As relações de pagamento geram obrigações e direitos a credores (recebedores) e devedores (pagadores), que podem eventualmente acionar o Poder Judiciário para reclamar a observância dessas relações.
A partir disso, analise a situação a seguir:
Carolina encontrava-se obrigada a pagar um montante estimado em R$ 40.000 para Sílvia. No entanto, no dia do pagamento, Carolina ofereceu um veículo automotor para efetivar a solvência da dívida junto a Sílvia, que aceitou o veículo. Após recebê-lo, Sílvia entregou-o a uma terceira pessoa em consequência de uma ação de evicção.
Considerando a dinâmica apresentada pela situação, assinale a resposta correta:
A.
Percebendo-se que o agente credor perdeu a posse do bem como resultado de uma decisão do Poder Judiciário, que legitimou um direito privilegiado sobre o devedor, tem-se o restabelecimento do direito de crédito do credor.
B.
Ao observar que, ainda que prescrita, a obrigação de Sílvia persiste e é considerada como uma obrigação moral, tem-se que Carolina pode oportunamente realizar a compensação da dívida a partir de um valor reduzido.
C.
A condição de Carolina, enquanto um terceiro com relação de interesse, ao considerar a circunstância apresentada para o pagamento, é privilegiada ao visar à quitação total do montante devido.
D.
Tem-se que Carolina ficará exonerada do seu dever, isto é, da obrigação de pagamento, uma vez que o agente tem um direito de posse da quitação que foi anteriormente efetivada por Sílvia.
E.
A situação enfatiza que Sílvia foi considerada na decisão judicial como um agente evicto do item que foi recebido em pagamento e, dessa forma, será plenamente restabelecida a primitiva obrigação e seus efeitos jurídicos.
Ed
há 2 semanas
Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas em relação à situação descrita: A. Percebendo-se que o agente credor perdeu a posse do bem como resultado de uma decisão do Poder Judiciário, que legitimou um direito privilegiado sobre o devedor, tem-se o restabelecimento do direito de crédito do credor. Essa alternativa sugere que o credor (Sílvia) recupera seu direito de crédito devido à perda do bem. No entanto, a perda do bem não necessariamente restabelece o crédito, pois a dívida ainda existe. B. Ao observar que, ainda que prescrita, a obrigação de Sílvia persiste e é considerada como uma obrigação moral, tem-se que Carolina pode oportunamente realizar a compensação da dívida a partir de um valor reduzido. A prescrição extingue a obrigação, portanto, não faz sentido afirmar que a obrigação persiste como uma obrigação moral. C. A condição de Carolina, enquanto um terceiro com relação de interesse, ao considerar a circunstância apresentada para o pagamento, é privilegiada ao visar à quitação total do montante devido. Carolina não é um terceiro privilegiado, pois ela é a devedora. A quitação da dívida não é garantida apenas pela entrega do bem. D. Tem-se que Carolina ficará exonerada do seu dever, isto é, da obrigação de pagamento, uma vez que o agente tem um direito de posse da quitação que foi anteriormente efetivada por Sílvia. Essa alternativa sugere que Carolina está isenta de pagar a dívida porque Sílvia recebeu o veículo. No entanto, a entrega do veículo não exime Carolina da obrigação, especialmente se Sílvia não pode manter o bem. E. A situação enfatiza que Sílvia foi considerada na decisão judicial como um agente evicto do item que foi recebido em pagamento e, dessa forma, será plenamente restabelecida a primitiva obrigação e seus efeitos jurídicos. Essa alternativa é a mais correta, pois se Sílvia foi evicta, isso significa que ela perdeu o bem e, portanto, a obrigação de Carolina de pagar a dívida é restabelecida. Portanto, a resposta correta é: E.
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