ORIENTAÇÕES 2 SEMESTRE 2024

Prévia do material em texto

<p>2</p><p>Prezado(a) Supervisor(a),</p><p>É hora de pensar o planejamento para o 2º semestre!</p><p>Agora  é  hora  de  rever  o  que  fizemos  e  as  metas  que  conseguimos  atingir  para</p><p>redirecionar  ações,  buscar  outras  ou mesmo manter  aquelas  que  estão  apresentando  bons</p><p>resultados. Para isso, devemos fazer uma avaliação do nosso trabalho durante todo o semestre</p><p>que passou.</p><p>Pensando nisso,  a  Secretaria Municipal de  Educação de Paracuru,  por  intermédio do</p><p>Núcleo de Apoio a Gestão – Setor de Supervisão Educacional apresenta algumas orientações</p><p>pedagógicas gerais para o 2° semestre letivo de 2024, com o propósito de alinhar as práticas</p><p>pedagógicas  a  serem  desenvolvidas  nas  unidades  escolares,  oferecendo  suporte  aos</p><p>supervisores no planejamento das atividades do período.</p><p>As sugestões contidas no material têm como característica dar uma  intencionalidade</p><p>pedagógica em  todas  as  ações  voltadas  para  o  desenvolvimento  do  aprendizado  que</p><p>proporcionem  uma  educação  de  qualidade  e  equitativa  a  todos  os  estudantes  da  rede</p><p>municipal  promovendo,  assim,  uma  clareza  nas  ações  pedagógicas  e  metodológicas  que</p><p>continuarão a apoiar os professores e estudantes ao longo do 2° semestre letivo.</p><p>Com  o  plano  de  ação  em  mãos,  o  currículo,  seus  planejamentos  e  os  registros</p><p>realizados  durante  o  percurso  do  1°  semestre,  é  hora  de  focar  o  olhar  para  o  que  ainda  é</p><p>necessário  ser  revisto. Para  isso,  abordamos  três aspectos  a  serem observados que poderão</p><p>contribuir para a sua reflexão: AVALIAÇÃO, INTERVENÇÃO e ACOMPANHAMENTO.</p><p>Esperamos que o material contribua para o aprimoramento do trabalho da equipe de</p><p>supervisores educacionais, que são os grandes maestros das ações pedagógicas desenvolvidas</p><p>nas escolas da rede municipal de Paracuru.</p><p>Atenciosamente,</p><p>Profª Danielle Paula Rodrigues Parada</p><p>COORDENAORA DO SETOR DE SUPERVISÃO EDUCACIONAL</p><p>3</p><p>1. Acompanhamento pedagógico e Supervisão Educacional................................... 04</p><p>2. Acompanhamento a partir de instrumentos avaliativos...................................... 06</p><p>2.1. Diagnósticos.............................................................................................. 07</p><p>2.2. Avaliações Internas (Bimestrais)............................................................... 09</p><p>2.3. Avaliações Externas.................................................................................. 10</p><p>3. Instrumentos de acompanhamento..................................................................... 11</p><p>3.1. Instrumentos de registro.......................................................................... 13</p><p>3.1.1. Cadernos Pedagógicos de acompanhamento e planejamento.......... 14</p><p>3.2. Sistemas de Acompanhamento................................................................ 15</p><p>SISP.............................................................................................................. 15</p><p>SIGE............................................................................................................. 16</p><p>SAAP............................................................................................................ 16</p><p>Diário Online............................................................................................... 17</p><p>APROVA Brasil............................................................................................. 17</p><p>4. Acompanhamento das intervenções pedagógicas................................................ 18</p><p>4.1. Projetos e ações de recomposição........................................................... 18</p><p>4.1.1. Adaptação curricular......................................................................... 18</p><p>4.1.2. Projetos de sala................................................................................. 19</p><p>4.1.3. Intervenções para a recomposição de aprendizagem....................... 19</p><p>4.2. Acompanhamento de Frequência e Busca ativa....................................... 20</p><p>4.3. Acompanhamento de Recuperação bimestral e Conselho de classe........ 20</p><p>5. Sugestões para iniciar o 2º semestre letivo.......................................................... 21</p><p>4</p><p>O acompanhamento pedagógico é uma das principais funções da equipe supervisora.</p><p>Essa ação visa desde a identificação de dificuldades, estudo de resultados até a verificação se</p><p>as metas educacionais estão sendo atingidas. É a forma como o supervisor chega até ao aluno,</p><p>através do processo de ensino compartilhado com o professor.</p><p>Mais do que nunca este é o momento dos Supervisores Educacionais se colocarem</p><p>como verdadeiros parceiros dos professores, apoiando­os nas suas diversas dificuldades para</p><p>construção de propostas e experiências que auxiliem no seu desenvolvimento profissional e no</p><p>aprimoramento de suas práticas de ensino.</p><p>Depois de um primeiro semestre tão complexo, julho é o mês que iremos usar para</p><p>consolidar o balanço dos últimos seis meses e traçar estratégias para o período seguinte. Os</p><p>desafios relacionados à recomposição das aprendizagens devem continuar presentes e ser</p><p>prioridade.</p><p>Para a realização de um acompanhamento pedagógico efetivo, devem ser utilizados</p><p>instrumentos e metodologias que abranjam as dimensões abaixo:</p><p>•Recomposição</p><p>•Reforço</p><p>•Busca ativa</p><p>•Sistemas</p><p>•Instrumentais</p><p>•Observação</p><p>•Coleta de dados</p><p>•Estudo</p><p>•Comparativo</p><p>•Metas</p><p>•Diagnósticos</p><p>•Internas</p><p>•Externas</p><p>•Autoavaliação</p><p>5</p><p>O trabalho da Supervisão Educacional no acompanhamento pedagógico tem o objetivo</p><p>de obter uma avaliação do desenvolvimento escolar como um todo, traçando estratégias para</p><p>auxiliar os professores a atingirem os objetivos em sala de aula. E os instrumentos de</p><p>observação vão além das provas dos estudantes e dos relatos dos docentes, e pode incluir:</p><p>registros formais dos professores; instrumentos próprios de observação que o supervisor</p><p>utilizou ao longo do semestre, como anotações durante observações em sala de aula;</p><p>materiais produzidos pelos alunos em projetos e exposições e registros de reuniões de</p><p>conselho de classe.</p><p>Para a realização do acompanhamento do 2º semestre de 2024, sugerimos organizar o</p><p>trabalho em três blocos, sequenciais, com ações e instrumentais que se complementam e</p><p>mostram onde, quando e como deverá ser desenvolvida cada etapa das atividades, tendo</p><p>sempre em vista o alcance da meta estipulada, bem como a consciência dos fatores que</p><p>levaram a atingi­la ou não.</p><p>Nos capítulos seguintes, iremos abordar esses dois aspectos principais do</p><p>acompanhamento pedagógico feito pela Supervisão Educacional na rede municipal de ensino</p><p>de Paracuru e as ações que os envolvem:</p><p>O Supervisor Educacional deve</p><p>avaliar os resultados do período</p><p>anterior, reunir a equipe e organizar</p><p>e planejar um segundo semestre</p><p>com muito mais foco para entregar</p><p>um aprendizado de altíssima</p><p>qualidade.</p><p>AVALIAÇÃO</p><p>ESTUDO DE</p><p>RESULTADO</p><p>Diagnósticos</p><p>Avaliações</p><p>Bimestrais</p><p>Avaliações</p><p>Externas</p><p>INSTRUMENTOS DE</p><p>ACOMPANHAMENTO</p><p>Planilhas e</p><p>sistemas</p><p>6</p><p>Normalmente, à volta às aulas para o 2°</p><p>semestre escolar funciona como uma simples</p><p>continuação do período anterior.</p><p>No entanto, escolas que seguem esse</p><p>caminho perdem a grande oportunidade que</p><p>o intervalo apresenta: Esse é o momento de fazer</p><p>uma avaliação do que está dando certo e do que pode melhorar, além de retomar conteúdos,</p><p>metas e objetivos do começo do ano, para que direção, supervisão, coordenação, professores</p><p>e demais setores entrem afiadíssimos na nova etapa.</p><p>O primeiro passo é ter clareza em que situação a escola se encontra a partir dos</p><p>resultados de aprendizagem mostrados nos mais diversos instrumentos avaliativos. Essa ação</p><p>deve ser</p><p>efetivada a partir da análise dos dados referentes às avaliações realizadas no 1°</p><p>semestre para, a partir delas, delinear os caminhos para efetivação da aprendizagem pelos</p><p>estudantes.</p><p>INTERVENÇÃO</p><p>PROFESSOR</p><p>Projetos de</p><p>Recomposição</p><p>Redirecionamento</p><p>curricular</p><p>Atividades</p><p>diferenciadas</p><p>ESCOLA</p><p>Plano de Ação de</p><p>Recomosição</p><p>Suporte de</p><p>materiais</p><p>7</p><p>Iremos levar em consideração, nessa proposta, os instrumentos avaliativos já utilizados</p><p>na rede municipal de ensino de Paracuru e os dados que já estão consolidados, os quais devem</p><p>ser o primeiro elemento norteador do processo de acompanhamento pedagógico realizado</p><p>pela equipe de Supervisão Educacional.</p><p>A avaliação diagnóstica é o primeiro</p><p>passo para a identificação de avanços e desafios</p><p>na aprendizagem dos estudantes e serve de base</p><p>para nortear as intervenções para a</p><p>recomposição das aprendizagens que estão</p><p>previstas para cada turma.</p><p>Na rede municipal foram aplicados,</p><p>inicialmente, diagnósticos que devem ser</p><p>comparados, analisados e seus resultados discutidos com a equipe pedagógica antes de</p><p>planejar as ações para o semestre que se inicia. Ou seja, os supervisores, junto com a equipe</p><p>gestora, deverá promover o momento de debate dos resultados para a realização da avaliação</p><p>dos planos de ação, planejamento coletivo e/ou individual dos professores.</p><p>No início do ano letivo de 2024, p PAIC organizou o primeiro diagnóstico de</p><p>leitura e escrita, aplicados em todas as turmas de Ensino Fundamental,</p><p>dando a largada para o processo de apropriação dos níveis de</p><p>aprendizagem dos alunos da rede municipal. Esse instrumental é</p><p>importante quando é utilizado para fazer intervenções pedagógicas e</p><p>serve de base para a análise com os diagnósticos que foram</p><p>aplicados posteriormente. Todo Supervisor Educacional precisa ter</p><p>esses dados visíveis e presentes no planejamento das ações de</p><p>supervisão, de assessoramento e acompanhamento do processo</p><p>ensino e aprendizagem.</p><p>8</p><p>Diagnósticos elaborados</p><p>pela escola</p><p>Os supervisores devem manter essas planilhas atualizadas e organizadas para que</p><p>estejam acessíveis na rotina de acompanhamento e sirva de norte para o planejamento dos</p><p>professores. Os mesmos poderão colecionar em pastas, construir “cadernos personalizados”</p><p>de planejamento e acompanhamento, contanto que o supervisor tenha clareza desses</p><p>resultados na hora de elaborar e aplicar as intervenções.</p><p>Dando em continuidade a essa prática, a escola também deve</p><p>aplicar diagnósticos bimestrais que, além de servir como elemento</p><p>norteador do planejamento dos professores, dará continuidade ao</p><p>processo de acompanhamento do avanço da</p><p>aprendizagem dos alunos através de análise,</p><p>comparação com dados anteriores, da projeção de</p><p>metas a serem atingidas com intervenções e</p><p>consolidadas em outros processos avaliativos.</p><p>Os professores também devem realizar diagnósticos</p><p>próprios, com o apoio da supervisão, para que haja uma</p><p>percepção “micro” do avanço dos alunos, contribuindo para o</p><p>fluxo de atendimento nos projetos de intervenção e a garantia</p><p>de uma seleção de conteúdos e aplicação de metodologias</p><p>mais adequadas a realidade de década turma/alunos.</p><p>Esses dados não são utilizados somente após a</p><p>aplicação, mas servem para balizar ações através de</p><p>comparativos o que gera um percurso de ações e uma efetivação, ou</p><p>não, das aprendizagens pretendidas para cada período avaliado.</p><p>9</p><p>Já a análise de dados e acompanhamento dos</p><p>resultados do desempenho de aprendizagem</p><p>demonstrados pelas avaliações realizadas ao final de cada</p><p>e bimestre, apesar de não possuir um caráter diagnóstico,</p><p>é um importante indicador de com está o nível de cada aluno</p><p>nos respectivos componentes curriculares, já que mostra não só o</p><p>nível de aprendizagem dos estudantes dentro do proposto para o período, mas, se o processo</p><p>de ensino realizado pelo professor é adequado para a realidade da turma.</p><p>Para que o acompanhamento seja eficaz, o supervisor deve contar com instrumentais</p><p>como o Diário Online; Mapa de notas; cadernos de planejamento e planilhas próprias para a</p><p>coleta de dados e acompanhamento para, posteriormente, analisar com os professores os</p><p>resultados o que irão direcionar as ações da etapa seguinte.</p><p>Além disso, essa clareza na análise dos resultados direciona uma proposta mais eficaz de</p><p>recuperação de desempenho, através de uma “Recuperação Paralela” que proporcione uma</p><p>retomada de conteúdos e a consolidação das aprendizagens.</p><p>Para facilitar a mensuração e a</p><p>apresentação desses resultados, sugerimos o uso</p><p>do “Gráfico de Disciplina Crítica”, que mostra em</p><p>forma de percentuais e gráficos a situação da</p><p>turma frente ao componente curricular analisado.</p><p>O que faz com que o supervisor possa fazer</p><p>intervenções baseadas em resultados,</p><p>favorecendo a aceitação por parte do professor.</p><p>Além de subsidiar as intervenções pedagógicas na sala de aula, esses resultados</p><p>favorecem a organização da recuperação e a atuação do conselho de classe, que devem</p><p>acontecer ao final de cada etapa avaliativa, sempre objetivando a consolidação da</p><p>aprendizagem do estudante. Para isso sugerimos a utilização dos instrumentais entregues no</p><p>Encontro de Supervisores com o tema: “A importância da Recuperação Paralela e do</p><p>Conselho de Classe para a recomposição de aprendizagens”.</p><p>10</p><p>Quando se trata do acompanhamento dos resultados do desempenho dos alunos nas</p><p>avaliações externas, devemos ter em mente que esse indicador expressa se os conhecimentos</p><p>básicos esperados para a turma avaliada foram consolidados. Trata­se de um “recorte” do</p><p>currículo maior que é oferecido pela escola, o que deve ser levado em consideração na hora de</p><p>executar as ações de análise e intervenção.</p><p>A dinâmica do acompanhamento das ações de fortalecimento de resultados e alcance</p><p>de metas, surge no início do ano quando é previsto no Plano de Ação Escolar as atividades</p><p>voltadas para o incentivo à participação e melhoria do desempenho na frequência e</p><p>aprendizagem dos alunos das turmas avaliadas.</p><p>E exatamente por ser uma avaliação específica para as turmas de 2°, 5° e 9° Ano, não</p><p>deve substituir o acompanhamento dos diagnósticos e avaliações internas que abrangem</p><p>•Informar as notas</p><p>imediatamente</p><p>após as avaliações;</p><p>•Alimentar sistemas</p><p>e planilhas.</p><p>Informação e Coleta</p><p>de dados</p><p>•Apresentação dos</p><p>resultados;</p><p>•Identificação de</p><p>pontos fortes e</p><p>desafios.</p><p>Análise de dados</p><p>•Recuperação/</p><p>Recomposição;</p><p>•Mudança de métodos</p><p>de aulas e na postura do</p><p>professor.</p><p>Intervenção</p><p>A Supervisão Educacional deve fazer esse</p><p>acompanhamento de resultados internos a cada bimestre,</p><p>realizando estudos e intervenções junto aos professores</p><p>visando à recuperação de aprendizagens e garantindo a</p><p>permanência e o sucesso dos alunos.</p><p>11</p><p>todas as turmas de todas as etapas de ensino da educação básica. Deve ser um trabalho a</p><p>parte, mas que complementa as demais observações tendo em vista as metas estabelecidas.</p><p>Para cada avaliação existe uma matriz de referência e uma dinâmica de classificação de</p><p>níveis e estudos de resultados que são orientados por materiais norteadores nesse processo e</p><p>que devem ser socializados com toda a escola e comunidade.</p><p>Das avaliações externas que a rede municipal de Paracuru participa, temos:</p><p>O acompanhamento desses índices deve ser feito a partir do</p><p>estudo do nível em que a escola se encontra, interpretando esses dados a</p><p>partir da identificação de descritores críticos e das mais diversas situações</p><p>que incidem na aprendizagem. Como se trata de uma avaliação específica</p><p>deve ter suas ações planejadas para estarem alinhadas com as outras</p><p>atividades da escola.</p><p>O primeiro passo, como em todo processo avaliativo, é a</p><p>apropriação dos dados, em seguida a socialização e análise para</p><p>elaboração de um planejamento que favoreça a aprendizagem e</p><p>consequentemente que contribua para o alcance de resultados e metas.</p><p>O acompanhamento dos resultados pode ser feitos pelas</p><p>planilhas disponibilizadas e seu estudo está orientado, dentre outros</p><p>materiais, nos Boletins disponíveis no site do CAED (2022) e as planilhas</p><p>que constam no site da SEDUC.</p><p>Assim como no SPAECE, o acompanhamento do SAEB, além de</p><p>todos os recursos, metodologias, instrumentais e os fatores de análise já</p><p>mencionados, traz uma relação com o fluxo escolar para gerar o IDEB –</p><p>Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, indicador que</p><p>estabelece critérios que revelam o nível de aprendizagem da rede e</p><p>determina o percentual de financiamento destinado a o município.</p><p>Os dados para análise e as orientações de estudo e interpretação</p><p>de dados estão disponíveis no site do INEP, através de materiais</p><p>explicativos.</p><p>Vale ressaltar a importância no acompanhamento dos resultados</p><p>internos bimestrais, que geram a taxa de rendimento escolar um dos</p><p>indicadores que são a base do cálculo do IDEB.</p><p>12</p><p>O que o uso desses dados favorece para:</p><p>O Avalie.CE apresenta uma característica formativa, diferente das</p><p>duas avaliações anteriores que tem um caráter diagnóstico de rede, o que</p><p>a torna um elemento essencial para nortear as ações de recomposição</p><p>das aprendizagens.</p><p>O programa Avalie. CE tem como objetivo monitorar a evolução</p><p>da aprendizagem e (re)orientar caminhos possíveis para o</p><p>desenvolvimento dos alunos, com o propósito de avaliar de maneira</p><p>construtiva o progresso e o desenvolvimento educacional dos estudantes.</p><p>O acompanhamento dos resultados pode ser feitos pelas</p><p>planilhas disponibilizadas.</p><p>Normalmente essa avaliação acontece no início de cada semestre</p><p>letivo e contempla todas as turmas do ensino fundamental.</p><p>• Professor</p><p>- Elaboração de projetos especiais;</p><p>- Foco nos alunos com dificuldades;</p><p>- Ações de reforço escolar;</p><p>- Planejamento das ações de sala de aula;</p><p>- Visão proativa quanto ao desenvolvimento</p><p>de habilidades e competências ao longo da</p><p>educação básica.</p><p>• Aluno e Família</p><p>- Acompanhamento individual do</p><p>desempenho escolar pelos alunos e seus</p><p>familiares;</p><p>- Informações sobre a qualidade da</p><p>educação ofertada.</p><p>• A Escola</p><p>- Elaboração do projeto da escola;</p><p>- Monitoramento da qualidade de ensino;</p><p>- Subsídio para avaliação institucional;</p><p>- Projetos de intervenção pedagógica.</p><p>13</p><p>O trabalho de acompanhamento do supervisor</p><p>educacional deve ser pautado em documentos que</p><p>expressem a realidade escolar, a partir de dados</p><p>diversos, observações e outras fontes de</p><p>resultados.</p><p>A organização dessas informações poderá ser</p><p>feita em diferentes instrumentais que vão desde anotações em cadernos, até informação de</p><p>dados em sistemas de controle e monitoramento.</p><p>É indispensável que se dê a devida importância ao ato de registrar. É a forma mais eficaz</p><p>de acompanhar o progresso dos estudantes, identificar potencialidades, dificuldades e</p><p>promover uma educação de qualidade a partir de uma prática pedagógica que sabe de onde</p><p>parte e a onde almeja chegar. Portanto, o registro deve ser uma prática indissociável da</p><p>atuação do supervisor na escola.</p><p>A Rede Municipal de Ensino de Paracuru já conta com</p><p>diversos instrumentais padronizados para a Educação Infantil</p><p>e Ensino Fundamental e muitas escolas possuem registros</p><p>próprios, tanto em forma convencional em cadernos</p><p>pedagógicos preparados para os supervisores e professores,</p><p>quanto em planilhas mais elaboradas.</p><p>Além disso, existem sistemas informatizados de acompanhamento que fazem parte das</p><p>atividades escolares e que devem sem amplamente divulgados e utilizados para a realização</p><p>do acompanhamento de índices, frequência, currículo e desempenho na aprendizagem dos</p><p>alunos.</p><p>Abordaremos, como orientação de acompanhamento, a utilização dos instrumentais</p><p>que são de conhecimento da equipe gestora e fazem parte da dinâmica de acompanhamento</p><p>de professores e alunos.</p><p>14</p><p>3.1.1. CADERNOS PEDAGÓGICOS DE ACOMPANHAMENTO E PLANEJAMENTO</p><p>Esse material é um grande aliado do supervisor</p><p>educacional, já que concentram num só lugar vários tipos de</p><p>informações que favorecem o acompanhamento no que se</p><p>refere: ao desenvolvimento dos conteúdos no que se referem</p><p>aos aspectos metodológicos de ensino, atividades, proposta de</p><p>intervenções e projetos, resultados de diagnósticos, resultado</p><p>de desempenho de aprendizagem, processos de recuperação</p><p>(paralelas e finais), currículo adaptado para alunos com</p><p>deficiência e outros aspectos voltados para a sala de aula.</p><p>Além disso, o supervisor educacional deverá possuir um caderno de registro próprio e</p><p>que tenha os dados atualizados para posteriormente realizar intervenções que forem</p><p>planejadas pela equipe pedagógica sob a orientação do mesmo. Sugerimos a seguir alguns</p><p>itens que deverá estar previsto nesse instrumento de acompanhamento:</p><p>� Calendários escolares (Ano letivo, orientações bimestrais, cronogramas mensais de</p><p>atividades);</p><p>� Resultados de diagnósticos de forma que favoreça o trabalho de análise comparativa</p><p>de desempenho;</p><p>� Resultados de avaliações externas e indicadores, já com as respectivas metas</p><p>inseridas;</p><p>� Fichas que acompanhem: planejamento docente, projetos,</p><p>intervenções de recuperação, reforço e frequência;</p><p>� Ações voltadas para os alunos com deficiência;</p><p>� Busca ativa;</p><p>� Controle de reuniões pedagógicas (com professores e</p><p>responsáveis);</p><p>Esses são apenas exemplos que podem compor esse instrumental, porém cada</p><p>supervisor poderá adaptar a sua realidade de acordo com o tipo de acompanhamento que</p><p>realiza e da sua necessidade profissional.</p><p>15</p><p>Já os sistemas informatizados, aparecem como um</p><p>recurso importante de acompanhamento e coleta dados por</p><p>trazerem informações organizadas e atualizadas referentes</p><p>à frequência e justificativa de faltas, desempenho de</p><p>aprendizagem, fluxo escolar, conteúdos curriculares</p><p>ministrados em sala de aula e outros.</p><p>Esse recurso deve ser alimentado e atualizado</p><p>periodicamente , tornando o acompanhamento mais</p><p>fidedigno à realidade, podendo haver intervenções pontuais quando necessárias. É uma</p><p>ferramenta que deve ser utilizada constantemente pelo supervisor educacional em parceria</p><p>com os demais membros do núcleo gestor e professores.</p><p>Atualmente, na rede municipal de ensino de Paracuru, destacam­se os seguintes</p><p>sistemas de acompanhamento:</p><p>•QUE DADOS POSSO ENCONTRAR?</p><p>­ Documentação escolar;</p><p>­ Autorização dos professores por disciplina;</p><p>­ Projeto político Pedagógico;</p><p>­ Regimento Escolar;</p><p>­ Quantidade de alunos por turma;</p><p>•COMO POSSO UTILIZAR?</p><p>­ Acompanhamento dos dados de formação e lotação dos</p><p>professores;</p><p>­ Documentos de gestão atualizados.</p><p>16</p><p>•QUE DADOS POSSO ENCONTRAR?</p><p>­ Matrícula (oferta de vagas);</p><p>­ Cadastro de turmas (Informar as turmas por turno);</p><p>­ Disciplinas com a carga horária;</p><p>­ Ambiente escolar;</p><p>­ Notas bimestrais;</p><p>­ Calendários bimestrais.</p><p>•COMO POSSO UTILIZAR?</p><p>­ Acompanhamento do fluxo de matrícula;</p><p>­ Acompanhamento da enturmação;</p><p>­ Acompanhamento do desempenho de aprendizagem.</p><p>Os dados que são informados no SIGE devem ser</p><p>atualizados periodicamente por servir de base de dados para</p><p>outras ações como o Avalie.CE, prova formativa aplicada pela</p><p>SEDUC­CE, a qual tem seus dados cruzados com esse sistema.</p><p>•QUE DADOS POSSO ENCONTRAR?</p><p>­ Cadastro dos professores e servidores;</p><p>­ Resultado dos diagnósticos de leitura e escrita (por aluno);</p><p>­ Títulos de livros lidos (por aluno);</p><p>•COMO POSSO URILIZAR?</p><p>­ Acompanhamento dos diagnósticos através de</p><p>comparativos</p><p>periódicos;</p><p>­ Acompanhamento dos títulos lidos;</p><p>­ Acompanhamento do desempenho de aprendizagem.</p><p>OBS: OS DADOS DEVEM SER ALIMENTADOS</p><p>BIMESTRALMENTE.</p><p>17</p><p>•QUE DADOS POSSO ENCONTRAR?</p><p>­ Planos de ensino;</p><p>­ Registro de aulas;</p><p>­ Frequência (justificativa de faltas);</p><p>­ Notas de avaliações;</p><p>­ Recuperações.</p><p>•COMO POSSO URILIZAR?</p><p>­ Acompanhamento dos conteúdos ministrado nas aulas;</p><p>­ Acompanhamento de dados dos alunos (frequência e notas);</p><p>­ Acompanhamento das metodologias de ensino.</p><p>OBS: Observação: O supervisor terá acesso a todas as</p><p>informações do Diário Online de cada professor, porém está</p><p>bloqueado para fazer alterações.</p><p>A senha de acesso do núcleo gestor será</p><p>a mesma para o SIGE, SAAP e DIÁRIO ONLINE.</p><p>Sendo que, não poderá fazer alterações no “Diário</p><p>Online”, apenas acompanhar o processo de registro</p><p>para realizar posteriores intervenções e orientações</p><p>para os professores.</p><p>•QUE DADOS POSSO ENCONTRAR?</p><p>­ Resultados de aprendizagem relacionados:</p><p>As turmas participantes (4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º Anos);</p><p>Aos Simulados de Português e Matemática;</p><p>A matriz de Referência SAEB.</p><p>­Plano de Ação para Intervenções;</p><p>­ Outras orientações.</p><p>•COMO POSSO URILIZAR?</p><p>­ Acompanhando no sistema o desempenho de cada aluno no</p><p>simulado;</p><p>­ Utilizando as orientações para a realização de intervenções.</p><p>OBS: O supervisor deverá articular esse acompanhamento</p><p>junto ao coordenador que é o responsável direto pela</p><p>execução e acompanhamento do programa na escola.</p><p>18</p><p>Após compreender onde a escola se encontra no que</p><p>se  refere à  aprendizagem  dos  alunos,  é  hora  de  realizar  as</p><p>intervenções  necessárias  de  acordo  com  o  que  foi</p><p>planejado  junto  com  os  professores,  com  a  finalidade  de</p><p>atingir as metas que foram estipuladas.</p><p>As  atividades  de  intervenção  podem  ser</p><p>desenvolvidas  em  diferentes  níveis,  mas,  independente  de  quem  elaborou  ou  está</p><p>executando,  a  supervisão  educacional  é  responsável  e  deverá  participar  ativamente  da</p><p>elaboração, execução e acompanhamento dessas ações.</p><p>Além dos  instrumentos de  registro  já pontuados anteriormente, o supervisor poderá</p><p>utilizar instrumentais próprios ou os que serão sugeridos nesse material, desde que tenham as</p><p>informações necessárias para avaliar a eficácia das intervenções e resultados.</p><p>Daremos  atenção  em  algumas  questões  importantes  no  acompanhamento  de</p><p>intervenções:</p><p>Os  registros  dessas  atividades  visam,  principalmente,  avaliar  a  sua  eficácia,  quem</p><p>deverá  ser  o  público  alvo,  período  de  funcionamento,  metodologia,  responsáveis,  etc.  Esse</p><p>tipo  de  acompanhamento  permite  que,  durante  a  execução  da  atividade,  sejam  feitas</p><p>adaptações  e  reorganizações  que  sejam  necessárias  para  atingir  os  objetivos  e  metas</p><p>propostas.</p><p>4.1.1. ADAPTAÇÃO CURRICULAR</p><p>Deverá  ser  acompanhado  a  partir  dos  registros</p><p>de  aulas  e  planejamento  contidos  no  Diário  Online  e</p><p>outros instrumentos utilizados para isso. Essa adaptação</p><p>se  justifica  pelos  resultados  obtidos  nos  diversos</p><p>processos  avaliativos  e  deverão  progredir  de  acordo</p><p>com o avanço dos estudantes.</p><p>19</p><p>4.1.2. PROJETOS DE SALA</p><p>Normalmente são ações elaboradas pelo professor da turma/disciplina e</p><p>objetivam atender as necessidades específicas de acordo com demanda</p><p>previamente diagnosticada pelo professor e/ou supervisor.</p><p>Nesse caso, o acompanhamento deve ser muito próximo ao professor, sempre</p><p>com o intuito de ser um parceiro no planejamento, acompanhamento da execução, avaliação e</p><p>recursos. Os instrumentos utilizados para acompanhar são: o planejamento do professor e os</p><p>registros da aula no diário online, bem como outros registros feitos pelo docente.</p><p>4.1.3. INTERVENÇÕES PARA RECOMPOSIÇÃO DE APRENDIZAGEM</p><p>Quando  se  fala  em  recomposição  de  aprendizagens  o  foco  é  garantir  a</p><p>construção  de  conhecimentos  que  ajudem  a  desenvolver  competências  e</p><p>habilidades de acordo com o ano escolar em que os alunos estão matriculados.</p><p>O  acompanhamento  dessa  ação  poderá  se  realizado  através  dos  mais</p><p>diversos tipos de registro. Porém é importante a elaboração de um plano de ação</p><p>ou um planejamento das atividades contendo objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação e</p><p>o período que deve acontecer.</p><p>Em  muitos  casos,  o  desenvolvimento  da  ação  acontece  de  forma  individualizada,</p><p>sendo  cada  caso  acompanhado  e  avaliado  pelos  professores  em  parceria  com  a  supervisão</p><p>educacional. Isso acontece, principalmente, em atividades de reforço da aprendizagem onde</p><p>deve  ser  analisado  o  tempo  que  cada  estudante  deverá  permanecer  sendo  assistido  pela</p><p>referida ação.</p><p>Todo  projeto  voltado  para  o  reforço de</p><p>aprendizagem,  deve  ser  constantemente</p><p>acompanhado  e  avaliado,  pois  deve  ser  encarado</p><p>como uma ação de “emergência” com a finalidade de</p><p>nivelar  a  turma  e  conseguir  seguir  com  o  currículo</p><p>proposto  para  a  série/ano.  Por  isso  deve  ter  bem</p><p>estabelecido  o  tempo  de  execução  e  os  períodos  de</p><p>avaliação do mesmo.</p><p>20</p><p>A  frequência  dos  alunos  deve  ser  acompanhada</p><p>diariamente pelos  professores  e  núcleo  gestor  que  utilizará</p><p>instrumentais de registros onde, além das faltas, estabeleçam quais</p><p>providências  deverão  ser  tomadas  caso  necessário.  Esse</p><p>acompanhamento  pode  ser  realizado  a  partir  dos  sistemas  de</p><p>frequência  já  abordados  anteriormente,  como  também  deverá</p><p>estar  previsto  em  seu  Plano  de  Ação  Escolar,  em  que  toda  a  comunidade  escolar  e  família</p><p>sejam responsáveis por garantir o acesso, permanência e sucesso escolar dos estudantes.</p><p>Os recursos mais utilizados nesse acompanhamento são: o Diário Online, planilhas de</p><p>frequência,  projetos  de  Busca  Ativa  Escolar,  Contato  telefônico  com  a  família,  visitas</p><p>domiciliares, acionamento do Conselho Tutelar. Todas essas ações devem ser registradas em</p><p>locais apropriados como planilhas, ofícios (no caso de encaminhamento), fichas e atas.</p><p>Outro aspecto que deve ser acompanhado e organizado de perto pelo</p><p>supervisor educacional, dizem respeito aos processos de  recuperação</p><p>bimestrais que são  importantes para promover as aprendizagens não</p><p>consolidadas, visando o sucesso escolar e a progressão nos estudos</p><p>dos alunos em cada etapa do ano letivo.</p><p>Para  esse  acompanhamento,  fica  como  sugestão  a  utilização  das  orientações  e  materiais  de</p><p>apoio  contidos  no  Manual Orientador¸ entregue  no  Encontro  de  Supervisores  realizado  em</p><p>outubro de 2023, que teve como tema “A importância da Recuperação Paralela e do Conselho</p><p>de  Classe  para  a  recomposição  de  aprendizagens”.  O  referido  material  apresenta  conceitos,</p><p>metodologias  e  instrumentais  de  acompanhamento,  controle  e  intervenção  a  partir  de</p><p>planilhas e fichas para planejamento das ações de recuperação.</p><p>As  orientações  estão  divididas  em  três  partes  que  tratam</p><p>respectivamente:  Recuperação  Paralela,  Conselho  de  Classe  e</p><p>Progressão  Continuada,  ações  que,  além  de  fortalecer  os  processos  de</p><p>ensino e aprendizagem, contribuem para a organização e clareza dessa ação de recuperação</p><p>para a efetivação da aprendizagem.</p><p>21</p><p>Qual o papel do</p><p>supervisor educacional</p><p>na organização do</p><p>semestre?</p><p>O segundo semestre é um momento de  retomada. Os alunos chegarão descansados,</p><p>mas, muitas vezes,  sem  foco. Afinal, passaram dias sem aulas, perderam o ritmo da escola e</p><p>querem colocar a conversa em dia com os colegas.</p><p>A equipe docente, por sua vez, precisa recuperar os conteúdos, relembrar o ponto de</p><p>parada de cada turma e manter o alto padrão de ensino que é marca de sua escola. Também</p><p>vale lembrar que alguns professores</p><p>podem voltar desmotivados.</p><p>Por isso, é essencial incentivar os alunos a retomarem os estudos com afinco, motivar</p><p>os  professores  para  voltarem  com  um  ensino  de  qualidade  e  reunir  todos  os  setores  para</p><p>planejar  o  período  de  forma  integrada,  entendendo­o  como  uma  nova  etapa,  que  pode  ser</p><p>ainda melhor do que o semestre anterior. Use o momento para fazer um diagnóstico e ver o</p><p>que está dando certo e o que pode melhorar.</p><p>Mas,  para  alcançar  esse  objetivo,  é  preciso  ter  uma</p><p>liderança  que  conheça  as  necessidades  pedagógicas,  as</p><p>demandas  da  comunidade  e  o  potencial  dos  professores  e</p><p>alunos.</p><p>Esse  é  o  papel  do  supervisor  educacional,  que</p><p>acompanha  o  desempenho  de  alunos  e  professores,  ajuda  a</p><p>definir os materiais e métodos a serem aplicados, tendo o</p><p>conhecimento  necessário  para  este  momento  de</p><p>recomeço na escola.</p><p>Mas lembre­se de que o supervisor não deve trabalhar sozinho! É preciso reunir toda a</p><p>comunidade escolar em uma gestão democrática que permita um planejamento do segundo</p><p>semestre com muito mais abrangência.</p><p>22</p><p>Agora  é  hora  de  nos  aprofundarmos  na  organização  da  escola  para  esse  momento.</p><p>Preparamos  uma  lista  com  os  10  principais  passos  para ter  sucesso  no  planejamento  do</p><p>segundo semestre.</p><p>1. ANALISE O ANDAMENTO DAS AÇÕES E METAS PREVISTAS NO PLANO DE AÇÃO ESCOLAR E</p><p>SEUS RESULTADOS NA APRENDIZAGEM.</p><p>É um dos principais guias para orientar o trabalho</p><p>da escola com objetivos definidos para o ano letivo, por</p><p>ter  dentre  suas  frentes  de  atuação  questões  que</p><p>incidem  diretamente  no  processo  de  ensino  e</p><p>aprendizagem.</p><p>O  plano  de  ação  costuma  ser  elaborado  antes  do  primeiro  semestre,  para  guiar  o</p><p>andamento de todo o ano letivo. Então, neste momento de volta das férias, é hora de retomá­</p><p>lo,  avaliar  cada  meta  e  atividade  planejada,  conferir  como  está  sua  execução,  o  que  já  foi</p><p>atingido  e  o  que  o  supervisor  junto  com  a  equipe  pedagógica  precisa  rever  para  garantir  os</p><p>bons resultados.</p><p>2. FAÇA UM DIAGNÓSTICO DO DESEMPENHO DE ALUNOS E PROFESSORES.</p><p>Tendo  em  mente  os  objetivos  de  aprendizagem  da  escola,</p><p>também é fundamental conferir como foi o desempenho de</p><p>alunos  e  professores  no  primeiro  semestre.  Veja os</p><p>resultados das avaliações escolares e as considerações que</p><p>os alunos fizeram sobre os docentes nos últimos meses.</p><p>Também  é  importante  conferir  outros  indicadores,</p><p>tanto de alunos quanto de professores, como frequência, participação em atividades da escola</p><p>e  —  no  caso  dos  docentes  —  seguimento  das  definições  do  Plano  de  Ação,  proposta</p><p>pedagógica,  lançamento  de  avaliações,  documentações  escolares  e  frequências  de  maneira</p><p>adequada ao sistema da escola.</p><p>23</p><p>3. DESTAQUE AS PRIORIDADES NA ORGANIZAÇÃO DO SEGUNDO SEMESTRE.</p><p>A partir das informações obtidas através dos documentos</p><p>de planejamento e da avaliação das ações, é hora de entender</p><p>quais devem ser suas prioridades no segundo semestre.</p><p>Elas podem envolver as ações de recomposição de</p><p>aprendizagem para melhorar as notas, fazer uma formação</p><p>com os professores para buscar novas metodologias, promover</p><p>o lançamento de projetos ou mesmo melhorar a produtividade da</p><p>gestão escolar.</p><p>As prioridades vão depender da situação e dos objetivos de cada escola, porém temos</p><p>um calendário bem denso no segundo semestre que envolve a busca e a garantia da</p><p>frequência e permanência dos alunos, duas avaliações externas, olimpíadas, além das</p><p>demandas de programas e projetos que surgem nesse período.</p><p>Esse passo sucede a avaliação de ações, metas e desempenho e é fundamental para que</p><p>o supervisor tenha um foco bem definido no planejamento do segundo semestre.</p><p>4. REALIZE UMA REUNIÃO DE PLANEJAMENTO COM TODA A EQUIPE.</p><p>Um trabalho integrado com todos os setores da escola é</p><p>fundamental para o sucesso do aprendizado, para a</p><p>produtividade das equipes e para manter a imagem positiva</p><p>da gestão escolar para toda a comunidade. E isso é ainda mais</p><p>importante durante a preparação de um novo semestre.</p><p>Por isso, a realização de uma reunião de planejamento</p><p>com o núcleo gestor é essencial nesse momento para que</p><p>debatam sobre diagnósticos e prioridades, para que o trabalho</p><p>integrado realmente aconteça.</p><p>Com a equipe pedagógica, repasse o desempenho de professores e alunos, reveja as</p><p>metas e cuide da chegada ou saída de alunos que mudam de escola no meio do ano.</p><p>24</p><p>5. FORTALEÇA A COMUNICAÇÃO COM ALUNOS, PAIS E RESPONSÁVEIS.</p><p>O planejamento do segundo semestre também é um</p><p>ótimo momento para rever o relacionamento com alunos,</p><p>pais e responsáveis. Confira se a comunicação está</p><p>acontecendo bem e se há uma boa relação.</p><p>Além disso, você pode aproveitar seu canal de</p><p>comunicação para reforçar a data do retorno e falar sobre as novidades. Esse contato próximo</p><p>com a família é uma ótima estratégia para garantir uma educação de qualidade.</p><p>Promover momentos de vivências de pais na escola, participação na culminância de</p><p>projetos e em outras atividades, além de fortalecer o vínculo, torna as famílias corresponsáveis</p><p>pela aprendizagem dos alunos no ambiente escolar.</p><p>6. TRABALHE A MOTIVAÇÃO DE PROFESSORES.</p><p>As férias de julho são um descanso merecido para a</p><p>equipe docente. No entanto, muitos professores podem se</p><p>sentir pouco motivados a voltar à rotina de trabalho e às</p><p>obrigações da escola.</p><p>Para evitar isso, é possível investir em práticas para</p><p>motivar a equipe escolar. Se sentirem que seu trabalho é</p><p>realmente valorizado, professores e colaboradores terão</p><p>mais vontade de dar o máximo em suas funções.</p><p>No Coletivo de Professores, o supervisor deverá, antes de apresentar e refletir sobre as</p><p>novas ações e planejá­las, desenvolver atividades de autoavaliação, apresentação de pontos</p><p>fortes e dificuldades identificadas e elevar a autoestima da equipe docente através de</p><p>dinâmicas, rodas de conversas e outras ações.</p><p>O trabalho socioemocional dentro da escola deverá ser contínuo, oferecendo momentos</p><p>e espaços de diálogo e acolhimento para esses profissionais que também desempenham o</p><p>papel de escutar e acolher alunos e, muitas vezes, suas famílias.</p><p>25</p><p>8. PROGRAME AS ATIVIDADES PARA O SEGUNDO SEMESTRE ESCOLAR.</p><p>Durante o planejamento do segundo semestre,</p><p>avalie quais atividades pedagógicas serão mais relevantes</p><p>e quais delas cabem no calendário escolar para garantir</p><p>uma organização eficiente. Lembrando que a</p><p>prioridades dessas ações deve ser a aprendizagem dos</p><p>alunos de acordo dos objetivos e metas propostas nos</p><p>documentos de gestão e planejamento.</p><p>Essas atividades devem estar previstas no plano de ação e precisam ter períodos de</p><p>avaliação e revisão para que as mesmas sejam desenvolvidas sem prejuízos para o tempo</p><p>pedagógico e, consequentemente, para a aprendizagem.</p><p>9. COMECE O PLANEJAMENTO PARA CAMPANHAS DE BUSCA ATIVA E DE “100%</p><p>FREQUÊNCIA”.</p><p>O segundo semestre escolar é o momento em que a</p><p>instituição precisa se preocupar mais diretamente com</p><p>novas matrículas, transferências e frequência dos alunos.</p><p>Por isso, já comece a se organizar, estabeleça datas</p><p>específicas para iniciar o processo e avalie a possibilidade</p><p>de investir em ações para promover o retorno desses alunos.</p><p>O movimento do “100% frequência”, uma das ações do Projeto “Fortalecer e Recompor</p><p>as Aprendizagens” do Núcleo de Avaliação da SME, será um grande aliado da escola na</p><p>promoção da melhoria da frequência e deve ser acompanhado por todo o núcleo gestor.</p><p>Porém, os professores são os grandes aliados da identificação dos estudantes infrequentes,</p><p>devendo encaminhar diariamente ao núcleo gestor sempre houver faltas em suas turmas.</p><p>O secretário escolar também deverá participar ativamente dos processos de</p><p>identificação de infrequência e busca ativa, já que é</p><p>um dos profissionais que monitoram o</p><p>Diário Online, que é a ferramenta que apresenta essa informação de uma forma mais</p><p>eficiente.</p><p>26</p><p>10. PLANEJAR A ACOLHIDA DOS ESTUDANTES.</p><p>O acolhimento deve ser planejado por toda a</p><p>equipe pedagógica da escola de modo que este</p><p>momento reflita o processo de construção de uma</p><p>relação de parceria e comprometimento entre</p><p>todos os envolvidos no processo de</p><p>desenvolvimento e de aprendizagem dos</p><p>estudantes.</p><p>Acolhimento é uma prática educativa que objetiva consolidar, por intermédio de um</p><p>conjunto de atividades, a mensagem de que acolher, receber e aceitar as pessoas, sejam elas</p><p>os estudantes, a equipe escolar ou os pais e responsáveis.</p><p>Por meio dessa ação, os estudantes têm a oportunidade de estabelecer e fortalecer</p><p>vínculos, sentindo­se recebidos e pertencentes à escola. É um momento também para que</p><p>vivenciem situações nas quais serão conduzidos à reflexão sobre seus sonhos e sobre as</p><p>expectativas em torno das oportunidades que terão para realizá­los, a partir deste novo</p><p>tempo, e do apoio que receberão nesta Escola.</p><p>Sugere­se utilizar diferentes técnicas para realizar o acolhimento dos estudantes no</p><p>início do semestre letivo:</p><p>● Desenvolvimento de dinâmicas de acolhimento</p><p>considerando aspectos específicos de cada comunidade</p><p>escolar;</p><p>● U�lização de atividades que fomentem o</p><p>desenvolvimento das competências socioemocionais dos</p><p>estudantes;</p><p>● Acolhida prévia aos professores, reforçando laços e o pertencimento de cada profissional à</p><p>sua escola e comunidade, e envolvimento destes na acolhida aos estudantes nos primeiros</p><p>dias de aula com atividades de escuta ativa e diálogo com os estudantes.</p><p>Esperamos que todas as informações contidas nesse material contribuam para</p><p>organização do trabalho da supervisão educacional e torne o retorno aos trabalhos no 2º</p><p>semestre letivo um momento de reflexão, organização e para que seja cheio conquistas.</p><p>���������������������������������������������������������������������������</p><p>���������������������������������������������������������������������������������</p><p>�����������������������������������������������������</p>