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<p>UCS CAXIAS</p><p>DO SUL</p><p>DIFERENÇA ENTRE SOLIDARIEDADE</p><p>ATIVA E PASSIVA</p><p>Há solidariedade quando, na mesma obrigação, existe</p><p>mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um</p><p>com o direito ou a obrigação à dívida toda (Artigo 264,</p><p>C.C/2002). Nesse sentido, na responsabilidade</p><p>solidária, não há benefício de ordem na cobrança,</p><p>diferentemente da responsabilidade subsidiária, em</p><p>que “um sujeito tem a dívida originária e o outro a</p><p>responsabilidade dessa dívida”. A solidariedade supõe</p><p>identidade de prestação para todos os interessados,</p><p>ou seja, credores e devedores estão ligados por um</p><p>vínculo jurídico. Nada impede, entretanto, que a</p><p>modalidade do vínculo obrigacional seja distinta para</p><p>uns e para outros coobrigados.</p><p>OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS</p><p>A RESPEITO DA</p><p>SOLIDARIEDADE</p><p>(54) 3218-2100</p><p>www.ucs.br</p><p>Endereço: R. Francisco Getúlio Vargas,</p><p>1130 - Petrópolis, Caxias do Sul - RS,</p><p>95070-560</p><p>DA</p><p>EXTENSÃO</p><p>CURRICULARIZAÇÃO</p><p>Docente Michele Amaral Dill</p><p>Direito Civil das Obrigações</p><p>Realizado por Quezia Ott Vanin de</p><p>Cezare</p><p>Caxias do Sul, RS</p><p>SOLIEDARIEDADE PASSIVA E</p><p>DISTINÇÃO ENTRE AVALISTA E FIADOR</p><p>Ademais, há de ressaltar que as obrigações solidárias</p><p>se dividem, principalmente, em duas espécies: a ativa e</p><p>a passiva. A solidariedade ativa, ou de credores, é a</p><p>relação jurídica na qual há multiplicidade de credores,</p><p>tendo cada um destes o direito de exigir do devedor o</p><p>cumprimento da prestação por inteiro. Assim,</p><p>concorrem dois ou mais sujeitos ativos (credores), os</p><p>quais podem receber integralmente a prestação</p><p>devida, liberando-se o devedor pelo pagamento a</p><p>qualquer um deles. Nesta linha, dispõe o Artigo 267 do</p><p>Código Civil: “Cada um dos credores solidários tem</p><p>direito a exigir do devedor o cumprimento da</p><p>prestação por inteiro”. Entretanto, destaca-se que: o</p><p>credor que receber o pagamento entregará aos demais</p><p>as quotas de cada um. Já a solidariedade passiva, ou de</p><p>devedores, consiste na concorrência de dois ou mais</p><p>devedores, cada um com o dever de prestar a dívida</p><p>toda. E é sobre essa solidariedade que iremos</p><p>mencionar a seguir.</p><p>QR CODE ACESSO AO</p><p>SITE OFICIAL DA UCS</p><p>https://www.google.com/search?q=ucs+caxias+do+sul&oq=ucs+caxi&aqs=chrome.0.0i355i512j46i512j0i512l2j69i57j0i512l5.2059j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#</p><p>FIADOR</p><p>SOLIDARIDADE</p><p>PASSIVA</p><p>RELEVÂNCIA</p><p>AVALISTA OU FIADOR?</p><p>No mundo dos negócios, a solidariedade passiva é</p><p>frequentemente utilizada e de grande relevância, pois</p><p>representa uma garantia pessoa oferecida ao credor</p><p>(que, inclusive, supera a fiança, que é acessória).</p><p>facilitando a cobrança, uma vez que a prestação pode</p><p>ser exigida por inteiro ou em “parcelas“, de qualquer</p><p>dos devedores solidários.</p><p>COMO SE EXINGUE</p><p>Na solidariedade passiva, um único pagamento (desde</p><p>que seja total) efetuado por qualquer dos devedores</p><p>solidários liberta todos os demais da relação</p><p>obrigacional, extinguindo-se, dessa forma, a obrigação.</p><p>REGRAS DA SOLIDARIEDADE PASSIVA</p><p>(ART. 275 A 285, C.C/2002.)</p><p>• Caput: o credor tem o direito de exigir e receber de</p><p>um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente,</p><p>a dívida comum. Se a solidariedade for parcial, a</p><p>solidariedade passiva subiste quanto ao restante da</p><p>prestação (Artigo 275, C.C/2002);</p><p>• Com a morte de um dos co-devedores, a</p><p>solidariedade entre eles não se rompe. Antes da</p><p>partilha, o espólio responde pela dívida toda, como</p><p>devedor solidário que era o de "cujus". Após a partilha</p><p>dos bens, se a prestação for divisível, cada herdeiro só</p><p>responde pelo seu quinhão. Se a prestação for</p><p>indivisível, no entanto, os herdeiros respondem pela</p><p>dívida total. Ademais, todos os herdeiros reunidos são</p><p>considerados como um devedor solidário em relação</p><p>aos demais devedores (Artigo 276, C.C/2002);</p><p>• O pagamento parcial feito por um dos co-devedores</p><p>e a remissão da dívida por ele obtida, não afasta a</p><p>solidariedade em relação aos demais, mas impede que</p><p>o credor exija dos demais devedores a dívida integral,</p><p>devendo ser abatida a parte já recebida ou perdoada</p><p>(Artigo 277, C.C/2002);</p><p>• Qualquer acordo formado entre o credor comum e um dos</p><p>devedores solidários não poderá agravar a situação dos</p><p>demais devedores, salvo consentimento destes (Artigo 278,</p><p>C.C/2002);</p><p>• Se a obrigação se impossibilitou por culpa de um dos co-</p><p>devedores, todos respondem pelo equivalente e somente o</p><p>culpado responde pelas perdas e danos (na solidariedade a</p><p>prestação transformada em perdas e danos não perde a</p><p>qualidade de indivisibilidade; artigo 279, C.C/2002);</p><p>• Todos os co-devedores respondem juntos, frente ao credor,</p><p>pelos juros de mora, e posteriormente, o culpado responderá</p><p>aos outros pela obrigação acrescida (Artigo 280, C.C/2002);</p><p>• O devedor demandado pode opor ao credor comum as</p><p>exceções pessoais (ex.: incapacidade, remissão parcial,</p><p>nulidades relativas, renúncia da solidariedade, falência etc.) e</p><p>é obrigado a opor as exceções comuns (ex.: prescrição do</p><p>direito creditório, pagamento da prestação etc.) a todos, não</p><p>lhe aproveitando as exceções pessoais de outro devedor</p><p>(Artigo 281, C.C/2002);</p><p>• O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um,</p><p>alguns, ou todos os devedores;</p><p>PARÁGRAFO ÚNICO: Se o credor exonerar apenas um ou</p><p>alguns dos devedores, não pode com isso agravar a situação</p><p>dos demais, pois a solidariedade subsiste para estes. Nesse</p><p>caso, o credor só poderá cobrar a dívida dos demais</p><p>devedores solidários com dedução da parte do devedor que</p><p>obteve o benefício da renúncia à solidariedade.</p><p>• O devedor que pagar a dívida por inteiro tem o direito de</p><p>exigir dos demais a quota de cada um (regresso), dividindo-se</p><p>por todos (inclusive os perdoados) a quota do insolvente,</p><p>salvo se o devedor que pagou a prestação demora,</p><p>culposamente, para cobrar os demais co-devedores e nesse</p><p>lapso temporal um dos devedores fica insolvente (Artigo 283,</p><p>C.C/2002);</p><p>É comum que, em serviços de crédito, o credor exija</p><p>garantias para a sua segurança. Desta forma, ele</p><p>evita que tenha prejuízos com a operação. Isso</p><p>também pode ocorrer, por exemplo, em aluguel de</p><p>imóveis. Logo, nestas situações, nos deparamos com</p><p>dois conceitos essenciais, de fiador e avalista.</p><p>Estas pessoas serão aquelas que deverão cumprir</p><p>com os compromissos contratuais, caso você mesmo</p><p>não o faça. Por isso, esta é uma posição muito</p><p>delicada para alguém assumir, caso a relação entre</p><p>as partes não seja próxima.</p><p>Entretanto, os papéis exercidos pelos fiadores e avalistas</p><p>são diferentes, visto que possuem diferentes</p><p>responsabilidades. Esta diferença já se inicia no momento</p><p>de assinatura dos documentos. Enquanto o avalista assina</p><p>apenas o título de crédito, o fiador assina o próprio</p><p>contrato. Logo, o fiador se torna responsável por todas as</p><p>cláusulas contratuais, e o avalista, apenas pelo valor</p><p>contratado.</p><p>O fiador é o indivíduo que irá servir de garantia para</p><p>contratantes de imóveis, serviços de crédito, etc. Porém, o</p><p>fiador é mais comum nas situações de aluguel. E, com</p><p>certeza, você já viu, em contratos, um espaço destinado</p><p>para a assinatura do fiador, seja um ou dois.</p><p>Logo, afirma-se que o indivíduo assina o mesmo</p><p>documento que o titular deste, de forma que ele assume</p><p>as mesmas responsabilidades contratuais. Para melhor</p><p>compreensão, citamos um exemplo: No caso de um</p><p>indivíduo que assume um aluguel, e não o paga, quem</p><p>terá que arcar com este valor é o fiador. Se este mesmo</p><p>indivíduo tiver deixado avarias na residência, e não realize</p><p>os concertos, ele também deverá realiza-los e pagá-los.</p><p>Nestas situações de inadimplência, o primeiro a ser</p><p>cobrado é sempre o titular do contrato. Ou seja, o fiador</p><p>só será contatado caso não haja nenhuma outra opção, e</p><p>quando todas as cobranças já foram feitas e não acatadas.</p><p>AVALISTA</p><p>No caso do avalista, ele não assume as responsabilidades</p><p>do contrato junto ao titular. O indivíduo que será avalista</p><p>assina apenas o documento de título de crédito. Ou seja,</p><p>a sua responsabilidade se limita à cobertura da face de</p><p>crédito.</p><p>Para ser avalista de alguém, deve-se ter o consentimento</p><p>do cônjuge, assim como no caso do fiador. Porém,</p><p>diferentemente desta outra situação explicada, no aval</p><p>não há ordem específica para execução da dívida. O</p><p>credor</p><p>pode cobrar a dívida do avalista ou do titular. Essa</p><p>na verdade é uma estratégia utilizada por muitas</p><p>empresas e bancos, pois isso agiliza o processo de</p><p>pagamento. Cobrando-se o avalista, este passa a cobrar a</p><p>dívida do titular.</p>