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<p>DOS FATOS</p><p>- Dividimos os fatos em duas formas:</p><p>A) FATOS SIMPLES: são atos que não possuem repercussão jurídica, que são irrelevantes ao interesse do Direito.</p><p>Exemplo: o enferrujar de um prego, a morte de uma flor.</p><p>b) FATOS JURÍDICOS: são atos que possuem previsão nas normas jurídicas, que lhes atribuem determinadas conseqüências.</p><p>Exemplo: o nascimento de um filho e a celebração de um contrato; a obrigação de uma prestação.</p><p>CONCEITO</p><p>- FATOS JURÍDICOS: são ações que surgem quer seja provenientes da atividade humana ou de atividades naturais, capazes de criar, transformar, transferir ou eliminar direitos.</p><p>DIVISÃO DOS FATOS</p><p>Fato jurídico					Ordinários</p><p>em</p><p>Sentido Estrito					Extraordinários</p><p>Ato-Fato Jurídico</p><p>Ato jurídico 		Voluntário	 	 Atos Lícitos</p><p>em	 				 Negócios Jurídicos</p><p>sentido amplo		Involuntário 	 Atos ILÍCITOS</p><p>FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO</p><p>- Também conhecido como Fato Jurídico Natural</p><p>- Independe da vontade humana, decorre da simples manifestação da natureza.</p><p>- E é dividido em:</p><p>A) ORDINÁRIO: são aqueles fatos comuns esperados, rotineiros que não causam nenhuma surpresa ou assombro.</p><p>Exemplo: nascimento (aquisição da personalidade), maioridade (capacidade plena), morte (herança), decurso do tempo (perda de prazo).</p><p>B) EXTRAORDINÁRIO: são os fatos jurídicos naturais que rompem a rotina da natureza, são inesperados, causam surpresa, e às vezes horror e são chamados de caso fortuito ou força maior.</p><p>IMPORTANTE:</p><p>- O Código Civil não traz a distinção entre caso fortuito e força maior e trata-os de forma iguais.</p><p>- A doutrina diverge sobre a distinção de caso fortuito e força maior.</p><p>- Maria Helena Diniz afirma que “força maior é o evento inevitável, como fato da natureza, e o caso fortuito é o imprevisível”.</p><p>- Sílvio Rodrigues, por sua vez, lembra “que pode haver sinonímia”.</p><p>- Pablo Stolze diz que “força maior é o evento inevitável, como fatos da natureza, e o caso fortuito é o imprevisível”.</p><p>ATO-FATO JURÍDICO</p><p>- O elemento psíquico vontade é completamente irrelevante.</p><p>O que vale é a conseqüência do ato.</p><p>- O comportamento do sujeito é desprovido de voluntariedade e consciência em direção ao resultado jurídico existente.</p><p>Exemplos:</p><p>- a pessoa pinta um quadro por diversão, e a pintura fica famosa;</p><p>- o sujeito destroi a coisa alheia a fim de remover perigo iminente (em que se aceita a licitude do ato), mas se determina a indenização.</p><p>ATOS JURÍDICOS EM SENTIDO AMPLO</p><p>- FATO JURÍDICO HUMANO: é aquele evento que depende da vontade humana e que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos e são assim divididos:</p><p>A) INVOLUNTÁRIOS: são aqueles atos praticados pelo homem em desacordo com o ordenamento jurídico, que geram uma sanção, chamados de ATOS ILÍCITOS.</p><p>B) VOLUNTÁRIOS: são aqueles atos praticados pelo homem cujos efeitos estão pré-estabelecidos no ordenamento jurídico, desejados pelo sujeito, chamados de ATOS LÍCITOS, subdivididos ainda em:</p><p>a) ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO: é a manifestação da vontade humana, porém os efeitos desta vontade já estão previstos e disciplinados na lei, sendo insuscetíveis de modificação.</p><p>Exemplo: perdão, ocupação, confissão.</p><p>b) NEGÓCIO JURÍDICO: ocorre através da autonomia das partes, onde o particular regula por si só seus próprios interesses em conformidade com a lei. Nos negócios jurídicos existe uma palavra-chave: Liberdade.</p><p>Exemplo: contrato, testamento.</p><p>EFEITOS DOS FATOS JURÍDICOS</p><p>a) FATOS AQUISITIVOS: ocorre através da aquisição de um direito, ou seja, é o nascimento de um direito que ocorre quando incorporam um direito ao patrimônio de uma pessoa.</p><p>Exemplo: A compra de uma bicicleta é um fato jurídico, porque produziu um efeito jurídico, que é a aquisição da propriedade sobre a bicicleta.</p><p>b) FATOS PREVENTIVOS: ocorre quando se adquire um bem ou direito, e em determinado momento surge o risco de perecimento do mesmo, que será preservado através da prática de atos que preservem e impeçam tal perecimento (conservação, defesa preventiva e auto-tutela).</p><p>Exemplo: seqüestro, arresto, penhora</p><p>c) FATOS MODIFICATIVOS: ocorre com a modificação nas relações jurídicas tanto em sua qualidade como em sua quantidade.</p><p>Exemplo: O pagamento parcial de uma obrigação, a obrigação era de R$ 1.000, 00 e o devedor pagou R$ 500,00.</p><p>d) FATOS TRANSLATIVOS: ocorre quando um direito pode ser transferido de um titular para outro.</p><p>Exemplo: A transferência da propriedade pela tradição de uma coisa móvel que vendemos.</p><p>e) FATOS EXTINTIVOS: ocorre quando os os fatos extintivos extinguem o direito já existente.</p><p>Exemplo: A prescrição, a decadência, o pagamento integral de uma obrigação.</p><p>DOS ATOS LÍCITOS E ILÍCITOS</p><p>DOS ATOS JURÍDICOS LÍCITOS</p><p>- São aqueles emanados da vontade humana perfeitamente moldada pelas normas legais que geram conseqüência na esfera judicial.</p><p>“Ato lícito - Ato justo ou permitido. Ato que é conforme à lei, aos princípios do direito".</p><p>- Caracteriza-se pela falta de autonomia do interessado para regular sua vontade, pois o caminho a ser percorrido, para a realização dos objetivos perseguidos, decorre de lei.</p><p>DOS ATOS ILÍCITOS</p><p>“Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”</p><p>“Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”.</p><p>- São aqueles que vão de encontro com o ordenamento jurídico, caracterizando-se por uma ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência de alguém, culminando na ofensa de um direito ou em prejuízo a outrem.</p><p>Para que se configure o ato ilícito, há necessidade de três elementos:</p><p>a) Fato lesivo: precisa ser voluntário ou imputável ao agente por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência;</p><p>b) Dano: precisa ser material ou moral;</p><p>c) Nexo de causalidade: é necessário que ocorra a relação causal entre o dano e o comportamento do agente.</p><p>HIPÓTESES EXCEPCIONAIS</p><p>- Não configuram atos ilícitos apesar de causarem danos aos direitos de outrem, isto porque, o procedimento lesivo realizado pelo agente, será por motivo legítimo estabeleci​do em lei e não acarretará o dever de indenizar, porque a própria norma jurídica lhe retira a qualificação de ilícito.</p><p>“Art. 188 - Não constituem atos ilícitos:</p><p>I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;</p><p>II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente”.</p><p>A) LEGÍTIMA DEFESA: ocorre quando alguém repele uma agressão injusta, que seja atual ou iminente, usando os meios necessários para isto, onde exclui a responsabilidade pelo pre​juízo causado se, com uso moderado de meios necessários.</p><p>Exemplo: Quando um homem de 100 Kg, com uma barra de ferro na mão, avança agressivamente contra jovem asmático de 70 kg, que atira uma pedra que acerta o crânio do agressor, levando-o a óbito.</p><p>B) EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO RECONHECIDO: se alguém no uso normal de um direito lesar outrem não terá qualquer responsabilidade pelo dano, por não ser um procedimento ilícito.</p><p>Exemplo: cerca elétrica; intervenção cirúrgica quando o paciente encontra-se em risco de vida e não existe a possibilidade de dar seu consentimento.</p><p>C) ESTADO DE NECESSIDADE: consiste na ofensa do direito alheio para remover perigo iminente, quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário e quando não exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo.</p><p>Exemplo: a situação de uma criança que está passando mal em decorrência de uma grave intoxicação. O pai que está sem automóvel para levá-la com urgência ao hospital, de forma desautorizada, utiliza-se do veículo do vizinho, o qual deixou aberto na garagem com as chaves dentro.</p><p>image4.png</p><p>image3.png</p><p>image2.png</p>

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