho proibido Trabalho ilícito
É aquela que ofende a CF/88, mas tem seus 
direitos resguardados em âmbito trabalhista. É o 
caso do trabalho infantil dos menores de 18 anos 
feito de forma irregular, do trabalho em condições 
insalubres,por exemplo, aos menores de 18 
anos. Consequência: a relação de trabalho deve 
ser preservada para os efeitos trabalhistas e 
previdenciários.
Observações: 1) vamos aprofundar essa matéria 
na aula de contrato de aprendizagem; 2) também 
é chamado de trabalho IRREGULAR em algumas 
bancas.
É aquele que corresponde a um ilícito penal. É o caso, 
por exemplo, da pessoa que trabalha como “avião” no 
tráfico.
No caso do jogo do bicho, veja o seguinte: OJ 199 
do TST e uma notícia ao final do material: 199. 
JOGO DO BICHO. CONTRATO DE TRABALHO. 
NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de 
trabalho celebrado para o desempenho de atividade 
inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de 
seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para 
a formação do ato jurídico.
Consequência: a relação de trabalho não é 
preservada para os efeitos trabalhistas e 
previdenciários.
Aqui temos que estabelecer a competência da Justiça do Trabalho para fins de processar e 
julgar servidores celetistas e empregados públicos que são os concursados submetidos à CLT.
Note-se, entendimento, recente do STF sobre a questão da competência no caso de greve, 
nos termos de Repercussão Geral de número 544: A justiça comum, federal ou estadual, é com-
petente para julgar a abusividade de greve de servidores públicos celetistas da Administração 
pública direta, autarquias e fundações públicas.
Logo, muito cuidado! Porque isso é pegadinha de prova!
PEGADINHA DA BANCA
(STF) A justiça comum, federal ou estadual, é competente para julgar a abusividade de gre-
ve de servidores públicos celetistas da Administração pública direta, autarquias e funda-
ções públicas.
Vamos tratar com profundidade em outras aulas sobre o tema, mas é preciso destacar o 
caso dos servidores administrativos irregulares, ou seja, aqueles que não fizeram concurso pú-
blico e ocupam cargos na Administração. Nesse ponto, existe uma súmula específica acerca 
do tema do TST:
SÚMULA N. 363 CONTRATO NULO. EFEITOS
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso 
público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao 
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, res-
peitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
Mais uma vez, não se confunda: foi cancelada a OJ 205 do TST.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
O STF entende o seguinte:
1) A Justiça do Trabalho não é mais competente para dirimir dissídio individual entre traba-
lhador e ente público se há controvérsia acerca do vínculo empregatício.
2) A lei que disciplina a contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da CF/1988) é suficiente para 
deslocar a competência da Justiça do Trabalho para a Justiça Comum.
Logo, discussões sobre dúvidas se é contrato temporário ou não, quem vai resolver é a 
Justiça Comum, Federal ou Estadual.
001. (INÉDITA/2020) Valentina ajuíza ação trabalhista na Justiça do Trabalho para discutir 
controvérsia da relação de emprego com o Município de São Gonçalo do Amarante, aqui no 
Ceará. Logo, ela pretende reconhecer o vínculo dela, mas há divergências sobre tais pontos. 
Nesse sentido, o procedimento de Valentina está correto.
A resposta está errada, pois a OJ 205 do TST foi cancelada e, com isso, a Justiça do Trabalho 
não é mais competente para dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há 
controvérsia acerca do vínculo empregatício. Antes do cancelamento, a resposta estaria cor-
reta no gabarito. Veja que o centro da questão é CONTROVÉRSIA do vínculo entre o partes. Se 
Valentina fosse celetista, a competência seria da Justiça do Trabalho.
Errado.
002. (INÉDITA/2020) Valentina está laborando em favor do Município de São Gonçalo do 
Amarante, aqui no Ceará. Ajuizou ação trabalhista na Justiça do Trabalho e, de repente, anexou 
no seu processo trabalhista uma legislação que disciplina a contratação por tempo determina-
do para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Além disso, existe 
controvérsia da relação de trabalho.
Foi cancelada a OJ 205 do TST. O STF entende o seguinte: 1) A Justiça do Trabalho não é mais 
competente para dirimir dissídio individual entre trabalhador e ente público se há controvérsia 
acerca do vínculo empregatício. 2) A lei que disciplina a contratação por tempo determinado 
para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público (art. 37, inciso IX, da 
CF/1988) é suficiente para deslocar a competência da Justiça do Trabalho para a Justiça Co-
mum. Logo, discussões sobre dúvidas se é contrato temporário ou não, quem vai resolver é a 
Justiça Comum, Federal ou Estadual.
Errado.
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Maria Rafaela
O estágio é diferente da relação de emprego. É regulamento pela Lei número 11.788/2008.
Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que 
visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino 
regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da 
educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da 
educação de jovens e adultos.
Logo, o estágio abrange todos os níveis: fundamental, médio e superior, tanto brasileiros 
como estudantes estrangeiros que possuam visto para estudo no Brasil.
Se houver descumprimento de alguns dos requisitos do artigo 3º da legislação, IMPLICARÁ 
CARACTERIZAÇÃO DE RELAÇÃO DE EMPREGO, com todas as consequências trabalhistas e 
previdenciárias.
Nesse sentido, veja o artigo 3º muito importante para a sua prova:
Art. 3º O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na prevista no § 2º do mesmo 
dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos:
I – matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profis-
sional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modali-
dade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;
II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a ins-
tituição de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de 
compromisso.
§ 1ºO estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo 
professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por 
vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação 
final.
§ 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no 
termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do 
estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
É importante destacar a jornada do estagiário: A jornada de atividade em estágio será de-
finida de comum acordo entre a instituição de ensino,a parte concedente e o aluno estagiário 
ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as 
atividades escolares e não ultrapassa:
(1) 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educa-
ção especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação 
de jovens e adultos;
(2) 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino 
superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular.
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O estágio relativo a cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão 
programadas aulas presenciais, poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas semanais, des-
de que isso esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino.
Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos 
períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida pelo menos à metade, segundo 
estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante.
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, ex-
ceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência.
É assegurado ao estagiário, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) 
ano, período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias 
escolares.
O recesso deverá ser remunerado quando o estagiário receber bolsa ou outra forma de 
contraprestação. Os dias de recesso previstos neste artigo serão concedidos de maneira pro-
porcional, nos casos de o estágio ter duração inferior a 1 (um) ano.
O descumprimento de qualquer das regras torna o estágio um contrato de emprego com 
todas as benesses previdenciárias e trabalhistas.
A CLT não trata do estagiário, mas tão só do contrato de aprendizagem, referente ao me-
nor aprendiz.
O PULO DO GATO
A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei que estamos estudando ca-
racteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os 
fins da legislação trabalhista e previdenciária. o estagiário poderá receber bolsa ou outra forma 
de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como 
a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. A eventual concessão de be-
nefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo 
empregatício.
Por fim, é muito importante para os concursos o artigo 17 da LEI:
Art. 17. O número máximo de estagiários em relação ao quadro de pessoal das entidades conce-
dentes de estágio deverá atender às seguintes proporções:
I – de 1 (um) a 5 (cinco) empregados: 1 (um) estagiário;
II – de 6 (seis) a 10 (dez) empregados: até 2 (dois) estagiários;
III – de 11 (onze) a 25 (vinte e cinco) empregados: até 5 (cinco) estagiários;
IV – acima de 25 (vinte e cinco) empregados: até 20% (vinte por cento) de estagiários.
§ 1º Para efeito desta Lei, considera-se quadro de pessoal o conjunto de trabalhadores empregados 
existentes no estabelecimento do estágio.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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§ 2º Na hipótese de a parte concedente contar com várias filiais ou estabelecimentos, os quantita-
tivos previstos nos incisos deste artigo serão aplicados a cada um deles.
§ 3º Quando o cálculo do percentual disposto no inciso IV do caput deste artigo resultar em fração, 
poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior.
§ 4º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos estágios de nível superior e de nível médio 
profissional.
§ 5º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das 
vagas oferecidas pela parte concedente do estágio.
As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, au-
tárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em 
seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio.
É diferente o contrato de aprendizagem com o de estágio, do qual passo a analisar no qua-
dro abaixo:
Estagiário Menor aprendiz
Relação de trabalho
Previsão na lei específica
contrato formal específico
não pode exceder 2 anos, exceto quando se 
tratar de estagiário portador de deficiência.
Não existe limite de idade máximo
Não tem direitos trabalhistas e 
previdenciários
Jornada: pode ser de 20 a 30 horas semanais.
O estágio relativo a cursos que alternam 
teoria e prática, nos períodos em que não 
estão programadas aulas presenciais, 
poderá ter jornada de até 40 (quarenta) horas 
semanais, desde que isso esteja previsto no 
projeto pedagógico do curso e da instituição 
de ensino.
Não tem anotação da CTPS
Relação de emprego
Previsão na CLT
contrato formal específico
não pode exceder 2 anos, exceto quando se 
tratar de aprendiz portador de deficiência.
Só até 24 anos, salvo se for aprendiz 
portador de deficiência.
Direitos trabalhistas e previdenciários
Jornada: A duração do trabalho do menor 
regular-se-á pelas disposições legais 
relativas à duração do trabalho em geral. 
Após cada período de trabalho efetivo, quer 
contínuo, quer dividido em 2 (dois) turnos, 
haverá um intervalo de repouso, não inferior 
a 11(onze) horas.
Tem anotação na CTPS
Recebe bolsa aprendizagem Recebe salário
O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acor-
dada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de 
estágio não obrigatório. A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimen-
tação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício.
O trabalhador avulso, aquele contratado com intervenção obrigatória do sindicato ou do ór-
gão gestor de mão de obra (OGMO), equipara-se ao trabalhador com vínculo empregatício, con-
figurando exceção, pois possui todos os direitos trabalhistas inerentes à relação de emprego.
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O trabalhador avulso é diferente do eventual, pois o avulso atua no mercado mediante enti-
dade intermediária. No caso é o OGMO ou sindicato. O eventual trabalha sem a intermediação 
seja do sindicato ou do OGMO. Essa é a principal diferença: AVULSO X EVENTUAL.
O PULO DO GATO
Associe a situação do avulso com o PORTUÁRIO E NÃO PORTUÁRIO. Aqui temos duas figuras 
importantes: avulso portuário e não portuário.
Quanto à ideia do portuário, destaca-se a Lei n. 12.023/2009. A legislação é pequena, mas 
você precisa saber alguns dados que colocarei na explicação desse capítulo.
Cuidado com as diferenças, masé sempre bom ter a associação com o AVULSO. Impor-
tante destacar: intermediação do sindicato ou OGMO (órgão gestor de mão de obra portuária).
Também existe responsabilização das empresas tomadoras em relação ao trabalho desen-
volvido pelos portuários.
As empresas tomadoras do trabalho avulso respondem solidariamente pela efetiva remu-
neração do trabalho contratado e são responsáveis pelo recolhimento dos encargos fiscais e 
sociais, bem como das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social, 
no limite do uso que fizerem do trabalho avulso intermediado pelo sindicato.
As empresas tomadoras do trabalho avulso são responsáveis pelo fornecimento dos Equi-
pamentos de Proteção Individual e por zelar pelo cumprimento das normas de segurança 
no trabalho.
Para você conhecer que tipo de atividades são desempenhadas pelos avulsos: as ativi-
dades da movimentação de mercadorias em geral desenvolvidas pelos avulsos: I – cargas e 
descargas de mercadorias a granel e ensacados, costura, pesagem, embalagem, enlonamento, 
ensaque, arrasto, posicionamento, acomodação, reordenamento, reparação da carga, amostra-
gem, arrumação, remoção, classificação, empilhamento, transporte com empilhadeiras, paleti-
zação, ova e desova de vagões, carga e descarga em feiras livres e abastecimento de lenha em 
secadores e caldeiras; II – operações de equipamentos de carga e descarga; III – pré limpeza e 
limpeza em locais necessários à viabilidade das operações ou à sua continuidade. Também te-
mos como atividades de portuários: I – capatazia: atividade de movimentação de mercadorias 
nas instalações dentro do porto, compreendendo o recebimento, conferência, transporte inter-
no, abertura de volumes para a conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem 
como o carregamento e descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento por-
tuário; II – estiva: atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das 
embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação, peação e despeação, 
bem como o carregamento e a descarga, quando realizados com equipamentos de bordo; III 
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– conferência de carga: contagem de volumes, anotação de suas características, procedência 
ou destino, verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do 
manifesto e demais serviços correlatos, nas operações de carregamento e descarga de em-
barcações; IV – conserto de carga: reparo e restauração das embalagens de mercadorias, nas 
operações de carregamento e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarca-
ção, carimbagem, etiquetagem, abertura de volumes para vistoria e posterior recomposição; V 
– vigilância de embarcações: atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo 
das embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercado-
rias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação; e 
VI – bloco: atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, 
incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correla
O PULO DO GATO
Despenca em prova o artigo da CF/88: art. 7, inciso XXXIV – igualdade de direitos entre o tra-
balhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
Para ficar mais didática a exposição dessa matéria, farei uma tabela abaixo com as distin-
ções entre as duas categorias.
PORTUÁRIO – Lei 12.815/2013 NÃO PORTUÁRIO – Lei 12.023/2009
Intermediação do Sindicato ou do OGMO.
Pode contratar mediante as regras previstas 
na CLT por tempo indeterminado.
O trabalho portuário de capatazia, estiva, 
conferência de carga, conserto de carga, 
bloco e vigilância de embarcações, nos 
portos organizados, será realizado por 
trabalhadores portuários com vínculo 
empregatício por prazo indeterminado e por 
trabalhadores portuários avulsos.
A contratação de trabalhadores portuários 
de capatazia, bloco, estiva, conferência de 
carga, conserto de carga e vigilância de 
embarcações com vínculo empregatício 
por prazo indeterminado será feita 
exclusivamente dentre trabalhadores 
portuários avulsos registrados.
Podem desenvolver atividades gerais de 
movimentação de mercadorias, como 
cargas e descargas de mercadorias a granel 
e ensacados, por exemplo.
As regras da Lei 12.023/2009 não se 
aplicam aos trabalho avulso portuário que 
é regulado pela Lei 12.815/2013.
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PEGADINHA DA BANCA
A disposição da CF/88 no artigo 7, inciso XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador 
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso vale para os portuários e não 
portuários.
6. resolução de Questões dA provA de 2021
Nesse capítulo do livro, passo a traçar as dicas do que você deveria redigir nas questões 
subjetivas do exame XXXII, pois ler espelhos de provas vai te ajudar a ter um norte maior do 
que esperar dos próximos concursos da OAB:
QUESTÃO 1
Jéssica trabalha como operadora de telemarketing em uma sociedade empresária, oferecendo 
vários produtos, por telefone (seguro de vida, seguro saúde e plano de capitalização, entre ou-
tros). A empregadora de Jéssica propôs que ela trabalhasse de sua residência, a partir de feve-
reiro de 2018, o que foi aceito. Então, a sociedade empresária montou a estrutura de um home 
office na casa de Jéssica, e o trabalho passou a ser feito do próprio domicílio da empregada. 
Passados 7 (sete) meses, a sociedade empresária convocou Jéssica para voltar a trabalhar 
na sede, a partir do mês seguinte, concedendo prazo de 30 (trinta) dias para as adaptações 
necessárias. A empregada não concordou, argumentando que já havia se acostumado ao con-
forto e à segurança de trabalhar em casa, além de, nessa situação, poder dar mais atenção 
aos dois filhos menores. Ela ponderou que, para que a situação voltasse a ser como antes, 
seria necessário haver consenso, mas que, no seu caso, não concordava com esse retroces-
so. Diante da situação retratada e dos ditames da CLT, responda aos itens a seguir. A) Analise 
se a empregada tem razão em negar-se a voltar a trabalhar fisicamente nas dependências da 
sociedade empresária. Justifique. (Valor: 0,65) B) Se Jéssica ajuizasse ação postulando horas 
extras no período em que atuou em seu domicílio, que tese você, contratado(a) pela sociedade 
empresária, sustentaria? Justifique. (Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
A) Você faz uma abordagem sobre o que seja teletrabalho e uma breve análise sobre esta nova 
modalidade, regulamentada na CLT após a Reforma Trabalhista. Na sequência, responda que a 
empregada não tem razão, pois é direito do empregador retornar do trabalho realizado em do-
micílio para o presencial, sendo desnecessária a concordância do empregado para mudança 
do regime de teletrabalho para o presencial, conforme o Art. 75-C § 2º, da CLT. Você aqui pode 
fazer alusão ao poder diretivo do empregador, principalmente, porque é sobre ele que recai o 
risco do empreendimento. B) Você pode brevemente trazer as limitações constitucionais para, 
na sequência, aduzir que nem todas as situações de uma relação de empregose encaixam no 
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direito ao recebimento de horas extras, como é o caso do teletrabalho. A tese a ser apresenta-
da é a de que o teletrabalho não enseja pagamento de horas extras, estando excluído do regi-
me de duração horária, na forma do Artigo 62, inciso III, da CLT. O teletrabalho não gera horas 
extras ou está excluído do regime de duração horária. Não havia aqui necessidade de tratar de 
jurisprudência, na medida em que não existe qualquer regulamentação sobre o tema.
QUESTÃO 2
A sociedade empresária Madeiras de Lei Ltda. contratou você, como advogado(a), para defen-
dê-la em uma reclamação trabalhista proposta pelo ex-empregado Roberto. Após devidamente 
contestada e instruída a demanda, a sentença foi prolatada, julgando o pedido procedente em 
parte. A sociedade empresária pretende recorrer da sentença porque acha que nada deve ao 
ex-empregado e questiona o valor dos custos desse recurso. Cientificada por você do valor das 
custas e do depósito recursal, a sociedade empresária diz que está acumulando capital para 
abrir novas filiais e ampliar sua rede, de modo que, no momento, em razão de suas prioridades 
internas, só tem valor disponível para as custas. Considerando a narrativa dos fatos e os ter-
mos da CLT, responda às indagações a seguir. A) Indique a alternativa jurídica que viabilizaria a 
interposição do recurso ordinário sem a necessidade de a sociedade empresária desembolsar 
o numerário do depósito recursal, considerando que, pela narrativa, ela não é beneficiária de 
gratuidade de justiça. Justifique. (Valor: 0,65) B) Se a sociedade empresária tivesse a recu-
peração judicial deferida pela Justiça Comum antes da sentença, como ficaria a questão do 
depósito recursal para fins de interposição do recurso ordinário por ela desejado? Justifique. 
(Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
A) Nesse tipo de questão, faça uma introdução explicando o que é depósito recursal. Na CLT, 
há dispositivos legais dos quais você pode fazer um resumo introdutório para mostrar ao exa-
minador que você entende o tema chave da pergunta. Se puder, estabeleça rapidamente, a dis-
tinção entre custas e depósito recursal e, aí enfrente a questão, aduzindo que a substituição ou 
apresentação do depósito recursal em dinheiro por fiança bancária ou seguro garantia judicial, 
na forma do Art. 899, § 11, da CLT é possível. B) Ainda sobre a temática, desenvolva a resposta 
no sentido de que a sociedade empresária ficaria isenta do depósito recursal, na forma do Art. 
899, § 10, da CLT. Não há necessidade de transcrição de dispositivos ou de indicação de juris-
prudência do TST sobre este tema.
QUESTÃO 3
Rezende, contratado em 05/04/2019 como cozinheiro no restaurante Paladar Supremo Ltda, 
trabalhava de segunda à sexta-feira, das 16h às 00h, sem intervalo. Em 04/09/2019, Rezende 
foi dispensado sem justa causa e ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de 
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1 hora diária com adicional de 50%, em razão do intervalo para refeição não concedido, além 
da integração dessa hora com adicional de 50% ao 13º salário, às férias, ao FGTS e ao repouso 
semanal remunerado. Considerando a situação apresentada e os termos da CLT, responda aos 
itens a seguir.
a) Caso você fosse contratado pela empresa, que reconhece não ter concedido o intervalo para 
refeição, que tese jurídica você poderia advogar em defesa dos interesses da reclamada para 
reduzir eventual condenação? (Valor: 0,65) B) Caso a reclamação trabalhista proposta por Re-
zende não identificasse nenhum valor, mas apenas a indicação dos direitos que ele postulava, 
que preliminar você advogaria em favor da empresa? (Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
Seria importante você trazer para o examinador o conceito do intervalo intrajornada e as con-
sequências da sua supressão, principalmente, as mudanças da Reforma Trabalhista, princi-
palmente, acerca da natureza indenizatória. Na sequência, apontar a tese a ser apresentada 
é a de que o intervalo para refeição devido, após o advento da Lei n. 13.467/17, tem natureza 
indenizatória e, assim, não gera reflexo em outros direitos, conforme prevê o Art. 71, § 4º, da 
CLT. No item B, sugiro que você fale que, na defesa dos interesses da empresa, deverá ser sus-
citada preliminar de inépcia para extinção do processo sem resolução do mérito porque não 
houve indicação do valor na petição inicial, em desacordo com o que determina o Art. 840, §§ 
1º ou 3º, da CLT, Art. 852-B, I ou § 1º, da CLT, Art. 330, I ou § 1º, I ou II, do CPC ou Art. 337, IV, do 
CPC. O TST tem um entendimento particular sobre isso a partir de 2020, mas você pode usar 
o argumento acima.
QUESTÃO 4
Clotilde foi contratada, em 10/12/2019, pela sociedade empresária Viação Pontual Ltda., a títu-
lo de experiência, por 45 dias, recebendo o valor correspondente a 1,5 salário mínimo por mês. 
Passado o prazo de 45 dias e não tendo Clotilde mostrado um bom desempenho no serviço, a 
empregadora resolveu não dar prosseguimento ao contrato, que foi extinto no seu termo final. 
Ocorre que o ex-empregador não pagou à Clotilde as verbas relativas ao rompimento contra-
tual, o que a levou a ajuizar reclamação trabalhista pedindo justamente essas verbas, que fo-
ram liquidadas na inicial e alcançaram o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais). Na sentença, 
e seguindo os pedidos formulados, considerando, ainda, que a sociedade empresária reconhe-
ceu que não pagou qualquer verba por estar em dificuldades financeiras, o juiz julgou proce-
dente o pedido e condenou a sociedade empresária ao pagamento de aviso prévio, 13º salário 
proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, saldo salarial de 15 dias e honorários 
advocatícios de 10% sobre o valor da execução, conforme rol de pedidos formulados na de-
manda. Diante da narrativa apresentada e dos termos da CLT, responda às indagações a seguir.
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Maria Rafaela
a) Caso você fosse contratado(a) pela sociedade empresária, que tese de mérito apresentaria 
no recurso ordinário em relação ao objeto da condenação para tentar reduzi-lo? Justifique. 
(Valor: 0,65)
b) Caso fosse necessário, quantas testemunhas, no máximo, a sociedade empresária poderia 
conduzir à audiência na reclamação trabalhista de Clotilde? Justifique. (Valor: 0,60)
SUGESTÃO DE RESPOSTA
a) Aborde a diferença do conceito e consequências jurídicas do contrato por prazo indetermi-
nado e determinado. Dentre este último, trate das espécies e aprofunde na ideia do contrato 
de experiência, com ênfase na CLT. A tese defensiva é a de que na extinção de contrato a 
termo, como é o caso do contrato de experiência, não é devido o pagamento do aviso prévio, 
conforme Art. 487 da CLT, pois o contrato foi encerradono termo final previsto. Faça menção 
da exceção da cláusula assecuratória de direito recíproco que não é o caso da questão para 
“conquistar de vez o coração do examinador”.
B) Explique, rapidamente para o examinador, a diferença entre o rito sumaríssimo, sumário 
e ordinário. Por fim, diga que, uma vez que o valor dos pedidos submete a causa ao procedi-
mento sumaríssimo, a sociedade empresária poderia conduzir, no máximo, duas testemunhas, 
conforme o Art. 852-H, § 2º, da CLT.
O PULO DO GATO
Não adianta fazer respostas muito longas para não passar a ideia ao examinador que você 
está enrolando para não responder. Mas também não responda muito diretamente, sem pas-
sar para ele uma pequena noção do assunto, demonstrando seu conhecimento. A grande dica 
é o velho clichê do equilíbrio. Passe um pouco de conceitos, mas não se alongue tanto, pois 
você ser mal interpretado pelo examinador. Então, as dicas nas respostas da prova de 2021 
dão um “caminho das pedras” de como deveria ser a redação das questões subjetivas. Espero 
muito ter ajudado.
7. enunciAdo dAs Questões dA provA práticA processuAl de 2019
EXAME XXX DA OAB
Após juntar durante alguns anos suas economias e auxiliado por seus familiares, Tito 
comprou uma motocicleta e começou a trabalhar em 15/12/2018 como motoboy na Pizzaria 
Gourmet Ltda, localizada no Município de Parauapebas, Estado do Pará, realizando a entrega 
em domicílio de pizzas e outros tipos de massas aos clientes do empregador. A carteira de 
trabalho de Tito foi devidamente assinada, com o valor de 1 salário mínimo mensal. Em razão 
da atividade desempenhada, Tito poderia escolher diariamente um item do cardápio para se 
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alimentar no próprio estabelecimento, sem precisar pagar pelo produto. Tito fazia em média 
10 entregas em seu turno de trabalho, e normalmente recebia R$ 1,00 (um real) de bonificação 
espontânea de cada cliente, gerando uma média de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) 
mensais. Tito exercia suas funções durante seis dias na semana, com folga na 2ª feira, sendo 
que, uma vez por mês, a folga era em um domingo. A jornada cumprida ia das 18h às 3h30, 
com intervalo de 40 minutos para refeição. No mês de agosto de 2019, Tito fez a entrega de 
uma pizza na casa de um cliente. Ocorre que o cozinheiro da pizzaria se confundiu no preparo 
e assou uma pizza de calabresa, sendo que o cliente era alérgico a esse produto (linguiça). Ao 
ver a pizza errada, o cliente foi tomado de fúria incontrolável, começou a xingar e a ameaçar 
Tito, e terminou por soltar seus cães de guarda, dando ordem para atacar o entregador. Tito 
correu desesperadamente, mas foi mordido e arranhado pelos animais, sendo lesionado gra-
vemente. Em razão disso, ele precisou se afastar por 30 dias para recuperação, recebendo o 
benefício previdenciário pertinente do INSS. Tito gastou R$ 30,00 na compra de vacina antirrá-
bica, que por recomendação médica foi obrigado a tomar, porque não sabia se os cachorros 
eram vacinados. Em 20 de setembro de 2019, após obter alta do INSS, Tito retornou à empre-
sa e foi dispensado, recebendo as verbas rescisórias. Nos contracheques de Tito, constam, 
mensalmente, o pagamento do salário mínimo nacional na coluna de créditos e o desconto 
de INSS na coluna de descontos, sendo que no mês de março de 2019 houve ainda dedução 
de R$ 31,80 a título de contribuição sindical, sem que tivesse autorizado o desconto. Tito foi à 
CEF e solicitou seu extrato analítico, onde consta depósito de FGTS durante todo o contrato de 
trabalho. Considerando que, em outubro de 2019, Tito procurou você, como advogado(a), para 
pleitear os direitos lesados, informando que continua desempregado, elabore a peça proces-
sual pertinente. (Valor: 5,00)
EXAME XXVII
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da socie-
dade empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática.
Nelson informa que foi despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, 
não recebendo qualquer indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês; que a em-
presa não integrava, para fim algum, o salário-família que Nelson recebia; que trabalhava de 
segunda-feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição; que o local 
de trabalho era de difícil acesso e não servido por transporte público regular, pelo que a empre-
sa fornecia o transporte para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que Nelson demorava uma 
hora no trajeto de ida e outra uma hora no de volta; que realizou exame médico na admissão; 
que Nelson tem uma irmã que trabalha na mesma sociedade empresária, exercendo a função 
de programadora de jogos digitais.
O trabalhador exibe cópias dos contracheques, nos quais há, na parte de crédito, salário de 
R$ 1.200,00 e uma cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte 
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e FGTS. Nelson ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 
28/04/2018, na função de auxiliar de serviços gerais; na parte de anotações gerais, há anota-
ção de que o empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. Em 
pesquisa pela Internet, você localiza a convenção coletiva da categoria de Nelson, com os pi-
sos normativos para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre 
elas os seguintes: auxiliar de serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; 
programador: R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: R$ 6.000,00.
Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Nelson, sem usar 
dados ou informações que não estejam no enunciado. (Valor: 5,00)
8. resolução de Questões dA provA de 2022
003. Cícero é piloto da aviação comercial. Após deixar de trabalhar para uma determinada 
companhia aérea brasileira, porque seus salários estavam atrasados e já contava com cinco 
anos sem desfrutar férias, foi contratado por uma companhia aérea chinesa, que faz apenas 
voos locais. Cícero ajuizou reclamação trabalhista em face da ex-empregadora, mas, no dia e 
na hora designados para a audiência, ele não poderia estar presente, pois estava a trabalho na 
China, em voo de longa duração, sem a possibilidade de acesso à internet. Ocorre que Cícero 
tem pressa na solução do processo. Com base na hipótese apresentada, com fundamento na 
CLT, responda, como advogado(a) de Cícero, aos itens a seguir.
a) Considerando que a Vara do Trabalho para qual o processo foi distribuído utiliza o sistema 
de audiência fracionada, que medida você deverá adotar para evitar o adiamento da audiência 
ou o arquivamento do processo? Fundamente. (Valor: 0,65)
b) Acerca da ruptura do contrato de trabalho, que tese jurídica você sustentaria na reclamação 
trabalhista? Fundamente. (Valor: 0,60)
a) No caso do reclamante não conseguir comparecer à audiência no processo trabalhista, no 
caso, a 1ª audiência, de forma justificada – como é o caso do obreiro, por estar em viagem 
internacional para a China, a serviço –, o advogado pode apresentara prova documental soli-
citando o adiamento da audiência, mas, no caso de evitar a redesignação da audiência, para 
garantir a maior celeridade possível, pode-se evitar o arquivamento do feito substituindo-o por 
outro empregado, mediante a aplicação do art. 843 da CLT:
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, indepen-
dentemente do comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúri-
mas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindica-
to de sua categoria. (Redação dada pela Lei n. 6.667, de 3.7.1979)
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que 
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
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§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível 
ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que 
pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Destaca-se, ainda, o teor do art. 844 da CLT:
Art. 844. O não comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, 
e o não comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§ 1º Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência. 
(Redação dada pela Lei n. 13.467, de 2017).
b) No caso da questão narrada, o reclamante pode pleitear a rescisão indireta do contrato de 
trabalho, tendo em vista o descumprimento das obrigações trabalhistas pelo seu empregador 
como o sucessivo e constante atraso de salários. Conforme entendimento jurisprudencial, o 
atraso de salários reiterado torna o empregador em mora e, portanto, inadimplente, atraindo a 
aplicação do art. 483 da CLT. Destaca-se que a rescisão indireta do contrato de trabalho está 
prevista no art. 483 da CLT, caracterizada pela falta grave que o empregador comete com o 
funcionário. De modo mais claro, é uma demissão por justa causa inversa (do empregado para 
o empregador), porém, com verbas rescisórias diferentes. No caso, os efeitos da rescisão indi-
reta são similares aos da dispensa sem justa causa.
004. Jorge Souza atua como auxiliar de produção em uma indústria alimentícia, recebendo 
dois salários-mínimos mensais. Ainda com o contrato em vigor, Jorge ajuizou, no ano de 2020, 
reclamação trabalhista contra o empregador, requerendo o pagamento de insalubridade em 
grau mínimo, pois afirmou existir, no seu local de trabalho, um agente agressor à sua saú-
de. Designada audiência, as partes compareceram, e o juiz verificou que não era possível a 
conciliação. Então, o magistrado determinou de ofício a realização de prova pericial e que a 
sociedade empresária antecipasse os honorários do perito, afirmando que não reconsideraria 
tal comando. Considerando a situação retratada, os ditames da CLT e o entendimento consoli-
dado do TST, responda às indagações a seguir.
a) Como advogado da sociedade empresária, que medida imediata você adotaria para evitar a 
antecipação dos honorários periciais? Justifique. (Valor: 0,65)
b) Se a perícia confirmasse a insalubridade e, na sentença, o juiz condenasse a reclamada 
ao pagamento do adicional desejado, na razão de 10% sobre o salário contratual do recla-
mante, que tese jurídica você adotaria no recurso, em defesa da empresa, para diminuir a 
condenação? Justifique. (Valor: 0,60)
a) Não se admite agravo de instrumento ou retido das decisões interlocutórias na Justiça do 
Trabalho. Portanto, se não há previsão de recursos, e, como a empresa precisa, de forma ime-
diata, neutralizar os efeitos da decisão, tem-se a situação de interposição do Mandado de 
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Segurança. Inclusive, esse é o entendimento do TST, principalmente, porque já há precedentes 
naquela Corte, destacando-se o julgado no RO-518-66.2017.5.11.0000. Portanto, o TST já con-
solidou entendimento sobre a ilegalidade da exigência de depósito prévio para o custeio de 
perícia (Orientação Jurisprudencial 98 da SDI-2). E a Reforma Trabalhista acrescentou o § 3º, 
ao art. 790-B. da CLT, com a mesma tese contida na OJ 98. Além disso, só para fins de maiores 
esclarecimentos, a Instrução Normativa 27 do TST faculta ao juiz exigir o depósito prévio, mas 
ressalva as demandas decorrentes da relação de emprego. Logo, não é possível a exigência de 
depósito prévio dos honorários periciais.
b) A decisão do Magistrado está equivocada, cabendo no Recurso Ordinário sustentar que a base 
de cálculo não é o salário contratual, mas sim o salário-mínimo vigente. No entanto, registre-se 
entendimento de 2021 do TST que, embora o Supremo Tribunal Federal tenha estabelecido que a 
base de cálculo para o adicional de insalubridade é o salário-mínimo, diz poder haver exceções a 
essa regra, como nos casos em que o adicional é calculado, desde o início da relação trabalhista, 
tendo como parâmetro o salário-base, conforme o TST. De qualquer forma, a tese pode ser encam-
pada no sentido de que o salário contratual não seria o parâmetro, o que diminuiria o quantum da 
condenação, mas, sim, o salário-mínimo, com base na orientação do Supremo Tribunal Federal.
005. Você foi procurado, como advogado(a), por Hernani Gomes, que afirmou, em resumo, 
ter adquirido um imóvel da sociedade empresária X, em 2000, onde reside com sua família, 
e que, em setembro de 2021, recebeu a visita de um oficial de justiça informando a penhora 
do imóvel, avaliado no ato em R$200.000,00, para pagamento de uma dívida trabalhista de 
R$12.000,00. Hernani, que nunca foi proprietário ou sócio de empresa, e sequer sabia da exis-
tência de qualquer processo, procurou, pela internet, informação pelo número do processo 
que estava no mandado e constatou que a penhora foi feita no bojo da execução trabalhista 
de uma empregada que se ativou na sociedade empresária X de 2019 a 2020. Pelo fato de o 
imóvel ter sido anteriormente da sociedade empresária X, o juiz deferiu a penhora sobre ele. 
Sobre a hipótese apresentada, e considerando que Hernani jamais integrou o quadro societário 
da executada, responda aos itens a seguir.
a) Que medida judicial você, agora contratado(a) por Hernani, adotaria para tentar levantar a 
penhora sobre o bem imóvel? (Valor: 0,65)
b) Caso a medida judicial por você adotada fosse indeferida, que recurso você interporia para 
tentar reverter a situação? (Valor: 0,60)
a) Efetuado o depósito ou a penhora, as partes têm cinco dias para impugnar o valor da dívida, 
desde que o juiz não tenha aberto prazo para contestação antes de proferir a sentença de liquidação 
ou que, aberto o prazo, na forma do § 2º, do art. 879, da CLT, a parte tenha impugnado satisfatoriamen-
te. Já o recurso que pode ser interposto pelo executado é chamado de “embargos à execução”. E, 
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http://aplicacao4.tst.jus.br/consultaProcessual/resumoForm.do?consulta=1&numeroInt=81932&anoInt=2018
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm
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no caso de um terceiro, como é o caso da questão (ele não é parte no processo, mas uma pessoa 
que adquiriu o imóvel da sociedade empresária), pode fazer uso dos embargos de terceiros. Os 
embargos de terceiro têm natureza jurídica de ação possessória, sendo admissíveis quando hou-
ver a apreensão judicial de bem de propriedade de terceiro, como narra a questão. Uma das teses 
que pode suscitar, inclusive, é ser indevida a penhora porque sua situação era a de terceiro de 
boa-fé e, ainda, do excesso de penhora, haja vista a discrepância do valor da dívida e do imóvel. 
Pode, ainda, argumentar acerca da situação de bem de família.
b) Após a decisão do juiz sobre quaisquer desses recursos, como se trata textualmente, nos 
termos da questão, de uma EXECUÇÃO TRABALHISTA, é possível ingressar com um novo re-
curso, chamado de “Agravo de petição”, no prazo de oito dias. Esse recurso é julgado pelo Tri-
bunal Regional do Trabalho correspondente. No caso de execução trabalhista em curso, o cor-
reto recurso é o Agravo de Petição e, mesmo sendo embargos de terceiros, não cabe o Recurso 
Ordinário. Logo, o recurso cabível em face da sentença que julga os embargos de terceiro é o 
agravo de petição, conforme expressamente dispõe o art. 897, alínea “a”, da CLT. Há também 
precedentes neste sentido no TST.
006. Ribamar trabalhou como atendente de loja na sociedade empresária Rei do Super Açaí 
Ltda., de 06/02/2019 a 03/11/2021, quando foi desligado da sociedade. Ribamar não recebeu 
qualquer indenização e, em razão disso, ele procurou você, como advogado(a), para requerer ju-
dicialmente o pagamento das verbas da saída e horas extras. Ajuizada a reclamação trabalhista, 
a sociedade empresária apresentou contestação, afirmando que o motivo da extinção do contra-
to foi força maior, visto que sofreu muito com a pandemia de Covid-19, de modo que a indeniza-
ção, se cabível, deveria ser paga pela metade. Para ilustrar a situação, a ré informou que, dos 12 
empregados que a sociedade empresária possuía à época dos fatos, atualmente, só restavam 
5 funcionários. Para provar a alegação, exibiu as fichas de registro de seus empregados, que 
confirmam o alegado, mas não juntou controles de ponto do reclamante. Considerando os fatos 
narrados, a previsão legal e o entendimento consolidado do TST, responda aos itens a seguir.
a) Que argumento você apresentaria, em réplica, para tentar descaracterizar a tese de força 
maior? Justifique. (Valor: 0,65)
b) De quem seria o ônus da prova de comprovar a jornada de trabalho e por qual razão? Justi-
fique. (Valor: 0,60)
a) Na defesa dos interesses do reclamante, deve-se sustentar que não se aplica a tese de força 
maior porque não houve extinção do estabelecimento ou da empresa, como exige o art. 502 da CLT. 
O dispositivo é claro em relação às hipóteses em que se aplica essa situação excepcional de resci-
são do contrato de trabalho. A força maior só existe quando a empresa tem a inviabilidade da sua 
atividade econômica e não pode ser usada quando existe mera redução do quadro de funcionários.
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b) O ônus da prova será do empregado, porque a reclamada contava com menos de 20 em-
pregados, sendo, então, desnecessário que ela mantivesse controle escrito dos horários de 
entrada e saída deles, conforme o art. 74, § 2º, da CLT. No caso em liça, cabe ao autor fazer 
uso de qualquer meio de prova para tais fins. Não há situação de inversão do ônus da prova. 
Perceba--se que antes eram apenas 10 funcionários, mas houve alteração na CLT, aumentando 
para o limite de 20 funcionários por estabelecimento.
9. enunciAdo e dicAs de resolução dAs Questões dA provA práticA pro-
cessuAl de 2021.2
001. Sheila Melodia procura você, na condição de advogado(a), em 27/08/2021, relatando 
que é empregada da sociedade empresária Solução Ltda. desde 15/10/2019, recebendo 1 
salário-mínimo por mês, estando com o contrato em vigor. Sheila informa que, desde o início 
do contrato de trabalho, atua como auxiliar de manutenção terceirizada nas dependências da 
sociedade empresária Tecnologia Ltda., localizada em Campinas/SP, pois existe contrato de 
prestação de serviços entre ambas as empresas. A empregada informa que jamais assinou 
qualquer documento ou autorização, sendo aprovada em processo seletivo para, logo após, 
ter a CTPS anotada. Diz que trabalha de 2ª a 6ª feira, das 9h às 15h, com intervalo de 15 
minutos para refeição, e aos sábados, das 8h às 14h, sem intervalo, marcando corretamente 
os cartões de ponto. Sheila explica que o supervisor da empregadora, alocado junto à socie-
dade empresária Tecnologia Ltda. para controlar a qualidade dos serviços, foi substituído 
há 2 meses, e o novo supervisor, de nome Carlos, tem o estranho e constrangedor hábito de 
enfileirar as empregadas no início do expediente e exigir que cada trabalhadora lhe dê um 
beijo no rosto. Carlos justifica esse procedimento dizendo que é uma forma de melhorar a 
relação da chefia com as subordinadas, e afirma que quem se negar sofrerá punição. Com 
receio de sofrer algo, Sheila se submete à vontade de Carlos, mesmo contrariada. Sheila lhe 
apresenta um extrato atual do FGTS, no qual se verifica um único depósito referente à com-
petência de novembro de 2019, a certidão de nascimento do seu único filho, que tem 20 anos 
de idade, uma fotografia na qual aparece com o uniforme da sociedade empresária Solução 
Ltda., a cópia da ata de audiência de um processo anterior que ela ajuizou contra as empre-
sas, com as mesmas pretensões, e que foi extinta sem resolução do mérito (arquivada) de-
vido à ausência da trabalhadora à 1ª audiência, tendo ela pago as custas processuais, com 
grande sacrifício (Reclamação número 0100217-58.2021.5.15.0170, que tramitou perante a 
170ª Vara do Trabalho de Campinas), os contracheques de todo o período, nos quais consta, 
na parte de créditos, o salário-mínimo e, na parte de descontos, a dedução de INSS, sendo 
que, no mês de março de 2020, consta uma dedução da contribuição sindical de R$ 40,00. 
Ressalta-se que Sheila nem sabia que havia um sindicato que a representava. A empregada 
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afirma que, diante das irregularidades que sofre, não deseja continuar o contrato de trabalho, 
mas decidiu não pedir demissão porque foi alertada por familiares que, nesse caso, perderia 
vários direitos. Por fim, diz que sua situação financeira é periclitante, e não tem recurso finan-
ceiro para ajuizar a ação, caso seja necessário adiantar alguma quantia.
Elabore, na condição de advogado(a), a peça prático-profissional que melhor defenda os inte-
resses de Sheila, sem usar dados ou informações que não estejam no enunciado. (Valor: 5,00)
Espelho de Provas
Trata-se de uma Reclamação Trabalhista (petição inicial).
Deverá requerer a distribuição à 170ª VT de Campinas em razão da dependência/prevenção,com base no Art. 286, inciso II, do CPC.
Qualificação das partes
Fatos: concentrar-se na narrativa do contrato de trabalho (datas de admissão, data da dispen-
sa, modalidade de dispensa, salário e função); narrativa das irregularidades do empregador.
Direito: tratar da situação de assédio moral e sobre a rescisão indireta do contrato de trabalho, 
fundamentando as verbas rescisórias que deveriam ser pagas por ocasião desse reconheci-
mento de ruptura contratual.
Dos pedidos: pagamento de 15 minutos diários pelo intervalo desrespeitado nos sábados, com 
adicional de 50%, na forma do art. 71, § 4º, da CLT; a devolução da contribuição sindical descon-
tada, porque a autora não era sindicalizada e não autorizou o desconto, sendo então indevido; a 
diferença de FGTS não depositado, conforme o art. 15 da Lei n. 8.036/1990 ou art. 27, do Decreto 
n. 99.684/1990; indenização por dano moral pela conduta do supervisor, na forma do art. 223-B 
e do art. 223-C, da CLT; a resolução ou despedida indireta ou “rescisão indireta” do contrato, dian-
te das irregularidades cometidas pelo empregador, conforme o art. 483, alíneas d ou e, da CLT, 
e o pagamento das seguintes verbas: aviso prévio, do 13º salário proporcional, das férias pro-
porcionais +1/3, saque/levantamento do FGTS, indenização de 40% sobre o FGTS e acesso ao 
seguro-desemprego. Ainda deve pleitear a responsabilidade subsidiária do tomador/contratante, 
conforme a Súmula 331, inciso IV, do TST, e o art. 5º-A, § 5º, da Lei n. 6.019/1974.
Obs.: � Deverá requerer a gratuidade de justiça com base no art. 790, §§ 3º e 4º, da CLT, pois 
a trabalhadora relata insuficiência financeira e aufere salário inferior a 40% do limite 
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Deverá requerer hono-
rários advocatícios, com base no art. 791-A da CLT.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
10. enunciAdo e dicAs de resolução dAs Questões dA provA práticA pro-
cessuAl de 2022
001. Heitor Agulhas trabalhava na sociedade empresária Porcelanas Orientais Ltda. desde 
26/10/2020, exercendo a função de vendedor na unidade localizada em Linhares/ES e rece-
bendo, em média, quantia equivalente a 1,5 salário-mínimo por mês, a título de comissão.
Em janeiro de 2022, o dono do estabelecimento resolveu instalar mais duas prateleiras na loja 
para poder expor mais produtos e, visando economizar dinheiro, fez a instalação pessoalmente. 
As prateleiras foram afixadas logo acima do balcão em que trabalhavam os vendedores. Ocorre 
que o dono da empresa tinha pouca habilidade manual, e, por isso, as prateleiras não foram fixa-
das adequadamente. No dia seguinte à instalação malfeita, com o peso dos produtos nelas co-
locadas, as prateleiras caíram com todo o material, acertando violentamente a cabeça de Heitor, 
que estava logo abaixo fazendo um atendimento. Heitor desmaiou com o impacto, foi socorrido 
e conduzido ao hospital público, onde recebeu atendimento e levou 50 pontos na cabeça, testa e 
face, resultando em uma grande cicatriz que, segundo Heitor, passou a despertar a atenção das 
pessoas, que reagiam negativamente ao vê-lo. Heitor teve o plano de saúde, que era concedido 
pela sociedade empresária, cancelado após o dia do incidente e teve de usar suas reservas fi-
nanceiras para arcar com R$ 1.350,00 em medicamentos, para aliviar as dores físicas, além de 
R$ 2.500,00 em sessões de terapia, pois ficou fragilizado psicologicamente depois do evento.
Heitor ficou afastado em benefício previdenciário por acidente do trabalho (auxílio por incapa-
cidade temporária acidentária, antigo auxílio-doença acidentário, código B-91), teve alta mé-
dica após 3 meses e retornou à empresa com a capacidade laborativa preservada, mas foi 
dispensado, sem justa causa, no mesmo dia.
Heitor procura você, como advogado(a), querendo propor alguma medida judicial para defesa 
dos seus direitos, pois está desempregado, sem dinheiro para se manter e sentindo-se injus-
tiçado porque ainda precisará de tratamento médico e suas reservas financeiras acabaram. 
Além dos documentos comprobatórios do atendimento hospitalar e gastos, Heitor exibe a 
CTPS devidamente assinada pela sociedade empresária e o extrato do FGTS, onde não cons-
tam depósitos nos 3 meses de afastamento pelo INSS. Como advogado de Heitor, elabore a 
medida judicial em defesa dos interesses dele. (Valor: 5,00)
Obs.: � A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para 
dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não 
confere pontuação. Nos casos em que a lei exigir liquidação de valores, o examinan-
do deverá representá-los somente pela expressão “R$”, admitindo-se que o escritório 
possui setor próprio ou contratado especificamente para tal fim. “Qualquer semelhança 
nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência”.
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Espelho de Provas
Trata-se de uma Reclamação Trabalhista (petição inicial)
Endereçamento para uma das Varas de Linhares/ES
Qualificação das partes
Fatos: concentrar-se na narrativa do contrato de trabalho (datas de admissão, data da dispensa, 
modalidade de dispensa, salário e função); narrativa do acidente e narrativa das irregularidades 
do empregador (imputar nos fatos a culpa do acidente ao empregador e as ausências de recolhi-
mento do FGTS, bem como a indevida dispensa sem justa causa). Pode-se, aqui, fazer menção 
que o reclamante está desempregado e sem recursos, e, ainda, precisando de dinheiro para cus-
tear seu tratamento, e, com isso, utilizar esse contexto para fins de solicitar a gratuidade judicial.
Direito: sustentar aqui a existência no caso de garantia provisória no emprego, diante do aci-
dente de trabalho, com supedâneo: de acordo com o art. 118, da Lei n. 8.213/1991, o segurado 
que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo de 12 meses, a manutenção de seu 
contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independen-
te de percepção de auxílio-acidente. Além disso, pela imputação de culpa do empregador, faz 
jus ao ressarcimento dos danos materiais e despesas médicas (inclusive, do psicológico). 
Tratar do dano estético, pois ficou com uma cicatriz que causou uma percepção negativa em seu 
visual. Tratar aqui de situação de rescisão indireta pelo descumprimento de obrigações trabalhis-
tas por parte do empregador. Conforme entendimento jurisprudencial, o atraso de recolhimentos 
do FGTS reiterado torna o empregador em mora e, portanto, inadimplente, atraindo a aplicação 
do art. 483 da CLT. Até porque, no que se refere aos recolhimentos do FGTS, ficam a cargo do em-
pregador, apesar do afastamento pelo INSS, pois foi o caso de acidente do trabalho típico, pois, 
se o trabalhador recebeu o auxílio-doença acidentário (B-91), ele terá direito automaticamente ao 
recolhimento do FGTS durante seu afastamento previdenciário e ainda terá direito à estabilidade 
provisória no emprego pelo prazo de 12 meses após a alta do INSS. Destaca-se que a rescisão 
indireta do contrato de trabalho está prevista no art. 483 da CLT, caracterizada pela falta grave 
que o empregador comete como funcionário. De modo mais claro, é uma demissão por justa 
causa inversa (do empregado para o empregador), porém, com verbas rescisórias diferentes. No 
caso, os efeitos da rescisão indireta são similares aos da dispensa sem justa causa.
Dos pedidos: pode aqui solicitar realização de perícia médica, documental e oral, bem como 
pagamento de honorários advocatícios em 15% do valor da condenação líquida; gratuidade 
judicial; declaração do juízo para fins de considerar o obreiro pobre na forma da lei, acidente 
de trabalho por culpa do empregador e rescisão indireta do contrato de emprego após o fim do 
período de estabilidade (acho mais técnico usar o termo garantia provisória no emprego). E, 
quanto aos pedidos condenatórios, requerer o pagamento de todos os salários e recolhimentos 
do FGTS no momento do afastamento do obreiro, e, ainda, o pagamento de todo o período de 
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
garantia provisória no emprego, requerendo-o como indenização, pois se pode sustentar que a 
reintegração não é viável. Requerer o pagamento de todas as verbas rescisórias e, com o fim 
do período da estabilidade, projetar o período do aviso prévio indenizado pela caracterização 
da rescisão indireta, com os recolhimentos de todo o FGTS com a multa dos 40%, bem como 
as multas dos arts. 467 e 477 da CLT. Pode requerer, ainda, danos morais, materiais (todas as 
despesas) e estéticos. Na obrigação de fazer, requer a baixa da CTPS do obreiro com a pro-
jeção do aviso prévio após o término da estabilidade que é de 12 meses após a alta do INSS.
Especificação das verbas rescisórias para a discriminação: FGTS com multa dos 40%, multas 
dos arts. 467 e 477 da CLT; aviso prévio indenizado, período entre a data da demissão e o final 
da garantia ao emprego, podendo ser pleiteado inclusive os reflexos em todas as verbas sala-
riais e rescisórias; férias vencidas e proporcionais com 1/3; 13º salário proporcional e integral; 
danos morais, materiais, estéticos. A base de cálculo deve ser a média salarial, com base nas 
comissões. Pode requerer, ainda, a expedição de alvará para o levantamento do FGTS e para se 
habilitar junto ao órgão competente para fins de seguro-desemprego.
Obs.: � Diante da situação econômica e de saúde do trabalhador, você pode pedir tutela de 
urgência para fins de que o juízo libere o FGTS que está depositado na conta vinculada 
do obreiro e, ainda, a expedição de alvará para seguro--desemprego. Não custa tentar!
 �
 � Você também poderia ter pedido a reintegração e, na impossibilidade, a indenização 
estabilitária. Ou já justificar a impossibilidade de reintegração e pedir a indenização 
estabilitária. Em caso de dispensa sem justa causa por iniciativa do empregador, é 
possível pedir judicialmente a reintegração ao emprego, com o pagamento de todas as 
verbas que deixou de receber durante esse período. Normalmente, quando a dispensa 
é ilegal, por desrespeito a esse período de estabilidade, é conferido o direito de rein-
tegração no emprego. Entretanto, há casos em que essa reintegração não é aconse-
lhável, em decorrência da quebra da confiança mútua entre empregado e empregador.
Mais dicas para sintetizar a ideia: Deverá requerer a responsabilidade civil do empregador 
que, na hipótese apresentada, envolverá indenização pelos danos materiais (arts. 186, 927 
e 949, todos do CC), morais (arts. 223-B, 223-C ou 223-G, todos da CLT, e arts. 186 e 927, 
ambos do CC) e estéticos (arts. 223-B, 223-C ou 223-G, todos da CLT, ou arts. 186 ou 927, 
ambos do CC). Deverá requerer o FGTS dos três meses de afastamento, porque o evento 
foi um acidente de trabalho, conforme art. 15, § 5º, da Lei n. 8.036/1990. Deverá requerer a 
reintegração, porque o ex-empregado possui estabilidade/garantia no emprego em virtude 
do acidente do trabalho, conforme o art. 118, da Lei n. 8.213/1991, e a Súmula 378, inciso 
II, do TST. Deverá requerer o restabelecimento do plano de saúde, conforme a Súmula 440 
do TST. Deverá requerer a concessão de tutela de urgência, evidência ou provisória para a 
reintegração imediata e restabelecimento incontinente do plano de saúde.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Se você gostou do nosso material, dê um feedback positivo. Qualquer dúvida, conte comigo no 
Fórum do Aluno. Bons estudos!
11. resolução dA provA do xxxvii exAme de ordem uniFicAdo (provA 
AplicAdA em 30/04/2023)
PEÇA PRÁTICO PROFISSIONAL
Questão da prova: Ronaldo Lourenço, auxiliar de escritório, trabalhou nesta função para a 
sociedade empresária Inventários Empresariais Ltda., no período de 20/01/2018 a 08/03/2023. 
A ex-empregadora atualmente tem, na sua composição societária, dois sócios, Lúcio Gonçal-
ves e Antônio Amarante, cada um com 50% das cotas, conforme modificação do contrato 
social averbada nos órgãos competentes, em 30/01/2018. A modificação do contrato social 
deu-se em virtude da retirada da sociedade do sócio Jorge Machado, que alienou suas cotas 
para Antônio Amarante. Após ser dispensado Ronaldo Lourenço ingressou com reclamação 
trabalhista em face de Inventários Empresariais. Ltda., Lúcio Gonçalves, Antônio Amarante e 
Jorge Machado, tendo juntado, com a petição inicial, os contratos sociais da sociedade em-
presária Inventários Empresariais Ltda. alegando receio de eventuais dificuldades em futura 
execução, já que o ramo de inventários comerciais passa por momento de dificuldades eco-
nômico financeiras, em razão das ferramentas tecnológicas disponíveis. A ação foi distribuída 
no dia 15/03/2022 para a 85ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro/RJ sob o número 0123- 
12.2022.5.01.0085. Na inicial Ronaldo Lourenço aduz que trabalhava de segunda a sexta-feira 
das 8h às 17h, quando trabalhava na sede da empresa. Porém, três vezes por semana, os 
inventários eram realizados em clientes de outros municípios. Nestes dias, Ronaldo apresen-
tava-se às 8h na sede da empresa, horário em que saía um ônibus com vários funcionários 
para o destino final. O inventário era realizado em média das 10h às 14h, sendo certo que, às 
17h, o ônibus já estava de volta à sede da empresa com os funcionários. Por conta destas 
situações, pretende adicional de transferência, em razão do trabalho em outros municípios. 
Ronaldo residia e reside em local distante da sede da empresa, razão pela qual necessitava 
de dois ônibus para chegar ao centro da cidade, onde estava localizada a sede da empresa. 
Assim sendo, por residir em local de difícil acesso, requer o pagamento de horas in itinere. O 
trabalho de Ronaldo consistia na coleta de dados, notadamente a quantidade de mercadorias, 
o que obtinha por informação pessoal e telefônica dos funcionários dos clientes. Munido des-
sas informações, Ronaldo lançava a quantidade em um programa específico, que comparava 
estes dados com os de anos anteriores. Por conta disso, aduziu que tinha, em parte da jornada, 
funções similares às de digitador, razão pela qual requereu intervalo de 10 minutos a cada 90 
minutos trabalhados. Pelas mesmas razões Ronaldo pleiteia receber um plus salarial de 30%, 
alegando acúmulo de função de auxiliar de escritório e digitador. A audiência desta reclama-
ção trabalhista foi designada para odia 21/03/2022 e seu cliente recebeu a notificação citató-
ria no dia 18/03/2022, sendo certo que na data da audiência seu cliente não poderá participar 
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Petição Inicial
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
da audiência, dado que já tem compromisso profissional assumido para a mesma data e hora, 
sendo certo que em razão da proximidade da data não tem como nomear procurador ou alterar 
seu compromisso. Você, como advogado(a), foi procurado por Jorge Machado para defendê-lo 
nessa ação trabalhista. Elabore a peça prático-profissional pertinente, de forma fundamenta-
da, capaz de defender os interesses do seu cliente na demanda, ciente de que inexiste norma 
coletiva regente entre a sociedade empresária e seus empregados. (Valor: 5,00)
RESPOSTA DA PROFESSORA: A peça correta é CONTESTAÇÃO. A questão tem relação com a 
ilegitimidade passiva de um dos sócios e é nessa linha que deve ser feita a redação da defesa. 
Por isso, em sede preliminar (e reiterado no mérito) deve sustentar a ilegitimidade passiva ad 
causam a exclusão do ex- sócio Jorge Machado, com o argumento de que ele não faz mais 
parte da sociedade há mais de dois anos da averbação da alteração do contrato social, nos 
termos do Art. 10-A da CLT, com a consequente extinção do feito, sem resolução do mérito, em 
relação a ele, conforme o Art. 485, inciso VI, do CPC. Reitere que a averbação foi devidamente 
regular gerando efeitos jurídicos.
A parte processual de pedido de redesignação da audiência deve ser feita, até pela impossi-
bilidade do cliente comparecer e não ser prejudicado com uma revelia. Deve alegar que não 
houve o interstício mínimo de cinco dias entre a notificação e a audiência, como exige o Art. 
841 da CLT.
Ao entrar no mérito, deve-se argumentar os seguintes pontos, em nome do princípio da im-
pugnação especificada dos fatos: 1) pedir a improcedência do pedido de adicional de transfe-
rência, pois o autor não foi tecnicamente transferido, já que não houve mudança de domicílio, 
conforme o Art. 469 da CLT. Enfatizar que não houve mudança territorial exigida por lei. 2) pedir 
a improcedência das horas in itinere, pois revogado pela Reforma Trabalhista e que o tempo 
de deslocamento entre a residência e o posto de trabalho não é mais considerado tempo à 
disposição do empregador, na forma do Art. 58, § 2º, da CLT 3) pedir a improcedência do pe-
dido de intervalos equivalentes ao digitador, pois o reclamante confessou expressamente não 
realizava cálculos, tampouco digitava de forma contínua, razão pela qual improcede o pedido 
na forma do Art. 72 da CLT e da Súmula 346 do TST. Afirmar que não havia habitualidade na 
prestação dessa atividade narrada na inicial, desconfigurando qualquer pedido com equipara-
ção a digitador., não sendo este o objetivo do contrato de trabalho. 4) pedir a improcedência 
do pedido de diferença salarial por acúmulo de função, já que a atividade de primordial do 
autor era realizar inventários e inserir dados nos programas de informática, não havendo na 
sua atividade a função de digitador, estando as atividades inseridas na sua função, conforme 
Art. 456, parágrafo único, da CLT. Alegar que não existia qualquer descompasso com as fun-
ções desempenhadas principais e que a jurisprudência do TST não confere acúmulo de função 
quando se trata de atividades complementares que não destoam da função principal. Deverá 
ser formulado o pedido de honorários advocatícios na forma do art. 791-A da CLT. A peça não 
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
deveria ser assinada e deve constar apenas data e a palavra “advogado”. Perceba que o dire-
cionamento da peça deve ser na Vara do RJ apontada na questão.
001. Nelson era técnico de produção na sociedade empresária Horta Saudável Ltda., ganhan-
do o valor correspondente a 3 salários-mínimos mensais. Nelson, ao completar 1 ano de tra-
balho, acertou com o empregador o aproveitamento das suas férias 2018/2019 em 3 períodos 
de 10 dias cada, ficando acordado que a fruição desses períodos deveria ocorrer dentro do 
período concessivo. O acerto foi observado, tendo Nelson recebido integralmente o terço cons-
titucional das férias, dois dias antes de aproveitar o primeiro período de 10 dias de férias. Em 
janeiro de 2020, ao retorno do terceiro e último período de férias, Nelson foi dispensado, sem 
justa causa, mas não recebeu suas verbas rescisórias. Por essa razão, ajuizou reclamação tra-
balhista pelo rito ordinário, requerendo o pagamento das verbas rescisórias devidas, mas não 
apresentou os valores respectivos pretendidos. Diante da narrativa apresentada e dos termos 
da CLT, responda às indagações a seguir. A) O fracionamento das férias, no caso apresentado, 
é válido? Justifique. (Valor: 0,65) B) Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária, 
indique a preliminar que você suscitaria pelo fato de não haver liquidação nem indicação de 
valores. Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre férias. Logo, o candidato deve estar atento ao disposto na CLT. A) O 
fracionamento realizado é inválido, porque a CLT determina que no caso de as férias serem 
aproveitadas em
3 períodos, 1 deles não pode ser inferior a 14 dias, conforme o Art. 134, § 1º, da CLT. Na ques-
tão, houve apenas aproveitamento de 10 dias. Assim, esse contrato não tem validade jurídica, 
ensejando o pagamento regular das férias em dobro. B) Com a Reforma Trabalhista, os valores 
da petição inicial quanto aos pedidos devem ser todos liquidados. Percebe-se que, no caso em 
apreço, o advogado do autor não fez a apresentação dos valores. Assim, na contestação, deve 
o advogado apresentar uma preliminar, baseando-se na inépcia do pedido, pois não obedecida 
a CLT: Art. 840, §§ 1º ou 3º, da CLT. Obs: não se ganha pontos na transcrição dos dispositivos, 
bastando indicá-los.
002. O sindicato dos empregados na indústria têxtil e o sindicato dos empregadores não che-
garam a um acordo em sede de negociação coletiva, e estão de comum acordo em judicializar 
a questão. Assim, encontra-se ainda em vigor a convenção coletiva anterior, cujo termo final 
se aproxima. O sindicato dos empregados, desejando ver mantidas as conquistas da categoria 
sem solução de continuidade e com previsão em eventual nova norma coletiva, consulta você, 
como advogado(a), sobre os itens a seguir. A) A fim de atender ao interesse da categoria dos 
empregados, admitindo a hipótese de total inviabilidade de consenso na negociação coletiva, 
nos termos do enunciado, afastada a possibilidade de Protesto Judicial, qual a medida judicial 
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Maria Rafaela
a ser adotada, esclarecendo o prazo para tanto? Justifique. (Valor: 0,65) B) Caso o sindicato 
dos empregadores desejasse incluir cláusula na convenção coletiva por meio da qual haveria 
redução do número de diasde férias em casos de licença não remunerada, observados os termos 
da CLT em vigor, que tese jurídica você desenvolveria para defesa da classe trabalhadora? Jus-
tifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre direito coletivo do trabalho. Logo, o candidato deve estar atento ao 
disposto na CLT. A) Como as partes não tiveram um consenso entre si, não resta outra alter-
nativa que instaurar o dissídio coletivo no prazo legal de 60 dias que antecedem o termo final 
da norma em vigor, conforme o Art. 616, § 3º, da CLT B) As férias são direitos que fazem parte 
do patamar civilizatório mínimo, razão pela qual seu número de dias legais e suas situações 
de venda de férias (abono), remuneração (o terço constitucional) e, ainda, a quantidade de 
dias que podem ser fracionados. Assim, o legislador não permite a negociação por convenção 
ou acordo coletivo de trabalho e isso se apresenta no Art. 611-B, inciso XI, da CLT, deverá ser 
alegado que expressamente afirma ser vedado à norma coletiva dispor acerca da redução do 
número de dias de férias.
003. Em determinada reclamação trabalhista, o juiz julgou procedente, em parte, o pedido e, 
atendendo a requerimento do autor, formulado na petição inicial, concedeu, na sentença, o 
bloqueio imediato de patrimônio da sociedade empresária até o limite de R$ 50.000,00 para 
garantir o resultado útil do processo. Dessa sentença ambas as partes interpuseram recurso. 
Considerando a situação retratada, as normas da CLT e o entendimento consolidado do TST, 
responda aos itens a seguir. A) Que medida você, como advogado(a) da sociedade empresá-
ria, utilizaria para tentar evitar o bloqueio imediato do numerário determinado na sentença? 
Justifique. (Valor: 0.65) B) Considerando que ambas as partes recorreram da sentença, que 
prazo a sociedade empresária teria para apresentar contrarrazões ao recurso do reclamante? 
Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre direito coletivo do trabalho. Logo, o candidato deve estar atento ao 
disposto na CLT e a jurisprudência do TST. A) A sociedade empresária deverá dirigir requeri-
mento de efeito suspensivo ao recurso ordinário ao tribunal, ao relator, ao presidente ou ao 
vice-presidente do tribunal recorrido, na forma da Súmula 414, inciso I, do TST, alegando o pre-
juízo financeiro que o bloqueio pode ocasionar no desempenho da atividade empresarial e no 
cumprimento de obrigações trabalhistas com os demais funcionários: Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA I – 
A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de 
segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito 
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Maria Rafaela
suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo 
do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. B) O prazo de contrarrazões é o mesmo do 
recurso, portanto de 8 dias, na forma do Art. 900 da CLT. Mesmo ofertando recurso, será inti-
mado para contrarrazoar o recurso da parte adversa.
004. O magistrado, em determinada execução trabalhista, ativou todas as ferramentas ele-
trônicas requeridas pelo exequente, mas não teve sucesso no bloqueio de patrimônio. Assim, 
o magistrado intimou o credor a dar andamento ao feito, mas este quedou-se inerte, e, por 
isso, o juiz determinou a remessa dos autos ao arquivo provisório (arquivo sem baixa). Um 
ano depois, o magistrado declarou de ofício a prescrição intercorrente, declarando extinta a 
execução pela inércia do credor. Considerando a situação retratada e os termos da CLT, como 
advogado(a) do exequente responda aos itens a seguir. A) Que medida judicial você utilizaria 
para tentar reverter a decisão? Justifique. (Valor: 0,65) B) Na medida judicial a ser utilizada, que 
tese você apresentaria para tentar afastar a prescrição intercorrente? Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre execução trabalhista, bastando a análise da CLT para resolver. A) O re-
curso a ser interposto pelo exequente é o agravo de petição, porque a decisão foi tomada no 
bojo de uma execução, na forma do Art. 897, alínea a, da CLT. Veja que na execução, temos um 
recurso específico e se chama AGRAVO DE PETIÇÃO, no prazo de oito dias úteis da intimação 
da decisão. B) A tese a a ser apontada ao juiz é de que a prescrição intercorrente para se con-
figurar exige a paralisação do processo por 2 anos, conforme o Art. 11-A da CLT. No caso em 
comento, a questão versa que o processo permaneceu paralisado por 1 ano e, portanto, não 
comporta prescrição intercorrente, devendo a execução prosseguir no seu trâmite regular.
12. o pApel do preposto no processo do trAbAlho pArA As provAs sub-
jetivAs
O preposto em audiência trabalhista é responsável por representar a empresa, e suas de-
clarações podem comprometer e responsabilizar a empresa de acordo com a situação.
Com a Reforma Trabalhista, não precisa mais o preposto ser empregado na empresa.
A ausência do preposto na audiência implicará confissão ficta e revelia, prejudicando o 
empregador.
A Reforma Trabalhista acrescentou o § 3º no art. 843 da CLT, permitindo que a empresa 
seja representada por qualquer pessoa, empregado ou não, desde que tenha conhecimento 
dos fatos.
Para permitir a representação da empresa pelo preposto, o mesmo deve ser autorizado 
junto à Justiça do Trabalho.
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A Carta de preposição é o documento que outorga o poder de representação ao preposto. 
Por isso, o profissional deve apresentar este documento na primeira ocasião do compareci-
mento em juízo.
O PULO DO GATO
É imprescindível que o preposto da audiência trabalhista tenha conhecimento dos fatos abor-
dados, não necessariamente por ter presenciado o mesmo, mas por informações que porem 
ter chegado ao seu conhecimento. O preposto, como figura parcial, defende os interesses de 
quem representa.
Em resumo sobre o preposto é importante levar isso para as provas objetivas: 1) Não é 
necessário que o mesmo tenha presenciado os fatos; 2) A empresa pode ser representada 
por qualquer pessoa, desde que a mesma tenha conhecimento dos fatos; 3) É necessária uma 
carta de preposição que autoriza junto a justiça do trabalho, para que o preposto represente 
a empresa.
13. resolução dAs Questões dA 2ª FAse do xxxviii exAme de ordem 
uniFicAdo (setembro/2023)
001. Douglas ajuizou, em 2022, ação contra seu ex-empregador, a sociedade empresária Serra-
lheria Milenar Ltda., postulando FGTS não depositado, adicional noturno, indenização por dano 
moral e horas extras. Designada audiência, as partes conciliaram no valor de R$ 60.000,00, a 
ser pago em 10 parcelas de R$ 6.000,00, com a 1ª parcela para 30 dias após. O acordo foi ho-
mologado em ata pela juíza que presidiu os trabalhos. A pedido da sociedade empresária, foi 
estipulado que todo valor pago seria a título de indenização por dano moral. Cinco dias após, 
o autor peticionou nos autos dizendo que se arrependeu do acordo, manifestando desistência 
da conciliação, porque um colega em situaçãosemelhante havia recebido valor muito superior. 
Como ainda não havia recebido nenhuma parcela, requereu a remarcação da audiência para 
instrução ou, caso o juízo se negasse, que recebesse a petição como recurso ordinário. Diante 
da situação retratada e dos termos da CLT, responda aos itens a seguir. A) Caso a magistrada 
concedesse vista da petição à reclamada, que tese jurídica processual você, na condição de 
advogado(a), sustentaria em defesa da sociedade empresária? Justifique. (Valor: 0,65) B) No 
caso apresentado, alguma entidade pública precisa ser intimada do acordo homologado judi-
cialmente? Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre acordo e seus efeitos. Logo, o candidato deve estar atento ao disposto 
na CLT e a ideia de coisa julgada. A) Existiu coisa julgada nos autos, razão pela qual não cabe 
ao autor questionar, na medida em que não existiu vício de consentimento e sim, mero ar-
rependimento. A coisa julgada é exatamente para garantir a segurança jurídica nas relações. O 
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único que pode recorrer, no caso, é a União. Aplica-se, ainda, o teor do art. 831 da CLT e súmula 
259 do TST, sentenças homologatórias são irrecorríveis, transitando em julgado de imediato. O 
acordo faz coisa julgada na data da homologação. B) A União pode recorrer, conforme o teor 
do art. 833, § 4º A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que conte-
nham parcela indenizatória, na forma do art. 20 da Lei n. 11.033, de 21 de dezembro de 2004, 
facultada a interposição de recurso relativo aos tributos que lhe forem devidos. § 5º Intimada 
da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminação de que trata o § 3º deste 
artigo. § 6º O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração 
dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União. Obs.: não se ga-
nha pontos na transcrição dos dispositivos, bastando indicá-los.
002. Uma determinada categoria profissional acertou, em convenção coletiva com a categoria 
econômica, que a jornada de trabalho dos empregados passaria a ser, a partir de fevereiro de 
2023, de 4 horas diárias durante os 7 dias da semana. Em contrapartida, os trabalhadores não 
teriam repouso semanal remunerado, pois mesmo sem o repouso, a jornada seria de 28 horas 
semanais, inferior ao módulo constitucional. Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT, 
responda às indagações a seguir. A) Quanto à supressão do repouso semanal remunerado, a 
norma coletiva é válida? Justifique. (Valor: 0,65) B) Se seu cliente, empregado dessa sociedade 
empresária, considerasse injusta a cláusula e quisesse anulá-la judicialmente, contra quem 
deveria ajuizar a ação? Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre direito coletivo do trabalho e aplicação dos artigos 611 – A e 611 – B da 
CLT. Logo, o candidato deve estar atento ao disposto na CLT. A) Não poderia existir a supressão 
do repouso remunerado, conforme se depreende da CLT no art. 611 – B, em que constituem ob-
jeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supres-
são ou a redução dos seguintes direitos: inciso IX repouso semanal remunerado (…). Diante 
disso, a supressão desse direito fere o patamar civilizatório mínimo, sendo considerado direito 
de indisponibilidade absoluta. A norma coletiva é ILÍCITA. Pode-se mencionar, ainda, o art. 7º 
da CF/88. B) O trabalhador sozinho não tem legitimidade ativa ad causam para ação anulató-
ria direta contra o sindicato e a empresa, porém, em ação individual trabalhista pode suscitar, 
incidentalmente, a nulidade da cláusula. Ou então fazer uma ação anulatória em litisconsorte 
necessário com o sindicato nos termos do art. 611 – A, §5º da CLT.
003. Você advoga para um médico que ajuizou reclamação trabalhista em face de uma orga-
nização social da saúde, empregadora, Hospital Brasileiro de Bons Cuidados, o qual prestou 
serviços para a União, também ré nesta reclamação trabalhista, sendo que, além de contestar 
sua legitimidade no polo passivo, aduz serem indevidos honorários advocatícios em caso de 
sucumbência por se tratar de ente de direito público. Seu cliente foi dispensado enquanto o 
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contrato entre os réus ainda estava ativo. Ao longo de todo o contrato, a União jamais efetuou 
qualquer tipo de fiscalização do cumprimento de direitos trabalhistas, o que foi admitido em 
sede de defesa como fato incontroverso, portanto. Com base na hipótese apresentada, responda 
aos itens a seguir. A) Que tese jurídica você deverá sustentar na ação para obter a condenação 
da União? Justifique. (Valor: 0,65) B) Que tese jurídica você deverá sustentar para o seu pleito 
de honorários de advogado em relação à segunda ré? Justifique. (Valor: 0,60)
A questão versa sobre responsabilização subsidiária do ESTADO e, ainda, honorários advo-
catícios. Logo, o candidato deve estar atento ao disposto na CLT e a jurisprudência do TST e 
do STF A) Pelo atual entendimento do STF, não cabe condenação automática contra o ente 
público. Assim, a tese do autor é que se configurou eventual conduta culposa na fiscalização 
das obrigações trabalhistas de prestadora de serviços, para fins de responsabilização subsidi-
ária da Administração Pública, em virtude da tese firmada no RE 760.931 (Tema 246). E, deve 
pedir responsabilização subsidiária do ente público, com base na Súmula 331, IV do TST. Pode 
também indicar a Lei da terceirização caso queira – Lei 6019/74 que trata da responsabiliza-
ção subsidiária. B) Deve-se utilizar o dispositivo da CLT que afirma existir honorários sucum-
benciais mesmo contra a Fazenda Pública, sendo declarado o dispositivo constitucional pelo 
STF: Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por 
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, 
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. § 1o Os honorários são devi-
dos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida 
ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
004. Um decreto municipal determinou que a rua em que funcionava uma oficina mecânica 
deveria ser fechada para a circulação de veículos, considerando-a como área de lazer. Essa 
medida tornou impossível a continuidade dos negócios da oficina e acarretou o encerramento 
das suas atividades. O empregador quitou as rescisões dos contratos de trabalho dos em-
pregados, sem, contudo, pagar a multa rescisória. Em razão disso, houve o ajuizamento de 
reclamação trabalhista de um ex-empregado requerendo o pagamento da multa rescisória e 
da multa do Art. 477 da CLT. A sentença julgou procedente o pedido da multa rescisória e im-
procedente o pedido da multa do Art. 477 da CLT. Inicialmente a parte ré se conformou com a 
decisão. Porém, a parte autora recorreu e o processo encontra-se no prazo de resposta deste 
recurso da parte autora. Diante destes fatos, na qualidade de advogado da oficina mecânica 
ré, responda aos itensa seguir. A) Qual a tese jurídica a ser defendida para o não pagamento 
da indenização rescisória dos contratos? Justifique. (Valor: 0,65) B) Qual a medida processual 
a ser adotada para viabilizar o reexame da sentença de procedência quanto ao deferimento do 
pedido de pagamento da multa rescisória? Justifique. (Valor: 0,60)
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A questão versa sobre rescisão do contrato de trabalho. A) Aplica-se a tese do FATO DO PRÍN-
CIPE, conforme o teor do art.486 da CLT, pois houve ato do poder público que impossibilitou 
a continuidade da atividade e isso seria a justificativa para o não pagamento. B) A parte pode 
apresentar contrarrazões ou o recurso ordinário adesivo no prazo de 8 dias úteis. O recurso 
adesivo é possível pois houve sucumbência recíproca. Usar a súmula 283 do TST.
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RESUMO
1) Na relação de emprego o trabalho prestado tem caráter infungível, pois quem o executa 
deve realizá-lo pessoalmente, não podendo fazer-se substituir por outra pessoa, salvo se, ex-
cepcionalmente, o empregador concordar.
2) Substituições eventuais com o consentimento do empregador ou substituições previs-
tas e autorizadas por lei ou por norma coletiva, como, por exemplo, férias, licença gestante, são 
válidas e não afastam a característica da pessoalidade.
3) Na relação de emprego, há subordinação jurídica do empregado ao empregador, ou seja, 
a relação de dependência decorre do fato de que o empregado transfere ao empregador o 
poder de direção e este assume os riscos da atividade econômica, passando a estabelecer 
os contornos da organização do trabalho do empregado (poder de organização), a fiscalizar o 
cumprimento pelo empregado das ordens dadas no exercício do poder de organização (poder 
de controle), podendo, em caso de descumprimento pelo empregado das determinações, im-
por-lhe as sanções previstas no ordenamento jurídico (poder disciplinar).
4) Relação de emprego não é gratuita ou voluntária, ao contrário, haverá sempre uma pres-
tação (serviços) e uma contraprestação (remuneração). Assim, podemos afirmar que onerosi-
dade caracteriza-se pelo ajuste da troca de trabalho por salário. O que importa não é o quantum 
a ser pago, mas, sim, o pacto, a promessa de prestação de serviço de um lado e a promessa 
de pagamento do salário de outro lado, e o fato de o empregador deixar de pagar o salário não 
afasta a existência de onerosidade.
5) Existe a OJ 199 do TST e uma notícia ao final do material: 199. JOGO DO BICHO. CON-
TRATO DE TRABALHO. NULIDADE. OBJETO ILÍCITO É nulo o contrato de trabalho celebrado 
para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu 
objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. Consequência: a 
relação de trabalho não é preservada para os efeitos trabalhistas e previdenciários.
6) No trabalho proibido, temos claramente a preservação dos direitos trabalhistas e previ-
denciários. É o caso do trabalho em condição insalubre, perigosa e noturna para os menores 
de 18 anos.
7) Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de 
emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento 
de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar.
8) A manutenção de estagiários em desconformidade com esta Lei que estamos estudan-
do caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos 
os fins da legislação trabalhista e previdenciária.
9) O estagiário é diferente do menor aprendiz. O menor aprendiz tem uma relação de em-
prego, aplicando-se as regras trabalhistas e previdenciárias. O estagiário é segurado facultati-
vo da Previdência Social e o menor aprendiz é segurado obrigatório da Previdência Social.
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10) As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, 
autárquica e fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, bem como profissionais liberais de nível superior devidamente registrados em 
seus respectivos conselhos de fiscalização profissional, podem oferecer estágio.
11) O trabalhador avulso, aquele contratado com intervenção obrigatória do sindicato ou 
do órgão gestor de mão de obra (OGMO), equipara-se ao trabalhador com vínculo emprega-
tício, configurando exceção, pois possui todos os direitos trabalhistas inerentes à relação 
de emprego.
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MAPAS MENTAIS
REQUISITOS DA 
PETIÇÃO INICIAL
Qualificação das partes
Endereçamento do juízo 
Não assine a peça processual
Documentação essencial
Se existe pedido de tutela provisória - 
narrativa dos pressupostos
Correspondente dispositivo legal e 
súmulas / OJ do TST
Narrativa dos fatos em frases curtas, 
diretas e objetivas
Pedidos
Citação
ELABORAÇÃO DA 
PETIÇÃO INICIAL
Valor da causa tem que 
constar 
Raciocinar o que é pedido 
declaratório, obrigação de 
fazer e pedido condenatório
Capricho nas provas que o examinador já 
te proporciona no enunciado da questão
Cuidado com os endereçamentos
Pedidos: pedir a procedência dos pedidos. 
Não se pede procedência da ação.
Fundamentação jurídica: usar 
corretamente os dispositivos 
constitucionais, da CLT, da legislação e 
das súmulas dos Tribunais Superiores
Sinopse fática: trazer os fatos principais
Pedir gratuidade judicial e honorários 
advocatícios
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REFERÊNCIAS
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. São Paulo: Ltr, 2011.
Bernardes, Felipe. Manual de processo do trabalho. 3a edição. Salvador: Juspodivm, 2021.
BRASIL. Código Civil Brasileiro. Brasília: Senado, 2002.
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (1943). Consolidação das Leis do Trabalho. Brasí-
lia: Senado, 1943.
BRASIL. Constituição (1988). Constituiçãoda República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 
1988.
 BRASIL. Lei Complementar n. 150 DE 01.06.2015 (regulamenta o trabalhador doméstico).
BRASIL. Lei n. 6.001, de 19 de dezembro de 1973. Estatuto do Índio.
BRASIL. Lei n. 5.889, De 8 De Junho De 1973. Lei do Trabalhador Rural.
______Supremo Tribunal Federal. Brasília: acesso em outubro/2020. Site oficial: www.stf.jus.br
_______Tribunal Superior do Trabalho. Brasília: acesso em outubro/2020. Site oficial: www.tst.
jus.br
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 11ª Ed. São Paulo: Editora Método, 2015.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 19ª Ed. São Paulo: Editora LTr, 2019.
DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A Reforma Trabalhista no Brasil: Com 
os comentários à Lei n. 13.467/2017. São Paulo: Editora LTr, 2017.
Maria Rafaela
Juíza do trabalho substituta da 7ª Região. Doutoranda em Direito pela Universidade do Porto/Portugal. 
Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Porto/Portugal. Professora de cursos de pós-gradua-
ção na Universidade de Fortaleza - Unifor. Palestrante. Professora convidada da Escola Judicial do TRT 7ª 
Região. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Professora de cursos preparatórios 
para concursos públicos. Formadora da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. 
Cargos desempenhados: foi juíza do trabalho substituta no TRT 14ª Região, promotora de justiça titular do 
MPRO, analista judiciária do TJCE; professora concursada do quadro permanente na Universidade Federal 
de Rondônia; professora concursada temporária na Universidade Federal do Ceará. Aprovada em outros 
concursos públicos. Autora de artigos científicos publicados.
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	Apresentação
	Petição Inicial
	1. Petição Inicial: Como Fazer? O Passo a Passo
	2. Petição Inicial: Como já Foi Cobrado na Prova da OAB?
	3. Petição Inicial: Resolução de uma Prova já Cobrada na Prova da OAB
	4. Petição Inicial: Peça Inédita e Dicas de Resolução
	5. Direito Material: a Relação de Emprego e Dicas Doutrinárias Essenciais para Revisão e para Auxiliar na Resolução de Provas Subjetivas
	6. Resolução de Questões da Prova de 2021
	7. Enunciado das Questões da Prova Prática Processual de 2019
	8. Resolução de Questões da Prova de 2022
	9. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de 2021.2
	10. Enunciado e Dicas de Resolução das Questões da Prova Prática Processual de 2022
	11. Resolução da Prova do XXXVII Exame de Ordem Unificado (Prova Aplicada em 30/04/2023)
	12. O Papel do Preposto no Processo do Trabalho para as Provas Subjetivas
	13. Resolução das Questões da 2ª Fase do XXXVIII Exame de Ordem Unificado (Setembro/2023)
	Resumo
	Mapas Mentais
	Referências
	AVALIAR 5: 
	Página 61:

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